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Veja também... Música pode virar disciplina obrigatória nas escolas Órgão Oficial do Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro www.sindmusi.org.br email: [email protected] N o 34 - Edição de Dezembro de 2006 Dia do Músico Mais uma vez, a Cinelândia serviu de palco para as comemorações do Dia do Músico realizada no último dia 22 de novembro. Diversos artistas participaram da festa que contou ainda com sorteio de instrumentos, bolsas de estudos e convites para um concerto no Theatro Municipal. (pág.5) Foi lançada oficialmente a campanha de divulga- ção do CulturaPREV, em uma festa com a presença do ministro da Cultura, Gilberto Gil, além de ou- tras autoridades e artistas. O ministro acredita que o plano tem potencial para beneficiar milhões de profissionais da cultura no Brasil. (pág.4) Senadores decidem preparar um projeto de lei para tornar a educação musical essencial dentro do currículo escolar no Brasil. Especialistas na área estiveram em Brasília e entregaram aos parlamentares um manifesto assinado por mais de mil pessoas, entre elas, artistas de renome como as cantoras Zélia Duncan e Fernanda Abreu. (Pág. 6) Presidente é homenageada (Coluna Vogel - Pág. 10) Déborah Cheyne recebe Moção de Aplauso na Assembléia Legislativa do Rio Tabela Extra de carnaval Confira os valores dos cachês durante a folia 2 Cultura Prev Representante do Ministério da Cultura, Adair Rocha, prestigia a homenageada, Déborah Cheyne, na Alerj Paulo Marcio Vaz/SindMusi Rádio Nacional Entenda a polêmica sobre a emissora 7 Obituário 9 Morre, aos 76 anos, o ins- trumentista, arranjador e compositor paraibano Severino Dias de Olivei- ra, o Sivuca Divulgação Coluna do Nayran Citando o maestro Charles Munch 11 André Prado Divulgação

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1Jornal Musical No 34

Veja também...

Música pode virar disciplina obrigatória nas escolas

Órgão Oficial do Sindicato dos MúsicosProfissionais do Estado do Rio de Janeiro

www.sindmusi.org.bremail: [email protected]

No 34 - Edição de Dezembro de 2006

Dia do MúsicoMais uma vez, a Cinelândia serviu de palco paraas comemorações do Dia do Músico realizadano último dia 22 denovembro. Diversosartistas participaramda festa que contouainda com sorteio deinstrumentos, bolsasde estudos e convitespara um concerto noTheatro Municipal.(pág.5)

Foi lançada oficialmente a campanha de divulga-ção do CulturaPREV, em uma festa com a presençado ministro da Cultura, Gilberto Gil, além de ou-tras autoridades e artistas. O ministro acredita queo plano tem potencial para beneficiar milhões deprofissionais da cultura no Brasil. (pág.4)

Senadores decidem preparar um projeto de lei para tornar a educação musical essencial dentro do currículo escolar no Brasil. Especialistas na área estiveram em Brasília eentregaram aos parlamentares um manifesto assinado por mais de mil pessoas, entre elas, artistas de renome como as cantoras Zélia Duncan e Fernanda Abreu. (Pág. 6)

Presidente é homenageada (Coluna Vogel - Pág. 10)

Déborah Cheyne recebe Moção de Aplauso na Assembléia Legislativa do Rio

Tabela Extra de carnaval

Confira os valores dos cachêsdurante a folia

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Cultura Prev

Representante do Ministério da Cultura, Adair Rocha, prestigia a homenageada, Déborah Cheyne, na Alerj

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Rádio Nacional

Entenda a polêmica sobre a emissora

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Obituário 9Morre, aos 76 anos, o ins-trumentista, arranjador ecompositor paraibanoSeverino Dias de Olivei-ra, o SivucaDivulgação

Coluna do Nayran

Citando o maestro Charles Munch

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Divulgação

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2 Jornal Musical No 34

Expediente

Gravações

CDPor PeríodoChamada mínima 03 períodos ........ R$ 525,00Instrumentista/ Corista/ Ritmistapor período ........................... R$ 175,00Dobra 01 período .................... R$ 175,00Solo 10 períodos .................... R$ 1.750,00Por FaixaFaixa (Instr./ Corista/ Ritmista) ... R$ 525,00Dobra ................................... R$ 175,00Solo ................................... R$ 1.750,00Obs: Tempo máximo para gravação de uma faixa2h30m. Hora excedente ou fração........................................... R$ 175,00

DVDPor Faixa .............................. R$ 525,00Obs: Caso o material gravado para o DVD seconverta em CD, deverá ser pago em adicional ovalor de tabela para gravação de CD.

ArranjoPor arranjo .......................... R$ 1.230,00Por Regência ........................ R$ 1.230,00Cópias - Garantia mínima550 compassos ....................... R$ 235,00Por compasso ............................ R$ 0,45

Jingle ou VinhetaPor PeríodoChamada mínima 02 períodos ........ R$ 585,00Peça até 1 minuto período ......... R$ 290,00Dobra ................................... R$ 290,00Solo 10 períodos .................... R$ 2.900,00FaixaCada faixa ............................. R$ 585,00Cada Dobra ........................... R$ 290,00Solo ................................... R$ 2.900,00Obs: Tempo máximo para gravação de umafaixa 2h. Hora excedente ou fração........................................... R$ 290,00

FilmesTrilha sonora para longa metragem ou entre-tenimento além de 60 min. (onde se desobriguemúsica ao vivo)Por PeríodoTrilha para filme nacionalChamada mínima 03 períodos ....... R$ 1.160,00Período ................................. R$ 385,00Trilha para filme internacionalChamada mínima 03 períodos ....... R$ 1.580,00Período ................................. R$ 525,00Obs: Esses valores não incluem lançamento datrilha em CD.

Normas de gravação1. O tempo de trabalho começa a ser contadoa partir do momento em que o músico estiver àdisposição do contratante.2. Na gravação por período, o primeiro períodoé de 60 (sessenta) minutos e os subseqüêntes,de 45 (quarenta e cinco) minutos.3. Dobra é a execução da mesma partituracom o mesmo instrumento mais que uma vez.4. Cada troca de instrumento corresponde anova chamada mínima ou faixa.

5. Cada nova partitura executada pelo mesmomúsico, num mesmo arranjo, corresponde anova chamada mínima ou faixa.6. Na gravação por período, quando o númerode faixas for maior que o nº de períodos, omúsico receberá o número de períodos cor-respondente ao número de faixas gravadas.7. Pout-pourri é o arranjo de mais de uma mú-sica com, no máximo, 100 compassos. Ultra-passando este limite, corresponde a novo ar-ranjo e assim subseqüentemente.

Tabela de Cachês para Trabalhos Eventuais(Valores em Reais - a partir de 26/04/06)

Músicos contratados no Rio de Janeiro receberão cachês estabelecidos na tabela do SindMusi/RJ

Tapes EspeciaisTeatro/ Historieta/ etcPor Período ............................ R$ 175,00

Cachê de TelevisãoChamada mínima de 05 horas ...... R$ 710,00Hora Excedente ou fração ......... R$ 210,00

Apresentação ao vivo

Acompanhamento de Artistas NacionaisPor show ............................... R$ 730,00Por hora de ensaio ................... R$ 235,00

Acompanhamento de Artistas EstrangeirosPor show ............................... R$ 900,00Por hora de ensaio ................... R$ 290,00Obs: O valor do show inclui passagem de som(sound-check) de 3 horas. Após este tempo,paga-se hora extra de ensaio.

Concerto Sinfônico, Câmara, Balé,Ópera, Opereta e Congêneres

Orquestra - por EspetáculoSpalla ................................... R$ 550,00Instrumentista - Cordas/ SoprosPercussão/ Outros .................. R$ 430,00Orquestra - por ensaio (máx. 03 horas)Spalla ................................... R$ 450,00Instrumentista - Cordas/ SoprosPercussão/ Outros .................. R$ 350,00Coro - por espetáculoCorista ..................................... 450,00Coro - por ensaio (máx. 03 horas)Corista ..................................... 200,00Obs: Será cobrado 20% sobre o valor do perío-do de ensaio para cada hora ou fração de horaexcedente.Pianista Co-Repetidor(por hora de ensaio) .................... 100,00

Músico acompanhador para aulas debalé, dança e congêneres

Por hora ................................. R$ 55,00

BailePor baile ............................... R$ 295,00

Música ao vivo (ambiente)Por apresentação .................... R$ 295,00

Casamentos / Cerimônias religiosasPor cerimônia ......................... R$ 175,00

Aula ParticularHora/aula ............................... R$ 55,00

SINDMUSI - Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro: Presidente: Déborah Cheyne • Vice-Presidente: Itamar Assiére • Diretor Tesoureiro: Luiz Carlos Hack • Diretor do Trabalho: Leandro Vasques• Diretor Secretário: José Augusto • Diretora do Patrimônio: Ariane Petri • Diretor Administrativo: Álan Magalhães • Diretor Social: Adil Tiscatti • Diretor de Comunicação: Kleber Vogel • Diretor de Informática: Flávio Pereira• Representante I: Carlos Malta • Representante II: Victor Neto • Conselho Fiscal: Carlos Soares, Mauro Ávila e Nayran Pessanha • Suplentes: Anselmo Mazzoni, Fabiano Krieger, Nando Gomes, Jair de Sousa, Fernando Merlino,Laura Rónai, Sonia Katz e Ubiratã Rodrigues • Quadro Funcional:Gerente Administrativa: Natalia Carneiro • Advogado: Helder Silveira • Escritório Contratado: José Carlos Quental e Maria Cristina Fraga • Auxiliares Administrativos:Alex Gomes Freire e Angelica Angelo • Serviços Gerais: Magno Porto • Endereço: Rua Álvaro Alvim, 24/405 • Cinelândia • Rio de Janeiro - RJ • CEP: 20031—010 • Tel: (21) 2532-1219 • Fax: (21) 2240-1473 •homepage:www.sindmusi.org.br • email: [email protected] • Horário de Atendimento: 2ª a 6ª das 10 às 18h. • Delegacia Regional Serrana do SindMusi: Delegado: Álan Magalhães • Jornal Musical: Jornalista responsável: SilviaFernandes • Jornalista estagiário: Paulo Marcio Vaz • Projeto Gráfico e Diagramação: Amarilio Bernard ([email protected]) •Fotolito e Impressão: Monitor Mercantil •Tiragem: 5.000 exemplares • Circulação: Rio de Janeiro.

Palavra de Presidente Déborah Cheyne

O ano de 2006 foi danado. Comecei ner-vosa, com medo e tímida. Afinal, o cargode presidente deste sindicato me foipassado sem nenhum manual. Fui apren-dendo com o dia a dia. Minha participa-ção nas gestões anteriores contribuiu,mas é preciso lembrar que esta partici-pação era em outra dimensão e possoaté dizer: com menos responsabilidade.

Hoje compreendo melhor o peso do meucargo e procuro cumpri-lo com a impor-tância que lhe cabe. Passeio com maisintimidade entre temas que me eramestranhos ou mesmo desconhecidos.Tenho noção do quanto tenho que per-correr e de quanto o tempo é exíguo.

Este processo de amadurecimento só sedá por existir no ambiente do sindicatouma equipe magnífica de funcionáriosque vestem a camisa, que não apenas

OBS.: Os valores acima envolvem todos oseventos praticados nas datas especificadas(baile, shows, bandinhas, coretos, passe-atas, etc.

Rio de Janeiro, 08 de novembro de 2006.

A Diretoria

Sopro em geral, cantor, órgão, guitarra,baixo e bateria. .................. R$ 446,43

Caixa e ritmo especializado (músicos quetocam 2 ou 3 surdos ao mesmo tempo)..................................... R$ 361,97

Ritmo em geral ................... R$ 278,71

Tabela extrade Cachês por diaNatal (24/25 de dezembro), Reveillon e carnaval de 2007

cumprem burocraticamente o seu tra-balho, mas trazem consigo uma constan-te vontade de contribuir. A eles o meumais profundo agradecimento. Me acom-panham também com afinco, empenho,amizade e cumplicidade diretores quetambém amadurecem e despontam comosérios dirigentes deste sindicato.

É com esta equipe que conto, que cres-ço e amadureço. E gosto sempre demencionar as antigas diretorias, que comteimosia e persistência fizeram destesindicato um exemplo de lisura eprofissionalismo.

Encerro o editorial, em clima de fim deano, com uma breve retrospectiva de2006, desejando que 2007 seja um anode muitas conquistas, trabalho e cresci-mento. Tudo isso embalado com saúde,paz e boa música.

Auxílio Funeral: Pagamento de reembolso eassessoria jurídica a quatro famílias.

Doações: Compra de remédios e passagens.Doação de cordas para a Orquestra de Cor-das da Grota

Patrocínios: Festival Brasil Dinamarca; De-bate sobre TV Digital; Homenagens; Conver-sa Fora; Dia do Músico; Cigam Toque Show;Encontro Internacional de Trombones; Tribu-to a Victor Assis Brasil

Participação em eventos: Audiências Públi-cas na sub Comissão de Cinema, Teatro, Mú-sica e Comunicação Social ; Seminário "A mú-sica na Pauta do País"; Oficina sobre Previ-dência para a área da Cultura; Audiência Pú-blica contra o Jabá; Feira das Profissões CEL;I Seminário de Empreendedorismo na Área deMúsica; Seminário Direito Autoral na MúsicaClássica; 3o. MusiFest Instrumental; ForumRio; Seminário Nacional sobre Direitos Auto-rais e o Papel do Estado; II Seminário de Di-

reito Autoral e Entretenimento;Negócios In-clusivos, Seminário O Processo da Música;

Apoio Cultural: Workshops no Cigam

Novos Parceiros: Mongeral

Premiações: Moção Gilberto Palmares e TéoLima

Indicações: Prêmio Jorge Amado

Estratégia de visibilidade do profissional:divulgação e comercialização de CD, DVD elivros, contato do profissional através do Guiado Músico

Reuniões com contratantes: Aplicação dasPortarias Ministeriais quando da contrataçãode músicos (Bachiana, Dell´Arte e Sérgio daCosta e Silva - Carpex)

Reuniões Institucionais: OMB/RJ, AcademiaBrasileira de Música, Conservatório Brasilei-ro de Música; Fundação Carlos Gomes (Belém);Reunião com a CGTB

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3Jornal Musical No 34

Rogério Duprat, "o George Martin do Tropicalisnmo"

O maestro carioca Rogério Duprat, um dosmaiores nomes da moderna música popu-lar brasileira e considerado o grandearranjador da Tropicália, morreu no últi-mo dia 26 de outubro em São Paulo, aos74 anos, vítima de insuficiência renal crô-nica, causada por um câncer na bexigadescoberto pouco tempo antes.

Duprat, que também sofria de mal deAlzheimer, se afastou da música na déca-da de 80 devido a uma progressiva perdade audição e chegou a ensaiar uma voltano anos 90, produzindo os discos de LuluSantos e Rita Lee.

Além de sua participação na Tropicália,Duprat foi o primeiro a produzir músicaeletrônica no Brasil, nos idos de 1963,quando, ao lado do maestro DamianoCozzela, usou um computador IBM 1620para compor, mostrando que tinha apren-dido bem as lições de seu ex-professor,o alemão Karlheinz Stochausen, mestrede outros grandes nomes como o norteamericano Frank Zappa, colega de turmade Rogério.

Tropicália - O envolvimento com aTropicália se deu no fim da década de 60,quando Duprat já tinha carreira formadana música erudita, após passar pela Or-questra Sinfônica Municipal de São Pauloe Orquestra de Câmara de São Paulo, daqual era membro fundador. Já envolvidocom o tropicalismo, ele fez arranjos paracanções de Gilberto Gil, Caetano Veloso,Gal Costa, Mutantes e Nara Leão, entreoutros. Não foi a toa que ficou conheci-do como o George Martin (considerado opai dos Beatles) da Tropicália, como defi-niu Rita Lee em entrevista publicada nosite G1, da Globo.com:

"Rogério Duprat, um dos mais importan-tes maestros do mundo! Ele foi o GeorgeMartin do Tropicalismo! Sua morte é umaperda irreparável para a música".

No mesmo site também estão palavras decarinho de Tom Zé, Júlio Medalha e Gil-berto Gil:

"Rogério Duprat foi uma pessoa funda-mental para o Tropicalismo, um colabo-rador extraordinário e um estimuladordos ímpetos transformadores e criativosdo inconformismo, da não-acomodação edo desejo de mudar. Teve experiências an-teriores ao nosso trabalho com a músicaerudita em São Paulo, nos trazendo umarica bagagem. Tinha uma posição muitoarrojada, uma noção muito clara dainteração entre música popular e músicaerudita", disse Gil.

Artistas como Gilberto Gil e Rita Lee lembram a importância do maestro que transitou livrementeentre o popular e o erudito. Pesquisadora lança livro no qual o artista comenta sua obra

3272-5910 / 9194-6867

Pesquisa - O trabalho de Dupratjá foi foco de uma pesquisa aca-dêmica que resultou no livro Ro-gério Duprat: Sonoridades Múlti-plas (ed. Unesp), da pesquisadoraRegiane Gaúna, que contou coma participação do próprio maes-tro analisando sua obra. Duprattambém foi tema do documentá-rio Rogério Duprat - Vida de Músi-co, de Pedro Vieira.

Neste ano, um disco inédito de suaautoria, A Banda Tropicalista doDuprat, gravado em 1968 com osMutantes, saiu pela Universal.

Rogério Duprat foi aluno do alemão KarlheinzStochausen e colega de turma do norte-ameri-cano Frank Zappa

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O ministro da cultura, Gil-berto Gil, foi o convidadode honra para o lançamen-to oficial da campanha dedivulgação do CulturaPREVna sede do Jockey ClubBrasileiro, no Rio, no últi-mo dia 31 de outubro. Oministro, que participoudesde o início do proces-so de criação do plano,acredita que ele tenha po-tencial para atender a cer-ca de dois a três milhõesde artistas em todo o Paíse defendeu a criação deplanos de previdência com-plementar para outras clas-ses de trabalhadores:

"O Estado não pode maisarcar com a previdênciade todo mundo. Por isso,cada setor precisa se or-ganizar e buscar, porexemplo, os fundos depensão. O CulturaPREV se encaixa nes-se processo de aperfeiçoamento".

Artistas como a atriz Eva Wilma; o ator epresidente do Retiro dos Artistas, EstepanNercessian; as cantoras Leny Andrade eRosemary, e o diretor teatral Amir Haddadtambém estiveram presentes ao evento.O SindMusi, um dos instituidores do pla-no, foi representado por sua presidente,Déborah Cheyne, acompanhada do vice-presidente, Itamar Assiére; do diretor decomunicação, Kleber Vogel, e do diretordo trabalho, Alan Magalhães. O presiden-te da Funarte, o ator Antonio Grassi,

enfatizou a importância de, a partir dolançamento da campanha, aumentar onúmero de adesões:

"Precisamos garantir a adesão ao plano dasentidades que representam as categoriasartísticas no Brasil inteiro para, a partir daí,ser feito um trabalho de divulgação paraque os artistas percebam sua importância".

SindMusi - A presidente do SindMusi,Déborah Cheyne, também enfatizou a ne-cessidade de divulgação do plano:

Lançada a campanha de divulgação do CulturaPREVMinistro da Cultura diz que plano tem potencial para atingir entre 2 e 3 milhões de artistas. Atores,atrizes, autoridades e representantes do SindMusi participaram da festa de lançamento no Jockey

"O CulturaPREV está aí. O artista, que éum trabalhador especial, precisa de umplano de previdência também especial.Com a certeza de um futuro mais seguro,temos condições de sermos mais produti-vos. Agora é a hora de arregaçarmos asmangas para a divulgação do plano", sali-entou Déborah.

A Mongeral, empresa responsável por ofe-recer seguros contra morte e invalidez aosassociados do CulturaPREV, é a principalresponsável pela campanha de divulgação,

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ção

Em seu discurso, ministro disse acreditar no potencial do plano de previdência exclusivo para artistas

como explica o superinten-dente comercial, Luiz Dib:

"O trabalho de divulgação co-meça agora e será feito em par-ceria com os instituidores, par-tindo de uma equipe de profis-sionais especializados daMongeral que fará contato comos associados para oferecer oplano e mostrar suas vantagens.Em paralelo, também há o pro-cesso de busca de novos insti-tuidores", explicou Dib.

O CulturaPREV é um plano deprevidência complementarexclusivo para artistas, cria-do em 2004, numa parceriaentre o Ministério da Cultura- através da Funarte - e ór-gãos representativos dos tra-balhadores da classe, entreeles, o SindMusi.

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Dia do Músico foi comemorado com festa no Rio e Região Serrana

Paulo Marcio VazA música tomou conta da Cinelândia nascomemorações do Dia do Músico, em fes-ta promovida pelo SindMusi na últimaquarta-feira, 22 de novembro.

Em um palco montado em frente ao tradi-cional Restaurante Amarelinho, o públicopôde assistir a shows, participar de sor-teios e ouvir representantes do SindMusique aproveitaram a oportunidade paraconscientizar a platéia sobre assuntos re-lativos à classe musical. A festa teve apre-sentação do cantor e compositor AdilTiscatti e começou pouco antes das 14horas só terminando por volta das 20 ho-ras, com apresentações do quinteto dejazz da Banda do Corpo de Bombeiros, dogrupo Toque de Prima, do violinista LéoOrtiz, do saxofonista Idriss Boudrioua edo grupo Choro na Feira.

Foram sorteados diversos brindes cedidospor apoiadores e patrocinadores, desdecamisetas e ingressos para assistir à Or-questra Sinfônica Brasileira, até instru-mentos musicais. A festa foi patrocinadapela Mongeral e a Ordem dos Músicos doBrasil. Apoiaram o evento, as empresas Mu-

sical Carioca, Sonic Som, Escola dos Bateris-tas, Restaurante Metamorfose, Sambatriz,Óticas Liderança & União, Petros e OrquestraSinfônica Brasileira.

Teresópolis - A Região Serrana também come-morou o Dia do Músico com um evento noSesc local, realizado em parceria com oSindMusi e o instituto Integrartes. Na ocasião,músicos da cidade se uniram a poetas, atorese outros artistas em uma festa que, além deshows, ainda contou com uma exposição defotos e uma palestra de representantes daMongeral sobre o CulturaPREV.

Shows promovidos pelo SindMusi movimentaram a Cinelândia. Também houve comemorações em Teresópolis

Fotos: André Prado/SindMusi

Déborah Cheyne e Adil Tiscatti posam com oganhador do violão Léo Ortiz e banda

Quinteto de Jazz do Corpo de Bombeiros RJ

Choro na Feira

Cinelândia para para assistir ao show

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Senadores apóiam ensino obrigatório de Música nas escolas

Além do Dia do Músico, o dia 22de novembro ofereceu mais ummotivo para os profissionais damúsica comemorarem a data.Após uma audiência pública re-alizada no Senado Federal, mem-bros da Subcomissão Permanen-te de Cinema, Teatro, Música eComunicação Social, vinculadaa Comissão de Educação do Se-nado, decidiram preparar umprojeto para incluir Músicacomo disciplina obrigatória nocurrículo das escolas brasileiras.

A iniciativa de elaborar o proje-to partiu do senador RobertoSaturnino (PT-RJ), após a subcomissão ouvircinco especialistas da área que defende-ram a importância da educação musicalcomo fator fundamental para o desenvol-vimento do ser humano.

Roberto Saturnino sugeriu que seu cole-ga, o senador Cristóvão Buarque (PDT-DF),seja o responsável pela produção do pro-jeto. Durante a reunião, Cristóvão tam-bém defendeu a inclusão de Música comodisciplina escolar obrigatória:

"A primeira coisa é trazer a idéia de quecultura é educação. Não dá para separaras duas coisas", disse o senador.

Manifesto - Entre os especialistas presen-tes à reunião, estava o coordenador doGrupo de Articulação Parlamentar Prómúsica, Felipe Radicetti, que entregou àsubcomissão o Manifesto pela implantaçãodo ensino de Música nas escolas, assina-do até agora por 1.100 pessoas de diver-sos setores. Artistas de renome como as

Reunião entre parlamentares e especialistas da área resulta na preparação de projeto de lei

cantoras Fernanda Abreu e ZéliaDuncan, além de dirigentes sindi-cais, como a presidente do Sind-Musi , Déborah Cheyne, tambémassinam o manifesto.

O senador Geraldo MesquitaJúnior (PMDB-AC) já prevê pelo me-nos quatro artigos básicos que, emsua opinião, devem entrar no pro-jeto: um prazo para a introduçãode Música na grade curricular dasescolas, a formação de professo-res com capacidade específicapara a área, a adoção de pe-ríodo integral na educaçãofundamental e a determina-

ção de que Música passe a ser con-siderada como disciplina básica. Osenador disse ainda que pretendeconvocar novamente os especialis-tas na área para "dar os últimos re-toques na proposta".

A idéia de se lutar pela inclusão deMúsica como disciplina obrigatórianas escolas é uma luta antiga travadapor diversos profissionais, dirigentese órgãos representativos da classe musical

brasileira. A presidente do SindMusi,Déborah Cheyne, é uma das que estãoengajadas no projeto há algum tempo:

"O ensino de Música nas escolas traz van-tagens diretas para a categoria musical,amplia a oferta de trabalho, forma platéiae lapida consumidores. Mas é preciso res-saltar, que os benefícios vão além e quemganha é a sociedade como um todo, poisé sabido que o ensino de Música contri-bui diretamente na formação do cidadão",diz Déborah.

Paulo Marcio Vaz

Violonista Turíbio Santos (segundo, da direita p/ esuerda) participoudas discussões

Senador Roberto Saturnino (ao centro) teve a iniciativado projeto

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Polêmica sobre rumos da Rádio Nacional afastaCristiano Menezes e Época de Ouro da emissora

Os últimos meses de 2006 foram responsá-veis por uma polêmica envolvendo os ru-mos da tradicional Rádio Nacional do Riode Janeiro. A emissora - que completou 70anos - é responsável por boa parte da his-tória não só do rádio, mas também da pró-pria música brasileira e poderia estar comseus dias contados no que diz respeito àsua missão de valorizar a cultura e divulgarnovos talentos, principalmente musicais.

Tudo começou com uma denúncia do ex-diretor da emissora, Cristiano Ottoni deMenezes que, após assumir a rádio em 2002para coordenar o processo de recupera-ção e promover uma eficiente renovaçãode sua programação, se sentiu forçado apedir demissão no início de novembro úl-timo. Os motivos do afastamento, Cristianoexplica em uma carta aberta na qual acu-sa a atual direção da Radiobrás (empresapública que desde 1976 é responsável poradministrar a Rádio Nacional), entre ou-tras coisas, de planejar transformar a emis-sora em uma rádio exclusivamente de no-tícias, pondo assim, um fim à tradicionalprogramação cultural que sempre norteousua política editorial.

De acordo com a carta, a decisão teria sidotomada durante uma reunião do ComitêEditorial da Radiobrás, ocorrida no últimodia 23 de agosto, em Brasília. Cristiano re-lata que a decisão estaria registrada daseguinte forma, na ata da reunião:

"Por conceito nossa rádio será 100%jornalística. Não há mais programa só mu-sical nem eminentemente musical. Há pro-grama em que a música conduz a aborda-gem jornalística".

"Bomba" - A notícia caiu como uma bombano meio cultural de todo o País. Protestose manifestações de solidariedade aCristiano Menezes vieram de todos os la-dos, causando polêmica e discussão prin-cipalmente entre artistas e intelectuais.

A polêmica, é claro, chegou ao presiden-te da Radiobrás, Eugênio Bucci, que ne-gou categoricamente as acusações em umacarta-resposta com data de 14 de novem-bro. Na carta, Eugênio critica a atitudedaqueles que, segundo ele, lhe enviarammensagens de protesto sobre o assuntosem antes confirmar a veracidade das in-formações.

Defesa - Em relação à principal acusação -a de que a Rádio Nacional passaria a ser

uma emissora exclusivamente jornalística- Bucci afirma:

"Não há fundamento na alegação de quevai se substituir a programação musical poruma programação noticiosa. Isso não foisequer cogitado, em momento algum",defende-se Bucci.

O presidente da Radiobrás segue dizendo:

"Não há oposição entre jornalismo, cultu-ra e música. A própria história da Nacio-nal, com o Repórter Esso, as radionovelase os programas de auditório, é pródigaem demonstrar que não há", completa.

Sobre a demissão de Cristiano Menezes,Eugênio Bucci ressalta que não tem re-clamações a fazer em público sobre odesempenho do ex-diretor e diz ainda quesua demissão teria acontecido em comumacordo.

Política - Mesmo após a carta de Bucci,Cristiano Menezes insiste em dizer quehavia a intenção, por parte da Radiobrás,de transformar a Rádio Nacional em umaespécie de subsidiária da Agência Brasil(agência de notícias oficial do governo),citando novamente o documento da reu-nião do Comitê Editorial da Radiobráscomo prova.

"Acredito que eles até podem ter desisti-do da idéia, diante da repercussão nega-tiva que ela causou", diz Cristiano.

Quando assumiu a direção da rádio, emjunho de 2002, Cristiano Menezes coor-denou o projeto de recuperação da emis-sora feito graças a uma parceria entre aRadiobrás e a Petrobras. Com o projeto, arádio passou por uma revitalizaçãotecnológica e sofreu mudanças na pro-gramação. O antigo auditório voltou a re-

ceber platéia e artistas para programasao vivo, como Dorina Ponto samba e Épo-ca de Choro - este último apresentadopelo próprio Cristiano e um dos maioressucessos da era Cristiano Menezes na Rá-dio Nacional. Mas a alegria durou pouco,segundo o ex-diretor:

"O compromisso deles (diretores daRadiobrás) com a valorização da progra-mação cultural era superficial. A partir dacriação da Rádio Justiça, a Nacional dei-xou de ser prioridade. Não pudemos se-quer contratar os candidatos aprovadosem um concurso público", diz Cristiano,que acusa ainda o ex-diretor decomercialização da rádio, José Alberto daFonseca, de tê-lo agredido fisicamenteapós uma discussão.

Época de Ouro - Em solidariedade aCristiano Menezes, o grupo de choro Épo-ca de Ouro, que participava do programaÉpoca de Choro também se desligou darádio. Apesar do afastamento do grupo,Eugênio Bucci diz, em sua carta, que aemissora está de portas abertas para umafutura volta do conjunto:

"No que depender de nós, o Época deOuro tem lugar cativo na Nacional", es-creve Bucci.

Ex-diretor continua acusando direção da Radiobrás de tentar pôr fim à programação musical da emissora paratransforma-la em rádio exclusivamente jornalístiva. Eugênio Bucci nega a intenção através de carta

Grupo admite a volta, mas impõe condiçãoO músico Jorginho do Pandeiro é um dos integrantes do Época de Ouro, um dosmais importantes e tradicionais grupos de choro do Brasil, há 42 anos em ativi-dade. Em solidariedade ao radialista Cristiano Menezes, o Época de Ouro tam-bém decidiu sair da Rádio Nacional, na qual fazia parte do programa Época deChoro, apresentado ao vivo do auditório e responsável por um dos maioressucessos da emissora nos últimos anos.

"Além de ser o apresentador, foi o Cristiano quem criou o programa e nos con-vidou para participar. Após sua saída, não ficaria bem nós continuarmos", justifi-ca Jorginho.

O músico confirma que chegou a receber um telefonema do presidente daRadiobrás, Eugênio Bucci, pedindo para que o grupo reconsiderasse a decisãode deixar a Rádio Nacional:

"Bucci ligou pra mim e pediu para que voltássemos. Disse a ele que adoro a rádioe que voltaríamos com muito prazer, desde que o Cristiano fosse readmitido".

Ao saber da notícia através da reportagem do Jornal Musical, Cristiano Menezesse disse emocionado com a solidariedade do grupo mas, a princípio, descartoua possibilidade de uma volta:

"Pelo menos enquanto a direção da Radiobrás continuar a mesma, não vejopossibilidade de convivência ou de um retorno", finaliza o ex-diretor.

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Grupo Época de Ouro e Crsitiano Menezes durante o programa Época de Choro

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SindMusi homenageia sócios remidos no MemorialGetúlio Vargas com entrega de diplomas e troféus

O SindMusi prestou uma homenagem aseus sócios que, em 2006, passaram a ca-tegoria de remidos. O evento aconteceuno auditório do suntuoso Memorial Getú-lio Vargas, no Rio, onde o baixista LuisAlves, o tecladista Ararypê, o pianistaGilson Peranzzetta, o saxofonista NivaldoOrnelas, o violonista e compositor Canho-to do Violão, a pianista e compositoraNádia Flores, o compositor e cantor ZéBaiano do Salgueiro e a harpista Maria CéliaMachado receberam diplomas e troféuspersonalizados, feitos especialmente paraa ocasião pelo artista plástico Abdiá.

Um dos homenageados, o pianista GilsonPeranzzetta, ressaltou o trabalho eficien-te exercido pela atual diretoria doSindMusi e enfatizou a necessidade demais união entre os músicos:

"Quanto mais unida for a classe, mais for-te ela será", disse ele.

A harpista Maria Célia Machado se dissemuito feliz com a homenagem e lembrou aimportância do SindMusi na luta pelos di-reitos de seus associados:

"O sindicato foi muito importante na mi-nha vida profissional, principalmente du-rante as crises que enfrentamos na Or-

questra Sinfônica do Theatro Municipal,por exemplo. Vivemos momentos dramáti-cos e o apoio do SindMusi foi fundamen-tal”, lembra.

A presidente do SindMusi, DéborahCheyne, saudou os homenageados:

"Na verdade, é o SindMusi que está sendohomenageado com a presença de todosvocês", disse Déborah.

Músicos lembram a importância do Sindicatonas lutas ao longo de suas carreiras

Homenageados receberamdiplomas e troféuspersonalizados

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Déborah Cheyne entrega o diploma de remidopara o pianista Gilson Peranzzetta

Kleber Vogel, Melissa Ornelas , Ararypê,Zé Baiano do Salgueiro, Maria Célia,Gilson Peranzzetta, Álan Magalhães eDéborah Cheyne

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9Jornal Musical No 34

Obituário

Rio de Janeiro possui cursos de graduação e pós graduaçãooferecidos pelo Conservatório Brasileiro de Música

Musicoterapia já conta com cercade 500 profissionais no Estado

Musicoterapia é a utilização da música porum profissional qualificado, que trata de umpaciente ou grupo, num processo que visafacilitar e promover a comunicação, a rela-ção, a aprendizagem, a mobilização, a ex-pressão, a organização e outros objetivosterapêuticos. No sentido de melhorar aspec-tos físicos, emocionais, mentais, sociais ecognitivos nos pacientes, o musicoterapeutadesenvolve potenciais e procura restabele-cer funções do indivíduo para que este pos-sa alcançar uma melhor integração intra einter-pessoal, causando uma conseqüentemelhoria de qualidade de vida.

A área de atuação da musicoterapia é bas-tante ampla com trabalhos realizados emdiversas instituições como empresas, hos-pitais e ONGs. Os musicoterapeutas nãosó atuam com portadores de deficiênciasfísicas, sensoriais e mentais, mas tambémcom pessoas estressadas, população ex-cluída, pacientes terminais, idosos e jo-vens em situação de risco social, entreoutros pacientes.

No Rio de Janeiro, a graduação e pós-graduação em musicoterapia pode serfeita no Conservatório Brasileiro de Mú-sica (CBM) (www.cbm-musica.org.br),cujas coordenadoras dos cursos são, res-pectivamente, Raquel Siqueira e LiaRejane Mendes Barcellos. O curso doCBM existe desde 1972 e já formou no-mes expressivos da atividade que atuampor todo o Brasil.

A Associação de Musicoterapia do Esta-do do Rio de Janeiro (AMT-RJ) existe háquase 40 anos, sendo filiada à União Bra-sileira de Musicoterapia e à FederaçãoMundial de Musicoterapia. Atualmente,existem cerca de 500 profissionais for-mados no Estado do Rio de Janeiro, atu-ando em diversas instituições públicas denível federal, estadual e municipal e tam-bém em empresas, hospitais e consultó-rios particulares.

Mais informações sobre musicoterapia eos locais onde há atendimento no Estadodo Rio podem ser obtidas no site da AMT-RJ. O endereço é www.amtrj.com.br.

Nota fiscal é ilegalO SindMusi tem recebido uma série dereclamações e dúvidas por parte de seusassociados referente à legalidade ou nãoda exigência - por parte de alguns con-tratantes - de que o artista apresente umanota fiscal para receber seu cachê.

O departamento jurídico do SindMusi enfatizaque tal exigência é completamente ilegal. Asúnicas formas previstas na lei para acontratação de músicos são contrataçãoconvencional através de carteira assinada,contrato de trabalho por tempo determina-do ou indeterminado e nota contratual parasubstituição ou serviço eventual.

Qualquer outra forma de contratação demúsicos é ilegal e deve ser denunciada àDelegacia Regional do Trabalho (DRT) ouao Sindicato dos Músicos Profissionais doEstado do Rio de janeiro (SindMusi).

As instituições garantem que será manti-do sigilo absoluto sobre a identidade dosdenunciantes. O endereço da DRT - RJ éAvenida Presidente Antônio Carlos, 251,Centro, Rio. Telefone: 2220-8923. OSindMusi fica na Rua Álvaro Alvim, 24, 405,Cinelândia, Rio. Telefone: 2532-1219.

Morreu na Paraíba, aos 76 anos, um dos maiores mestres dasanfona brasileira, o instrumentista e compositor SEVERINO DIASDE OLIVEIRA, o Sivuca. Ele sofria de câncer na laringe. A mortede Sivuca aconteceu na noite do dia 14 de dezembro no Hospi-

tal Memorial São Francisco, emJoão Pessoa. Nascido em 23 demaio de 1930 em Itabaiana, inte-rior paraibano, Sivuca foi aluno deGuerra Peixe e, aos 20 anos, jágravava seu primeiro disco. Mu-dou-se na mesma época para oRio, onde trabalhou na Rádio Tupi.Entre os sucessos de Sivuca, es-tão as músicas Feira de Mangaioe João e Maria, esta última emparceria com chico Buarque.

Sivuca também exercia a carrei-ra de solista a frente de orques-tras sinfônicas de todo o País,tendo feito diversas turnês apre-sentando sua obra e interpretan-

do, com sua sanfona, clássicos como o Mótuo Perpétuo dePaganini, escrito originalmente para violino.

O instrumentista era sócio do SindMusi desde setembro de 1976.

Sivuca

Faleceu em 10 de novembro de 2006, no HospitalSanta Martha em Niterói, o clarinetista e maestroANDRÉ LUIS DE OLIVEIRA GÓES. André Góes, formadoem clarineta e regência pela Escola de Música daUFRJ, era 1º clarine-tista da OrquestraSinfônica Nacional daUFF e trabalhavacomo regente dasprincipais orquestrassinfônicas do Rio deJaneiro (OSN, OSB,OSB Jovem e Petro-brás Sinfônica). Tinhaamplo trabalho commusicais famosos, taiscomo "A Ópera doMalandro" e "Compa-ny", galgando carrei-ra internacional. Foi,também, professorsubstituto de clarine-ta da Escola de Música da UFRJ. André, um egressoda Banda de Música do Colégio Salesiano Santa Rosa,deixa uma filha, Chiara, de 8 anos.

André Góes

A presidente do SindMusi, DéborahCheyne, esteve em Brasília nos dias 12 e13 de dezembro, quando participou doSeminário nacional sobre direito auto-ral e o papel do Estado, promovido peloMinistério da Cultura (MinC), com o ob-jetivo de dar início às discussões sobrea elaboração da Política de direitos au-torais do MinC e também do Plano Naci-onal de Cultura.

O músico e ministro da Cultura, GilbertoGil, esteve presente na abertura do even-to, que abordou temas como Domínio Pú-blico, Novas formas de licenciamento,Registro de obras intelectuais, Medidastecnológicas de proteção e outros, to-dos relativos ao direito autoral. Em seudiscurso, o ministro afirmou que o Esta-do tem um papel importante no setor dedireitos autorais: o de manter o equilí-brio entre os direitos de autores, artis-tas e intelectuais e o direito público deacesso às obras de arte e produção in-

SindMusi participa de semináriosobre direito autoral em BrasíliaObjetivo é elaborar novas políticas públicas e debater opapel exercido pelo Estado em relação ao assunto

telectual do País. O ministro do SuperiorTribunal de Justiça, Carlos AlbertoMenezes Direito também compareceu àsolenidade, no dia 12.

Entre os palestrantes estavam artistas, ad-vogados e representantes de gravadoras,sociedades arrecadadoras, sites de mú-sica e demais órgãos ligados ao direitoautoral.

Déborah Cheyne achou válida a realiza-ção do seminário:

"Durante estes dois dias pudemos obser-var com clareza que é um desejo geralque o Estado tenha uma papel mais ati-vo, efetivo e até mesmo de controle so-bre as questões de direito autoral. Háuma forte demanda no segmento da mú-sica para a criação de uma agência ouum conselho que controle, regule e fis-calize o Ecad e, naturalmente, as socie-dades gestoras de direitos autorais", dis-se Déborah.

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10Jornal Musical No 34

Notas Musicais Kleber Vogel

Centenário SindMusi / Há 53 anos

Investimentos a vista

Recentemente a FIM (Federação Internacional deMúsicos) fechou uma parceria com a FNV (federa-ção que reúne 14 sindicatos na Holanda) para fi-nanciar projetos direcionados principalmente parapaíses em desenvolvimento filiados à FIM.

A festa de congraçamento das famílias dosmúsicos, com direito a Papai Noel e distri-buição de presentes, foi realizada na SedeNáutica do Flamengo e contou a participa-ção de aproximadamente 400 crianças.

Uma boa notícia para 2007. Os projetosculturais referentes ao Centenário Sind-Musi foram aprovados pela Lei Rouanet. Aentidade já está em plena capatação derecursos para a edição do Livro Comemo-rativo, o Concerto Sinfônico e para a rea-lização da Semana do Músico, eventos quemarcarão as comemorações deste primei-ro século de atividades.

Ariani Petri, Déborah Cheyne, Tjialling Postma e MiriamBerlak. Visita de representantes da Federação holande-sa de sindicatos

O mês de dezembro de 1953 assinalou o início de mais uma realização do Sindicato:

Festa de Natal dos filhos dos músicos 25/12/1953

Natal em AçãoO Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro(SindPro - Rio) promove a capmanha Natal em Ação,que, a partir do dia 22 de dezembro, distribui ali-mentos para comunidades carentes em oito pontosdo Estado. Quem quiser contribuir com a campanhapode enviar suas doações ou comprar, por R$ 7, acamisa do projeto na sede e sub sedes do SindPro,no Centro, Campo Grande e Barra da Tijuca. Maisinformações pelo telefone 3262-3400.

No último dia 6 de novembro, a presidente do SindMusi,Déborah Cheyne, foi homenageada juntamente com ou-tros representantes da cultura do Estado do Rio comuma Moção de Aplauso, concedida pela As-sembléia Legislativa do Estado do Rio deJaneiro (Alerj).

Presidente do SindMusi recebe homenagensna Assembléia Legislativa e no Teatro Rival

das artes plásticas, do cinema e do folclore. Nos dis-cursos de agradecimento, um tema foi comum entretodos os homenageados: a necessidade de se consci-

entizar a população e opoder público sobre a im-portância de se encararos profissionais da cultu-ra como trabalhadorescom todos os direitos edeveres que qualquer tra-balhador de outras áreastambém merece.

Rival BR - Outra home-nagem recebida porDéborah Cheyne ocor-reu no último Dia do Mú-sico, 22 de novembro,

quando a presidente do SindMusi recebeu uma me-dalha no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro, conce-dida pelo músico Teo Lima e sua banda Batacoctô.

SindMusi começaa enviar boletosem janeiroAssociados devem atualizar seus dados

Para evitar possíveis contratempos, o SindMusi pede atodos os seus associados que atualizem seus endereçose telefones de contato junto a nossa secretaria, já queos boletos de cobrança das taxas anuais começarão aser enviados pelos Correios já a partir da segunda quin-zena de janeiro de 2007.

Para entrar em contato com o SindMusi e realizar a atu-alização, basta ligar para o telefone 2532-1219 de segun-da a sexta, das 10 às 18 horas ou enviar um e-mail [email protected]. Quem preferir também podeenviar um fax para o número 2240-1473.

O SindMusi foi o primeiro a ser agraciado com talproposta e recebeu a visita do representante daFNM Sr. Tjialling Postma que veio conhecer o nos-so Sindicato, suas atuações, projetos e perspec-tivas. Saber onde esta verba está sendo confiada éparte de seu trabalho.

Junto com ele participou também da reunião a Pre-sidente do SindMusi, Déborah Cheyne, a Diretorade Patrimônio Ariani Petri e a Sra.Miriam Berlak, daArgentina, que traz consigo uma larga experiênciaem formatar projetos desta natureza.

A homenagem foi uma iniciativa do deputado estadualGilberto Palmares, que se inspirou na data relativa ao Diada Cultura, comemorado recentemente e contou com apresença de diversos representantes de varias vertentesculturais. De artistas de circo a poetas, uma saudávelconfraternização serviu também para a discussão de te-mas importantes relativos aos principais aspectos relaci-onados aos profissionais da cultura.

Além de Déborah Cheyne, também foram homenageadosrepresentantes da dança, da arte circense, da poesia,

Déborah Cheyne ganhou uma Moção de Aplausoe uma medalha por seu trabalho no SindMusi

Homenagem partiu do deputado Gilberto Palmares(de gravata)

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O "NATAL DO FILHO DO MÚSICO"

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11Jornal Musical No 34

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O leitor deve estar lembrado do nos-so último artigo “O poder do diálogo”,que para minha surpresa, teve uma óti-ma repercussão. Tal fato vem mostraro quanto esse assunto é sério!

Para fechar esse tema com chave deouro, vou transcrever um texto dogrande maestro Charles Munch, re-gente da Orquestra deBoston de 1949 a 1962.

“A ORQUESTRA E O MÚ-SICO DE ORQUESTRA

Uma orquestra não é uminstrumento dócil. É umcorpo social, um conjun-to humano que tem psi-cologia e reflexos, queé preciso não agredir esim orientar. O ensaiotem por finalidade o tra-balho. Ele é indispensá-vel à orquestra e ao ma-estro. Um solista nãopensaria em se apresen-tar sem estudar seu ins-trumento. A orquestra éo instrumento do maes-tro. Para um melhor re-sultado, o maestro nãodeve fazer discursos.

Os músicos vêm para to-car, não para ouvir uma conferênciaou assistir à uma aula . Digamos o in-dispensável em poucas palavras. Osmúsicos têm horror de receber lições.

Nunca devemos desencorajá-los e simdar confiança aos que têm dificulda-des, não insistir sobre um erro come-tido, nem humilhá-lo diante dos seuscolegas com observações vexatórias.Os instrumentistas sabem apreciar ovalor do maestro assim que este sobeao pódio e abre a partitura.

O poder do diálogo IIEm seu maravilhoso livro “A arte de dirigiruma orquestra”, Wagner escreveu:” Só osmúsicos de orquestra têm a faculdade dejulgar se uma regência é boa ou má”. An-tes de um concerto, um músico, interro-gado sobre qual seria o programa regidopor um maestro de renome, respondeu:“O que ele vai reger eu não sei....mas NÒSvamos tocar a 5ª Sinfonia de Beethoven”.

O horário de um músico de orquestraé minuciosamente regulado. O motivoda sua atividade febril não é a ganân-cia de grandes lucros. A simples ne-cessidade de viver, morar,alimentar-se,vestir-se,etc.é imperiosa para os músi-cos, como para todos os homens.

Muitos não sabem como a profissãode músico de orquestra pode ser

dura. O público não imaginacomo os metais, por exem-plo, têm um trabalho exaus-tivo numa ópera deWagner.Aliás, mesmo para ascordas é extenuante tocarcinco horas seguidas. Fazero maior número possível decachês se torna uma idéiafixa. Acho um milagre quenesse ritmo de trabalho o ins-trumentista ainda guardeseu entusiasmo, sua fidelida-de à música e seu amor àprofissão.

Às vezes, um spalla sai de suaestante para solar um con-certo.

Seus colega sabem aplaudi-losem inveja. Porém um autên-tico músico de orquestra nãopensa em fazer carreira desolista. Sua visão musical o leva

de preferência para a música de câ-mara, trios, quartetos, quintetos.

Vejamos uma orquestra instalada nopalco antes da entrada do maestro.Não se pode dar nome a todos essesrostos. No entanto eles merecem nos-sa estima e nossa admiração, tantoquanto os virtuoses que preferiram oglorioso isolamento do solista ao es-plêndido anonimato da orquestra.”

Charles Munch

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Existe um momento solene na preparaçãode um concerto, quando pela primeira veztomamos contato com uma orquestra des-conhecida ou que regemos há muito tem-po. Não estamos diante de uma orquestrae sim diante de uma centena de seres hu-manos que têm suas alegrias,tristezas,dificuldades.È um tête-à-tête si-lencioso, de onde nasce um clima de sim-patia, cordialidade e confiança. Não deve-ria ser permitido que pessoas que se de-testassem tocassem juntas.

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12Jornal Musical No 34

LançamentosLançamentosCDs

Daqui dali delá

Toque de Prima

Amorágio

Salgado Maranhão

Os CD´s desta sessão estão à venda na sede do SindMusi.Conheça nosso Armazém Virtual: www.sindmusi.org.br

O discoAmorágio,do poeta ecompositor Salgado Maranhão, é umdesfile de composições suas comgrandes parceiros, como Ivan Lins (VôoLivre), Elton Medeiros (Recato) ePaulinho da Viola (Feito Passarinho) econta também com a participação degrandes intérpretes como o prórpioPaulinho (Recato), Elba Ramalho (Rap-sódia) Zé Renato (Vôo Livre),Dominguinhos (Ave Cigana) e ZecaBaleiro (Trem da Consciência).

O disco começa e termina com opróprio Salgado Maranhão recitan-do dois de seus poemas (Farra e Apelagem da tigra) e o encarte é re-cheado com histórias contadas pelopoeta que fala de sua vida artística.

O grupo Toquede Prima lança oCD Daqui Dali Delácom repertório e arranjos que fa-zem jus ao nome do grupo. Com pro-dução assinada por Rildo Hora, ogrupo traz composições de grandesmestres como Elton Medeiros eMartinho da Vila, com destaque paraCabô Meu Pai (Moacyr Luz, AldirBlanc e Luiz Carlos da Vila), gravadatambém por Zeca Pagodinho em seuúltimo disco. O Toque de Prima éformado por Ari Bispo (voz), Carlinhos7 Cordas (violões), Dininho (baixo evoz), Fred Camacho (cavaquinho,banjo e voz), Marcelo Moreira (per-cussão e voz), Ovídio Brito (percus-são e voz) e Wanderson Martins(cavaquinho, violão, banjo e voz).