Jornal Nacional da Umbanda Ed. 52

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Pagina 1 Expediente: Rubens Saraceni Alan Levasseur Colaboradores desta edição: Alan Levasseur Carla Guedes Luciana Vanni Synture Rawa Ariel Folly Henriques - México Jeane Mendes André Costa Jasom Mauricio Santos Adriana Quadros Rodrigo Correia Santos Elizete Baptista Emerson Zocchi Rubens Saraceni JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 05 de Fevereiro de 2013. Edição 52. [email protected] Uma publicação do Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda SALVE A RAINHA DO MAR, SALVE MÃE YEMANJÁ.

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JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 05 de Fevereiro de 2013. Edição 52. [email protected]

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Expediente:

Rubens Saraceni Alan Levasseur

Colaboradores desta edição: Alan Levasseur Carla Guedes Luciana Vanni Synture Rawa Ariel Folly Henriques - México Jeane Mendes André Costa Jasom Mauricio Santos Adriana Quadros Rodrigo Correia Santos Elizete Baptista Emerson Zocchi Rubens Saraceni

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 05 de Fevereiro de 2013. Edição 52. [email protected]

Uma publicação do Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda

SALVE A RAINHA DO MAR, SALVE MÃE YEMANJÁ.

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DIA DE YEMANJA – NOSSA SENHORA DOS

NAVEGANTES.

Por Alan Levasseur e-mail: [email protected]

ORAÇÃO À NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES:

Ó Nossa Senhora dos Navegantes, Mãe de Deus criador do céu, da terra, dos rios, lagos e mares; protegei-me em todas as minhas viagens.

Que ventos, tempestades, borrascas, raios e ressacas, não perturbem a minha embarcação e que monstro nenhum, nem incidentes imprevistos causem alteração e atraso à minha viagem, nem me desviem da rota traçada. Virgem Maria, Senhora dos Navegantes, minha vida é a travessia de um mar furioso.

As tentações, os fracassos e as desilusões são ondas impetuosas que ameaçam afundar minha frágil embarcação no abismo do desânimo e do desespero. Nossa Senhora dos Navegantes, nas horas de perigo eu penso em vós e o medo desaparece; o ânimo e a disposição de lutar e de vencer tornam a me fortalecer.

Com a vossa proteção e a bênção de vosso Filho, a embarcação da minha vida há de ancorar segura e

tranquila no porto da eternidade. Nossa Senhora dos Navegantes, rogai por nós.

ORAÇÃO À YEMANJA:

Minha protetora Iemanjá. Enfermeira dos que sofrem, consoladora dos aflitos, conselheira dos angustiados. Mãe de todos. Agradeço de tantas graças que nos concedes. Indigno-me de tua áurea luminosa. E rendo-te minha homenagem, rainha das águas. Que contribui caridade e amor, entre todos os seus filhos. Eu te agradeço senhora Mãe Iemanjá, por me atender nas horas que recorro a teus poderes divinas graças te dou Iemanjá. Pelas tuas radiações milagrosas, agradeço, dizendo, obrigado por tua proteção constante que tens proporcionando por nossos irmãos que sofrem. Curvo-me diante de ti e rogo-me, continue dando proteção a teus devotos. Que dedicam amor profundo. Que tua áurea bendita continue protegendo e vibrando bondade. De paz e saúde sobre aqueles que te ajoelham suplicando aos seus pés.

EDITORIAL

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Dai-nos a tua proteção pura e conforto da alma. Suplico nesta mensagem porque creio em teu poder imenso assim seja. Minha mãe querida Iemanjá.

OFERENDA PARA O ORIXÁ IEMANJÁ (“Rituais Umbandistas - Oferendas, Firmezas e Assentamentos” de Rubens Saraceni - Editora Madras)

• Toalhas branca ou azul claro; • velas branca ou azul claro; • fitas branca ou azul claro; • linhas branca ou azul claro; • pembas branca ou azul claro; • flores (rosas brancas, palmas brancas, lírio branco) frutas (melão em fatias, cerejas, laranja lima, goiaba branca, framboesa); • bebidas (champagne de uva e licor de ambrósia); • comidas (manjares; peixes assados; arroz doce com bastante canela em pó).

UM POUCO SOBRE YEMANJA - (LENDAS)

Yemanjá na África - Yemanjá ou Yemoja é o Orixá dos Egbá, uma Nação Iorubá outrora estabelecida na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemoja. Yemanjá era cultuada às margens desse rio.

Seu nome, assim como o de todos os Orixás, vem da cultura Nagô, de língua Iorubá, e deriva de “Yèyé Omo Ejá”, que significa a Mãe cujos filhos são peixes ou a Mãe de muitos filhos (Yèyé ou Yê= mãe; Omo= filhos; Ejá= peixes).

As guerras entre Nações Iorubás levaram os Egbá a emigrarem na direção oeste, para Abeokutá, no início do século XIX. Obviamente que não poderiam levar consigo o rio Yemoja, então os Egbá transportaram os objetos sagrados de suporte do axé da Divindade, passando a cultuá-la no rio Ògùn, que atravessa a região. Pierre Verger afirma que este rio Ògùn não deve ser confundido com Ogum, o deus do ferro e dos ferreiros, baseando esta afirmação nos ensinamentos mais antigos e tradicionais sobre a Divindade Ogum, e inclusive contrariando escritos de alguns autores do final do século passado.

O principal templo de Yemanjá está em Ibará, um bairro de Abeokutá. Seus fiéis, todos os anos, vão buscar a água sagrada numa fonte do rio Lakaxa, que é um afluente do rio Ògùn, para lavar os axés da Divindade. Essa água é recolhida em jarras, transportada numa procissão seguida por pessoas que carregam esculturas de madeira (ère) e um conjunto de tambores. Na volta, o cortejo vai saudar as pessoas importantes do bairro, começando por Olúbàrà, o rei de Ibará.

Entre os Egbá, Yemanjá ou Yemojá é saudada como “Odò ìyá” (Odo=rio; ìyá= mãe). Ela é filha de Olokun, Divindade riquíssima, dona do oceano e de todas as suas riquezas.

Em Ifé, Olokun é uma Divindade feminina, uma deusa do mar; e em Benin e Lagos, é cultuada como Divindade masculina, é um deus do mar.

Numa história de Ifá, Yemanjá aparece casada pela primeira vez com Orumilá, Senhor das Adivinhações; e depois com Olofin, Rei de Ifé.

Segundo as lendas, desse casamento com Olofin, Yemanjá teve dez filhos, entre eles Oxumarê ("O arco-íris que se desloca com a chuva e guarda o fogo nos seus punhos") e Xangô ("O trovão que se desloca com a chuva e revela seus segredos"). Yemanjá também foi casada com Oxalá; união que representa a fusão do céu com o mar, no horizonte.

Considerada a Mãe de todos os Orixás e da humanidade, Yemanjá simboliza a manifestação da procriação, da restauração das emoções e a fecundidade. É a grande provedora, que proporciona o sustento a todos os seus filhos. (Do livro "Orixás” - Pierre Fatumbi Verger - Editora Corrupio.)

Yemanjá no Novo Mundo - Yemanjá é uma Divindade muito popular no Brasil e em

Cuba.

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Usa roupas cobertas de pérolas e tem filhos no mundo inteiro. Está em todo lugar aonde chega o mar.

Seu axé é assentado sobre pedras marinhas e conchas, guardadas numa porcelana azul.

Nas religiões de matriz africana, o sábado é o dia da semana que lhe é usualmente consagrado, juntamente com outras Divindades femininas.

Suas comidas rituais ou votivas consistem de carneiro e pato, além de preparados à base de milho branco, azeite, sal e cebola.

Seus adeptos usam colares de contas de vidro transparentes e vestem-se, de preferência, de azul-claro.

Em Cuba, Yemanjá é reverenciada como Yemajá ou Yemayá e também relacionada às cores azul e branca. É uma Rainha do Mar Negra, que assume o nome cristão de “La Virgen de la Regla” e faz parte da Santeria, como Santa Padroeira dos portos de Havana.

Yemanjá no Brasil- Entre as Mães Orixás, Yemanjá é a mais popular, sendo festejada

em todo o Brasil como a Rainha do Mar, a Padroeira dos náufragos, a Grande Mãe, a Mãe de todas as cabeças humanas. Na versão de Pierre Verger, Ela representa a mãe que protege os filhos a qualquer custo, a mãe de vários filhos (peixes), que adora cuidar de crianças e de animais domésticos.

Além dos muitos nomes africanos pelos quais é conhecida, a forma portuguesa Janaína também é utilizada; e foi criada como a maneira mais branda de "sincretismo" encontrada pelos africanos aqui escravizados para a perpetuação dos seus Cultos. Várias composições de autoria popular foram realizadas de forma a saudar a "Janaína do Mar", e algumas como canções litúrgicas.

Diz JORGE AMADO: “Iemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta”.

Na Bahia, seus adeptos usam colares de contas de vidro transparentes e vestem-se, de preferência, de azul-claro.

Seu axé é representado por pedras marinhas e conchas consagradas ritualmente, guardadas numa sopeira de porcelana azul.

As saudações mais usadas para Yemanjá são: Odoiyá (ou Odoyá); Odô Miô (ou Omio; ou Omiodo); Odociaba (ou Odociyabá; ou Odofiaba; ou Odô-fe-iaba)- significando “Mãe do rio” ou “Mãe das águas”. São verdadeiros mantras de Yemanjá que, ao serem pronunciados com amor e reverência, atraem as Irradiações da Mãe Divina.

Yemanjá é o único Orixá que tem uma imagem genuinamente umbandista, na qual é retratada com um vestido azul, longos cabelos negros e pérolas caindo das mãos.

Algumas vezes, tem vestes branco-peroladas, cor que lembra muito a fusão dos elementos Água e Cristal, sobre os quais Yemanjá atua. De acordo com Pai Ronaldo Linares, a referida imagem foi visualizada acima do mar, na década de 1950, pela senhora Dala Paes Leme. Um artista pintou um quadro da imagem descrita, e a partir dele começaram a ser feitas essas imagens de Yemanjá, adotadas em boa parte dos Terreiros de Umbanda.

As Festas para Yemanjá

Se na África Yemanjá é relacionada a um rio, no Brasil Ela é associada às águas salgadas do mar; já que as águas doces dos rios são o domínio de Oxum. Por isso, as praias são o palco sagrado de grandes festas de homenagem a Yemanjá.

No Brasil, Yemanjá goza de grande popularidade entre os seguidores da Umbanda, do Candomblé, do Batuque, do Xambá, do Xangô do Nordeste, do Omolokô e mesmo entre fiéis de outras religiões, pois o arquétipo da Grande Mãe está presente no inconsciente dos

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povos. Muitas festas a homenageiam. Flores, perfumes, jóias e bijuterias são algumas das oferendas que recebe nessas ocasiões.

No Rio de Janeiro e em Natal, Yemanjá é homenageada na passagem do ano. Na Bahia e no Rio Grande do Sul, as maiores festas acontecem no dia 02 de fevereiro.

A grande festa baiana ocorre na Praia do Rio Vermelho, em Salvador. Já no Rio Grande do Sul os maiores festejos são em Porto Alegre e Pelotas.

Em São Paulo e em João Pessoa, na Paraíba, Yemanjá é celebrada no dia 08 de dezembro. Na mesma data, a Bahia realiza duas outras festas para a Mãe das Águas.

Em São Paulo, as maiores comemorações ocorrem no município de Praia Grande, Litoral Sul, com milhares de fiéis. A tradição teve início em 1969, quando uma grande imagem de Yemanjá foi colocada perto da Vila Mirim, por iniciativa de Pai Demétrio Domingues e de outros líderes Umbandistas da época. Vale lembrar que o dia 08 de dezembro é consagrado a Nossa Senhora da Conceição, dentro da liturgia Católica, e que esta Santa sincretiza com o Orixá Oxum.

Pai Ronaldo Linares conta que na década de 60, neste dia 08, se fazia uma Festa para Oxum, onde havia “um encontro de Oxum com Yemanjá”, na Praia das Vacas, no município paulista de São Vicente. Depois, esse “encontro” deixou de ocorrer e a data ficou reservada para festejar apenas Yemanjá.

Em João Pessoa, 08 de dezembro é o feriado municipal consagrado a Nossa Senhora da Conceição e também o dia de tradicional Festa de Yemanjá. Todos os anos, na Praia de Tambaú, instala-se um palco circular cercado de bandeiras e fitas azuis e brancas, ao redor do qual se aglomeram fiéis oriundos de várias partes do Estado para assistir ao desfile dos Orixás e, principalmente, da homenageada. Pela praia, encontram-se buracos com velas acesas, flores e presentes. Em 2008, segundo os organizadores da festa, 100 mil pessoas compareceram ao local.

Ainda em 08 de dezembro a Bahia realiza outras duas festas para Yemanjá. Uma delas acontece pelo sincretismo com a Padroeira da Bahia, Nossa Senhora da Conceição da Praia, sendo feriado municipal em Salvador. A outra é realizada no Monte Serrat, na Pedra Furada, em Salvador, denominada “Presente de Yemanjá”, uma manifestação popular que tem origem na devoção dos pescadores locais à Rainha do Mar, também saudada como Janaína.

Existe um sincretismo entre a Santa Católica Nossa Senhora dos Navegantes e o Orixá Yemanjá. Em algumas regiões do Brasil, ambas são festejadas no dia 02 de fevereiro, com uma grande procissão fluvial.

Uma das maiores festas do Dois de Fevereiro ocorre em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. No mesmo Estado, em Pelotas, a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes vai até o Porto de Pelotas.

Antes do encerramento da festividade Católica, acontece um dos momentos mais marcantes da celebração: as embarcações param e são recepcionadas por Umbandistas que carregam a imagem de Yemanjá, proporcionando um encontro ecumênico assistido da orla por muitas pessoas.

Em Pelotas, a Festa de Yemanjá acontece à noite, sob a coordenação da Federação Sul Riograndense de Umbanda e com o apoio da Prefeitura; e durante o dia a Festa Católica a Nossa Senhora dos Navegantes é organizada pela Diocese local.

No Rio de Janeiro, Yemanjá é festejada na passagem de ano. Milhares de pessoas comparecem e depositam no mar oferendas para a Divindade. A celebração inclui o tradicional "banho de pipocas" e as sete ondas que os fiéis e até mesmo seguidores de outras religiões pulam, como forma de pedir sorte à Grande Mãe Orixá (sete ondas, simbolizando os sete Sentidos da Vida).

A Grande Festa da Praia do Rio Vermelho- Na Bahia, Yemanjá é geralmente sincretizada com Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Santa Católica que se comemora no dia 08 de dezembro. No entanto, a maior festa baiana para Yemanjá é celebrada em 02 de fevereiro.

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Em Salvador, segundo a liturgia Católica, 02 de fevereiro é o dia consagrado a Nossa Senhora das Candeias, Santa que é sincretizada com Oxum, o Orixá das águas doces. Curiosamente, é justamente nesta data que se organiza a maior festa do país em homenagem à "Rainha do Mar”; o que mostra que o sincretismo entre os Orixás e os Santos Católicos não é de uma rigidez absoluta.

Por isso, considera-se que a Festa de Yemanjá, em dois de fevereiro, é a única grande festa religiosa baiana que não tem origem no Catolicismo, e sim no Candomblé.

A grande Festa do Dois de Fevereiro acontece na Praia do Rio Vermelho, em Salvador. A celebração Católica acontece na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, em Salvador, na Cidade Baixa; enquanto os Terreiros de Candomblé e Umbanda fazem divisões cercadas com cordas, fitas e flores nas praias, delimitando espaço para as Casas de Santo que realizarão seus trabalhos na areia, em louvor a Yemanjá.

A Festa atrai imensa multidão de fiéis e de admiradores da Mãe das Águas, Dona Janaína, a Princesa ou a Rainha do Mar. Milhares de pessoas trajadas de branco saem em procissão até ao templo-mor, localizado próximo à foz do Rio Vermelho, onde depositam variadas oferendas.

Bem cedo pela manhã, longas filas de pessoas se formam diante da pequena casa construída na véspera, a fim de abrigar as grandes cestas destinadas a receber os donativos e as oferendas para Yemanjá.

Durante todo o dia, forma-se um lento desfile de pessoas de todas as origens e meios sociais, trazendo ramos de flores frescas ou artificiais, pratos de comida feitos com carinho, frascos de perfumes, sabonetes embrulhados em papel transparente, bonecas, cortes de tecidos e outros presentes agradáveis “a uma mulher bonita e vaidosa”. Cartas e súplicas, presentes em dinheiro, colares e pulseiras não faltam.

A aparente simplicidade desses fiéis não desnatura o caráter emocionante da festa, onde se pode sentir intensa Vibração da Mãe Divina sobre os Seus filhos que, como crianças, vão levar-lhe “presentes” cujo maior valor está no amor e na devoção que Lhe consagram.

E, afinal, o que somos nós, além de crianças, diante de Deus e das Suas Divindades? Em algumas horas as cestas de oferendas já estão cheias e são substituídas por

outras. Ao final da tarde, os ramos de flores são colocados em cima das cestas, transformando-as, assim, numas 30 braçadas de flores, imensas. O entusiasmo da multidão chega ao máximo, com gritos alegres, saudações a Yemanjá e votos de prosperidade.

Uma parte da assistência embarca a bordo de veleiros, barcos e lanchas a motor, que se dirigem para o alto mar, onde as cestas são depositadas sobre as ondas. Segundo a tradição, as oferendas “aceitas” devem mergulhar até ao fundo. Se forem devolvidas à praia, é sinal de “recusa”, para tristeza dos fiéis.

Em dois de fevereiro de 2010, pela primeira vez, a escultura de uma sereia negra, criada pelo artista plástico Washington Santana, foi escolhida para representar Yemanjá na grande Festa do Rio Vermelho, em homenagem à Àfrica e à religião afrodescendente.

A Linha de Yemanjá, também chamada de linha do POVO DO MAR ou POVO D'ÁGUA, se apresentam na Umbanda na forma de caboclas; gostam de trabalhar com água do mar ou água com sal grosso, Perfumes e espelhos (elementos que também servem para uma oferenda para as entidades no nível de protetoras e não no nível de guias e orixás).

Fazem uso da mecânica de incorporação emitindo sons que são verdadeiros mantras que são confundidos por lamentos devido a associação do canto das sereias. Nada impede que médiuns homens trabalhem com essas entidades pois todos tem o equilíbrio dentro de si.

Sobre Yemanjá: O Orixá Ancestral é representado no planeta Terra (no plano físico e astral) pelos 7

“Orixás Menores”. Na Vibração de Yemanjá são: Cabocla YARA; Cabocla ESTRELA DO MAR; Cabocla DO MAR; Cabocla INDAYÁ; Cabocla INHASSÃ; Cabocla NANÃ-BURUCUN; Cabocla OXUM. Abaixo dessas Entidades, temos os GUIAS de Yemanjá: Caboclo DO MAR;

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Cabocla CINDA; Cabocla 7 LUAS; Cabocla JUÇANÃ; Cabocla JANDIRA e outros. Ainda dentro da Hierarquia Sagrada, logo abaixo, temos os PROTETORES. Dentre eles citarei: Cabocla LUA NOVA; Cabocla ROSA BRANCA; Cabocla DA PRAIS; Cabocla JACY; Cabocla DA CONCHA DOURADA; Caboclo 7 CONCHAS e outros.

NUNCA DEVEMOS ESQUECER QUE: Yemanjá é sensível às atenções ou bondades que se dispensam espontaneamente a seus filhos, e também aprecia e recompensa aqueles que são respeitoso e lhe demonstram consideração. Em todos os momentos graves, os Orixás pedem conselhos a Yemanjá, a Deusa progenitora, muito sábia e dona do mais precioso dos princípios vitais.

MEDIUNIDADE – PARTE 1

Por: Carla Guedes. E-mail: [email protected]

A mediunidade é um assunto sério e um tanto delicado, que ainda precisa ser muito

comentado para que seja desmistificado e esclarecido. Resolvi abordar o assunto mediunidade em partes, já que há muito a ser dito e não

quero propor uma leitura exaustiva a vocês. Bem, para começar é essencial dizer que a mediunidade é algo natural em nós, assim

como a visão, o olfato, tato, audição. TODOS NÓS SOMOS MÉDIUNS. O que varia de pessoa para pessoa é a intensidade

em que esses dons estão abertos. Todos nós somos intuídos por nossos Mestres e Guias Espirituais em todos os

momentos, seja numa fala, ação, pensamento. O que acontece, é que não percebemos. Não sabemos identificar que fomos intuídos, justamente porque é algo tão natural e

tão frequente que passa despercebido. Para exemplificar, é como usar roupa: usamos desde que nascemos, então não temos

de fato a sensação do corpo em contato com a roupa, simplesmente parece que não

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estamos usando nada. Mas se começarmos a pensar sobre o assunto, iremos sentir o tecido em contato com a nossa pele.

Médium significa medianeiro, o que está no meio. Portanto, é o médium que faz a conexão entre o profano e o divino. Grosseiramente, os médiuns podem ser comparados com os aparelhos telefônicos, que são apenas o meio para que haja uma troca de informações que vem de locais distintos. E para que haja uma boa troca, precisamos fazer diversos ajustes no nosso telefone, tais como: tirar completamente os ruídos, ajustar a campainha num volume que você possa escutar quem está te ligando, etc.

Com o médium é exatamente da mesma forma, ele precisa de vários ajustes para que consiga exercer a mediunidade com segurança.

Que ajustes são estes? Antes de começar: Elimine orgulho, vaidade, ego. Você não é o escolhido, o melhor, o

superior porque possui faculdades mediúnicas. Afinal, todos nós temos. Não existe a faculdade mediúnica melhor que a outra. Existe a faculdade mediúnica

que se encaixa melhor para cada pessoa. Não inveje o dom mediúnico do irmão, não queira ter o mesmo dom que o irmão tem. A mediunidade é algo que a princípio encanta, queremos ter todos os dons mediúnicos, mas de repente o dom que você quer ter não é o dom que melhor se encaixa para você.

Também não posso deixar de citar, que possuímos mediunidade para nos comunicar com o Divino, servir à Deus, ajudar aos nossos irmãos e a nós mesmos. Não possuímos mediunidade para fuxicar a vida dos outros, o pensamento dos outros.

A má utilização dos dons mediúnicos e a vaidade levam ao fechamento completo de suas faculdades.

O fundamental para que o médium comece a exercer a sua mediunidade com segurança é estar com o seu emocional equilibrado. Dessa forma, o médium não permite que nenhuma emoção (sua ou do consulente) interfira no trabalho. E ainda vai além, o médium emocionalmente equilibrado está mais ligado às Faixas Positivas, portanto, mais acessível aos Guias Espirituais.

Quando a pessoa está desequilibrada o seu magnetismo é denso, dificultando o acesso das vibrações sutis dos Guias/Mentores/Mestres Espirituais. Nestas circunstâncias, é mais provável que você sofra uma influência de um espírito desequilibrado, sofredor, egun, kiumba, obsessor, e dependendo do seu desequilíbrio você pode até sofrer influência de magos negros e senhores das trevas.

Na segunda posição, coloco a concentração. Sem concentração não há mediunismo. Você necessita se concentrar para se focar somente no que os Guias e Mestres têm a dizer, e em nada mais, isolando assim qualquer influência externa.

Concentração significa esvaziar a mente. E não posso deixar de dizer que o nosso mental é extremamente criativo e vai tentar falar no lugar dos Guias Espirituais. Portanto, concentração e silencie o seu mental. Medite.

O médium deve estar constantemente limpando o seu corpo energético/espiritual, seja através de banhos de ervas, magias, etc. Espíritos obsessores acoplados a nós podem mudar o rumo das coisas. Nossos chackras devem estar sempre limpos, principalmente o coronal.

Outro aspecto muito importante é o preconceito. O médium não pode ter preconceito nenhum sobre nenhum tipo de religião, prática, assunto, raça, opção sexual, etc.

O preconceito é algo que está incutido tanto no consciente quanto no inconsciente do ser.

Não é uma simples opinião forte. O médium preconceituoso não consegue aceitar que haja algo para ser falado pelos seus Guias Espirituais que sejam diferentes da sua opinião pré conceituosa e acaba divulgando uma série de informações erradas sobre o assunto pelo qual tem preconceito, e o pior acontece: o médium fala besteira e ainda coloca o a assinatura de um Guia Espiritual.

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Para finalizar: Conhecimento. O Guia Espiritual só consegue trabalhar e se comunicar de forma plena, se o seu cavalo/médium tem conhecimento a respeito do tema que está sendo abordado.

Por exemplo: Você vai até um médium para saber o que os seus Guias Espirituais dizem a respeito de Magia. Se o médium não souber nada sobre Magia, o Guia não poderá (através desse médium) dar grandes explicações. Portanto, tenham a mente aberta e procurem conhecer um pouco de tudo. Conhecimento, digo também no sentido de saber como funciona a sua faculdade mediúnica, aprender a trabalhar com ela de fato e não simplesmente deixar acontecer.

Como podemos ver há uma série de ajustes em nosso padrão vibratório, mudanças no nosso interior, no comportamento, que devemos fazer para que possamos exercer a nossa mediunidade.

A forma com que a vamos fazendo esses ajustes é que determina a intensidade com que os dons mediúnicos vão aparecer. Existem pessoas que possuem certas faculdades mediúnicas abertas, mas as que estão com suas faculdades fechadas podem perfeitamente desenvolvê-las fazendo estes ajustes.

No próximo post, falarei sobre desenvolvimento mediúnico, confiança no trabalho mediúnico e tipos de mediunidade. Saravá!

ARREPENDIMENTO

Luciana Vanni Gatti E-mail: [email protected]

Lendo o texto de uma pessoa desiludida com as religiões que abraçou, me fez refletir que o maior problema não está na religião ou doutrina, mas sim na dificuldade das pessoas de agir com Amor e desprendimento.

Eu também já fui espirita e sentia que faltava espaço a minha concreta participação. La, você tem que fazer inúmeros cursos antes de poder participar, dar sua contribuição. Quando conheci a Umbanda me senti acolhida como em um abraço de mãe. Não me esqueço da primeira vez que tive o privilegio de conversar com Vó Joana.

Era um momento difícil de minha vida e foi como se ela me tivesse colocado no colo e me consolado com um amor tão especial...

Foi inesquecível. Isto é o que mais amo em minha religião: a possibilidade de conversarmos e sermos esclarecidos por espíritos iluminados e com uma consciência muito acima da que temos enquanto seres encarnados neste plano material. Os seres humanos encarnados têm as suas mazelas, limitações, dificuldades.

Nas outras religiões os padres, pastores, reverendos, etc, são pessoas com suas limitações, como todos nós, apenas um pouco mais esclarecidos (nem sempre), estudados, mas na Umbanda você não fala com o ser humano que está ali na sua frente, você tem o privilegio de poder conversar com alguém que já passou por isto e já ultrapassou este estagio de existência e hoje está muito além, em condições de auxiliar aos que estão aqui.

Eles têm uma consciência superior e condição de olhar as situações sob uma ótica mais abrangente e ver onde erramos para chegar ao ponto em que estamos. Têm condições de nos mostrar qual conduta nossa está nos trazendo situações difíceis para nossa vida.

Enfim nos dão oportunidades reais de aprendizado e entendimento para nossa evolução. Nossa religião é única e Maravilhosa. Mesmo que dentro dela tenha o ser humano com suas

limitações...coisa que tem em toda religião neste mundo material, certo?! Que cada um encontre o melhor caminho para a sua evolução. O meu é na Umbanda. Saravá a todos os meus irmãos umbandistas e saravá a todos os meus irmãos em Deus.

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COLOCAR OU NÃO, A MÃO NA COROA DO MÉDIUM?

Por Rodrigo Correia dos Santos. E-Mail: [email protected]

Essa é umas das questões mais discutidas, e que trazem muitas divergências entre os médiuns.

A coroa mediúnica chamada de “ori” coroa em Ioruba é o ponto central de maior força o médium e é onde estão todas as informações sobre a configuração do orixá de frente, orixá adjunto e orixá ancestre, e seus guias de trabalho.

Para o Babalorixá, Pai de Santo, etc, por mais graus que tenham só poderá colocar a mão sobre o “ori” de um médium com a permissão do Pai Maior e o principal com o “consentimento” do médium.

Essa é a parte principal no processo de desenvolvimento do médium numa casa de santo, os terreiros de umbanda.

Como funciona esse processo? - Havendo consentimento do médium dentro do desenvolvimento mediúnico do terreiro, seu

corpo astral e sua faculdade mediúnica e Orixás regentes começam a fase de adaptação, os Orixás e guias espirituais tendem a baixar suas vibrações e igualar com a vibração da casa.

O não consentimento do médium ao Babalorixá para colocar sua mão sobre o “ori” coroa do médium, começar a repelir vibratoriamente entre em conflito com a vibração da casa.

Enquanto pensam que estão trazendo os guias em terras, estão na verdade interferindo o processo energético e vibratório. Isso explica porque os médiuns ficam (rondado, tremendo, sacolejando e chorando) sem entender o porquê dessas reações.

O Orixá e os guias espirituais precisam baixar energeticamente suas vibrações para entrar em sintonia com a vibração do médium, para a incorporação.

BUSQUEMOS LUZ!

Synture Rawa Hahamovici. E-mail: [email protected]

Nos dias de hoje, nesta época tão atribulada e complexa, em meio a tantos balanceamentos e ajustes cármicos individuais e coletivos, eis que tudo vem à tona e à nota, na velocidade da luz, aqui em nossos meios midiáticos modernos - e, ao toque de um simples painel, aqui na abençoada e polimática internet, vamos expressando nossos valores, nossos conteúdos pessoais - mais ou menos bons, mais ou menos edificantes, é fato.

Diletos leitores! Faltam-me palavras, mesmo na riqueza vernacular de nosso Português monumental, para que eu expresse minha IMENSA identificação com o Mistério Exu.

Os Senhores Exus e Pomba Giras de Lei, executores da Lei Maior - a Lei de Deus - ora são amados/ respeitados, ora são um tanto mal compreendidos, em seus atributos operacionais e em suas atribuições funcionais. Representam, tais abençoadíssimos Seres, o BRAÇO ARMADO DA LEI DE DEUS, agindo na anti-lei, com o rigor e com a exatidão cabíveis.

AMO estes valorosos/ valentes Seres - um deles em especial, por elos pessoais - e tenho respeito pleno por eles, que formam nossa polícia hiperfísica, sem a qual tudo, mas tudo mesmo, estaria ainda muito pior, aqui na crosta terrestre.

A bem da verdade estou convicta de que há de haver Seres, Guardiães, em outros orbes, em outros universos, até porque, a Umbanda Sagrada tem sentido cósmico e alcance multidimensional.

Bem, após tal introdução, quero aqui consignar algo que assoma-se-me preocupante, aqui na internet. Refiro-me ao que considero os três principais tipos etológicos humanos, a saber - os fanáticos religiosos fundamentalistas, os ateus desrespeitosos caçoístas e os falsos espiritualistas presunçosos. Para os primeiros, uma breve palavrinha: Deus Todo-Poderoso é o Princípio da Vida, e os textos bíblicos, conquanto mereçam-nos total respeito, são histórias/ estórias contadas por homens, traduzidos, tais textos, ao longo dos milênios, e, portanto, necessariamente, contendo falhas e imprecisões. Os Salmos, lidos e trabalhados ritualisticamente, principalmente em Hebraico (seu idioma original) são atualíssimos, e têm um imenso poder magístico, é vero.

Quanto aos ateus, até entendo que o sejam, pois o quadro situacional das religiões, em geral, está imensamente confuso - mas, do momento em que há desrespeito e postura

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contumeliosa, ofensiva, perdem totalmente a razão. Vamos, aqui, ater-nos um pouco mais na tipificação comportamental dos falsos espiritualistas presunçosos.

Digo falsos, porque, faltos de equilíbrio emocional, rapidamente perdem a razão, vociferando, ofendendo, inquinando - especialmente as redes sociais - postando conteúdos que bem demonstram ou seu desconhecimento dos valores espirituais reais, ou a deturpação de tais conhecimentos.

Os que eventualmente apresentam algum conhecimento de magia prática, mormente na Quimbanda - esta, mais do que digna de nosso respeito - passam a considerar-se magos, bruxos/as poderosos/as - só que, com o emocional desequilibrado e descalibrado (por um ou outro motivo), apresentam, digamos assim, o ego inflado e o intelecto auto ou hetero-mistificado, e costumam estourar de raiva passional, ou quando são contrariados, ou quando recebem críticas fortes, severas, porém, verdadeiras e sábias.

Tal tipo de gente, em linhas gerais apresenta o seguinte padrão etográfico: Aqui nas redes sociais, em geral, em letras pequenas e mensagens mais ou menos breves, simulando humildade e/ou humanismo, agridem pessoas de envergadura intelectual séria e, o que é até risível, mas é muito triste - vão postando, já iracundos, pontos de Guias, Exus, Orixás, como que os evocando, supondo-os, sob desmando emotivo, seus serviçais, seus empregados, por assim dizer. Há postagens absurdas, deste tipo - “mexeu comigo, não tem perdão, meu pai é o Diabo, o Capeta é meu irmão" - e negatividades similares.

Algumas destas pessoas, assim afetas a seus modos de bruxos/as, até podem apresentar certa intelectualidade, atitudes a princípio até aparentemente amáveis - até o abençoado momento em que as máscaras caem, perante quem ou o que os desmascare, neles percebendo, ao invés de sérios ou expressivos conteúdos esoteristas espiritualistas verdadeiros, emoções e pendências mal resolvidas, passando-se - tal material psicológico - a traduzir-se em atitudes e posturas francamente inamistosas. Arvorando-se em algum conhecimento de algum tipo de magia prática, passam a considerarem-se poderosos, quando, realmente, são presunçosos, particularmente se temporariamente estão com uma vida material fácil, ou algo semelhante.

A Lei de Deus - a LEI - de tudo sabe e a tudo alcança, tenhamos certeza absoluta disso. A Lei a todos acerta, para que todos perante Ela, a Lei, se acertem, em termos de ORDEM E EQUILÍBRIO. Nenhum Guia, Mentor, Guardião ou Orixá atende a tais desequilibrados, ligando-se eles, sabendo-o ou não, aos malfeitores do astral inferior, aos kiumbas - aqui, a respeitável Quimbanda cai, por assim dizer, na abominável kiumbanda, a banda dos kiumbas, que se nutrem, literalmente, de energias barônticas de ódio, revanchismo, ataque se achaques nervosos de todos os tipos.

A média etológica e etográfica da coletividade terráquea ainda são preponderantemente de GERONTOPUÉRICOS - neologismo de minha autoria, criado há vários anos, significando, simples e sumariamente... seres mais ou menos idosos, porém de psiquismo infantil. Escrevo tudo isto, com o escopo de alertar, fazer o leitor refletir.

Não tenhamos qualquer medo de pessoas assim ou do que verdadeiramente as acompanha - e nossa proteção maior e infalível é esta: Manter-nos na risca da linha da Lei Maior, o que significa não odiar, não querer o mal - sabendo que o mau feitiço SEMPRE volta ao mau feiticeiro/a, pela linha de menor resistência e de máxima potência - é o que, no conhecimento esoterista, chamamos de reversão antanagógica.

Pessoalmente, recomendo, para incrementar-se ainda mais nossa proteção contra vibrações barônticas, estes Salmos, de preferência em Hebraico, pois este é um idioma de altíssimo poder mântrico magístico - Salmos 23, 41, 27, 91, 118, 121. O salmo 35 é poderosíssimo cursor de varredura, devendo ser feito magisticamente, se e somente se realmente necessário.

Em qualquer idioma, os salmos, proferidos com Fé e pensamentos positivos de triunfo, estando a pessoa, insisto, na risca da linha da Lei Suprema, têm um efeito magístico poderosíssimo.

Bem, leitores, por ora, é isto o que houve por bem compartilhar com todos vocês.

O JNU É UMA PUBLICAÇÃO DO COLÉGIO DE UMBANDA PAI BENEDITO DE ARUANDA, E

PASSA A SER ENVIADO VIA E-MAIL COM PERIODICIDADE MENSAL.

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HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA

EDUCAÇÃO PARA DIVERSIDADE E CIDADANIA

Por Adriana Quadros E-mail: [email protected]

“A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum

indispensável para o exercício da cidadania e fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em

estudos posteriores [...]”. (LIBÂNEO, 2003, p. 252).

A educação é um trunfo indispensável na construção dos ideais pressupostos para preparar o ser humano para a vida. A educação se dá em diversas instituições, tais como, a escola, a família, a sociedade. E cada uma realiza uma determinante na educação e nos aspectos da formação do individuo. A família é a primeira escola deste educando, que é inserido neste grupo social, e o tem como referencial para o desenvolvimento de suas habilidades e cognições. A família é um agente educador, responsável por transmissão de valores, ela é socializadora na medida em que remete a herança cultural e social. Segundo MARCONI e PRESOTTO, (2001) apontam que a família, se originariamente foi um fenômeno biológico de conservação, perpetuação e reprodução, transformou-se em fenômeno social.

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (Constituição Federal de 1988, artigo 205)

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A educação pressupõe que o ser humano desenvolva as suas faculdades, tais como,

sensibilidade, vontade, inteligência, viver consigo e com os outros e com o mundo, desenvolvimento físico e intelectual, vida moral e cultural, espiritual e religiosa. Educando o individuo em valores, orientando seu crescimento e aptidões, afim de que o educando adquira responsabilidade, liberdade pessoal e social. Voltada para a cidadania, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais.

Essas exigências apontam a relevância de discussões sobre a dignidade do ser humano, a igualdade de direitos, a recusa categórica de formas de discriminação, a importância da solidariedade e do respeito. Cabe ao campo educacional propiciar aos alunos as capacidades de vivenciar as diferentes formas de inserção sociopolítica e cultural. Apresenta-se para a escola, hoje mais do que nunca, a necessidade de assumir-se como espaço social de construção dos significados éticos necessários e constitutivos de toda e qualquer ação de cidadania. (PCN, 1997, p. 27)

Está expresso nos Parâmetros Curriculares Nacionais que a educação e um direito social, a

educação tem culminado em desenvolvimento humano, e a escola é uma instituição que corresponde a um espaço sociocultural e institucional responsável pelo pedagógico do conhecimento e da cultura. Como o conhecimento é intrínseco no ato de educar pedagogicamente um individuo, e nos Parâmetros Curriculares Nacionais sinaliza a educação através da pluralidade e diversas culturas existentes no Brasil.

A desigualdade social é uma diferença de outra natureza: é produzida na relação de dominação e exploração socioeconômica e política. Quando se propõe o conhecimento e a valorização da pluralidade cultural brasileira não se pretende deixar de lado essa questão. Ao contrário, principalmente no que se refere à discriminação, é impossível compreendê-la sem recorrer ao contexto social em que acontece e à estrutura autoritária que marca a sociedade. As produções culturais não ocorrem “fora” de relações de poder: são constituídas e marcadas por ele, envolvendo um permanente processo de reformulação e resistência. (PCN, 1997, p. 19)

Dentro desta perspectiva, temos as populações negras que abarcaram no Brasil em quantidade elevada, sendo distribuída por diversas regiões, com maior predominância na região Nordeste e Sudeste. Cujo crescimento no Brasil colônia se deu através da expansão canavieira, esse processo garantiu aos senhores de engenho e latifundiários um grande patrimônio, sendo que os negros viviam em condições precárias, sub-humanas. O povo negro africano, em sua diversidade cultural, criou estratégias para reverenciar seus ancestrais, manter seus valores e recriar vínculos.

Desta forma o povo negro manteve e possibilitou um conhecimento na coletividade para manter suas tradições, a população negra afro-descendente enfrentou e ainda enfrenta muita discriminação em relação a sua ancestralidade e sua religiosidade. E foi diante dessas discriminações ao longo dos anos, por falta de conhecimento da sociedade como um todo, foi que diversas entidades do movimento Negro brasileiro lutaram e lutam por uma sociedade mais justa e igualitária.

Através da III Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e as Formas Correlatadas de Intolerância1, que instalou o debate público, que envolveu organizações governamentais e não governamentais, onde foram feitas elaborações que garantiu o reconhecimento do Brasil, como responsável historicamente por escravismo e marginalização social, entre outros fatores, dos descendentes de africanos. Cabendo ao Brasil a implementação do plano de ação para promover e formular projetos que viabilize programas para valorizar a história e a cultura do povo negro.

Entre tais premissas, resultou a alteração na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, sendo incluso os artigos 26-A e 79-B, referidos a Lei nº 10.639/2003, que determinou obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras e Africanas no currículo oficial da Educação Básica, incluindo no calendário escolar o dia 20 de novembro, como “Dia Nacional da Consciência Negra”.

1 Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Intolerância Correlatada (Durban, África

do Sul, 31 de Agosto a 7 de Setembro de 2001).

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Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’.(Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)

A disciplina história e cultura afro-brasileira e indígena, pressupõe em uma sociedade sem diferença, tendo em vista, que o Brasil engloba a miscigenação de três etnias: o índio, o branco e o negro. Apesar do índio e do negro fazerem parte do processo histórico do Brasil, tal como o branco, não obtiveram reconhecimento de suas contribuições por um longo período da história, foram duramente discriminados e apartados da formação da sociedade nacional.

A inclusão da disciplina em questão pressupõe exatamente no reconhecimento da contribuição do negro e do índio como sujeito histórico, como parte do todo, e é fazendo parte do currículo que o conhecimento a respeito da historia desses sujeitos implícitos em nossas vidas desde o inicio da colonização, que poderá haver mudanças de comportamentos na sociedade perante estes fatos históricos e que fazem parte da construção desta terra esplendida.

È importante salientar que o negro além de escravo, de sua etnia, ele tinha sua personalidade, seus conhecimentos prévios e internalizados, do seu convívio em seu continente de origem. A África não é um continente homogêneo, ao contrário ela é de uma diversidade imensa, e essa diversidade abarcou no Brasil, somou com o europeu e com o ameríndio, formando a diversidade encontrada no Brasil, por isso, torna-se urgente que a população brasileira tome conhecimento deste processo histórico, e desmistifique a cultura afro-brasileira, a unicidade do processo histórico brasileiro é de todos. A sociedade civil segue desenvolvendo importante papel na luta contra o racismo e seus derivados. Compreender os mecanismos de resistência da população negra ao longo da história exige também estudar a formação dos quilombos rurais e urbanos e das irmandades negras, entre tantas outras formas de organizações coletivas negras. A população negra que para cá foi trazida tinha uma história da vida passada no continente africano, a qual somada às marcas impressas pelo processo de transmutação de continente serviu de base para a criação de estratégias de sobrevivência. resistência. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2006, P. 22)

O papel da escola se traduz em um espaço privilegiado de inclusão, reconhecimento e

combate em relação ao preconceito e a discriminação. Propiciando saberes e desconstruindo as hierarquias entre as referidas culturas, com afirmação no caráter multiracial e puriétnico. Promovendo e resgatando a historia e a culturalidade africana e afro-brasileira como pressuposto para a construção identitária ético-racial na sociedade brasileira.

Em virtude dos fatos mencionados concluímos que a população negra no Brasil, perpassou por todo o processo histórico, como sujeito, vivendo de forma excludente, as margens da sociedade, sofrendo com o racismo e a desigualdade. Tendo em vista a regulamentação da Lei nº 10.639/2003, que insere no currículo, o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, tornando-se imprescindível, que todos se conscientizem de que é necessário para uma compreensão e cosmovisão africana, perante a valorização desses conhecimentos, através da transdisciplinaridade.

É necessário que tenhamos uma postura critica e reflexiva perante o enfrentamento do racismo e das desigualdades sócias como num todo, sensibilizando a comunidade escolar, bem como a comunidade em que ela está inserida, entendendo que precisamos nos compromissar com a historicidade das relações sociais no Brasil, e a importância da dialogicidade para uma efetiva participação em um currículo anti racista. FREIRE, (1987) diz que “[...] a história é possibilidade e não fatalidade [...]”.

Se nossa sociedade é plural, étnica e culturalmente, desde os primórdios de sua invenção pela força colonial, só podemos construí-la democraticamente respeitando a diversidade do nosso povo, ou seja, as matrizes étnico-raciais que deram ao Brasil atual sua feição multicolor composta de índios, negros, orientais, brancos e mestiços. . (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2005, P. 95).

Obs: O terreiro (casa, centro, lar.....) também é um espaço de ensino, não escolar. A religião promove o estudo religioso, a moral, a ética, aceitação do outro, diversidade, saúde e muitos outros conhecimentos.

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O FIO DO DESTINO DE UMA BOIADA.

Por Adriana Quadros E-mail: [email protected]

O Boiadeiro sempre está pronto para conduzir sua boiada, nunca deixa sair de sua condução.

Sempre tocando seu berrante ou mesmo sua viola, ele segue tranquilamente cantando e tocando sua boiada. Ele está sempre atento a qualquer acontecimento que possa vir a dispersar o seu rebanho.

O chicote tem um valor primordial para o Boiadeiro, pois com este instrumento mágico em seus trabalhos, transmite sua força na lida espiritual, ele conduz, mesmo que dolorosamente, o boi que está debandando, ele usa rapidamente seu chicote, colocando-os de volta ao fio do destino. Este instrumento é formado por uma corda ou correia de couro presa a um cabo, e é usada para excitar ou conduzir a sua boiada.

O Boiadeiro é um guia, e entendemos como guia aquele que conduz, que dirige, que mostra o caminho, que dá direção moral e intelectual.

O Boiadeiro se preocupa com o fio do destino de quem ele está conduzindo, todos nós temos um destino e uma missão para cumprir no plano terreno, e uma das diversas funções ou atribuições que fazem parte do arquétipo nesta linha de trabalho na Umbanda, é não permitir segundo a Lei Maior e a Justiça Divina de Deus, que aqueles a quem lhe foi confiado a conduzir, não se disperse de seu caminho.

Temos sim, nosso livre arbítrio, tecemos sim, a nossa teia de vida, mas com certeza ela está sendo guiada ou conduzida e nós não nos damos conta desta ligação, pois as mazelas deste mundo corpóreo, sempre em busca de respostas, não nos permitem muitas vezes a nos atentarmos em olhar para o alto e perceber que a nossa teia está conectada por um fio condutor, seguindo direto para nossa missão, para cumpri-la de forma plausível.

O Boiadeiro é um cavaleiro exímio em guiar pelas veredas de vossos caminhos, na travessia evolutiva, com ele com certeza nossos caminhos serão cristalinos, com a força de um cabloco de passos firmes, que não deixa rastros, pois está sempre em movimento.

No tear da vida o Boiadeiro segue ora, desfazendo nó, ora fazendo nó, pois o ir e vir de pontos no fio do tear, traça a sua determinação em manter um tear perfeito e harmonioso, com fios equilibrados. É, um nó aqui, outro ali, um desatar aqui, amarra ali. Assim ele vai conduzindo-nos a tecer a nossa teia a cada fio de forma harmoniosa, com todo cuidado para que este fio esteja bem equilibrado e não arrebente tão facilmente, permanecendo somente com os nós necessários.

Qual é o fio que estamos tecendo em nossos caminhos? Você está tecendo o fio do ódio, da desilusão, da discórdia, da tristeza, da angústia, da

mágoa, da raiva, da traição, do fracasso, dos sem coragem, dos sem fé, dos sem amor, dos sem conhecimento, dos sem liberdade, da preguiça, da vaidade, do orgulho, da má vontade...?

Saiba que hoje mesmo você pode cortar o fio que está em desarmonia com a criação Divina e começar a tecer novamente, renovando com o fio da harmonia, do equilíbrio, do amor, do conhecimento, da alegria, da paz, da fé, da justiça, da coragem, do sucesso, da boa vontade, entre vários outros. Construa a sua teia de forma cristalina, agregadora, equilibradora, expansora, ordenadora, evolucionadora e geradora. É diante das qualidades Divinas de Deus que poderemos tecer fios fortes e coloridos.

Sendo assim, busque o melhor fio para sua teia, que ela esteja sempre em conformidade com a criação Divina, acredite no seu caminho e diga ao universo, sim, eu quero tecer o fio juntamente com as qualidades Divinas da criação, Deus é nosso fio primordial, ele é nosso fio condutor, estamos conectados com ele, somos a sua criação. As suas qualidades divinas são o nosso amparo e a nossa sustentação na construção de uma teia em perfeita harmonia.

Mensagem inspirada - Boiadeiro da Campina, através da médium Adriana Quadros.

A Laçada do Boiadeiro

Por Adriana Quadros. E-mail: [email protected]

Entendemos como nó ou laço em sua forma física feito de corda ou de alguma fita, tira ou

algo parecido, com extremidades que passam uma pela outra, apertando-se. Existem vários tipos de nós, tais como, nó cego, nó de marinheiro, nó de duas voltas, nó de gravata, nó único, nó de escoteiro, nós de travagem, nós de ligação, nós de salvamento, entre muitos outros.

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Também existem vários tipos de materiais para se fazer uma corda, podemos citar, como exemplo, o algodão, sisal e sintético.

Mas aqui nós vamos falar de um nó ou laço simbólico, bem mais profundo, no plano espiritual, em uma dimensão muito elevada e verdadeiramente mágico-religiosa.

O nó tem sua magia, e o complexo mágico-religioso do amarrar que traz uma constelação de arquétipo, tais como, o tecer do Cosmo, o fio do destino, o labirinto, a corrente da existência, entre outros. E o simbolismo geral da ligação e multi valência mágico-religiosa dos laços, laço da morte, doença, magia e Deus.

As etimologias confirmam que a ação de ligar é essencialmente mágica, religio do latim religare, significando religação com o divino, humanidade e espiritualidade.

O nó segundo Eliade, [...] é a orientação que se impõe à força que numa ligação qualquer, em toda ação de ligar. Ora a orientação pode ser positiva ou negativa, quer se tome, aliás, está oposição no sentido benéfico ou de maléfica, quer no sentido de defesa ou de ataque (muitas pessoas usam a magia do amarrar para trabalhos inferiores, tais como, amarração amorosa).

O nó e sua magia são utilizados contra os miasmas e larvas astrais, espíritos inferiores, desorientados e que precisam de encaminhamento espiritual, tem função de curar os males físicos e espirituais, são meios de defesa contra as demandas, é a conservação da força.

Temos diversas experiências religiosas e profundas que exprimem o poder de Deus, veremos abaixo algumas referencias bíblicas que exprimem a ligação do laço.

E, se alguém prevalecer contra um, os dois, lhe resistirão; e o cordão de três dobras

não se quebra tão depressa. Eclesiastes 4. Deus te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa. Salmo 91. Tristezas do inferno me cingiram, laços de morte me surpreenderam. Salmo 18.

As palavras que designam a ação de ligar servem igualmente para exprimir o encantamento,

ligar solidamente, ligar por magia, fazendo nó. Entendemos que os Boiadeiros trabalham com a corda, laço e nó para atar ou desatar. Trabalhando nos setes sentidos da vida ele laça todo desequilíbrio e desordem nos planos da vida física ou espiritual.

Portanto, o ato de ligação ao amarrar exprime o movimento de ordenação a tudo que precisa de ordem, equilíbrio e evolução na vida do ser encarnado ou desencarnado.

Quando os boiadeiros saem em campo com sua boiada eles trabalham firmemente para mantê-los juntos, assim, eles bradam como os caboclos, eles ordenam com Pai Ogum e eles estão em campina girando no ar seu laço com mãe Iansã, e vão conduzindo o fio do destino de sua boiada.

Jetuê, Jetuá Corda de laçar meu boi

Jetuê, Jetuá Corda de meu boi laçar

Jetuê, Jetuá Boiadeiro Laçador

Jetuê, Jetuá Meu boi fugiu eu vou laçar....

O MEDIADOR

Por Adriana Quadros.

Um bom professor é mediador das possibilidades inerentes aos seus educandos, nunca entrega pronto, sempre mostra o caminho, para que o educando com criatividade possa buscar sua própria resposta, mais sempre com as orientações do seu mestre. O educador promove a autonomia do seu educando, com dignidade e ética. Não existe docência sem discência, segundo Freire (1996) "[...] quem forma se forma e reforma ao formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado [...]".

Freire, também nos apresenta a pedagogia da libertação, ou seja, o aluno não é um depósito, ele faz uma crítica aos educadores que não permitem a liberdade no aprendizado dos seus

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educandos, como se eles não existissem. É uma educação bancária e depositária do saber, que o educador deseja que o educando saiba.

O educando é um individuo livre para agir, refletir nas possibilidades autênticas na comunicação da aprendizagem, são pessoas, com alma, sentimentos, emoções, desejos e sonhos.

Os educadores devem interagir com seu alunado em uma relação dialógica-dialética, ambos integrando o mesmo processo, ou seja, da mesma forma que você ensina, você aprende, é uma troca constante. Podemos escolher duas vertentes teóricas para educar: dialógica ou antidialógica.

Dialógica: colaboração, união, organização, síntese cultural, reflexiva.

Antidialógica: conquista, dominação, manipulação, invasão, reguladora.

A pedagogia humanizadora só é possível através da união entre a teoria e a prática, é a liderança revolucionária, ao invés de subjugar ou sobrepor, oprimindo seus educandos, os tratando como coisa ou coisificando em sua totalidade, o educador deve mediar os alunos a serem reflexivos e autônomos.

Na educação bancária o educador se vê como o dono do saber e os seus educandos são meramente ouvintes, nada sabem. Já na educação libertadora acontece ao contrário, educando e educador, ambos interagem com união para ensinar e aprender simultaneamente. Não se transfere o saber, compartilhamos, construímos, o educador mediador forma seres críticos, livres e dialógicos.

O sacerdote ou dirigente de um templo Umbandista é um educador religioso, por outro lado tem surgido muitos cursos na religião, presencial ou EAD.

Todos os que desejam seguir este caminho precisam estar preparados, não só com o conteúdo, mas com a pedagogia, pois o educador que deve construir, também pode destruir o emocional de um individuo. A religião educa o ser no psicológico, na ética, na vida, espiritual...

O espaço sagrado ou santuário é um lugar de muito respeito, disciplina e obediência, não é um lugar de subjugação, medo e intolerância.

Respeitando sempre o ser integralmente, no emocional, espiritual e físico.

As atitudes do educador são altamente influenciáveis a vida de seu educando, positiva ou negativamente, e autoridade não pode se confundir com autoritarismo.

Existem diversas formas do religioso buscar o conhecimento, se o seu templo não oferece oportunidades de aprendizado, busque externamente a ele, nada pode te impedir de fazer isso, aprender é evoluir, ninguém neste microcosmo pode te impedir de evoluir, só você. Uma frase elucidativa do irmão Alexandre Balberde (JNU nº47) a respeito do conhecimento em relação ao estudo da magia divina, que aqui implica no aprendizado, e devemos entender não só no âmbito da magia, mas num todo, principalmente no estudo da Teologia de Umbanda Sagrada, dentro ou fora dos templos.

“Não “crucifiquem” aqueles médiuns que estão dispostos a aprender e se libertar de seus medos e opressões que travam suas evoluções”. Teologia faz você crescer, evoluir, esclarece e você aprende amar mais a religião.

A educação é muito mais complexa do que se possa imaginar, e é através da educação religiosa ou não, que o individuo pode desenvolver melhores aspectos intelectuais, físicas e espirituais. Contribuindo positivamente com a sociedade em que vive, educação e religião devem caminhar juntas, interligadas, pois o ser humano não é dividido em partes isoladas, é um ser como um todo.

Concluímos que, o educador mediador é fator primordial na vida do educando, como também o educando é para o educador, mediando uma educação com amorosidade, respeito, dialogicidade e reflexiva. Na atualidade, é a educação, mas que qualquer outro fator, que a religião institucional defende a sua importância. Com esforço, dedicação, perseverança, estudo, bom senso, esperança, entre outros.

Que a Umbanda pode promover possibilidades de evolução ao individuo, em todos os sentidos da criação divina.

O texto não é uma crítica, e sim uma reflexão de como se tem feito o ensino dentro ou fora dos templos, em relação à religião de Umbanda, e tudo que aqui foi dito está na esfera da cientificidade pedagógica, a Umbanda é simples, mas não deve ser de qualquer jeito.

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A IMPORTÂNCIA DE EXU NA UMBANDA

André Cozta

Laroyê, Sagrado Orixá Exu! Senhor Exu é Mojubá! Com a permissão desta Divindade, discorreremos, a partir de hoje, em três textos, acerca

deste Orixá, tão controverso, confuso, e alvo de preconceitos e interpretações errôneas, inclusive, nos meios umbandistas.

Sempre que um umbandista fala em Exu, visualiza seus guias espirituais à esquerda, guardiões, manifestadores dos Divinos Poderes deste Sagrado Orixá e de todos os outros do nosso ritual religioso. Por isso, nos é comum sempre identificarmos os exus de Oxalá, Xangô, Ogum, Oxum, Obaluayê, etc.

Porém, se temos todos estes guardiões “exus” trabalhando sob as 7 Irradiações Divinas (Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei , Evolução e Geração), manifestando através delas as 7 Essências formadoras do Todo (Cristal, Mineral, Vegetal, Fogo, Ar, Terra e Água), representadas na nossa amada religião pelos quatorze Orixás manifestadores destes Poderes Divinos, também os temos sob a irradiação deste Poder de Olorum, que é o Senhor do Vigor, o Trono da Vitalidade, o Senhor Orixá Exu.

Exu não se encontra em nenhum dos Sete Sentidos da Vida, em nenhuma das Sete Essências, mas, no exterior de todas, guardando-as.

Faz-se necessário que os umbandistas passem a cultuar Exu, enquanto divindade. Esta necessidade vem se mostrando ao longo dos tempos, com a abertura do Mistério Exu,

pelo Sr. Rubens Saraceni, em suas obras, trazidas ao plano material por Mestres Dirigentes do Ritual de Umbanda Sagrada e também com a abertura de um grau magístico: A Magia Divina do Orixá Exu.

Este “cultuar” não implica em “trocar”, ou seja, parar de trabalhar, reverenciar, ofertar seus guardiões “exus” à esquerda. Muito pelo contrário! Representará um fortalecimento no trabalho do médium para a atuação dos seus guias de esquerda.

Estará acrescendo às suas forças, um Poder Divino realizador por si só, que trará aos seus “exus” guardiões condições de trabalho antes não imaginadas pelo médium.

Pai Benedito de Aruanda nos ensina, através do Mestre Rubens Saraceni, em sua obra “Orixá Exu- Fundamentação do Mistério Exu na Umbanda (Madras Editora)”, que Exu é, também, o Estado do Vazio na Criação, enquanto o Sagrado Pai Oxalá é o Espaço Absoluto.

No instante anterior à Criação no exterior de Olorum, nosso Pai Maior e Divino Criador, havia o caos estabelecido, o Nada, que é denominado Orixá Exu Mirim. Neste estado, nosso Pai Criador não poderia exteriorizar o Espaço Absoluto (Pai Oxalá), por isso, exteriorizou, primeiramente, o Vazio (Senhor Orixá Exu), para que, nele, pudesse exteriorizar o Espaço.

Então, quando tínhamos o Nada (Senhor Orixá Exu Mirim), estava instaurado no exterior de Olorum o Plano das Ideias e Intenções. Quando exteriorizou Exu (o Vazio), passou a ter condições de exteriorizar também o Espaço, que, dentro do Vazio foi estendendo-se e criando o Todo.

Por isso, caro leitor e cara leitora, temos o Senhor Exu como o maior de todos os Sagrados Orixás, pois, se não habita nossos íntimos, como os Orixás manifestadores da Fé, do Amor, do Conhecimento, da Justiça, da Lei, da Evolução e da Geração, o temos à nossa volta, o tempo todo, como o Vazio.

Exu não está em nós, mas, nós estamos em Exu. Saibam que as tronqueiras (casas de exus e pomba giras), são instaladas fora dos terreiros,

por que são os vazios relativos. Se colocadas dentro do terreiro, instaurarão nele o vazio, impedindo o trabalho dos Orixás e guias da casa.

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JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 05 de Fevereiro de 2013. Edição 52. [email protected]

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Do lado de fora, como vazio relativo, receberão todas as energias negativas nelas despachadas por guias e Orixás durante os trabalhos.

Compreender Exu desta forma, como estado do Vazio na Criação, como Poder manifestado de Deus, é compreendê-lo como a própria neutralidade do Todo. sobre isto!

A vitalidade, o vigor, têm sido associadas à Exu há muito Reflita tempo. Assim cristalizou-se no ritual africano.

Já falamos de Exu como Estado do Vazio (ou da neutralidade), como Trono do Vigor ou da Vitalidade, o Senhor da Virilidade, da masculinidade.

Por um acaso, não vemos nestas manifestações divinas (por que toda a Divindade manifesta um Poder de Deus), um “quê” de humanas?

Proponho a você que reflita bem acerca desta minha dissertação. Preste atenção, irmão (ã) umbandista, no trabalho dos seus guardiões “exus”. E, se verá

neles, características dos Orixás que manifestam nos 7 Sentidos da Vida (Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração), também verá características deste Divino Poder, desta divindade denominada por nós, aqui no Brasil, a partir da cultura Ioruba, Orixá Exu.

Recomendo que aprofunde seus estudos acerca deste Orixá, pois, assim, conhecendo-o bem, saberá como atuar em benefício próprio, do seu lar, familiares, e até nos seus trabalhos espirituais, com os Poderes de Exu. Isto sem contar o fortalecimento e abertura do léque de opções de trabalho para seus guardiões “exus”.

O que dissertei aqui foram apenas alguns pontos para abertura de uma discussão entre os irmãos umbandistas.

Sugiro que estude o Mistério Exu, aberto ao plano material por Rubens Saraceni. E a partir destes estudos, passe a cultuar este Amado Orixá, controverso, alvo de ataques

ignorantes, muitas vezes, mas fundamental em nossas vidas, para o Todo, que é a Criação do Pai Olorum.

No dia publicarei o texto intitulado “Conto de Exu”, enviado por Pai Thomé do Congo. E no dia, encerrarei esta série com o texto “Firmezas de Exu”. Laroyê Senhor Exu! Saravá Umbanda!

A VERDADEIRA PAZ

Enviado por: Jason Mauricio Santos .E-mail: [email protected]

Certa vez, houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seria dado ao quadro que melhor

representasse a paz. Ficaram, dentre muitos, três finalistas igualmente empatados. O primeiro retratava uma imensa pastagem, com lindas flores e borboletas que bailavam no

ar, acariciadas por uma brisa suave. O segundo mostrava pássaros a voar sob nuvens brancas como a neve, em meio ao azul anil

do céu. O terceiro mostrava um grande rochedo sendo açoitado pela violência das ondas do mar, em

meio a uma tempestade estrondosa e cheia de relâmpagos. Para surpresa e espanto dos finalistas, o escolhido foi o terceiro quadro, o que retratava a

violência das ondas contra o rochedo. Indignados, os dois pintores que não foram escolhidos questionaram o juiz que deu o voto de desempate: - Como este quadro tão violento pode representar a paz, sr. Juiz?

E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar, disse: Vocês repararam que, em meio à violência das ondas e à tempestade, há numa das fendas do rochedo, um passarinho com seus filhotes dormindo tranquilamente?

E os pintores sem entender responderam: Sim, mas... Antes que eles concluíssem a frase, o juiz ponderou: Caros amigos, a verdadeira paz é aquela que, mesmo nos momentos mais difíceis, nos

permite repousar tranquilos. Talvez muitas pessoas não consigam entender como pode reinar a paz em meio à

tempestade, mas não é tão difícil de entender.

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JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 05 de Fevereiro de 2013. Edição 52. [email protected]

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Considerando que a paz é um estado de espírito podemos concluir que, se a consciência está tranquila, tudo à volta pode estar em revolução que conseguiremos manter nossa serenidade. Fazendo uma comparação com o quadro vencedor, poderíamos dizer que o ninho do pássaro, que repousava serenamente com seus filhotes representa a nossa consciência.

A consciência é um refúgio seguro, quando nada tem que nos reprove. E também pode acontecer o contrário: tudo à volta pode estar tranquilo e nossa consciência arder em chamas.

A consciência, portanto, é um tribunal implacável, do qual não conseguiremos fugir, porque está em nós.

É ela que nos dará possibilidades de permanecer em harmonia íntima, mesmo que tudo à volta ameace desmoronar, ou acuse sinais de perigo solicitando correção.

Sendo assim, concluiremos que a paz não será implantada por decretos nem por ordens exteriores, mas será conquista individual de cada criatura, portas adentro da sua intimidade. Um dia, A paz vestiu-se de Homem e conviveu com a Humanidade sofredora e aflita.

Conservava-Se em paz mesmo diante das situações mais turbulentas e

assustadoras. Agredido, manteve-se sereno. Caluniado, exemplificou tranquilidade. Diante da tempestade no mar, pediu calma.

Pregado na cruz permaneceu em paz. Todavia, antes de partir teve ensejo de dizer: A minha paz vos deixo como exemplo. A minha paz vos dou como modelo a ser copiado.

Redação do Momento Espírita

A MINHA RELIGIÃO

Enviado por Jeane Mendes E-mail: [email protected]

A minha religião é assim, me impulsiona a ser uma pessoa melhor. Não me condena, mas

também não faz vistas grossas aos meus erros, porque ela sabe, eles serão registrados no tempo e através dele terei que cumprir a sentença que eu mesma arquitetei.

Minha religião não é dos brancos, negros, dos santos ou pecadores, ela é composta por todos que olham a natureza e percebem na sua simplicidade a grandeza das forças que a regem.

Minha religião é pé no chão, é fé no coração e razão para que eu nunca me esqueça de que é necessário aprendê-la e praticá-la, porque só assim compreenderei seu sentido, fortalecendo e propagando suas bases.

Minha religião é assim, entra quem quer, mas só permanece quem a abraçou por princípios, não por uma necessidade passageira.

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JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 05 de Fevereiro de 2013. Edição 52. [email protected]

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Sou a Umbanda, sou a fé nos Orixás, nos Guardiões e em todas as forças que manifestam a caridade e nela minha vida segue seu rumo, nem sempre sereno, mas certamente seguro, porque eu confio Naqueles que são minha coroa e em meu Criador.

UM PEDIDO AOS ORIXÁS.

Elizete Baptista E-mail: [email protected]

Quero a calma de Oxalá, para os dias que mesmo tendo a meiguice de Oxum, eu tenha

dificuldades para conquistar a riqueza de Oxumarê. Mas quero que, com a valentia de Iansã, a bravura de Ogum, no calor de Egunitá, eu

consiga obter a razão de Xangô para ter a coragem de Obá e vencer todos os obstáculos. Quero também a liberdade de Oxossi, junto à sabedoria de Nanã para que com a prudência

de Obaluaie eu tenha a fertilidade de Iemanjá nos meus caminhos. Para isso eu quero a firmeza de Omulu e a espiritualidade de Ewá, que trarão a magia de

Ossaim para que com a elegância de Logun Edé eu não me desvie do meu destino. E tendo a intuição de Ifá, a gargalhada de Exu e a traquinagem de Exu Mirim eu usarei a

sedução das Pombas Giras para me livrar dos inimigos. Então tendo a alegria dos Erês e a humildade dos Pretos Velhos eu posso “pensar” em um

dia querer a perfeição dos Caboclos. Mas nada disso eu posso querer sem agradecer a Olorum por minha vida e por tudo o que já

me foi dado e então dividir esse querer com todos os meus amigos conquistados. Para assim juntos pedirmos Tempo ao Tempo para distribuirmos todo o amor que dentro de

nós está guardado.

Umbanda – Meio Ambiente e Responsabilidade Social

Texto enviado pelo médium – Rodrigo Correia dos Santos

Os pontos mágicos de maiores intensidade no mundo Umbandista é a mãe natureza, elemento importantíssimo para elevar e equilibrar energeticamente os Orixás e seus médiuns.

O que me entristece muito é a falta de senso de alguns médiuns em relação à responsabilidade social e ambiental. Sábado passado mesmo passei em frente a uma praça na zona oeste de São Paulo, tinha uma oferenda que praticamente “acabou” com a praça geograficamente e ambientalmente falando.

Muita sujeira espalhada pela praça, garrafas (quebradas), alguidares, taças, isso é “crime” contra o meio ambiente - lei nº9. 605 e também esta ajudando a denegrir o nome da Umbanda perante a sociedade em que vivemos.

Na cidade de São Paulo existem espaços demarcados e preparados geograficamente e juridicamente para pratica de despachos, firmezas e limpezas como Santuário dos Orixás dirigido pelo Pai Ronaldo Linares em São Bernardo do Campo, o Vale dos Orixás localizado em Juquitiba com pessoas preparadas em recolher e cuidar do meio ambiente, para que os médiuns possam abrir suas oferendas com tranquilidade sem serem perturbados ou agredidos verbalmente por qualquer pessoa.

O médium ao abrir sua oferenda nas vias públicas, praças, tem a obrigação de recolher todos os resíduos do trabalho e jogar no lixo e não jogar em qualquer terreno baldio, o orixá ou o guia espiritual precisa de 15 minutos para canalizar, irradiar e projetar no campo espiritual em beneficio de quem for. Não polua ainda mais o meio ambiente e as cidades aonde vivemos.

Para a nossa Umbanda Sagrada crescer e se firma ainda mais, devemos ter a “consciência” de nossos atos e saber respeitar o espaço das outras pessoas e o ambiente aonde vivemos, e sim preservar e não agredir a nossa principal fonte de energia tanto dos nossos Orixás quanto dos próprios médiuns.

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QUAL O FUNDAMENTO DO AMACI NA

UMBANDA SAGRADA

Texto Enviado pelo médium – Rodrigo Correia dos Santos

Dentro da Umbanda Sagrada praticamos um ritual litúrgico chamado de “Amaci”. Ritual esse que tem como fundamento ativar a coroa do médium, o “ori”, e serve para

apresentar o médium ao Pai Maior Olorum, a Oxalá e a todo o panteão dos Sagrados Orixás e guias espirituais, mostrando ser humilde perante eles e servi-los da melhor maneira possível na pratica da caridade.

Qual a Composição do Amaci? O amaci é um composto de ervas, que são maceradas dentro d’água e em algumas casas

coloca-se um pouco de “pó” de pemba para dar uma ativação maior na coroa do médium aumentando a vibração energética dentro da coroa.

Em algumas casas o dirigente também abre uma oferenda dentro do Centro para o Orixá que irá ser consagrado e assim aumentando sua irradiação durante o amaci.

O processo do amaci começa sete dias antes do dia marcado para o ritual, os médiuns, nesse período, entram em resguardo absoluto, porque o amaci na Umbanda representa um “batismo” e é aonde ocorrerá à troca de energia do “ori” do médium, e aonde irão se desenvolver e se abrir suas faculdades mediúnicas.

Nesse resguardo a pessoa não pode ingerir carne vermelha, ter relações sexuais e deve evitar todos os vícios que a pessoa pode ter.

Porque tudo isso? Para não ter interferência durante o processo de limpeza da “matéria” e do espirito.

No dia marcado para o amaci o médium deve entrar no Centro em silêncio, buscando a concentração e a purificação como um todo, tanto do corpo quanto do espírito.

COMO OS EVANGÉLICOS SABEM SER DESAGRADÁVEIS.

Enviado por Emerson Zocchi E-mail: [email protected]

Para minha infelicidade peguei a curta fila do caixa onde uma evangélica passava as compras de um Senhor sessentão - pastor de igreja!

Eu estava de sapato branco aberto atrás, camisa e jaqueta branca, só o jeans da calça era azul claro - roupa de terapeuta, mas na cabeça do Pastor era roupa de espírita.

Eu particularmente sou espiritualista independente - mas não fico esfregando minha devoção na fuça de ninguém, e leiam o que tive de escutar de provocação assim que o Pastor e a caixa me viram chegando.

-Glória Jesus que esta garoando, o tempo estava seco demais, disse a caixa. O Pastorzão logo retrucou, Deus seja louvado aleluia. Ahhh, o senhor também é evangélico? - Sim, claro, fui 20 anos espírita, fui ao culto e recebi o chamado, vendi meu apartamento

e montei a igreja, sou pastor. A moça arregalou os olhos e soltou um glória a Deus. O pastor me olhando com o cantinho do olho continuou, ah sim, minha mulher também

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JORNAL NACIONAL DA UMBANDA. São Paulo, 05 de Fevereiro de 2013. Edição 52. [email protected]

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era mãe de santo, mas eu consegui a tirar do mundo do demônio. A moça, DEUS SEJA SEMPRE LOUVADO E AMÉM SENHOR DA GLÓRIA!!! Fui a igreja por causa de minha saúde, eu era muito doente, Jesus me curou, faz 3 anos.

Ambos faziam questão de prolongar o papo e a caixa passava as compras do pastor ainda mais devagar. Eu ali segurando dois kits de yakult e 3 yogurtes gregos - vontade de abrir os yogurtes e derramar na cabeça de ambos...

Engoli seco, acho que o Extra deveria ensinar bons modos a seus funcionários orientando-os a não espezinharem o credo alheio, que se limitem a fazer o serviço que ali estão para fazer, porque esse tipo de provocação já é crime previsto na lei.

Saí do supermercado Extra bem irritado, me arrependi de não ter ido falar com o gerente, mas fiquei com dó da dita filha do Senhor - vai saber se o Deus dela não faria chover fogo e enxofre na minha cabeça por eu te-la denunciado.

Concluo nos meus 40 anos de existência que: TODOS RESPEITAM OS EVANGÉLICOS, CHEGAMOS ATÉ A ENGOLIR TANTA COISA,

como encherem o saco da gente nos domingos logo cedo, apertando sem parar a campainha até acordarmos e irmos lá para recebermos um folhetinho com o carimbo da igreja com endereço e horário do culto, fora as pregações tortuosas que nos forçam ouvir.

Os cultos escandalosos que chegam a nos assustar e ai de alguém que reclamar - é acusado de estar sendo usado pelo demônio...

Enfim, TODOS RESPEITAM OS EVANGÉLICOS, MAS ELES NÃO RESPEITAM NINGUÉM, PEGUEI NOJO!

Repassem! Quem sabe esse e-mail circulando chega aos olhos dos insanos pastores, e esses por milagre aprendam a cidadania, muito melhor que a religiosidade fundamentalista e agressiva que eles pregam em nome de Deus, mas que esta mais para o Demónio disfarçado de anjo e em nome de Jesus.

O CALENDÁRIO TOLTECA - A CONTA DO

TEMPO NO MÉXICO ANTIGO

Ariel Folly Henriques E-mail: [email protected]

Quando escutamos a palavra calendário imaginamos um mecanismo matemático frio e impessoal, vinculado exclusivamente com a medida do tempo.

No caso dos antigos mexicanos, essa definição não serve. Os moradores do México antigo concebiam ao tempo como um ser dotado de consciência.

Os ciclos também eram deuses e as relações que se davam entre eles constituíam no seu conjunto a história do tempo. Uma mostra da penetração do pensamento tolteca em tal sentido ficou refletida nos nomes do tempo e do espaço, em língua nahuatl chamados Kawitl e Kau’tli, respectivamente, ambos formados da raiz Kau, cujo significado é extensão.

Isso sugere que os toltecas alcançaram plena consciência da natureza dimensional do continuo espaço-tempo em que vivemos. Diferenciavam o tempo divino – o estado causal da criação – da duração cronológica, como propriedade dos fenômenos.

O tempo divino recebia o nome de Semikak, eternidade; e a duração recebia os nomes de Yekkawa, finalização, e Semana, durar até o final.

Os ciclos eram genericamente chamados Shiwitl, estação, um termo que designava também as ervas, a cor verde e o ano solar de 365 dias. Os hieróglifos com os quais se representavam estes conceitos são bastante reveladores.

O tempo causal se representava com dois triângulos entrelaçados, um signo que nós conhecemos como Estrela de Davi; o triângulo com a ponta para cima representava as três dimensões do espaço (comprimento, largura e altura), enquanto que o triângulo invertido se associava as dimensões do tempo (passado, presente e futuro), resumidas no sétimo ponto central.

O triângulo duplo também representava o entrecruzamento das ondas, e era uma das formas como os toltecas desenhavam o cubo.

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O tempo fenomênico se escrevia com o mesmo símbolo, porém atado pela metade com uma banda ou laço, em sinal de contração periódica.

Quando se associava com uma data, este signo era o emblema do ano. Semelhante visão não pode existir sem o desenvolvimento de uma elevada reflexão

matemática. A essência das matemáticas do México antigo ficou refletida nos nomes dos deuses da teogonia tolteca, formados a partir das cifras e suas combinações.

O Criador do tempo era chamado em nahuatl Senteotl e en maya Hunab Ku, significando em ambos casos Unidade Divina.

Outro título do Ser Supremo era Ometeotl, formado pela raiz Teotl, divino, mais a raiz Om, unidade, e o número tres, Yei, que em conjunto formam o nome Ome. Tal como afirma um códice, a tradução apropriada deste nome é divina Uni-Dual-Trindade: ...a causa primeira, por outro nome chamado Ometecuhtli, que é Senhor das Três Dignidades. (Códice Vaticano 3738, lâmina 17).

Para criar o Universo, Ometeotl emanou treze aspectos luminosos e nove escuros, chamados pelos mayas Oxlahun Tiku, divino treze, e Bolom Tiku, divino nove.

Os nahuas os conheceram como Omematlatl, os treze degraus, e Chiknau Ehekatl, vento nove. De acordo com as ideias cosmológicas toltecas, os treze aspectos luminosos se resumiam no sagrado número sete, enquanto que os nove aspectos escuros estavam associados com o cinco.

O treze-sete representa o espiritual, ja que imaginavam o Céu como uma pirâmide de sete planos e treze degraus.

O nove-cinco se refere ao ser humano e a encarnação da consciência, pelo que estava associado com o intramundo, e se representava como uma pirâmide invertida de cinco planos e nove degraus.

É interessante ver também estes números em outras culturas da Terra. O livro de cabala judaica Ziphra Dzeniutta chama aos planos celestiais e infernais «as treze barbas brancas e as nove barbas negras do Ancião dos Dias». Também o escritor Dante Alighieri popularizou a mesma idéia entre os europeus, ao narrar na Divina Comédia sua visita aos nove infernos e aos treze céus.

Os sumérios criaram ou herdaram um zodíaco de 13 casas, similar ao que aparece no código maya de Paris. Um dos sistemas empregados pelos antigos indianos e árabes dividia o ano em 18 vintenas, tal como fizeram os antigos mexicanos.

Os caldeus associaram Vênus com o número cinco e empregaram no seu cálculo o intervalo 73. Os egípcios identificaram Thoth como divindade do calendário e do número 52, e chamaram as ciências cosmogônicas “o segredo do 52”.

Nas lendas do Egito, Babilônia, Índia e China aparecem dados semelhantes, porém foi no México antigo onde esses números geraram uma compreensão integral do mundo, elaborada sobre minuciosas observações dos ritmos da Natureza.

A polaridade de Quetzalcoatl e seu contrário. Relevo maya. –

A mão de Quetzalcoatl que mede o Universo. Mural de Teotihuacán.

O profeta de Quetzalcoatl. Relevo Olmeca. Quetzalcoatl com bastão. Códice Fejerváry.

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Quetzalcoatl e o beija-flor. Códice Magliabecchi.

Quetzalcoatl

barbudo. Códice

Fejervary. Uma devota faz oferenda para a Serpente Emplumada. Relevo maya.

Quetzalcoatl, pintura e animação gráfica.

Outra mostra da dimensão calendárica destas crenças é seu messianismo. Os toltecas

acreditavam que com o propósito de civilizar o ser humano, Ometeotl, o Divino Criador, se projetou para a Terra como Quetzalcoatl, a serpente emplumada. Esse nome se refere ao retorno dos ciclos e dos profetas divinos, pois o movimento sinuoso e os cascavéis anuais da serpente invocam a natureza ondulatória do tempo. Com frequência Quetzalcoatl era representado como uma serpente que morde seu próprio rabo, em referência ao principio cronológico do tempo.

Podemos documentar a presença do culto a esta divindade durante mais de quatro mil anos de história, sempre associado com determinado conjunto de símbolos calendáricos.

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Outro título numérico de Quetzalcoatl era Napatecuhtli, quatro vezes senhor, cujo equivalente maya era Amaite Cawil, deus dos quatro pontos ou ordens matemáticos. Para os toltecas o número quatro indicava ênfase e perfeição, e estava relacionado com o tempo como quarta dimensão do espaço. Quetzalcoatl muitas vezes era pintado dentro da cruz das quatro direções cardeais, que não eram somente entendidas como um âmbito espacial, senão espaço-temporal, tal como vemos em outro dos títulos que lhe deram: Nakshitl, o quarto passo.

Estes títulos da Serpente Emplumada têm um grande sentido espiritual, já que dentro das matemáticas toltecas, o quatro representa o quarto plano da escala numérica ou terceira ordem de conversão vigesimal, con valor de 8000 (20 ao cubo), cuja expressão geométrica é o cubo. O hieroglifo desta quantidade é uma cruz rodeada de quatro pontos (desdobramento do cubo) chamado pelos nahuas Teocuitlatl, excremento divino, a síntese dos extremos da criação, conhecido também com o nome de Quincunce ou quinario.

A cruz de Quetzalcoatl também era o glifo de Vênus, o mais reverenciado dos astros. Um signo alternativo para escrever o nome de Vênus era uma concha marinha cortada pela metade.

A mesma concha representava em matemáticas o zero, que expressava a idéia de um ciclo de tempo, e na teologia era o signo de Mictlantecuhtli, o senhor dos mortos e do infra mundo. Esta última associação se deve ao fato de que o deus dos mortos representava o mesmo que o zero: a ausência total de movimento.

O mito conta que, depois de sua morte numa fogueira, Quetzalcoatl desceu ao infra mundo e foi submetido a uma curiosa prova: fazer ressoar quatro vezes «uma concha sem buracos». Lhe foi ordenado desenvolver as potencialidades criadoras do zero através dos números ou proporções chaves da Natureza. Daí que o nome do mensageiro de Quetzalcoatl fosse Ce Acatl, um cana, cuja escritura ideográfica é uma barra e um círculo, ou seja, o diâmetro na esfera.

Com frequência, esses nomes numérico calendáricos da Divindade adquiriam funções pessoais, lembrando diversos fenômenos da Natureza ou da mente sobre os quais governavam. Ao estudar o México antigo não é possível separar o calendário das matemáticas, da magia, da astronomia e da religião, pois todas estas ciências constituíam aspectos correlativos do poder do número. Não por acaso, os sacerdotes eram conhecidos como Tonalpouhke, calculadores.

Deles disseram os sábios mexicanos: Aqueles que calculam o signo de um ano, como segue seu caminho a conta dos dias, quando cai cada uma de suas vintenas, a eles lhes é dado falar dos deuses. (Informantes de Sahagún, Colóquio dos Doze)

VENENO ECOLÓGICO PARA MATAR RATOS

- UTILIDADE PÚBLICA –

Nossos cientistas são feras mesmo! Método usado por criadores de pássaros! COMBATENDO OS RATOS Como fazer: a) Pegue uma xícara de qualquer feijão cru (sem lavar mesmo); b) Coloque no multiprocessador ou liquidificador (SEM ÁGUA); c) Triture até virar uma farofinha bem fininha, mas sem virar totalmente pó. Onde colocar: --Coloque em montinhos (uma colher de chá) nos cantos do chão; a) Perto das portas; b) Janelas (SIM... eles escalam as janelas). c) Atrás da geladeira; d) Atrás do fogão; e) À beira de esgotos, de córregos e valas, em ruas e/ou alamedas, por exemplo.

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OBS. O custo é muito barato e a eficácia é muito elevada! O rato come essa farofinha, mas não tem como digerir o feijão (cru), por falta de enzimas digestivas ou substâncias que digerem feijão cru. Isso causa aos ratos envenenamento natural por fermentação. Todos os que ingerem morrem! DO: A população de ratos se extingue em três dias no entorno da área em que o farelo do feijão cru foi colocado. DETALHE IMPORTANTE: a) Ao contrário dos tradicionais venenos (racumim, por ex.), o rato morre e não contamina animais de estimação. E a quantidade de feijão que ele ingeriu e o matou é insuficiente para matar um cão ou gato, mesmo porque estes gostam de MATAR pra comer... Mas animal morto, eles não comem. E não há evidências de que o farelo do feijão cru faça mal a gatos e cachorros, pois eles têm enzimas digestivas capazes de metabolizar esse alimento. b) Se tiver crianças pequenas (bebês), ainda em período de engatinhamento, que colocam tudo na boca, não faz mal algum, pois o feijão para o ser humano, mesmo cru, é digerido. Mesmo assim, é preciso colocar o "veneno" em lugares seguros, longe do alcance das crianças, isto é, onde crianças não costumam transitar, porque a urina de ratos, em alimentos (no feijão triturado, no caso) pode conter Leptospirose, contaminação microscópica que pode matar seres humanos de qualquer idade, se não tratadas a tempo! Só isso, como cuidado! DIVULGUEM, POR FAVOR! NÃO TEM CONTRAINDICAÇÃO. REPASSEM, POR FAVOR! O MEIO AMBIENTE E A SAÚDE DE TODOS AGRADECEM! VAMOS PARAR DE UTILIZAR PRODUTOS QUÍMICOS A TODO MOMENTO!

Helena de Oliveira Schwartz Educadora Ambiental na ONG Makaya / Casa do Zezinho

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FORMAÇÃO SACERDOTAL, VERDADES E MENTIRAS. (parte 1/2) Por: Pai Rubens Saraceni

Há alguns anos venho lendo e ouvindo de pessoas de dentro da “Umbanda” afirmarem que ninguém

forma sacerdotes porque estes já nascem prontos ou “feitos”, bastando querer abrir um centro que está tudo bem e tudo funcionará ás mil maravilhas.

Outros chegam a afirmar que após sete anos dentro de um terreiro já é suficiente para que um médium umbandista possa abrir o seu centro, pois sabe ou já aprendeu tudo o que precisava para ser um Sacerdote de Umbanda.

Os mais exaltados, chegam a afirmar em tom acusativo que escolas umbandistas especializadas em formar sacerdotes são fabricas de ilusões; são enganadores; são charlatões, e etc.

Antes de prosseguirem com a leitura reflitam um pouco sobre as afirmações que estão escritas acima, porque elas estão sendo proferidas a todo instante por alguém em algum lugar. E estão sendo passadas adiante como se fossem verdades inquestionáveis, por seus disseminadores e têm influenciado muitos umbandistas, principalmente aqueles que, acreditando nelas, somaram-se ao coro dos que as pregam.

- Vejamos o que acontece em outras religiões:

Na religião primitiva dos indígenas brasileiros, até onde sabemos um pajé (que é um sacerdote indígena) só se formava e só era aceito como tal se além de possuir faculdades paranormais (mediúnicas), tivesse sido preparado e ensinado por outro pajé, mais velho e profundo conhecedor do ervanário e dos pós medicinais, assim como tinha que submeter-se à iniciações e dar prova do seu saber e poder, senão, caso falhasse na sua função poderia ser morto ou expulso da sua tribo. Para se tornar um pajé era preciso dedicação total e integral como aprendiz e auxiliar de um pajé já maduro e respeitado pelo seu povo. - Quanto tempo durava esse aprendizado? - A vida toda! Até a morte.

Nas religiões africanas tradicionais, a formação sacerdotal era (e ainda é) muito parecida com a dos indígenas brasileiros (e das três Américas) sendo que seu aprendizado começava desde criança e era monitorado por um feiticeiro (?) já consagrado publicamente como profundo conhecedor das ervas e dos pós medicinais, de rezas, orações, fórmulas e encantamentos mágicos e que já havia dado fartas provas do seu poder, conhecimento domínio do mundo sobrenatural.

Nas religiões afro-brasileiras tradicionais que formam o Candomblé, e até onde sabemos a dedicação ao

aprendizado é integral, e só após um determinado tempo (7, 14 ou 21 anos) é que se está formado um novo sacerdote, momento este em que ganha seu titulo na religião.

Assim é no mundo todo, com religiões onde uma comunidade tem só um sacerdote chefe e um corpo de auxiliares-aprendizes.

A transmissão do conhecimento não é aberta e, sim, diz-se que é oral, transmitido à meia boca do que sabe para o ouvido do que esta aprendendo, sendo que este só será aprovado se for consagrado pelo seu mentor encarnado e pela sua comunidade. Assim tem sido com todas as religiões primitivas, chamadas assim porque são indissociadas dos seus povos, das suas culturas e dos seus cotidianos.

Essa é uma formação sacerdotal tradicional e já vêm de eras remotas, pré-históricas mesmo! Pois ninguém sabe quando essa forma de preparação sacerdotal começou, porque foi encontrada pelos antropólogos e historiadores nas raças e culturas mais antigas já identificadas e estudadas por todo o globo terrestre.

Nessas religiões o mundo natural e o mundo sobrenatural são indissociados e os seus sacerdotes têm que conhecer e dominar os dois lados, caso queira ter sucesso na sua “colocação”, pois uma falha aqui e outra mais adiante ate que são relevantes, mas muitas falhas continuas acarretam reações até perigosas para sua integridade física e moral, antigamente a pena era a morte.

Essa forma de formar sacerdotes é a mais antiga que existe e vem desde os primórdios da humanidade. Mas outra vertente formadora de sacerdotes, não tão antiga, também existe e vem preparando sacerdotes

há alguns milhares de anos, sendo chamada também de tradicional porque desde o seu inicio mostrou-se benéfica para a evolução da humanidade, uma vez que o exercício do sacerdócio é vocacional.

Vejamos como é essa forma de preparação sacerdotal:

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-Na sua forma primitiva o sacerdote era “elitista” porque só os eleitos por alguém galgavam os degraus do sacerdócio, e ainda assim, teriam de ser possuidores de dons, talentos ou faculdades paranormais evidentes.

Era, e ainda é, dentro desse grupo seleto de pessoas possuidoras de faculdades paranormais ou mediúnicas, que alguém era eleito o novo sacerdote-chefe, e ainda assim por outro mais antigo ou mais velho, dirigente de outro templo ou comunidade.

Algo similar vemos aqui no Brasil, dentro de alguns tradicionais cultos de nação, onde, quando o dirigente do Ilê Axé desencarna, fecha-se a casa e guarda-se um luto de um ano, quando então é indicado o novo dirigente entre os filhos de santo do falecido.

Essa é uma tradição que vem sendo seguida há séculos incontáveis, desde a África. E é muito respeitada por todos os seus seguidores.

-Pois bem! O fato é que existe outra linha de formação sacerdotal que é formada por escolas formadoras de novos

sacerdotes. Esta “escola”, a encontramos no Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Lamaísmo Tibetano, etc... onde

muitas pessoas dotadas de dons e talentos ou então de fortíssima vocação religiosa se reúnem para estudarem suas religiões, suas doutrinas, seus ritos, etc... e quando preenchem todos os requisitos para ser um sacerdote pleno, são aprovados e graduados em cerimonias publicas ou fechadas e saem delas habilitados para exercerem todas as funções inerentes ao seu cargo e muitos procuram abrir novos templos da sua religião, expandindo-a horizontalmente e levando-a para todos os povos e lugares que lhes for possível, ou para os seguidores dela que vivem afastados dos seus núcleos centrais, ou mesmo em outros países, como é o caso do Judaísmo e mais algumas religiões, não convertedora de massas.

A Umbanda nascida no Brasil em 1908, e em meio a varias influencias (católica, espirita, indígena, afro-brasileira) tem nesse seu primeiro século, seguido ambas as “escolas” descritas linhas atrás e isto tem causado algumas discussões interna, com alguns defendendo uma forma de preparação e outros defendendo outra.

- A primeira forma, que é fechada e restrita, limita o numero de Sacerdotes Umbandista. - A segunda forma, que é aberta e expansiva, multiplica rapidamente o numero de sacerdotes

umbandistas. Estudando a Umbanda no seu inicio, vemos que a tenda máter formou entre os seus médiuns alguns

novos dirigentes, que abririam algumas outras tendas formando um núcleo umbandista unido pelo elo com a primeira tenda ou centro genuinamente umbandista, fundada pelo Caboclo das sete encruzilhadas e por meio do seu médium, o saudoso Pai Zélio Fernandino de Moraes.

Por cerca de 20 anos foi pequena a expansão da Umbanda, porque só alguns eram escolhidos para abrirem novos centros, ainda que todos os membros das correntes mediúnicas trabalhassem regularmente no atendimento das pessoas necessitadas.

Internamente criou-se uma pressão para que abrissem o sistema fechado de formação sacerdotal, preparando o maior numero de novos dirigentes espirituais, que abriram novos centros e expandiram a Umbanda, divulgando-a e multiplicando-a onde fosse possível.

Como o núcleo central construído em torno da primeira tenda mantinha-se ligado a doutrina espirita e ao cristianismo, ainda que os guias falassem em Orixás, em Tupã, em Zamby, etc., a curiosidade levou muitos médiuns umbandistas a irem até alguns outros cultos afros onde esses nomes eram bem conhecidos e bem fundamentados.

E, ali, naquele ponto, o núcleo central explodiu e a cadeia original de Tendas de Umbanda começou a

multiplicar-se geometricamente o numero delas, sendo que muitos dos novos dirigentes não sabiam que foi Pai Zélio e o Caboclo das Sete Encruzilhadas que a haviam fundado em 15 de Novembro de 1908.

Na década da quarentena do século passado, o crescimento foi tão grande devido o predomínio da forma aberta de preparação sacerdotal, que ninguém mais sabia quantas eram as tendas então existentes, como não sabem atualmente quantas existem, porque o crescimento horizontal escapou do controle do núcleo origina e também, porque se mostrou avesso (contrario) a qualquer tipo de controle.

Médiuns com alguns anos de pratica mediúnica umbandista recebiam ordem dos seus guias para abrirem novos centros e, quer estivessem preparados ou não, a ordem tinha de ser cumprida a risca com os guias assumindo a frente e o comando dos trabalhos.

Por não existirem até então escolas de formação sacerdotal organizadas, e abertas a quem tinha vocação ou havia recebido dos seus guias a ordem de abrirem seus terreiros, eis que muitos dos novos, inexperiente e ainda despreparados dirigentes umbandistas sentindo que lhes faltavam fundamentos e fundamentação ritualística e doutrinaria necessária para sentirem-se sacerdotes de fato, dirigiram-se até os tradicionais cultos afros ou de nação e, sem deixarem de dirigir seus centros, neles receberam preparação, uma feitura de cabeça e a confiança que lhes faltava para o pleno exercício dos seus sacerdócios.

Muitas praticas até então exclusivas dos “Candomblés” de então foram trazidas para dentro da Umbanda, mas não mais como praticas fechadas e sim, adaptadas e abertas a todos que delas quisessem servir-se.

A Umbanda cresceu e expandiu-se de tal forma que, dentro dela, surgiram varias escolas formadoras de novos dirigentes espirituais e no final da década de quarenta e inicio da década de cinquenta, já havia

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federações e/ou associações umbandistas com suas escolas preparatórias abertas a todos os membros da religião com forte vocação sacerdotal, que nelas ingressaram, foram iniciados, preparados e investidos do grau de dirigente espiritual umbandista, abrindo novos centros e acelerando o crescimento da religião.

O núcleo central fundador da Umbanda, que serviu para implantar e semear a nova religião, no entanto, ficou à margem do explosivo crescimento dela, ocorrido a sua revelia e fora do seu controle e influência, tal como havia acontecido com a religião cristã no seu inicio. Com a umbanda, aconteceu algo semelhante nos seus primeiros 30 anos de existência e no Primeiro Congresso, realizado em 1942, já notamos interpretações diferentes sobre a palavra “Umbanda” com cada interprete defendendo sua tese com convicção.

Ali começou a aparecer as influencias externas, diferenciadoras das varias “escolas” então existentes e que tanto procuravam aproximar-se quanto estabelecer uma vanguarda orientadora para os muitos centros então existentes, no atual estado do Rio de Janeiro quanto em vários outros, onde médiuns incorporadores dos “guias de Umbanda”, tendo recebido deles as ordens de abrirem seus centros, os multiplicavam continuamente.

- No Rio de Janeiro, algumas associações e federações umbandistas criaram suas “escolas” formadoras de dirigentes espirituais, sendo que algumas os denominavam como caciques, outras como morubixabas em alusão aos indígenas, enquanto outras os denominavam como Tatás e babás, em alusão ao Candomblé Angola. Em outras, os denominavam como babalaôs, babalorixás e yalorixás, em alusão ao Candomblé Nagô, de onde vinham os Orixás cultuados na Umbanda.

Já em outras, eram denominados mestres, como dirigentes espirituais umbandistas; como padrinhos e madrinhas, e etc.

Muitas foram as denominações dos sacerdotes umbandistas, assim, como muitas foram as denominações das “escolas” umbandistas, tais como:

-Umbanda Cristã -Umbanda Branca -Umbanda Cruzada -Umbanda Iniciatica -Umbanda Esotérica

-Umbanda Omolocô -Umbanda de Caboclos -Umbanda Mista -Umbanda das Águas -Umbanda das Folhas, etc.

Sendo que cada uma dessas denominações identificava uma “escola” e uma corrente mediúnica, doutrinaria e sacerdotal umbandista, com cada uma trazendo para dentro da religião conceitos, ritos, doutrina, filosofia e teogonia próprias.

Algumas dessas denominações cresceram muito, e outras nem tanto, mas com todas contribuindo com o seu melhor para que a Umbanda crescesse e prosperasse na mente e no coração das pessoas.

Autores umbandistas, identificados com essas “escolas” e correntes, lançaram livros para os seus públicos, interno e externo, sedimentando de vez a pluralidade dentro da religião e oferecendo a todos ampla escolha doutrinaria.

Tudo isso aconteceu no estado do Rio de Janeiro, a partir de 1940 (+ ou -) espalhando-se para o resto do Brasil, levando algumas informações adicionais aos umbandistas de cidades e estados distantes do seu núcleo mais forte até então.

Posteriormente formaram-se núcleos fortes em muitos estados, que também se tornaram “escolas” formadoras de novos sacerdotes, constituídos em torno de federações, algumas com muitos milhares de tendas filiadas a elas e praticando ritos iguais ou parecidos, distinguindo-as e destacando-as.

Na verdade algumas dessas escolas destacaram-se mais em determinado período e região de sua influência e outras em outros períodos, sendo que nenhuma preponderou ou impôs-se sobre as demais.

Uma, onde o Orixá de seu fundador era Ogum, criou festas publicas anuais em homenagem a esse Orixá. Outra, onde o Orixá de seu fundador era Oxóssi, criou festas públicas anuais em homenagem a esse

Orixá. E isso ocorreu com todos os Orixás, onde temos festas anuais em homenagem a Xangô, Oxum, Iansã... E assim foi com a maioria das “escolas” umbandistas, que criaram um calendário de festividades

religiosas onde todos os Orixás cultuados dentro da umbanda passaram a receber nos seus dias, festas, oferendas, homenagens, louvores, agradecimentos e adorações.

Tudo foi implantado gradualmente e hoje, um século depois de sua fundação, a Umbanda mostra-se quase homogênea internamente com todos os médiuns manifestando praticamente todos os guias espirituais que mais se destacaram, tais como: caboclos (as); pretos velhos (as); crianças ou Erês; baianos, boiadeiros; marinheiros; Exus, Exus Mirins e Pombagiras.

Tudo isso é um resultado muito positivo para a Umbanda. Tudo graças à existência de muitas escolas, denominações e federações umbandistas inspiradas pelos

mentores espirituais dos seus fundadores (as). Alguém pode até questionar a validade das varias escolas umbandistas formadoras de sacerdotes

umbandistas, mas foi graças a elas e ao trabalho assíduo e incansável dos seus fundadores, que a Umbanda cresceu tanto em tão pouco tempo e trouxeram para dentro da religião tantas visões do mundo divino e do espiritual que hoje, um século depois, a busca agora é pelos fundamentos delas, para que nesse segundo século que agora iniciou, os umbandistas possuam uma visão, mas tão abrangente que a unidade religiosa seja vista na sua pluralidade e esta esteja naquela.

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É certo que sempre cada um terá sua visão sobre a Umbanda, mas ela estará centrada em algum ponto do vastíssimo universo umbandista. Mas, por estar focado num determinado ponto então estará dentro dele.

Isto nos faz crer que é só uma questão de tempo, para que todas as “escolas” formadoras de novos sacerdotes descubram ou aceitem que todas ensinam a mesma coisa e o único diferenciador se é que ele existe, localiza-se na visão pessoal que cada um tem da própria religião que, de tão abrangente que é, comporta múltiplas visões e interpretações pessoais. Outro aspecto seria os orixás pertencentes ao triangulo de forças de cada dirigente espiritual, pois o mesmo sempre estará dando maior ênfase a eles.

(continua)....