JORNAL Nº11 AORP SETEMBRO 2012

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GOLD WIN TOGETHER Campanha de Promoção Internacional 1ª CONFERÊNCIA IBÉRICA Ourivesaria em Destaque INÊS BARBOSA Filigrana que alia Tradição à Inovação

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Jornal trimestral da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal.

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Page 1: JORNAL Nº11 AORP SETEMBRO 2012

GOLD WIN TOGETHERCampanha de Promoção Internacional

1ª CONFERÊNCIA IBÉRICAOurivesaria em Destaque

INÊS BARBOSAFiligrana que alia Tradição à Inovação

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Chegou a nova moda, a carteira colar que pretende dar duas funcionalidades num só objeto. Mawi, uma casa de joias, com ênfase na declaração de peças de luxo, habilmente combina tecnologia de ponta com um estilo contemporâneo, sempre com influências tradicionais e materiais sinónimo de glamour da velha escola. É o que acontece com esta carteira que vai fazer parte

das nossas tendências.

Floret Purse NeCklaCe by Mawi

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CAROS COLEGAS,

Neste pós férias, a AORP surge com novas ideias para promover a Ourivesaria Portuguesa. Num panorama que não se afigura animador, a AORP tem que inverter a tendência e implementar pro-jetos que vão de encontro às necessidades da ourivesaria.

Apostar no turismo e cativar os visitantes para conhecerem as nossas peças e levá-los a adquiri--las será o nosso objetivo a curto prazo. Continuar a participar em feiras internacionais, de uma forma atraente e memorável para os visitantes e fazê-lo de forma sustentável mas contínua faz parte do nosso plano de atividades em curso.

Afirmar a nossa arte no país e fora dele é um imperativo! O setor só poderá ultrapassar este ciclo negativo, se o coletivo investir no desenvolvimento de uma imagem forte e coerente de uma arte com mais de quinhentos anos de saberes acumulados.

Neste Jornal estamos a desafiar as nossas empresas para a criação de novas coleções publicando algumas tendências, porque só assim ultrapassaremos os obstáculos que vão surgindo.

Apresentamos projetos de associados que conhecem o sucesso e mantemos os nossos associa-dos informados sobre as últimas notícias do mundo da ourivesaria.

Antevendo os próximos tempos da vida associativa, a AORP terá eleições para os seus órgãos sociais no final do mês de setembro. Durante a feira Portojóia, lançaremos a edição 2012/2013 do nosso anuário, que surgirá com uma imagem muito cuidada e que honra o nosso trabalho. Leva-remos este anuário a todas as empresas do setor em Portugal e enviaremos para o maior número de contatos no estrangeiro, via delegações da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. Esta é também uma das formas de promovermos o nosso setor. Temos de promover o nosso setor sem parar!

Convido-vos a disfrutar de uns minutos de boa leitura, ficando pelas páginas que se seguem!

AORP-Associação de Ourivesaria e Relojoaria de PortugalAvenida Rodrigues de Freitas, 204 · 4000-416 PortoT. +351 225 379 161/2/3 · F. +351 225 373 [email protected] · www.aorp.ptTIRAGEM - 2000 exemplares

Sílvia SilvaGabinete de Comunicação e Imagem da [email protected]

(Presidente AORP)

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04 · LIFESTYLE

TENDÊNCIAS DA PRÓXIMA ESTAÇÃO

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COLARES OVERSIZEDo poder do Maxi-colar é transformar, de imediato, uma roupa básica numa rou-pa atual e luxuosa. Nesta estação aposte nos colares largos, coloridos, neutros, compridos, curtos, o que importa é que este seja grande e sobressaia na sua camisola básica.

bottega Venetta

Marc Jacobs

aurelie bidermanaurélie bidermann

ulysse, ouro

Hervé Van Der straeten, ouro de 24 kilates

Christian Dior, ouro rosa, veludo e cristais

Dannijowww.dannijo.com

kenneth Jay lanebanho de ouro

MARNI, colar em macramé e cristais

aurelie biderman

1 - aurelie biderman; 2 - ashley Pittman kumweka; 3 -

alex Monroe, ouro; 4 - isha-rya libra, ouro de 18 kilates;

5 - Dolce&Gabanna

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05 · JOJI KOJIMA - DESIGNER

utoPia riNGs aND aCCessories

Nascido na Califórnia mas baseado em Paris, Joji kojima ao 15 anos aprendeu sozinho a fazer acessórios, essa pai-xão levou-o a estudar design gráfico, fotografia e tipografia na universida-de tama art, tóquio. enquanto ainda estava na faculdade, atraiu a atenção de variadas formas das celebridades tanto da moda como do entretenimen-to, o que o levou a fazer a sua própria marca em 2010, Joji kojima. Publicou as suas obras em lojas de primeira classe, como a restir em tóquio, l’eclaireur em Paris, e Joyce em Hong kong. Joji está também encarregue do desenvolvimento de fatos e direções de arte de muitos artistas à volta do Japão.

o ponto de vista que ele nos dá é escultural e provocador, quebrando todas as regras e fazendo-nos pensar sobre novas e interessantes maneiras de nos adornarmos.

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06 · EAT YOUR JEWEL

PROJETOa sociedade em que vivemos está fortemente dominada pela imagem. Não escapando, as joias quase sempre também comunicam apenas como imagens. Habituámo-nos a realçar preferencialmente a sua configuração visual, esque-cendo que já os adornos primordiais transmitiam mensagens relativas a coesão social.

as joias contemporâneas reinventam-se como interfaces de comunicação. Cumprindo uma tarefa estética, não dão apenas a ver, mas também a pensar. in-cluem mensagens sobre múltiplos aspetos quotidianos. referem e comentam o mundo em que vivemos. Citam a própria joalharia, contribuindo para pensarmos a sua identidade em constante reconstrução.

No projeto “eat your Jewel” os alunos de artes/Joalharia da esaD envolveram--se numa nova tarefa comunicativa. Foram ao encontro da alimentação, saben-do que a culinária está hoje entre as artes que mais surpreendem. Deixou de ser apenas fabrico de comestíveis, para se associar à ciência e dar a pensar. está próxima da vida e em torno da mesa promove relações humanas vitais.

Neste projeto há diálogos comunicativos sobre questões do presente e, envol-vendo duas das áreas relacionais mais antigas da humanidade, procura recon-figurações. Cada joia inclui uma parte comestível e uma outra que permanece como memória da intenção comunicativa que contem.

ARTES / JOALhARIA PROJETO I E II

SOBREMESAS DO DIAsónia FerreiraiDentidade

segundo a genética, identidade é um conjunto de características próprias e exclusivas, que diferenciam indivíduos numa sociedade, distinguindo-os dos seus semelhantes, pelas suas parti-cularidades genéticas e vivenciais. o osso, é aqui um referente que compre-ende a ciência e a arte, a alimentação e a joia.

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07 · EAT YOUR JEWEL

APRESENTAÇÃO POR ALuNOS EM MESA NA CANTINA

1. Ana Duque | Freeze jewellery(Colômbia | Erasmus Valência)la joyería suele ser considerada como un medio que subraya visibilidad y status. Éste proyecto cuestiona estos aspectos. Propone disolverlos y dar a pensar la joyería, al argumentar a través de joyas tan efímeras como el hielo.

2. Arlindo Ferreira | hortas urbanaseste projeto propõe pensar as hortas urbanas, as flores comestíveis e ervas aro-máticas, articulando com joias que, questionado a própria usabilidade, apostam na saúde e num sentido social.

3. Lehoczki Erzsébet | Edible Literature(Erasmus hungria)interpretation of a Hungarian poem, regarding a legend of a rooster, a coin and a pilgrim. relation with the Portuguese barcelos rooster.

4. Mª Isabel Chaves | Origemas sementes sem mutações genéticas são bens essências a preservar.

5. Mª Inês Ribeiro | Sushio sushi, delicado como joias, é uma moda importada do oriente. Conhecere-mos as vantagens ou riscos que acarreta para a saúde?Coordenação Ana Campos | Organização ESAD Matosinhos | Evento Exposição comestí-vel, cantina ESAD | Data 14 de Junho 2012

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08 · INHORGENTA 2012

“tesouros de amália” é o nome da exposição que a Casa do ouro, em Guimarães, acolheu e mostrou ao público, nos passados meses de julho e agosto. Promovida conjuntamente pela Fundação amália rodrigues e pela empresa ouronor, a mostra trou-xe ao palco da Capital europeia da Cultura 2012 peças únicas do guarda roupa e do espólio pessoal da célebre fadista portuguesa.

a mostra “tesouros de amália” di-vulgou aos vimaranenses e visitantes da cidade berço os principais objetos pessoais e decorativos da fadista e incluiu joias, vestuário e uma guitarra, especialmente concebida para amália rodrigues. a exposição esteve aberta ao público na rua de santo antónio, registando a adesão de largas cente-nas de visitantes, oriundos de todo o país e do estrangeiro.

em conversa com aida antunes, a gestora e relações públicas da inicia-

tiva sustentou que era quase «uma obrigação», um «imperativo», a ou-ronor, enquanto proprietária da Casa do ouro e detentora do exclusivo de criação e comercialização da marca “amália” – ao abrigo de um contrato de parceria com a Fundação amália rodrigues – realizar esta exposição e trazer este “tesouro” a Guimarães, neste ano em que a cidade é o palco da Capital europeia da Cultura» e, acrescenta “achamos muito importan-te esta ligação do comércio à cultura, proporcionando ao cliente, quando entra na loja, a possibilidade de se enriquecer e conhecer mais um pouco da história da rainha do fado”. Nesta loja/exposição está tudo pensado ao pormenor, desde a forma como as peças estão expostas, com memórias descritivas em duas línguas, até à mú-sica de fundo, o fado da amália.

Das mais de 12 peças de vestuário, destaca-se o vestido rosa, de seda lavrada, feito para o concerto dos

50 anos de carreira, no Coliseu dos recreios, em 1990. amália optou por usar um igual, em negro, e deixou o rosa para estrear no Japão, três anos mais tarde, naquele que seria o último concerto que daria em terras asiáticas.o leque de objetos incluiu, ainda, joias - réplicas e originais - fabricadas pela ouronor. a empresa detém o exclu-sivo da marca “amália” e produziu inicialmente as joias para o filme com o nome da fadista, de Carlos Coelho da silva.

recorde-se que amália rodrigues levava consigo uma joia para todos os espetáculos e não dispensava a “es-trela”, peça batizada pela fadista, com formato estelar, cravejada de pedras.

OuRONOR PROMOVEu EXPOSIÇÃO NO PALCO DA CAPITAL DA CuLTuRAGuIMARÃES MOSTRA TESOuROS DE AMáLIA RODRIGuES

08 · EXPOSIÇÃO TESOUROS

DE AMÁLIA

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a CorriDa ao ouro e os JoGos olÍMPiCos

a corrida ao ouro nos Jo de londres já acabou, o mesmo não se pode dizer numa das sua bolsas de Valores mais importantes, tambÉm em londres. Na corrida para o ouro no seu estádio olímpico existiram provas de curta distância para velocistas e de distân-cias mais longas para os fundistas, à semelhança da sua Praça Financeira onde todos os dias operam outro tipo de “atletas de alto rendimento”, espe-culadores e investidores, especialistas em Curto, Médio e longo prazo. esta relação entre corrida para o ouro nos Jo e nos Mercados, só tem em comum a preparação e estudo que é necessário ter em ambos para obter resultados compensadores, em particular para quem trabalha ou toma decisões baseadas no comportamento deste Mercado específico.

o MerCaDo, a ProDuÇÃo e o PreÇo Do ouro....

o estudo do perfil da procura deste METAL DuPLAMENTE PRECIOSO me-rece a nossa atenção através de uma avaliação relativa e integrada sobre o comportamento combinado de vários mercados, a saber:

É um METAL com aplicações indus-triais (aeronautica, medicina, ele-trónica...) nos mais variados setores económicos e por isso é transaciona-do como uma Matéria Prima que tem como destino servir os interesses e as necessidades Industriais.

É também PRECIOSO(1), para apli-cações mais emocionais e sociais associadas à notoriedade e ao bom gosto como a Joalharia, ourivesaria e a Moda que servem os interesses e as necessidades Individuais.

Mas também PRECIOSO(2) para aplicações dos mercados financeiros. Há séculos que o ouro é considerada a

forma mais nobre de moeda, sendo o refúgio dos investidores destes merca-dos quando as moedas têm tendência a desvalorizar pelo aumento da massa monetária em circulação, e por isso servem os interesses e as necessida-des dos Investidores.

Para responder a esta tripla procura de metal duplamente precioso tere-mos também de estudar uma dupla oferta, assim:

- uma oferta de origem extrativa: extração de produto, liderada na sua maioria pelos Países e empresas oriundas da China, austrália e eua - estima-se uma produção à volta de 2500 toneladas/ano. esta oferta está dependente do binómio custo-bene-fício, associados ao desenvolvimento e inovação aplicada às tecnologias de sinalização de novos jazigos e de ren-tabilidade económica para extração em minas já existentes.

- e outra oferta de origem reciclada: aproveitamento e reconfiguração dos produtos finais onde existe ouro e outros Metais ou Pedras. esta oferta está dependente de crises económicas e sociais que levam à reentrada deste produto no mercado. a sua origem vem preferencialmente do Consumi-dor Final – ver o aparecimento das lojas de Compra e Venda de ouro.

Durante 20 anos e até 2001 a Produ-ção de ouro aumentou e o seu Preço desceu. a partir de 2001 o preço este-ve quase sempre a subir independen-temente da produção que desceu até 2008 e posteriormente voltou a subir.

a Ascensão do Preço do Ouro é uma coincidência pouco inocente com a falência da lehman brothers, que fragilizou a confiança dos investido-res no sistema Financeiro Global e os deslocou para outros ativos como o ouro. Podemos afirmar que foram os mercados Financeiros e não as neces-sidades da indústria ou dos indivíduos,

a explicação mais relevante para este comportamento de subida.

MerCaDo - ouro & MetaisPreCiosos

Proponho fazer aqui uma abordagem simples e compreensiva do mercado ouro, não através de uma analise uni-ca e exclusiva mas multipla e compa-rada com os outros Metais também Preciosos como a Prata a Platina e o Paladio.

Dados de Análise: cotações diárias durante o periodo de um ano que ter-minou a 21 de agosto de 2012. (fonte: www.kitco.com)

indicador Média Móvel: este indicador sendo bastante simples tem a parti-cularidade de se ajustar à evolução das cotações, através do calculo das medias sendo útil para os objetivos deste estudo relativamente a periodos de medio e longo prazo.

estudo 1: gráficos 1 a 4: Média Móvel com agrupamentos sucessivos de conjuntos de 200 dias de cotação para os quais se determina a media aritmetica – evolução na linha a verde do gráfico.

todos os Metais apresentam uma tendência atual e futura de baixa neste Mercado. os primeiros, o Paládio e a Platina, com as médias móveis em descida e no mesmo período (23 agosto e 7 outubro de 2011) seguidos pela Prata dois períodos depois (22 novembro e 12 janeiro 2012) e por úl-timo o ouro 3 periodos mais tarde (13 abril e 30 maio de 2012) .

Estudo 2: Gráfico 5: Calculando e ana-lisando os valores de diferença entre máximos e mínimos obtidos durante o mesmo período de um ano e o seu peso relativo a esses mesmos valores, verificamos o seguinte:

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09 · ARTIGO OURO

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10 · ARTIGO OURO

a Prata é o metal de comportamen-to mais imprevisível com valores que representam 40% do mínimo obtido e 67% do seu máximo, seguido pelo Paládio e a Platina, outra vez com comportamentos equivalentes, e por ultimo o ouro com a menor elas-ticidade de variação apresentando valores de 19% do máximo e 24% do minimo.

Das conclusões sobre o mercado de Metais Preciosos podemos afirmar com alguma segurança, as seguintes:

1. a Platina e o Paládio apresentam comportamentos relativos muito semelhantes com descida dentro do mesmo período e com declives cons-tantes ao longo do tempo.

2. a Prata inicia a descida depois da Platina e do Paládio e antes do ouro,

mas tem grandes oscilações sendo por isso o mais imprevisível de todos os metais.

3. o ouro é o último a entrar em descida – quase 3 períodos depois da Prata, embora as variações que sofre são as mais baixas de todos os metais em estudo.

estas conclusões parecem estar em contradição com as notícias e análises da imprensa especializada, por isso importa aqui realçar 3 questões muito importantes:

1. esta opinião, é da minha única e ex-clusiva responsabilidade e não vincula uma opinião oficial da aorP e ainda menos serve como recomendação sobre a oportunidade para compra ou venda de ouro.

2. este pequeno estudo está unica-mente baseado em dados históricos sobre os mercados e quais as tendên-cias que eles sugerem.

3. a perspetiva que aqui enunciamos são validas para quem investe no mé-dio e longo prazo, e não para aqueles cujas necessidades de ouro são diá-rias, semanais ou até mensais.

Na expectativa de ter sido útil para compreender uma parte dos resulta-dos da Corrida ao ouro, ficam a faltar ainda outras provas...tais como a do ouro como uma alternativa para inves-tidores...

ANTÓNIO TRIGO [email protected]

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11 · 1ª CONFERÊNCIA IBÉRICA

Viana do Castelo, a cidade que guarda o seu ouro religiosamente, acolheu no passado mês de junho a i Conferência ibérica de ourivesaria.

Durante dois dias, o Hotel Flor de sal juntou especialistas nacionais e estrangeiros ligados a este tema, que debateram o passado e o futuro do setor. ainda foram atribuidos prémios no 2º dia do congresso aos melhores designers, os que se distinguiram pelo seu exemplo de sucesso.

o principal objetivo deste evento foi promover o setor da joalharia a nível internacional. Filipe silva, organizador do evento afirma que quiseram unir o que de melhor há entre: empresas, de-signers, escolas, associações, etc, com o objetivo de ir buscar o que existe em comum. “É necessário encontrar fórmulas para, em conjunto, projetar-mos o setor para o mundo. unirmo--nos juntando os diferentes valores de maneira a que sejamos valorizados.”

inscreveram-se à volta de 126 pesso-as, personalidades do sul de África, da CCDr-N, aiCeP, universidade do Minho, imprensa, etc. um total de 140 pessoas durante os dois dias de congresso.

DesiGN, traDiÇÃo, MarketiNG

a tecnologia, o design, o marketing e

tradição foram os temas mais de-batidos através de um fórum. Hou-ve debates onde foram levantadas questões com as atuais oportunidades e estratégias de internacionalização. Houve ainda um desfile com coleções de empresas e designers, com atribui-ção de prémios às coleções que mais se destacaram pela originalidade.

CoNCursos

No propósito de dar visibilidade aos novos designers ou joalheiros a 1ª Conferência ibérica de ourivesaria promoveu vários concursos. Nestes concursos puderam participar todas as pessoas inscritas na conferência. os concursos foram relativos a peças e também a apresentações e versaram sobre a inovação, design, tradição, e tecnologia. em relação à categoria tecnologia o júri deliberou que nem nas apresentações nem nas peças houve qualidade que justificasse a atribuição de prémios. em relação às categorias de inovação-Design e inovação-tradição, houve um conjun-to substancial de apresentações e de peças de ourivesaria que mereceram uma muito satisfatória avaliação por parte do júri, que as considerou de elevada qualidade. Quer nas peças quer nas apresentações participaram designers e joalheiros conceituados, oriundos de três países (Portugal, brasil e itália).

 os prémios foram decididos em duas fases, numa primeira fase por um conjunto de 10 jurados e, numa seleção final, entre as duas melhores peças, pelos elementos: Juliet Hutton--squire (analista de moda de joalharia no reino unido - www.adorn-london.com/about); beatriz biagi (designer de joalharia em Milão – itália - www.linkedin.com/in/biagibeatrizfcsd ), e Pedro Pérez, editor chefe do grupo Duplex - espanha (www.grupoduplex.com).  os prémios atribuídos em relação às peças, para além de serem noticiados em revistas em Portugal (Chronos do tempo) e em espanha (arte y Joia), serão ainda expostos durante a feira Portojóia, em setembro de 2012.

1ª CoNFerÊNCia ibÉriCaa ouriVesaria eM Debate Na CiDaDe De ViaNa Do Castelo

ATRIBuIÇÃO DE PRÉMIOS

MelHor PeÇa traDiÇÃoamélia correia

MelHor PeÇa - DesiGN

andreia Quelhas lima

MelHor aPreseNtaÇÃo DesiGN

laninia scuderi

MelHor aPreseNtaÇÃo - traDiÇÃoana Caldas

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MARIANA CARMONA(swarovski) Paris - França

tóPiCo: PoNto FuNDaMeNtal Na MiNHa ViDa: as Pessoas Que Me Moti-VaraM e iNsPiraraM a CresCer No Meu PerCurso ProFissioNal, uMa CoNstaNte ForMaÇÃo

resuMo: Mariana Carmona fez uma retrospetiva da sua carreira, foram apontados os pontos fundamentais que a levaram a que, hoje, seja uma designer numa das marcas mais conceituadas do mundo, a marca swarovski.

Nota bioGrÁFiCa:Designer de Joalharia na swarovski, Paris. licenciou-se em Joalharia na esaD, escola superior de artes e Design, Matosinhos. Com a bolsa erasmus, estudou na academia de artes da estónia. Peças de Joalharia exibidas em exposições em vários países e publicadas em livros. após

JuLIET huTTON-SQuIREreino unido

tóPiCo: CoMo aPliCar as teNDÊNCias Da MoDa À JoalHaria

resuMo: enquanto líder de análise de tendên-cias de moda e Diretora da agência de análise de tendências de moda em joalharia adorn insight, Juliet Hutton--squire irá demonstrar como as ten-dências globais de moda se traduzem em soluções comercialmente viáveis de joias que garantem o crescimento e conquista de novos mercados.

Nota bioGrÁFiCa:iniciou a sua carreira em joalharia ao completar uma licenciatura em artes na universidade de stellenbosch, África do sul. trabalhou para a em-presa truworths, na África do sul, onde foi responsável pelo design e conceptualização de coleções de joias para 96 lojas de distribuição, incluindo peças em platina, ouro, prata, pedras

preciosas e joalharia, trabalhando com orçamentação para responder a diversos estilos e encontrar novas soluções. Ganhou uma experiência comercial inestimável durante esse tempo e desenvolveu uma consciência crítica aguda sobre os consumidores e suas alterações de gostos e aprendeu a capitalizar novas oportunidades em áreas de grande crescimento. Depois de se mudar para o reino unido, de-senvolveu a área de negócio de con-sultadoria. Durante este tempo, tam-bém foi apresentadora convidada no QVC (tV Canal de Compras) de uma série de apresentação de joias. em setembro de 2009, lançou a empresa ‘adorn london’ www.adorn-london.com. o foco principal da empresa é contextualizar as joias de acordo com os gostos de roupa dos consumidores.

1ª CONFERÊNCIA IBÉRICA - 8 E 9 DE JuLhOALGuNS TEMAS APRESENTADOS

o estágio na klimt02, em barcelona, foi Designer de Joalharia na artejóia, Porto. Durante este percurso, fre-quentou workshops de Gemologia na aorP, Porto e o Curso Monográfico: ourivesaria e Joalharia no MNaa, Mu-seu Nacional de arte antiga, lisboa. Colaborou com diferentes marcas de Joalharia e ourivesaria. Formou-se em Design de Joalharia e Gemologia no Gia london, Gemological institute of america, londres. Ganhou a bolsa Gia, que lhe proporcionou a formação em Gemas de Cor, no Gia london.

FILIPA OLIVEIRAPortugal

tóPiCo: exPloraNDo a FiliGraNa a alMa Do PassaDo e Do PreseNte

resuMo: Filipa oliveira é uma joalheira contem-porânea inspirada pelo artesanato tra-dicional, especialmente a filigrana. ela usa essa técnica antiga de uma forma inovadora para acrescentar detalhes e herança ao seu trabalho delicado. este elemento histórico permite que tanto o passado como o presente estejam englobados dentro de cada peça de joalharia e é evocativa de diferentes épocas e culturas.

Nota bioGrÁFiCa:Filipa oliveira formou-se, em 2011, como 1 ª aluna da classe, com louvor, em Joalharia & Design na Duncan of Jordanstone College of art and De-sign, university of Dundee. Foi pre-

miada no evento ‘New Designers’ em 2011, em londres com o prémio  ‘New Designers Goldsmiths Company award for Jewellery’, que consagra o melhor aluno finalista de design de joalharia de todas as universidades do reino unido. em 2006 ela foi a grande vencedora do Concurso Nacional de talentos de design de jóias, tendo representado Portugal no Concurso worldskills 2007, no Japão. em 2010 ela recebeu o 1º prémio no concurso ‘Gemset Jewellery Competition’, or-ganizado pela ‘the scottish Gemmo-logical association’. em 2011 foi ainda galardoada com uma bolsa da ‘Golds-miths Precious Metal bursary award.

12 · 1ª CONFERÊNCIA IBÉRICA

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14 · DESTAQUES JURÍDICOS

Vigora desde o dia 1 de julho o regime de proteção social na eventualidade de desemprego dos trabalhadores independentes que prestam serviços maioritariamente a uma entidade contratante, criado pelo Decreto-lei nº 65/2012, de 15.3.

Ficam abrangidos pelo novo regime de atribuição de subsídio de desem-prego, os trabalhadores independen-tes que, no mesmo ano civil, obte-nham da mesma empresa, quer seja pessoa coletiva ou pessoa singular com atividade empresarial, indepen-dentemente da sua natureza e, das fi-nalidades que prossigam, 80% ou mais do valor total anual dos rendimentos obtidos na atividade independente.

Para efeitos de concessão do subsídio, é obrigatório o pagamento das con-tribuições à segurança social pelas empresas (entidades contratantes) de 5% do valor total dos serviços presta-dos às mesmas pelo trabalhador, em pelo menos dois anos civis, sendo um deles o ano imediatamente anterior ao da cessação do contrato de prestação de serviços.

TRABALhADORES ABRANGIDOSestão abrangidos os beneficiários en-quadrados no regime dos trabalhado-res independentes que sejam econo-

micamente dependentes de uma única entidade contratante.Consideram-se economicamente de-pendentes os trabalhadores indepen-dentes que obtenham de uma única entidade contratante 80% ou mais do valor total dos seus rendimentos anu-ais resultantes da atividade indepen-dente que determinem a constituição de obrigação contributiva por aquela entidade (taxa de 5%).

PRESTAÇõES PREVISTASa proteção social concretiza-se através da atribuição do subsídio por cessação de atividade e do subsídio parcial por cessação de atividade:

- subsídio por cessação de ativida-de - destina-se a compensar a perda de rendimentos dos trabalhadores independentes em consequência da cessação involuntária da atividade independente resultante da cessação de contrato de prestação de serviços com entidade contratante.

- subsídio parcial por cessação de ati-vidade - é atribuído nas situações em que o trabalhador independente, após cessar o contrato de prestação de serviços com a entidade contratante, mantenha uma atividade profissional correspondente aos restantes 20% ou menos do valor total anual dos seus

rendimentos de trabalho.

Condições de atribuiçãoo reconhecimento do direito ao sub-sídio por cessação de atividade ao trabalhador independente depende da verificação das seguintes condições:

.cessação involuntária do contrato de prestação de serviços celebrado com a entidade contratante; .cumprimento do prazo de garan-tia: 720 dias de exercício de ativida-de independente, economicamente dependente, com o correspondente pagamento efetivo de contribuições, num período de 48 meses imediata-mente anterior à data da cessação involuntária do contrato de prestação de serviços; .cumprimento da obrigação contri-butiva das entidades contratantes do trabalhador independente, nessa qua-lidade, em pelo menos dois anos civis, sendo um deles o ano imediatamente anterior ao da cessação do contrato de prestação de serviços; .o trabalhador independente ser considerado economicamente depen-dente à data da cessação do contrato de prestação de serviços; .inscrição no centro de emprego da área de residência, para efeitos de emprego.

TRABALhADORES INDEPENDENTES - REGIME DE PROTEÇÃO NO DESEMPREGO Já ENTROu EM VIGOR

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JuROS COMERCIAIS - TAXA SuPLETIVA DE JuROS

MORATÓRIOS NO 2.º SEMESTRE DE 2012

em conformidade com o disposto no n.º 2 da Portaria n.º 597/2005, publi-cada no Diário da república, 1.ª série - b, n.º 137, de 19 de julho de 2005, a taxa supletiva de juros moratórios relativamente a créditos de que sejam titulares empresas comerciais, singu-lares ou coletivas, nos termos do § 3.º do artigo 102.º do Código Comercial, em vigor no 2.º semestre de 2012 é de 8,00%.(aviso n.º 9944/2012, de 24 de julho

01-08-2012)

a presente taxa de 8% manteve-se inalterada face à taxa fixada para o 1º semestre de 2012.

Foi aprovado através do Decreto-lei n.º 169/2012, de 1 de agosto, o siste-ma da indústria responsável (sir), que regula o exercício da atividade industrial, a instalação e exploração de zonas empresariais responsáveis, bem como o processo de acreditação de entidades no âmbito deste sistema.

este novo quadro jurídico para o setor da indústria visa facilitar a captação de novos investidores e a geração de novos projetos para as empresas já estabelecidas.

assim, e dentro do mesmo espírito do chamado licenciamento Zero, previs-to pelo Decreto-lei n.º 48/2011, de 1 de abril, é reduzido o controlo prévio do estado e reforçados os mecanis-mos de controlo a posteriori, acom-panhados de maior responsabilização dos industriais e das demais entidades intervenientes no procedimento.entre as medidas consagradas pelo sir são de salientar, nomeadamente:

- a criação das Zonas empresariais responsáveis (Zer), áreas territo-rialmente delimitadas, dotadas de infraestruturas e pré-licenciadas, que permitem a localização simplificada, célere e menos onerosa de novas in-dústrias, numa lógica «chave-na-mão»;

- a consolidação, num único diploma, das matérias relativas ao exercício da atividade industrial, à instalação das novas Zer e à acreditação de enti-

dades no âmbito do licenciamento industrial;

- supressão da exigência de licencia-mento nas pequenas indústrias, com uma potência elétrica inferior a 99 kVa, potência térmica superior a 12 x 10(elevado a 6) kJ/h, e menos de 20 trabalhadores, que integram o tipo 3 e passam a estar sujeitas a um regime de mera comunicação prévia;

- promoção da adoção, pelas entida-des públicas, de condições técnicas padronizadas por tipos de atividade e ou operação, que definem o âmbito e o conteúdo das respetivas licenças ou autorizações e que permitem que o in-dustrial possa vir a obter um título de exploração emitido, com base numa declaração de cumprimento integral das condições predefinidas;

- extensão da intervenção de entida-des acreditadas à área do ambien-te no procedimento de instalação e exploração de estabelecimentos industriais, as quais passam a poder avaliar a conformidade dos elementos instrutórios do pedido de autoriza-ção, com a consequente dispensa de verificação de omissões ou irregulari-dades nos elementos instrutórios por parte das entidades competentes e consequente diminuição dos prazos procedimentais;

- alterações à definição dos estabele-cimentos de maior perigosidade, isto

é, os estabelecimentos do chamado tipo 1, passando as operações de gestão de resíduos perigosos a estar excluídas desta tipologia;adopção do regime de autorização prévia padronizada relativamente aos estabelecimentos de tipo 1, com res-ponsabilização do agente económico pelo cumprimento de um conjunto de requisitos predefinidos em licença ou autorização e conducente à obtenção de um título de instalação e explora-ção;

- criação de licenças padronizadas em matéria de título de emissão de gases com efeito de estufa (teGee) e de li-cença ambiental de Prevenção e Con-trolo integrados da Poluição (PCiP);adopção para os estabelecimentos de tipo 2 de um regime distinto do até agora vigente, seja pela redução de prazos para emissão do título de exploração, seja pelo alargamento dos casos de dispensa de consultas a entidades públicas;

- reforço da operacionalização do regime da produção de atos táci-tos, através da emissão automática via «balcão do empreendedor» da respetiva certidão, sem necessidade de intervenção humana, sempre que a decisão administrativa não seja toma-da no prazo legalmente previsto.

SISTEMA DA INDúSTRIA RESPONSáVEL (SIR)

15 · DESTAQUES JURÍDICOS

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16 · GOLD WIN TOGETHER

01reNoVar a iMaGeM Portuguese Jewellery – Shaped with Love

a nova imagem serve para veicular uma recomposta dimensão de Portu-gal como criador de produtos de ex-celência na ourivesaria internacional. Permite um upgrade significativo na representação da moda portuguesa e a afirmação da vocação de Portu-gal enquanto produtor e criador de excelência.

a campanha visa as capacidades cria-tivas do setor em termos de design, moda e qualidade, capacidades estas que até aos últimos anos eram pouco reconhecidas a nível internacional, e até a nível nacional. Com “Portuguese Jewellery - shaped with love” preten-de-se solidificar a relação entre a ou-rivesaria nacional e o coração, como símbolo cultural da alma lusitana. Des-venda uma dimensão manual e única para cada uma das peças produzidas, modeladas ou criadas em Portugal. ao mesmo tempo a imagem transmite as tendências do design internacional, e concilia audácia e exclusividade.

o renovado espírito do Made in Portu-gal é apresentado em vários suportes: gráfico; uma produção de moda, reali-zada pelo conceituado fotógrafo nor-tenho Cassiano Ferraz; e um stand de exibição, que acompanha a promoção nos principais eventos internacionais.

02 GoiNG GlobalPieces of Art Made in Portugal na Vo-gue Gioiello

Na edição de setembro de 2012, será publicada na Vogue Gioilello uma publireportagem alusiva às produções nacionais. esta divulgação permitirá à ourivesaria portuguesa alcançar uma cobertura mundial. Calcula-se uma distribuição de 300.000 exemplares!

a revista que é distribuída nas ban-cas e nas principais feiras do setor, escolheu o tema “Pieces of art Made in Portugal” para promover o produto português a nível mundial.

Na campanha, o fotógrafo enrico suà ummarino, forte conhecedor do uni-verso da alta joalharia e das indústrias do luxo assina as impactantes imagens e transfere ao produto nacional uma nobreza de obra de arte. a contempo-raneidade das joias é combinada com um toque de tradição e de genuinida-de portuguesa. o azulejo português, símbolo internacional do requinte da cultura e arte lusa é embelezado pelas peças selecionadas através de um rigoroso processo de seleção. Nesta ocasião, 19 empresas representam o que melhor se faz no Made in Portugal.

PROGRAMA CONSISTE NO LANÇAMENTO DE uMA IMAGEM RENOVADA, PRÓXIMA

DO uNIVERSO MODA E DE uMA CAMPANhA DE PROMOÇÃO INTERNACIONAL

Prosseguindo a estratégia de geração de crescimento e rentabilidade sus-tentável para a ourivesaria nacional, a aorP entra em velocidade de cruzei-ro na execução do projeto Gold win together. tem o apoio do sistema de incentivos às ações Coletivas, inserido no âmbito do QreN.

a iniciativa baseia-se na continuidade dos esforços para consolidar o novo paradigma de desenvolvimento que tem vindo a desenhar-se nos últimos anos na ourivesaria. a nova etapa, ali-cerçada na abertura ao conhecimento, à inovação e à melhoria contínua no acesso ao mercado consubstancia-se e divulga-se com o Gold win toge-ther, permitindo lançar no terreno ações que induzem simultaneamente a melhoria contínua nas práticas empre-sariais.

o grosso das ações programadas con-siste no lançamento de uma imagem renovada, próxima do universo moda e de uma campanha de promoção internacional.

os resultados que têm vindo a ser desvendados ao longo do ano teste-munham a evolução do setor de forma marcante e impactante, e permitem despertar o interesse do mercado e dos agentes mais dinâmicos pelo Made in Portugal.

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17 - GOLD WIN TOGETHER

Making of aorP - www.vimeo.com/45238933

03 ProMoÇÃo Nos PriNCiPais MerCaDos De exPortaÇÃoFrança – Participação de 30 de junho a 3 de julho na Eclat de Mode Bijorhca de Paris

um destaque especial no projeto para melhorar as condições de acesso das empresas aos mercados internacio-nais. Foi programado no sentido se intervir diretamente com ações de promoção nos principais mercados de exportação, França, espanha, e tam-bém no mercado do norte da europa através da alemanha. a estratégia definida planeou a presença nas prin-cipais feiras para a difusão da campa-nha “Portuguese Jewellery – shaped with love” bem como uma campanha de promoção junto dos principais agentes setoriais nacionais.

Foi na passada edição da feira eclat de Mode / bijorhca que a aorP lan-çou estas iniciativas. o espaço de exi-bição que apresenta a nova imagem do Made in Portugal e uma seleção de peças representativas atraiu fortemen-te o interesse de profissionais e com-pradores internacionais que visitam a bijorhca. outras ferramentas que se encontram a ser implementadas permitirão dar seguimento à iniciativa e desencadear movimentos de aproxi-mação comercial.

a próxima etapa passa por Madrid, onde em setembro se irá participar na iberjoya.

a reter Pode seguir o desenrolar do proje-to através do site e no facebook da aorP.ainda existem oportunidades para apresentar novas propostas de cria-ções nacionais na alemanha, França e espanha, nas próximas edições das feiras.

o projeto Gold win together e outras iniciativas da aorP têm estado em destaque na newsletter do Programa CoMPete: www.pofc.qren.pt/Media/Noticias/entity/associacao-de-ourivesaria-e-

-relojoaria-de-Portugal

O caminhO é a expOrtaçãO.

temOs que internaciOnalizar

a nOssa Ourivesaria!

a eclat de Mode/bijorhca é um certa-me cuja influência supera as fronteiras francesas, já que congrega profissio-nais de procedências muito diversas que chegam a Paris para participar na semana da Moda (Paris Fashion week). as últimas edições reuniram perto de 500 expositores, e 15000 visitantes profissionais de 91 países (66% visitantes franceses e 34% es-trangeiros).

as duas edições da Feira, em janeiro e julho, constituem um dos principais locais, a nível mundial, para a apresen-tação das tendências de ourivesaria.

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A hISTÓRIA DO RIGOR ADAPTADA AOS DIAS DE hOJE

Fale-Nos uM PouCo sobre a His-tória Da eMPresa iNÊs barbosa.sempre frequentei a oficina do meu pai desde criança, aos 13 anos come-cei a trabalhar e logo me iniciei no trabalho da filigrana, uma arte que na minha família remonta ao tempo do meu bisavô.em 1993, com 28 anos de idade, dei início à minha própria oficina com 2 aprendizes, em sobradelo da Gôma, onde me mantenho até hoje.seis anos depois, em 1999, constitui a sociedade inês barbosa, lda, que se mantém inalterada até ao presente e conta com 6 colaboradores.

CoMo NasCeu o iNteresse Pela FiliGraNa, tÉCNiCa Que estÁ tÃo iNtriNseCaMeNte liGaDa À Histó-ria PortuGuesa.Pertencer a uma família de várias gerações de ourives deu-me acesso ao conhecimento de técnicas ances-trais da filigrana. esta herança, aliada ao gosto pela profissão, levaram-me a desenvolver um gosto especial e uma grande dedicação à arte.

estÃo loCaliZaDos Na PóVoa Do laNHoso, terra CoM uM Histo-rial Muito GraNDe Na ProDuÇÃo De FiliGraNa, este asPeCto Foi iMPortaNte Para o DeseNVolVi-MeNto No Vosso iNteresse Por esta arte?sim, tendo nascido na Póvoa de la-nhoso, terra de grandes ourives e dos

meus familiares, é um trajeto quase que natural.

sabeMos Que É uMa eMPresa Forte Na ProDuÇÃo Da FiliGra-Na CoM extreMo riGor e Per-FeiÇÃo. É DiFÍCil MaNter este riGor?Fazer filigrana portuguesa, aquela que é reconhecida no mundo inteiro como sendo a melhor, é um processo manu-al de tal maneira exigente e moroso que tem custos de mão de obra que não são fáceis de manter na conjetura atual. resistir a processos de fabrico modernos, onde saem peças que de filigrana só têm o nome, não é fácil.No entanto é o caminho que continu-arei a seguir e que os nossos clientes já esperam de uma empresa como a nossa.

alÉM Desta GraNDe QualiDa-De Vossa, o PerFeCCioNisMo, a iNoVaÇÃo e oriGiNaliDaDe sÃo taMbÉM aDJetiVos Que ClassiFi-CaM as PeÇas Que ProDuZeM?apesar do uso de técnicas muito antigas, na minha oficina sempre se satisfizeram os mais diferentes gostos e, como tal, tanto fazemos peças com grande rigor histórico como criamos peças de novos designers, aplicando também novos materiais.

exPliQue-Nos os ProCessos De ProDuÇÃo?a produção da filigrana começa desde

18 · INÊS BARBOSA

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logo na preparação do fio em espes-suras finíssimas, que depois de torcido e batido está pronto para preencher os espaços vazios do esqueleto da peça em si.

Depois de se montar uma estrutu-ra em fio mais grosso com a forma pretendida (esqueleto da peça) os artesãos dão início ao enchimento com sucessivos elementos de filigrana, a qual damos o nome de cabeças.Depois de totalmente preenchida, aplica-se a solda em pó e solda-se.Com o banho de corar limpa-se a peça e logo depois o artesão dá o seu toque pessoal e final à peça.

Quais as Vossas FoNtes De iNs-PiraÇÃo.a natureza e a vivência das pessoas são a minha principal fonte de inspi-ração. No dia-a-dia os desenhos e as formas vão se sucedendo ao sabor do trabalho. a aplicação de novos mate-riais leva-nos a novos conceitos muitas vezes complementados pela ajuda de novos designers.

19 · INÊS BARBOSA

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Foi no passado mês de agosto que a Casa dos Viscondes da Gândara, edi-fício/sede da aorP serviu de cenário para uma sessão fotográfica da marca ‘aFFaire Jewellery, sob o tema “a Vanguarda do Vintage”.

Mandado construir em 1890 pelo 1º Visconde da Gândara, antónio Correia de Magalhães ribeiro, este belíssimo edifício com características arquite-tónicas de pendor neoclássico foi a escolha perfeita para a sessão foto-gráfica da marca onde se reinventou a graciosidade e charme femininos da primeira metade do século xx, tema de inspiração para a criação da cole-ção belapekta - Heritage Jewellery.

uma coleção que oferece à mulher contemporânea detalhes mágicos de uma era glamorosa, que refletem a paixão da ‘aFFaire Jewellery pelo re-quinte e pela excelência na produção das suas criações. Detalhes da exímia qualidade com que são unidos os di-ferentes materiais que compõem cada joia, a porcelana e os metais precio-sos, que são já a imagem de marca da empresa, e que não passam desper-cebidos mesmo tendo como cenário de fundo os interiores exuberantes do palacete, onde o luxo e requinte de outrora nos fazem viajar no tempo. Dedicadas ao segmento de luxo as joias ‘aFFaire Jewellery aliam téc-nicas tradicionais de produção a inovações desenvolvidas pela marca

procurando, que cada joia seja única quer pelo seu detalhe e cunho mar-cadamente distintos como pela sua originalidade. Características que pretendem elevar a porcelana, outrora conhecida como o “ouro branco” do oriente, ao estatuto de pedra precio-sa. Joias que são manufacturadas por hábeis artesãos, cuja paixão pelo seu ofício está presente em cada obra de arte que nasce das suas mãos.

Joias com que, Mi sook e telma ta-vares agenciadas pela aCt in Models pousaram perante a lente de bruno Costa - one letter Photography. Marca que através do conceito ausên-cia de palavras no vazio do silêncio, alcança imagens dramáticas e con-trastadas que despertam a curiosida-de e imaginação do seu observador,

e que são já a sua imagem de marca. um projeto de fotografia profissional inserido num conceito contemporâneo onde a exclusividade e dedicação em cada trabalho são o reflexo da sua identidade. Jordaan santos - autopsy encarregou--se do styling, compondo cada look com peças das suas coleções mais recentes.enquanto a maquilhagem ficou a car-go de Filipa Ferreira - Filipa Ferreira Make-up, que através da sua qualida-de técnica trouxe todo o glamour e sedução dos anos 20 para o século xxi dando-lhe um toque contem-porâneo e vanguardista. sendo que o styling dos cabelos ficou a cargo de andreia Martim que, através da qualidade e inovação técnica pelas quais são reconhecidos os salões inês

Pereira Cabeleireiros, elaborou pen-teados onde a feminilidade e charme vintage são transportados para a nossa era oferecendo às modelos um look clássico mas com um toque con-temporâneo.

Dedicada ao segmento de luxo, a ‘aFFaire Jewellery pretende, atra-vés da sua sessão fotográfica, dar a conhecer à mulher contemporânea uma coleção apaixonante que é o reflexo de um estilo de vida altamente exclusivo. uma coleção onde traços marcadamente clássicos dão vida a joias detentoras de uma elegância e intemporalidade únicas, cunho distin-tivo de uma marca já reconhecida pela excelência das suas produções.

EDIFÍCIO DA AORP ABRE PORTAS PARA uMA SESSÃO FOTOGRáFICA DE JOIAS

Fotos: oNeletterPHotoGraPHy

20 · AORP E ‘AFFAIRE

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a inhorgenta decorre anualmente em Fevereiro em Munique e é uma das fei-ras líderes da relojoaria e joalharia. ao pensar nos pontos fortes da inhorgen-ta, ocorre os seguintes: . em Munique encontrará sem dúvida a oferta mais completa e mais interna-cional das feiras existentes do ramo.. a inhorgenta apresenta as últimas tendências do mercado e da moda – imprescindível para os profissio-nais num setor sujeito a tão rápidas mudanças.. a inhorgenta é conhecida a nível mundial pela joalharia de design.

PARTICIPAÇÃO DA AORP NA EDIÇÃO DE 2013 COM uMA MOSTRA COLETIVA22 A 25 DE FEVEREIRO

FATOS E NúMEROSinhorgenta MuNiQue: 22 a 25 de fevereiro 2013

VISITANTES:. Cerca de 30,000 visitantes retalhistas30% do exterior (uma tendência as-cendente). Número de países: 80. 10 principais paísesÁustria, suíça, Holanda, espanha, itá-lia, Grã-bretanha e irlanda,Grécia, suécia, bélgica, Hungria

EXPOSITORES:. 1.116 exPositores. 37% do exterior. 65,000 m2 de espaço de exposição em seis pavilhões. Número de países: 36. 10 principais paísesitália, espanha, Polônia, Áustria, bél-gica, suíça, Grécia, Holanda, China / Hong kong, Grã-bretanha,

INhORGENTA 2013:

SEMINáRIO ONLINE“10 STEPS FOR GuARANTEED SuCCESS AT TRADE FAIRS”APARTIR DE OuTuBRO

BROChuRA DISPONÍVEL QuE AJuDA OS EXPOSITORES A PRE-PARAREM A SuA PRESENÇA NA INhORGENTA 2013.

a brochura da empresa Meplan está online em: www.meplan.com/services/10steps/2013/inhorgenta_en/

21 · INHORGENTA 2013

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as Contrastarias de lisboa e do Porto já estão capacitadas para executar a marcação de artefatos a laser, um novo serviço disponibilizado desde o dia 1 de agosto aos clientes que assim o solicitem.

a marca realizada a laser, além de permitir a marcação de artefatos de espessura muito fina sem os furar ou danificar, possibilita a execução de imagens muito perfeitas e de grande beleza, podendo ser aplicada a um conjunto muito diversificado de me-tais e outros materiais.

segundo o departamento das Con-trastarias, este serviço tem preços

MARCAÇÃO A LASER NAS CONTRASTARIAS DA INCM

o documento de reprogramação estratégica do QreN, entregue em bruxelas no dia 16 de julho, previu uma nova linha de crédito, denominada iNVeste QreN, no montante de 1000 milhões de euros.

a nova linha de crédito, lançada pelo Governo em parceria com a banca na-cional e o banco europeu de investi-mento (bei), destina-se a apoiar ope-rações de financiamento de projetos aprovados no âmbito dos sistemas de incentivos do QreN, em especial no que concerne a investimentos ligados à inovação, i&Dt, qualificação das PMe e internacionalização.

Financiada em partes iguais pelo bei e pela banca nacional, a linha de crédito

ficou operacional a 15 de agosto.o mesmo documento previu ainda o reforço dos incentivos diretos às empresas e dos mecanismos de en-genharia financeira, em 705 e em 137 milhões de euros, respetivamente.

o programa “impulso Jovem” irá rece-ber 334 milhões de euros, o estímulo 2012 (apoio à contratação de desem-pregados) mais 72 milhões de euros, ao passo que o ensino profissional e a formação de adultos e desempre-gados irão beneficiar de uma verba adicional de 600 milhões de euros.

Mais informações em www.qren.pt.

de marcação a laser inferiores aos da maioria das contrastarias europeias, embora com a mesma qualidade e minúcia. a marcação a laser, que só será aplicada mediante a expressa so-licitação do utente, vem assim alargar a oferta de serviços das Contrastarias da iNCM, nomeadamente a gravação de datas e nomes em alianças ou pul-seiras ou qualquer outra gravação no-minativa em placas comemorativas ou afins, mantendo as habituais garantias de segurança e a necessária proteção do consumidor.

22 · NOTÍCIAS

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VOGuE GIOIELLOedição de setembro de 2012

Publireportagem alusiva às produções nacionais intitulada de “Pieces of art Made in Portugal” na Vogue Gioiello

www.VOGuE.IT/EN/VOGuE-GIOIELLO

ART JEwELRY FORuMo art Jewelry ForuM (aJF) é uma organização americana sem fins lucrativos criada em 1997

para defender o setor das joias de arte contemporânea.www.ARTJEwELRYFORuM.ORG

"ThE MASTERY OF TIME" BOOk: ThE hISTORY OF hAuTE hORLOGERIEDominique Fléchon, historiador e especialista em alta relojoaria na Fondation de la Haute

Horlogerie, é o autor de uma obra importante sobre a história da medição do tempo, desde as suas origens até aos nossos dias. este novo livro preenche uma lacuna de mais de meio

século em publicações sobre este tema.

23 · SUGESTÕES

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