Jornal O Passageiro - edição 130

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09 a 15 de Maio / 2012 em Divinópolis e de 09 a 22 de Maio / 2012 em Pitangui Itaúna Carmo do Cajuru Pará de Minas e Nova Serrana | Fundador Laércio Nunes Distribuição gratuita Edição 130 - Centro-Oeste O MESMO AMOR, DIFERENTES MÃES Foto: Divulgação DIVINÓPOLIS TRADIÇÃO QUE NUNCA MORRE O índice de infestação do mosquito transmissor da dengue reduziu em Pitangui. Os dados são re- ferentes aos 2º bimestre de 2012. O levantamento aponta que o índice foi de 1,03%. Ações educati- vas tem colaborado com a queda. Página: 11 REDUZ INFESTAÇÃO DO MOSQUITO DA DENGUE PITANGUI SOCIAL RAIO X DA VIOLÊNCIA O índice de criminalidade tem aumentado gra- dativamente nos últimos anos. Mas, afinal, como combater este crescimento? Para reduzir esses índices negativos, segundo especialistas, é neces- sário investir em políticas públicas. Página: 05 Divinópolis ainda mantém tradicionalmente as feiras. Uma das mais populares é a do Bairro Es- planada. Tradição mantida por algumas pessoas que não abrem mão de comprar a verdura fres- quinha. Página: 07 O dia das Mães será comemorado no próximo domingo e a reportagem do jor- nal O PASSAGEIRO faz uma homenagem para quem desem- penha esse papel es- pecial e fundamental na vida de qualquer filho. Mães soltei- ras, Avós, Pais que assumem esse sen- timento de materni- dade e junto um pa- pel duplo. Conheça histórias de amor e afeto que fazem, para muitos, este dia das Mães ainda mais magnífico. Página: 06 e 09

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Edição Centro-Oeste

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Page 1: Jornal O Passageiro - edição 130

09 a 15 de Maio / 2012 em Divinópolis e de 09 a 22 de Maio / 2012 em Pitangui • Itaúna • Carmo do Cajuru • Pará de Minas e Nova Serrana | • Fundador Laércio Nunes •

Distribuição gratuita

COLORIDO

Edição 130 - Centro-Oeste

O MESMO AMOR, DIFERENTES MÃES

Foto: Divulgação

DIVINÓPOLISTRADIÇÃO QUE NUNCA MORRE

O índice de infestação do mosquito transmissor da dengue reduziu em Pitangui. Os dados são re-ferentes aos 2º bimestre de 2012. O levantamento aponta que o índice foi de 1,03%. Ações educati-vas tem colaborado com a queda. Página: 11

REDUZ INFESTAÇÃO DOMOSQUITO DA DENGUE

PITANGUISOCIALRAIO X DA VIOLÊNCIA

O índice de criminalidade tem aumentado gra-dativamente nos últimos anos. Mas, afinal, como combater este crescimento? Para reduzir esses índices negativos, segundo especialistas, é neces-sário investir em políticas públicas. Página: 05

Divinópolis ainda mantém tradicionalmente as feiras. Uma das mais populares é a do Bairro Es-planada. Tradição mantida por algumas pessoas que não abrem mão de comprar a verdura fres-quinha. Página: 07

O dia das Mães será comemorado no próximo domingo e a reportagem do jor-nal O PASSAGEIRO faz uma homenagem para quem desem-penha esse papel es-pecial e fundamental na vida de qualquer filho. Mães soltei-ras, Avós, Pais que assumem esse sen-timento de materni-dade e junto um pa-pel duplo. Conheça histórias de amor e afeto que fazem, para muitos, este dia das Mães ainda mais magnífico.

Página: 06 e 09

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Editorial

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PRETO E BRANCO

Número de páginas: 12Tiragem: 32.000 exemplares mensal Periodicidade: semanal em Divinópolis e quinzenal no Centro-OesteCirculação:Divinópolis - Itaúna - Formiga - Arcos - Lagoa da Prata - Bom Despacho, Pitangui - Nova Serrana - Pará de Minas - Carmo do Cajuru

Fundador: Laércio NunesEditor Geral: Marcelo NunesDiretora Comercial e Geral CO: Stefane Moura (37)3222-5997 / (37)8817-9135Jornalista Responsável: Francisco Vilela - Registro nº 12.764Chefe de Redação Centro Oeste: Amanda QuintilianoRedação Centro Oeste: Amanda Quintiliano, Amarilis Pequeno, Júlia Medeiros, Cíntia Teixeira.

Revisora: Nilsymara Alves AraújoArte Gráfi ca: Daniel Allan e Douglas BarretoDiagramação: Daniel AllanControle Administrativo: Paula DanielleVendas: Stefane Moura: 37- 8817.9135 / 3222.5997Rômulo César: 37- 9962.2209 / 3222.5997Santuza Ribeiro: 37- 8806.3792 | Cristiane Rodrigues: 37- 9955.7236

Vivemos em uma verdadeira guerra urbana e social con-tra o crescente índice de criminalidade. Só para se ter ideia, o número de homicídios registrados até meados de abril deste ano, já supera todo 2011. Essa realidade se repete em vários municípios mineiros e brasileiros. Projetos e progra-mas emergentes surgem e insurgem sem atingir os seus reais objetivos: combater a violência. A prevenção criminal não depende apenas de policiais e viaturas e sim de políticas pú-blicas efi cazes. Apenas o conjunto delas é capaz de combater e eliminar a criminalidade. A população assiste atônita aos remédios e as ações mira-culosas aplicadas ao combate da violência. Medidas que nem sempre alcançam o objetivo. Vejam a campanha de desarma-mento: uma ação isolada que não obteve resultados visíveis. Talvez se tivesse sido emprega juntamente com outra inicia-tiva, tivesse obtido êxito. O fenômeno da criminalidade, além de presente em toda sociedade, tende a se desenvolver com mais pujança diante do abandono político. As políticas públicas não visam o aumento do policiamento ou de viaturas pelas ruas. Elas partem de iniciativas com foco na prevenção. Trabalham, preferencialmente, com crianças, para desenvolverem desde cedo o sentimento de responsabi-lidade social. Várias políticas levam adolescentes ao mercado de trabalho, às salas de aula, possibilitam acesso a cultura, esporte e lazer. Todas são voltadas, normalmente, para famí-lias em estado de vulnerabilidade. São medidas que visam atingir resultados em diversas áreas e promover o bem-estar . É a ausência de políticas públicas que gera um terreno fértil para o crescimento da criminalidade. O acesso à educação, saúde, cultura e lazer podem contribuir para que os índices reduzam. Fatores básicos que podem ser concedidos pelo po-der público. Está mais vulnerável a entrar para o mundo do crime um adolescente que não frequenta escola e vive pelas ruas, do que uma pessoa da mesma faixa etária com acesso aos itens citados acima. Mas, uma coisa é certa: não devemos jogar toda a responsabilidade em cima do governo. No combate à violência é importante a união da sociedade. Qualquer cidadão pode e deve ter responsabilidade social. As empresas podem investir uma pequena parcela do lucro em ações sociais. Já a imprensa não pode agir apenas como uma noticiadora de fatos tristes e os tratando como irreversíveis, como o destaque aumento do índice de criminalidade. Os ve-ículos de comunicação devem apontar alternativas para alte-rar os dados negativos, mostrar políticas públicas efi cientes e visar o social e é isso que o jornal O PASSAGEIRO se propõem a fazer ( leia a página 05 ). O país precisa de gente interessada em mudar esta realidade, desde o Zé o butim, até o presiden-te da república.

POLÍTICAS PÚBLI-CAS NO COMBATE À

VIOLÊNCIA

EXPEDIENTE

OS BENEFÍCIOS DA MÚSICA

A VOZ DOPASSAGEIRO

Mande seus comentários, críticas ou sugestões para: [email protected]

“Adoro ler a editoria de comportamento do jornal O PASSAGEIRO. Me identifi co com algumas matérias e também com as colunas”, diz a assistente social, Tereza Cristina Rodrigues

(Turma do Printy)

Pai nosso que estás

no céu

Santifi cado seja o

teu nome

Venha o teu reino

Na vida de cada

mamãe

O pão de cada dia

não deixes faltar

Senhor

Cumpra-se nelas o

teu querer

Teu caminho de

amor

E que prossigam

perdoando

Recebendo teu

perdão

Livra-as de todo

mal e de cair em

tentação

Pois teu é o reino, o

poder e a glória pra

sempre..

Amém!

Pai Nosso da Mamãe Juliano Ferreira

“A minha gente sofrida Despediu-se da dor Pra ver a banda passar Cantando coisas de amor”.

Chico Buarque, através da música a Banda, faz um pe-queno resumo dos inúmeros benefícios da música em nossa vida. A música nos faz sentir bem, nos conduz para cami-nhos de paz, alimenta nossa esperança e nutre nossos sonhos. A melodia que exis-te por detrás de uma música nos embala... Neste artigo vamos enume-rar os benefícios da música. A ciência comprova que a música faz bem ao nosso cérebro e para todo o corpo. Mas qualquer música pode nos trazer benefícios? Infe-lizmente não. Devemos sa-ber escolher as músicas que ouvimos. Músicas de ritmo muito

marcado, como o samba, ou dissonantes, como o rock, embora funcionem como estimulantes, exercem efeito dispersivo sobre o sistema nervoso, impedindo a con-centração e o relaxamento.

Edição Centro Oeste

O Jornal necessáriamente não é solidário nem se responsabiliza por conceitos em artigos e matérias.“O Passageiro”, periódico quinzenal de propriedade de KGEL. Kerix Gráfica e Editora LTDA - CNPJ: 139448090001 13 / Rua Rio Grande do Norte, nº 60 - Centro Divinópolis MG

Artigo

09 a 15 de Maio / 2012 em Divinópolis e de 09 a 22 de Maio / 2012 em Pitangui • Itaúna • Carmo do Cajuru • Pará de Minas e Nova Serrana - Edição 130 - OP.CO

Podemos perceber então que o som pode, conforme sua qualidade, intensidade e quantidade, benefi ciar ou agredir o organismo. Devemos optar por músicas “melodiosas”, letras agra-dáveis e evitar as chamadas músicas estressantes. Pois

““

A ciência comprova

que a música faz bem ao

nosso cérebro e para todo

o corpo

essas levam à contração dos vasos e à redução no fl uxo sanguíneo, podendo até fa-zer mal ao nosso coração. A música deve ser harmo-niosa, sutil e até mesmo nos remeter a boas lembranças. Pois assim ela nos trará inú-meros benefícios, tais como: Diminui o estresse, aumenta nossa paciência alivia ten-sões. Ajuda a dormir bem e aumenta nosso bom humor.

“O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou

que ainda era moço pra sair no terraço e dançou. A moça feia debruçou na

janela pensando que a banda

tocava pra ela”.

E assim como tudo em nossa vida, devemos também es-colher boa música.

Juliano Ferreira tem 31 anos e possui Licenciatura

Plena em Música.

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As mudanças são um desafi o para alunos e população.

Foto: ww

w.supersecretariaexecutiva.com.br

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COLORIDO

COMO ANDA A NOVAORTOGRAFIA NAS ESCOLAS ?

Educação

Mara AraújoRevisora

[email protected]

“A conduta das crianças não é consequência somente de quem as educa, mas principalmente é da forma como as crianças são estimuladas e ensi-nadas a se comportar. Portanto, tanto avós quanto pais podem ser bem-sucedidos ou malsucedidos nas suas práticas educativas.”

Bruna DinizPsicóloga

Por que BEM-SUCEDIDO é separado por hífen e MALSUCEDIDO não? No caso de BEM-SUCEDIDO, emprega-se o hífen em palavras compostas for-madas com o radical “BEM”, “quando o segundo elemento começa POR VO-GAL ou H, ou então quando começa POR CONSOANTE, mas está em per-feita evidência de sentido”, formando com elas adjetivos ou substantivos, como nos exemplos a seguir: bem-criado, bem-fadado, bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado; bem-criado, bem-ditoso, bem-falante, bem-mandado, bem-nascido, bem-soante, bem-visto. Mas há vários casos em que BEM se liga sem hífen à palavra seguinte. Exemplos: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquista, benquerença.Portanto, não há orientações novas no Acordo Ortográfi co, exceto para o caso de “benfeito”, “benquerer” e “benquerido”, que agora são grafa-das sem hífen e com “n”.

Já em MALSUCEDIDO, o novo acordo ortográfi co determina o uso do hífen apenas quando a palavra seguinte ao radical MAL começar por VOGAL, H ou L. Exemplos: mal-assombrado, mal-entendido, mal-estar, mal-humora-do, mal-limpo. Nos outros casos, escreve-se sem hífen e aglutinado, formando também adjetivos ou substantivos: MALSUCEDIDO, malcriado, malcomportado, malcheiroso, malfeito, malvisto, malditoso, malfalante, malmandado, mal-nascido, malsoante, malvisto.

Até!

CANTINHO DAS LETRAS

09 a 15 de Maio / 2012 em Divinópolis e de 09 a 22 de Maio / 2012 em Pitangui • Itaúna • Carmo do Cajuru • Pará de Minas e Nova Serrana - Edição 130 - OP.CO

Cintia [email protected] Escrever é uma das pos-sibilidades de comunicação entre os homens, quanto a isso não há dúvida. A lín-gua escrita serve para dizer com propriedade uma ideia que se tem das coisas, do mundo e das pessoas. No momento em que as pes-soas estão se adaptando às regras do novo acordo ortográfi co, fi ca a pergunta: será que todo mundo está escrevendo corretamente dentro das novas regras ortográfi cas acordadas entre os países que falam a língua portuguesa? A principal alegação dos governos para a criação do Acordo Ortográfi co da Língua Por-tuguesa foi política. O tratado internacional fi rmado em 1990 pretendia padronizar a lín-gua portuguesa usada nos países lusófonos. No Brasil, desde 2009, a nova ortografi a veio para fi car. O período de transição vai até 31 de dezembro de 2012, tempo em que a norma antiga e a nova serão aceitas. Mas, será que esse tempo será sufi ciente para que os alunos e as pessoas, de maneira geral, se adaptem à nova escrita?

DIFICULDADES Especialistas da área da educação percebem que os alunos das séries iniciais compreen-dem mais facilmente essa mudança. Porém, eles criticam o fato de que a população não irá assimilar tão facilmente. “Os alunos do ensino fundamental estão com mais facilidade de aprender a nova ortografi a por estarem na fase

Os alunos que já iniciaram o aprendizado

dentro da nova gramática

aprendem sem problema.

LEITOR PASSAGEIRO

O livro emociona os leitores do mundo todo com a história dos meninos que defendem, em uma questão de vida ou morte, o grund da rua Paulo. “Esse livro li quando era adolescente e nunca esqueci, é um livro juvenil, mas vale a pena ler, quero até comprar para eu ler novamente e guardar”, Maria de Lourdes Araújo

inicial de aprendizagem da língua”, explica a coorde-nadora pedagógica Helena Pontes. “Por outro lado, a população mais velha, que não frequenta mais as esco-las, não se adaptam com as novas regras”, fi naliza. Nas escolas, o que se percebe é que ainda existe certo grau de difi culdade da nova ortografa na disciplina de língua portuguesa. “A difi culdade que eu percebo na sala de aula depende da série dos alunos. Mas os alunos que já iniciaram o aprendizado dentro da nova gramática aprendem sem

problema, assim como os alunos do terceiro ano do Ensino Médio, que estão preocupa-dos com o ENEM e vestibulares”, comenta a professora de português Tatiane Medeiros. Segundo a professora, existem umas regri-nhas que são mais difíceis. “A difi culdade maior que eu percebo é o uso do hífen”.

NOVOS DESAFIOS Os desafi os são grandes. A maioria dos alu-nos e da população recebe nota baixa quando o assunto é a nova ortografi a. “É importante fazer o dever de casa, estudar sempre que necessário as novas regras, bem como ler sempre”, explica a professora de português Maria Luiza Galdino. As novas regras serão cobradas a partir de 1º de Janeiro do próximo ano. A partir dessa data elas serão levadas em

consideração para efeito de notas, por exemplo, em concur-sos públicos e vestibulares. Conheça as novas regras, no site novaortografi a.com/O-que-muda-no-brasil.

Os Meninos da Rua Paulo, do autor Ferenc Molnár Foram prorrogadas até 15 de junho as inscrições para o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem Urbano em Divi-nópolis. Estão abertas 200 vagas, e o jovem concluirá o curso em 18 meses. Du-

Tome Nota

rante esse período ele au-xílio fi nanceiro de R$ 100,00 por mês, além de todo o material didático para as aulas e a merenda escolar. Em Divinópolis, o curso é coordenado pela Secretaria

Municipal de Educação (Se-med), e será oferecido no Centro Técnico Pedagógico –(Cetepe), que fi ca na rua Bahia, 1755, Bairro São Se-bastião. O telefone para outras informações e inscri-ções é o (37) 3221-5144.

PRORROGADAS INSCRIÇÕESPARA O PROJOVEM

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Meio Ambiente

CARTÃO SUS É OBRIGATÓRIO PARA ATENDIMENTOAmarilis [email protected] Desde 1º de abril, todo cidadão brasileiro precisa apresentar o cartão nacio-nal de saúde, emitido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para atendimento na rede pública ou conveniada. Só para se ter uma ideia, até o fechamento desta edição foram emitidos 153.477 cartões em Divinópolis. Não existe uma data limite para a confecção do documento,

basta procurar o Centro de Saúde mais próximo de sua casa e se informar. Independente de ter um plano de saúde particular, todo brasileiro precisa fazer a carteira do SUS. O novo sistema garante mais agi-lidade ao acesso as infor-mações do paciente, como quantas vezes usou o siste-ma, qual medicamento está usando, quantas vezes fez consultas, se existem res-trições de medicamentos e

outros detalhes. Será um fa-cilitador também em casos de atendimento fora da ci-dade de origem, desde que seja no território nacional. De acordo com o secretário adjunto de saúde, Gilmar Santos, “nenhum procedi-mento será realizado sem a posse deste, salvo cirurgias emergenciais”.

LEI Conforme a Lei 9656/98, se o beneficiário do plano

de saúde privado utilizar os serviços do SUS em algum procedimento que o plano oferece, o SUS pode emitir um procedimento adminis-trativo para receber da Ins-tituição o valor gasto com o beneficiário que foi atendi-do no SUS. “Para os gestores públicos a Assistência ficará mais organizada, impedin-do que usuários de outros municípios sejam atendidos sem a devida pactuação”, e explica o secretário

O cartão do SUS é obrigatório mesmo para quem possui plano particular

Foto: Adriano Abreu

Fábio Henrique SantiagoNutricionista

[email protected]

04

PRETO E BRANCO

Saúde é Vida

A pancreatite é a inflamação do pâncreas, órgão localizado próximo ao estomago (na parte superior do abdome) e respon-sável por diversas funções no organismo, como a produção de insulina e de substâncias que atuam na digestão. A do-ença, que pode manifestar-se nas formas aguda ou crônica, afeta a produção das enzimas necessárias à digestão e, ainda, a absorção da gordura dos ali-

PANCREATITEmentos. A inflamação geralmente de-corre de cálculos na via biliar ou de consumo excessivo de bebi-das alcoólicas. Além disso, alta taxa de triglicérides no sangue, traumas abdominais (um grave acidente de carro, por exem-plo) e infecções virais, como a caxumba, também podem de-sencadear a doença. Os sintomas variam de acor-do com a gravidade da doença.

Normalmente, quem sofre com a inflamação tem fortes dores abdominais, que ficam mais intensas logo abaixo do peito e podem se refletir na parte late-ral da barriga e nas costas. Pode haver também ânsia de vômito, além da presença de fezes cla-ras, malcheirosas e com gotícu-las de gordura. Na pancreatite crônica se não tratada pode ser fatal. Prevenir para amenizar sinto-

mas é a melhor solução. Manter uma dieta equilibrada, com pouca gordura e muita fibra (verduras, legumes e frutas). Evitar alimentos gordurosos. Nos momentos de crise o me-lhor é suspender a alimenta-ção e procurar ajuda médica. Interromper completamente o consumo de bebidas alcoólicas, principalmente se já tiver histó-rico de pancreatite provocada pelo álcool.

Hoje Divinópolis conta com um Aterro Controlado e está em fase de implantação do Aterro Sanitário

Foto: Patrícia Rodrigues/PMD

Amanda [email protected] Quando o assunto é lixo, quase um terço das prefeitu-ras mineiras tem a tarefa de

ATERRO SANITÁRIO: DESAFIO NO CENTRO-OESTEcumprir em pouco mais de dois anos o que adiaram por décadas. Vence no início de agosto de 2014 o prazo dado às cidades brasileiras pela

Lei 12.305, para a elimina-ção completa dos lixões e a construção de Aterros Sani-tários. Nesta história, Divi-nópolis está no meio do

Cidades devem se unir para formar consórcio para o tratamento do lixo

09 a 15 de Maio / 2012 em Divinópolis e de 09 a 22 de Maio / 2012 em Pitangui • Itaúna • Carmo do Cajuru • Pará de Minas e Nova Serrana - Edição 130 - OP.COFoto: Divulgação

Um dos sintomas da pancreatite são as dores fortes no abdômen

caminho. Ela trocou o depó-sito aberto de resíduos pelo Aterro Controlado. Porém, ainda falta um longo cami-nho pela frente.Em Minas, 278 municípios continuam com os lixões. O que não é o caso de Divinó-polis que nos últimos anos iniciou um processo para substituí-lo por um Aterro Controlado. A medida ainda não atende as exigências dos órgãos ambientais. Por isso, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente já desen-volve um projeto para aten-der todas as normas. Para não assumir sozinho a res-ponsabilidade pelas 120 toneladas de lixos produzi-das diariamente na cidade, há a possibilidade de ser fir-

mado convênio com outros municípios da região. O secretário da pasta, Pedro Coelho disse que ainda não é possível dizer quais os municípios poderão compor o consórcio. “Preci-samos primeiro saber onde será o Aterro Sanitário para definir a questão do consór-cio, pois não adianta o aterro ser próximo de uma cidade e o município consorciado ser outro mais distante”, explica Coelho. Há quase dois anos, foram cogitadas quatro cidades, dentre elas Carmo do Cajuru e São Sebastião do Oeste.

PROCESSO Porém, até isso ocorrer, pri-meiro será publicado o Pro-

cedimento de Manifestação de Interesse, para as empre-sas apresentarem projetos de solução para a destinação final do resíduo. Em seguida, será publicado o edital para a contratação da responsá-vel pelo Complexo de Trata-mento e Depósito de Resí-duos Sólidos. Após todos esses procedimentos é que será avaliada a possibilidade do consórcio. A previsão é de até 2014 o problema do depósito de resíduos ser solucionado. Só para se ter ideia, em Minas, 50 consórcios estão em andamento para atender 469 municípios. A maior parte deles estão nas regi-ões Centro-Oeste, Vale do Rio Doce, Sul e Central.

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““

mação com a comunidade para estudar as informações re-passadas por ela”, explica. Sobre a importância de desenvolver ações preventivas, capitão Leônidas acredita na aproximação com a comuni-dade, nos mais diversos segmentos, que permite um plane-jamento e resulta em mais ações na sociedade. Por isso o principal parceiro da PM é o cidadão. “O principal parceiro continua sendo o cidadão ordeiro, aquele que se compro-mete com toda a comunidade. Toda denúncia pode ser atra-vés dos telefones 181 e 190. A identidade é mantida em si-gilo”, afirma.

FAMÍLIA EM FOCO De acordo com a gerente da Proteção Social Básica, Marília Alves Araújo, os trabalhos realizados pelo Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) em Divinópolis também tem foco preventivo, com ações que envolvem toda a família. Apenas na cidade são quatro unidades que

atendem diferentes regiões, como a Nordeste, Sudoeste, Noroeste e Sudeste. Em média, mil famílias são atendidas ao ano por cada uni-dade. “São ações preventivas e o serviço trabalha com crianças, jovens e envolve toda a família. O CRAS oferece atividades, onde os encontros trabalham a convivência em casa, cidadania e outros temas. O resultado são famílias ajudadas e crianças e jovens retirados do risco de vulnerabi-lidade”, revela. O CRAS conta com psicólogos, assistentes sociais, sociólo-gos, entre outros profissionais. “Trabalhando com o núcleo familiar, conseguimos ser mais assertivos. É a promoção e desenvolvimento humano da família. Além do papel pre-ventivo, desde socioeducativo, também são feitas interven-ções a partir dos profissionais”, afirma.

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COLORIDO

Social

09 a 15 de Maio / 2012 em Divinópolis e de 09 a 22 de Maio / 2012 em Pitangui • Itaúna • Carmo do Cajuru • Pará de Minas e Nova Serrana - Edição 130 - OP.CO

Júlia [email protected] Os índices de criminalidade em Minas Gerais estão cada vez mais alarmantes. E o que era realidade somente em grandes cidades e capitais, hoje assola também o interior, como é o caso de Divinópolis, Nova Serrana, Itaúna e tantas outras dos mais diferentes estados do país. No site da Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS) é pos-sível acompanhar o índice da violência em Minas Gerais. Uma estatística com a apuração do Índice de Crime Violento (ICV) e a Taxa de Homicídio Consumado (TC) foi recentemente apre-sentada. Os dados correspondem aos três primeiros meses do ano e têm como fonte o sistema de Registro de Eventos de De-fesa Social (REDS).

Confi ra os números da violência em Minas:

Tabela 1: Valores absolutos e Índice de Crimes Violentos (ICV) de janeiro a mar-ço de 2012, detalhado com base nos registros da PMMG e PCMG.

Aposta está nas ações sociais com foco na prevençãoVIOLÊNCIA: COMO COMBATER?

MÊS ICVTOTAL REGISTROSREGISTRO CRIMES VIOLENTOS

Jan.PMMG PCMG

4966 659 5625 27,61Fev. 5007 588 5595 27,46Mar. 5421 635 6056 29,73

Tabela 2: Valores absolutos e taxa de homicídio consumado (HC) de Jan. a Mar. de 2012, detalhado com base nos registros da PMMG e PCMG.

Fonte: Banco de dados do REDS – Data extração dos dados: 03 de abril de 2012.

DIVINÓPOLIS Os dados apresentados pela SEDS demonstram a realidade da violência no Estado. Em Divinópolis, na região Centro-Oeste, por exemplo, é perceptível o aumento da criminali-dade, principalmente dos crimes violentos, como os homi-cídios que despertam a atenção e o medo da população. Com 20 homicídios registrados até o dia 19 de abril, esse número já se iguala a todo o ano de 2010, e fica próximo do índice de 2011, quando foram registrados 26 homicídios no município. Com índices cada vez mais crescentes, é preciso pensar em políticas públicas, ações e a união de vários órgãos pú-blicos para tentar comba-ter a criminalidade.

PREVENÇÃO O 23º Batalhão da Polícia Militar de Divinópolis de-senvolve ações com foco na prevenção. De acordo com capitão Leônidas Ribeiro Santos, o município realiza diferentes programas e projetos. “Além das Redes de Proteção: Rede de Vizinhos Protegidos, de Postos de Combustíveis Protegidos, foi cria-da recentemente a dos Shoppings Protegidos. Existe um trabalho voltado para as crianças. Além do Programa Edu-cacional de Resistência às Drogas (PROERD) e da Patrulha Escolar, o 23º Batalhão, está trabalhando com o Projeto Arte e Vida, em parceria com a Gerdau”, comenta. Outras ações também são desenvolvidas pela PM, como o Grupo Especializado em Policiamento em Áreas de Risco (GEPAR) e Patrulha de Prevenção de Homicídios. “Trabalha-mos com o Grupo Especializado em Policiamento em Áreas de Risco, que atua no Alto São João de Deus, e a Patrulha Rural, ambas trabalham com um público específico, bem próximo do cidadão. Recentemente temos a Patrulha de Prevenção de Homicídios, que também busca uma aproxi-Fonte: Banco de dados do REDS-Data extração dos dados: 03 de abril de 2012

MÊS HCTOTAL REGISTROSREGISTRO HOMICÍDIOS

Jan.PMMG PCMG

311 13 324 1,59Fev. 304 7 311 1,53Mar. 318 6 324 1,59

O principal parceirocontinua sendo o cidadão

ordeiro, aquele que secompromete com toda

a comunidade

Divinópolis: ações preventivas para combater o aumento da criminalidade são realizados.

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Page 6: Jornal O Passageiro - edição 130

Foto: Divulgação

As mães se dividem entre cuidar dos filhos, da casa e o trabalho fora

Famílias Uniparentais têm aumentado

Foto: Divulgação06

COLORIDO

Comportamento

TENDÊNCIAS EM ESMALTES QUE VÃOCOLORIR AS UNHAS NESTE INVERNO

Junto com as tendências do inverno 2012 para as roupas, calçados e acessó-rios, também chegam as tendências para os esmal-tes. O mercado de esmaltes cresce a cada ano no mundo e com ele as novidades para quem deseja ficar com as unhas na moda. Este item fashion é adorado por muitas mulheres, pois além de compor melhor o visual, proporciona beleza e estilo ao look. As passarelas na-cionais e internacionais de moda apresentam as ten-dências de esmaltes para

este inverno 2012. Delas chegam os tons terrosos como: marrons, vermelhos, vinhos e cinzas, e também cores inusitadas, mas com a cara de inverno como o verde e o azul. Exemplo disso é a marca Risqué, que em parceria com o estilista Reinaldo Lorenço lançou a linha “Tenho que ter”, vale a pena dar uma conferida. Tons mais escuros chegam com um toque de brilho me-talizado. Para as mulheres adeptas de tons mais bá-sicos, uma boa pedida são os esmaltes na cor renda,

usado para formar aqueles tipos de francesinhas colo-ridas, mas que no inverno ficam um pouco mais escu-

ros. Outra dica são os esmal-tes nos tons roxo, que desta vez aparecem com mais brilho. Por falar em brilho,

a cor dourada chega com força total neste inverno, veem em tons metalizados, em composições diferen-tes. Uma amostra disso são os esmaltes da Garota da Capa da Avon e no Filete da Risqué. Os tons café também são apostas deste inverno, só que desta vez a pedida é uma mistura de café com leite. O lilás também pro-mete ser destaque, em tons sóbrios, mas com um ar de romantismo, que tem tudo a ver com a estação. Na onda de cor escura, o tom gra-

fite tem tudo para ser um dos preferidos da estação, no estilo mais sóbrio, que combina com o clima frio. Em muitos desfiles ele apa-rece com brilho metalizado, que aliás, também é uma tendência para as roupas, calçados e acessórios. Uma sugestão é o Graphite da Chanel ou da marca Risqué. Independente do tamanho e formato das unhas, os tons escuros chegam para ficar neste inverno 2012, agora é só escolher os esmaltes que mais lhe agradam e arrasar neste inverno!

09 a 15 de Maio / 2012 em Divinópolis e de 09 a 22 de Maio / 2012 em Pitangui • Itaúna • Carmo do Cajuru • Pará de Minas e Nova Serrana - Edição 130 - OP.CO

Sirlen Marcia BorgesDesign de Moda

[email protected]

A PARTIR

Cintia [email protected] A proporção de famílias uniparentais, em especial aquelas envolvendo mães solteiras, tem aumentado, o que evidencia um significa-

MÃES SOLTEIRAS ASSUMEM A EDUCAÇÃO DOS FILHOStivo reordenamento do sis-tema familiar. Ser mãe em algumas casas é sinônimo de “pãe” – uma mistura afe-tuosa de mãe e pai em uma só mulher. Elas administram a vida social, profissional e

ainda assumem o papel de pais diante das mais variadas situações. No meio de tama-nha responsabilidade ficam as perguntas: Quais são os desafios diários que elas enfrentam? Quais os medos que essas mães possuem? Como ser “pãe” e ainda assim não se sentir sobrecarre-gada? Nesta matéria, duas mães apresentarão os desa-fios e as delícias de educar um filho.

QUANDO UM SÃO DOIS A família muda de acordo com as transformações so-ciais. Apesar de um grupo pessimista acreditar que o núcleo familiar está pres-tes a acabar, fato é que ela continua existindo, porém, com uma maior pluralidade

de possibilidades. Famílias uniparentais têm aumenta-do, de acordo com o último censo. Mas, em que essa mudança implica na for-mação das crianças e ado-lescentes que não possuem um pai para chamar de seu dentro do lar? “Não existe uma forma de organização familiar ideal que garanta as condições necessárias para a constituição do sujeito. O importante é que indepen-dente da formação familiar, seja nuclear, monoparental, uniparental, recomposta, a criança se sinta desejada enquanto sujeito”, explica a psicóloga Beatriz Brandão de Faria. Mas essa tarefa não é sim-ples. Fazer a matemática de um ser dois, para educar um

filho, desgasta a “pãe” nossa de cada dia. “O universo da mãe solteira é cercado de di-ficuldades. Não só a dificul-dade com gastos e despesas, mas o desafio de educar uma criança sozinha, com toda

essa carga nas costas como mandar fazer o dever, to-mar banho, sair da internet, comer coisas saudáveis, se tornam enormes e desgas-tantes”, revela a odontóloga Marina Mendes.

Foto: Divulgação

Os esmaltes escuros e brilhantes devem ser a tendência desta estação.

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Fique Por Dentro

09 a 15 de Maio / 2012 em Divinópolis e de 09 a 22 de Maio / 2012 em Pitangui • Itaúna • Carmo do Cajuru • Pará de Minas e Nova Serrana - Edição 130 - OP.CO

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Cintia [email protected] A educação é um processo social, é desenvolvimento. Pode-se dizer que educação não é a preparação para a vida, mas a própria vida. Pen-sando dessa forma que o Pro-jeto Movimento das Crianças Izabel Maria Chaves – MOCIM – iniciou no ano passado em parceria com o CECON, cursos que benefi ciam crianças e jo-vens, moradores da comuni-dade Jardim Capitão Silva em

CECON SOCIAL A CORRENTE DO BEMDivinópolis, em busca de uma transformação social local por meio da educação.

PROJETO MOCIM O projeto MOCIM tem menos de um ano, mas já tem porte para se tornar grande projeto social com base educacional. O objetivo principal é ofertar para crianças de 6 a 14 anos e adolescentes, cursos que mo-difi cam as vidas da comunida-de local. Inicialmente o proje-to começou na Paróquia de

São Cristóvão, atualmente ele tem continuidade na própria comunidade. “A participação direta na comunidade é fun-damental para o sucesso do projeto”, explica a coordena-dora do projeto, Bruna Carla Ribeiro Sousa. O CECON é uma das empresas parceiras e trabalha com dedi-cação na manutenção do local e na oferta de aulas de Infor-mática. “A ideia da parceria partiu da Direção Geral do CE-CON. Primeiramente a direção

fez a doação de leite e, em pouco tempo, o CECON se pre-ocupou com a educação social e passou a oferecer cursos de informática, que é uma das demandas da comunidade”, comenta a coordenadora. O curso de informática tem pre-paração de cinco meses com os seguintes módulos: Como usar o computador; Introdu-ção à Informática; Como usar internet e e-mail, dentre ou-tros temas de importância para as pessoas que nunca ti-

veram acesso à informática. Os cursos de informática pos-suem três professores e uma delas é aluna do CECON que aprende nessa referida insti-tuição, não somente o conhe-cimento, mas também que fazer o bem é importante para quem o faz e para a comuni-dade. “Para nós do CECON, ter a contribuição de uma aluna no corpo docente é muito im-portante”, explica Bruna Sou-sa. Para Bruna, promover o de-

senvolvimento econômico e social, educar, orientar e prin-cipalmente melhorar a quali-dade de vida através da edu-cação da comunidade é uma tarefa necessária para assegu-rar aos moradores e alunos do projeto o respeito e a esperan-ça de uma vida cada vez me-lhor e mais feliz. “Nosso objeti-vo é ajudar esses alunos os inserindo na sociedade prepa-rados para o mercado de tra-balho, através da educação”, fi naliza Bruna Sousa.

Amanda Quintiliano São cinco horas da manhã, quando as primeiras barraqui-nhas começam a ser montadas em uma das mais tradicionais feiras de Divinópolis, a do bair-ro Esplanada. De um lado para o outro os feirantes correm para colocar todos os produtos a amostras. Verduras fresqui-nhas, quitandas, doces. Lá o freguês não fi ca na mão. Quem sai para comprar, cebolinhas e alfaces, sempre volta com algo mais na sacola de compras. Maria da Luz, a 10 anos monta a barraquinha de quitandas.

São muitas as guloseimas: bis-coitinhos, roscas, bolos e para quem vai comprar tem até um cafezinho para experimentar. Jeitinho mineiro que mantém a tradição. Entusiasmada, ela conta que para tudo aquilo es-tar montado no prazo, é neces-sário muito esforço. Sacrifício gratifi cante, segundo ela. “É sacrifi cante por começar de madrugada, mas vale a pena porque aqui a gente faz muitas amizades, conhece histórias”, diz com um sorriso no rosto e brinca: acaba até com depres-são.

Duas barracas depois fi ca a de Dona Gumercinda Maria da Silva. São 15 anos indo todos os sábados até o bairro Espla-nada. Nos cinco primeiros anos ela vendia verduras, já hoje trabalha apenas com produtos derivados do milho. Pamonha, mingau de milho verde e até espigas podem ser encontra-das em uma das barraquinhas mais populares. Apesar do bom humor, Dona Gumercin-da não esconde a timidez. En-tre uma palavra e outra ela fala como é prazeroso trabalhar na feira.

“Gosto muito de vim aqui. O pessoal é muito brincalhão. Aqui não tem como não rir”, conta, interrompida pela neta. “Sempre venho com ela e gos-to muito, pois as pessoas são divertidas”.

FREGUESES Às 6 horas começa o movi-mento de pessoas com carri-nhos e sacolas de compra. Uma tradicional freguesa é a Dona Eliana Machado, 50 anos. Todos os sábados ela levanta cedo para “fazer a feira”. O preço mais em conta e os produtos fresqui-

nhos são os fatores que a atrai. “Já tenho as barracas que vou e lá o preço é mais em conta sem falar que a qualidade é melhor. As verduras, por exemplo, tem

Foto: Amanda Quintiliano

A feira atrai todos os sábados centenas de pessoas interessadas em produtos frescos e baratos

DIVINÓPOLIS MANTÉM TRADIÇÃO DA FEIRA DO ESPLANADAmenos agrotóxico”, diz. Para ela, e tantas outras pessoas, a sen-sação é de que estão colhendo os produtos da roça e levando direto para a mesa.

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Éder LopesEx-jogador

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QUE VENÇA O MELHOR!Depois da partida recheada de cartões amarelos e faltas desleais, Atlético e América se enfrentam novamente no domingo

Foi um jogo bem disputa-do com muita ‘’transpiração e pouca inspiração’’. O joga-dor do Atlético, o Guilher-me, era o mais lúcido dentro de campo. Apesar de ele ter ficado afastado várias partidas, ele voltou e foi o melhor. Um jogo com mui-tos cartões amarelos, com faltas desleais que caberiam até cartões vermelhos. Uma cena lamentável foi o erro de arbitragem. Ape-sar de o Galo ter mantido a vantagem na decisão do Campeonato Mineiro com o empate no primeiro clássi-co da final, ela poderia ser maior. Porém, a falha da arbitragem ao assinalar um escanteio inexistente para o América, reduziu as chances

de ampliar a vantagem. O Coelho empatou a partida em 1 X 1, aos 49 minutos do segundo tempo, numa jogada que era para ter sido apenas um tiro de meta. Um jogo com polêmica não podia ser diferente, ambos os lados reclamaram. Mas é bom saber que fica tudo para ser decidido no domin-go. Atlético com desfalques importantes e o América também.

ESTÁDIO Outra coisa que temos que ressaltar foi a inauguração do estádio Independência. Torcedores chateados eram o que não faltavam, pois tem setores do campo que não dá para ver o jogo. Mas,

vamos relevar este fato e voltar no próximo domingo para o grande combate. Só um leva a taça e que vença a equipe mais preparada. O Atlético com jejum de títulos tenta apagar as más atuações e as eliminações da Copa do Brasil. Já o América busca alegrar os torcedores conquistando o campeo-nato no ano do centenário dele. Se eles chegaram até a final é porque foram as duas equipes melhores do campeonato. A finalíssima do Estadual acontecerá às 16h do pró-ximo domingo, novamente no Independência, desta vez com mando de campo do Atlético.Que vença o melhor!

Esporte

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André abriu o placar para o Galo e Bruno empatou para o América aos 49 do 2º tempo

Foto: Site Oficial do Atlético

CICLISTAS X MOTORISTAS: CONVIVÊNCIA NO TRÂNSITOAmarilis [email protected] A bicicleta é um meio de transporte saudável e muito utilizado, está sempre dividin-do espaço com os carros. O que não vai bem é a convivência entre ciclistas e motoristas. Existem leis e regras, mas nem todos as respeitam. O centro da cidade vira uma bagunça, não existe espaço determina-do aos ciclistas, que acabam excedendo as regras. A bicicleta é o único meio de transporte usado pelo estu-dante de direito Alessandro Ramos de Melo. Ele a utiliza há 20 anos e nunca foi atropela-do, mas recorda um susto que

passou com a filha na garupa. “Um veículo em alta veloci-dade esbarrou o retrovisor no meu guidão, eu estava atento senão...”. Carlos Eduardo, estu-dante de 16 anos, passa pelo centro todos os dias para ir à escola. “É perigoso, mas é mais rápido e não gasto com passa-gens.” O jornalista e ciclista Eron Vicente de Paula organizou um protesto em abril em Di-vinópolis para chamar atenção das autoridades e dos motoris-tas da cidade, um apelo pelo respeito. “Os ciclistas não têm espaço definido na pista, como uma ciclovia. A cidade cresceu e como toda cidade do interior

que não foi planejada, não foi preparada para acomodar esse espaço.”

LUTA A luta por espaço entre ci-clistas, ônibus, carros, motos e pedestres é constante devido à falta de respeito com esse meio de transporte. Chiquinho é taxista há 20 anos. Para ele, bicicleta nem devia passar no centro da cidade, são difíceis de serem vistas e andam cor-tando carros de forma perigo-sa. “Se todos respeitassem não haveria tantos acidentes. Acho que deveria ser proibido andar de bicicleta no centro, não há espaço para os ciclistas.”

A distância mínima de 1,50 metros não é respeitada. “Tomo cuidado, mas não adianta, ando bem rente ao passeio, mas às vezes quase tenho que subir a calçada para não ser atropelada. Os carros passam colados, somos invi-síveis”, comenta a estudante Luciana Tonelli.

CICLO FAIXAS De acordo com o Secretá-rio Municipal de Trânsito e Transporte, Júlio Valério, “a SETTRANS está estudando a criação de ciclo faixas em di-versas regiões do município com o objetivo de transformar a bicicleta em uma alternativa

de transporte”. Já em relação à ciclo faixa existente na Rua Pitangui, Júlio disse estar ciente das constantes recla-mações. “Estamos tomando providências para solucionar o

problema, estamos cobrando do governo federal verba des-tinada a esta obra. Se não for liberada nos próximos dias, a prefeitura irá executar com recurso próprio.”

Os ciclistas devem respeitar a distância mínima de 1,50 metro dos carros

Foto: atitudesustentavel.uol.com.br

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Dona Idelci desempenha ao mesmo tempo o papel de avó e mãe com a neta

Foto: Divulgação

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Especial

09 a 15 de Maio / 2012 em Divinópolis e de 09 a 22 de Maio / 2012 em Pitangui • Itaúna • Carmo do Cajuru • Pará de Minas e Nova Serrana - Edição 130 - OP.CO

Júlia [email protected] Dentro da comemoração do Dia do Trabalho, o Jornal O PASSAGEI-RO apresentará, a cada edição de Maio, uma profissão. Hoje a babá é o destaque. Profissional que na ca-tegoria do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é classificada como empregada doméstica. A Constituição Federal concede di-reitos sociais, como salário-mínimo;

BABÁ: PROFISSÃO DE AMOR E AFETOirredutibilidade salarial; repouso semanal remunerado; gozo de fé-rias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal; licença maternidade sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de 120 dias; aviso-prévio; aposentadoria e integração à Previdência Social. Com a edição da Lei n.º 11.324, de 19 de julho de 2006, que alterou artigos da Lei n.º 5.859 de 11 de de-

zembro de 1972, os trabalhadores domésticos firmaram direito à férias de 30 dias, obtiveram a estabilidade para gestantes, direito aos feriados civis e religiosos, além da proibição de descontos de moradia, alimen-tação e produtos de higiene pessoal utilizados no local de trabalho. Conquistas reconhecidas, tanto pela babá, como para os patrões, que confiam no serviço, ou melhor: confiam a vida dos filhos nas mãos

desse profissional.

RESPONSABILIDADE E a babá Valdete das Graças Ju-vêncio, 58 anos, sabe da responsa-bilidade. Há três anos está empre-gada na mesma família. “Cuido do Miguel, de 3 anos, e do Antônio, de 4 anos. Quando cheguei nessa casa, o Miguel tinha apenas um mês de vida. A gente se torna parte da fa-mília”, conta.

Além de cuidar das crianças com ta-refas de levar para médico, dentista, escolinha e cuidar da alimentação, a babá Valdete acredita numa re-lação de respeito. “Adoro crianças. Comecei bem cedo, aos 8 anos, quando cuidei de um casal de gê-meos que morava perto da minha casa. As crianças de quem eu cuidei hoje estão grandes, e quando nos encontramos me chamam de tia. É uma relação respeitosa”, afirma.

Apesar de começar a trabalhar ainda pequena, Valdete carrega histórias de vidas que ela ajudou a criar. “É um prazer cuidar de criança. Existe muito carinho e consideração por parte da família. Deixei de es-tudar para ser babá e só completei os estudos bem depois, já de idade. Em alguns casos, a criança de quem eu cuidei hoje são pais e até avôs, e é gratificante ter feito parte dessa construção”, finaliza.

Júlia [email protected] O ditado é antigo: pais educam e avôs estragam. Mas será que esse dito popular pode ser levado ao pé da letra? De acordo com espe-cialistas, é preciso um pouco de cautela antes de falar na educa-ção que os avôs dão aos netos. Existem os que sabem dosar e há casos em que é preciso uma maior atenção, já que a palavra “não”, tão temida pelas crianças, parece ter sido extinta do vocabulário em algumas situações. Um estudo de cientistas ingleses mostrou que a convivência entre netos e avós é muito saudável para o desenvolvimento das crianças. A pesquisa aponta que os pequenos crescem mais ajus-tados e felizes. Ainda de acordo com a pesquisa, quando os avós assumem um papel importante

na educação dos netos, são pro-vocados impactos positivos. De acordo com a psicóloga Bru-na Diniz, o papel que cada avô ou avó irá desempenhar vai depen-der da forma que essa família se organiza. “A conduta das crianças não é consequência somente de quem as educa, mas principal-mente é da forma como as crian-ças são estimuladas e ensinadas a se comportar. Portanto, tanto avós quanto pais podem ser bem-sucedidos ou malsucedidos nas suas práticas educativas”, afirma. Ainda de acordo com a profissio-nal, a função dos avós é auxiliar na educação dos netos. O papel de educar, assim como criar os fi-lhos é geralmente responsabili-dade dos pais, salvo em situações nas quais, na falta dos pais, os avós precisam desempenhar esse papel.

AMOR DOSADO A dona de casa Eleci Maria Mar-ques de Souza, 50 anos, ajuda na criação da neta Ana Laura, de 3 anos, e não vê problema em de-sempenhar um duplo papel. “Mi-

nha filha precisa trabalhar e acho que seja bem melhor a Ana Laura ficar comigo do que com uma pessoa desconhecida. Sei o cari-nho, os cuidados e a educação que ela recebe. Ela me considera

avó e mãe”, afirma. A relação com a neta vai além do papel de avó. “Temos uma relação ótima, ela é a minha única neta e a consideramos o xodó, a prince-sinha da casa. Como ela é muito boazinha quase não preciso cha-mar atenção, mas se for necessá-rio vou fazer, basta apenas sentar e conversar com ela. Crio como se fosse a minha filha mesmo”, fina-liza.

LIMITES DE PAIS E AVÓS Segundo a psicóloga, o que atrapalha a educação das crianças não é o excesso de mimo. “Essa relação de afeto deve estar pre-sente entre a criança e qualquer que seja o seu educador: pai, mãe, avó, avô, professor, etc. O que dificulta é a falta de limites na educação, ou seja, quando os pais ou avós deixam de ensinar o

que é certo e o que é errado. Quando não deixam as crianças entrarem em contato com as con-sequências ruins de seus compor-tamentos inadequados ou não deixam a criança viver situações nas quais ela é frustrada,” pontua.

CUIDADOS Às vezes a opção de deixar os fi-lhos com os avôs é uma saída en-contrada quando a mãe e o pai trabalham fora de casa. A escolha muitas vezes está relacionada com a confiança. De acordo com a psicóloga Luana Curi, ter bem de-finido o papel de cada um na edu-cação da criança é essencial. “Há uma confusão de papéis onde as autoridades se confundem dei-xando a criança confusa também. Onde todos mandam, não manda nenhum. A criança perde a noção de autoridade e limites”, pontua.

AVÔS QUE DESEMPENHAM DUPLO PAPELA medida certa: como dosar na hora de educar os netos

Hamad Reis trouxe o filho Arthur, 15, para morar junto dele há dois anos.

Amarilis [email protected] A nossa homenagem ao dia das mães irá se estender tam-bém aos pais que fazem esta linda tarefa de cuidar dos filhos ocupando o lugar das mães. E para nos contar como é esse co-tidiano cheio de surpresas e de-safios de um pai solteiro, nada melhor que o próprio autor para contar sua história. Esta será narrada por um professor que tem uma dupla jornada de ensi-no e um papel fundamental em casa. Em 2005 José Heleno adotou três crianças, Letícia, Lucas e Tú-lio, que tinham, respectivamen-te, 6, 4 e 3 anos. Ele conta que nunca quis ter apenas um filho, então escolheu adotar o grupo

de irmãos. “É um desafio, para além dos desafios cotidianos, relacionados aos afazeres da ro-tina, por exemplo, ao acompa-nhamento escolar. O maior de-safio é educar uma criança, um adolescente, para a liberdade, a ética, a justiça, a solidariedade. Esse é, sem dúvida, o grande de-safio que a paternidade (e a ma-ternidade) nos impõe”.

COMO É SER PAI E MÃE? “Sou profundamente grato ao Lucas, à Letícia e ao Túlio por me permitirem vivenciar cotidiana-mente a paternidade”, diz emo-cionado Heleno. O professor ainda comenta sobre o papel que a sociedade nos impõe, de ser mãe, de ser pai, como se cada um tivesse seu devido lu-

gar, e cada um fosse insubstituí-vel. “Espera-se alguma coisa do pai e outras coisas da mãe. Isso não significa que a mulher não possa ocupar o papel do pai (são tantas aquelas que fazem isso, não é?) assim como um homem pode ocupar o papel da mãe”. Existe a sobrecarga em ser pai e mãe, além da pressão e da vontade de ser e fazer sempre o melhor. “Essa sobrecarga nos permite viver mais intensamen-te a emoção da paternidade, muitas vezes, é negado o exer-cício carinhoso da paternidade, o que é uma pena. Quem sabe os homens não pudessem se tornar mais carinhosos, mais afetivos, se pudessem vivenciar a paternidade e a maternida-de?”, indaga.

ENTRE PAIS E FILHOS

Foto: arquivo pessoal

Quando quem assume é o paiAMOR

Assim como José Heleno, exis-tem milhares de pais que cui-dam de todas as tarefas sozi-nhos e são muito eficientes, completos e felizes, como o car-reteiro Itamar Rezende. “Não sei se é sorte, mas meu filho é um rapaz trabalhador, saudá-vel, sem vícios, com a cabeça muito equilibrada, isso não é mérito meu não, muitas vezes não fui bom exemplo, mas faria tudo de novo, criaria ele do mesmo jeito, com todo meu amor, filho meu fica é comigo”. O filho de Itamar tem 20 anos, trabalha, estuda e disse que não quer sair de casa. “Aqui é minha casa e eu moro é com você, por toda a minha vida”, disse ao pai.

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COLORIDO

10Giro pelo Centro-Oeste

Divinópolis

Amarilis [email protected] A Rede de Vizinhos Protegidos (RVP) é um programa de estraté-gia de combate à violência e a cri-minalidade que assombra a co-munidade. Essa rede tem o apoio da Polícia Militar (PM) que por meio de reuniões mensais ofere-cem dicas de prevenção e cuida-dos.

REDE DE VIZINHOS PROTEGIDOSOFERECE SEGURANÇA AOS MORADORES

Não é preciso pagar nada. Os moradores de uma rua, do quar-teirão ou do bairro passam a se conhecer e se relacionar com mais frequência, proporcionando fideli-dade entre eles para atingir o ob-jetivo que é a prevenção e comba-te ao crime. A auxiliar administrativa Ana Paula tem um comércio na frente da casa dela. Ela conta que aderiu

à rede há dois meses e está satis-feita, sente que houve diminuição de roubos. “Os vizinhos estão sem-pre em contato e comentam qual-quer movimento estranho”, disse.

PREVENÇÃO Esse é o principal foco do progra-ma, que os vizinhos estejam sem-pre em contato, uns ajudando os outros, como acrescenta o Tenente

09 a 15 de Maio / 2012 em Divinópolis e de 09 a 22 de Maio / 2012 em Pitangui • Itaúna • Carmo do Cajuru • Pará de Minas e Nova Serrana - Edição 130 - OP.CO

Júlia [email protected] A escritura como “Sobrado no Largo da Matriz do Divino Espírito Santo do Itapecerica” é datada de 1846. Atualmente o prédio sedia o Museu Histórico de Divinópolis, sendo a construção mais antiga do município. O que hoje abriga itens que aju-dam a manter acesa a história de uma cidade, já teve muitas outras funções, como de escola, convento e até de venda, além de servir como ponto de encontro da popu-lação, que ao terminar a missa de domingo se reunia ao entorno do sobradinho. Entre os assuntos, o progresso da cidade era discutido entre as rodas de conversa. O espaço já foi o Convento Fran-ciscano, Colégio Seráfico e Cúria Paroquial; posteriormente sediou a Escola Normal Dr. Mário Casasan-ta, Grupo Escolar Dona Antônia Valadares e Escolas Reunidas Mon-senhor Domingos. O sobrado ia até onde hoje é o Lar dos Idosos e foi realizado a mando do Capitão Do-mingos Francisco Gontijo. Os es-cravos foram os responsáveis pela construção do prédio.

DEMOLIÇÃO O que era para ser preservado não resistiu às grandes constru-

ções. Uma parte precisou ser de-molida para a abertura de uma rua, localizada bem atrás do Mu-seu. Mas as construtoras queriam muito mais com a urbanização da praça. De acordo com a coordena-dora do Museu, Tânia Santos, o que restou do sobrado estava prestes a ser demolido, mas a população se uniu em um grande apelo. “Quan-do a comunidade ficou sabendo, fez uma vigília no local. Muita gen-te se reuniu, protestou, e deram um abraço simbólico no sobrado. Foi uma grande mobilização à noi-te inteira, com cartazes de protes-to. Eles conseguiram parar as má-quinas. Foi esse ato que impediu a demolição”, relembra. Após a mobilização, o local foi tombado como Patrimônio Históri-co Municipal. A conquista veio no dia 15 de dezembro de 1988, com a Lei 2456, que diz no artigo 1º: “fica tombado, em virtude de seus notórios valores histórico e arqui-tetônico, o Sobrado de proprieda-de do município de Divinópolis, si-tuado na Praça Dom Cristiano, nº 238, nesta cidade.”

SEMANA DE MUSEUS Antes de se tornar museu, o so-brado recebeu o título de Centro Histórico, com o apoio da Acade-mia Divinopolitana de Letras

DIVINÓPOLIS PARTICIPARÁ DA 10ª SEMANA DE MUSEUS

Coronel da 23º Batalhão da Políti-ca Militar de Minas Gerais, Júlio Teodoro dos Santos. “Os vizinhos e moradores são câmeras vivas. Du-rante 24 horas sempre alguém de uma determinada rua estará cui-dando daquele ambiente. Sendo necessário, irá acionar a Polícia Militar que irá averiguar algum indivíduo ou veículo suspeito.” A participação de toda a vizi-

(ADL). Somente em 1986 veio a ser reconhecido como museu Histórico de Divinópolis. Atualmente o Mu-seu recebe e realiza exposições iti-nerantes. Objetos antigos que re-tratam um pouco do passado de Divinópolis estão expostos perma-nentemente. Tudo conseguido por meio de doações. Aberto ao público de segunda a sexta-feira, entre 8h e 17h, o Mu-seu também recebe a visita orien-tada de escolas. Somente em março, 800 alunos passaram pe-las dependências. De acordo com a coordenadora, hoje o espaço desempenha papel importante na história do município e fará parte da 10ª Semana de Museus, que será realizada neste mês de maio, entre os dias 14 e 20. “Esta-remos com o tema ‘A comunidade e o museu’. Justamente para refe-renciar a população que lutou pela preservação deste espaço, que não deixou o sobrado ser de-molido. O Museu preserva e conta histórias”, finaliza. Durante a Semana de Museus, o prefeito de Divinópolis, Vladimir Faria de Azevedo, fará o lança-mento de um selo comemorativo ao centenário. Pelo (37) 3222-7629 é possível ter outras infor-mações sobre o Museu. A entrada é gratuita.

Traços permanentes da história do município são preservados

nhança é necessária para que o programa seja eficiente. “A comu-nidade deve ser parceira da Polícia Militar. Devemos cuidar da nossa rua, do nosso bairro, de nossa ci-dade, devemos sempre buscar o melhor para nós e para os outros, o verdadeiro cidadão sempre irá bem em si e nos demais membros da comunidade. Recomendamos sempre que precisar a utilizar o

190 ou 181”, finaliza o Tenente.

INSTALAÇÃO Para instalar a rede em sua casa, entre em contato com os moradores de sua rua e em se-guida com uma das Companhias da PM ou ligue para o 23º BPM - 3301-0106 e agende uma visita da Equipe da Rede de Vizinhos Protegidos - RVP.

“A comunidade e o museu” será o tema da 10ª semana.

Foto: Júlia Medeiros

Foto: Divulgação Foto: Divulgação

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1109 a 15 de Maio / 2012 em Divinópolis e de 09 a 22 de Maio / 2012 em Pitangui • Itaúna • Carmo do Cajuru • Pará de Minas e Nova Serrana - Edição 130 - OP.CO

Nova Serrana

Itaúna

Pitangui

ÍNDICE DE INFESTAÇÃO DOMOSQUITO DA DENGUE REDUZ

A equipe da vigilância epidemiológica, na segun-da análise, verificou redu-ção no índice de infestação do mosquito transmissor da dengue em Pitangui. O levantamento é realizado bimestralmente. Na pri-meira análise, realizada em janeiro, o índice detectado foi de 3,57%. A segunda apontou índice de 1,03%. A educadora em saúde, Marta Maria dos Santos, considera a queda registra-da significativa e disse que ela se deve à conscientiza-ção popular. “Hoje o índice

Como há muito movimen-to, o risco de acidente en-volvendo funcionários, pa-

REDUTOR DE VELOCIDADE SERÁIMPLANTADO NA MIGUEL AUGUSTO

cientes e acompanhantes é grande. Para atravessar a Avenida Miguel Augusto

Funcionários do hospital e transeuntes participaram de uma manifestação próxima à entrada do Pronto Socorro pedindo melhorias no trânsito do local.

Foto: Prefeitura de Pará de Minas

Para conscientizar a população, são realizadas palestras em várias escolas

está controlado”, afirma. Mas ela lembra que a po-pulação deve ficar em alerta constante e manter o controle diariamente. “A dengue é realmente mui-to perigosa e pode levar à morte. Então, devemos cuidar de nossos quintais e residências. É fundamen-tal que as pessoas tirem uns minutinhos do seu dia para olhar o seu quintal, olhar a sua casa, porque, infelizmente, estes são os berçários do mosquito da dengue.”

TRABALHO EDUCATIVO

A equipe da vigilância re-aliza trabalhos educativos em escolas e igrejas. As palestras são voltadas para a conscientização sobre o perigo da propagação do mosquito, e com ele o au-mento dos casos de den-gue. Segundo a educadora, esse trabalho está surtindo efeito. “Os alunos, profes-sores, enfim, todo o grupo escolar está mostrando in-teresse, então estamos es-perando a conscientização desde os pequeninos aos maiores”.Na sua primeira etapa,

a campanha nas escolas teve início em março de 2012. As ações realizadas compreendem: mutirão da limpeza (a escola que re-colher o maior número de recipientes recicláveis rece-berá um troféu de reconhe-cimento de Escola Exemplo no combate à dengue – O Bom Combate); atividades educativas coordenadas por professores e a educa-dora em saúde (gincana, onde os alunos desenvol-vem trabalhos que esti-mulem a conscientização e prevenção à dengue).

O Restaurante do Trabalhador de Nova Serrana já está funcionando e oferece, em média, 2 mil refeições ao dia. O espaço foi inaugurado dentro das comemorações do dia do Trabalho, na semana passada. “Colocamos esta obra em nosso plano de gestão, viabilizamos e agora inauguramos o restaurante, colocando mais uma vez nossa cidade à fren-te”, disse o prefeito Paulo César Freitas. O restaurante fica no bairro Parque Dona Gumercinda Martins e tem capacidade para servir diariamente seis mil refeições com custo aproximado de R$ 4,00, tendo parte desse valor subsidiado pela Prefeitura de Nova Serrana. Ini-cialmente o usuário do Restaurante do Trabalhador pagará apenas R$2,00 e serão oferecidas cerca de 2 mil refeições ao dia.

RESTAURANTE DO TRA-BALHADOR SERVE 2 MIL

REFEIÇÕES AO DIA

Restaurante Popular foi inaugurado no dia 1º de Maio.

Foto: Divulgação

Foi inaugurada no final de abril uma escola na Zona Rural de Pará de Minas, na comunidade conhecida como Paivas. O novo prédio conta com instalações amplas e modernas para as turmas de educação infantil e ensino fundamental. Na instituição também serão atendidos estudantes de outras comunidades da região. O investimento não é apenas físico. Profissionais capacitados atuarão no local, além de serem ofe-recidos transporte e merenda escolar. O investimento foi realizado pela Secretaria Municipal de Educação e de Obras em parceria com a Prefeitura e com a Câ-mara Municipal.

INAUGURADA ESCOLA NA ZONA RURAL

Escola Rural foi inaugurada na comunidade de Paivas.

Pará de Minas

em Itaúna, os pedestres aguardam a oportunidade no meio da pista. Após uma manifestação reali-zada por funcionários do Hospital Manoel Gonçalves reivindicando melhorias, a Prefeitura apresentou um projeto que inclui a implantação de redutor de velocidade, mais precisa-mente uma rotatória, além de outras intervenções. “No projeto de melhorias na área também constam modificações quanto ao ponto de parada de ôni-bus localizado em frente à unidade de saúde”, diz o prefeito, Eugênio Pinto. O

planejamento feito foi para a construção de recuos na pista de rolamento em ambos os sentidos, permi-tindo que dois veículos de cada lado possam parar ao mesmo tempo sem in-terferir no movimento da via. “Com a implantação da rotatória, consequente-mente, o limite de veloci-dade será redefinido para 30 km/h, o que contribui-rá para que os pedestres tenham mais facilidade ao fazer a travessia. Além disso, toda a parte de sina-lização e pintura viária será providenciada”, conclui.

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09 a 15 de Maio / 2012 em Divinópolis e de 09 a 22 de Maio / 2012 em Pitangui • Itaúna • Carmo do Cajuru • Pará de Minas e Nova Serrana - Edição 130 - OP.CO

Investigações elevantamentos em geral

com sigilo

9971-2011

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DESPOLUIÇÃO DO ITAPECERICA FAZ PARTEDA AGENDA ESPECIAL DO CENTENÁRIO

Júlia [email protected] A programação das ativida-des em comemoração ao centenário de Divinópolis foi divulgada ontem, 07 de Maio. Durante o evento, o prefeito Vladimir Azevedo (PSDB), junto a representan-tes da Copasa aproveitou para assinar a ordem de ser-viço para iniciar a despolui-ção do rio Itapecerica. Numa agenda extensa, as comemorações pelos 100 anos de Divinópolis tiveram início em março. Agora, um novo cronograma foi divul-gado. Na programação, estão previstos eventos culturais, seminários, exposições, en-

trega de obras, como a Praça Be-nedito Valadares e o Poliesportivo. As ações ultrapassam o dia do aniversá-rio da cidade, 1º de Junho. Elas estão prevista para se encerrarem ape-nas no dia 27 de julho, quando será realizado no Par-que de Exposições o Encontro de Mo-tociclistas “Tigres do Asfalto”. De acordo com o prefeito, ser gestor da administração do centenário é uma respon-sabilidade ainda maior e a despoluição do rio Itapeceri-

ca é um sonho que começa a se tornar realidade. “O início da despoluição do rio Itape-cerica é o maior presente neste centenário. Apresenta-mos obras, ações, eventos e

esta data carrega um simbo-lismo maior. Talvez hoje não possamos medir o que ela vai significar para a cidade, mas as futuras gerações sim”, re-vela.

O prefeito Vladimir Azevedo assinou a ordem de serviço para despoluição do Rio Itapecerica.

Foto: Júlia Medeiros

Cultura

De Passagem

Cintia [email protected] Cidade pequena, mas de grande exuberância, Para-ty, fica a 258 km da capital do Rio de Janeiro. Situada numa baía fechada e protegida do mar aberto por diversas ilhas, pontas e penínsulas, Paraty é uma des-lumbrante cidade colonial, construída à beira-mar, que possui mais de 40 belas praias de águas tranqui-las. Com um litoral de aproximadamente 180 km, oferece diversas opções de lazer, como os pontos de mergulho e os passeios de barco. Tombado como pa-trimônio nacional, o Centro Histórico de Paraty, consi-derado pela UNESCO o conjunto arquitetônico colonial mais harmonioso do país, apresenta detalhes extre-mamente interessantes. Vários eventos culturais têm Paraty como sede, sen-do o mais concorrido e conceituado a Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP). Realizada desde 2003,

Praia de Tarituba em Paraty.

Paraty Foto: www.paraty.com.br

a FLIP conta com a presença de escritores nacionais e estran-geiros que participam de palestras e debates nos prédios his-tóricos ou em tendas armadas nas ruas. Um evento magnífi-co para quem busca cultura e conhecimento. A cidade é imperdível para o destino de passageiros antena-dos em cultural, história e meio ambiente. Para outras informações visite o site: www.paraty.com.br

INVESTIMENTOS O investimento para o início da implantação do sistema de esgo-tamento sanitá-rio em Divinópo-lis é de aproximadamen-te R$12 milhões. Nesta primeira fase, com dura-ção prevista de 18 meses, os córre-gos receberão

uma atenção especial. A or-dem de serviço assinada prevê o início de obras nas sub-bacias do Rio Pará, sendo os córregos Bagaço e Vila Romana. O processo de

despoluição do rio Itapece-rica tem previsão de ser executado até 2016. O in-vestimento total está pre-visto em R$140 milhões. O prefeito ressaltou que o investimento em diferentes setores, como saúde com a construção do Hospital Re-gional Divino Espírito San-to, de esportes, com a revi-talização do Parque da Ilha e do Poliesportivo, educa-ção, cultura, meio ambien-te, entre outras, são impor-tantes para a qualidade de vida dos divinopolitanos. A agenda completa para o centenário pode ser acessa-da no www.divinopolis.mg.gov.br

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ENTRETENIMENTO

EntretenimentoPALAVRAS CRUZADAS

RESP

OST

AS

TOURO Fique de olho nas oportunidades que podem surgir

no trabalho. Sua capacidade de liderar está em alta, aproveite para dividir as tarefas para não se sobrecarregar.

GÊMEOS Há boas chances de mostrar seu talento, esforço e

dedicação e, assim, construir o caminho para uma promoção na carreira ou para a melhoria dos seus rendimentos.

LEÃO Tente não mistu-rar vida pessoal e profissional. Para

ter o reconhecimento que deseja no trabalho, divulgue seus talentos e qualidades aos superiores.

ESCORPIÃOSe tiver uma tarefa pesada no trabalho, não hesite em com-

partilhá-la com os colegas, assim vai render mais e trazer resulta-dos satisfatórios.

LIBRA Não vai faltar entusiasmo nesta semana e você irá

contagiar todos à sua volta. Pode ser que tenha que tomar decisões importantes.

SAGITÁRIO Procure olhar a vida de modo mais

positivo, talvez seja hora de dar valor às pequenas conquistas. Despesas imprevis-tas podem ocorrer.

ÁRIES Procure ser mais dedicado(a) às suas atividades

profissionais, poderá ter o re-conhecimento que deseja, po-rém, evite entrar em conflito com colegas.

CÂNCER Pode se sentir pressionado(a) no trabalho, mante-

nha a serenidade e procure se organizar para dar conta dos seus compromissos.

VIRGEM Um colega de tra-balho poderá causar decepção. Isso aju-

dará a defi nir em quem realmente pode confi ar. No serviço, não se acomode, procure inovar e usar a sua criatividade que está em alta.

AQUÁRIO Semana boa para concentrar suas forças em suas ativi-

dades, mas cuidado com pessoas oportunistas. Graças ao bom entrosamento com os colegas de trabalho, as tarefas realizadas em equipe recebem proteção.

CAPRICÓRNIO Discrição será fun-damental no am-

biente profi ssional, fi que longe de conversas que não levam a nada.

PEIXES Podem surgir boas oportunidades de crescer na profi s-

são, fi que de olho. Mantenha a discrição sobre seus planos, evite comentá-los perto dos colegas de trabalho.

Horóscopo

ReceitasMúsculo Cuba Libre

INGREDIENTES*½ kg de músculo cortado em medalhão*alho picado, sal e pimenta-do-reino a gosto*2 colheres (sopa) de óleo*1/3 xícara (chá) de rum*1 lata de refrigerante escuro (350 ml)*suco de 1 limão*sal a gosto

MODO DE PREPARO1 - Tempere ½ kg de músculo cor-tado em medalhão (com +/- 10 cm de altura) com alho picado, sal e pimenta-do-reino a gosto.

Por que Deus permiteque as mães vão-se embora?

Mãe não tem limite,é tempo sem hora,luz que não apaga

quando sopra o ventoe chuva desaba,

veludo escondidona pele enrugada,água pura, ar puro,puro pensamento. Morrer acontece

com o que é breve e passasem deixar vestígio.

Mãe, na sua graça,é eternidade.

Por que Deus se lembra- mistério profundo -

de tirá-la um dia?Fosse eu Rei do Mundo,

baixava uma lei:Mãe não morre nunca,

mãe fi cará semprejunto de seu fi lho

e ele, velho embora,será pequenino

feito grão de milho.Carlos Drummond de Andrade

MensagemPara Sempre

2 - Com 4 pedaços de barbante com 20 cm cada, amarre toda a borda de cada medalhão para que mantenham o formato re-dondo. Empane na farinha de trigo e depois retire o excesso.3 - Numa panela de pressão dou-re os medalhões de músculo dos dois lados (de 8 a 10 minutos).4 - Depois com uma concha com 1/3 xícara (chá) de rum ateie fogo e despeje COM CUIDADO na panela de pressão para fl ambar os medalhões.5 - Assim que o fogo apagar adi-cione 1 lata de refrigerante escu-

ro (350 ml), suco de 1 limão e sal a gosto, tampe a panela e quando pegar pressão conte 30 minutos.

Desligue o fogo e retire a pressão da panela. Retire a carne e sirva em seguida com arroz.

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CASSIFICADOS

Lorena