Jornal Orion

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Março/2011 - Ano VI - Nº 67 - www.jornalorion.com - Edição Mensal - Distribuição Gratuita JOVENS EVANGÉLICOS FORAM AS RUAS EVANGELIZAR DURANTE O CARNAVAL Pág.3 Reexaminando o formato das Assembleias da Igreja Uma Assembleia da Associação Geral mais enxuta pode estar no futuro da Igreja, mas os planos para 2020 seguem a tradição. TERREMOTOS, PRINCÍPIO DAS DORES, FIM OU COMEÇO? Página 2 Página 4 Caderno 2 Escolhido o novo orador da Voz da Profecia e Está Escrito Imprensa gaúcha destaca LONGEVIDADE ADVENTISTA ! O periódico, en- trevistou a adventista Júlia Feix Pereira, mo- radora do bairro Vila Farrapos, na capital gaúcha. A centenária tem o hábito diário da leitura da Bíblia. A “vovó” já contabiliza 31 netos, 66 bisnetos e 36 trinetos. Amigos por meio do evangelismo ! O pastor Ivan Saraiva é o novo orador da Voz da Profecia e do programa Está Escrito. Hoje os programas da Voz da Profecia podem ser ouvidos no Brasil em mais de 1000 emissoras de rádio. No mundo, em mais de 36 países, oferecendo cursos bíblicos em 80 línguas e dialetos através de 144 escolas bíblicas por correspondência. Página 12 Página 11 A amizade estabelece uma ponte entre o mundo conhecido e o desconhecido. ! Embora muitos pensem que o assistente ao presidente mundial da Igreja seja um dos funcionários mais alegres no edifício, Parchment pode passar logo a sério quando o trabalho exige, como testemunha alguém que observou um estoico Parchment conduzir o leme de uma comissão de gestão de crises. Como assistente de Ted N. C. Wilson, o presidente mundial da Igreja Adventista, Parchment atua Parchment, o homem do riso, ajuda o presidente adventista Ted N. C. Wilson como uma extensão do escritório do presidente, falando em nome de Wilson e captando pedidos tão variados por assuntos quanto por localidades. “Estou aqui para aliviar a carga dele [de Wilson] para que ele possa ver o quadro mais amplo e ter uma visão geral da Igreja. Quando ele está aqui tem muito pouco tempo”, disse Parchment certa manhã em seu escritório. Página 8 Templo de Salomão, da Igreja Universal, é visto fora do Brasil como “gozação”: “UM ATO DE ARROGÂNCIA VOLTADO PARA SUA PRÓPRIA GLORIA” EX GLOBELEZA CONTA O QUE MUDOU EM SUA VIDA DEPOIS QUE SE TORNOU EVANGÉLICA ! Ela se chama Valéria Conceição dos Santos Donner, mas tornou-se conhecida como Valéria Valença ou “a ex-globeleza”. Hoje, aos 39 anos, a mulata carrega outro título: serva de Deus. Página 5 Página 6 Página 10

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Março/2011 Primeiro Caderno - 1

IDEIA PARA ADOLESCENTE

Março/2011 - Ano VI - Nº 67 - www.jornalorion.com - Edição Mensal - Distribuição Gratuita

JOVENS EVANGÉLICOS FORAM AS RUAS EVANGELIZAR DURANTE O CARNAVAL Pág.3

Reexaminando o formato das Assembleias da Igreja

Uma Assembleia da Associação Geral mais enxuta pode estar no futuro da Igreja, mas os planos para

2020 seguem a tradição.

TERREMOTOS, PRINCÍPIO DAS

DORES, FIM OU COMEÇO?

Página 2

Página 4

Caderno 2

Escolhido o novo orador da Voz da Profecia e Está Escrito

Imprensa gaúcha destaca LONGEVIDADE ADVENTISTA

! O periódico, en-trevistou a adventista Júlia Feix Pereira, mo-radora do bairro Vila Farrapos, na capital gaúcha. A centenária tem o hábito diário da leitura da Bíblia. A “vovó” já contabiliza 31 netos, 66 bisnetos e 36 trinetos.

Amigos por meio do evangelismo

! O pastor Ivan Saraiva é o novo orador da Voz da Profecia e do programa Está Escrito. Hoje os programas da Voz da Profecia podem ser ouvidos no Brasil em mais de 1000 emissoras de rádio. No mundo, em mais de 36 países, oferecendo cursos bíblicos em 80 línguas e dialetos através de 144 escolas bíblicas por correspondência.

Página 12 Página 11

A amizade estabelece uma ponte entre o mundo conhecido e o desconhecido.

! Embora muitos pensem que o assistente ao presidente mundial da Igreja seja um dos funcionários mais alegres no edifício, Parchment pode passar logo a sério quando o trabalho exige, como testemunha alguém que observou um estoico Parchment conduzir o leme de uma comissão de gestão de crises.

Como assistente de Ted N. C. Wilson, o presidente mundial da Igreja Adventista, Parchment atua

Parchment, o homem do riso, ajuda o presidente adventista Ted N. C. Wilson

como uma extensão do escritório do presidente, falando em nome de Wilson e captando pedidos tão variados por assuntos quanto por localidades.

“Estou aqui para aliviar a carga dele [de Wilson] para que ele possa ver o quadro mais amplo e ter uma visão geral da Igreja. Quando ele está aqui tem muito pouco tempo”, disse Parchment certa manhã em seu escritório.

Página 8

Templo de Salomão, da Igreja Universal, é visto fora do Brasil como “gozação”:“UM ATO DE ARROGÂNCIA VOLTADO

PARA SUA PRÓPRIA GLORIA”

EX GLOBELEZA CONTA O QUE MUDOU EM SUA VIDA DEPOIS QUE

SE TORNOU EVANGÉLICA! Ela se chama Valéria Conceição dos Santos Donner, mas

tornou-se conhecida como Valéria Valença ou “a ex-globeleza”. Hoje, aos 39 anos, a mulata carrega outro título: serva de Deus.

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2 - Primeiro Caderno Março/2011

Ted N. C. Wilson é o presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo dia, Mark Finley é assistente do presidente para o evangelismo, Armando Miranda é vice-presidente

geral e Jerry Page é diretor do Departamento Ministerial.

Neste ano, novamente vamos nos unir em um grande movimento mis-

sionário. Desta vez, com o projeto “Amigos da Esperança”, usando o evangelismo da amizade para levar a mensagem bíblica a muitos co-rações. A grande beleza de nosso projeto é ver a igreja avançando unida. E isso tem nos tornado mais fortes no cumprimento da missão, abrindo portas para uma ação mais visível do Espírito Santo na vida da igreja. Precisamos continuar cres-cendo e aprofundando essa visão.

Para que isso aconteça, quero convidá-lo a conhecer as três fren-tes de ação que servirão de base para o evangelismo integrado deste ano.

1. Distribuição do livro mis-sionário. Queremos distribuir 10 milhões de exemplares do livro Ainda Existe Esperança aos nossos

amigos, em toda a América do Sul. O livro deste ano fala sobre a pessoa de Jesus e tem nossas crenças bási-cas distribuídas em seu conteúdo. Por isso, é um meio de contato fácil e agradável. Precisamos usá-lo para alcançar amigos, vizinhos, colegas de trabalho e escola. Cada membro precisa se envolver nesse projeto. Apenas para que você entenda melhor: somos pouco mais de dois milhões de adventistas no território da Divisão Sul-Americana. Se cada um adquirir e distribuir pelo menos 10 livros durante todo o ano, chega-remos a um total de 20 milhões de exemplares. Isso seria histórico!

2. Dia dos Amigos da Esperança. Essa será a grande festa missioná-ria do ano. Anote bem a data: 16 de abril. Nosso desafio é ver cada membro da igreja convidando pelo menos um amigo para participar do programa no sábado pela manhã. Com isso, vamos receber dois mi-

lhões de visitantes em um único dia, dobrando o número de participan-tes em nossas congregações. É algo simples, mas que será revolucio-nário! Você já imaginou cada uma das igrejas dobrando de tamanho em um sábado? Outras vão realizar mais de um culto, sempre com um programa especial. Além da festa especial desse dia, em 12 de março vamos começar um movimento de oração intercessora pelos amigos que vamos convidar. No dia 16 de abril, além de levar os amigos à igre-ja, também queremos convidá-los para uma refeição em nossa casa, nos Lares de Esperança.

No dia seguinte, 17 de abril, terá início o evangelismo de Semana Santa, ocasião em que pretendemos envolver esses amigos e aprofundar o contato deles com Deus e com a igreja. A partir daí, os pequenos gru-pos, duplas missionárias e classes bíblicas deverão atender os amigos até que, no mês de novembro, no

evangelismo via satélite, seja feita a colheita final. O pregador será o pastor Luís Gonçalves e o programa em português será transmitido ao vivo, de Belo Horizonte, no período de 19 a 26 de novembro. A trans-missão em espanhol será feita de Buenos Aires, Argentina, de 5 a 12 de novembro.

3. Plantio de novas igrejas. Queremos plantar 2.000 novas igrejas na América do Sul, durante o ano. Será o maior desafio de nossa história! Mas esse plano só será possível com a participação de cada distrito e instituição da igreja. Só para você entender melhor, temos cerca de 2.500 distritos pastorais. Se cada um abrisse somente uma nova congregação durante o ano, já ultrapassaríamos nosso desafio.

Todas as instituições já separa-ram um orçamento especial para investir no projeto, buscando não apenas iniciar o trabalho, mas tam-

bém comprar o terreno e começar a construção da igreja.

Todo o projeto tem uma sequên-cia crescente. Primeiro, plantamos a semente com o livro missionário. Depois, levamos os amigos para nossas igrejas e casas e, no fim, plantamos uma nova congregação. Esse é um projeto de evangelismo integrado.

Para tanto, cada membro, cada pastor, cada distrito, cada colégio ou universidade, cada instituição, cada escritório e cada departamento da igreja precisa participar. A força desses grandes movimentos está concentrada na pequena participação de cada pes-soa. O desafio de Deus continua o mesmo: “Se os cristãos agissem de comum acordo, avançando como um só homem, sob a direção de um único Poder, para a realização de um só objetivo, eles abalariam o mundo” (Ellen G. White, Serviço Cristão, p. 75)

Somos amigos da esperançaA força de cada grande movimento se concentra na participação de cada pessoa

A presença de Deus foi sentida de maneira acentuada du-rante a reunião do Concílio

Anual dos representantes da Igreja Adventista do Sétimo Dia mundial, entre os dias 8 e 13 de outubro de 2010, na sede da Associação Geral. Vários delegados falaram sobre o expressivo impacto espiritual que essas reuniões causaram em sua vida. O tema do Concílio foi “Reavivamento para a Missão”. O principal item da agenda foi a ênfase no reavivamento, reforma, discipulado e evangelismo. Além da mensagem devocional de cada manhã, houve vários períodos de fervorosa oração durante o dia e reuniões de testemunhos preparando o ambiente para que o Espírito Santo trabalhasse poderosamente.

Os delegados votaram um impor-tante documento intitulado: “O Dom Prometido por Deus: Um Apelo Urgente ao Reavivamento, Reforma, Discipulado e Evangelismo.” É evidente que Deus atuou de maneira especial. Mas isso nos leva a algumas perguntas: Quais são as características de um verdadeiro rea-vivamento? Existe o perigo de sermos enganados por falsos reavivamentos? Qual é o objetivo final do reavivamen-to? Como o documento do Concílio Anual sobre o tema pode ser aplicado às divisões, uniões, associações, igrejas locais e em nossa própria vida?

CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO REAVIVAMENTO

Todo reavivamento verdadeiro é caracterizado por três elementos: oração sincera, profundo estudo da Bíblia e compromisso apaixonado por ganhar pessoas perdidas. Essas três características essenciais do reaviva-mento verdadeiro foram manifestadas na vida dos discípulos no livro de Atos dos Apóstolos. Quando Jesus prome-teu o derramamento do Espírito, Ele apresentou algumas condições. Os discípulos não deviam esperar ocio-sos, mas unidos em sincera oração e súplica. E assim eles fizeram. O livro de Atos registra que “todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Je-sus, e com os irmãos dEle” (At 1:14).

No momento exato, quando o Redentor foi exaltado perante o trono de Deus e a aceitação de Seu sacrifício reconhecida pelo Pai diante de todo o Universo, o Espírito Santo veio em Sua plenitude. Como no tempo dos discípulos, somos assim aconselha-dos: “Cumpre-nos, porém, mediante confissão, humilhação, arrependi-mento e fervorosa oração, cumprir as condições estipuladas por Deus em Sua promessa para conceder- nos Sua bênção. Só podemos esperar um reavivamento em resposta à oração” (Ellen G. White, Mensagens Escolhi-das, v. 1, p. 121). Sem a capacitação do Espírito Santo, por meio da oração, somos impotentes para enfrentar as tentações de Satanás e incapazes de ser testemunhas eficazes do Mestre.

Os discípulos ficaram imersos na oração e estudo da Palavra de

Deus. O sermão de Pedro no dia do Pentecostes foi uma apresentação magistral sobre as evidências de Jesus como o Messias, baseada no Antigo Testamento. As três mil pessoas ba-tizadas naquele dia “se dedicavam ao ensino e à comunhão, ao partir do pão e às orações” (At 2:42). Os discípulos “anunciavam corajosamen-te a palavra de Deus” (At 4:31) e se dedicavam continuamente “à oração e ao ministério da palavra” (At 6:4). “Assim, a palavra de Deus se espalha-va. Crescia rapidamente o número de discípulos” (verso 7).

A autoridade das verdades das Escrituras é a base para todo reavi-vamento e reforma. Todo verdadeiro reavivamento é ancorado na Palavra de Deus. “Nada há melhor para dar vigor à mente e fortalecer o intelecto do que o estudo da Palavra de Deus. Nenhum outro livro é tão poderoso para elevar os pensamentos, para dar vigor às faculdades, como as amplas e enobrecedoras verdades da Bíblia” (Ellen G. White, Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 460). Ao lermos a Bíblia e meditarmos nela, se-remos guiados pelo mesmo Espírito Santo que inspirou seus escritores.

O objetivo de nossa oração e vida devocional não deve ser alcançar um

grau de santidade que nos torne superiores aos outros. Ao contrário, essa prática nos ajuda a perce-ber nossa necessidade de nos humilhar diante do

Senhor para receber Sua justiça, graça, sabedoria e força. Ele nos capacita a

revelar o amoroso caráter de Jesus aos outros e

sermos poderosas testemunhas de

Sua graça e verdade.

A vida dos discípulos era centra-lizada na missão. O livro Atos dos Apóstolos começa com as seguintes palavras: “A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos seres humanos. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo” (p. 9).

O chamado ao reavivamento do Concílio Anual é o chamado do Espí-rito Santo para uma experiência mais profunda com Jesus na expectativa do poder da chuva serôdia para a procla-mação final das três mensagens an-gélicas (Ap 14:6-12). O atual chamado ao reavivamento não significa que no passado o Espírito Santo não guiou, instruiu e capacitou Sua igreja. Sem dúvida, Ele agiu e continuará agindo. O notável índice de crescimento da igreja nos últimos anos, com mais de um milhão de conversos por ano, e a fidelidade do povo de Deus são indicadores visíveis das bênçãos de Deus. No entanto, tudo o que o Es-pírito Santo fez para e por meio de

Seu povo no passado não é suficiente para hoje.

O Espírito Santo nos chama agora a uma experiência renovada. Neces-sitamos da capacitação do Espírito Santo para realizarmos a missão final neste período crítico da história da Terra, pouco antes da segunda vinda de Cristo. Por muitos anos, Deus tem desejado enviar a chuva serôdia sobre Sua igreja remanescente. Isso depen-de de nossa submissão e humildade perante o Senhor, pedindo perdão por nosso orgulho e egoísmo. É-nos dito que “a descida do Espírito Santo sobre a igreja é olhada como estando no futuro; é, porém, o privilégio da igreja tê-la agora. Busquem-na, orem por ela, creiam nela. Precisamos tê-la, e o Céu espera para concedê-la” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 701).

Nosso Senhor apela urgente-mente a cada membro da igreja que desenvolva um relacionamento mais profundo com Ele pela oração, e pelo estudo da Bíblia e dos escritos de Ellen G. White. Ele nos chama a um comprometimento mais profundo com o testemunho e com o evan-gelismo. Ele nos convida a buscar a unção do Espírito Santo para obter-mos o poder da chuva serôdia para terminarmos Sua obra na Terra. A missão de Deus deve ser realizada no poder de Deus (veja Zc 10:1; Rm 9:28; Ap 18:1).

VERDADEIROS E FALSOS REAVIVAMENTOS

O inimigo odeia reavivamento. Ele fará o que lhe for possível para evitar o reavivamento entre o povo de Deus. O inimigo sabe que ao ser derramado o Espírito Santo no poder da chuva serôdia, o trabalho de Deus será concluído na Terra. “Não há coisa alguma que Satanás tema tanto como que o povo de Deus desimpeça o caminho mediante a remoção de todo impedimento, de modo que o Senhor possa derramar Seu Espírito sobre uma enfraquecida igreja e uma congregação impenitente. Se Satanás pudesse fazer o que quisesse, nunca haveria outro despertamento, grande ou pequeno, até o fim do tempo” (El-len G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 124). Os frutos do verdadeiro reavivamento são revelados no caráter transformado que apresenta os frutos do Espírito Santo (Gl 5:22-24).

O verdadeiro reavivamento leva homens e mulheres a revelar na vida, os frutos do Espírito Santo. Não existe reavivamento sem arre-pendimento, confissão e obediência à vontade de Deus revelada em Sua Palavra. O reavivamento superficial, centralizado principalmente em sinais miraculosos, manifestações físicas e maravilhas, é enganoso. Deus pode e opera milagres. Haverá grandiosa manifestação do poder do Espírito Santo nos últimos dias. Aí, porém, está o ponto: o principal objetivo do reavivamento não são os milagres; é a revelação do amoroso caráter de Jesus em nossa vida e o

desejo de compartilhar Seu amor e verdade com os outros. Porque Satanás odeia Jesus, também odeia aqueles que desejam testemunhar e ser semelhantes a Ele.

Ao longo da história do cristia-nismo, desde Atos dos Apóstolos, passando pela Reforma e até o movimento adventista, o inimigo tem tentado neutralizar a influência dos movimentos de reavivamento ungidos pelo Céu. “Ele [Satanás] está trabalhando com todo o seu poder insinuante e enganador, para desviar as pessoas da mensagem do tercei-ro anjo, que deve ser proclamada com forte poder. Se Satanás vê que Deus está abençoando Seu povo e preparando-os para discernir-lhe os enganos, trabalha com sua magistral capacidade para introduzir fanatis-mo de um lado e frio formalismo de outro, para que ele possa ceifar uma colheita de almas” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 19).

Quando acontece o genuíno reavi-vamento, as igrejas “petrificadas pelo formalismo” são incendiadas com uma nova vida em Cristo. A “forma de piedade” que caracteriza a compla-cência de Laodiceia em tantas igrejas dá lugar à oração sincera, sério estudo da Bíblia e entusiasmado testemunho. Nos reavivamentos genuinamente guiados pelo Espírito Santo, o povo de Deus não é apanhado em euforia emocional e entusiasmado com sinais e maravilhas. Eles estão apaixonados por Jesus, comprometidos com a verdade de Sua Palavra e desejosos de compartilhar Jesus e Suas verda-des para o tempo do fim. Em outras palavras, o verdadeiro reavivamento ordenado pelo Céu é equilibrado e não de comportamento extremista e fanático ou somente de demonstração emocional. Está centrado em Jesus e Sua Palavra, e encontra expressão no testemunho e no serviço.

O OBJETIVO DE DEUS PARA TODO REAVIVAMENTO

“Para quê um reavivamento?” A resposta é: o propósito de todo reavivamento é conhecer melhor a Deus para que possamos compar-tilhá-Lo mais com outras pessoas. O objetivo do reavivamento não é que a igreja tenha uma experiência espiritual mais efervescente ou eu-fórica. O reavivamento proporciona a motivação e o poder para a missão. Quanto mais amamos a Jesus, tanto mais desejamos compartilhar Seu amor; e quanto mais compartilhamos o amor de Jesus, mais O amaremos. A missão não é o único objetivo do reavivamento, mas uma parte dele. Somos levados para mais perto de Cristo quando compartilhamos Seu amor com outros.

“Deus poderia haver realizado Seu desígnio de salvar pecadores sem o nosso auxílio; mas a fim de desenvolvermos caráter semelhante ao de Cr isto, é-nos preciso partici-par de Sua obra. A fim de participar da alegria dEle – a alegria de ver

pessoas redimidas por Seu sacrifício – devemos tomar parte em Seus labores para redenção delas” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 142). Quando a igreja falha em priorizar o trazer pessoas para Cristo, ela morre espiritualmente. “A própria v ida da igreja depende de sua fidelidade em cumprir a comissão do Senhor. Negligenciar essa obra é certamente convidar a fraqueza e a decadência espirituais. Onde não há ativo trabalho em benefício de outros, o amor diminui e definha a fé” (ibid., p. 825).

O reavivamento não induz à “auto-justiça

santifi cada”. Induz ao evangelismo. É uma paixão

para ganhar pessoas perdidas. Seu objetivo é

trazer homens e mulheres redimidos para o reino de Deus. Seu coração clama pelo relacionamento com

Jesus e com Seu povo redimido pela eternidade

sem fi m.

O CONCÍLIO ANUAL APELA A VOCÊ E À SUA IGREJA

Cremos que o sonho de Deus de completar Sua obra será logo realiza-do. A chuva serôdia do Espírito Santo será derramada sem medida. A mis-são de Cristo na Terra será concluída. Jesus em breve virá. Deseja você se unir a nós, aceitando pessoalmente esse chamado para uma experiência espiritual mais profunda, por meio da oração, estudo da Bíblia e dos escritos do Espírito de Profecia e su-plicando a Deus pela chuva serôdia? Assumirá você um compromisso de vida de compartilhar Sua verdade, proclamando as três mensagens an-gélicas, vivendo uma vida de serviço cristão e sendo testemunha para Ele? Você irá orar por seus irmãos e irmãs desse poderoso movimento adven-tista ao redor do mundo enquanto a igreja humilha-se diante do Senhor para a última advertência para este mundo que perece? Oramos para que o Espírito Santo seja concedido poderosamente ao povo de Deus e para que Jesus volte logo. “Ora vem, Senhor Jesus!” (Ap 22:20).

POR QUE NÃO AGORA?

Page 3: Jornal Orion

Março/2011 Primeiro Caderno - 3

Tiragem Mensal: 100.000 exemplares com distribuição em Território Nacional.

Rua Sacramento Black - Campo Grande Rio de Janeiro

Tel. (21) 3356-5553

E-mail: [email protected]

DIRETOR PRESIDENTEJosé M. M. Filho

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● Diretora Administrativa: Maria Elenice - [email protected]

● Design e diagramação: Ligia Maria Moreira ([email protected] / Tel.: 9664-1612)

● Coordenação Geral e Redação: Gisele S. Ferreira - [email protected]

● Reportagem: Peterson Andrews; Elderson Macedo e Jeferson Parnaíba.

● Pesquisador: João Straub - [email protected]

● Conselheiros: Hermes Démarche, Paulo Bergman, Graciliano Martins, Marcos Schultz, Jaél Enéas e Elias Jermanowicz

● Colaboradores: Pastores, Educadores e profissionais adventistas e interdenominacionais.

● Jornalista Responsável: JC Salvador/2300TM

As matérias Publicadas neste Jornal são de inteira responsabilidade de seus autores; não correspondem necessariamente a opinião deste Jornal.

Conservação

Tratar com mentes humanas é a mais bela obra em que já se

ocuparam os homens. Testimonies, vol. 3, pág. 269.

CONHECER AS LEIS QUE GOVERNAM A MENTE E O CORPO

É o dever de toda pessoa, por amor de si mesma, e por amor da humanida-de, instruir-se quanto às leis da vida, e a elas prestar conscienciosa obediência. Todos precisam familiarizar-se com esse organismo, o mais maravilhoso de todos, que é o corpo humano. Devem compreender as funções dos vários órgãos, e a dependência de uns para com os outros quanto ao são funcionamento de todos.Cumpre-lhes estudar a influência da mente sobre o corpo, e deste sobre aquela, e as leis pelas quais são eles regidos. A Ciência do Bom Viver, pág. 128.

EDUCAR E DISCIPLINAR A MENTE Não importa quem sois... o Senhor

vos abençoou com faculdades intelectu-ais suscetíveis de muito melhoramento. Cultivai vossos talentos, com perseve-rante fervor. Educai e disciplinai a men-te mediante o estudo, a observação e a reflexão. Não podeis alcançar a mente de Deus a menos que ponhais em uso todos os poderes. As faculdades men-tais se fortalecerão e desenvolverão se vos puserdes a trabalhar no temor de Deus, com humildade e com fervorosa oração. Um propósito resoluto operará milagres. Life Sketches, pág. 275.

POTENCIALIDADE DA MENTE DISCIPLINADA

Cumpre... exercer o domínio sobre si mesmo. ... A mente vulgar, bem-disci-plinada, realizará trabalho maior e mais elevado que o espírito mais altamente instruído, e que os maiores talentos, sem o domínio próprio. Parábolas de Jesus, pág. 335.

UMA OBRA SUPREMA O futuro da sociedade é indicado

pelos jovens de hoje. Neles vemos os futuros mestres, legisladores e juízes, os líderes e o povo que determinam o caráter e destino dá nação. Quão importante, pois, é a missão dos que devem formar os hábitos e influenciar a vida da geração nascente!

Tratar com a mente é a maior obra

já confiada aos homens. O tempo dos pais é demasiado valioso para ser gasto na satisfação do apetite, ou na perseguição de riquezas ou das modas. Pôs-lhes Deus nas mãos a preciosa juventude, não somente para ser pre-parada para um lugar de responsabi-lidade nesta vida, mas para as cortes celestes. Temperança, pág. 270.

A UTILIDADE DO PROFESSOR A utilidade do professor não de-

pende, porém, tanto das aquisições intelectuais que possua, como da norma que ele tenha por objetivo. O verdadeiro professor não se contenta com pensamentos superficiais, espírito indolente ou memória inculta. Procura constantemente realizações mais ele-vadas e melhores métodos. Sua vida é de contínuo crescimento. No trabalho de um professor nestas condições, há uma exuberância e poder vivificador que despertam e inspiram seus discí-pulos. Educação, pág. 278.

A MAIS ALTA EXCELÊNCIA MENTAL E MORAL

Conhecer a nós mesmos é grande ciência. O mestre que se aprecia devi-damente deixará que Deus lhe molde e discipline a mente. E reconhecerá a ori-gem de sua força. ... O conhecimento de si mesmo leva à humildade e à confiança em Deus; não toma, porém, o lugar dos esforços para o aperfeiçoamento próprio. Aquele que compreende as próprias defi-ciências, não se poupará de dificuldades para alcançar a mais alta norma possível na excelência física, mental e moral. No preparo da juventude, não deve ter parte pessoa alguma que se satisfaça com uma norma baixa. Conselhos aos Pais, Profes-sores e Estudantes, pág. 67.

Ellen White

Estudo da mente - sua importânciaA MAIS BELA OBRA

A grande preocupação dos grandes e médios empresários é quanto a conservação dos seus produtos, e para tanto eles tem feito de tudo para que isto seja minimizado. Os fornecedores tem desenvolvido técnicas modernas, para que os seus produtos tenha um prazo maior de validade. Todos, tanto fabricante e o distribuidor tem uma margem de perda, pois no mundo dos negócios isto é na-tural, contudo a luta é para que esta perda seja menor a cada semana, mês e ano. A cada dia são desprezados, toneladas de produtos nos lixões. São alimen-tos e remédios fora da validade,

causando prejuízos incalculáveis. As perdas no mundo dos negó-

cios vão além das fronteiras dos perecíveis, pois qualquer ramo de atividades as margens de perdas são normais, porem a cada dia se desenvolve técnicas para que estas perdas sejam menores, pois elas vão sempre existir.

Outro dia eu fui num encontro de lideres da igreja e a preocu-pação do líder maior era quanto as perdas de membros da igreja. Ele apresentou um gráfico preo-cupante, dizia: “nos últimos dez anos foram batizamos na igreja, 10 mil pessoas, destas dez mil pessoas só permaneceram, menos de mil, menos de 10%. Isso é alta-

mente preocupante.” Qual ramo de negócio, onde as perdas são superiores aos 30%? É preocupan-te imagina quando esta margem atingir a 90% será falência total e prejuízo no mercado em geral. Este Líder maior enumerou varias maneiras para que isto aconteces-se, contudo ele marcou o ponto fundamental na questão, e afir-mou: “a conservação é o ponto, a manutenção e a vigília deve ser permanente, uma criança recém-nascida, necessita de cuidados e observação constante, até que cresça. Porém se não tiver o cuida-do com os novos convertidos por longo tempo, a sua fé vai morrer e a perda e inevitável.” Eu fiquei

muito preocupado com aquele gráfico, uma perda superior a 90% em dez anos, me levou a pensar;

1- Os líderes anteriores não tinham nenhum compromisso com a instituição ou não sabiam administrar;

2- Fraudaram os relatórios e os números nunca existiram;

3- Os seus superiores não liam os relatórios ou faziam pouco caso, pois não ofereceram ajuda. Será que, a igreja terá que criar um departamento de auditoria para este assunto? Eu acredito que um líder de igreja, quando empossado para o cargo é uma escolha de Deus independente da hierarquia eclesiástica, e só lhe cabe a alter-

nativa de dizer sim ou não, mas nunca assumir a responsabilidade relaxadamente, fazendo como a pessoa que enterrou os talentos da parábola de Jesus.

O voluntario quando erra, erra por não saber, mas uma pessoa preparada em uma universidade, com um título, uma credencial e sobre tudo assalariado, não pode agir desta maneira, não se pode ter uma pessoa deste nível na folha salarial, e nem como volun-tario, pois o objetivo deste é es-candalizar a obra de Deus. Graças a Deus que a obra é do Senhor dos Exércitos, cedo ou tarde tais indivíduos são desmascarados, pela ação do Espirito Santo.

“Qual era o destino de tanta coca-ína e maconha?” Com esta pergunta em sua coluna no O GLOBO, Roberto Damata assustou-se diante da quan-tidade de drogas apreendidas logo depois do ataque à jugular do tráfico no Conjunto de Favelas do Alemão.

Obviamente que com essa pergun-ta que dói mas que não pode calar, o sociólogo demonstrou espanto pela pujança do mercado de entorpecen-tes. Sua inquietação é com as razões obscuras que levam a humanidade hoje a buscar paz para a sua angústia mergulhando nas drogas.

Que as pessoas sempre se dro-garam não é segredo para ninguém. Mas por que numa época tão cheia de conforto e oportunidades o consumo de drogas aumenta tanto? Psiquiatras como Karen Horney aludem à perso-nalidade doente, neurótica de nossa época e com frequência concordam com teólogos ao sustentarem que o ho-mem moderno parece estar sofrendo de uma angústia ontológica. Estamos num mundo enfermo e portador de um mal estranho e de difícil diagnóstico.

A tecnologia que nos trouxe con-forto físico, soluções fáceis e poder material é agora responsável pela nossa angústia. Essa visão defende que a dependência química não é apenas um problema orgânico, mas sobretudo de raízes existenciais. Pois o uso compulsivo das drogas passa por dificuldades profundas que o indivíduo tem para conviver consigo mesmo. Então a droga entra como anestésico, que faz com que o usuário se ausente quimicamente de si mesmo com perda das rédeas da própria vida. A escravidão imposta pelo hábito atin-ge diretamente à vontade.

“Toda drogadição é uma negação maníaca da frustração e uma enfermi-dade suicida a curto ou longo prazo.” 1 Estudos apontam um vínculo direto entre uso de drogas e a frustração. Na raiz da tendência antissocial está algu-ma forma de privação. O jovem que está realizando seu ̈ rito de passagem¨ para o mundo das drogas, está demandando uma outra coisa além da transgressão. Não está conseguindo superar sozinho seu dilema existencial e social. Através da droga, geralmente, ele está claman-do para que o mundo reconheça sua “dívida” para com ele. E reconstitua o

Pr. Marcos O. SchultzDistrito de Fonseca-Niterói-RJ

quadro de referência que se desmante-lou. Desorientado, atormentado, busca uma saída, uma solução a seu modo para as suas inquietações.

A droga funciona como a síndrome de Popeye, o fraco

que recorre ao espinafre para fi car forte. “Se ilude cada vez que usa a droga:

parece encontrar o ‘espina-fre’ e assim conseguir, de

forma instantânea, ou seja, mágico-onipotente a realiza-ção ilusória do desejo de ser

um ser grandioso” 2

Não poucos consumidores chegam a pertencer a um grupo social que não pode mais passar sem o êxtase da droga, pois a vida que levam chegou quase ao ponto zero de futilidade sociocultural. A tragédia mais grave do problema das drogas não acontece na Bolívia, na Colômbia, nos morros cariocas, nas favelas paulistanas ou de qualquer outra cidade .O problema está no vácuo do coração humano. Será que alguém já considerou, seria-mente, os motivos que levam adoles-centes , jovens e adultos a se tornarem dependentes de cocaína ou do crack ? Será que já nos perguntamos se o pro-blema da droga se instalou no lugar de “problemas” que esquecemos, ao perder o interesse por tudo além da fronteira de nosso bem- estar físico, sentimental ou financeiro ?

Não existe problema de drogas en-quanto estivermos preocupados com o futuro, com a história, com o caráter sagrado da vida, com Deus e com a construção de uma vida digna. Somos uma realidade tridimensional, corpo, mente e espírito e temos de cuidar de cada um deles com o maior respeito. Pois à medida que nos afastamos do que é essencialmente humano, do que é espiritual e passarmos a investir só no que é corpo, físico e material, as coisas certamente não caminharão bem.

Quando a vida, sob o peso da com-petição e da ganância começa a rachar; quando o medo de não estar entre os vencedores, bem-sucedidos, faz da ex-citação química o substituto caricato do sucesso invejado, pisaremos no terreno traiçoeiro ̈ onde os melhores perdem a esperança, e os piores, o temor.¨

A humanidade vive angustiada, amargurada, triste. Sofre de nostal-gia do Absoluto que tenta afogar no consumismo e no hedonismo, mar-cas de nossa sociedade ocupada na busca do prazer pelo prazer e no ter. Mas para a turbulência do coração humano a paz está em Cristo, não nas drogas. Ele lembra. “Estas coi-sas vos tenho dito para que tenhais paz em Mim. No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (Jo. 16:33) Isto pode restabelecer o senso de significado da vida liberando ao coração e mente a alegria de Sua presença. Essa sede de Absoluto não pode ser saciada por substitutos que, afinal, conduzem à cadeia, ao hospital ou ao cemitério.

REFERÊNCIAS:1.KALINA,Eduardo,Terapia Familiar e

Outros Temas, Rio de Janeiro: Francisco Alves,1991,p.28.

2.FREITAS,luiz Alberto, Adolescência, Família e Drogas: Cadernos do Tempo Psica-nalítico 2,Rio de Janeiro:SPID,1996,p.47.

Síndrome de Popeye

Page 4: Jornal Orion

4 - Primeiro Caderno Março/2011

Apenas seis meses após a maior reunião adminis-trativa mundial da Igreja

Adventista do Sétimo Dia, os pla-nejadores da Assembleia da Asso-ciação Geral já estão mapeando a convenção global da denominação para 2020.

Planejamento para o evento geralmente começa 10 anos em antecipação, ou seja, o local para a Assembleia de 2015 foi anunciada em 2006 após um processo de sele-ção da cidade para o evento, o que inclui a busca de espaços, revisão de propostas, análise de cidades candidatas e visitas ao local.

A administração da Igreja Adven-tista não vai votar pelo local de 2020 até o concílio de outubro, mas alguns na sede mundial da Igreja estão discu-tindo se uma sessão de menor escala estaria no horizonte da Igreja.

Segundo cresce a membre-sia da Igreja Adventista, também isso se dá com os estádios para as assembleias. Atualmente, uma cidade-sede em potencial deve possuir um estádio coberto capaz de acolher um público sentado de estimadamente 70.000 pessoas que participam das reuniões de pico de fim de semana, disse Sheri Clem-mer, planejadora-associada para tais reuniões para a Igreja a nível mun-dial. O local também deve oferecer centros de convenção adjacentes e acomodações próximas para mais de 6.000 delegados e pessoal de apoio da Assembleia, explicou ela.

O movimento das Assembleias normalmente diminui durante a semana. As reuniões administrativas diárias -- em que as decisões-chave são realmente tomadas -- são muitas vezes pouco frequentadas, com ex-ceção dos delegados da assembleia e poucos fiéis espectadores. Em vez disso, os visitantes muitas vezes lo-tam as salas de exposição ou partici-pam das muitas atividades realizadas paralelamente à Assembleia.

Pardon Mwansa, um vice-presi-dente geral da Igreja, que preside a Comissão de Planejamento das As-sembleias, disse que alguns oficiais da Igreja estão questionando a con-tínua necessidade de Assembleias no estilo de “reuniões campais”.

“Não precisamos de uma multidão para eleger líderes. Não precisamos de uma multidão para modificar praxes”, argumentou Mwansa.

Outros perguntaram se uma assembleia de tamanho reduzido não poderia abrir portas em cida-des fora dos Estados Unidos para serviços de hospedagem. Das 59 assembleias, desde que a Igreja Adventista foi criada em 1863, ape-nas três foram realizadas em outros lugares, disse Mwansa.

O formato da maior reunião admi-nistrativa da denominação só pode ser reexaminado durante um voto tomado na própria assembleia. Em-bora não exista qualquer proposta, administradores da Igreja têm “falado informalmente” sobre que formato as futuras assembleias devem adotar, de-clarou Lowe Cooper, também um vice-presidente geral da denominação.

“SEGUNDO A IGREJA CRESCE, O POTENCIAL DE QUE [SUAS AS-

SEMBLEIAS] SE TORNEM EVENTOS MAIS COMPLEXOS E ONEROSOS

CRESCE, OBRIGANDO-NOS A CONSIDERAR O DE QUE PRECISA-MOS PARA REALIZAR A ASSEM-BLEIA, E O QUE É OPTATIVO”,

disse Cooper.

Se a discussão conduzirá a mais assembleias realizadas fora da Amé-rica do Norte é discutível, disseram líderes denominacionais.

Dirigentes da Igreja que assistiram à assembleia de 1995 em Utrecht, Ho-landa, lembram-se de longas viagens de trem e instalações abaixo do ideal. “Alguns delegados -- inclusive eu, que era presidente do da União naquele ano -- viajávamos por pelo menos duas horas e meia todos os dias para deslocar-nos do hotel ao centro de convenções”, disse Mwansa. “Tínha-mos que iniciar os trabalhos mais cedo, às 5:30 da manhã”.

Horários bem cedo na manhã podem não parecer problemas intransponíveis, mas há o fator de ‘jetlag’ [efeito sobre o organismo de diferença de fuso horário], Mwansa explicou, e os delegados incumbidos de fazer algumas das decisões mais difíceis e fundamentais da Igreja po-dem ficar esgotados. “O fator-chave

é como melhor facilitar as atividades da Igreja”, comentou, sugerindo que um corpo descansado e uma mente clara poderiam ajudar.

Reuniões de negócios diárias du-rante a Assembleia atraem poucos as-sistentes além dos delegados oficiais, o que leva alguns administradores da Igreja a indagar se grandes espaços caros ainda são justificáveis.

Também central para determinar onde realizar uma assembleia é o seu orçamento. Levar equipamen-tos audio-visuais, pessoal de apoio e delegados para o local sai caro, disse Verland Erntson, controlador para o departamento de contabili-dade da Igreja a nível mundial.

Em 1995, a Igreja gastou 5,8 milhões de dólares americanos para pagar as contas da Assembleia em Utrecht, não incluindo passagens aé-reas para o pessoal de apoio. Cinco anos mais tarde, na assembleia de Toronto, Canadá, o custou foi de um milhão de dólares a menos. Mesmo o local da assembleia do ano passado em Atlanta, Geórgia, foi de 5,5 mi-

lhões, custo inferior a Utrecht. “Isso me surpreende”, disse Erntson.

No entanto, uma assembleia mais “enxuta” apenas para aco-modar cidades-sede no exterior é uma ideia com “pouco atrativo” até agora, disse Cooper.

Em 2005, o então presidente mun-dial da Igreja, Jan Paulsen, pediu a pre-sidentes regionais denominacionais para escolherem um local diferente da sede mundial da Igreja a fim de acolher o Concílio Anual, uma das reuniões administrativas bianuais da Igreja. “Mesmo para essa reunião de menor monta, a maioria deles preferiu vir para cá -- estavam acostumados com isso, e era conveniente”, lem-brou Mwansa. Embora a realização da Assembleia fora da América do Norte possa servir como um reconhecimen-to simbólico do crescimento da Igreja em outro lugar, recentes avanços no número de membros já são reconhe-cidos na prática, Mwansa disse.

O sistema representativo da Igreja “muda de maneira poderosa as decisões e o futuro da Igreja, em

Um dia desses, um famo-so pregador pentecostal da

atualidade, que mantém um programa diário em

horário nobre na TV, disse que a graça só começou a

existir depois de Jesus. Se-gundo ele, antes de Jesus

não havia graça no mundo. Para confi rmar sua declara-ção, o aclamado missioná-rio citou o seguinte verso

do Evangelho de João:“Porque a lei foi dada por intermédio

de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (1:17).

Mas... há algum fundo de ver-dade nisso?

Primeiramente, precisamos defi-nir o que é a graça divina.

Uma passagem bíblica chave para entendermos o que significa a graça é a seguinte:

“pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, me-

derrotado por um “descendente” da mulher. Isso nos mostra que desde o Éden já foi incutida no homem peca-dor a esperança de salvação para as consequências terríveis que o pecado traria sobre todos.

Poderíamos também citar diversos exemplos de pessoas que foram “agra-ciadas” (rsrs) com o perdão divino, começando pelo próprio casal edênico e passando por personagens muito co-nhecidos, como por exemplo Abraão, Jacó, Moisés, Raabe, Sansão, etc.

Mas, e a expressão “graça”? En-contramos ela no AT, com o mesmo sentido com que é tratada no NT? Na minha opinião, alguns dos mais significativos estão nos Salmos:

“Volta-Te, SENHOR, e livra a minha alma; salva-me por Tua graça” (6:4).

“No tocante a mim, confio na Tua graça; regozije-se o meu coração na Tua salvação” (13:5).

“Não ocultei no coração a Tua justiça; proclamei a Tua fidelidade e a Tua salvação; não escondi da grande congregação a Tua graça e a Tua ver-dade. Não retenhas de mim, SENHOR, as Tuas misericórdias; guardem-me sempre a Tua graça e a Tua verdade” (40:10-11). É curioso como, aqui, o salmista usa o mesmo vocabulário usado por João no texto citado pelo pregador da TV...

“e a Ti, Senhor, pertence a graça, pois a cada um retribuis segundo as suas obras” (62:12).

“Porque a Tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios Te louvam” (63:3).

“Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a Sua graça” (66:20). Este é o meu verso favorito de toda a Bíblia.

“Quanto a mim, porém, SENHOR, faço a Ti, em tempo favorável, a minha oração. Responde-me, ó Deus, pela riqueza da Tua graça; pela Tua fideli-dade em socorrer” (69:13).

“Responde-me, SENHOR, pois compassiva é a Tua graça; volta-Te para mim segundo a riqueza das Tuas misericórdias” (69:16).

“Porque o SENHOR Deus é sol e escudo; o SENHOR dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente” (84:11).

“Justiça e direito são o fundamen-to do teu Trono; graça e verdade Te precedem” (89:14).

“Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e mi-sericórdia” (103:3-4).

E tantos outros...Pelo visto, alguém que não con-

cordaria com o prezado pregador que mencionei acima era Davi. Afinal, ele foi um dos muitos personagens do AT que sabiam por experiência própria que a graça do Senhor já se manifes-tava naqueles dias.

Portanto, neste início de semana, quando estudaremos mais detida-mente sobre o importante tema da graça em nossas vidas, é importante saber que ela não se iniciou com o ministério terrestre de Jesus, pois a graça, a misericórdia, o perdão... SEMPRE EXISTIRAM, desde quando o pecado passou a ser uma realidade na vida dos filhos de Deus.

O que Jesus veio fazer foi dar uma revelação mais ampla, mais abrangente sobre este precioso dom divino. Conforme o Comentário Ad-ventista de João 1:17, “João não tem

REEXAMINANDO O FORMATO DAS ASSEMBLEIAS DA IGREJA

o propósito de insinuar que era mau o sistema revelado por meio de Moisés, em comparação com o que agora era revelado por meio de Cristo, a não ser que, embora era bom o sistema de Moisés, o de Cristo é melhor (ver Heb. 7:22; 8:6; 9:23; 10:34). (...) Ao afirmar que a ‘verdade’ vem por meio de Cristo, João O identifica como a realidade que era assinalada por todos os símbolos e cerimônias do AT, que não eram mais que uma sombra dos bens vindouros. Em Cristo o símbo-lo acha seu cumprimento na reali-dade (Colos. 2:16-17). Em nenhum sentido João indicou que o sistema do AT era falso ou errôneo”.

Louvado seja Deus, porque não nos deixa nas trevas em nenhum tema importante para nossa salvação!

“Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a sua graça” (Salmo 66:20).

Oh glória!

GILSON MEDEIROS

Quando começou a graça?diante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rom. 3:23-24).

Vemos que, para Paulo, a graça era a resposta de Deus ao problema do pecado, ou seja, para o pecador arrependido, o Senhor concede um “perdão” especial, uma “absolvição” legal da condenação do pecado. Para o filho de Deus que foi revestido pela “graça” não há mais penalidade dos pecados passados, pois o Senhor Jesus pagou o preço por todos eles ao derramar Seu sangue, inocente, no Calvário. Paulo ainda acrescenta que esta “graça” divina para o pecador é concedida gratuitamente, ou seja, NADA do que o homem faça ou deixe de fazer pode “comprar” este dom precioso de Deus em seu benefício.

No site Bibliaonline, mantido por Adventistas, encontramos também a seguinte definição para a graça:

“No N.T. é aquele favor que o homem não merece, mas que Deus livremente lhe concede - algumas vezes é posta em contraste com a lei (Rm 6.14) - e também exprime a corrente de misericórdia divina, pela qual o homem é chamado, é salvo, é justificado, e habilitado para viver bem e achar isso suficiente para ele (Gál. 1.15 - Efés. 2.8 - Rom. 3.24 - 1Cor. 15.10 - 2Cor. 12.9)”.

Esclarecido, então, o que seja a graça, vejamos se há referências a ela no AT.

A GRAÇA NO ANTIGO TESTAMENTO

A passagem bíblica considerada por muitos como o primeiro “pacto” de salvação entre Deus e o homem é Gên. 3:15, quando o Senhor pro-mete que, no futuro, o inimigo seria

Uma Assembleia da Associação Geral mais enxuta pode estar no futuro da Igreja, mas os planos para 2020 seguem a tradição.

virtude do fato de que esses dele-gados exercem a sua cosmovisão regional”, afirmou.

Independentemente de onde for realizada a Assembleia, o alcance global do evento não está perdido, nem são as vozes da membresia de todo o mundo abafadas, concordam líderes denominacionais. Os critérios de escolha de delegados para a As-sembleia não indicam vantagem para que a região seja anfitriã do evento.O orgulho local de acolher uma assem-bleia está, por ora, reservado para San Antônio, Texas. Sua cidade vai acolher a próxima Assembleia da igreja em 2015. Como será para 2025?

Se os dirigentes denominacio-nais forem “suficientemente corajo-sos” para concluir que a assembleia é fundamentalmente uma reunião administrativa, devem perguntar-se qual seria a forma mais eficiente para a sua realização, Mwansa disse. “Então, o resultado será di-ferente”, ele especula.

Elizabeth Lechleitner

Alguns administradores da Igreja Adventista estão debatendo a questão do propósito da maior convenção denominacional - deve a Assembleia da Associação Geral ser uma reunião administrativa, um retiro espiritual, ou ambos? Aqui, uma multidão

durante a Assembleia no Georgia Dome, assemelhando-se a uma campal de fim de semana, no verão passado, em Atlanta. [foto de arquivo da ANN de Robert East]

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Março/2011 Primeiro Caderno - 5

❘❙ ❘❙ Mundo GospelMundo Gospel

Ex Globeleza Valeria Valenssa conta o que mudou em sua vida depois que se tornou evangélica

Ela se chama Valéria Concei-ção dos Santos Donner, mas tornou-se conhecida como

Valéria Valença ou “a ex-globeleza”. Hoje, aos 39 anos, a mulata carrega outro título: serva de Deus.

Casada há 18 anos com o famo-so designer gráfico Hans Donner, atualmente trabalha com ele na ad-ministração e coordenação de suas palestras ministradas dentro e fora do Brasil, e se dedica aos filhos João Henrique e José Gabriel Donner.

Valéria é evangélica desde 2004, ano em que viveu um período difícil ao ser dispensada pela Globo de-pois de 15 anos como símbolo do carnaval na emissora. Ela conheceu o amor e a verdadeira felicidade em Jesus, e afirma que não se imagina mais distante de Cristo.

Como aconteceu a sua saída da TV Globo?

Depois que nasceram os filhos a Globo decidiu escolher outra mulata.

O que mudou em sua vida após essa fase?

Tudo. Primeiro porque pensava que estava preparada para enfrentar qualquer coisa, o que não era ver-dade. Pensava também que eu era insubstituível, e ninguém é. Naquele momento não esperava ser dispensa-da. Aprendi que o homem te coloca num pedestal e o próprio homem te tira dele. Mas com Deus tenho apren-dido a andar nas alturas, conforme está escrito em Habacuque 3:19.

Como e quando você se conver-teu a Jesus Cristo?

Nessa fase em que a Globo me demitiu, em 2004. Um dia estava

em casa muito angustiada e triste. Lembrei de um convite que havia recebido algumas vezes, tratava-se de uma reunião de oração feita por funcionários da Globo, às segundas-feiras, no horário de almoço. Resol-vi aceitá-lo e lá tive um encontro com o Senhor Jesus Cristo.

Conte seu testemunho. Sempre fui uma pessoa religiosa

e tinha muita fé em Deus, mas não o conhecia. Quando a Globo me chamou para uma reunião e disse: “hoje você não é mais”, o mundo caiu ali pra mim. Fiz loucuras, coisas que hoje não faria. Eu estava 10 quilos acima do peso. Fiz plástica num período curto de dois meses, perdi 12 quilos. Meu filho tinha oito meses de idade. Virei escrava daquela situação, para provar para o homem que eu poderia alguma coisa. Eu esperei do homem ajuda. Quando passei por esse momento delicado, cheguei a ficar deprimida, mas foi aí que Deus se revelou para mim e entrou de verdade em meu coração, transformando toda a mi-nha vida. Não consigo me imaginar distante da presença de Deus.

Percebo que minha história é marcada por muitos milagres. Hoje faço questão de testemunhar que sirvo a Deus. Isso está muito nítido na minha vida. Tenho visto o mover do Senhor. Estou caminhando há sete anos, com muita oração e pe-dindo muita sabedoria. Tenho dado testemunho em várias igrejas sobre a minha mudança de vida.

O seu marido, Hans Donner, também é?

Ainda não, mas não abro mão da minha promessa em Josué 24:15

“Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. Ele tem visto o mover de Deus em minha vida.

Você é mãe. Costuma levar seus filhos a igreja? Já falou de Jesus para eles?

Sim, sempre. A Bíblia nos ensina em Provérbios 22:6 “Instrui o meni-no o caminho que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”.

Ser evangélica fez você diminuir a preocupação com o corpo?

Sim, de certa forma. Mas apren-di na Bíblia, em I Coríntios 6:19 que o nosso corpo é o templo do Espí-rito Santo, logo preciso ter zelo e cuidados com meu corpo e saúde.

Como foi a recepção das pesso-as à sua conversão, principalmente daqueles que te viam antes como símbolo sexual?

As pessoas me vêem com cari-nho, dizem que sentem saudade. São elas que vão me ouvir falar de Deus. Desde o momento que chego num ambiente fico “ligada”. Um dia precisei acompanhar meu marido num evento ligado a samba. Tudo depende da minha postura e do que vou falar, como me comportar, como me vestir.

Eles dizem que hoje estou di-ferente. Temos que passar para as pessoas a diferença daqueles que servem a Deus e dos que não ser-vem. Muitos sabem que estou na igreja, que não faço mais carnaval, mas o amor e o respeito dessas pes-soas não mudaram. Sempre busco a oportunidade de dizer que o que Deus tem feito na minha vida pode fazer na delas também.

Você participa de projetos sociais?

Sempre participei. E quando você faz não precisa falar, mostrar. Quando Deus chama, Ele tem propósito, é para pregar a Palavra. Antes eu era madrinha de ONG, cedia a minha ima-gem para buscar recursos. Hoje sou

voluntária de uma ONG que assiste a mulheres carentes, mães abandona-das que criam seus filhos sozinhas. Dedico um tempo por semana para conversar, apoiar, falar sobre minha experiência de vida com Deus.

CPADNews

Sambista ex compositor das vinhetas da Globo testemunha que já usou drogas e buscou fama, mas encontrou Deus

O jovem Carlos Alberto Peixoto Cruz, nascido em Belém do Pará e ra-

dicado no Rio de Janeiro desde a adolescência sonhava com o estre-lato. O brilho das luzes da ribalta alimentou o desejo do rapaz em ingressar no mundo do samba, e aos 14 anos ele alcança seu objeti-vo e passa a fazer parte da Escola de Samba União da Ilha.

A carreira como sambista trouxe a ilusão de que o mundo estava aos seus pés quando os espectadores o ovacionavam após cada apresen-tação. Mas, logo procurava refúgio no consumo de entorpecentes, e a alegria da qual se considerava o principal expoente, se transforma-va em amargura e dor.

“Naquela época eu imaginava que as portas da fama e do sucesso se abririam com mais facilidade, caso eu fosse um integrante de uma escola de samba. Eu sonhava com as cores, luzes e a passarela do samba. No meu entender, aque-le seria o meu destino. Também percebi que os dirigentes das escolas de samba ostentavam ri-queza, com aqueles belos cordões de ouro. Em 1982, eu fui apresen-

tado à Escola de Samba União da Ilha, no bairro carioca da Ilha do Governador, na qual permaneci por 12 anos”, revela Carlos.

Mas o tempo se encarregou em revelar a Carlos que a alegria con-tagiante divulgada pelos carnavales-cos, não passava de um embuste; os prazeres da carne e suas concupis-cências tão bem representados nas letras das músicas das escolas de samba não foram suficientes para aplacar a infelicidade daquele jovem que buscava a fama. A desilusão não tardou a bater à sua porta.

Outro fator que desestabilizou ainda mais a vida de Carlos foi o consumo de entorpecentes. Influen-ciado pelos colegas da escola de samba, o jovem passou a subir os morros cariocas a fim de conseguir um breve alento à sua angústia, acreditando que as “viagens” que fa-zia sob o efeito do alucinógeno era a única maneira de alcançar o prazer. “Eu conheci as drogas e por 12 anos fui viciado em cocaína. Mas eu não tive um envolvimento profundo com o tráfico”, lembra Carlos.

Enquanto permaneceu no mun-do do samba, Carlos trabalhou ativamente e teve contato com

celebridades: compôs vinhetas para a Rede Globo, participou de desfiles e realizou vários shows. Tornou-se conhecido ao ser indi-cado para disputar o Estandarte de Ouro, (prêmio instituído pelo jornal O Globo em 1972 e, desde então, vem premiando anualmente os destaques do Carnaval).

Encontro com CristoNo entanto, a combinação explo-

siva do consumo de drogas e noites

sem dormir fizeram efeito, e ele baixou em um leito de uma clínica, com o organismo de-bilitado por uma pneumonia, que quase o matou. Mas en-quanto esteve internado, algo sobrenatural aconteceu. “Eu escutei uma voz chamar o meu nome na enfermaria, e quando este fenômeno acontecia, eu desmaiava. Quando ocorreu pela quarta vez, eu não resisti e chorei; lembrei-me que já era uma pessoa conhecida na sociedade e não recebia visi-tas. Hoje eu compreendo que o Senhor permitiu a ausência daquelas pessoas até eu reco-nhecer a minha fragilidade.

Depois minha mãe, Dayse Peixoto, e outros parentes foram me visitar na clínica. Minha saudosa tia Leopoldina orava muito por mim e eu fiz um voto ao Senhor que se eu fosse embora daquele lugar, passaria a servi-Lo”, lembra Carlos. Mais tarde, a médica o aconselhou a voltar para casa pelo fato de seu organismo estar muito debilitado e os antibióticos não sur-tirem mais efeito.

Tempos depois, Carlos reencon-trou a médica que o desenganou. Ele

conta que a doutora e disse que o conhecia de algum lugar. “Eu sou aquele paciente que a senhora desenganou”, respondeu Carlos. A médica riu do acontecimento e foi uma oportunidade do ex-paciente anunciar o Evangelho para ela.

Liberado pelos médicos, Car-los visitou a Igreja Mundial de Jesus Cristo, onde abandonou a vida de drogas e promiscuida-de. Mais tarde ele compareceu a um congresso de jovens na Assembleia de Deus na Cacuia, sub-bairro da Ilha do Governador e passou a frequentá-la. “Tudo o que eu possuo, inclusive a minha esposa, Jenaína Brígida Peixoto, consegui depois que me converti a Cristo. Hoje eu sou proprietário de uma empresa de quentinhas, sou presbítero e exerço função de vice-dirigente de uma de nossas filiais, a congregação de Rosa de Saron. Mas quando as pessoas me questionam sobre meu passado, eu respondo que este mundo parece ser perfeito, mas quem conhece a Cristo os olhos são abertos. Tudo é passageiro”.

Adonainews

Os jovens do Radical La-tino, voluntários sem fronteiras, participaram

do Impacto de Carnaval no Sam-bódromo do Rio de Janeiro. O objetivo foi levar a Palavra de Deus às pessoas que vivem a ilusão de encontrar a felicidade durante os quatro dias de “folia”, mas que na verdade acabam se expondo a doenças, violência, vícios, prosti-tuição e outros muitos problemas que podem levar à destruição.

Segundo a coordenação do Ra-dical Latino, o Impacto de Carnaval

não é uma atividade simples, é bus-car as pessoas em situações muito adversas. “As experiências nos têm mostrado que, muitos dos que se encontram no Carnaval já estiveram perto dos caminhos do Senhor, ou se encontram na realidade do filho pró-digo”, diz o pastor. Élbio Márquez, Coordenador do Radical Latino.

Eles dedicaram uma semana de oração a esta ação. Os jovens tam-bém ensaiaram com instrumentos de percussão. Um fato a lamentar é a proibição da Prefeitura do Rio de Janeiro com relação ao uso de

microfones, caixas de som e tenda de concentração.

“Se a batalha se torna mais di-fícil, então necessitamos de mais oração e criatividade. Investiremos muito em encenações, pantomimas, mensagens com figuras e músicas com mensagens de salvação. Com-pomos até uma música evangelísti-ca. Contamos com as orações dos irmãos a fim de trazermos muitas vidas para a verdadeira Luz”, fina-liza o pastor.

JMM

JOVENS EVANGÉLICOS FORAM AS RUAS EVANGELIZAR DURANTE O CARNAVAL

Page 6: Jornal Orion

6 - Primeiro Caderno Março/2011

A Igreja Universal do Reino de Deus, liderada pelo Bis-po Edir Macedo, anunciou

seus planos de construir uma réplica gigante do Templo de Salomão. A es-timativa de custo é de R$360 milhões, 55 metros de altura (18 andares), e com lugar para 10.000 pessoas. O plano também conta com um estacio-namento para 1.000 carros, estúdios de TV e rádio, e salas com espaço para 1.300 alunos.

“Vai ser sensacional”, disse Mace-do,” Será lindo, lindo, lindo. A coisa mais bonita de todas. O lado de fora será exatamente igual o que foi cons-truído em Jerusalém”.

O Instituto do Templo em Jerusa-lém vê isso com outros olhos, para eles é “um ato de arrogância voltado para sua própria gloria. Esse plano é uma gozação que vai diretamente

Templo de Salomão, da Igreja Universal, é visto fora do Brasil como “gozação”:

“Um ato de arrogância voltado para sua própria gloria”contra tudo aquilo que o Templo San-to de Jerusalém representa.”

A Igreja Universal já gastou em tor-no de R$ 14,4 milhões para importar pedras de Israel. De acordo com o jornal britânico, The Guardian, o tem-plo será inspirado no Templo do Rei Salomão e contará uma replica da Arca da Aliança no centro do santuário.

O Rabino Chaim Richman do Insti-tuto do Templo escreve, “Nós somos hoje testemunhas de um fenômeno que tenta tirar a legitimidade da re-lação de Israel com Jerusalém. Esse plano de construir uma mega igreja re-presenta o próximo passo de tirar toda essa legitimidade de Jerusalém.”.

“A Bíblia ensina que a essência de Jerusalém é a presença de Deus”, dis-se o Rabino Richman, que continua ci-tando uma profecia do livro de Isaias 2:2: ”Nos últimos dias, acontecerá

que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimos dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão mui-tas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém.”

“A mega igreja planejada pelo Bis-po Macedo”, diz o Rabino Richamn, “é uma usurpação e um abuso ao espaço sagrado e ao conceito de Tem-plo Santo que é representado na Bí-blia, e também é uma brusca forma de se apropriar de valores sagrados do Judaísmo. A Divina Presença de Deus não pode ser copiada ou simples-mente usurpada e transportada para outro lugar. Isso não é nada mais que uma tentativa sínica e manipuladora da Igreja Universal do Reino de Deus de encaixar a mensagem universal da Bíblia em sua própria agenda.”

O Instituto do Templo, uma orga-nização religiosa e educacional sem fins lucrativos, é dedicada para cuidar de todos os aspectos dos manda-mentos Bíblicos sobre a construção do Templo Santo de Deus no Monte Moriah em Jerusalém. Seu maior foco e esforço é reconstruir o Templo San-to em Jerusalém.

Em 1992, Bispo Macedo ficou onze dias preso por fraude. No ano passado, um processo de São Paulo alegou que Macedo e outro pastor sênior embolsaram bilhões de doa-ções em dólares e usaram o dinheiro para comprar propriedades e carros. Macedo, um defensor da teologia da prosperidade e dono de um jato particular de R$81 milhões, negou as acusações.

Adonainews

Na tarde de segunda feira 14 de março os admi-nistradores da ADRA

Bolívia junto aos pastores Stanley Arco, líder da igreja Adventista na Bolívia e Edmundo Ferrufino, presidente da igreja para a região altiplânica do país, visitaram um dos acampamentos provisórios onde 540 pessoas afetadas pela tragédia na cidade de La Paz estão abrigadas.

Os pastores estiveram no acam-pamento para entregar pessoal-mente a ajuda da ADRA a cada família instalada no acampamento

de Villa Salomé.Os administradores da ADRA

Bolívia, lideres da igreja Adventista e os administradores da Missão Bo-liviana Ocidental (MBO) entregaram um kit de higiene, cobertores e garrafas de água potável, informou Pr. Heber Pinheiro, diretor de comu-nicação da União Boliviana.

“Este é um esforço conjunto da ADRA Bolívia com a igreja Adven-tista para socorrer, pelo menos, as necessidades básicas, de quem perdeu suas casas e praticamente tudo o que tinham”, disse Dr. Jo-hnny Velasquéz, diretor de ajuda

Com as novas tecnologias chegando e o acesso à informação a apenas

um “clique” de distância, é hora de discutirmos acerca da nossa responsabilidade quanto ao que noticiamos ou deixamos de di-vulgar. Vivemos em um tempo no qual a banalidade é prioridade na comunicação, e, por isso, alguns conceitos como responsabilidade social, tratados sem profundidade, acabam ficando desgastados e perdendo seu sentido original.

No Brasil, a preocupação com a responsabilidade social demorou a sensibilizar empresários. No início, o tema só tinha lugar nas conversas entre intelectuais e re-feria-se à discussão de questões trabalhistas. Foi, no entanto, a partir da década de 1990, com a globalização econômica, que as grandes e poderosas empresas do setor privado perceberam sua vulnerabilidade em relação às mudanças de comportamento da sociedade, e, assim, o assunto tornou-se obrigatório nas ações de marketing empresarial. Hoje, fazer parte ou desenvolver pro-jetos sociais virou estratégia cor-porativa. Antes, as empresas só se preocupavam com os lucros; hoje,

além dos cuidados com a qualidade de vida de seus funcionários, elas fazem da responsabilidade social parte de seus negócios.

Ferramentas – Por conta dessa nova visão, veículos de comunica-ção criaram espaços para divulgar essas ações sociais e incentivar a população a se engajar nos mais diversos projetos e a cobrar ações da iniciativa privada. Alguns des-ses programas têm características assistencialistas e buscam apenas doações, mas outros trazem um perfil empreendedor, ou seja, dão ferramentas para o desenvolvimento das pessoas.

Grandes empresas já desenvol-vem seus projetos sociais como ferramenta de comunicação empre-sarial. Mas a questão é: e os veículos de comunicação? Qual seu papel ou contribuição no desenvolvimento social? Apenas divulgar essas ações? Com certeza, o papel dos veículos de comunicação vai muito além: eles devem inteirar-se das necessidades prementes da sociedade e contribuir para preservar a cultura, os valores morais e a integração social.

Valores – Como povo sem histó-ria é um povo sem memória, assim

também é uma sociedade, um povo ou um país que não preserva sua cultura. Exemplo disso é o constante abandono do uso de nossa língua ofi-cial e sua substituição por terminolo-gias estrangeiras. Regiões ou bairros inteiros, pensando demonstrar uma forma de poderio econômico, tor-naram-se colônias lingüísticas dos países desenvolvidos.

Entendo ser urgente que os meios de comunicação e, principalmente, a TV, preser-vem e participem ativamen-te da valorização de nossa

língua, o principal instrumen-to de divulgação de nossos valores culturais. É hora de

deixar de acreditar que o me-lhor está lá fora ou pertence aos outros. Pelo contrário, o mundo todo tem um fascínio pelo Brasil, por sua gente, por

sua natureza, sua riqueza.

Responsabilidade social não é sinônimo de clientelismo ou carida-de. Muita gente acredita que apenas dando de comer às pessoas resolvere-mos o problema de nossa sociedade. Isso não é verdade. O que mais me importa é levar nosso povo a ter conhecimento; investir na educação,

❘❙ ❘❙ Agente da EsperançaAgente da Esperança

MÍDIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

Luis Mauro é diretor-executivo da Printscom Rádio e Televisão

LTDA e ex-presidente da Associação Brasileira

de Televisão em UHF (ABTVU).

ADRA - Bolívia realiza terceira entrega de ajuda às vitimas de La Paz

em vez de gastar fortunas com produ-ções novelísticas, que, até hoje, têm apenas contribuído para deturpar os valores morais e incitar nossos jovens a cometerem ações de vandalismo, por exemplo. Deveríamos usar os meios de comunicação em massa para realizarmos programas volta-dos a formação social, orientando nossos jovens com uma educação sólida e, assim, abrindo as portas para as oportunidade de emprego e a ascensão profissional.

Mensagem de fé – Fazer a di-ferença por meio da propagação de valores cristãos e promover a inclusão e a transformação social mediante uma programação capaz de encantar, educar e evangelizar é o que tem procurado realizar, pelas suas operações, a Rede Novo Tem-po de Televisão. Sua programação propõe uma reflexão da realidade e a valorização do ser humano por meio de mensagens que melhoram a auto-estima da população.

O maior exemplo disso é a men-sagem de fé semanal pregada pelo Pastor Fernando Iglesias na televisão, o resultado da transformação gerada pelo Evangelho é notório no progra-ma Está Escrito. Há 20 anos no ar no Brasil, o programa atrai a atenção de

milhares de pessoas pelo seu estilo semi-documentário.

Por isso, a responsabilidade social da Igreja é mais importante e profunda do que qualquer ou-tra ação realizada por entidades governamentais ou empresarias. Nossa missão, como enviados do Senhor Jesus, é mudar, no ho-mem, a origem de todas as coisas: o coração.

humanitária no país.“Estamos gratos por essa ajuda

que tem chegado várias vezes des-ta instituição e muito nos ajuda aliviando nossas necessidades, que são muitas” – disse emocionada a senhora Wilma Choque, uma das vizinhas do Valle das Flores, um de muitos bairros afetados pelos desa-bamentos. “Gostaríamos que muitas outras instituições se interessassem por nós que perdemos tudo”, com-pletou a senhora Choque.

Heber Pinheiro com tradução de Gisele Ferreira

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Março/2011 Primeiro Caderno - 7

Na sequência da devastação e morte causadas por um terremoto de magnitude

6,3 que atingiu hoje o centro da cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, os adventistas do sétimo dia da região do Pacífico Sul estão respondendo com oferecimento de apoio material e espiritual.

Tem-se notícia de que pelo menos 65 pessoas foram mortas, e outras 100 estão presas em edifícios que desabaram, relatou o jornal ‘New Zealand Herald’. A mesma área fora atingida por um terremoto de magnitude 7,1, mas desta vez o desastre ocorreu mais próximo do centro da cidade de Christchurch e ao meio-dia, quando os funcionários de escritório e pessoas fazendo compras estavam presentes em maior número.

A empresa de alimentos da

Lancha Luzeiro atende a 32 comunidades e busca voluntários

No ano em que completa oito décadas como histórico projeto de solidariedade

adventista na Amazônia, a lancha Lu-zeiro XXVI é uma inspiração e sinôni-mo de esperança para quem não tem, ao menos, a oportunidade de contar com atendimento médico semanal. O jovem pedreiro Ezequias Severino da Conceição, de 23 anos, é um dos que não tinha acesso a qualquer serviço odontológico há pelo menos dois anos. O motivo é óbvio. Ele mora na comunidade de Dominguinho, muni-cípio de Caapiranga (no coração da Amazônia), distante 120 quilômetros da capital do Amazonas, Manaus. Nes-ta semana, ele aproveitou a presença de uma dentista que atendeu duran-te algumas horas dentro da lancha Luzeiro, administrada pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistência Social – ADRA Amazonas, para fazer limpeza. “Eu pensei que ia precisar arrancar o

dente também, mas depois acabou não acontecendo”, disse o pedreiro à reportagem da ASN (Agência Adven-tista Sul-Americana de Notícias).

Conceição faz parte do grupo de duas mil pessoas regularmente aten-didas em 32 comunidades localizadas junto ao grande rio Manacapuru pela lancha. Desde maio de 2010, a lancha voltou a singrar os rios novamente e a enfrentar todo tipo de dificuldade para reativar uma missão que nasceu no coração dos missionários norte-americanos Leo e Jessie Halliwell. No ano de 1931, eles iniciaram o trabalho pioneiro de atendimento às comuni-dades amazônicas com um pequeno barco que levava saúde e esperança. Trabalharam por 30 anos e percorreram mais de 60 mil quilômetros de águas navegáveis na bacia do rio Amazonas.

A motivação dos Halliwell é a mesma da dentista Cione Vasconcelos Duarte, que trabalha em Manaus e em outras cidades do Amazonas, mas é uma vo-

luntária sempre pronta para cooperar com o trabalho da lancha. Já ajudou na Bolívia e hoje se sente realizada em poder colaborar com seus conterrâneos menos favorecidos. O relato completo dela, de Ezequias e outros beneficiados pela lancha você vai ver em breve nas próximas edições da ASN TV.

O projeto da lancha Luzeiro tem o desafio de ampliar sua atuação. Além de buscar recursos para manter uma estrutura que permanentemente está nas águas, há necessidade de volun-tários. O pastor Landerson Santana, diretor da ADRA Brasil – Regional Amazonas, explica que já está em ação a iniciativa chamada Aventura Solidária que busca captar voluntários interes-sados em servir durante o período de férias ou folga na região amazônica.

Em julho deste ano, uma expedi-ção já está marcada e os profissio-nais interessados em doar tempo e habilidades para o atendimento a comunidades ribeirinhas como as de

Ezequias terão a oportunidade de aju-dar. Os contatos podem ser feitos pelo site www.voluntariosadventistas.org ou diretamente para o e-mail [email protected] Este

endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Felipe Lemos

denominação adventista Sanitarium Health Food em Papanui recebeu pedido dos Serviços de Emergência em Christchurch, Nova Zelândia, para proporcionar um centro de triagem para os feridos. O hospital de Chris-tchurch, a maior instituição hospita-lar, de pesquisa e instrução médica da Ilha do Sul, foi evacuado devido a preocupações com segurança e agora está somente admitindo pessoas com ferimentos graves.

Pierre van Heerden, gerente-geral para a empresa adventista de alimentos na Nova Zelândia, decla-rou que o local foi disponibilizado para as autoridades locais. “Fomos abençoados em ter nossos edifícios pouco danificados e poder servir à comunidade mais ampla em tempos de devastação. A fábrica em Papanui, próxima de Christchurch, tem um amplo terreno frontal e espaço extra

para que as pessoas se reúnam e o utilizem como centro de triagem. Temos um poço artesiano no local que está funcionando e que nos dará oportunidade de providenciar água potável para a comunidade de Chris-tchurch”. O Sanitarium Health Food também planeja oferecer leite, água engarrafada e um de seus produtos alimentícios (Wee-Bix) aos afetados.

Craig Gillis, presidente da Igreja Adventista no sul da Nova Zelândia, declarou: “Nesta ocasião é difícil obter muita informação sobre o que aconteceu pelo fato de os canais de comunicação estarem bloqueados e sobrecarregados. O nosso pessoal do escritório está bem. Os estudantes, professores e funcionários da Escola Adventista de Christchurch também estão bem, como igualmente os alu-nos da pré-escola. A estas alturas não temos informações sobre membros

da Igreja vitimados”.As notícias são de

que o terremoto durou aproximadamente um minuto, com extrema violência -- fazendo edi-fícios balançarem e se moverem para frente e para trás. Há relatos de devastação total no cen-tro da cidade de Chris-tchurch com colapso de edifícios, bem como informações de pessoas presas nas ruínas no dis-trito comercial central, e os serviços de emergência relatam não haver ambulâncias em número suficiente para atender os feridos.

“Estamos chocados com o que está ocorrendo em Christchurch”, comentou Barry Oliver, presidente da Divisão do Pacífico Sul, da IASD. “De-

ADVENTISTAS RESPONDEM AO TERREMOTO NA NOVA ZELÂNDIAO tremor de 22 de fevereiro matou pelo menos 65 pessoas; área de empresa alimentícia adventista usada para triagem

sejamos assegurar aos moradores de Christchurch e à nossa comunidade confessional o nosso apoio. Convido todos a orarem pela segurança e por um senso de paz”.

Pablo Lillo

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8 - Primeiro Caderno Março/2011

❘❙ ❘❙ Notícias InternacionaisNotícias Internacionais

Morre aos 106 anos uma ícone das ‘Zonas Azuis’

Ela representava promessa de vida longa segundo o estilo de vida adventista, ressalta um autor

Marge Jetton levantava pesos toda manhã como parte de sua rotina de exercícios antes de prosseguir seu dia de trabalho ou atividades de voluntária na

comunidade. [fotos: David McLain]Marge Jetton, uma enfer-

meira aposentada, que obteve notoriedade na-

cional por sua longevidade e estilo de vida saudável, morreu em 15 de fevereiro num lar para idosos em Loma Linda, Califórnia. Ela havia atingido 106 anos.

Em anos recentes, Jetton atraiu ampla atenção ao ser destacada pelo escritor Dan Buettner em artigo para a revista ‘National Geo-graphic’ em 2005, e um livro subse-

quente que enfocava “zonas azuis” do mundo, onde as pessoas vivem mais tempo e revelam um alto sen-so de bem-estar. Loma Linda -- e especificamente, a comunidade ad-ventista, estudada detalhadamente ali -- é uma das quatro zonas.

O enfoque em Jetton levou a várias aparições, inclusive no famo-so Oprah Winfrey Show em 2008, em que se destacava sua rotina de exercícios: pedalar várias milhas diariamente em bicicleta estacioná-

ria, e erguer pesos de cerca de dois quilos e meio.

Buettner descreveu Jetton como a “garota propaganda” do estilo de vida adventista, incorporando suas melhores práticas, tais como ter um senso de comunidade, voluntaris-mo e observância do sábado. “Ela era um emblema”, disse Buettner. “Você podia contar a sua história, e como que refletia o que as pessoas deviam estar fazendo para alcançar a sua idade. Ele representava a pro-messa da boa vida”.

Jetton era também uma das várias dezenas de centenários par-ticipando do Estudo de Saúde Ad-ventista, um projeto de pesquisa em andamento da Universidade Loma Linda que é financiada pelo National Institutes of Health, entidade do governo americano, e examina o porquê de os adventistas tenderem a viver em média 10 anos mais do que os outros americanos.

O Dr. Gary Fraser, um dos co-ordenadores do estudo, lembrou que os anos nada fizeram para

embotar a mente clara de Jetton. “Ela era muita esperta e divertida”, ele disse. “Ela era muito impres-sionante”.

Marge Hodge nasceu em Yuba City, Califórnia. Ela frequentou a Escola Média Sutter Union, onde participava de uma equipe de de-bates, segundo uma bibliografia pela neta Shawn Casey-White. Ela se graduou em 1921.

Enquanto estudante de Enferma-gem no Sanatório e Hospital de St. Helena, no vale do Napa, Califórnia, ela conheceu o seu esposo, James Aston Jetton. Ambos se casaram em 1926. Jetton trabalhou então como enfermeira em Walla Walla, Estado de Washington, e mais tarde em San Francisco, Los Angeles e Santa Rosa, enquanto seu marido era estudante de Medicina.

Eles passaram seus quase 77

anos de matrimônio abrindo e dirigindo a primeira clínica na pe-quena comunidade de Fallbrook, Califórnia; oferecendo seus serviços para o Exército durante a 2ª. Guerra Mundial; estabelecendo o Woo-druff Community Hospital na área de Long Beach; e servindo como missionários de socorro médico no Zâmbia e Etiópia.

O ativo estilo de vida de Jetton continuou após a sua aposen-tadoria, conta Casey-White: Ela trabalhou na biblioteca do Centro Médico da Universidade Loma Linda e como voluntária para a Voz da Profecia, um programa radiofônico da Igreja Adventista.

Jetton foi precedida na morte pelo marido em 2003. Ela deixa dois filhos, sete netos e 10 bisnetos.

Arin Gencer

Por muito tempo aposentada, o Estado

da Califórnia regularmente re-

novava a sua carteira de motorista, mesmo

ao ter ela avançado pelos 100 anos.

Embora muitos pensem que o assistente ao presidente mundial da Igreja seja um

dos funcionários mais alegres no edifício, Parchment pode passar logo a sério quando o trabalho exige, como testemunha alguém que observou um estoico Parchment conduzir o leme de uma comissão de gestão de crises.

Ele apresenta sermões na Ásia, dá as boas-vindas a embaixadores na sede da denominação e fala a grupos sobre a ênfase do presidente em Re-avivamento e Reforma.

Normalmente, porém, Parchment está examinando e-mails no seu escri-tório, de onde se avista a Rodovia 29, no Condado Montgomery, Estado de Maryland, EUA. Como assistente de Ted N. C. Wilson, o presidente mundial da Igreja Adventista, Parchment atua como uma extensão do escritório do presidente, falando em nome de Wil-son e captando pedidos tão variados por assuntos quanto por localidades. “Estou aqui para aliviar a carga dele [de Wilson] para que ele possa ver o quadro mais amplo e ter uma visão ge-ral da Igreja. Quando ele está aqui tem muito pouco tempo”, disse Parchment certa manhã em seu escritório.

Wilson, atualmente visitando lí-deres e instituições denominacionais na região do Pacífico Sul, estará no escritório por menos de 30 dias de atividades de primeiro de janeiro até o fim de setembro, disse Marilyn Perez, que prepara as agendas e é a assistente administrativa executiva de Wilson.

Parchment, de 63 anos, é originário da Jamaica, e serviu como presidente da Igreja no Canadá e no estado do Arizona, nos EUA, antes que o então presidente, Jan Paulsen, pedisse que viesse servir como seu assistente em 2003. Ele disse que Paulsen apreciava a sua experiência “de nível popular” em ter dirigido Associações e uma União, duas das unidades administra-tivas de nível médio que compõem a estrutura denominacional.

Wilson solicitou que Parchment continuasse o seu serviço depois da mudança de administração no verão passado, contou Parchment. Ele con-tinua servindo como presidente da Co-missão de Gestão de Crises Internacio-nais, que lida com crises internacionais principais e aconselha administrações denominacionais locais quanto à segu-rança de missionários. A maior parte das ações dessa comissão fica sem ser

noticiada por causa de questões de segurança de funcionários em algumas regiões mundiais.

Parchment também preside a Comissão de Recursos Humanos da sede mundial, que pode envolver às vezes a parte menos favorita de seu trabalho: ações disciplinares. “Rara-mente temos problemas, mas lembre-mo-nos: somos servidos por pessoal cristão, não por anjos”, comenta.

No escritório ele cuida de pedidos do subsectretário com respeito a agendas de reuniões, dando assistên-cia aos nove vice-presidentes com os pedidos do presidente e questões de campo de funcionários e membros do mundo inteiro, alguns deles revelan-do frustrações. Um pastor de igreja local foi recentemente despedido e está apelando da decisão junto ao presidente da denominação. “Temos de dizer-lhe que esta é uma questão local e devolvemos o assunto à admi-nistração local”, explica Parchment.

Os pedidos não param de apare-cer. Uma pessoa na América Norte queria vir de avião para falar com o presidente sobre uma matéria ‘confidencial’. Não é possível, Parch-ment lhe disse. Duas pessoas na Ásia queriam que Wilson fosse até lá e

estimulasse as pessoas a lerem suas Bíblias cada dia. Fazia-se necessário maiores informações, Parchment lhes notificou. Pastores e grupos indepen-dentes solicitam regularmente uma saudação de vídeo de Wilson. Alinhe-se com a igreja e logo veremos o que fazer, diz-lhes Parchment.

Seis meses atrás uma pessoa rei-vindicando ser profeta quis compar-tilhar algo com Wilson. Outra pessoa queria contar a Wilson alguns sonhos que se lhe repetem.

“Digo a mim mesmo, se eu vivesse no tempo de Ellen White [co-funda-dora da Igreja] e ela me escrevesse uma carta assim, eu lhe responde-ria?”, Parchment disse. “Isso me deixa pensativo. Espero que não esteja pon-do a Deus de lado por polidamente negar o pedido dessa gente”.

Embora ele atenda à maior parte dos pedidos do próprio presidente -- “pareço-me com um filtro de muitos modos”, ele opina, ele deixa Wilson tratar de alguns casos diretamente. Certo país com a estrutura de Igreja organizada por uma União queria

converter cada uma das suas cinco Associações numa União. Parchment encontrou-se com eles durante duas horas explicando a posição dos líderes da Igreja a nível mundial. “Finalmente o Pr. Wilson escreveu-lhes uma carta ... e pôs tudo em pratos limpos”, Par-chment disse piscando um olho.

Quando viajando, Parchment contou que raramente se envolve em sessões de perguntas-e-respos-tas ou oferece sua própria opinião durante compromissos de visitas para sermões. Muitas vezes ele dis-cute iniciativas votadas pela Igreja a nível mundial e sobre a ênfase do presidente quanto a Reavivamento e Reforma.

A sua explicação da iniciativa: “São duas coisas, assegurar-nos de que es-tamos vivendo a vida que deveríamos viver, e estar envolvidos em trabalho missionário. Não se trata de sair para converter pessoas -- isso é trabalho do Espírito Santo -- mas compartilhar o amor do Deus com todos com quem entramos em contato”.

Ansel Oliver

Parchment, o homem do riso, ajuda o presidente adventista com detalhes para

que tenha o “quadro mais amplo”Assistente a presidente: “Pareço-me com um fi ltro”; e-mail de um profeta

Não é raro ouvir o riso de Orville Parchment que repercute por sobre os cubícu-los do escritório. Orville Parchment, assistente do presidente da Igreja Adventista no

seu escritório na sede mundial da denominação. [foto: Ansel Oliver]

Orville Parchment sentado atrás e à esquerda do presidente da Igreja Adventista, Ted N. C. Wilson, durante um discurso na sede mundial da denominação em julho. [foto de arquivo de ANN por Megan Brauner]

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Março/2011 Primeiro Caderno - 9

1. Tome a decisão de reservar um período diário para a leitura da Bíblia. Pode ser no início ou no fim do dia. Certamente, você precisará da ajuda de Deus no sentido de confirmar e fortalecer tal resolução, diante de imprevistos. Busque-a, portanto!

2. Procure ter uma versão da Bíblia que apresente uma lingua-gem moderna, leve e de fácil en-tendimento.

3. Além de um lápis e um cader-no para registro de ideias, reflexões e comentários pessoais, procure ter também um dicionário e uma concordância bíblica. O dicioná-rio auxiliará na compreensão de palavras-chaves e a concordância facilita a descoberta de diversas passagens em que aparece uma mesma palavra.

4. Pedir a ajuda de Deus para entender o que se vai estudar é a

primeira coisa que deve ser feita. Através do Espírito Santo, Ele iluminará a mente e guiará o pen-samento.

5. A Bíblia deve ser lida sem pressa. Nada de correria. Palavras e pensamentos devem ser bem digeridos, com uma atitude mental positiva, e disposição para ouvir a voz de Deus. Concentração é fundamental. Se for necessário, a passagem deve ser lida mais de uma

vez, até que o significado esteja claro e possa ser aceito.

6. Para quem nunca leu a Bíblia, uma boa sugestão é começar com uma parte que lhe seja mais agradá-vel. Há quem indique, por exemplo, a primeira carta de João, no fim do Novo Testamento, passando-se para os evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas. Depois o livro Atos dos Apóstolos e o Evangelho de João. Em seguida, o livro de Gênesis, os

Salmos e os Provérbios.

7. Na medida do possível, es-tabeleça um local e um horário especiais para a leitura das Sagradas Escrituras. É claro que, em caso de viagem, isso pode ser flexibilizado, mas não suprimido. Lembre-se tam-bém que o estudo em grupo ou em dupla também representa um auxílio considerável. Dessa forma, as ideias podem ser discutidas, e as dúvidas serão mais facilmente dissipadas.

SETE SUGESTÕES PARA TORNAR A LEITURA DA BÍBLIA INTERESSANTE E PROVEITOSA

“O texto bíblico para a mensagem de hoje está em

Gênesis 12:10. Diz o seguinte: “Havia fome naquela terra; des-

ceu, pois, Abrão ao Egito, para aí fi car: porquanto era grande a

fome na terra.”

Querido, Deus dera a Abrão uma ordem: “Sai da tua terra, da tua pa-rentela, da casa dos teus pais, para uma terra que eu te mostrarei. Eu estarei contigo ao longo do caminho. Tu serás uma bênção. Eu farei de ti uma grande nação. Eu te abençoarei na terra aonde tu fores.” O texto de hoje diz que Abrão chegou àquela ter-ra, e descobriu tristemente que não havia bênção nenhuma. Não havia abundância, a terra estava deserta, atravessando uma grande fome. Abrão tentou lutar, tentou sobreviver, mas não conseguiu nada e teve que descer para o Egito, porque lá sim, havia abundância de pão. Lá sim,

aparentemente, havia bênção. Meu amigo, você vê o caminho do

cristão? Abrão tinha todos os motivos do mundo para dizer: “Deus mentiu. Deus falhou comigo. Eu deixei a mi-nha terra, a casa dos meus pais, tudo, acreditei no Senhor, e agora, chego aqui para passar fome. “Onde estão as promessas de Deus?”Aí, ele olha para o lado, os egípcios que não têm um Deus que promete bênçãos, eles sim, têm abundância de pão. Para eles não falta emprego nem roupa. Os filhos deles estudam nas melhores escolas, nas melhores universidades.

Eles sim, podem viajar de férias para outros países, podem ter a carruagem do último modelo, tudo que a mão deles toca parece que vira ouro. Eles crescem e prosperam. Não têm o Deus todo Poderoso e assim mesmo, prosperam. E ele, o homem de fé, que acreditou no Todo Pode-roso que nunca falha, está passando fome na terra de Canaã. “Onde está a promessa divina?”

Será que você é alguém que deixou sua terra, sua parentela, suas tradições, costumes, amigos, abandonou tudo por causa de Jesus e hoje não pode conseguir emprego por causa do sábado? Hoje, membros da sua família estão doentes? Já teve tudo que tinha para sobreviver? E de repente você olha para aqueles que não querem saber de Deus, que vivem apenas para os prazeres, que exploram e abusam dos outros, são desonestos, esses sim, prosperam e têm tudo que querem? Eles não têm o Deus Todo Poderoso que nós temos. E onde está o seu Deus? Onde estão as bênçãos da terra prometida? Onde estão? De repente dá vontade de desistir, de largar tudo, de ir embora, ou então, como Abrão, dá vontade de se aproximar lentamente da terra do Egito. Afinal de contas temos que co-mer, temos que educar nossos filhos, temos que construir uma casinha para a velhice, e já que Deus parece não responder às nossas orações, já que Deus promete bênçãos mas não podemos vê-las, não podemos tocá-las, então, já que o Egito tem pão, já

que o Egito oferece tanta coisa, len-tamente começamos a nos aproximar daquela terra.

Só que para prosperar no Egito, tem que mentir, tem que roubar, tem que ser desonesto, tem que explorar o próximo. O Egito não tem moral, cada um faz sua moral. Agora que Abrão se aproxima do Egito é preciso usar as mesmas armas para poder vencer: a mentira, a falsidade, a desonestidade, enfim.

Abrão tinha uma mulher muito bonita e pensou que se dissesse que Sara era sua esposa, os egípcios seriam capazes de matá-lo para ficar com ela. Então, resolveu lutar com as armas do Egito, mentiu, foi deso-nesto e enganou. Disse que Sara era sua irmã. Assim, o homem que largou tudo na sua terra para seguir um Deus de princípios, lutando pela sobrevi-vência, começava a manchar-se com a mediocridade moral do Egito.

Você percebeu? Abrão não en-

controu bênçãos na terra prometida. Encontrou fome e sua fé balançou, fraquejou. E quando você perde a confiança em Deus porque parece que Ele demora em cumprir Suas pro-messas, você se perde nas tormentas desta vida. Covardia e mentira envol-veram a vida do patriarca, que pela fé, largou tudo sem saber para onde ia acreditando na Palavra poderosa de Deus. Quando sua fé foi atingida pela dúvida, Abrão afundou. Você não tem ideia até onde pode afundar quando larga o braço poderoso de Jesus. Ele é o seu sustento. Mas nesta vida muitas vezes você será assaltado pela dúvida. As promessas divinas aparentemente tardarão em se cumprir.

Um dia, um leproso chamado Na-amã, buscou o profeta de Deus para ser curado e o profeta lhe ordenou: “...Vai, lava-te sete vezes no Jordão...” (II Reis 5:10) Ou seja, mergulhe sete vezes no rio Jordão. Loucura! Naamã precisava de médico, de remédio e não de mergulhar num rio imundo! Na sua terra havia rios maiores, melhores e mais limpos. Por que teria que andar tanto para mergulhar no rio Jordão? Mas a ordem divina era: “Mergulhe sete vezes.” E ele mergulhou uma vez - nada! Duas vezes - nada! Três vezes - nada! Seis - nada! Já estava para largar tudo, quando um servo disse: “Meu capitão, o senhor já mergulhou seis vezes, que custa mergulhar só mais uma vez?” Então ele entrou, quase sem acreditar, pela sétima vez e quan-do saiu, sua pele estava curada.

O que Deus disse a Abrão? “...Sai da tua terra, ...para a terra que te mos-trarei...” (Gênesis 12:1). A promessa era que tudo seriam bênçãos. Abrão saiu e tudo que achou lá foi fome. Enquanto isso, no Egito, havia uma aparente abundância de bênçãos. Você se sente como Abrão e já está a ponto de desistir? Por favor, “mer-gulhe sete vezes”, disse Deus. Não caia fora na quarta, na quinta, nem na sexta vez. Não desista, “mergulhe sete vezes”, mesmo que lhe pareça loucura, mesmo que lhe pareça que Deus não esteja atendendo as suas orações. Ele é Deus, o Todo Poderoso.

Ele tarda, mas não falha. Ele pode demorar, mas não falha. Davi disse: “Fui moço, e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão.” (Salmos 37:25) As suas forças estão esmorecendo? Você não con-segue mais suportar as provações? Não está conseguindo mais carregar a cruz, não está mais suportando o desprezo das pessoas? A injustiça do mundo? Não está mais conseguindo carregar seus sonhos desfeitos? Seus planos estão estraçalhados? Espere um pouco mais. Deus tarda, mas não falha. O mundo não rirá a vida toda de você. Pode ser que hoje atravesse o vale da sombra e da morte, mas do outro lado há um novo horizonte, há uma terra onde há abundância de lei-te e mel. É para lá que você está indo, não desanime. Agarre-se a Deus, tire forças da fonte do poder de Deus e caminhe com fé e otimismo.

Vejamos agora outro aspecto do texto, quando Deus disse: “Abrão, sai da tua terra para a terra que te mostrarei” Deus fez a ele outra pro-messa que está no verso 2 de Gênesis 12: “De ti farei uma grande nação...”. Conte a areia do mar, Abrão, se pu-der, assim serão teus filhos. Conte as estrelas do céu, se conseguir, assim como as estrelas, serão teus des-

cendentes, era a promessa de Deus. Só que Abrão já estava com quase cem anos e o filho não aparecia. Ele estava envelhecendo, envelhecendo e, do ponto de vista humano, a pro-messa jamais se cumpriria. Então, diante no retardo do cumprimento da promessa, novamente Abrão cai nas profundezas do pecado. Procura sua empregada e adultera com ela. E para acalmar sua consciência ele olha para Deus e diz: “Eu não estou adulterando, só estou tentando cum-prir a promessa que Tu me deste. Tu disseste que eu teria filhos como a areia do mar... Bom, eu estou fazendo a minha parte.”

Veja bem a vida do Pai da Fé. Você percebe os altos e baixos, os erros, promessas não cumpridas e intenções que nunca se fizeram realidade? Quan-tas vezes, naquelas noites escuras do campo, Abrão deve ter dito: “Senhor, fui covarde, mas não quero mais ser assim. Sou adúltero, mas não quero cair outra vez.” Mesmo assim, sua vida era uma vida cheia de contrastes. Até que um dia, quando tinha noventa e nove anos, o Senhor Deus lhe apare-ceu e disse: “...Eu sou o Deus Todo-poderoso: anda na minha presença, e sê perfeito.” (Gênesis 17:1)

Ah, queridos, aos noventa e nove anos, depois de ter passado por momentos dolorosos de provações, desânimos e muitas vezes quedas, talvez Abrão se perguntasse: “Valeu a pena ter largado a minha terra, ter deixado a minha família, a casa dos meus pais, sonhando com uma terra melhor? Valeu a pena ter abandona-do tudo para seguir a Deus se não consegui cumprir nada, se falhei, se caí, se errei, se traí, se menti? Valeu a pena ter um dia entrado na igreja, ter me batizado se nunca pude cum-prir o que se espera de mim? Valeu a pena?” E aí Deus apresenta-Se e diz: “...anda na minha presença, e sê perfeito.” (Gênesis 17:1) Deus está dizendo: “Filho, tu serás perfeito se aprenderes a andar Comigo.”

Você sabe o que é perfeição? San-tidade? Muita gente pensa que um homem santo, um homem perfeito

é aquele que nunca comete um erro. Mas, para Deus, um homem santo e perfeito, é aquele que apesar de cair, levanta-se e continua andando com Ele. É por isso que você, querido, não precisa olhar para o seu passado e viver desesperado. Não importa o que houve no seu passado, não importa quão longe você ficou de Deus. Não importa quão baixo você caiu, você pode ser perfeito como Abraão, se apesar de ter errado consegue levan-tar a mão e dizer: “Senhor, leva-me pelos caminhos da vida.” Sabe, isso me dá paz e esperança.

Um dia, uma mulher me abraçou chorando no final de um culto e me disse: “Pastor, o senhor não sabe o peso que tirou dos meus ombros. Quando eu era uma garota de quinze anos, engravidei. Ninguém soube mas eu provoquei um aborto. Depois mudamos de cidade. Aos vinte e dois anos, conheci um rapaz cristão, casei-me com ele, mas Pastor, nunca ninguém soube a minha história. Ah, Pastor, já estou com quarenta anos e ao longo de todos esses anos o peso da consciência tem me atormentado de dia e de noite. Eu pensei que Deus poderia perdoar qualquer coisa me-nos aquele meu crime, mas esta noi-te, graças a Deus, o senhor falou algo que tirou o peso de meus ombros.

Não terei mais consciência pesada, nem mais noites de insônia.”

Ah, querido, não importa quem é você. Neste momento, a mão invisível de Deus pode tocar a sua vida, apagar dela o passado, libertá-lo da culpa e você pode sentir-se feliz, perdoado, transformado. Não importa se você, na intenção de sobreviver, misturou-se com o Egito, mentiu, enganou, roubou. Não importa se, no afã de querer ajudar a Deus no cumprimen-to de Suas promessas, você desceu à terra do pecado. Hoje o Senhor Jesus Se apresenta e como a Abrão lhe diz: Filho, “...anda na minha presença, e sê perfeito.” (Gênesis 17:1)

Agora vejam o que aconteceu. Leiam comigo o que a Bíblia relata em Gênesis 17:1,2, 10 e 11: “Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor, e disse-lhe: Eu Sou o Deus Todo-pode-roso: anda na minha presença, e sê perfeito. Farei uma aliança entre mim e ti, e te multiplicarei extraordinaria-mente. Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado. Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre mim e vós.”

Veja bem, Deus disse: Eu o per-dôo, transformo, dou-lhe uma nova oportunidade, faço-lhe todo de novo, arranco de você o peso da culpa. Mas preciso estabelecer com você o meu pacto. E Deus estabeleceu o pacto da circuncisão com ele. Mas a circuncisão no Novo Testamento toma outra forma.

O pacto que Deus quer estabelecer com Seu povo no Novo Testamento, toma outra forma: a forma do batismo, que é a expressão de algo maravilhoso que acontece no coração. Colossenses 2:11 e 12 diz: “Nele também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo; tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos.”

É através do batismo que você aceita Jesus como seu Deus e que você declara ser Seu filho. É através do batismo que você declara pu-blicamente que aceita o perdão, a transformação e que aceita o poder para viver uma vida vitoriosa.

Hoje, o Senhor Jesus apresenta-Se diante de você e lhe diz: “Filho, estou disposto a fazer você nascer de novo. Não importa o seu passado, seu presente ou seu futuro. Quero ser o Seu Deus e que você seja Meu filho. Mas preciso estabelecer um pacto com você. Quero que entre nas águas do batismo e seja batizado e esse será o pacto através do qual estará declarando publicamente que quer seguir-Me até o fim.”

Ao longo da minha vida tenho visto muita gente aceitando o pacto divino e tenho visto essa gente pa-gar o preço do pacto, porque não é fácil seguir a Jesus. É verdade que as promessas estão presentes mas, às vezes, parecem não chegar. É preciso que você caminhe com Jesus mesmo que a promessa aparentemente não chegue.

Veja agora isto: “Tinha Abraão noventa e nove anos de idade, quan-do foi circuncidado na carne do seu prepúcio. Ismael, seu filho, era de treze anos, quando foi circuncidado

na carne do seu prepúcio.” (Gênesis 17:24 e 25)

Agora, imagine um velhinho de noventa e nove anos entrando num tanque de batismo acompanhado de um garoto de treze anos. As águas do batismo estão esperando você, não importa se você tem noventa e nove ou treze anos. Não importa se você tem vinte ou cinquenta anos, é hoje que Deus está chamando você.

Estou lhe convidando a entregar a vida a Jesus, a aceitar o pacto do batismo, a abandonar sua vida pas-sada e a começar tudo de novo. Você gostaria de abrir o coração a Jesus? Faça-o agora.

ORAÇÃOPai querido, recebe em

Teus braços de amor todas as pessoas que neste mo-mento estão abrindo o co-ração a Ti e expressando o desejo de serem batizadas. Conduze-as pelos caminhos desta vida, ajuda-as a an-dar pela fé. Que através da fé consigam enxergar a Terra prometida e que, segurando Teu braço po-deroso, nunca esmoreçam nem desanimem. Em nome de Jesus, Amém.

Pr. Alejandro Bullón

❘❙ ❘❙ SermãoSermão

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10 - Primeiro Caderno Março/2011

Jesus disse que “o cristão é o sal da Terra e a luz do mundo” (Mt 5:13,14). Deus coloca

diante de nós a importância de uma vida de comunhão e missão porque somente assim poderemos cumprir o IDE de Jesus. Jane se sentou na sala para olhar um panfleto que acabara de chegar pelo correio. Era a propaganda de um “Seminário do Apocalipse”, que seria realizado em sua cidade.

Ela havia estudado a Bíblia por seis meses e, certamente estava in-teressada em profecias bíblicas, mas as figuras de animais no panfleto pareciam muito estranhas. Além disso, nunca ouvira falar a respeito da pessoa que dirigiria o seminário. Jane queria ir, porém, prevaleceu o temor de que alguma seita poderia estar por trás daquelas reuniões; então, amassou e jogou o folheto no lixo. Umas três horas mais tarde, sua amiga Bárbara chegou para uma visita. Elas conversaram por alguns minutos; em seguida, Bárbara disse: “Jane, o pastor da minha igreja, que é muito meu amigo, está realizando uma série de estudos bíblicos sobre o livro do Apocalipse.

Aqui está um pequeno panfleto que dá todas as explicações; você gostaria de ir?” E Bárbara entregou à Jane o mesmo folheto que ela havia acabado de jogar fora. Mas, dessa vez, Jane disse: “Vou gostar de ir. A

O projeto SOS Rio surgiu antes mesmo de iniciar o ano letivo e tinha

como proposta a priori a arrecada-ção de gêneros alimentícios e rou-pas... porem, o Banco do Brasil e a Defesa Civil da cidade divulgaram uma lista de material de higiene que, segundo estas entidades, no momento, era o que a população carecia. De posse desta lista, a necessidade de reiniciar as arreca-dações se tornou necessário.

Com o objetivo de desenvol-ver em nossos alunos o senso de cidadania solidariedade, empatia e amor ao próximo é que “vende-

propaganda parece muito interes-sante!” O que fez a diferença entre o folheto que foi amassado e o que foi aceito? A amizade. Esse relaciona-mento afasta o preconceito, derruba barreiras e estabelece uma ponte entre o desconhecido e o conhecido. A amizade é o meio pelo qual Deus atrai a Si homens e mulheres.

A vida de Jesus é a melhor lição de como se deve fazer evangelismo. Em Mateus 10:16, Ele nos envia “como ovelhas para o meio de lobos”. Isso poderia ser um problema se Jesus não completasse a frase, ao dizer: “sejam simples como as pombas e prudentes como a serpente.” Esse

princípio bíblico traz uma profunda orientação para o evangelismo eficaz. Se seguirmos a Palavra de Deus, sere-mos vitoriosos em nosso trabalho.

Simples como as pombasEste é o segredo. A simplicidade

é uma das características do verda-deiro cristão. Através do próprio exemplo, Jesus nos ensina como ser simples. Ele mesmo deixou o Céu, a adoração dos anjos e toda a glória para vir a este mundo mau, pecaminoso e perdido.

A Bíblia diz que “o pecado nos afasta de Deus e traz a morte” (Rm 6:23). O homem não ouvia mais a

voz de Deus (Is 59:02). O que fazer para chamar a atenção da humani-dade caída para um Deus que quer salvar, se o pecado causou inimi-zade entre a criatura e o Criador? Jesus veio à Terra para salvar todos. Tornou-Se um de nós, andou entre homens e mulheres, comeu o que as pessoas comiam, alegrou-Se com os que se alegravam, chorou com os que choravam, foi à festa de casamento, a velórios, visitou os doentes, tocou nas pessoas, estendeu a mão ao caído, curou os enfermos e muitos, ou seja, fez ami-zades, ganhou corações e, somente depois, disse: “Segue-me!” Assim, Seu chamado era irresistível.

Somente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito quando nos aproximamos dos nossos semelhan-tes. “O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: Segue-Me.” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 143). É assim que cada cristão deveria ser, viver e agir. Essa é a melhor maneira de fazer amigos e ganhá-los para Jesus.

Seja prudenteA prudência se faz necessária na

vida do servo de Deus. Cristo foi prudente em todos os momentos.

No sermão da montanha, Ele pregou para 22 tipos de pessoas diferentes em princípios e ideias. Nos dias de hoje, as coisas não são diferentes. Quando fazemos evangelismo públi-co ou pessoal, precisamos ter essa sabedoria e prudência para chegar ao coração das pessoas. Em todo grupo, sempre haverá aquele que pode nos causar problemas ou trazer alguma surpresa; por isso, todo o tempo a prudência se faz necessária.

Primeiro, a prudência nos ensina a conquistar a confiança das pessoas, para depois abrir as portas e lhes apresentar Jesus. Ensina também que os estudos bíblicos e os sermões de-vem começar com temas cristocên-tricos. Primeiramente ensinamos os princípios em comum, para depois entrarmos nos temas mais divergen-tes. A sabedoria está em partir do conhecido para o desconhecido.

Pastor Luís GonçalvesEvangelista da Divisão Sul-Americana

mos” a idéia do projeto para eles e implantamos em seus corações que a necessidade de amor ao próximo é uma das evidencias do amor a Deus.

O resultado desse projeto foi mui-to significativo para o nosso colégio, pois contou com a participação de toda comunidade escolar e ainda agregar mais ao nosso trabalho o auxilio de muitas igrejas evangélicas da cidade, locutor de radio, defesa civil, e o mais importante o auxilio de nossa população corumbaense.

Foram arrecadados 1080 itens para suprirem temporariamente as necessidades das famílias vitimas da catástrofe no Rio de Janeiro. Esse

Amigos por meio do evangelismoA amizade estabelece uma ponte entre o mundo conhecido e o desconhecido

Alunos do colégio Adventista arrecadaram donativos para vitimas das enchentes no

Rio de Janeiro e Corumbá – MS material foi repassado aos órgãos competentes de por sua vez fará com que esse material chega ao destino.

Ainda estávamos com o projeto Rio incluso quando recebemos uma ligação do tenente Isaac comandante da defesa civil da cidade nos convi-dando a uma parceria para prestação de socorro as famílias corumbaenses, vitimas da intensa chuva que caia so-bre a cidade inundando casas, ruas, vilas e instituições. Muitas famílias perderam tudo, inclusive a casa. Ou-tros careciam de matérias de primeira substencia (arroz, feijão, óleo etc.).

Aceitamos a parceria e no dia 03/03/2011 em conjunto com a ADRA pastores da Igreja Adventista do Sétimo Dia Geovanne Xavier e Rafael Candelorio e da assistente social da prefeitura municipal de Corumbá, beneficiamos 25 famílias do Loteamento Pantanal parte alta da cidade, 15 famílias na chamada população “Beira Rio” que vivem adjacente do Rio Paraguai, vitimas de desmoronamento.

Desde o dia 27/02 a chuva vem caindo sobre a cidade de Corumbá, foram mais de 24 horas ininterrup-tas de intensa chuva, ceifando vidas, avolumando nuvens de pessoas que passaram a viver de baixo da linha da miséria e sem esperança ou mesmo medo do futuro.

O Colégio Adventista tem como prioridade não só o conhecimento secular visando o ENEM ou mesmo

o vestibular, mas também a formação de cidadões que amam a Deus, ao próximo e a pátria. Agregamos ao nosso currículo a isenção de valo-res e contribuímos na formação do caráter de nossas crianças e jovens, solicitou o vice-diretor Jorciney Pe-reira Nunes.

Os alunos do Colégio Adventista procuraram ser cidadões ativos e transformadores na sociedade o qual estão inseridos. “a nossa pers-pectiva não era somente arrecadar material e repassar para as famílias e sim fazer com que os alunos co-

nhecessem uma outra realidade diferente de suas experiências e se colocassem no lugar do outro e exercessem cidadania” confirmou o Gestor David Rodrigues Coura.

A campanha “alerta Corumbá” ainda, continuara ao longo do ano, uma vez que as famílias abaixo da linha da miséria levara muito tem-po para recompor as perdas. “nos queremos tutelar essas famílias ate o final do ano” disse o Gestor David Rodrigues Coura.

David Coura

A Agência Adventista de De-senvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA Brasil)

acabou de fechar, nesta semana, o balanço oficial de suas atividades no ano de 2010. Os dados se refe-rem aos projetos realizados pelas regionais localizadas em todas as regiões brasileiras.

No balanço, foram contabili-zados 97 projetos de desenvolvi-mento comunitário, 27 projetos de emergência, que beneficiaram 440.339 pessoas diretamente.

O valor total de investimento nes-tes projetos chegou a 16.531.469,22

dólares, sendo que 97,37% destes recursos são nacionais. “Os números muitas vezes são frios, mas eu gosto de olhar o que está por trás dos mesmos e buscar o seu significado. Para mim, o principal número deste relatório é o de 440.339 beneficiá-rios diretos. Nossa missão é a de “transformar o mundo uma vida de cada vez” e quando olhamos para este números, eu gosto de pensar nas milhares de vidas que foram transformadas de uma maneira ou de outra através de nosso trabalho em 2010”, comenta Paulo Lopes, diretor da ADRA Brasil.

A Agência Adventista de Desen-volvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), mantida pela Igreja Adven-tista do Sétimo Dia, atua em mais de 100 países. Em 1997, a ADRA recebeu o Status Consultivo Geral pelas Organizações das Nações Uni-das (ONU), concedendo a ADRA uma voz adicional junto à comunidade internacional. São cinco áreas bási-cas de atuação: segurança alimen-tar, desenvolvimento econômico, educação básica, saúde primária e gestão de emergências.

Felipe Lemos

Agência adventista benefi ciou mais de 400 mil pessoas em 2010

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Março/2011 Primeiro Caderno - 11

❘❙ ❘❙ Notícias NacionaisNotícias Nacionais

IMPRENSA GAÚCHA DESTACA LONGEVIDADE ADVENTISTAO jornal Diário Gaúcho

(DG), do grupo RBS, des-tacou a longevidade ad-

ventista em uma reportagem de página inteira na editoria Geral desta quarta-feira, 09. O periódico, um dos dez mais lidos do País e um dos cinco de maior circulação no gênero popular em território nacional, segundo dados do Insti-tuto Verificador de Circulação (IVC), entrevistou a adventista Júlia Feix Pereira, moradora do bairro Vila Farrapos, na capital gaúcha.

A centenária aparece ao cen-tro da matéria em uma foto cuja legenda ressalta o hábito diário da leitura da Bíblia. A “vovó” com a família, que já contabiliza 31 netos, 66 bisnetos e 36 trinetos. “Adventista, Júlia passa os dias lendo a Bíblia. Também canta hi-nos da igreja e assiste a filmes”,

diz o jornal. A repórter pergunta, ainda, ao longo do texto qual é o segredo da longevidade. “As filhas arriscam dizer que o zelo com que Júlia é cuidada e a boa alimentação contribuem muito”, escreve. A saúde de dona Júlia permite certa liberdade em relação ao cardápio, como doces e biscoitos. “Rapadu-ra, bombons, bolacha, polenta, caldinho de feijão de cor e o ovo quente de todos os dias são algu-mas das delícias que a centenária gosta de comer”.

O jornal Contexto, periódico de divulgação oficial da Igreja Ad-ventista na região central do Rio Grande do Sul já havia publicado uma reportagem sobre o assunto em 2010, por ocasião de sua 4a edição, além de uma matéria sobre o tema publicada no portal da ACSR em novembro do mesmo ano.

Pioneira - A gaúcha Julia Feix Pereira é uma testemunha ocular da história adventista no Rio Grande do Sul. A pioneira, de 107 anos de idade, foi batizada há 86 anos por José Amador dos Reis, o primeiro pastor adventista ordenado no Brasil. Conforme atestam seus documentos pessoais (certidão de casamento, RG e CIC), ela nasceu em 19 de outubro de 1903, ano anterior à oficialização da primeira Associação Adventista do Brasil, (a Associação Sul-Riograndense) estabelecida no Rio Grande do Sul.

Quem visita a casa de dona Júlia, uma moradia simples, localizada num dos bairros da capital, encon-tra a senhora centenária com um cântico nos lábios. Mesmo com a voz um pouco trêmula ela enche os pulmões e entoa hinos tradicionais, boa parte deles memorizados, a exemplo de “Jesus me Remiu”.

Longevidade adventista - Repor-tagens sobre longevidade publica-das nos últimos anos (a exemplo de uma veiculada pela National Geographic Brasil - edição de no-vembro de 2005 -, cuja matéria de capa recebeu o título “Os segredos da longa vida”), destacaram grupos espalhados pelo mundo que vivem bem acima da média, a exemplo dos adventistas de Loma Linda, na Califórnia, entre os quais há vários

centenários. Os pesquisadores atribuem essa longevidade, entre outras coisas, a hábitos alimenta-res saudáveis cultivados por essas comunidades. Mas outro aspecto destacado é a fé, já que a religião, no caso desse grupo em especial, os leva a cultivar bons relaciona-mentos e a praticar um estilo de vida saudável.

Leonardo Siqueira e Márcio Tonetti

No domingo, dia 27 de fevereiro, cerca de 30 jo-vens universitários foram

à Igreja Adventista da Serraria dar o ponta-pé inicial à criação da Asso-ciação de Universitários Adventistas de Alagoas (AUAL), nome provisó-rio dado à agremiação vinculada

à direção dos jovens adventista de Alagoas.

Os jovens adventistas que estive-ram presentes puderam conhecer os propósitos desse novo departamento da igreja, criado especialmente para cuidar dos interesses dessa classe de estudantes que se deparam com

novos rumos, amizades e perspectivas da vida estudantil.

Público alvo - Para participar da Associação de Universitários Adventistas de Alagoas precisa ser pré-universitário, universitário cur-sando graduação, pós-graduação, mestrado ou doutorado. Lembrando que é considerado pré-universitário o estudante que estiver cursando o último ano do Ensino médio, ou quem tentou vestibular nos últimos três anos.

O pastor Edmilson Bispo, líder dos jovens adventistas da região, explica que um dos principais pro-pósitos da agremiação é representar os universitários do campo local e defender os interesses ideológicos e denominacionais de seus associados. “Queremos fortalecer o compromisso

de fé, através do crescimento espiri-tual e intelectual dos universitários adventistas associados”, acrescenta.

Outros propósitos da Associa-ção é envolver os universitário em projetos assistenciais e encorajar os estudantes e membro da Associação a participar do serviço social e esforços evangelísticos por outros.

O líder dos adventistas em Alago-as, pastor Otimar Gonçalves, falou so-bre a importância do testemunho do jovem adventista no meio acadêmico. “É preciso que sejamos vistos como cristãos verdadeiros, pois nossos atos serão avaliados como espelho da crença que declaramos seguir”, destacou o pastor.

Concurso Bíblico - O primeiro grande evento programado este ano para envolver, motivar e valorizar o

Associação de Universitários Adventistas é criada em Alagoas

associado é a realização do IV Con-curso Bom de Bíblia Sul-Americano para Universitários. O concurso será realizado em nove etapas: quatro na Igreja Local, uma no Distrito, uma na Região, uma na Missão, a penúl-tima na União, e a grande final será realizada com todos os finalistas da Divisão Sul-Americana.

Quem desejar participar precisa se apressar na leitura da Bíblia, pois a primeira etapa acontecerá no dia 26 de março nas igrejas locais, e compreenderá a leitura de Genesis 1 a Juízes 16.

Para obter mais informações sobre o concurso basta acessar o site www.bomdebiblia.com.br, onde há um link para o Formulário de Inscrição, com o regulamento do concurso.

Jimmy Mendonça

Desde o último final de semana, a população de Guarantã do Norte e Matupá, norte do estado, já pode sintonizar a programação da TV Novo Tempo em canal aberto. Em Matupá, a cerimônia de inauguração aconte-ceu na sede da Igreja Adventista da cidade. Já em Guarantã do Norte, a solenidade se deu no templo central da Igreja Adventista do município. Ao todo, 300 pessoas em cada localidade participaram do ato inaugural.

Em Matupá, a cerimônia foi condu-zida pelo pastor Paulo Romário, líder da Igreja Adventista na região e con-tou com a presença de autoridades municipais, como o prefeito Fernando Zafonato, o presidente da Câmara de Vereadores Agenor José Zorzi e a secretária de Promoção Social do Município, Myrian Zanette. Eles destacaram a importância do novo canal para o município, tendo em vista a contribuição do mesmo para o bem estar das famílias em geral. Na ocasião, também esteve presente o pastor Charles Britis, líder geral dos adventistas em Mato Grosso.

No sábado, foi a vez de Guarantã de Norte “fazer a sua festa”. O culto inaugural e de agradecimento contou com a presença de fieis das igrejas adventistas da região, amigos e o pas-tor Charlles Britis. Também estiveram presentes, o prefeito Mercídio Panos-so e o vereador Zilmar Assis de Lima, representante da Câmara Municipal.

A TV Novo Tempo faz parte da Rede Adventista de Comunicação, sediada em Jacareí, São Paulo. Atu-almente está espalhada por todo o Brasil e, em Mato Grosso, já são 13 ci-dades que sintonizam a programação

TV Novo Tempo é inaugurada em mais duas cidades de Mato Grosso

da TV adventista em canal aberto.Em Matupá, A TV Novo Tempo está

disponível para todos que sintoniza-rem o canal 17 e em Guarantã do Norte o canal é 16. Agora, através dessas sintonias locais, os telespectadores vão ter mais uma opção com programações voltadas para a família, saúde, educa-ção, religião e qualidade de vida.

Durante a inauguração, o Quarteto Celebração cantou várias músicas, os fieis acompanharam também o mo-mento em que foi feita a inauguração simbólica do canal 17, com o corte da fita inaugural sobre um televisor. De acordo com o pastor Paulo Romário, este é um marco histórico da Igreja Adventista na região, pois muitas pessoas vão conhecer a mensagem adventista através do canal. “O mo-mento mais impactante foi quando o sinal entrou no ar. Quando o técnico sintonizou e falou: ‘o sinal está na cidade’. Foi uma grande emoção, um

momento sonhado e esperado há muito tempo”, alegra-se.

Segundo Britis, para os líderes das igrejas da região, este é um sonho que se tornou realidade. “A meta agora é tornar a TV conhecida de toda a população. Para isso um folder com as informações do canal será distribuído em todos os bairros das duas cidades”, explica.

Para o pastor Britis, é motivo de alegria ver pessoas sendo usadas por Deus para empreender grandes coi-sas para Ele. Por isso, cada vez mais canais abertos da TV Novo Tempo estão sendo inaugurados, em várias cidades do estado. Ao término das so-lenidades, ele agradeceu a todos que apoiaram a iniciativa, aos membros da igreja, à prefeitura pelo apoio e à população que já está sintonizando a nova programação.

Ellen Ribeiro

A TV Novo Tempo está em mais uma cidade em Santa Catarina.

Agora o canal da esperança pode ser vis-to em sinal aberto na cidade de Caçador, meio-oeste do Estado, que tem uma população de 70 mil pessoas. Desde o começo do ano o canal ficou em fase de testes e no último dia 24 de fevereiro

foi realizada a inauguração oficial.O evento ocorreu na Câmara de Ve-

readores do município e contou com a divulgação de quatro meios de comuni-cação: jornais Folha da Cidade e Extra, rádio Caçanjurê e site DaHora Online. Na oportunidade membros das igrejas Adventistas locais e demais moradores

da cidade souberam detalhes sobre o canal. A inauguração da TV Novo Tem-po de Caçador, sintonizada no canal 5, contou ainda com a presença da equipe de comunicação da AC, liderada pelo pastor Josiel Unglaub.

Daniel Goncalves

TV NOVO TEMPO CHEGA À CIDADE

CATARINENSE DE CAÇADOR

A fronteira entre Brasil e Uruguai foi foco de uma missão evan-

gelística. Um grupo de dez jovens dedicou quase duas semanas de suas férias em dedicação à comunidade do Chuí, no extremo sul do País.

Eles vieram da cidade de Rio Grande, a 200 quilômetros. Foram trei-nados e dividiram-se em duplas para visitar as famílias da região, tanto do Brasil quanto do Uruguai. Os jovens do projeto Missão Calebe se hospedaram em lugares improvisados e enfrenta-ram dificuldades com o idioma, já que metade da população fala espanhol.

Todas as noites o grupo dirigia o estudo da Bíblia na igreja adventista da cidade, inaugurada há apenas três meses. Recepção, músicas, momento da criança, tudo era por conta deles. O gru-po foi coordenado em todas as etapas pelo pastor local, Gilberto Messias.

Como resultado deste trabalho, cinco pessoas foram batizadas no encerramento do projeto, sendo três brasileiros e dois uruguaios. Duas jovens que participaram do projeto também se batizaram. Os membros da

nova igreja se surpreenderam ao ver o resultado da campanha. “A menos de um ano tínhamos na cidade apenas um pequeno grupo, agora temos uma igre-ja e fomos testemunhas de um batismo histórico”, confirma emocionada uma das líderes da igreja, Enir Cholet.

Além das cinco pessoas que se batizaram, outras serão preparadas para batismos futuros. O projeto serviu também para reavivar o grupo dos Calebes. Todos eles, sem exceção, já se comprometeram a participar do projeto em 2012.

Missão Calebe - O projeto é uma proposta da liderança jovem da Igreja Adventista para toda a América do Sul. Grupos de Calebes se organizam por todo o Brasil e dirigem-se para cidades ou bairros onde a mensagem da espe-rança adventista nunca foi pregada. Até janeiro de 2011, mais de sete mil jovens encararam cerca de 500 pontos de pregação missionária. Veja o site oficial da Missão Calebe (http://www.calebe.org.br/2011/)

Cristiane Luscher

CALEBES PROTAGONIZAM O PRIMEIRO BATISMO DO CHUÍ

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12 - Primeiro Caderno Março/2011

O movimento de plantação de novas igrejas, na região noroeste do Brasil, não

enxerga fronteiras e nem dificulda-des. Na América do Sul, a meta dos adventistas é estabelecer duas mil novas congregações neste ano com liderança sólida, sustentabilidade financeira e foco extremamente mis-sionário. Ou seja, as novas igrejas nascem dispostas a se multiplicar rapidamente em um crescimento sau-dável e constante. Em estados como Amazonas e Rondônia, várias ações interessantes ocorrem e novas igrejas surgem em comunidades ribeirinhas e em aldeias indígenas.

Amazonas – Na comunidade de Rosa de Sarom, que fica a 160 quilôme-tros de Manaus, capital do estado do Amazonas, o acesso se dá somente por barco. Detalhe: uma hora e 50 minutos se a embarcação sair da maior cidade próxima que é Manacapuru. Mas este desafio não impede que lá seja planta-da uma nova congregação para atender inicialmente 20 membros, mas com perspectiva clara de expansão. O líder local, Amair de Jesus, é um verdadeiro “guerreiro da fé”. Vítima 21 vezes de malária, ele luta junto com outros mo-radores para implantar uma congrega-ção adventista com sede própria.

O prédio está em construção na comunidade que já conta com pre-sença da Igreja há pelo menos 11 anos. Quem constrói o templo são os próprios membros nos momentos de folga com materiais que chegam de canoas e voadeiras (barcos com motores de popa que anda com ve-locidade nos rios). A energia elétrica é fornecida por meio de bombas que não funcionam o tempo inteiro, mas somente à noite. Durante o dia, o tra-balho agrícola é a atividade predomi-nante dos adultos, enquanto cerca de 18 crianças e adolescentes estudam em uma pequena escolinha localizada bem ao lado da futura congregação adventista. Em Rosa de Sarom, a Igreja

O pastor Ivan Saraiva é o novo orador da Voz da Profecia e do programa

Está Escrito substituindo o pastor Fernando Iglesias, nomeado pas-tor da Igreja Adventista Central de Curitiba. Nascido em Curiti-ba, Ivan Saraiva, formou-se em teologia no Centro Universitário Adventista de São Paulo no ano de 1998. Em 2003, graduou-se em pedagogia pela Universidade Federal do Paraná. Foi professor de Bíblia e capelão na região sul paranaense por quatro anos e du-rante um ano, em 2003 foi pastor distrital da igreja de Tingui, em Curitiba, Paraná. Depois foi para Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde foi pastor distrital da igreja Central por três anos. Em 2006, foi o evangelista da Associação Sul Matogrossense. Um ano e meio depois, tornou-se líder de jovens dessa mesma associação por seis meses.

Desde 2008, é evangelista e apresentador do programa Bíblia Fácil da TV Novo Tempo, e em dezembro de 2009 assumiu a ge-rência da Escola Bíblica da Rede. É casado com a Luciana, juntos tem dois filhos: Gabriel e Sofia.

Voz da Profecia no Brasil – A Voz da Profecia é o primeiro programa religioso de âmbito nacional apresentado no Brasil pelo rádio. Em 1943, o pastor Roberto Mendes Rabelo foi es-colhido para ser o orador oficial da Voz da Profecia para a língua portuguesa. Em 62 foi inaugurada a nova sede da Voz da Profecia no bairro de Botafogo, cidade do Rio

ESCOLHIDO O NOVO ORADOR DA

VOZ DA PROFECIA E ESTÁ ESCRITO

de Janeiro, com estúdio próprio. Desde junho de 2005, a Voz da Profecia tem suas instalações na cidade de Jacareí, SP, em virtude da transferência do Sistema Ad-ventista de Comunicação para esta cidade.

Hoje os programas da Voz da Profecia podem ser ouvidos no Brasil em mais de 1000 emissoras de rádio. No mundo, em mais de 36 países, oferecendo cursos bíblicos em 80 línguas e dialetos através de 144 escolas bíblicas por correspondência.

Mani Maria

Noroeste do Brasil planta igrejas em comunidades

afastadas e áreas indígenas

Adventista já vai começar com antena parabólica doada pela Agência Adven-tista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA Brasil – Regional Amazonas). Tudo para captar a pro-gramação do Sistema Novo Tempo de Comunicação, inclusive os treina-mentos via satélite e programações especiais. “Aqui 12 famílias vivem e queremos pregar o evangelho com força”, diz Amair. Rosa de Sarom é uma das 32 comunidades atendidas com atendimentos de saúde pela lan-cha Luzeiro XXVI, sob coordenação da ADRA Brasil – Regional Amazonas.

Rondônia – Já no estado vizinho, Rondônia, a plantação de igrejas também é intensificada. Membros da Igreja Adventista Central de Porto Velho, na capital, resolveram apoiar a consolidação de uma nova congre-gação no bairro Bom Sucesso para 120 pessoas. A iniciativa no bairro, que tem 1.350 habitantes, conta com apoio da associação comunitária. Ali-ás, integrantes da associação estudam a Bíblia Sagrada regularmente em uma classe bíblica liderada por Hélio Ma-rks, um dos líderes da Igreja Adventis-ta Central. Ações sociais, comunitárias e evangelísticas devem movimentar a

região, como espera o pastor distrital Emerson Campanholo. A sequência então é clara: classe bíblica, atuação de um obreiro bíblico para dar apoio a quem necessita conhecer mais o livro sagrado, mutirão de saúde e reuniões de evangelismo público. “Esperamos, em três meses, já erguer a futura con-gregação em dois terrenos, um doado pela Igreja Central e outro pela Asso-ciação Amazônia Ocidental Adventista (AAmO)”, comenta Campanholo.

A AAmO quer plantar 35 novas igrejas neste ano, ou seja, a meta é de estabelecer uma nova por cada distri-to pastoral. O empenho missionário se estende para comunidades indí-genas, sempre respeitando a cultural local. O pastor Arlindo Kefler, diretor de comunicação da Associação, ex-plica que a cerca de 100 quilômetros de Porto Velho, uma igreja também será plantada nas comunidades dos grupos indígenas carintianas e capi-varis. O acesso ao local é parte por asfalto e parte por estrada de terra. Em torno de 300 indígenas vivem na região e a meta é colocar ali, também, uma antena parabólica para sintonia da TV Novo Tempo.

Felipe Lemos