jornal SOBRAC - Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas · Curso de Educação Continuada...

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Sumário Carta do Presidente da SOBRAC 3 Palavra do Presidente do XXVI Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas 3 SOBRAC em Foco 5 Profilaxia Antimicrobiana em Procedimentos de Estimulação Cardíaca Artificial: Ensaio Clínico Brasileiro Coloca Ponto Final na Discussão 7 Ablação no Tratamento da Fibrilação Atrial: Publicações Recentes na Revista Científica da Heart Rhythm Society 9 Autoimunidade e Arritmias Cardíacas: Quando Nossa Defesa Sai do Ritmo 10 Ablação por Cateter ou Drogas Antiarrítmicas na Fibrilação Atrial? Estudo A4 11 Pode a Repolarização Precoce Causar Morte Súbita? 12 Sarcoidose Cardíaca e Morte Súbita: Atualização 13 Comunicado Sobre Área de Atuação em Estimulação Cardíaca 15 Curso de Educação Continuada SOBRAC em Ribeirão Preto 18 Novidades do PrECon 19 O Novo Mega-Curso de Reciclagem em Ritmologia 23 Informativo da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas Ano 2009 • Jan./Mar. nº 12 SOCIEDADE BRASILEIRA DE ARRITMIAS CARDÍACAS jornal jornal SOBRAC

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SumárioCarta do Presidente da SOBRAC

3Palavra do Presidente do

XXVI Congresso Brasileirode Arritmias Cardíacas

3SOBRAC em Foco

5Profilaxia Antimicrobiana em

Procedimentos de EstimulaçãoCardíaca Artificial:

Ensaio Clínico Brasileiro ColocaPonto Final na Discussão

7Ablação no Tratamento da Fibrilação

Atrial: Publicações Recentes na RevistaCientífica da Heart Rhythm Society

9Autoimunidade e Arritmias Cardíacas:

Quando Nossa Defesa Sai do Ritmo

10Ablação por Cateter ou Drogas

Antiarrítmicas na Fibrilação Atrial?Estudo A4

11Pode a Repolarização Precoce

Causar Morte Súbita?

12Sarcoidose Cardíaca

e Morte Súbita: Atualização

13Comunicado Sobre Área de Atuação em

Estimulação Cardíaca

15Curso de Educação Continuada

SOBRAC em Ribeirão Preto

18Novidades do PrECon

19O Novo Mega-Curso de

Reciclagem em Ritmologia

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Informativo da Sociedade Brasileira de Arritmias CardíacasAno 2009 • Jan./Mar. nº 12

SOCIEDADE BRASILEIRADE ARRITMIAS CARDÍACAS jo

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Jornal SOBRAC é o boletim informativo daSociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas,uma publicação trimestral com tiragem de14.900 exemplares, distribuído gratuitamenteaos sócios da SOBRAC e SBCEditorHélio Lima de Brito Jr.Editores AssociadosFábio Sândoli de Brito e João PimentaRedaçãoSOBRACSociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.R. Estevão Baião, 750 • Campo BeloSão Paulo • CEP 04624-002Tel.: (11) 5543.0059 • 5543.1824Fax.: (11) 5531.6058 • Site: www.sobrac.orgE-mail da secretaria: [email protected]ão de portuguêsMaria Lília Dias de CastroEditoração e impressãoIpsis Gráfica e Editora S.A. Rua Dr. Lício deMiranda, 451 • CEP 04225-030 • São Paulo • SPTel.: (11) 2172.0511 • Fax: (11) 2273.1557

Carta do Presidente da SOBRACDiretoriaPresidenteLeandro Ioschpe ZimermanVice-PresidenteRoberto CostaDiretor FinanceiroRicardo Ryoshim KuniyoshiDiretor CientíficoGuilherme FenelonDiretor AdministrativoLuiz Pereira de Magalhães

CoordenadoresEletrofisiologiaJosé Tarcísio Medeiros de VasconcelosArritmia ClínicaEduardo Machado AndreaMétodos Não InvasivosDenise Tessariol HachulEstimulação CardíacaSilvana Angelina D’Orio NishiokaÁreas AliadasVeruska Hernandes Campos MariaInformáticaHenrique César de Almeida MaiaTítulo de EspecialistaAdalberto Lorga FilhoCirurgia de Dispositivos ImplantáveisLuiz Antonio Castilho TenoPreConCésar José GrupiComissão de Ética e Defesa ProfissionalMárcio Jansen de Oliveira FigueiredoJornal SOBRACHélio Lima de Brito JúniorAdministradorMarco Antonio Ferreira dos SantosGerente AdministrativoTatiana Nunes de OliveiraConselho DeliberativoÂngelo Amato Vincenzo de PaolaMartino Martinelli FilhoFernando Eugênio Santos Cruz FilhoSérgio Gabriel RassiMaurício Ibrahim ScanavaccaAyrton Klier PéresJacob AtiéMarcio Luiz Alves FagundesJosé Carlos Moura JorgeConselho FiscalAlexsandro Alves FagundesEduardo Benchimol SaadMauricio PimentelFatima Dumas CintraMarcio Augusto SilvaRicardo Alkmin Teixeira

Caros colegas

Com o ano de 2009 em andamento, consegui-mos avaliar como as mudanças de planejamentoque estão sendo feitas repercutem nos resultados.O PrECon, com menos eventos, mas com maior du-ração e conteúdo, mostra-se novamente um pro-grama de sucesso. Coordenado pelo Dr. Luis Cas-tilho, o já tradicional primeiro evento do ano emRibeirão Preto reiterou a alta qualidade científica ea expressiva participação. Dentro da ideia de ex-pandirmos a educação em arritmias cardíacas, tere-mos o PrECon em Belém, levando as atividadescientíficas para a região Norte do país.

Em relação às parcerias, também conseguimosretornos altamente positivos. Com as Sociedadesde Portugal, as ações estão cada vez mais frequen-tes: o Simpósio Luso-Brasileiro é um sucesso que serealiza duas vezes ao ano, uma em Portugal e outrano Brasil, com participação de colegas dos dois paí-ses. Além disto, estamos abrindo espaço, em nossojornal, a colegas portugueses para termos um inter-câmbio científico cada vez maior. Com o GEIC, Grupode Estudos em Insuficiência Cardíaca da SBC, estrei-tamos novamente os laços, e já fomos convidados aparticipar na organização do Congresso de ICC, aser realizado em São Paulo. Com o DECA, sob a pre-sidência do Dr. Vicente Ávila, estamos conversandono sentido de unificar algumas atividades, para racio-nalizar o calendário. Com a SOLAECE, em trabalhoconjunto com o Dr. Silas dos Santos, estamos orga-nizando um Simpósio Latinoamericano de ablaçãode Fibrilação Atrial. Este é um evento de grande por-te, com convidados europeus e norteamericanos,que reunirá dezenas de especialistas latinoame-ricanos de mais de 10 países.

O Congresso de Arritmias, a realizar-se de 23 a 26de novembro, está com sua organização bastanteavançada. A Comissão local, capitaneada pelo Dr.

Leandro Zimerman

Claudio Pinho, é extrema-mente ativa e participativa.Os acertos com os patroci-nadores têm sido realizadosa contento, mesmo dentrode um ambiente de crisemundial. Convidados es-trangeiros já estão confir-mando sua participação. A expectativa é que te-nhamos o Congresso com um público recorde eum padrão tão ou mais elevado do que nas edi-ções anteriores.

Encerrada a Diretriz de Fibrilação Atrial, pu-blicada recentemente nos Arquivos Brasileiros deCardiologia, agora nos voltamos a outros docu-mentos de consenso. Estamos começando o docu-mento de Arritmias em Crianças e Jovens, juntocom o Departamento de Cardiopediatria. E inicia-mos o processo de, em conjunto com os órgãoscompetentes do Estado, montar documento rela-tivo à direção de veículos automotores em pa-cientes com dispositivos implantados.

Em época de dificuldades econômicas, pode-mos com tranquilidade afirmar que estamos comuma situação estável. Isto se deve ao alto padrãocientífico de nossa Sociedade, reconhecido portodos. Mas deve-se também ao modo correto eelegante com que as negociações têm-se dadocom os patrocinadores. Deixo aqui o registro elo-gioso a todos pela seriedade e compromisso comque sempre se portaram.

Por fim, renovo o convite a todos: participemdas nossas atividades. Façam parte da Sociedade.A Sociedade é de todos, e as portas da nossa sedeestão mais do que abertas a todos.

Atenciosamente.

Caros Associados,

O tema do nosso XXVI Congresso Brasileiro deArritmias Cardíacas será Controlando o ritmo commaestria. A escolha do tema decorre, em primeirolugar, da intenção de valorizar o que esta socieda-de tem tentado fazer em toda sua história: reunir,agregar e fomentar a discussão dos problemas doritmo cardíaco; difundir informação; promover con-sensos e atualizar os profissionais brasileiros emconsonância com o progresso do conhecimentoda cardiologia mundial e com o nível de excelênciaque todos nós conhecemos. Em segundo lugar,resulta do propósito de homenagear um dos maisnotáveis talentos musicais brasileiros e filho destaterra: Antonio Carlos Gomes, que, com sua música,fez com que temas brasileiros ganhassem os pal-cos europeus no século XIX.

A música e o coração têm muito em comum:as notas musicais e nossos ciclos cardíacos neces-sitam de ritmo para se tornarem música e vida. Acomissão local tem trabalhado com afinco para

dar vida a esse XXVI Con-gresso Brasileiro de Arrit-mias Cardíacas. Esperamosque você venha fazer partedele, reservando o período de 25 a 28 de novem-bro para estar conosco em Campinas.

Você encontrará uma programação científi-ca voltada para a discussão e a difusão de co-nhecimentos que levem à utilização de nossascondutas, desde aquelas feitas através de umasimples prescrição no receituário, até aquelas queexigem complexo manuseio de cateteres ou im-plantação de aparelhos que fazem da terapiaelétrica o controle do ritmo com maestria, comosimboliza nosso “maestro” no logotipo.

Reserve essa data. Até breve!

Palavra do Presidente do

XXVI Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas

Cláudio PinhoCoordenador da Comissão Local

XXVI Congresso Brasileirode Arritmias Cardíacas

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9ª edição

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Ricardo Ryoshim Kuniyoshi

Sobrac em Foco

Prezados colegas,

Demos reinicio às atividades de educa-ção continuada da SOBRAC através doPrECon de Ribeirão Preto, realizado em 20e 21 de março. Teremos mais 5 eventos es-palhados por todas as regiões do país, se-guindo a meta fundamental da sociedadeque é levar informação e difundir as di-retrizes entre os colegas médicos. A Dire-triz de Fibrilação Atrial, que está no site daSOBRAC, será disponibilizada pela SBC apartir de abril, e provavelmente será impres-sa e distribuída entre os sócios. Foi dado iní-cio à organização da Diretriz de Arritmiasem Crianças, em conjunto com a Socieda-de Brasileira de Cardiopediatria.

Diretoria Administrativa

Daremos novamente ênfase à manu-tenção e renovação do banco de questõespara as provas de obtenção de Proficiên-cia em Arritmia Clínica e Área de Atua-ção em Eletrofisiologia.

Haverá em abril o I Simpósio LatinoAmericano de Fibrilação Atrial, or-ganizado pela SOBRAC e SOLAEC, de24 a 25 de abril de 2009, e que envolve-rá especialistas renomados do Brasil e vá-rios países.

Já foram enviados os boletos para pa-gamento da anuidade da SOBRAC. Em casode não recebimento ou dúvida, entrar emcontato com a secretaria.

A secretaria admi-nistrativa continuarácomunicando os sóciosefetivamente por e-mail, telefone e pos-tais, sobre todas as atividades da SOBRACao longo deste ano, culminando com oXXVI Congresso Brasileiro de ArritmiasCardíacas, em Campinas - SP, e em breveserão abertas as inscrições antecipadaspelo site com maiores informações. Desdejá, esperamos que a SOBRAC continue a al-cançar as metas estabelecidas, com um úni-co foco: o sócio.

Atenciosamente.

Diretoria Financeira

Caros colegas,

Para a SOBRAC, o ano de 2008 foimarcado por mudanças significativas doponto de vista financeiro. Como exem-plo, pode-se citar o cenário econômicomundial desfavorável, o aumento signi-ficativo no preço das passagens aéreas ea perda da Boston Scientific como patro-cinadora em nosso congresso anual. Alémdisso, também era desafiador, para a di-retoria atual, a manutenção dos novosprojetos surgidos na brilhante gestão doDr. Martino Martineli: PrECon, JornalSOBRAC, Website e Campanha Nacio-nal de Prevenção da Morte Súbita. Se-gundo o próprio Dr. Martino, além de tra-zer maior visibilidade para a nossa socie-

dade, esses projetos tinham por objetivoa captação de recursos não vinculadosao nosso congresso anual. É preciso res-saltar, contudo, que esses projetos signi-ficaram também mais trabalho e maisdespesas. Todas essas mudanças sempreforam motivo de grande preocupação porparte do nosso presidente, Dr. LeandroZimerman, e eram temas de constantesdiscussões em nossas reuniões adminis-trativas. Terminado o ano, uma análise fi-nanceira final pode demonstrar que atin-gimos nossos objetivos de forma satis-fatória. No ano de 2008, conseguimosobter lucros não só com o nosso congres-so anual em Salvador, mas também com

Luiz Magalhães

o PrEcon e com a Cam-panha Nacional de Pre-venção da Morte Súbi-ta. Uma comparaçãodos resultados finan-ceiros entre os anos de2007 e 2008 comprovam também a ma-nutenção e o equilíbrio de nossas con-tas. Nos gráficos abaixo, podemos obser-var que, em valores percentuais, as re-ceitas e as despesas nos últimos dois anosforam semelhantes, demonstrando a es-tabilidade financeira da SOBRAC, a des-peito das mudanças significativas que so-fremos no ano passado.

Um abraço a todos.

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Júlio César

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Embora controvertida, a profilaxia anti-microbiana vem sendo praticada pela maio-ria dos serviços de estimulação cardíaca,em todo o mundo. Da Costa et al1 publica-ram uma revisão sistemática, sugerindo obeneficio da profilaxia antimicrobiana. En-tretanto, os autores concluíram que seriaimperioso realizar um estudo em larga es-cala, randomizado, duplo-cego e controla-do por placebo para estabelecer definitiva-mente a eficácia da profilaxia antimiocro-biana nessa população.

Publicamos recentemente, na revistaCirculation: Arrhythmia and Electrophysiology,um estudo clínico com tais características quedemonstrou redução de 80% no risco de in-fecção por uso de profilaxia antimicrobianaem pacientes submetidos a implante ou tro-ca de marcapasso, CDI ou ressincronizadorcardíaco, no InCor-HCFUMSP2.

O tamanho amostral estimou 1000 pa-cientes para randomização consecutiva,considerando risco de infecção de 2% e po-der estatístico de 90%. Os pacientes rece-beram cefazolina 1 g (dose única) ou solu-ção salina a 0,9%, de forma duplo-cega, ime-diatamente antes do procedimento.

O estudo foi interrompido em outubrode 2005, após 26 meses de randomização,com 649 pacientes, por apresentar dife-rença estatística no desfecho primário, de-finido como infecção do sítio do implante/troca ou infecção sistêmica.

A incidência de infecção foi de 0,64%dos 314 pacientes do grupo cefazolina e

M. Epstein3, do Brighamand Women’s Hospital(Boston, MA), ao ressal-tarem que “este estudocoloca um ponto finalno debate sobre profi-laxia antimicrobiana para procedimentosem estimulação cardíaca, que até entãovinha sendo utilizada sem evidência sufi-ciente de seu benefício”. Afirmaram aindaos comentaristas que a publicação definecritérios de sistematização de todos os as-pectos dos procedimentos de implante emanuseio de suas possíveis complicações.

As repercussões internacionais dessa pu-blicação podem ser observadas nos seguintessites: mescape (http://www.medscape.com/viewarticle/588690), the heart (http://www.theheart.org/article/943581.do), Cardiosource- American College of Cardiology (http://www.cardiosource.com/cvn/index.asp?videoid=884) e British Cardiovascular Society(http://www.bcs.com/pages/news_full.asp?NewsID=19029427).

Profilaxia Antimicrobiana em Procedimentos de Estimulação CardíacaArtificial: Ensaio Clínico Brasileiro Coloca Ponto Final na Discussão

3,28% dos 335 pacientes do grupo contro-le (p=0,016). Em todos os casos, ocorreuinfecção por estafilococos e, em 2/3, foidocumentado Staphylococcus aureus.

Em análise multivariada, a razão dechance para infecção foi 7,1 (95% IC 1,3-38,3) para pacientes que desenvolveramhematoma de loja (p=0,023), comparadoscom os que não desenvolveram, e 5,3(95% IC 1,3-25,4) para pacientes do grupocontrole, comparados com pacientes quereceberam cefazolina (p=0,037).

Análise univariada sugeriu que a ocor-rência de infecção foi mais comum empacientes submetidos a implante de siste-ma, quando comparados à troca de gera-dor (p=0,02). Esse achado foi atribuído adois fatores: maior duração do procedimen-to de implante para os que infectaram (90versus 70 minutos, p=0,009) e conduta deampliação da loja do gerador durante astrocas, realizada rotineiramente na institui-ção, procedimento que reduz a ocorrên-cia de isquemia de loja e a predisposição àinfecção.

Como conclusão, chegamos às seguin-tes constatações: 1- uso de profilaxia anti-microbiana reduz significativamente a inci-dência de infecção em procedimentos deestimulação cardíaca artificial; 2- ocorrên-cia de hematoma da loja do gerador estáassociada à maior incidência de infecção.

Ademais, é importante destacar que nossentimos honrados com os comentárioseditoriais de Melanie Maytin e Laurence

Evidências Científicas

Referências

1. Da Costa A, Kirkorian G, Cucherat M, Delahaye F,Chevalier P, Cerisier A, Isaaz K, Touboul P. Antibioticprophylaxis for permanent pacemaker implantation:a meta-analysis. Circulation. 1998;97:1796 –1801

2. De Oliveira JC, Martinelli M, D’Orio Nishioka SA,Varejão T, Uip D, Pedrosa AAA, Costa R, Danik SB.Efficacy of antibiotic prophylaxis prior to theimplantation of pacemakers and cardioverter-de-fibrillators: Results of a large, prospective, rando-mized, double-blinded, placebo-controlled trial. CircArrhythmia Electrophysiol 2009; 2:29-34.

3. Maytin M, Epstein LM. Proof positive: Efficacy ofantibiotic prophylaxis in device implantation. CircArrhythmia Electrophysiol 2009; 2:4-5.

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Ablação no Tratamento da Fibrilação Atrial: PublicaçõesRecentes na Revista Científica da Heart Rhythm Society

Os resultados de um estudo prospec-tivo, multicêntrico e aleatório foram publi-cados na edição de dezembro de 2008 darevista1. Nesse trabalho, foram compara-dos os resultados de 3 abordagens para aablação como tratamento de pacientescom a forma permanente e de longa dura-ção da arritmia. Foram incluídos 144 pa-cientes com fibrilação atrial, com duraçãomédia de 28 meses. Os pacientes, distri-buídos em grupos, foram submetidos àablação circunferencial das veias pulmo-nares (Grupo 1), ao isolamento do antrodas veias (Grupo 2) ou a uma estratégiahíbrida, que combinava a ablação de ele-trogramas atriais fracionados seguida deisolamento do antro (Grupo 3). Os gruposapresentavam características clínicas seme-lhantes e, após um seguimento médio de16 meses, 11% dos pacientes no Grupo 1,40% no Grupo 2 e 67% no Grupo 3 esta-vam em ritmo sinusal sem fármacos. Sefossem computados os pacientes em usode medicação, esses números seriam ele-vados para 28%, 83% e 94% respectiva-

Márcio Jansen de Oliveira Figueiredo

mente. Os autores concluíram que a estra-tégia de ablação de potenciais fracionados,seguida de isolamento do antro das veiaspulmonares, é a mais eficaz na abordagemde pacientes com fibrilação atrial perma-nente de longa duração.

No mesmo número da revista, em co-mentário editorial sobre esse estudo2, o Dr.David Callans, da Universidade da Pensil-vânia, comenta que os resultados de umtrabalho desse tipo são importantes por-que servem para esclarecer as técnicas real-mente mais eficazes. Comenta, também,que o estudo dá suporte ao conceito deque é possível tratar, ao menos alguns ca-sos selecionados, pacientes com fibrilaçãopermanente com técnicas de ablação, umavez que a utilização dessas técnicas paraas formas paroxísticas já está mais bem es-tabelecida.

Quando se diz mais bem estabelecida,não significa que inexistam formas demelhorá-la. Um trabalho do Dr. Lucas Boers-ma e colaboradores, publicado no mesmonúmero da revista, mostra a utilização de

um novo cateter commúltiplos eletrodos para a ablação, visan-do ao isolamento elétrico das veias pul-monares3. O cateter decapolar circun-ferencial, que permite a aplicação simultâ-nea de energia de radiofrequência em vá-rios polos, foi posicionado no antro dasveias pulmonares em 98 pacientes. Os au-tores conseguiram o isolamento elétricoem 100% dos casos, com a demonstraçãode ausência de atividade elétrica, utilizan-do um cateter circular convencional. Otempo médio total do procedimento foide 84 minutos, com uma média de 18 mi-nutos de fluoroscopia. No seguimento de6 meses, a taxa de sucesso sem fármacosantiarrítmicos foi de 83%. Os autores con-cluíram, então, que a utilização desse novocateter é segura e eficaz para o tratamen-to de pacientes com fibrilação atrial pa-roxística.

Até recentemente não havia possibili-dade de tratamento desses pacientes. Astécnicas vão surgindo, são testadas, apri-moradas, e cada vez mais pessoas são bene-ficiadas. As pedras nos sapatos dos eletro-fisiologistas vêm sendo, paulatinamente,retiradas...

Referências

1. Elayi C, Verma A, Di Biase L, et al. Ablation for lon-gstanding permanent atrial fibrillation: Results froma randomized study comparing three differentstrategies. Heart Rhythm, 2008; 5 (12): 1658-1664

2. D. Callans. Comparison of different ablation strategiesfor persistent atrial fibrillation: Beyond casualobservations. Heart Rhythm, 2008; 5(12): 1665-1666

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Evidências Científicas

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Autoimunidade e Arritmias Cardíacas:Quando Nossa Defesa Sai do Ritmo

Evidências Científicas

A presença de au-toanticorpos em deter-minado tecido não sig-

nifica, necessariamente, que um processopatológico encontra-se em andamento. Talfenômeno ocorre também em indivíduossaudáveis sem causar danos orgânicos,uma vez que esses anticorpos, interagindocom um grande número de constituintesnaturais do organismo, estabelecem umaextensa rede de eventos que contribui deforma significativa com a homeostase docorpo humano, como na eliminação defragmentos celulares ou elementos anor-mais1. No entanto, em algumas circunstân-cias, esses mecanismos apresentam pro-priedades particulares que os tornam ap-tos a causar doença.

Durante o processo de apoptose, for-mam-se bolhas de material degeneradona superfície das células. A remoção des-ses fragmentos apoptóticos por fagócitosé anormal, por exemplo, em pacientescom Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES).Assim, tais antígenos, que normalmentese encontravam íntegros no interior ce-lular, ficam expostos em sua superfície,facilitando o início de uma reação imu-nológica2.

Os órgãos afetados no curso da doençaapresentam sinais inflamatórios e deposi-ção de complementos e de autoanticorposque tanto podem afetar diretamente o te-cido como podem deflagrar mecanismosque resultam em doenças.

O envolvimento de citocinas, como ofator de necrose tumoral-a, interleucinas,interferon e estimuladores de linfócitos-B,pode ser marcante. Pesquisas direcionadasao aprimoramento de opções terapêuticasque interferem positivamente em todas es-sas frentes têm alcançado resultados ex-cepcionais3.

A participação de infecção viral naetiopatogenia de doenças autoimunes,como acontece no próprio LES, é provável,visto que já foi demonstrada, em doen-tes, a presença de anticorpos e de DNAviral em proporção muito superior a con-troles normais4.

A análise genética desses pacientestem evoluído muito em consequência dodesenvolvimento do projeto do genoma

Ricardo Alkmim Teixeira

humano e certamente resultará em amplaspossibilidades de controle das doenças.

Eventos arrítmicos como consequênciade resposta imunológica podem surgircomo fenômenos isolados ou associadosa outros acometimentos do coração5.

O mecanismo do desenvolvimento dasanormalidades elétricas não está comple-tamente esclarecido na maioria das doen-ças, mas pode estar relacionado ao proces-so inflamatório que eventualmente surgena pericardite e miocardite, à isquemiacoronária aterosclerótica ou em decorrên-cia de vasculite de pequenos vasos, comdeposição de colágeno e fibrose que atin-gem o sistema excito-condutor. A partici-pação direta de autoanticorpos específi-cos é bastante controversa, por ainda falta-rem estudos específicos para a maioria dasdoenças6,7.

No LES, as ectopias atriais, a taquicardiasinusal e a fibrilação atrial são as arritmiasmais descritas.

Em relação às bradiarritmias, todos osbloqueios atrioventriculares, os distúrbiosda condução intraventricular e a doençado nó sinusal já foram descritos8,9.

As arritmias ventriculares parecem ra-ras. No entanto, o prolongamento do in-tervalo QT, associado ao aumento da mor-talidade cardiovascular, possivelmenteestá associado a déficits perfusionaismiocárdicos que, mesmo sem manifes-tação clínica, podem surgir como resulta-do de agressão imunológica direta. Emconsequência, múltiplas e pequenas áreasde fibrose podem afetar a repolarizaçãoventricular, cuja expressão eletrocardio-gráfica pode ser o primeiro sinal de aco-metimento cardíaco6,7.

As alterações do tônus autonômico,em graus variados, podem estar relacio-nadas à interação com anticorpos e recep-tores muscarínicos10. Nesse contexto, anor-malidades da repolarização ventricular(QTc e QTd) podem predispor os pacien-tes a arritmias malignas.

Eventualmente, até mesmo os medi-camentos utilizados no tratamento de do-enças autoimunes podem danificar o sis-tema excito-condutor cardíaco e propiciareventos arrítmicos, como tem sido impli-cada a cloroquina, um antimalárico ampla-

mente utilizado em doenças reumato-lógicas11.

O aprofundamento dos conhecimen-tos sobre a ocorrência de eventos arrít-micos em pacientes com doenças autoi-munes é fundamental, em razão da amplavariedade de situações em que esse pro-cesso pode ocorrer, deixando um grandenúmero de pacientes suscetíveis a situa-ções de risco.

A natureza brindou o ser humano comum incrível sistema de proteção. Ao ho-mem, cabe lutar para mantê-lo no ritmocerto.

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O tratamento padrão inicial da fibrilaçãoatrial (FA) tem sido farmacológico, utilizan-do-se drogas para controle do ritmo ou dafrequência cardíaca. Adicionalmente, nos úl-timos dez anos, a ablação por cateter temsido cada vez mais utilizada e com sucessocrescente no restabelecimento do ritmo si-nusal em pacientes refratários ao tratamentofarmacológico. Em decorrência desses acha-dos, argumenta-se que a utilização mais pre-coce da ablação possa ser benéfica para ospacientes com FA. Estudos isolados e nãorandomizados apontam para a possível su-perioridade da ablação em relação às drogas.Recentemente foram publicados os resulta-dos do primeiro estudo randomizado (A4), en-volvendo 4 centros (2 americanos e 2 euro-peus), comparando as duas formas de trata-mento. Abaixo apresentamos um resumo comos principais achados deste estudo.

No estudo A4 foi realizada uma análisecomparativa, prospectiva e randomizadaentre as duas estratégias de manutençãodo ritmo sinusal em pacientes (P) com FA(ablação versus drogas). Foram incluídos 112P com 51±11 anos, 84% de homens, 4-30paroxismos de FA/mês com média de dura-ção 5h, refratários a pelo menos uma dro-ga antiarrítmica e randomizados em doisgrupos. O primeiro grupo (59 P) foi tratadocom drogas (monoterapia ou associação:amiodarona, quinidina, disopiramida, fle-cainida, propafenona, cibenzolina, dofeti-lide e sotalol) e o segundo (53 P) submetidoà ablação por cateter (isolamento das 4veias pulmonares como objetivo primário).Foram considerados objetivos primários anão recorrência de FA entre 3 e 12 meses deseguimento, após um período inicial de 3meses para “estabilização do tratamento”(com modificações/associações de drogasou realização de até 3 ablações por pacien-te). Os objetivos secundários foram: tempotranscorrido até a recorrência de FA, com-plicações ou efeitos adversos, alteraçõesnas dimensões cardíacas esquerdas e fun-ção ventricular esquerda (VE), qualidade devida e capacidade funcional. A recorrênciade FA foi definida como episódio documen-tado ao ECG ou reaparecimento dos mes-mos sintomas com ou sem registro do ECG,com duração superior a 3 minutos. Sinto-mas, tolerância a exercícios, questionáriode qualidade de vida, ECG convencional,

Holter 24h e dados ecocardiográficos fo-ram avaliados com 3, 6 e 12 meses de segui-mento.

Após seguimento de um ano, foram ob-servados os seguintes resultados: a nãorecorrência de FA foi constatada em 23%do grupo tratado com drogas, versus 89%no submetido à ablação (p<0,001). A mudan-ça de grupo de tratamento (cross over) ocor-reu em 63% dos P tratados com drogas eem 9% dos tratatos com ablação (p=0,0001).Foram fatores preditores de sucesso daablação: menor duração do QRS, maior fra-ção de ejeção (FE) basal do VE e menor nú-mero de choques prévios. Observou-se nogrupo de P submetidos à ablação maior des-continuação no uso de anticoagulantes(60% versus 34%, p=0,01). Não foi observadadiferença significativa na FE, diâmetro dias-tólico final do VE e tamanho atrial esquer-do. A carga de FA quantificada em horasatravés de Holter 24h semelhante nos doisgrupos antes da randomização, tornou-sesignificativamente menor no grupo subme-tido à ablação (p=0,0001). Os escores deparâmetros físicos e mentais do questioná-rio SF-36 foram maiores no grupo da abla-ção quando comparado ao de drogas (52,0±7,6 versus 48,9±7,2 e 56,6±7,8 versus 51,9±9,7,respectivamente; p=0,01). Os sintomas re-duziram significativamente em ambos gru-pos após a randomização, sem diferença es-tatística entre eles (14% versus 12,2%; p=0,1).Entretanto, a severidade desses sintomasapresentou redução mais importante no gru-po da ablação (11,5 versus 8,8; p=0,001). Nosparâmetros do teste de esforço, carga má-xima de trabalho, consumo metabólico efrequência cardíaca máxima atingida, ob-servou-se aumento significativamente maior

no grupo submetido à ablação. No total de155 ablações realizadas, ocorreram 2 casosde tamponamento cardíaco com boa evo-lução clínica após pericardiocentese e 1caso de estenose de veia pulmonar resolvi-do com colocação de stent. No grupo dedrogas 1 caso de hipertireoidismo e 2 óbi-tos por causas não associadas aos antiar-rítmicos.

Apesar do papel ainda relativamente con-troverso da ablação por cateter como terapiade primeira linha no tratamento da FA pa-roxística, o presente estudo demonstrou queesta terapêutica está associada a melhor con-trole do ritmo quando comparada com asdrogas. Adicionalmente, a ablação cursou commelhoria significativa dos sintomas, da tole-rância a exercícios físicos e da qualidade devida. As diretrizes atuais recomendam a abla-ção para os P refratários ao tratamento far-macológico. Os resultados do estudo A4 su-portam a utilização cada vez mais precoceda ablação nos P sintomáticos e relativa-mente jovens, dada a superioridade destaabordagem frente às limitações das drogasantiarrítmicas.

Referências

1. Calkins H, Brugada J, Packer DL, et al. HRS/EHRA/ECAS expert consensus statement on catheter andsurgical ablation of atrial fibrillation. Europace,2007;9:335–379.

2. Jaïs P, Cauchemez B, Macle L, et al. Catheter ablationversus antiarrhythmic drugs for atrial fibrillation. TheA4 Study. Circulation, 2008;118:2498-2505.

Ablação por Cateter ou DrogasAntiarrítmicas na Fibrilação Atrial?Estudo A4

Michel Ibrahim Brito

Evidências Científicas

Hélio Lima de Brito Jr.

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Pode a Repolarização PrecoceCausar Morte Súbita?

A repolarização precoce (RP), definida como umsupradesnivelamento do ponto J, fazendo com queo final do QRS não coincida com a linha de base egerando um segmento ST de concavidade supe-rior, mais visível em regiões inferiores e laterais doventrículo esquerdo (Figura 1)1, tem sido conside-rada como achado eletrocardiográfico benigno.

Essa crença, porém, foi recentemente questio-nada por estudo caso-controle multicêntrico, queanalisou a prevalência da RP e sua correlação comeventos arrítmicos em 206 pacientes menores de60 anos (123 homens, idade 36 ± 11 anos), comfibrilação ventricular idiopática (FVI)2. O grupo con-trole foi composto por 412 profissionais de saúde,pareados por idade, sexo, raça e nível de atividadefísica. Todos os pacientes receberam CDI, e o ECG nomomento do implante foi utilizado para a análise.Todos passaram por avaliação clínica periódica ouna ocorrência de sintomas/terapia. O uso de medi-cação antiarrítmica ficava a critério do médico as-sistente.

A RP foi encontrada em 64 (31%) pacientes dogrupo FVI e em 21 (5%) do grupo controle (p<0,001).A magnitude da RP também era maior no grupo FVI

Alessandro Amaral

(elevação do ponto J, 2,0 ± 0,9 mm vs. 1,2 ± 0,4 mm;p<0,001). Após ajuste para as demais variáveis, oodds ratio para a presença de RP no grupo FVI, emrelação ao controle, foi de 10,9 (IC95%, 6,3 a 18,9).No grupo FVI, os portadores de RP eram predomi-nantemente do sexo masculino, possuíam históriade síncope inexplicada ou morte súbita durante osono e apresentavam intervalo QTc menor (392 ±22 vs. 401 ± 23, p 0,01).O padrão de RP foi observa-do em 28 pacientes na parede inferior, em 6 na pa-rede lateral e em 30 pacientes em ambas. Em 18pacientes foi realizado ECG durante períodos deectopia ventricular frequente ou FV e, em todas asocasiões, foi demonstrado aumento da amplitudeda RP, quando comparado ao ECG basal. Foi realiza-do o mapeamento da ectopia ventricular responsá-vel pelo desencadeamento da FV em 8 pacientes.Em 6 pacientes com padrão de RP na parede infe-rior, todas as ectopias tinham origem nessa parede.Nos outros 2 pacientes, que possuíam o padrão deRP nas paredes inferior e lateral, as ectopias origi-navam-se em várias regiões. A ablação foi efetivaem 5 dos 8 pacientes. O seguimento médio foi de61 ± 50 meses após o evento inicial, verificando-semaior recorrência de FV nos pacientes com padrãode RP (41% versus 23%). O hazard ratio para arecorrência foi de 2,1 (IC95%, 1,2 a 3,5; p=0,008). Osautores concluíram que existe uma maiorprevalência do padrão de RP em pacientes meno-res de 60 anos de idade que apresentaram FVI, re-sultando em síncope ou parada cardíaca.

Em novo estudo multicêntrico do mesmo gru-po, foram analisadas a incidência e a recorrência deFV, além da resposta à terapia antiarrítmica, em 122pacientes com FVI que apresentavam RP ínfero-la-teral no ECG. No seguimento (69 ± 58 meses), 16(13%) pacientes tiveram de uma a três recorrênciasda arritmia, 33 (27%) apresentaram múltiplas (> 3)recorrências e 73 (60%) não as tiveram. Em relaçãoaos 89 pacientes sem ou com poucas recorrências,pacientes com múltiplas recorrências tinham maisfrequentemente história de síncope (58% vs. 24%,p<0,001), maior incidência de FV durante aestimulação ventricular programada (48% vs. 20%,p=0,01) e maior amplitude do ponto J no ECG basal(0,24 ± 0,12 mV vs. 0,20 ± 0,08 mV, p=0,04). Tempes-tade elétrica ocorreu em 16 dos 33 pacientes commúltiplos episódios. Não houve diferença clínicadesses pacientes em relação aos demais com múlti-plos episódios. O ECG, durante o período arrítmico,mostrou elevação da amplitude da RP em compara-ção ao basal. O isoproterenol foi o agente mais efe-tivo no controle da tempestade elétrica. No segui-mento (69 ± 58 meses), a medicação mais efetivafoi a quinidina. A ablação foi realizada em 8 pa-cientes, obtendo sucesso em 6. Esses achados suge-rem que o isoproterenol (agudamente) e a quini-dina (cronicamente) podem ser úteis no controledos eventos arrítmicos em pacientes com FVI e RP.

A propensão arritmogênica da RP estaria rela-cionada à maior heterogeneidade dos potenciaisde ação da parede ventricular, possibilitando a for-mação de reentradas locais que desencadeariamarritmias ventriculares polimórficas2,3.

Essas observações pioneiras sugerem que, empacientes selecionados, a RP pode estar associada àmorte-súbita. É importante considerar, contudo,que a RP é muito comum (1-5% da população), en-quanto a FVI é extremamente rara. Ademais, o ECGde pacientes com FVI é frequentemente super-ponível ao dos controles2,3. Portanto, até que no-vos estudos e/ou testes permitam distinguir a RP“normal” da “arritmogênica”, pacientes assintomá-ticos com RP não devem ser sistematicamente in-vestigados ou tratados4.

Referências

1. Guimarães JI, Nicolau JC, Polanczyk CA, Pastore CA, etAL. Diretriz de Interpretação de Eletrocardiograma deRepouso. Arq Bras Cardiol, 2003; 80 (Suppl II): 1-18.

2. Haïssagerre M, Derval N, Sacher F, et al. SuddenCardiac Arrest Associated with Early Repolarization.N Engl J Med, 2008; 358:2016-23.

3. Haïssagerre M, Sacher F, Nogami A, et al.Characteristics of Recurrent Ventricular FibrillationAssociated with inferolateral Early Repolarization. JAm Coll Cardiol, 2009; 53:612-9.

4. Viskin S. Idiopathic Ventricular Fibrillation “LeSyndrome d’Haïssaguerre” and the Fear of J Waves.J Am Coll Cardiol, 2009; 53:620-622.

Guilherme Fenelon

Figura 1 - Padrão de repolarização precoce em ECG de repouso de 4 pacientes. O painel D mostra a modificação do padrãode RP durante batimentos consecutivos. Modificado de Haïssaguerre M. et al. N Engl J Med 2008; 358:2016-23.

Evidências Científicas

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Jefferson Curimbaba

Sarcoidose Cardíaca e Morte Súbita: Atualização

Sarcoidose é uma doença sistêmica deorigem desconhecida que se caracterizapela formação de granulomas não caseo-sos de células epitelioides. Apresenta boaevolução, com altas taxas de remissão es-pontânea e baixa mortalidade. O envol-vimento cardíaco significa prognósticoadverso, principalmente pelo desenvolvi-mento de arritmias ventriculares e mortesúbita (MS).

O diagnóstico da sarcoidose cardíaca(SC) representa um desafio pela falta demanifestação clínica, pela confusão comoutras doenças e pela ausência de ummarcador biológico específico. A forma dediagnóstico é muito variável, a mais utili-zada baseada na biópsia endomiocárdicapositiva ou comprovação histológica desarcoidose extracardíaca e alterações emexames como eletrocardiograma (ECG),ecocardiograma (ECO), Holter 24h, e ma-peamento com tálio, tecnécio e gálio. Maisrecentemente, a tomografia de emissão depósitron (PET) e a ressonância nuclear mag-nética (RNM) têm revelado maior acurácia.Geralmente, o diagnóstico é de exclusão.Devem-se afastar doenças como miocar-dite de células gigantes, tuberculose, sífi-lis, infecções fúngicas, entre outras.

Um alto grau de suspeita, associado aexames complementares, é fundamental nodiagnóstico. Em pacientes com diagnósticorecente de bloqueio atrioventricular (BAV)total e/ou taquicardia ventricular (TV), sem-pre deve ser cogitado como SC e entrar empossíveis diagnósticos diferenciais. Todo pa-ciente com sarcoidose extracardíaca deve serinvestigado em relação ao comprometimen-to cardíaco, pois o tratamento precoce podemudar a evolução. Uma vez feito o diagnós-tico, deve-se estratificar o risco de MS.

Embora tenha sido descrita uma formaincomum de acometimento predominanteno ventrículo direito, e que pode mimetizardisplasia arritmogênica de ventrículo direi-to, as três principais sequelas observadas naSC são distúrbio de condução, insuficiênciacardíaca e arritmias.

Distúrbio de conduçãoA infiltração granulomatosa pode aco-

meter o sistema de condução, produzindodesde BAV de 1° grau até BAV total, altera-ção mais comum, a qual pode reverter to-talmente após tratamento. Não é incomum,entretanto, a necessidade de marcapassodefinitivo. Há também distúrbio de condu-ção intraventricular com bloqueio divisio-

nal antero-superior, bloqueio de ramo es-querdo e direito, este mais frequente.

Insuficiência cardíacaTem-se tornado a principal causa de

mortalidade. Pode manifestar-se na formarestritiva ou dilatada, com disfunção sistólicaou diastólica. Pode também ocorrer cor pul-monale em pacientes em fases mais avança-das de acometimento pulmonar.

ArritmiasPodem ser supraventriculares, manifes-

tadas por extrassístoles, taquicardia atrial,fibrilação atrial e flutter atrial; ou ventricu-lares, as mais frequentes, representadas porextrassístoles, TV sustentada e não susten-tada e raramente fibrilação ventricular. Omecanismo mais preponderante é a reen-trada, embora também possam ocorrer al-terações no automatismo, tanto na fase agu-da como crônica da doença.

A MS é a manifestação cardíaca mais se-vera, usualmente causada por arritmia ven-tricular e BAV total. Durante muito tempoconsiderada como principal causa de mor-talidade, deu lugar à insuficiência cardíaca(IC), pelo reconhecimento e tratamento pre-coces e pela utilização de cardiodesfibri-lador implantável (CDI). Os sinais premoni-tórios são escassos, e podem ocorrer comoprimeira manifestação. Aparece em todas asfases da doença, porém é mais comum nasformas mais avançadas e com maior com-prometimento cardíaco.

A estratificação de risco de MS é man-datória quando se faz o diagnóstico de SC.Há vários métodos que podem ser usadoscomo Holter 24h, variabilidade do interva-lo RR, ECG de alta resolução, dispersão deQT, microalternância de onda T e estudoeletrofisiológico (EEF). Utilizados em con-junto são mais úteis, embora de formamuito mais tímida que nas cardiopatias is-quêmicas. Os preditores de má evoluçãosão classe funcional, aumento do diâme-tro diastólico do ventrículo esquerdo e TVsustentada. O EEF tem seu uso, sobretudo,em pacientes com história de síncope etaquicardia com QRS largo. Naquelesassintomáticos ou oligossintomáticos, osresultados são discutíveis.

TratamentoO pilar do tratamento da SC é o corti-

coide, a despeito da carência de estudosrandomizados, e, quando precoce, pareceproporcionar melhores resultados por evitargrandes lesões das estruturas cardíacas.

O tratamento da IC é o usual, com cau-tela para medicamentos que deprimam onódulo AV pela maior possibilidade de BAV.A terapia de ressincronização ventricular se-gue as mesmas indicações de outras etio-logias. Pacientes com IC avançada refratá-ria com medicação otimizada e com arrit-mias ventriculares intratáveis podem sercandidatos ao transplante cardíaco.

Os antiarrítmicos podem ser utilizados,porém, mesmo em associação com corticoides,não representam garantia de total proteçãopara MS, necessitando implante de CDI.

A utilização da ablação por radiofre-quência, no tratamento das taquiarritmiasventriculares, tem resultados limitados, pe-lo tamanho e localização das escaras. Al-guns grupos propõem algoritmo de se-guimento em pacientes com sarcoidoseextracardíaca com suspeita de envolvi-mento cardíaco, que consiste na realiza-ção de história, exame clínico e examesbásicos como ECG, ECO e Holter. Na altera-ção destes, realizar-se-ia PET ou RNM, que,quando anormais, fazem o diagnóstico deSC. Após essa fase, considera-se a realiza-ção de EEF.

Em conclusão, a SC é uma doença comorigem, diagnóstico e manejo ainda des-conhecidos e desafiadores, com prognós-tico desfavorável, principalmente pelapossibilidade da ocorrência de MS. Há fal-ta de grandes estudos randomizados enecessidade de um registro internacionalpara melhor acompanhamento dos pa-cientes.

Referências

1. Ayyala S, Nair AP, Padilla ML. Clin Chest Med,2008;29:493-508.

2. Kim JS, Judson MA, Donnino R, et al. Cardiacsarcoidosis. Am Heart J, 2009;157:9-21.

3. Mehta D, Lubitz SA, Frankel Z, et al. Cardiacinvolvement in patients with sarcoidosis: diagnosticand prognostic value of output testing. Chest,2008;133:1426-35.

4. Soejima K, Yada H, The work-up and managementof patients with apparent or subclinical cardiacsarcoidosis: with emphasis on the associated heartrhythm abnormalities. J Cardiovasc Electrophysiol,2009;20:578-83.

Evidências Científicas

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Zephyr™ chega ao mercado

O mais novo marcapasso Zephyr™ já está disponível no Brasilnas versões VR e DR. A Autocaptura™, que já possui sua segu-rança e benefícios comprovados, foi aprimorada e agora fun-ciona com qualquer programação de pace/sense, quando an-teriormente somente operava em pace uni/sense bi. Novosbenefícios foram introduzidos, como a captura automáticaatrial chamada ACap™, que permite otimizar a longevidadedo gerador além de agilizar o follow-up, pois traz as medidasde limiar atrial automaticamente. Outro importante bene-fício é o algoritmo QuickOpt™, que permite otimizar a pré-carga e permitir o sincronismo do fechamento da válvulamitral através do ajuste automático do intervalo AV. Outranovidade na versão XL VR do marcapasso Zephyr™, é que estemodelo possui maior longevidade, podendo atingir cercade 18 anos1 com Autocaptura™ ligada.

A St. Jude Medical se dedica ao avanço da prática da medici-na, dando ênfase à redução de riscos, sempre que possível, econtribuindo com resultados satisfatórios para todos os pa-cientes. É nossa missão desenvolver tecnologia médica e ser-viços que garantam o maior controle possível nas mãos da-queles que tratam pacientes cardíacos, neurológicos e comdores crônicas, mundialmente. A empresa tem cinco áreasprincipais de foco que incluem o gerenciamento do ritmocardíaco, a fibrilação atrial, a cirurgia cardíaca, a cardiologiae a neuromodulação. Sediada em St. Paul, Minnesota, a St.Jude Medical emprega aproximadamente 12.000 pessoasmundialmente. Para mais informações, por favor, visitewww.sjm.com.1 Dado extraído do manual do usuário. (1,0V, 500W, 60bpm)

A Holter Express, sempre antecipando-se às novidades e avanços tecnológicos na áreacardiológica, apresentará nos próximos meses o NOMAD, o novo holter da Micromed,uma ferramenta completa com muito mais recursos que os sistemas atuais. Com os jáconsagrados Serviço de Segurança a Exames Críticos, o Safe FTP e as tecnologiasCARDIOS e DMS trabalhando lado a lado, a HolterExpress mantêm-se na vanguardacomo a Maior Central Multimarcas de Análise de Holter da América Latina, ofere-cendo continuamente a seus clientes o que há de mais moderno em análise de holter.

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Silvana A D NishiokaComunicado Sobre Área de Atuaçãoem Estimulação Cardíaca

A SOBRAC vem, com satisfação, co-municar aos seus sócios o encaminhamen-to favorável que se está alcançando em umdos tópicos há muito reivindicado por vá-rios colegas: a criação da Área de Atuaçãoem Estimulação Cardíaca Artificial. Paraque esta fosse levada adiante, era neces-sário um trabalho conjunto entre SOBRAC,DECA, SBC e SBCCV, e assim está sendofeito. O esforço para se criar esta área deatuação dentro das especialidades deCardiologia e Cirurgia Cardiovascular temsido um trabalho constante e contínuo ini-ciado em Diretorias anteriores da SOBRACe DECA, que foram responsáveis pelo pro-cesso inicial de contato com a AssociaçãoMédica Brasileira.

Finalmente coube aos atuais represen-tantes dessas instituições a continuidade

Sobrac em Foco

desse processo, com a redação final de umdocumento enviado à Comissão Mista deEspecialidades, para que, dentro do âmbi-to de suas atribuições, faça uma análisefavorável à criação da Área de Atuaçãoem Estimulação Cardíaca Artificial.

O documento apresentado foi redigidopor uma comissão formada por represen-tantes do Grupo de Estudos em Esti-mulação Cardíaca (ECA) da SOBRAC erepresentantes do DECA, nomeados pelosseus respectivos presidentes Dr. LeandroZimerman e Dr. Vicente Ávila, e faz váriasconsiderações que justificam a solicitação.Representando a SOBRAC neste processoparticiparam vários colegas ao longo dosúltimos anos.

Ressaltamos que todo o processo só foipossível de se realizar com a sensibilidade

e colaboração conjun-ta da SBC e SBCCV, re-presentada pelos seusrespectivos presidentes Dr. Antonio P. Cha-gas e Dr. Gilberto V. Barbosa.

Aguardamos ansiosamente que essanossa antiga reivindicação seja atendidapara que a Estimulação Cardíaca Artificialtenha identidade própria dentro das nos-sas Sociedades.

Silvana A D NishiokaLuís Teno Castilho

Grupo de Estudos em ECA-SOBRAC

Leandro ZimermanGuilherme Fenelon

Presidente e Diretor Científico-SOBRAC

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SOBRAC/SBCJornada de Atualização em Arritmias Cardíacas

INTERNACIONAIS

Março

29 a 31 de Março de 200958th Annual Scientific Sessions - American Collegeof CardiologyOrlando - EUA

Maio

13 a 16 de Maio de 2009Heart RhythmBoston - EUA

30 de Maio a 02 de Junho de 2009Heart FailureNice - França

Junho

21 a 24 de Junho de 2009EuropaceBerlim - Alemanha

Agosto

28 de Agosto a 01 de Setembro de 2009European Annual Congress of CardiologyBarcelona - Espanha

NACIONAIS

Março

26 a 28 de Março de 200936º Congresso de Cirurgia CardiovascularMinascentro - Belo Horizonte - MG

Abril

30 de Abril a 02 de Maio de 2009XXX Congresso da Sociedade de Cardiologia doEstado de São Paulo - SOCESPSão Paulo - SP

Junho

11 a 13 de Junho de 2009VIII Congresso deInsuficiência CardíacaSão Paulo - SP

Setembro

12 a 16 de Setembro de 200964º Congresso Brasileiro de CardiologiaCentro de Convenções da Bahia - Salvador

Novembro

25 a 28 de Novembro de 200926º Congresso Brasileiro de Arritmias CardíacasThe Royal Palm Plaza Hotel Resort - Campinas - SP

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO

CONTINUADA (PRECON)

SOBRAC

Março

20 e 21 de Março de 2009Precon:Jornada de Atualização em Arritmias CardíacasRibeirão Preto - SPCoordenador Local: Luiz Antonio Castilho Teno

Abril

17 e 18 de Abril de 2009Precon:Jornada de Atualização em Arritmias CardíacasBelém - PACoordenador Local: Kleber Renato Ponzi Pereira /Wesley Duilio Severino de Melo

Maio

08 e 09 de Maio de 2009Precon:Jornada de Atualização em Arritmias CardíacasSalvador - BACoordenador Local: Alexsandro Alves Fagundes

Junho

05 e 06 de Junho de 2009Precon:Jornada de Atualização emArritmias CardíacasGoiânia - GOCoordenador Local:Antonio Malan CavalcantiLima

Agosto

14 e 15 de Agosto de 2009Precon:Jornada de Atualização em Arritmias CardíacasSão Paulo - SPCoordenador Local: Martino Martinelli Filho

Outubro

30 e 31 de Outubro de 2009Precon:Jornada de Atualização em Arritmias CardíacasRio de Janeiro - RJCoordenador Local: Jacob Atié

Informações:

Sobrac - (11) 5543-1824/5543-0059Site: www.sobrac.orgRowam Eventos - (41) 3342-9078Site: [email protected]

OUTROS EVENTOS

25 de Abril a 12 de

Dezembro de 2009

VII Curso Continuado do PRO-AC -Programa deAcreditação Profissional em Arritmias Cardíacas,Eletrofisiologia e Estimulação Artificial

Informações:

Telefone: (11) 3069-5516Fax: (11) 3081-7148E-mail: [email protected]

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Sobrac em Foco

A SOBRAC inicioucom o PrECon de Ri-beirão Preto-SP, sua sé-rie de Cursos de edu-

cação continuada de 2009, evento cien-tífico que tem se firmado como o mensa-geiro oficial da nossa sociedade na divul-gação e discussão dos temas relevantes daarritmia cardíaca.

O PrECon Ribeirão Preto realizou-senos dias 20 e 21 de março e contou com aparticipação expressiva de 210 participan-tes, cumprindo dessa forma o objetivo delevar conceitos e informações atualizadasna área de arritmias cardíacas aos médicoscardiologistas e clínicos. A programação

Curso de Educação ContinuadaSOBRAC em Ribeirão Preto

científica foi elaborada com uma interaçãomultidisciplinar da arritmia cardíaca, distri-buída entre os vários paineis de discussãode casos clínicos, que abordaram a doençacoronariana, a insuficiencia cardíaca e adoença de Chagas, que comemora os seus100 anos de descobrimento.

Fez parte também da programaçãocientífica um painel de discussão que tra-tou de varias situações cotidianas, profis-sionais ou de lazer que envolvem os por-tadores de marcapassos ou desfibriladorese que podem gerar restrições ou limita-ções à qualidade de vida. O conhecimen-to dessas situações é importante para osclínicos que acompanham esses pacien-

tes para que possam orientá-los com se-gurança baseados em evidências científi-cas e não em mitos e crendices que habi-tualmente rondam esse tema.

O curso seguindo a tradição dos mol-des anteriores estimulou a interação como plenário que se manifestou nas discus-sões dos casos através do seu voto por dis-positivos de radiocomunicação. Os melho-res desempenhos foram identificados epremiados.

Para completar o ambiente de descon-tração após o encerramento da programa-ção científica houve um almoço de con-fraternização com a tradição do melhor“chopp” do Brasil.

Luiz Antonio Castilho TenoCoordenador Local PrECon Ribeirão Preto 2009

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Prezados Colegas,

Os eventos do PrECon constituem par-te importante da nossa sociedade, por di-fundirem o conhecimento, repercutiremas diretrizes e congregarem colegas dediferentes regiões, promovendo a SOBRACe colocando-a mais perto do associado.

Sabemos que o sucesso dos eventosdepende fundamentalmente da capacida-de empreendedora e de agregação do co-ordenador local e, por isso, serve comouma espécie de vestibular para a realiza-ção do Congresso Brasileiro de Arrit-mias Cardíacas naquela região.

Estamos entrando no quarto ano conse-cutivo e, para alcançar esse formato de su-cesso, algumas mudanças têm sido intro-

Novidades do PrECon

Sobrac em Foco

duzidas a cada ano. Em 2009, além do foconas Diretrizes de Fibrilação Atrial, lançadasno final de 2008, estaremos implantandoatividades que envolvem outras áreas dacardiologia e outras especialidades médi-cas com interesse nas arritmias cardíacas,por exemplo, doença arterial coronariana,hipertensão arterial, insuficiência cardíaca,miocardiopatias, geriatria, etc. Para essasatividades, convidaremos professores e li-deranças de importância nacional.

Outra novidade é a divulgação da Cam-panha de Morte Súbita, como parte do pro-grama, no horário da 6ª feira à tarde. Essaatividade é de responsabilidade do coorde-nador local, a exigir a utilização de todos os

meios de comunicação de massa disponí-veis na região, o envolvimento de autori-dades públicas ligadas à saúde e de em-presas com interesse em saúde.

Além disso, todos os eventos contarãocom interatividade por radiocomunicação,favorecendo a avaliação e o entendimen-to das dificuldades dos participantes.

A ampliação do espectro de atuação doPrECon é previsível e, nessa direção, ire-mos diminuir o número de eventos anuaise regionalizá-los para não comprometer suaorganização. Neste ano, estão programadosseis eventos, priorizando os locais onde aparticipação nos anos anteriores foi maior.

Os eventos programados são:

Esperamos que vocês gostem dos eventos programados para este ano.Atenciosamente.

Cesar GrupiMartino Martinelli

Mês 2009 Data Coordenadores Cidades UF

MARÇO 20 e 21 Luiz Antonio Castilho Teno Ribeirão Preto SP

ABRIL 17 e 18 Kleber Ponzi e Wesley de Melo Belém PA

MAIO 08 e 09 Alexsandro Fagundes Salvador BA

JUNHO 05 e 06 Antonio Malan Goiânia GO

AGOSTO 14 e 15 Martino Martinelli Filho São Paulo SP

OUTUBRO 30 e 31 Jacob Atié Rio de Janeiro RJ

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Convidados do I Simpósio Latino-Americanode Fibrilação Atrial

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Convidados do I Simpósio Latino-Americanode Fibrilação Atrial

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Caros amigos,

A edição deste ano do tradicional Cur-so de Reciclagem em EletrofisiologiaClínica, atividade que pertence ao progra-ma de educação médica continuada(PrECon) da SOBRAC, trará muitas novida-des. Atendendo a pedidos dos alunos, ocurso será expandido para as outras áreasda ritmologia. A idéia é fazermos um me-ga-curso de reciclagem, com três módulos,em três dias consecutivos. O aluno poderáescolher em qual (ais) módulo (s) se inscre-ver. O primeiro módulo será de eletrofisio-

Sobrac em Foco

Guilherme FenelonDiretor-Científico

SOBRAC

logia clínica, o segundo de dispositivos car-díacos eletrônicos implantáveis e o tercei-ro de arritmia clínica e métodos não-in-vasivos.

A sistemática do curso será a mesmaatual: cerca de 50 alunos por turma, imer-são total e curso AVANÇADO, para quemprocura titulação ou reavivar seus conhe-cimentos. As discussões de traçados e ca-sos clínicos serão priorizadas, em atmosfe-ra informal, com forte interação entre os

participantes e o corpo docente, com-posto por membros da SOBRAC comnotória expertise em ritmologia.

O curso será realizado no final deoutubro em São Paulo. Fiquem aten-tos às comunicações da SOBRAC, poiso edital do curso será divulgado embreve.

Conto com a presença de vocês!

Forte abraço a todos.

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