Jornal Sta. Edwiges Agosto

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v SANTA EDWIGES JORNAL www.santuariosantaedwiges.com.br - Padres e Irmãos Oblatos de São José - Arquidiocese de São Paulo - Publicação Mensal * Ano XX * Nº 238 * Agosto de 2010 Entrevista Jubileu das Vocações Aconteceu a 6ª Mostra de Dança Protagonismo Jovem Missões Pág. 05 Agosto é o mês das vocações. Veja o relato das vocações que nasceram em nossa comunidade paroquial. Três jovens contam um pouco de suas histórias de fé e caminhada No mês de julho aconteceu as Missões Josefinas na cidade de Apucarana PR. Pág. 15 Pág. 11 Casa de Deus e lugar de paz! Missões Josefinas 2010 Pág.09

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Agosto de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 1

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Santa EdwigESJornal

www.santuariosantaedwiges.com.br - Padres e Irmãos Oblatos de São José - Arquidiocese de São Paulo - Publicação Mensal * Ano XX * Nº 238 * Agosto de 2010

Entrevista

Jubileu das Vocações

Aconteceu a 6ª Mostra de Dança

Protagonismo Jovem

Missões

Pág. 05

Agosto é o mês das vocações. Veja o relato das vocações que nasceram em nossa comunidade paroquial.

Três jovens contam um pouco de suas histórias de fé e caminhada

No mês de julho aconteceu as Missões Josefinas na cidade de Apucarana PR.

Pág. 15

Pág. 11

Casa de Deus e lugar de paz!

Missões Josefinas 2010

Pág.09

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2 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Agosto de 2010

Editorial Nossa Santa

Paróquia Santuário Santa EdwigesArquidiocese de São PauloRegião Episcopal IpirangaCongregação dos Oblatos de São JoséProvíncia Nossa Senhora do RocioPároco: Pe. Paulo Siebeneichler, OSJ

ExpEdiEntE

8º dia da NovenaSABER LUTAR

Responsável e Editora: Juliana Sales Colaboração:Pe. Mauro Negro, OSJ Diagramador: Victor Hugo de SouzaEquipe: Aparecida Y. Bonater; Eliana Tamara Carneiro; Guiomar Correia do Nascimento; João A. Dias; José A. de Melo Neto; Martinho V. de Souza; Marcelo Rodrigues Ocanha e Pe. Alexandre Alves dos Anjos Filho.

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 20/07/2010 Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 5.000 exemplare.Distribuição gratuita

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (11) 2215.6111

Juliana [email protected]

Neste mês de agosto completo 12 edições do Jornal Santa Edwiges. São 12 meses que assumi este periódico e até hoje tenho receio ao enviá-lo para im-pressão. Ainda há muito para aprender, há muito para corrigir e para evoluir. Mas também, não posso negar o quanto aprendi. Aprendi errando e apren-di com os colaboradores e padres do Santuário. Ama-dureci.

Mudar é tão difícil. Adaptar-se a uma nova re-alidade, ser aceito não é tão simples como as pes-soas dizem. Mas apliquei na vida, algo que só sabia teoricamente: “Tudo tem seu tempo. Há um momen-to oportuno para cada coi-sa debaixo do céu: Tempo

sas que não conhecemos, mas quanto mais conhece-mos, mais aprendemos so-bre as coisas, a sociedade, as pessoas e nos tornamos responsáveis por isto. E é por isso, que o conheci-mento é algo que nos traz felicidades, mas também traz esta carga de respon-sabilidade, com o outro, com a sociedade e com Deus.

Então seria mais fácil permanecemos-nos ig-norantes? Sim! Mas não devemos optar pelo que é mais fácil. A vida preci-sa ser encarada da forma como ela nos é apresenta-da, ou seja, desafiante. A cada dia devemos apren-der algo novo, conhecer novas pessoas, novos ho-rizontes, colocar em práti-ca os direitos humanos, a solidariedade e o amor.

Dedico esta edição a todos os colaboradores do Jornal e aos padres do Santuário. Que juntos possamos continuar a in-formar e formar todos os paroquianos, devotos e fieis que lêem nosso Jornal e que também possamos cada vez mais aprender uns com os outros.

MeditaçãoDizia Santa Joana D`Arc que na luta

não devemos fazer questão de vencer, mas de combater. Bater-se com bravura é nosso dever, enquanto a vitória pertence a Deus.

Na vida espiritual muitas pessoas só pensam no triunfo e no sucesso, sem ligar muita importância aos embates que é preci-so enfrentar para atingir o fim desejado. Gostam de encontrar o prato feito, como se diz. Outros acham que por já haverem conquistado um certo sossego espiritual, não necessitam mais estar alerta. São pessoas que, só porque fazem certas práticas espirituais, pensam estar salvas e livres de qualquer perigo. Coi-tadas, nem pensam que o inimigo não dorme...

A palavra de Cristo continua válida: “Vigiai, pois, já que não sabeis nem o dia e nem a hora” (Mateus 25,13). E São Francisco de Sales, brincando, dizia que as nossas más inclinações nos abandonam somente quinze minutos depois da nossa morte.

Exemplo Santa Edwiges tinha particular devoção pela cruz de Cris-

to. E as suas meditações reportavam-se a quase todos os mistérios da Redenção.

E, mais ainda, ela procurava viver a espiritualidade da cruz, expressa nestas palavras de Cristo: “Quem quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Marcos 8,34)

A devoção de Edwiges à cruz de Cristo e a Maria fez lem-brar as palavras do Concílio Vaticano 2º: “... A Beata Virgem avançou em peregrinação de fé; manteve fielmente a sua união com o Filho até a cruz; sofreu junto com Ele. E com âni-mo materno se associou ao seu sacrifício, consentindo com amor na emulação da vítima por ela mesma gerada. Final-mente, pelo próprio Cristo Jesus, moribundo na cruz, foi dada como mãe ao discípulo João e a todos nós” (Documento Luz das Nações nº 58).

Como mulher, Edwiges sabia o quanto custou a Maria ter-se associado à obra dolorosa de Jesus na salvação do mun-do. Por isso dedicava particular veneração à Virgem Santíssi-ma. Trazia constantemente consigo uma pequena imagem da Mãe de Deus, e vários fatos miraculosos demonstraram-lhe como a Virgem correspondia à sua devoção.

Tempo de Celebrar!para nascer e tempo para morrer; tempo de plantar e tempo para arrancar o que plantou...” (Eclesias-tes 3-1,2).

O aprendizado só vem com o tempo e este mesmo tempo também nos ensina

que não é possível retroceder. O

que já foi feito fica no pas-sado e ele só nos ser-ve como lembrança.

O que deveria ser feito já passou, já nos foi agrega-do algo de novo, o próximo passo é seguir e dar lugar para o presente, que nos traz novos aprendizados.

Há um ditado popular que diz: “A igno-rância é uma b e n ç ã o ” . Este dita-do nos e n s i -na que q u a n -do nos c o n h e -c e m o s , q u a n d o b u s c a m o s aprender, somos “menos” culpados pelo o que acontece ao nosso redor, é fácil não participar, não se motivar pelas coi-

Juliana Sales22 anos

Editora do Jornal Sta Edwiges

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Especial Espaço do DevotoTestemunho

Envie o seu Testemunho: [email protected]

Em 10 setembro de 2009 aproximadamente às 20h30 eu, Cícero Gabriel, minha mãe, Josilene e minha irmã, Elissandra, estávamos em casa deitados assistindo te-levisão e minha outra irmã, Elly estava na escola. De repente o celular tocou e mi-nha mãe atendeu. Era uma amiga nossa, Rosa, pedindo que fossemos em sua casa, devido uma ligação da minha tia. Assim que chegamos lá, minha tia ligou novamen-te e contou que minha avó, Josefa, de 78 anos, estava com um tumor no rim direito de aproximadamente 4cm e o risco da operação era mui-to alta. Todos ficamos tristes

com a notícia, não sabíamos como proceder.

Minha mãe, então, rezou e fez uma promessa. Pediu a Jesus Cristo com a inter-cessão de Santa Edwiges, para que ele curasse a mi-nha avó.

Algum tempo depois, outro médico pediu uma tomografia computadorizada, quando mi-nha tia levou o resultado, o medico informou que naquele exame dava para ver perfeita-mente o que tinha. Só havia pedras velhas, mas pequenas e que já estavam no canal da urina aproximadamente do ta-manho da ponta de uma agu-lha e que ela bebesse muito liquido que elas sairiam do rim.

E a promessa feita foi a seguinte: que se a minha avó fosse curada, viria de Maceió para São Paulo, para ir até a Igreja de Santa Edwiges pagar a promessa. E ela foi curada sem saber nada do tumor. Só depois que ela foi curada ficou sa-bendo de toda a história.

Toda a família visitou o Santuário e agradecemos juntos à Santa Edwiges pela graça alcançada.

Testemunho enviado por Cícero Gabriel da Silva, Neto da Sra. Josefa Tavares dos Santos

Josefa Tavares dos Santos

Uma coisa é certa: Jesus rezava, como nos atestam os Evangelhos. Passava até noites inteiras em oração, a sós com Deus (cf Lc 6,12); os apóstolos também rezavam enquanto esperavam, com Maria a mãe de Jesus, a vinda do Espírito Santo (cf At 1,22); os primeiros cristãos “eram perseverantes na oração” (cf At 2,42); muitas vezes, São Paulo rezava e recomendava a oração aos fiéis em suas cartas (cf Ef 1,16; Fl 1,4; Rm 12,12; Cl 4,2). Inegavelmen-te, a oração faz parte da vida cristã, desde a pregação de Jesus e dos apóstolos e des-de os primórdios da Igreja. E ao longo de toda a história da Igreja, a oração é uma das expressões mais evidentes da fé e da vida eclesial. Cris-tão reza; e quem não reza, deixa de lado um aspecto im-portante da vida cristã.

Ver Jesus rezando, im-pressionava muito os discí-pulos, tanto que um deles lhe pediu: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos” (Lc 11,1). Era costume que os “mestres” ensinassem a ora-ção aos discípulos. E ainda

hoje isso é parte da missão de quem deve ser “mestre na fé” para seus irmãos – sa-cerdotes, pastores de almas, catequistas. Aqui já está uma dos significados da oração: É traduzir em atitudes aquilo que se aprendeu sobre Deus e a fé: rezar é passar do crer intelectual ao relacionar-se com Deus. Para saber se al-guém tem fé, e que tipo de fé, basta observar se reza e como reza. Por isso é bem justificada a afirmação: lex credendi, lex orandi” – o jei-to de crer aparece no jeito de rezar e a oração é expressão do jeito de crer.

Há muitos modos de re-zar e também hoje há muitos “mestres de oração”. São to-dos igualmente bons? Jesus já desaconselhava a oração “dos hipócritas”, que são fal-sos (cf Mt 6,5) e rezam ape-nas com os lábios, mas cujo coração está longe de Deus (cf Mc 7,6); e também pede para não rezar como os pa-gãos, que pensam poder convencer Deus com muitas palavras (cf Mt 6,7). Em vez disso, ensina o Pai Nosso (cf Mt 6,9-15; Lc 11,2-4). O cris-tão deve aprender a rezar de

Jesus, cuja oração é “falar com o Pai”.

Em nossa oração não nos dirigimos a Deus de maneira abstrata, como se Deus fos-se uma energia que pode ser capturada com palavras ou ri-tos mágicos; nem invocamos um poder impessoal com o fim de direcioná-lo e de ob-ter os benefícios desejados... Nossa oração tem base na graça recebida no Batismo, pela qual fomos acolhidos por Deus como filhos (“filhos no Filho”) e recebemos o Es-pírito Santo, que nos ajuda a rezar como convém (cf Rm 8,26-27). Como Jesus, tam-bém nós podemos dirigir-nos a Deus como os filhos se diri-gem ao pai, com toda confian-ça e simplicidade. É belo pen-sar que não somos estranhos a Deus, nem Deus é estranho a nós; somos da “família de Deus”, a quem nos dirigimos com toda familiaridade. Por isso, nossa oração se traduz em profissão de fé, adoração, louvor, narração das maravi-lhas de Deus, agradecimento, súplica, desabafo na angús-tia, pedido de perdão, inter-cessão pelos outros... Filhos amados pelo pai e que lhe dedicam amor filial podem achegar-se ao colo do pai, falar-lhe livremente, chorar no seu ombro, sentir-se abraça-dos e envolvidos de ternura, até sem dizer uma palavra...

Naturalmente, não tenho a pretensão de dizer tudo sobre a oração cristã nestes poucos parágrafos... Res-ta ainda falar da beleza e importância da oração litúr-gica, quando não rezamos sozinhos mas, como comu-nidade de fé, nos unimos a Cristo Sacerdote, que reza conosco e por nós diante do Pai. É prece de valor infinito, pois é perfeita a oração do Filho e são infinitos os mé-ritos de sua santa encarna-ção, sua vida, paixão e res-surreição. Por isso, a Igreja recomenda com tanta insis-tência a participação na ora-ção litúrgica, especialmente na Missa dominical.

Senhor, ensina-nos a rezar

Cardeal Odilo Pedro Scherer

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Encíclica do Papa Bento 16Caritas in veritate: A verdade na caridade

Nesta edição continuamos a transcrever a Encíclica do Santo Padre.Partimos para o quinto capítulo: A colaboração da Família Humana

53. Uma das pobrezas mais profundas que o homem pode experimentar é a soli-dão. Vistas bem as coisas, as outras pobrezas, incluindo a material, também nascem do isolamento, de não ser ama-do ou da dificuldade de amar. As pobrezas frequentemente nasceram da recusa do amor de Deus, de uma originária e trágica reclusão do homem em si próprio, que pensa que se basta a si mesmo ou então que é só um fato insignifican-te e passageiro, um “estran-geiro” num universo formado por acaso. O homem aliena-se quando fica sozinho ou se afasta da realidade, quando renuncia a pensar e a crer num Fundamento. A hu-manidade inteira aliena-se quando se entrega a projetos unicamente humanos, a ide-ologias e a falsas utopias. A humanidade aparece, hoje, muito mais interativa do que no passado: esta maior proxi-midade deve transformar-se em verdadeira comunhão. O desenvolvimento dos povos depende sobretudo do reco-nhecimento que são uma só família, a qual colabora em verdadeira comunhão e é formada por sujeitos que não se limitam a viver uns ao lado dos outros.

Observava Paulo 6º que “o mundo sofre por falta de convicções” A afirmação quer exprimir não apenas uma constatação, mas so-bretudo um voto: serve um novo ímpeto do pensamento para compreender melhor as implicações do fato de ser-mos uma família; a interação entre os povos da terra cha-ma-nos a este ímpeto, para que a integração se verifique sob o signo da solidarieda-de, e não da marginalização. Tal pensamento obriga a um aprofundamento crítico e axiológico da categoria rela-ção. Trata-se de uma tarefa que não pode ser desem-penhada só pelas ciências sociais, mas requer a con-tribuição de ciências como a metafísica e a teologia para ver lucidamente a dignidade transcendente do homem.

De natureza espiritual,

a criatura humana realiza-se nas relações interpes-soais: quanto mais as vive de forma autêntica, tanto mais amadurece a própria identidade pessoal. Não é isolando-se que o homem se valoriza a si mesmo, mas relacionando-se com os ou-tros e com Deus, pelo que estas relações são de im-portância fundamental. Isto vale também para os povos; por isso é muito útil para o seu desenvolvimento uma visão metafísica da rela-ção entre as pessoas. A tal respeito, a razão encontra inspiração e orientação na revelação cristã, segundo a qual a comunidade dos ho-mens não absorve em si a pessoa aniquilando a sua autonomia, como acontece nas várias formas de totali-tarismo, mas valoriza-a ain-da mais porque a relação entre pessoa e comunidade é feita de um todo para ou-tro todo. Do mesmo modo que a comunidade familiar não anula em si as pessoas que a compõem e a própria Igreja valoriza plenamente a “nova criatura” (Gal 6, 15; 2 Cor 5, 17) que pelo batismo se insere no seu Corpo vivo, assim também a unidade da família humana não anula em si as pessoas, os povos e as culturas, mas torna-os mais transparentes recipro-camente, mais unidos nas suas legítimas diversidades.

54. O tema do desenvol-vimento coincide com o da inclusão relacional de todas as pessoas e de todos os povos na única comunidade da família humana, que se constrói na solidariedade ten-do por base os valores funda-mentais da justiça e da paz. Esta perspectiva encontra um decisivo esclarecimento na relação entre as Pessoas da Trindade na única Subs-tância divina. A Trindade é absoluta unidade, enquanto as três Pessoas divinas são pura relação. A transparência recíproca entre as Pessoas divinas é plena, e a ligação de uma com a outra total, por-que constituem uma unidade e unicidade absoluta. Deus

quer-nos associar também a esta realidade de comunhão: “para que sejam um como Nós somos um” (Jo 17, 22). A Igreja é sinal e instrumen-to desta unidade. As próprias relações entre os homens, ao longo da história, só podem ganhar com a referência a este Modelo divino. De modo particular compreende-se, à luz do mistério revelado da Trindade, que a verdadeira abertura não significa disper-são centrífuga, mas profunda compenetração. O mesmo resulta das experiências hu-manas comuns do amor e da verdade. Como o amor sacramental entre os espo-sos os une espiritualmente a ponto de formarem “uma só carne” (Gn 2, 24; Mt 19, 5; Ef 5, 31) e, de dois que eram, faz uma unidade relacional e real, de forma análoga a ver-dade une os espíritos entre si e fá-los pensar em uníssono, atraindo-os e unindo-os nela.

55. A revelação cristã sobre a unidade do gênero humano pressupõe uma in-terpretação metafísica do hu-mano na qual a relação seja elemento essencial. Também outras culturas e outras reli-giões ensinam a fraternidade e a paz, revestindo-se, por isso, de grande importância para o desenvolvimento hu-mano integral; mas não fal-tam comportamentos religio-sos e culturais em que não se assume plenamente o princí-pio do amor e da verdade, e acaba-se assim por refrear o verdadeiro desenvolvimento humano ou mesmo impedi-lo. O mundo atual regista a presença de algumas cul-turas de matiz religioso que não empenham o homem na comunhão, mas isolam-no na busca do bem-estar individu-al, limitando-se a satisfazer os seus anseios psicológicos. Também uma certa prolifera-ção de percursos religiosos de pequenos grupos ou mes-mo de pessoas individuais e o sincretismo religioso po-dem ser fatores de dispersão e de apatia. Um possível efei-to negativo do processo de globalização é a tendência a favorecer tal sincretismo,

alimentando formas de “re-ligião” que, em vez de fazer as pessoas encontrarem-se, alheiam-nas umas das outras e afastam-nas da realidade. Simultaneamente às vezes perduram legados culturais e religiosos que bloqueiam a sociedade em castas so-ciais estáticas, em crenças mágicas não respeitadoras da dignidade da pessoa, em comportamentos de sujeição a forças ocultas. Nestes con-textos, o amor e a verdade encontram dificuldade em afirmar-se, com prejuízo para o autêntico desenvolvimento.

Por este motivo, se é verdade, por um lado, que o desenvolvimento tem ne-cessidade das religiões e das culturas dos diversos povos, por outro, não o é menos a necessidade de um adequado discernimento. A liberdade religiosa não sig-nifica indiferentismo religio-so, nem implica que todas as religiões sejam iguais. Para a construção da co-munidade social no respei-to do bem comum, torna-se necessário, sobretudo para quem exerce o poder polí-tico, o discernimento sobre o contributo das culturas e das religiões. Tal discerni-mento deverá basear-se so-bre o critério da caridade e da verdade. Dado que está em jogo o desenvolvimento das pessoas e dos povos, aquele há-de ter em conta a possibilidade de eman-cipação e de inclusão na perspectiva de uma comu-nidade humana verdadeira-mente universal. O critério “o homem todo e todos os homens” serve para avaliar também as culturas e as re-ligiões. O cristianismo, reli-gião do “Deus de rosto hu-

mano”, traz em si mesmo tal critério.

56. A religião cristã e as outras religiões só podem dar o seu contributo para o desen-volvimento, se Deus encon-trar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política. A doutrina social da Igreja nasceu para reivindicar este “estatuto de cidadania” da religião cristã. A negação do direito de professar pu-blicamente a própria religião e de fazer com que as ver-dades da fé moldem a vida pública, acarreta consequên-cias negativas para o verda-deiro desenvolvimento. A ex-clusão da religião do âmbito público e, na vertente oposta, o fundamentalismo religioso impedem o encontro entre as pessoas e a sua colaboração para o progresso da huma-nidade. A vida pública torna-se pobre de motivações, e a política assume um rosto oprimente e agressivo. Os di-reitos humanos correm o ris-co de não ser respeitados, ou porque ficam privados do seu fundamento transcendente ou porque não é reconhecida a liberdade pessoal. No lai-cismo e no fundamentalismo, perde-se a possibilidade de um diálogo fecundo e de uma profícua colaboração entre a razão e a fé religiosa. A razão tem sempre necessidade de ser purificada pela fé; e isto vale também para a razão política, que não se deve crer omnipotente. A religião, por sua vez, precisa sempre de ser purificada pela razão, para mostrar o seu autêntico rosto humano. A ruptura des-te diálogo implica um custo muito gravoso para o desen-volvimento da humanidade.

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Jubileu de 50 anos

Martinho [email protected]

A Igreja no Brasil celebra a cada ano, no mês de agosto, as vocações na vida e dinamis-mo da evangelização. Elas são bem retratadas a cada domingo do já citado mês, sempre com uma inclinação importante a ser destacada. É o caso da voca-ção ao matrimônio (que na atu-alidade vemos uma tentativa de transformá-lo em sua instância primeira, que é a união do ho-mem e da mulher, para os mais diversos absurdos...); da voca-ção à vida religiosa (congrega-ções, associações, institutos) de homens e mulheres que querem viver um determinado carisma e missão; da vocação leiga (homens e mulheres in-seridos no mundo do trabalho, da vida social, política que tem por princípios a religião e vivên-cia do catolicismo); ainda e não menos importante temos voca-ção ao sacerdócio ministerial ordenado, ou como bem conhe-cemos, o chamado aos rapazes para se tornarem padres.

Na nossa comunidade paro-quial temos a grata satisfação de celebrar o jubileu das vo-cações, principalmente porque dela já saíram bons rapazes para o serviço ministerial orde-

nado na Igreja e na Congrega-ção dos Oblatos de São José, que são o grupo de religiosos sacerdotes e irmãos que ser-vem a nossa paróquia desde 1973. O primeiro religioso sa-cerdote que de nossa seara (colheita) saiu foi o nosso atual vigário paroquial Pe. Alexandre Alves dos Anjos Filho, que vi-vendo intensamente a vida leiga na nossa comunidade, sendo inclusive por alguns anos o secretário da paró-quia, decidiu-se pelo in-gresso na vida religiosa e sacerdotal pelo exemplo e ministério dos padres

que aqui atuavam. O gran-de incentivador da vocação

de nosso amigo e padre foi o saudoso sacerdote josefino

Pe. Eurico Dedino, falecido a sete anos. Padre Alexandre foi ordenado sacerdote no dia 9 de setembro de 2000 pela oração da Igreja e imposição das mãos de Dom Antonio Celso de Quei-roz, bispo emérito de Catandu-va SP, e que vive atualmente na nossa cidade de São Paulo, que antes fora bispo auxiliar da mesma por vinte e cinco e anos.

Depois de alguns anos sem as vocações específicas para a vida religiosa e sacerdotal, nos-sa comunidade pode ter a ale-gria de ver a ordenação de mais um “filho”. Este foi o Pe. Bennel-

Casa de Deus e lugar de paz!Nas pegadas de São José Marello o jubileu das vocações de nossa Paróquia Santa Edwiges celebra a entrega a Deus e

aos irmãos de dois padres, um irmão e um seminarista. Também com o exemplo da Sagrada Família de Nazaré, valorizamos o inestimável dom da vocação ao matrimônio e dos fieis leigos de nossa comunidade paroquial

son da Silva Barbosa, também Oblato de São José, ordenado no dia 17 de março de 2007, sendo o bispo que o ordenou também Dom Celso, acima ci-tado. Ora, podemos nos per-guntar porque Dom Celso no-vamente? Porque este querido e amado bispo sempre foi um amigo do Santuário, onde por diversas vezes presidiu a euca-ristia para nós com sua marca peculiar: o carinho, a amizade e a dedicação pelo povo simples e trabalhador de nossos bairros de Sacomã e Heliópolis. Assim, como Dom Celso marcou a vida de Padre Alexandre, também foi assim com o Pe. Bennelson, que antes de ser sacerdote (e hoje é formador na cidade de Ourinhos, São Paulo) foi um fiel membro e líder do grupo de jo-vens da nossa comunidade pa-roquial, que em tempos áureos era a referência juvenil da Re-gião Episcopal Ipiranga, da qual fazemos parte na Arquidiocese de São Paulo.

Vejamos que a caminhada vocacional para a vida religio-sa e consagração sacerdotal na nossa comunidade ainda é regado por nosso Senhor, com dois rapazes que atualmente

realizam a sua for-mação. O pri-

meiro é o Ir-

mão Renaildo de Jesus Libâneo, Oblato de São José, que fôra por um período bom de anos o sa-cristão (aquele que tem a missão de zelar pelo templo paroquial) do Santuário Santa Edwiges e que atendo ao chamado de Je-sus também decidiu ingressar no seminário para os estudos e consagração na vida religiosa. Hoje o Irmão Renaildo está resi-dindo em Curitiba PR e atua no Colégio Padre João Bagozzi.

É importante destacar tam-bém na caminhada vocacional do nosso jubileu os diversos matrimônios que aqui foram “as-sistidos” no sentido de serem celebrados e vivenciados por diversos homens e mulheres, que entendendo que para isso foram criados por Deus, consti-tuíram famílias à luz da Palavra de Deus e do anúncio de Jesus Cristo sendo exemplos para ou-tros casais e pares de namora-dos da nossa convivência. A vida matrimonial é um dom de Deus, que precisa ser urgentemente ser resgatado na vida da socie-dade, não só da Igreja, porque como estamos presenciando hoje pela mídia as instâncias de legislação de nosso país que-rem descaracterizar aquilo que é querido por Deus: que homem e mulher sejam uma só coisa pelo sacramento do matrimônio (ver o livro do Gênesis 2,18-25).

Hoje muitas instâncias fora

da experiência belíssima e rica da Igreja Católica querem transformar aquilo que ela vive há anos, principalmente “dar conselhos” quanto à vivência e experiência das vocações para poderem ser melhores vividas. É o caso típico quando organismo e pessoas, que nada tem da ex-periência da Revelação de Deus na História, querem “refletir” (quando não mudar por simples intolerância) acerca de aspec-tos como o celibato religioso e sacerdotal. Jesus no evangelho escrito por Mateus no capítulo 19 ajuda-nos a entender e mui-to da opção de vida dos voca-cionados, sejam os religiosos e padres, e também os casados.

Celebrando o jubileu das vocações de nossa comunida-de, queremos agradecer e pa-rabenizar os dois padres e o ir-mão que daqui saíram e servem suas vidas ao Reino de Deus através da Congregação dos Oblatos de São José. Eu que vos escrevo este artigo e que também vivo a minha vocação ao sacerdócio – atualmente como seminaris-ta da Diocese de Dourados MS – ce-lebro com afinco a história vocacional de nossa querida e amada Paróquia Santa Edwiges, e assim como nossa pa-d r o e i r a desejamos ser fieis discípulos do crucifi-cado.

D e o gratias!

Pe. AlexandrePe. Bennelson

Ir. Renaildo

Seminarista Martinho

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Palavra do Pároco O servo de Deus

Pe. Paulo Siebeneichler - [email protected]

Saber Lutar! Um Sacerdote convicto da própria vocação

A importância da luta na vida humana é de extrema necessidade. Lutar não é ser violento, mas imprime uma constante que traduz uma atitude pessoal de mudança, de recobrar, refazer ou fazer com esforço, uma atividade nova ou uma ação que im-prima sabedoria para se ter bons frutos.

Nestes dias tenho visita-do alguns enfermos da co-munidade paroquial, pesso-as de muitos anos de vida comunitária. Como é sau-dável o modo como lidam com a enfermidade e a sua recuperação. Chamaria de sabedoria para lutar com a doença, com o momento.

Uma destas pessoas me alertava que a cada dia pre-cisamos ter muita paciência, e ao passar destes dias, termos paciência para fazer uma coisa a mais, até chegar o momento de poder fazer novamente todas as ativida-des do dia-a-dia da família.

O Cristo nos chama a ser-mos fortes e nos convoca: “Quem quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua Cruz e siga-me” (Mc 8,34). Nos momentos de dor são as horas mais profun-das, onde muitas vezes nos deparamos com a realidade de procurar a energia que ainda resta, para darmos os passos que precisamos em prol da superação. O que Cristo nos propõe neste tex-to de Marcos, é que, talvez nem sempre nos permita-mos chegar até nós a reali-dade. Renunciar a si mesmo é complicado e difícil desfa-zer, se dispor, se despir de certos conceitos. Às vezes por preconceito, outras por orgulho, ou por vaidade, não nos deixamos vislumbrar o objeto de nossa realidade, que é além do “Eu” que se opõe. Em muitas circunstân-cias achamos a nossa cruz, e lamentamos de um modo exacerbado, sendo que nos deparamos com outros que nem sequer lamentam o fato de uma dor, uma tristeza ou sofrimento.

Saber, ter sabedoria é mais que uma simples defini-ção, é uma atitude de vida, de amor, de testemunho para uma realidade onde estamos ou convivemos.

Saber lutar é o tema des-te mês na novena anual de

Santa Edwiges, no oitavo dia para a nossa reflexão. Oh! Quão bonito é vermos nos santos os exemplos de vida, isso nos implica tomarmos estes exemplos para que a nossa vida também se tor-ne um discipulado do Cristo, uma vivência dos valores e um empenho para a santida-de pessoal, compromisso de nosso batismo.

O que precisamos é ter esta busca por sempre mais de Deus e bases em sua Pa-lavra, para nos atermos às consolações provindas dela, como certezas, riquezas e seguranças para que possa-mos avançar. O Salmo 45, 6 nos diz: “Deus está no seu meio... Ele vem ajudar”. Cer-tezas para quem se alimenta, mesmo em tempos de dificul-dade. Um convite que faço, é o de se colocar com certe-zas deste Deus que não de-sampara que a Ele se confia. Isaias, 45,18-19 nos diz: “So-mente eu sou o Senhor, não há outro!...”. Tenho uma tris-teza em encontrar irmãos que nas horas de angústia não vêm à comunidade, buscam como em gôndolas de super-mercado ofertas de consolo, sinto que às vezes não estou na rua ou perto desta casa para dar este passo em prol deste ou daquele irmão ou irmã para ser um ponto de sabedoria para suavizar esta luta.

Que a sabedoria possa ser ponto de apoio, usemos dos meios diversos para cres-cer, para sermos homens e mulheres de força e sabedo-ria. Saibamos ser atentos aos que os chamam a voltar e a tempo nos proteger de tudo o que nos deixa desabrigados da verdade, da fé e por fim, que nos ofusca a esperança.

Busquemos na literatura dos versos a poesia de uma vida dita de forma romântica e traduzida de vida que vem da luta, de fazer uma vida nova em meio às circunstân-cias gerais de nossos dias.

Um bom mês vocacio-nal a todos, e que os que se sentem vocacionados à con-sagração, possam ser fortes para saber lutar pelo sim que devem dar, não a si, mas ao Senhor que os chama.

Aos 11 anos de idade, um adolescente de Corte-milia, cidade plantada entre duas colinas ao norte da Itália, arranca risos de seus colegas durante uma aula de catecismo ao se recusar a estudar o sacramento do matrimônio. Ao ser questio-nado sobre os motivos des-se descumprimento de or-

dem, o menino respondeu:-Porque não quero me

casar.Essa resposta não era

uma afronta. Pelo contrário, uma decisão firme de propó-sito que os colegas e os pa-dres que o acompanhavam naquele dia compreende-riam anos mais tarde. Seu nome era José Calvi, futu-ro padre da Congregação dos Oblatos de São José de Asti, na Itália, que viria ao Brasil como missioná-rio, transformando-se para todos os josefinos no maior exemplo de humildade e en-trega ao longo de sua traje-tória no Paraná.

Desde criança, Cal-vi mostrava-se decidido a dedicar-se à vida religiosa. Participava com assiduida-de das atividades de sua paróquia. Embora de saú-de frágil desde os primeiros anos de vida, sempre fora um menino dedicado, estu-dioso e, acima de tudo, de

uma bondade imensa.(Tre-cho retirado do livro: Uma abordagem histórica da Congregação dos Oblatos de São José).

No mês de agosto, re-zemos pelas vocações com a intercessão do Pe. José Calvi.

Ó nosso querido Pe. José Calvi, que fostes para todos límpido espelho de pureza, modelo inigualável de obe-diência e exemplo lumino-so de caridade para com Deus e o próximo, dignai-vos impetrar também para nós essas santas virtudes, tão necessárias para nossa vida espiritual, a fim de que possamos, como vós, levar uma vida autenticamente religiosa e cristã e atrair ao caminho do céu, com o nos-so exemplo, os irmãos dis-tantes de Deus. Obtende-nos de modo particular, com a nossa intercessão junto de Deus, a graça que vos pe-dimos (especificar a graça).

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Agosto de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 7

BatismoBatismos em 25 de Julho de 2010

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

Aykon GabrielGustavo Gonçalves Laís Gonçalves Paulo Cesar

Bruno de Pietro João Pedro Luiz Gustavo Paulo Henrique

Carlos Jéssica Marcos GonçalvesRoger Soares

Gustavo Gabriel Kauã Carvalho Mayara Souza Yasmim Gusmão

Batizadoem 25/07/10

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8 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Agosto de 2010

Pastorais

Frei Marcelo Ocanha, [email protected]

A Organização Mundial da Saúde classifica cronologica-mente como idosos as pes-soas com mais de 65 anos de idade em países desenvolvi-dos e com mais de 60 anos de idade em países em de-senvolvimento.

A terceira idade é uma eta-pa da vida de um indivíduo. A época em que uma pessoa é considerada na fase da ter-ceira idade varia conforme a cultura e desenvolvimento da sociedade em que vive. Em países classificados como em desenvolvimento, por exemplo, alguém é conside-rado de terceira idade a partir dos 60 anos. Para a geriatria, somente após alcançar 75 anos a pessoa é considerada de terceira idade.

Na verdade, não existe um consenso com relação à fronteira que limita a fase pré e pós velhice, nem tão pouco, quais são os indícios mais co-muns da chegada nesta fase. Dados do IBGE demonstram que entre os anos de 1995 e 1999, no Brasil, o número de pessoas com mais de 60 anos cresceu em 14,5%. Isso é um dado a ser consi-derado em nossa sociedade, mas também nas nossas co-munidades de fé e vida. Pois muitas são as atividades de acolhida à pessoa idosa sem jamais desmerece-la. Ao contrário, todas as pessoas,

independente da idade tem o seu lugar na Igreja.

É importante que o ido-so seja respeitado como ser humano que é, com todas as limitações inerentes a sua idade!

Se já não possui a vi-talidade da juventude, por outro lado, tem o conhe-cimento adquirido através das experiências ao longo de toda uma vida. A partilha desses conhecimentos com as novas gerações propor-ciona ao idoso a possibili-dade de manter-se integra-do à sociedade.

Esta integração é de suma importância para o ido-so, uma vez que um de seus maiores prazeres consiste em relatar fatos acontecidos em sua vida e perceber que as pessoas que o cercam dão-lhe a atenção devida.

A Pastoral da Pessoa Idosa tem por objetivo asse-gurar a dignidade e a valori-zação integral das pessoas idosas, através da promoção humana e espiritual, res-peitando seus direitos, num processo educativo de for-mação continuada destas, de suas famílias e de suas comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, na-cionalidade, sexo, credo re-ligioso ou político, para que as famílias e as comunida-des possam conviver respei-

tosamente com as pessoas idosas, protagonistas de sua auto-realização, por meio de muitas atividades.

Embora o grupo Luar de Prata não seja exatamente um grupo de Pastoral de Ido-so, seus membros, em boa parte são participantes da comunidade Santa Edwiges, inclusive atuantes no Aposto-lado da Oração.

São em torno de 40 se-nhoras (a mais nova com 61 anos e a mais vovozinha com 90) que se reúnem to-das as terças-feiras à tar-de nas dependências da Paróquia Santuário Santa Edwiges para as atividades diversas como: bingo, gin-cana, ginástica, artesanato, passeio e muito mais.

O grupo já existe há 13 anos e o grande incentiva-dor foi o Pe. Miguel Piscopo, ex-pároco de Santa Edwiges que fez questão da existên-cia do grupo. O convite para a participação é a partir dos 50 anos.

A equipe responsável pelo Luar de Prata é com-posta pelas senhoras: Ignez Telle Labate, Zulmira Sar-toratto Sale, Santa Bio Ri-beiro, Nair Missale e Luzia Albanese. Com muito bom humor elas narram ao Jor-nal Santa Edwiges todas as suas alegrias em participar do grupo e pertencerem a

GRUPO LUAR DE PRATA (3ª Idade)

Campanha em prol do terreno do Santuário 542 colaboradores

Obrigado a você que faz parte desta história Retire seu carnê na secretaria paroquial

Bradesco - Ag. 0090 - C/C 145.431-5 / Itaú - Ag. 0249 - C/C 56.553-2

esta comunidade no ano de seu Jubileu.

Aproveitam a ocasião para convidar a comunida-de para a missa de aniver-sário do grupo prevista para este mês de agosto, a ser ainda comunicada.

A todas as senhoras do

Luar de Prata, muitas bên-çãos e alegrias neste bonito exercício de se reunir para juntas vivenciarem esta im-portante fase da vida!

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aí, no domingo de manhã os grupos foram contemplados com quatro oficinas de dança em parceria com o Mimboé e coordenado pela professora de dança do ventre Fernanda Zambak e alguns profissionais convidados. As oficinas foram de Hip Hop, Ritmos Brasileiros, Latinos e Afros e contou com mais de 30 participantes.

Encerrou-se a Mostra de Dança com uma Celebração Eucarística no Santuário Santa Edwiges, na qual, foi partilha-do com toda a comunidade as dificuldades e alegrias vividas durante todo o evento. Como também foi apresentado o ví-deo utilizado na abertura da Mostra em que dois jovens da comunidade deram seu depoi-mento. Foi um momento de ação de graças, em que a co-munidade celebrou junto com a juventude e organizadores a concretização da 6ª Mostra de Dança de São Paulo. Então: Que venha a sétima!!!

Notícias6ª Mostra de Dança debate Inclusão Social

Miguel Caludino FerreiraHamilton Balvino de MacedoIrene Pocius ToroloEdilberto e Erineide MouroHermes R. Pereira SencionClarindo de Souza RussoJoaquim José de S. NetoAna Dalva Pereira CorreiaAlexandre Sabatine RodaFamília Cestari NoronhaLuzia Villela de Andrade

Renato RuizFamília SenaEdilson VicentainerVanilde Fernandes e FamíliaFátima E.S. MoraesRoberto MartiniHélio Martins de AguiarSuraia Zonta BittarFrancisco F. de Freitas e FamíliaDrusila Fernanda Gomes MilaniIsmael F. de Matos e Família

Fátima e filhos: Fernanda, Tadeu e TiagoFamília Marquezine e Apostolado da OraçãoArmazem do SaborMargarida de Faria RodriguesDjanane Ângelo AlvesaWaldyr Villanova PangardiMaria Aparecida BonessoFátima Monteiro AriolaMarcelo Barbosa de Oliveira e FamíliaMário Estanislau CorreaFlávia Regina Rodrigues

Já quitaram seu carnêAlcino Rodrigues de SouzaMaria Barbosa Ciqueira e FamíliaSerize e Edson França VincenziTomas e AntôniaMª Aparecida e Carlos LiberatiZulma de Souza DiasLuiz Carlos MontorsiMárcia Regina Sierra de SenePastoral da AcolhidaFrancisca Paulino SilveiraRosa Bonvegues

Através da arte e ousadia a juventude grita por um mundo de maiores possibilidades pra todos“Precisamos sempre olhar

com o coração” disse Adriana Barsotti, deficiente visual, que apresentou junto com o Frei Marcelo Ocanha e Fernanda Lopes a 6° Mostra de Dança. Esta foi a proposta principal da mostra: fazer com todos pu-dessem refletir sobre o olhar e as atitudes perante o diferente.

Realizada nos dias 10 e 11 de julho de 2010 no CEU (Cen-tro Unificado de Educação) Meninos, a Mostra de Dança em sua sexta edição teve como tema “Aqui o normal é ser dife-rente” e o lema “Por um mundo cheio de possibilidades”.

Foram 16 apresentações, as quais refletiram através da

dança a necessidade de se lutar por inclusão social.

Dentre as apresen-tações convidamos a

Associação de Ballet de Cegos Fernanda

Bianchini, composto por dançarinas deficien-

tes visuais, mostrou que é possível a inclusão. Apre-sentando uma dança de balé clássico, a perfeição com que elas se movi-

mentavam no palco, a cada passo percebia-se que, o que nos torna iguais, são as nossas diferenças.

Foi assim que a cada apre-sentação uma nova aborda-gem da inclusão era proposta. E nos intervalos de cada dança de forma criativa e extrovertida os apresentadores tiravam dú-vidas com a Adriana sobre a vida cotidiana de uma deficien-te visual, na tentativa de que-brar certos tabus.

Adriana com sua simplici-dade encantou o publico, sem-pre animada trouxe a sua vida como exemplo e explicou cada passo para se ajudar um defi-ciente, como também opinou sobre temas que muitas vezes são tratados como senso co-mum pela sociedade.

As premiações foram as seguintes: Melhor Composição Musical - Arte Deus; Destaque - Filhos Do Céu; Revelação – Tamoyo; Criatividade - Arte Deus; Sincronia e Ritmo - Arte Deus; Figurino - Arte Deus; In-terpretação - Arte Deus e Men-sagem - Arte Deus.

E a Mostra não parou por

“Aqui o normal é ser diferente”

“Por um mundo cheio

de possibilidades”.

Juventude

Mª Carmo e Mônica RibeiroOscalia CalmonMauro César do CarmoNorma IzarCícero AlvesSônia Varga O. B. Gomes e FamíliaAntônio Cristóvão de AlmeidaPaulo Vicente MartinsMaria Augusta Cristovam e Família

Francielly Camilo - [email protected]

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Pe. Bennelson da Silva Barbosa [email protected]

Vocações

Estamos vivenciando o mês vocacional em toda a Igreja do Brasil. É um momento oportuno para refletir sobre o chamado que Deus nos faz para ser pescadores de homens e mulheres. O chamado é sempre para servir e quem nos en-sina muito bem no servir é o próprio Cristo. Por essa razão devemos olhar e deixar-nos olhar pela luz do chamado que Cristo nos faz não hesitando em responder, sem colocar limites ou até mesmo achar que não temos condições para realizar tal missão. Os apóstolos, ao ouvirem o chamado de Cristo para ser pescadores de pessoas, aceitaram a revolução em sua vida.

Pedro e seus companheiros escutaram o cha-mado de Deus através de Jesus e aceitaram ser pescadores de homens. Pedro já era pescador e nunca deixou de ser ao seguir o Cristo. O que aconteceu foi que eles ganharam novas redes e barcas. As redes eram a Palavra do Cristo anun-ciadas através do Evangelho. As barcas as comu-nidades primitivas formadas pelo entusiasmo e pela esperança. O encontro com o Cristo nos faz ter uma direção do trabalho de pescar.

Jesus não quer que assumamos alguma coi-sa diferente do que já fazemos mas que respon-damos com reta intenção e coerência o chamado que Deus nos faz. O que sabemos fazer, deve ser feito com alegria e colocado a serviço do Reino de Deus. Viver a vocação não é negar os dons, os sonhos e os projetos de vida, mas é tomar cons-ciência dos limites e das potencialidades que colo-camos a serviço.

O que significa ser pescadores de homens e mulheres? Significa anunciar a Palavra de Deus que restaura e dá sentido. É encontrar-se com a pessoa do Cristo Salvador. A finalidade de pescar homens e mulheres é gerar viça como o

próprio Cristo gerou — “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”. Aqui entra o esforço do pescador de arrancar das pessoas tudo aquilo que impede as mesmas de ampliar as perspectivas de servir ao chamado de Deus e viver a vocação.

Pedro e seus companheiros não deixam seus trabalhos movidos apenas pelo entusiasmo des-pertado pelos milagres de Jesus. Eles vêem em Cristo a própria salvação a motivação e a espe-rança. Ao descobrir que o evangelho de Jesus é a palavra de Deus, o seguimento deles torna se radical. Eles deixam tudo e seguiram a Jesus (Lucas 5,11b). Este deixar tudo envolve um pro-cesso que chamamos de conversão de valores. Deixar certos valores e passar a ter os valores do Reino de Deus.

Deixar as barcas significa deixar o nosso co-modismo, o que mais nos agrada, nos convem e nos favorece vantagens. É assumir os riscos e os conflitos que o chamado nos traz que também gera paz, alegria e realização quando realizamos o processo completo do chamado de Deus.

A missão e o testemunho é tarefa de todo pes-cador de Cristo, pois a fé não só é escuta, mas também envio. Precisamos pescar em outros ma-res, rios e lagos da nossa sociedade. O seguimen-to de Cristo é a grande vocação do pescador de homens e mulheres. Apesar da tentação do can-saço, aborrecimento, de nossos erros, o Senhor nos renova no seu amor e no seu chamado. Re-zemos irmãos e irmãs neste mês vocacional por todos os chamados que Deus faz na humanidade para que respondam com generosidade ao grande amor que recebemos a todo o momento.

Chamados a pescar

No primeiro semestre deste ano o Núcleo Sócio Educativo da OSSE (Obra Social Santa Edwiges) trabalhou de forma intensa com a temática Ambien-tal, tema bastante discutido em nossa sociedade e de extrema importância para as gerações futuras. Também ganham destaque as datas comemorati-vas, onde são desenvolvidos trabalhos de artes, de cultura e do âmbito social.Agradecemos ao grupo de voluntários que doou os ovos de Páscoa e a avaliação e orientação de saúde ofereci-da pelo grupo Saúde em Comunidade da Uniban.No período das férias o núcleo não parou, tivemos culinária, artesanato em tela, bijuteria e visita ao Museu do Futebol e a Sitiolândia. Para este semestre vamos continuar com o estu-do do meio ambiente. Iremos ao Circo dos Sonhos, ao Centro Cultural para uma apresentação sobre folclore, faremos oficinas de reciclagem, montare-mos um painel com lego e recicláveis sobre a água. Teremos os documentários sobre lixo e o uso dos recursos energéticos. Acompanhe o nosso trabalho, mais informações: 2591-2281.

Conheça a OSSE!

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Entrevista

PROTAGONISMO JOVEMNo manual do 1º Congresso de Leigos da Arqui-

diocese de São Paulo lê-se: “O inicio da vida cristã se dá no encontro de fé com a pessoa de Jesus. Tal encontro consiste na resposta a um chamado, uma vez que a ação inicial é sempre divina. Nisto consis-te a própria natureza do cristianismo, em reconhecer a presença de Jesus Cristo e segui-lo”. (p.88).

Encontrar-se com Jesus Cristo é uma das moti-vações de nossos jovens a seguirem um caminho de ideais cristãos, contrapondo-se a outras propostas pelas quais o jovem é assediado constantemente.

No Santuário Santa Edwiges os jovens tem espaço para expressarem suas idéias, promover amizades, ter convivência saudável, cultivar vida de oração e de fé em Jesus Cristo.

São vários os grupos que não só catequizam e instruem o jovem no caminho cristão, mas que pro-movem a boa convivência num clima de fraternidade e espírito de família. Juntos eles fazem a vida da pa-róquia-santuário acontecer, pois além de se encon-trarem semanalmente, também frequentam e atuam nas missas, em particular aos domingos às 11h, pro-movem grandes eventos como a Mostra de Dança e estão juntos aos grandes eventos paroquiais, como o jubileu e a festa da padroeira.

Conversamos com os líderes dos três principais grupos: COJOSE, AJUNAI e CRISMA, e deles tra-zemos para o nosso jornal os seus anseios, ale-grias e esperanças em poder servir e partilhar com esta grande família de Deus.

TIAGO LOPES CARDOSO25 anos, formado em Administração de Empresas e trabalha no Mercado Financeiro como Analista de Ope-rações. Coordenador do Grupo de Jovens COJOSE

JSE: O que é para você ser um cristão jovem hoje?A questão é interessante, pois, diferentemente

dos questionamentos que ouço a pergunta acima não se restringe ao jovem: “o que é ser um jovem cristão hoje?”. Ela á muito mais ampla. Ela me fez pensar, por exemplo, se eu sou realmente um cris-tão e como estou vivendo esta minha escolha: de uma maneira cinza, opaca ou se minha fé em Je-sus Cristo transformou e transforma a cada dia a minha vida mais alegre, colorida. Enfim, se minha fé me torna todo dia mais jovem em Deus. Depois de parar e refletir sobre estes pontos, podemos en-tão responder “o que é ser um cristão jovem hoje”. Chego à conclusão que ser um cristão jovem hoje é, dentro do meu cotidiano, me esforçar para ser a cada dia uma pessoa melhor. Alguém capaz de en-sinar, aprender, perdoar, capaz de sorrir e amar as pessoas ao meu redor com atitudes concretas, com gestos visíveis e invisíveis aos olhos das outras pessoas. Além disso, outra atitude que nos ajuda a sermos cristãos jovens hoje é confiar a nossa vida a Deus. Nossos problemas, preocupações e sonhos devem ser depositados no colo de Deus, com fé, esperança e amor. E por último, para ser um cristão jovem hoje devemos ousar, devemos desafiar aquilo que todos acham impossível de ser feito, devemos “fazer extraordinariamente as coisas ordinárias”. JSE: Quais as suas maiores alegrias no exercício desta liderança Jovem?

Uma das maiores alegrias é ver a semente ser lançada, preparada e, depois de um tempo, vê-la começar a brotar, crescer e dar os primeiros fru-tos. Às vezes temos a graça de ver esta pequena semente lançar outras sementes. Estas, sem dú-vidas, são pequenas conquistas que alegram nos-sos corações.

CLAUDIO HUGO ALVES FRANÇA17 anos, estudante de Logística (Nível Técnico), Ballet e Jazz. Coordenador do grupo de adolescentes AJUNAI JSE: Quais as maiores dificuldades do adolescen-te hoje e o que o grupo AJUNAI pode oferecer?

Acredito que a maior dificuldade do adolescen-te é a de encontrar algo diferente do que a so-ciedade oferece. Hoje vemos adolescentes come-çando a vida adulta muito cedo. Isso acontece por motivos como uma gravidez, o envolvimento com as drogas e outras situações mais que fazem ace-lerar a fase.

O grupo Ajunai mostra algo diferente, um cami-nho que oferece novas propostas para o adoles-cente. Nosso maior objetivo é fazer com que os adolescentes do Ajunai possam ajudar aos outros a também encontrarem-se com Jesus.

JSE: Como você se sente nesta missão de es-tar à frente de um grupo de adolescentes?

Com a responsabilidade e o interesse em pas-sar para a galera o que já vivi. Aos onze anos entrei no grupo, já era coroinha desde os cinco, e tudo o que vivi e foi acrescentado em minha vida devo repassar. A missão é grande, o caminho é cheio de pedras e dificuldades. Quando vejo o sorriso deles acabo me motivando e consigo su-perar a tudo para levar adiante os meus ideais.

Uma das coisas que gosto muito é a arte, e sinto que o grupo todo manifesta a sua rebeldia por meio do teatro, da dança e da música e com isso acabamos por passar nossas mensagens.

ALESSANDRA REGINA DOS SANTOS31 anos, estudante de Enfermagem. Coordenadora da Pastoral da Crisma

JSE: Qual a grande missão da Pastoral da Cris-ma?

A Pastoral da Crisma tem como objetivo princi-pal catequizar os jovens e ministrar os ensinamen-tos da igreja, visando preparar estes jovens para re-ceber um dos (três) sacramentos da iniciação cristã que são: Batismo, Primeira Eucaristia e a Confir-mação do Batismo que é o Sacramento da Crisma.

Além de preparar para receber o sacramento da confirmação do batismo, a Pastoral da Crisma tam-bém tem a finalidade de mostrar ao jovem catequi-zando, outras opções de trabalho pastoral. Serão apresentadas a eles outras áreas de trabalho den-tro da própria igreja, tais como: Coroinhas, Pastoral da Juventude, COJOSE, AJUNAI, e outras áreas e pastorais da qual o jovem possa estar atuando ati-vamente e passando as pessoas àquilo que lhe foi apresentado durante a sua caminhada catequética.

JSE: Para você o que é mais importante para o jovem e adolescente e como você sente estar con-tribuindo para isso?

É de extrema importância que o jovem conheça e viva os ensinamentos da igreja, que cada jovem tenha uma visão mais ampla sobre a realidade nos dias de hoje e que saibam diferenciar o “certo do errado”. Durante e ao termino da catequese é de grande valia ver os jovens inseridos nos nossos grupos de jovens e adolescentes para que dêem continuidade a tudo que aprenderam e viveram na crisma.

Para mim é uma honra trabalhar com a Ju-ventude, não é apenas ensinar também é um grande aprendizado e estar contribuindo na for-mação desses jovens e vê-los participando é fantástico não tenho nem palavras para expres-sar o quanto é importante.

TIAGO LOPESCLAUDIO HUGO ALVES ALESSANDRA REGINA

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12 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Agosto de 2010

São José Maria

A Vocação à vida religiosa, a qual neste mês de Agosto se recorda no terceiro domingo, é caracterizada pela vivência dos três votos ou conselhos evangélicos: Pobreza, Cas-tidade e Obediência. Estes votos é que caracterizam a essência da Irmã e do Irmão consagrado.

Como consagrados e lei-gos josefinos, devotos do grande patriarca, aprenda-mos de seu exemplo a con-servarmos também estas três grandes virtudes. Ao deparar-mos com esta figura admirá-vel de vida, deve brotar em nós o forte desejo a ponto de exclamarmos: “Senhor eu também quero ser assim”.

Se considerarmos os três votos como uma escola, po-demos então ter São José como professor. Há nesta fi-gura grandiosas virtudes que marcam profundamente a Igreja Católica!

Vejamos agora como iden-tificar a prática dos três votos na vida de São José:

Castidade – São José foi um homem que usou santa-mente os seus sentidos, o seu corpo era templo do Espí-rito Santo. O seu pensamento não conheceu a malícia dos homens, pois o silêncio e o escondimento era uma má-xima para si, a mão de Deus ali estava. Os seus olhos transmitiam a ternura da hu-mildade que ao serem vistos poderiam amolecer o coração de qualquer pai aqui na terra. Os seus ouvidos eram pron-tamente criados para além de escutar, compreender e entender o outro.

Ele era alguém que não ti-nha mãos para apontar e sim para abraçar amorosamente. Portanto, a castidade não é uma parte e sim um todo na vida de José, pois diante de tão grandes virtudes é quase impossível que ele não tives-se essas qualidades aqui ci-tadas.

Pobreza – Nela consiste a liberdade que temos para servir unicamente o Senhor

MODELO DE VIDA CONSAGRADA

Frei Marcelo Ocanha, [email protected]

Solenidade da Assunção de

Maria Santíssimade nossa vida sem apegar-se aos bens temporais.

A pobreza não está em ser carpinteiro como Jose, pois ele poderia também apegar-se ao seu ofício. José ensina-nos que devemos es-tar livres de tudo para lutar, viver, testemunhar, praticar e amar unicamente a Deus na pessoa de Jesus Cristo. Não acumulando bens para si, mas doando com toda a comunidade. São José doou muito, fez da sua vida uma doação!

Obediência – Não con-siste em simplesmente dizer sim a tudo. Como Maria, José também questionou, se apro-fundou no mistério, buscou respostas e finalmente disse o seu sim. José se dedicou unicamente aos interesses de Jesus por uma obediência livre e não imposta. Fez de seu ser um contínuo serviço de amor e entrega total a um bem maior!

Eis aí o triangulo completo e perfeito na pessoa de José. Tal reflexão pode parecer simples, mas nos deixa idéias inquietantes que nos ajudam a despertar. José é fruto de seu tempo. Isso é claro, mas suas virtudes, são a cada instante novas e precisas. Encontramo-nos num mundo em que, ou estamos em Deus ou não estamos.

José foi casto por amor, na missão junto à Maria por sua fé na graça de Deus. Foi po-bre não porque tinha pouco, mas porque desapegou-se por amor. Foi obediente simples-mente porque deveria servir.

Só iremos ter essas virtu-des santas quando esquecer-nos de nós mesmos para dar lugar a Deus em nossas vi-das: “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3,20).

A Igreja Católica de rito latino celebra, no terceiro Domingo de agosto, a Solenidade da Assunção de Maria.

É a declaração de que Deus é fiel às suas promessas e conduz à eternidade feliz quem lhe é fiel.

E Maria foi absolutamente fiel!

A linguagem da AssunçãoA expressão “assunção”

quer significar que o objeto ou a pessoa foi elevada, porta-da ou “trans-portada”, de um lugar ou “situação” para um outro lugar ou “situação”, para um nível físico ou situação su-perior em relação a quem está em um outro inferior.

A idéia de subida é muito forte na mentalidade humana. Quando falamos de céu como morada de Deus olhamos para cima. E quando falamos de Deus também olhamos para cima, pois lá é, na nossa men-talidade culturalmente mítica, o lugar de Deus.

É uma questão de lingua-gem, de modelos psicológicos: o céu é o contrário da terra. Se na terra há tristeza, no céu será a alegria o comum; se na terra há limite, no céu haverá abundância; se na terra há morte no céu haverá vida. Se na terra não se vê Deus, então lá no céu Ele estará presente totalmente.

A mentalidade cultural-mente mítica não consegue ultrapassar o sinal da lingua-gem e compreender o sim-bólico da imagem. Isto se torna mais confuso quando o Dogma afirma que Maria en-contra-se no céu em corpo e alma. Ora, se ela está assim lá no céu então é porque “não

morreu”. De fato, na Igreja Oriental não há a Solenidade da Assunção, mas a da “Dor-mição” de Maria, o que dificul-ta mais ainda a linguagem. O que se acentua na “Dormição” é que Maria entrou na eterni-dade com a serenidade de alguém que adormece, sem a crise existencial, a angústia desesperadora da morte. Ela entendeu a vida e a viveu em intensidade extrema e total, na comunhão do Espírito que a tornou “plena de Graça”.

A Ressurreição de MariaNa Assunção de Maria o

que se celebra é a Ressur-reição de Maria. Não é sua imortalidade, pois até Jesus Cristo, o Filho do Pai eterno morreu… Por que Maria não iria morrer? Morrer é humano, é natural, é direito da criatu-ra encerrar sua jornada, ter e viver um término. Uma coisa sem fim e ao mesmo tempo limitada, imperfeita, seria um tormento infinito.

Maria deixou a realidade do mundo físico, histórico e entrou na glória eterna. E já está como seu Filho: ressus-citada, divinizada, transfi-gurada. Ela vê a Deus face-a-face e não encontra mais erro, medo ou limite: ela está na felicidade dos Justos e no Reino eterno.

Parece ser oportuno dei-xar um pouco esta imagem da “subida” física de Maria e a idéia da ausência de uma morte corporal. Ela morre, como todo homem, como lembra Paulo, e já encontra a Ressurreição, já retoma seu físico, agora não corruptível (passível de sofrimento e mor-te), não limitado pelo tempo e espaço, mas pleno, perfeito.

Pe. Mauro Negro - [email protected]

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Agosto de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 13

Cultura e LazerSanto do Mês

Nascido em Tagaste, na Ar-gélia, região do norte da África, em 354, Agostinho foi filho do pagão Patrício e da cristã Mô-nica. Menino e jovem dotado de inteligência fora do comum e habilidades notáveis, San-to Agostinho é, sob múltiplos aspectos, um santo único em toda a história do Cristianismo. Antes de mais nada ele não é um “santo ideal”, sem defeitos ou que sempre foi um modelo de vida. Pelo contrário, Agosti-nho é o típico homem de seu tempo: apaixonado, ambicioso, cheio de interesses e contras-tes que deseja sobressair-se e pode ser o melhor entre os melhores. Por isso mesmo não vê limites para seus projetos e para sua conduta. O Cristianis-mo lhe soa distante, é apenas uma recordação dos ensina-mentos de sua mãe, Mônica. O que lhe importa na juventude e no início de sua maturidade é o prazer: primeiro o sensível, do prestígio de grande professor de retórica, de algo que pode-ríamos chamar hoje de “boê-mio”, o prazer sensual, aquele da oferta de relacionamentos ligeiros e superficiais. Depois, o prazer das idéias, do mundo da cultura apoiado pelos gran-des mestres que Agostinho sabia que haviam olhado para o mundo, a natureza e o pró-prio homem com maestria. Um mestre, um gênio como Agos-tinho sabia reconhecer outros mestres geniais.

Mas isto lhe alimentava apenas o vazio interior. A sa-bedoria da Filosofia era um ca-minho que lhe falava alto, mas não o satisfazia completamen-

te. Agostinho então põe-se a buscar sentido para tudo e para si mesmo. Encontra em certas expressões religiosas muito próximas do Cristianismo. Mas é em Milão que o jovem pro-fessor conhece o grande Bispo Ambrósio. Pelos argumentos profundos, sábios, seguros do Pastor daquela Igreja Agos-tinho decide-se estudar com atenção a Fé que sua mãe, tantas vezes em lágrimas, lhe apresentara na infância e ju-ventude.

A esta altura Agostinho vai mudando seu comportamento. Tem amigos, mas restringe seu círculo de amizades entre os mais próximos e também inte-ressados nas catequeses de Ambrósio. Tem um filho, fruto de uma convivência passagei-ra e ilegítima com uma prosti-tuta. Logo depois chega sua mãe e juntos todos começam a crescer no conhecimento da Fé em Cristo que é caminho de libertação interior e, logo Agostinho descobre também, de conhecimento e deslumbre sem limites.

Depois de convertido ao Cristianismo Agostinho vai crescendo no controle de si, na expressão de sua fé e no en-volvimento de sua cultura. Ele agora não é um pagão que en-sina, é um cristão que vê e faz que outros vejam a beleza de Deus em tudo e em todos, não sem deixar claro que o pecado rompe tudo isto e destrói a ale-gria da pessoa.

Mônica, depois de ver o filho convertido, deixa este mundo em paz, bem quando o grupo de Agostinho deixava a Europa para retornar para a África e recomeçar a vida. Lá, Agostinho planejava viver o dia-a-dia como um bom profes-sor e um fiel cristão. Em uma pequena comunidade, em Hi-pona, cidade do norte da Áfri-ca, Agostinho e seus amigos dedicam-se à oração e ao es-tudo. O idoso Bispo da cidade solicita o auxílio de Agostinho e o faz Padre. Com a morte des-te Bispo, Agostinho, o antes pa-gão mundano e escandaloso, é agora aclamado pelo clero e pelo povo como Bispo.

Agostinho aceita o encar-go não sem dificuldades. Seus planos eram a vida contempla-tiva, o estudo profundo, a ora-ção sincera e constante. Subi-tamente ele está à cabeça de uma Igreja importante, cheio de compromissos e afazeres.

Por 34 anos Agostinho foi Bispo de Hipona: mestre, pas-tor, pai, socorria os pobres, ou-via os aflitos, acolhia os Padres e fiéis, indicava o caminho, en-sinava, admoestava, mostrava, exemplificava com a vida pes-soal.

Não deixou de estudar e escrever. É dele a célebre obra “Confissões”, onde o Bispo, fi-lósofo e teólogo analisa a vida, a sua própria vida e o modo de pensar correto e seguro. Outra obra, “A cidade de Deus”, foi um marco de grande impacto na história e determinou mais de mil anos do pensamento fi-losófico e teológico. Agostinho comentou praticamente toda a Sagrada Escritura e todos os ramos do conhecimento te-ológico. É comum que o leitor iniciante de Santo Agostinho se surpreenda quando, lendo uma obra sua, veja citações bíblicas inteiras, entrelaçadas com harmonia em um texto coerente e fluente. O caso é que o santo filósofo e teólogo havia assimilado tão profun-damente a Escritura que seu pensamento estava ancorado nos textos bíblicos. Por isso e muito mais Santo Agostinho é um dos grandes “doutores da Igreja”, expressão que significa mestre de conhecimento e dou-trina. Nosso Papa atual, Bento 16, é fiel seguidor intelectual e espiritual do Bispo de Hipona.

Agostinho morreu em 28 de agosto de 430, com 76 anos de vida, entristecido por ver sua ci-dade episcopal cercada e amea-çada rudemente pelos bárbaros que a desejavam saquear. Se a cidade caiu depois disto, o certo é que o pensamento e a doutrina de Agostinho perdura como uma das mais seguras e fecundas maneiras de ver e viver, ilumina-dos pela graça e inteligência.

Santo Agostinho

A proposta da 10ª edição da mostra de dança contempo-rânea do SESI-SP tem como foco o percurso de criação, buscando valorizar artistas criadores de uma escrita pró-pria e que desenvolvem uma maneira autêntica e autoral de existir em cena. De acordo com a curadora Christine Grei-ner, professora do Departa-mento de Linguagens do Cor-po da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, ela foi pensada em rede, com os próprios criadores e com a produtora Gabi Gonçal-ves. Oportunidade única para conhecer o trabalho de artistas

Panorama Sesi de Dança10º Edição

que têm demonstrado um per-curso inquieto de pesquisa. A idéia mais interessante que a mostra oferece é que não se trata de uma apresentação de repertórios, mas sim das expe-riências em que a pesquisa de cada um construiu enquanto chave importante para a obra como um todo.

Nos sábados, dias 7 e 14 de agosto, a partir das 12h, haverão conversas entre os criadores, transmitidas ao vivo pela internet. As per-guntas poderão ser feitas em tempo real pelo twitter. Inf. site www.corporastreado.com/panoramasesi

Pe. Mauro Negro - [email protected]

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14 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Agosto de 2010

Psicologia e Saúde

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

Mensagem especial

Seremos nós tão com-petentes, tão espertos, tão mais tudo que o outro, que o que imaginamos passa ser verdade tão logo ex-pressemos em palavras?

Seremos nós tão mais observadores, tão mais apurados em nossa aten-ção, que enxergaremos no outro, todas as suas mal-dades, as suas falsidades, todos os seus sentimentos ocultos? Seremos nós ou os outros também o serão?

Falo de você, você fala de mim, o outro fala de nós, nós falamos do outro e to-dos nós nos julgamos pers-picazes o suficiente para saber do outro, mais do que ele mesmo sabe. Saímos então, à boca pequena, a comentar, a falar o que pensamos saber e quem nos ouve, ao passar adian-te, modifica o que ouviu da maneira como entendeu e cada qual vai falando con-forme sua interpretação. É o “me contaram”, é o “diz que diz”, é o “leva e traz” que ganha forças em bo-cas ávidas de tudo passar adiante, sem sequer filtrar o que ouviu.

Aí então, seguimos em frente temendo que outros olhos estejam a nos obser-

Intriga

var, vendo em nós o que não deveríamos ter feito e o fize-mos e o que nunca fizemos por não ter tido coragem o suficiente e que sequer contamos a nós mesmos que queríamos. E que ficou marcado em nosso corpo, em nossa postura, para ser “lido” por quem o quiser.

Temos medo do outro, que também a nós deve temer, pois nossos olhos saem à frente, a procura do oculto, do mal feito, que tan-ta satisfação nos traz passar adiante o que pensamos sa-ber que sabemos. A nosso modo, à nossa maneira, à nossa interpretação, como cúmplice que somos da vi-são distorcida do fato.

Está formada a fofoca, a bisbilhotice, a intriga, que mostra nossa mania de grandeza ao falar do outro, comparando-o conosco, co-locando-o dentro de nossas leis, de nossos padrões tão certos, tão nossos... E que gostaríamos tanto, se possí-vel fosse, de ter a coragem de jogar por terra. Como se possível fosse...

Os Bispos Católicos do Regional Sul 1, da CNBB (Estado de São Paulo), no cumprimento de sua missão pastoral, oferecem as seguin-tes orientações aos seus fiéis para a participação conscien-te e responsável no processo político-eleitoral deste ano: 1. O poder político emana do povo. Votar é um exercício importante de cidadania; por isso, não deixe de participar das eleições e de exercer bem este poder. Lembre-se de que seu voto contribui para definir a vida política do País e do nosso Estado. 2. O exercício do poder é um serviço ao povo. Veri-fique se os candidatos es-tão comprometidos com as grandes questões que re-querem ações decididas dos governantes e legisladores: a superação da pobreza, a promoção de uma economia voltada para a criação de postos de trabalho e melhor distribuição da renda, educa-ção de qualidade para todos, saúde, moradia, saneamento básico, respeito à vida e de-fesa do meio ambiente. 3. Governar é promover o bem comum. Veja se os can-didatos e seus partidos estão comprometidos com a justiça e a solidariedade so-cial, a segurança pública, a superação da violência, a justiça no campo, a digni-dade da pessoa, os direitos humanos, a cultura da paz e o respeito pleno pela vida humana desde a concepção até à morte natural. São va-lores fundamentais irrenunci-áveis para o convívio social. Isso também supõe o reco-nhecimento à legítima posse de bens e à dimensão social da propriedade. 4. O bom governante gover-na para todos. Observe se os candidatos representam ape-nas o interesse de um grupo específico ou se pre-

tendem promover políticas que beneficiem a sociedade como um todo, levando em conta, especialmente, as camadas sociais mais frágeis e necessitadas da atenção do Poder público. 5. O homem público deve ter idoneidade moral. Dê seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”, dignos de confiança, capazes de go-vernar com prudência e equi-dade e de fazer leis boas e justas para o convívio social. 6. Voto não é mercadoria. Fi-que atento à prática da cor-rupção eleitoral, ao abuso do poder econômico, à compra de votos e ao uso indevido da máquina administrativa na campanha eleitoral. Fa-tos como esses devem ser denunciados imediatamente, com testemunhas, às autori-dades competentes. Questio-ne também se os candidatos estão dispostos a administrar ou legislar de forma transpa-rente, aceitando mecanismos de controle por parte da so-ciedade. Candidatos com um histórico de corrupção ou má gestão dos recursos públicos não devem receber nosso apoio nas eleições. 7. Voto consciente não é tro-ca de favores, mas uma es-

colha livre. Procure conhecer os candidatos, sua história pessoal, suas ideias e as pro-postas defendidas por eles e os partidos aos quais estão filiados. Vote em candidatos que representem e defen-dam, depois de eleitos, as convicções que você também defende. 8. A religião pertence à iden-tidade de um povo. Vote em candidatos que respeitem a liberdade de consciência, as convicções religiosas dos ci-dadãos, seus símbolos reli-giosos e a livre manifestação de sua fé. 9. A Família é um patrimônio da humanidade e um bem insubstituível para a pessoa. Ajude a promover, com seu voto, a proteção da família contra todas as ameaças à sua missão e identidade na-tural. A sociedade que des-cuida da família, destrói as próprias bases. 10. Votar é importante, mas ainda não é tudo. Acompa-nhe, depois das eleições, as ações e decisões políticas e administrativas dos go-vernantes e parlamentares, para cobrar deles a coerên-cia para com as promessas de campanha e apoiar as de-cisões acertadas.

VOTAR BEM

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Agosto de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 15

Missões

O livro do Deuteronômio apresenta um critério que pode ser útilneste momento em que nos pomos a analisar propostas políticas com vistas às eleições. Mesmo não sendo um critério único de análise e escolha é, seguramente, algo a se pensar e um caminho de discernimento.

Há 11 anos, no mês de julho, a Província Nos-sa Senhora do Rocio, dos Oblatos de São José, realiza as Missões Josefinas. Aproveitando o perí-odo de férias escolares, programação de recesso de profissionais liberais e trabalhadores da vinha do Senhor, nos colocamos a caminho da Evangeli-zação. Este ano de 2010 o destino foi Apucarana, cidade ao Norte do Paraná, região do vale do Ivaí, Diocese de Apucarana, na Paróquia Santuário São José e suas comunidades.

A partir do convite do Pároco Reitor, Pe. João Batista da Silva, que motivado pela celebração do Jubileu da comunidade paroquial, encontrou nas missões um serviço em prol da animação da comu-nidade, do fortalecimento das lideranças e a busca de casa em casa dos que, por um motivo ou outro, estavam afastados ou desanimados em sua vivên-cia eclesial e de fé.

Como eixo das missões tratamos de uma Igreja Discípula Missionária dentro da realidade de Apu-carana, na vivência do Plano Diocesano de Pasto-ral e suas dimensões.

A comunidade, a equipe missionária e o CPP (Conselho de Pastoral Paroquial) fizeram pedidos de temas para serem trabalhados nas noites de formação. Definiu-se por estes: Igreja Fundamen-tada na Palavra (segunda-feira), com um anseio de responder aos grupos de vivência, encorajando-os a exemplo da comunidade dos Atos dos Apóstolos a caminhar na união fraterna, na partilha da palavra e como Igreja doméstica e comunitária. Sacramen-tos (terça-feira), numa visão de retomar os compro-missos de realização dos mistérios do Cristo em nossas vidas, e como comunidade deixar estar em nós os sinais visíveis da graça invisível contida na matéria dos sacramentos. Eucaristia (quarta-feira), como fonte motivadora, alimento da vida comu-nitária e sinal presente do Cristo que se realiza e planifica na vida da Comunidade. Discipulado e a Missionariedade (quinta-feira), refletimos sob a luz do tema de uma Igreja convidada ao discipulado, voltada às fontes originais do batismo, do Evange-lho e do mandato de Jesus: Ir, pregar, fazer discí-pulos e batizando e convidando a conversão. E por fim, o Dízimo (sexta-feira), onde refletimos sobre o compromisso da manutenção da Igreja, um serviço de fé, de conversão e de confiança. Reconhecer no dízimo a sinceridade de dar a Deus a sua par-te doada e assim a comunidade poder se manter, realizar a evangelização e dar aos pobres o atendi-mento de suas necessidades.

Foram realizados encontros com as crianças, tanto no centro como nas comunidades, momentos de muita alegria e integração. Crianças e adoles-centes fizeram um circuito de oficinas começado pela espiritualidade, passando pela reflexão da fa-mília, caminhando para a oficina de artes, canto/música, vocacional, com um teatro de sombras e acabando na roda da brincadeira, ofertando assim,

Missões Josefinas 2010 – Apucarana (PR)

de modo lúdico, a proposta de ser na vida cate-quética um discípulo missionário.

Também aconteceram três noites de encon-tros com os jovens, seguindo os passos do pro-jeto do Centro Juvenil Vocacional, da Província, passos dentro da evangelização da Juventude. Um desafio grande onde os jovens saíram em busca de outros jovens, mostrando uma nova possibilidade, o desafio de sair de um sossego e ir ao encontro de Cristo.

Estes relatos foram dos serviços realizados nas comunidades, além de outros aqui não des-crito. Uma marca desta missão foi a diversidade, com um grupo composto por diferentes idades, diferentes procedências. Foi uma missão de muita integração e disposição por parte do grupo missionário.

Todas as manhãs os grupos localizados nas comunidades se reuniam para a oração fraterna, em uma atitude de se abastecer do Cristo para ir à sua messe durante o dia. Sendo cidade, devi-do a rotina de trabalho, muitas vezes as pessoas não eram encontradas. As formações noturnas também foram uma saída estratégica para atingir os operários que durante o dia buscavam o seu sustento, sendo esta uma atitude muito louvada, por aqueles que pensaram que seriam esqueci-dos pela impossibilidade provinda do trabalho.

Missões 2010, um tempo de paz e de felici-dades para todos que ali estiveram. Não se dei-xe mover pelo sossego! Este é um convite para dar passos na fé, no crescimento e na busca de alternativas para alcançar a todos, e também a si mesmo, não deixando parar o grito que Paulo ouvia “Ai de mim se não evangelizar”, que é dito para nós hoje.

Uma imensa gratidão a todos os que contri-buíram para que pudéssemos chegar a todas as casas, as lojas, sítios, chácaras, fazendas, en-fim, de toda a comunidade. Seja com a entrada, com os sinais da missão ou ainda pela mensa-gem deixada através dos santinhos, panfletos, estudos, orações ou a cordialidade de um cafe-zinho e um diálogo de irmãos na partilha da fé e da esperança.

Foi muito amistosa a presença de Dom Celso Antonio Marchiori, Bispo Diocesano de Apucara-na, pelo carinho de estar conosco na semana. De nos reconhecer e nos gratificar com a noti-ficação de nossa presença no funeral de Dom Domingos Wisniewski, Bispo Emérito daquela sede episcopal. E também por ter abençoado as cruzes que a Pastoral Missionária lançou como sinal permanente dos missionários.

Minha gratidão a todos os que contribuíram com a oração e aos que fizeram acontecer a Mis-são Juvenil Vocacional Josefina de 2010.

Pe. Paulo Siebeneichler - [email protected]

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16 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Agosto de 2010

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