Jornal Unisa - Dezembro 2009

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www.unisa.br 1 JORNALUNISA Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo - Distribuição Gratuita - Dezembro de 2009 TEMPO DE RECONHECIMENTO ::: Alunas de Relações Públicas e Publicidade e Propaganda são motivos de orgulho para a Unisa. Um trabalho de RP sobre o turismo em São Paulo foi premiado pela As- sociação Brasileira de Relações Públi- cas, no 27º Concurso Universitário de Monografias e Projetos Experimentais. Um grupo experimental de PP tam- bém brilhou e levou o segundo lugar na 18ª Edição do Prêmio Central de Outdoor 2009 - Categoria Estudantil. E o Guia do Estudante, da Editora Abril, classificou o curso de RTV da Unisa com três estrelas. Mídias digitais em debate ::: Palestrante do Fórum de Publicidade e Pro- paganda diz que profissionais de comunica- ção devem fazer parte de redes sociais como o Twitter. A maioria dos clientes está nestes sites”, disse Paulo Milreu. pág. 4 Ex-alunos apresentam projeto ::: Diego Viñas e Tony Marlon, que se forma- ram em jornalismo em 2007, desenvolveram a “Maré Alta”, uma das iniciativas da ONG Pro- jeto Arrastão. Na pauta, oficinas para crianças e adolescentes que pretendem seguir carreira na área de comunicação. pág. 10 Foto Divulgação Unisa SINERGIA NA COMUNICAÇÃO ::: A Semana de Comunicação foi realizada de for- ma integrada, para universitários dos quatro cursos. O tema debatido foi a sustentabilidade. “Ao envol- vermos os alunos das quatro habilitações, procura- mos reforçar o compromisso da Unisa na criação de canais para que os estudantes tenham uma visão abrangente”, explicou o coordenador dos cursos de Jornalismo e Rádio e Televisão, o professor Ander- son Gurgel. pág. 6 Estudantes de RP levam 2º lugar com trabalho sobre turismo Pela primeira vez, os palestrantes falaram para estudantes dos quatro cursos Foto Mariana Bernun pág. 5 Responsabilidade Social ::: A Feira de Incentivo Social (FIS), organizada por alunos como um trabalho interdisciplinar do curso de PP, renova o compromisso social do profissional de comunicação. pág. 11

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Boletim de Notícias elaborado na disciplina Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação Social da UNISA, no curso de Jornalismo. Orientação PLanejamento Gráfico: profa Elizabeth Fantauzzi.

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JORNALUNISAJornal Laboratório do Curso de Jornalismo - Distribuição Gratuita - Dezembro de 2009

TEMPO DE RECONHECIMENTO::: Alunas de Relações Públicas e Publicidade e Propaganda são motivos de orgulho para a Unisa. Um trabalho de RP sobre o turismo em São Paulo foi premiado pela As-sociação Brasileira de Relações Públi-cas, no 27º Concurso Universitário de Monografias e Projetos Experimentais. Um grupo experimental de PP tam-bém brilhou e levou o segundo lugar na 18ª Edição do Prêmio Central de Outdoor 2009 - Categoria Estudantil. E o Guia do Estudante, da Editora Abril, classificou o curso de RTV da Unisa com três estrelas.

Mídias digitais em debate::: Palestrante do Fórum de Publicidade e Pro-paganda diz que profissionais de comunica-ção devem fazer parte de redes sociais como o Twitter. “A maioria dos clientes está nestes sites”, disse Paulo Milreu. pág. 4

Ex-alunos apresentam projeto::: Diego Viñas e Tony Marlon, que se forma-ram em jornalismo em 2007, desenvolveram a “Maré Alta”, uma das iniciativas da ONG Pro-jeto Arrastão. Na pauta, oficinas para crianças e adolescentes que pretendem seguir carreira na área de comunicação. pág. 10

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SINERGIA NA COMUNICAÇÃO::: A Semana de Comunicação foi realizada de for-ma integrada, para universitários dos quatro cursos. O tema debatido foi a sustentabilidade. “Ao envol-vermos os alunos das quatro habilitações, procura-mos reforçar o compromisso da Unisa na criação de canais para que os estudantes tenham uma visão abrangente”, explicou o coordenador dos cursos de Jornalismo e Rádio e Televisão, o professor Ander-son Gurgel.

pág. 6Estudantes de RP levam 2º lugar com trabalho sobre tur ismo

Pela primeira vez, os palestrantes falaram para estudantes dos quatro cursos

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Responsabilidade Social::: A Feira de Incentivo Social (FIS), organizada por alunos como um trabalho interdisciplinar do curso de PP, renova o compromisso social do profissional de comunicação. pág. 11

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CARTA DO EDITOR::: Por uma cultura sustentável

Especialistas convergem: o poder da comunicação é vital para que o homem inicie seu caminho de volta ao ethos

> por Anderson Gurgel *

O jornal experimental da Unisa é uma publicação do curso de Jornalismo da Faculdade de Comu-nicação Social da Univer-sidade de Santo Amaro - Unisa.

Rua Isabel Schmidt, 349, Santo Amaro - SP/SP(11) 2141-8925

Conselho Editorial: Anderson Gurgel (Mtb: 28.272)Wagner Belmonte (Mtb: 23.719)

Planejamento Gráfico: Elizabeth Fantauzzi

Fotografias: Depto. Marketing Unisa e alunos

Redação: Aluno do 2º semestre Leonardo Araújo

Alunos do 4º semestreAnalina AroucheFernando Richter

Alunos do 6º semestreAne Greice PassosDayse OliveiraEdimon TeixeiraEmerson VianaFelipe FerreiraLaura Dal RovereLeila Aleixo

Nayara KathiúsciaPatrícia BritoRodrigo Capelo

Expediente

Professor Anderson Gurgel

Todos os anos, a Semana da Comunicação marca um momento especial no calendário das atividades pedagógicas da Unisa. Rompendo com a

rotina das aulas, essa atividade permite aos alunos e ex-alunos, professores e demais convidados parar por uma semana para refletir mais a fundo sobre um determinado assunto. O tema escolhido para a edição de 2009 foi “O Papel da Comu-nicação na Era da Sustentabilidade”.

O assunto não poderia ter sido mais oportuno. A Comunicação, enquanto sistema cultural, está em constante evolução e diálogo com sociedade. Para a comissão formada por professores e alunos da Unisa, estava mais que na hora de entender uma faceta social

que já está se tornando paradigmática: um novo compor-tamento social, de forma a garantir que o nosso mundo tenha um desenvolvi-mento sustentável.

Para isso, é necessário pensar o quanto é importante o papel da comunica-ção para mudanças de comportamento no sentido de criar perspectivas para o futuro do planeta e para a própria sobrevivência do ser humano.

A tese defendida durante o evento é que a atuação dos profissionais de co-municação, atualmente dentro de Meios de Comunicação como TV, imprensa escrita, rádio, internet, empresas, ou mesmo em outras frentes de atuação, re-quer uma reinvenção constante, cada vez mais calcada na inovação sustentável. A sobrevivência, vista no sentido amplo, tem a ver com as mudanças que cada comunicador deve promover na sociedade, contribuindo para o surgimento de um mundo mais sustentável.

Unânime entre os especialistas que participaram do evento é a certeza de que o poder da comunicação é vital para que o homem inicie o seu caminho de volta ao ethos – que, em grego, significa toca do animal ou casa humana –, para reencontrar a sua essência mais profunda: o sentido de preservação, o cuidado com a vida.

Outro ponto forte das atividades foi o papel das novas tecnologias que, utili-zadas pela comunicação formando redes sociais complexas e inovadoras, con-tribuem para a sustentabilidade da própria mídia. A imprensa, por sua vez, bus-ca nas tecnologias recentes formas de manter seu público e se comunicar com as novas gerações.

A Semana da Comunicação 2009 da Unisa celebrou também a reintegração das quatro habilitações de Comunicação Social da Universidade. Em muitos anos, foi a primeira vez que Jornalismo, Rádio & TV, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas juntaram-se para discutir temas que, inegavelmente, são de interesse comum.

Um pouco do que foi esse já saudoso evento pode ser lido nessas páginas. Boa leitura!

* Coordenador dos cursos de Comunicação Social – Jornalismo e Rádio&TV.

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ARTIGO

::: Tema induz a uma profunda reflexãoO surgimento de novas possibilidades exige

estratégias customizadas para diferentes públicos

> por Júlia Lúcia Albano **

Adalber to Marcondes, da Envolverde, faz sua apresentação

Promover a reflexão sobre como a comunica-ção tem atuado na publicação e discussão de

práticas sustentáveis realizadas pelos diversos seto-res da sociedade, e sobre o fazer da própria comuni-cação como uma ativida-de comprometida com o desenvolvimento continu-ado, foram os objetivos da Semana de Comunicação 2009.

Resultado de um traba-lho planejado e executado

por uma comissão de alunos, professores e coorde-nadores, o evento uniu as quatro habilitações, o que evidenciou a realidade da comunicação como uma prática integrada, interdependente e precipuamen-te sustentável.

Se para publicitários, jornalistas, relações públi-cas e radialistas o termo “sustentabilidade” parecia algo distante, as atividades propostas pela Semana possibilitaram o entendimento, a discussão e a dis-tinção das ações desenvolvidas nos diversos setores sob a chancela de sustentáveis. Afinal, não é raro observar como ações sustentáveis podem ser con-fundidas com ações de marketing. Some-se a isso o fato de relatórios, matérias e campanhas deixarem a desejar, na medida em que publicam ou “vendem” uma imagem de empresas e organizações cujas prá-ticas se distanciam, e muito, da responsabilidade só-cioambiental.

Por outro lado, foi possível conferir que a prática é possível. A presença de profissionais e voluntários de projetos e programas de fundações e institutos como Arrastão, SOS Mata Atlântica e 1 milhão de Rodas Dixtal comprovou a possibilidade de práticas sustentáveis imediatas, a nosso alcance.

A reflexão crítica sobre como a comunicação tra-ta e incorpora a sustentabilidade no seu fazer diá-rio foi também tema das discussões protagonizadas por palestrantes de diferentes setores: empresarial, educativo, ambiental e das diferentes mídias.

É consenso que as novas ferramentas de comu-nicação e o surgimento de novas possibilidades de interação e troca de conteúdos exigem dos comuni-cadores estratégias que considerem a participação, a interferência cada vez mais efetiva dos diferentes públicos com os quais eles se relacionam. Tais re-cursos figuram também como canais abertos para a tradução, sensibilização, implementação e divulga-ção de práticas voltadas para o consumo consciente, para ações colaborativas globais e, principalmente, locais, tendo em vista o objetivo de desenvolvimen-to dos povos.

Enfim, se planejamento é uma das estratégias para a prática sustentável, a Semana de Comunica-ção 2010 já está em pauta. Alunos e professores res-ponsáveis pelas disciplinas de Teoria e Pesquisa da habilitação em Relações Públicas estão preparando um relatório sobre o evento deste ano a partir dos resultados obtidos. O objetivo é avaliar e avançar para que a sustentatibidade não seja um tema para ser discutido num determinado momento, mas uma balizadora de nossas ações como cidadãos, comu-nicadores e educadores.

** Coordenadora dos cursos de Comunicação Social - Publicidade e Propa-ganda e Relações Públicas.

Professora Júlia Lúcia Albano

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Foto Mariana Bernun

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COMUNICAÇÃO

::: Mídias Digitais no 1º Fórum de Publicidade e PropagandaA estratégia de comunicação deve seguir uma tendência presente nos meios: as

estratégias precisam ser cada vez mais personalizadas> por Analina Arouche.

O 1º Fórum de Publicidade e Propagan-da da Unisa, que aconteceu no audi-

tório principal, em 08 de Setembro, debateu o tema “Criação e Mídias Digitais”. O evento, orga-nizado pelos professores e alunos de Comunica-ção Social, começou com a coordenadora Júlia Lúcia de Oliveira, ressaltando a importância da tecnologia no desenvolvimento de estratégias cada vez mais customizadas de interação e co-municação.

A mediadora, professora Elizabeth Fantauz-Elizabeth Fantauz-zi, falou sobre as expectativas da programação transmitida ao vivo no Canal Universitário e pelo site de relacionamento Twitter. Ela expli-cou também como seria a participação do público. Em seguida, a professora apresentou os palestran-tes Thiago Bacchin e Paulo Milreu.

Thiago Bacchin, presi-dente da SEM da IAB Brasil – Search Engine Marketing Brasil, salientou que os sites de busca são uma das principais iniciati-vas de marketing pessoal. Segundo ele, para se tornar um case de sucesso, é necessário “investir na otimização do site”.

Já o palestrante Paulo Milreu, sócio da Smar-tlS Comunicação Digital, sócio e consultor da PMC & Associados Inteligência e Estratégia, questionou o futuro da publicidade e a tendên-cia da comunicação. Ele ressaltou que todo pu-blicitário deve fazer parte do Twitter, um ótimo meio para conquistar clientes, principalmente porque a maioria dos clientes está nas redes so-ciais. E, finalmente, citou a realidade aumentada como uma nova fragmentação da tecnologia,

que poderá ser uma ferramenta utilizada pelos publicitários.

O debate teve elevada participação, o que gerou muitas perguntas dos universitários via Twitter, assegurando um fórum atual e interati-vo, em sintonia com o tema.

“O aumento de consumo com as mídias digi-tais e o fato de que as pessoas podem se comu-nicar através de celulares, dentro do elevador, no carro ou em qualquer lugar fazem com que os meios estejam cada vez mais personalizados”, afirmou Bacchin, destacando a importância da mídia na esfera da publicidade e a atualização dos meios, que, segundo ele, deve ser constan-

te para acompanhar o crescimento de usuários e atingir o público alvo.

A coordenadora Júlia Lúcia conside-rou que o nível dos palestrantes trouxe

de forma muito pontual o uso das ferramen-tas digitais no universo da publicidade. “Serviu como um alerta para os alunos de publicidade e propaganda saber como usar essas ferramen-tas e aplicar esse conhecimento na busca por empresas”, finaliza.

Renildo Barbosa, do 6º semestre de Publi-cidade e Propaganda, achou ótimo o tema e disse que adquiriu mais conhecimento sobre o Twitter. “Eu não tenho Twitter, não sabia que era tão importante”, argumentou. Já a aluna Gláucia Oliveira destacou a interatividade e sua colega, Adriana Dias, disse que ampliou o conhecimen-to sobre a internet e que não sabia da dimensão do meio no mercado publicitário.

“Todo publicitário deve fazer parte do Twitter, um ótimo

meio para conquistar clientes”

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COMUNICAÇÃO

::: Integração totalAtenção às quatro carreiras aproxima

cursos e estudantes de comunicação> por Dayse Oliveira

Pela primeira vez, a Unisa promoveu a Semana da Comunicação com os quatro cursos inte-

grados. Alunos de Publicidade e Propaganda, Jor-nalismo, Rádio e TV e Relações Públicas debateram sustentabilidade e sua influência na comunicação. “Estamos trabalhando com a perspectiva que a Co-municação é um todo”, salienta o coordenador dos cursos de Jornalismo e Rádio e TV, Anderson Gurgel. Segundo ele, o que diferencia o radialista do rela-ções públicas, por exemplo, é a ênfase, a especifi-cidade, pois o “tronco comum” é o mesmo. Quanto ao tema do evento, Gurgel acredita que foi bastante adequado.

Reações - Para a estudante Ednete Carvalho, do 4º semestre de Publicidade e Propaganda, “é uma oportunidade de todos mostrarem seus cursos, de aproximá-los. Como a linha de separação dos comu-nicadores é muito tênue, é importante conhecer o campo de trabalho das outras áreas”, argumentou.

“Ganha-se em aprendizado, na visão holística dessas carreiras, mas também se perde em conhe-cimentos específicos”, pondera a estudante de Re-lações Públicas, Mariane Valentim, do 4º. semestre. “Achei que meu curso ficou diminuído, que se falou mais de jornalismo do que de publicidade”, reclama Thais Rodrigues, do 6º semestre de Publicidade e Propaganda. A maioria, no entanto, aprovou a in-tegração. “O evento me colocou em contato com outros conhecimentos. Espero que continue assim”, declarou Maria Alves, carinhosamente conhecida como “Mamusca”, do 4º semestre de jornalismo.

A ideia da semana integrada é resultado de uma movimentação que ocorre desde julho de 2008 quando houve mudanças na coordenação das ha-bilitações de Relações Públicas e Publicidade e Pro-paganda e, segundo Júlia Lúcia, coordenadora dos cursos, a comunicação precisa ser “necessariamente integrada”. Segundo ela, o profissional da era das novas tecnologias deve ter uma percepção bem am-pla do universo em que atua.

::: Fórum de Jornalismo debate fim da Lei de Imprensa

Especialistas veem “vazio legal”, mas apontam avanço com a extinção

> por Leonardo Araújo .

O primeiro Fórum de Jornalismo analisou as perspectivas para o futuro do jornalismo

brasileiro.Com a revogação da Lei de Imprensa, milhares

de ações contra jornalistas ficaram à mercê de jul-gamentos que utilizarão paralelismos em leis exis-tentes. Há também um vácuo deixado na questão do direito de resposta a quem se sentir prejudicado pelo noticiário. Um dos exemplos mais famosos de uso do direito de resposta foi o caso do ex-governa-dor do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, contra a Rede Globo. À época, Brizola conseguiu na Justiça uma decisão que obrigou o apresentador Cid Moreira a ler, no Jornal Nacional, uma carta na qual o político se defendia de acusações feitas pelo jornalismo da principal rede de TV do País.

A mesa foi composta pelo deputado federal Cel-so Russomano, o desembargador Laércio Laurelli, os advogados Mauro Nacif, Paulo Cremonesi, Tito Mo-reira e o jornalista João Luiz Andrade Guimarães. O mediador foi o professor Wagner Belmonte.

Vazio Legal - Cada participante fez uma introdu-ção sobre o tema. Essa explanação mostrou que as opiniões eram divergentes. O deputado federal Cel-so Russomano deu início ao debate. Segundo Rus-somano, há um “vácuo” deixado com o fim da Lei. O deputado citou o direito de resposta como exem-plo e disse que havia projetos para que a lei fosse moldada aos dias atuais. O desembargador Laércio Laurelli não vê o “vazio legal” apontado por Russo-mano e acredita que isso possa ser um álibi para a impunidade.

O advogado criminalista Mauro Nacif, respon-sável pela defesa da estudante Suzane Richthofen, citou exemplos de temas polêmicos que não pode-riam ser discutidos com a Lei de Imprensa em vigor e que hoje são. Nacif disse ainda que a extinta lei “é um lixo da época da ditadura”. Paulo Cremonesi con-corda. Para ele, também há um vácuo “claro” com o fim da Lei de Imprensa. O Fórum foi transmitido pela TV Unisa e via Twitter (twitter.com/forumjornalismo).

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RECONHECIMENTO

::: RP e PP brilham; RTV tem 3 estrelas no Guia do EstudanteCoordenadores dos cursos reputam resultado à capacidade dos estudantes e à

sinergia no desenvolvimento de ações que integrem as habilitações> por Fernando Richter.

Quem cursa Comunicação Social na Uni-sa tem alguns motivos a mais para saber

que está numa instituição empenhada em dia-logar e atender expectativas dos próprios alu-nos e, principalmente, do mercado. Os avanços viraram resultados para alunos de Rádio e TV, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas no segundo semestre de 2009.

Em 27 de outubro, por exemplo, o curso de Rádio e TV obteve três estrelas no Guia do Es-tudante, da Editora Abril. A publicação avalia e aponta as melhores universidades do País, o que a tornou referência para quem quer aferir a credibilidade de uma instituição de ensino no momento de escolhê-la. “É a primeira vez que o curso de RTV é citado com três estrelas, o que indica reco-nhecimento por parte do mercado dos esforços que têm sido empreendidos”, diz o coordenador dos cur-sos de Jornalismo e Rádio e TV, professor Anderson Gurgel. Para ele, “a Unisa tem valorizado bastante a formação humana desse profissional e procura obter dos alunos de RTV aquilo que eles têm de melhor, como a criatividade, entre outros fato-res que se notam nos estudantes dessa habili-tação”.

Os estudantes de jornalismo também tive-ram um ano cheio de novidades, com fóruns que debateram o futuro da profissão e as trans-formações no processo que vai da captação à edição. “É importante, cada vez mais, incluir a interface tecnológica no dia-a-dia do curso”, enaltece Gurgel. Outro aspecto que o coorde-nador aponta como fundamental foi a partici-pação maciça na Semana Estado de Jornalis-

mo, com o recorde de 30 alunos inscritos que prestigiaram as palestras no auditório do Esta-dão. “É muito bom constatar que há alunos que buscam esse contato com profissionais diferen-ciados. Uma das palestras no Estadão foi com o jornalista Lourival Sant’anna, um profissional consagrado, inclusive com experiências em co-berturas internacionais de peso”, argumenta o coordenador do curso.

A TV Unisa cobriu e transmitiu ao vivo even-tos realizados no auditório, com participação dos alunos de Jornalismo e de Rádio e TV. “A gente tem a chance de aprender em tempo real. Incide sobre nós a pressão do fazer ao

vivo, que é muito saudá-vel e, ao mesmo tempo, desafiadora”, salienta a estudante Camila Amaral, do 6º. Semestre de Jor-nalismo, que participou como repórter das co-berturas. Outra aluna do 6º semestre diretamente envolvida nas coberturas foi Nayara Kathiúscia. “É uma experiência e tanto.

Chega a dar um frio na barriga, mas o resulta-do é gratificante em especial porque tive todo suporte da professora (de telejornalismo) Deise Oliveira”, relata.

Sinergia interna - Gurgel também acredita que este resultado sinaliza a aproximação curricular com outras duas carreiras no ambiente de Co-municação. É uma referência à professora Júlia Lúcia Albano da Silva, coordenadora dos cursos de Relações Públicas e Publicidade e Propa-ganda, com quem ele tem trabalhado a quatro mãos.

Alunos dos cursos de Relações Públicas e Publicidade e Propaganda também têm o que

Qualidade - Selo do Guia do Estudante sobre o curso de RTV

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RECONHECIMENTOcomemorar. Um dia depois das três estrelas para o curso de RTV no Guia do Estudante, as ex-alunas Adenilde Rodrigues de Lima, Marina de Oliveira Machado, Michelle Rodrigues, Nadja Paulina Ramos dos Santos e Natalia Nascimento da Silva, todas formadas em Relações Públicas pela Unisa, foram contempladas pela Associa-ção Brasileira de Relações Públicas (ABRP) com o segundo lugar no 27º Concurso Universitário de Monografias e Projetos Experimentais em RP.

O projeto foi orientado pelos professores Car-los Gonçalves e Solange Moura. “As alunas de-senvolveram um estudo sobre turismo na cida-de de São Paulo”, explica Gonçalves. A professora Solange, que se formou na Unisa, ressalta que a cliente das estudantes premiadas era a Prefeitu-ra. “Foi um trabalho de fôlego dessas profissio-nais que se empenharam em analisar a interface de RP com o governo municipal em nome do desenvolvimento econômico. Estou orgulhosa”, exclama.

O concurso da Associação Brasileira de Rela-ções Públicas tem abrangência nacional e é o mais respeitado na área no reconhecimento de jovens talentos. “A premiação é gratificante não só aos alunos, mas também aos professores en-volvidos no trabalho, sem contar que ela realça a imagem do curso de RP da Unisa no mercado de trabalho e perante outras instituições de en-sino”, destaca a coordenadora, a professora Jú-lia Lúcia de Oliveira. Segundo ela, “os resultados são alentadores. Eles confirmam que estamos construindo um ambiente acadêmico bastante conectado às tendências de mercado e àquilo que se exige do profissional”.

Formação - Há nichos que são observados com maior atenção por todos. “As áreas de go-vernança coorporativa, o vínculo do RP ao mer-cado com foco no terceiro setor e em questões como responsabilidade social e sustentabilida-de exigem de todos nós – coordenadores, pro-fessores, alunos - uma atualização curricular permanente, fazendo com que esses assuntos estejam em discussões freqüentes na sala de aula”, salienta Júlia.

A mesma lógica vale para o profissional de Publicidade e Propaganda, que vê com gla-mour a área de criação. “O fórum de PP, recen-temente, expôs o quanto as redes sociais e a internet podem colocar em evidência uma marca e nós sempre levamos este assunto para os alunos, o que mostra uma vocação da Uni-sa para atuar como instituição de vanguarda”, complementa.

Para legitimar as palavras da coordenadora, as alunas do 4º semestre de Publicidade e Pro-paganda, da agência experimental Toth Comu-nicação, Adriana Dias, Aline Oliveira, Gláucia Oliveira, Marcela Nars, Natalya Nunes e Karina Sousa garantiram, também em 28 de outubro, o segundo lugar na 18ª Edição do Prêmio Cen-tral de Outdoor 2009 - Categoria Estudantil. A premiação, que existe desde 1991, teve neste ano o tema “Pedofilia – Tem que ter um Bas-ta”. “É importante que o publicitário esteja co-nectado a campanhas de diversas naturezas e acho que esse tema, pela dimensão social e pela amplitude da questão, é muito oportuno e traduz uma preocupação recorrente a que o meio acadêmico não pode se excluir”, diz Júlia.

Agência experimental Toth Comunicação: segundo lugar na 18ª Edição do Prêmio Central de Outdoor 2009 - Categoria Estudantil

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TECNOLOGIA

::: Em nome da sustentabilidadeComunicação contribui para sedimentar

“valores verdes” > por Dayse Oliveira e Emerson Viana

As novas tecnologias podem contribuir para uma comunicação mais sustentável. Essa é

uma das principais conclusões do debate sobre o tema, mediado pelo professor Márcio Rodrigo. Os convidados apresentaram maneiras já possíveis de colaborar nesse processo.

A publicitária Camila Freitas, por exemplo, de-senvolve o projeto Brazucah de exibição de filmes em espaços alternativos, como escolas e centros culturais. A iniciativa tem a missão de formar um público brasileiro de cinema, já que, na avaliação dela, ainda é pequena a parcela de pessoas que fre-quentam as salas do País.

Já a jornalista Daniela Silva, que concluiu recen-temente seu mestrado, apontou para as mudanças que estão ocorrendo nas “fronteiras” da profissão. “Quando a informação cai no ‘digital,’ ela perde o limite do físico”, avalia. Hoje, segundo ela, os jorna-listas são mais “editores” do que “produtores” de no-tícias. Isso ocorre em função do elevado volume de informação em rede.

O publicitário Moacyr Neto e o relações públi-cas Vinícius Barbizani avaliaram o impacto da pro-paganda sustentável. Há empresas que investem numa imagem ecológica sem que haja uma práti-ca coerente em seus interiores. “Sustentabilidade é a garantia de existência com harmonia produtiva”, disse Barbizani. Neto, por sua vez, levantou uma questão para os estudantes refletirem: “Vamos to-mar o lugar dos animais no mundo por dinheiro?”

Na propagação de ideias sustentáveis, a arte também tem o seu papel. Para o coordena-

dor de programação do Sesc Bertioga, Fábio Luiz de Vasconcelos, obras de arte devem “preparar” o olhar do público, principalmente as criadas para este fim. “Se não houver engajamento coletivo, vamos mor-rer na praia”, prevê. “O processo de conscientização só ocorre se existir sensibilização”, complementa.

Vasconcelos explica que é preciso buscar meios para aproximar problemas e responsabilidades. “Aquilo que está distante, a gente precisa trazer para mais próximo das pessoas”, indica. Ainda de acordo com o representante do Sesc, a realidade, se não trabalhada, pode até ser encarada com certo afastamento.

Seguindo a mesma linha de raciocínio, a relações públicas Alita Mariah, que também atua com arte, esclareceu que o meio ambiente tem muito a ga-nhar caso o homem perceba que é parte integran-te e ativa dele. “As manifestações artísticas podem ajudar a construir novas relações”, argumenta. De acordo com Alita, a concepção do artista é crucial para que os hábitos sejam mudados. “Para termos um mundo sustentável, os comunicadores devem ser o meio”, finaliza.

::: Arte é outra aliada nessa batalhaDeve-se aproximar os problemas das responsabilidades

> por Dayse Oliveira e Emerson Viana.

COMUNICAÇÃO::: Alunos brilham em concurso

Semana integrou conteúdo de TCC à programação> por Patrícia Brito.

Anna Guirro, do 8º semestre de RTV, foi a ven-cedora do concurso de programas de rádio.

O trabalho dela foi um desdobramento do seu pro-jeto de TCC que aborda a vida e a obra de Noel Rosa. A estudante atribui o resultado ao seu grupo – for-mado pelos alunos Heloísa Gabrielle, Fábio Santos, Renato Archangelo, Larissa Garcia, Gabriela Bene-dini e Tamires Macedo- e a professores que con-tribuíram para o sucesso da produção do trabalho radiofônico.

Anna diz que conheceu o legado de Noel Rosa com a sua pesquisa e se emocionou muito com a história de Ademar Casé, que acompanhou o início de carreira do cantor. A estudante, que concluirá o curso neste ano, afirma também que o trabalho e a premiação foram motivadores.

O documentário radiofônico feito pela aluna tem aproximadamente 20 minutos e recupera a carrei-ra de Noel Rosa e a importância dele para a música popular brasileira. Segundo Anna, um dos trechos mais especiais desse trabalho é o conflito entre o Noel e o também compositor Wilson Batista. Para ela, esse embate “só serviu para enriquecer ainda mais a qualidade da música brasileira com obras que o tempo não corrói”.

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PRÊMIO

::: Premiações, homenagens e emoções

Torcidas roubam a cena nos concursos

> por Patrícia Brito.

A noite de encerramento da Semana da Co-municação, 20 de agosto, foi especial. A data

reuniu o tradicional concurso de vídeos. Neste ano, apenas sete vídeos estavam concorrendo,sendo quatro na categoria de ficção e três de não ficção.

O limitado número de indicados decorreu tam-bém do atraso no início das aulas. Ajustes levaram ao cancelamento do concurso de fotografia.

Além do festival de vídeos, a noite foi agitada por homenagens a alunos, ex-alunos e a alguns profes-sores. Eles subiram ao palco e foram contemplados pelas contribuições que deram, seja apresentando um ótimo Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) ou nas suas carreiras, já depois de formados. O coor-denador do curso de jornalismo, Anderson Gurgel, afirmou que o objetivo é inspirar outros alunos a produzirem trabalhos semelhantes.

Após a cerimônia de homenagem, a plateia foi pega de surpresa pela estudante do 8º semestre de Relações Públicas que, minutos antes, subira ao palco como uma das homenageadas. A aluna e atriz Juliana Colombo entrou no auditório com o figurino de uma velha, encenando uma história e chamando a atenção de todos.

A exibição dos vídeos, como sempre, foi o mo-mento mais aguardado pelo público que se mani-festava em aprovação ou desagrado em relação aos curtas. A torcida protagonizou um espetáculo à par-te: festa para o vídeo favorito de cada grupo e muita vaia para os adversários...

Antes da divulgação dos vencedores, foi ao ar no telão um telejornal produzido pelos alunos do 6º semestre de jornalismo. O “Unisa News Especial” fez um apanhado do que havia acontecido durante toda a semana, com o apoio da professora Deise Ro-cha e de funcionários do estúdio.

A última etapa da noite foi a divulgação dos ven-cedores dos concursos Fest-up, vídeos de ficção e não ficção, produção radiofônica e os melhores de-poimentos respondendo à questão “Qual o papel da comunicação na era da sustentabilidade?”

::: Apelo Verde no mercado de trabalho> por Edimon Teixeira , Felipe Ferreira e Leila Aleixo .

A carreira profissional consolidada é, sem dú-vida, tudo que uma pessoa almeja conquis-

tar. O coordenador do curso de jornalismo da Unisa, Anderson Gurgel, sabe o significado e a importância da faculdade no desenvolvimento e na abertura das oportunidades profissionais.

O primeiro palestrante da semana, Hélio Neves, representante do secretário do Verde e do Meio Am-biente, expôs as ações que estão sendo empreendi-das pela secretaria. Segundo Neves, “a sustentabili-dade agrega muitos desafios à sociedade”.

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente acre-dita que até 2050 haverá uma redução de 50% na emissão global dos gases que causam o efeito es-tufa. Ela incentiva a “carona solidária” em empresas e escolas, além de defender uma fiscalização maior no combate a crimes ambientais.

Vencedores

Concurso Fest-upPeça 9 “Talento”Natalya Nunes - 4º semestre de Publicidade e Propaganda

Festival de VídeosVencedor da categoria Não ficção – Stop Motion em SPEquipe: Vinicius Gomes dos Santos, Carlos Maehashi, Daniel Zuffo Pinto - Curso: RTV 8º Semestre

Vencedor da categoria Ficção – 3 Patetas e uma DonzelaEquipe: Márcio Correia, Jacqueline Pereira, Tiago Silva, Wellington Antony - Curso RTV 6º Semestre

Concurso de Trabalhos RadiofônicosVencedores da categoria Jornalismo & Rádio e TV

1º - Noel, o poeta da Vila IsabelEquipe: Anna Guirro, Larissa Garcia, Eloísa Silva, Thamiris Ma-cedo, Renato Archangelo, Gabriela Benedoni, Fábio Santos - Curso RTV 8º Semestre

2º - Metrô – Galeria Borba GatoEquipe: Rodrigo Capelo, Bruno Saes, Dayse Oliveira - Curso Jornalismo 6º Semestre

Vencedor da categoria Propaganda & Publicidade – Jingle e Spot Suvinil.Equipe: Zenilton Borges Magalhães, Vinicius Pereira, Samuel Leandro, Carlos Augusto Stanize, Paula Cristina de Souza, Erica Ap. F. de Paula, Tamara Caroline de A Moraes, Marina Viana de Souza - Curso PP 6º Semestre

Depoimentos 3ºlugar, Mônica do 8º semestre de Jornalismo2ºlugar, Juliana do 4º semestre de Rádio e TV1ºlugar, Vitória do 8º semestre de Relações Públicas

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SUSTENTABILIDADE

::: Interface com ecologia também é debatidaPúblico reconhece importância do tema e

prestigia o evento> por Ane Greice Passos e Laura Dal Rovere .

A importância da comunicação no desenvolvi-mento de práticas ecológicas foi o tema dis-

cutido pelos palestrantes no segundo dia. As duas palestras de terça-feira repercutiram de forma bas-tante positiva.

O editor Adalberto Mar-condes apresentou a Revista Digital Envolverde, da qual é diretor. A revista é especiali-zada na cobertura de temas relacionados ao meio am-biente, desenvolvimento hu-mano, educação e cidadania.

Para o jornalista, cabe aos profissionais da área trazer à tona a importância de atos sustentáveis para a população. “Temos a responsabilidade de contar para a sociedade que ela tem de mudar e o porquê disso”, explica Marcondes. Ele defende que “para transformamos alguma coisa, precisamos de informação”.

Em seguida, iniciou-se o debate que contou com

::: Case da ONG Projeto Arrastão é destaqueEx-alunos levam comunicação a adolescentes que

pensam em seguir a carreira> por Edimon Teixeira, Felipe Ferreira e Leila Aleixo .

A grande atração da primeira noite foi a apre-sentação dos ex-alunos da Unisa formados

em 2007, Diego Viñas e Tony Marlon, educadores do “Maré Alta”, uma das iniciativas do “Projeto Arras-tão”, Organização Não Governamental (ONG) locali-zada em Campo Limpo, zona sul de São Paulo, que faz 41 anos em 2009, da qual a dupla faz parte. De maneira dinâmica, com participação em massa do público, apresentaram o trabalho que desenvolvem na oficina de comunicação do projeto, que envolve 15 crianças, futuros profissionais de comunicação.

Tony defende a inclusão. “Temos de preparar esse pessoal para o futuro”, diz. No entanto, alerta

que é inviável a sustentabilidade sem lucro. “Sus-tentabilidade financeira e metodologia têm que gerar renda”, diz. Ao final da apresentação, Diego e Tony chamaram os jovens que, segundo eles, “são a razão da participação Semana de Comunicação”.

“Cases” de Sucesso, última atração do primeiro dia do evento, trouxe nomes de peso, como Nas-ser Takieddine, diretor da área de Desenvolvimento Sustentável do Banco Real, que disparou já no início de sua palestra. “Sustentabilidade não é abraçar ba-leia, não é abraçar árvore, sustentabilidade faz par-te do negócio”. O Banco Real é uma das empresas que têm se destacado no quesito responsabilidade ambiental. Passaram ainda pelo palco Walter Tesch, com a palestra “O sucesso do Assessor de Operação das Águas, da Secretaria de Coordenação das Sub-prefeituras”, e Ana Ligia Scachetti, com atividades e desafios da “SOS Mata Atlântica”.

a presença do publicitário Fernando Cury, do rela-ções públicas Backer Ribeiro Fernandes e das jorna-listas Vera Diegoli e Andrea Vialli, além do professor Paulo Samá, responsável pela mediação. A discus-são colocou frente a frente profissionais das quatro áreas que apresentaram aos futuros comunicadores como os ideais de sustentabilidade já fazem parte da rotina das organizações.

A jornalista da TV cultura Vera Diegoli mostrou o vídeo de 15 anos sobre a trajetória do Repórter ECO,

programa precursor no Brasil sobre notí-cias do meio ambien-te. Ela também deu dicas de como a pre-ocupação ambiental pode gerar empregos e como a “sustentabi-

lidade”, cada vez mais, se torna uma prerrogativa, valor das organizações.

O publicitário Fernando Cury ressaltou a impor-tância da “marca” sustentabilidade e como as em-presas de todos os ramos têm incorporado o assun-to em suas práticas. “A Vale mudou o seu perfil ao perceber que o futuro era ser uma empresa ecologi-camente correta”, disse o publicitário, ao dar como exemplo a mineradora.

PUBLICIDADE VERDE

“Temos de mostrar para a sociedade que ela tem de mudar” (...) “Para transformarmos alguma coisa,

precisamos de informação”

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

::: FIS renova compromisso socialOrganizada por alunos, Feira aproxima estudantes do mercado de trabalho

> por Nayara Kathiúscia

Alunos do 6º semestre de Publicidade e Propa-ganda organizaram a Feira de Incentivo So-

cial (FIS), que ocorreu em 25 de novembro. A ativi-dade é parte do trabalho de finalização do semestre para as disciplinas de Marketing, Produção Gráfica e Tecnologias em Comunicação II, com os professores Milton Soares de Souza, Elizabeth Fantauzzi, Clausia Mara Antoneli e Solange Moura como responsáveis.

”O objetivo da FIS é promover e estimular temas voltados a causas sociais”, explica a professora Clau-sia. “O negócio é difundir bons exemplos de orga-nizações que demonstram, por meio de práticas e ações empresariais, a consciência em relação à responsabilidade”, argumenta Elizabeth. “Além de possibilitar ao futuro profissional da área de Comu-nicação Social simular uma situação real de traba-lho, sem medo de errar, o evento mescla teorias e técnicas apreendidas em sala”, complementa o pro-fessor Milton Soares, idealizador da iniciativa. Se-gundo ele, “há um hiato que ainda separa o mundo do trabalho do acadêmico e cabe à Unisa diminuir este espaço e estimular os alunos, o que contribuirá de forma muito positiva na formação profissional deles”

Oito grupos, organizados em agências experi-mentais, participaram da Feira e abordaram os se-guintes temas:

Jump - Adoção Responsável de AnimaisG6 - Campanha de Doação de órgãos e sangueEh - DST/AIDSIdea’s House - Estímulo ao VoluntariadoTribu - Consumo Responsável/conscienteAlbatroz - Campanha para o Uso Consciente das Sacolas PlásticasMandala - Campanha de estimulo a LeituraZoom - Inclusão digital: A influência na vida das pessoas

IPSIS LITTERISO aluno Rodrigo Capelo, 6º semestre de jornalismo, acompanhou atentamente as palestras proferidas por convidados na Semana de Comunicação e elen-cou uma relação de frases inusitadas nas apresenta-ções aos estudantes.

“A sustentabilidade surge por causa da insustentabilidade”, argumentando que caso o mundo fosse sustentável, o termo seria desconhecido.

Camila Freitas, radialista

“As cidades têm que decidir como querem contribuir para esse mundo”, sobre a participação das cidades na sustentabilidade mundial. “Quem tiver uma floresta no meio da cidade pode receber um benefício por isso”, sobre o projeto usuário-beneficiário.

Hélio Neves, chefe de gabinete da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente

“Não existe conhecimento supremo”, sobre a metodologia aplicada no Projeto Arrastão, pela qual não existem professores e alunos.

Tony Marlon, idealizador do Projeto Arrastão

“Com o xixi, que é algo simplista demais, nós conseguimos passar a mensa-gem sobre a Mata Atlântica”, sobre a campanha ‘Xixi no Banho’.

Ana Lígia Scachetti, da ONG SOS Mata Atlântica

“Sustentabilidade não é abraçar baleia, abraçar árvore”, sobre a atual compre-ensão do que é sustentabilidade.

Nasser Takieddine, diretor da área de Desenvolvimento Sustentável do Banco Santander Brasil

“A mídia pode entender de São Paulo, mas da minha vizinhança entendo eu”, sobre cobertura colaborativa.

“A sustentabilidade vai valer a pena quando deixar de ser pauta para ser valor”, sobre cobertura feita pela imprensa sobre sustentabilidade.

Daniela Silva, jornalista

“Quanto mais a empresa se desenvolve, mais o meio ambiente é prejudica-do [...] quanto mais inteligente o homem é, mais burro ele consegue ser”, sobre a campanha publicitária desenvolvida pelo Green Peace.

Moacyr Netto, diretor de criação da agência publicitária DM9DDB

“A questão do meio ambiente não deve apenas estar na mão do biólogo, do agrônomo”, sobre a responsabilidade de cada cidadão na preservação ambiental.

Fábio Luiz de Vasconcelos, coordenador de programação do Sesc Bertioga

“Qual era mesmo o começo da pergunta?”, após longa pergunta feita por estu-dante.

Vinicius Barbizani, especialista em relações públicas

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