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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VIEIRA DE ARAÚJO JORNAL VERNÁRIA ABRIL 2014 N.º 8

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VIEIRA DE ARAÚJO

JORNAL VERNÁRIA

ABRIL 2014 N.º 8

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FICHA TÉCNICA Escola: Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo Diretor: Alberto Rui Monteiro da Silva Equipa Professores: Carla Álvares, Maria José Ramalho, Paula Lemos Clube de Jornalismo: João Dinis Álvares, Roberto Manuel Santos, Cristian Rocha Dias, Matilde Leonor Branco, André Silva Carvalho, Liliana Pinheiro Gonçalves, Marina Valéria Branco, Suse Rita Vieira, Nelson Miguel Estêvão, Renato Gonçalves Costa, Andreia Sofia Vieira, Daniel Silva Pereira, José Luís Brás, Juliana Soares Ramalho, Rosa Soraia Gonçalves Colaboradores: Fernando Gomes Endereço: Rua Dra. Maria Júlia Alves Martins, 4850 - 549 VIEIRA DO MINHO Telefone: 253 647 201 | Email: [email protected] Grafismo: Clube de Jornalismo | Fotografia: Clube de Jornalismo

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EDITORIAL

Caros e caras leitores e leitoras cibernautas do Agrupamento de Escolas

Vieira de Araújo,… e não só!

À semelhança do que aconteceu há cerca de três meses, eis-nos, mais uma

vez, no momento da reedição de um novo número do Vernária que, a par com

outros meios de divulgação da vida do Agrupamento, pretende dar conta das

experiências dos diversos atores da nossa comunidade educativa (discentes, docentes e não docentes,

encarregados de educação, Associação de Pais, Câmara Municipal, Escola Segura, CAVA, GNR, Centro de

Saúde, entre outros) e, com isso, registá-las para a posteridade.

Este registo é sempre fruto do contributo dos atores antes referidos e tem sido levado à prática

pela equipa, cuja atitude laboriosa, incansável e estóica, tem resultado no magnífico trabalho que é agora e

mais uma vez soberbamente apresentado.

Apesar do momento ser diferente (2º período, carnaval, páscoa,…), os pressupostos do

Agrupamento mantêm-se e esses passam pela atenção ao momento conjuntural económico e social difícil

que o país (de uma maneira geral) e a nossa comunidade (em particular) atravessam. Como tal, a nossa

preocupação com as situações que possam indiciar alguma falta de condições básicas fundamentais para

que a nobre missão de aprender possa decorrer com normalidade, continua a constituir prioridade do

Agrupamento e da Direção Executiva, potenciando, dessa forma, a postura de extrema atenção para com os

alunos, já que são estes que (clichés à parte) a verdadeira prioridade da nossa ação.

Para terminar, reitero-vos os votos de um final de período sereno e feliz e que tal seja recheado

de bons momentos de lazer, descanso e, porventura, algum trabalho, para preparar o momento que se

avizinha a passos largos (3º período) e que se antevê muito breve, mas não menos rico em experiências e

sucessos.

O Diretor do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo

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NOTÍCIAS

Pré-escolar revive tradição dos reis

As tradições fazem parte da nossa cultura e das nossas vidas. Infelizmente muitas delas, por força de várias circunstâncias da vida, vão sendo deixadas ao esquecimento, o que nos vai empobrecendo.

É como dizia Luther King “quem não preserva as suas raízes compromete o seu futuro”. Felizmente que a maioria das populações tem tido a preocupação de fazer recolha e de manter viva a tradição de cantar os reis. As

crianças do pré–escolar da Escola Domingos de Abreu mais uma vez deram o seu contributo nesse sentido e animaram as ruas de Vieira do Minho e foram cantar os reis aos seus familiares e amigos, que ficaram felizes por ouvir os pequenos cantores.

Carmo Fernandes

Parlamento dos Jovens

Realizou-se no dia 20 de janeiro de 2014, no Auditório Municipal de Vieira do Minho, a sessão Parlamento dos Jovens – 1ª fase.

A Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, em face da atual crise demográfica que se faz sentir no País, resultado em parte do

impulso sentido pelos jovens na procura da realização pessoal e profissional noutros destinos, refletindo-se num movimento para o exterior com a consequente problemática do envelhecimento da população nacional, nos próximos anos, considera ser de particular interesse promover a reflexão sobre o tema “Crise Demográfica: emigração, natalidade, envelhecimento ”.

Foram 5 as listas que apresentaram os seus pontos de vista

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relativamente aos temas propostos pela Comissão, defendendo as suas posições e apontando o dedo a posições tomadas pela oposição.

Todos os trabalhos anteriores à sessão, foram coordenados pelo professor Joaquim Costa, envolvendo todos os alunos que participaram ativamente e com pleno sentido de responsabilidade.

Na sessão de 20 de janeiro, a apresentação contou com a presença do Deputado, Nuno Reis, o Presidente da Câmara de Vieira do Minho, António Cardoso, a Vereadora da Educação, Elsa Ribeiro, a Presidente do Conselho Geral da EB/S Vieira de Araújo, Antonina Dias e o Diretor Rui Silva e a Responsável pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude. Contou ainda com alguns convidados, nomeadamente o Dr. Alfredo Ramalho e o Padre Luís Jácome.

3 VERSÕES:

“Vem Experimentar!” (1ª)

No dia 31 de janeiro, as turmas de 12º ano do Curso de Ciências e Tecnologias da EB/S Vieira de Araújo, dirigiram-se à Universidade do Minho no âmbito das disciplinas de Química, Física e Biologia.

A visita de estudo iniciou-se com a distribuição de três grupos pelos departamentos a visitar.

O grupo direcionado ao laboratório de Química foi convidado a realizar uma atividade prática com o objetivo de diluir uma solução e comparar resultados entre grupos. O valor obtido através do gráfico dos resultados foi, aproximadamente, 1, o que é bastante favorável.

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Atividade terminada e ficha preenchida, foi hora de visitar a cantina da UM, para o almoço.

Na parte da tarde, os alunos concentraram-se num auditório para assistir a duas palestras: “Manutenção da Informação Genética e a Sua Manipulação” e “Nano Ciências e Nanotecnologia”.

A primeira, ligada à Biologia, abordava temas como a divisão celular, as mutações, a clonagem e as formas de manipulação genética.

A segunda palestra, apresentada pelo professor Carlos Tavares,

divulgou aos alunos, algumas informações acerca das novas tecnologias ligadas a todas as áreas do conhecimento. Desde polímeros ao corpo humano, a Nanotecnologia está associada a tudo, estando apoiado nela, o futuro.

Após o término da palestra, os alunos regressaram à escola.

Esta visita de estudo foi acompanhada pelos professores Júlia Rodrigues, Elisa Varanda, Miguel Costa e Ana Cunha.

Renato Costa 12º B

Um dia à descoberta da ciência (2ª)

No dia 31 de janeiro realizou-se uma visita de estudo à Universidade do Minho, no âmbito das disciplinas de Biologia, Química e Física, na qual participaram as duas turmas do 12º ano do curso de Ciências e Tecnologias. Acompanhados pelos professores Miguel Costa, Ana Cunha, Júlia Rodrigues e Elisa Varanda.

Quando chegamos fomos separados em grupos, de acordo com a escolha dos laboratórios, previamente feita.

No meu caso, e dos meus 16 restantes colegas, fomos recebidos por uma professora da universidade, a professora Teresa Almeida e dirigidos aos Laboratórios de Biologia. Procedemos então à visita acompanhados pela professora Ana Cunha e pelo professor Miguel Costa, divididos em grupos de 4.

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Pudemos visitar 4 laboratórios: o Laboratório de Biologia Animal, o Laboratório de Biologia Vegetal, o Laboratório de Microbiologia e o Laboratório de Genética. Em cada um destes laboratórios encontravam-se presentes alunos que estavam a fazer Mestrado ou Doutoramento, e aproveitavam esse tempo para investigar e aprofundar o seu conhecimento.

Foi-nos dada uma breve explicação sobre o funcionamento de cada laboratório e as matérias em investigação. E, em alguns casos, foi-nos permitida uma visita mais pormenorizada aos laboratórios.

Após isto, juntamo-nos novamente com os restantes colegas e fomos almoçar à cantina.

Sensivelmente às 14.30, dirigimo-nos a um auditório onde presenciamos duas palestras, dadas por dois professores universitários. Uma sobre a Nanotecnologia e Nano ciência e outra sobre a Manutenção da Informação Genética e a sua manipulação.

Com esta visita de estudo, eu e o meu grupo de colegas, que visitaram os laboratórios de Biologia, ficamos a

saber sobre que ramos se debruçam mais estes investigadores e, de facto, as células cancerígenas são uma das grandes preocupações de muitos destes investigadores, mas não só. Pode afirmar-se que estes jovens investigadores têm soluções que, graças á evolução tecnológica e na ciência, poderão vir a ser postas em prática. O que será uma mais-valia para todos nós, no que diz respeito à nossa saúde e ao nosso dia a dia. Por isso mesmo é que devíamos apostar mais nestas investigações e incentivar o trabalho destes alunos que tanto se dedicam a novas curas e processos de tratamento, nas diferentes áreas.

Sónia Dias 12.º A

Microscópio Eletrónico (3ª)

Realizou-se, no passado dia de 31 de janeiro, uma visita de estudo à universidade do Minho, tendo os alunos a oportunidade de escolher o que queriam visitar: laboratórios de biologia, física ou química. Eu escolhi o laboratório de física.

Neste local, foi-nos apresentado o microscópio eletrónico, comprado pela UM em 1992, custando cerca de 750 mil euros à universidade. A responsável, bem como a operadora do equipamento

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explicou o seu funcionamento básico e as suas capacidades, ao mesmo tempo que fazia uma comparação microscópica no aparelho de um fio de cabelo encaracolado e de um liso, amostras estas retiradas de dois alunos presentes.

A enorme capacidade do microscópio leva à possível visualização da amostra de diferentes ângulos, movimentando-as para se observar do modo que se pretender, de variadas maneiras.

O seu funcionamento passa pela criação de um feixe de luzes que varre a amostra e possibilita a sua visualização ao pormenor, podendo-se aumentar 200 vezes a amostra.

A encarregada referiu também que o microscópio eletrónico é utilizado para estudos, investigações e até mesmo pedidos exteriores à universidade.

Foi uma ótima experiência e abertura de conhecimentos, percebendo-se afinal que os microscópios óticos da escola não são tão potentes como pensava.

João Pereira, nº12 12ºB

PROJETO SOBE

Dando continuidade ao projeto iniciado no ano transato, a Biblioteca Escolar em articulação com a Equipa da Saúde Escolar candidatou-se novamente ao Projeto SOBE (Saúde Oral e Bibliotecas Escolares).

Sendo aprovado, o projeto permitiu a entrega dos kits de escovagem a todos os alunos do 1.º ciclo e crianças do Pré-escolar, com o objetivo de promover o hábito diário de escovagem dos dentes, em contexto escolar. Desta forma pretende-se abranger toda a comunidade escolar com os kits e condições idênticas para efetuar a escovagem diária.

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Como forma de complementar o encorajamento pela higiene oral, foram realizadas sessões de leitura na Biblioteca Escolar, nomeadamente das obras referenciadas e aconselhadas pelo próprio Programa SOBE. Também foram visualizados os filmes propostos pelo projeto, como forma de mostrar aos mais pequenos os perigos associados à falta de higiene oral.

A promoção do programa e das atividades realizadas foi efetuada, periodicamente, no blogue da Equipa da Saúde Escolar e nos meios de comunicação social local.

Maria José Ramalho

Crianças dos 4 anos EBDA realizam atividades de culinária

A partir da história do «Palhaço Risoleto», as crianças confecionaram biscoitos de massa folhada em forma de caracóis do cabelo do palhaço. O carnaval foi bem mais docinho.

Quando ouviram a história do «Coelhinho vivinho», as crianças demonstraram interesse em confecionar biscoitos em forma de ovos. A sala transformou-se numa pequena fábrica.

Todos deitaram mãos à obra e o forno elétrico não dava feito a sua cozedura. As crianças modelaram vários ovos que depois contavam e colocavam no tabuleiro para cozer.

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No final, foi saborear os pequenos biscoitos e dar a provar aos nossos amiguinhos.

Proporcionaram-se várias experiências, bastante divertidas, que contribuíram para a aquisição de competências correspondentes às várias áreas de conteúdo, com materiais facilmente acessíveis, que as crianças usaram sem problemas, e conseguimos concretizar as suas ideias e intenções.

As educadoras Carmo e Alice

AGRADECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA RECOLHA DE TAMPINHAS PARA O JOÃO FILIPE

Em nome dos pais do Joãozinho queremos deixar o agradecimento a todos que tornaram possível a aquisição da cadeira auto especial para o pequeno João de seis anos, melhorando assim a sua qualidade de vida, com a recolha de tampinhas.

Este agradecimento dirige-se a toda a Comunidade Escolar do Agrupamento de Escolas de Vieira de Araújo, assim como os professores mentores deste gesto de solidariedade.

Este desafio mostra que é possível ajudar quem mais precisa com um gesto tão simples: recolher tampas de plástico.

Profª Ana Paula Monteiro

Profª Maria José Ramalho

La Chandeleur (2 février)

La fête des crêpes!

Tous les 2 février se fête la Chandeleur. Elle évoque aujourd'hui la coutume des crêpes, mais la fête de la Chandeleur est liée à la lumière, et officiellement à la "Purification de la Vierge".

Chandeleur vient de candela - la chandelle - reprise dans l'expression « Festa candelarum », fête des chandelles.

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La forme et la couleur de la crêpe évoque le Soleil de retour après la nuit de l'hiver.

Pour assurer prospérité tout le long de l'année, il faut faire sauter les crêpes avec une pièce dans la main. Une autre coutume dit qu'il faut faire atterrir la crêpe sur l'armoire et de l'y laisser toute l'année.

Phrases des différentes régions de France sur La Chandeleur :

De nombreux dictons autour de ce jour du 2 février fleurissent dans diverses régions de France. En voici une sélection.

Dans le Gard :

Quand le soleil, à la Chandeleur, dit lanterne

Quarante jours après il hiverne

Dans le Nord :

Quand Notre-Dame de la Chandeleur luit

L'hiver de quarante jours s'ensuit

Dans les Hautes Pyrénées :

Lorsqu'à la Chandeleur le temps persiste au beau

Berger serre ton foin, fais paître ton troupeau

Dans le Vivarais :

Quand pour la Chandeleur le soleil est brillant

Il fait plus froid après qu'avant

Au Pays Basque :

À la Chandeleur verdure

À Pâques neige forte et dure

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En Bretagne :

A la chandeleur

Il fait jour à 6 heures

A chaque travailleur

Sauf au tailleur

Recette de la Pâte à crêpe

Liste des ingrédients

• 375g de farine

• 3 œufs

• ¾ de litre de lait

• 1 pincée de sel

• 1 cuillère d’huile

• 1 sachet de sucre vanillé

Temps de préparation 10 min - Temps de cuisson 3 min - 6 personnes

Dans un saladier,

• versez et mélangez la farine, les œufs, l’huile, le sucre vanillé, la pincée de sel et le lait avec votre fouet ;

• Laissez reposer la pâte à crêpe si possible une heure ;

• Faites chauffer une poêle, une fois chaude, versez un peu de beurre pour graisser la poêle ;

• Versez une demi-louche de votre pâte à crêpe et faites cuire 1 à 2 minutes par face.

Élèves de la classe de 7èD: Carlos nº3, Cristiana nº6; Victor

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Champimóvel viajou até Vieira do Minho e nós viajamos até ele!

No passado dia 4 de fevereiro, envoltos num ambiente misterioso, após o fecho da cápsula, viajamos no Champimóvel, na companhia do Champi. A aventura iniciou no cérebro. Quando demos conta, estávamos a ver como vêem os nossos olhos. Cruzamo-nos com neurónios e assistimos à transmissão do impulso nervoso. Seguimos a viagem pela corrente sanguínea, envolvidos por numerosos glóbulos vermelhos. Os glóbulos brancos estavam em perigo. O vírus da SIDA estava a atacá-los, colocando-os completamente à sua mercê. Os efeitos que este vírus produziu no pâncreas também eram nefastos. Deixou de produzir insulina. Era necessário restituir as células pancreáticas o mais rapidamente possível, mas como?

As células estaminais eram a solução! Eram a solução também para a leucemia.

Células estaminais? Engenharia genética? Nanotecnologia? Química? Biologia? Física?

UFA! Que viagem alucinante!

Quando a cápsula se abriu e nos trouxe de novo à realidade trazíamos uma certeza:

Muitos cientistas, espalhados pelo mundo inteiro, oriundos de diferentes ramos do conhecimento, têm contribuído para a extraordinária evolução da Ciência e muitos mais serão necessários para continuar este caminho. Quem sabe algum dos passageiros desta cápsula?! Quem sabe?

A todos os que pelo mundo fora promovem este tipo de iniciativas um bem-haja!

Foi uma viagem muito divertida!

11º A

DESPORTO ESCOLAR

Ténis de Mesa

Iniciados Masculino

No âmbito do Desporto Escolar, a escola é representada por vários grupos/equipa, dos quais o Ténis de Mesa do escalão de Iniciados Masculinos é da responsabilidade da professora Prazeres Rodrigues.

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Tentou-se acima de tudo, divulgar a modalidade e motivar os alunos para a sua prática, educar os alunos para o Fair-Play, sabendo perder e respeitando os derrotados, criar condições para que os alunos gostem cada vez mais da escola e possibilitar aos alunos situações que visem o desenvolvimento da sua autonomia a nível desportivo, proporcionar aos nossos alunos momentos de convívio e confraternização em ambiente desportivo de competição.

Assim, este grupo iniciou a competição no início no mês de janeiro, com a 1ª fase a começar no dia onze de janeiro e a terminar no dia quinze de fevereiro onde a nossa escola obteve o 3º lugar.

Ainda inserido na 1ª fase houve uma competição individual no dia vinte e dois de fevereiro, onde cada escola era representada por 4 alunos, e que se realizou na Escola Básica de Vila Verde.

A 2ª fase para disputar desde o 14º ao 16º lugar teve lugar na Escola Básica Dr. Francisco Sanches em Braga, no dia dezanove de março, onde foram concentradas três jornadas, com a realização de vários jogos.

Devemos realçar o exemplar comportamento dos alunos no decorrer dos treinos e dos jogos que se realizaram aos sábados de manhã.

No seguimento destas vivências será importante referir que os nossos alunos se pautaram por posturas corretas dentro e fora do campo, deixando uma boa imagem da Escola e do trabalho promissor desenvolvido pelos professores responsáveis, e só por isso já valeu a pena.

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A todos os participantes os nossos PARABÉNS.

A professora responsável: Prazeres Rodrigues

Futsal

A equipa de Futsal masculino no escalão de infantis, terminou a primeira fase da competição de desporto escolar a nível distrital tendo efetuado 6 jogos, tendo como adversárias as equipas que representaram as escolas de Taíde e de Vila Verde.

Nesta primeira fase da competição a equipa que representa a nossa escola ficou classificada em primeiro lugar com 5 vitórias e 1 derrota. A equipa marcou 49 golos e sofreu 23.

Esta fase foi constituída por 4 grupos onde os vencedores de cada grupo jogarão entre si a segunda fase para apurar do 1º ao 4º lugar.

Os jogos da segunda fase terão lugar no dia 10 de maio na escola de Silvares em Fafe, no dia 17 de maio na escola de Pevidém em Guimarães e a última jornada será no dia 31 de maio em Vieira do Minho.

Esta fase que terminou pautou-se pela correção entre todos os participantes bem como o fair-play que esteve sempre presente.

O responsável pela equipa: Bartolomeu Peixoto

KIOSQUE

Le 13 février 2014, notre classe de 7è D a décoré le kiosque de Français avec l’aide de notre professeur de Français. Avant ce travail final, nous avons fait des recherches sur le Net

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pour trouver des informations sur la Saint Valentin, La chandeleur et le Carnaval.

Nous allons partager nos recherches avec vous dans le journal de l’école.

Soyez attentifs et bonne lecture !

La classe de 7èD

CORTA-MATO DISTRITAL – CLDE BRAGA

Decorreu no dia 14 de fevereiro o Corta-mato Distrital da Coordenação Local do Desporto Escolar (Distrito de Braga). O local escolhido foi, no seguimento dos últimos anos, o terreno anexo à pista de Atletismo “Gémeos Castro”, em Guimarães, um local quase perfeito para a prática desta variante do Atletismo – o corta-mato. Não fora a forte chuva que nos deixou encharcados e seria um dia

perfeito.

A nossa escola fez-se representar por 23 atletas/alunos que, independentemente das classificações, tiveram um comportamento exemplar, quer cívica, quer desportivamente.

No que diz respeito às classificações, temos que salientar o facto de termos obtido um pódio coletivamente, no escalão feminino de Juvenis. Um feito difícil de alcançar tendo em conta a qualidade que esta modalidade tem no nosso distrito. Resumidamente, passamos a apresentar todas as classificações e tempos obtidos pelos nossos alunos:

Infantis masculinos, com 353 participantes

PEDRO SILVA – 90º (0:06:55); TIAGO FERREIRA – 125º (0:07:05); RODRIGO BRÁS – 196º (0:07:25); LEANDRO SANTOS – 215º (0:07:30); FÁBIO REBELO – 290º (0:07:57). Equipa – 36º lugar

Infantis femininos, com 356 participantes

MARIAN SIMÕES – 322ª (0:09:45); ANA COSTA – 325ª (0:09:46); TAMARA ALVES – 327ª (0:09:47); PAULA ROCHA – 349ª (0:10:36); NATALIA VIEIRA – 352ª (0:11:03). Equipa – 61º lugar

Iniciados masculinos, com 327 participantes

RAFAEL CARVALHO – 88º (0:11:13); NUNO CARVALHO – 138º (0:11:45); LUIS RODRIGUES – 263º (0:13:52)

Juvenis masculinos, com 233 participantes

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JOÃO GONÇALVES – 181º (0:19:29)

Juvenis femininos, com 143 participantes

CRISTINA GONÇALVES – 38ª (0:14:23); ISABEL GONÇALVES – 40ª (0:14:37); ANGELA SILVA – 48ª (0:15:01); MARIANA FONSECA – 52ª (0:15:09) EQUIPA – 3º LUGAR

Juniores masculinos, com 91 participantes

JOSÉ PEIXOTO – 57º (0:17:39); TIAGO LOBO – 58º (0:17:40); JOÃO PEREIRA – 69º (0:18:33)

Juniores femininos, com 57 participantes

BEATRIZ SOUSA – 49ª (0:18:24)

La fête de la Saint-Valentin

Le jour de la Saint-Valentin, le 14 février, est considéré dans de nombreux pays comme la fête des amoureux. Les couples en profitent pour échanger des mots doux et des cadeaux comme preuves d’amour ainsi que des roses rouges qui sont l’emblème de la passion.

À l’origine une coutume païenne, cette fête a finalement été assimilée par l'Église catholique romaine par la désignation de saint Valentin comme saint patron des amoureux. Le jour de la Saint-Valentin n’aurait pas été associé avec l’amour romantique avant le haut Moyen Âge mais avec l'amour physique. La

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fête est associée à l’échange mutuel de « billets doux » illustrés de symboles tels qu’un cœur ou un Cupidon ailé.

Quelques phrases pour les petits billets doux :

« Mon cœur ne bat que pour toi. »

« Je t'aime chaque jour davantage. »

« Tu es l'unique pensée de ma vie. »

« Tu es pour moi un monde que je ne peux expliquer ; je t'aime tous les jours davantage. »

« Un baiser sur ta bouche, un sur ton cœur. »

« Je suis tout à toi. »

« Tu es belle à croquer, je t'aime. »

Élèves de la classe de 7è D : Ana Carolina nº1 , Mariana Pereira nº13,Mariana Gonçalves nº 14, Natália nº 16

Coeur moelleux au chocolat

200 g de chocolat noir riche en cacao (72 %)

200 g de beurre

5 œufs

1 Cuillerée à soupe de farine (20 g)

200 g de sucre glace

Un peu de beurre et de farine pour le moule.

Préparation

●Préchauffer le four a 150 °C/th. 5. Beurrer et fariner un moule en forme de couleur.

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●Casser le chocolat en morceaux et le faire fondre au bain-marie ou aux micro-ondes avec le beurre en morceaux. Délayer en une pâte onctueuse.

●Incorporer les oeufs entiers un à un en battant la pâte au fouet à main. Incorporer la farine, puis le sucre glace.

Verser la préparation dans le moule en lissant la surface.

●Enfourner a mi-hauteur et laisser cuire 25 mn.

●Au sortir du four, laisser tiédir, puis démouler avec précaution (le gâteau est fragile) sur une assiette plutôt que sur une grille : poser l'assiette sur le moule et retourner d'un coup sec.

●Remettre les gâteaux à l'endroit sur un plat garni d'un napperon en dentelle de papier en forme de colleur. Mettre au frais jusqu'au moment de servir, si possible le lendemain seulement. Servir froid.

http://www.750g.com/coeur-moelleux-au-chocolat-r12959.htm#

Élève: Sandrina Bárbara nº20

CAMPANHA ANTI-BULLYING (Bullying Awareness Week)

Na semana de 24 a 28 de fevereiro, a turma D do 12º ano, do Curso Profissional de Técnico de Higiene e Segurança no Trabalho, em articulação com as turmas A e B do 7º ano, desenvolveram algumas atividades conducentes à sensibilização da comunidade educativa para o problema do Bullying. No Canadá, por exemplo, o Dia de Combate ao Bullying celebra-se na última quarta-feira de fevereiro, mas há outros países que o fazem

na segunda quinta-feira de setembro, ou a 7 de abril, como o Brasil, por exemplo.

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A par da divulgação de trabalhos efetuados pelas 3 turmas, no âmbito da disciplina de Inglês, e contando com a colaboração de outros docentes do 12º D que disponibilizaram algumas aulas para conclusão

dos trabalhos, foi ainda, ao longo da semana, divulgado um vídeo produzido pela turma do 12º ano sobre esta temática, o qual teve um impacto muito positivo entre os alunos dos diversos anos e ciclos de escolaridade. Decorreu ainda uma breve representação, no dia 26 de fevereiro, pelos alunos, no Polivalente e átrio da Escola, que culminou com a distribuição de alguns panfletos alusivos ao tema, produzidos pela turma do 12º D. Foi, ainda, criado um blogue, pela mesma turma, onde toda a

comunidade escolar e civil poderá postar comentários sobre o assunto. VISITEM-NOS em: www.antibullying12d.blogspot.pt

As turmas do 7º ano contribuíram também para a efeméride com trabalhos seus, tendo a maioria dos alunos envergado, ao longo da semana, uma T-shirt branca com os dizeres “Stop Bullying!”.

A atividade saldou-se, no nosso entender, pela positiva, pois todos os intervenientes, apesar do pouco tempo disponível, mostraram grande empenho e dedicação, tendo conseguido passar a mensagem: DIZ NÃO AO BULLYING!

A turma do 12º D

Brincadeiras de Carnaval

“500 anos do Foral”

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…aproveitando o estrato social escolhido pela sala 3 do JI para as Comemoração dos “500 anos do Foral” e desfile de Carnaval, fizemos uma sensibilização ao professor Figueira, principalmente através de uma Madre Superior, para aguentar mais um bocadinho... aqui não falta a boa disposição!!!...

Sala 3 do JI Escola Básica Domingos Abreu – Prof. Manuela Marques

Recette des Beignets de Carnaval

Temps de préparation : 15 minutes Temps de cuisson : 4 minutes

Ingrédients (pour 30 gros beignets moelleux) :

- 4 œufs entiers - 500 g de farine - 5 cuillères à soupe de sucre - 3 cuillères à soupe de crème épaisse - 1 pincée de sel - 150 g de beurre fondu refroidi - 1 sachet de levure chimique - parfum au choix

Préparation de la recette :

Dans une terrine : - Mélanger à l'aide d'une fourchette le beurre fondu refroidi + le sel + le sucre + parfum. - Ajouter la crème et les œufs entiers 1 par 1 . - Ajouter la farine tamisée additionnée de la levure. - Pétrir le tout avec la main. (La pâte ne doit pas coller aux mains.) - Laisser reposer le temps de préparer l’huile de cuisson. - Séparer la pâte en 4 boules et l’étendre avec un rouleau sur une épaisseur de 3-4 mm (plus épais qu’une pâte à tarte).

Avec la roulette, dessiner des rectangles ou triangles et faire des tresses à l’intérieur des formes. - Plonger les beignets par petite quantité dans le bain d’huile bouillante, les retourner pour qu'ils colorent des 2 côtés. Ne pas

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attendre qu'ils soient marrons mais seulement blonds.

(Les poser sur du papier absorbant et saupoudrer de sucre en poudre.)

Remarques: Ce n’est pas pour me vanter, mais tous ceux qui les ont goûtés, les ont trouvés géniaux. Pas gras. Ils peuvent se congeler et être sorti pour le petit déjeuner ou le 4 heures. Chez nous, nous sommes gourmands donc ils sont de bonne taille, tous gonflés…

Comptines

Voici le CARNAVAL

Voici le carnaval Nous allons tous danser! Voici le carnaval Nous irons tous au bal Et nous nous déguisons Ensemble nous dansons Et nous nous maquillons Et nous nous déguisons Voici le carnaval Nous allons tous danser! Voici le carnaval Nous irons tous au bal.

CARNAVAL EST REVENU

Carnaval est revenu L'avez-vous vu? Il est passé dans la rue Ni vu ni connu Il porte un masque de carton Et souffle dans un mirliton Coiffé d'un chapeau biscornu Mon p'tit bonhomme À quoi joues-tu?

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L´histoire DU CARNAVAL

Le Carnaval est une période de divertissement pendant laquelle l'ordre établi et la distribution des rôles sont renversés. Le roi devient un humble habitant, le mendiant est sacré roi du Carnaval, chacun se promène masqué ou grimé, et se cache derrière son masque pour faire ce qui lui est interdit en temps normal. Les conventions et les règles sociales sont modifiées, bousculées et oubliées pendant le Carnaval.

Le Carnaval précède le mercredi des cendres et le Carême. Le Carnaval se déroule en hiver (dans l'hémisphère nord) mais sa date est mobile puisqu'elle dépend de la date de Pâques. Le Carnaval commence le jour de l'Epiphanie, jour des Rois, et se termine le jour de mardi-gras veille du mercredi des cendres. Le point culminant est le jour du mardi-gras. Selon les pays ou les régions le Carnaval court durant toute cette période où il est limité sur une période donnée dans cet intervalle.

Élèves de la classe de 7èD: Ana Eduarda nº2 ; David nº 9; Cláudia nº 5; Telma nº 23; Telmo nº 24; Joel nº 8; Manuel João nº 11; Catarina nº 4

Clube Amigos de Vieira realizou conferência escolar com Rui Moreira

No dia 13 de março, o Clube Amigos de Vieira (CAVA) realizou a X Conferência CAVA, no Auditório Municipal de Vieira do Minho, que contou com Rui Moreira, Presidente da Câmara Municipal do Porto, como orador.

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Com o tema “Os Jovens e a Cidadania” em debate, a parceria do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo com o CAVA permitiu aos alunos questionar Rui Moreira acerca da sua opinião em relação ao assunto debatido, como a sua vida profissional e a vitória histórica nas Autárquicas do Porto.

À chegada, orador convidado fez-se acompanhar por Filipe de Oliveira, presidente do CAVA, Rui Silva, presidente do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo e António Cardoso, presidente da Câmara Municipal de Vieira do Minho.

Após breve resumo da vida profissional de Rui Moreira, deu-se início à série de perguntas apresentadas pelos alunos de secundário da EB/S Vieira de Araújo.

Filipe de Oliveira considerou “o balanço da conferência muito positivo”. Foram “cerca de 300 pessoas, maioritariamente jovens analisaram os imensos desafios da cidadania, e sublinharam o facto de esta implicar uma participação ativa, informada e responsável, ou seja, os vieirenses mostraram o seu sentido cívico”. Acrescentou: “Rui Moreira, um orador credenciado, abordou o tema com uma pertinência assinalável, realçando a importância de uma participação cívica e democrática”.

Depois de receber Alexandre Soares dos Santos, esta foi a décima conferência e contou com o alto patrocínio do Presidente da República. O próximo evento do género contará com a presença de Diogo Freitas do Amaral, ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros português, como orador para o tema “O Futuro de Portugal”.

Renato Costa

A Semana da Leitura

Realizou-se entre 17 e 21 de março a Semana da Leitura, com atividades articuladas entre Bibliotecas Escolares e Biblioteca Municipal Padre Alves Vieira.

Sendo o tema, deste ano, os 800 anos do conhecimento dos primeiros escritos em Língua Portuguesa, foram promovidas diversificadas atividades que promoveram a Língua Portuguesa junto

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dos alunos dos vários níveis de ensino.

Entre as atividades realizadas deu-se especial enfoque à elaboração e leitura de poesias, uma vez que no dia 21 de março se comemorava o Dia Mundial da Poesia.

Todas as escolas do Agrupamento Vieira de Araújo desenvolveram atividades, articulando entre turmas e também com os encarregados de educação, que mais uma vez colaboraram para que estes dias fossem ainda mais interessantes e enriquecedores. No Pré-escolar e 1.º ciclo, os encarregados de educação participaram através da elaboração de livros, aproveitando material reciclado, e fazendo leituras em salas de aula. Os trabalhos foram expostos para que toda a comunidade os pudesse apreciar. Os alunos do 1.º ciclo elaboraram poesias para compor um Mural da Poesia, dedicado à Língua Portuguesa, lendo depois essas poesias aos colegas de outras turmas, da respetiva escola.

No 2.º e 3.ºciclos foram feitas muitas leituras de fábulas, poesias, anedotas, receitas, contos e apresentação de livros pelos alunos. Algumas das leituras foram intercaladas com momentos musicais, promovidos pelos alunos do ensino articulado de música. Foi igualmente apresentado o livro da professora Ana Cunha, “Os passageiros secretos do Beagle”, através de uma sessão de sensibilização para a importância da leitura e da escrita.

Realizou-se uma pequena feira do livro, com obras da escritora Ana Maria Magalhães, que visitou a biblioteca

escolar do Agrupamento de Escolas, no dia 26 de março, Dia do Livro Português.

No ensino secundário deu-se destaque à expressão oral da Língua Portuguesa, através de provas de argumentação, em que os alunos tinham de argumentar sobre um tema escolhido aleatoriamente, expressando os pontos a favor ou contra.

De realçar a estreita colaboração entre as bibliotecas escolares e municipal, tendo os colaboradores da Biblioteca Municipal abrilhantado esta Semana da Leitura com a realização de um peça de teatro “João trapalhão”, que muitas gargalhadas e aplausos arrebataram aos alunos das escolas do 1.º ciclo.

Maria José Ramalho

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Emílio Gomes - O Contador de Histórias

O título remete-nos para um mundo encantado e para o maravilhoso. Leva-nos a pensar no fantástico e nos sonhos que nutrimos diariamente, julgando que dias melhores virão na companhia de seres extraordinários.

Deu-se o caso, já pelo segundo ano consecutivo, de termos entre os convidados da Semana da Leitura, o Dr. Emílio Gomes (ele não gosta do Dr., daí ser colocado propositadamente), um homem, tal como os seres dos contos, verdadeiramente extraordinário!

E porquê? Simples! Porque sim. Os alunos sabem o motivo e os professores que assistiram também sabem.

As sessões deste ano não versaram as histórias. Versaram a capacidade argumentativa de cada um. Mais uma vez os alunos, após cada apresentação, voltaram para o lugar ainda a argumentar!

Dr. Emílio Gomes, faça favor de se desdobrar para que possamos contar mais vezes consigo, sim? Obrigada pela

gentileza, simpatia, colaboração, … e devemos-lhe uns bons almoços !

Escritora Ana Maria Magalhães

No passado dia 26 de março, Dia do Livro Português, a Biblioteca Escolar da EB/S Vieira de Araújo recebeu a visita da escritora Ana Maria Magalhães. Ela partilhou com alunos do 2.º ciclo as suas vivências pessoais associadas ao ato de escrita, respondendo de forma muito pormenorizada às suas questões, que

esclareceram algumas curiosidades sobre a forma como nasce um livro, os focos de motivação e a dinâmica da escrita.

A autora teve a oportunidade de narrar muitas das suas aventuras, concretizadas para melhor conseguir transmitir aos leitores as emoções e factos através das palavras. Cada uma dessas aventuras explicava a escrita de uma obra, escondendo muita dedicação na pesquisa histórica,

que fundamentava o enredo da narrativa.

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Os alunos adquiriram diversas obras da autora, na feira do livro que se realizou durante a Semana da Leitura, aproveitando a sua presença para que lhe fossem rubricadas dedicatórias pessoais, e certamente muito estimadas. Os livros mais procurados pelos alunos pertenciam à coleção “Uma aventura”.

A presença de escritores junto dos leitores é uma forma de aproximação entre os dois lados de leitura, quem escreve e quem lê. Sendo, seguramente, também um modo de captar novos leitores, através da transmissão de experiências e vivências pessoais, demonstrando o lado mais humano e pessoal do escritor, cujo nome estamos habituados a ler na capa dos livros.

Maria José Ramalho

“Modelação Matemática” palestrada por Ana Jacinta Soares

Ana Jacinta Soares, professora do Departamento de Matemática e Aplicações da Universidade do Minho, presidiu a uma palestra na EB/S Vieira de Araújo, no dia 27 de março, no âmbito do projeto “A Minha Escola de Ciências”.

A apresentação teve lugar na Sala de Trabalho e dirigiu-se às duas turmas de Ciências e Tecnologias de 12º ano.

O início foi dado pelo professor Fernando Gomes. Depois de uma introdução teórica, a palestrante usou o estudo de populações como exemplo da aplicação da Modelação Matemática.

Após esclarecimento de dúvidas, foi a vez de entregar os diplomas de participação por parte da coordenadora do projeto na escola, professora Carla Silva. A sessão foi encerrada pela mesma, juntamente com o professor representante do grupo de matemática, João Paulo Gonçalves.

Renato Costa e João Pereira

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DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL

No dia 2 de abril comemora-se em todo o mundo o nascimento de Hans Christian Andersen. A partir de 1967, este dia passou a ser designado por Dia Internacional do Livro Infantil, chamando-se a atenção para a importância da leitura e para o papel fundamental dos livros para a infância.

CARTA ÀS CRIANÇAS DE TODO O MUNDO

Os leitores perguntam muitas vezes aos escritores:

- Como é que escrevem as suas histórias? De onde vêm as ideias?

- Da minha imaginação- responde o escritor.

- Ah, sim.- dizem os leitores - Mas onde fica a imaginação, de que é que ela é feita?

- Bem... - diz o escritor - fica na minha cabeça, claro, e é feita de imagens e palavras e memórias e vestígios de outras histórias e palavras e fragmentos de coisas e melodias e pensamentos e rostos e monstros e formas e palavras e movimentos e palavras e ondas e arabescos e paisagens e palavras e perfumes e sentimentos e cores e ritmos e pequenos cliques e flashes e sabores e explosões de energia e enigmas e brisas e palavras. E fica tudo a girar lá dentro e a cantar e a parecer um caleidoscópio e a flutuar e a pousar e a pensar e a arranhar a cabeça.

- Será que todos temos uma? -perguntam os leitores.

- Claro que todos temos uma imaginação: se assim não fosse, não seríamos capazes de sonhar! Contudo, nem todas as imaginações são feitas das mesmas coisas. A imaginação dos cozinheiros tem sobretudo paladares, e a dos artistas mais cores e formas. Mas a imaginação dos escritores está cheia de palavras.

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E nos leitores e ouvintes das histórias, as imaginações fazem-se com palavras também. A imaginação do escritor trabalha e gira e molda ideias e sons e vozes e personagens e acontecimentos numa história, e a história é apenas feita de palavras, batalhões de rabiscos que marcham ao longo das páginas. E depois chega o leitor e os rabiscos ganham vida. Ficam na página, parecem ainda rabiscos, mas também brincam na imaginação do leitor, e o leitor começa igualmente a desenhar e a rodar as palavras de modo a que a história se crie agora na sua cabeça, tal como tinha acontecido na cabeça do escritor.

- Os leitores têm também o seu papel... - dizem os leitores.

-Sim, o leitor é tão importante para a história como o escritor. Há apenas um escritor para cada história, mas há centenas ou milhares ou mesmo milhões de leitores, na própria língua do escritor ou traduzida para muitas línguas. Sem o escritor, a história nunca teria nascido; mas sem os milhares de leitores em todo o mundo, a história não viveria todas as vidas que pode viver. Cada leitor de uma história tem alguma coisa em comum com os outros leitores da mesma história. Separadamente, mas também em conjunto, eles recriam a história do escritor com a sua própria imaginação: um ato ao mesmo tempo privado e público, individual e coletivo, íntimo e internacional. Isto, deve ser aquilo que o ser humano faz melhor.

- Continuem a ler! -concluiu o escritor.

- Obrigado, por escrever e dar asas à sua e nossa imaginação!- agradeceram os leitores – continue a dar vida a rabiscos que passam das páginas das histórias para as nossas cabeças onde ganham vida e a tornam mais colorida!

Texto adaptado de Siobhán Parkinson Autora, editora, tradutora e distinguida com o Laureate na nÓg (Children’s Laureate of Ireland).

EBDA - Paula Lemos

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Escola Básica de Rossas

Neste segundo período, neste estabelecimento de ensino, continuou-se a trabalhar em articulação, as atividades e conteúdos específicos de cada grau de ensino.

Damos relevância a atividades de conservação da natureza, quer através de experiências de sementeiras, nomeadamente de bolotas de carvalho alvarinho, quer de atividades de reflorestação em conjunto com outros estabelecimentos de ensino.

O Jardim de Infância promoveu ainda uma visita de estudo à BRAVAL.

Salientamos ainda a vivência da Semana da Leitura com a participação ativa dos encarregados de educação e também, para além de outras, leituras inter-tumas e inter-ciclos. Contámos também com a visita do escritor Gil Rocha e do Teatro da Biblioteca Municipal.

Terminamos o período com uma atividade promovida e participada por toda a comunidade educativa, que se traduziu na Comunhão Pascal.

Pré-escolar da Escola Básica de Rossas

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12ºA na Semana Interativa “Ciência em Movimento”

Decorreu na nossa escola, entre os dias 1 e 3 de abril, a Semana Interativa “Ciência em Movimento” onde os alunos do 12º ano da turma A marcaram presença com atividades no âmbito da disciplina de Biologia e Química.

Foi na sala A1 que os alunos mostraram os seus trabalhos de Biologia acerca da temática de Educação para a Saúde. Com base em trabalhos desenvolvidos durantes as aulas, a turma apresentou e explicou vários temas, nomeadamente: sistema reprodutor feminino e masculino, fecundação e gestação, métodos contracetivos e diversidade sexual.

Os trabalhos foram expostos a várias turmas, com maior incidência nos alunos das restantes turmas do 12º ano.

Os visitantes mostraram grande interesse pelo tema, tendo colocado várias questões e participado num jogo onde responderam corretamente a várias perguntas que lhe foram aplicadas. Durante as apresentações às turmas, foram também realizadas algumas atividades do programa PRESSE, que está a ser implementado na nossa escola.

Com a finalidade de apresentar algo diferente, no âmbito da disciplina de Química, foi realizada uma atividade laboratorial em que o público alvo correspondeu a alunos do 2º e 3º ciclos, contando também com alguns discentes do secundário.

Nesta experiência, a turma mostrou um tema que começou a ser desenvolvido já há alguns anos, no entanto, poucos conhecem as suas aplicações. Trata-se da “Gastronomia molecular”.

Durante a atividade, os alunos puseram mãos à obra e juntaram a cozinha à química, confecionando dois pratos alternativos - salada de caviar e esparguete.

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Inicialmente os visitantes ficaram um pouco apreensivos e reticentes a este novo formato de cozinha, no entanto, com o desenrolar da experiência, a curiosidade dos visitantes foi crescendo. Depois de saborear as especialidades conseguidas no laboratório, ficaram muito entusiasmados e deliciados.

A turma aderiu a estas duas iniciativas com muito entusiasmo e dedicação. Depois de três dias de Ciência com um balanço positivo, resta agradecer a todas as pessoas que nos visitaram e às professoras que nos ajudaram na concretização deste trabalho.

Lúcia Sousa, 12ºA

“Portuguesa descobre como resolver problema crónico da falta de dadores de sangue” (tradução de artigo científico - 11º A e B)

As turmas A e B do 11º ano, do Curso Científico-Humanístico, implementaram, aquando da abordagem da temática “Bioethical issues,” na disciplina de Inglês, uma atividade de articulação entre esta disciplina e a de Biologia e Geologia. Tal articulação teve por base uma notícia sobre o facto de Sandra Pinho, uma cientista portuguesa do Albert Einstein College (Nova Iorque), ter liderado um trabalho de investigação onde identificou em humanos uma população de células estaminais que pode acabar com a falta de dadores de sangue e facilitar o tratamento de leucemias e anemias crónicas. Cada turma partiu da leitura e interpretação do artigo científico que se segue, sob a orientação das docentes destas disciplinas, atividade conducente à sua tradução (abaixo) para a língua inglesa.

QUEM SABE… NUM FUTURO PRÓXIMO, PODE SER UM DESTES NOSSOS “CIENTISTAS” A ENCABEÇAR UMA DESCOBERTA DESTA MAGNITUDE!?!

WE WISH YOU GOOD LUCK!

“Uma população de células humanas capaz de expandir o número de células estaminais hematopoiéticas 1) - que dão origem a todas as células do sangue, desde plaquetas a glóbulos vermelhos ou brancos - acaba de ser identificada por Sandra Pinho. A descoberta tem o potencial de poder ajudar a resolver o problema crónico de falta de dadores nos bancos sanguíneos, mas também os casos em que é necessário transplantar diretamente as células estaminais hematopoiéticas, de forma a gerar de novo todas as células do sangue, como acontece nas leucemias e nas anemias crónicas.

O estudo em que se baseou esta descoberta, em que Sandra Pinho surge como a principal autora, foi publicado a 1 de julho de 2013 no "Journal of Experimental Medicine" (JEM) e está disponível no site desta revista científica de referência internacional.

Limitações no uso em transplantes ou transfusões

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Embora todos tenhamos uma população de células estaminais hematopoiéticas na nossa medula óssea, responsável por fabricar durante toda a vida as células sanguíneas necessárias à nossa sobrevivência, esta é extremamente pequena, o que limita o seu uso em transplantes ou na criação de populações sanguíneas para transfusões.

A alternativa seria descobrir como multiplicar estas células em laboratório e em 2010 o laboratório de Sandra Pinho descobriu em ratinhos transgénicos 2) uma população de células estaminais mesenquimais 3) com a capacidade de regular o funcionamento das células estaminais hematopoiéticas. As células estaminais mesenquimais são capazes de se diferenciar em tecido ósseo, cartilagíneo ou adiposo.

Mas havia um problema adicional: a proteína que identificava esta nova população estava localizada dentro das células. Ou seja, só se a proteína fosse marcada - tal como nos ratinhos transgénicos - com um produto fluorescente, era possível identificar e isolar as células, o que impedia o seu uso em humanos.

A alternativa era procurar outras moléculas à superfície da célula que identificassem a mesma população de células estaminais, o que foi conseguido por Sandra Pinho e a sua equipa.

Capacidade para regular as células estaminais sanguíneas

Os cientistas identificaram uma série de novos marcadores que define essa população, o que já lhes permitiu descobrir que esta também existe na medula óssea humana em contacto direto com as células estaminais do sangue e, tal como em ratinhos, tem a capacidade de regular o funcionamento das células estaminais sanguíneas.

E quando a população de células estaminais do sangue humanas, que foi expandida em laboratório através de contacto com as células estaminais mesenquimais, é transplantada para ratinhos imuno-comprometidos - isto é, ratinhos em que as células do sangue foram destruídas por radiação - elas expandem-se e diferenciam-se.

Assim, estes ratinhos têm agora células sanguíneas humanas, provando que as células estaminais assim obtidas são funcionais.

“Estes novos resultados são um primeiro passo importante no estudo da regulação das células estaminais do sangue dentro da medula óssea", explica Sandra Pinho. "Além disso, no futuro, esperamos conseguir em laboratório expandir o número de células estaminais do sangue em quantidades suficientes para ajudar doentes hematológicos que necessitam de transfusões ou transplantes da medula óssea".»

In http://expresso.sapo.pt/portuguesa-descobre-como-resolver-problema-cronico-da-falta-de-dadores-de-sangue=f814762#ixzz2WblqgOjM

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1) Células que dão origem a todos os constituintes sanguíneos, isto é, podem-se diferenciar em todas as células da linhagem sanguínea. As células estaminais hematopoiéticas são aquelas que têm tido maior relevância a nível prático, particularmente em doenças nas quais é necessário regenerar o sistema sanguíneo e imunológico do doente.

2) Organismos transgénicos são aqueles que receberam materiais genéticos de outros organismos, mediante o emprego de técnicas de engenharia genética. A geração de transgénicos visa obter organismos com características novas ou melhoradas relativamente ao organismo original.

3) Células estaminais mesenquimais (CEM) são células indiferenciadas, com capacidade de auto renovação e uma capacidade proliferativa, ou seja, de multiplicação, muito elevada.

"Portuguese discovers how to solve chronic problem of shortage of blood donors"

Sandra Pinho, a Portuguese scientist from the Albert Einstein College (New York), led a research in which she and her team identified in humans a population of stem cells that can put an end to the shortage of blood donors and make the treatment of leukemia and chronic anemia easier.

«A population of human cells able to expand the number of hematopoietic stem cells - which give rise to all the blood cells, from platelets to the red or white blood cells - has just been identified by Sandra Pinho and her team. The discovery has the potential to help solving the chronic problem of the shortage of donors in blood banks, but also cases where it is necessary to transplant directly hematopoietic stem cells in order to regenerate all the blood cells, as usual in leukemia and in chronic anemia. The study on which this finding was based, and in which Sandra Pinho emerges as the main author, was published on July 1st

2013 in the "Journal of Experimental Medicine" (JEM) but it is also available on the website of this journal of international reference.

Limitations in the use in transplants or transfusions

Although everyone has a population of hematopoietic stem cells in our bone marrow, responsible for producing blood cells necessary for our survival, this (population) is extremely small , which limits their use in transplantation or in the creation of blood populations for transfusions.

The alternative would be to discover how to multiply these cells in the laboratory and in 2010 Sandra Pinho’s laboratory found in transgenic mice a population of mesenchymal stem cells with the ability to regulate the functioning of hematopoietic stem cells . Mesenchymal stem cells are capable of differentiating into bone, cartilage or adipose tissue. But there was a further problem: the protein that identified this new population was located within the cells. That is, only if the protein was selected - such as in transgenic mice - with a fluorescent product, would it be possible to identify and isolate the cells,

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which precluded their use in humans. The alternative was to seek other molecules at the cell surface to identify the same population of stem cells, which was achieved by Sandra Pinho and her team.

Ability to regulate blood stem cells

Scientists have identified a number of new markers that define that population, which has already enabled them to find that this is also present in human bone marrow in direct contact with the blood stem cells and, as in mice, this is able to regulate the operation of blood stem cells.

And when the population of stem cells from human blood - which has been expanded in the laboratory by contacting the mesenchymal stem cells - is transplanted into immuno-compromised mice - that is, mice in which the blood cells were destroyed by radiation - they expand and differentiate themselves.

Thus, these mice have now human blood cells, proving that stem cells thus obtained are functional. "These new findings are an important first step in the study of the regulation of blood stem cells within the bone marrow," explains Sandra Pinho. "Furthermore, in the future, we hope to expand the number of blood stem cells in laboratory in amounts that can help hematological patients requiring transfusions and bone marrow transplantation."»

(in http://expresso.sapo.pt/portuguesa-descobre-como-resolver-problema-cronico-da-falta-de-dadores-de-sangue=f814762#ixzz2WblqgOjM)

1) Cells that give rise to all blood components, i.e., they may differentiate themselves into all blood cell lineage. Hematopoietic stem cells are those that have had greater relevance at a practical level, particularly in diseases in which it is necessary to regenerate the blood and immune system of the patient.

2) Transgenic organisms are those that received genetic material from other organisms, through the use of genetic engineering techniques. The generation of transgenic seeks organisms with new or improved features compared to the original organism.

3) Mesenchymal stem cells (MSC) are undifferentiated cells capable of self renewal and a very high proliferative or multiplication capacity.

Turmas A e B do 11º ano (Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias)

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Missa no Centro Escolar do Cávado

No passado dia 4 de abril realizou-se a Comunhão Pascal no Centro Escolar do Cávado, na freguesia de Louredo, com a presença do Senhor Bispo D. António Moiteiro, que se fez acompanhar dos senhores padres José Alves, Luís Jácome e padre Martinho.

A cerimónia foi preparada pelos alunos, pessoal não docente e docentes do Centro Escolar, com um acompanhamento determinado e essencial do pároco da freguesia.

Ao longo da semana, os alunos ensaiaram os vários cânticos com o padre Martinho e com o professor de educação musical, assim como as leituras que teriam de realizar na missa.

Os alunos desempenharam um papel fulcral durante a cerimónia, realizando as leituras e fazendo oferendas, todas com um significado muito particular, associadas ao contexto onde se realizava a missa, a escola.

Na missa estiveram presentes inúmeros encarregados de educação, que desta forma demonstraram a importância da partilha e da fé em Jesus, que deve ser transmitida aos mais pequenos. Também estiveram presentes o Diretor do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo, prof. Rui Silva e o Presidente da Câmara, Eng. António Cardoso.

Os alunos viveram este momento com grande dedicação e solenidade, revelando todo o respeito pelo espaço e palavras proferidas pelo Sr. Bispo.

Centro Escolar do Cávado

MJ

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A Floresta Portuguesa

Um terço de Portugal é ocupado pela floresta. A floresta é uma fonte de emprego, exportações, vendas, lazer, biodiversidade, sequestro de carbono, proteção de solo, regulação da qualidade e do ciclo hídrico. Os incêndios atiçados pelo desordenamento são a soma de decisões erradas.

Quem gera a riqueza, pincela paisagens, alberga um sem-número de vidas, limpa os ares, purifica águas, protege o solo, dá emprego, deslumbra turistas e enriquece a gastronomia é a floresta. Esta é a resposta dos três pilares de desenvolvimento – economia, sociedade e ambiente.

Desde sempre, o terço de Portugal com florestas e bosques é um dos mais importantes recursos naturais do país. Do fogo, abrigo e alimentação com que protegia as gentes de outrora, até à pasta de papel ou até à cortiça que hoje alimentam uma fatia muito importante da nossa economia nacional, a floresta deu o material que levou os portugueses a outras paragens.

De acordo com um gráfico relativo a 2010, algumas espécies de árvores estão a desaparecer, no entanto outras ainda existem em grande quantidade. Os eucaliptos são os que existem em maior quantidade, ocupando 26% da floresta. Os pinheiros-bravos e os sobreiros ocupam, ambos, 23% da área da floresta. Em menor quantidade, existem as azinheiras, ocupando 11% da área florestal. De seguida, com 6% de área existem os pinheiros mansos e as outras folhosas. Com uma percentagem de apenas 2% da área florestal ficam as outras resinosas e os carvalhos. Quase a desaparecer, encontram-se os castanheiros ocupando apenas 1% da área florestal.

Em tampos antigos, eram os Quercus que mandavam. Do nome comum, os carvalhos, os sobreiros e as azinheiras. Ancestrais são os castanheiros, as cerejeiras-bravas, os loureiros, os teixos, as bétulas os salgueiros, ao amieiros, entre muitos, muitos outros.

A necessidade de terras cultivadas e pastos deu o primeiro golpe de machado nessas florestas.

A floresta, no início do século XIX, já cobria 10% do país.

O sobreiro é uma espécie que resiste há séculos de extraordinária generosidade. Nela assenta uma importante indústria nacional, a Amorim. O montado é muito mais que a cortiça, é a paisagem, é a biodiversidade, é a proteção do solo, é o sumidouro de carbono e mais, muito, muito mais. Dá emprego a 1,8% da população ativa, um setor que representa quase 10% das exportações do país. As outras espécies recém-chegadas ao país alimentam duas das fatias muito mais importantes no tecido empresarial de Portugal. A paisagem florestal portuguesa que as pessoas conhecem tem leves resquícios do que já foi antigamente. Para trás, muito para trás, ficou um cenário que hoje só podemos ver nas ilhas.

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As primeiras árvores e as primeiras florestas vêm do período geológico do Devónico, 409 a 363 milhões de anos antes da atualidade. Depois vieram florestas frondosas e vários grupos de fetos, estes assim como as coníferas, serviram de pasto para os dinossauros herbívoros (comem erva), durante o Mesozóico.

Quem cobria grande parte da Península Ibérica era a Laurisilva. Típica de um clima tropical e húmido, hoje só resta uma floresta parecida nas ilhas, Madeira e Açores.

Os carvalhos, os amieiros, os choupos, os salgueiros, as aveileiras e os freixos começaram a formar a floresta que hoje conhecemos por autóctone, estando a recuperar algum terreno.

Enquanto as mudanças decorriam, um novo povo apareceu nas paisagens que mais tarde ia ser conhecido como os lusitanos. Os lusitanos eram um povo que vivia da caça, pesca, frutas, farinha de bolota, castanhas e verduras.

A meio do século XX, apareceu outra espécie, o eucalipto, vindo da Austrália e da Tasmânia. O eucalipto cria um excelente pasto para os incêndios, erro que o tempo está a tentar corrigir.

A acácia mimosa reproduz em pouco tempo e forma áreas povoadas que não permite o desenvolvimento da vegetação natural.

A floresta portuguesa já evoluiu e transformou-se. Algumas vezes pelas mudanças naturais, outras vezes pela habilidade do Homem. Algumas das paisagens mais bonitas do país são as florestas portuguesas.

Aqui estão alguns cuidados que deves ter com a floresta:

• não deitar cigarros para a floresta porque podem estar mal apagados;

• não deitar lixo para o chão, mas deitá-lo no contentor mais próximo;

• não deitar foguetes perto das florestas, pois podem incendiá-las;

• não fazer fogueiras, principalmente entre 1 de junho e 30 de setembro;

• para fazer queimadas pedir uma autorização;

• se detetar algum incêndio, contacte imediatamente o 112

Texto de pesquisa efetuado por alunos da turma 4.ºC, da Escola Básica Domingos de Abreu

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O QUE É FEITO DE TI?

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O QUE É FEITO DE TI

PATRÍCIA PIRES

Olá a todos. Chamo-me Patrícia, sou flautista e estudo Música (e não, não é apenas um hobby). Esta deve ser das primeiras coisas que temos de explicar às pessoas quando nos perguntam se fazemos mais alguma coisa para além desta bela arte. Ser músico é ser artista, é ser diferente, é ter de enfrentar todos os dias as críticas, a concorrência, a pressão, sob os olhares atentos de quem percebe e/ou está na mesma área. É optar por uma forma de vida diferente… e foi esta a vida que escolhi. Já o meu 10ºano (no curso de Ciências e Tecnologias, na Escola Secundária Carlos Amarante) tinha começado, quando resolvi, no final do 1º período pedir transferência para a Escola Secundária Francisco de Holanda, para assim ser possível estudar no ensino articulado (com a Academia de Música Valentim Moreira de Sá - Guimarães). O que é que me levou a tomar esta decisão? Não foi por não gostar do curso, (sempre gostei muito de matemática, FQ, …), muito menos por não tirar boas notas (até era boa aluna )mas sim por não me sentir feliz, e querer investir, aprender e lutar para realizar um dos meus maiores sonhos numa outra área, a Música. Era isto que queria para o meu futuro… mas não pensem que foi fácil mudar de “rumo”.

O ensino especializado em Música no secundário é um pouco diferente do que a maior parte dos alunos faz no ensino regular. Nós, estudantes de música, tínhamos as disciplinas básicas (português, inglês, ed. física e filosofia) na Escola, e as disciplinas práticas e teóricas de música na Academia. Podíamos até ter uma carga horária de aulas bastante reduzida, mas se juntarmos as horas diárias (3, 4, 5, …) que tínhamos de “perder” a estudar o nosso instrumento, pouco tempo livre restava. E assim se passou o secundário… com imensos objetivos, um deles (o mais importante): entrar na Escola Superior que queríamos. Tendo em conta que as vagas eram sempre escassas para tantos músicos, só nos restava trabalhar ao máximo para tentar agradar aos professores nas provas de ingresso. Tive sorte, entrei na escola que queria, das mais antigas do país nesta área, com os melhores professores, maestros convidados, e uma boa orquestra. Ocupei uma das duas vagas que abriram no meu ano para a Licenciatura em Música – Performance, variante Flauta Transversal. E foi assim que o destino me traçou a passagem pela cidade Invicta, onde me encontro agora já no 2º ano, na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto. Como já vivia fora de casa desde o 10º ano, não senti muita diferença na mudança

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para a vida académica (ainda por cima sem as tão polémicas praxes, que a meu ver, ainda bem que não existem cá. Mas isto já seria tema para outra conversa…).

Quando a Exmª Senhora Professora Carla Álvares me convidou para escrever um pouco sobre as coisas que fiz desde que saí do Ciclo, pensei: “Yeah, fixe!! Mas por onde hei de começar?” Não foi fácil! Ainda por cima a escrita nunca foi o meu forte .

Nestes últimos 5 anos, para além disto tudo que já referi, ainda participei em vários estágios de orquestra, concursos, masterclasses, etc. Participei no Estágio da Orquestra sub-21 da Capital Europeia da Cultura 2012, e cheguei a fazer reforço na Orquestra Estúdio. No ano passado tive o privilégio de tocar a solo no “Encontro Nacional de Jovens Músicos” em Vieira do Minho (OBRIGADA PESSOAL!!), e ainda de ganhar uma bolsa para um estágio na Alemanha, no “Ensemble-Akademie Freiburg”. Tentei sempre criar contacto lá fora, porque gostava muito de ir estudar para o estrangeiro. Foi isso que me levou a participar

em Masterclasses, ir a Paris ter aula com o professor do Conservatório Nacional, e ir a Basel, à escola onde o meu irmão (também músico) estuda atualmente.

Adoro viajar! Adoro aprender! Mas claro está, não é tudo um mar de rosas… O ensino especializado em Música, considerado, por muitos, um ensino de luxo, fica demasiado dispendioso (a começar pelo valor do instrumento). Por isso, tento

ao máximo pagar todos os extras com o meu próprio dinheiro para não sobrecarregar os meus pais. Como? Com o dinheiro que ganho a tocar em bandas filarmónicas, e com as aulas que dou aos sábados.

É óbvio que por vezes paro para pensar se estou no caminho certo, se o estudo intensivo e exaustivo compensará, e se o futuro me vai sorrir… vou continuar a lutar para isso! Porque apesar de todas as dúvidas e de todos os obstáculos que se atravessam no caminho, sinto uma alegria enorme por estar a fazer aquilo de que gosto, e por não pensar na música apenas como um trabalho, mas como uma forma de vida diferente. Já dizia alguém: “Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida.”

Queria aproveitar para agradecer mais uma vez à prof. Carla Álvares por se ter lembrado de mim, bem como a todas aquelas pessoas

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(professores, funcionários, alunos) que se atravessaram no meu caminho enquanto estudei em Vieira, e contribuíram para que me transformasse numa pessoa melhor. Não posso deixar de agradecer, claro está, aos meus pais, que apesar de tudo, agora compreendem esta vida, e ajudam-nos (tanto a mim como ao meu irmão) a lutar para sermos cada vez melhores. Um grande OBRIGADA!

P.S. Lutem! Não desistam! Nunca!

Patrícia Pires

Patrick Rocha

Olá a todos, o meu nome é Patrick Rocha e não podia deixar de iniciar esta rúbrica sem primeiro agradecer o convite que me foi feito pela professora Carla Álvares. Confesso que para além de professora e diretora de turma no meu 8º e 9º anos de escolaridade, foi uma professora que me marcou muito. A minha turma desse tempo era um pouco para o “rebelde” (risos), mas a professora Carla Álvares tinha uma capacidade incrível para lidar connosco e com as situações mais complicadas, e isso fez com que os alunos e a professora criassem um forte respeito mútuo, compreensão e amizade.

Em relação ao meu percurso, terminei o secundário no ano 2006 e nessa fase encontrei-me dividido entre seguir para a faculdade ou ingressar no mundo do trabalho. Ponderei muito e acabei por optar pelo mundo do trabalho, um mês depois de acabar as aulas, encontrei logo emprego na Olirebe - uma Indústria de Espumas na zona de Pepim (Cerdeirinhas). Estive nessa Empresa durante 3 anos e apesar do cansaço e desgaste físico relacionado com as minhas funções, existia um ambiente de trabalho

fantástico entre todos os trabalhadores e entidades patronais. Em março de 2008, recebi uma proposta de trabalho para ingressar no Aquafalls SPA Hotel que tinha abertura prevista para abril. Fui à entrevista e fui admitido para rececionista do Hotel. As condições de trabalho eram diferentes e em termos financeiros teria mais regalias, foi nesse sentido que me desvinculei da Olirebe e iniciei as minhas funções no ramo hoteleiro. Numa fase inicial

estava contente com a mudança, tinha um bom ambiente de trabalho, tinha ótimos conhecimentos orais e escritos de línguas estrangeiras e à vontade no diálogo com clientes, tudo isto fazia com que me sentisse bem com as minhas funções. Mas o tempo foi passando e a política do Hotel estava em constantes

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alterações, não existia consenso e isso fez com que a minha motivação no trabalho caísse a pique. As políticas internas não iam ao encontro dos meus ideais e como já não “podia ser eu próprio”, em julho de 2012 decidi cessar as minhas funções nesta Empresa.

Sem emprego em vista, decidi investir numa formação que me permitisse fazer o que realmente gostava e foi assim que iniciei um curso de treino e modificação comportamental de cães, baseado em reforço positivo. Voltei aos livros e apliquei-me nos estudos. Numa primeira fase isto era apenas um “hobby”, o intuito seria de obter formação suficiente para treinar o meu cão em casa, mas à medida que o tempo foi avançando, fui ganhando cada vez mais interesse nesta área e comecei a frequentar seminários e formações com grandes referências internacionais do treino e modificação comportamental. Os vizinhos

começaram a pedir os meus serviços e o “feedback” era positivo. A partir desse momento comecei a perceber que isto poderia ir além de um simples passatempo. Agora encontro-me nessa transição de “hobby” para “profissão”. Tenho um espaço em Vieira do Minho e tenho a minha Escola de treino e modificação comportamental de cães em Amares. Para além de clientes dos arredores, tenho clientes que vêm de Vila Real,

Esposende, Famalicão, Barcelos para terem aulas comigo. Sinto-me um felizardo por fazer o que gosto e se puder viver disto no futuro, melhor ainda .

A experiência de vida que tive, permite-me deixar um conselho aos atuais alunos, quando optarem pelo curso que querem ingressar, façam essa escolha tendo em conta aquilo que realmente vos motiva e não os €€€€€€€€€. Perspetivar um bom salário não é sinónimo de ser feliz, mas fazer o que nos motiva e dá prazer é um grande passo para atingir a felicidade.

Patrick Rocha

https://www.facebook.com/patrickrochadogtrainer

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Elisabete Pinto

Que é feito de ti, Elisabete Pinto?

Já passaram uns anitos! Corria o ano escolar de 2002/2003, quando me vejo colocada em Vieira do Minho, na Escola Secundária, hoje agrupada com a E.B. 2/3, mesmo ali ao lado. Nesse ano, só lecionei francês a turmas dos 8º, 9º, 11º e 12º anos de escolaridade. Encontrei um grupo disciplinar impecável, o das Línguas Estrangeiras, claro… com uma ou outra exceção, mas já não interessa nada agora! Não podemos gostar de todos os colegas nem todos eles de nós, não é verdade? Nunca esquecerei a Odete e a sua história de vida sofrida. Estava eu longe de pensar que iria passar por uma experiência semelhante mas na primeira pessoa… mas isto fica para daqui a pouco! Lembrar-me-ei sempre da “Nikes”, da Cristina Tinoco, da Sofia, da Carla Álvares…e de muitos outros cujos nomes, agora, não me recordo. Dos rostos não me esqueci.

Como esquecer os “malandrecos” dos alunos, sobretudo uma turma do 8º ano que me deu muito que fazer! Tratava-se de alguma rebeldia por parte de um rapaz de cabelo encaracolado, famoso em toda a escola e redondezas. Ele até era engraçado, o miúdo… só abria a boca no momento errado e saia asneirada! Quando isso acontecia…lá nos dias menos bons do moço, uma parte da aula era gasta em raspanetes… Nada de muito grave, comparando com o que se passa em muitas outras escolas, hoje em dia.

O ano correu sem grandes sobressaltos, a não ser o gelo que apanhava na estrada de Braga para Vieira do Minho. Uma manhã de inverno, a caminho da escola, após o cruzamento da Póvoa de Lanhoso, numa curva, um “habilidoso” que seguia à minha frente, assustou-se com o gelo que atravessava a estrada de um lado para o outro… travou e conseguiu continuar caminho. Eu apenas deixei o carro seguir caminho e safei-me. Infelizmente, atrás de mim, vinha a Sofia que acabou por embater nos rails. Não se magoou mas o carro ficou algo danificado. Que rica estrada!!!

Só posso dizer que gostei imenso de trabalhar em Vieira do Minho, por tudo, a escola, a direção, os funcionários, os colegas e os alunos. Adorava almoçar com os colegas, no restaurante do parque de campismo ou noutro mais junto à escola onde encontrávamos muitos alunos. Íamos variando, claro. Lembro-me de boas conversas, boas risadas e bom trabalho de grupo. Foi sem dúvida um ano que me deixou muitas saudades.

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Nos anos seguintes, percorri várias localidades: Vizela, Barcelos, Ribeirão, Póvoa de Lanhoso, Famalicão e nos últimos anos já por Braga. Fui mantendo algum contacto com os colegas e com o famoso Facebook, tudo se torna mais fácil…

2007 seria um ano de viragem para mim. Estava eu na E.B. 2/3 do Cávado, já quase no final do ano letivo, quando soube que tinha um tumor maligno na mama. Foi o início de uma luta que ainda não acabou. Fui operada, fiz radioterapia, quimioterapia, hormoterapia e quando a “coisa” estabilizou, voltei ao trabalho continuando a ser vigiada de perto, pois a doença é maldosa.

No ano seguinte, fui para a Escola Secundária de Maximinos onde permaneci até 2010. Ano em que a doença voltou em força, fazendo grandes estragos na coluna, no pulmão e no fígado. Pensei, na altura, é desta que vou para o outro lado! Ainda não era para já! Fui submetida a uma cirurgia complicada dado que tinha uma vértebra fraturada e corria o risco de ficar numa cadeira de rodas. Apesar do grande sofrimento, as coisas correram da melhor forma… continuo a andar com placas e parafusos na coluna… mas ando!

Lá começaram novamente os tratamentos, desta vez, mais agressivos, pois a doença tinha-se espalhado silenciosamente e rapidamente. Foi do género, “vira o disco e toca o mesmo”: radioterapia, quimioterapia… muita quimioterapia… muito sofrimento físico e psicológico… não sei como não fiquei maluca… tenho que ser forte! Ai se tenho!

Passados alguns meses, após uma série de exames, observámos que as coisas tinham estabilizado, as lesões pulmonares e hepáticas tinham desaparecido… as ósseas é outra história… essas

nunca mais desaparecem. É preciso mantê-las estáveis com o quê?? Pois alguma quimio oral mais hormonoterapia e vigilância constante.

Desde então, não voltei a trabalhar, doença prolongada “oblige”!

E como não há duas sem três, em 2013, aparece nova lesão no fígado. Que raiva, não tenho sorte nenhuma, pensei eu. Toca a estudar o caso e procurar soluções. Mais uma cirurgia e não podia faltar a nossa “querida” quimioterapia. Desta vez, tratava-se de uma lesão mais agressiva, daí ter que

fazer quimioterapia semanalmente… durante nove meses. Parei mesmo antes do Natal. Nem sei como sobrevivi… mas aqui estou eu para contar a história. Claro que continuo com outros tratamentos mas a esperança em viver ainda uns bons anos dá-me força para lutar e continuar. Como toda a gente, tenho dias maus e outros melhores…não interessa, aqui estou… quero ver o meu filho de catorze anos tornar-se num homem bom.

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Tento viver o melhor que posso a cada dia. Leio muito, vou “cuscando” no Facebook, sou mãe, esposa e dona de casa… já é muito trabalho! Faço caminhadas, dou o meu apoio a português e francês a miúdos que necessitam da minha ajuda… Tento ser boa para com os outros e manter-me positiva.

E assim passaram os anos desde que saí de Vieira do Minho… por estas bandas tenho andado e por aqui vou continuando… a lutar.

Um abraço a todos.

Elisabete Maria Carpinteiro Pinto

José Maria Araújo

“Que é feito de ti?”

Ao desafio que a amiga Carla Álvares me lançou para a rubrica “o que é feito de ti?”, do jornal da escola, aqui estou, de pé e com um pouco de alma.

Não será um retrato de corpo inteiro, com desnudamento total da alma, mas será uma pose “a la minute”, de meio corpo, a preto e branco, parecida com aquelas que se faziam antigamente, de frente a uma Kodak, em cujo caixote um homem de bigode farfalhudo, cachimbo fumegante e vieirense de gema, mas mouco como uma pedra, metia a cabeça e gritava: olha o passarinho. Embora a preto e branco, tinha então a delícia de estampar o momento para a persistência da memória. Será o caso!?

Aquando do convite, transmiti à Carla que, desde que larguei os manuais escolares, os testes, as reuniões, etc., a minha vida, parafraseando Torga, tem sido “feita de pequenos nadas”. Limito-me a andar por aí, sem solavancos dignos de relevo, uma espécie de Zé Ninguém, que só deseja que não o macem muito, que lhe deixem ouvir a melodia sem contorno dos pássaros, que chilreiam nos carvalhos em redor da casa do alto de S. Bento. Mas como insistiu, a amizade e a cumplicidade forjadas em tempo no espaço da Escola não me permitiram fugir ao desafio, nem chutar para canto, em boa gíria futebolística.

Decorridos quatro anos, nesta nova etapa, a vida já não tem a rigidez dos compromissos do passado, nem a escravatura dos horários profissionais que controlam irremediavelmente os passos do dia-a-dia. O tempo é entregue, agora, às coisas menores da existência, desprezando aquelas que nada

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acrescentam à alma nem à tranquilidade do espírito. Tal como o poeta no poema Café, busco, no milagre de cada manhã, soltar o rio que tenho na algibeira, vendo-o “correr da imaginação”. Também, ouvir a “melodia sem contorno” neste “acaso de existir” que os dias me trazem, para me “iludir de um destino”. Aliás, até pensei seriamente colocar, à entrada do meu portão azul, ao modo de João Sem Medo, a lapidar frase que rezasse; “é proibida a entrada a quem não andar espantado de existir”. Máxima que serviria de poderoso analgésico para resistir, com sabedoria epicurista e razoável estoicismo, ao ataque troikano, que veio poluir a cama dos “nossos tão castos lençóis”. Neste labirinto em que se procura encontrar o exacto caminho da existência, as saídas não são lógicas e lineares, bem pelo contrário, absurdas e kafkianas, no entanto uma dose de ilusão, não desmedida como a de Ícaro, por isso vítima da sua própria ambição, é necessária, quando assente no comezinho, porque nela reside muito da felicidade merecida.

Sem excluir a família de todas as horas, de todos os anseios e conivências, também são companheiros neste “acaso de existir”, os amigos de fidelidade a toda a prova, rafeiros quod satis, o KáKá

e o Falcão, o “cocker” Nani e a “boxer” Natacha, todos eles excessivamente zelosos em defender o território da nossa casa comum e merecedores, por uma vez que seja, de serem referidos neste apontamento.

Nos intervalos, ao cuidar da horta, das fruteiras, da relva do jardim e das flores, a sabedoria da Natureza diz-me que as correrias sem tino não levam a lado nenhum. O ritmo que ela empresta às coisas é o melhor calmante natural, mesmo para aqueles dias em que o céu não veste azul-ferrete e, caindo dos beirais, a melodia da chuva também desenha uma atmosfera de estímulo, a pensar na calmaria dos dias longos. Quadro este perfeito para leitura das novas do dia, dos clássicos ou da escrita das “bagatelas da quinzena”, a cujo compromisso me obriguei.

Uma vez por outra, sigo à risca o lema: “live to ride and ride to live”, que vem incrustado na Harley das minhas cavalgadas e então vou estrada fora ao encontro do vento. Para as voltinhas caseiras, tenho a Powabyke, alcoviteira das conversas sem fim, que a amizade dos amigos proporciona, à tarde, em encontros fortuitos.

Esta é a desinteressante, talvez banal desobriga, até porque estamos em tempo quaresmal, de um “eu” que vai no sentido do Sul, ao encontro do sol-posto, maravilhado com a essência na existência, mas sempre sem se iludir do destino.

Já agora, aproveitando a boleia, desejo a todos os que foram colegas, demais professores, funcionários e alunos uma Páscoa com cheirinho a amêndoa.

J M Araújo

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NB. Propositadamente, este texto não respeitou o novo acordo ortográfico.

Filipe de Oliveira

Antes de mais, quero agradecer o amável convite da professora Carla Alvares, pessoa por quem tenho grande estima, para responder ao seguinte repto: “O que é feito de ti?”.

Na Escola B/S Vieira de Araújo, cresci e aprendi a amar. Cresci no coração de uma Escola que aprendi a amar, genuinamente.

O meu desejo é que, os actuais estudantes deste estabelecimento de ensino sintam os afectos que ainda irradiam os que por lá passaram.

Após estudar doze anos em Vieira do Minho, tinha chegado a hora de iniciar o meu percurso académico, isto com 18 anos. Conforme era meu objectivo, conclui uma Licenciatura Bietápica em Radiologia, no Instituto Superior de Saúde do Alto Ave.

Depois de quatro anos recheados de duras exigências, mas vivendo o verdadeiro espírito académico, confesso-vos que passei uma das melhores fases da minha vida. Com a força de querer chegar longe, ultrapassei as angústias e ansiedades.

Com quase 22 anos, entrei num dos maiores grupos privados de saúde – o Grupo Espírito Santo Saúde. E, ao pertencer a uma equipa exigente e ambiciosa, o meu percurso profissional tem sido pautado pela estabilidade e afirmação, daí querer continuar a pertencer a este Grupo, por muitos e bons anos.

Ao longo destes passos, nunca abandonei a terra que amo, onde nasci, cresci e ficarei. Aqui, em Vieira do Minho, juntamente com um forte grupo de amigos, fundei o CAVA.

Tudo aconteceu em finais de 2005, tendo nascido uma colectividade que é uma referência no associativismo em Portugal, com 638 sócios, e 75 iniciativas já organizadas, cinco das quais com o Alto Patrocínio do Presidente da República, Cavaco Silva.

Desse modo, um dos sonhos já se concretizou: nasceu o “Núcleo de Desporto Adaptado do CAVA”.

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As vitórias e conquistas dão-nos força e encorajam-nos, para o planeamento de projectos ainda mais exigentes.

Um exemplo de um desafio extremamente aliciante é a parceria de inquestionável valor criada com a Escola B/S Vieira de Araújo. Desta enriquecedora e benéfica união, já resultaram excelentes actividades na área cultural e desportiva. Deixo, por isso, o meu agradecimento ao Director do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo, Alberto Rui Silva, por toda a colaboração, empenho e enorme dedicação que é fundamental para o sucesso desta aliança.

Tenho a certeza que, a educação é a base para o desenvolvimento do nosso concelho e, assim sendo, lutarei fortemente para manter bem acesa a chama de uma parceria que significa, acima de tudo, uma enorme honra e responsabilidade para o CAVA.

Procurando manter uma participação cívica activa, estive, e estou, envolvido em inúmeros “projectos”, destacando os seguintes:

- Presidente do CAVA (Clube Amigos de Vieira)

- Vice-presidente da AMADOS (Associação Minhota de Apoio ao Doente Oncológico de Senologia)

- Tesoureiro da APAV (Associação das Patinhas Abandonadas de Vieira)

- Comentador político na "Rádio Alto Ave" e jornais “Geresão” e "Notícias de Vieira"

- Presidente da Assembleia de Freguesia de Vieira do Minho

- Membro da Assembleia Municipal de Vieira do Minho

- Membro da Assembleia Intermunicipal da CIM do Ave

- Representante da Assembleia Municipal para o Conselho da Comunidade do Agrupamento de Centros de Saúde Cávado II – Gerês/Cabreira

- Membro do Secretariado da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Vieira do Minho

- Ex. Administrador da Empresa Municipal: Vieira Cultura e Turismo E.M.

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- Ex. Presidente da Vieira Futsal

- Ex. Vice-Presidente do Vieira Sport Clube

Bem, uma coisa é certa: ainda falta fazer muito mais. Já dizia Albert Einstein: “A vida é como andar de bicicleta. Para manter o equilíbrio é preciso continuar em movimento”.

Sabem uma coisa?! Estudem e não desistam dos vossos sonhos… Acreditem!

Filipe de Oliveira

João Cunha

O que é feito de ti…

Chamo-me João Cunha e sou professor de Física e Química. Fui professor no Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo entre 2005 e 2010. Nesse período de tempo tive oportunidade de conhecer e trabalhar com assistentes operacionais, alunos e professores realmente fascinantes. Passado este tempo, ainda constituem uma referência pessoal e profissional.

Para além das aulas de Física e Química sempre tive oportunidade de desenvolver vários projetos. Sempre tive o apoio da direção e de toda a comunidade escolar. A atividade que mais me marcou foi sem dúvida a robótica. Foi na escola de Vieira do Minho que os alunos começaram a construir os primeiros robots. Tudo se iniciou como uma brincadeira que rapidamente se tornou numa atividade com grande valor pedagógico. Ao longo do tempo apercebi-me das diversas competências que podia desenvolver nos alunos: espírito de grupo, interajuda, comunicação, respeito, partilha, colaboração, etc. Não posso deixar de referir o apoio que sempre senti, por parte de todos, para concretizar as atividades e deste modo representar Vieira do Minho e Portugal em competições internacionais. Foram realmente muitos os apoios, mas, vou apenas destacar um, o nosso eterno amigo “Tó”.

Na Vernária n.º 7, janeiro de 2014, o antigo aluno, José Rodrigues, fez referência às experiências vivenciadas na robótica e como isso o ajudou a encarar a vida e o emprego com maior

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seriedade e maior produtividade. O clube de robótica apenas foi o catalisador das ideias dos alunos permitindo abrir portas de modo a que eles brilhassem. Por vezes as dificuldades eram muitas, mas com persistência e principalmente resiliência é possível concretizar os nossos sonhos.

Desde a altura que deixei de lecionar no Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo passei por várias escolas e sempre tive oportunidade de desenvolver trabalhos relacionados com a robótica educativa.

Em virtude de ter trabalhado numa escola que foi considerada inovadora pela Microsoft, como tendo as melhores práticas educativas e que melhor aplica as novas tecnologias, tive conhecimento do programa “Partners in Learning”. Um programa da Microsoft dedicado às escolas e aos professores de todo o mundo. Um local de partilha de conhecimentos e de troca de novas experiências.

Recentemente tive oportunidade de participar no Fórum Mundial de educação da Microsoft. Integrar a inovação e a criatividade em sala de aula através da tecnologia foi um dos objetivos do Fórum Mundial de Educação da Microsoft. O evento juntou um grupo de elite de educadores de todo o mundo, abordando a forma como alguns dos maiores desafios da educação podem ser resolvidos utilizando a tecnologia.

Eu fui um dos 250 professores selecionados entre 23 000 candidatos de todo o mundo, tendo levado a concurso um projeto na área da robótica educativa, aproveitando toda a minha experiência adquirida nos diferentes clubes/projetos de robótica. O projeto tem como principais objetivos estimular e incentivar os alunos para as disciplinas CTEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática) bem como a comunicação, colaboração e espirito de equipa tendo em vista as competências para o século XXI.

Para além dos projetos individuais tive de desenvolver um novo projeto em menos de 24 horas, Learn-a-thon. Os professores tinham de escolher um de três temas para trabalhar que constituem desafios mundiais: pobreza, igualdade de género e sustentabilidade. O mais estimulante desta atividade foi o facto de ter trabalhado com professores da África do Sul, Brasil, Estados Unidos da América e Suíça, num projeto sobre a irradicação da pobreza e que mereceu o reconhecimento e na qual fui premiado.

Desde 2011 que projetos de professores portugueses são considerados os melhores do mundo e escolas nacionais estão entre as mais inovadoras do planeta.

Para além das aulas de física e química, atividades de robótica sou co-fundador de um projeto

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internacional de análise de aplicações Windows 8 para educação, o innteach (www.innteach.com). O innteach conta com a colaboração de professores de todo o mundo. O blog está traduzido em 7 línguas e tem sido um sucesso internacional com críticas muito positivas que nos levam a continuar o trabalho em prol das escolas, dos professores e principalmente dos alunos.

João Cunha

Romeu Ribeiro

Foi no ano de 2004 que saí de Vieira do Minho, tinha apenas 15 anos. Saí porque fui em busca de um sonho, ser jogador profissional de futebol. Ainda hoje tenho bem presente tudo aquilo por que passei. Lembro-me da dificuldade que foi deixar para trás todos os meus amigos e sobretudo os meus pais e o meu irmão, mas já nessa altura a vontade de vencer era tão grande que nada me fez recuar.

Fui para Lisboa, para o Sport Lisboa e Benfica. A adaptação foi bastante difícil, não conhecia nada nem ninguém. Bem, com a exceção do André

Soares que também ingressou nesta aventura comigo, mas que só chegou à capital um mês depois de eu lá estar. No entanto, como sempre, tive a preciosa ajuda dos meus pais, que nas primeiras duas semanas estiveram comigo em Lisboa para que não me faltasse nada. Ao longo do primeiro ano, de duas em duas semanas, lá vinham eles ter comigo, para me dar força e me verem jogar. São um grande exemplo para mim. Sem dúvida nenhuma que foi graças a eles, ao meu irmão e à minha namorada, que consegui lutar por este sonho.

Fui morar para o centro de estágio na zona de Benfica, juntamente com mais 20 jogadores com idades entre os 15 e os 18 anos, tínhamos um senhor que cuidava de nós e mais duas empregadas que nos tratavam da roupa e nos faziam as camas. Não eram as melhores condições do mundo mas nunca ouvi ninguém queixar-se. Fui para o Benfica representar o escalão de Juvenis B, ou seja, atletas com

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15/16 anos, mas como desde o início as coisas me correram tão bem passei imediatamente para o escalão dos mais velhos, Juvenis A, onde estavam os atletas com 16 e 17 anos. Era o jogador mais novo da equipa, mas mesmo assim acabei por fazer os jogos todos como titular e a jogar um bom futebol. Fui também chamado à Seleção Nacional de sub-16, foi um enorme orgulho ser internacional pela primeira vez, poder representar o meu país, cantar o Hino Nacional. Nunca irei esquecer este momento. Mais tarde, tornei-me capitão das Seleções Nacionais de sub-17, 18, 19 e 20 e ainda joguei pelos sub-21, num total de 43 internacionalizações. Fui também chamado para representar Portugal na Seleção Europeia de sub-18. Na altura fui o único Português a ser convocado o que me dá um grande orgulho.

Em 2007, já morando no Centro de Estágio do Seixal, alcancei, até então, o ponto mais alto da minha carreira: representar o plantel principal do Sport Lisboa e Benfica na primeira liga Portuguesa e na liga dos campeões. Jogar ao lado de grandes jogadores como o Rui Costa, David Luiz, Petit, Nuno Gomes foi como um sonho tornado realidade.

Nos anos seguintes tive passagens pela segunda liga Portuguesa. Na época de 2008/2009 representei o Clube Desportivo das Aves e na época de 2009/2010 representei o Clube Desportivo Trofense. Foram estes dois grandes clubes que me ajudaram muito no crescimento como jogador. Mesmo com algumas dificuldades nunca deixaram que me faltasse nada. Deixei lá muitos amigos. Foi um grande orgulho poder representá-los. Entre 2010 e 2013 vesti a camisola do Club Sport Marítimo e atualmente encontro-me no Futebol Clube de Penafiel. Tenho feito um bom percurso, no entanto espero em breve voltar à principal liga portuguesa. Sem dúvida que esse é o meu próximo grande objetivo!

Romeu Ribeiro

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PROSAS

POESIAS

HIBRIDISMOS

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PALAVRAS

Soltei as letras

Dos meus sonhos

Não sei onde pairam

Os sonhos e as letras

Urge em mim a vontade de encontrar

Letra a letra

Agarrar sonho por sonho

Saborear palavra a palavra

E libertar a alma lusitana

Que o meu coração acorrenta…

Quero ser livre

Soltar cada letra que há em mim

Ligar-me a ti

Por palavras

Bonitas

Quero ser

Eu

Sem letras

Sem palavras

Simplesmente

Eu

De palavras

Soltas

E com as palavras

Ouvir o bater do teu coração

Junto ao meu

No silêncio

Que só as palavras

Sabem escutar…

(Ana Cunha)

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Tudo me corre mal….

Tenho amigos e amigas que me deixam… dou o meu apoio a toda a gente, dou confiança, mas a maior parte deles desilude-me sempre.

Estou farta de sofrer…

Todos os dias choro… e o pior é que a pessoa que mais me apoiou quando eu estava mal, foi para o céu… Sinto tanto a sua falta!

Neste momento, só me apetecia morrer. Dizem-me que isso é um disparate, mas ninguém entende o que sinto.

Já me cheguei a cortar pela minha melhor amiga, pois eu acho que as promessas se cumprem sempre, mas infelizmente nada disso está a acontecer.

Tanta gente me prometeu que ia ficar para sempre…foram os primeiros a ir embora…

Chega um ponto em que me canso de ser forte, apesar de eu nunca ter desistido de nada. Mas chegou a altura de eu começar a olhar para mim e colocar os outros de parte.

Preciso de procurar a felicidade, ser livre, não posso chorar mais…

Prometi a mim mesma que não o iria fazer mais por quem não o merece…vou cuidar de mim, da minha felicidade, procurar pessoas que me façam sorrir e não chorar. Prefiro que essas sejam poucas, mas que sejam verdadeiras.

Eu devo mudar a minha vida, procurar um novo mundo, e vou lutar por isso.

O pior é que as pessoas que me fazem sorrir estão longe, umas em França e outras em Braga (sei que não é muito, mas são na mesma 33 Km a mais), e as outras pessoas que já partiram. Sei que não têm culpa disso, mas por vezes penso que a culpa é minha.

Penso que eu é que tenho de fazer tudo por elas, mas e quem é que faz por mim? Ninguém…

Diziam-me que os amigos eram melhores do que a família, mas isto? É só o que dizem da boca para fora!

A família é a melhor coisa que pode existir no mundo, pois a família é quem mais nos apoia e nos dá conselhos.

Mas como eu não quero que a minha família sofra, nunca lhes conto nada do que se passa comigo. Ponho um sorriso na cara e faço de conta que não se passa nada. Por vezes, quando choro, eu digo que são só dores de cabeça e nada mais, mas ao fazer isso eu estou a mentir a mim própria e ainda me sinto pior.

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O meu mal é não conseguir dizer a verdade porque sei que se o disser, muita gente vai ficar a sentir-se mal por eu me estar a sentir mal, e eu não quero isso.

Já passei noites acordada, sem conseguir dormir uma hora que fosse, a pensar em tudo…

Muitas das vezes eu descarrego nas pessoas que não devia, e isso é mau porque depois as pessoas pensam mal de mim. Mas é porque elas não sabem o que se passa comigo.

Uma das coisas que mais odeio é que me mintam, prefiro que me contem a verdade mesmo que magoe do que me façam promessas que depois não cumprem.

Acho que as pessoas não sabem quanto mal me fazem, pois eu apego-me sempre a elas e depois acabam por me desiludir.

Deixam-me sempre sozinha mas também para que preciso desse tipo de pessoas? Nunca deitaram uma lágrima por mim, nunca me fizeram um pedido de desculpas, e tenho de ser sempre eu a rebaixar-me a esse ponto perante elas…

Por vezes eu digo coisas que magoam as pessoas e que apenas me saem da boca para fora, mas tento sempre emendar isso.

Eu luto sempre pelas amizades, mas de que me serve lutar por elas se luto sozinha?

Começo a achar que não há ninguém que fique sempre ao meu lado. E vou deixar de fazer promessas.

Eu dou a 2ª, 3ª, 4ª, 5ª oportunidade, mas para quê? Se sempre que me deixam me magoam? Por que sofrer tanto? Eu tenho apenas 14 anos, acho que sou ainda nova de mais para sofrer…

Já cometi erros…Mas também…quem não comete?

Todo o ser humano erra…Sempre me disseram que é com os erros que se aprende.

Por exemplo: eu, na escola, estou-me sempre a rir e a tentar divertir-me, mas só serve para me fazer de forte e para que não gozem comigo e não percebeçam que estou mal, mas depois chego a casa e choro, choro… pena, pois isso só me prejudica a mim.

Deixei uma amiga de 13 anos e tal por uma de 5 meses e arrependi-me, pois a de 13 anos e tal era verdadeira, porque sempre esteve comigo nos piores momentos.

Sinto saudades daquilo que era dantes, mas se fiquei assim, foi porque me deram motivos. O que eu aprendi com as pessoas foi a ter o coração frio.

Quero voltar a ser aquela pessoa alegre que se ria por tudo e por nada. Voltar a ser feliz. Quero voltar a ser aquilo que era mais ou menos há dois aninhos atrás.

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Muita gente me diz que já tenho maturidade de adulto, mas se a tenho é porque a vida me pregou partidas…

Se há algo que odeio em mim, é o facto de ser uma conselheira para as pessoas. E sempre que essas pessoas precisam de mim, eu estou lá, mas quando sou eu a precisar delas, elas fogem de mim a sete pés, como se eu não existisse.

Só querem saber de mim quando precisam, e são, por isso, interesseiras…

Mas eu vou ser feliz… farto-me de fazer pelos outros o que eles não fazem por mim. Como se diz? “ Princesa levanta a cabeça, senão a coroa cai”… pois é isso mesmo que eu vou fazer, apesar de não ser nenhuma princesa, mas também não sou nenhuma otária que anda para aqui e só quando precisam dela é que a procuram!... Para mim chega, fartei-me dessas pessoas…

Vou à procura da minha felicidade!!!

E de quem me queira fazer sorrir e não chorar!

«Vocês que são nada»

Por vezes pergunto-me como será a vida daqueles que não dão significado às coisas mais simples da vida. Como será a vida daqueles que não reflectem e não tornam complexo o seu pensamento. O que farão eles da vida? Eles que vão dando significado às coisas efémeras e estúpidas. Ainda se atrevem a falar na amizade, no eterno, no amor e na paz. Que significarão tais valores para eles? Eles que não param para pensar, ao invés, desperdiçam o tempo na felicidade fingida e suja.

Esses que de tão cheios de nada, a não ser falsidade e risos ocos, chegam a ter a mais profunda da maldade. E como se não bastasse viverem na sua tristeza tão pouco sofrida, ainda fazem como que seres puros e lutadores se desvaneçam e caiam ao duro golpe dessa monstruosa sua ignorância.

Vocês seus pedaços de vazio porco, que um dia se apercebam da vossa tão grande desgraça… ou então morram! Morra apenas, se é que esse vosso existir seja chamado viver.

Liliana Gonçalves

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Terra mágica?

Hoje a minha disposição está um bocado diferente do habitual.

Dei por mim a olhar para a janela esta manhã. Dei por mim a apreciar esta terra. Ahhh, como é linda esta terra.

Durante a manhã, há uma névoa que cobre toda a paisagem, como que a dar um abraço para matar saudades, não querendo jamais largar toda esta beleza. E assim que esta névoa se dissipa suavemente, começo a avistar os cumes dos montes, imensamente brancos da neve. Vejo as árvores, com estas cores todas, com esta variedade. É uma vista fantástica! Sou abençoado por viver aqui, sinto-me verdadeiramente abençoado. Esta visão matinal, este quase delírio - parece que esta terra irradia magia. Sinto-me enfeitiçado, perdido com tudo isto.

Subitamente, virei a cara da janela, senti que era suficiente, e não pude deixar de conter um sorriso nos lábios. Esperança, felicidade, boa disposição.

Magia.

Luís Costa, 12.º A

Com o Tempo...

Ela não era ninguém. Apenas um pedaço de fibra com mistura de esperança pelo corpo. Tencionava ser algo para alguém, ser a água desejada pela flor que morria de sede de amor, de fome de carinho, de fantasia de algo supremo. Ela era uma criança inocente que ainda batia palmas a cada representação de amor, com um final feliz em que se esquecia o sofrimento e brindava-se ao desenlace de uma história. Ela não era ninguém até que decidiu procurar à sua volta, até abrir um pouco o coração e dedicar o melhor de si. E apareceu ele…

Ele fê-la rir, fê-la sentir segura de cada risada que deitava cá para fora, fê-la sentir compreendida a cada dor que tencionava habitar dentro dela, fez com que ela apreciasse mais a beleza que nem toda a gente queria ver dentro dela, fez-lhe sentir amada. Compreendida. Livre. Esperançosa. Ela dava um passo em frente para os obstáculos e ele estava lá na primeira fila, ela sentia-se sozinha e ele mostrava-lhe que ela apenas passava um mau bocado. Ela sorria a cada vez que o via longe…bem lá longe. Porque ela decorou as suas formas, os seus traços, cada cicatriz, cada significado dos seus olhares, decorou o bombardear e o ritmo do seu coração. Decorou a sua voz e cada vibração do seu corpo ao ouvi-lo a sussurrar ao seu ouvido. Ela sorria sem pensar no que a esperava no dia seguinte. Ela não olhou para

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trás, deixou o seu modelo de felicidade para trás e seguiu aquilo que chamou de «destino», pois como dizia Antoine de Saint-Exupéry «Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção».

O tempo, que para ela tinha parado, continuava a correr, e ela caiu na lama. Não o encontrou perto dela, viu-o a distanciar de si, sem olhar para trás, sem se perceber que ela lhe entregou tudo e em instantes ficou sem nada. Vazia. Fútil. Oca. Um vácuo. Ela levantou-se sem forças, com a cara encharcada e tentou gritar pelo seu nome, tentou correr, tentou-se mexer, mas sem resultado. Chorou. Gritou. Derramou. Implorou. Morreu e continua acordada. Enche-se de esperanças venenosas, de que tudo voltaria a melhorar, de que tudo iria voltar a fazer sentido. Ela morreu. E acordou. Sabe que há sempre algo que nos faz seguir para a frente. Ela aprendeu isso com ele. Aprendeu a sorrir acima de tudo e perdoar as pessoas.

Ela ainda tem esperança. Esperança de sorrir com motivo. Ela ainda se acha uma boa pessoa. Ela, apesar das quedas, levanta-se e sorri. Ela valorizou-se. Ela, bem…ela aprendeu isso com ele…

Suse Rita

O dia da mudança (dedicado ao 25 de abril de 1974)

Ouvem-se ao longe uns passos,

soldados se aproximavam.

Os mais ousados espreitavam,

interrogando-se vadiamente

o porquê de tanta gente.

Gritos de queda ao regime

e morte à tortura silenciosa

que tantas almas condenava.

Em brandos se suspirava

que havia de ser esse o dia!

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Até que se fez uma luz irradiante,

quando tu fiel e destemida amiga

ousas-te sair à rua.

Discursas-te então perante a multidão,

que pacientemente te escutava

deixando correr as lágrimas pelo rosto.

Desde então, teu símbolo é uma espingarda

nua com um cravo vermelho.

Cor essa de um povo guerreiro,

que num só coração ficou unido.

Oh Liberdade, Liberdade.

Tão lindo é o teu rosto, tão lindo é o teu hino!

Daniel Pereira

«A casa voltou a mim»

Ia, perdida, mas com rumo, andando na rua. Já não vou a casa há muito. Há 2000 km atrás, há dois oceanos atrás, a 24h de avião atrás, a 2 casas atrás, a 5 gatos atrás (eles tiveram acidentes variados, afinal não têm sete vidas), há 3 rapazes atrás. Há muito tempo. Mas hoje voltou aos bocados. Senti-me como uma espécie de Maomé que não vai às montanhas, mas as montanhas vêm até ele.

Começou por uma sensação na barriga ao que perguntam «sentiste-te grávida» sempre que conto isto a alguém. Mas não, não me senti grávida, se bem que não sei o que será…

Senti o Inverno na barriga a meio do verão no meio daquela ruela.

Notei que estava a andar demasiado depressa, eu que antes dava dois passos em 5 minutos, agora dava três em 5 segundos.

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Notei que o Verão não era o mesmo para mim, agora o sol não me aquecia, queimava-me; O vento não era o mesmo para mim, agora não me tocava, despenteava-me.

Lembrei-me de casa que agora não tinha. Lembrei-me de mim, que agora, já não sou.

Já não ia a casa há muito.

Há muitos “Maomés” de mim atrás.

Há muito que não ia a casa e por muito que eu gostasse que isso tivesse acontecido, a casa não voltou a mim.

Liliana Gonçalves

Folha

Folha que caiu.

Não rima, não ri, nem chora.

Saiu de casa na aurora.

Se no chão permanece…

A ser pisada não demora!

Se voa…

Anda à toa!

Daniel Pereira

Dias bons não duram para sempre. Nem sempre o dia é bom.

Há momentos em que não nos é possível mostrar um sorriso. Sincero, é claro.

Todos temos um ponto fraco, os chamados “podres”, aquelas coisas que doem só de as ouvir. E, às vezes, ouvir as pessoas que te eram mais próximas expô-los, como se precisassem de ser do conhecimento público, dói ainda mais.

Mas neste momento a minha dor é outra. E claro, como sempre, visto a minha máscara de felicidade e distribuo sorrisos e graçolas, tal como um palhaço. É aí que me escondo. Por trás do palhaço. Por trás de mim. Eu sou o palhaço. É o que dou a entender. Certas pessoas conseguem compreender-me, e algumas dessas, poucas, fartam-se. Não me importo. Sei como sou. É normal. Mas há sempre quem fique.

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Às vezes, é bom conhecer o palhaço. Outras vezes, não. Os palhaços, apesar de não parecer, também têm tristezas. Nem sempre o dia é bom como já no início comentei.

E por trás de todos os sorrisos e piadas, há a dura realidade. É muito mais que uma tristeza. É um desgosto, é raiva, é a pura loucura, uma chama cá dentro que me consome dos pés à cabeça num suspiro lento, ofegante. Não mata mas desgasta, lentamente. E o palhaço sofre. Ah, o palhaço sou eu.

Acho que a chave para acabar com tudo isto é deixar de dar tudo como garantido. Porque quanto mais pensámos que a pessoa lá vai estar por nós, ela acaba por se fartar e afasta-se. O palhaço entristece, amua e chora no canto. Quando se esquece da pessoa, ela volta para o atormentar, perseguindo-o psicologicamente. Essencialmente é um espetro, tu não queres que ela exista, mas está lá. Queres esquecer, mas há uma parte de ti que insiste em lembrar-se dela todos os dias. E dói mais.

E em breve, esgotado, o palhaço desaparece. Parece que apareceu outro. Piadas novas e um nariz maior. Engraçado… este parece feliz. Oh, espera, ele vai contar a história dele…

Luís Costa, 12.º A

Um homem também chora

Um homem também chora,

quando a chuva lhe traz o testamento

do cruel frio do tempo.

Um homem também chora,

quando uma ventania

lhe deixa a mortal monotonia.

Um homem também chora,

quando em desespero interno

o malévolo passado lhe deixa para sempre o inverno.

Porque um homem também chora,

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quando por devaneio lhe foge a vida

e um ponto final lhe encerra a hora.

Daniel Pereira

Insónia

Fazia uma da manhã no meu relógio que carregava no pulso. Hora de dormir para uns, hora de despertar para outros. Ultimamente tenho encontrado refúgio na caneca com café que se encontra todas as noites na minha secretária desarrumada, cheia de papelada. Por vezes, penso que não se trata apenas de uma secretária, mas sim o reflexo de uma vida agitada que carrego. Tenho à minha frente um caderno e uma caneta dependurada nos dedos prontos para serem utilizados a qualquer instante, mas não me sai nada de jeito na mente. Começo a escrever, mas logo desisto daquilo que tinha planeado. Ultimamente é o que eu tenho feito com os meus sentimentos. Sou uma pessoa complicada, sim, e não sou de querer sentir alguma coisa a qualquer momento. Ando cansada e quase sem forças para me levantar da cama, conviver com as pessoas. Por vezes um simples olá dá-me vontade de virar para as pessoas e exclamar “vocês metem-me nojo. Sois um saco de lixo”, só quero fechar os olhos e não ser perturbada por ninguém. Mas aí estaria a ser injusta para com aqueles que se interessam por mim, que não pensavam duas vezes para me ajudar e que sobretudo me dão esperança quanto a existirem pessoas boas no mundo. As olheiras têm sido marca de destaque no meu rosto, fruto das minhas insónias, fruto das noites em que me deito para pensar e que quando dou conta mais uma noite de sono foi à vida. Recentemente, tenho preferido lamentar o passado em vez de aproveitar o momento com aqueles que desejam o meu bem. Chego a casa e o meu dia foi vazio, o que me faz sentir cansada de tudo.

São já três da manhã e a minha folha continua em branco. Passei mais duas horas a pensar silenciosamente e decido ir para a cama. Optei por desistir. E não é o que tenho feito ultimamente? Aliás, não é o que todas as pessoas fazem quando não encontram forças para lutar?...

Suse Rita

Blogue:

http://shelffeelings9.blogspot.pt/

«E que tudo vá…»

E que o sonho fosse E que com ele também eu

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Que a imensidão fosse o espaço E de espaço infinito o caminho E de caminho eterno De eterno – o objectivo.

Que eu fosse amor E que amor me tivesse

Que eu fosse fluctícola, fluctígena e flucticolor, E que de tanto ‘flu’ que flutuasse

Se me amasse Esse amor que de tão puro acaba em Mar

E que o sonho fosse Que eu fosse amor Que eu fosse Mar.

Liliana Gonçalves

Hey Jupiter

You’re right

In the middle of the galaxy

Can you appear tonight

In the sky and shine bright to me?

In the liquid blackness

with your colorful skin

Making a difference at the galaxy

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Shine so we can all see

You could come along

with the stars

so we could chase you

inside our cars.

Lara 10º C

Cais

Fui ao cais ver-te partir,

Mas nunca o soubeste.

Daniel Pereira

Hey moon You look so light You're like a small balloon I want to see you tonight. Hey moon Can I tell you a story? I promise to do it soon Now, I'll sing this melody Moon, don't you like the blue of the morning? I know that you have to go And I have to say goodbye, darling But at the end of the day I open the window of my room

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To see you shine in your way

Mariana F. nº19 , Margarida Lopes nº3 , Dalila Machado nº8, Mariana V. nº20

Fingimento

A vida é uma peça de teatro

onde cada um reproduz aquilo que traz conveniência.

Há um palco, um público cego.

Gestos produzidos com demência.

Há uma cortina que esconde a faca

com o sangue quente e vivo da tragédia.

Há gargalhadas mudas,

ao som da surda comédia.

Há vénias, luzes, palmas.

Cenários monótonos e assassinos.

Fingimento.

Gritos e lágrimas de quem ri.

Risos falsos e incessantes de quem chora

Numa vida ensaiada…

sem propósito nem história.

Daniel Pereira

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"Hey Sun. 93 million miles from the sun, people get ready, get ready cause here we go, it's a light a wonderful light over the head into your heart Hey Rain, leave the sun alone I want the perfect day I don't need to come home So please rain go away Hey sun you must know, wherever I go I need your light to be ‘’all right. "

José Lemos

Chuva calma

Saí à rua perante a chuva calma que caía.

Li as suas páginas e no mesmo momento

folheei as suas palavras clementes

encharcadas de sinopses do tempo.

Daniel Pereira

Hey Moon

You shine like a Diamond in the sky

Without you I will die

You bright in the dark of the night

I would like to see you tonight

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Your bright make me blind

You change my mind

I use to see you as a cartoon

But now I know you are real, moon

At the night I go to my window

And I see your white face

I would like to be here, and not in another place.

10ºA

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Hey Mars

I am visiting you

And not the sun

Because you remind me Winnie - The Poo

And that’s really fun!

Your color is red

And you are smaller than the Earth

Like my i-pad

To me at birth

You are made of rock

Full of holes

Like my hot spot

Or my favorite tools

Do you want to know my secret?

I wanted to bring you Bruno Mars

But I had to buy a ticket

And that is too expensive, my dear Mars.

Made by: Cassandra; Cristina; Manuel; Rita, 10ºA

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Já não vejo

Já não vejo o horizonte nem o futuro.

Mas não te culpo.

Daniel Pereira

A tua ausência

A tua ausência tornou

os dias surdos,

As paisagens mudas,

As horas loucas e desnudas.

Daniel Pereira

My short story

“My name is Samantha and I am sixteen years old. I’m here to tell you my story.

Well, when I was ten years old and my mother was run over. I had to live during two months with my mom in the hospital. I was very young, and when a child lives without her mother, things become more difficult.

Imagine living ( a certain way) “alone”. I had to do the house tasks alone, I had to study alone when other children had their mothers’ help. I had to survive and as my father worked he couldn’t help me.

Now, my mother is fine, I have my mother at home. Can you imagine how much I am thankful to God? As He let my mom in this world I can give Him the value He deserves. I always give her the love she deserves too!

And you? Do you give people the value they really deserve?”

A short story, by Suse Rita

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És

És o sono leve e incompleto que me consome,

Que me cava por dentro

Sem pudor.

És a lágrima da chuva que caiu e que agora escorre

Deixando-me na monotonia perene e incolor.

Daniel Pereira

A princesa da chuva

Era uma vez uma linda princesa

Que vivia no reino dos Reinetas

A rainha pediu para ela ser fadada

O rei concordou com a sua amada

A primeira fada fadou-a para ser muito boa

A segunda fadou-a para ela ser a mais bela

Mas a terceira primeiro quis almoçar

E com as jóias, o coche e o dinheiro quiseram ficar

A menina fez chichi no vestido dela

E passou a ser a princesa da chuva

Durante anos o reino ficou sem sol

A princesa decidiu fugir sem ninguém avisar

Para o deserto e campos foi tudo regar

Um dia houve um incêndio e ela foi ajudar

Turma 4.º Ano – Escola Básica de Rossas

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Poesias elaboradas após o estudo da obra “A PRINCESA DA CHUVA”, de Luísa Ducla Soares

A princesinha

No reino dos Reinetas

Nasceu uma princesa.

Seus pais eram reis

Os que tinham mais riqueza!

A rainha está grávida

Uma princesa nascerá.

O reino vai ficar feliz

E o rei sorrirá.

Lá vem a nossa princesa

Mas quem a quererá?

Ela é uma beleza

E sempre será.

Ama da minha filha

Ponha-lhe a fraldinha.

Oh, não! Que sarilho!

A princesa fez chichi no vestido da fadinha!

Princelinda, menina linda,

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Portaste-te muito mal.

Mas a culpa foi da ama

Pois nunca se viu nada igual.

Coitada da princesa,

É a Princesa da Chuva.

Mas com aquela beleza

Vais ser muito sortuda.

Turma 4.º C – Escola Básica de Vieira do Minho

A Princesa da Chuva

Princelinda, Princelinda,

Aonde é que estás?

Foste para o deserto,

Quando voltarás?

Princesa da Chuva

Muitos campos regaste.

E com a tua água

Muita coisa lavaste.

O povo triste,

Porque a terra secou,

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Chamaram Princelinda,

Que logo o regou.

Ó princesa, princesinha,

Muito cavalgaste!

Desta forma amiguinha

O teu reino salvaste.

O teu reino ajudaste

Ó princesa Princelinda.

As plantas tu regaste,

Tornaste-te ainda mais linda!

Turma 4.º A – Escola Básica de Vieira do Minho

A Princesa da Chuva

Num belo reino distante

Filha de um rei de duma rainha

Nasceu uma princesa elegante

De nome Princelinda.

A pedido da rainha,

Três fadas a queriam fadar,

Mas em troca de grande proeza

Sua riqueza teria de entregar.

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Após grande negociação

A um acordo se chegou,

Fadada de boa e bela

Fez chichi, que confusão!

Para seu grande castigo

Princesa da Chuva ficou

E do seu reino se afastou.

Tudo regou com carinho,

Mas um incêndio alastrou,

No meio da confusão

O seu reino salvou.

Para tão grande nobreza,

Uma estátua surgiu,

No Reino das Reinetas

Todo o povo sorriu.

Turma 4.º A – Escola Básica de Vieira do Minho

A princesa da Chuva

A princesa Princelinda nasceu

Os reis ficaram felicíssimos.

As fadas ao reino chegaram

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E muitas exigências colocaram.

Antes de a princesa fadar

Elas pediram para almoçar.

A princesa fez chichi no vestido azul,

A fada ficou muito exaltada!

E fadou-a com uma maldição.

Onde estivesse, estaria sempre a chover.

A população do reino ficou desanimada.

Os pais dela ficaram com uma dor no coração.

Depois da princesa crescer

Numa noite chuvosa, decidiu fugir.

E o deserto todo a cavalo percorreu,

Até que um dia regressou ao palácio,

Para um incêndio apagar.

O reino estava muito diferente,

Sem dívidas para pagar

E teve um sol brilhante.

Todos ficaram felizes para sempre.

Turma 4.º D – Centro Escolar do Cávado

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Poesia dedicadas à Língua Portuguesa

Com a boca gosto de ler

Com as mãos gosto de escrever.

Com os ouvidos gosto de ouvir

Histórias que me fazem rir.

No caderno gosto de escrever

Textos maravilhosos.

Depois os vou ler

Porque ficaram famosos.

Quando leio poesia

As palavras fazem-me sorrir.

Pois têm muita alegria

As rimas que estou a ouvir.

Gosto de ir à biblioteca

Requisitar livros coloridos.

Alguns provocam uma soneca

E outros são muito divertidos.

Gosto de brincar com as palavras

que aprendi na escola.

As letras devem ficar agarradas

sem ser preciso meter cola.

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Turma do 2.º ano – Centro Escolar do Cávado

Poesia sobre a Língua Portuguesa

Com um sorriso nos lábios vou escrever

Um pequeno poema sobre a língua portuguesa.

Quando o terminar, está pronto para o ler.

Com muita atenção e clareza.

Na escola aprendo a bem falar

Esta língua tão especial.

Mas em casa devo estudar

Para não a escrever mal.

Na escola, temos de bem estudar

E também escrever bem o português.

Para com todos poder falar

Com clareza e nitidez.

Na escola somos um aprendiz

Da língua portuguesa.

Depois, o professor fica feliz,

Se já a sabemos ler com clareza.

4.º B- Domingos de Abreu

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Ler em português é genial

É a nossa língua do coração.

É um idioma mundial,

Falado sempre com emoção.

Ler textos faz-me descobrir

Uma grande diversidade

De palavras que posso ouvir

E escrever com mais facilidade.

Temos sempre um autor favorito

Que gostamos mais de ler.

Mas tudo que é português é bonito

Desde que o saibamos escrever.

4.º A- Domingos de Abreu

A nossa língua é sensacional

Com ela sinto imensa emoção.

É uma língua mundial

Que está dentro do nosso coração.

Quem bem escreve, bem sabe falar

Mas se pouco lês…

Tens problemas em estudar

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A nossa língua, o português!

Ler em português é essencial

Para muito bem poder falar.

A nossa língua é especial

Todos a adoramos escutar.

4.º C- Domingos de Abreu

Poesia em português

Também gostamos de brincar

Com a nossa língua materna.

Escrever as palavras a rimar

Para sempre ficar eterna.

A nossa língua é muito especial

Com ela escrevemos histórias de encantar.

Mas não é só em Portugal

Que as pessoas a podem falar.

A nossa língua tem palavras especiais

No dicionário vamos descobrir o seu significado.

Para não dar erros gramaticais

Temos de escrever com muito cuidado.

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O português está no meu coração

É a língua que aprendi a falar.

Devo escrever com atenção

Sempre que estou a estudar.

Turma do 3.º ano – Centro Escolar do Cávado

Poesia dedicadas à Língua Portuguesa

Ler é importante para aprender

Na escola temos uma biblioteca,

Onde podemos os livros ler

E melhor as palavras compreender.

Joel e Manuel (3.º C)

Com lápis e caneta nós vamos escrever

Uma poesia que todos vão ler.

Vamos ser poetas e poetisas

Que todos vão conhecer.

Leandro e Renata (3.º C)

Eu leio todos os dias um bocadinho

Em casa e na escola também.

Às vezes pego num pequeno livrinho

Para ler à minha mãe.

Mariana e Francisca (3.º C)

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Na biblioteca escolar

Vamos aprender a ler.

Livros de encantar

Para melhor escrever.

César e Juliana (3.º C)

Adoro os livros

Das bibliotecas de Portugal

O livro dá-nos sorrisos

São um objeto especial.

Ler é saudável

E faz bem ao coração.

Faz-me sentir agradável

E ficar cheia de emoção.

Ariana (3.º B)

Adoro os livros de Portugal

Adoro os cadernos para amar.

A nossa língua é especial

Com ela gosto de estudar.

Valentina (3.º B)

Perfeitos são os livros

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Que adoro ler!

São lindos os livros

Que os poetas conseguem escrever!

Ler faz-me sentir alegre

Quando oiço a rimar.

Como é que o poeta o faz?

É fácil! Ele fá-lo a brincar!

Inês Silva (3.º A)

Ler é compreender

E dá-me alegria.

Vai-me ajudar

A aprender no dia-a-dia.

Vou ser um escritor

Na biblioteca inventar

Escrever livros de amor

Para as crianças emocionar.

Bárbara (3.º A)

Português é maravilhoso

Para escrever a rimar.

Com a poesia eu vou

Com as palavras brincar.

Ana Catarina (3.º A)

Escola Básica Domingos de Abreu

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Poesia dedicadas à Língua Portuguesa

Na escola, aprendemos a língua portuguesa

os nossos professores a ensinam a escrever.

A nossa língua tem uma grande beleza

que todos devemos bem aprender.

Ao falar português com alegria

Gosto muito de as palavras ouvir.

Os sons delas parecem ter fantasia

Que me fazem muitas vezes sorrir.

Da minha boca saem palavras

Que gosto muito de ouvir.

Algumas são mais complicadas

E o seu significado tenho de descobrir.

Ler é muito agradável

Pois aprendo coisas interessantes.

Também é saudável

Aprender coisas importantes.

Eu gosto de ler poesia

Porque me faz rir.

E me transmite alegria

Que muito gosto de ouvir.

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Na escola e em casa devo ler

Para muitas palavras aprender.

É importante muito estudar

Para muito bem falar.

Alunos do 2.º ano – Escola Básica de Rossas

Poesia dedicadas à Língua Portuguesa

Na biblioteca podemos requisitar

Livros com muita informação.

Devemos todos os estimar

E lê-los com imensa atenção.

A nossa língua é interessante

Deve ser muito bem falada.

Na escola é muito importante

Ser muito bem estudada.

A língua portuguesa faz-me sonhar

Quando leio livros de fantasia.

Alguns deles fazem-me pensar

E enchem-me de sabedoria.

Da minha boca saem lindas palavras

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Com sons da nossa língua adorável.

Às vezes leio histórias muito engraçadas

Porque ler é uma atividade saudável.

Ler é sinónimo de aprendizagem

Com textos em prosa ou em poesia.

Todos nos trazem uma mensagem

Com as palavras em harmonia.

Nos cadernos posso escrever

Lindas palavras a rimar, ou não.

Depois tenho de muito bem ler

O que escrevi com muita atenção.

De sorriso na boca vou falar

Sobre a língua de Portugal.

Adoro com as palavras brincar

Pois é uma língua especial.

Turma do 4.º ano – Escola Básica de Rossas

Poesia dedicadas à Língua Portuguesa

Na escola aprendo a ler

A língua portuguesa.

Também gosto de aprender

Pois a nossa língua é uma beleza.

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Quando lemos poesia

Fartamo-nos de sorrir.

As palavras têm fantasia

Quando as estamos a ouvir.

Na minha escola há uma biblioteca

Com muitos livros para ler.

Se o livro for complicado é uma seca

Mas se for interessante podemos aprender.

Com a boca podemos ler

E com as mãos escrever.

Com os ouvidos ouvir

E com o coração sentir.

Bons livros provocam melhores sorrisos

Porque são engraçados e divertidos.

As poesias têm palavras a rimar

Que nos fazem sonhar.

Eu gosto de ler em português

É uma língua muito especial.

Um livro de cada vez.

Escrito por alguém de Portugal.

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Eu gosto de ler poesia

Porque tem palavras a rimar.

Cheias de magia

e sons de encantar.

Turma do 3.º ano – Escola Básica de Rossas

Poesias realizadas, pelos alunos, depois de estudar a obra “Bichos, bichinhos e bicharocos” de Sidónio Muralha.

O cão e o papagaio

O cão é nosso amigo

Tem pelo fofinho.

Quando lhe faço festas

Ele chega-me o focinho.

O cão tem quatro patas,

Anda sempre a caminhar.

Enquanto bebé

O leite da mãe vai mamar.

O papagaio tem penas

E duas asas para voar.

Repete o que nós dizemos,

Está sempre a papaguear.

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Há papagaios de várias cores

É amarelo o seu bico.

Gosta de comer sementes,

O seu almoço tem de ser rico.

Turma 2.º B – Centro Escolar do Cávado

O cão e o papagaio

O cão é um mamífero

O papagaio uma ave.

Os dois são animais

Quem é que não sabe?

O papagaio tem penas

É uma realidade.

O cão tem pelos

E é amigo de verdade.

O papagaio reproduz-se por ovos

Alimenta-se de grão.

Mas quem nasce da barriga da mãe

É o carnívoro, cão.

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O papagaio tem bico,

O cão tem focinho.

Ambos os animais

Precisam de carinho.

Turma 2.ºA – Escola Básica de Vieira do Minho

O meu cão vive numa casota

E o meu papagaio numa gaiola.

O meu cão é idiota

E o papagaio é muito janota

Gustavo – 2.º A – Escola Básica de Vieira do Minho

Tenho um cão

Chamado Bobi,

Vejo-lhe os dentes

Quando sorri.

Afonso – 2.º A – Escola Básica de Vieira do Minho

Os dois amigos

O cão e o papagaio são amigos

Eles foram passear

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Para o parque da cidade

E fartaram-se de brincar.

Depois viram um gato

A correr atrás de um rato.

Começaram a correr

Tropeçaram num sapato

E ficaram a tremer.

Mas depressa voltaram a saltar

Para os outros apanhar.

Assim acabou a brincadeira

Sem dizer nenhuma asneira.

Alunos do 2.º ano – Escola Básica de Rossas

S. Valentim

No dia de S. Valentim,

Com os afetos no ar

Os 3.ºanos do EBDA

Resolveram festejar.

Como não tinham que dar

Que decidiram fazer?

Uma cartinha engraçada

Todos quiseram escrever.

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Disseram o que pensavam

Com sentimentos e paixão

Ao colega ou à amada…

Abriram seu coração!

Ouviram música calma

E entoaram também.

Foi um dia especial

Este “de quem se quer bem!”

Turmas do 3.º ano – Escola Básica de Vieira do Minho

A floresta

A nossa floresta é muito verdejante

Tem ervas, plantas e animais

Ela dá-nos frutos, flores e outras coisas essenciais

Tudo o que ela nos oferece é importante

Todos nós a devemos proteger

Pois ela fornece-nos o oxigénio para respirar

E nela as pessoas gostam de passear

Sentir os cheiros e as cores sem estragar

A floresta é uma grande amiga

Por isso devemos dela cuidar

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A floresta é calma, cheirosa e saudável

É um local muito agradável

Para fazer piqueniques e caminhadas

No final, tudo devemos bem limpar.

Turma 4.º D – Centro Escolar do Cávado

As rimas e perguntas

Porque rimas rima com

Crias porque pão rima com

Cão porque papel rima com Joel?

Porque Marisa rima com

Pizza, porque Renata rima com

Nata, porque tolo rima com bolo,

Porque gato rima com rato?

Porque não rima com chão,

Porque botas rima com bolotas,

Porque cunhado rima com passado,

Porque razão rima com canção?

Há tantas rimas e nenhuma

resposta por a razão de rimarem.

Já comi um pão mas estou com

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O meu cão e já estou a rimar.

Renata Filipa Martins Canelas – 3.º C – Escola Básica de Vieira do Minho

A gruta azul

A gruta azul é um lugar bonito puro e sem poluição.

Naquele lugar não há visitantes poluidores. A gruta é grande, maravilhosa, é só dar alguns passos e encontra-se um lago lindo, brilhante, onde se pode ver o por do sol. A Lua reflete-se no lago e o lago fica mais bonito e transparente.

Entre as montanhas claras vê-se uma cidade maravilhosa.

E é assim a gruta azul.

Renata Filipa – 3.ºC – Escola Básica de Vieira do Minho

Os Reis Magos

Os três Reis Magos, Belchior, Gaspar e Baltazar, eram muito sábios, por isso, pacientemente, observavam as estrelas.

De repente, encontraram uma estrela brilhante e rapidamente se lembraram que o novo Rei nascera. Então, decidiram, lentamente, segui-la em camelos e passaram num castelo e perguntaram ao rei se viu o Rei do povo dos Judeus. Esse rei ficou pensativo, pensava que ele era o único rei.

Os três Reis Magos seguiram o seu caminho e chagaram finalmente a Belém, onde encontraram o Menino Jesus no estábulo. Gentilmente e cuidadosamente entregaram os seus três presentes: ouro, incenso e mirra. Depois foram-se embora.

Luciana Campos – 4.º D – Centro Escolar do Cávado

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A maior flor do mundo

Um belo dia de sol, um homem apareceu, ou melhor, um autor, estva a observar um inseto, quando de repente apareceu um carro, conduzido por um homem que trazia um rapaz com ele. De seguida, o homem foi arrancar uma pequena árvore, enquanto o rapaz ia apanhar o tal inseto. E foram embora.

Quando entraram no carro, o menino fechou o inseto numa caixa, com um ar engraçado.

Mal chegaram, o menino foi com o inseto para a rua, espreitou-a e o inseto fugiu para um muro. Depois o rapaz foi atrás dele, subiu o muro por um pau, e continuou a persegui-lo.

Foi pela floresta, até que foi dar a um rio, com as margens diferentes, ganhou coragem e atravessou-o. Andou, andou e descobriu uma flor quase a morrer, teve pena dela e quis ajudá-la, mas como?

Ele pensou em ir ao rio e regá-la, e assim foi. Mas ele só trazia 3 gotas de cada vez, pois tinha que fazer uma concha com as mãos. Depois de sessenta gotas a flor cresceu tanto que chegou quase até ao sol.

Mas, na aldeia dele, os pais estavam muito preocupados com o seu filho, e procuraram-no horas e não o encontraram. Até que foram dar com ele debaixo da pétala da flor a dormir. Após ele acordar foi para casa com os pais, acenando com a mão ao inseto, dizendo adeus.

Renata – Turma 3.º C – Centro Escolar do Cávado

Eu, pecador, me confesso…

Já o séc. XXI tem quinze anos de vida e não há maneira de se encontrar o antídoto para reduzir ou eliminar o insucesso escolar.

Embora sejam já muitos os estudos feitos que procuram determinar e explicar as causas do insucesso escolar, os estudiosos deste problema não são unânimes quanto às possíveis causas do mesmo. Bem pelo contrário, há uma grande diversidade de opiniões:

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- Uns apontam a origem socioeconómica e cultural da criança como fatores de insucesso;

- Outros culpabilizam a falta de compromisso dos pais e da comunidade educativa na vida ativa da escola;

- Há quem responsabilize o “sistema” por não dar tempo para que se afiram os “frutos” de uma reforma, para logo fazer outra;

- Existem aqueles que afirmam que o insucesso escolar aumentou na mesma proporção que diminuiu a autoridade do professor;

- Há, ainda, os que atribuem culpas à massificação do ensino (explosão sem condições adequadas).

Por mais teorias que existam, ao certo, nós sabemos que o insucesso é um fenómeno complexo, que tem manifestações a nível de escola e da sociedade através de sintomas múltiplos e diversificados, cujas investigações têm confirmado o velho adágio pedagógico: “ O êxito gera o êxito e o fracasso de hoje gera o fracasso de amanhã”.

Sabemos, também, que a reação que nos últimos anos se desencadeou no combate ao insucesso e de luta pelo insucesso escolar ganharam contornos de desígnio nacional. Daí que a gravidade e a extensão do problema solicitem,

efetivamente, uma mobilização ampla e uma conjugação de esforços diversificados.

Como tal, o professor que lida diariamente com este problema, que sabe da sua extensão e do seu dramatismo, que está consciente de todas as componentes que estão em jogo neste problema (muitas das quais exteriores à escola) deve interrogar-se seriamente sobre a sua implicação no insucesso.

Ao refletir sobre a “nossa” missão de educar, recordamos que o insucesso escolar é um tema de capital importância nos domínios socioeducativos. De facto, o insucesso escolar parece converter-se num dos problemas fundamentais do processo educativo. Daí que os diversos fatores que nele intervêm façam com que o tema se revista de certa dificuldade, tanto na sua definição como no equacionamento dos mesmos fatores que o condicionam.

É um fenómeno muito complexo que acontece em qualquer grau de ensino e que se manifesta, quer a nível de escola, quer a nível da sociedade. Ela manifesta-se de formas múltiplas e diversificadas, sendo as mais frequentes, as reprovações e o abandono escolar.

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O problema do fracasso escolar assume aspetos dramáticos, exigindo que o encaremos de frente, atuando imediatamente, tomando-o muito a sério, enfrentando-o com imparcialidade.

Sendo uma questão demasiado séria, deve ser tratada por toda a comunidade escolar. Por isso, é necessário, promover a participação de toda a escola, das autarquias, dos pais e da comunidade.

Debruçando-nos um pouco mais sobre a escola, podemos interrogar-nos sobre as condições em que a educação é feita e em que a cultura é transmitida, aprendida e partilhada. Mas, mais do que desculpabilizarmo-nos com as condições físicas do edifício, da sala de aulas, com a ausência de material didático e das novas tecnologias, temos que olhar para nós próprios. É que o insucesso escolar pode significar incapacidade dos professores, pode ter a ver com as relações entre professores, com a relação professor/aluno ou com a relação professor/pais e encarregados de educação.

Tem sido na senda da despistagem do divórcio entre a vida real e o, tantas vezes, utópico conjunto de conteúdos educacionais que temos feito a nossa “viagem”, na tentativa de descobrirmos a razão do divórcio entre o professor, o aluno, a escola e, sobretudo, os encarregados de educação.

Por mais leigos que sejamos “na matéria”, mais ou menos, todos nós sabemos que educar pressupõe sempre um objetivo e que o conceito de objetivo está para o ato de educar da mesma forma que as flores estão para um jardim. É que educar, como a própria etimologia da palavra bem o define, é conduzir, guiar para um fim. Logo, é impossível falarmos de educação sem, primeiro, delinearmos o que se pretende atingir, qual a sua finalidade.

Tal como tudo o que existe – matéria orgânica ou inorgânica – em cada dia, em cada momento, é diferente, assim acontece com os problemas da educação. Pois, como um facto humano que é, está em constante mutação, provocada por múltiplos fatores: a evolução da ciência e da técnica, os novos contextos socioculturais, a modificação dos estilos de vida, as novas perspetivas de futuro, etc., etc.

Cada vez mais, tenho a convicção de que o homem, como outrora afirmou Kant, é apenas o que é pela educação. Daí que ela seja absolutamente necessária e conatural ao homem, que se pode definir como um ser educando e educável. De contrário, quase não seria homem, pois nasce com potencialidades que não se desenvolveriam sem a educação.

Agora o problema, o grande problema, reside em definir e praticar uma verdadeira educação!

Amadeu

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Abutres

Quando tudo parece calmo

os abutres esfaimados regressam à terra…

e devoram a carne já fria

dos filhos bastardos da guerra.

Daniel Pereira

Praia

A praia sentiu-se nua…

e deixou-se guiar pela luz da lua.

Daniel Pereira

Agradece-se a toda a comunidade os contributos enviados para o Jornal Escolar Vernária. A todos, o nosso muito obrigado!

PRÓXIMA EDIÇÃO: JUNHO 2014