JornaldoCarro 2 Empresário ressuscita Passatfeito pelaDacon...2013/04/21  · motor 1.6, dava pau...

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O Salão de Xangai (China), que abre as portas ao público hoje, reúne modelos que em breve de- vem ser feitos no Brasil. Um de- les é o GLA Concept, que anteci- pa as linhas do quarto e último produto dessa plataforma de tra- ção dianteira da Mercedes. Se a fabricante alemã voltar a produzir veículos no Brasil – a decisão será tomada até o fim do ano –, um dos carros será o GLA. A versão definitiva será mostra- da em setembro, no Salão de Frankfurt (Alemanha). O Crider Concept é o protóti- po que dará origem à nova gera- ção do City, que deve substituir a atual na linha de montagem da Honda em Sumaré (SP). A Audi, que divulgou no início do mês fotos do A3 Sedan, também deve produzir o modelo aqui. Lamborghini. A marca italiana mostra na China a edição espe- cial Aventador LP720-4 50 Anni- versario. Essa série foi feita para celebrar os 50 anos da empresa. Os brasileiros do Salão de Xangai MERCEDES-BENZ/DIVULGAÇÃO LAMBORGHINI/DIVULGAÇÃO HONDA/DIVULGAÇÃO FOTOS: J F DIORIO/ESTADÃO Empresário ressuscita Passat feito pela Dacon Fã do hatch monta carro igual ao preparado pela antiga autorizada VW nos anos 70 Serviços Thiago Lasco Quando o hoje empresário Mar- celo Castanheira era garoto, o Passat povoava seus sonhos. Mas não qualquer Passat. Seus olhos brilhavam ao ver os incre- mentados pela Dacon, conces- sionária da Volkswagen que, aproveitando a experiência de ter sido representante da Pors- che no País, equipava os mode- los feitos em São Bernardo do Campo com acessórios inspira- dos na marca de Stuttgart. “Meu pai sempre teve Passat, mas ele comprava os comuns, e na cor bege. Eu admirava os da Dacon, que eram os ‘tops’ da épo- ca. Em 1999, finalmente decidi ter um”, diz. Como não seria fácil achar um Passat Dacon em bom estado, Castanheira optou por comprar uma versão TS 1977 convencio- nal e ir aos poucos garimpando acessórios da preparadora. “Não me bastava ter um Passat origi- nal, com volante ‘magro’, rodas de ferro e rádio AM/FM.” Ele pagou R$ 1 mil pelo Volks- wagen. “O carro até estava em bom estado, mas não era um clás- sico, e sim um Passat velho.” O primeiro passo foi desmon- tar o hatch. A lataria foi raspada e recebeu tratamento antiferru- gem. A tampa traseira teve de ser refeita e os vidros, recuperados. Garimpo. Em seguida, o empre- sário saiu à caça dos acessórios. Visitou de autorizadas a autope- ças da região da Av. Duque de Ca- xias, no centro da capital. “Em muitos desses locais, as peças fi- cavam jogadas nos fundos da lo- ja. Várias vezes eu fuçava nos es- toques e pegava o que queria.” Depois de muitas aventuras próprias e alguma ajuda de ami- gos, Castanheira conseguiu jun- tar itens variados, como para- choques, lanternas, painel, vo- lante e até botões dos vidros elé- tricos. “Todos idênticos aos usa- dos pela Dacon”, garante. Após três anos de restauração, o carro ficar pronto. Era uma época anterior ao início da onda do antigomobilismo, que viria a estimular a demanda e inflaria os preços de componentes e ser- viços. “Se tentasse montar o car- ro hoje em dia, seria inviável. A lanterna traseira ou um retrovi- sor valem uns R$ 2 mil.” Por ser tão precioso para seu dono, o Passat é muito bem cui- dado. “Tenho medo até de andar com ele, de haver eventuais es- barrões nas portas. Ele é visado por ladrões e não tem seguro.” Castanheira diz que chegou a fi- car um ano sem guiar o modelo. “É um carro bom de dirigir. Na época dos rachas, o TS, que tem motor 1.6, dava pau em Opalas seis-cilindros. O Passar revolu- cionou nossa indústria automo- bilística. Foi o primeiro Volkswa- gen nacional a ter tração diantei- ra”, conta. História. Baseado no Audi 80, cujo desenho é obra de Giorget- to Giugiaro, o Passat nacional surgiu em 1974. Seu eficiente mo- tor 1.5 longitudinal tinha 65 cv. No ano seguinte veio a versão de quatro portas e, em 1976, a esportiva TS, com o 1.6 de 80 cv. Em 1979 a linha ganhou sua pri- meira reestilização. Isso incluiu faróis retangulares, grade preta com friso cromado e setas nas pontas, além de motor a álcool. Quatro anos depois houve no- va atualização visual, marcada pelos quatro faróis retangulares. Em 1984 o GTS Pointer substi- tuiu o TS. Em 2 de dezembro de 1988, o Passat saiu de linha após cerca de 600 mil unidades feitas. Paciência. Comprada por R$ 1 mil em 1999, versão convencional do TS 1977 foi totalmente refeita ao longo de três anos GLA Concept. Protótipo antecipa as linhas de utilitário-esportivo pequeno da Mercedes-Benz Destaques. Crinder dará origem ao novo City. Aventador (E) celebra 50 anos da Lamborghini Zelo. Castanheira e seu xodó: ‘garimpo’ para encontrar peças Estofamentos Cotados para serem feitos no País, conceitos que darão origem ao novo City e ao inédito GLA estão na mostra chinesa Peças para Carros Importados Peças para Carros Importados Despachamos para todo o Brasil 2791-1880 • 2028-5001 | 93*28459 93*28460 www.lelopecas.com.br Av. São Miguel, 3223 - São Paulo • Novas • Usadas • Remanufaturadas Deus é tudo Trabalhamos com Injeção Eletrônica Capas e capotas Serviços e peças para autos importados Capricho. Empresário buscou todos os detalhes dos Dacon, como volante esportivo, bancos de couro e rodas ‘de Porsche’ 14 Jornal do Carro 2 DOMINGO, 21 DE ABRIL DE 2013 O ESTADO DE S. PAULO CLASSIFICADOS

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O Salão de Xangai (China), queabre as portas ao público hoje,reúne modelos que em breve de-vem ser feitos no Brasil. Um de-les é o GLA Concept, que anteci-pa as linhas do quarto e últimoproduto dessa plataforma de tra-ção dianteira da Mercedes.

Se a fabricante alemã voltar aproduzir veículos no Brasil – adecisão será tomada até o fim doano –, um dos carros será o GLA.A versão definitiva será mostra-da em setembro, no Salão deFrankfurt (Alemanha).

O Crider Concept é o protóti-po que dará origem à nova gera-ção do City, que deve substituir a

atual na linha de montagem daHonda em Sumaré (SP). A Audi,que divulgou no início do mêsfotos do A3 Sedan, também deveproduzir o modelo aqui.

Lamborghini. A marca italianamostra na China a edição espe-cial Aventador LP720-4 50 Anni-versario. Essa série foi feita paracelebrar os 50 anos da empresa.

Os brasileiros do Salão de Xangai

MERCEDES-BENZ/DIVULGAÇÃO

LAMBORGHINI/DIVULGAÇÃO

HONDA/DIVULGAÇÃO

FOTOS: J F DIORIO/ESTADÃO

EmpresárioressuscitaPassat feitopela DaconFã do hatch monta carro igual ao preparadopela antiga autorizada VW nos anos 70

Serviços

Thiago Lasco

Quando o hoje empresário Mar-celo Castanheira era garoto, oPassat povoava seus sonhos.Mas não qualquer Passat. Seusolhos brilhavam ao ver os incre-mentados pela Dacon, conces-sionária da Volkswagen que,aproveitando a experiência deter sido representante da Pors-che no País, equipava os mode-los feitos em São Bernardo doCampo com acessórios inspira-dos na marca de Stuttgart.

“Meu pai sempre teve Passat,mas ele comprava os comuns, ena cor bege. Eu admirava os daDacon, que eram os ‘tops’ da épo-ca. Em 1999, finalmente deciditer um”, diz.

Como não seria fácil achar umPassat Dacon em bom estado,Castanheira optou por comprar

uma versão TS 1977 convencio-nal e ir aos poucos garimpandoacessórios da preparadora. “Nãome bastava ter um Passat origi-nal, com volante ‘magro’, rodasde ferro e rádio AM/FM.”

Ele pagou R$ 1 mil pelo Volks-wagen. “O carro até estava embom estado, mas não era um clás-sico, e sim um Passat velho.”

O primeiro passo foi desmon-tar o hatch. A lataria foi raspada erecebeu tratamento antiferru-gem. A tampa traseira teve de serrefeita e os vidros, recuperados.

Garimpo. Em seguida, o empre-sário saiu à caça dos acessórios.Visitou de autorizadas a autope-ças da região da Av. Duque de Ca-xias, no centro da capital. “Emmuitos desses locais, as peças fi-cavam jogadas nos fundos da lo-ja. Várias vezes eu fuçava nos es-

toques e pegava o que queria.”Depois de muitas aventuras

próprias e alguma ajuda de ami-gos, Castanheira conseguiu jun-tar itens variados, como para-choques, lanternas, painel, vo-lante e até botões dos vidros elé-tricos. “Todos idênticos aos usa-dos pela Dacon”, garante.

Após três anos de restauração,o carro ficar pronto. Era umaépoca anterior ao início da ondado antigomobilismo, que viria aestimular a demanda e inflariaos preços de componentes e ser-viços. “Se tentasse montar o car-ro hoje em dia, seria inviável. Alanterna traseira ou um retrovi-sor valem uns R$ 2 mil.”

Por ser tão precioso para seudono, o Passat é muito bem cui-dado. “Tenho medo até de andarcom ele, de haver eventuais es-barrões nas portas. Ele é visado

por ladrões e não tem seguro.”Castanheira diz que chegou a fi-car um ano sem guiar o modelo.

“É um carro bom de dirigir. Na

época dos rachas, o TS, que temmotor 1.6, dava pau em Opalasseis-cilindros. O Passar revolu-cionou nossa indústria automo-

bilística. Foi o primeiro Volkswa-gen nacional a ter tração diantei-ra”, conta.

História. Baseado no Audi 80,cujo desenho é obra de Giorget-to Giugiaro, o Passat nacionalsurgiu em 1974. Seu eficiente mo-tor 1.5 longitudinal tinha 65 cv.

No ano seguinte veio a versãode quatro portas e, em 1976, aesportiva TS, com o 1.6 de 80 cv.

Em 1979 a linha ganhou sua pri-meira reestilização. Isso incluiufaróis retangulares, grade pretacom friso cromado e setas naspontas, além de motor a álcool.

Quatro anos depois houve no-va atualização visual, marcadapelos quatro faróis retangulares.Em 1984 o GTS Pointer substi-tuiu o TS. Em 2 de dezembro de1988, o Passat saiu de linha apóscerca de 600 mil unidades feitas.

Paciência. Comprada por R$ 1 mil em 1999, versão convencional do TS 1977 foi totalmente refeita ao longo de três anos

GLA Concept. Protótipo antecipa as linhas de utilitário-esportivo pequeno da Mercedes-Benz

Destaques.Crinder daráorigem aonovo City.Aventador(E) celebra50 anos daLamborghini

Zelo. Castanheira e seu xodó: ‘garimpo’ para encontrar peças

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Capricho. Empresário buscoutodos os detalhes dos Dacon,como volante esportivo, bancosde couro e rodas ‘de Porsche’

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14 JornaldoCarro 2 DOMINGO, 21 DE ABRIL DE 2013 O ESTADO DE S. PAULO CLASSIFICADOS