José fé em meio as injustiças - Lição 07 - 4º Trimestre 2016

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Terça - Gn 37.6-8 - Um sonho e o início de várias crisesE disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado:

Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava, e

também ficava em pé, e eis que os vossos molhos o rodeavam, e se inclinavam ao meu molho.

Então lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio

sobre nós? Por isso ainda mais o odiavam por seus sonhos e por suas palavras.

Quarta - Gn 37.22 - Um plano perverso e a crise da covaTambém lhes disse Rúben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cova, que está no deserto, e

não lanceis mãos nele; isto disse para livrá-lo das mãos deles e para torná-lo a seu pai.

Segunda - Gn 37.3,4 – Uma túnica colorida e a crise de

invejaE Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-

lhe uma túnica de várias cores.

Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiaram-no, e não

podiam falar com ele pacificamente.

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Sexta - Gn 39.20 - Da crise da escravidão para a crise do

cárcereE o senhor de José o tomou, e o entregou na casa do cárcere, no lugar onde os presos do rei

estavam encarcerados; assim esteve ali na casa do cárcere.

Sábado - Gn 39.21 - A bênção de Deus e a sua benignidade

em tempos de criseO Senhor, porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua benignidade, e deu-lhe graça aos

olhos do carcereiro-mor.

Quinta- Gn 37.28 - Da crise da cova para a crise da

escravidãoPassando, pois, os mercadores midianitas, tiraram e alçaram a José da cova, e venderam José

por vinte moedas de prata, aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito.

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1 - E Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na

terra de Canaã.

2 - Estas são as gerações de Jacó: Sendo José de dezessete

anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; e estava este

jovem com os filhos de Bila e com os filhos de Zilpa, mulheres

de seu pai; e José trazia uma má fama deles a seu pai.

3 - E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos,

porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de

várias cores.

4 - Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que

a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar

com ele pacificamente.

5 - Sonhou também José um sonho, que contou a seus

irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais.

6 - E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho

sonhado:

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7 - Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis

que o meu molho se levantava e também ficava em pé; e eis

que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu

molho.

8 - Então, lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras

reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por

isso, tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas

palavras.

9 - E sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, e

disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua,

e onze estrelas se inclinavam a mim.

10 - E, contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu

pai e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura

viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti

em terra?

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•I. Apontar os sonhos de José e as crises que ele

teve que enfrentar;

•II. Ressaltar a crise da cova e da escravidão na

vida de José;

•III. Enfatizar a sabedoria de José para

administrar as crises.

Ressaltar a suficiência divina em tempos de

crise.

Ressaltar que Deus deu a José sabedoria para gerenciar a crise da fome no Egito.

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José era o filho amado do patriarca Jacó. Deus tinha

um plano na vida dele e esse projeto lhe foi revelado, pelo

Senhor, por intermédio de alguns sonhos. É importante

ressaltar que não eram os sonhos do jovem José, mas sim os

planos de Deus para ele e sua família. Mas, José partilhou

aquilo que era para ele com seus irmãos e seu pai no momento

errado. Os irmãos de José eram invejosos e não aceitaram os

seus sonhos. Com certeza, eles perceberam que Deus iria

colocar José em uma posição de destaque na família. José

tinha promessas de Deus para sua vida, mas isso não o livrou

das crises. As crises não endureceram o coração de José, nem

o afastaram de Deus. Elas contribuíram para moldar o

caráter do jovem e prepará-lo para o palácio de Faraó. Se

você está enfrentando algumas crises, assim como José, não

desanime. Não permita que a amargura e o sofrimento o

afaste de Deus. Quem sabe o Senhor não esteja forjando o seu

caráter e o preparando para algo especial?

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A história de José é uma das mais belas

registradas nas Escrituras Sagradas. É uma história que

mostra o amor de um pai, a rejeição e a inveja dos

irmãos e a beleza dos sonhos de um jovem. São 13

capítulos que revelam os desígnios de Deus na história

de Israel. Nesta lição, estudaremos a respeito das crises

enfrentadas por José e a sua atitude diante de cada

uma delas. Veremos que José nos deixou preciosas lições

que nos ensinam como nos conduzir nas mais difíceis

situações. As adversidades na vida de José contribuíram

para que as promessas feitas a Abraão se cumprissem

fielmente (Gn 13).

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Registros egípcios contam que a fome, causada pelas estiagens nas

cabeceiras do Nilo, durou muitos anos. A agricultura egípcia dependia das

enchentes anuais ao longo do rio, que depositavam terra nova fértil tornando a

irrigação possível. Também nesse aspecto a autenticidade do relato bíblico tem

total sustentação histórica" Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia,

CPAD, p.46. José foi vendido e saiu de Canaã aos 17 anos, seu irmão benjamim

tinha 5 anos, depois de ser escravo de Potifar, ser prisioneiro do rei, foi

governador de todo o Egito aos 30 anos e só viu seu pai depois de 22 anos que

estava no Egito, só ai então viu realizados seus sonhos aos 39 anos, quando agora

já era governador de todo o Egito por 9 anos. José morreu com 110 anos.

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I. DOIS SONHOS E

MUITAS CRISES

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Jacó era o pai de José, e sua família era

constituída pelos filhos de Lia e os dois filhos de

Raquel, José e Benjamim (Gn 30.22-24; 35.16-18).

Levemos também em conta os filhos das servas Zilpa

e Bila. Jacó amava José e lhe presenteou com uma

túnica colorida. Essa túnica de várias cores revelava

uma posição de favoritismo (Gn 37.3). O favoritismo

de Jacó por José gerou algumas crises na família.

Uma família dividida não pode resistir às crises. Por

isso, ame os seus filhos de modo altruísta, e

igualitário, evitando qualquer tipo de preferência.

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José era filho de Raquel, a esposa amada de Jacó (Gn 29.18-

20,30). Seu nascimento foi celebrado por sua mãe (Gn 30.22-24). José é

descendente de um clã de patriarcas escolhido por Deus para iniciar a

linhagem piedosa da qual nasceria o Messias (Gl 3.8,16,18). A primeira

referência a José se dá como resposta da oração de Raquel e como

consolo divino diante do opróbrio que ela vivia por não gerar filhos (Gn

29.31; 30.22-24); O nome José vem de uma palavra hebraica que

significa: “Yahweh acrescentará” ou “Yahweh adicionará”; ele foi o

décimo primeiro filho de Jacó e o primeiro de sua esposa favorita,

Raquel. Em função de ser José filho de sua amada esposa Raquel (Gn

29.20, 30); bem como ser filho de sua velhice, Jacó destina um amor

diferenciado a José em relação aos demais filhos (Gn 37.3); e declara-o

ao lhe presentear como uma “túnica de várias cores”. A túnica chegava

aos calcanhares e tinha mangas longas. Era a vestimenta usada por

governantes ricos, e nem o pastor mais bem vestido, precisaria de algo

do gênero para trabalhar nos campos. (WIERSBE, 2006, p.181).

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O que fez com que os irmãos de José fossem

tomados pela inveja e o ódio? Existem duas razões

principais. A primeira está no fato de José denunciar ao pai

as más ações cometidas por seus irmãos. Certamente os

irmãos viam José como um traidor. A segunda razão estava

no fato de José ser um sonhador. Em seus dois sonhos, José

aparecia em uma posição de honra. É importante ressaltar

que, embora a família de Jacó estivesse enfrentando a crise

do favoritismo, do ódio, da inveja e da falsidade, ela era

parte dos desígnios de Deus para a formação de um grande

povo. Deus não pensa como nós e não julga segundo os

critérios humanos. Sua justiça e seus desígnios são

perfeitos, embora sejamos injustos e imperfeitos.

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Ainda jovem José se destaca no ambiente familiar em razão

de sua conduta exemplar como filho, já que seus irmãos não tinham uma

boa reputação (Gn 37.2). Essa má “fama” que se divulgava de seus

irmãos, por certo eram baixas qualidades morais, pelas quais seus

irmãos eram conhecidos; fato que pode ser visto na conduta de Judá, que

casou-se com uma cananeia e todo o seu procedimento é descrito no

capítulo 38. A integridade de José pode ser vista em várias fases de sua

vida, e em função disso vemos Deus revelando desde cedo, o grande

projeto para com ele (Gn 37.2; 5-11).

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Certa noite, Deus deu a José um sonho, e moço

precipitadamente contou seu sonho a seus irmãos.

Nem sempre podemos partilhar todos os nossos

sonhos. Alguns devem ser guardados no coração até

que se cumpram integralmente. José tornou a sonhar

e, mais uma vez, relatou o sonho aos irmãos e ao pai.

Os sonhos de José foram dados pelo Senhor, e um dia

se cumpriram fidedignamente. Se Deus tem dado a

você um sonho, guarde-o em seu coração e aguarde,

pois no tempo do Senhor se cumprirá.

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Além de ser alvo da promessa divina, vemos José

experimentando uma comunhão estreita com Deus. Em meio às

dificuldades que marcaram a sua trajetória, notamos a companhia de

Deus em cada momento mostrando a sua pessoalidade (Gn 39.2,3,21,23;

At 7.9). Deus não impede as lutas na vida de José, mas garante sua

presença fazendo-o prosperar. Quem serve a Deus prospera até mesmo

na servidão. Não sabemos o preço que Potifar ofereceu por José. Mas

logo descobriria ter adquirido um bem mui valioso, pois tudo o que o

jovem hebreu punha-se a fazer prosperava (Gn 39.6,7). Quem serve a

Deus prospera em qualquer circunstância (Sl 1.3).

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Fome no EgitoRegistros egípcios contam que a fome, causada pelas

estiagens nas cabeceiras do Nilo, durou muitos anos. A

agricultura egípcia dependia das enchentes anuais ao

longo do rio, que depositavam terra nova fértil

tornando a irrigação possível. Também nesse aspecto a

autenticidade do relato bíblico tem total sustentação

histórica" Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da

Bíblia, CPAD, p.46.

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II. A CRISE DA COVA E DA

ESCRAVIDÃO

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Certo dia, os irmãos de José levaram os rebanhos

até Siquém. José foi até lá para ver se tudo estava bem.

Mas chegando ali, descobriu que seus irmãos tinham ido

a Dotã. Quando os irmãos de José viram que ele vinha se

aproximando, decidiram matá-lo.

O plano era matar José e, depois, dizer ao pai que um

animal selvagem o havia matado. Os irmãos de José

tinham uma mente perversa, maligna. Mas Rúben não

aceitou tal ideia e aconselhou aos irmãos a jogar José em

uma cova. Rúben planejava resgatar o irmão. Porém,

Judá também teve uma ideia: "Vendê-lo como

escravo."Assim, os irmãos tiraram José da cova e o

venderam como escravo aos mercadores por vinte moedas

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Além de ser alvo da promessa divina, vemos José

experimentando uma comunhão estreita com Deus. Em meio às

dificuldades que marcaram a sua trajetória, notamos a companhia de

Deus em cada momento mostrando a sua pessoalidade (Gn 39.2,3,21,23;

At 7.9). Deus não impede as lutas na vida de José, mas garante sua

presença fazendo-o prosperar. Quem serve a Deus prospera até mesmo

na servidão. Não sabemos o preço que Potifar ofereceu por José. Mas

logo descobriria ter adquirido um bem mui valioso, pois tudo o que o

jovem hebreu punha-se a fazer prosperava (Gn 39.6,7). Quem serve a

Deus prospera em qualquer circunstância (Sl 1.3)

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A família de Jacó passou por diversas crises: a) rixas entre as

irmãs, Léia e Raquel (Gn 29.33; 30.1,8); b) injustiças (Gn 31.41) e

intrigas financeiras (Gn 31.1); c) propensão à idolatria (Gn 31.34); e d)

traição, violência, imoralidade e invejas (Gn 34.25-30; 35.22; 37.11).

Diante desse contexto, que tipo de caráter José poderia ter? Entretanto,

ele é um exemplo de que é possível, com a graça divina, manter-se puro

e íntegro, mesmo convivendo com pessoas de comportamento

reprovável (Fp 2.15).

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José foi elevado à função de mordomo, gerindo todos os

negócios da casa de Potifar, que prosperou grandemente, pois

Deus era com o jovem. Ele poderia ter deixado que a mágoa e a

tristeza lhe dominassem o coração, mas manteve-se puro. José é

um exemplo de superação em meio às crises, pois não permitiu que

a sua fé em Deus fosse abalada diante das circunstâncias

adversas.

Deus estava com José, mas a crise mais uma vez o

alcança. A mulher de Potifar, que não tinha escrúpulos nem

decência, procurou seduzi-lo. Mas ele era fiel a Deus e ao seu

patrão. Por isso, rejeitou a proposta da mulher que, com raiva,

armou-lhe uma cilada, acusando-o de sedução (Gn 39.14-18).

Potifar ouviu a acusação mentirosa de sua esposa contra José e o

mandou para a prisão, onde estavam os oficiais de Faraó. José

venceu a tentação, mas foi para a prisão.

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Sua fidelidade a Deus e ao seu patrão eram o suficiente para

ele não ceder a tentação (Gn 39.8,9). A esposa de Potifar insistiu em

convidá-lo a pecar, mas ele resistiu “[…] falando ela cada dia a José, e

não lhe dando ele ouvido”[...] (Gn 39.10). Não se dando por satisfeita, a

mulher de Potifar tramou ficar sozinha com ele em determinada ocasião;

foi ao seu encontro para forçá-lo a coabitar com ela, mas a resolução de

José o fez fugir daquela investida (Gn 39.12-b). A mulher ardendo em

ira acusou-o diante de seu marido e funcionários dizendo que José havia

tentado molestá-la. Ele foi sentenciado a cadeia por este tão grande mal

(Gn 39.14-20). “A punição menor, dada a José, de acordo com os

intérpretes judeus, significou que Potifar acreditou em José, mas, a fim

de poupar sua esposa de maior embaraço, sacrificou-o, embora por meio

de um castigo mais brando do que seria de se esperar” (CHAMPLIN,

2001, p. 246). Sejamos fiéis a Deus custe o que custar (Pv 3.3; Dn

3.17,18; 6.3,4,22; Ap 2.10).

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O silêncio de José, a fome e a mulher de Potifar

Muitos tomam José como um tipo de Cristo: uma pessoa

inocente que sofreu por causa da maldade dos outros e,

através do qual, o povo escolhido foi liberto da morte certa.

O silêncio de José enquanto seus irmãos deliberavam seu

destino (Gn 37.12-35) prefigura o silêncio de Cristo perante

os juízes (cf. Is 53.7; 1 Pe 2.23).

O contraste entre Judá e José é forte (Gn 39.15,16). Ambos

foram tentados sexualmente. Judá procurou o sexo ilícito,

enquanto José recusou repetidos apelos da mulher de seu

Senhor. José lembra-nos que nunca podemos dizer que o

sexo nos levou a pecar. A escolha é nossa, agir como Judá

ou como José" (RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse

capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 45,46).

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III. SABEDORIA PARA

ADMINISTRAR A CRISE

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José foi injustamente lançado na prisão, porém

Deus estava com ele e o ajudaria mais uma vez. Havia

um propósito maior para a sua vida. Esse propósito já

havia sido revelado em seus sonhos. Ele sabia que, de

algum modo, Deus cuidaria da sua vida na prisão. Ali,

José alcançou graça aos olhos do carcereiro. A mão de

Deus estava estendida para abençoá-lo. Por isso, por

onde ele passava era bem-sucedido.

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Após dois anos na cadeia, José foi chamado por Faraó para

interpretar o sonho que este monarca teve. José, quando interpelado por

Faraó se tinha a habilidade de interpretar sonhos ele respondeu:“Isso não

está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó” (Gn 41.16). Deus é

proclamado diante do temido Faraó, por aquele que tinha tudo para se

omitir em virtude do que havia passado. O Soberano do universo é quem

domina sobre tudo e sobre todos, foi a mensagem de José: [...]“porque

esta coisa é determinada de Deus, e Deus se apressa a fazê-la” (Gn

41.32).

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José foi sustentado na prisão pela

benignidade de Deus. Ali, ele encontrou dois presos

que serviram a Faraó, um copeiro-mor e um

padeiro-mor. Certo dia, ambos tiveram um sonho.

Eles contaram a José o que haviam sonhado, e este

interpretou o sonho deles. Ao copeiro-mor José

disse que dentro de três dias ele seria chamado para

servir a Faraó novamente. Ao padeiro-mor, disse

que, dentro de três dias, seria executado. Tudo

aconteceu do jeito que José havia dito.

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Faraó também teve dois sonhos que o perturbaram muito.

Os egípcios acreditavam que os sonhos eram presságios de

situações boas ou ruins e o rei não conseguiu compreender o

significado dos seus sonhos. Por isso, convocou seus magos e

astrólogos para que os interpretassem, mas nenhum deles

conseguiu convencê-lo com suas interpretações (Gn 41.8).

Então, o copeiro-mor lembrou-se de José e falou a Faraó

a respeito do que havia acontecido com ele e com o padeiro-mor.

Faraó ordenou que trouxessem José à sua presença. Quando ele

chegou perante o rei, com humildade e temor a Deus, ouviu os

sonhos e disse que estes se resumiam em um. O Egito passaria por

um período de sete anos de grande fartura e depois um período de

sete anos de escassez. Então, José orientou Faraó para que

encontre um homem sábio a fim de encarregá-lo de ajuntar

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alimento para os tempos de crise. Assim o rei teria alimento para

enfrentar o tempo de crise. Faraó, impressionado com a sabedoria

de José, viu que ele seria o homem certo para gerenciar os tempos

de fartura e de crise, e nomeou José governador do Egito.

Aprendemos com José que o sofrimento pode moldar

nosso caráter e levar-nos a ser bem-sucedidos em todas as áreas de

nossas vidas. Os sofrimentos nos ensinam a lidar com

circunstâncias adversas. Cada episódio na vida de José fazia parte

dos desígnios de Deus.

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Os sete anos de abundância sobrevieram a terra do Egito

como fora predito, e agora, os sete anos de fome começavam a chegar.

Segundo o que estava previsto, a fome foi tão grave que superou os anos

de prosperidade. Ela atingiu não somente o Egito, como também todas

as terras (Gn 41.57). Segundo o Dr. Norman Champlin (2001, p. 257):

“Não foi o globo terrestre inteiro, mas a terra conhecida pelo autor do

livro de Gênesis, ou seja, o Egito, a Arábia, a Palestina e a Etiópia, as

nações que pediriam socorro ao Egito”. É nesse momento que a

descendência de Jacó vem ao Egito a fim de pedir socorro a Faraó, sem

saber que José era o seu administrador. José reconhece os seus irmãos,

beneficia-os e depois de prová-los revela-se como irmão deles e os

perdoa por sua maldade (Gn 45.1-5). O perdão é uma característica

presente na vida daquele que tem o amor de Deus em seu coração (Mc

11.25; Ef 4.32; Cl 3.13).

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Para simbolizar o novo ofício de José, Faraó lhe deu o anel

que usava, no qual estava estampado o selo de autoridade,

vestiu-o de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu

pescoço. Deu-lhe um carro, no qual desfilou publicamente com

a proclamação de que ele deveria ser honrado pela

população. Em seguida, mudou-lhe o nome para Zafenate-

Paneia, que quer dizer 'abundância de vida ou o deus fala e

vive'. Por fim, José se casou com uma moça de família de alta

posição da cidade sacerdotal de Om. José foi lançado em

estreito contato com o paganismo do Egito, mas não foi

vencido por ele.

[...] Quando se tornou o segundo governante mais poderoso

em posição no Egito. Ele sabia exatamente o que fazer.

Durante anos de colheitas abundantes, juntou todas as

colheitas que iam além das necessidades imediatas do povo e

as armazenou em numerosas cidades do Egito. Durante esse

tempo, nasceram-lhe dois filhos. O primeiro foi chamado

Manassés, 'que esquece', como testemunho de que Deus havia

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apagado dos pensamentos tristes e íntimos de José os anos de

trabalho e de toda a casa de seu pai. O segundo filho foi

chamado Efraim, 'dupla fertilidade', como testemunho das

providências misericordiosas de Deus na terra da sua aflição.

Quando chegaram os sete anos de fome, o Egito estava

preparado com uma grande provisão de alimentos

armazenada para a emergência. Mas a seca cruzou as

fronteiras do Egito e atingiu a Palestina e outros países

vizinhos. Dentro do próprio Egito, logo as pessoas sentiram

fome e pediram comida. Sem demora, José as abasteceu de

provisões segundo um plano já em execução. As pessoas

tiveram a permissão de comprar os grãos armazenados e,

assim, tiveram o suficiente para comer. Habitantes de outros

países ficaram sabendo da provisão que havia no Egito e

foram comprar alimentos" (Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol 1. Rio de Janeiro:

CPAD, 2005, pp. 114,115).

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José era o décimo primeiro filho de Jacó, e primeiro filho da

mulher a qual seu pai mais amava: Raquel. Conhecendo o

contexto da família em que José nasceu não é difícil

compreender o porquê de o futuro maioral do Egito enfrentar

tantas crises familiares. Além das crises internacionais,

quando José era o maioral do Egito, ou antes, de chegar a ser

uma autoridade respeitada na terra do rio Nilo, a crise

doméstica do filho amado por Jacó revelava muito do seu

caráter. Com José aprendemos que antes de Deus nos levar a

enfrentar crises complexas, Ele nos instrui com as pequenas

lutas familiares. No seio da família somos forjados para a

luta e o encontro com a vida. A irmã de Raquel, Leia, já havia

dado seis filhos e uma filha para Jacó. A relação entre Raquel

e Leia era muito difícil, pois enquanto a irmã mais velha

havia dado sete filhos a Jacó, Raquel era estéril e,

consequentemente, não havia dado nenhum filho para seu

amado marido. Não dar à luz na época dos patriarcas era

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motivo de vergonha e de humilhação. Certamente, a partir de

cada encontro entre Raquel e Leia a dor de não ser mãe

desaguava na mente e coração da amada de Jacó. Embora o

tempo seja outro, qualquer mulher sente a dor

incomensurável de quando deseja ser mãe e não consegue. A

dor de Raquel é a dor de muitas mulheres do século XXI! O

contexto de desentendimento e de dor entre Leia e Raquel

alimentou o ódio dos filhos de Leia para com José, o filho de

Raquel. O ódio regado dentro da própria casa quase foi

finalizado com uma tragédia. Esta, porém, foi impedida pelo

primogénito de Jacó, Rúben. Entretanto, a sua atitude de

poupar José não foi suficiente para impedir seus irmãos de

vendê-lo para uma caravana de compradores de escravos. A

marca da trajetória do filho amado de Jacó é que mesmo em

meio a tanto desprezo e desconsideração, José não permitiu

que o seu coração fosse devorado pelo ódio. Humanamente,

seria justo José devolver na mesma moeda quando teve a

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primeira oportunidade de fazê-lo. Mas não o fez. Preferiu

compreender que tudo o que ocorreu era o Deus de seus pais

preparando o caminho para conservar a sua família num

contexto de fome e miséria mundial. A vida de José nos ensina

que devemos guardar o nosso coração do ódio, da vingança e

da ação maligna. Saber gerenciar as crises com o olhar e a

sabedoria de Jesus é o nosso grande desafio hoje. Sob os

cuidados e a orientação do mestre divino isso é possível!