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JOSÉ LUIZ RODRIGUES BRAVO PAULO FERNANDO DA COSTA E SILVA ESTUDOS PARA ATENDIMENTO DAS CONDIÇÕES PARA OPERAÇÃO DO REFINO ELETROLÍTICO COM AS CUBAS COBERTAS POR TECIDO SINTÉTICO Caso de uma refinaria metalúrgica de cobre Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Gerenciamento e Tecnologias Ambientais na Indústria - Ênfase em Produção Limpa - da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, como requisito para conclusão do referido curso. Orientador: Prof. Msc. George de Souza Mustafa Salvador 2002

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JOSÉ LUIZ RODRIGUES BRAVO PAULO FERNANDO DA COSTA E SILVA

ESTUDOS PARA ATENDIMENTO DAS CONDIÇÕES PARA OPERAÇÃO DO REFINO ELETROLÍTICO COM AS CUBAS COBERTAS POR TECIDO

SINTÉTICO Caso de uma refinaria metalúrgica de cobre

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Gerenciamento e Tecnologias Ambientais na Indústria - Ênfase em Produção Limpa - da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, como requisito para conclusão do referido curso. Orientador: Prof. Msc. George de Souza Mustafa

Salvador 2002

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Às nossas famílias, pela compreensão e paciência por suportarem os momentos

de ausências no convívio, isolamentos esses tão necessários ao estudo desta

especialização.

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Neste século, a sustentabilidade do planeta Terra será diretamente

proporcional ao nível de conscientização ambiental que possamos alcançar.

Paulo Fernando & José Luiz

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AGRADECIMENTOS

São tantos, e tão especiais entre os principais:

A empresa Caraíba Metais S. A., objeto deste estudo de caso deste trabalho,

na pessoa do seu Diretor Superintendente, Otacílio Pinto de Morais, pela

oportunidade a nós dada de ampliarmos nossos conhecimentos e por viabilizar

a realização desta pós-graduação.

Ao Péricles Junior, nosso pró-ativo ambientalista, pelo convite e incentivo para

realizarmos esta pós-graduação.

À Isa Pedro, nossa Analista de Laboratório, pelo apoio incansável nos

trabalhos de campo.

À Ana Izabela, Técnica de Operação, pelas valiosas informações sobre as

utilidades da empresa, que muito contribuíram para a realização desta

monografia.

Ao José Carlos, Técnico de Manutenção, pelas suas ações de manutenção, as

quais possibilitaram a realização dos testes previstos neste trabalho.

Ao Joaquim Neto, Técnico de Operação, pelo seu apoio no acompanhamento

dos testes na área de tratamento de lama anódica.

Ao George de Souza Mustafa, nosso Mestre orientador, por suas valiosas

críticas na formatação deste trabalho de conclusão de curso.

Enfim, a todos que de alguma maneira ou de outra, às vezes até sem

pressentir, foram de ajuda inestimável para a realização deste trabalho.

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SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS.........................................................................7 LISTA DE FIGURAS.....................................................................................8 LISTA DE TABELAS....................................................................................9 RESUMO.....................................................................................................10 ABSTRACT.................................................................................................11

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................12 1.1 O PROCESSO PRODUTIVO....................................................................13

1.2 HISTÓRICO DO PROBLEMA....................................................................20

1.3 JUSTIFICATIVA.........................................................................................21

1.4 OBJETIVOS...............................................................................................21

2 REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................23

3 METODOLOGIA DO TRABALHO............................................................26

4 BALANÇO HÍDRICO DA ELETRÓLISE...................................................28 4.1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES............................................................28

4.2 EVAPORAÇÃO DE ÁGUA NA ELETRÓLISE...........................................31

4.3 CONSUMO DE VAPOR DE 6,00kg/cm2....................................................32

4.4 CONSUMO DE ÁGUA NA ELETRÓLISE – MEDIÇÕES...........................33

4.4.1 Distribuição do condensado impuro....................................................36 4.4.2 Distribuição do condensado puro........................................................36

4.4.3 Fechamento do balanço de água na eletrólise....................................38

5 ESTUDOS PARA REDUZIR O CONSUMO DE ÁGUA...........................39 5.1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES.......................................................39

5.2 REDUÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA DESMINERALIZADA..................40

5.3 UTILIZAÇÃO DO CONDENSADO DO CCP COMO ÁGUA DE LAVAGEM

NA MÁQUINA DE ESTRIPAGEM..............................................................41

5.4 UTILIZAÇÃO DO CONDENSADO DO CCIII COMO ÁGUA DE LAVAGEM

NA MÁQUINA DE CÁTODOS...................................................................42

5.5 RECUPERAÇÃO DOS CONDENSADOS DA ÁREA DE TRATAMENTO

DE LAMA ANÓDICA.................................................................................43

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5.6 REUSO DA ÁGUA DE LAVAGEM NA FILTRAÇÃO DA LAMA

ANÓDICA............................................................ .....................................43

5.7 REDUÇÃO DA UTILIZAÇÃO DA ÁGUA DE LAVAGEM NOS CIRCUITOS

DE CUBAS COMERCIAIS E CHAPAS DE PARTIDA............................. 44

5.8 COMPORTAMENTO DA COLA COM AS CUBAS COBERTAS..............47

6 VALORES PRELIMINARES DE INVESTIMENTOS................................54 6.1 VALORES PARA OS PROJETOS DOS ITENS 5.3. A 5.5.......................54

6.2 VALORES PARA O ITEM 5.7...................................................................55

6.3 RESUMO DOS INVESTIMENTOS...........................................................55

7 AVALIAÇÃO DA ECONOMIA COM A COBERTURA DAS CUBAS......57 7.1 REDUÇÃO DA TAXA DE EVAPORAÇÃO & ECONOMIA ESPERADA...57

7.2 ECONOMIA COM A REDUÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA

DESMINERALIZADA................................................................................57

7.3 OUTRAS ECONOMIAS............................................................................57

7.4 VALOR TOTAL DA ECONOMIA...............................................................58

7.5 TEMPO DE RETORNO DO INVESTIMENTO..........................................58

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................59

9 CONCLUSÃO...........................................................................................61

10 RECOMENDAÇÕES................................................................................63

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................64

APÊNDICE...............................................................................................66

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LISTA DE ABREVIATURAS

CIT – Circuito Interno de Testes

CCC – Circuito de Cubas comerciais

CCCI – Circuito de Cubas Comerciais I

CCCII – Circuito de Cubas Comerciais II

CCCIII – Circuito de Cubas Comerciais III

CCP – Circuito de Cubas de Chapas de Partidas

DA – Cubas de Desarseniagem

DE – Cubas de Decoperização Externa

DI – Cubas de Decoperização Interna

QTD – Quantidade

UM – Unidade de Medida

UTE – Unidade de Tratamento de Efluentes

UAS – Unidade de Produção de Ácido Sulfúrico

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LISTA DE FIGURAS

p.

Figura 1 – Diagrama do macro fluxo de processo de metalurgia................18

Figura 2 – Diagrama do fluxo de processo da eletrólise..............................19

Figura 3 – Diagrama do balanço hídrico da eletrólise.................................29

Figura 4 – Gráfico da concentração de cola no eletrólito no COLLAMAT –

cubas cobertas – temperaturas alteradas..................................52

Figura 5 – Detalhe da zona 1 da Figura 4......................................................53

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LISTA DE TABELAS

p.

Tabela 1 – Água evaporada nas unidades de processo..........................32

Tabela 2 – Vapor consumido nas unidades de processo........................33

Tabela 3 – Medições dos consumos de água e vapor na eletrólise... ...35

Tabela 4 – Distribuição de condensado impuro na eletrólise........ ........36

Tabela 5 – Avaliação da geração do condensado puro...........................37

Tabela 6 – Balanço de água na eletrólise. ................................................38

Tabela 7 – Valores projetados de reposição de água no sistema com a

redução do consumo ................................................................39

Tabela 8 – Avaliação da concentração de ácido sulfúrico na água de

lavagem nos filtros-prensa........................................................44

Tabela 9 – Necessidades para as modificações de projeto......................54

Tabela 10 – Levantamento das necessidades do item 5.7 .........................55

Tabela 11 – Demonstrativo dos custos dos projetos..................................56

Tabela 12 – Economia com a redução da utilização da caldeira................57

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RESUMO

BRAVO, José Luiz Rodrigues; SILVA, Paulo Fernando da Costa e. Estudos para atendimento das condições para operação do refino eletrolítico com as cubas cobertas por tecido sintético. 2001. 50 f. Monografia de conclusão

de curso (Especialização em Gerenciamento e Tecnologias Ambientais no

Processo Produtivo – Ênfase em Produção Limpa) – Escola Politécnica,

Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2001.

Esta monografia tem por objetivo apresentar o resultado dos estudos das

condições necessárias que permitam a operação de uma refinaria de cobre

eletrolítico, situada no Estado da Bahia – Brasil, com as cubas eletrolíticas

cobertas por um tecido sintético. O que se espera, após a implementação dos

vários projetos resultantes deste estudo, é a redução do consumo de energia,

redução do consumo de água, assim como redução da descarga de efluentes

líquidos e melhoria do conforto do ambiente de operação, porque a emanação

do vapor d’água, devido à evaporação do eletrólito, aumenta a umidade e o

calor da sala de eletrólise. A importância deste estudo está diretamente

relacionada com a redução do impacto ambiental da atividade, dado que

mantém a produção e reduz a utilização de vapor, que é gerado através da

queima de combustível fóssil, portanto um recurso natural não renovável,

reduz o consumo de água, contribuindo para melhor gerenciamento dos

recursos hídricos local, e reduz a poluição atmosférica no local de trabalho. O

benefício econômico também é apontado e os projetos recomendados para

redução do consumo de água deverão amortecer o aumento de custo que

deverá advir com a cobrança por captação da água e destinação de efluentes

das unidades industriais que está sendo implantada pelo governo do Brasil.

Palavras-chave: Água; Efluentes; Eletrólise; Minimização; Recursos Hídricos;

Vapor.

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ABSTRACT

BRAVO, José Luiz Rodrigues; SILVA, Paulo Fernando da Costa e. Estudos para atendimento das condições para operação do refino eletrolítico com as cubas cobertas por tecido sintético. 2001. 50 f. Monografia de conclusão

de curso (Especialização em Gerenciamento e Tecnologias Ambientais no

Processo Produtivo – Ênfase em Produção Limpa) – Escola Politécnica,

Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2001.

The aim of this monograph is to show the results of the studies performed in a

brazilian copper refinery located in the State of Bahia, which will allow operation

of the electrolytic cells covered with synthetic cloth. After implementation of the

projects that might be created, it’s expected reduction of energy and water

consumption as well as reduction of effluent discharge and improvement of the

workplace environment, as the water vapor liberation from the cells, due to

electrolyte evaporation, increases room temperature and humidity. The

importance of this work is directly related with the reduction of the activity’s

environmental impact, as it keeps the production level and reduces the vapor

consumption, which is generated by mean of fossil fuel burning (a non

renewable natural resource), reduce water consumption, improving the

management of local hydrological resources, and minimize the atmospheric

pollution at the workplace. The economic benefit is also indicated and the

recommended projects can allow cost minimization that will rise with charging of

water caption and water discharge from industrial unities, which is being

implemented by the Brazilian government.

Key words: Water; Effluents; Electrolysis; Minimization, Hydrological

Resources; Vapor.

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1 INTRODUÇÃO

Uma refinaria metalúrgica do cobre é uma unidade industrial com

utilização intensiva de energia. O processo de transformação dos concentrados

dos minérios sulfetados de cobre, com predominância da calcopirita, requer a

utilização da energia principalmente nas suas formas térmica e elétrica, tanto

nos processos principais quanto nos processos secundários de produção de

utilidades, tratamento de efluentes e recuperação de subprodutos. Um dos

fatores fortemente competitivos nesse ramo de negócio é o custo baixo de

produção, visto que o cobre tem-se caracterizado cada vez mais como uma

commodity, em função da demanda não acompanhar o ritmo sempre crescente

da oferta, resultando na contínua queda do seu preço no mercado. O esforço

nesse sentido recai principalmente na negociação da matéria-prima e no custo

da energia utilizada. Neste contexto, a empresa, objeto de estudo desta

monografia, vem procurando as formas de redução do consumo de energia,

passando pela substituição de combustíveis utilizados nos seus fornos até as

alterações de práticas operacionais, implementação de programas de

conscientização, melhoria da qualidade e otimização de seus processos.

A empresa, alvo deste estudo de caso, é a única metalúrgica de

cobre primário no Brasil e está situada numa área industrial que compreende

40 hectares do Complexo Petroquímico de Camaçari - COPEC. É uma

empresa que se caracteriza basicamente pelo uso de tecnologia e aplicação de

capital intensivos, que já produziu, desde o início de seu funcionamento, em

1982, mais de dois milhões de toneladas de cobre.

O principal objetivo desta empresa é a produção e comercialização

de cobre eletrolítico sob a forma de cátodo e vergalhões de 8,0 mm de

diâmetro. Sua capacidade é atualmente de 220.000 toneladas/ano de cobre

eletrolítico. Além do cobre, são gerados subprodutos, tais como : sulfato de

níquel, ácido sulfúrico, trióxido de enxofre (SO3) líquido, óleum (ácido sulfúrico

com concentração excedente de 22% em SO2), lama anódica (que contém

metais preciosos) e escória granulada. Atende ao mercado interno (55%),

MERCOSUL e mantém um volume de vendas no mercado externo.

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1.1 O PROCESSO PRODUTIVO

A rota básica do seu processo produtivo é constituída por três

unidades principais de processo, conforme diagrama apresentado na Figura 1

e sumariamente descritos adiante.

1-UNIDADE DE PROCESSO DE FUNDIÇÃO - Nessa área são realizados os

processos pirometalúrgicos a altas temperaturas para extrair o cobre a partir

dos concentrados. O objetivo dessa unidade é a obtenção do ânodo de cobre

com a concentração (pureza) de 99,50 %, gerando em conseqüência, escória

granulada e o gás SO2 (dióxido de enxofre), que, após sua limpeza e

resfriamento, é convertido em ácido sulfúrico em reação catalítica com

pentóxido de vanádio. Para alcançar este objetivo a Unidade é subdividida nas

seguintes etapas:

Recepção e Estocagem de Matérias-Primas – Nessa etapa é realizado o

manuseio das matérias-primas: concentrado e sílica. Os concentrados,

nacionais e importados, são descarregados a granel por caminhões

basculhantes e vagões ferroviários na área de recepção. Sistemas de

alimentadores e transportadores de correia levam os materiais para a

estocagem. Com relação à sílica, essa é transportada e descarregada também

por caminhões basculhantes. A estocagem desses materiais é feita em baias,

alimentada através de uma correia móvel.

Mistura e Secagem de Matérias-Primas – Essa etapa consiste de um sistema

composto de seis silos de concentrados de cobre e um para sílica, que suprem

a mistura (bledagem) de concentrado e sílica em proporções adequadas,

contendo aproximadamente 10% de umidade, para a etapa de secagem. A

secagem dos concentrados e sílica é realizada em um forno rotativo cilíndrico,

montado horizontalmente, onde a umidade da mistura é reduzida para 0,2%.

Fusão – Aqui, a mistura seca (concentrado + sílica), proveniente do forno de

secagem, é recebida no forno flash smelting, onde é feito o controle de nível

máximo para evitar transbordamento. O forno flash tem como objetivo a

produção de matte (com aproximadamente 60% de cobre - em estado líquido),

através da fusão do concentrado e sílica previamente misturados e secos.

Além do matte, o forno flash gera escória (que é destinada ao forno elétrico),

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gases (inicialmente são destinados à caldeira para limpeza e resfriamento e, na

seqüência, são enviados para a planta de ácido sulfúrico) e o reverts (matte

solidificado) que é britado para reuso no forno de conversão. O destino

seguinte do matte é a conversão, que é um processo que consiste em

converter o matte em cobre blister, através de um processo de oxidação

seletiva em estado líquido, para eliminar a maior parte do ferro e do enxofre

contidos no matte, utilizando sílica. A conversão é realizada em conversores

tipo sifão, que é um cilindro de chapa de aço revestido com refratário, tendo em

um extremo o sifão que permite a evacuação dos gases de processo. O cobre

blister então obtido alcança uma pureza de 98%. Outros resíduos gerados nos

conversores são a escória (que segue para o forno elétrico), gases e pó (vai

para o sistema de gases dos conversores) e as crostas de panela (que é sofre

britagem para a recuperação do cobre).

Refino a Fogo e Moldagem – Finalmente nessa etapa, o cobre blister

proveniente dos conversores é refinado e convertido em ânodos. O refino a

fogo é um processo de bateladas de oxidação-redução, cuja função é purificar

o cobre blister retirando o enxofre e metais. O cobre então refinado a fogo é

moldado em uma máquina (roda de moldagem) obtendo-se no final do

processo ânodos de cobre , com pureza 99,4% de cobre contido.

2-UNIDADE DE PROCESSO DE REFINO ELETROLÍTICO - Essa unidade,

conforme apresentada no diagrama de bloco da Figura 2, visa purificar o cobre

anódico, elevando o teor de cobre de 99,4% para 99,99%, eliminando

impurezas nocivas às propriedades eletromecânicas do cobre. O produto desta

unidade de processo é o cátodo de cobre eletrolítico, sendo que uma parte da

produção é disponibilizada para o mercado, em forma de placas, e a outra para

a unidade de laminação.

A purificação é feita por processo eletroquímico, onde em cubas com eletrólito,

composto basicamente por solução de sulfato de cobre e ácido sulfúrico, pelo

efeito da aplicação de uma corrente elétrica contínua, ocorre a dissolução do

ânodo, migrando os íons de cobre para o cátodo, ficando as impurezas ou

solúveis no eletrólito ou decantadas no fundo das cubas. A unidade de

processo, como um todo, é composta das seguintes subunidades: Circuito de

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Cubas de Chapas de Partida; Circuito de Cubas Comerciais; Purificação do eletrólito; Tratamento da lama anódica. Das quatro etapas, as duas

primeiras constituem-se em etapas de produção, enquanto as duas últimas são

etapas de apoio às duas primeiras. No CCP, ocorre a produção das lâminas de

cobre que farão a função de cátodo no par eletroquímico nas cubas do CCC,

para receber a deposição do cobre proveniente do ânodo continuamente

durante 11 dias, 24 horas por dia. A produção de chapas de partida se dá em

um circuito separado, onde chapas de titânio recebem a deposição do cobre

por cerca de 23 horas. Ao final deste tempo, as chapas de cobre formadas em

ambos os lados da chapa de titânio são retiradas mecanicamente, em um

processo chamado de estripagem. O processo eletroquímico se dá

basicamente nas mesmas condições de produção do CCC. As chapas são

preparadas em uma máquina, onde são cortadas em seus quatro lados e

recebem uma barra de cobre para suporte e contato na cubas de produção. No

CCC, ocorre a produção do cobre eletrolítico propriamente dito. Por se tratar de

um sistema de produção em batelada, para facilitar a organização da produção

no projeto original, as cubas foram agrupadas em grupos de 40 e os grupos

foram organizados em circuitos, possuindo cada circuito o seu próprio sistema

de circulação de eletrólito e os serviços de filtração, aquecimento e dosagem

de aditivos. Cada cuba abriga 42 ânodos (que têm formato de camisa com

mangas curtas e massa de 360kg) e 43 cátodos (inicialmente chapas de

partida com cerca de 1m2 de área e massa de 6kg). Os principais parâmetros

de controle do processo são a composição do eletrólito, a temperatura do

eletrólito, a vazão do eletrólito que passa pelas cubas, a concentração dos

aditivos, além da composição do ânodo, que deve respeitar determinadas

condições. Os aditivos utilizados são a cola animal, tiouréia, ácido clorídrico e

um floculante típico para o processo de eletrólise do cobre, que tem a função

de auxiliar a decantação da lama anódica gerada. Estes são agentes auxiliares

que possibilitam um bom nivelamento do depósito de cobre e a manutenção de

certas características desejáveis para um bom rendimento. A cola animal é um

pó de cor âmbar, resultante da hidrólise de peles de bovinos, que possui em

sua constituição proteínas de pesos moleculares variados. A tiouréia é a

espécie química em si, com 99% de pureza. A função destes dois aditivos é a

de obtenção de um depósito bem nivelado, ou seja, que esteja livre de

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protuberâncias e dendritos (chamados de nódulos) que possam originar curtos-

circuitos pelo contato desses com o eletrodo do lado oposto, que é o ânodo. A

proporção da dosagem destes dois aditivos e a manutenção de suas

concentrações no eletrólito é a chave para a obtenção de um bom depósito no

cátodo. O ácido clorídrico tem a função principal de precipitar a prata que vem

como impureza no ânodo de cobre. O AVITONE (nome comercial da DUPONT)

é um produto a base de petróleo sulfonado que atua como floculante dos

sólidos suspensos no eletrólito.

3-UNIDADE DE PROCESSO DE LAMINAÇÃO - Esse processo consiste em

transformar os cátodos de cobre, proveniente da unidade de eletrólise, em

vergalhões de 8,0 mm sob a forma de bobina de 4,0 toneladas. É constituído

das seguintes etapas:

Fusão – A fusão dos cátodos é realizada em um forno cilíndrico vertical,

dotado de queimadores a gás na sua parte inferior. Esse forno vertical tem a

função única de fundir os cátodos, não podendo reter ou armazenar o metal

líquido em seu interior. Imediatamente após a fusão, o cobre líquido escorre

para um forno intermediário denominado de espera/retenção, o qual tem a

função de armazenar o metal líquido, manter a sua temperatura e controlar o

seu teor de oxigênio.

Lingotamento – Nessa etapa o metal é vazado do forno de espera/retenção

para a máquina de lingotamento, que por sua vez produzirá uma barra de

forma retangular contínua que segue para uma fresadora rotativa (para fresar

os quatro cantos) e logo em seguida alimentar o laminador.

Laminação – Aqui a etapa de laminação tem a função de produzir o vergalhão

de cobre diâmetro 8,0mm, através de sucessivas revisões da barra, passando

por 15 gaiolas horizontais/verticais, acionadas por motores com regulagem de

velocidade. O grupo do laminador é composto de trem de desbaste (03

gaiolas), trem intermediário (12 gaiolas) e trem de acabamento (02 gaiolas).

Após passar pela última gaiola, o vergalhão entra em uma zona de

resfriamento e em seguida passa por um formador de espira para finalmente

entrar na decapagem.

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Decapagem – A decapagem consiste na retirada da camada de óxidos da

superfície do vergalhão, através de um banho em solução diluída de ácido

sulfúrico em um tanque. Após a decapagem, as espiras são conduzidas para

as instalações de lavagem à frio para em seguida entrar na zona de lavagem à

quente, com a finalidade de retirar os resíduos de ácido ainda existentes no

vergalhão. Na seqüência, as espiras mergulham em uma emulsão com sabão,

que serve para neutralizar quaisquer restos de ácido, porventura existente, e,

principalmente, aplicar uma película protetora no vergalhão.

Embalagem – Finalmente nessa etapa é formada a bobina, através do

acúmulo de espiras sobre um pallet de madeira. A bobina de vergalhão é

então pesada, cintada, identificada, embalada e manuseada para a área de

estocagem. O vergalhão então produzido é comercializado no mercado interno

e uma parte menor no mercado externo. Esse produto destina-se a fabricação

de condutores elétricos metálicos, sendo aplicado em larga escala na produção

de eletroeletrônico, telefonia, telecomunicações, na construção civil, na

indústria automobilística e no segmento de informática.

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Figura 1 – Diagrama do macro fluxo de processo da metalurgia

R E C E P Ç Ã O E E S T O C A G E M

D E M A T É R IA S -P R IM A S

F U S Ã O (F O R N O F L A S H )

M IS T U R A E S E C A G E M D E M A T É R IA S -P R IM A S

FO R N O EL ÉT R IC O

C O N V E R S Ã O

U A SÁ C ID O S U L FÚ R IC O

9 8 %

ES C Ó R IA GR A N U L A D A

P L A N T A D E Ó L E U M

U T ER E F IN O A F O G O E

M O L D A G E M

L A M A D E GES S O EFL U EN T E L ÍQ U ID O

Ó L EU M 2 2 %

R E F IN O E L E T R O L ÍT IC O

L A M A A N Ó D IC A

P U R IF IC A Ç Ã O D O E L E T R Ó L IT O

C Á T O D O

L A M IN A Ç Ã O

V ER GA L H Ã O S U L FA T O D E N ÍQ U EL

P L A N T A D E S O 3

L ÍQ U ID OS O 3 L ÍQ U ID O

L A M A D E C O B R E

S U C A T A S P A R A FU N D IÇ Ã O

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Figura 2 – Diagrama do fluxo de processo da eletrólise

CEMENTAÇÃO DO TELÚRIO E

FILTRAÇÃO

PRODUÇÃO DE CHAPAS DE

PARTIDA

PRODUÇÃO DE CÁTODO

CÁTODOS DE COBRE

PRIMEIRA RETIRADA DE

COBRE

SEPARAÇÃO ELETRÓLITO

DA LAMA SEGUNDA

RETIRADA DE COBRE

CÁTODOS DI

CÁTODOS DE

LIXIVIAÇÃO E FILTRAÇÃO

S E C A G E M

RETIRADA DEARSENIO

PRODUÇÃO DE

SULFATO DE NÍQUEL

LAMA CÚPRICA

PURIFICAÇÃO DE

SULFATO DE NÍQUEL

NiSO 4 .6H 2 0

CÁTODOS DA

TELURETO DE

COBRE LAMA

ANÓDICA LAMA DE GÊSSO ÁCIDO

NEGRO

ÂNODOS

VAPOR

ENERGIA ELÉTRICA

ÁGUA

CONDENSADO P/A

CALDEIRA E UTE

VAPOR DE ÁGUA

P/A ATMOSFERA

CHAPAS

ELETRÓLITO ELETRÓLITO

ELETRÓLITO +

LAMA ELETRÓLITO

ELETRÓLITO LAMA ANÓDICA

ELETRÓLITO

ÁCIDO NEGRO

UNIDADES DE PROCESSO

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1.2 HISTÓRICO DO PROBLEMA

No processo de refino eletrolítico adotado nessa empresa (Figura 2),

utiliza-se vapor para aquecer o eletrólito que circula em suas 1.117 cubas de

produção para elevar a temperatura de 61oC a 65oC, conforme o padrão de

operação estabelecido, sendo que a perda de calor ocorre durante o percurso

do eletrólito pelas cubas eletrolíticas e no sistema de circulação. Algumas

refinarias de cobre, com o mesmo tipo de processo, operam com as cubas

cobertas por um tecido de poliéster, com o objetivo de reduzir a perda de calor

para a atmosfera devido à evaporação da água contida no eletrólito e,

conseqüentemente, reduzir o consumo de vapor e água. Há alguns anos atrás

nessa empresa, ao se tentar cobrir as cubas eletrolíticas houve grande perda

na eficiência de corrente do processo, tendo sido apontada como causa

provável, após análise das variáveis envolvidas no processo, a aceleração da

degradação da cola utilizada como aditivo no eletrólito. Naquela oportunidade,

não se dispunha na empresa de mecanismo para aferir, em linha, a

degradação do aditivo no eletrólito e a metodologia de análise no laboratório

era demorada e com precisão duvidosa. Além disso, a proteína animal tem um

tempo de meia vida muito curto em um eletrólito a 65oC e concentração de

ácido sulfúrico de 200g/l, falseando-se o resultado de qualquer análise que se

queira fazer quando se tem que transportar uma amostra do eletrólito com o

aditivo de um lugar para outro. Um outro dado importante é que essas

proteínas, que resultam da hidrólise das proteínas de peles de animais, mudam

de características em função do fabricante e do grau de hidrólise a que são

submetidas, aumentando o grau de risco ao se estabelecer um padrão de

operação sem a devida consistência técnica para o controle do processo.

Alguns dispositivos para a determinação e monitoramento da concentração da

cola ativa no eletrólito foram desenvolvidos e aquele que vinha sendo descrito

como o mais confiável foi adquirido pela empresa. Embora algumas outras

empresas estejam utilizando o mesmo equipamento, não se tem acesso fácil

aos dados de operação destas para se referenciar, por serem concorrentes,

por estarem situadas no exterior e por apresentarem diferenças peculiares em

seus processos, obrigando a um estudo particular de caso para possibilitar a

operação com as cubas cobertas.

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1.3 JUSTI

Fundamentalmente, o conhecimento do comportamento do aditivo

ola no processo de deposição do cobre com as cubas cobertas e o controle do

balanço hídrico da unidade operacional para a nova condição da taxa de

evaporação representa a oportunidade de se obter ganho relevante no aspecto

de economia de energia, traduzida pela redução do consumo de vapor, e na

redução do consumo de água e geração de efluente líquido. A avaliação da

economia anual com relação à energia, em função da redução da queima de

óleo combustível na caldeira auxiliar, aponta para cerca de R$300.000,00

(trezentos mil reais), considerando a redução de 40% na taxa de evaporação

nas cubas. A economia com relação à redução da geração de efluentes não foi

avaliada integralmente neste estudo, mas considera-se valiosa e reveste-se de

grande importância, visto que o cenário atual aponta para uma elevação do

custo da água. Além disso, como não se dispõe de instrumentos efetivos de

controle, o balanço de água não é bom, dificultando muito a estabilidade das

operações, resultando eventualmente em perdas de eficiência, devido às

contramedidas que se tem que adotar para contornar o problema. Um outro

aspecto relevante, que em uma ordem de prioridades pode até ser considerado

como o mais importante, é a obtenção da melhoria do conforto térmico do

ambiente operacional, pois a evaporação da água na superfície das cubas

aumenta bastante a umidade do ar e eleva a temperatura na sala das cubas,

onde se é bastante requisitado o labor do homem.

.4 OBJETIVOS

A cobertura das cubas nesta empresa dependerá de uma

avaliação do caso ocorrido anteriormente e de um estudo do comportamento

este aditivo em uma planta piloto, com o objetivo de propor condições

peracionais para a operação das cubas cobertas, considerando-se que não se

eve realizar testes diretamente na planta industrial, pois uma redução da

ficiência de corrente em um ponto percentual representaria a perda de

milhares de reais em um dia de operação. Além disso, para consolidar o estudo

em seu todo, será realizada uma avaliação do balanço de água no sistema

FICATIVA

c

1

re

d

o

d

e

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para subsidiar um projeto conceitual que definirá os investimentos necessários

ue permitam a efetiva operação com as cubas cobertas, considerando uma

análise ec

q

onômica preliminar.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

Nos trabalhos revisados até o presente momento, os interesses

principais têm sido o de se discutir o mecanismo da atuação dos aditivos no

processo eletrolítico de refino do cobre, o porque da efetividade dos aditivos

em controlar o crescimento dos cristais na superfície do cátodo, os seus efeitos

relacionados com os outros aditivos, o aditivo mais relevante no controle e o

estudo de métodos de suas determinações no eletrólito. O mecanismo de

atuação da cola no processo de deposição do cobre é reportado nos papers (1,

2), através de citações de outros trabalhos, como um inibidor da transferência e

difusão de cargas através da camada limite, que reduz a rugosidade do cátodo

e endurece o depósito, tudo relacionado a sua tendência de polarizar o

potencial catódico, através da sua adsorção na superfície do cátodo, que

aumenta o sobrepotencial catódico. O mecanismo de atuação da tiouréia no

processo (1, 2, 3, 5), é relacionado com sua reação com o Cu+ e Cu++ do

processo eletrolítico do cobre, formando complexos que atuam com efeito

despolarizante, aumentando a velocidade de deposição, favorecendo a

formação de núcleos na superfície catódica e, conseqüentemente, a diminuição

dos grãos dos cristais, a depender da quantidade do aditivo dosado. As

alterações das estruturas cristalinas com a variação da concentração de cola e

tiouréia no eletrólito foi investigada na empresa objeto deste estudo, através de

estudos metalográficos, comprovando-se, de certa forma, os fenômenos

relatados. O mecanismo de atuação do cloreto no processo não é bem

ompreendido. Na prática, tem a finalidade de precipitar a prata dissolvida a

egundo os trabalhos relacionados na bibliografia, este altera

comportamento despolarizante da tiouréia e polarizante da cola, podendo

provocar

c

partir do ânodo. S

o

nódulos tipo agulha, em concentrações acima do padrão normal

encontrado nas refinarias (20-40mg/l). Porém, em condições normais provocam

um certo polimento dos cristais no depósito (1, 2, 3, 5, 6). O floculante

adicionado ao eletrólito tem a função de aglomerar partículas coloidais e

facilitar a decantação, não sendo mencionado como modificador dos

mecanismos de atuação dos outros aditivos.

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É interessante ressaltar que as pesquisas tanto diferem no

procedimento quanto no tipo de aparelhagem utilizada e nos parâmetros

adotados, sendo estes, na maioria dos casos, muitos diferentes das condições

ormais de operação de uma eletrólise industrial, dificultando a comparação

os resultados dos estudos com a prática operacional, principalmente nos

abalhos com combinações de aditivos.

A discussão sobre a maior importância de um ou outro aditivo no

ontrole da deposição do cobre parece estar relacionada aos interesses dos

etentores das patentes dos métodos de monitoramento de cola e tiouréia no

letrólito. Há um certo ceticismo quanto à efetividade das medições,

rincipalmente no dispositivo que mede a concentração ativa da cola do

letrólito patenteada pela empresa alemã Norddeutsche Affinerie (4,6).

De prático, e como ponto de partida para o estudo da problemática

apontada na introdução deste texto, tem-se que dos aditivos relacionados, a

cola é a que apresenta maior sensibilidade à variação da temperatura e à

oncentração do ácido no eletrólito, que provocam mudanças das cadeias das

roteínas que as constituem, alterando seu comportamento quanto à

polarização. Tem sido verificado na prática que o excesso ou falta deste aditivo

o eletrólito causa má deposição e conseqüentemente perda da eficiência de

orrente, existindo uma faixa de concentração ótima para que o desempenho

não seja afetado. Para um controle mais efetivo do processo de produção,

algumas medidas têm sido tomadas nesta unidade de produção para contornar

delicado equilíbrio necessário para a ação dos referidos aditivos. Verificou-se

que a prática de se aumentar a temperatura do eletrólito em 1 ou 2oC, para

aumentar a taxa de evaporação nas cubas e corrigir o excesso de volume de

letrólito inventariado nos tanques-pulmão, resultava a curto e médio prazo na

erda da eficiência de corrente. Uma vez que se passou a contornar o

problema com outras medidas, como restrição na utilização de água de

rocesso, o processo ficou menos susceptível a variações de performances.

Na questão do balanço hídrico, condição em si para permitir a

peração do processo com as cubas cobertas, há inúmeras referências que

presentam soluções utilizando os princípios de Reduzir, Reutilizar e Reciclar,

hamado coloquialmente de 3 R. A redução do consumo de água em plantas

n

d

tr

c

d

e

p

e

c

p

n

c

o

e

p

p

o

a

c

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25

industriais implica normalmente em corrigir as perdas por falta e/ou deficiência

e manutenção ou na revisão dos projetos e processos para uso mais eficiente

deste recu

d

rso. A reutilização da água consiste em se encontrar utilização após

a mesma já ter exercido a sua função primária, sem, no entanto, ter-se que

fazer adequações em sua composição para a nova utilização. A reciclagem da

água consiste em sua reutilização, porém com a readequação da qualidade

através de tratamento.

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3 METO

se poderia arriscar a produtividade

alcançada

c) Estudo do comportamento da aditivação no CIT, considerando as

influên

DOLOGIA DO TRABALHO

Conforme está relatado no item 1.2 (Histórico do problema) desta

monografia, na primeira tentativa de coberturas das cubas eletrolíticas

verificou-se uma queda generalizada da eficiência de corrente. Naquela

oportunidade, com todo acerto, não

sem se ter o domínio do controle do processo, visto que o plano de

produção poderia ser tremendamente afetado, sem possibilidades de

recuperação, retornando então a operar com as cubas descobertas. Além

disso, verificou-se posteriormente que o balanço hídrico da unidade não ficaria

equilibrado para permitir uma taxa de retenção de calor satisfatória, que

trouxesse bom retorno econômico ao projeto.

Recentemente, afinado com o interesse de se ter melhores

condições operacionais e com os grandes desafios atuais no campo da

conservação de energia e preservação dos recursos hídricos, a Caraíba Metais

decidiu voltar à tona com o projeto de cobertura das cubas. Para garantir os

parâmetros operacionais adequados para a manutenção da eficiência de

corrente e a adequação do balanço hídrico, o trabalho foi planejado da seguinte

forma:

a) Determinação do balanço hídrico das unidades de processo da Eletrólise,

selecionando todas as entradas e saídas de água que contribuam para o

equilíbrio do inventário de eletrólito, considerando as informações práticas

disponíveis e os balanços teóricos necessários. A partir daí, procurou-se

aplicar os princípios da redução, reuso e reciclagem da água;

b) Avaliação do perfil da temperatura do eletrólito com as cubas eletrolíticas

cobertas e não cobertas, objetivando-se conhecer melhor a distribuição do

calor ao longo da passagem do eletrólito, para verificar sua relação com o

objeto do estudo;

cias das variáveis de processo nas condições de as cubas estarem

ou não cobertas e determinação das condições operacionais que

satisfaçam o controle de processo e rendimento desejado;

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d) Avaliação das modificações e implementações necessárias para o

atendimento do objetivo geral deste trabalho;

e) Estudo da viabilidade econômica, para verificar se o novo conceito de

operação do processo se aplica ao contexto de retorno de investimento

admitido.

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4 BALANÇO HÍDRICO DA ELETRÓLISE

4.1 INFOR

Selagem e resfriamento de bombas;

• Resfria

tipo de finalidade que se prestar, como por exemplo: água

MAÇÕES PRELIMINARES

Os dados foram coletados de janeiro de 2.000 a abril de 2.001. A

água é utilizada em diversas operações na unidade de processo de eletrólise

da empresa com diferentes finalidades, tais como:

• Transporte do calor na forma de vapor para promover aquecimento de

outros fluidos;

• Promoção de limpeza nas lavagens de cátodos, chapas de partida, contatos

dos eletrodos, filtros, lavagem de cubas, pisos, etc;

mento de vapores ácidos para formação de condensados que não

podem ser liberados para a atmosfera;

• Adequação de concentração do eletrólito;

• Lavagem de tortas de sulfato de níquel e lama anódica.

Além disso, a água pode se apresentar com diferentes qualidades

para o

desmineralizada – utilizada para selagem de bombas, dessuperaquecimento de

ersas operações de lavagem.

vapor, etc; condensado puro – utilizado para lavagem de cátodos; água da

torre de resfriamento – utilizada no resfriamento do Transformador/Retificador,

nas bombas de vácuo dos separadores; condensado impuro – utilizado para

div

A unidade de eletrólise, como um todo, assemelha-se a um grande

reservatório, onde ocorre a evaporação e a reposição de água para manter o

seu

hídrico da unidade de eletrólise, considerando apenas os fluxos que contribuem

para a variação do inventário de líquidos no sistema.

nível constante. A Figura 3 adiante apresenta um resumo do balanço

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Figura 3 – Diagrama do balanço hídrico da eletrólise

1

2

3

4

5

6

O

eralmente

eralmente

rincipais p

Intermitê

de purif

através

níquel. A

4/5 do

process

todo sof

UNIDADES DE PROCESSO DA

g

g

p

2

1

ELETRÓLISE

3

– Água desmineralizada : 7

– Vapor: 339t/d

– Água industrial (potável):

– Condensado puro para ca

– Condensado puro para ef

– Taxa de evaporação: 306

s desequilíbrios no inve

mais associados ao nível

mais entrada de água do

ara este problema são de na

ncia do processo de produ

icação de eletrólito. Neste

da concentração do eletrólit

concentração da solução

volume de eletrólito alim

o não está operando, a tax

re uma perda e por não se

6

2t/d

58t/d

ldeira auxiliar: 107t/d

luentes: 58t/d

t/d

ntário de líquidos no

alto do que ao nível ba

que saída por evaporaç

turezas especiais e pode

ção de sulfato de níquel

processo, a remoção do

o até o ponto de saturaçã

corresponde à evaporaç

entado no evaporador.

a de evaporação do sis

contar com um mecanis

4

5

sistema estão

ixo, isto é, há

ão. As causas

m ser:

impuro na área

níquel é feita

o do sulfato de

ão de cerca de

Quando este

tema como um

mo eficiente de

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contenção da entrada de água para manter o inventário global de eletrólito

constante, acabam ocorrendo dificuldades nas transferências operacionais

Entrada de água no sistema por vazamentos de linhas furadas, devido a

nature

incipalmente aquela que é

a Eletrólise, devido a

ços de dreno. Isto faz com que a

m mais detalhes, a entrada de

rada, isto é, aquela

ue pode ser medida por totalizadores; e a entrada não computada, constituída

basicame

A evaporação nos processos da unidade de eletrólise ocorre em

sistemas abertos, como cubas e tanques de processo, onde o condensado vai

para a atmosfera e em sistemas fechados, como evaporadores e trocadores de

calor, ond

necessárias do mesmo;

za corrosiva do processo que utiliza ácido sulfúrico como constituinte

do eletrólito;

• Entrada excessiva de água desmineralizada, pr

utilizada nas selagens de bombas, por descontrole da vazão de água

admitida;

• Um outro fato que de uma forma ou outra contribui para o desequilíbrio do

inventário é o acúmulo de eletrólito no porão d

problemas com as bombas dos po

avaliação do inventário de eletrólito fique prejudicada, dificultando o seu

gerenciamento;

Como apresentado logo adiante e

água na Eletrólise dá-se de duas formas: a entrada mensu

q

nte de condensado de vapor, que não retorna para os tanques de

condensado, por deficiência de pressão. Essa água passa então a ser

incorporada na composição do eletrólito, servindo como reposição da água

perdida por evaporação.

e o condensado formado pode ser coletado e armazenado.

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4.2 EVAP

A Tabela 1 apresenta as antidades de água evaporada em

sistemas abertos e fechados das unidades de produção da eletrólise. Entende-

se aqui por sistemas abertos aqueles em que o vapor liberado no processo de

evaporação não é condensado por equipamentos; segue para a atmosfera. Por

outro lado, o sistema fechado utiliza o equipamento para condensação do

vapor liberado, com a conseqüente possibilidade de recuperação.

evaporação em s s foi determinada, de forma

aproximada, a partir da equação que relaciona as pressões de vapor d’água à

temperatura do líquido que se evapora e do ar ambiente, considerando ar

estacionário para os circuitos CCCI, CCCII, CCCIII, CCP, DI e Paliteiro. Os

cálculos foram verificados através do cálculo da divisão da quantidade de calor

fornecido gua na temperatura de

trabalho. O cálculo da evaporação para o conjunto de cubas DE/DA considerou

a relação das pressões de vapor d’água na temperatura do líquido que se

evapora e no ar externo, em regime de movimento, a uma velocidade de

5,5m/s, nu o sistema utilizar

exaustão água nos equipamentos

denominados de LA-565-01 e MU-565-06 consideraram a quantidade de calor

para manter a água de circulação aquecida na temperatura de trabalho com

perda de 10 oC dividida pelo calor de vaporização na temperatura da água de

processo.

strando

a e

prin

telú

inje

aqu

circulação forçada, onde ocorre a concentração do eletrólito para a separação

ORAÇÃO DE ÁGUA NA ELETRÓLISE

qu

A istemas aberto

ao eletrólito pelo calor de vaporização da á

ma corrente paralela à superfície do líquido, devido

de ar. Os cálculos de evaporação da

Vale ressaltar que nesses sistemas há perda de calor por aeração e

transferência pelas paredes metálicas, além de se ter o reservatório de água

aberto, com a injeção direta de vapor vivo. O fato que ratifica o cálculo é a

baixa taxa de reposição de água durante a jornada de operação, demon

o equilíbrio do balanço. Na chamada área 564 – tratamento da lama anódica –

vaporação da água ocorre em dois processos que consideram os mesmos

cípios de cálculos descritos anteriormente. O processo de cementação do

rio ocorre com ausência de ar e o de lixiviação da lama anódica com a

ção de ar, que foi considerado para efeitos da avaliação do calor para seu

ecimento até a temperatura do vapor liberado.

Os equipamentos SEP-563-01/02 são evaporadores do tipo

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do

do

automático das variáveis de processo e todos os dados são processados e

m

efe

para o ácido sulfúrico, uma vez que não se dispunha de cartas de entalpia-

cria

de água evaporada.

Ta

sulfato de níquel, que se constitui em uma das operações para a purificação

eletrólito que circula nas cubas eletrolíticas. O sistema utiliza controle

ar azenados em computador. Os balanços de massa e energia foram

tuados da forma convencional, considerando os dados para de entalpia

concentração para a solução em questão e não era objetivo deste trabalho

r uma, apenas o que se desejava era ter uma idéia razoável da quantidade

bela 1 – Água evaporada nas unidades de processo

LOCAL t/d LOCAL t/d

CCCI 87,60 LA-565-01 9,40 CCCII 87,50 MU-565-06 7,20 CCCIII 11,10 DE/DA 16,30 CCP 12,40 Área 564 15,20

Paliteiro (1) 1,50 - - - -

Total avaliação 305,70

(1) – Dispositivo de armazenagem de barras de contatos de cobre.

Observações:

DI 5,60 SEP-563-01/02 51,90

1. As tax

notando

razoável acerto dos cálculos;

.3 CONSUMO DE VAPOR DE 6,00kg/cm2

O consumo de vapor foi calculado por balanços térmicos e os

sultados estão na Tabela 2. Os cálculos consideraram a equação clássica de

valiação da quantidade de calor, considerando as informações disponíveis

as temperaturas, da vazão mássica envolvida, das capacidades caloríficas

as de evaporação são médias e consideram as taxas de utilização

das instalações / equipamentos;

2. Como será visto mais adiante, o confronto da massa de água evaporada

com a massa computada na entrada fornece pouca diferença, de

4

re

a

d

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dos fluidos e as entalpias dos vapores utilizados nas suas respectivas pressões

o vapor. Como há diferenças nas pressões do vapor utilizados nas

subunidad

d

es do processo da eletrólise, decidiu-se transformar os consumos em

vapor de 6,00kg/cm2 para facilitar a comparação com a informação prática do

totalizador no limite de bateria da unidade.

Tabela 2 – Vapor consumido nas unidades de processo

LOCAL t/d OBSERVAÇÕES

CCCI 103,00 - - CCCII 103,00 - - CCCIII 13,00 Condensado não retorna CCP 15,00 Condensado não retorna DI 7,00 - - Paliteiro 1,00 Condensado não retorna LA-565-01 11,00 Condensado não retorna MU-565-06 3,00 Condensado não retorna Área trat. lama - Lixiviação 15,00 Condensado não retorna

Área trat. lama – Trocadores 01/02 8,00 Estimado - cond. não retorna SEP-563-01 24,00 - -

Total no totalizador de vapor 339,00

Condensados que não retornam para os tanques de condensados totalizam

cerca de 68 toneladas por dia;

4.4 CONSUMO DE ÁGUA NA ELETRÓLISE – MEDIÇÕES

Os consumos de vapor e água estão listados na Tabela 3. Os registros são

efetuados por medidores que são aferidos regularmente e possuem boa

manutenção. O consumo de água desmineralizada apresentou-se muito alto no

período de dez/00 a mar/01, porque houve problemas com o controle de vazão

da água para a selagem das bombas de circulação

Área trat. lama - Cementação 4,00 Condensado não retorna

SEP-563-02 34,00 - - Total avaliação 341,00

Observação:

do eletrólito. Os valores não

foram expurgados da média, pois representam situações que já tinham

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acontecido anteriormente, significando uma situação que ainda não tinha sido

resolvida.

A avaliação das diferenças entre os consumos nas épocas quente e fria do ano

para a região serviu apenas para verificar se os registros não apresentavam

algum tipo de problema. Conforme se vê, as diferenças apresentam o

comportamento esperado, na época quente consome-se menos vapor e no

geral mais água de reposição é utilizada, devido, evidentemente, a maior taxa

de evaporação.

Total de água de reposição é a soma da água desmineralizada (B),

condensado impuro (C) e condensado puro que vai para a máquina de

processar cátodos (LA-565-05) e posteriormente para a máquina de lavar

sse total representa

a maior parte da reposição de água, sendo que a outra parte é complementada

pelos condensados que não retornam e o vapor njetado

diretamente esso ou porqu suficiente p ncer a

altura mano para seu desc tanques de nsado.

Desse total, 6t/d de água desm as na m das

bombas de circulação dos evaporadores (B-563-14/21) e saem

da Eletrólise e 2,03t/d são utilizadas para dessuperaquecimento do vapor para

s aquecedores (AQ-563-02/03) dos separadores (SEP-563-01/02), ficando,

então, cont

equilibrar o balanço, junta-se a essas 221,00t/d as 68,00t/d

apuradas por balanço e outras fontes que podem ser identificadas, porém não

pod

sucatas e não sai da unidade, indo constituir o eletrólito. E

, ou porqu é i

no proc e a pressão não é ara ve

métrica arregamento nos conde

6,8 ineralizada são utilizad selage

para o efluente

o

abilizada como água de reposição efetivamente medida cerca de

221,00t/d. Para

em ser quantificadas.

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Tabela 3 – Medições dos consumos de água e vapor na eletrólise TIPOS

MÊS/ANO A B C D E F

Jan-00 350 49 137 110 27 213 Fev-00 338 48 150 114 36 234 Mar-00 321 56 164 99 28 248 Abr-00 342 66 119 129 25 209 Mai-00 385 53 108 157 26 187 Jun-00 423 49 77 183 21 147 Jul-00 55 83 157 15 153 325

155 ut-00 174 121 21

181 121 21 3

an-01 3 94 39 ev-01 152 49 7 ar-01 8 66 14

ÉDIA 339 133 107 26 ENTE 332 83 0 93 27 259IO 106

ferença entre as e (%)

Ago-00 301 55 97 69 33 185 Set-00 318 51 73 32 238 O 284 35 230 Nov-00 280 57 259 Dez-00 299 90 16 64 48 301 J 338 107 13 279 F 376 136 294 M 406 164 9 276

M 72 231 QU 15 FR 349 55 128 25 186

Di stações quente e fria

-5 -10 41 -27 6 39

Legenda:

Estação fria:

IPO A: Vapor de 6,00kg/cm2 para a área;

TIPO F: Água de reposição.

Estação quente:

T

TIPO B: Água desmineralizada para as bombas;

TIPO C: Condensado impuro para a área;

TIPO D: Condensado puro para a caldeira auxiliar;

TIPO E: Condensado puro para a máquina de processar cátodos (LA-565-05);

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4.4.1 Distribuição do condensado impuro

O condensado impuro é gerado principalmente no evaporador para a

concentração do eletrólito na separação de níquel, no processo de purificação.

A geração do condensado contaminado ocorre devido ao arraste de ácido com

o vapor para o condensador, geralmente associado ao controle de nível da

solução no seio do evaporador. A outra fonte de condensado impuro são os

trocadores de calor do sistema de aquecimento do eletrólito, que às vezes

apresentam problemas e contaminam o condensado, sendo estes separados

automaticamente por sistemas constituídos de condutivímetros e válvulas de

três vias. A Tabela 4 foi calculada a partir de um total de reposição de

132,60t/d. Os valores de consumo para as aplicações apresentadas foram

apurados através de algumas medições nos locais e representam apenas

aproximações do consumo real. A apuração serviu para identificar os pontos

mais relevantes para as ações de redução de consumo, haja visto a alteração

do balanço hídrico que ocorrerá com a cobertura das cubas.

Tabela 4 – Distribuição de condensado impuro na eletrólise

LOCAL DE UTILIZAÇÃO t/d

Disponibilidade média de condensado 132,60 Lavagem cubas CCC/CCP 83,50 49,10 Máquina de Estripagem 7,70 41,50

Lavagem lama FI-564 14,10 14,00 Lavagens de c

Lavagem de cubas DE/DA 13,30 28,10

ontatos 7,00 7,00 Lavagem de pisos 7,00 0,00

4.4.2 Distribuição do condensado puro

Tabela 5 apresenta a avaliação da vazão média de geração de condensado

uro no sistema. A medição pode ser considerada bem representativa das

ondições operacionais. Abaixo, faz-se a demonstração da sua utilização e

proveitamento.

A

p

c

a

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Uso do condensado puro Caldeira 107 t/d

26 t/dT 3 t/d Condensado puro alimentado no tanque 1 t/d C do puro ansbord ra UTE 8 t/d O condensado puro que transborda do tanque e que iado pa Unidade Tratamento de Efluentes deve ser mais estud ara a v cação possível aproveitamento. O que se apur icialmen que e s vezn e aos re os de q ade s dos pe ldeira o o se u ento per ntre a d anda p aldeira disponi ades nta conden s. A imp ção ec ica dis que o c nsadou de boa idade q ode e endo d rtada c todos c rentes ao mento scarte

es ao apro mento d ndens uro

LA-565-05 otal 13

19

ondensa que tr a p 5

é enva

ra a de bem do p erifi do

ou in te é ste à es fão atend quisit ualid olicita la ca u nã az

m casamnques de

feito esado

emlica

ela conôm

e asso é

bilidonde

os é

ma água qual ue p stá s esca om os ustos ine trata e de .

Restriçõ veita o co ado p pH requis 7 0 Condu h/s) 5

o d a

T a ç a n p

itado ,5 a 9,tividade (um < 1

Nível baix no tanque e condens do impuro

abel 5 – Avalia ão da ger ção do co densado uro

DATA INÍCIO DA AVALIAÇÃO

NÍVEL INICIAL

(%)

FINAL DA AVALIAÇÃO

NÍVEL FINAL (%)

VAZÃO (t/h)

01/02/02 17:14 63 20:26 75 7,5 03/01/02 05:20 63 08:40 75 7,2 05/01/02 01:32 38 05:04 50 6,8 06/01/02 21:23 38 00:43 50 7,2 08/01/02 01:24 50 04:40 63 8,0 10/01/02 23:43 88 01:40 75 8,8 12/01/02 02:56 50 06:04 63 8,3 13/01/02 20:55 38 03:39 63 7,4 25/01/02 19:52 25 02:09 50 8,0 27/01/02 20:39 38 06:29 75 11,3 29/01/02 22:15 38 01:34 50 7,2

MÉDIA 8,0

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4.4.3 Fechamento do balanço de água na eletrólise

A manutenção do nível do inventário de líquido na eletrólise dá-se

conforme demonstrado na Tabela 6.

Tabela 6 – Balanço de água na eletrólise

ENTRADA / SAÍDA t/d

Saída por evaporação 305,70

Entrada total de água 299,40

Fechamento do balanço 6,30

Considera-se o fechamento bom, dado o valor baixo da diferença de

2,06%. Algumas outras saídas e entradas não foram conside

Entrada de água (medição por totalizadores) 231,10

Entrada de água via condensado não reutilizado 68,30

radas, em função

o seu caráter eventual e dificuldade de contabilização, como: ENTRADA -

os nas linhas,

água potável utiliz tortas na centrífuga que faz a

separação negro (com mada a

água-mãe do processo de evaporação), água potável de bebedouros,

lavadores d rança, á serviço bate a

incêndio, etc; SAÍDA - retirada de ácido negro do sistema e outros efluentes.

No entanto, não alteram consideravelmente o balanço e a identificação é

uficiente para apontar as medidas necessárias para a redução do consumo

os diversos pontos.

d

água de chuva, perdas por derramamentos causados por fur

ada para lavagem das

do sulfato de níquel impuro do ácido o é cha

e olhos, chuveiros de segu gua do de com

s

n

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5 ESTUDOS PARA REDUZIR O CONSUMO DE ÁGUA

ERAÇÕES PRELIM ES

% da taxa de evaporação nas cubas,

erificada através do acompanh e to da variação do nível no tanque pulmão

m cobertas, sição de água

um ou dois graus para acelerar a

aporação e reduzir o volume de eletrólito no sistema.

que a atividade da cola

forma, os resultados dos ensaios

, conforme será d cutido

etalhadamente adiante, revelam possibilidades de controle. Abaixo, a Tabela

apresenta o quanto poderá ser reduzido em águas de reposição para se ter

um control

Ta V ad e gu istema a redução do consumo

5.1 CONSID INAR

Considerando a redução de 40

v am n

das cubas de testes, quando estas estava a repo

deverá reduzir na mesma proporção para manter o sistema em equilíbrio. O

ideal é que a redução do volume da água de reposição seja até mais rigorosa,

com o objetivo de se ter o modo de controle/correção sempre através do

mecanismo de reposição de água e não com o mecanismo da evaporação,

conforme ocorria mais freqüentemente em prática operacional anterior, em que

a temperatura do eletrólito era aumentada em

ev

A cobertura das cubas também requer

dosada no eletrólito não seja afetada. Dessa

realizados até o momento nas cubas do CIT is mais

d

7

e mais confortável do inventário de líquido na unidade.

bela 7- alores projet os de r posição de á a s no com

M

Água desmineralizad 39,a 50 Condensado para a a de es gem 7,máquin tripa 70 Água utilizada na re e produç do CCC 75,tirada d ão e CCP 10 Água utilizada na re e produç DE/DA 12,tirada d ão 00 Condensados gerad ementa e nos T 02 11,os na C ção RC-01/ 60 Água para a lavagem a A-56 7, de lam 4 00 Água utilizada na má de lavar dos 7quina cáto ,90 Água utilizada na lav dos cont 3agem atos ,50 Total previs para a ção de á nas un de 164,to reposi gua idades processo 30

ITE t/d

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Ao se cobrir as cubas, as 305,70t/d de água evaporada nas unidades

e processo da eletrólise será reduzida para 224,02t/d, pois o total de água

evaporada

ou seja, 81,68t/d. Com isso, um déficit de

posição de cerca de 40,00t/d (204,20t/d – 164,30t/d) deverá ocorrer e deverá

representar a o inventário. Para se

ter uma idéia desse benefício, observar que a taxa de evaporação dos dois

purificação do eletrólito é próxima deste valor.

com a parada de um dos separadores, ainda assim seria necessário adicionar

água no sistema para equilibrar o inventário de líquido. Em situações de alto

descontrole, aumento considerável de inventário de líquido por exemplo,

ubas (CCIII e CCP) poderiam operar descoberto

vaporação e re-equilibrar o volume de elet

ventariado no sistema. A seguir, descreve-se como serão alcançadas as

taxas de u

bombas de circulação dos separadores (B-563-14/21) e

o dessuperaquecimento do vapor da área de purificação de eletrólito. A água

tilizada nessas bombas é enviada para o sistema de coleta de efluentes da

letrólise, não afetando o volume de líquidos inventariado no sistema, portanto

ão foi computada para efeitos do equilíbrio do balanço hídrico, embora seja

ituação para estudo de caso, já que representa oportunidade de economia. As

ombas que poderão ser contempladas com um projeto de selo mecânico

uplo e pote de água totalmente instrumentado são as seguintes:

-563-02/10/11/11A/12; B-564-12/1316/17/23/24/27 e B-565-01/02/07/08.

d

nas cubas passará de 204,20t/d para 122,52t/d, considerando a

retenção de 40% da água evaporada,

re

folga esperada para melhorar o controle d

separadores da área de Mesmo

circuitos menores de c s para

aumentar a taxa de e rólito

in

so de água nas diversas operações da unidade.

5.2 REDUÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA DESMINERALIZADA

Para avaliar a possibilidade de reduzir o uso de água nas selagens

das bombas, fez-se uma listagem completa dos tipos de equipamentos

utilizados e a análise da razão de se ter escolhido o tipo de selo aplicado.

Diante disso, cada equipamento ou processo foi analisado para se avaliar

possibilidades de mudanças.

O consumo de água desmineralizada é de cerca de 72,00t/d,

conforme apresentado no histórico de consumo. Verificou-se que parte dessa

água é consumida nas

n

u

e

n

s

b

d

B

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Outras bombas utilizam água desmineralizada, como as bombas dos poços de

reno, com o objetivo de refrigerar mancais. De qualquer forma, serão

mais o consumo desse tipo de água.

5.3 UTILI

rio eletrólito. Sendo o

consumo

A vantagem que se vislumbra é que a máquina de estripagem utiliza

Uma outra vantagem é que a temperatura do condensado proveniente

diretamente do trocador de calor é maior do que normalmente se encontra no

veniente do tanque de condensado impuro, que sofre o

ue no tanque, qu

mente, o que deverá

mesmo elimin

equeno comprimento, porque

leve o condensado até a máqui

estripagem de chapas de partida e o retorno da máquina para os tanques de

circulação de eletrólito.

d

estudadas alternativas que reduzam ainda

ZAÇÃO DO CONDENSADO DO CCP COMO ÁGUA DE LAVAGEM

NA MÁQUINA DE ESTRIPAGEM

A geração de condensado no CCP é de cerca de 14,60t/d, sem

cobertura das cubas. Por questão de pressão insuficiente, o condensado não

consegue ser transferido para os tanques de condensado puro e impuro da

área de circulação do eletrólito (TQ-562-05/06), tendo que ficar retido dentro do

processo, sem uma função primária que valorize sua utilização. Atualmente,

este tem sido direcionado para o tanque de circulação de eletrólito para

reposição da água evaporada ou composição do próp

de água de processo na máquina de estripagem de cerca de 9,60t/d

e a geração de condensado no trocador de calor do CCP de cerca de 8,80t/d,

com as cubas cobertas, considera-se que a utilização desse condensado para

a máquina e, após sua utilização, seu direcionamento para os tanques de

circulação do eletrólito reduziria a demanda por água de processo nessa

operação.

atualmente o condensado contaminado e poderá contar com condensado puro.

condensado impuro pro

resfriamento devido ao tempo de permanência de estoq e está

exposto ao tempo e não é isolado termica reduzir

acentuadamente a demanda por vapor na máquina ou até ar seu

uso. Será necessário instalar uma linha de p está

muito perto do ponto de utilização, que na de

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5.4 UTILIZ

Será necessário instalar uma tubulação para direcionar o

to, deve ser

tilizada a linha existente do sistema de condensados, pois passa bem próximo

do referid

o que deverá demandar um procedimento

operacion

AÇÃO DO CONDENSADO DO CCIII COMO ÁGUA DE LAVAGEM

NA MÁQUINA DE CÁTODOS

A geração de condensado no CCCIII é de cerca de 13,10t/d. Por

questão de pressão insuficiente, o condensado não consegue ser transferido

para os tanques de condensados, tendo que ficar retido na área, sem uma

função primária que valorize sua utilização. Conforme avaliação da redução da

taxa de evaporação de 40% com a cobertura das cubas, a geração de

condensado também será reduzida na mesma proporção no CCCIII, passando

para cerca de 7,86t/d. O consumo da máquina de lavar cátodos é de cerca de

26m3/d, que poderá ser suprido em parte pelo condensado do CCCIII. Essa

utilização da água fará com que se deixe de jogar este condensado

diretamente para o piso ou para o tanque de circulação de eletrólito e reduzirá

a demanda por condensado puro do tanque de condensado puro (TQ-562-05)

e de vapor.

condensado até a máquina de lavagem de cátodo. Para tan

u

o tanque. Quando o condensado estiver contaminado, por problemas

com o trocador de calor, o condensado deverá ser, enquanto durar o problema,

redirecionado para o tanque de circulação de eletrólito do CCCIII. A reposição

de condensado pelo CCCIII deverá ser contínua, devido a sua característica de

continuidade de geração,

al que preveja espaço no tanque da máquina de lavar cátodos para

receber essa água. A água descartada na máquina deverá ser então

direcionada para o tanque da máquina de lavar sucata de ânodo, como é feito

atualmente. A utilização desse condensado deverá reduzir o consumo de vapor

na máquina de lavar cátodos, devido a sua maior temperatura. Quando

misturar com o condensado residual do tanque haverá a tendência de

aquecimento e melhores condições para a lavagem dos cátodos.

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5.5 RECUPERAÇÃO DOS CONDENSADOS DA ÁREA DE TRATAMENTO DE

LAMA ANÓDICA

Atualmente, os condensados são direcionados para o dique dos

Os condensados são liberados aparentemente com boa pressão, o que

significa boas possibilidades de redirecionamento para os tanques de

condensa

o contaminado) são utilizadas para a lavagem da lama anódica nos

filtros, sen

timentos.

espessadores, somando-se ao inventário de líquido da unidade de eletrólise.

dos. Se isto for possível, o condensado não mais ficará retido na

unidade e haverá redução de cerca de 11,60t/dia no inventário de líquidos. O

direcionamento do condensado para os tanques de condensado deverá

possibilitar melhor gerenciamento do inventário de líquidos da unidade de

eletrólise. Uma outra opção interessante seria a de armazenar este

condensado no tanque de preparação de carga de lama para a torre de

lixiviação (TQ-564-21) para oportunamente ser utilizado como água de lavagem

das tortas da lama anódica.

5.6 REUSO DA ÁGUA DE LAVAGEM NA FILTRAÇÃO DA LAMA ANÓDICA

Atualmente, em média, cerca de 14,00t/d de água de processo

(condensad

do a água alimentada de forma contínua por um determinado tempo.

A idéia é de recircular um certo volume da água de lavagem, com o objetivo de

aumentar sua utilização e aumentar seu rendimento. Nesses processos,

normalmente um determinado volume do total utilizado possui a maior

concentração de contaminantes e o restante apresenta concentração de

contaminantes bem menor, conforme pode ser visualizado na Tabela 8, que

apresenta a coleta da água de lavagem em intervalos de 15 minutos. Dessa

forma, cerca de 50% do volume de água deverá ser descartado e o restante do

volume deverá ser armazenado e servirá para a fase inicial da lavagem da

batelada seguinte. Na área de tratamento de lama anódica, percebe-se boa

flexibilidade de equipamentos para adotar tal sistema de aproveitamento de

água, sem maiores inves

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Tabela 8 – Avaliação da concentração de ácido sulfúrico na água de lavagem nos filtros-prensa

H2SO4 (g/l) TEMPO (min) TESTE 1 TESTE 2 TESTE 3 TESTE 4

15 27,47 6,8 12,59 3,15 30 6,04 4,93 10,81 1,44 45 7,79 3,57 8,75 2,77

5.7 REDUÇÃO DA UTILIZAÇÃO DA ÁGUA DE LAVAGEM NOS CIRCUITOS

DE CUBAS COMERCIAIS E CHAPAS DE PARTIDA

Após cumprir o ciclo de produção de cerca de 11 dias, os cátodos de

todas as 40

0 2,81 1,85 0,65 2,97

60 5,18 3,57 4,88 1,48

cubas do grupo são removidos para lavagem, pesagem e

destinaçã

utilização de

proximadamente 2,00t de água de processo por cuba. Portanto, é preciso

erificar formas de se empurrar a lama para o dreno da cuba para reduzir a

uantidade de água utilizada atualmente, de cerca de 40,00t por grupo. Para

o para a produção de vergalhão ou para venda na forma de placas.

Os ânodos que cumpriram cerca de 22 dias de operação, que devido ao plano

de operação ocupam um semigrupo de 20 cubas, também são removidos para

lavagem e pesagem, constituindo-se na sucata de ânodo que volta para a

fundição para constituir a carga fria do processo de conversão, como forma de

recuperação do cobre. A lavagem das cubas na retirada de produção tem

como objetivo retirar a lama anódica (rica em metais preciosos), gerada

durante o processo de eletrorefino, para se fazer o pré-tratamento e a sua

comercialização. Além disso, retiram-se os nódulos de cobre caídos no fundo

das cubas, que são resultados dos trabalhos de inspeção e eliminação dos

curtos-circuitos entre os eletrodos. A lavagem é efetuada com água de

processo, que tem como características principais pH 1,0 e temperatura em

torno de 60oC, pois é proveniente do vaso de pressão, que é alimentado com o

condensado do tanque de coleta de condensados contaminados (TQ-562-06).

Alguns acompanhamentos de retirada de produção indicaram a

a

v

q

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tanto, foram consideradas as seguintes premissas a serem obedecidas na

lise da situação: aná

Não se deve demandar maior esforço para o operador do que se demanda

atualm

Não se deve criar efeitos colaterais para o processo;

• Não se deve aumentar o tempo de retirada da produção;

• Deve-se ter praticidade operacional.

água de processo, para tentar diminuir o tempo de

esgotamento da cuba e, conseqüentemente, o consumo de água;

• Colocar uma tela no fundo da cubas, de modo que possa ser suspensa no

final do ciclo e a lama ser facilmente escoada com o auxílio de menor

quantidade de água;

lito deverá ser regulada para permitir o

máximo desempenho de remoção de sólidos e segurança da operação. A

água seria utilizada apenas para remover os sólidos persistentes ao final de

ente. Se for possível reduzi-lo, será melhor;

• Não se deve demandar maior custo do que se demanda atualmente;

• Não se deve criar riscos de acidentes;

Foram concebidas as seguintes recomendações e idéias:

• Utilizar uma espécie de esfregão que seria manuseado pelo auxiliar de

produção para ajudar a empurrar a lama para o dreno da cubas, a partir do

início da drenagem do eletrólito e, após isto, ser utilizado também

juntamente com o jato de

• Utilizar um agitador que promova a suspensão dos sólidos e facilite o

escoamento pelo dreno da cubas. A água seria utilizada apenas para

completar a remoção do material persistente, diminuindo, dessa forma, o

seu consumo;

• Utilizar uma bomba submergível portátil para promover a suspensão dos

sólidos no eletrólito durante a operação de drenagem da cuba, através da

recirculação do eletrólito dentro da própria cuba, de forma que facilitasse o

escoamento de líquido e sólidos pelo dreno. As linhas de sucção e de

recalque da bomba deveriam ter uma lança de aço inoxidável para que o

operador pudesse movimentá-las no fundo das cubas e criar a condição de

turbulência necessária, enquanto estivesse mergulhada no eletrólito. A

vazão de drenagem do eletró

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todo o escoamento do eletrólito da cubas, o que reduziria bastante o seu

consumo;

• C nsiderar o conceito apresentad nterior e utilizar a própria água

ces mov ência no fundo da cubas. A mangueira

d /4” utilizada at nte dever

cilitar o direcionamento do fluxo de

oncentração de telúrio no eletrólito

• Utilizar eletrólito diluído dos tanques pulmão (TQ-562-07/08) de eletrólito da

área de circulação de eletrólito para ajudar a empurrar a lama para os

drenos das cubas. Será necessário instalar um sistema de linhas

semelhante ao do condensado impuro, que possui pontos para engate

rápido das mangueiras perto dos grupos de cubas. Alguns cuidados de

segurança para manuseio do eletrólito deverão ser considerados a partir do

projeto. Dentre estes, pode-se citar os seguintes: utilizar dispositivos mais

seguros para permitir ou interromper o fluxo do fluído durante a operação,

como por exemplo instalar válvulas globo leves, de fechamento rápido, no

lugar do procedimento atual de dobrar a mangueira e prendê-la em um

pedaço de tubo; outra proposta seria a de se aumentar o número de pontos

para interligação das mangueiras, evitando-se, assim, o trabalho de arrastar

os mangotes por longos percursos; utilizar um tubo de aço inoxidável de

cerca de um metro, servindo como extensão do mangote, para que o jato

inicial de eletrólito seja direcionado para o fundo da cubas, reduzindo a

possibilidade de perda de direção, como ocorre atualmente. A água

continuaria a ser utilizada somente para a lavagem final dos contatos

elétricos das cubas.

o o na idéia a

de pro so para pro er a turbul

e 3 ualme á ser dotada de um tubo de aço inoxidável

de cerca de 1m em sua ponta, para fa

água por toda a extensão da cuba. A c

deve ser acompanhada para ver se ocorre alguma solubilização.

Das idéias acima expostas, no processo de análise, algumas foram

descartadas de imediato por não atenderem as premissas estabelecidas. As

que foram testadas utilizando água de processo não resultaram em redução de

consumo de água e as que não puderam ser testadas, por indisponibilidade de

equipamentos e materiais e por apresentarem custos elevados, foram

descartadas. Como o jateamento com líquido apresenta bom resultado, optou-

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se por considerar, por enquanto, a opção de se jatear com eletrólito diluído em

substituição a água, prevendo-se um sistema semelhante ao instalado para a

form as águas de lavagem

líquido

circ

remoção da lama anódica das cubas. Dessa forma, o orçamento contemplará

preliminarmente esta opção.

ERTAS

ten

con

sen tação das

cubas estava dois graus Celsius menor do que a prática normal. Chegou-se a

conclusão de que a temperatura do eletrólito, nos níveis apontados, não

poderia ocasionar alterações sobre tiouréia, cloreto e o floculante, em função

das propriedades desses produtos. O aditivo que reconhecidamente sofre

ele

Alg

conhecer o efeito da variação da temperatura na concentração do residual da

l

inte

con

sob

cub

alim

zon

25/

tra

ele

água de processo (condensado impuro). Vale ressaltar que o eletrólito diluído é

ado pela mistura do eletrólito de processo e

utilizadas em vários pontos da unidade de eletrólise, constituindo-se em

ulante do processo, que passará a ter também a função de auxiliar na

5.8 COMPORTAMENTO DA COLA COM AS CUBAS COB

Ao se avaliar as razões para a redução da eficiência de corrente na

tativa anterior de se cobrir as cubas da eletrólise, verificou-se que todas as

dições de processo estavam sendo obedecidas. Todos os aditivos estavam

do dosados corretamente e a temperatura do eletrólito na alimen

alterações imediata em sua estrutura e na função que exerce no processo de

trólise do cobre é uma proteína de origem animal, denominada de cola.

umas verificações foram realizadas nas cubas do CIT, com o objetivo de se

co a no eletrólito. O resultado das observações pode ser resumido na

rpretação do gráfico do COLLAMAT (aparelho que determina a

centração do aditivo no eletrólito, através da interpretação da curva de

repotencial catódico), na Figura 3 adiante, quando o CIT operou com as

as cobertas, variando-se apenas as temperaturas do eletrólito de

entação. Para efeito de melhor compreensão, o gráfico foi dividido em três

as: a primeira vai de 13h 26min do dia 24/09/2001 até as 01h 04min do dia

09/2001, onde se observa a concentração da cola no eletrólito de

nsbordo (saída) da cubas e quando se operou com a temperatura do

trólito de alimentação em 65,5oC; a segunda vai de 05h 00min do dia

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25/

concentração da cola no eletrólito de alimentação (imediatamente antes de

65, o

me o

sal

exp 2 2

ope de cola

acima do que normalmente deveria ser praticada (400g/d contra 350g/d). No

se

dos

ava

Cu 2 4

deg

res

65, o o

na

per

alim o

tem

com

Fig

rvações preliminares foram feitas para as condições

operacionais atuais da unidade de eletrólise, buscando-se definir os

parâmetro

o

o

09/2001 até às 09h 00min do mesmo dia, apresentando apenas a

entrar na cubas), com a temperatura do eletrólito de alimentação ainda em

5 C; e a terceira vai de 11h00min do dia 25/09/2001 até às 21h 26min do

smo dia, quando a temperatura do eletrólito foi reduzida para 63,5 C. Vale

ientar que a observação foi feita em uma condição em que se

erimentava densidade de corrente de 291A/m , 7A/m acima da condição de

ração nas cubas comerciais, operando-se com uma dosagem

entanto, como os resultados objetivados eram apenas qualitativos, considerou-

que seria até recomendável essa prática para permitir melhor visualização

efeitos. A composição do eletrólito foi mantida constante durante toda a

liação, considerando as faixas operacionais dos principais constituintes:

= 40 a 45g/l; H SO = 180 a 190g/l; Ni = 17 a 20g/l e As = 12 a 16g/l.

Conforme pode ser visto, a concentração de cola sofre realmente

radação com o aumento da temperatura do eletrólito. A concentração

dia da concentração de cola no eletrólito de transbordo ficou

pectivamente em cerca de 0,20mg/l e 0,55mg/l para as temperaturas de

5 C e 63,5 C, para praticamente o mesmo tempo de residência do eletrólito

cuba, denotando a influência da temperatura. Vale ressaltar que durante o

íodo referenciado como primeira zona, a temperatura do eletrólito de

entação chegou até a 68 C, devido a defeito no sistema de controle da

peratura do eletrólito, provocando um vale no gráfico de acompanhamento,

concentração mínima de cola de 0,13mg/l, conforme apresentado na

ura 4.

Algumas obse

s de ajustes necessários para se operar com as cubas cobertas,

como apresentadas a seguir:

• A redução da temperatura do eletrólito entre a alimentação e o transbordo

na situação normal de operação é de cerca de 3 C em média, enquanto que

com as cubas cobertas a variação é de cerca de 1 C;

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49

• A concentração de cola no eletrólito, no transbordo das cubas, para os

padrões atuais de operação (densidade de corrente = 285A/m2,

temperatura do eletrólito de alimentação de 65oC e cubas descobertas)

ficou na faixa de 0,40 - 0,50mg/l, enquanto que com as cubas cobertas esta

concentração caiu para 0,15mg/l, ao se manter a mesma temperatura.

Quando a temperatura do eletrólito de alimentação foi reduzida em 2oC, a

concentração de cola deverá ficar na faixa de 0,30 – 0,40mg/l. Reduzindo

em 3oC, a concentração tendeu a se estabelecer na faixa de 0,40 –

0,50mg/l.

onadas com

aracterísticas particulares de operação no CIT. Fatores como vazão do

eletrólito,

Deve ser advertido que estas observações estão relaci

c

vazão da dosagem dos aditivos, a própria qualidade da cola (teor de

proteína, solubilidade, etc.), concentração de ácido no eletrólito, etc são

diferentes em outros circuitos e podem não repetir fielmente as observações

descritas acima. Por isso, a cobertura das cubas deve merecer cuidados e

monitoramento. Evidentemente, algumas refinarias podem ter chegado a um

bom padrão operacional na base da tentativa e erro, que se quer evitar aqui. O

trabalho de observação no CIT deverá ter continuidade para se estabelecer o

controle em caráter de repetição para dar maior consistência ao estudo. De

forma conservadora, a adoção da prática no circuito de produção comercial

deverá ser precedida de operação em um circuito com um menor número de

cubas instaladas. Dessa forma, foi pleiteada a instalação de um dos aparelhos

do COLLAMAT no CCCIII, para se experimentar o controle efetivamente em

campo, sem maiores riscos de perdas de produção. Após a instalação do

aparelho, e estando o rendimento do circuito satisfatório sob o ponto de vista

de produção e qualidade, será feito o monitoramento da concentração da cola

no eletrólito do transbordo com as cubas descobertas, até se ter definido a

condição operacional, que deverá estar na faixa considerada normal de 0,40 a

0,50mg/l. A partir daí, sempre com o monitoramento contínuo, será feita a

redução da temperatura e o ajuste da dosagem da cola para restabelecer a

condição com as cubas descobertas.

Vale alertar que este estudo não visa necessariamente a redução do

consumo de cola na unidade de eletrólise e sim a redução do consumo de

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água, vapor e melhoria do conforto ambiental. De qualquer forma, o

COLLAMAT instalado no CIT pode ser utilizado para a verificação da qualidade

de qualquer cola que se queira verificar, considerando até mesmo estudos para

redução do consumo. No trabalho atual, comparativamente com o que

normalmente acontece no circuito de cubas comerciais, verificou-se a utilização

de cola em excesso para atingir concentração média no eletrólito de

alimentação entre 1,3mg/l (limite superior da faixa recomendada pela empresa

alemã Norddeutsche Affinerie) e 2,0mg/l, pois para se atingir esta condição

praticou-se 174g/t de cátodo, enquanto no circuito comercial a quantidade de

cola dosada estava em torno de 150g/t de cátodo. A utilização de cola em

excesso pode estar relacionada a sua qualidade intrínseca, propriamente dita,

ou a forma de preparação.

A fim de se procurar entender o que pode ter causado a degradação

da cola na experiência passada, mesmo com a redução da temperatura do

eletrólito

ra na região de saída, no topo da cubas. Isto se dá em função do

percurso

ximo 1oC entre o fundo e o topo da cuba,

demonstrando, conforme esperado, a maior conservação de energia nessa

situ

res

me o. Durante a primeira

de alimentação em 2oC, estudou-se o perfil da temperatura do

eletrólito na cubas de produção, conforme apresentado no apêndice no final

deste trabalho, onde a cuba foi mapeada em 9 áreas, sendo 3 no sentido

longitudinal e 3 no sentido transversal. Na análise do perfil das temperaturas,

verifica-se que com as cubas descobertas, referentes aos grupos 07, 11, 08,

09, 06, 12, 15, há grandes variações de temperatura, sendo que a maior

amplitude de temperatura, de 3,3oC, dá-se entre o fundo (mais quente) e o topo

(mais frio) das cubas, como evidentemente esperado, praticamente em

qualquer região longitudinal escolhida, com média de 2,7oC. As maiores

temperaturas estão na região de entrada, no fundo da cubas, e a de menor

temperatu

que o eletrólito tem que fazer durante sua passagem pela cubas e a

perda de calor no topo pelo processo de evaporação. Nas cubas cobertas,

referentes aos grupos 04, 10, 05, 16, 14, as diferenças de temperatura entre as

regiões são menores, no má

ação. O que se depreende destas observações é que a quantidade de calor

idente com as cubas cobertas é maior do que com as cubas descobertas,

smo com a redução de 2oC no eletrólito de alimentaçã

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experiência de cobertura das cubas pode ter acontecido outros fatores, que

puderam ser avaliados por indisponibilidade de informações, comnão

alte

dos

o

ração da qualidade da cola dosada, má preparação do aditivo para a

agem e deficiência não percebida da vazão da bomba dosadora.

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Figura 4 – Gráfico da concentração de cola no eletrólito no COLLAMAT – cubas cobertas – temperaturas alteradas

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Figura 5 – Detalhe da zona 1 da Figura 4.

Pode-se ver o efeito do aumento da temperatura do eletrólito de alimentação

na redução da concentração do residual da cola no eletrólito de transbordo da

uba.

c

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6 VALORES PRELIMINARES DE INVESTIMENTOS

ara se ter uma noção preliminar de custo e benefício dos projetos, levantou-

e as necessidades de investimentos e os respectivos valores dos materiais e

ão-de-obra necessários para a execução das modificações propostas. Não se

onsiderou custo com detalhamento de engenharia, porquanto são

odificações simples e o próprio corpo técnico da empresa poderá

mpreendê-las. As execuções das modificações ficariam a cargo de empresas

ue têm contratos em vigor, que serve como referência para o custo da mão-

e-obra.

.1 VALORES PARA AS MODIFICAÇÕES PROPOSTAS NOS ITENS 5.3 A 5.5

onforme já descrito, as modificações são de natureza simples, requerendo-se apenas a instalação de tubulações e acessórios aproveitando as estruturas xistentes. A Tabela 9 apresenta a lista de materiais e os respectivos valores ara as modificações propostas.

abela 9 – Necessidades para as modificações de projeto

P

s

m

c

m

e

q

d

6

C

ep T

NECESSIDADE UM QTD VALOR UNTÁRIO

VALOR TOTAL

Materiais em aço inoxidável 316L (R$) (R$) Tubo, diâmetro de 2" m 450 54,32 24.444,00 Tubo, diâmetro de 1.1/2" m 150 89,35 13.402,50 Curva 90º, diâmetro de 2" 12 23,56 282,72 Curva 90º, diâmetro de 1.1/2" 25 24,41 610,25 Válvula diafragma, diâmetro de 2" 01 560,31 560,31 Válvula retenção, diâmetro de 2" 01 513,92 513,92 Flange, diâmetro de 2" 02 113,36 226,72 Flange, diâmetro de 1.1/ 2" 02 74,47 148,94 Parafuso 5/8" x 3.1/2" 32 3,66 117,12 Porca sextavada 5/8" 32 1,98 63,36 Parafuso 1/2" x 2.1/4" 32 4,59 146,88 Porca sextavada 1/2" 32 1,58 50,56 40.567,28 Mão-de-obra Caldeireiro 03 1.801,80 5.405,40 Soldador 01 2.041,20 2.041,20 7.446,60

TOTAL GERAL 48.013,88

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6.2 VALORES PARA O ITEM 5.7

A Tabela 10 apresenta o levantamento das necessidades de materiais e mão-

e-obra para a proposta de projeto para utilização do eletrólito diluído em

ubstituição à água (condensado impuro) na função de escoar a lama anódica

as cubas, conforme descrito no item 5.7 deste trabalho. O projeto é idêntico

o existente do sistema que utiliza condensado impuro, contando-se já com

da a documentação de engenharia necessária.

abela 10 – Levantamento das necessidades do item 5.7

d

s

d

a

to

T

NECESSIDADE UM QTD VALOR UNTÁRIO

VALOR TOTAL

Materiais em aço inoxidável 316L (R$) (R$) Tubo, diâmetro 3" m 100 166,97 16.697,00 Tubo, diâmetro 2 1/2" m 265 115,48 30.602,20 Tubo, diâmetro 3/4" m 75 36,35 2.726,25 Vaso de pressão 01 20.000,00 20.000,00 Bombas com base 02 24.000,00 48.000,00 Válvulas diafragma 3/4“ 15 106,85 1.602,75 119.628,20

Mão-de-obra Caldeireiro 02 1.801,80 3.603,60 Soldador 01 2.041,20 2.041,20 Mecânico 01 1.990,80 1.990,80 7.635,60

TOTAL GERAL 127.263,80

O item 5.6 deverá contar com a utilização de tanques e bombas da área 564,

endo o investimento praticamente marginal.

.3 RESUMO DOS INVESTIMENTOS

Tabela 11 apresenta um resumo dos valores dos investimentos propostos,

onsiderando recurso para contingências na ordem de 10% do valor a ser

tilizado em cada tipo de projeto e, adicionalmente contingências gerais de

0% para dar maior segurança na avaliação econômica.

s

6

A

c

u

1

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Ta ela 11 – Demonstrativo dos custos dos projetos b

PROJETOS VALOR (R$) Selagem de bombas 145.800,00 Recuperação e reuso de condensados 52.815,00 Retirada de lama das cubas 139.990,00 Subtotal 338.605,00 Contingências gerais 33.860,00

TOTAL 372.465,00

Observações:

• Aqui já estão contemplados os custos com serviços necessários para a

execução das modificações;

es bastante simples e pela previsão se utilizar apenas um

em tecidos, pois quase todas as peças de

de uso. Pode ser

necessár ntação e re te . N ,

não se tem ainda um tempo prático de reposição de estoque de tecidos

a a iaç on r

• Não foram computados custos com engenharia por se considerar as

modificaçõ

projetista, que faz parte do quadro fixo da empresa, para projetar aquilo que

ainda não se tiver projeto;

Não se incluiu investimento •

tecido compradas algum tempo atrás estão em condições

io uma compleme posição pos riormente o entanto

para ser levado a um fluxo de caixa n val ão ec ômica do p ojeto.

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7 AVALIAÇÃO DA ECONOMIA COM A COBERTURA DAS CUBAS

uperadora de calor é gerado

penas com a finalidade de resfriar os gases da fundição, condição necessária

ssim, a poluição

atmosférica por dióxido de enxofre. Para efeito de simplificação dos cálculos,

considerou-se apenas o custo com óleo b n a

auxiliar, por ser mais relevante dentre os outros custos, como por exemplo:

custo com produtos químicos, custo de manutenção, etc.

7 XA DE EVAPORAÇÃO & EC O A

Dados: Taxa de utilização da caldeira auxiliar = 52,00%

mo específico de óleo 72 g/t

r do óleo combustível = 38 R$

Tabela 12 – Economia com a redução da utiliza

A avaliação da economia com a adoção da cobertura das cubas leva em

consideração apenas a utilização do vapor da caldeira auxiliar, que substitui a

caldeira de recuperação de calor do forno de fusão quando esta fica

impossibilitada de operar. Portanto, considera-se que somente há custo nesta

condição, pois o vapor produzido na caldeira rec

a

para serem convertidos em ácido sulfúrico, evitando-se, a

com ustível consumido a caldeir

.1 REDUÇÃO DA TA ON MIA ESPER DA

Consu = ,00k Valo 6,65 /t

ção da caldeira

REDUÇÃO ECONOMIA (R$/a) REDUÇÃO ECONOMIA (R$/a)

5% 60.477,09 55% 665.247,94 10% 120.954,17 60% 725.725,02 15% 181.431,26 65% 786.202,11 20% 241.908,34 70% 846.679,20 25% 302.385,43 75% 907.156,28 30% 362.862,51 80% 967.633,37 35% 423.339,60 85% 1.028.110,45 40% 483.816,68 90% 1.088.587,54 45% 544.293,77 95% 1.149.064,62 50% 604.770,85 100% 1.209.541,71

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7.2 ECONOMIA COM A REDUÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA

DESMINERALIZ

desmineralizada para a selagem das

bombas será de cerca de 40,00t/d. Com o custo interno da água

desmineralizada apurado em 1,31US$/t, temos um valor projetado de

$51.640,00/ano, para a taxa de câmbio de 2,7 $.

7.3 OUTRAS ECONOMIAS

ionado anteriormente, ainda há mais

exe

(B-

consomem cerca de 110,00t/d de água da torre de resfriamento n0 03. Esta

de

tam

ele

de mia

levante. Para se ter uma idéia da ordem de grandeza de valores, o custo total

esta água é composto pelo seu custo de acondicionamento na torre

,22US$/m3), pelo seu custo de tratamento na unidade de tratamento de

fluentes (2,44R$/m3) e pelo custo do seu descarte para a CETREL de

,32R$/m3. Uma avaliação do desempenho da torre de resfriamento deverá

dicar em que nível se encontra seu ciclo de concentração e as providências

ecessárias para reduzir ou eliminar este custo. Outros desperdícios estão

lacionados com procedimento operacional inadequado, estado de

onservação de válvulas e instrumentos deficientes, etc.

ADA

A redução do consumo de água

0 R$/USR

Conforme já menc

oportunidades para redução do volume de água utilizada na eletrólise. Um

mplo relevante é o consumo de água de selagem das bombas de vácuo

563-20/23) dos separadores da unidade de purificação de eletrólito, que

água entra na selagem das bombas e vai para a UTE (Unidade de Tratamento

Efluentes), para evitar a possibilidade de contaminação da torre que

bém fornece água para a refrigeração dos transformadores/retificadores da

trólise. Se este descarte for maior do que o necessário para manter um ciclo

concentração bom na torre de resfriamento, poderá haver econo

re

d

(0

e

0

in

n

re

c

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7.4 VALOR TOTAL DA ECONOMIA

Considera-se que a operação com as cubas cobertas deverá trazer

uma economia de cerca de R$480.000,00 (economia com vapor) e de cerca de

R$50.000,00 (economia com água desmineralizada), perfazendo o total anual

de R$530.000,00. Este valor é o mínimo que se considerou neste trabalho,

uma vez que a quantidade de vapor que se deixará de utilizar nas máquinas de

lavar cátodos e de estripar chapas de partida não foi computada.

7.5 TEMPO DE RETORNO DO INVESTIMENTO

Baseado nos valores dos levantamentos efetuados até o momento e

s benefícios esperados, tem-se que o tempo de retorno do investimento

de 8

eses.

8 CO

O estudo considera a economia que poderá ser obtida a partir do

grau da retenção de 40% de vapor com as cubas cobertas, com o tipo de

100% de

retenção u de

conservação de energia, sem efeitos colaterais para o processo. Uma delas é a

utilização d s de resina

térmica do s atuais de ve com folha . Há

inclusive re s que pr ão m uso de s as

característic s instalaçõ ce permitem m ação

do calor. Na unidade de eletrólise desta empresa, outras medidas poderiam

resultar em redução do consumo de vapor, por exemp ques

e condicio to de eletr cobertos, revestir linhas de condução

e eletrólito com mantas isolantes.

no

deverá ser de R$373.000,00 / R$530.000,00/ano = 0,7 ano ou cerca

m

NSIDERAÇÕES FINAIS

tecido experimentado. Evidentemente, será muito difícil obter

, mas provavelmente deverá haver formas de aumentar o gra

e cuba polimérica, que apresentam menor condutividade

que a concreto, re stidas s de chumbo

finaria aticamente n faze vapor, poi

as da es e dos pro ssos aior conserv

como lo: manter tan

namen ólito sempre d

d

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Uma questão que vale a pena ser comentada é a da tarefa de cobrir

e descobrir cubas quando das atividades de retirar curtos e retirar produção.

onsidera-se que possa ser desenvolvido um dispositivo motorizado de enrolar

e desenro

ode começar pelas

odificações mais simples e aquilo que não tiver ainda o detalhamento

lhado paralelamente.

dos contatos não está adequada para tal tarefa. Os contatos vêm apresentando

sulfatização acentuada e desgaste aparente por corrosão ácida, o que aumenta

vida dos barramentos de cobre. Esta é uma questão que também deve ser

trabalhada, ou com a troca do tipo de água para a tarefa ou a melhoria de sua

da Eletrólise. Talvez haja forma de se fazer um gerenciamento dessa água, de

05) de condensado puro estiver alto, evitando-se que essa água limpa seja

enviada diretamente para a UTE (Unidade de Tratamento de Efluentes).

bombas é a grande

uantidade de baritina (desmoldante de ânodos) presente na lama anódica.

ste assunto estará sendo tratado desde a sua origem, isto é, a partir da

plicação do desmoldante no ânodo, na roda de moldagem.

C

lar o tecido que estiver cobrindo um grupo.

Conforme relatado, as propostas aqui apresentadas devem ser

avaliadas e melhoradas naquilo que puder simplificá-las e torná-las menos

onerosas. O planejamento de implantação do projeto p

m

necessário, poderá ser traba

Tem-se observado que a água de processo utilizada para lavagem

a resistência dos contatos, o consumo de energia e reduz o tempo médio de

qualidade, etc. Em algumas ocasiões, pode-se ver o tanque de condensado

puro (TQ-562-05) transbordando para o dique, que vai dar no poço de efluentes

forma que se faça o alinhamento deste condensado para o vaso de pressão

(VP-562-02) de condensado de processo quando o nível do tanque (TQ-562-

Uma questão que de uma forma ou outra contribui para o descontrole

do inventário é o problema operacional com as bombas dos poços de dreno

dos circuitos de cubas. Quando não se é possível bombear o eletrólito (mais

lama anódica) para os espessadores, este fica inventariado no porão,

falseando a determinação do inventário. Um diagnóstico preliminar apontou

que o fator responsável pelo desgaste freqüente das

q

E

a

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61

9 Conclusão

Este estudo verificou as condições para a operação com as cubas eletrolíticas

cobertas

nte pela taxa

de evaporação do eletrólito nas cubas, representando a principal saída de água

o sistema, e pela entrada de água utilizada em diversas operações. Com a

o com a cobertura das cubas,

estudou-se a contrapartida para a redução de entrada de água no sistema.

Assim, identificaram-se formas de redução da utilização de água, considerando

lavagens, que durante geração nos trocadores de calor passam a constituir o

eletrólito circulante do sistema, através do seu encaminhamento para um poço

entral de águas drenadas, sem um aproveitamento primário da água. A

e vapor será de 42,90%, sem considerar a

economia que deverá ocorrer com a redução do consumo de vapor nas

máquinas

condensado, com temperatura média de 108 C. Os projetos considerados

deverão reduzir o consumo de água em cerca de 40% e são de fácil

unidades de processo.

apresentou redução da sua concentração

no eletrólito de cerca de 0,35mg/l com o aumento da temperatura do eletrólito

de 63,5 a 65,5oC. Diante disto, para a operação da eletrólise com as cubas

por tecido sintético, em um processo de obtenção de cobre. As

premissas para operação na nova situação são a adequação do balanço

hídrico da unidade de eletrólise e a preservação da atividade de um aditivo

(cola animal) utilizado no eletrólito no refino eletrolítico.

Atualmente, o balanço hídrico da unidade é regulado principalme

d

pretendida redução de 40% na taxa de evaporaçã

principalmente o reaproveitamento de condensados, para operações de

c

redução esperada do consumo d

de estripar chapas de partida e lavar e pesar cátodos, em função da

substituição da água de processo, com temperatura média de 60oC, pelo o

exeqüibilidade, não devendo interferir na continuidade operacional das

Para avaliar o efeito da conservação do calor (ocasionada pela cobertura da

cuba) na atividade do aditivo cola animal, que é importante para a orientação

da cristalização do depósito e para a obtenção da eficiência de corrente

pretendida no refino eletrolítico do cobre, estudou-se o seu comportamento em

uma unidade piloto constituída de 4 cubas, utilizando-se um aparelho de

monitoramento em linha, patenteado pela empresa alemã Norddeutsche

Affinerie. Verificou-se que o aditivo

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cobertas

m as cubas descobertas.

Além dos

o de óleo combustível na

caldeira, c

Durante a apuração do balanço hídrico das unidades de processo da eletrólise,

verificou-se que alguns fluxos de água não afetavam o controle de inventário

vácuo, mancais de bombas verticais ou de selagem de bombas centrífugas.

não trabalham em circuito fechado e são enviadas para a UTE, representando

oportunidades de estudos para aplicação do conceito dos 3 R (Reduzir, Reusar

e Reciclar

pela facilidade de movimentá-lo durante as operações de inspeção e remoção

m ser feitas por

câmera de infravermelho, pois o tecido não impede a exposição da zona

quente provocada pelo aquecimento da área afetada, o que também se

haverá a necessidade de redução da temperatura do eletrólito de

alimentação e um ajuste da dosagem do aditivo cola animal para manter sua

concentração residual em cerca de 0,55mg/l no eletrólito que sai da cuba, que

vem a ser a concentração atual aditivo na operação co

benefícios econômicos, gerados com a economia anual de cerca de

R$530.000,00, com o retorno do investimento previsto para oito meses, haverá

o benefício ambiental com a redução do consumo de água em cerca de 42%,

preservando o lençol freático de onde a água é captada para ser utilizada nos

processos da empresa, e a redução do consum

om os efeitos imediatos da conservação de um recurso natural não-

renovável e a redução da poluição atmosférica no local.

10 Recomendações

de líquidos, portanto não foram considerados para fins de projeto de controle

ou redução. A função principal dessas águas é a de refrigeração de bombas de

Para tanto, utiliza-se água de torre de resfriamento, água industrial e água

desmineralizada. Por questão de peculiaridades dos processos, essas águas

). Além disto, conforme citado neste trabalho, aponta-se como perda

o transbordo de cerca de 50m3/d de condensado puro que é enviado para a

UTE, portanto não é utilizado em operações na unidade de eletrólise e não é

enviado para aproveitamento na caldeira.

A razão principal de se considerar a cobertura das cubas por tecido sintético é

de curtos-circuitos e retirada de produção com a troca de eletrodos. As

inspeções de curtos-circuitos com as cubas cobertas pode

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constitui em uma vantagem operacional, pois não obriga o operador descobri-

las para executar essa tarefa. Além disto, a cobertura por tecido é um

investimento bem menor do que uma estrutura mais rígida e pesada. O que se

vê de oportunidade é o estudo para aumento da conservação de energia, além

do que é apresentado nesta monografia, avaliando-se outras rotas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICE – METOD

Levantar os valores de temperaturas de eletrólito das cubas eletrolíticas

2 -

1.1 ca Rochester; modelo Diamond; faixa de

trabalho de –200oC a 1370oC; precisão de ± 2oC; resolução do display

1.2

1.3 01 cronômetro digital;

1.4

1.5 01 dispositivo de posição de madeira.

3.1

Termoresistência

Dispositivo de madeira para fixação

meio e fundo da cuba

OLOGIA TÉCNICA

METODOLOGIA TÉCNICA

1 - OBJETIVO

relacionadas com as suas correspondentes vazões.

APARELHAGEM

01 calibrador eletrônico; mar

de ± 1 digit;

01 termoresistência tipo PT-100; comprimento de 1250mm;

01 dispositivo tampão;

3.- PROCEDIMENTO

– Montar a aparelhagem conforme o croqui abaixo:

calibrador OC

das posições superior,

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3.2 – Uma vez montada a aparelhagem, escolha aleatoriamente 12 cubas

3.3 – Calcule a vazão de cada cuba escolhida com o auxílio do dispositivo

tampão e do cronômetro. Para isso pressione o dispositivo tampão no

pela divisão do fator adimensional 456 pelo tempo

o modelo do dispositivo tampão:

Haste de referência

Tampão

3.4 – Realize 09 medições de temperaturas de eletrólito por cuba, em 03

locais (na entrada, no centro e na saída) e em 03 profundidades

(superior, centro e fundo) diferentes conforme esquemático adiante:

para as medições de temperaturas e vazões.

ralo da caixa de transbordo e com o cronômetro meça o tempo de

enchimento da caixa até a haste de referência. Calcule então a vazão

da cuba

cronometrado e tem-se o resultado da vazão em l/min.. Abaixo temos

2

3

1 1

2

3

1

2

3

chapa de partida ânodo de cobre caixa de transbordo

Ralo

cuba com eletrólito

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4 – RESULTADOS OBTIDOS

As medições realizadas, conforme o item 3, estão registradas adiante: GRUPO N0: 07 CUBA N : 20A VAZÃO: 17,0l/min

Posição oC na entrada C no centro oC na saída

O

o

1-Superior 61,4 60,4 61,9 2-Meio 64,1 63,9 63,9 3-Fundo 64,6 64,2 64,4

Média 63,4 62,7 63,4

GRUPO N0: 11 CUBA NO: 1B VAZÃO: 22,8l/min

Posição oC na entrada oC no centro oC na saída 1-Superior 62,3 61,9 61,7 2-Meio 64,2 64,0 63,0 3-Fundo 64,0 64,2 64,1

Média 63,5 63,4 62,9

GRUPO N0: 08 CUBA NO: 20A VAZÃO: 30,0l/min

P centro oC na saída osição oC na entrada oC no 1-Superior 63,4 60,7 61,5 2-Meio 63,7 63,5 63,5 3-Fundo 63,7 63,9 63,8

Média 63,6 62,7 62,9

GRU CUBA NO: 20A VAZÃO: 13,5l/min

Posição oC na entrada oC no centro

PO N0: 04

oC na saída 58,0 61,3

1-Superior 63,8 58,9 2-Meio 62,3 61,9 3-Fundo 61,7 61,8 61,8

Média 62,6 60,9 60,4

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GRUPO N0: 10 CUBA NO: 20A VAZÃO: 16,3l/min

Posição oC na entrada oC no centro oC na saída perior 63,4 57,9 1-Su 60,0

2-Meio 62,3 62,3 61,5 3-Fundo 62,7 62,6 61,9

Média 62,8 60,9 61,1

PO N0: 05 CUBA NO: 20A VAZÃO: 15,1l/min

Posição oC na entrada oC no centro oC na saída perior 63,5 60,7 59,5

GRU

1-Su2-Meio 62,7 62,6 60,7 3-Fundo 62,5 62,3 61,7

Média 62,9 61,9 60,6

GRUPO N0: 09 CUBA NO: 1B n

Posição oC na entrada oC no oC na saída

VAZÃO: 8,5l/mi

centro 1-Superior 63,7 57,9 60,8 2-Meio 64,6 64,3 64,8 3-Fundo 64,9 64,5 65,0

Média 64,4 62,2 63,5

GRUPO N0: 06 CUBA NO: 20A VAZÃO: 22,5l/min

Po en entro sição oC na trada oC no c oC na saída 1-Superior 62,4 58,9 60,3 2-Meio 63,6 63,5 63,4 3-Fundo 63,8 64,0 63,7

Média 63,3 62,1 62,5

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GRUPO N0: 16 CUBA NO: 1B VAZÃO: 23,0l/min

Posição oC na entrada oC no centro oC na saída 1-Superior 64,8 61,7 62,3 2-Meio 63,8 63,5 62,3

ndo 63,7 63,7 62,6 Média 64,1 63,0 62,4

GRUP 0 2 NO: 20A VAZÃO: 26,0l/min

Posição oC na entrada oC no centro oC na saída

O N : 1 CUBA

3-Fu

1-Superior 64,6 60,7 62,3 2-Meio 64,0 63,9 63,6

ndo 64,2 64,1 64,1 Média 64,3 62,9 63,3

GRUP 0 5 NO: 2B VAZÃO: 18,0l/min

Posição oC na entrada oC no centro oC na saída

O N : 1 CUBA

3-Fu

1-Superior 61,2 62,8 62,5 2-Meio 63,8 64,5 63,7

ndo 64,5 64,4 64,4 Média 63,2 63,9 63,5

GRUP 4 NO: 20B VAZÃO: 21,0l/min

Posição oC na entrada oC no centro oC na saída

O N0: 1 CUBA

3-Fu

1-Superior 58,0 59,5 60,9 2-Meio 62,7 61,9 61,4 3-Fundo 63,0 62,1 62,2

Média 61,2 61,2 61,5