Josué - Convenção Batista...

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Josué: revelações de Deus através da história Pr. Jonas Vieira Lima Revista de Jovens e Adultos da Convenção Batista Fluminense Ano 14- n° 54 - Julho / Agosto / Setembro - 2017

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Josué: revelações de Deus através da históriaPr. Jonas Vieira Lima

Revista de Jovens e Adultos da Convenção Batista Fluminense

Ano

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07 PALAVRA DO REDATORPRINCÍPIOS PARA UMA LIDERANÇA EFICAZ

LIÇÕESSUMÁRIO LIÇÕES

02 CONGRESSO MULTIPLIQUE

03 PRIMEIRAS PALAVRASMOTIVOS PARA NÃO DESISTIR

05 CONGRESSO DE EBDPIB CALEME

06 CONGRESSO DE EBDSIB CABO FRIO

09 FESTA DA PRIMAVERA

10 REFIPA 2017 - RETIRO DE FILHOS DE PASTORES

11 APRESENTAÇÃOPR. JONAS VIEIRA LIMA

SUBSTITUINDO AQUELE QUE

CONHECEU A DEUS FACE A FACE12A GRANDE DIFERENÇA:

A COMPANHIA DE DEUS16O IMPOSSÍVEL ESTÁ

NO DOMÍNIO DE DEUS20

AS ESTRATÉGIAS INICIAIS24

O PECADO: PREÇO PARA A DERROTA28

VOLTANDO À LEI DE DEUS32JOSUÉ É USADO NA INTERVEN-

ÇÃO DO CURSO DA NATUREZA36CHEGOU A HORA DE RECEBER

AS TERRAS DA PROMESSA!40RECOMPENSA PARA

A FELICIDADE44

BÊNÇÃO ALCANÇÁVEL48

O ALTAR ACEITÁVEL POR DEUS52OBEDECER: SEMPRE A MELHOR OPÇÃO56

ESCOLHENDO DEUS60

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PRIMEIRAS PALAVRAS

MOTIVOS PARA NÃO DESISTIRQuando Jesus convidou pes-

soas para o seguirem, foi muito autêntico e sincero dizendo: “Se alguém quer vir após mim, negue--se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lc 9.23). Diante dessa advertência, que não oferece facilidades nem vantagens materiais, como vemos e ouvimos em alguns programas de televisão ou igrejas, precisamos preservar a fidelidade ao Senhor, independente das circunstâncias.

Se você, que é um cristão au-têntico, mas pelas lutas, dificulda-des e circunstâncias desfavoráveis da vida, tem pensado em desistir da fé e de seguir a Cristo, gosta-ria que pensasse comigo sobre al-guns motivos para não desistir, mesmo que você esteja em meio a grandes lutas.

O primeiro motivo para não desistir é porque caminho da fé em Cristo é o caminho da vida. Mesmo não sendo fácil, permane-cer na presença de Deus é o único caminho que nos leva à vida. Embo-ra muitos prefiram o caminho largo e se iludam com outros caminhos mais convenientes. A Bíblia é clara

quanto aos caminhos que não são de Deus, mas são de morte:  “Há caminho que ao homem parece di-reito, mas ao cabo dá em caminhos de morte” (Pv 14.12).  Permanecer no comunhão de Deus é o único caminho que nos leva à vida e nos livra da morte espiritual, pois este é o caminho da salvação, da vida eterna e não há outro. Não é “um caminho alternativo”, é “O Cami-nho”, veja o que disse Jesus: “Res-pondeu-lhe Jesus: Eu sou o cami-nho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Sair desse caminho é aban-donar o único que pode conduzir para a eternidade.

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O segundo motivo para não desistir é porque o caminho de Deus é o caminho da bênção e da Glória de Deus. Não confunda nem limite a bênção de Deus às bênçãos materiais! Nem sempre a glória de Deus será vista nos momentos de triunfo, pois esse pensamento está errado. Veja o testemunho de Este-vão, Atos 7.55,56 “Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus.” Estevão estava sendo apedrejado e morrendo injustamente, mas ao in-vés de reclamar e blasfemar, disse que via a glória de Deus e os céus abertos. Não existe maior bênção do que a presença de Jesus...

O terceiro motivo para não de-sistir é porque o caminho de Deus é o caminho onde você encontra consolo e proteção. Proteção é uma promessa de Deus (Sl 37.28).

Mesmo quando enfrentamos ad-versidades, o consolo da presença de Deus traz contentamento e sa-tisfação, mesmo que estejamos so-frendo injustamente, como em uma prisão, como ocorreu com Paulo e Silas (At 16.24-25).

Quando somos crentes em Cris-to e perseveramos, não estamos isentos de lutas e sofrimento, mas

nos sentiremos satisfeitos, com-pletos é o único caminho em que somos consolados, pastoreados, cuidados pelo próprio Deus e mais que vitoriosos em Cristo, pois o seu amor e graça nos será suficiente.

Se não desistimos recebemos o descanso do Senhor que nos pas-toreia: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarrega-dos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11.28-29).

O maior benefício de quem não desiste é ter a verdadeira vitória que é estar ao lado de Deus e obede-cer à Sua vontade e as orientações eternas. Não se preocupe apenas com as coisas passageiras, que Je-sus chamou de “tesouros da terra, que a traça e a ferrugem destroem” (Mt 6.19-29). Os tesouros dos céus que representam a nossa real vitó-ria, não podem ser tirados de nós, são dados pelo próprio Deus me-diante nossa fé em Jesus Cristo, nosso Único, Suficiente e Eterno Salvador.

Pr. Amilton VargasDiretor Executivo da CBF

Membro da PIB Universitária

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O livro de Josué contém princí-pios revelados pelo Senhor para que o líder Josué levasse o povo a con-quistar a Terra Prometida. Esses prin-cípios são os mesmos que o Espí-rito Santo revela à Igreja e líderes com vistas ao seu crescimento. Va-mos aprender os princípios que fi-zeram de Josué um grande líder:

1. PRIMEIRO PRINCÍPIO: OUVIR A VOZ DE DEUS (v. 1)

“Deus muda o curso da histó-ria através da seleção de homens e mulheres que agem em seu nome”. (Isaac Lim)1

Josué não ficou apavorado com a nova situação e nem saiu fazendo as coisas do seu jeito. A primeira coisa que ele fez foi procurar ouvir a Deus.

Muitas vezes, diante dos desafios da vida, queremos encontrar o cami-nho sem buscar a Deus. Por isso fra-cassamos. Deus sempre tem uma di-reção para nós. Só precisamos parar para ouvi-lo!

2. SEGUNDO PRINCÍPIO: DIS-CERNIR A VISÃO DE DEUS PARA A NOSSA VIDA (v. 2)

1 - Conferência Regional – Página 17 - © Copyright 2006 – International Leadership Institute2 - Conferência Regional – Página 24 - © Copyright 2006 – International Leadership Institute

“ V i s ã o é uma ima-gem do futu-ro que produz paixão”. (Bill Hybels)2

O chama-do de Deus para Josué foi claro. Deus não o esta-va chamando para outra coisa, senão para cruzar o Jordão e conduzir o povo à terra pro-metida. Aquela era a meta de Deus para a sua vida. Josué tinha absoluta certeza daquilo que Deus queria da sua vida.

Qual é a paixão da sua vida? O que inflama o seu coração? A visão de Deus para sua vida está relacio-nada com aquilo que lhe pesa no co-ração. Qual é a visão de Deus para sua vida?

3. TERCEIRO PRINCÍPIO: ESTA-BELECER METAS CLARAS (vv. 3,4)

Para sermos conquistadores, te-mos que ter metas claras em nossa vida. Por isso Deus estabeleceu os

PALAVRA DO REDATOR

PRINCÍPIOS PARA UMA LIDERANÇA EFICAZ

Josué 1.1-8

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limites da terra que deveria ser con-quistada por Josué e seu povo.

Você tem metas claras para sua vida pessoal, familiar, profissional e ministerial? Você tem uma lista ob-jetiva de propósitos pelos quais es-tá orando todos os dias e trabalhan-do? Se você não sabe aonde quer chegar, provavelmente não chega-rá a lugar algum. Deus nos dá a vi-são clara para o ministério e para a Igreja, aonde ela deve ir e como.

4. QUARTO PRINCÍPIO: ENTEN-DER O VALOR DO ESFORÇO E DO ÂNIMO (vv. 6,7,9)

Deus repetiu três vezes a or-dem para que ele se esforçasse e tivesse bom ânimo. Sem essas duas virtudes, ninguém conquista grandes coisas.

No primeiro capítulo de Josué constam as instruções que Deus deu ao seu servo que agora assumia a li-derança do seu povo. No verso 3 há a promessa: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé vo-lo tenho da-do”. Em seguida, por quatro vezes o Senhor disse a Josué: “Esforça-te e tem bom ânimo!” (vs. 6, 7, 9 e 18). Sem a atitude de coragem e disposi-ção para lutar e tomar posse da terra as conquistas não se concretizariam.

Deus falou para Josué ser forte, ter coragem e ânimo. O desânimo é contagioso. Foi por causa dele que to-da uma geração de 2 milhões de pes-

soas morreram no deserto. Sem âni-mo ninguém se levanta na crise. Sem ânimo ninguém cruza o Jordão. Sem ânimo ninguém enfrenta o inimigo. Sem ânimo ninguém toma posse da terra prometida. Sem ânimo não se restaura casamento. Sem ânimo não se evangeliza nem se experimenta o avivamento da Igreja.

5. QUINTO PRINCÍPIO: DEDI-CAR-SE À PALAVRA DE DEUS (v. 8)

Um dos grandes segredos para as vitórias espirituais é o amor e a obe-diência à Palavra de Deus, por isso Josué fez uma aliança com a Palavra. Segundo o texto, precisamos ter três atitudes com a Palavra:

Estudar – “Medita nele dia e noite”;

Proclamar ou declarar – “Não se aparte da tua boca o livro desta lei”;

Praticar – “para que tenhas cui-dado de fazer tudo o que nele está escrito”.

Que o Senhor nos ajude a enten-dermos e praticarmos esses princí-pios fielmente, a fim de desfrutarmos de todas as conquistas que Ele pla-nejou para nós.

Pr. Marcos Zumpichiatte MirandaRedator da Revista P&V

Diretor do Departamento de Educação Religiosa da CBF

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QUEM ESCREVEU

O autor da carta aos Hebreus afirma no início de seus escritos: “Havendo Deus, antigamente falado muitas vezes e de mui-tas maneiras aos pais pelos profetas, a nós falou nestes dias pelo filho.’’(Hb 1.1). Des-taca-se nesse texto que no passado Deus falou de diferentes maneiras. Não houve um modo único do falar de Deus. Na história ou através da história Deus também falou. Ele é o Senhor e condutor da história e através dela Deus revelou, também, o seu divino propósito. O domínio sempre está no con-trole de Deus.

O sexto livro da Bíblia é o primeiro que traz o nome do seu próprio autor como tí-tulo: Josué. Ele era filho de Num, da tribo de Efraim. Seu nome era Oséias (Nm 13.8), mas Moisés mudou o seu nome para Josué (o seu nome em hebraico é Yeshua que sig-nifica Javé é Salvação) e o ungiu como seu sucessor (Nm 13.16; 27.18-23). O livro deve ter sido concluído a sua escrita em 14a.C. Deus encontrou em Josué o instrumento ideal para começar a fazer-se conhecido através da história, nas suas divinas revela-ções. A personalidade de Josué certamente foi fortalecida pelo seu companheirismo e lealdade a Moisés, seu antecessor.

A História de Israel e daqueles povos que os cercavam, contada através de Josué, apresentava um momento altamente signi-ficativo porque representava a concretiza-ção da promessa da terra prometida, cuja esperança futura foi repassada de geração a geração, marcada especialmente pela vida dos patriarcas.

Nas lições com o título geral: Josué – revelações de Deus através da história, o nosso Deus nos inspirou para que cada uma das treze lições seja percebida como uma revelação especial de Deus. Certamente no livro de Josué existem muitas outras reve-lações de Deus. Aprouve a Ele destacar es-sas treze revelações contidas nestas lições, como, também, segredos especiais de Deus, vivenciados por Israel na liderança de Josué.

APRESENTAÇÃO

Pr. Jonas Vieira Lima exerceu por 53 anos o ministério pastoral nas seguin-tes igrejas: PIB Tatuí - SP; Vila Mariópolis - RJ; Parque Flora, Nova Iguaçu - RJ; Gardênia Azul, Jaca-repaguá - RJ; Ponte Preta, Queimados - RJ; Pau dos Ferros - RN; Missão Batista Sete Riachos - RJ; Nova Mangaratiba - RJ; PIB do Teixeira, Itaguaí - RJ; PIB Brisamar, Itaguaí - RJ.

Presidiu as associações regionais: Sul do Estado de São Paulo, Nordeste Carioca (BC), Jacarepaguá (BC), Oeste do Rio Grande do Norte e verdes mares (FL).

Graduado em Teologia pelo Seminário Batista do Sul do Brasil – Turma /1963. Licen-ciado em Filosofia. Professor aposentado de Filosofia pela Universidade de Mogi das Cruzes – SP. Professor de História, sociologia e filoso-fia. Professor aposentado da Prefeitura do Rio de Janeiro. Professor de Teologia Sistemática e Filosofia na Faculdade Evangélica Teológica Seminário Unido, em Itaguaí - RJ.

Exerceu mandato no conselho deliberativo da CBF e foi convidado pela área de comunica-ção para ser um dos escritores de artigos do “Escudeiro Batista” – órgão oficial da Conven-ção Batista Fluminense.

No dia 10 de dezembro de 2016 foi cele-brado na PIB de Itaguaí, o “Culto de Jubilação Pastoral”, em que o Pr. Jonas encerrou suas atividades pastorais na Igreja local.

Casado com a Sra. Rosemary Macedo Lima e pai de Solange, Marcos, Vania, Jonatas e Jac-queline, todos envolvidos com o Reino de Deus.

12•12

LIÇÃO 1DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico: Josué 1.1-8

SUBSTITUINDO AQUELE QUE CONHECEU A DEUS FACE A FACE

Substituir uma pessoa em qualquer atividade é uma grande responsabilidade. Pode significar ocupar um lugar cuja pessoa não correspondeu ao desejado, por isso surge uma nova perspectiva de êxi-to, na figura do novo ocupante. Ou pode acontecer de uma pessoa bem sucedida no seu trabalho não ter condições, por razões diversas, de prosseguir e por isso precisa ser substituído. Nesta situação gera uma expectativa de no mínimo ha-ver continuidade do bom nível ante-riormente praticado.

Poderia ser considerado difí-cil uma possível necessidade de substituição do líder Moisés. Deus continuava fazendo acontecer o

seu divino plano de entregar ao seu povo Israel, a terra prometida. Josué era parte deste projeto e o justificou por sua fé e fidelidade a Deus. Quando na missão, transmi-tida por Moisés de espiar a terra prometida, junto com Calebe man-teve a sua fé de que com Deus to-das as coisas são possíveis.

Agora, ele tem que experimen-tar a responsabilidade de substituir o líder do povo de Israel, Moisés, que havia sido escolhido pelo pró-prio Deus. Quanto a Moisés, o texto de Êxodo 33.11a, assim se refere: “...E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo...” Moisés tinha perfeita comunhão com Deus.

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Agora Deus já havia convocado Moisés à sua presença e, a partir desse momento, Josué deveria assu-mir a liderança do povo de Israel na etapa final da conquista da terra pro-metida. Josué não poderia frustrar as expectativas de Deus a seu respeito. Grandes eram as suas responsabi-lidades pela visão de Deus sobre a vida e ministério de Moisés.

Josué passa a ocupar o lugar do homem que Deus falava com ele no mesmo nível de um amigo, conforme a linda referência: “...face a face”. Moi-sés teve esse padrão de comunhão com Deus. Josué precisava manter esse nível, porque as etapas e con-quistas que iriam seguir precisavam de um homem que conhecesse bem o seu Deus e Josué foi este homem.

1 – Confiando na conquista integral (v.1-4)

O livro de Josué, no seu primeiro versículo, registra uma das mais lin-das declarações que podem ser pro-nunciadas quanto ao relacionamento de uma pessoa com Deus: “...o Se-nhor falou a Josué...” Tudo fica mui-to diferente a partir do momento em que Deus fala com Josué. É o seu momento de assumir aquela posição que o povo já conhecia, e que eles tiveram a consciência de que não teriam mais a presença de Moisés e sua consequente liderança. Haveria uma continuidade que não poderia ser interrompida, e Josué era este instrumento que Deus iria usar e que possuía sensibilidade espiritual para ouvir a voz divina e praticar os planos traçados por Ele.

Certamente Josué já poderia praticar a declaração que no futuro estaria registrado no livro de Deus: “... tudo é possível ao que crer”. Confiar em Deus é aceitar sem qualquer res-trição que Ele fará acontecer aquilo que Ele determinou. Agora era a hora da conquista da terra prometida, mas ela não poderia ser parcial, porque Deus nunca abençoa parcialmente, mas a confiança estava na conquis-ta total do espaço físico determinado por Deus para o povo de Israel.

No início da caminhada para a terra prometida, o povo de Israel teve também que ultrapassar um obstá-culo que parecia impossível: o Mar Vermelho.

Agora quase uma nova geração de israelitas tinham que atravessar o rio Jordão. A exemplo do povo de Deus no passado, podemos ter hoje o nosso Mar Vermelho ou rio Jordão tipificados em obstáculos que imagi-namos ser impossíveis de serem ven-cidos. Não temos que olhar para os nossos recursos, mas para aqueles que o próprio Deus nos disponibiliza para que a vitória seja alcançada.

Josué somente tinha que obede-cer ao Deus e Senhor da natureza e cumprir o determinado: “...passa este Jordão”. Tudo ia acontecer vitoriosa-mente ao modo de Deus.

A experiência da intervenção divi-na na travessia do rio Jordão, estava assegurada para todo o povo, que ou-tra vez iriam conhecer na prática que eles estavam sendo conduzidos pelo próprio Deus na travessia do Jordão. Não era um privilégio restrito para Josué, mas todo o povo iria conviver com esta especial revelação de Deus.

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Deus já havia prometido a Moi-sés que todo o lugar onde a planta dos pés dos israelitas pisasse seria território deles. Agora Deus reafirma sua promessa a Josué, para que ele marchasse confiantemente que Deus faria cumprir suas promessas ante-riormente anunciadas.

A fidelidade de Josué ao seu Deus deveria ser refletida em condu-zir os seus comandados a alcança-rem somente os limites traçados pelo próprio Deus: (1) Desde o deserto até este Líbano; (2) Desde o rio Eufra-tes à toda terra dos heteus; (3) Até o grande mar para o poente do sol. A vitória final estava antecipadamente assegurada, desde que fossem rigo-rosamente observados os limites dos planos divinos.

2 – Liderança sustentada por Deus (v.5 e 6)

Certamente Israel enfrentaria ini-migos teoricamente mais fortes. E es-tes, confiando no seu poder, tinham como certo a vitória sobre os Israe-litas. Mas rapidamente os exércitos inimigos tiveram que reconhecer que não havia como resistir a um povo na liderança de Josué. Ali estava a ação especial de Deus.

Moisés teve uma vida modelar de comunhão com Deus. Substituí-lo era se colocar no lugar daquele que fala-va com Deus face a face. Deus não deixa que Josué se sinta enfraque-cido, mas revela ao novo líder que a sustentação divina seria no mesmo nível da que havia sido concedida a Moisés. Por isso Josué iria perceber que Deus nunca o deixaria e nunca o desampararia. Poderia sempre contar com o seu Deus.

Josué era o instrumento escolhido por Deus que precisava sempre estar consciente de que ele conduziria o povo de Israel à possuir a terra pro-metida. Deus garante a Josué de for-ma contínua essa especial certeza.

Oscilações na caminhada pode-riam até projetar manifestar-se. Para esses momentos que poderiam pare-cer difíceis, era preciso empregar to-das as forças e ter coragem especial na convicção de que os obstáculos poderiam ser superados, pois era o próprio Deus que estava sustentando a Josué no seu trabalho.

3 – A necessária fidelidade ao Livro de Deus (v.7 e 8)

Quando o apóstolo Paulo escre-veu a sua segunda carta ao seu filho na fé, o jovem pastor Timóteo, disse: “...sabes as sagradas letras, que po-dem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2Tm 3.15).

Para todo o tempo, incluindo os dias de Josué, especialmente sobre a liderança é preciso também dizer: “...sabes as sagradas letras”. Esse co-nhecimento nitidamente experimental deve ser o reflexo natural da fidelida-de ao Livro de Deus.

Essa busca constante deveria mar-car a vida de Josué, porque não pode-mos ensinar o que não conhecemos. O líder deve ser o primeiro exemplo de fidelidade ao Livro de Deus.

Moisés trabalhou o coração de Josué no conhecimento do Livro da Lei de Deus. A atitude de Josué não poderia ser apenas de conhecer inte-lectualmente a Lei. Toda forma de seu cuidado devia ser para obedecê-la.

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Há um princípio que se ajusta muito a essa realidade: “...a liderança se efe-tiva pelo exemplo”.

Ensinar sobre a Lei seria exce-lente, mas os liderados deveriam perceber que ele era o primeiro a obedecê-la.

Há sempre o perigo de seguir tendências que tirem o foco daquilo que verdadeiramente deve ser en-sinado sobre o Livro de Deus. Josué precisava estar em constante vigilân-cia para que nada o conduzisse para um desvio no sentindo da direita ou da esquerda. A explicação do Livro de Deus é sempre feita pelo próprio Livro de Deus.

Certamente era desejo do cora-ção de Deus que Josué fosse bem sucedido, a exemplo do que aconte-ceu com Moisés. Essa situação era consequência de atitudes espirituais anteriormente adotadas e nunca de acontecimentos instantâneos.

É preciso uma boa semeadura para ser bem sucedido naquilo que realiza. O trabalho de Josué era muito especial, porque era projeto de Deus e para a glória de Deus.

A nossa alma precisa de forma continuada ser alimentada. Josué, como qualquer outra pessoa, possuía as mesmas necessidades espirituais. Nada pode substituir o Livro de Deus. Meditar nele dia e noite é ter nutrien-tes espirituais para todo o tempo. O Livro de Deus não pode ser um ins-trumento de consultas ocasionais. A permanência na meditação, procu-rando ouvir Deus, produzirá os resul-tados que evidenciarão a fidelidade ao Livro de Deus.

Para pensar e agir:- Continuamos crendo que para

Deus todas as coisas são possíveis?- Qual é o nível de nossa comu-

nhão com Deus? Caminhamos para o nível de Moisés que falava face a face com Ele?

- Deus está podendo falar conosco?- O que significa para nós: confiar

em Deus?- Como transpor os nossos “Mar

Vermelho e rio Jordão”?- Sobre Timóteo, o apóstolo Paulo

declarou: “sabes as sagradas letras”. Neste assunto, o que é possível dizer sobre nós?

- Meditar na Palavra é ter os nu-trientes espirituais para todo o tempo. Tenho essa consciência?

- Não te mandei eu? Essa foi a pergunta de Deus para Josué. Se esta interrogação nos for feita, o que Deus pode esperar de nós?

- Esforça-te, “tenha bom ânimo”, “não tenha medo”, “não te assustes”. Estamos prontos a nos apropriarmos dessas receitas divinas?

- Que revelação especial de Deus percebi nesta lição?

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Êxodo 24.13; Dt 1.38

Terça: Gênesis 15.17-18

Quarta: Êxodo 3.12; Isaías 43.2 e 5

Quinta: Hebreus 13.5; Dt 31.22-23

Sexta: Deuteronômio 27.22-23

Sábado: Salmos 1.2; Dt 31.7-8

Domingo: Jeremias 1.8; Salmos 27.1

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DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico: Josué 2.1-24

A GRANDE DIFERENÇA: A COMPANHIA DE DEUS

Chegou o momento de come-çar as ações da conquista da terra prometida, e Josué precisava tomar atitudes para efetivar sua liderança junto ao povo.

Israel estava envolvido na con-quista da terra prometida, sem ser uma potência militar comparada às maiores nações de sua época. As vitórias poderiam parecer surpreen-dentes e os inimigos jamais imagi-nariam que elas pudessem acon-tecer. Havia uma grande diferença que marcava o povo de Israel, que não poderia ser comparada com nenhuma habilidade de qualquer povo. Israel possuía a companhia de Deus.

O que faz a grande diferença é quem está conosco. Iremos apren-der nesta lição que quando desfruta-mos da companhia de Deus, haverá sempre uma grande expectativa de que o melhor irá acontecer.

1 – Inimigos não podem intervir com sucesso (v.1-7)

Josué assume a responsabilida-de de uma operação de alto risco. Os espias precisavam ir e voltar de forma segura. Era indispensável que assim ocorresse. Outros povos poderiam ter usado do mesmo pro-cedimento e não alcançaram o re-sultado desejado. Mas Josué estava confiante de que a companhia de Deus seria a grande diferença.

1.1 – O risco assumido (v.1)Os espias foram e entraram na

casa de uma prostituta. Tinham que entrar em alguma casa, mas não poderia ser em qualquer casa. O local escolhido tinha o comprome-timento moral que poderia colocar em dificuldade qualquer pessoa, mas também seria menos interro-gado por ser um lugar comum de entrada e saída de pessoas. Seria

LIÇÃO 2

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impossível ficar circulando pelas ruas fazendo suas observações de espias. A casa de Raabe, por estar na parte alta do muro, servia como um ótimo local de observação para espiona-gem. Foi compensador a escolha daquela casa. Os enviados de Josué passaram a possuir preciosas infor-mações. Eles assumiram consciente-mente o risco na certeza do resultado final altamente abençoador que Deus faria acontecer.

1.2 – O reconhecimento da pre-sença dos espias não alterou o pla-nejamento israelita (v.2-3)

Chega ao conhecimento oficial de que havia estranhos na casa de Raabe, que não eram moradores de Jericó, e certamente eram homens israelitas em comissão de espiona-gem. O rei de Jericó, usando de sua autoridade, determina que aqueles homens sejam retirados da casa de Raabe. Podia parecer que tudo che-garia ao fim, se a ordem do soberano fosse rigorosamente cumprida. No entanto, o planejamento israelita não foi alterado; os espias já podiam vi-ver aquela expressão que mais tarde o apóstolo Paulo iria pronunciar da parte de Deus: “... portanto que po-deremos dizer diante dessas coisas? Se Deus é por nós quem será contra nós?” (Rm 8.3).

1.3 – Estratégias vitoriosas: Deus estava nelas (v.4-7)

O nosso Deus sempre será sobe-rano, podendo adotar os caminhos que desejar, porque eles serão sem-pre os melhores.

Tudo indica que Raabe deveria ser uma senhora simples do seu

povo, não era nenhuma estrategista militar. Os espias precisavam ser integralmente preservados, sem so-frer qualquer dano que pudessem afetar as suas vidas. Nas estraté-gias vitoriosas adotadas por Raabe estavam as marcas da companhia de Deus, sugerindo os caminhos corretos que foram: (1) Raabe es-conde os espias em lugar difícil de serem percebidos, no terraço supe-rior; (2) Raabe sugere que aqueles espias poderiam ter ido embora du-rante a noite; (3) Ela sugere a perse-guição aos espias na suposição de que ainda estariam em algum lugar que poderiam ser alcançados.

2 – Reconhecimento até dos que não conheciam a Deus (v. 9-11)

O novo diálogo dos espias com Raabe revelam que as manifestações de Deus através do seu povo ao lon-go da caminhada não ficaram restri-tas apenas ao próprio povo de Israel. Naquele tempo não havia os meios modernos de comunicação do nosso tempo, em que todos podem saber de tudo no momento em que está acontecendo. Mas do jeito de Deus os seus feitos chegavam ao conheci-mento daqueles que o Senhor dese-java alcançar.

Raabe começa a reconhecer que durante toda a jornada de Israel em direção à Terra Prometida a compa-nhia de Deus com o seu povo tornou possível vencer todos os obstáculos.

O povo de Jericó não conhecia Deus em sua experiência pessoal e Raabe estava junto neste mesmo sentimento. A expectativa do seu povo era que não poderiam resistir

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ao Todo Poderoso, por isso havia entre eles um desânimo generaliza-do. Há um destaque especial entre os moradores de Jericó que tiveram conhecimento de Deus ter feito secar o Mar Vermelho para que seu povo passasse a pé enxuto, e vencer os reis dos amorreus Siom e Ogue, mes-mo Israel não sendo uma nação de poderio militar.

O reconhecimento dos que ainda não conheciam a Deus era que diante dos fatos que agora conheciam, Deus naturalmente entregaria também aquela terra para o povo de Israel, e no momento próprio eles não teriam como resistir às ações de Deus. De-claração final do reconhecimento “... o Senhor nosso Deus, é Deus em cima do céu e embaixo da terra” (v. 11b).

3 – Raabe e espias celebram acordos

Os espias viviam momentos es-pecialíssimos em Jericó. A difícil missão que deveriam cumprir foi acompanhada a cada momento com a preciosa presença de Deus. Nun-ca tinha conhecido antes a pessoa Raabe, mas nesse encontro, eles perceberam como a providência de Deus trabalhou todos os detalhes para que tudo desse certo.

O convite para celebrar acordos com Raabe estava nos planos de Deus. Quando da conquista de Jeri-có, Deus já havia decidido abençoar Raabe, e por extensão a sua família, por ela ter se colocado disponível para ser parte dos planos de Deus para a conquista de Jericó. Quanto aos acordos celebrados, havia uma condição comum que deveria ser

praticada tanto por Raabe como pe-los espias: as duas partes deveriam ser absolutamente fiéis aos compro-missos mutuamente assumidos.

3.1 – Segurança total para a fa-mília de Raabe

Quando na tomada de Jericó, esta família deveria ser alvo de ações de bondade. Não deveriam ser alcança-dos pelas sanções que atingiriam o restante da população. A vez de cada membro da família de Raabe seria in-tegralmente preservada.

– cumprimento dos acordos: os espias não seriam denunciados às autoridades de Jericó.

Esta parte deveria ser cumprida por Raabe. Ela não poderia deixar de cumpri-lo porque se acontecesse o contrário, ficaria comprometida as ações que beneficiariam sua vida e de sua família.

– O sinal material do socorro: o cordão vermelho na janela pela qual desceram os espias.

No tempo de Deus a conquista de Jericó iria acontecer. Deus é sempre fiel em cumprir as suas promessas. Israel seria orientado de que ao che-gar em Jericó deveria haver preserva-ção e cuidados especiais para a famí-lia que estivesse na casa cujo cordão vermelho estivesse na janela.

– Toda a família deveria estar na casa de Raabe.

Para serem alcançados pela bên-ção, a condição básica seria todos permanecerem na casa de Raabe. Se alguém estivesse em outro lugar, res-ponderia por sua própria segurança e sua vida não seria preservada.

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3.2 – Deus é sempre fiel! O Senhor seria glorificado na

conquista de Jericó e aqueles espias confirmados como mensageiros de Deus. Isso fica evidente nas bênçãos que Raabe e sua família alcançaram.

4 – Companhia divina: presença constante (v.15-16 ;22- 24)

Não havia qualquer dúvida para os espias de que Deus é socorro bem presente na angústia. Nesse momen-to eles estão na etapa final da presen-ça deles em Jericó. As últimas provi-dências são tomadas para o retorno deles. Deus continua usando a vida de Raabe para que as estratégias aconteçam com absoluta segurança.

A narrativa dos textos de Josué 2.15-16; 22-24 revela a companhia divina, mas com precioso destaque: era uma presença constante. Jesus, no Monte da ascensão, prometeu aos discípulos e aos crentes em geral: “...Eis que eu estou convosco todos os dias” (Mt 28.20). Nos tempos de Jo-sué, os espias por ele enviados pude-ram constatar que “Deus não dorme e nem cochila”, sua companhia ou pre-sença é constante.

- Os planos finais para a volta dos espias: (1) Raabe levou-os a descer por uma corda pela janela, pois ela morava sobre o muro. (2) De-veriam subir ao monte e ali se escon-derem por três dias.

- A execução final do plano de volta: (1) Chegaram os espias no monte e ali permanecem por três dias, tempo suficiente para que seus perseguidores voltassem a Jericó

frustrados com o fracasso do seu trabalho. (2) Depois desse tempo, os espias completaram o seu caminho de volta. Desceram do monte, atra-vessaram o Jordão, talvez a nado, e chegaram a Josué, prestando relató-rio completo do seu trabalho.

Certamente nos relatos dos es-pias para Josué, eles puderam tes-temunhar que para todas as circuns-tâncias e em todos os momentos foi perfeitamente identificável a presença constante de Deus com eles.

Para pensar e agir:- Estamos prontos para assumir

riscos no Reino de Deus?- Estratégias vitoriosas são aque-

las que Deus está presente.- Ninguém pode resistir ao Deus

Todo Poderoso.- Podemos perceber Raabe sensí-

vel aos desígnios de Deus? Por quê?- “Deus é socorro bem presen-

te na angústia”. (Sl 46.1) Conheço essa experiência? Como tenho ex-perimentado?

- Que revelação especial de Deus pode ser percebida na permanência dos espiões em Jericó?

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Nm 27.12; 33.47; Dt 3.27; 32.49

Terça: Ex 23.27; Nm 21.24, 34-35

Quarta: Is 2.18; 1Tm 5.8; Dt 4.39

Quinta: Jz 1.24; 1Sm 16. 5; Nm 10.33

Sexta: Isaías 1.5 e 23.11; Atos 9.25

Sábado: Êxodo 20.7; Mateus 5.7

Domingo: Gênesis 35.5; 1Reis 1.37

20

DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico: Josué 3.1-17

O IMPOSSÍVEL ESTÁ NO DOMÍNIO DE DEUS

Existem limitações que são pró-prias do ser humano, por isso en-frentamos em diversas situações o empecilho do impossível. Nas mais diferentes ocasiões nos defronta-mos com aquilo que não tem possi-bilidade, ou o que é irrealizável, ou impraticável ou a coisa impossível. “O Impossível está no domínio de Deus”. Os Evangelistas Marcos e Lucas nos ensinam: “... para Deus

tudo é possível” (Mc 10.27) e “as coisas impossíveis aos homens são possíveis para Deus” (Lc 18.27).

A geração de Israel, agora co-mandada por Josué, não viveu a maravilhosa passagem do Mar Ver-melho. Tinham apenas um conheci-mento através das informações pas-sadas da geração anterior daquela intervenção especial de Deus, que

LIÇÃO 3

21

somente o Senhor poderia realizar. Até os moradores de Jericó, próxi-mo alvo da conquista, sabiam o que Deus realizou na passagem do seu povo pelo Mar Vermelho.

Jericó estava um pouco mais à frente, mas antes eles tinham no seu caminho o rio Jordão, e agora aque-la geração de Israel teria uma razão especialíssima para glorificar o seu Deus, porque passariam o Jordão com o pé enxuto, pois o impossível está no domínio de Deus.

1 – A presença da Arca da Aliança (v. 3, 4 e 6)

Josué agora caminha com o povo de Israel para a etapa decisi-va da conquista da terra prometida. Ao chegar junto ao rio Jordão, ali se detém por três dias, preparando todo o povo para os procedimentos ne-cessários. Toda a observação inicial do povo deveria ser para a Arca da Aliança do Senhor.

“A Arca da Aliança era uma caixa de madeira revestida de ouro, onde eram guardadas as duas placas de pedra em que estavam escritos os Dez Mandamentos. Nela eram guar-dados outros objetos sagrados”1 (Êx 25.10-22; Hb 9.4-5).

Ela sempre esteve no lugar San-tíssimo, onde somente o sumo sacer-dote entrava uma vez por ano para prestar os sacrifícios em nome de todo o povo. A Arca da Aliança do Se-nhor era representativa da presença de Deus no meio do seu povo.

1 - (Fonte de consulta: SHEDD Russel – Novo comentário da Bíblia – volume1)

O povo de Israel precisava obser-var todo o tempo que a Arca da Alian-ça do Senhor deveria ir sempre à frente. Esta presença na dianteira sig-nificava que o próprio Deus ia à frente do seu povo. Quando permitimos que Deus vá à nossa frente, temos a ga-rantia das decisões ou conquistas certas no tempo certo.

A atitude seguinte seria o povo de Israel conservar a distância previa-mente acertada que deveria aconte-cer em relação à Arca da Aliança do Senhor. Não era apenas respeitosa-mente contemplá-la à frente, mas ela indicaria os caminhos corretos pelo qual deveriam caminhar. Os sacer-dotes, homens especiais a serviço de Deus, tinham a responsabilidade e o privilégio de conduzir a Arca da Aliança do Senhor, para o caminhar de todos na direção estabelecida pelo próprio Deus.

2 – Antes das maravilhas: santificai-vos (v.5)

Estava se aproximando o mo-mento daquela geração partilhar que “o impossível está no domínio de Deus”. Não seria uma situação espetacular, porque Deus nunca precisou ou precisará mostrar que tem poder. Eles iriam presenciar que aquilo que é impossível aos homens é possível para Deus.

Antes das maravilhas, cabia aos israelitas uma atitude muito signifi-cativa. Eles não seriam apenas ex-pectadores ou propagandistas dos

22

atos soberanos de Deus. A ordem de Deus foi transmitida através de Josué com estas palavras: “santificai-vos porque amanhã o senhor fará mara-vilhas no meio de vós”. (Js 3.5) Não era uma atitude para durante ou de-pois das maravilhas. Tudo teria que acontecer antes.

A palavra de Deus para cada is-raelita era: santificai-vos. Qual seria o modelo de santidade para Israel: Moi-sés ou Josué? O modelo de santida-de é sempre Deus, por isso há sem-pre no que avançar. Se os modelos fossem humanos, teriam os próprios limites das imperfeições humanas.

Santificação é um processo que o Espírito Santo de Deus sempre deseja iniciar na vida de todos que decidem seguir a Deus fielmente. É sempre tempo de começar uma vida nova ou dar continuidade a uma vida realmente comprometida com Deus.

Cada israelita estava diante de uma ordem divina que precisava ser imediatamente iniciada. O Deus San-to desejava ter um povo santo. Não seria um povo que passaria a ser perfeito, mas um conjunto de pes-soas que viviam de acordo com os divinos propósitos. Agora, com vidas santificadas, eles se tornaram os ins-trumentos que Deus poderia usar. As maravilhas de Deus aconteceriam no meio de um povo santo.

3 – Josué é honrado por Deus (v. 7)

Deus está sempre atento às nos-sas atitudes. Ele nos acompanha em todos os momentos. Josué também estava acompanhado por Deus, prin-2 - (Fonte de consulta: SHEDD Russel – Novo comentário da Bíblia – volume1)

cipalmente em suas atividades na li-derança de Israel, de modo especial quando se aproximava o momento de receber a terra prometida.

“Como preparação para assistir as maravilhas que o Senhor iria operar através do seu servo Josué, em nada inferiores as que realizara por meio de Moisés, o essencial era criar uma atmosfera sobrenatural para aguarda-rem os acontecimentos”2.

3.1 – “... este dia começarei a engrandecer-te (Honrar-te)”

Não seria um fato isolado e único. Seria o início do reconhecimento de Deus pela fidelidade de Josué. Tantas outras vezes Israel iria perceber que Josué era honrado com alta distinção por Deus pelo trabalho realizado e pelo nível do seu relacionamento e dependência dEle.

3.2 – “...Engrandecer-te-ei pe-rante todo o povo”

Josué não iria experimentar um momento isolado com Deus ou com-partilhado por líderes mais próximos dele. Não seria necessário que esse fato novo tivesse que ser passado de israelita para israelita, na medida em que tomassem conhecimento. Deus preparou um cenário para que ao mesmo tempo todo o povo percebes-se que Josué, de modo muito espe-cial, estava sendo engrandecido por Deus. Nas mais diferentes situações os israelitas iriam identificar esse tra-to especial de Deus na vida de Josué.

3.3 – “... como fui com Moisés, assim serei contigo”

Deus alegra o coração de Josué, afirmando que o nível de companhei-

23

rismo divino seria igual àquele que Deus usou em relação a Moisés. Jo-sué acompanhou todo o tempo do ministério de Moisés e o seu rela-cionamento com Deus, e sabia que as bênçãos eram consequência. Por isso, ele tinha agora um coração espe-cialmente grato ao seu Deus, porque podia antecipar o que seria na prática ser com ele como foi com Moisés.

4 – Primeiras ações especiais de Deus

O caminhar de Israel rumo à tra-vessia do Jordão prossegue. Seguindo as orientações divinas, a marcha pros-segue tendo à frente a Arca da Aliança do Senhor, com o povo guardando a devida distância para que a todo tem-po se tornasse possível saber o cami-nho a ser seguido.

Agora chegam à beira das águas do Jordão e a ordem é parar. Todos obedecem, a começar pelos sacer-dotes e levitas que carregavam a Arca da Aliança. A parada não era necessariamente um momento de descanso. Eles são convidados a se aproximar de Josué para ouvirem as palavras do Senhor Deus. É sempre recompensador ter não apenas ouvi-dos para ouvir Deus, mas corações prontos e sensíveis para executar as suas ordens.

Deus começa a agir de forma visí-vel para todo o povo. A Arca da Alian-ça, por ordem divina conduzida pelos sacerdotes e levitas, deveria caminhar na direção do meio do Jordão. Este rio tem a profundidade de um a três me-tros e a largura média de trinta metros. No momento que os sacerdotes que

levavam a Arca do Senhor passasse nas águas do Jordão, elas seriam in-terrompidas, isto é, as águas que des-cem pararão e ficarão amontoadas.

Ouvindo essas palavras de Deus através de Josué, certamente seus corações poderiam dizer: Só o Senhor é Deus!

Para pensar e agir:- O que pode acontecer quan-

do permitimos que Deus vá à nossa frente?

- Que posição temos adotado, hoje, quanto à presença de Deus? Temos percebido essa presença? Por quê?

- O impossível está no domínio de Deus. Creiamos sempre!

- Santificação deve ser um cami-nho natural para o crente ou uma op-ção? Justifique sua resposta.

- Qual é o seu modelo para uma vida santa?

- Deus está podendo dispensar um trato especial com a sua vida? Justifique a sua resposta.

- Como posso me fortalecer cren-do no meu Deus quanto aos impos-síveis?

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Is 2.1; Nm 10.33; Dt 31.9,25

Terça: Mt 27.25; 1Sm 16.5; 1Cr 29.25

Quarta: 1Sm 17.26; 2Rs 19.4; Os 1.10

Quinta: Mt 16.16; At 7.45; Zc 4.14

Sexta: Sl 78.13; 114.3; Jz 3.13

Sábado: 1Cr 12.15; Jr 5.10,12; 49.19

Domingo: Gn 14.3; Dt 3.17

24

DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico: Josué 6.1-25

AS ESTRATÉGIAS INICIAIS

Ao ministrar para Josué as estra-tégias iniciais que ele deveria adotar junto com o seu povo, Deus reafirma

suas promessas com esta declara-ção: “... entrego na tua mão Jericó, o seu rei e os seus guerreiros” (v.2).

LIÇÃO 4

25

Nada poderia impedir os planos divi-nos, era somente praticar as ordens de Deus. As explícitas instruções do anjo de Jeová foram literalmente cum-pridas. Sete sacerdotes, levando sete trombetas, que eram instrumentos de sopro feitos de chifre (Js 6.4-5) ou metais. A de metal tinha tronco reto de uns 60 cm e uma boca em forma de sino (Nm 10.2). Eram seguidos pela Arca da Aliança, caminhavam em solene precisão em torno da ci-dade durante sete dias consecutivos e seguidos do exército que marchava em silêncio.

Todo o povo sabia que precisaria manter o silêncio durante os seis dias de caminhada em torno da cidade de Jericó. No sétimo dia, todos deveriam ter a mesma atitude, ao mesmo tem-po. Todos deveriam estar conscientes de três momentos: (1) Ao ouvir o som prolongado da trombeta, todo o povo deveria dar um grande brado; (2) o muro da cidade cairia ao chão; (3) e todos deveriam avançar para o local que estivesse à sua frente. Nos seis primeiros dias, após terem realizado a volta em torno de Jericó, o povo de-veria voltar ao acampamento de Gil-gal, localizado a oeste do rio Jordão.

1 – A preparação do Povo (v. 6-11)Conhecidas as estratégias ado-

tadas, agora o povo de Israel come-ça a preparação para executá-las. Todos deveriam se sentir instrumen-tos do Todo Poderoso para que outra vez Deus fosse glorificado, e provar

1 - (Fonte de consulta – SHEDD, Russel – O novo comentário da Bíblia)

que nada poderia impedir os planos de Deus.

Nesta fase da preparação, cada is-raelita precisava estar pronto para sua tarefa a ser executada. Por isso, Josué transmite as instruções que seguem:

1 – A Arca da Aliança deveria ser conduzida com extremo zelo pelos sacerdotes que poderiam transportá--la. Ela sairia todos os dias do acam-pamento de Gilgal e faria um contor-no completo de Jericó.

2 – Sete sacerdotes levariam cada um uma trombeta de chifre de carnei-ro, e todo o tempo em que estivessem contornando Jericó deveriam tocar de forma ininterrupta a sua trombeta. Precisavam conservar a mesma posi-ção diante da Arca do Senhor.

3 – Os homens armados deveriam ir adiante dos sacerdotes que toca-vam as trombetas.

4 – O povo em geral deveria estar preparado para fazer a sua marcha em absoluto silêncio, durante seis dias iniciais do contorno de Jericó. Tudo em preparação para o sétimo e glorioso dia.

Ali estava um povo devidamente instruído para celebrarem com Deus e para Deus a conquista de Jericó1.

2 – A prática das estratégias (v. 12-16)

Jericó começaria a perceber a movimentação de Israel, sem en-tender o que estaria acontecendo. O comando divino fazia com que Israel

26

praticasse ações totalmente imprevi-síveis, comparadas a qualquer exér-cito daquele tempo. O impossível so-mente Deus pode fazer acontecer, e é exatamente o que a população de Jericó haveria de presenciar.

Todos começaram a praticar as ordens ministradas por Josué. Os sacerdotes encarregados de levar a Arca do Senhor caminharam de for-ma solene em torno de Jericó por sete dias, os sete sacerdotes que levaram as sete trombetas de chifre de carnei-ro tomaram suas posições adiante da Arca do Senhor, andando e tocando. Eles rodearam a cidade nos seis pri-meiros dias. No sétimo dia deveria acontecer diferente, porque todo o Israel deveria contornar sete vezes a cidade, aguardando a palavra final que seria proferida por Josué.

3 – Cuidados especiais (v. 17-19)Deus previne, através de Josué,

que os israelitas, ao sentirem que tem a posse de Jericó, que cada um não tomasse as suas próprias decisões, principalmente para se apropriarem do que desejasse. Não poderiam deixar-se dominar por um sentimento de empolgação em que tudo seria possível. Haveria dois cuidados espe-ciais, que seriam indispensáveis que fossem adotados:

3.1 – Cumprir as promessas re-ferentes à Raabe e sua família

Os espias se comprometeram a preservar a vida de Raabe e sua fa-mília quando conquistassem Jericó.

Agora, Josué orienta que a promessa deveria que ser cumprida, porque era também do propósito de Deus cum-prir a palavra do seu povo que Raabe e todos os que estavam em sua casa teriam suas vidas conservadas.

3.2 – Não tomar para uso pessoal aquilo que seria amaldi-çoado no uso individual

Certamente havia muitas riquezas em Jericó, que naturalmente não se-riam destruídas. Por isso, antecipada-mente, foi estabelecida a recomenda-ção de que toda a prata, o ouro, os objetos de bronze e de ferro fossem consagrados ao Senhor. Nas ações individuais, ficava a recomendação: “... guardai-vos do anátema, para que não tomeis dele coisa alguma...” (v. 18) porque uma atitude contrária a esta recomendação traria graves consequências aos transgressores com reflexos para toda a comunidade de Israel.

4 – A conquista efetivada (v. 20-25)

Josué conduziu o povo durante seis dias consecutivos em total silên-cio. No sétimo dia, o povo marchou sete vezes ao redor de Jericó, e na última vez ao ouvirem o sonido das trombetas, todos, em uma só voz, gri-taram com alarido e Deus cumpriu a sua Palavra.

Israel foi direcionado a fazer a sua parte como Deus determinou. Todos deveriam participar. Have-ria um momento para gritar e outro

27

para correr. Desse modo Jericó seria dada àqueles que obedecessem a Deus com atenção.

Como o Senhor havia prometido, a ação poderosa de Deus sobre os fundamentos da cidade deslocou as pedras da grande muralha, até que tudo veio abaixo (Js 6.20,21). Isso não aconteceu de forma natural! Foi o cumprimento da promessa divina, conforme Deuteronômio 20.4: “pois o SENHOR, vosso Deus, é o que vai convosco, a pelejar contra os vossos inimigos, para salvar-vos”.

A ordem de Deus através de Jo-sué para o povo é pronunciada: “gri-tar”, prática que precisava ser adotada com toda a energia do povo de Israel. A resposta imediata foi: ”... então o povo gritou, após ouvir o som da trombeta” (v.20).

Passaram a acontecer fatos es-peciais que identificavam que a con-quista de Jericó estava sendo efe-tivada. Tudo acontece conforme as estratégias ordenadas por Deus atra-vés de Josué: 1 – O muro caiu rente ao chão, quando ocorre um alto brado pelo povo de Israel; 2 – O povo avan-çou para a cidade, cada um em frente ao lugar onde estava; 3 – Destruição total de tudo quanto havia na cidade; 4 – Todos da família de Raabe tive-ram suas vidas preservadas; 5 – Toda a cidade é queimada a fogo, sendo preservados a prata, o ouro e objetos de bronze e de ferro que foram colo-cados no tesouro da casa do Senhor.  

Nada pode impedir os planos de Deus. O caminho precisava estar

totalmente desimpedido para a con-quista plena da terra prometida, e isso somente aconteceu pela inter-ferência direta de Deus. Por ser ne-cessária a manutenção de todos os planos referente a Israel como povo especial de Deus, que incluía a posse definitiva da terra que o próprio Deus reservou para o seu povo.

Para pensar e agir:- Qual o seu entendimento sobre a

soberania de Deus?

- Nada pode impedir a soberania de Deus. Este é o seu entendimento? Por quê?

- O que deveriam fazer os sacer-dotes que tocariam as trombetas?

- Que atitude cabia ao povo de Is-rael, em geral, no momento da con-quista de Jericó?

- No seu entendimento, por que o muro de Jericó caiu rente ao chão?

- Israel teria sido aprovado no tes-te de fé na conquista de Jericó? Por quê?

- Qual a importância de Raabe na história de Israel?

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Is 2.1; Nm 10.33; Dt 31.9,25

Terça: Mt 27.25; 1Sm 16.5; 1Cr 29.25

Quarta: 1Sm 17.26; 2Rs 19.4; Os 1.10

Quinta: Mt 16.16; At 7.45; Zc 4.14

Sexta: Sl 78.13; 114.3; Jz 3.13

Sábado: 1Cr 12.15; Jr 5.10,12; 49.19

Domingo: Gn 14.3; Dt 3.17

28

DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico: Josué 7.1-26

O PECADO: PREÇO PARA A DERROTA

Deus tinha abençoado de ma-neira poderosa ao povo de Israel na conquista de Jericó. Mas a caminha-da ainda não havia sido concluída e o povo de Deus precisava continuar avançando para as conquistas que

estavam à sua frente. O próximo alvo seria a cidade de Ai, situada numa pequena elevação de Jericó, perto de Betel.

A exemplo do que fez com Jeri-có, Josué enviou espias para obser-

LIÇÃO 5

29

var inicialmente a cidade de Ai. E eles disseram que não era necessário o uso de todo o contingente humano de Israel neste empreendimento, porque a população de Ai era pequena e não exigiria grandes esforços.

Seguindo a orientação dos es-pias, Josué selecionou um exército menor, com cerca de três mil ho-mens para combater a cidade de Ai. Tudo indicava que Israel iria ex-perimentar mais uma vitória no seu caminho para a terra prometida. No entanto, uma surpresa aguardava Josué e seu povo. A tropa de Israel voltava derrotada e em fuga dos ho-mens de Ai e tiveram trinta e seis soldados de Israel mortos.

O texto bíblico diz assim sobre a reação de Josué: “Então Josué ras-gou as vestes e prostrou-se com o rosto em terra perante a arca do Se-nhor até a tarde, ele e os seus an-ciãos de Israel; e jogaram terra so-bre a cabeça (Js 7.6). “E o Senhor respondeu a Josué... Israel pecou (Js 7.10,11).

A derrota somente aconteceu por-que havia pecado no meio do povo de Israel.

1 – O pecado é sempre oposto à nova natureza

Há sempre advertências bíblicas quanto ao pecado. Ele atinge toda a raça humana a partir de Adão e Eva. O castigo do pecado é a morte física, espiritual e eterna (Rm 6.23).

Quando Deus orientou Josué para a conquista de Jericó foi pedida a santificação de todo o povo. Essa po-sição espiritual seria praticada como

revelação de que cada um estava aceitando o senhorio do seu Deus e, consequentemente, o domínio sobre qualquer forma de pecado.

Após a vitória em Jericó, Israel precisava manter o mesmo padrão espiritual. Deixar que o pecado do-minasse a natureza espiritual de qualquer israelita seria o oposto do nível de vida para aquele que acei-ta ser santificado pelo seu Deus. A santidade não poderia ser um mo-delo para um momento específico, mas precisava haver continuidade na vida.

As conquistas que estavam por vir deveriam ter um povo santo, porque o Deus que operava por eles é um Deus Santo. Vidas santas em Israel seria sempre um requisito para as conquistas, assim, Deus continuaria abençoando o seu povo.

2 – Nada podemos esconder de Deus

Davi, no Salmo 139, assim se ex-pressa perante Deus: “... para onde me irei do teu espírito, para onde fu-girei da tua face? Nem ainda as tre-vas me escondem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa” (Sl 139. 7,12). Essas declarações bíblicas revelam com grandeza que não há como e onde se esconder de Deus.

Quando o povo iria conquistar Je-ricó, Deus transmitiu recomendações daquilo que não poderia ser tocado ou levado para o proveito pessoal: “...não tomeis dele coisa alguma... a prata, o ouro e os objetos de bronze e ferro...” (Js 6.18,19). Acã, filho de

30

Carmi da tribo de Judá, estava entre os milhares de israelitas que esta-vam em Jericó. Não temos maiores informações sobre a vida pessoal de Acã. Certamente ele não levou muito a sério a ordem de santifica-ção para que Deus pudesse agir li-vremente. A sua evidente fragilidade espiritual permitiu que a cobiça e os objetos que estavam diante dos seus olhos pudessem ser levados por ele. Nessas circunstâncias o inimigo de nossas almas sugere: ninguém está vendo e ninguém poderá saber. Aca-tando a sugestão do inimigo, levou os objetos desejados e escondeu-os em sua cabana. Teoricamente era o pecado perfeito.

Conta-se que certo dia um pro-fessor foi participar de um almoço de confraternização dos professores de sua escola. Todos se sentaram à mesa e diante de cada um deles foi colocado um cálice. Logo a seguir serviram uma bebida que todos ime-diatamente beberam, com exceção daquele professor que era um cren-te. Seus colegas insistiram que ele bebesse e que não falariam nada em sua igreja. Aquele professor res-pondeu que a sua preocupação não era se alguém de sua igreja saberia ou não do seu comportamento; sua maior preocupação era com o seu Deus, porque nada é possível escon-der de Deus. Belo testemunho!

Josué e seus companheiros não viram os atos de Acã. Ele se esque-ceu de que ninguém viu os seus atos pecaminosos, mas Deus viu. Não há nada que podemos esconder dEle.

3 – Comunidade de Israel: o pecado de um atinge a todos

Provavelmente Acã imaginou que sua atitude era isolada em relação ao seu povo. Pode ter acontecido que ele não tenha tido ajuda de nenhum is-raelita, nem mesmo os membros de sua tribo – Judá.

O povo de Israel era uma figura-ção da Igreja. No Novo Testamento, a figura que simboliza a Igreja é um corpo. Cada membro da Igreja é uma das partes desse corpo. A exemplo do que acontece com o nosso cor-po humano, quando qualquer parte é afetada, todo o corpo sofre suas consequências. O pecado de qual-quer membro da Igreja afeta a saúde espiritual de toda a Igreja.

O povo de Israel, nos dias de Jo-sué, era simbolicamente a Igreja de Deus. Acã não era apenas uma pes-soa individualmente, mas também parte da comunidade de Israel.

Esta era a posição que todos os israelitas deveriam entender como sua também. Dentro desse princípio, o pecado de Acã atingiu a todos, ou seja, todos pecaram com ele. Todo o Israel adoeceu espiritualmente.

Havia responsabilidades pessoais e celestiais. Ser membro da comuni-dade de Israel teria o mesmo sentido de ser parte da Igreja de Cristo.

4 – Derrota improvável: o pecado foi seu preço

Havia agradáveis recordações sobre a conquista de Jericó. Primei-

31

ro: Israel sob a liderança de Josué praticava com perfeição todas as estratégias orientadas por Deus. Se-gundo: foi visível a presença de Deus em todos os momentos, tornando-os inesquecíveis, como por exemplo, a queda do muro que cercava Jericó.

O próximo alvo era a cidade de Ai. Tudo indicava uma natural vitória por duas razões principais: primeiro porque era uma cidade menor, com-parada com Jericó, e bastaria uma tropa numericamente pequena para garantir a vitória. Segundo porque certamente o povo de Israel contaria outra vez com o domínio de Deus à sua disposição. Porém, aconteceu uma derrota improvável acrescida da morte de 36 combatentes israelitas.

É possível que se perguntassem: porque aconteceu a derrota para a cidade de Ai? Prontamente Deus respondeu para Josué: “Israel pe-cou”. O pecado de Israel, através das ações de Acã, foi a causa da derrota improvável.

Deus não pode agir quando há pecado no meio do seu povo.

Retornando aos propósitos de Deus pelo caminho da santidade

O propósito de Deus continuava sendo a santidade de todo o povo de Israel. O pecado de Acã foi a in-terrupção desse propósito. Agora era a oportunidade de recomeçar o ca-minho da santidade. Josué, líder do povo de Israel, tinha agora uma difícil missão de examinar tribo por tribo, aguardando a identificação do culpa-do que seria direcionado pelo próprio Deus. Por esse caminho Josué che-

gou a Acã, filho de Camir da Tribo de Judá. Acã confessou seu pecado. Re-tornar ao caminho da santidade teria que passar pelo sacrifício de Acã e sua família, o que acabou acontecen-do. Precisava ser extirpado o pecado em Israel para que Deus tivesse ple-na liberdade de ação, fazendo deles um povo santo, um instrumento para que a plenitude do seu propósito acontecesse.

No passado, no presente e no fu-turo fica sempre a advertência bíblica: “sede santos, como eu sou Santo”.

Para pensar e agir:- O pecado está na contramão da

vida do crente.

- Vidas santas é um pré-requisito para a vitória da Igreja.

- O comportamento de Acã pode-ria ser classificado como fragilidade espiritual? Por quê?

- Não há nada que podemos esconder de Deus.

- Todo o Israel adoeceu espiritual-mente por causa do pecado de Acã.

- Em sua opinião, o que o pecado de Acã interrompeu?

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Levítico 26.17; Dt 28.25

Terça: Levítico 26.36; Gn 37.29,34

Quarta: 1Sm 4.12; 2Sm 1.2; 13.19

Quinta: Ex 32.12; At 5.1-2; Nm 14.45

Sexta: 2Cr 30.22; Dn 9.4; 1Sm 14.43

Sábado: Isaías 65.10; Oséias 2.15

Domingo: Dt 23.17; 2Sm 18.17; 21.14

32

DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico: Josué 8.30-35

VOLTANDO À LEI DE DEUS

Josué agora estava mais alivia-do na sua liderança do povo de Israel. Ele seguiu rigorosamente as orientações divinas para que o pecado que motivou a derrota da cidade de Ai fosse extirpado. Foi um momento doloroso para Israel, mas indispensável para recuperar o padrão de santidade do povo, exigido por Deus. A vitória sobre a cidade de Ai foi uma consequên-cia natural de um povo ajustado com o seu Deus, que precisava continuar sendo glorificado por cada etapa vivenciada.

A marcha dos israelitas deveria continuar. Diante deles havia ou-tros obstáculos a serem superados, mas Josué fez uma parada para um reencontro mais profundo do povo de Israel com seu Deus. Todos co-nheciam as leis anunciadas por Moi-sés como a Lei de Deus. Não bas-tava saber que elas existiam, era o momento de retomar o conhecimen-to prático do Livro de Deus, e Josué conduz esse momento junto ao seu povo durante um culto solene. Sem-pre é tempo, nesses dias, de recu-perarmos nossa identificação com

LIÇÃO 6

33

a Bíblia, viver o que o Livro de Deus nos ensina.

Josué desejava renovar cada is-raelita no conhecimento da Lei de Deus. Conhecê-la não seria apenas ouvir atentamente a leitura do seu texto. Mas, principalmente, voltar a praticar os ensinos da Lei de Deus.

1 – O altar ao Senhor Deus de Israel

Aquele momento precisava pro-duzir consequências permanentes na vida de Israel, por isso Josué começa a exigir um altar ao seu Senhor, para que essa atitude produzisse resulta-dos espirituais de alto valor.

Numa cerimônia religiosa que se reveste do mais alto significado, Jo-sué chama a atenção dos israelitas para a verdadeira natureza de suas conquistas. Dirigindo-se ao interior da terra inimiga, levou o povo até Siquém, em um ambiente que a pre-sença dos patriarcas tornou sagrado em conformidade com o mandamento específico de Moisés, e os convidou a renovar suas promessas de fidelida-de e obediência a Jeová.

Diz o texto bíblico: “... conforme o que está escrito no livro da lei de Moisés, a saber, um altar de pedras inteiras sobre o qual se não moverá ferro; e ofereçam sobre ele holocaus-tos ao Senhor e sacrificaram sacrifí-cios pacíficos” (Js 8.31).

De acordo com o que foi ensinado por Moisés, no holocausto, o sacrifício da vítima deveria ser completamente queimado em sinal de que a oferta se dedicava completamente a Deus

1 - Fonte de pesquisa (KASCHEL Werner, ZIMMER Rude – Dicionário da Bíblia de Almeida; SHEDD, Russel – O novo comentário da Bíblia – volume1)

(Êx 29.18). O altar de pedras intei-ras foi edificado no Monte Ebal para a oferta de solenes sacrifícios. Esse monte estava situado em Sama-ria, em frente ao monte Gerizim. No Monte Ebal eram pronunciadas as maldições (Dt 27.4-26) e no Monte Gerezim se recitavam as bênçãos (Dt 28.1-14)1.

2 – A cópia da lei de MoisésEm todo o tempo comunhão com

Deus em sua plenitude acontece pela oração e pela leitura meditativa da Palavra de Deus, procurando enten-der e receber aquilo que a própria Pa-lavra quer nos ensinar. Também em nosso tempo, fraqueza espiritual está muito ligada ao distanciamento da Palavra de Deus. Antes que o povo se distanciasse totalmente de Deus, difi-cultando o seu retorno, Josué tomou a iniciativa de fazer esse reencontro do seu povo com Deus pelo conheci-mento da Santa Palavra.

O Livro de Deus registrou: “Josué escreveu em pedra uma cópia da lei de Moisés” (v.32). Não sabemos o tempo que ele gastou para concluir o seu trabalho, mas tudo indica que ele deu o seu melhor. Concluído, ficava pronto o principal documento para o solene encontro do povo de Israel com Deus. Não pode haver culto a Deus em que a divina Palavra não receba um destaque especial. Todo o esforço de Josué seria inútil, se o centro das cele-brações não fosse a Palavra de Deus.

Agora, sim, tudo estava prepara-do, porque a cópia da Lei de Moisés estava disponível para ser ouvida.

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“Poucas cenas que a história nos fornece são cheias de grandeza e significado moral, como a de uma na-ção que abraça solenemente a Lei de Deus, considerando-a como regra de vida e condição de prosperidade”.2

3 – As posições de Israel no encontro solene

Quando o apóstolo Paulo escre-veu a sua primeira carta à Igreja em Corinto, ele tratou também sobre a or-dem no culto. Lembrando àquela Igre-ja, e às Igrejas de todos os lugares, que o conjunto de atitudes no culto deveria ser marcado pela reverência ao nosso Deus, a quem nós cultua-mos. Paulo termina essas orientações com esta expressão: “mas faça-se tudo decentemente e com ordem”. Usemos apenas as palavras: “... mas faça-se tudo com ordem”.

Muitos anos antes, quando Josué procurou reunir o povo de Israel para um culto especial, trabalhou inicial-mente para que aquele encontro espe-cial diante de Deus acontecesse com muita ordem. As posições de todos em Israel demonstram que eles pratica-ram uma ordem previamente estabele-cida para todos. É do agrado especial de Deus receber um culto com muita ordem, e isso fez um bem significativo para todos os participantes.

Aquele encontro especial com Deus não foi um ato isolado de Josué. Cabia a ele, como líder, tomar as iniciativas e conduzir todo o povo para aquele mo-mento especialíssimo antes de conti-nuar a caminhada rumo à conquista da 2 - Fonte de consulta (Faiweather - Do êxodo à monarquia).

terra prometida. Há uma palavra muito preciosa que demonstra a unidade em Israel para aquele momento: “E todo o Israel, tanto o estrangeiro como o na-tural...”(Js 8.33a). Todos se sentiram convocados por Josué. Este sentido de “todos” envolvia a população em geral, e não apenas os israelitas. Os estran-geiros que estavam junto do povo de Israel sentiram que aquele momento os envolvia também.

O culto de Israel deveria deixar re-cordações que se perpetuassem na vida de todos, de forma que marcas boas fossem dominantes. A Arca do Senhor estava em uma posição cen-tralizada. Ela simbolizava a presença de Deus e esta deveria encher o co-ração de todos os presentes.

A Arca do Senhor era o divisor en-tre o grupo dos anciões, oficiais, juí-zes e os outros grupos da população em geral. Todos os presentes tinham como fator comum a certeza de que estavam na presença de Deus.

4 – Leitura em voz alta das palavras da Lei

Havia chegado o momento mais importante daquele encontro espe-cial e solene. Era a hora de ouvir a Palavra de Deus. Todos sabiam que Josué tinha feito na pedra uma cópia da lei de Moisés. Os israelitas não es-tavam ali para ouvir sobre os escritos de Moisés. Este foi apenas um instru-mento usado por Deus, assim como todas as outras pessoas que o Espí-rito Santo de Deus usou para produ-

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zir o texto sagrado. Agora, o povo de Deus iria ouvir a Palavra do próprio Deus, que Ele transmitiu na instru-mentalidade de Moisés.

A leitura da Lei de Moisés, feita por Josué, foi absolutamente comple-ta. Ele leu de igual forma as bênçãos e as maldições. Talvez em nossa lei-tura pessoal do texto bíblico, gosta-mos de ouvir o que nos faz bem, de forma egoísta, e possivelmente não temos um maior apreço para aqueles textos que nos confrontam com aquilo que não está muito correto em nos-sa vida. O mesmo comportamento pode acontecer quando, no templo, ouvimos a leitura bíblica. Nessas si-tuações se revela que não estamos à disposição para ouvir o que Deus quer realmente nos falar. O ideal é ter a mesma disposição de Samuel, con-forme a orientação que recebeu de Eli: “... fala Senhor, porque o teu servo ouve.” (1Sm 3.9)

Josué fez a leitura do texto bíbli-co em voz alta, de forma que todos os presentes pudessem ser alcança-dos. Não havia previsão de quando outra leitura aconteceria, por isso todos precisavam desfrutar bem da-quele momento para alimentar a sua alma. Há um destaque especial para as mulheres, os pequeninos e os es-trangeiros, que em situações outras eram considerados em posições in-feriores. Revela-se aqui que também estes foram alcançados pela leitura da Lei de Moisés. Todos podem ser alcançados. Deus oferece entendi-mento para todos que se disponibi-lizam a ouvi-lo através de sua Pala-

vra. Naquele dia memorável toda a congregação de Israel foi alcançada pela Palavra de Deus. Este mesmo sentimento precisa estar presente nos auditórios de nossas igrejas e em nossas vidas pessoais.

Para pensar e agir:- Que significados especiais ti-

nham os montes Ebal e Gerezim?

- Oração e leitura da Palavra con-duzem à comunhão com Deus. Co-nheço esse caminho?

- O centro das celebrações condu-zidas por Josué foi a leitura da Pala-vra de Deus.

- O que deve caracterizar um povo ajustado com Deus?

- Pode haver volta para Deus, se não voltar-se para sua Palavra?

- “Fala Senhor porque o teu servo ouve”. Estamos adotando essa fala de Samuel?

- O que deve ser mais importante no culto público?

- Em sua opinião, que revelação es-pecial de Deus estava no propósito de Josué em erguer um altar ao Senhor?

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Êxodo 20.25; Dt 27.5-6

Terça: Dt 2.23; Salmos 107.40

Quarta: Dt 27.4; Êxodo 20.24

Quinta: Dt 27.2,8; 31.9,12,25

Sexta: Dt 11.29; Neemias 8.3

Sábado: Deuteronômio 31.11,32

Domingo: Deuteronômio 31.25; 27.12

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DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico: Josué 10.12-15

JOSUÉ É USADO NA INTERVENÇÃO DO CURSO DA NATUREZA

O autor da carta aos Hebreus começa assim os seus escritos: “havendo Deus, antigamente, falado muitas vezes de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou--nos, nestes últimos dias, pelo filho...” (Hb 1.1). Destacamos a expressão: “Deus falou... muitas vezes e de muitas maneiras...”

A carta aos Hebreus foi escrita certamente antes do ano 70 d.C, dire-cionada aos cristãos de origem judai-ca. Os destinatários iniciais desta car-ta foram confirmados na fé recebendo a preciosa informação de que Deus falou, Deus fala e Deus continuará fa-lando. Sempre foi e sempre será pro-jeto divino falar com as pessoas.

Nunca houve um modelo úni-co do falar de Deus. Reforçando este princípio bíblico, a carta aos Hebreus afirma que Deus falou de muitas maneiras, mas em todas é possível identificar o agir de Deus.

Josué foi sempre um instrumen-to que Deus pode usar para revelar os seus divinos propósitos. Agora ele enfrenta momentos diferentes na marcha para a conquista da terra prometida. Ele tem que enfrentar um grupo de reis que se uniram na su-posição de que juntos conseguiriam derrotar o povo de Israel. Mas o que fazia dos israelitas um povo especial é que eles eram o povo de Deus. O agir de Deus, o falar de Deus não

LIÇÃO 7

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era apenas um sinal para o seu povo, mas também para aqueles que não o serviam e pudessem recebê-lo pelo seu poder e Glória.

Deus já havia usado Josué na tra-vessia do rio Jordão, fazendo com que suas águas se afastassem e o povo passasse a pé enxuto. Todas as civili-zações, de todos os lugares, de todos os tempos conviviam com o Sol e a Lua e muito dependiam deles para vi-ver, agora as manifestações especiais de Deus iria acontecer sobre aqueles astros que transmitiam luminosidade para o dia e para a noite.

1 – Deus usa quem Ele quer e como quer

Deus é sempre o Senhor da histó-ria. Nada foge do seu controle. Tudo está no domínio de Deus.

O povo de Israel, quando esteve escravo no Egito, na visão huma-na parecia que o povo teria grandes dificuldades para conseguir a sua libertação. À medida que a popu-lação israelita crescia no Egito, as autoridades aumentaram os rigores das obrigações de serviços que eles deveriam praticar. Deus convoca Moi-sés para o divino plano de libertação do seu povo. Moisés, com seu irmão Arão, comparece algumas vezes diante do faraó, solicitando a saída de Israel. Todos esses encontros são marcados com o endurecimento do coração de Faraó, mas isso era uma ação de Deus, porque era necessá-rio chegar à praga em que todos os primogênitos do Egito morreriam, e

nesta situação Deus seria glorificado, e o povo começaria a deixar o Egito.

Ciro, rei da Pérsia, a exemplo do faraó do Egito, não era uma pessoa de relacionamento com Deus. Mas Deus sempre usa quem Ele quer e como Ele quer. Cumprindo a Palavra do Senhor pela boca do profeta Je-remias, Deus despertou o espírito de Ciro, da Pérsia, para ser o instrumen-to a fim de que todas as províncias fossem tomadas, ocorrendo assim, a libertação dos líderes e seus coman-dados, e houvesse as reconstruções em Jerusalém, a começar pela Casa do Senhor. O texto de Esdras capítulo 1 mostra que as atitudes dos sobera-nos revelam uma vida que compreen-de e aceita que ele era o instrumento que Deus queria usar naquelas cir-cunstâncias.

Do Egito até chegar à terra prome-tida, Deus usou dois líderes: Moisés, que depois foi sucedido por Josué. No final da vida e do ministério de Moisés, Deus lhe mostrou no monte Nebo a terra prometida. Embora ti-vesse um profundo relacionamento com Deus, o Senhor diz a Moisés que para os divinos planos seria Jo-sué quem comandaria a entrada na terra prometida. Após a conquista da cidade, Josué teve que enfrentar vá-rios reis ao mesmo tempo, mas seria ele que Deus usaria vitoriosamente nesta nova etapa.

Ao longo da história bíblica, há diversas outras experiências que Deus usa quem Ele quer e como quer.

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2 – Deus é Criador e sustentador da natureza

O exame precipitado do texto des-ta lição (Josué 10.12-15) feito com critérios que normalmente não pos-suem compromisso real com o Deus da Palavra, colocam expressões embutidas em suas argumentações como se Deus nada tivesse a ver com os diferentes aspectos presentes na natureza, de modo particular aqueles componentes fora do planeta Terra.

É nossa certeza de fé que toda a Bíblia é a Palavra de Deus. Isso signi-fica que todo o seu texto de Gênesis a Apocalipse foi inspirado pelo Espí-rito Santo de Deus, através dos ins-trumentos humanos que Ele separou para usar.

A Bíblia começa declarando: “No princípio criou Deus os céus e a ter-ra” (Gn 1.1). Quanto ao Sol e à Lua, há uma situação específica: “E Deus fez os dois grandes luminares: o lu-minar maior para governar o dia e o menor para governar a noite, fez tam-bém estrelas . E Deus os colocou no firmamento celeste para iluminar a terra” (Gn 1.16-17). Deus foi também o Criador do Sol e da Lua. Ao criá-los, Deus também estabeleceu as leis e os movimentos que haviam de carac-terizá-los.

Tudo aquilo que está na natureza evidencia ao longo de milhares e mi-lhares de anos que Deus, o Criador, não abandonou as coisas criadas, mas com sua divina sustentação garante para todo o sempre que eles continuarão a exercer os pro-pósitos para os quais foram criados.

3 – Não há limites para o que Deus pode fazer

É comum, muitas vezes, o ser humano pensar em Deus à altura de suas próprias limitações. Nes-te sentido, chega-se a pensar que existe aquilo que Deus pode e ou-tras situações que Ele não pode. A humanidade dos tempos de Josué iria presenciar uma situação na na-tureza que jamais imaginaria que pudesse acontecer.

Deus pode infinitamente mais do que imaginamos! Não existe possibilidade de conhecimento pleno do homem finito em relação ao Deus infinito. Não podemos estabelecer limites para Deus, não devemos procurar compreendê-lo pelo nível das nossas limitações. Nossa com-preensão sobre Deus precisa ser sempre através daquilo que aprouve a Deus revelar. Nossas limitações jamais poderão alcançar plenamen-te aquilo que Deus pode fazer. Deus sempre pode fazer muito mais do que pensamos ou imaginamos.

Quanto às coisas criadas, inclusi-ve os astros e estrelas, alterá-los ou conservá-los nos seus rumos, sempre estará a critério de Deus. Ele sempre faz e fará o que lhe aprouver, sem co-nhecer qualquer forma de limitação.

4 – Os planos de Deus são sempre soberanos

Ao longo da história da humanida-de diversas pessoas tomaram a pos-tura de soberanos, e muitas vezes se imaginaram com poderes ilimitados . Essa prática era exercida através dos

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seus planos. Mas para surpresa de alguns, eles foram superados, venci-dos e automaticamente substituídos por outras autoridades. Ser soberano sempre significou aquele que tem po-der ao nível de autoridade suprema.

Os planos de Deus não são com-paráveis a qualquer plano humano. Quando Deus chamou Abraão para deixar sua terra e sua parentela, comunicou o seu divino plano para através de sua família formar o seu povo especial. Quanto aos planos de Deus e qualquer outro plano humano, somente aqueles traçados por Deus são verdadeiramente soberanos, eles sempre acontecerão e nada pode im-pedir que assim seja. Neste momento da vida de Israel, Josué e todo o povo podiam desfrutar de mais uma etapa dos soberanos planos de Deus. Não teria como contestá-lo ou modificá-lo.

5 – Intervenção da natureza – O plano divino para aquele momento

Quando o anjo do Senhor foi avi-sar a Sara, esposa de Abraão que ela geraria um filho, ela não acreditou e duvidou que isso pudesse acontecer com ela e seu esposo, sendo ambos avançados em idade. O anjo do Se-nhor respondeu com esta pergunta: “haveria alguma coisa difícil ao Se-nhor?”. (Gn 18.14)

Josué, por experiência pessoal, sabia que não havia nada difícil ao Senhor, por isso, no momento de en-frentar os amorreus, para honra e a glória de Deus, ele fez um pedido em oração, por uma manifestação espe-cialíssima de Deus.

Deus ouve a voz de um homem, Josué, e determina:

- O Sol se deteve em Gibeão;- A Lua se deteve no Vale de Aijalom;- O Sol se deteve no meio do céu

e não se apressou a posse quase um dia inteiro.

Consequências da ação de Deus:- Não houve dia semelhante a

este, nem antes e nem depois dele;- Deus reconhece em Josué um ins-

trumento útil para todos os seus planos.

Para pensar e agir:- Nunca Houve um modelo único

do falar de Deus.- Nossas Igrejas, hoje, podem ser

conhecidas como o povo de Deus?- Como ficou o seu entendimento

para Ciro, rei da Pérsia, e Faraó no Egito serem usados para o propósito de Deus?

- As leis e movimentos do Sol e da Lua foram também determinados por Deus. Cremos assim?

- Deus sempre pode fazer muito mais do que pensamos ou imaginamos.

- Que revelação especial de Deus podemos compreender quanto ao Sol e a Lua se deterem no seu percurso?

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Juízes 12.12; Isaías 28.21

Terça: Habacuque 3.11; 2Sm 2.18

Quarta: Dt 1.30; Isaías 38.8

Quinta: Josué 10.42; 23.3

Sexta: Josué 10.43; Romanos 8.31

Sábado: Jó 42.2; Gênesis 18.14

Domingo: Mt 19.26; Marcos 11.19-22

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DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico: Josué 13.11-33

CHEGOU A HORA DE RECEBER AS TERRAS DA PROMESSA!

O tempo passa para todo ser hu-mano. À medida que isso vai acon-tecendo na experiência de cada semana, ocorrem os desgastes na-

turais que diminuem a capacidade física e mental nas mais diferentes situações. Josué não estava imune aos efeitos do tempo sobre a sua

LIÇÃO 8

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vida. As grandes batalhas já haviam acontecido, mas Deus adverte que “ainda há muitíssima terra para con-quistar” (Js13.1), e tudo precisava acontecer na plenitude dos divinos planos.

O lembrete de Deus para Josué poderia ser constrangedor, mas era para trazê-lo à sua realidade. Deus disse para Josué: “... já está velho e avançado em idade...” (Js 13.1), mas ainda havia tarefas complementares que Deus queria realizar ainda na li-derança de Josué.

Naturalmente, Deus continuaria sustentando-o e cooperando nas suas limitações físicas. Para aquele momento, Josué continuava sendo o instrumento que Deus deveria usar para a realização dos seus propósitos.

Josué estava junto na Travessia do Mar Vermelho, comandou o povo na travessia do Jordão e nas con-quistas que se seguiram, agora era o momento de cada tribo tomar posse de sua parte na Terra Prometida. Esta hora era tão aguardada ao longo dos anos e cabia a Josué, mesmo avan-çado em idade, liderar este momento que se tornaria inesquecível.

1 – Chegou a hora!Muitas vezes nossa humanidade

imagina que pode determinar quando as diferentes situações devem acon-tecer. Até mesmo em nossas orações, pensamos que podemos estabelecer o tempo da resposta de Deus. Nessas

situações, concluímos que a possível demora divina significa que não tere-mos uma resposta. Nunca podemos colocar à margem nossa finitude. So-mos totalmente incapazes de fazer qualquer determinação para nós ou para outros.

Se o povo de Israel tivesse sido mais fiel e consequentemente mais obediente, a chegada à Terra Prometida teria sido abreviada, por-que o caminho em uma direção mais ou menos reta tornaria o percurso relativamente muito menor. Paralela-mente, muitos pereceram no deser-to em função de sua desobediência. Mas Deus preservou aqueles que se mantiveram fiéis, e que dariam continuidade a um povo especial de Deus. Os fiéis foram, no futuro, teste-munhas de que Deus havia cumpri-do fielmente e integralmente as suas promessas quanto aquilo anunciado desde Abraão.

Deus nunca retarda suas pro-messas! Era necessário ultrapassar todos os obstáculos, e para isso o povo de Israel sempre contou com a preciosa e indispensável sustenta-ção divina, dando a Josué uma lide-rança vitoriosa para alcançar a terra prometida. É sempre recompensador aguardar com paciência e esperança o tempo de Deus, que é sempre o melhor momento.

Israel já estava na terra prometi-da. As conquistas complementares que ainda haveria de acontecer não sufocariam quem estava na Terra da promessa.

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A estrutura de Israel teve por re-ferência os dozes patriarcas. Chegou a hora tão aguardada em que cada tribo receberia como propriedade sua parte da terra que seria designada por Josué. Muitos sonharam com esta hora. Alguns não puderam vê-la, mas aqueles que ali estavam poderiam afirmar com toda convicção: chegou a hora da nossa tribo receber parte na terra prometida.

2 – Promessas rigorosamente cumpridas

O Pr. Dr. Russell Shedd, no seu livro “Novo comentário da Bíblia - Volume 1”, fez uma preciosa refe-rência ao texto de Josué, a partir do capítulo 13, como uma espécie de manual geográfico da terra prome-tida. Tudo foi preparado por Deus através da instrumentalidade de Josué para que maiores conflitos não acontecessem durante a distri-buição das terras. O traçado estava absolutamente perfeito.

As promessas não eram muito anteriores àquela geração de israe-litas. Os que viviam naqueles dias iriam desfrutar perpetuamente da-quilo que já estava anteriormente nos planos divinos. Quando Deus projetou ter um povo especial a par-tir da família de Abraão, tendo como objetivo maior a vinda de Jesus Cris-to em forma humana para o resgate através do sacrifício na Cruz, ficou determinado que Israel teria por po-sição perpétua caminhar na direção já estabelecida por Deus.

O que Deus promete Ele sempre cumpre fielmente. A tribo de Levi, con-sagrada ao serviço do Senhor, teve um tratamento diferenciado, porque não receberiam terras para cuidar, mas teriam o seu espaço para abri-gar-se dentro do princípio do cuidado especial de Deus para com os levitas.

No exercício da liderança de Moi-sés algumas tribos já haviam recebido promessas especiais, como ocorreu com a tribo de Gade. Ficou também ratificado por Josué esta decisão e outras semelhantes para obedecer ao princípio de que as promessas seriam rigorosamente cumpridas. Ha-via uma sequência natural de Moisés para Josué. Deus os conduziu cada um no seu tempo para executarem as tarefas recebidas sem qualquer pos-sibilidade de conflito quanto ao estilo de liderança e as ordens divinas que deveriam ser executadas.

3 – Deus presente também na condução dos detalhes

Parte das terras que agora seriam por herança perpétua de cada tribo de Israel, ainda havia a presença dos povos que anteriormente ocupavam aqueles espaços. Poderiam ser con-siderados povos menores, compa-rados com outros de maior poderio. Inicialmente, poderia significar um detalhe de menor importância, mas Deus estava presente em todos os momentos da vida de Israel, e por isso Ele promete que essas meno-res expressões humanas presentes no território que precisava ser inte-

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gralmente de Israel também seriam vencidas para que se cumprisse in-tegralmente a conquista da terra pro-metida. É impossível que tentativas de resistência acontecessem por aqueles que anteriormente ocupavam aquelas terras. Mas Deus orienta es-tratégias próprias para aquelas novas situações, para que nada impedisse o resultado final que era a posse com-pleta da terra prometida.

Tornava-se indispensável que os israelitas não se acomodassem com a presença daqueles que não pode-riam mais permanecer ali. As ações que Deus iria ainda realizar, na ins-trumentalidade de Josué, eram extre-mamente úteis para aquilo que Deus mesmo já tinha determinado. Este é um momento que poderia levar o povo de Israel a um sentimento de acomodação, pensando que aquelas expressões menores não viessem in-terferir na vida futura de Israel naque-le lugar. Todos precisavam continuar sensíveis para as diversas formas de orientação através de Josué.

Nesta fase da consolidação de Is-rael na Terra Prometida, ficaram pre-ciosas lições para o povo de Deus de todos os tempos: que Deus continua cuidando de nós, até nos mínimos detalhes. É sempre compensador estar sob os cuidados de Deus. Para nosso Deus tudo é importante para o bem estar do seu povo. Por isso, quando o salmista disse que Deus não dorme e nem cochila, significa que estamos todo o tempo e em to-das as circunstâncias no abrigo dos cuidados divinos.

Para pensar e agir:- Josué tinha envelhecido, mas

ainda podia ser útil para Deus.- Sabemos aguardar a hora de

Deus?- Pode haver momentos inesque-

cíveis na velhice como experimentou Josué?

- O que Deus promete Ele sempre cumpre fielmente!

- É correto respeitar decisões de líderes anteriores, como Josué fez em relação a Moisés?

- Podemos estabelecer o tempo da resposta de Deus? Por quê?

- Por que grande parte dos co-mandados de Moisés não entraram na terra prometida?

- Deus nunca retarda as suas pro-messas!

- Há demora nas respostas divinas?- Paciência e esperança podem

cooperar para o melhor momento de Deus atender nossas orações?

- O que significativa para Israel ter o seu próprio espaço físico?

- Como Deus trata coisas que nos parecem menores?

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Juízes 3.5; 2Samuel 3.3

Terça: Jr 2.18; Jz 3.3; 1Sm 6.4,16

Quarta: Sf 2.5; Dt 2.23; Ez 26.9

Quinta: Nm 32.33; 22.24; 1Reis 7.46

Sexta: Dt 3.10; 2Sm 11.7; Gn 33.17

Sábado: 1Cr 2.23; Is 12.4; Dt 3.17

Domingo: Deuteronômio 10.9; 18.1-2

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DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico: Josué 14.1-15

RECOMPENSA PARA A FELICIDADE

LIÇÃO 9

45

Calebe e Josué foram homens muito especiais para Deus ao longo da caminhada de Israel rumo à terra prometida. Nas diversas situações, Calebe demonstrou que sua fé não estava alicerçada nas circunstâncias ou eventualidade de bons momen-tos. Ele aprendeu a ter uma sólida experiência pessoal com o seu Deus. Quando foi necessário demonstrar a sua fé em Deus, ele não teve dúvi-da em optar por aquilo que seria do agrado divino.

Deus está sempre acompanhando nossas atitudes. Calebe também era alvo de Deus, e pode ser encontrado como o instrumento que tinha as qua-lidades do fiel, porque demonstrava uma fé que não falha, revelava segu-rança e procurava ser pontual e exato no cumprimento das tarefas que lhe foram confiadas.

No momento em que as terras foram repartidas entre as tribos de Judá, o líder Josué sabia que havia chegado o momento de Calebe rece-ber a recompensa por sua fidelidade, e ao exercê-la contribuiu para a conti-nuidade dos propósitos de Deus para o seu povo.

1 – Não foi esquecido: minoria, mas com Deus

No momento de Calebe ser re-compensado, Josué procura revelar da parte de Deus, que ele mesmo e Calebe não foram esquecidos por

Deus quando tomaram uma difícil decisão de continuar como parte de uma minoria.

Moisés nomeia, por orientação di-vina, doze espias, representantes das doze tribos de Israel para realizarem as sondagens iniciais das potenciali-dades das terras a serem conquista-das. No retorno, os espias apresen-tam um relatório que revela que a conquista seria impossível, entre ou-tras razões porque havia uma grande expressão numérica de homens gi-gantes, o que inviabilizaria vencê-los. A minoria, representada pelo relatório de Josué e Calebe, estava confiante de que a conquista seria possível.

É muito comum supervalorizarmos as decisões da maioria em detrimen-to da minoria. Por ser maioria, procu-ra-se dar a este grupo maior crédito, muitas vezes sem maiores análises do que ambos afirmam.

A decisão de Calebe junto com Jo-sué foi muito difícil, porque era contra a opinião da maioria. Embora mino-ria, o relatório correspondia à vontade de Deus. Eram minoria, mas estavam com Deus. Confiaram que com Deus não haveria obstáculos que não pu-dessem ser vencidos.

Deus nunca se esquece da fideli-dade dos seus servos. Este era o mo-mento de Calebe lembrar de que ele não foi esquecido ao ficar com Deus e seus divinos planos, mesmo que con-trariasse o pensamento da maioria.

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2 – Fidelidade ao longo de toda a caminhada

Certamente o dia a dia dos israeli-tas apresentou algumas dificuldades. Calebe era parte do povo de Israel. Ele podia compartilhar com aqueles que criam firmemente que Deus iria concretizar tudo que anunciara pela boca de Moisés. Paralelamente havia aqueles que somente espalhavam sentimentos de incredulidade, que começava a influenciar uma parcela significativa de israelitas.

Nesse momento de incertezas por aquilo que se passava entre o povo de Deus, Calebe decidiu ser sempre fiel a seu Deus. Através das instru-ções ministradas por Moisés, recebe do seu líder uma missão especial: espiar Cades Barnéia, que deveria servir de um posto de observação da terra prometida. No retorno a Moisés, o seu relatório foi proporcional à sua fé, que permanecia com a certeza de que para Deus todas as coisas são possíveis. Naquele tempo, Calebe era um jovem de quarenta anos, que tinha absoluta maturidade espiritual. (Nm 13.6).

Ele se apresenta a Josué desta forma: vigoroso, forte e preparado para a guerra. Solicita a Josué a terra de Hebrom e este lhe concede.

Aquele pedido de Calebe estava firmado numa promessa de Deus a

qual Moisés lhe tinha assegurado, porque ele tinha demonstrado uma disposição mental favorável ao Rei-no de Deus e não tinha desanimado o povo com um relatório pessimista (Nm 14.6-9).

Essa fé obediente de Calebe foi exemplar, e sua perseverança em se-guir ao Senhor  digna de imitação por todos nós que estamos na guerra, na travessia indo para a Canaã celestial. A fé de Calebe na promessa de Deus não foi expressa em passividade hu-mana, mas em obediência ativa.

O tempo passou também para Ca-lebe. Agora Israel estava na reta final para a conquista da terra prometida, e ele tinha 85 anos, o que não sig-nificava interrupção de fidelidade ao seu Deus. Josué, seu companheiro de caminhada e de fidelidade, podia testemunhar que Calebe foi continua-mente fiel a Deus ao longo de toda a caminhada. Deus precisa sempre contar conosco nas mesmas atitudes de fidelidade de Calebe.

3 – Renovando o pedido por Hebrom

Hebrom tornou-se naturalmente muito desejada, antes e depois de Calebe, teve significativos aspectos de importância. Hebrom era uma ci-dade muito antiga, situada a 30 km do Sul de Jerusalém. Antes de ter este nome chamava-se Quiriate-Ar-

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ba (Arba era o maior homem entre os anaqueus, antigos moradores da re-gião). Abraão, Isaque e Jacó aprecia-vam Hebrom, e ali ficava a sepultura da família (Gn 23.2,19; 35.27). He-brom foi dada a Calebe (Js 14.6-15) e se tornou uma cidade de refúgio. Por sete anos e meio foi sede do go-verno de Davi (2Sm 2.11). Em He-brom se produzem excelentes uvas e azeitonas1.

Cumpre-se a promessa feita a Calebe (Dt 11.36; Nm 14.24-30) que solicita a rica e forte cidade de He-brom no território de Judá. Calebe prossegue na sua fidelidade a Deus em um ambiente difícil em que gran-de parte do seu povo tinha posições contrárias, quando muitos chegaram a pensar que seria melhor voltar a ser escravos no Egito. Mas Cale-be sabia que Deus sempre cumpre aquilo que promete. O nosso Deus é sempre recompensador dos fiéis e assim foi, também, na vida de Calebe, preservando-a, mesmo de-pois de 45 anos do cumprimento da missão de espionagem em Cades Barnéia. Como o próprio Calebe tes-temunhou: “... ainda hoje estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; a minha força então era como é agora tanto para guerrear como para trabalhar” (Js 14.11).

1 - Fonte de consulta: Dr. SHEDD, Russel - O Novo Comentário da Bíblia, volume1.2 - KASCHEL, Werner e ZIMMER, Rudi - Dicionário da Bíblia de Almeida.

Josué compreende os desígnios de Deus como expresso nestas pa-lavras: “Então Josué abençoou Cale-be, filho de Jefoné e deu-lhe Hebrom como herança” (Js 14.13)2.

Para pensar e agir:- Calebe e Josué foram homens

especiais para Deus.

- Deus sempre acompanha nos-sas atitudes.

- O pensar da minoria pode signi-ficar a vontade de Deus?

- Por que damos maior crédito ao pensar da maioria, em diversas situa-ções?

- Deus nunca se esquece da fide-lidade dos seus servos.

- Qual foi o comportamento de Ca-lebe ao retornar de Cades Barnéia?

- Que ligações tiveram Abraão, Isaque, Jacó e Davi com Hebrom?

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Gênesis 47.5; 1Cr 5.1-2

Terça: Dt 1.36-38; Nm 13.26

Quarta: Dt 1.28; 31.2; 34.7

Quinta: Números 13.28-33; Jz 1.20

Sexta: Salmos 18.33; 1Cr 6.51-55

Sábado: Gênesis 23.2; Josué 14.8-9

Domingo: Josué 15.13; Nm 14.24,30

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DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico: Josué 15.13-19

BÊNÇÃO ALCANÇÁVEL

Calebe, certamente, por sua lealdade e comprometimento com os planos divinos, esteve sempre ao lado de Moisés e posteriormente de Josué, rumo à terra prometida. Calebe estava entre aqueles ser-vos que atuam de forma silenciosa, mas grandemente úteis para Deus. É igualmente importante ao lado de um líder compromissado com Deus ter também liderados no mesmo ní-

vel. Não importa que seus nomes não apareçam mais significativo, eles se encaixam dentro da frase de um determinado cântico: “... ninguém vê, mas Deus vê”. Quando Moisés enviou os doze espiões para faze-rem a sondagem das futuras terras de Israel, foi um grande teste de fé, e Calebe ficou com a afirmação da minoria, firme na confiança com o seu Deus.

LIÇÃO 10

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Calebe recebe Hebrom, ratifican-do a promessa feita por Moisés e se-guida pela confirmação da palavra de Josué. Nas regiões de Hebrom havia também antigos moradores. Para Ca-lebe e sua família se fixarem naquele local era indispensável vencer aque-les que ali estavam. Agora era uma luta particular de Calebe, mas Deus nunca abençoa pela metade. Ele já tivera experiências anteriores e pre-ciosas com o seu Deus. No momen-to que precisava comandar as suas próprias lutas, ele estava convicto de que continuava sob os cuidados de Deus, e por isso o Senhor estaria à sua frente, oferecendo os recursos e as estratégias para que a vitória fosse alcançada. Calebe recebe a força e o discernimento para vencer os três fi-lhos de Anaque: Sesai, Aí e Talmi, que anteriormente moravam na região.

Quando o líder da família é aben-çoado, por extensão, sua família toma parte das bênçãos. Por isso sua filha poderia naturalmente se sentir em condições de ser parte das bênçãos de forma particular para sua vida. Bênção, no exato significado da pala-vra, é ser alvo da graça divina.

1 – Quando a bênção não é acumulável

Bênção não é uma ação obrigató-ria de Deus para todas as pessoas, mesmo que elas sejam parte do Rei-no de Deus. Alguns chegam a ter a ousadia de fazer uma listagem pes-soal daquilo que se acha no direito de

receber, apenas para Deus confirmar. No entanto, não é assim que as situa-ções acontecem. Acima de tudo e de todos está a soberania de Deus, por isso algumas bênçãos podem não ser alcançáveis.

Moisés foi um instrumento es-pecial de Deus para conduzir Israel para a terra prometida, começando por libertá-los do cativeiro egípcio. As diversas ações diante de Faraó, acrescida da travessia do Mar Ver-melho, demonstraram que Moisés era um homem especial de Deus para realizar os seus propósitos. No longo tempo no deserto, Moisés en-frentou momentos difíceis com seu povo, principalmente por razões da incredulidade de Israel. Era natural que Moisés também desejasse entrar na terra prometida, mas para ele foi uma bênção não alcançável, como o próprio Deus lhe revela no último en-contro no monte Nebo, que ele veria a terra, mas nela não entraria.

Depois que Israel tomou a cidade de Jericó com a maravilhosa inter-venção de Deus, a cidade seguinte, Ai, de menor expressão, era consi-derada uma vitória certa. No entanto, aconteceu uma surpreendente der-rota. Josué fez o seu clamor a Deus, e recebeu a resposta: Israel estava em pecado. Conservar o pecado no coração torna uma bênção não alcançável, conforme afirma o sal-mista: “Se eu atender a iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Sl 66.18).

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Muitas bênçãos não são alcançá-veis porque Deus tem outros planos, diferentes daqueles que podem ser desejáveis. Os planos de Deus são os melhores, porque alcançam aquilo que realmente precisamos.

As bênçãos podem se tornar não alcançáveis quando através delas Deus não pode ser glorificado, se for apenas para autossatisfação de quem pede, sem qualquer prioridade para Deus.

2 – Difícil promessaCalebe iniciou seu trabalho de

conquista plena das terras que rece-beu por herança. Após a vitória so-bre os filhos de Anaque, era preciso a continuidade do seu trabalho. Não podia estacionar nos efeitos da última vitória conquistada, era preciso olhar para a frente, e o próximo desafio era os habitantes de Debir.

Diante da nova situação, Calebe fez a seguinte promessa: “Então Ca-lebe disse: darei a minha filha Acsa por mulher a quem atacar Quiriate--Sefer (nome anterior Debir) e a to-mar” (Js 15.16).

No momento que era preciso con-quistar Debir, Calebe faz uma difícil promessa. Ele sabia que o nível do seu comprometimento determinava que aquilo que ele prometia, precisa-va necessariamente ser cumprido.

Deus sempre valoriza a família, criação divina, para o bem-estar da humanidade. Calebe tinha essa vi-são de família, podendo ver os filhos

como herança do Senhor. Vê-los bem casados é o desejo natural daqueles que colocam suas famílias como uma de suas prioridades.

Quando Calebe promete oferecer a sua filha Acsa por esposa a quem conquistasse Debir, não era uma ati-tude aventureira, mas uma certeza de que colocando a preciosidade de sua filha para um casamento em que an-tecipadamente ele não saberia quem seria o esposo, era antecipar aquilo que mais tarde Deus revelou através do apóstolo Paulo com as seguintes palavras: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28).

3 – Acsa, filha de CalebeNão temos grandes referências

sobre Acsa, filha de Calebe. Mas as citações do momento em que seu pai toma posse das terras que em herança lhe foram reservadas nos ajudam a construir lições preciosas desse importante momento da vida de sua família.

O apelo feito por Calebe para a conquista de Debir não ficou sem resposta. Certamente a recompensa para o vencedor, de se casar com Acsa, foi um forte incentivo para que Otoniel, filho de Quenaz, fizesse aquela conquista e recebesse seu devido prêmio. Agora, Otoniel se casa com Acsa, que era sua prima, porque seu pai Quenaz era irmão de Calebe.

A partir desse momento, é desen-volvido o sentimento de que a famí-

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lia, de modo especial a filha, é parte da herança recebida. Por desenvol-ver este sentimento, nada seria es-tranho um pedido de uma filha para o seu pai, referente aquilo que fora conquistado. O novo casal, Otoniel e Acsa, estavam formando uma nova família e desejava ter a sua própria parte das terras conquistadas. O co-ração de Calebe muito se alegrou pela conquista de Debir, por Otoniel, e imediatamente cumpriu sua pro-messa, fazendo de sua filha a espo-sa do seu sobrinho.

Quando Acsa se aproximou do seu pai Calebe, este ainda não tinha noção do pedido que ela iria fazer, por isso interpretou a existência de uma outra necessidade de sua filha recém casada. Isso fica evidente na interrogação feita por Calebe à sua filha: “o que você quer?”. Aquele era o grande momento de Acsa que não poderia ser desperdiçado. Oportu-nidades podem passar, ocorrendo situações em que elas não sejam renovadas. Imediatamente Acsa diz ao seu pai: dá-me uma bênção que deveria significar um precioso pre-sente. Ela estava perto de desfrutar de uma bênção alcançável. Aquele era o seu momento para desfrutar de uma bênção que se tornaria possível, com efeitos duradouros para ela e seu esposo, e que também deixava seu pai feliz, por ser um instrumento de bênção para sua filha Acsa e, por extensão, seu esposo Otoniel.

No diálogo de Acsa com Calebe, ela lembra ao seu pai que aquilo que recebera anteriormente na partilha

familiar eram terras secas, que natu-ralmente não seriam úteis para a pro-dução. Ela especifica bem a bênção por ela desejada: “dá-me também fontes de águas”. Calebe demonstra felicidade ao ser um instrumento para que sua filha recebesse aquela bên-ção, por isso complementa dando-lhe as fontes superiores e as fontes infe-riores. Filha Acsa abençoada, genro Otoniel abençoado, fruto do coração de Calebe, sempre sensível àquilo que Deus desejava que acontecesse.

Para pensar e agir:- Calebe foi um exemplo de leal-

dade e comprometimento com os pla-nos divinos.

- Ninguém vê, mas Deus vê. Te-nho esta certeza?

- Posso ser alvo da graça divina através de bênçãos?

- Aceito a soberania de Deus quanto às bênçãos?

- A conquista de Debir custou uma difícil promessa feita por Calebe.

- Estou sendo sensível para rece-ber uma bênção alcançável?

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Números 13.22; Jz 1.10,20

Terça: Josué 10.22; Juízes 1.11

Quarta: Juízes 1.12; Números 32.12

Quinta: Josué 14.6; Juízes 1.13

Sexta: Juízes 3.9; Gênesis 24.64

Sábado: Juízes 1.14; 1Samuel 25.23

Domingo: Gênesis 33.11; 27.38

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DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico: Josué 22.10-34

O ALTAR ACEITÁVEL POR DEUS

Quando Deus ministrou as ins-truções iniciais que foram precedi-das pelas Leis, nelas estavam tam-bém incluída a construção do altar que deveria ser uma mesa consa-grada aos sacrifícios religiosos. Tudo deveria ser preparado conforme as orientações divinas: o altar deveria ser feito de madeira, terra ou pedra, sobre o qual se ofereceria o sacri-fício (Êx 20.24; Dt 27.5). Os altares de madeira eram revestido de algum metal e tinham pontas (chifres) nos quatro cantos (Lv 4.25)1. Fugitivos ficavam em segurança quando cor-riam e se agarravam a essas pontas

1 - Fonte de consulta: KASCHEL, Werner e ZIMMER, Rudi - Dicionário da Bíblia de Almeida.

(1Rs 2.28). Havia também o altar do incenso, que ficava no Santo Lugar (Êx 30.1-10).

Não bastava que apenas as es-truturas físicas estivessem rigorosa-mente conforme as determinações para o altar. Por ser um instrumento para servir ao culto e à adoração a Deus, aqueles que se apresenta-vam para este procedimento deve-riam ter uma vida e atitudes aceitá-veis por Deus.

Os israelitas continuavam as tarefas de plena fixação nas terras concedidas por Deus. É natural que

LIÇÃO 11

53

a construção de um altar precisava estar ao nível de uma das principais prioridades. Não poderiam desprezar a preocupação que era imprescindí-vel à aceitação divina para aquilo que seria um instrumento para a adoração quando cada um apresentaria diante de Deus a sua oferta, para prestação de culto pessoal ou coletivo.

O conceito de altar chegou ao nosso tempo com uma realidade ajustada. Naquele lugar onde está a tribuna ou o púlpito é considerado de forma especial como o altar. Certa senhora afirmou quanto ao púlpito, que aquele lugar é onde Deus fala de forma especial ao seu povo. Não é o único lugar que Deus fala, mas lem-brando-nos do sermão que Esdras pregou em um púlpito construído es-pecialmente para aquele momento, este mesmo sentimento devemos ter dos nossos púlpitos no conjunto do altar deste tempo, recordando que seus efeitos espirituais ficam relacio-nados à aceitação por Deus, porque Ele continua desejando falar também ao seu povo através dos púlpitos.

1 – Não pode ser resultado de conflitos

A interrogação de Deus através do profeta Amós foi: “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Am 3.3). Reconhecemos a resposta pelas diversas experiências vividas, que é impossível andar junto quando não há entendimento recíproco.

O altar deveria incluí-los, mas es-tava afastando-os. Havia dois grupos

distintos com visões diferentes sobre o mesmo assunto, havia uma eviden-te divisão entre o povo de Deus. De um lado, estavam os filhos de Rúben, os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés e em posição contrária, os filhos de Israel. As incompreensões chegaram ao nível insustentável e os filhos de Israel chegaram a cogi-tar a ideia de resolver as diferenças através de uma guerra. Jesus disse, através do evangelista Lucas: “... todo reino dividido contra si mesmo será assolado; e a casa dividida contra si mesma cairá” (Lc 11.17). Nesta si-tuação, se a guerra acontecesse não haveria vencidos e nem vencedores, todos seriam derrotados.

Quando há qualquer forma de conflito o altar não pode ser aceito por Deus, porque na maioria das si-tuações, o conflito tem sua origem na mudança do foco. Foi exatamente o que aconteceu naquela situação en-tre o povo. O altar nunca pode dividir o povo de Deus, mas deve ser um precioso instrumento para unir todos em torno de Deus, que deve ser sem-pre a única motivação para o nosso louvor e adoração.

2 – Transmite a certeza da presença de Deus

Deus sempre usa servos com sentimento conciliador. Naquela oca-sião, o sacerdote Finéias foi o instru-mento usado por Deus. Ele usou de sabedoria ouvindo ambas as partes, antes de encaminhar para uma solu-ção. Nesse contexto foi muito signifi-cativo a sua sensibilidade.

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Nessas circunstâncias é muito importante que as partes envolvidas estejam sensíveis para receber uma palavra que ajude na solução. Possi-velmente os filhos de Israel estavam mais inflexíveis e prontos a caminhar para a solução que consideravam mais adequada. Não temos os de-talhes daquilo que foi orientado pelo sacerdote Finéias, mas cremos que ele se preparou para transmitir uma palavra de sabedoria vinda de Deus. Enquanto povo de Deus, precisamos estar alertas para não nos deixarmos tomar decisões pelo impulso inicial, pois muitas situações podem nos conduzir para resultados que depois iremos lamentar.

Agora que o povo de Israel es-tava de posse da terra prometida, o relacionamento de cada israelita com Deus precisava ser colocado em ní-veis que todos se sentissem especial-mente abençoados. O altar precisava ser tratado com muita espiritualidade por aquilo que deveria representar para todo o povo. O oficiante das ce-lebrações não era o que deveria atrair a atenção de todos. Sua participação na condução do culto e da adoração tinha sua importância, principalmen-te se ele estivesse bem preparado quanto ao seu relacionamento com Deus para conduzir o povo ao mesmo nível espiritual. Mas o mais importan-te é a presença de Deus.

Quando o altar é aceitável a Deus, ele transmite a certeza da divina presença. O ser aceitável depende da maneira como cada adorador se apresenta diante do altar.

Finéias assim se expressou: “Hoje sabemos que o Senhor está no meio de nós, porquanto não cometes-tes transgressões contra o Senhor” (Js 22.31). Quando nos reunimos diante do altar em nossas Igrejas, precisamos oferecer a nossa especial participação, para que sobre o nosso ambiente também possa ser dito: o Senhor está no meio de nós.

3 – É instrumento para o louvor do Povo de Deus

O altar passa a receber o trato que Deus espera dos seus filhos. O reco-nhecimento começa a surgir no cora-ção dos filhos de Deus. Agora na terra prometida, desfrutando plenamente das promessas de Deus, que foram integralmente cumpridas, a melhor forma de reconhecimento por tudo quanto Deus fizera para o seu povo, era louvá-lo, louvá-lo, louvá-lo...

Deus usou poderosamente o sa-cerdote Finéias para estabelecer, quanto ao altar, aquilo que todos de-veriam pensar. Deixava de haver po-sições divergentes entre os filhos de Rúben, filhos de Gade, meia tribo de Manassés e os filhos de Israel. E por isso Finéias podia agora confiada-mente declarar: “E pareceu a respos-ta boa aos olhos dos filhos de Israel, e os filhos de Israel louvaram a Deus” (Js 22.33).

O altar aceitável para Deus é aquele que é instrumento para o lou-vor do povo de Deus. Dependia de cada Israelita fazer daquele ambien-te um lugar em que Deus se agrada

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de estar presente. Os filhos de Israel estavam quebrantados pela maneira como acontece a ação de Deus entre o seu povo. Agora eles reconhecem que o altar poderia conduzi-los natu-ralmente ao sentimento espiritual de louvor ao Senhor de diferentes ma-neiras. E Deus, que conhece o cora-ção de todos, estava pronto para re-ceber o louvor do seu povo especial.

Desfrutamos ainda no Brasil do privilégio de ter os nossos templos com seus respectivos altares. Nossa participação não pode ser meramen-te mecânica ou artificial. Precisamos ter a devida sensibilidade espiritual para oferecer diante do altar de Deus o nosso sincero louvor.

4 – Serve de testemunhoOs filhos de Israel já haviam ado-

tado uma posição de humildade ao recuar em seus projetos de guerra, para reconhecerem e praticar o lou-vor a Deus diante do altar. Quanto aos filhos de Rúben e os filhos de Gade, assim se expressa o texto bíblico: “e os filhos de Rúben e os filhos de Gade puseram no altar o nome de ‘Eder’ para que seja tes-temunho entre nós que o Senhor é Deus” (Js 22.34).

Dessa maneira, ficou perpetuado para aquela geração que o Senhor é Deus. Houve dificuldades entre ir-mãos por causa do altar que parecia de difícil solução, mas o nome que eles colocaram no altar mostrava a sólida confiança que o Senhor é Deus, que não permitiu uma luta entre irmãos e restaurou a certeza

de que todos poderiam expressar sua adoração diante do altar, por-que agora eles estavam unidos pelo principal: o Senhor que é o Deus de todo Israel. Podemos até pensar diferente dos nossos irmãos, mas conservemos o nosso “Eder”, o tes-temunho de que todos servimos e adoramos ao Deus vivo.

Para pensar e agir:- Deus está podendo falar através

do altar de nossa Igreja?

- Andarão dois juntos se não esti-verem de acordo?

- Quando há qualquer forma de conflito, o altar não pode ser aceito por Deus.

- O nosso coração tem podido ser um altar para Deus?

- Por que o sacerdote Finéias pode ser chamado de conciliador?

- O altar de nossa Igreja transmite a certeza da presença de Deus?

- Temos a verdadeira sensibilida-de espiritual para expressarmos o perfeito louvor?

- Servimos e adoramos ao Deus vivo!

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Dt 10.17; 1Reis 8.39

Terça: Jó 10.7; Salmos 44.21

Quarta: Jr 11.13; 2Cr 11.11,31

Quinta: Dt 18.19; 1Samuel 29.16

Sexta: Gênesis 31.48; Dt 12.5-6

Sábado: Levítico 26.11; 2Cr 15.2

Domingo: Dt 12.13; Josué 22.34

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DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico: Josué 23.1-16

OBEDECER: SEMPRE A MELHOR OPÇÃO

Josué começa a perceber que já estava próximo o final da sua cami-nhada terrena e consequentemente sua liderança junto ao povo de Is-rael. Decidiu continuar cumprindo até o fim tudo aquilo que Deus es-perava dele. Muito em breve ele não estaria mais entre eles, novas lide-ranças certamente haveria de surgir, mas havia princípios de orientação divina que não poderiam ser que-brados, e Josué entende que cabe a ele lembrá-los principalmente de que no relacionamento com Deus,

agora e sempre, obedecer seria sempre a melhor opção.

Josué fez uma convocação espe-cial para a liderança de Israel, e nela fez duas comunicações muito impor-tantes: a primeira sobre si mesmo. Os israelitas não podiam cultivar a ilusão de que teriam um Josué para sempre. Eles precisavam começar a se preparar para viverem sem a pre-sença dele, por isso, disse de duas formas o prenúncio de sua caminha-da para a eternidade: (1) Eu já sou velho e entrado em dias (110 anos)

LIÇÃO 12

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(Js 23.2); (2) E eis que vou, hoje, pelo caminho de toda a terra (Js 23.14).

A segunda comunicação é para todo o povo, a começar por sua lide-rança: ele lembra a todos de como Deus cumpriu a sua palavra, enquan-to ele, Josué, os conduzia à terra pro-metida. As atitudes de todo o povo deveria ser consequência natural desta permanente lembrança. Não poderiam desculpar-se de que Josué não tinha advertido.

1 – Porque Deus sempre cumpriu a sua própria palavra (v. 3-5)

Jeová era infalível, e estava com eles no meio de suas batalhas: “...um só homem dentre vós perseguirá a mil, pois é o Senhor vosso Deus que pele-ja por vós” (Js 23.10). O texto bíblico está repleto de promessas de Deus, e também das referências de que Deus sempre cumpre a sua Palavra.

As dificuldades humanas no re-lacionamento com Deus acontecem muitas vezes porque queremos dar prazo para as respostas divinas, e quando não acontecem no tempo que esperamos, deduzimos errada-mente que as ações de Deus não irão acontecer. Israel experimentou em diversos momentos essa evidên-cia de fraqueza espiritual. Alguns chegaram a imaginar que a chegada à terra da promessa não acontece-ria e que eles permaneceriam para sempre na escravidão egípcia.

Agora Josué relembra ao povo que Deus cumpriu fielmente as suas palavras e eles jamais poderiam es-

quecer as ações exclusivas de Deus em favor do seu povo. Neste mo-mento da vida de Israel, Deus havia concedido seu descanso ou cessar de lutas em relação a todos os seus inimigos que estavam ao redor. Por isso era um excelente momento de reflexão, começando por reconhe-cer que aquelas boas situações que agora desfrutavam eram o resultado do cumprimento das promessas de Deus. Naquele tempo, Israel não era uma potência militar para enfrentar qualquer outra nação, mas as vitó-rias aconteceram pela intervenção direta de Deus, como por exemplo a queda dos muros de Jericó e a con-quista daquela cidade. Aquela gera-ção atravessou o rio Jordão e isso aconteceu a exemplo da travessia do Mar Vermelho: pelo poder e determi-nação de Deus.

2 – Por que corresponder às atitudes que Deus espera do seu povo: obediência – sujeição – fidelidade? (v.6)

No momento de passar as ins-truções para o povo de Israel, essas não poderiam ser vistas como transi-tórias, mas como permanentes. Era aquilo que Deus esperava no presen-te e também no futuro. Deveriam ser marcas que caracterizassem sempre o povo de Deus.

Era natural que todos se pergun-tassem: qual deve ser a atitude de cada um para com Deus? O Senhor não deixou Josué sem resposta, mas de maneira clara colocou diante de

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cada israelita o que se esperava de cada um deles. Primeiro: obediên-cia. Precisavam estar sempre prontos e preparados para fazer a vontade de Deus; Segundo: Sujeição. Deviam estar de forma contínua na presença e na dependência de Deus, convic-tos de que a vontade dEle é sempre a melhor em qualquer circunstância. Terceiro: fidelidade. Precisavam de-monstrar sempre que eram dignos da confiança do seu Deus.

Com isso, deveriam ser leais aos mandamentos do Senhor, evitando todo tipo de pecado, principalmente a apostasia, que é o abandono da cren-ça no Deus vivo. Eles estariam sem-pre cercados de povos que serviam e adoravam outros deuses, mas preci-savam permanecer fiéis ao seu Deus, desprezando qualquer indicação que os desviassem do Deus de Israel.

Israel não podia contrariar as ex-pectativas de Deus a respeito deles. Josué foi usado para ensiná-los sobre as atitudes que Deus esperava deles. Não tinha desculpas para erros futu-ros, estavam divinamente avisados. Todo o esforço deveria ser desen-volvido para alcançar os objetivos de Deus para o seu povo.

3 – Seguindo sempre os caminhos das bênçãos (v.15)

Josué relembra o seu povo todas as bênçãos que Deus derramou so-bre Israel, com a seguinte expressão: “... vieram todas estas coisas boas...”. À medida que o povo se submetia

1 - Fonte de consulta: O novo Comentário da Babilônia. Volume 1. Dr SHEDD, Russel.

ao seu Deus, eles iam recebendo as bênçãos de Deus. Certamente ainda se lembravam da primeira derrota na cidade de Ai, por causa do pecado de Acã que contaminou espiritualmente todo o povo. Somente voltaram ao caminho da vitória quando estavam purificados de pecados. O princípio da santidade estava conservado para a plena atuação de Deus, sem qual-quer impedimento, para as vitórias que se faziam necessárias.

Josué confirma ao seu povo que o desejo de Deus era de forma conti-nuada abençoá-lo, mas era indispen-sável que o povo desejasse de forma prática o caminho das bênçãos, atra-vés de vidas fiéis e santificadas ao Senhor.

A advertência de Deus através de Josué para as situações contrárias à vontade dEle, foi expressa com essas palavras: “... assim trará o Senhor so-bre vós todas aquelas más coisas, até vos destruir de sobre a boa terra que vos deu o Senhor vosso Deus” (Js 23.3). Infelizmente, no futuro de Israel o povo se desviou de Deus, até ter que experimentar a humilhação da destruição do Templo de Jerusalém e o cativeiro babilônico1.

Precisamos sempre lembrar da advertência de Deus: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer, por-que tudo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). Se Israel permanecesse obediente, de forma contínua, bênção sobre bênção seria prova do resultado da semeadura que realizavam.

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No passado, no presente e no fu-turo, Deus quer que o seu povo trilhe o caminho das bênçãos!

4 – Para evitar as influências dos povos vizinhos (v.16)

Para Israel havia uma dificuldade que não poderia ser menosprezada: os seus vizinhos não tinham qualquer relacionamento com o Deus de Israel e algumas dessas pessoas viviam, também, no meio dos israelitas.

Os povos vizinhos, ao longo de sua existência, desenvolveram as práticas da idolatria com os altares aos seus respectivos deuses. Naque-le ambiente geográfico, Israel era o único povo monoteísta, o único que adorava ao Deus vivo. Pelas mais diferentes situações, o contato entre eles era inevitável, por essa razão, Is-rael precisava estar de forma perma-nente alerta para que as influências espirituais dos seus vizinhos não os contaminassem, ao ponto de quebrar seu relacionamento com Deus.

Nesses possíveis contatos com os vizinhos, há três solenes adver-tências aos atos que eles poderiam ser seduzidos a praticar: (1) Quando transpassardes o concerto do Senhor vosso Deus, que vos tem ordenado. (2) Servirdes a outros Deuses. (3) in-clinardes a outros deuses.

Essas seduções espirituais uma chama a outra e se completam na adoração idólatra. Ao mesmo tempo em que Josué os adverte para não praticá-las e não deixarem ser ven-cidos pelos povos vizinhos, também

os previne de quais seriam as con-sequências anunciadas por Deus, se essa semeadura negativa aconte-cesse: “a ira do Senhor sobre vós se acenderá e logo perecereis de sobre a boa terra que vos deu”.

Diante de todas as exortações ao povo de Israel e ao povo de Deus de todos os tempos, precisamos com-preender que obedecer a Deus é sempre a melhor opção!

Para pensar e agir:- Estou preparado (a) para encon-

trar-me com Deus na eternidade?

- Estamos prontos para aguardar o tempo de Deus?

- Deus sempre cumpre fielmente a sua palavra.

- Obediência, sujeição e fidelida-de. Estou pronto a praticá-las em re-lação a Deus?

- Não podemos contrariar as ex-pectativas de Deus a nosso respeito.

- Desejo ter uma vida de santidade para alcançar as bênçãos de Deus?

- Que revelação especial de Deus encontrei neste estudo?

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Dt 31.28; 1Crônicas 28.1

Terça: Êxodo 14.14; 23.30

Quarta: Dt 11.23; Números 33.53

Quinta: Josué 1.7; Deuteronômio 7.2

Sexta: Levítico 26.8; 2Samuel 23.8

Sábado: Hb 10.38-39; 2Pedro 2.20

Domingo: Lv 26.16; Gn 35.4; 1Sm 10.19

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DATA DO ESTUDO

Texto Bíblico: Josué 24:1-15

ESCOLHENDO DEUS

No texto de Josué 24.2-28, Jo-sué, sendo instrumento nas mãos de Deus, profere sua última mensa-gem para o povo de Israel, que vai colocar diante deles um desafio: es-colher a Deus.

No texto deste sermão, Josué faz um passeio pela história de Israel, desde seu início com Abraão e sua família até aqueles dias. Este cami-nhar na história de Israel irá revelar

muito mais do que cada passo do povo de Deus, mas principalmente as revelações do poder e soberania de Deus para cada momento dessa história.

Quando Josué cita os nomes Abraão, Isaque, Jacó, Esaú, Moisés e Arão, acrescido de lugares como terra de Canaã, Egito, Mar Verme-lho, rio Jordão e Jericó, povos como cananeus, amorreus, farizeus, he-

LIÇÃO 13

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teus, heveus, girgaseus e jebuseus, todas essas citações com suas res-pectivas referências no texto bíblico, demonstra que Deus, o Senhor da história, conduziu tudo segundo os seus planos e seus propósitos. Nas mais diferentes situações há revela-ções que somente poderiam ser pro-duzidas pelo próprio Deus.

Neste último sermão, Josué pro-cura demonstrar que Israel não era apenas mais um povo no mundo. Aquele era o povo de Deus, que teve sua origem quando a família de Abraão foi separada pelo próprio Deus para dar início ao seu povo es-pecial.

O apelo daquele sermão é no sentido de que o povo escolhesse a Deus. Todo o sermão é uma afirma-ção de que somente Deus é o Se-nhor, por isso escolhê-lo livremente seria a melhor decisão, naquele tem-po e em todos os tempos.

1 – Pelo reconhecimento de que tudo que receberam foi um presente de Deus (v,13)

É comum, quando se ganha uma propriedade, fazer de tudo para ter um mínimo de condições para tornar o novo espaço habitável. Mas tudo foi absolutamente diferente quan-do o povo de Israel tomou posse da terra prometida. Deus preparou um presente completo para o seu povo. Josué procura ensinar que eles de-veriam escolher Deus em reconhe-cimento pelos presentes completos que receberam, tais como:

Os israelitas receberam terras que eles não trabalharam – Os ter-renos estavam prontos para tudo o que eles precisassem fazer. Nenhum deles ali trabalhou para produzir aquele resultado que eles podiam visualizar. As terras estavam pron-tas, presenteadas por Deus para produzirem resultados imediatos.

Os israelitas receberam cida- des que não edificaram para ne-las habitarem imediatamente – A construção de uma cidade é muito trabalhosa. Deus não deixou que o seu povo estivesse envolvido com essas preocupações. Eles não edi-ficaram aquelas cidades, mas nos projetos divinos tudo foi feito an-teriormente, de modo que quando eles chegaram as cidades estavam perfeitamente habitáveis.

Os israelitas podiam comer das vinhas e dos olivais que não plantaram – Alimentação é im-prescindível para todo ser humano. Quando se chega em um lugar em que tudo está no ponto zero, preci-sa-se de um bom tempo para que os frutos produzidos possam ser con-sumidos. Deus sabia que quando o seu povo ali se fixasse, precisaria imediatamente dar continuidade às suas necessidades alimentares. Eles não plantaram as vinhas nem os olivais, mas quando os israelitas ali chegaram tudo estava pronto para o consumo do povo de Deus.

Se o reconhecimento genuíno sobre os cuidados de Deus ocorres-sem, o povo deveria naturalmente escolher Deus.

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2 – Pré-requisitos para escolher Deus (v.14)

Para escolher Deus não basta-va apenas declarações verbais que não produziam consequências es-pirituais. Quando Josué colocou a questão para o povo ele ouviu diver-sas declarações, mas que não agra-davam a Deus porque mais adiante elas se tornariam desconhecidas pelos seus declarantes. Josué ou-viu parte do povo dizer: “Nunca nos aconteça que deixemos ao Senhor para servirmos a outros deuses” (Js 24.16). Muitos que assim falaram não permaneceram fiéis, porque tam-bém não tinham, na verdade, adotado os pré-requisitos para escolher Deus, que são: (1) Temer ao Senhor – era preciso adotar de forma permanente um profundo respeito e reverência à pessoa de Deus, o qual nenhum outro seria merecedor de recebê-la. (2) Servir a Deus com sinceridade, sempre lembrando que “Deus não vê como o homem vê. O homem vê a aparência, mas Deus vê o coração” (1Sm 16.7) – Deus sabe se o nosso serviço prestado a Ele é resultado daquilo desejado pelo nosso cora-ção. O serviço não pode ser prestado para agradar as pessoas, mas se é para Deus, Ele precisa reconhecer a sinceridade do serviço que pres-tamos. (3) Desfazer-se dos deuses estranhos – Israel ficou cercado por povos idólatras quando chegou na terra prometida. Essas influências in-felizmente chegaram até Israel, mas Deus não aceita concorrência, Deus

só aceita o coração exclusivamen-te para Ele. Os deuses estranhos criaram algumas raízes entre os is-raelitas, mas para que Deus fosse escolhido, eles deveriam se desfazer deles para todo o sempre.

Todos os pré-requisitos precisa-vam ser integralmente cumpridos para se habilitar em escolher Deus.

3 – Necessário cada um fazer a sua opção (v.15)

É comum pessoas fugirem de tomar decisões. Pode parecer que essa acomodação resolva o proble-ma, mas adiar decisões pode signifi-car ficar de posse daquilo que é pior. Josué diz com clareza: “escolhei hoje a quem sirvais”. Todos teriam que fazer sua decisão naquele dia, sem possibilidade de adiamento.

Diante dos israelitas havia somen-te duas opções: (1) deuses estra-nhos – aqueles que foram servidos por gerações passadas pelos amor-reus, em cuja terra eles estavam. Sempre crescia entre eles as influên-cias espirituais dos povos com os quais conviveram. Ouviram diversas ilusões, que até pareciam ser verda-des, pronunciadas e ensinadas pelos seguidores dos deuses estranhos. (2) O Deus vivo – Durante todo sermão que ouviram, Josué pode identificar pelas ações de Deus, que Ele era realmente o Deus vivo. Todos os fatos mencionados e conhecidos testemu-nhavam do enunciado de Josué so-bre o seu Deus.

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Agora, cabia a cada pessoa fa-zer a sua opção. Outra posição que poderia ocorrer seria uma decisão familiar. Estava diante de todos as informações fundamentais sobre os deuses estranhos e o Deus vivo, por isso todos tinham os elementos ne-cessários para a sua decisão, que le-varia junto as devidas consequências da escolha adotada.

Josué: exemplo a ser seguido (v.15b)

Certo pensador disse: “... a lide-rança parte do exemplo”. A lideran-ça eficaz é aquela construída pelo exemplo do líder, que naturalmente tem um reconhecimento positivo dos seus liderados.

Josué foi um líder exemplar. No momento que ele coloca para o seu povo o desafio de uma escolha espi-ritual que deveria produzir resultados pelos anos vindouros, antes de tudo, ele coloca o desafio para si mesmo e para sua família. Ao tomar essa pos-tura, ele passa a ser um líder que é um exemplo a ser seguido, com as garantias de ser do agrado de Deus.

No pronunciamento de Josué, fir-mado em sua experiência pessoal com o seu Deus, ele entende que somente havia uma opção com resul-tados duradouros: escolher Deus. Se-ria abençoador poder continuar com Deus para todo o sempre e estar sem-pre disponível para servi-lo.

O exemplo de Josué quanto à sua escolha por Deus foi muito sig-nificativo, por revelar a unidade de sua família. A decisão de Josué não

foi uma posição isolada dele, da qual não compartilhavam esposa e filhos. Mas quando ele declarou: “... eu e a minha casa serviremos ao Senhor”, isso significava que todos estavam no mesmo propósito. Deus era a escolha de cada um e escolhido por todos no conjunto da família.

Os que fizeram a mesma opção de Josué e sua família escolheram Deus e foram para sempre abençoados.

Para pensar e agir:- As revelações de poder e sobe-

rania de Deus estão na história de Israel.

- Aceito que Deus é o Senhor da história?

- Dos presentes que Deus deu a Israel, referidos nesta lição, qual você considera mais significativo?

- Explique o pré-requisito: servir a Deus com sinceridade.

- Porque deuses estranhos atraí-ram parte do povo de Israel?

- Minha família está unida em re-lação a Deus?

- Deus tem sido realmente a nos-sa escolha?

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Gênesis 35.4; 1Sm 10.19

Terça: Gn 11.26; Dt 23.5; Js 3.14,17

Quarta: Juízes 11.25

Quinta: Levítico 17.7; Juízes 6.10

Sexta: 1Cr 28.9; Sl 119.173; Jz 10.16

Sábado: 1Samuel 6.20; Levítico 19.2

Domingo: Rute 1.15; 1Crônicas 28.9

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Ano 14 - n° 54 - Julho / Agosto / Setembro - 2017

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Currículo 2017

Primeiro TrimestreMais que Vencedores!Vitórias de Deus Ao nosso AlcancePr. Noélio Duarte

Segundo TrimestreJesus e Você, HojeLivro do Evangelho de JoãoPr. Davi Freitas de Carvalho

Terceiro TrimestreJosué: revelações de Deus através da históriaPr. Jonas Vieira Lima

Quarto TrimestreVida CristãPrincípios eternos para tempos melhoresPr. Elildes Junio Macharete FonsecaPr. Matheus Dutra Rebello

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