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ANO XXXVINUM. | . £ £

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O TICO-TICO 14 — Maio — 1MI

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RISCOS DE BORDAR E %ARTES APPLICADASAppareee no' ri:a 15 de cada mez

ARTE DE BORDAR é uma revistamensal de riscos para bordar e artesapplicadas. Contém 28 paginas degrande formato e grande supplementoque vem solto dentro da revista comos mais encantadores e suggestivosriscos para bordados em tamanho deexecução.ARTE DE BORDAR contém riscospara: Sombrinhas, Almofadas, Stores,Kimonos, Monogrammas. Pyjamas,Guarnicões e Toalhas para altar. Guar-nições para

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As remessas devem ser íeitas em vale pos-tal ou registrado com valor á Soe. AnonymaO MALHO - Travessa do Ouvidor, £8. HIO

Nas livrarias e yeitededores de jornaes

Sociedade Anonyma O MALHOTravessa do Ouvidor, 26 — RIQ

avulso 9*pO(3"(y

LfiJliJ__dj_OI_Í_»JDiretor-Gerente: A. DE SOUZA E SILVA

SEMANÁRIO INFANTILASSINATURAS

BRASIL XI ano I_S6MS mi3« U{ü'«li:xTEi:ion: '1 -no .. .. .. .. T-$0T>8E mesta JttOMNumero atrazíul.» íátílí

rroiuiedadt d» S. A. "O MALHO" —Travessa do Ouvidor, 2S — Pio.

í?içf3eo \Jau&OS UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS

Meus netinhos:

Há, entre nossos pequenosleitores, muitos que não se de-dicam unicamente aos brin-quedos, mas que tomam inte-rêsse pelo que há em casa epôde ocupar seu tempo, tor-nando-os úteis à familia.

E' claro que, auxiliando seuspais no serviço de manutençãoda casa, um menino precisaservir-se dos utensílios desti-nados a tal fim. como sejamvassoura, manual ou elétrica,enceradeira, martelo, pregos,serrote, escada e uma infini-dade de outros objetos quedevem sempre estar ao alcan-ca da mão.

Fazer o serviço, já é umacoisa louvável, mas saber fazè-Io, sem causar prejuízo, já éoutra, e pôde acontecer que,além dos prejuízos, hajaperigos. Por exemplo, ao subirpor uma escada de mão, o me-nino prudente deve saber fa-zê-lo, certificando-se antes detudo se a escada está bem fir-

me no chão, para que não es-corregue. Em segundo lugar,deve olhar bem para onde pou-sa os pés, para não resvalar,porque o tombo é certo.

Se quizer usar a vassoura.repare bem como a mesmavem sendo manejada por ma-mãe ou peta serviçal, para nãoestar sujando mais, em lugarde limpar.

O pó sobre os moveis émuito prejudicial, pois, aospoucos vai penetrando na pin-tura ou no verniz dos rnôV-is,estragando-os, e com o pó vãoos cupins cumprir com suaparte nos estragos.

O martelo, utensílio tão útilquando se trata de fazer ai-gum consê-rto, deve ser mane-jado com prudência e habili-dade. Ao bater um prego, deve-se antes de tudo olhar paraonde está o dedo que segurao prego e onde o martelo vaibater. Não tomando essa pre-caução é fatal o martelo tro-car o prego pelo dedo, e qual-quer pessoa deve saber quanto

dóe uma martelada. O serrotemerece a mesma atenção. Aoserrar uma táboa, convémmanter a mão à distancia dosdentes do serrote, porque êst_pôde resvalar e serrar um dedocom toda facilidade.

E' tão faci/ aprender tudoisso e, sobretudo, tão ú t i 1,quando quizer consertar seucarrinho, saa patinéte, a tro-tinéte, a bicicleta, um boné-co e uma porção de brinque-dos. Num instante, empregan-do atenção e refletindo, pôdequalquer menino aprender aconsertar qualquer objeto, enão fazer, como muitos fazem,carregando de pregos a partea consertar, o que ainda maisestraga o objeto, tornando-oabsolutamente imprestável.

Não é suficiente ter noçõesdo mecanismo, quase sempresimples, de qualquer utensiMocaseiro, saber -como funciona,mas também refletir nos peri-gos que pôde causar, quandoempregado com inexperiência.

VôVô

O TICO-TICO 4 — 14 — Maio — 1941

AS AVENTURASA^AV^ \\ PRECISA-SE Muito bem.-Vende-se por 450$ e ganha-se 45S. E' ne-

«||^^^T#^ vendedores góci0 °" nã0 é? Bom mei0 de ganhar a vida-'OJK^^^C

V^ Para vender "~" VVfõT^ "W' '

3f_

O s ( 6 CL I w-yy

Não são apenas os homens que usam ^bonets". As mulheres também os usaram

no passado. Mas os "bonets" femininos e m gera! tinham fitas compridas que passa-

vam por debaixo do queixo.

Os primeiros modelos de chapéo desse tipo, segundo afirmam os historiadores,

c pareceram na Edade Média. Eram creaçÕes muito interessantes, feitas de tecidos e

com formas diferentes. O "hennin", por exemplo, usado no século XV, era um mo-

delo muito alto e muito comprido, feito de papelão. Mais tarde, nos séculos XVÍI e

XVIII, apareceram modelos tambem interessantes, como os da Revolução franceza.

Na Inglaterra, nos Estados Unidos e na, Alemanha, durante o Romantismo, usaram-

se "bonets" muito caracteristicos.

11 — Maio m% O TICO-TICO

O AO MALEMPEORPosso falar uminstante com a senhora?

Que dia danado de trabalho. P_á;a ser peior. Já visi-_amo_ vinte casas.

vi. ^W/Mm •—f T

Teve sorte, amigo?Quantas vendeu?

Nenhuma Mas

ganhei Quarenta mil reis por ter limpado ostapetes

C.O.POiSf

QUE É O ÂMBAR ?O âmbar é a resina mais fossilisada e dura dos pinheiros que vivem há milha-

res de anos.

A resina dos pinheiros, das árvores enterradas no sólo ou na água durante as

grandes transformações que tiveram lugar na superfície da Terra, foi gradualmentese endurecendo e transformando-se em âmbar. Esta substancia é quebradiça e de umamarelo translúcido; bastante dura para, cortar contas, jóias, cigarreiras e cabos decachimbos.

Além desta utilidade, o âmbar é um iso.ador de eletricidade; a cinza obtida comsua queima forma a base de um vemá* excelente.

O TICO-TICO — e 14 — Maio — 1941

R5

L

PROEZf.5D

¦¦< ';'-. •rííW.

____________ ~y_t Pensam

que esfou aqui por nada, camaradas?

O sr. se engana, "seu" guarda. Este senhor áo dono da casa. Esfou abrindo a porta para êle.

Vou chamar sua mulher para vêr se é verdade.ESTA CASA É SUA?

:_L_v V7_..i.J_.___

14 — Maio — 1941 — / O TICO-TICOEncontre!-os forcando as portes tlur.n ^b*» r. HIHBHHHHHHB8cas*. Este gorducho dirigia o "trabalho" J^&Ê I

^HP 88» "* '¦ «" MOBIHH»

Er.tão, não a_\ ___\íÊ

quer falar? ' q yVl Esta insistente perqunfa é uma Jt^^^B mtmA

W_f___\ W__f ^* ~C__

t\^^s-& ^\l\ ^^b E / * ""^ ' //~_ __W Wa /i\.v \

não acelerariam qualquer elucida- _^kI Çuer calar-se ou não? ^^PK jULLIVAlN

O TICO-TICO ¦8

HISTORIAS VOCACIONAIS14 —"Maio — 1941

Por MARIO !M8lfUBADes. de OSVALDO STORNI

«, ^^^ —.

i ¦'2^^£^xAAA^~~z - XA&A- ./M^ô^staóm , j| FICA DOIDO TRA" jA-y M^o/ _„. liM. GANHARA'A CORRIDA DA )^zA \

BALHANDOlJE^Mi fr^CZ íSF^tH*--j -\£>avea, vou A53.ST.r- £=> '• '^í^- \tw5K i " mm~" ^y"^^M^A

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X)VOLANTE RAIMUNBEM COLOCADO \}//7

AVANÇO DE <ÍTTM^/ A^r\uMA volta!; r^Ui^P

3?v íi",*i»l,"t<'"i1 ___,/ I /'^^^j-v-V. jâif.íâllaSÉ irtPi ; gr •#/ ííl ' ^"W

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A A AfüBSTITUlREJ A CÂMARA^'DE AR POR ESTA MOLA,

JMVENTEI.UM PNEU- ^ÒE NÃO «-*—

^TOÜRA;

V/-"AO VOLANTE RAt MUfÍDO^VENCEU COM OS .PNEUS

BRASILEIROS DE CÂMARA/*-.OE AÇO^MM-AJJM=- ,\\ aV

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FABWCO'PNÊUMATíCÓ5.-«UEK SOCtEDAOE?(ENTRARA* COM N.

< PATENTE/__j________8______fe7 >-T

~ v»-

/quem trabalha!•& fM^ vence mesmo! )

CORTE AS UNHAS UMA. VEZ POR SEMANA,

14 -— Maio 1941 q O TICO-TICO

VOCÊ SABIA... Colegas...

OUE SEGUMDO CÁLCULOS, UMA ANDORINHAPODE CONSUMIR EM MEDIA CERCA DE

SEIS MIL MOSCAS POR DIA P rT

' .

ÇKH>CroQi><H><Hr>$,><H>iKH>O0

UMA EXTRAORDINÁRIA CIDADE NO DESERTO

Em pleno deserto da Arábia meridional existe extraor-dinária cidade chamada Shibam, que rarissimos viajantes lo-

graram atingir. Suas casas são simplesmente de pasmar,para uma cidade naquelas condições, pois, têm dois e atémais andares. O célebre explorador Hans Helfritz foi umdos poucos viajantes que a viram, regressando com foto-cjrafias.

As brancas torres de Shibam — segundo esse explora-

dor — remontam época da rainha de Sabá e foram cons-fluidas com ladrilhos de palha e barro que, com o decorrer'dos

séculos, adquiriram a consistência de granito, triunfan-

do assim sobre o tempo, e, ainda hoje são habitadas.

Os andares superiores são ocupados pelos moradoresdesses veíhissimos arranha-céus. Um dos característicos in-feressantes é que os andares inferiores são desprovidos de'janelas,

precaução essa que se julga tenha sido adotada

contra és constantes invasões de tribus hostis,

í Sai. o esse detalhe e a completa ausência 'de vidros,

material absolutamente desconhecido em Shibam, os uedí-

fidos" oferecem uma notória semelhança com os que se vêemhbje ne. nossas capitais. Os moradores de Shibam aindanjão noTcr_m o inconveniente que sentimos quando nos fal-t^m os elevadores. Alguns sobem com tanta rapidez as lon-

gas escôdcE pôr_. os últimos andares que conseguem atingirum dec'^c-õrice.r em apenas doií

Carlos de Laet foi, sem duvida .I-guma, um dos espíritos mais interes-antes do Brasil. Velho, quasi cego,jamais perdeu o chiste, a graça, obom humor. Dele, Peregrino Junioiconta o seguinte episódio: "Poucosdias antes de morrer, êle estacou naAvenida,, esquina da rua 7 de Setem-bro, ponto muito movimentado e aificou a esperar um bonde da Tijuca..Nisto aproximou-se um veiculo. >.';.•>conseguindo lêr a tabuleta, dirigiu-se a um vulto que estava em pé a seulado e perguntou-lhe:O cavalheiro poderia ter a bon-dade de dizer-me si esse bond.í é «VaTijuca?

O tal cavalheiro, que, por sinal,era um cavregador, olhou-o com ines-perada simpatia de solidariedade econfessou-lhe sem o mínimo cons-trangimento:

Não lho posso dizer, meu amigo,porque eu também sou analfabeto.

.oooíJOO-ooooQoooooiJfWOífííooooa

13 DE MAIO

jose do patrocínio |

Ontem se comemorou em nosso p_fsa data aniversária da assinatura daLei Áurea, ou seja a lei que extinguiua escravidão no Brasil.

Quem assinou essa Lei humanitáriae benemérita foi a Princesa D. Isabel,filha do Imperador D. Pedro II, que

por esse ato ficou imortalisada nas pá-çinas da História do Brasil, tendo re-

cebido o cognome de "Redentora".

Os nomes de muitos brasileiros fi-

caram ligados à campanha abotícionis-

ta que teve como desfecho a assina-

tura da Lei Áurea a 13 de Maio de

1888, mas entre esses sobresái o do

jornalista e tribuno José do Patrocínio

que, sendo negro, foi o mais deno-

tado defensor de sua raça.

OÇ.QO áooooo oc oaci<ioo<iqqpoc

Nõo injuries áqnêie que fraquej-ú «~<-

prova e pôs da lado o fardo que !u. foí

dado conduzir, mas procura enrijecer os r,er-t

vos e subümar a vontade e espera a tua '.es,'que há de vir.

—Uma vitória que o indivíduo obtém sobreti, signif ca um ponto conquistado na escalaido valor. — TABAJARAS BAHIA.

O TICO-T I C O — •_-_. — li Ma! lUi

PK^OCONTODESTA~^S|Pg/k SEMANA 'J*^ma

í-_-__í^___Sfe|^

COMO-O BOI FICOU ASSIM...Antigamente, no tempo em que os

bichos falavam, o Boi não puxavacarro, nem arado, nem zorra, nem coi-sa alguma.

Èra até um tipo de certa considera-ção no Reino dos Animais. Tinha ai-guina co>sa sua, suas terras, suas pro-priedades, seu campo bem lavrado eo respeito de todos os seres de bemque o conheciam. Tinham mesmo umacerta influencia, um certo peso, osseus conselhos. Sempre foi uma cria-tura calma, meditada, ponderada,amiga da ordem e amiga do socegoe as Criaturas assim são sempre aca-fcadas por todo o mundo.

Tinha, porém, um defeito que unsachavam defeito e outros achavamVirtude. — gostava de fazer favora toda gente. Devia ser defeito edefeito era, porque foi isso que operdeu.

< 0 Boi não podia ver ninguém abor-rscido que se não apressase em aca-__ar com o aborrecimento. Se sabiaque um -<migo estava em dificul-dades para pagar uma conta ia àcasa do amigo, sem espalhafato, emsegredo, oferecer os seus prestimose'a carteira. Se sabia que havia nassuas vizinhanças alguém doente láia levar remédios e consolo. Uma ai-ma boa, uma alma excepcionalmen-te grande e bemfazeja.

Foi quando o homem veio ser seuvizinho que o Boi se tornou esse po-bre animal que é hoje, amarrado ácanga, amarrado ao carro, ao aradoou zorra.

O homem era um dos sujeitos me-nos queridos e mais antipatisados doreino dos bichos. Por isto ou poraquilo não havia quem o quizessepara vizinho.

'— E' um perjgo, dizia a Paca.;— E' um malvado, dizia o Veado.

— E' inteligente de mais, afirma-va o Coelho.

E' simplesmente infernal, grita-va a Cotia com um pavor de metermedo a todos.

Não é tanto assim, vocês exa-geram, amainava o Boi com aquelasua grande alma, sempre voltada pa-ra o bem. O' homem tem lá as suascoisas, tem os seus defeitos, comoqualquer de nós, mas havemos deconcordar que é uma criatura edu-_ada, com a qual se pode tratar.

O Boi tinha umas terras para ven-der. O Homem propôs-lhe a compradas terras e, como êle achasse van-tagens no negócio, vendeu-as. Tor-naram-se vizinhos.

O Boi nunca foi amigo de andarna casa dos outros, a não ser quan-do era para prestar algum favor.Mas, volta e meia lá estava o Ho-mem em casa do Boi.

Fizeram uma camaradagem es-treita.

Você tem aí um machado queme empreste, compadre Boi?

E' o que não falta aqui. To-me.

Tenho que serrar umas taboas.Você me empresta o seu serrote ?

A's suas ordens, compadre Ho-mem, aqui está.

O Homem a cultivar as suas ter-ras não comprava um só instrumen-to de lavoura, Utilisava-se de todosos aparelhos do Boi.

Cuidado com êle, muito cuida-do ! avisavam os outros bichos,quando com o Boi se encontravam.

Um dia o Homem estava muitocalado, muito jururú, com um vincona testa.

Você está triste, compadre.Que é isso ? perguntou-lhe o Boi,

E você queria que eu estives-se alegre ." !

E contou. Estava com as suasterras quasi perdidas. Hav;a chega-do o tempo de vira-las com o aradae não podia fazer.

Porque ?Porque não encontro quem mS

faça. Fui ao Urso. ofereci boa pagae o Urso disse que tem mais que fa-zer. Fui ao Elefante, o Elefante es-tá ocupado, fui ao Tigre, o Tigcçnão pôde. Um horror !

E porque você não faz, compadre? indagou o Boi,

Porque não sei.Então não se aborreça porque

amanhã vou lá á sua casa e ensi-no-lhe.

No dia seguinte o Boi foi e en-sinou. Ensinou não é o terma. OBoi, com o arado, virou toda a ter-ra do Homem.

Você é um anjo compadre !Nós vizinhos devemos ajudar

tins aos outros, disse o Boi modej-tamente. -

Dai a uns dois dias o Homem to.~nou a aparecer triste.

Lá está você novamente abor-reeido. Que lhe aconteceu ? ?

Quero transportar umas carra-das de canas e não posso. Fui áOnça para ela me fazer o serviço ea Onça está fora, fui ao Jumento eo Jsmi.nto é aquele estúpido que vo-cê sabe, fui á Zebra e a Zebra, vocêconhece como é imprestável. Tenhocarro, tenho tudo e vou ficar com ascanas azedando.

E porque você não as carreia,compadre ?

14 —'Mai o — 1911 — S_* O TICO-TICO

Porque não é poss;vel. Entãovocê pensa que eu tenho forças pa-ra puxar um carro cheio de cana.

0 Boi sorriu envaidecido de suáf orça.

Realmente, compadre, vocêdeve ser muito fraquinho. Um carrode cana carrega-se sem o menor es-íòrco. Amanhã eu lhe vou mostrar.

Esta terra não ficou bem ara-da, compadre. Isto está um serviçomal feito.

E junto do carro que o Boi lhecarregava pelas estradas.

Mais depressa, compadre, maisdepressa !

Um dia em que o Boi parou nocaminho cançado, o Homem em ci-

No outro dia o Boi carregou todaa colheita de cana do Homem.

Daí por deante foi um nunca aca-bar. Quando menos o Boi esperava.Já o vizinho lhe chegava á porta.

;.— Compadre dê um pulinho aquiem casa, vamos arar um pedaço deterra.

Ou :Compadre se você me viesse

puxar um carro de cana eu ficavaagradecido.

0 boi não sabá dizer não a nin-

guem e ia.Abra os olhos, abra os olhos,

diziam os vizinhos. O compadre Ho-mim é um explorador.- Aquilo entrava num ouvido e saiano outro. Era prestimoso, era bom

por indole.E, com os tempos, o Homem foi

abusando. Já não pedia favor, man-dava.

ma do carro, sacou um chicote e cas-tigou.

Que é isso, compadre ? per-gunta êle surpreendido.

Pois se você não quer andar íO Boi zangou-se, ofendeu-se.

Você abusou.. Seu carro é quénão puxo mais.

Ah ! não puxa ? Mostro-lhe senão...

E meteu-lhe o chicote, e sovou-o.sovou-o...

O Boi teve que andar.A sova deixou-o mole, bambo,

bambo e mole no corpo e na vonta,-de. D'aí por diante foi um escravodo Homen, atrelado ao arado, lento,

olhar doloroso de quem sofre humi-

Hiações, mas ali no cativeiro, semuma rebeldia, sem um protesto.

UM PESCADORESPERTO

VIR9 TO CORRÊA (Wl^^rt<_W_»^í___V__W__V_WWI_Wl

TICO-TICO 12 14 Maio — 1941

ESTOU MENTINDO A CABEÇAPESADA * 5ERA' O EFEITO,DA VELHICE QUE, SEAPROXIMA '.?. EU SO TENHO

^«^^^ VERAS

NA CABEÇA NAD^TEM

'NAPA'; DtVE\SER COU CA DO

'^CORAÇÃO

CUIDADOcon MEUSCABELOS, I

DOUTOR,*

Htl li '.TRATA -SE DE

UMA DtSSENTERlACARDÍACA tXJSRlNS-

\&PAV ^-05 TARDE

'tTBABL - RECEITA

livWHh\%0Y^rAl

VOUSUBMETER O EARAO A UMArDIETA RIGOROSA F__RA QUE )

JI^_S'ái_f r^OÊ^Z ,5ÒTEM 9- c*

irECONOMlSE O DtMHEiROr-PARA A CONTA. HOJE I j---¦¦- ¦" -*"OSO_._Vd

AvexiTE,TENHO U LFAHOSO

^/)0/^vV_> \r^S_PJ \

VOU RECEITAR APENAS O aSUFICIENTE R-.RA GUIE ELENÂO MCRt__.DEFOME.APE-

LEMOSPARA A

AClÉNClAI l>

AQUI ESTA A RECEITA. O SI3BARAODEVE SEGUIR RIGOROSAMENTE ESTA

PRESCRIÇÃO* DIETA SEVERA E MUITO

RS0MAL>f ffTI ASSIM?%

_H___\ y '

NEM TENHO C0RAGE.MDE OLHAR PARA A»

RECE1TA+PEVE SER UH_DIETA ( _L>/t£~~

AGÜENTA-) *

FOME p'

BENEDITA, PRE r^Rt)J'TA' )ISSO TUDO _Eh (__~X_5EJ?EIT0

eb)/_4NADA ESQUECERri

PUXA .QUANTA C015A' VOÜPID) INGUMEJ_L_LDI URDENA-

pL). U TRA-BAIO E'DWAStóCMMUITO/

ÊTA DIETA BÔA! Coni"__ BESSA"ESTOU ME SENTINDO MUITO BEMPENSEI 6>UE FOSSE OUTf?A ÇQIS&

fúmíS ^'^ )r~

OH.' ESTA NAO E, A RECEI TA l El 'UMA NOTA PE RESTAURANTE/

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-_~^r" FOI O DEiOUEj

li Maio — 1911 -*•*¦<*-- O TICO-TICO

Y __^Y-2.r_5_tffc? coso...Muifo bonito, "seu" Pedrinho ! Então o senhor,

hoje, ficou de castigo ! Muito bonito, não há dúvida !

Ora, mamãe. O professor fez uma pergunta muito

difícil e eu não'sube responder...

Muito bem; dize-me lá. Que te perguntou êle ?.Logo no começo da aula, êle olhou demoradamen-

fe para todos os alunos e fixando os olhos em mim, pediu-tre que respondesse, imediatamente, onde estavam os

Alpes...Ah, meu. filho. Se não estás mentindo e foi por esse

motivo que ficasfe de castigo, foi muito bem feito. Gos-

rei da atitude do teu mestre !

Onde já se viu ? Um menino direitinho não deve, nun-

ca; mexer nos bolsos do professor!

Em Porto Alegre uma família de-via mudar-se para outra casa. Acon-tece que essa família possua um cãoe um gato, que, apesar do que sediz desses dois animais, eram ami-gos e brincavam com freqüência.Na ocasião d_ mudarem-se o cão,amigo do dono, preparou-se para se-gui-lo, ao passo que o gato, amigoda casa, não queria sair dela, ape-zar dos esforços para decidi-lo a m_dar-se. A certo ponto, o cão lança-se para o interior da casa e poucodepois volta trazendo o gato segu-ro pelo cangote. A amizade real.ouo milagre.

No E.tado de Dakota (E. Uni-dos) um grupo de escoteiros haviafeito acampamento ao ar livre. Nomomento em que um dos escoteirosestava ocupado em pintar as esta-cas, um touro irrompeu pelo acam-pamento, pondo em debandada osrapazes. 0 que pintava, entretanto,não se amedrontou e, quando o tou-To chegou ao seu alcance despejou-lhe no focinho a lata de tinta, pon-do-o em fuga, assim salvando a si-tuacão. V

•O nobre francês do século 18,

Grimod de Ia Reyniére, recebendo o

grau de advogado, não quis entrar na

magistratura, como a família desejava."Não

quero — dizia éle — ser magis-

trado, porque serei obrigado a enviar

alguns dos meus parente às galés, en-

quanto que, conservando-me advo-

gado, poderei, pelo menos, de-

fende-los.

5o oqqooo&qoQC_K_?gOfr.tCKKKWq-_OOo~-P

CONCURSO NAVAL D'O TICO-TICOTERMINA NO DIA 16 DE JUNHO — O PRAZO PARA TRÓ-CA DOS MAPAS DO CONCURSO NAVAL, E ESSAS TROCAS, CONFORMETEMOS AVISADO, SÃO FEITAS EXCLUSIVAMENTE EM NOSSO ESCRITÓRIO, ÀTRAVESSA DO OUVIDOR N.° 26, TÉRREO. VEJAM NA PÁGINA "NOSSOS CON-

CURSOS" AS INSTRUÇÕES A SEGUIR.aooo »fr3'Oaa^c^p^aq&»pqoç.ft<><.^^

TICO-TICO -2£~ 14 — Maio 1941

lÊAVeTINHAdoSABeRFERGUNTAS

QUANTO MAIORES FOREM SEUS CONHECIMENTOS. MAIS CAPAZ SERÁ* VOCÊ DE VENCER

RESPOSTAS

— Qual é a ilha maior das An-tilhas ?

— Quem foi o primeiro rei de

Israel?

— Quem era Píndaro ?

— De que temperatura deve serum banho quente ?

— Qual foi o,diplomata francês,embaixador em Portugal que impor-íou o fumo para a França?

— Por que chamam de america-eos somente os habitantes dos Esta-dos Un"dos, quando são americanosIodos os que habitam as Américas?

— Por que as peles são curtidas ?

(As respostas estão na^3." coluna).

O dr. Uva Metchnikoff, súbito defama mundial do Instituto Pasteurdé Paris, cujo livro "O

prolonga-mento da vida" foi considerado¦como o tratado cientifico mais in-teressante depois da "Origem dasEspécies" de Darwin, nunca rece-<fccu diploma de médico.

Os encanamentos de gás maisfxtensos do mundo são os que vão•Jo Texas até Detroit, no Michi-g-an, uma distancia de 2528 quilo-metros.

a.» ,,,——,. ¦¦! .

a. —i !

í

PASSAR ATRAVÉS DE UMCARTÃO POSTAL

Se V. propuzer a alguém issonão há quem não responda queé impossível. Entretanto, aqui en-tra um truque. Trace no cartãoumas linnas paralelas, interrom-

pidas de acordo com a gravurajunta e abra essas linhas comuma tesoura, procurando nãoabrir parte nenhuma da margem.Findo o trabalho o cartão torna-se uma tira de grande extensão,através, da qual pôde passar umapessoa.

Em cada 13 milimelros de super-ficic temos 293 cabelos na cabeça,39 na barba, 23 no antebraço, e 19nas costas da mão.

— A ilha de Cuba.— Saul.

— Celebre poeta lirico gregocontemporâneo de Esquilo. — Seuspensamentos atrevidos e metáforas, aharmonia, o brilho e a magestade doestilo, a energia da expressão, a abun-dancia e riqueza das imagens, a ve-emencia e pomposidade do relato e aaudácia da invenção nos seus escri-tos são as qualidades dominantes dassuas odes. .

— De 66 a 78 graus centigra-dos.

— Jean Nicot, em 1560. Seunome foi aplicado á nicotina.

_ 6 — Porque acharam dificil cha-ma-los de estadounidenses, nãosendo difícil dizer: panadenses, co-lmnbianos, mexicanos, etc.

O termo norte-americano e s ul-americanos é mais apropriado.

7 — Para impedir que apodreçam,como acontece com a carne.

(As perguntas estão na 1.* coluna).

Quando o ex-presidente Hoovercolocou a primeira pedra do ediíi-cio Charles Hayden do Club In-Cantil dc Boston. Massachussets,pôz dentro da pedra um pacote o«piai provavelmente intrigará osarqueólogos daqui a uns milharesdo anos. Esse pacote continha umpedacinho «!e cordão, uma raspa-deira, bolas de mármore e outrosapetrechog que os garotos costu-ínani levar nos bolsos.

Aproximadamente 300 anos depois que a rainha El isabeth da Inglaterra encarregou John Davis de pro-curar caminho para a China via noroeste—, essa viagem foi feita por Roald Amundsen.

, Quando certa ve» *Ienry Hudson desistiu de continuar as pesquizas dessa passagem noroeste para a China, atripulação do navio que êle comandava estando municiada, agarrou Hudson, seu filho e mais 7 homens que seachavam doentes á bordo e colocou-os num bote na baía de Hudson para morrerem.

Essa viagem só foi realizada inteiramente em junho de 1906, quando Amundsen com seu navio Gioa chegouaté Nome. No dia 20 de julho.de 1879, Adolf Nordenskield completou essa viagem fazendo a volta da Europa:j>eJo estreito de Bhering, porém, tal expedição não provou grandes vantagens comerciais.

14 — Male — 1941 - T. O TICO-TICO

AVENTURAS DE TINOCO CAÇADOR DE FERAS (Des. de Théo)

1

A última que Tinoco contou a mister Browné das tais. Certa vês, disse cie ao inglês, via-i«ivõ na África...

^y y~.H _& kL_^ c::_riis_--o2__v~*__^_5

. .. di-plicentemenfe em uma zna infestadade animais bravios' quand senti p**_*_a.no meu. ..

. . encalço. Imagine qual nêc foi a minhasurpresa quando percebi, pelos vidro» cos.culos quo.. .

1

...vinha atrás de mim um enorme çorila, \ipronto a me alcançar com suas mãos formidaveís.

Se me virasse seria a perdição. Sem perder,0 sangue f~ío alvejei o terrível qu.d;t_manomesmo de costas e trouxe...

... o cerpe para o acampamento. Mister H.ownnão se admirou do tiro no escuro e sim dafeca he-cuUa do seu amigo Tínoc©.

f* LOCUÇÕESTRA

UTI POSSIDETIS {Como pos-suis). — Fórmula diplomática,que se emprega a propósito deconverções baseadas sobre as pos-sessões territoriais atuais dos bel-ligerantes: Tratado baseado sobreo UTI POSSIDETIS.

UT SUPRA íComo acima) . —Fórmula empregada nos documen-tos jurídicos como referência a umtexto anterior.

VADE RETRO, SATANA <Reti-rate, Satanás), — Palavras de Je-sus Christo, que se encontram noEvangelho sob uma forma umpouco diferente tS. Matheus, IV,10, e S. Marcos, VIII, 33). Enipre-gam-se para repelir as propostastentadoras de alguém.

VAE SOLI! (Ai do homem só!).Palavras do Ecclesiastcs (TV,

10), que caracterizam a situaçãodeplorável do homem abandona-do a si mesmo.

VAE VICTIS! <Ai dos vencidos)V. Brenno, pari. hist.

VANITAS VANITATUM ET OM-NIA VANITAS (Vaidade, das tmi-dades e tudo é vaidade). — Pala-vras do Ecclesiastes sobre o nadadas coisas deste mundo.

VELUT AEGRI SOMNIA 'Comoos sonhos de um doetite). — Fra-gmento de um verso de Horacio(Arte poética, 7}. Compara éleum livro sem encadeamento. nasIdéias aos sonhos incoerentes deum enfermo.

VENI. VIDI. VICI (Cheç/uei. vie venci). — Palavras célebres de

LATINAS E ESTRD U Ç A O E APLICA

Ccsar, participando ao Senado asua vitória sobre Pharnace, reido Ponto. Citam-se a propósito dequalquer resultado feliz, rápida-mente obtido.

VERA INCESSU PATUIT DEA(Pelo andar, ela mantfesia-se_ ver-dedeira deusa). — Expressão deVirgílio (Eneida, I .40£>, falandode Venus quando aparece a Ené-as.

VERBA VOLANT. SCRIPTA MA-NENT (As palavras voam. os es-critos ficam). — Provérbio latino,que convém meditar nas circuns-tancias em que possa ser impru-dente deixar provas materiais c'euma opinião, de um íáto. etc.

VICTRIX CAUSA DIIS PLA-CUIT, SED VICTA CATONI <Osdeuses foram pelo vencedor, masCatão pelo vencido). — Alusão

de Lucano (Pharsalia. I. 128) âfidelidade de Catão a Pompeu,vencido por César. Cita-se a pro-pósito daqueles que não abando-_am uma'causa depois de ela ha-ver «er sucumbido.

VÍDEO MELIORA, PROEOQUE,DETERIORA SEQUOR <Ve;o obem. aprovo-o c faço o mal). —Palavras de Medea fOviüio, Meia-morfoses, VII, 20), que se anli-cam ao homem de caráter fra-co, que possue noção clara do queé honesto e justo, mas que não sa-be resistir às tentações do mal.

VIR HONUS, DICENDI PERITUS(Homens de bem, que sabe falar),— Era assim que Catão o Antigo

A N G E I R A SÇ~'em O

defenia o orador, indicando que,além dos dotes do espírito, éle cie-via possuir as virtudes do caráter.

VITAM IMPENDEP' VERO(Consc.fjicr a vida à verdade) . —Expressão de Juvenal (Sátiras, IV.91) Rousseau fez delas a suo di-visa.

VIVTT SUB PECTORE VUI.NUS(A ferida vive no ftfiâo do cora-ção) . — Expressão dr Virgílio(Eneida. IV, 67). falando da pni-xão nascente de D.dr> por Eneas.

VIXIT (Viveu*. — Era com es-ta fórmula que os Romanos anun-ciavam a morte de alguém.

VOX CLAMANTIS IN DESERTOIA voz daquele que clama no de-ser.o. . — Palavras do S. João Ba-ptista, falando de si próprio e alu-dindo às suas p.édicas ás mui-tidões no deserto. E' __o_.v_mcn-te que se diz pregar na desertopor falar sem ser atendido. ¦

VOX FAUCIBUS HAFSIT (A vozparou tia minha ftarçanta)Expressão de Eneas (Virgílio, Enei-da. III. 48), narrando o efeito nuesentira ã vista de um prodígio. Em-prega-se para significar espanto,terror.

VOX POPULI. VOX DEI i Voz dopovo, voz de Deus). — Adágio queatribue inspiração divina às ma-nifestações instintivas do senci-mento popular.

VULNERANT OMNES, ULTIMANECAT (Ferem todas, a derradei-ra mata). — Velha inscrição la-tina alusiva às horas J

(0 TICO-TICO A, A14 — Mai

O ClO TICO-TICOc o

PARA VOCÊ \ :OLORIR

© TICO-TICO — i + 14 ¦___ Maio 1941

fls aoentüpaõ do" -^ —¦—' Não crê \/^" Pâ"^aco_icfes, menino ! E nem

E" uma icVe, She. I Já disso: r.ãc (jf^ i-V*?-} E' Por °,ue \ l com «*v'''0 ___i_~____MICKEY ESTA r;f i Q_e <4i_7 Res- creio ni"se **' | [ <"7V \' n*° ° v'u' ) i vccê ° *n"'- / /¦ y,~

pondal. [Pce.ro PernétaiJ UM j\^M como eu vi! T / contraré ! -AAf ! .—./ X \

———————-—-————— w-'--1 . J « ' i ' J ¦¦__-_ '

1

~—^A ^*^\ ^e ciljer. PÓ-e ir no avião.Como é que vai enccn-

X' . ^ i-'ou licença. COPYRÍ0HTtra-[o, se ê!e não existe? idCS]*^ I '?^—.Diga, menino ! , tp> / .\Mtf= "vS -_o -_, p»r

'tv—y::;;\>;i ^m^^^j C Pc:s!'ei! WALT DISNEY

r "7 V ^ ^V^-^^? ••-—-__HJ2^Í ¦ REPRODUÇÃO

Jl^^TOiPr^Vs ü ll:_l.>..:'. •.:.•.-,.- ' t_WT%^-~j|( Mostrarei, agora, se existe cu não o tal /._(,„ qüe ^ aqui 0 .a| ^

IV,

Perneta! Éle ver.! j~ v_ desfiladeiro J~

_,.r_/v«--r.r-r_,*u..r_r_j,v-,v-,l__rhfh-_,*^^

Se mora no interior, mande o seumapa pelo correio.

Veja a página "NOSSOS CONCURSOS"

14 — Maio — 1941 O TICO-TICO

Êamondongo (Diel^eçAgora, queconhece o se-

gredo do es-conderijo dePedro Pernê-fa, Mickey

quer encon-tra-lo a todo

o custo.

:

v. J3 ru?

r\ ^ $>*7v

t___r®$

í / .•' / / /^ Taivez eu vI ' —.^ /' f nunca r.on- *

"í- •• * '.'. f siga fazer .'-. .:

Lé, no Bar do Samuel Bôrraíunda.

Éle deve ie.r en- Ninguém o con- . . .— Ora. que burro sou eu!

DEPOIS DE ENSAIAR i zon*rado o.utr- seguirá. Mos |á , -y ^**"'\^ Em vci de passar, atra- }

esconderijo. Des- explcramos ps ro- D ) -a//"""*"*"-. 17 ~f v" <'os rocn*dos, não ;

TODOS OS APITOS EM apareceu «¦diante chédos um por um. f^^SrVX ? _í V_ faria isso de aeroplano? j

de mim. Estou ; l^ —•/"'VSl | _«_, Yl~ V_ JTODOS OS T O N S, ficando com dor 1 ^"Ç

í$^m\/lfr^ ^"""~A/—^H

Não adianta, rapai. F>peri- Tente, se qui:*-. Os a/iõ<-- ! K. P

mente e ve-i. V. -** pedem vca- por rima. rras,**^ ^^' "I nao eivtram nes rochedos. "V. J^ wjv—i ^^ K

TROQUE OSEU MAPA DOCONCURSO NAVAL

O TICO-TICO

AVENTURAS D Ê

— 20 —

ZÉ MACACO

14 - Maio — 1941

Ê FAUSTINA

fPW Vou CCNv/PAf? AS avmZo n

Faustina comprou um magnífico aparelho. ... amigas que convidou Oõra esse fim: Nd dia apraiado apareceram as senhoras: Ba»

de chá. O estrearia com. um grupo de... cu.-áu, Pintasilgo e d. Espeto.

Sentaram-se animadamenle na mesa, e todas foram unanimes em elogiar o bom gosta ... de chá da olegante Faustina. Ao servi,"do aparelho... porém, a dona Espeto, caiu...

... do bule, umd tremenda barata que causou na seleta assistência uma verdadeira d?-bardada, ptois todos fugiram com nojo, dizendo...

...as peores cousas da Faustina pela sulfalta de limpesa e descuido !

Num cri.-<-J>rc de subúrbio dc Válencia (Espanha) um cego., que so íazia sempre guiar pelo cão, esta-va dormindo, quando, por descuido, a casa pegou fogo. O cão, que dormia ao lado do cego, no intuito dc

livrar seu dono, apanhou com os dentes a ponta da corda que mantinha segura ao pescoço e a levou para ado cego, guiando o mesmo na sua passagem através da fogueira, até onde se viram livres.

14 — Maio — 1941 — 21 — O TICO-TICO

Concurso das Estrofes PatrióticasB A S E S :

1

Neste Concurso pódc tomar partequalquer criança, leitora ou assinante deO TICO-TICO.

11

No Mapa que foi publicado em 9 deAbril deverão ser coladas as tiras queiremos publicando em número de 8,cada uma contendo um verso de duasestrofes — ou quadras — de um dosnossos hinos patrióticos.

III

As letras dêssses versos estão emparte apagadas, e cabe aos concorrentesreconstitui-las de modo que se possamlêr os versos que formam,

IV

'Cabe tambem aos concorrentes, de-

pois disso, colar as 8 tiras no Mapa,de tal modo que formem as duas cs-trófes, ou quadras, do hino patriótico aque nos referimos.

V

Os Mapas, assinados e com os ende-

rcçcs dós concorrentes, serão trocados

por coupons numerados, com cujos nú-meros os concorrentes entrarão no sor-teio dos tentadores prêmios. As trocasserão feitas exclusivamente em nosso

escritório, nesta Capital ã Travessa do

Ouvidor n. 26, térreo,

VI

A troca dos Mapas será feita den-tro do prazo de 40 dias a contar dadata da publicação do úkimo verso.

VII

Só serão trocados os Mapas que trou-xcrem as letras reconstituídas e as tirascoladas na ordem em que formam asestrofes patrióticas.

VIII

Os prêmios serão conferidos por sor-teio, e são em número de 42, conformea relação que vai publicada nas costasdo Mapa. Quanto à data será marcadaoportunamente c anunciada n'0 TICO-TICO.

CONTINUANDO com o certame lançado em edição anterior, publi-

camos hoje mais um recorte contendo um verso que deverá ser

colado no Mapa que foi publicado em 9 de Abril.Reproduzimos tambem as BASES do Concurso e a relação dos

tentadores prêmios a serem sorteados.

RELAÇÃO DOS PRÊMIOS

bicicleta para menino oumenina, do valor de .. 500$000aparelho de radio de acre-ditada marca, do valor de 400$000relógio pulseira para me-nina ou menino, do valorde ¦-..¦ .. .. •.. .... ' 120$000

. patinétc do valor de ?« 60$000canetas tinteiro, do valor.

cada uma, de . .. .. . •- S^JfcXJObolas de futebol, do valorde, cada uma . .. ¦..- . • 20$000máquinas fotográficas Ko-dak — cada uma, de .. 30$000assinaturas d'0 TICO-TICO - cada uma de ..» 25$000livros de histórias infan-tis, cada um de .. ..- ..» 5$000

et. -•

- 4

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O TICO- T I C O — Ü* 14 — M a i c. —

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^mW*^"-iVvS-«i...?--\WiNiVii\iiJ

TraumaSentados em redor do seu

bom amigo, o velho tio André,que lhe contava interessanteshistórias, as crianças da vilaestavam atentas às suas p:.-lavras.

Continuando sua palestra,êle lhes dizia:

— ... Pois é, como lhescontava: o mês de Maio, alémde ser consagrado à Virgemde Nazareth, mãe de JesusCristo, é também um mês quedeve ser muito caro ao nossocoração, pois há nele variasdatas dignas de serem Festiva-mente comemoradas, a come-çar pelo dia IA, consagradoao Trabalho.

Antigamente o trabalhador,o operário, era como que umescravo do patrão, sem horasfixas para' o serviço, sem sa-lario compensador, sem fériasanuais para repouso, sem se-guros contra acidentes, semgarantia alguma contra a do-cnça, a invalidez ou proteçãoà familia na sua velhice.

Pouco a pouco foram elesconquistando esses direitos ehoje, principalmente no Bra-sil, graças às leis trabalhistasdecretadas pelo distinto Chefedo Estado Nacional, Dr. Ge-túlio Vargas, o trabalhadortem seus direitos assegurados,sem prejuízo para os patrões,

fc_ _5_l.NlVeZv ^w

Eiistorgio Wanderleycujos direitos são tambem res-peitados.

Ainda no mês de Maio cor-rente se celebra o "Dia dasmães", em que todos devemprestar homenagem à sua ge-nitorà, oferecendo-lhe pequenas lembranças — uma sim-pies flor, ou um carinhoso bei-jo — visitando-a pessoalrrien-te, ou enviando-lhe uma c:w_.t.um telegrama afetuoso...

E aqueles que já nào têmmãe?... Os pobres órfãos?...perguntou a graciosa Anita,sempre interessada em ouvirseu velho amigo.

Os que tiveram a desven-tura de perder sua queridamãe, devem elevar ao céu umpensamento, uma prece, emque seja evocada sua memó-ria, e assim terão cumprido seudever para com aquela quelhes deu a vida.

Pobres órfãos!... la-mentou o Luizinho, verdade.-ramente penalisado dos filhossem mãe.

Outra data de grandevalor para todos os brasileirosé a de 13 de Maio, em que aPrinceza Dona Izabel, reinai.-do no Brasil em 1888, enquan-to seu venerando pai se en-contrava enfermo na Europa,assinou a lei que declarava li-

vres todos os escravos queainda havia no Brasil.

Antes do 13 de Maio ha o.:-tra data de grande significa-c_o para nós; continuou o tioAndré; é a de 3 de Maio en;que se comemora a descobertado Brasil por Pedro AlvaresCabral, segundo a remodela-ção do calendário.

Depois de 13 a maior date.nesse mês é a 24 em que serelembra a vitória do exercito!_rasileiro contra as aguerridasforças do ditador paraguaioSolano Lopez, vencidas « asangrenta batalha de Ttiiutí.

Como vêem, o mês aue4

transcorre é, por todos os ri-tulos, muito grato aos nossascorações de brasileiros, nãosomente por ser consagrado kVirgem Senhora da Conceição,padroeira do país, sob a i.no-cação de N.J S." Aparecida,como pelas datas memoráveisque contêm.

Em outra ocasião conversa-rei, mais detalhadamente, sò-bre este assunto geral co*!vocês.

Agora até amanhã, meu»queridos amiguinhos.

— Até amanhã, tio "André;

disseram as crianças di-.per-sando-se felizes por se acha*rem no poético mês de Maio,tão cheio de suaves evocações.

55 IAGUARY __

E proseguiu:Vocês devem estar bastante cansados. Construíram umacasa num dia só, não receberam salário nenhum e amanhã têmque se levantar cedo, porque temos que fazer. Vão se deitar ecuidado de não atirar a esmo se alguem de nós roncar e dar aentender que é onça.

Pouco depois a conversa esmoreceu e o pessoal foi acomo-dar-se nas redes que trouxeram, resguardando-se dos mosquitos.Ficou só um a vigiar, para evitar surpresas. Sentou-se à portada cabana, colocou o rifle entre as pernas, picou fumo, confecionouseu cigarro de palha e ficou ali, quasi imóvel, como um jeca, aa cismar, entre um bailado de vagalumes,acompanhados pela musica dos grilos e dossapos-hois. O Solimões lá no fundo desusava demansamente na escuridão e não precisava deluz para seguir com segurança seu caminhoentre a densa jungla. Sua ambição era irtomar um banho lá no mar, onde todos osrios gostam de ir se misturar, certos de que,

~ m~—mmm^*mmmim>no dia que tivessem saudade do sertão ondenasceram, voltariam a galope, a cavalo das nuvens e choveriamna sua terra natal.

Já havia passado da meia noite quando o Pedro, que estavade vigia, agasalhado num cobertor, viu muito longe um pontinhode fogo, quasi impercetivel e um fiosinho de fumaça que se elevavaem linha reta para o céu.

Será fogo de indio aquilo? — perguntou a si mesmoPedro, pondo-se de pé. A estas horas os indios costumam dormire, mesmo de dia sabem tão b,em disfarçar o fogo que ninguémse apercebe deles.

Pedro tinha bôa vista e muito não demorou que se conven-cesse tratar-se mesmo de fogo. Alguem estaria ali fazendo umafogueira àquela hora tão avançada da noite.

Foi despertar o Dr. Kroner, o qual observou com seu binóculo.E' mesmo fogo, mas a silhueta de uma moita impede de

ver se ha gente ali. Meu alvitre seria, logo ao amanhecer, o departir um grupo dos nossos e ir observar de perto sem ser visto.

_K

O TICO-TICO

MAX YANTOK 59

Mas, é da outra margem do-rio. Dr. Kroner — objetouPedro.

— A canoa resolverá o caso. Se fôr gertte branca tambémdeve ter canoa.

Com a conversa, a mulher que dormia, acordou e quiz saberde que se tratava.

Vimos fogo na outra margem, dona Ermelinda — exp'.i-cou o Dr. Kroner — índios, talvez, de alcateia, porque devemter avistado gente branca. E essa gente que os alarmou, talvezsejamos nós mesmos. São expertos esses bichos e tem habilidadede nos seguir de longe sem perder a pista, mesmo da outra mar-gcm do rio.

Quando amanheceu, Daniel e o Roldão encarregados de fa-zer uma perlustração o mais próximo possível do lugar ondehaviam avistado fogo.

Dona Ermelinda entregou-se à tarefa de preparar o café,o que fazia com a perícia de uma verdadeira dona de casa.O pessoal da expedição considerava-a com grande estima e res-peito, procurando aliviar-lhe a tarefa, de modo que para eb sórestava o trabalho de pôr a comida na panela ou no espeto e

remexer.O Dr. Kroner, engenheiro, mineralogistn,

era um dinamarquez com pouco mais de qus-renta anos de idade, forte, empertigado;. ossudccomo um megaterio, mas dotado de um espiritejovial e de franca camaradagem com o pessoasob as suas ordens.

Logo que acabaram de sorver o ultimo golede café, Daniel e Roldão apanharam seus riflese desceram a encosta, rumando para a margemdo magestoso rio.

Antes que se afastassem demasiado, o Dr.Kroner, fazendo portavoz ckts mãos gritou*lhes:

Não se esqueçam pura o que vieram. Qualquer coisa quevejam, pessoas ou indícios, tratem de me avisar.

« — Maio — 1841

60 IAGUARY

O barco estava atracado à margem, numa pequena enseada,disfarçado pelas folhagens, para que algum indio maroto não ocarregasse. Só havia ficado em baixo dos bancos o estritamentenecessário para o equipamento da própria canoa, cordas, água,alguns mantimentos e utensílios de pesca.

Daniel e Roldão destacaram-na e saltando em seu bojo, fi-zeram-se ao largo a galopes de varejão, mister em que o Roldãoera habiiissimo, mas, naquele caso o esforço consistia apenas nadireção a dar ao barco, porque deviam decer o rio, obliquamentepara a margem oposta.

Do alto do morro, sentada sobre umtronco não utilisado para a cabana, dona Er-melinda olhava intensamente para o horizontecercado de mato, como se quizesse furar coma vista aquele oceano de arvores. Mal sopi-tava a comoção que agitava seu coração, suaalma. Tivera a coragem de enfrentar o infer-no verde guiada por uma esperança que nãoSé apagava, e cada dia que passava vinhaenrobusíecer sua fé na providencia. Disfar-cava os momentos de tristeza com sua ativi-dade nos afazeres de uma casa que não era a sua, uma casa quehoje se construía, amanhã se desfazia, para ser montada maisadiante, em lugares perigosos, às vezes insalubres, vivendo comgente que não pertencia à sua familia, mas que se lhe dedicarapara desempenhar um fim humanitário, que deWa, se bem su-cedido, pôr fim a um longo rosário de torturas.

DUVIDA CONTRA DUVIDA

Pouco antes da confluência do Arypungá com o Solimões,o Dr. Paulo achou de bom alvitre descansarem ali numa espia-nada, para pôr em ordem o equipamento, antes de continuarema viagem nas águas do Solimões.

— Acamparemos aqui, por alguns dias — disse êle. Já passeipor aqui, na vinda e tive que ficar alguns dias, porque foi aquique perdi dois companheiros.

O^N

O TICO-TICO

MAX YANTOK

s-^f) M/j /^*^í> £ "?C

%-^rEntregues ao trabalho com afinco, os quatro homens er-

gueram rapidamente uma habitação, bastante solida, segurandoos troncos, a moda de sarrafos e dentes. Aquela construção erao sinal de uma estadia mais demorada no lugar.

Terminada a refeição, à vaga luz do crepúsculo, os quatrohomens e a mulher que se vestia como eles, puzeram-se a con-versar discutindo a continuação da viagem.

Não achas, Pedro, que se continuarmos seguindo estamargem do rio, tomamos caminho errado?"_

E você, Roldão, acha que andariamos certos, indo pelaoutra?

Ah, isso ainda é duvidoso. Lastimo que a nossa expediçãonão tenha mais homens, assim teriam dividido o pessoal em doisgrupos; cada qual seguiria u'a margem.

Roldão, que é que você pensa que o Solimões é um riomais ou menos como o Paraíba? Que eu possa vêr seu nariz dooutro lado?

Não verá meu nariz mas poderá ouvir um tiro.Para atrair a minha atenção toda vez que você mata

uma coruja? Isso que é desperdiçar munições.Não desperdicem, mas é o tempo — recomendou o outro

que se mantinha silencioso, o Dr. Kroner, chefe da expedição,homem bastante viajado naqueles sertões.

14 — Maio — 1941

14 — Maio — 1941 25 -- O TICO-TICO

Aventuras de pimentinha

Bola que caísse no quintal do seu Lobão, era a conta !O danado do homensinho não perdoava. Passava a faca efdz>_ um verdadeiro picadinho de borracha !

Pimentinha já tinha perdido uma porção da bolas, e j_-rara vingar-se do feroz inimigo do futebol. Um dia arranjo.11*14 grande e exquisita bói. e foi para casa

¦ lllll»! ¦¦ ¦ ¦¦ ¦— i—¦ ¦¦ ¦_¦! II ¦ IP ¦y u p-"<Wi ¦¦ ¦¦ __¦ ¦ ¦ ¦ ¦ ¦ _-¦ ¦ i ' " " " _'—*

_^m!^A___k 1 •" Jrr\^iM^u^K i^Ts SS ^~\

f___V ^ C/**s*jJ) ______ 4_^ **'j^j

*" CV ¦¦• <s^xi/"~¦1 jl ;

• - "Hoie éle -ai pagar! Dizia o Pimentinha* Tr_po_no mure do »eu Lobãc e d .rou a b6la com toda força so-bra um canteiro. Depois batenao palmas Pimentinha coma-çou a chamar o seu Lobão.

O homensmho veio ao quintal vêr o que era. EntãoP«neitmha com . maior calma deste mundo pediu ao-eu" Lobão para apanhar a bola. Pra quê I O homemdanou-se...

^^~~~-

.... como orna fera. apanhou a bola do chão, e sem dó nempiedade deu-lhe um terrivel golpe com uma faca _-.•

. donha?

Foi a conta. A bola deu um estouro formidável! "Seu"Lobão deu um pulo para traz... mas não livrou-se de un. bombanh. de Knta q-.e o Pimentinha lhe prsparhri.

SER ESCOTEIRO É SERVIR AO BRASIL

O TICO-TICO ^-26— 14 _ M aio —¦ 1941

LEGIOWARIOI DA SODIE - . ™ 1

/^&Wf AFINAL DE> "SiTtEGlONAPIO PINTADO/

CONTA6 NÃO ME CU6TaYF*C* DE CONTA QUEMOSTPÀR COMO A A. VOCÊ B O MDRQ,

COiôA FOI- Smmrn^ DO QUINTAL/"~ " "y B^í v_t____! ____jritr \^H Ir^iiL ^» «\ ) 7__R

11^" VEy O MURO DOi<<f! S^TJ! ÍT OE PEPEKTE '

VE.O V/NDO Do"\6Eü QUINTAL ESTAVA J^EU fS l LAD0 DE LA U,M A,?J0 AZUL'QüE /

_______! -*-ASSlM'" -jrfpl &1 B^PAR0U E Dl<S6>E: 6EU BOBO-W

T m ^àM /'"-LARGA E*6A X_ k%l__F ( ARMA, QüE .6SO NÃO )^- -^

ÉF3r \\_r^ V^ V3^R'^ADEtPAí^/^ÓA wrrE

pi^j"uv-w-.v*-v-"*'i^"^-'r'-"»"»v-r-"-"-"-"pp*"^^^

_-.ti um <los aniversários de Leão XIII, j;i »u.rto velho, nm dos seus sobrinhos foi cumprhnenti Io,formulando votos para que Su;t Santidade vivesse cem anos. "Meu cairo scubrinlip; - disse-lHe Leão XIIJI— não fixemos limites à bondade da Providência";

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O TICO-TICO14 — Maio — 1941 — 27 —

O rei dos ciclistas

Juca tem. positivamente, grande vocação paraenganai os tolos Outro dia. o nosso amiguinho.liepois cie haver ganho . . .

. . . uma magnífica bicicleta, convidou a Titãpara passar um logro em todos os garotos tiavisinhança Aproveitando o barracão . . .

0 R£l DOS;CICLISTAS

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Bníl I r . . que servia de teatro para as suas brinca-deiras, Juca improvisou uma janelinha. pelaqual, com o auxilio d« um jogo de .

, . . espelhos tudo o que se passava dentro dofcarracão era visto de cabeça para baixo. Foium sucesso ; Toda a garotada . . .

... do bairro viu o Juca passeando calmamentede cabeça para baixo em sua bicicleta, enquantoO rossíi herói andava, como . . .

. . .todo o mundo, pelo soalho do "barracãoHoje o Juca é considerado como o maior equili-briàta do mundo :

O TICO-TIC O 23 14 — Mai© 1*41

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14 Maio — 1941 >Q TICO-TII O

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Qual o erro ?Este desenl'0

representa dur.smoças, uma diri-gindo auto e ou-tra a pé. Masparece que o ar-tista cometeu umerro. Onde estaesse erro? ,

Receberemossoluções até 14de Junho e publi-caremos o resul-taco em 25 deJunho. Sortea-remos 5 prêmios.

A solução devetrazer o Vale n.°127 e a assina-tura e endereçodo concorrente.

CONCURSO NAVAL DO "O TICO-TfCO"

Temos já anunciado por várias vezes que os Mapasdeste concurso só podem sèr trocados EM NOSSCESCRITÓRIO, à Trav. do Ouvidor n.° 26, e -que porisso os concorrentes do interior nos devem mandar osseus Mapas acompanhados de um sêiq postal de $400réis para a remessa do coupon numerado.

ATÉ 16 DE JUNHO ;

Receberemos Mapas para troca até o dia 16 deJunho, só tomando parte no mesmo os números troca--dos até essa data. .

MAPAS INCOMPLETOSOs concorrentes cujos mapas estejam incompletos

devem juntar aos mapas que enviarem, em selos pos-tais, a quantia correspondente ao preço de tantosexemplares da revista quantos forem os recortes fal-tantes. Oportunamente anunciaremos a data e o localdo sorteio.

1 talado a C nciirso n. 121FORAM SORTEADOS COMLINDOS LIVROS DK HISTó-RIAS INFANTIS OS SEGUIN-TES CONCORRENTES ENTRE

QUE IN VI ARAM SOLU-ÇÃO CERTAS

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SANTA CATARINA

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N. 121

O que estava escrita, na Tab"<era: Déspe-te e nada.

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O TICO-TICO — 39 — 14 — Maio — mi

Réco-RécoBolao e

Azeitona

Desennus deLUIZ SA

O, célebre pintor Jucá Pincel estava olha só, mostrou Réco-Réco. Aquilofazendo um quadro na parede do bo- « Que é prática! Nem olha para astequim, quando Réco-Réco. Bolão e latas de tinta! Nem mesmo para a'Azeitona voltavam da escola. pintura! Esse camarada é um grand*;artista!f

Vamos pregar-lhe uma partida? Uma vez lá em cima, sem que Jucá E ficaram, então, esperando o rcsul-propôs aos amigos. E, antes que Bo- Pincel pen1>»»sse, Réco-Réco trocou tado da travessura. prontos para go-lão e Azeitona pudessem compreen- de lugar todas as latas de tinta e, sar o seu pedacinho. Jucá continua-der bem a sua idéia, foi subindo pela com a mesma cautela, desceu escor- va pintando, e trocando as cores to-escada. regando até o chão. das da paisagem..

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Quando o grande artista deu pelacoisa, ficou horrorizado! Tinha feitoura -quadro futurista, horrível! Osusto foi tão grande- que as latascom tinia vieram abaixo!.

Cs nossos amigos, que estavam cm baixo gosando a complicação, rece-beram nas respectivas cabeças as latas e as tintas, o que foi. aliás, me-retido castigo peta travessura que haviam feito.

14 Maio — 1M1 31 0 T ÍC O-TICO

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(Xò avetttuut* de (QMqutnàe

—~N ____-__-___-________---_§ —! f .—Benjamim ultimamente deu para a mania de ser um

grande colecionador de borboletas-

Passava os dias armado de sacola a perseguir e a apa-nhar esses *âo bélos~coleópteros, que são a alegria dos cam-pos e jardins.

Chiquinho, que não tolera a maldade, combinou coma prima Lili dar uma lição em regra no Benjamim.

Aproveitando enquanto éle dormia, após uma rendosacaçada, trocaram por outra a lata onde estava encerrada uma ]grande quantidade de borbclétas.

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Quando, em usa. Benjamim abriu a lata, foi atacedo

de surpresa por um bando de abelhas e marimbondos.Felizmente Benjamim não foi mordido, mas o susto serviu-.

lhe de lição pois éle jurou não mai» caçar borboletas.