Jucilene Miguel Zara Cuidados Paliativos Conhecimento Dos...

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FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto-FAMERP Jucilene Miguel Zara Cuidados Paliativos Conhecimento Dos Profissionais De Enfermagem Que Atuam Em Um Hospital De Ensino Da Região Noroeste Paulista São José do Rio Preto 2016

Transcript of Jucilene Miguel Zara Cuidados Paliativos Conhecimento Dos...

FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO

PRETO

Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de

Medicina de São José do Rio Preto-FAMERP

Jucilene Miguel Zara

Cuidados Paliativos – Conhecimento Dos

Profissionais De Enfermagem Que Atuam Em

Um Hospital De Ensino Da Região Noroeste

Paulista

São José do Rio Preto

2016

Jucilene Miguel Zara

CUIDADOS PALIATIVOS – CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS

DE ENFERMAGEM QUE ATUAM EM UM HOSPITAL DE ENSINO DA

REGIÃO NOROESTE PAULISTA

Projeto de pesquisa para realização do

Trabalho de Conclusão de Curso em

Graduação de Enfermagem da

Faculdade de Medicina de São José do

Rio Preto -FAMERP

Orientadoras: Prof.ª. Ms. Rosemeire Aparecida Milhim Cordova,

Co-orientadora Prof.ª. Ms. Edna Rossi de Castro

São José do Rio Preto

2016

FICHA CATALOGRÁFICA

Jucilene Miguel Zara

Cuidados Paliativos – Conhecimento Dos Profissionais De Enfermagem Que

Atuam Em Um Hospital De Ensino Da Região Noroeste Paulista/ Jucilene Miguel

Zara - São José do Rio Preto, 2016.

33 p.

Monografia (TCC) – Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP

Orientadoras: Prof.ª. Ms. Rosemeire Aparecida Milhim Cordova, e Co-orientadora

Prof.ª. Ms. Edna Rossi de Castro

1. Cuidado Paliativo.

2. Conhecimento

3. Enfermagem.

4. Formação Educacional

Zara, Jucilene Miguel

FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – AUTARQUIA ESTADUAL

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM ESPECIALIZADA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO-TCC

DATA: 06∕12∕2016

ORIENTADORA: Prof.ª. Ms. Rosemeire Aparecida Milhim Cordova, e Co-orientadora Prof.ª. Ms. Edna Rossi de Castro

1ª EXAMINADORA: Profª Drª Patricia Maluf Cury

2ª EXAMINADORA: Enfª Cristiane Carvalho

São José do Rio Preto

2016

SUMÁRIO DEDICATÓRIA .............................................................................................. I

AGRADECIMENTOS .................................................................................. II

LISTA DE TABELAS................................................................................. IV

LISTA DE FIGURAS.......................................................................................V

RESUMO .................................................................................................... VI

ABSTRACT ............................................................................................... VII

INTRODUÇÃO ............................................................................................. 1

OBJETIVO.........................................................................................................5

METODOLOGIA ......................................................................................... 6

RESULTADOS..................................................................................................7

DISCUSSÃO....................................................................................................12

CONCLUSÃO ..............................................................................................16

REFERÊNCIAS: .........................................................................................17

APÊNDICES ................................................................................................19

Apêndice 1 ............................................................................................................... 19

Apêndice 2......................................................................................................................21

Anexos...............................................................................................................22

Anexo 1.........................................................................................................................22

i

DEDICATÓRIA

Primeiramente, dedico este trabalho aos

meus pais, que me apoiaram e me deram

força para nunca desistir dos meus

sonhos, ao meu esposo por toda paciência

e companheirismo sempre estando ao meu

lado nos momentos mais difíceis. Dedico

também a minha orientadora que foi mais

que uma amiga e que me ensinou como

montar e elaborar o Trabalho de

Conclusão de Curso.

ii

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por ter me dado forças para

enfrentar todas as barreiras e dificuldades em minha vida, por ter me segurado em suas

mãos para que eu não viesse a desistir, sempre me sustentando e me protegendo por

toda a minha caminhada, pela oportunidade de ter estudado em uma faculdade

renomada e por ter colocado pessoas tão especiais em meu caminho.

Agradeço aos meus pais e a toda minha família por nunca desistirem de mim,

por sempre me apoiarem em minhas escolhas e acreditarem em meus sonhos.

Agradeço ao meu esposo por toda paciência e carinho e principalmente por estar

ao meu lado nos momentos de maiores dificuldades, por todo apoio e compreensão, por

todo incentivo e por não me deixar desistir nunca.

Agradeço a Faculdade de Medicina de Rio Preto (FAMERP) por todos estes

anos, por ter-me proporcionado essa graduação que me mostrou muitos caminhos na

vida, novos aprendizados e novas experiências que me deu forças para crescer e realizar

meus sonhos.

Agradeço as professoras que me apoiaram e estiveram ao meu lado todas as

vezes que precisei, sempre com muito carinho e atenção, em especial as minhas

orientadoras Rose por todo apoio nas horas mais difíceis e Edna Rossi por todo

aprendizado e por enriquecer meu trabalho.

Agradeço pelas novas amizades, pessoas que eu jamais pensei em conhecer,

amigos que levarei por toda vida em meu coração, em especial ao meu grupo de estagio

por todo apoio e compreensão, pois sem a ajuda deles nunca teria conseguido.

iii

Agradeço a Drª Patrícia Cury, Enfermeira Cristiane Carvalho e toda equipe dos

Cuidados Paliativos do Hospital de Base por todo apoio e carinho.

E por fim agradeço a minha amiga Jeniffer Lourenço por ter me apresentado os

Cuidados Paliativos, por ter me convidado a participar da liga, por sempre estar ao meu

lado e por toda amizade, compreensão, carinho e atenção que sempre demostrou a mim.

Cuidados Paliativos, a Arte do Cuidar.

Jucilene Miguel Zara

iv

LISTA DE TABELAS

I. Relação entre formação acadêmica, informações graduação e matéria especifica

sobre cuidados paliativos ......................................................................................8

II. Relação entre formação e manejo da dor, dor nociceptiva e neuropática, escala

de dor e utilização de escala .................................................................................9

III. Atuação dos Enfermeiros aos pacientes fora da probabilidade de

cura.................................................................................................................. ....10

IV. Educação em Cuidados Paliativos.......................................................................11

v

Lista De Figuras

I. Distribuição da frequência sobre conhecimento de cuidados Paliativos

...............................................................................................................................8

II. Distribuição do conhecimento dos entrevistados sobre eutanásia, distanasia e

ortotanasia............................................................................................................10

vi

RESUMO

O enfermeiro é o profissional que está mais próximo dos pacientes, assim,

precisa estar preparado para atender as suas necessidades em qualquer momento da

vida. Para suprir as necessidades destes pacientes fora das possibilidades de cura, surgiu

o cuidado paliativo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Cuidado Paliativo “é

uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, por

meio da prevenção e do alívio do sofrimento.” Este estudo surgiu a partir da

preocupação da autora sobre o conhecimento dos profissionais da saúde quanto aos

Cuidados Paliativos. Objetivo: Identificar o conhecimento teórico sobre cuidados

paliativos dos profissionais de Enfermagem que atuam no referido hospital. Trata-se de

uma abordagem quantitativa de forma descritiva e transversal em um Hospital de

Ensino do Noroeste Paulista. Metodologia: Os dados foram coletados através de

questionários, respeitando os preceitos Éticos de Pesquisas envolvendo seres humanos ,

assim, antecedendo a coleta dos dados este projeto foi submetido à apreciação do

Comitê de Ética em Pesquisa, aprovados pela Resolução CNS 196/ 96. Resultados: a

taxa de adesão foi de 48 (41%), sendo a predominância do sexo feminino, com tempo

de formação com menos de 5 anos (40%), na questão conceitual sobe cuidados

paliativos 54,2% mostraram ter alguma noção sobre o tema, a maioria 39 (81,2%)

relataram ser destinado a pacientes terminais, 92% das instituições não abordam o tema

em sua grade curricular, 52% não se acham capacitados para lidar com esses pacientes e

81% se considera emocionalmente preparado. 94% declara ter conhecimento sobre os

simpósios organizados pela instituição, 75% nunca participou destes eventos.

Conclusão: Espera-se que este trabalho possa estimular novos estudos e contribuir

acerca do assunto, para que outros profissionais se sensibilizem e busquem vivenciar os

cuidados paliativos como forma de garantir uma assistência digna e qualificada a

pacientes em terminalidade de vida e a seus familiares.

Palavras-chave: Cuidado Paliativo. Conhecimento. Enfermagem. Formação

Educacional.

vii

ABSTRACT

The nurse is the professional who is closest to the patients, so they must be prepared to

caring the needs of these patients at any time in life. To meet the needs of these patients,

out of the possibilities of cure, palliative care has been developed. According to the

World Health Organization, Palliative Care "is an approach that provides the quality of

life of patients and their families through prevention and relief from suffering." This

study emerged from the author's concern about the health professionals concerning

Palliative Care. The objective of the study is to identify the theoretical knowledge about

palliative care of the Nursing professionals who work in this hospital. This is a

descriptive and cross-sectional quantitative approach in a School Hospital of Northwest

of São Paulo state. Data will be collected through questionnaires, according to the

Ethical Precepts of Research comprising human beings, therefore, before the data

collection, the project will be submitted to the evaluation of the Research Ethics

Committee , approved by Resolution CNS 196/96.Results: The rate of membership was

48 (41%), being the predominance of females, With training time of less than 5 years

(40%), On the conceptual question on palliative care 54,2% Have shown some notion

on the subject, 39 (81,2%) reported to be destined for terminal patients, 92%

the institutions do not cover the subject in their curriculum, 52% are not trained

to deal with these patients 81% considers himself emotionally ready. 94% declares to

have knowledge about the symposia organized by the institution, 75% never

participated in these events. Conclusion: It is hoped that this work can stimulate new

studies and contribute on the subject, so that other professionals alert and seek

experience palliative care as a way to ensure a dignified and qualified assistance to

terminally ill patients and their families life.

Keywords: Palliative Care. Knowledge. Nursing. Educational Formation

1

INTRODUÇÃO

Vivemos em um cenário onde há um progressivo envelhecimento populacional,

associado a um predomínio de doenças crônico-degenerativas de evolução lenta, a um

crescente e constante aumento de novos casos de câncer, a números também

impressionantes de infecção pelo vírus HIV, que geram de forma direta,

comprometimento funcional e dependência. Além destes fatores, há uma nova

reorganização familiar, com mais pessoas morando solitariamente, que acompanham

algumas mudanças sociais dos nossos tempos, onde permeiam o individualismo,

racionalismo e falta de espiritualidade. Desta forma, ter uma doença que ameaça a vida

pode resultar em um morrer lento, com muito sofrimento físico, mental, social e

emocional. Dentro deste contexto, os Cuidados Paliativos se inserem como uma medida

extremamente necessária, com a certeira abordagem de promover a qualidade de vida,

de prevenir e aliviar o sofrimento de indivíduos e de seus familiares diante de doenças

que ameaçam a continuidade da existência. Entretanto, ainda pouco se educa em nosso

país sobre estes cuidados. Muitos profissionais de saúde desconhecem técnicas de

paliação e são escassas as publicações dirigidas para esta área de atuação. 1

O entendimento sobre a morte foi se transformando e tomando uma proporção

diferenciada na vida das pessoas. Muitos dos nossos antepassados tinham em mente que

a “morte era como uma fase natural da vida”, e que esse acontecimento era assistido

pelos familiares, permitindo assim o conforto, a tranquilidade por ter entes queridos no

final dessa trajetória. Mas com tantas mudanças a morte já não ocorria mais nas

residências dos doentes e sim nas Instituições de Saúde. A família que era totalmente

responsável pelos cuidados ao paciente, passou a transferir todos esses cuidados aos

profissionais de saúde 12

2

Os pacientes foram acumulando nas Instituições de Saúde, por falta de

possibilidade de cura, recebiam assistência inadequada, praticamente sempre focada na

tentativa de recuperação, utilizando sempre métodos invasivos e de alta tecnologia, nem

sempre essa recuperação era eficiente, pois ignoram o sofrimento, e a falta de

conhecimento adequado sempre trás dificuldades na avaliação dos sintomas mais

prevalentes, sendo a dor o principal e mais dramático 1.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, publicada em 2002, “Cuidado

Paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus

familiares, por meio da prevenção e do alivio do sofrimento”. Que requer identificação

precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física,

psicossocial e espiritual 1.

Por muito tempo a prática dos Cuidados Paliativos tinha como a origem o termo

Hospice, que foi primeiramente usado para definir os abrigos destinados ao conforto e a

cuidados com peregrinos e viajantes. Os Hospices medievais por sua vez abrigavam

peregrinos e doentes, mas muitos deles morriam nestas hospedarias recebendo cuidado

leigo e caridoso 7.

O Movimento Hospice Moderno foi introduzido pela inglesa Cicely Saunders,

que em 1967 fundou o St. Christopher’s Hospice, cuja estrutura não só permitiu a

assistência aos doentes, mas o desenvolvimento de ensino e pesquisa, Cicely Saunders

com Elisabeth Kluber-Ross, fez com que o Movimento Hospice crescesse nos Estados

Unidos. 1

O Comitê de Câncer da Organização Mundial da Saúde criou em 1982, um

grupo de trabalho responsável por definir políticas para o alívio da dor e cuidados do

tipo hospice que fossem recomendados em todos os países para pacientes com câncer. 1

3

O modelo de cuidados paliativos iniciou-se no Brasil na década de 1980, quando

foi instituído o primeiro serviço no Rio Grande do Sul, seguido por São Paulo e após

Santa Catarina.13

Foi fundada a Associação Brasileira de Cuidados Paliativos em 1997,

congregando enfermeiros, psicólogos, médicos, assistentes sociais, fisioterapeutas,

religiosos, essa Associação tinha como objetivo agregar os profissionais atuantes na

área de cuidados paliativos, abrindo espaço para discussões. 13

O cuidado paliativo é um cuidado diferenciado, pois alivia os sintomas

respeitando as vontades do paciente, e não interfere no processo natural de morrer. 13

Os cuidados paliativos devem ser prestados por uma equipe multiprofissional,

formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e assistentes

espirituais, que devem respeitar o paciente como um ser único, bem como suas crenças

e culturas. 13

Este cuidado está centrado no que envolve postura ético/filosófica por parte do

enfermeiro, e isso exige um modelo assistencial com dimensão técnica e outras

dimensões como emocional, espirituais e ainda a de suporte familiar, para compreender

as várias formas de expressão de sentimentos e apoiar no enfrentamento da

terminalidade. 13

E o cuidado paliativo tem como funções: promove o alívio da dor e de outros

sintomas estressantes, reafirma a vida e vê a morte como um processo natural, não

pretende antecipar e nem postergar a morte, integra aspectos psicossociais e espirituais

ao cuidado, oferece um sistema de suporte que auxilie o paciente a viver tão ativamente

quanto possível, até a sua morte, oferece um sistema de suporte que auxilie a família e

entes queridos a sentirem-se amparados durante todo o processo da doença. 7

4

Compete ao enfermeiro auxiliar o paciente a ter uma morte autenticamente

humana, seja em casa ou no ambiente hospitalar. Os profissionais devem tomar cuidado

com condutas paternalistas e autoritárias. 13

A proximidade da equipe de enfermagem com o doente permite a formação de

vínculos que lhe confere poderes através dos quais pode conduzir o cliente ao exercício

de sua autonomia. Autonomia dá ao paciente a capacidade de tomar suas próprias

decisões, assumindo uma posição de sujeito que, junto com o médico e enfermeiro,

opina sobre seu tratamento. 13

Os profissionais de saúde estão empenhados em salvar e possibilitar uma chance

de vida aos pacientes, considerando os grandes conhecimentos técnicos científicos (a

beneficência) e esquecendo que estes têm valores que pertencem ao seu tempo vivido, à

sua história e, que isso poderá influenciar no tipo de tratamento. 13

Este estudo surgiu a partir da preocupação da autora sobre o conhecimento dos

profissionais da saúde sobre os Cuidados Paliativos.

5

Objetivo

Identificar o conhecimento teórico sobre cuidados paliativos dos enfermeiros que atuam

em um hospital de ensino da região noroeste paulista.

6

METODOLOGIA

Trata–se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, em que foram

coletados dados de 48 enfermeiros que atuam nas unidades de internação e unidade de

terapia intensiva. A pesquisa foi realizada no hospital de Base de São José do Rio Preto.

Os dados foram coletados através de entrevista com perguntas específicas aos

enfermeiros do referido hospital.

O instrumento de coleta de dados constava de duas etapas, sendo a primeira:

Identificação do profissional e a segunda com questões específicas (APÊNDICE1)

Na identificação dos Cuidados Paliativos foram avaliados os conhecimentos

teóricos dos profissionais.

No critério de inclusão, considerou-se os enfermeiros que concordaram em

participar da pesquisa, seguindo os critério:

- Ser enfermeiro contratado no referido hospital e atuar nas unidades de

internação e unidades de terapia intensiva.

Foram excluídos os enfermeiros que não responderam o questionário.

Os enfermeiros concordaram em participar deste estudo, assinando o termo de

consentimento livre esclarecido. (APÊNDICE 2).

O instrumento de coleta de dados – elaborado pela pesquisadora - e utilizado

para obtenção do perfil dos entrevistados, a entrevista contou com duas etapas, sendo

que a primeira constava a identificação e o perfil profissional; a segunda etapa avaliava

o conhecimento especifico, totalizando vinte questões.

A coleta de dados acorreu no período dos meses de agosto e setembro de 2016.

Este estudo foi apresentado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP, conforme

Protocolo11348313.3.0000.5415, recebendo o parecer 551.554.

Os dados obtidos foram agrupados de acordo com suas especificidades, sendo

transferidos para um banco de dados (Excel) e então processados em sua frequência

absoluta e dos índices percentuais.

A análise estatística descritiva foi utilizada na caracterização dos sujeitos e

apresentados de forma quantitativa em Tabelas e Gráfico.

7

RESULTADOS

Os resultados serão sistematizados e apresentados segundo os objetivos

propostos.

Perfil dos profissionais do estudo

Dos 117 questionários entregues, 48 foram respondidos (41%). A maioria dos

sujeitos da pesquisa pertence ao sexo feminino 43 (89%) contra 5 (11%) do sexo

masculino. Quanto ao estado civil houve predominância dos casados 25 (52%) 23 e

(48%) de solteiros. A maior parte dos indivíduos tem idade entre 26 e 33 anos (48%) e

apenas 14,6% tem mais que 40 anos. Em relação ao tempo de formação 20 (40%) dos

entrevistados se formaram a menos de 5 anos; 17 (35,4%) têm de 6 a 10 anos de

formados; 6 (12,5%) entre 11 á 20 anos e apenas 2 (4%) mais de 20 anos. Sendo que do

total dos entrevistados 30 (62,5%) estudaram em instituições particulares e 18 (37,5%)

em instituições publicas. Apenas 3 (6%) declararam alguma formação especifica em

cuidados paliativos.

Na questão conceitual sobre Cuidados Paliativos nenhum participante citou a

definição da Organização Mundial da Saúde; 4 (8,3%) dos participantes definiram de

forma correta o que era Cuidados Paliativos, 26 (54,2%) mostraram ter alguma noção

do tema e 18 (37,5%) relataram cuidados apenas a pacientes terminais.

Quando questionados quais os pacientes que necessitariam destes cuidados 2

participantes (4,2%) disseram que era para todos paciente, 7 (14,6%) descreveram

pacientes crônicos e 39 (81,2%) afirmaram ser pacientes terminais.

Quanto aos objetivos desta pratica todos foram unanimes ao relatar que os

Cuidados Paliativos presta assistência humanizada que visa a qualidade de vida

proporcionando conforto e alivio do sofrimento e da dor, 13 (27%) citaram a conforto

aos familiares; 3 (6,25%) dos participante abordaram os cuidados biopsicossocial; 1

(2,08%) acredita que o objetivo dos Cuidados Paliativos é preparar a família para o

cuidado domiciliar e 3 (6,25%) afirmaram que o objetivo é o preparo para a finitude.

8

Figura 1: Distribuição da frequência sobre conhecimento de cuidados Paliativos.

O figura 1 mostra que apenas 5 (10,4%) dos entrevistados acreditam que os

pacientes encaminhados a pratica dos cuidados paliativos vão para morrer, 43 (89,6 %)

acreditada não ser uma pratica apenas do final da vida.

Tabela 1 – Relação entre formação acadêmica, informações na graduação e matéria especifica sobre

cuidados paliativos.

Na sua formação acadêmica existiu alguma disciplina

especifica sobre Cuidados Paliativos?

N %

NÃO 44 91,6

SIM

Você recebeu informações suficiente na graduação

sobre Cuidados Paliativos ?

4 8,4

NÃO 42 87,5

SIM

Você acha importante ter uma matéria especifica sobre

Cuidados Paliativos?

6 12,5

NÃO 3 6,25

SIM 45 93,75

A tabela 1 mostra que em 44 (91,6%) das instituições de ensino não abordam

especificamente o tema Cuidados Paliativos, 42 (87,5%) declararam não ter recebido

0 20 40 60 80 100

Sim

Não

Todos os pacientes encaminhados para os cuidados paliativos vão para morrer?

9

informações suficiente sobre o assunto, e 45 (93,5%) acham que o tema deveria ser

abordado em matéria especifica.

Tabela 2 – Relação entre formação e manejo da dor, dor nociceptiva e neuropática, escala de dor e

utilização de escala

Você recebeu durante a graduação formação para

realizar o manejo do paciente com dor?

N %

NÃO 31 65

SIM 15 31

NÃO RESPONDEU 2 4

Você sabe a diferença entre dor nociceptiva e dor

neuropática?

NÃO 25 52

SIM 21 44

NÃO RESPONDEU 2 4

Você conhece alguma escala de dor?

NÃO 2 4

SIM 44 92

NÃO RESPONDEU 2 4

Você utiliza escalas para avaliação da dor?

NÃO 14 30

SIM 17 35

NÃO RESPONDEU 17 35

Na tabela 2 podemos analisar que 31 (65%) não receberam formação suficiente

para lidar com pacientes com dor, 25 (52%) declararam não saber a diferença entre dor

nociceptiva e neuropática, 44 (92%) afirmaram conhecer a escala de dor, porém apenas

17 (35%) usam em seus pacientes.

10

Figura 2 –Distribuição do conhecimentos dos entrevistados sobre eutanásia, distanasia e ortotanasia

Para 36 (75%) dos entrevistados, em Cuidados Paliativos se vivencia a Ortotanásia, 3

(6%) acreditam ser Distanásia e 1 entrevistado (2%) Eutanásia, 8 (17%) participantes

não manifestaram opinião sobre o assunto.

Tabela 3 - Atuação dos Enfermeiros aos pacientes fora da probabilidade de cura

A filosofia dos Cuidados Paliativos pode ser aplicada por

qualquer enfermeiro no setor que trabalha?

N %

NÃO 9 19

SIM 36 75

NÃO RESPONDEU 3 6

Com seus conhecimentos atuais, acredita ter

embasamento para prestar cuidados a estes pacientes?

NÃO 25 52

SIM 21 44

NÃO RESPONDEU 2 4

Você se considera emocionalmente preparado para

atuar com pacientes fora da probabilidade de cura?

NÃO 39 81

SIM 7 15

NÃO RESPONDEU 2 4

0 20 40 60 80

eutanasia

distanasia

ortotanasia

%

N

11

Para 36 (75%) a filosofia dos Cuidados Paliativos pode ser aplicada por qualquer

enfermeiro em sua unidade de trabalho, porém 25 (52%) acredita não ter embasamento

suficiente para cuidar deste tipo de pacientes, 39 (81%) se considera emocionalmente

preparado para atuar com pacientes fora da probabilidade de cura.

Tabela 4 - Educação em Cuidados Paliativos

Existe um serviço de Cuidados Paliativos neste

hospital?

N %

NÃO 1 2

SIM 45 94

NÃO RESPONDEU 2 4

Você já participou de algum dos simpósios de Cuidados

Paliativos organizado por este hospital?

NÃO 36 75

SIM 10 21

NÃO RESPONDEU 2 4

Você acha este tema relevante para os profissionais da

saúde?

NÃO 0 0

SIM 46 96

NÃO RESPONDEU 2 4

Você gostaria de aprender um pouco mais sobre este

assunto?

NÃO 0 0

SIM 46 96

NÃO RESPONDEU 2 4

45 (94%) dos entrevistados tem conhecimento sobre a unidade de Cuidados

Paliativos que o hospital possui, 36 (75%) nunca participou dos simpósios organizados

pela instituição, 46 (96%) acreditam que o tema Cuidados Paliativos é relevante para os

profissionais da saúde e gostariam de aprender mais sobre o assunto.

12

DISCUSSÃO

Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde – OMS, revista em

2002, “Cuidado Paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida de

pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da

vida, através da prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce,

avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e

espiritual”. Na amostra avaliada na questão conceitual sobre cuidados paliativos,

nenhum participante citou a definição da organização mundial da saúde, porém 54,2%

mostraram tem um conhecimento sobre o assunto. 1

Atuar no campo do Cuidado Paliativo exige não apenas profundo conhecimento

cientifico, como também um constante enfrentamento da morte e de suas implicações

do processo de morrer, fazendo com que os profissionais necessitem desenvolver

também habilidades humanitárias e emocionais, comumente pouco trabalhadas durante

a graduação. 11

No Brasil existem poucas unidades de cuidados paliativos, mas há um grande

número de instituições que assistem pacientes sem possibilidades terapêuticas de cura,

que não integram essa prática, não é só a falta de unidades que gera dificuldades, mas

também a escassez de equipes capacitadas para atuar frente aos pacientes em cuidados

paliativos. 3

Na pesquisa, 81,2% dos entrevistados afirmam que são cuidados destinados a

pacientes terminais, contrariando a filosofia dos cuidados paliativos, que podem ser

atribuídos a qualquer situação ameaçadora da vida, como por exemplo, doenças

crônico-degenerativas, demência, Parkinson, insuficiência cardíaca, insuficiência renal,

e doença pulmonar obstrutiva crônica e não somente associados a oncologia. 9

O objetivo principal do Cuidado Paliativo é “a melhora da qualidade de vida de

pacientes e familiares” e é realizado através “da prevenção e alívio de sofrimento físico,

psíquico, social e espiritual”. Desse modo, um diagnóstico adequado do sofrimento e

suas causas são imprescindíveis para o adequado manejo no Cuidado Paliativo. Mesmo

profissionais treinados na área percebem a dificuldade de analisar, abordar e integrar as

diferentes facetas do ser humano, em especial diante da finitude. Considerando a

complexidade das demandas apresentadas por pacientes e familiares em situações de

13

fim de vida, torna-se necessária a definição de uma estratégia completa e focada no

alívio e prevenção do sofrimento em suas diversas dimensões. 1

A tabela 3 mostra que 75% dos entrevistados disseram que a filosofia dos

Cuidados Paliativos pode ser aplicada por qualquer enfermeiro em sua unidade de

trabalho, 81% se declararam emocionalmente preparados para atuar nesse ramo, no

entanto 52% acreditam não ter embasamento suficiente para lidar com esses pacientes, o

que não corrobora com o estudo publicado em 2013, onde Vasques relata que a maioria

dos profissionais de enfermagem tem dificuldades ou ausência de conhecimentos sobre

a filosofia de cuidados paliativos, para esses profissionais é difícil vivenciar a

problemática de finitude, e a falta de compreensão para essa assistência, gera neles

sentimentos de sofrimento dificultando o diálogo franco e aberto com os pacientes e

seus familiares acerca de assuntos relativos à finitude de vida, sendo assim esses

profissionais necessitam de uma educação permanente para que possam relatar todas as

suas vivências e dificuldades, proporcionando aos pacientes um melhor atendimento. 5

A tabela 1 mostra que 91,6% das instituições de ensino não abordam Cuidados

Paliativos em sua grade curricular, 87,5% declararam não ter recebido informações

suficientes sobre o assunto e 93,5% acredita ser um tema importante a ser abordado e

segundo Barros et al. (2013), profissionais de saúde tem a necessidade de uma formação

de pós-graduação na área de cuidados paliativos, pois o profissional que só tem uma

formação básica (graduação), ainda não se encontra preparado para enfrentar situações

em que pacientes estejam em fase final de vida, também se vê necessário treinamentos

específicos com esses profissionais. 3

Segundo Germano 2013 a graduação em enfermagem trás a necessidade de

formar profissionais mais preparados para enfrentar a morte, pois são ensinados a cuidar

da vida e não da morte, e também para prestar assistência pautada em princípios éticos e

humanistas, a falta desse preparo adequado tem criado obstáculos para o cuidado ao

paciente fora de possibilidades terapêuticas de cura. 4

Araújo et al. (2010), dizem que podem ter vários motivos pela falta de preparo

dos profissionais em cuidados paliativos, sendo ele: falhas durante a formação

acadêmica, desconhecimento da filosofia de cuidados paliativos e dificuldade em lidar

com a situação de morte, isto nos mostra a necessidade de serem oferecidas disciplinas

14

que abordem este tema, ou de ser inserido em disciplinas já existentes nos cursos de

graduação em enfermagem. 2

A dor é uma experiência única e individual, modificada pelo conhecimento

prévio de um dano que pode ser existente ou presumido, portanto, em qualquer situação,

é o que o paciente refere e descreve. Na prática clínica, a falta de sistematização na

avaliação da dor frequentemente leva a um subtratamento apesar dos avanços

terapêuticos. 1

A elucidação das possíveis causas e dos efeitos da dor na vida do paciente,

investigando fatores desencadeantes e atenuantes além dos fatores psicossociais que

possam influenciar o seu impacto são frequentemente negligenciados. Portanto, na

avaliação da dor, a possibilidade de o paciente discorrer sobre ela mediante a um

autorrelato, é o ponto de partida para o diagnóstico, implementação terapêutica e

posterior avaliação de sua eficácia. Nesse sentido, as equipes multiprofissionais

dedicadas aos Cuidados Paliativos devem estabelecer precocemente vias de

comunicação clara para esta avaliação, dado o caráter progressivo, individual e

multidimensional (sensitivo-discriminativo; afetivo-emocional e comportamental) da

dor crônica. 1

A dor pode ser classificada quanto aos mecanismos fisiopatológicos em dor

nociceptiva, neuropática e mista. Na nociceptiva, as vias nociceptivas se encontram

preservadas, sendo ativadas pelos nociceptores de tecidos cutâneos (Dor somática) ou

profundos (Dor visceral). Já na neuropática, as vias nociceptivas apresentam alterações

na estrutura e ou função, resultante de lesão seletiva do trato neoespinotalâmico (Dor

central) ou resultante de lesões no sistema nervoso periférico (Dor periférica). Diante do

exposto percebe-se a importância do conhecimento dos profissionais sobre o

diagnostico da dor, precisam conhecer a particularidade de cada individuo, para o

melhor manejo deste sintoma. 1

Na tabela 2, 52% dos participantes declararam não ter conhecimento sobre dor

nociceptiva e neuropática, 65% não receberam durante a graduação informações sobre o

assunto, 92% declararam conhecer algum tipo de escala de dor, porém apenas 35%

disseram que as usam em seus pacientes.

Segundo Ereno, ortotanásia é considerada a verdadeira boa morte, morte digna,

pois esta irá ocorrer no momento correto, sem encurtar ou prolongar o processo de

15

morte. Nessa perspectiva, será respeitado o curso de vida normal da pessoa, e a atenção

será voltada para o conforto do paciente, visto que a ortotanásia só se aplica aos casos

de doenças incuráveis e pacientes terminais. 8

A figura 2 mostra que 75% dos participantes acreditam que a ortotanasia é a

pratica utilizada em Cuidados Paliativos, 8% acreditam ser outra pratica e 17% não

opinaram sobre o assunto.

Na tabela 4 percebemos que é do conhecimento de todos os entrevistados o setor

de cuidados paliativos do Hospital de Base de Rio Preto que foi inaugurado em março

de 2012, resultado de um projeto piloto iniciado em 2011 com 6 leitos e que, neste

período, atendeu cerca de 150 pacientes. Atualmente o setor possui 11 leitos e atende

todas as doenças progressivas e irreversíveis. Anualmente o Hospital de Base realiza

Simpósio sobre o tema paliativo e apesar de 96% dos entrevistados acharem o tema

relevante para os profissionais da saúde e declararem ter interesse em saber mais sobre o

assunto, 75% declararam nunca ter participado dos simpósios realizados pela

instituição.

16

CONCLUSÃO

Os resultados obtidos no estudo sobre cuidados paliativos possibilitaram as

seguintes conclusões:

- A maioria dos entrevistados tem algum conhecimento sobre cuidados

paliativos, porém quando questionados sobre a quem essa pratica se destina, a maioria

relatou pacientes terminais contrariando os princípios dos cuidados paliativos.

- 92% das instituições de ensino não abordam o tema, em sua maioria os

entrevistados declaram de suma importância para os profissionais da saúde e que

deveria ser abordado na graduação.

- A maioria se considera emocionalmente preparado para trabalhar com

cuidados paliativos tendo conhecimento que essa pratica pode ser aplicada por qualquer

enfermeiro, por outro lado 59% relata não ter embasamento suficiente para cuidar destes

pacientes.

- O conhecimento dos profissionais de enfermagem acerca dos cuidados

paliativos ainda é muito deficiente pela falta de unidades que disponibilizam esse

serviço. Sendo a instituição pesquisada a única que possui este serviço.

- Observou-se a necessidade de formação de profissionais, criação de serviços de

cuidados paliativos, inserção do tema em grades curriculares de graduação e

disponibilização de cursos na área.

Espera-se que este trabalho possa estimular novos estudos e contribuir acerca

do assunto, para que outros profissionais se sensibilizem e busquem vivenciar os

cuidados paliativos como forma de garantir uma assistência digna e qualificada a

pacientes em terminalidade de vida e a seus familiares.

17

REFERÊNCIAS:

1. ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS. Manual de

Cuidados Paliativos. 2 ed. Rio de Janeiro : Diagraphic, 2012. 592p.

2. Araujo, D. F. et al. Cuidados Paliativos: Percepção dos enfermeiros do

hospital das clínicas de Uberaba-MG. Rev. Ciência do Cuidado em Saúde, v.

9, n. 4, p. 690-696, 2010.

3. Barros, N. C. B. et al. Cuidados Paliativos na UTI: Compreensão, limites e

possibilidades por enfermeiros. Rev. Enfermagem da UFSM, v. 2, n. 3, p.630-

640, 2012.

4. Germano, K. S.; Meneguine, S. Significados atribuídos por graduandos de

enfermagem aos cuidados paliativos. Rev. Acta Paulista de Enfermagem, v.26,

n.6, p. 522-8, 2013.

5. Vasques, T. C. S. et al. Percepções dos trabalhadores de enfermagem acerca

dos cuidados paliativos. Rev. Eletrônica de Enfermagem, v. 15, n. 3, p.772-9,

2013.

6. Guimarães, N.A.; et al Diagnóstico e manejo da dor orofacial oncológica:

relato de três casos clínicos. Arq Odontol, Belo Horizonte, 51(4): 205-209,

out/dez 2015

7. Coordenação Institucional De Reinaldo Ayer De Oliveira. Cuidado Paliativo.

São Paulo: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, 2008. 689

p.

8. Ereno, L.F.; A Ortotanásia E Medicina Paliativa. Rio grande do Sul:

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em 02 de julho de 2014.

9. Nickel, L.; et al . Grupos de pesquisa em cuidados paliativos: a realidade

brasileira de 1994 a 2014. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro , v. 20, n. 1, p. 70-

76, Mar. 2016

10. Santos, M.F.O.; et al . Avaliação do conhecimento dos anestesiologistas sobre

cuidados paliativos. Rev. Bioét., Brasília , v. 22, n. 2, p. 373-379, Aug. 2014 .

11. Fonseca, A.; Geovanini, F.; Cuidados paliativos na formação do profissional

da área de saúde. Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro , v. 37, n. 1, p. 120-125,

Mar. 2013 .

18

12. Santana, J. C. B.; et al. Cuidados Paliativos aos pacientes terminais:

percepção da equipe de Enfermagem. Centro Universitário São Camilo, 2009.

13. Diamente, L. M.; Teixeira, M. B. Cuidados paliativos: conhecimentos e

sentimentos do enfermeiro que atua nas unidades de clínica médica e

moléstia infecto-contagiosa de um hospital geral. Guarulhos, 2007.

14. Minayo, M. C. de S. et al. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 22º

ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.

15. Víctora, C. G.; Knauth, D. R; Hassen, M. de N. Pesquisa Qualitativa Em

Saúde: uma introdução ao tema. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2000.

16. Goldim, J. R. Manual de Iniciação à Pesquisa em Saúde. 2 ed. Porto Alegre:

Da Casa, 2000.

17. Hospital de Base de São Jose do Rio Preto Inaugura Unidade de Cuidados

Paliativos http://www.hospitaldebase.com.br/noticias/hospital-de-base-

inaugura-setor-cuidados-paliativos acessado em 23/11/2016 as 22h41min.

19

APÊNDICES

APÊNDICE 1

Instrumento de coleta de dados

1ª Etapa – Identificação

Dados de identificação

Idade: ( ) 18 a 25 anos / ( ) 26 a 33 anos / ( ) 34 a 41 anos / ( ) 42 a 49 anos /

( ) 50 a 58 anos / ( ) 59 a 66 anos / ( ) 67 a 74 anos / ( ) Acima 75 anos

Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

Estado civil: ( ) Casado(a)/companheiro ( )Solteiro(a)

Formação acadêmica (Istituição de ensino) ___________________________

Tempo atuação como enfermeiro (a)_________________________________

Fez alguma formação no âmbito dos cuidados paliativos (formação em serviço,

profissional, pós-graduada)? ________________________________

Qual, ou quais? __________________________________________________

2ª Etapa – ESPECÍFICA

1. O que você entende por Cuidados Paliativos?

2. No seu entendimento quais pacientes necessitam desses cuidados?

3. Quais os objetivos desta prática?

4. Todos os pacientes encaminhados para os Cuidados Paliativos vão para morrer?

( ) Sim ( ) Não

5. Na sua formação acadêmica existiu alguma disciplina específica sobre cuidados paliativos?

( ) Sim ( ) Não

6. Você acredita ter recebido informações suficientes na graduação sobre cuidados paliativos?

( ) Sim ( ) Não

7. Você acha importante a inserção de uma matéria específica sobre cuidados paliativos na grade

curricular das instituições superiores?

( ) Sim ( ) Não

8. Você sabe a diferença entre dor nocice ptíva e neuropática?

( ) Sim ( ) Não

9. Caso tenha respondido afirmativamente a questão anterior, você sempre utiliza escalas para avaliar

20

pacientes com dor?

( ) Sim ( ) Não

10. Você acredita que durante a graduação recebeu informação suficiente para realizar o manejo de

pacientes com dor?

( ) Sim ( ) Não

11. Você conhece alguma escala para avaliação de dor?

( ) Sim ( ) Não

12. Durante a graduação você acredita ter recebido orientações suficientes sobre morte e morrer?

( ) Sim ( ) Não

13. Em Cuidados paliativos se aplica:

( ) Eutanásia ( ) Distanásia ( ) Ortotanásia

14. A filosofia de Cuidados Paliativos pode ser aplicada por qualquer Enfermeiro no setor em que

trabalha?

( ) Sim ( ) Não

15. Com seus conhecimentos atuais, acredita ter embasamento suficiente para prestar cuidados a estes

pacientes?

( ) Sim ( ) Não

16. Você acha este tema relevante para o conhecimento dos Enfermeiros e demais profissionais de

enfermagem?

( ) Sim ( ) Não

17. Existe um Serviço de Cuidados Paliativos neste Hospital?

( ) Sim ( ) Não

18. Você se considera emocionalmente preparado para atuar com pacientes fora da probabilidade de

cura?

( ) Sim ( ) Não

19. Você já participou de algum dos simpósios de cuidados paliativos realizados por esta instituição?

( ) Sim ( ) Não

20. Você gostaria de aprender um pouco mais sobre este assunto?

( ) Sim ( ) Não

21

APÊNDICE 2

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - FAMERP

CURSO DE ENFERMAGEM

Pesquisadora: Jucilene Miguel Zara e-mail: [email protected]

Cel (17) 991503492

Pesquisadora responsável: Prof.ª Rosemeire Aparecida Milhim Cordova.

e-mail: [email protected] Cel: (17) 9971232l9

Eu, __________________________________________, abaixo assinado, declaro que fui

plenamente esclarecido de que, ao responder as questões que compõem essa pesquisa, estarei participando

de um estudo de cunho acadêmico intitulado: “CUIDADOS PALIATIVOS – CONHECIMENTO DOS

PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM QUE ATUAM EM UM HOSPITAL ESCOLA DA REGIÃO

NOROESTE PAULISTA”, que tem como objetivo Identificar o conhecimento teórico sobre cuidados

paliativos dos profissionais de enfermagem que atuem em um hospital de ensino da região noroeste

paulista. Também fui esclarecido (a) de que, aceitando participar da pesquisa, estará garantido que

poderei desistir a qualquer momento, bastando para isso informar a decisão de desistência, da maneira

mais conveniente, sem ser prejudicado por isso. Foi esclarecido ainda que a participação na pesquisa

acarretará riscos mínimos e não haverá custos para mim, e que também não receberei nada por esta

participação. Foi-me assegurado que os dados referentes ao estudo serão sigilosos e privados, mantendo-

se minha identidade preservada. Sei que poderei solicitar informações durante todas as fases da pesquisa,

inclusive após a sua publicação pelo telefone da pesquisadora, da orientadora ou diretamente ao CEP no

nº32015813. A coleta de dados para a pesquisa será desenvolvida por meio de um questionário,

garantindo-se a privacidade e a confidência das informações e será realizada pela acadêmica de

enfermagem Jucilene Miguel Zara, sob a supervisão da Prof.ª Ms e Orientadora Rosemeire Aparecida

Milhim Cordova e Prof.ª. Ms Co-orientadora Edna Rossi de Castro.

São José do Rio Preto____, de_________________ 2016.

Assinatura (de acordo):

________________________________________________________________

Participante da Pesquisa

________________________________________________________________

Pesquisadora

______________________________________________________________

Orientadora da Pesquisa

________________________________________________________________

Co-orientadora da Pesquisa