JUNTO COM OS RENANS INDAGADO SOBRE ALIANÇA COM MDB… · 2020. 3. 8. · a fazer. Estou acostumado...

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R$ 1,00 www.jornaldasalagoas.com.br Alagoas, 8 de março | Ano 1 | Nº 227 | 2020 INDAGADO SOBRE ALIANÇA COM MDB, GASPAR DIZ QUE “NÃO NEGOCIA PRINCÍPIOS” JUNTO COM OS RENANS Na sexta-feira passada, o gover- nador Renan Filho e o prefeito Rui Palmeira estiveram juntos em um evento e demonstraram apoio à candidatura de Alfredo Gaspar de Mendonça à Prefeitura de Maceió. O ex-procurador-geral de Justiça começa a ser questionado nas redes sobre a união com o MDB e defende que busca “unir” forças para um projeto para Maceió sem negociar princípios. Página 3 Ex-chefe do MP diz que, apesar dos acordos, “não está entrando em projeto de ninguém” Em entrevista exclusiva, Quintella explica o plano bilionário do governo estadual para o saneamento de Alagoas O secretário estadual de In- fraestrutura, Maurício Quintella Lessa, é o entrevistado dessa edição do Jornal das Alagoas. Em pauta, o projeto do governo do Estado para o saneamento da região metropolitana. Serão investidos quase R$ 3 bilhões para sanear diversos municí- pios e ainda universalizar o fornecimento de água. Quintella acredita que a obra finalize em, no máximo, 11 anos. O deta- lhe: todo o investimento será privado. Entenda como se dará o projeto. Página 6 e 7 O poder das mulheres alagoanas no Esporte Página 9 Rodrigo Cunha lidará com o esvaziamento do PSDB em Maceió Página 3 Pedro França/Agência Senado Bolsonaro regulamenta uso dos aviões da FAB no governo Página 5 FGV: melhora o mercado de trabalho no Brasil Página 5 VISITE NOSSO SITE: WWW.JORNALDASALAGOAS.COM.BR

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R$ 1,00 www.jornaldasalagoas.com.brAlagoas, 8 de março | Ano 1 | Nº 227 | 2020

INDAGADO SOBRE ALIANÇA COM MDB, GASPAR DIZ QUE “NÃO NEGOCIA PRINCÍPIOS”

JUNTO COM OS RENANS

Na sexta-feira passada, o gover-nador Renan Filho e o prefeito Rui Palmeira estiveram juntos em um evento e demonstraram apoio à candidatura de Alfredo Gaspar de Mendonça à Prefeitura de Maceió.

O ex-procurador-geral de Justiça começa a ser questionado nas redes sobre a união com o MDB e defende que busca “unir” forças para um projeto para Maceió sem negociar princípios. Página 3

Ex-chefe do MP diz que, apesar dos acordos, “não está entrando em projeto de ninguém”

Em entrevista exclusiva, Quintella explica o plano bilionário do governo estadual para o saneamento de Alagoas

O secretário estadual de In-fraestrutura, Maurício Quintella Lessa, é o entrevistado dessa edição do Jornal das Alagoas.

Em pauta, o projeto do governo do Estado para o saneamento da região metropolitana. Serão investidos quase R$ 3 bilhões

para sanear diversos municí-pios e ainda universalizar o fornecimento de água. Quintella acredita que a obra finalize em,

no máximo, 11 anos. O deta-lhe: todo o investimento será privado. Entenda como se dará o projeto. Página 6 e 7

O poder das mulheres alagoanas no Esporte

Página 9

Rodrigo Cunha lidará com o esvaziamento do PSDB em Maceió

Página 3

Pedro França/Agência Senado

Bolsonaro regulamenta uso dos aviões da FAB no governo

Página 5

FGV: melhora o mercado de trabalho no Brasil

Página 5

V I S I T E N O S S O S I T E : W W W . J O R N A L D A S A LA G O A S . C O M . B R

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Pelo histórico que possui, no comando do Ministério Público Estadual, não há elementos plausíveis para duvidar do ex-chefe da institui-ção, Alfredo Gaspar de Mendonça, quando ele diz que não está embarcando em projetos de terceiros para justificar ampla aliança política com o senador Renan Calheiros (MDB), o governador Renan Filho (MDB) e o prefeito Rui Palmeira (sem partido).

O que Alfredo Gaspar de Mendonça quer dizer com isso? Que entra no processo eleitoral preservando a sua independência e com foco no projeto que ele, Gaspar de Mendonça, quer construir. Agora, não podemos também acreditar que o ex-chefe do Ministério Público é ingênuo. Evidente que ele sabe que muitos caciques políticos se aproximaram de seu nome em função da viabilidade de um projeto eleitoral que vise, não apenas essas eleições, mas pleitos futuros.

Dentro disso, Alfredo Gaspar de Mendonça passa agora a ser um homem de grupo político. E, caros (as) leitores (as), tudo isso tem um preço. Em caso de êxito da candidatura e vitória no pleito, cada partido político que apoia Gaspar de Mendonça quererá seu quinhão dentro da administração municipal de Maceió e lá estarão os Calheiros, que são enxadristas que não dão ponto sem nó.

É essa a preocupação que ronda muitos eleitores do próprio Gaspar de Mendonça, que enxergavam o ex-procurador-geral como uma alternativa aos caciques políticos que sempre

E D I T O R I A L

OPINIÃO

CENA URBANA

20208 de março2

Boas iniciativas devem ser destaca-das, ainda mais se têm relação com a sustentabilidade. Este é o Papa Lixo, uma grande estru-tura em formato de peixe que serve de ponto de des-carte de material reciclável. Ele fica na orla de Ponta Verde, em frente ao antigo Alagoi-nhas.

Os desafios de Alfredo Gaspar... ocupam espaços no poder. Não sejamos hipócri-tas. Saibamos que questionar Mendonça nesse sentido é algo natural e algumas pessoas já fazem isso nas redes sociais. O ex-procurador é adulto e vacinado, sabe bem o caminho que escolheu. Qualquer outra aliança – como por exemplo com o deputado federal João Henrique Caldas, o JHC (PSB), ou até mesmo o ex-senador Benedito de Lira (PP) e seu filho, o deputado federal Arthur Lira (PP) – traria o mesmo incomodo a Gaspar de Mendonça.

Ele escolheu ser político e agora pagará o preço por isso. A arena de batalha de Alfredo Gaspar mudou e ele será alvo. Essa nova fase de sua vida vai cobrar um outro tom nas falas, argu-mentações que se dão de forma diferente etc. A forma como Gaspar de Mendonça se compor-tar diante desse novo desafio pode ajudá-lo ou atrapalhá-lo. Além dos adversários que já possui, as escolhas de Gaspar de Mendonça também o faz confrontar desafios.

Afinal, aquele que representava os ares de mudanças da nova política é agora quem tem ao redor de si os maiores caciques da política alagoana. Mas, caros (as) leitores (as), não pen-se que com os outros candidatos será diferente. Nesse tabuleiro de xadrez, chega a faltar índio para tantos caciques. Então, do outro lado das alianças políticas – como nas chapas de JHC e de Davi Davino (PP) – há também nomes cujas biografias estampariam as paredes de uma casa assombrada e fariam fantasmas saírem de lá morrendo de medo.

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Jorge Luiz Borges TinocoDiretor-Executivo

Luis VilarEditor-Geral

Benedito LimaDiagramação

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Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

EXPEDIENTE

Aprofundando estudos em 1934 a energia nuclear dá seu primeiro passo com a técnica, criada pelo físico italiano Enrico Fermi, de bombardear o urânio com nêutrons a fim de obter radioati-vidade. Depois em 1938 Hans Bethe, físico alemão, explica como a fusão do hidrogênio no núcleo do Sol libera enor-mes quantidades de energia. É o princí-pio da bomba de hidrogênio. Um ano de-pois, 1939 – A física alemã Lise Meitner e seu sobrinho Otto Frisch anunciam, nos Estados Unidos, a fissão – ou seja, a

divisão – de um átomo de urânio. Seguidamente em 1945, explode no Novo México, Estados Unidos, a primeira bomba atômica. A equipe responsável pela experiência é chefiada pelo físico americano Robert Oppenheimer e logo após ainda em 1945, bombas atômicas americanas destroem as cidades japone-sas de Hiroshima e Nagasáki. Onze anos depois 1956, os Estados Unidos explodem a primeira bomba de hidrogênio, no atol de Bikini, no Pacífico. A experiência é dirigida pelo

físico americano Edward Teller. Trinta e nove anos depois, 1995, uma equipe do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares, o CERN, monta o primeiro antiátomo de hidrogênio. Este Centro cria o maior acelerador de partículas, com intuito de produzir antimateria. Uma grande crítica surge, pois se criada, poderá surgir uma partícula minúscula de energia concen-trada que atrairá todos os corpos que se aproximam, ou seja, a própria terra poderá sumir. Só Deus criou tudo sem perigos a vida.

Equilíbrio do uso do conhecimento gerado pela Ciência - 2

ARTIGO | Crisólogo de Sales Silva*

* É professor titular da Uneal

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A articulação em torno do ex-procurador-geral de Justiça aglutina ainda

diversos outros partidos que fazem parte da base da adminis-tração municipal e do Palácio República dos Palmares, como por exemplo, o Democratas, o Podemos, o PSC, dentre outros. No entanto, se de um lado isso significa demonstração de força política para entrar no pleito, do outro faz com que Alfredo Gaspar de Mendonça tenha que adotar um discurso de justifica-ção, já que se apresenta como a possibilidade do “novo”, mas se alia a caciques da política alagoana que já possuem uma estrada.

Era natural que os questio-namentos surgissem e, em suas redes sociais, o ex-procurador--geral já foi indagado sobre isso. Um internauta destacou que possui confiança em Alfredo Gaspar de Mendonça e em sua “idoneidade”. “Meu principal questionamento é, como uma pessoa de reputação ilibada, se filia ao MDB de Renan Calhei-

ros?”. O internauta cita os processos aos quais Calheiros responde, a influência política dos emedebistas nas prefeituras municipais e as posições contrá-rias à Operação Lava Jato, que é defendida por Alfredo Gaspar. O eleitor ainda se diz decep-cionado por conta da união de Gaspar de Mendonça com que classificou como “coronéis da política”.

RESPOSTAEm resposta, o ex-procu-

rador-geral diz que sua candi-datura não é um projeto de terceiros. “Eu não estou entrando no projeto de ninguém, meus princípios são inegociáveis. Acredito que as mudanças verdadeiras preci-sam ser de união e não de divisão”, coloca ainda Alfredo Gaspar de Mendonça.

Alfredo Gaspar diz que não pode ser “arrogante a ponto de achar que pode fazer tudo sozi-nho”. “Estarei aberto a ouvir quem quiser contribuir com

tudo a que estou me propondo a fazer. Estou acostumado às posições de comando. Liderar é também saber juntar, reunir esforços, apontar e seguir o caminho correto”, frisou.

É natural que tais questio-namentos surjam, sobretudo de uma parcela do eleitorado que defendia a presença de Alfredo Gaspar no pleito como um candidato que viesse a represen-tar os ideias da direita. Isso abre espaço para que as alianças polí-ticas por ele alinhavadas sejam vistas como contraditórias.

Em postagem, o ex-chefe do MP destaca: “Levarei minha independência e honestidade para onde eu for, porque são os princípios da minha vida. Na minha carreira, sempre uni esforços para somar. Alagoas e o Brasil não aguentam mais a divisão, brigas em grupos de WhatsApp, redes sociais, famí-lia e até no racha. A nova política busca somar para promover as mudanças. E as pessoas querem ver seus problemas resolvidos. Vamos em frente!”

8 de março 32020

POLÍTICA

Nas redes, Alfredo Gaspar diz que “não está entrando em projeto de ninguém”

ELEIÇÕES 2020 | Ex-chefe do MP de Alagoas é questionado sobre aliança com Calheiros e possível filiação ao MDB

Não é mais segredo que o ex-chefe do

Ministério Público Estadual, Alfredo

Gaspar de Mendonça Neto, trabalha sua candidatura para a

Prefeitura Municipal de Maceió com os

apoios do prefeito de Maceió, Rui Palmeira

(sem partido) e o governador Renan

Filho (MDB). Na manhã da sexta-

feira passada, durante um evento,

tanto o prefeito quanto o chefe do

Executivo estadual confirmaram a

simpatia por Alfredo Gaspar.

Luis VilarEditor-geral

Alfredo Gaspar se apresenta como o ‘novo’, mas pode se unir a caciques políticos

Nos bastidores da política alagoana, as estratégias e ações eleitorais volta-

das à eleição para a Prefeitura de Maceió já apresentam um novo cenário que pode modificar, por completo, a estrutura do PSDB em Alagoas, que deve ser esva-ziado de suas próprias lideran-ças, deixando o senador Rodrigo Cunha praticamente sozinho ao lado do deputado federal João Henrique Caldas, o JHC (PSB). Os tucanos correm o risco de não elegerem vereadores.

O PSDB, partido dirigido em Alagoas por Cunha, já declarou apoio ao deputado federal João

Henrique Caldas, JHC, do PSB, para a Prefeitura de Maceió.

Do outro lado da moeda se inicia outra movimentação estratégica. O atual prefeito de Maceió, Rui Palmeira (ex-PSDB), passou a apoiar a candidatura do ex-chefe do Ministério Público Eleitoral, Alfredo Gaspar de Mendonça, na disputa.

A partir dessas movimen-tações, as principais lideranças do PSDB, que seriam possíveis candidaturas a vereador, e algu-mas já com mandato, deixarão o partido. A confirmação deste cenário vem com a negociação da saída do presidente da câmara de Maceió, Kelmann Vieira (PSDB) para o Democratas

(DEM). Decisão esta que, possi-velmente, também está sendo tomada em apoio o Alfredo Gaspar de Mendonça.

Assim como o presidente da Casa, o vereador Zé Márcio, que é visto como reeleito pela quantidade de votos com a qual conquistou o mandato, também faz sua movimentação, saindo do PSDB indo para o MDB, partido de Renan Filho e do senador Renan Calheiros. Também passa a apoiar na majoritária, Alfredo Gaspar de Mendonça.

Eduardo Canuto, hoje secre-tário Municipal de Governo, também sai do PSDB, dando as boas-vindas ao Podemos, partido comandado pelo supe-rintendente Municipal de Ilumi-

nação Pública, Tácio Melo. Com a mudança de partido de Canuto, o apoio à suposta candidatura do ex-chefe do MP também fica subentendida.

Diante das estratégias políti-cas já bem determinadas, abre--se a discussão para a posição da candidatura de vice-prefeito na chapa de Alfredo Gaspar. Nos bastidores, Tácio Melo já é visto como favorito, de forma mais isolada, e continua ocupando este posto. No entanto, a situ-ação muda com o novo cená-rio político, passando a existir novas opções para essa posição, como Kelmann Vieira e Eduardo Canuto.

Isso amplia o leque de alian-ças de Gaspar de Mendonça e

traz um problema real para o senador Rodrigo Cunha. Afinal, além de pensar na majoritária, o dirigente estadual, para dar vida ao partido, precisa construir uma chapa que viabilize a eleição de vereadores. Não havendo mais coligação, os candidatos tucanos dependem da quantidade de votos que o partido conquistar para eleger o primeiro edil. O coeficiente eleitoral esperado para as eleições desse ano é de aproximadamente 17 mil votos.

O PSDB pode sair o do pleito eleitoral de 2020 menor do que como entrou e isso impacta nas articulações para 2022, quando Rodrigo Cunha pode tentar plei-tear a candidatura ao governo do Estado de Alagoas.

Composições e negociações eleitorais esvaziam o PSDB de MaceióVanessa Ataíde

Estagiária

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Na oportunidade Rui apontou os investi-mentos na ordem de

cerca de R$ 400 milhões de ações que vão melhorar a vida dos maceioenses e de todos os alagoanos, destacando que essa ação é essencial, principalmente pela voca-ção que Alagoas tem na área do turismo. “Sei que existem problemas e esperamos que, num curto espaço possamos mudar essa realidade, não só para Maceió, mas para outras regiões, já que o saneamento está atrelado à saúde pública”, reforçou Palmeira.

O governador Renan Filho disse que as equipes das duas pastas estão juntas nesse trabalho para que as obras “sejam bem feitas e, além do mais vão gerar empregos assim como acontece com os programas Nova Maceió e o Vida Nova Nas Grotas”.

“Estar aqui significa prio-rizar o interesse público e um alinhamento em defesa do avanço de Maceió, já que é fato os investimentos que Rui Palmeira fez na sua gestão”, disse Renan destacando os

benefícios que a prefeitura tem feito em prol dos maceio-enses, “e no momento em que o Brasil está dividido a gente busca integrar esforços, unir as equipes técnicas e apro-ximar as pessoas”, concluiu Calheiros.

O chefe do executivo estadual destacou ainda que já está trabalhando na finali-zação do edital de concessão da Casal que “vai permitir um investimento de cerca de R$2,5bilhões na região metro-politana e será em todas as áreas de saneamento como tratamento, coleta e destina-

ção de esgoto e tratamento de água passando para um serviço de caráter privado, o que pode, inclusive, baratear os custos para o cidadão”, comentou o governador.

ELEIÇÕES 2020A p e s a r de s t a s e r a

primeira aparição pública, de 2020, entre Rui e Renan, e mesmo reforçando que a agenda era estritamente de trabalho, ao falar das eleições, quando questionado sobre a possível candidatura de Alfredo Gaspar de Mendonça à prefeitura de Maceió, o

governador falou que “tem total simpatia de sua parte e disse crer que é preciso ter um nome que esteja à altura dos anseios do povo, já que ele tem coragem e determinação, mas esse caminho deve ser construído passo a passo”.

Rui Palmeira concordou com o posicionamento de Renan e afirmou que “Alfredo é um nome muito respeitado e tenho total interesse em conversar e dialogar para buscar o melhor nome para gerir a cidade de Maceió e o ex promotor é um homem muito respeitado e capacitado”.

ALAGOAS

Juntos oficialmente pela 1ª vez, Renan e Rui confirmam “simpatia” por Gaspar

Durante reunião realizada na sede

da prefeitura de Maceió, na sexta-

feira passada, entre Rui Palmeira, o

governador Renan Filho e os secretários

da Fazenda, George Santoro, e da

Infraestrutura, Mauricio Quintella,

apresentaram o plano de saneamento da

Região Metropolitana de Maceió.

20208 de março4

ELEIÇÕES 2020 | Governador e prefeito de Maceió se reuniram para apresentar investimentos de R$ 400 milhões

Gabriela Flores

Gabriela FloresRepórter

Uma operação conjunta entre as polícias de Sergipe e de Alagoas

culminou na prisão de um homem suspeito de aplicar golpes pela internet e que possuía dois mandados de prisão em aberto, pela prática do crime de estelionato, em Sergipe, e pela prática do crime de roubo, em Alagoas.

Segundo a assessoria de Comunicação da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) o acusado fez cerca de 450

anúncios falsos em um site de vendas, ao longo de seis meses, utilizando mais de 400 contas falsas, totalizando cerca de R$ 600 mil em nego-ciações de produtos que não existiam.

Após se interessarem pelos anúncios criados pelo investigado, as vítimas entravam em contato com o suspeito, através de um apli-cativo de mensagens, e trans-feriam o dinheiro para contas bancárias informadas por ele. Em seguida, ele excluía o anúncio e bloqueava o contato da vítima, deixando-

-a no prejuízo.Ainda segundo as informa-

ções, ele também angariava pessoas para emprestarem suas contas bancárias para que as vítimas pudessem concluir os depósitos em contas de terceiros e assim manter sua identidade preser-vada. A empresa responsável pelo site de vendas enviou um representante do Setor de Segurança que auxiliou nos levantamentos dos dados.

A d e l e g a d a M a y r a Moinhos, da Divisão de Inteligência e Complexo de Operações Policiais Especiais

(Cope), de Sergipe, explicou a ação do suspeito na prática dos crimes. “A operação Linha Branca foi deflagrada para apurar crimes de frau-des na modalidade de este-lionato. É uma pessoa que já tem processos na Justiça. Ele se utilizava de sites e aplica-tivos de compra e venda de produtos novos e seminovos. Ele fazia o anúncio por preços abaixo do mercado, se vincu-lando a lojas de eletrodomés-ticos dizendo que se tratava de uma promoção. Após a vítima se interessar pelo anúncio, e pagar um sinal, ele

tirava o anúncio e a vítima se dava conta de que tinha caído em um golpe”.

As investigações prosse-guem. “Nós identificamos oito boletins de ocorrência de ações criminosas pratica-das por ele. A investigação continua no sentido de apurar quem emprestava as contas bancárias e qual o volume de crimes praticados por ele”, concluiu a delegada.

O acusado foi levado ao COPE onde prestou esclareci-mentos e se encontra à dispo-sição da Justiça em ambos os estados.

Acusado de publicar 450 anúncios falsos em sites de vendas é preso

Renan Calheiros e Rui

Palmeira,outrora adversários,

agora juntos para as eleições

2020 e mirando 2022

Redação

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Pelo decreto, autoridades que ocuparem esses cargos como interinos ou subs-

titutos não poderão usufruir do benefício. Entretanto, o minis-tro da Defesa poderá autorizar o transporte aéreo dessas e outras autoridades, nacionais ou estran-geiras.

O presidente Jair Bolsonaro já havia orientado que apenas os ministros titulares do governo poderiam utilizar os aviões da FAB para viagens.

A decisão veio depois que o ex-secretário executivo da Casa Civil, Vicente Santini, usou um avião da FAB para ir de Davos, na Suíça, onde participou do Fórum Econômico Mundial, para Nova Delhi, durante visita de Bolso-naro à Índia. O fato ocorreu em janeiro deste ano. Na ocasião, Santini substituía o então minis-tro da Casa Civil, Onyx Loren-zoni, no cargo. Ao retornar ao Brasil, o presidente exonerou o secretário.

As regras do decreto publi-cado não se aplicam ao presi-dente da República, às comitivas presidenciais ou às equipes de

apoio às viagens presidenciais e nem às viagens de autoridades em linhas aéreas comerciais.

As solicitações de transporte poderão ser feitas por motivo de emergência médica, segurança e viagem a serviço, nessa ordem de prioridade. Caso haja solicitação para a mesma prioridade quando não houver possibilidade de compartilhamento de aeronave, será observada a seguinte prefe-rência: vice-presidente da Repú-blica, presidente do Senado, da Câmara e do STF e, por último, os ministros de Estado.

Compete à autoridade que solicitou a viagem analisar e comprovar a efetiva neces-sidade da utilização de aero-nave da FAB em substituição a voos comerciais. Pelo decreto, presume-se em situação de risco permanente o vice-presidente, ou seja, podendo usufruir do benefício em qualquer situação.

Os presidentes do Senado, da Câmara e do STF poderão utili-zar os aviões oficiais para o local de residência permanente pois isso é considerado motivo de segurança.

Governo federal disciplina o uso de aeronaves da FAB por autoridades

BRASIL/MUNDO DECRETO | Agora o ministro da Defesa pode autorizar o benefício tanto para interinos quanto para substitutos

Decreto publicado no Diário Oficial da

União disciplina o uso de aeronaves da

Força Aérea Brasileira (FAB) por autoridades.

De acordo com o documento,

poderão requerer o transporte oficial

o vice-presidente da República, os

presidentes do Senado, da Câmara e do Supremo Tribunal

Federal (STF), os ministros de Estado, os comandantes das Forças Armadas e o

chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças

Armadas.

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), medido pela Fundação

Getulio Vargas, caiu 0,3 ponto em fevereiro, ficando em 92,0 pontos no mês. A ligeira queda ocorre após três meses conse-cutivos de alta. Já nas médias móveis trimestrais, o indicador mantém trajetória ascendente pelo quarto mês seguido, com alta de 1,2 ponto em relação ao mês anterior.

Os dados foram divulga-dos pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre). De

acordo com o economista da instituição Rodolpho Tobler, o resultado mostra que a recu-peração do mercado de traba-lho não é consistente e exige cautela.

“Apesar da trajetória posi-tiva do mercado de trabalho nos últimos meses, a ligeira queda pode sugerir cautela com a continuidade da recupe-ração considerando o cenário de alta incerteza econômica”.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 0,6 ponto e ficou em 91,9 pontos em fevereiro, o menor nível desde agosto de 2015, quando o indicador somou 89,5 pontos. Assim como a taxa de desem-

prego, quanto menor o número do ICD, melhor o resultado.

Foi a segunda queda seguida em médias móveis trimestrais, com recuo de 1,4 ponto, e a terceira mensal. Para Tobler, isso indica continuidade da queda da taxa de desemprego no início de 2020.

“O indicador se aproxima dos níveis do início da última recessão, mas se encontra em patamar elevado, mostrando que ainda há um longo cami-nho de recuperação”, diz ele.

Segundo o FGV-Ibre, quatro dos sete componentes do IAEmp contribuíram para o recuo de fevereiro, com desta-que para a queda de 4,6 pontos,

na margem, do indicador que mede o grau de otimismo em relação ao emprego para consumidores nos próximos seis meses. O indicador de Tendência dos Negócios caiu 2,6 e o do Emprego Previsto no setor de Serviços recuou 2,2 pontos.

No ICD, a maior influên-cia foi da classe familiar com renda superior a R$ 9.600.00, que teve o Emprego Local Atual (invertido) variando 2,6 pontos na margem. Em seguida vem a classe familiar com renda entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800, 00, que teve variação de 1,4 ponto no indicador de emprego (invertido).

Índices da FGV revelam melhora no mercado de trabalhoAkemi Nitahara

Agência Brasil

Andreia VerdélioAgência Brasil

OMS: surto de coronavírus poderá virar pandemia

O diretor-geral da Orga-nização Mundial da Saúde (OMS), Tedros

Adhanom Ghebreyesus, manifestou preocupação com o aumento do número de casos de infecção pelo novo coronavírus nos países com precários sistemas de saúde.

Em entrevista, Tedros alertou que a atual situação “poderá se transformar em pandemia”.

O diretor-geral pediu às nações que adotem “abor-dagem abrangente” e não desistam nos esforços, uma vez que há países que têm mostrado que o vírus “pode ser contido”.

O diretor executivo do Programa de Emergências da Saúde da OMS, Michael Ryan, que também par-ticipou da coletiva, fez comentários sobre a Coreia do Norte.

Até o momento, o país não registrou nenhum caso de infecção por coronavírus, apesar de fazer fronteira com a China e a Coreia do Sul, duas nações com gran-de número de casos.

Ryan disse que a Coreia do Norte apresenta riscos, uma vez que se encontra “bem no centro da zona epidêmica da região”. Acrescentou que a OMS está pronta para despachar ime-diatamente especialistas, se a organização receber relato de algum caso naque-la nação.

NHKAgência japonesa

Aeronaves servirão também ao vice-presidente, presidentes da Câmara e Senado

8 de março 52020

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ENTREVISTA

20208 de março6

No que consiste esse projeto da Secretaria Estadual de Infra-estrutura para o saneamento em Alagoas? É prometida uma obra sem precedentes. Qual a situação atual e o que de fato o governo estadual pretende fazer?

Veja, o Brasil hoje atende a 75% das residências com água e 50% com coleta de esgoto, o que não quer dizer que está tratada. Em Alagoas, o caso é muito mais grave. Alagoas coleta 16% do seu esgoto e trata menos do que isso. Então, a situação é complicada, sobretudo nos municípios em que pouco se atende com esse serviço. Isso é muito preocupante. A Casal é uma empresa pública, com 60 anos de existência, e que não conseguiu dar resposta aos problemas de saneamento de Maceió, nem do Estado. O Brasil agora tenta resga-tar esse tempo perdido, pois nós temos um compromisso inter-nacional de universalizar o sane-amento até 2033. O limite pelo Plano Nacional de Saneamento é esse. Para se alcançar esse obje-tivo, o país teria que gastar R$ 700 bilhões até lá. Hoje, não se gasta 5% disso. Aqui em Alagoas, a necessidade seria, para garantir a universalização, de um inves-timento de R$ 6 bilhões. Nós levantamos tecnicamente os 102 municípios. E a Casal, para se ter ideia, faturou ano passado R$ 500 milhões e investiu, desse dinheiro, só R$ 27 milhões, pois o resto está comprometido com despesas, folha, dívida etc. Investimento em rede nova é praticamente zero. Então, o governo federal sinalizou, com a mudança de estruturação do BNDES, uma solução. O governo do estado assinou um contrato com o BNDES para um projeto de concessão de saneamento em Alagoas. Foram estudados vários modelos, a concessão é o que foi o melhor. Foram estudados três blocos: da região metropolitana, Sertão e Agreste, e um que vai

de Coruripe, pega por dentro do Estado, e vai para o Litoral Norte. Começaremos pela região metro-politana, cuja legislação já foi apro-vada na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas. Depois de avaliar, definimos iniciar assim. Se o projeto for de sucesso, avaliare-mos os outros blocos, que já estão com tudo estruturado e pronto. O investimento para os três blocos era de R$ 5,8 bilhões. Seria algo muito mais complexo. Nós não tínhamos uma Agência Regula-dora estruturada, então vamos iniciar pela região metropolitana.

Qual o investimento que se pretende fazer na região metro-politana?

Com a concessão, todo esse investimento é privado. Ele corresponde a metade desses R$ 5,8 bilhões que falei. Como é que ficou estruturado? O privado vai receber a concessão dos serviços de água e esgoto, de distribui-ção de água, coleta e tratamento de esgoto. A Casal permanece no processo fazendo a adução e o trata-mento da água. Ela trata e vende essa água tratada ao privado, que vai fazer o que ele sabe fazer: comercializa-ção, investimentos. A Casal segue pública, portanto. Será uma nova Casal que está sendo toda reestrutu-rada. Os outros blocos têm a mesma modela-gem, mas no bloco C ela sairia totalmente porque são municípios que já possuem capitação. Será um processo um pouco diferente. Como é que o projeto foi pensado? A Assembleia Legislativa criou a entidade de região metropoli-

tana, que é previsto pela Consti-

tuição, para criar serviços públi-cos de interesse comum desses municípios. A competência do saneamento é municipal, mas a Constituição prevê que o Estado

pode entrar, com essa lei apro-vada, sendo o catalisador desse processo e os municípios partici-pam compulsoriamente. O projeto foi aprovado na Assembleia, que é de autoria do deputado estadual Davi Maia (Democratas). Criou--se a região com 13 municípios e representa 43% da população de Maceió que será atendida. Deu-se a governança da região metropoli-tana. Essa região se reuniu, apro-vou o plano regional e autorizou o Estado por meio de convênio a proceder a licitação e tudo isso já está pronto. Nos municípios onde há SAES, eles vão desaparecer e serão absolvidos pela Casal.

Como se dará esse contrato com a inciativa privada para o início dessas obras?

Bem, o interessante é que o Estado não estará responsável pelas obras, mas sim por acom-panhar e exigir o cumprimento das metas de universalização. A Casal vai acompanhar a obra e discutir com a Companhia, pois depois de 35 anos isso volta ao patrimônio da empresa. Mas o contrato é por metas. São 10 metas preestabelecidas de univer-salização dos serviços, qualidade da água, intermitência na falta de água, qualidade do tratamento do esgoto. São metas que regem esse tipo de contrato. Para nós, não nos interessa quanto o cara lá do privado vai gastar, pois a solução de engenharia quem vai dar é ele. Para nós, interessa a qualidade de serviço à população, que é o que será cobrado, cumprimento os

parâmetros estabelecidos. É óbvio que temos todo o levantamento de engenharia da região e esta-mos discutindo por onde se deve começar primeiro. Na prática, é o seguinte: o privado vem, vai montar a padaria, mas comprar o trigo do setor público. Esse forne-cimento do trigo tem que estar azeitada para não gerar problema. O primeiro investimento é do privado na estrutura da captação de água da Casal. Serão R$ 240 milhões que estão previstos para o sistema. Por onde é que deve começar as obras? Muito prova-velmente pela baixa Maceió, nas imediações do emissário subma-rino.

Qual o prazo desse projeto e quando será lançado o edital

para essa licitação? Quando ocorrerá a universalização de oferta de água e esgoto na região metropolitana?

São 35 anos de concessão, mais seis meses de gestão comparti-lhada. Por exemplo, estamos iniciando março e queremos lançar o edital até o dia 16 de março. Teremos a partir daí 90 dias para a realização do leilão, que será na Bolsa de São Paulo. Com o vencedor do leilão, tere-mos 30 a 60 dias para a assinatura do contrato. Então, entre julho e agosto, assinaremos esse contrato e teremos seis meses de gestão compartilhada, para conhecer a estrutura da Casal. A partir da hora que ele toca sozinho o processo são 35 anos. A Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas (ARSAL) fará a gestão desse contrato. E aí, há os prazos para a universalização. 100% em seis anos para todos os municípios da região metropolitana na ques-tão da água. No esgoto, a maioria dos municípios tem o prazo de oito anos, inclusive Maceió. Dois municípios são 11 anos e quatro com 16 anos. Mas esse prazo tende a ser reduzido. Nossa ideia é entre 8 e 11 anos estarmos com a região metropolitana toda com esgotamento sanitário. Para o concessionário, quanto mais cedo ele fizer isso melhor. Depende muito da capacidade de execução de obra que ele tenha, mas tem ele o mínimo estabelecido para fazer, pois é o que em contrato está esta-belecido. Estamos prevendo o investimento de R$ 1,6 bilhão em água e R$ 1 bilhão em esgoto. Isso nesses 35 anos, mas o perfil de investimento coloca que grande parte desses recursos já serão apli-cados nos primeiros anos de anda-mento das obras. Até o oitavo ano são R$ 2 bilhões. É muito inves-timento em pouco tempo. O que a Casal fez em 60 anos faremos muito mais em oito anos.

Existe o risco de descon-tinuidade desse projeto, pois ele atravessa vários governos e sabemos das questões políticas e de como isso atrapalha ações em Alagoas?

A legislação assegura isso, pois o poder da gestão não é dos municípios nem do estado isola-damente. Além de tudo, a região metropolitana passa a ser um ente com identidade jurídica que passa a assinar um contrato. Então, há amarras jurídicas para que o projeto continue. Se alguém quiser quebrar contrato vai ter que enfrentar a Justiça. Isso tudo está previsto no contrato. Há as garantias.

Como fica a tarifa da água para o usuário diante dessa nova realidade?

Em relação à tarifa a ser paga pelo cidadão, a premissa é que não haja aumento. A Casal tem uma realidade tarifária boa hoje. O que vai ocorrer não é aumento, mas a correção natural com base na inflação, que é uma reposição monetária. Claro que se houver um aumento de insumos, como dos produtos químicos, que seja algo fora do previsto, aí a conces-sionária pode pedir a revisão à Agência Reguladora para que se reveja a tarifa. No caso dos SAES, o compromisso é que a conces-sionária – por obrigação de contrato – ela poderá aumentar a tarifa de água e esgoto a 20% ao ano, chegando ao preço cobrado pela Casal em cinco anos. Então, isso também foi pensado, inclu-sive deixando um teto para a tarifa social que é maior do que o percentual que se tem hoje. Nós definimos que a concessionária assume até 8,5% de tarifa social. Isso é muito importante, pois não se pode liberar geral. Quanto se tem hoje? 3,5%. Então, colocamos uma folga grande já pensando nessa realidade.

8 de março 72020

MAURÍCIO QUINTELLA | Secretário de Infraestrutura

O Jornal das Alagoas conversou com o secretário de Infraestrutura do Estado

de Alagoas, Maurício Quintella Lessa. Em pauta

está a concessão dos serviços de fornecimento de

água e esgoto em Alagoas para os próximos anos. O

Estado, como muitos outros do país, possui índices

péssimos.O governo de Renan Filho

(MDB) tenta resolver o problema por meio de um

leilão que permitirá um contrato com obras a serem

feitas nos próximos anos com uma concessão que se dará por 35 anos. De

acordo com Quintella Lessa, há a expectativa de que,

na região metropolitana, a universalização dos serviços

já se dê entre 8 e 11 anos, com um investimento que chegará perto de

R$ 3 bilhões. O detalhe: os recursos serão todos

privados. Entenda a questão nessa

entrevista exclusiva:

Luis VilarEditor-geral “Em oito anos, o projeto de concessão para universalização de

água e esgoto investirá mais do que a Casal investiu em 60 anos”

Maurício Quintella: “O Es-

tado não estará responsável

pelas obras”

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SAÚDE

20208 de março8

Santa Casa de Maceió recebe casos de alta complexidade neurológica

SAÚDE | Instituição investe em técnicas cirúrgicas e tecnologia nos avanços do cuidado com os pacientes

Em 2019, o Serviço reali-zou a primeira cirurgia, em Alagoas, com um

paciente acordado, aumen-tando seu rol de técnicas. Este é um tipo muito específico de indicação cirúrgica, pois visa tratar lesões que estão em áreas muito eloquentes cerebrais (por exemplo áreas motoras, de linguagem etc). A cirurgia foi executada pelos neurocirurgi-ões João Gustavo Rocha Peixoto dos Santos e Duarte Cândido.

“Na busca pela qualidade tem sido feito um investimento contínuo em capacitação e aprimoramento das técnicas cirúrgicas. Outro ponto é o acesso muito mais fácil às novas tecnologias do mercado. Isso se traduz em cirurgias mais eficientes e com melhores resul-tados finais. Sabe-se que a mini-mização dos riscos inerentes aos procedimentos cirúrgicos é diretamente proporcional ao resultado. Desta forma houve investimento em técnicas mini-mamente invasivas ao longo dos anos”, diz o neurocirurgião Duarte Nuno Cândido, que é especialista em neurocirurgia da base do crânio e vascular.

Na subespecialidade da neurocirurgia vascular, a Santa Casa de Maceió tem oferecido constantemente tratamento definitivo para lesões como Aneurismas Cerebrais, Mal--Formações Arteriovenosas, Cavernomas Cerebrais entre outras. Os dois primeiros casos são de longe os mais frequen-tes e podem ter consequências devastadoras, pois em sua maio-ria tem seu diagnóstico apenas quanto se é sofrido o evento hemorrágico. Daí a importân-cia da equipe em estar pronta para atender de imediato e evitar eventos subsequentes de hemorragia.

Mensalmente, o Serviço de Neurocirurgia da Santa Casa de Maceió realiza em torno de 30 cirurgias de alta complexidade.

“Temos lutado pela busca da excelência do serviço de neuro-cirurgia. Tentando desmistifi-car o medo que se criou com a especialidade. Nosso objetivo sempre é a preservação da função neurológica normal do paciente e temos tido ótimos resultados quanto a isso. Hoje acreditamos sempre em retor-nar nosso paciente ao convívio de sua família mantendo sua qualidade de vida. Operamos casos tidos antigamente como inoperáveis e conseguimos resultados com a mesma perí-cia com a qual é realizado fora do Brasil”, destacou o neuroci-rurgião.

Pacientes com tumores extremamente graves, invasi-vos e raros como paraganglio-mas jugulares, meningeomas petroclivais (região da base do crânio), neurinomas (schwa-nomas) do acústico, além de outras lesões invasivas da base do crânio, que são de difícil acesso e tem chance alta de morbidade e mortalidade aos pacientes, têm sido operados com sucesso no hospital alago-ano. “Há patologias que são tão

As técnicas em microneurocirurgia

evoluíram tanto nos últimos anos que

hoje em dia é possível operar lesões

que outrora eram consideradas não-

operáveis. Casos com indicação cirúrgica

que obrigavam os pacientes a procurar uma solução fora de

Alagoas, muitas vezes em outros estados,

como São Paulo, por exemplo, hoje são

resolvidos pelo corpo técnico do Serviço

de Neurocirurgia da Santa Casa de

Misericórdia de Maceió.

AscomSanta Casa de Maceió

Neurocirurgião Duarte Nuno C. Cândido

extensas que temos que remo-ver quase que totalmente o osso da base do crânio, pois são muito profundas e invasivas. Estes procedimentos exigem

grande dedicação, são cirur-gias longas e de alto nível de destreza e comprometimento com o paciente” explicou o especialista.

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ESPORTES

8 de março 92020

por Marcelo Alves

Construir a homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje, 8 de março, não foi tarefa fácil. Não se trata de um tema. Trata-se delas: as mulheres. Responsabilidade: tanto na questão informativa quanto na escolha da personagem que refletiria exemplos de superação, foco, mudança de hábito, vida saudável. Mas tudo isso através da prática esportiva. Para isso, o Jornal das Alagoas seguiu a cartilha do jornalismo: lançar olhar no que ninguém viu. Nisso, a reportagem traz imagens de atletas amadoras que, no “anonimato”, revelam uma força que vai além dos músculos.Com tudo pronto, veio a busca do título. A tarefa também foi árdua. Para isso, não poderia faltar a participação delas: das mulheres. A subeditora Iracema Ferro e a estagiária Erika Messias, ambas do Jornal das Alagoas, foram consultadas e aprovaram o título desta matéria com louvor. Aprovado, segue a homenagem: As donas do pedaço.

DIA INTERNACIONAL DA MULHER | Para marcar o Dia 8 de Março, o Jornal das Alagoas mostra o esporte feminino através de atletas amadoras

*Se também quiser ser destaque na coluna Sem Arrodeio, basta enviar uma foto praticando alguma atividade física ou esporti-va, uma frase falando sobre a importância do exercício, o seu nome e sua ocupação. Mande para o número do Whatsapp do Jornal das Alagoas (82) 98812-4111 ou pelo Instagram @jornalda-sal. Não esquece de pôr o tema: Sem Arrodeio.

As donas do pedaço

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20208 de março10

Esperada no último Salão Duas Rodas, a Yamaha Ténéré 700, à venda no exterior, ainda não chegou ao Brasil. E antes mesmo disso aconte-cer, a imprensa europeia diz que a nova versão 700 Rally está prestes a chegar às lojas.

Com base no acesso a documentos que comprovam a notícia, é possível notar que não há mudanças técnicas na versão Rally, ao contrário do que se poderia imaginar.

O nome “ R a l l y ” sugere que a nova versão poderia trazer s u s p e n s õ e s com mais curso e outros acessórios mais aventurei-ros, por exemplo.

O que se espe-cula na Europa é que a Yamaha

Ténéré 700 Rally terá apenas novos grafismos no que diz respeito ao visual. Ao que se observa, são os mesmos números da versão standard, que traz suspensão com 210 mm de curso na dianteira e 200 mm na traseira.

Enquanto isso, o motor é o mesmo da MT-07 que conhe-cemos no Brasil. Bicilíndrico com 689 cc, que entrega 73 cv a 9 mil rpm, com 6,93 kgfm a 6.500 rpm.

Yamaha Ténéré 700 deve ganhar versão Rally antes de vir ao Brasil

Duas rodas

Carteira Digital de Trânsito permite indicar condutor O Ministério da Infraestrutura lançou na semana passada a possibilidade de indicação do principal condutor do veículo na Carteira Digital de Trânsito (CDT). A funcionalidade é uma novidade na CDT, aplicativo que foi desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e está disponível gratuitamente nas lojas do Google Play e App Store desde 2017. Para o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Frederico Carneiro, o objeto é intensificar a adesão à Carteira Digital de Trânsito, fazendo com que cada vez mais os brasileiros tenham acesso aos serviços digitais do governo federal. “A ideia é facilitar a vida do cidadão, proporcionando mais agilidade, segurança e comodidade”, disse.

Toyota teve 65% do mercado de híbridos no Brasil em 2019 A Toyota comemora a sua ampla participação de mercado no segmento de veículos híbridos, somando 67,6% em 2019 com os modelos Corolla, RAV4 e Prius. A estratégia faz parte dos planos da marca de oferecer um portfólio 100% híbrido até 2025. Somando os veículos da Lexus, as duas marcas têm 74% do mercado de veículos híbridos no Brasil desde 2013.Pioneiro, o Prius chegou ao mercado brasileiro em 2013, ano em que somou 323 unidades vendidas. Desde então, a marca adicionou a seu portfólio o SUV médio RAV4 e o sedã médio Corolla, ambos lançado no Brasil em 2019. Juntos, eles fecharam com participação de 60% do total de modelos híbridos vendidos pela marca, com 3.161 e 3.635, respectivamente. Desde seu lançamento, que ocorreu em setembro de 2019, somente a versão híbrida do Corolla já vendeu 3.635 unidades no Brasil.

Novo Porsche 911 Turbo S estreia com motor de 650 cv

A Porsche revelou o 911 Turbo S de nova geração, que traz como destaque o novo motor 3.8 boxer de seis cilindros e com dois turbos, que desenvolve 650 cv (70 cv a mais do que no antecessor). Com lançamento no mercado brasileiro em abril, o esportivo chega inicialmente na carroceria Cou-pé, por R$ 1,329 milhão. A versão Cabriolet ainda não teve a data de lançamento por aqui confirmada. Derivado do propulsor usado nas versões “normais”, o novo motor, combinado ao câmbio automático automatizado PDK de dupla embreagem e à tração integral, permite que o 911 Turbo S acelere de 0-100 km/h em 2,7 segundos e atinja os 330 km/h de velocidade máxima. O novo 911 Turbo S cresceu em relação ao antecessor. A carroceria ficou 45 mm mais larga na dianteira (1,840 m), enquanto o eixo teve a bitola aumentada em 42 mm. Na traseira, a carroceria foi alargada em 20 mm (1,900 m), com aumento na bitola em 10 mm.

O Peugeot 208 recebeu hoje o prêmio de Carro do Ano na Europa, após uma avaliação feita por 60 jorna-listas especializados do setor automotivo. O modelo obteve 281 pontos e ficou à frente de modelos como o novo Tesla Model 3 (242 pontos), Porsche Taycan (222 pontos), Renault Clio (211 pontos), Ford Puma (209 pontos), Toyota Corolla (152 pontos) e BMW Série 1 (133 pontos). O elétrico e´208 também venceu em sua categoria. A entrega seria feita nesta semana no Salão de Genebra que foi cancelado devido ao coronavírus.

Sucesso de vendas em países como

França, Alemanha e Portu-gal, o hatch compacto

(na versão a combus-tão) deve estrear no Brasil ainda no primeiro semestre, sem tirar de linha

a a nt i g a ge r aç ão , atualmente à venda.

Conforme o que foi divul-gado pela PSA , o novo Peugeot

208 será equipado com a nova plataforma CMP, que além de ser mais leve do que as antecessoras ainda permitirá adotar novos equipamentos inéditos para o segmento.

O câmbio do novo Peugeot 208 será apenas automático, mas ainda não sabemos se a Peugeot usará o AT6 do 1.6, ou o novo AT8 europeu.

PEUGEOT 208 GANHA PRÊMIO DE CARRO DO ANO NA EUROPA

Em alta

VEÍCULOS GUIA AUTOMOTOR

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O Boticário reuniu um seleto grupo de influen-ciadores e profissionais de maquiagem para uma Master Class com o maquia-dor oficial da marca, Sadi

Consati. O evento aconteceu na quinta-feira, no Parque Shopping. O ambiente do coworking N3AU Conecta fo i t r a n s for m ado nu m grande estúdio de maquia-

gem, onde os convidados puderam conhecer e expe-rimentar as novidades da linha premium de Make B., enquanto recebiam as dicas preciosas do expert.

Uma tarde de beleza com mago dos pincéis

Master Class

Os experts em make Mô-nica Lyra e Alex Cerqueira se divertiram entre cores pincéis. Alex aproveitou a beleza da colega de profissão e tratou de expe-rimentar as novidades na prática.

Encontrode experts

Carolina Gaia é apaixona-da pela linha Make B de O Boticário e não perde um encontro com Sadi Consati. Tanto que chegou direto de Paris para o evento com o maquiador.

Direto de Paris

8 de março 112020

PRESENTE l O Boticário é referência quando o assunto é presente, e os franqueados da mar-ca em Maceió surpre-enderam o maquiador Sadi Consati com um super especial. Uma caixa exclusiva, que vira quadro, assinada pelo artista plástico Diego Barros.

PRESENÇA l Quem também marcou pre-sença no evento foi o apresentador Bruno Ventura. Ele, que já entrevistou Sadi em outras oportunidades, aproveitou para colocar o papo em dia.

Os escolhidos

VERMELHOAline Rijo escolheu o batom em bala vermelho e amou saber que a nova coleção é toda vegana

METÁLICODuda Guimarães amou os batons líquidos, especialmente os com efeito metálico

NUDEAnne Costa aprovou o design da nova bala do batom e escolheu um dos vários tons de nude

SOCIEDADE ESPALHAÍ - por Elzlane Santos

[email protected]

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20208 de março12