Juventude Pioneira | Ano v - Edição Especial 2016 - Janeiro

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JUVENTUDEPIONEIRA ANO V | EDIÇÃO 11 | EDIÇÃO ESPECIAL 2016 SORRINDO PRA FOTO, DE CARA PRO MUNDO Especial | 10 - 13 Você está preso à ditadura da felicidade? Retrô | 08 E HÁ 60 ANOS... Trending | 17 E AÍ, SERÁ QUE É DE DEUS? Pastoral | 18 IDENTIDADE, VALORES E PROPÓSITOS FICAM BEM NA FOTO

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JUVENTUDE PIONEIRAANO V | EDIÇÃO 11 | EDIÇÃO ESPECIAL 2016

SORRINDO PRA FOTO, DE CARA PRO MUNDOEspecial | 10 - 13

Você está preso à ditadura da felicidade?

Retrô | 08E HÁ 60 ANOS...

Trending | 17

E AÍ, SERÁ QUE É DE DEUS?

Pastoral | 18IDENTIDADE, VALORES E

PROPÓSITOS FICAM BEM NA FOTO

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Diretor executivo

C riança é sinônimo de felicidade, de alegria. É impossível resistir ao en-

canto que ela traze quando cruza o nosso caminho: sua beleza, sua ingenuidade, seu carisma. Tudo isso junto faz com que elas se-jam especiais, vidas preciosas que carecem de toda a nossa atenção. Mesmo em situações adversas, o sorriso é a grande marca estam-pada em suas faces.

Estamos acompanhando a maior migração de um povo para outro continente em bus- ca de dias melhores. A Europa está sendo tomada por pessoas de diferentes lugares. Muitos se perguntam: quem são estes e o que eles trazem consigo?

Um coro desencontrado de pa-lavras tenta responder essas ques-tões. “Refugiados”, “asilados”, “fugitivos”, “clandestinos”, “mi-grantes”, “imigrantes”, “emigran-tes”, “invasores”, às quais poderia se ajuntar a expressão “párias do Velho Mundo”. Será que é isso mesmo? Muitas crianças fazem parte dessa grande peregrinação. Nos campos de refugiados mais de

ALEX ASSISPastor de juventude

PALAVRA

60% dos abrigados são crianças. A Palavra de Deus diz:

“E se alguém der mesmo que seja apenas um copo de água fria a um destes pequeninos, porque ele é meu discípulo, eu lhes asseguro que não perderá a sua recompensa.” (Mateus 10.42)

Vidas inocentes, cheias de be-leza, ingenuidade e carisma, estão cruzando os oceanos, vivendo no relento, arriscando suas vidas. En-tretanto, o sorriso não é apagado pelo presente desumano.

Uma das músicas mais famo-sas do mundo, Oh Happy Day, em uma de suas estrofes diz assim: “Ele me ensinou como observar, LUTAR E ORAR, e me ensinou como viver louvando a cada dia(...). Oh dia feliz, quando meu Jesus lavou, levou meus peca-dos embora”. Que essas crianças encontrem o novo continente, e junto com ele, Cristo Jesus. Que dia feliz será!

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Sumário

Apresentação 4UMA NOVA REVISTA COM NOVAS CARAS E ESPAÇOS

Fala aí 5SELFIE INTERNA, SELFIE EXTERNA

Painel 6NADA MELHOR DO QUE UM BOM LIVRO, UM BOM FILME OU UMA BOA MÚSICA.

Fémenina 7OI, MEU NOME É ANA, E EU SOU PECADORA!

Retrô 8E HÁ 60 ANOS...

Perfil 9DA IDENTIFICAÇÃO À EVANGELIZAÇÃO

ESPECIAL 10SORRINDO PRA FOTO, DE CARA PRO MUNDO

Na estrada 14POR ONDE VOCÊ ANDOU?

Espaço randômico 15O QUE ROLOU NO FINAL DOS ANOS 90 E INÍCIO DOS ANOS 2000?

Trending 17SELFIE É DE DEUS?

Pastoral 18DITADURA DA FELICIDADE

Teologia 19PERGUNTAS DE TEOLOGIA

Retrospectiva 202015 FOI GRANDE

Na rede 22ELA TAMBÉM É DIGITAL E MUITO FUNCIONAL

Faculdade 23VOCAÇÃO. QUAL É A SUA?

Revista Juventude Pioneira é uma publicação da JUMAP Junta de Mocidade e Adolescentes da Convenção Batista

Pioneira do Sul do Brasil

Presidente em Exercício: Oliver Braun

Diretor Executivo: Alex Sandro de Assis

Secretário: Gabriel Girotto Lauter

Conselho Editorial: Jonatas Hauschildt, Felipe Balaniuk,

Pâmela Wincke, Davi Scholl, Gelson Waier e Lucinéia Honnef

Revisão: Joice Waier e Bárbara Delazeri

ProjetoGráfico: Passo Involve Design - Porto Alegre, RS

Impressão: Gráfica Mansão - Curitiba, PR

Tiragem: 2.500 exemplares

www.jumap.org.br www.facebook.com/jumap.pioneira

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4 Juventude Pioneira

Apresentação

PAINELJá contávamos com um espaço como este nas edições anteriores da Revista, porém resolvemos dar a ele uma nova roupagem e um conteúdo mais amplo. A partir de agora, você confere dicas de livros, fi lmes, documentários e tudo que pode ser considerado mídia com um bom e embasado conteúdo cristão. Quem assina o espaço é o Pr. João Marques, da PIB Lajeado, RS.

UMA NOVA

REVISTA COM

NOVAS CARAS E

ESPAÇOSPERFILAntigo espaço Nossa Gente que muda de nome e formato. Nos blocos e imagens deste espaço você terá assuntos locais abordados com uma visão macro e sempre relacionado à experiência de um de nossos jumapeiros. Nesta edição temos o Igor e sua bike. O responsável aqui é o Jonathas Koche, de Tapejara, RS, que passa a integrar a equipe da revista.

RANDÔMICOUma coluna que tem rodízio, tanto de conteúdo quanto de quem escreve. Nas linhas deste espaço você encontrará conteúdos leves e interativos, de coisas que pautam o nosso dia a dia. Nesta primeira edição, pesquisamos o que faz lembrar os anos 90 de quem esteve na igreja durante esse tempo. Acompanhe e sugira conteúdo para esse espaço. O nome desta edição é o Pr. Felipe Balaniuk, da IB. São Miguel do Oeste, SC, e líder regional da JUMAP.

TRENDINGSe o papo está na sua timeline, ele também estará aqui. Neste novo espaço, teremos conteúdos atuais, a partir de uma ocular cristã. Teremos opiniões, debates e artigos sobre o que pauta o mundo. E para assinar este espaço, temos um novo integrante, o jornalista Gelson Waier, de Santa Rosa, RS.

RETRÔO que é velho, já passou, mas continua vivo e presente em nossa memória e história. É com essa afi rmação que vamos resgatar diferentes assuntos sobre as coisas que já pautaram a vida de jovens da nossa Convenção. Aqui, a professora e líder regional da JUMAP, Néia Honnef, de Florianópolis, SC.

Fale com a gente: Para falar com nossa equipe, envie um email para [email protected]

Sugira, critique, discorde, elogie e coopere para fazermos da nossa revista um canal mais envolvente e efi ciente para o Reino.

De tempos

em tempos

apertamos o F5

em nossa revista

e agora você

pode conferir

aqui as pessoas

e colunas que

passarão a

integrar a nossa

equipe editorial.

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Edição Especial 2016 5

Fala aí

SELFIE INTERNA, SELFIE EXTERNA

E u sou um tiozão antenado. Ocasionalmente encontro algum jovem cosmopolitano que não conhece ou não sabe usar os aplicativos mais bacanas. Nem falo nada, mas fi co me achando.

É bobo isso, eu sei, mas eu me sinto in.Só que eu nunca consegui embarcar na onda do selfi e. Eu simples-

mente não acho que minha imagem seja lá muito interessante. Não gosto de câmeras, o sorrisinho sempre sai forçado, não rola. Sempre achei mais interessante o que vai dentro da minha cabeça, meus di-lemas e afetos. Você pode chamar de selfi es introspectivos, se quiser.

Gosto de pensar que meus textos são mensagens engarrafadas que jogo no mar desse mundão que é a internet. Uma parte é interceptada por quem gosta dos meus selfi es introspectivos, mas muito passa direto para mãos e olhos de sabe-se lá quem. No papel de escritor, eu escrevo porque quero ser lido, mas principalmente porque preciso, que é para eu não me afogar no meu próprio conteúdo, entalado, feito HD cheio sem espaço de manobra.

Se você gosta de selfi es, ora, capriche no sorriso e saia bem na MARSON GUEDESEscritor

foto. Se eu não ligo para selfi es, ora, nem dê trela, que eu sei que o esquisito sou eu. Só sugiro que você não esqueça de uma coisa: no momento em que sua selfi e externa se descompassar da sua selfi e interna, você se perdeu de si mesmo e abraçou uma fraude autoimposta que nunca segura sua onda na hora da tempestade.

E não é só você que perde. Se sua selfi e externa também for uma mensagem engarrafada, que dizer do náufrago que encontra uma imagem esvaziada de signifi cado, de esperança? Fraudes não salvam ninguém do naufrágio. Mantenha sua selfi e externa toda sorridente par e passo com sua selfi e interna, sua alma. Você precisa das duas para causar impacto no mundo.

Você não é uma fraude, porque foi comprado por preço de sangue pelo Justo. Não aja como tal. Uma foto bonita de uma alma enfeiada é como uma garrafa sem mensagem, ou um papel em branco.

Você é muito mais do que uma selfi e banalizada. Só uma alma em dia com seu corpo pode tocar de verdade outra alma. Não aceite nada menos do que isso.

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Painel

NADA MELHOR DO QUE UM BOM LIVRO, UM BOM FILME OU UMA BOA MÚSICA. Seja nos dias frios, quentes, corridos ou de folga, tem

aqueles que amam essas três coisas, que fazem cada

pessoa suspirar, viajar, relaxar, pensar, descontrair e por aí

vai. Então, chega de conversa e segue aí algumas dicas de

livros e bandas cristãs para você se edificar.

VENHA ANDAR SOBRE AS ÁGUAS.Venha Andar sobre as águas é um livro que nos leva a querer sair de nossa zona de conforto. John Ortberg nos convida a deixar o nosso comodismo e experi-mentar os desafios e as recompensas de uma vida dirigida pela fé. O livro aborda bastante a atitude de Pedro quando andou sobre as águas. Mesmo sobre as águas agitadas da fé, Jesus está nos esperando para transformar nossa vida sempre. Arriscar-se e sair do barco é um divisor de águas para aqueles que buscam ter um relacionamento profundo com o Mestre. Ao ler esse livro, tenha certeza que sua vida será profundamente impactada. A leitura é ótima, pois o autor sabe escrever de uma forma que prende a atenção e envolve o leitor cada vez mais.

EU, UM SERVO?Talvez seja esta a sua reação. E não é só você que talvez pense assim. A maioria das pessoas acha que é muito difícil ser servo. Por isso, a motivação para ajudar, encorajar e servir o próximo está desapare-cendo. Estamos perdendo a visão do altruísmo ge-nuíno, que se preocupa com as necessidades alheias, com o bem-estar dos outros. Este livro chegou para marcar sua vida cristã com um conceito bíblico de autêntico serviço cristão. Lendo Eu, um servo? você vai descobrir: O que significa ser verdadeiramente servo; As bênçãos e recompensas desta posição; A poderosa influência do servo; Os desafios e perigos que o servo enfrenta e muito mais.

HAWK NELSON É uma banda

canadense de punk/

rock cristão, formada

em 2003. Até o

momento a Banda já

lançou sete álbuns

sendo o mais recente

DIAMONDS. Deste

uma de suas músicas

mais conhecidas é a

Drops in the Ocean.

Este ano, novamente

a Hawk Nelson foi

indicada para o

prêmio KLove Awards,

um dos prêmios

mais importantes

para a música cristã.

( A Klove é uma

rádio cristã norte

americana, a 6ª rádio

online mais ouvida

no mundo). Quer

conhecer mais da

banda, acesse o site

www.hawknelson.com

JOHN ORTBERGEditora: Vida

CHARLES SWINDOLL Editora: Editora Betânia

JOÃO MARQUESPastor da PIB Lajeado, RS

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Fémenina

U m tempo atrás assisti a um vídeo de um missio-nário onde ele diz que,

assim como no grupo de alcoó-licos anônimos eles têm aquele costume de dizer “Oi, meu nome é XXXX e eu sou alcoólatra. Es-tava há três anos sem beber, mas ontem caí novamente”, também entre os cristãos deveríamos man-ter esse costume, do tipo “Oi, meu nome é Camila e eu sou pecadora! Eu tenho um coração orgulhoso e ontem eu errei com minha cole-ga de trabalho, mas não consegui pedir perdão” ou “Oi, meu nome é João e eu sou pecador. Eu não consigo perdoar meu pai” ou ain-da “Oi, meu nome é Maria e eu sou pecadora. Eu tenho problemas fi nanceiros, pois tenho compulsão por comprar”. Lendo o texto de Atos 19.13-19 vi que ele tem toda razão! Sabe o que acontece nesse episódio das viagens de Paulo? Ele estava em Éfeso, e ali os sete fi lhos de Ceva, que era um dos chefes dos sacerdotes dos judeus, estavam expulsando espíritos malignos. Até aí, tudo legal, tudo tranqui-lo! Porém, lá pelas tantas, numa tentativa de expulsar demônios,

OI, MEU NOME É ANA, E EU SOU PECADORA!

eles tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre o endemoni-nhado e o espírito maligno diz o seguinte: “Jesus, eu conheço, Paulo, eu sei quem é; mas e vocês, quem são?” (At. 19:15) Xiiiiii.... Lascou! Mas não para por aí! O endemoninhado saltou sobre os irmãos e espancou-os com tanta violência que eles fugiram sem roupas e feridos! Assim, todo mundo fi cou sabendo o que acon-teceu e se encheram de temor. Mas um temor bom, pois o nome de Jesus foi engrandecido! E agora sim, vou chegar onde eu queria: no versículo 18, diz que “Muitos dos que creram vinham, e confes-savam e declaravam abertamente suas más obras”. Um pouquinho mais pra frente, no versículo 20, diz que “dessa maneira a palavra do Senhor muito se difundia e se fortalecia”. Legal ver que confes-sar nossos pecados é favorável para propagar a palavra de Deus e para engrandecer a Jesus. Afi nal, são os pecadores que precisam de um salvador! Tiago também fala sobre confessar pecados uns aos outros:

“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e efi caz”. (Tg. 5:16)

Que tal deixar o orgulho de lado e começar a praticar esse exercício tão saudável de con-fessar seus pecados ao outro? É importante lembrar que assim como na história citada, aque-les que praticavam ocultismo queimaram seus livros, além de confessar nosso pecado, também precisamos nos arrepender e nos afastar dele.

ANA PYDDSão Paulo

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8 Juventude Pioneira

Retrô

NÉIA HONNEFProfessora e líder regional

E HÁ 60 ANOS...

Q uem nos contou um pouquinho de como era a juventude há 60 anos foi o seu Ernesto Penno. Ele é casado, mora em Ijuí/RS e é membro da PIBI. A sua já é a sexta geração da família nesta igreja. Seu pai, Teodoro Penno, foi o primeiro presidente

dos jovens. Seu Ernesto participou do primeiro encontro de jovens da PIB em Ijuí, que aconteceu em 1948. Ele também participou do 1º Con-gresso de Jovens da Pioneira, e vai nos contar como era naquela época:

O primeiro encontro foi em 1958, chamado “Jungend Konferenz”, que ele acredita ter ocorrido em Panambi. Neste encontro foi ensina-do o hino “Além do céu azul”, que ainda hoje é cantado em algumas igrejas da Convenção.

E o transporte? Hoje vamos para o Congresso de ônibus, carro, al-guns até avião... E naquela época? Seu Ernesto também conta que iam sentados na carroceria de caminhões com bancos improvisados. Em 1959, foi um pouco diferente. Como o encontro foi em Porto Alegre, que era mais longe, eles viajaram até lá de trem, fazendo baldeação na cidade de Santa Maria/RS.

Os jovens eram hospedados nas casas dos irmãos da igreja, onde dormiam e faziam as refeições. Na grande maioria, não havia luz elétrica e nem banheiros, apenas patente. E como não havia custo de inscrição, o dono da casa era quem oferecia tudo o que o jovem precisava. Apenas no encerramento é que havia uma grande refeição na igreja que sediava o evento.

E a programação? Essa era de muito louvor (em língua alemã), onde cantavam hinos com o “conjunto” de metais e sopro. Além do louvor, também tinham as palestras que eram ministradas na língua alemã.

No tempo “livre” em que restava, os jovens improvisavam jogos e esportes, como futebol e cabo de guerra. E claro, ao fim da programação havia o social, que também era cantado em alemão.

Hoje, continuamos nos reunindo em congressos e acampamentos. Claro, com estruturas diferentes. Mas o mais legal é saber que, desde aquela época até hoje, esses encontros são usados para desenvolver a comunhão e crescimento espiritual dos jovens! Louvado seja Deus por isso!

JUNGESPIEL, WAS IST DAS?Quem nunca esperou ansiosamente nos

acampamentos cantar “menina me dá

sua mão, gosto muito de você...” ou “olha

o macaco na roda...” ou também “o galo

e a galinha foram à festa em Portugal”.

Na Europa, na América e em diferentes

cantos do mundo, onde havia algum

encontro ou festa, estas famosas e

divertidas danças de roda estavam

presentes.

Quem nos dá aqui algumas informações

sobre o Social das antigas é a jovem Lili

Zielke, de 74 anos, de Tuparendi/RS. Ela

conta que na época em que era jovem e

adolescente o Social era conhecido em

seu grupo como “Jungespiel”, traduzindo

do alemão como brincadeira de jovem,

afinal, naquela época prevalecia a língua

alemã nas igrejas da Convenção e nada

mais justo que ser em alemão.

Lili também nos contou que faziam

muito mais Sociais do que nós fizemos

hoje: Faziam Social nos intercâmbios.

Nos encontros de jovens eram

intercalados um sábado culto e outro

sábado só o “Jungespiel”. E no domingo

à tarde tinha a escola dominical e à

noite “Jungespiel”. E quando alguém

casava? Um dia depois era costume

fazer “Jungespiel”. E de vez em quando

ainda faziam “Jungespiel” depois do

culto de jovens. Era “Jungespiel” em

todos os encontros!

Hoje o Social continua sendo top...

vimos que já é uma continuação de

outras gerações. Que nunca deixemos

de pular e curtir o Social, e, quando

tivermos nossos filhos e netos, que

possamos incentivá-los a se alegrar e

divertir como nossa geração também

faz.

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Perfil

DA IDENTIFICAÇÃO À EVANGELIZAÇÃO

P ara quem busca compreender o evangelho de uma maneira plena, limitá-lo ao tem-plo não é o caminho. Na verdade, Aquele

que foi (e é) O Caminho, pouco transitou dentro de templos. Quatro cartas provam o espírito aventureiro de Cristo.

Espírito aventureiro? Pois é: andou sobre as águas, pescou muito, curou uma porção de gente…

Se você ainda está lendo e fazendo um para-lelo entre Cristo e você, talvez passe por uma “Crise de Moisés” – Quem sou eu? Que direi? Envia outro... Cara, cinco pães e dois peixinhos podem ser um bom começo!

Igor Piva (17), natural de Erebango/RS, perce-beu a identificação entre o esporte e a fé e hoje usa-os como uma ferramenta de identificação e evangelização. Acompanhe o bate-papo com a figura!

JONATHAS KOCHEComunicador e quase jornalista

A paixão pela bike, quando surgiu?Minha paixão pela bike surgiu

através de um amigo que me

apresentou o esporte. Eu achei

muito interessante. Aquilo me

chamou muito a atenção e aí que

tudo começou.

E pela fé?Eu nasci em um lar cristão. Desde

pequeno estive caminhando com

Cristo.

Quando tu percebestes que poderia relacionar a bike com a tua fé?Através do esporte eu conheci

pessoas fora do meu círculo de

amizade. Fiz amigos que praticam

o mesmo esporte e, através

destas amizades, tive algumas

oportunidades de dizer que sou

cristão e falar de Jesus.

Como tu utilizas as redes sociais para evangelizar?Eu já fiz vídeos falando da minha

fé e dando opiniões sobre diversos

assuntos que afastam as pessoas

de Deus. Compartilho imagens

profundas e versículos que me

chamam a atenção.

Pra quem quer usar um hobby para evangelizar, qual é o recado?Primeiramente é não deixar o

hobby estar acima de Deus. Que

isso não atrapalhe o tempo de

Deus na tua vida e que seja algo

que, de alguma forma, possa

trazer crescimento. E que esse

hobby possa abrir caminho para

evangelizar pessoas.

Esse bate-papo com o Igor lembra um artigo da Revista Ultimato, intitulado Evangelização no Contexto Urbano: “Ao longo desses anos percebi que eles (os jovens) não têm aversão a Deus, mas às igrejas e seus féis(. . .). Porém, quando percebem que estão em um ambiente que não lembra a igreja nem os crentes clássicos, se sentem mais abertos e à vontade para ouvir e falar sobre Deus.”Talvez a sua realidade não seja a de Erebango. Talvez você não ande de bike. Mas certamente você pode fazer parte de um movimento de identificação e evangelização de uma maneira leve e criativa. Primeiro, pense em algo que você faz e pode ser compartilhado, depois relacione isso com a fé. Simples assim. Afinal, cinco pães e dois peixinhos podem ser um bom começo.

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10 Juventude Pioneira

SORRINDO PRA FOTO, DE CARA PRO MUNDO

Especial

E stamos vivendo um momento singular na história da humani-dade no que diz respeito ao comportamento social. A era digital com seus avanços tecnológicos, seu entretenimento diversifi-

cado e a busca exacerbada pelo prazer (Hedonismo) potencializam numa velocidade incalculável o “individualismo”, dando ênfase aos aspectos principais do narcisismo em nossa sociedade atual.

O narcisismo num conceito mais geral, é nada mais, nada menos que um estado psicológico em que o ser humano é incapaz de amar outra pessoa além de si mesma. Na mitologia grega, Narciso era uma criança tão linda e admirada que sua mãe, Liríope, preocupada com esse excesso, levou-o até o sábio Tirésias. Ele lhe disse que o menino só teria uma vida longa se jamais visse a própria imagem. Na adolescência, Narciso tornou-se um jovem formoso e belíssimo, mas muito soberbo e arrogante. Um dia, cansado, Narciso dirigiu-se a uma fonte de águas límpidas. Eis então que a profecia se realiza: ao ver-se refletido no espelho das águas, enlouqueceu de amor pelo próprio reflexo. Envaide-

cido em si mesmo, não tinha olhos nem ouvidos para mais nada: não comia e nem mesmo dormia. Nar-ciso só olhava para si. Este amor impossível levou Narciso à morte, afogado em sua própria imagem.

Para a psicóloga e Dra. Edna Vietta, numa sociedade consumis-ta como a que estamos vivendo , “há uma regressão ao narcisismo e a sociedade é pautada por certas características: supervalorização da auto-realização, egocentrismo, personalidade centrada no EU, no individualismo, particularismo, hedonismo, busca por viver inten-

A ditadura da felicidade: quem sobrevive?

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Edição Especial 2016 11

SORRINDO PRA FOTO, DE CARA PRO MUNDO

samente o presente, sentimento de desprezo e apatia pelo coletivo, buscando apenas a própria vantagem, só necessitando do Outro como instrumento de confirmação do próprio Eu.” Nesse contexto, o Outro, é também apresentado como objeto para o consumo.

Num contexto como este, o indivíduo é levado a criar uma identidade pautada no consumismo e no hedonismo (busca pelo prazer) trans-formando tudo e todos em mercadorias que podem ser consumidas, coagindo o indivíduo a comprar para se sentir feliz tornando o que se pode chamar de “ditadura da felicidade”.

A ditadura da felicidade, é uma ditadura pautada no “seja feliz a qualquer preço!”

O mundo virtual, tem se tornado o mundo de todos! Milhares de pessoas se conectam diariamente em busca de informação, integração, entretenimento e pertencimento. E quem está desconectado deste mundo, está fora de uma realidade comum à grande maioria, pois, nunca se buscou tanto uma forma de “pertencer” virtualmente, como nos últimos tempos.

Nesta era digital, as redes sociais têm atraído milhares de jovens para uma felicidade comprada. Nas redes sociais é muito comum observar diariamente uma exposição de fotografias de pessoas que apresentam uma “vida perfeita”. No Facebook a vida tem uma rotina invejável, ninguém sofre; ninguém chora; ninguém deprime; ninguém tem dias difíceis; ninguém é triste. Milhares de pessoas atualizam dia-riamente suas fotos e seu status, afinal, a cada foto postada o Facebook nos convida a participar da vida das pessoas com a seguinte frase: “escreva um comentário”. Na “timeline” do Facebook, uma pergunta está sempre presente: “No que você está pensando? E esta pergunta evoca milhares de respostas por segundo, que é lida por centenas de indivíduos ao mesmo tempo. E com tantas informações chegando a cada segundo com notícias quentinhas informando: “como estamos felizes”, quem não está feliz sente-se inadequado e fora do lugar.

No Facebook o narcisismo se exacerba, se escancara, e a grande maioria tem uma vaga garantida no espetáculo da “vida idealizada”, assistida por centenas e até milhares de pessoas. Os olhos do Facebook não suportam por muito tempo a tristeza. O Facebook, ou por que não dizer “Fakebook”, conforme sugere o jornalista Leandro Karnal, mais parece uma realidade idealizada, onde muitos indivíduos pagam um alto preço para poder torná-la real, porém, tal realidade parece uma possibilidade cada vez mais inalcançável!

Essa nova filosofia de vida, de insatisfação pessoal permanente, de uma busca narcisista pela felicidade, onde a prioridade é o próprio “eu”, é utilizada como mecanismo eficiente pela TV brasileira para venda de seus produtos, resultando na formação de uma nova juventude que valoriza a conquista da fama, do sucesso, dinheiro e consequentemente de uma suposta felicidade ditada pela TV.

Dentro deste cenário o que mais nos causa espanto é que ao ana-lisarmos o comportamento dos jovens, percebe-se esta incansá-vel busca por um lugar no mundo dos famosos, como se este fosse o passo final para a felicidade. Esta é a mensagem endereçada aos jovens atualmente, prova de que a presença da TV nas casas e nas escolas não é mais com fins informativos, mas sim como fins indutivos, de ditar comportamen-tos, onde a cultura do ter tem um único objetivo: “seja feliz a qualquer preço!” Vende-se a todo instante a ideia de que a fama e o sucesso trarão felicidade eterna.

A busca incessante pela fe-licidade traz, no mínimo, dois problemas para o indivíduo con-temporâneo:

O primeiro é a ansiedade, pois há um aumento considerável do nível de ansiedade no indivíduo, induzindo-o a buscar sempre algo a mais que lhe garanta atin-gir ou manter seu sentimento de felicidade. É o excesso de preo-cupação com o resultado futuro.

O segundo problema é a frus-tração. Ao buscar sempre por algo mais, o indivíduo acaba se frustrando constantemente, tanto pelo que não conseguiu quanto pelo efeito nem sempre signifi-cativo –daquilo que conseguiu- sobre a felicidade, pois para ele o resultado é sempre medíocre e insatisfatório. Neste sentido, o indivíduo vive um contentamento descontente, como dizia a música de Renato Russo da banda Legião Urbana, buscando muita das vezes na morte a única saída.

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12 Juventude Pioneira

Especial

Segundo a Assessoria do Centro de Valorização da Vida (CVV), a cada suicídio, de seis a dez outras pessoas são diretamente impactadas. Um brasileiro morre deste mal a cada 45 minutos. No mundo, o número cresce para um a cada 45 segundos. Pelo menos o triplo disso já tentou tirar a própria vida e outros chegaram a pensar em fazê-lo, porém, para mais de 90% dos casos existe prevenção.

Diante de uma realidade assustadora, não é raro observarmos indivíduos que lutam contra o sofrimento buscando saídas mágicas e não enfrentadoras do problema. A felicidade vai se tornando cara demais e a grande maioria se enche de psicotrópicos buscando a famosa “pílula da felicidade”, afinal, cuidar da vida e encarar as próprias dores dá trabalho e é sofrido, então, melhor é pegar um atalho. Muitos indivíduos, tentam fugir o mais que podem das coisas trabalhosas, desagradáveis, entediantes e etc. Esta distração da tristeza o leva, muitas vezes a desencadear um mecanismo de compulsão por compras ou por comidas, por exemplo. E é neste ponto que a ditadura da felicidade pesa ainda mais, pois não é raro, observarmos um alto índice de casos de distúrbios de alimentação entre os jovens, bem como uma indisciplina financeira.

E POR QUE ESTA DITADURA DE: SEJA FELIZ A QUALQUER PREÇO?

Ao longo da civilização, muitos foram os caminhos percorridos pelo ser humano na busca da felicidade. Sabemos que desde a antiguidade a grande busca do homem sempre foi esta: ser feliz.

Quase nem percebemos, mas passamos a vida correndo atrás de sensações, diversões, confortos, facilidades, coisas gostosas de comer, bonitas de vestir, cheirosas, interessantes, e tantas outras coisas boas, que nos dão prazer. Ser feliz sempre foi a maior busca de todos os indivíduos.

Se nos remetermos à bíblia, percebemos no livro de Gênesis, que Deus criou o homem e a mulher para viverem felizes no lindo Jardim do Éden (O paraíso), porém com um único propósito que era o de glo-rificá-lo. Como nos sugere Tozer em seu livro “o propósito do homem”, tudo no Jardin do Éden, “estava em perfeita harmonia e simetria.” Mas o homem foi deslocado do centro da criação e colocado no centro de suas próprias referências para encontrar o seu lugar no mundo. Passou a ser senhor de seus desejos e vontades, e o seu eu passou a ser mais glorificado do que Deus.

Colocando-se como centro, o homem também passou a ser alvo, e alvo frágil, sem escudos prote-tores. Submetido ao imperativo do gozo foi obrigado a ser feliz a qualquer preço, porém, já não consegue lidar com tempos tristes e melancólicos.

O imperativo da felicidade é um dos indícios da nossa subjetivi-dade adoecida. Não suportamos ser frustrados em nossas von-tades; não suportamos perder, queremos criar atalhos, fugir de um problema para uma solução instantaneamente.

Na Antiguidade, Idade Média e Modernidade a felicidade estava ancorada no Outro – no social, no coletivo – enquanto na atualidade, o ancoradouro da felicidade é o Eu – no indivíduo. Observamos a exacerbação do individualismo e a fragilidade dos laços sociais. Na prática, ao contrário de tem-pos antigos em que a sensação de encontro com a felicidade se via confirmada pelos ideais mais am-plos: nação, ideologias, utopias, família – hoje, temos a sensação de felicidade apenas quando não somos frustrados em nosso nar-cisismo.

Na contra mão desta “suposta felicidade”, temos uma felicida-de real, respaldada nas Sagradas Escrituras, e que nos apresenta Jesus, como o grande Mestre, que com o maior exemplo de humil-dade e simplicidade nos oferece a salvação. O Rei dos reis, podendo estar entre reis e holofotes, esco-lheu estar no meio da multidão dos aflitos, dos doentes e oprimi-dos. Não escolheu riquezas, fama e sucesso, mas escolheu amar e

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Edição Especial 2016 13

VÂNIA MARTINSPsicóloga PsicodramatistaTerapeuta de família e casalCRP: 12/03048

morrer por cada um de nós. Escolheu a forma mais simples que poderia para viver, usando apenas a verdade de seu testemunho. Nele, Jesus Cristo, encontramos um caminho sóbrio para uma felicidade saudável que necessariamente passa pela renúncia de si mesmo, de não mais “vivermos nós, mas, deixarmos Cristo viver em nós”.

Se não queremos ver esta geração morrer buscando uma felicidade irreal, temos que parar de trocar os sonhos eternos de Deus por ale-grias passageiras. Todos os passeios no shopping, as melhores fotos na página do Facebook, o melhor carro, as melhores marcas de roupas, calçados e etc, não resolverão a angústia da alma. É necessário alargar as fronteiras dos nossos sonhos, e para isso, é necessário se voltar para o que de fato importa no relacionamento com Deus, que é a fé e a obediência. É preciso voltar a sonhar os sonhos de Deus e entender que a “A alegria do Senhor é a vossa força.” (Neemias, 8:10)

O chamado de Deus para nossas vidas é para uma felicidade real, que passará inevitavelmente pelas tribulações e aflições deste mundo. Por isso, é importante pensar como um certo autor nos sugere: “se você quiser que o seu mundo seja diferente, não se deixe impressionar pela aparência pedante dos cultos inteligentes, pelo poder dos fortes, pelo luxo estonteante dos ricos ou pela espiritualidade piegas de alguns religiosos. Se você realmente quer mudar a sua realidade e transformar o seu mundo, comece a enxergar com os olhos de Deus, a agir com o que tem às mãos, sem impressionar-se com o que está ao seu redor.” Por isso, lembremos o que nos diz o salmista: “Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há fartura de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente.” Salmos 16:11

Piper afirma que Jonathan Edwards vinculou a busca da felicidade à palavra de Deus dizendo: “ Jesus sabia que toda a humanidade estava em busca da felicidade. Ele a dirigiu para a maneira correta de alcan-ça-la e disse-lhe em que precisa se tornar para ser abençoada e feliz.”

A Deus, fonte de nossa real felicidade, toda a glória eternamente.

O Brasil é o quarto país latino-americano com o maior crescimento no número de suicídios entre 2000 e 2012, segundo relatoria da OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2014. 800 mil pessoas se suicidam por ano em todo o planeta, uma pessoa a cada 40 segundos. É a segunda maior causa de morte em pessoas entre 15 e 29 anos, enquanto que os mais de 70 anos são aqueles que mais frequentemente se tornam suicidas. Fonte: OMS

Confira as fontes e leia a matéria na íntegra em nosso site: www.jumap.org.br/ditaduradafelicidade

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Na estrada

Por onde você andou?

Em agosto de 2015 fui para Hy-derabad, capital do estado de An-dhra Pradesh na Índia e passei 10 dias lá.

O que o levou a ir pra lá?

Durante o Congresso 2015, co-nheci o Pr. Humberto Aragão, que foi um dos palestrantes. Ele falou sobre o ministério da Da-lit Freedom Network, na India. Interessei-me e tive vontade de conhecer.

O que fez? Como foi a sua ex-periência?

Além de visitar alguns pontos turísticos da cidade como o For-te Golconda e O Charminar co-nheci as várias áreas de atuação do ministério da Dalit Freedom Network, na India.

Frequentou alguma igreja local ou se envolveu com cristãos da cidade?

Sim, no final de semana que

passei lá participei de uma cele-bração na Good Shepard Church. No geral a igreja é bem parecida com a Batista Brasileira. Um úni-co ponto interessante e diferente que notei foi a estrutura episco-pal dessa igreja em particular.

Quais são as suas dicas para se manter em foco com Jesus mesmo em uma cultura distin-ta da sua?

A cultura em si não influenciou no meu relacionamento com Deus durante a viagem. Acho que a dica é: independente do local ou cultura em que você está, mantenha uma vida de oração, leitura da Bíblia e bom testemu-nho cristão.

Quais foram as suas dificulda-des ao chegar lá?

O povo em geral é bastante sim-pático e prestativo. Então, nesse sentido, não tive problemas de adaptação. Caso alguém pense em ficar por um período mais longo, talvez a maior barreira será a alimentação. A culinária

é bastante diferente da ocidental e, mesmo em locais como Hard Rock Café, Mc Donald’s etc, será difícil encontrar algum item do cardápio que não tenha pimenta ou algum tipo de especiaria.

Se pudesse resumir em uma frase a sua experiência, qual seria esta?

Descobri que a Índia possui um povo muito simpático, que tem sede por mudança, melhoria de suas condições de vida e que precisam desesperadamente de Cristo.

Se alguém quiser fazer o mes-mo que você, qual o procedi-mento?

Você pode entrar em contato comigo através do meu e-mail pessoal [email protected] ou também pode entrar di-retamente em contato com o Pr. Humberto Aragão, que é quem organiza os grupos de viagem através do e-mail [email protected].

“Visite Forte Golconda e O Charminar. São locais bem legais para conhecer e entender a enorme diversidade cultural que a Índia possui. Também não perca a oportunidade de conhecer o ministério da OM por lá.”

GREGORY MITTAnalista de sistemas

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Espaço randômico

Cada época tem suas caracterís-ticas próprias, desde estilos mu-sicais, modo de se vestir, gírias e etc... Na igreja não é diferente, as características dos grupos de jovens também mudam com o passar do tempo. Fizemos uma enquete no Facebook da JUMAP para saber o que o seu grupo de jovens fazia no final da década de 90 e ínicio dos anos 2000.

CONFIRA AÍ AS CINCO MAIS VOTADAS:

1 Louvorzão: Essa época não foi somente marcada pelo uso de pochetes e calças

que vinham com zíper e viravam bermudas, era um tempo em que a galera gostava de se reunir para fazer louvorsão, cada igreja levava uma ou duas músicas e iam se al-ternando, e no final aquele lanche na cantina. :D

2 Não somente os louvorzões marcaram época, mas a criatividade com as siglas.

Nessa época era comum encontrar siglas interessantes como JUBASA

O QUE ROLOU NO FINAL DOS ANOS 90 E INÍCIO DOS ANOS 2000?

(Juventude Batista de Santo Ânge-lo), MOBASC (Mocidade Batista de Santa Cruz). Outras tantas juven-tudes tiveram suas siglas, algumas continuam, já outras mais tarde foram alteradas.

3 Se tem algo que foi febre nessa época, além de ter um celular Nokia tijolão e

jogar cobrinha, era traduzir músi-cas da Hillsong. O grupo explodiu, tornou-se mundialmente conhe-cido e “grupo de jovem tinha que ter tradução da Hillsong”, algumas feitas inclusive pela própria união. Outro grupo que surgiu forte nes-sa época foi o Diante do Trono e, não raramente, o louvor ficava entre músicas da Hillsong e Dian-te do Trono (tinha gente que até ministrava de forma semelhante).

4 E as camisetas, hein? Toda união tinha que ter uma, e com a sigla da juventude

bem estampada na frente. Nos acampamentos, via-se a união de longe, todos de uniforme. Conti-nua até hoje, não?

5 Difícil encontrar uma união de Jovens que não fez evan-gelismo com folhetos, sair

em datas especiais, programações do município, ou da JUMAP, ou ainda levar junto e entregar indi-vidualmente, convidando a galera para ir ao culto e deixando uma mensagem.

Claro que talvez o seu grupo de jovens não tenha vivido algo dessa lista, ou talvez você ainda esteja vivendo alguma coisa do que está aqui. Que bom, porque com certeza são atividades que marcaram e continuam a marcar a vida de muitas pessoas. E aí, se identificou com algumas delas? Tem algo de diferente? Então faça também a sua lista do que mar-cou a juventude na sua cidade e mande pra gente.

FELIPE BALANIUKLíder regional e Pastor na PIB São Miguel do Oeste, SC

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T a brincando que você achou que esse título tinha alguma coisa a ver??? Mas agora que já começou a ler, pode continuar! A onda do momento é olhar para si mesmo, assim como na

modinha de virar a câmera para o próprio rosto e fazer não um, nem dois clics, mas o quanto a memória do celular permitir. Depois apaga o que não fi cou legal!

A ideia é mostrar a paisagem mais linda que você pode ver. Isso mesmo: “VOCÊ É O CARA”, a obra mais fantástica da criação! Agora abaixa um pouco esse ego que nem tudo são fl ores. Raciocina comigo: você sempre foi e é o centro da atenção de Deus, então aproveita para mostrar nesse selfi e, a verdadeira beleza da criação! Que seu olhar tenha caráter, digno de uma pessoa justa; que sua aparência seja alegre para mostrar que ganhou a chave da vida eterna; e que suas roupas sejam um traje que não cause escândalos! Sacou???? Não precisa explicar, né?!

A câmera está sempre virada em sua direção. Ele sabe o que está acontecendo, tipo um raio x, que vê tudo. Ahhh, e aproveita pra dar um sorriso agora, você está sendo fi lmado por nada mais, nada menos, que o criador do universo.

Nesses milhares de clics em nossa direção, é praticamente certo que algumas fotos não vão sair bem, mas assim como o botão DELETE apaga as fotos ruins, o perdão de Deus pode limpar da memória os re-

Trending

SELFIE É DE DEUS?

GELSON WAIERJornalista

gistros errados. Isso é tão natural, só que tem um problema: nesse suja e limpa do chip, a memória vai gastando e pode estragar. Que bom seria se o cartão só gravas-se as fotos boas, né? As erradas poderiam ser excluídas automa-ticamente. Só que infelizmente não é assim, precisamos olhar, avaliar e fazer uma ação pra que essa foto seja apagada. Lembre disso e deixe seu álbum com os melhores momentos registrados pra sempre. Não há formatação que possa excluir as coisas que Deus te deu!

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Pastoral

IDENTIDADEQuem sou? Sou pobre espiritual-mente, ou seja, não posso mudar o meu estado de pecador. Sempre serei pecador (Rm 3.23) e isso me traz a tristeza pelo meu estado. Mas fui perdoado, justificado e reconciliado com Deus (Rm 5.1). Ele me ama e resolveu meu maior problema na cruz e por isso o Rei-no dos céus é meu (Jo 3.16). Sei que continuo sendo pecador, mas agora pecador perdoado. Isso me mantém humilde, porque sei que sou pó, mas que Deus me formou à Sua imagem e semelhança. Como Paulo disse: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e sua graça para comigo não foi em vão...” (1 Co 15.10a). Isso significa que para ser feliz não preciso criar um personagem e viver nele, basta descobrir quem eu sou para Deus. A felicidade bíblica dá uma certe-za de que você é quem é porque Deus te fez como você é. Você é a imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26).

DITADURA DA FELICIDADE

A felicidade sempre foi um assunto discutido nos círculos filosóficos, nas

mesas de bar, ou nas conversas

PROPÓSITOJesus diz que “felizes são os que promovem a paz ao mundo vio-lento”. Por causa desse desejo de mudar esse mundo, as pessoas po-deriam sofrer. Essa é uma causa para viver, buscando viver para pacificar pessoas e ambientes. Servir pessoas em suas necessi-dades. Dar mais do que receber. Pois aí está o grande sentido da felicidade. Ela não é solitária, e sim solidária. Não é egoísta, e sim altruísta. Não estamos nesse mundo para ser o problema ou parte do problema do outro, mas sim para ser parte da solução do problema do outro; os que vivem para os outros e que são felizes. A sua felicidade está em ser quem Cristo quer que você seja, fazer o que Ele deseja que você faça, construir um legado na vida das pessoas que possa ser eterno. Isso sim é felicidade.

VALORES Quando Jesus diz que os puros são felizes, não está falando daquela visão de alguém tão ingênuo que passa por bobo e é enganado por todos. A pureza apresentada aqui tem mais a ver com a simplici-dade, como se vive a vida. Não precisa de grandes coisas, não é seduzido pela cobiça, ou inveja. Eles vêem a vida com os olhos de Deus, vêem as pessoas como Deus as vê. O curtir a vida, nesse concei-to, não passa por usar as pessoas e amar as coisas. Jesus incentiva a valorizar as pessoas. Para Jesus, é feliz quem buscar fazer o que é certo fazer; quem vive uma vida que não negocia seus valores, mesmo que saia perdendo algo; quem é compassivo com o erro dos outros, porque sabe que Deus é cheio de misericórdia para com ele. Esse é feliz.

de jovens nas madrugadas da vida. O que é felicidade? O que preciso para ser feliz? Para os gregos, fe-licidade era o melhor jeito de se

viver, ou seja, viver feliz.* A Bíblia, em Mateus 5.3-12 nos

mostra três valores indispensáveis para experimentar a felicidade:

JACQUES KLEIMANPastor da PIB Pioneira Blumenau, SC

* https://youtu.be/W_1EtLeJEh0 - Filosofia e felicidade, com Marcia Tiburi e Mario Sergio Cortella

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Teologia

Por que a religiosidade ainda é tão presente no cristianismo? Como combate-la?

O ser humano é religioso por na-tureza. Somos seres produtores de cultura, logo, produzimos re-ligião, que é expressão cultural no aspecto com o transcendente (Deus ou deuses). A religião é um mecanismo humano para entrar em contato com a realidade invi-sível, capaz de abençoar aqueles que oferecem algo (sacrifício) à divindade.

O termo “cristianismo” já é uma expressão religiosa, pois se refere à religião oficial do Império Ro-mano que surgiu no século IV d.C. Logo, “cristianismo” não se livra da religião, pois ele próprio é uma religião estruturada em templos, sacerdotes e leigos, dias e festas sagradas, corpo doutrinário, etc.

O que se opõe à religião é o evangelho, proclamado e vivido por Jesus e os seus seguidores. O evangelho é a mensagem da che-gada do reinado de Deus àqueles que a ele se submetem em arre-pendimento e fé. O evangelho não é uma construção humana que ne-gocia com a divindade utilizando-se de moeda de troca. O evange-lho é a mensagem unilateral da salvação possibilitada pela graça de Deus na cruz de Cristo, a qual recebemos por fé e não por obras.

Como combater a religiosida-de presente nas igrejas cristãs? Pregando, ensinando e vivendo o evangelho da graça de Deus que, em sua essência, é uma crítica a toda religião que tenta negociar com Deus bênçãos e salvação.

Se Deus é soberano, e controla todas as coisas de acordo com Sua vontade, fazendo aquilo que Ele quer em qualquer situação, por que devemos orar pedindo algo (os “pedidos de oração”)? Se for Sua vontade, Ele fará independentemente de pedirmos, assim como se pedirmos, Ele pode não fazer. E aí?

O Deus soberano e todo-poderoso, que controla todas as coisas se-gundo a sua vontade, é também o Deus que deu livre-arbítrio aos seus filhos e nos permite escolher entre certo e errado, o caminho dele e o caminho dos ímpios. Ele é também o Deus que veio viver em nós e entre nós, com o seu Filho e no Espírito Santo que vive naqueles que se converteram a Cristo em fé.

Portanto, a oração a Deus é um exercício de conversa e intimidade. É na oração que estabelecemos diálogo e criamos um relacionamento íntimo com ele, de modo que na oração silenciamos o nosso coração e vontade para ouvirmos pulsar o coração do Criador e sua missão dada a nós. Na oração temos o direcionamento para a vida.

O Deus que pode fazer todas as coisas independentemente de nós e da nossa oração, é o Deus que decidiu agir através de nós e que quer que o busquemos em oração para sermos orientados sobre como viver e agir. Quer que o busquemos em oração. O exemplo definitivo sobre essa realidade é que o Filho de Deus, Jesus, orava o tempo todo buscando a orientação do Pai sobre como agir. Ele não dava um passo em sua missão sem antes buscar a direção do pai através da oração, algo que os evangelistas fizeram questão de registrar.

Talvez o que nos falta é o aprendizado sobre a oração e como de-vemos orar. Gosto de uma definição do rabino Harold Kushner: “na oração não pedimos coisas a Deus; na oração pedimos pela pessoa de Deus.” Temos uma visão errada da oração quando a confundimos como meio de se obter coisas ou bênçãos. A maior bênção para um filho e uma filha de Deus é o próprio Deus, por isso, é ele quem pedimos em oração. Oramos também para pedir, mas pedimos segundo a vontade de Deus, ou seja, pedimos por aquilo que é a vontade de Deus, vontade essa que descobrimos na leitura de sua Palavra e na própria oração.

PERGUNTAS DE TEOLOGIA

EQUIPE DA RÁDIO TRANSMUNDIALwww.transmundial.org.br

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Retrospectiva

F azer uma retrospectiva é sempre muito bom. Ela nos ajuda a avaliar nossos

erros e acertos e, principalmente, ver a graça de Deus em tudo. E a JUMAP tem muitos motivos para agradecer a Deus por este ano que passou. Foi um ano de mudanças, mas também em que Deus agiu e transformou muitas histórias.

Começamos os acampamentos do verão passado comemorando os “Anos Incríveis”. No ACAM-ZECA, comemoramos os 40 anos desse acampamento incrível. E no Congresso foi a vez de a JUMAP celebrar os seus 90 anos. Em am-bos os eventos, foi realizada uma retrospectiva especial aos anos passados, com uma festa especial de aniversário. No ACAMZECA teve ainda uma surpresa especial para os zequinhas, o show da ban-da Megafone, de Curitiba.

Passados os acampamentos, no mês de junho aconteceu a Con-ferência IMPACTO + ACAM, na cidade de Santa Cruz do Sul, com o tema “Em nome de Deus”. Par-ticiparam aproximadamente 1000 pessoas, que lá puderam conhecer mais de Deus através de diversos

pastores, teólogos, cientista, tea-tro, missionários, músicos e muito mais. Pôde-se ver o cuidado de Deus em tudo, tanto na prepara-ção da conferência como também nos dias do evento.

E em Floripa, na praia de Canas-vieiras, 300 casais se encontraram para investir em seu relaciona-mento no Retiro de Casais, que teve como tema “A história de nós dois”, muito bem abordado pelos pastores Sidney Costa e Carlos McCord, ambos da Igreja Batista Memorial de Alphaville, de São Paulo. Neste evento tam-bém tivemos a noite MPB, com a participação especial do músico João Alexandre.

Em outubro, ainda em meio ao frio de Curitiba, aconteceu o Re-tiro de Jovens Adultos. Os pales-trantes, professor e teólogo Luiz Sayão e o músico e pastor Nelson Bomilcar, ministraram sobre “Os sem igreja”, um tema que trata da importância de ser igreja e de tomar uma posição perante o mi-nistério local.

Nas regionais, do extremo Sul até os Capixabas, aconteceu nas igrejas locais o Lidera Jovem e

Extreme, que teve como tema do ano “Identidade definida”, com diferentes preletores em cada regional.

Os encontros nos aproximam e através da comunhão e amizade também somos edificados. As-sim, olhamos para o nosso 2015 e somos gratos por ver a mão de Deus sobre cada projeto! Estamos começando um novo ano, e nosso desejo hoje é que possamos olhar para a frente, para os nossos so-nhos e planos, e continuar na esperança e na direção de Deus, para escrever e transformar mais histórias.

“Consagre ao Senhor tudo o que você faz e seus planos serão bem sucedidos.” Provérbios 16.3

NÉIA HONNEFProfessora e líder regional

2015 FOI GRANDE

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22 Juventude Pioneira

Na rede

ELA TAMBÉMÉ DIGITALE MUITOFUNCIONAL

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Plataformas: iOS, Android, Windows Phone, BlackBerry e outros

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O smartphone já é uma realidade em diferentes mãos

brasileiras e, com isso, inúmeros aplicativos estão em

nossas telas. Entre eles, o que estava em papel, agora

também pode ser aberto a todo momento.

Estamos falando de bible app, as bíblias em aplicativos,

que além de disponibilizar as escrituras na íntegra,

permitem ainda a consulta em diferentes versões e

idiomas, com ferramentas devocionais, planos de leitura,

mensagens em áudio e vídeo, narrativas e muito mais em

apenas alguns toques. Apresentamos aqui as bíblias mais

baixadas e suas funcionalidades.

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Faculdade

C onversando com jovens a respeito do futuro normalmente percebo muitas dúvidas quando pergunto: qual é a sua vo-cação? Afinal, será que podemos dizer que todo o jovem é de

fato vocacionado para alguma coisa? E será que é possível diferenciar um desejo próprio de uma vocação dada pelo Senhor? Se você tem se deparado com essas perguntas, espero que esse artigo possa lhe ajudar a encontrar uma luz no fim do túnel.

Para entender o que significa vocação vale lembrar que a palavra tem uma origem latina com o mesmo significado da palavra “chamado”. Assim, entendemos que as palavras “vocação” e “chamado” estão rela-cionadas. É interessante observar isso, pois a própria palavra “chamado” tem sido usada por aqueles que sentem um chamado específico de Deus para atuarem como pastores ou missionários. Mas, normalmente esquecemos que um chamado, ou uma vocação, também pode fazer parte da vida daqueles que não estão integralmente envolvidos em um ministério pastoral ou missionário.

Outro detalhe importante no conceito de vocação é que quando alguém é vocacionado, é vocacionado por alguém e para alguma coisa. Parece óbvio, mas isso revela que a vocação não começa nem termina em nós.* Se você quer descobrir qual é a sua vocação, o primeiro passo é entender que ela vem de Deus. Significa que Deus criou você com um propósito. Suas características, sua história, suas habilidades, tudo isso foi conduzido por Deus de acordo com o propósito que Ele tem para a sua vida. Lembre, por exemplo, de homens como José, Moisés, ou o apóstolo Paulo. As experiências que eles tiveram ao longo de suas vidas foram depois usadas para o cumprimento da missão que receberam do Senhor.

O outro aspecto é que uma verdadeira vocação não serve apenas para o nosso próprio bem, mas para o bem de outros. Há uma grande diferença entre escolher uma carreira pelo desejo de ficar rico, ou es-colher por uma carreira na qual você entende que terá a oportunidade de ajudar outras pessoas. Você percebe a diferença na motivação?

VOCAÇÃO. QUAL É A SUA?

Portanto, observe sua história, suas características e talentos, ao mesmo tempo em que vê as necessidades do mundo. Como diz uma famosa frase atribuída ao pensador grego Aristóteles: “quando os seus talentos encon-tram as necessidades do mundo, ali está a sua vocação”.

Por fim, nunca esqueça que, como discípulo de Jesus, temos uma vocação que nos foi dada pelo Senhor. Sermos testemunhas, pregar o Evangelho e fazer discí-pulos de todas as nações (At 1.8, Mc 16.16, Mt 28.18-20). Por esse motivo, quero terminar sugerin-do algo que não é muito comum em nossa cultura brasileira, mas que pode ser uma bênção em sua vida. Você já pensou em separar um semestre ou mesmo um ano para conhecer mais a Palavra de Deus antes de fazer suas escolhas com relação ao futuro e vida pro-fissional? Eu creio que um “ano bíblico” em um seminário, ou em um projeto missionário, pode ser uma oportunidade de amadureci-mento para que você possa tomar uma decisão mais consciente. O conhecimento e as experiências que você terá nesse período cer-tamente abençoarão sua vida ao longo dos anos. Pense nisso!

* Para uma boa reflexão sobre esse assunto, sugiro a leitura do livro “Como integrar fé e trabalho” de Tim Keller, publicado no Brasil pela editora Vida Nova.

GABRIEL GIROTTO LAUTERPastor, Mestre em Teologia Pastoral

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