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11 + 12 Março 2016 sexta, 21:30h / sábado, 21:30h Teatro Maria Matos L' Autre Hiver Ópera fantasmagórica l'autre hiver © kurt van der elst

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11 + 12 Março 2016sexta, 21:30h / sábado, 21:30hTeatro Maria Matos

L' Autre HiverÓpera fantasmagórica

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MUSICA.GULBENKIAN.PT

mecenasgrandes intérpretes

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasmúsica de câmara

mecenasrising stars

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sexta 11 Março 201621:30h — Teatro Maria Matos

sábado 12 Março 201621:30h — Teatro Maria Matos

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L’Autre HiverÓpera fantasmagórica

Dominique Pauwels, Normand Chaurette,Denis Marleau e Stéphanie Jasmin

Dominique Pauwels música e instalação sonora

Normand Chaurette libreto

Denis Marleau e Stéphanie Jasmin encenação, cenografia e vídeo

Musiques Nouvelles Laurent Houque violino

Karel Coninx viola

Jean-Pol Zanutel violoncelo

Berten D’Hollander flautas

Cédric Debruycker clarinetes

André Ristic piano

Filip Rathé maestro

Lieselot De Wilde soprano (arthur rimbaud)

Marion Tassou soprano (paul verlaine)

Éric Soyer desenho de luz

Greta Goiris e Judith Stokart figurinos

Pierre Laniel vídeo e montagem

Claude Rodrigue com Anna Solal escultura de máscaras e esfinges

Angelo Barsetti maquilhagem e cabelos

Joana Cornelsen maquilhagem e cabelos

Thierry Mousset assistente de encenação

Stéphane Longpré assistente de cenografia

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personagens vídeoBoyan Delattre, Lieselot De Wilde, Marianne Pousseur, Simon Schneider e Marion Tassou coros (gravações)Coro Gulbenkian e Chœur d'enfants de la Monnaie coordenação técnicaNic Roseeuw técnicaBrecht Beuselinck, Bram De Cock, Jannes Dierynck, Pino Etz, Wim Piqueure Peter Quasters construção de máscarasAnna Solal construção de cenáriosatelier de NTGent & Martiko linguagemMurielle Legrand programação de somMaarten Craeynest coordenação de filmagensMartin Emond delegado de produçãoKristel Deweerdt produçãoLOD muziektheater, Mons 2015 Capitale européenne de la Culture, le manège.mons,UBU compagnie de création coproduçãoenoa, Fundação Calouste Gulbenkian, Les Théâtres de la Ville de Luxembourg, deSingel Anvers, Maison de la Culture d’Amiens, Théâtre français du Centre National des Arts Ottawa, Festival TransAmériques,La Rose des Vents scène nationale Lille métropole Villeneuve d’Ascq e Musiques Nouvelles com o apoioStad Gent, le Conseil des Arts et des Lettres du Québec, le Conseil des Arts du Canada, le Conseil des Arts de Montréal e La Monnaie

Este projeto é financiado com o apoio da Comissão Europeia. Esta publicação vincula apenas o seuautor, não sendo a Comissão responsável pelo uso que possa ser feito das informações nela contidas.

Duração: c. 1h 35 min.Espetáculo sem intervalo

Uma colaboração Gulbenkian Música / Teatro Maria Matos

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L’Autre Hiver: Apresentação

Dois viajantes surgem na ponte de um navio imobilizado nas águas geladas do mar do Norte. Serão eles realmente Paul Verlaine e Arthur Rimbaud? L’Autre Hiver, uma “ópera fantasmagórica” com música de Dominique Pauwels, libreto de Normand Chaurette e encenação e cenografia de Denis Marleau e Stéphanie Jasmin, parte da observação de uma forte e inquietante relação entre dois dos maiores poetas franceses do século XIX: Arthur Rimbaud (1854-1891) e Paul Verlaine (1844-1896). Para a concretização de uma viagem onírica ao universo íntimo de Rimbaud e Verlaine, L’Autre Hiver coloca em cena duas cantoras e um pequeno conjunto de seis músicos, acompanhados por uma banda sonora previamente gravada. Em palco estão também personagens videográficos, figuras fixas

cujos rostos são projetados em vídeo e que se entrelaçam com as presenças reais no palco, sussurrando as histórias de homens, mulheres, mães e crianças e acompanhando Rimbaud e Verlaine no drama que se desenrola no navio, suspenso no espaço e no tempo. Por seu lado, a música criada por Dominique Pauwels reforça a estética fantasmagórica da ópera. Normand Chaurette, uma importante voz contemporânea da dramaturgia do Quebeque, é o autor do libreto de L’Autre Hiver.Os encenadores e cenógrafos, Denis Marleau e Stéphanie Jasmin, são diretores artísticos do espaço UBU Compagnie de Création de Montreal, um grupo canadiano conhecido pelas suas ousadas escolhas literárias e pela utilização criativa das tecnologias de some de vídeo.

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Em L’Autre Hiver os personagens Rimbaud e Verlaine são representados por sopranos cujas vozes são por vezes transformadas. No plano dramatúrgico, qual é o motivo desta escolha?Dominique Pauwels: Para mim, o “género” não tem um papel definido nesta ópera. Tento, desta forma, ultrapassar a noção de personagem. De facto, interesso-me pelos jogos de manipulação entre duas pessoas e pelas formas como cada um utiliza o outro para os seus próprios fins. Quando duas pessoas vivem uma relação tão forte e íntima, há por vezes impulsos que provocam grande destruição, uma destruição mútua que pode ir incrivelmente longe, de forma profunda e inquietante. Procurei então nos percursos de grande criadores (mesmo sendo um fenómeno que também nos diz respeito) uma forma de ilustrar este conflito emocional e artístico.E acabei por me concentrar na complexa relação entre Rimbaud e Verlaine.

Qual a importância da dimensão eletrónica no trabalho de composição?Dominique Pauwels: A forma que encontrei para resolver os problemas de orquestração de um pequeno grupo foi a utilização de uma técnica subliminar. Por exemplo, pensemos num piano no qual, ao pressionarmos uma tecla, diferentes cordas são colocadas em movimento formando uma onda. Pego então nessa onda, introduzo-a num computador e modifico-a. Em seguida, as várias ondas dobram os instrumentos acústicos. Mesmo sendo a música amplificada, não intervenho nos instrumentos propriamente ditos. Isto é, “deixo-os viver” acusticamente. Concentro-me no trabalho de lhes juntar outras ondas sonoras. É por esta razão que tudo soa no final de forma amplificada e acústica, mas não de forma sintética.

Excerto de uma entrevista de Thierry Mousset © Mons 2015

Sobre a música de L’Autre Hiver

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Através da escuridão da noite, ouve-se a voz atormentada de uma criança.

Em seguida, por entre uma interferência cósmica, onde as vozes de Verlaine e de Rimbaud se misturam, descobrimos um navio errante.

Um homem surge na ponte do navio: é Paul Verlaine, perturbado pelas vozes dos alunos londrinos aos quais ensina francês. Arthur Rimbaud entra, por sua vez. Os dois poetas escutam o canto do mar como tinham feito anteriormente nas suas viagens entre a Inglaterra e o continente.

Os sons misturam-se numa amálgama vital que engloba o mar que transporta o navioe uma mãe que toma conta dos seus filhos.Nesta travessia meditativa, os passageiros comentam a difícil relação entre Verlaine

e Rimbaud. Estes envolvem-se num jogo de sedução que prolonga o frágil momento do seu primeiro encontro.

A criança solitária interroga Verlaine. Perturbado, este recorda uma história antiga, projetando naquela criança as suas próprias recordações de juventude, uma história que vem perturbar o seu estado de espírito.Rimbaud mostra um revólver para excitar o desejo de Verlaine. Este é vítima das suas obsessões e pede a todos os passageiros que sejam testemunhas dessa recordação de infância, da qual se sente prisioneiro e a qual transformou o enredo da sua existência numa manta de retalhos.

A criança do início da ópera, as crianças londrinas e a mãe universal participam no drama que termina com um derradeiro tiro.

Sinopse

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Dominique Pauwels estudou no Conservatório de Gand, no Conservatório Sweelinck de Amesterdão e no IRCAM, em Paris. Em 1991 diplomou-se em composição musical e cinematográfica no Berklee College of Music, em Boston. Desde então, começou a compor regularmente para televisão, teatro, cinema e publicidade. É o autor da música de Lifestyle (1998), Pas tous les Marocains sont des voleurs (2001) e No Comment (2003). Em 2004 escreveu o seu primeiro quarteto para cordas para o Quarteto Diotima e em 2006 compôs a música para Looking for Alfred, uma curta-metragem de Johan Grimonprez. Desde 2004, Dominique Pauwels é compositor residente do LOD muziktheater. Colabora com a coreógrafa Karine Ponties e o encenador Guy Cassiers, tendo com este último participado em Onegin, Wolfskers/Belladone, Sang et Roses e MCBTH. Com Inne Goris participou na criação MUUR (2010), na instalação musical Rêveries (LOD e Manchester International Festival, 2011), na produção Papa, Maman, Moi et Nous (2011) e na instalação de vídeo Hautes Herbes (2012). Com Fabrice Murgia criou Ghost Road (2012), a primeira parte de um trilogia. A ópera L’Autre Hiver, realizada com Denis Marleau e Stéphanie Jasmin, encontra-se em digressão desde maio de 2015. Em 2016 Dominique Pauwels colabora novamente com Inne Goris em Sans Sang, uma peça criada a partir da novela com o mesmo título de Alessandro Baricco.

Encenador, cenógrafo e criador de instalações de vídeo, Denis Marleau nasceu no Quebeque e estudou no Conservatório de Arte Dramática de Montreal e em Paris. Em 1981 apresentou a sua primeira produção, intitulada Coeur à gaz & autres textes DADA, no Museu de Arte Contemporânea de Montreal. Em 1982 fundou a companhia UBU Compagnie de Création de Montreal, cujos espetáculos se inspiraram nos movimentos de vanguarda europeus – Picasso-Théâtre (1985), Merz Opéra (1987), Oulipo Show (1988), Cantate grise (1990), Les Ubs (1991), Luna-Park 1913 (1992) – produções imbuídas por um espírito radical e iconoclasta que atraíram a atenção pela sua estética modernista, pelo uso das técnicas vocais e pelo foco na ressonância e no som. Ao longo de quarenta anos, a prática artística de Denis Marleau abriu-se à exploração eclética das fontes literárias, incluindo Büchner, Koltès, Pessoa, Beckett, Bernhard, Maeterlinck, Molière, Séneca, Jelinek, Shakespeare ou Crimp, entre outros. Criador da “fantasmagoria tecnológica”, a sua visão artística é inspirada pelas artes visuais, a literatura e a música contemporânea. Em 2001, no quadro de uma residência de criação no Museu de Arte Contemporânea de Montreal, apresentou a sua primeira produção neste domínio, Les aveugles, a partir da peça homónima de Maurice Maeterlinck. De 2001 a 2007, foi diretor artístico do Teatro Francês do Centro Nacional das Artes, em Ottawa.

Dominique Pauwels

DenisMarleau

Notas Biográficas

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Stéphanie Jasmin diplomou-se em História da Arte na École du Louvre, em Paris, tendo-se especializado em Arte Contemporânea.Em seguida estudou produção cinematográfica na Universidade Concordia de Montreal. É codiretora artística da companhia UBU Compagnie de Création de Montreal e, desde 2000, consultora dramatúrgica e colaboradora artística de Denis Marleau, tendo participado na criação das “fantasmagorias tecnológicas” Les aveugles (Maurice Maeterlinck, 2002), Dors mon petit enfant (Jon Fosse, 2004) e Comédie (Samuel Beckett, 2004). Ainda com Denis Marleau, colaborou na encenação da óperaO Castelo do Barba Azul (2007) de B. Bartók, e em Jackie (2010) de Elfriede Jelinek. Participou também na realização de trinta manequins animados para o vídeo da exposição La planète mode de Jean Paul Gaultier – de la rue aux étoiles (2011). Há já alguns anos, desenvolve o seu trabalho também como dramaturga, nomeadamente em colaboração com a coreógrafa Estelle Clareton.

Normand Chaurette tornou-se conhecido como dramaturgo em janeiro de 1980 na sequência de uma adaptação para o teatrodo texto radiofónico Rêve d'une nuit d'hôpital. Desde então, publicou uma dúzia de peças, sendo as mais conhecidas: Provincetown Playhouse, juillet 1919, j'avais 19 ans (1981); Fragments d'une lettre d'adieu lus par des géologues (1986); Les Reines (1991); Le Passagede L'Indiana; Stabat Mater I (1997); Stabat Mater II (1999); Le Petit Köchel (2000).A maioria das suas peças foram estreadas em Montreal depois de 1980, tendo sido apresentadas posteriormente em Toronto, Edmonton, Vancôver e em várias cidades dos Estados Unidos da América, incluindo Nova Iorque, e da Europa, incluindo Paris, Barcelona, Bruxelas, Florença e Edimburgo. Desde 2003, Normand Chaurette dedica-se principalmente à escrita de argumentos para o cinema. Escreveu o argumento do filme Roméo et Juliette (2006) de Yves Desgagnés, inspirado na tragédia homónima de William Shakespeare.

Stéphanie Jasmin

Normand Chaurette

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17 Marçoquinta, 19:00h — M/6

BenjaminGrosvenor

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direção criativaIan Andersondesign e direção de arteThe Designers Republicdesign gráficoAh–hA

Pedimos que desliguem os telemóveis durante o espetáculo. A iluminação dos ecrãs pode igualmente perturbar a concentração dos artistas e do público. Não é permitido tirar fotografias nem fazer gravações sonoras ou filmagens duranteos espetáculos. Programas e elencos sujeitos a alteraçãosem aviso prévio.

tiragem300 exemplares

Lisboa, Março 2016

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FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN