Laboratório de Mudança como uma ferramenta para a ... · 6.10.2015 1 Laboratório de Mudança...

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www.helsinki.fi/yliopisto 6.10.2015 1 Laboratório de Mudança como uma ferramenta para a segurança no trabalho Prof. Emer. Jaakko Virkkunen Centro de Pesquisa em Atividade, Desenvolvimento e Aprendizagem, CRADLE Universidade de Helsinki

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Laboratório de Mudança como uma

ferramenta para a segurança no

trabalho

Prof. Emer. Jaakko Virkkunen Centro de Pesquisa em Atividade, Desenvolvimento e Aprendizagem, CRADLE Universidade de Helsinki

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O aumento da complexidade de sistemas de produção cria problemas de segurança de difícil resolução em virtude da mudança contínua e múltiplas interdependências que podem ser difíceis de reconhecer. Tais problemas perversos de segurança desafiam a maneira como pensamos sobre acidentes, prevenção de acidentes e segurança do trabalho.

Problemas nefastos de segurança são desafios para as abordagens

tradicionais de prevenção de acidentes

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Nesta apresentação, eu vou

1. discutir três gerações de pensamento em

prevenção de acidentes e construir uma proposta de

modelo de quarta geração, como zona de

desenvolvimento proximal de prevenção de acidente

e segurança no trabalho

2. apresentar o método Laboratório de Mudança

como uma potencial ferramenta de quarta geração em

pesquisa e segurança do trabalho

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A zona de desenvolvimento proximal de prevenção de acidentes - uma proposta de modelo

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Resolvendo problemas de segurança em separado

Sistema de nível de análise e domínio das causas de problemas de segurança

Responsabilidade Individual de

segurança

Colaboração e ação compartilhada

em segurança do trabalho

“Inspeção em segurança & Propaganda em segurança” (A segurança – primeiro movimento

1G 2G

3G 4G

“Segurança do Trabalho participativa”

(a aplicação do método-círculo

de qualidade)

“Gestão de risco/segurança”

(A aplicação do pensamento sistêmico)

“Desenvolvimento em pesquisa de segurança”

(O Método do Laboratório de

Mudança)

O ESQUEMA DA CONTEXTUALIZAÇÃO DE PROBLEMAS DE SEGURANÇA

NÍVEL DE

COLABORAÇÃO

EM SEGURANÇA

DO TRABALHO

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Concepções de causalidade fundamentais de abordagens de segurança: Da visão mecânica para a sistêmica e dialética

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Na visão de Isaac Newton e Galileu Galilei, o mundo

consiste de objetos separados, em que as relações

causais determinam os seus comportamentos. Para

explicar significa identificar relações de causa-efeito

entre os objetos.

Garantir a segurança do trabalho requer a identificação de possíveis causas de lesões, doenças ocupacionais e acidentes além de prevenir o que afeta os trabalhadores.

A maneira de ver o mundo e causalidade por trás das primeiras

abordagens de segurança

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Das causas imediatas para a cadeia de causas e probabilidade

A abordagem da Toyota com a qualidade na produção em massa flexível pode

ser vista também como um modelo de segurança do trabalho participativo.

Suas principais características são:

1) a busca da causa raiz de um defeito (acidente) na cadeia causal de ações

em vez de se concentrar sobre a causa imediata (a análise de causas em

“espinha de peixe”, para trás, a partir do defeito imediato)

2) ênfase na análise estatística sobre a variação nos processos de trabalho

3) a equipe de trabalho que realiza análises e melhorias no projeto em

colaboração com engenheiros

Esta abordagem pode ser caracterizada como uma espécie

de gestão de risco participativa

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Cibernética e sistemas de pensamento (R. Ashby, L. von Bertalanfy, J. Forrester, and others)

As qualidades e comportamento de objetos separados não determinam

diretamente as qualidades e comportamento do sistema do qual eles fazem

parte. Estas qualidades são determinadas pelos padrões de interações

dinâmicas repetidas e interação entre os elementos de um sistema.

Concentrando-se em causalidade bidirecional e loops de feedback (círculos

viciosos) em interação permanente em vez de causas uma forma imediata.

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Aprimorando as chamadas de segurança do trabalho para revelar padrões

disfuncionais de interação e auto amplificação loops de feedback (círculos

viciosos) na atividade da organização e torná-los estáveis ou transformá-los

em ciclos benignos de aprendizagem e aperfeiçoamento.

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Visão dialética de sistemas

complexos em desenvolvimento Darwin, Hegel, Marx, Iljenkov, Prigogine

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O mundo consiste historicamente de sistemas em desenvolvimento de interação entre objetos. Objetos e suas qualidades evoluem dentro de um sistema. Como partes de um sistema, os objetos têm qualidades (comportamentos), que eles não têm quando removidos do sistema. Uma forte relação de interação só pode evoluir entre partes que se complementam, ou seja, que têm qualidades opostas.

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Causalidade X Mediação

Interação funcional entre os opostos se torna possível através da mediação, um terceiro elemento que pode ser ligado a ambos os opostos.

Um mediador não é nem uma causa nem uma consequência, mas amarra dois fenômenos juntos em interação e co-evolução e muda o sistema.

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Mediação entre as contraditórias necessidades de lucratividade,

eficiência e segurança do trabalho na produção

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Um instrumento e método de garantir segurança do trabalho sem perder eficiência e lucratividade: uma abordagem de segurança do trabalho

PRODUÇÃO (de X)

eficiência, lucratividade

segurança do trabalho

MEDIADOR

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Interação humana com a natureza e com outros seres humanos é mediada culturalmente através de sinais (linguagem) e instrumentos dentre os quais evoluíram historicamente no âmbito dos sistemas de atividades conjuntas, orientada para objetos entre pessoas especializadas. O objeto da atividade conjunta é sempre uma unidade de tendências contraditórias e exigências mediadas? A contradição mais comum é a que existe entre o valor de uso do produto e seu valor de troca no mercado.

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Atividade humana - um sistema mediado culturalmente

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OBJECT > OUTCOME

INSTRUMENT

SUBJECT

COMMUNITY DIVISION OF

LABOUR

RULES

Production

Exchange Distribution

Consumption

Relações complexas de mediação cultural em um sistema de

atividade

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Engeström, 1987

INSTRUMENTO

SUJEITO OBJETO RESULTADO Produção

Consumo

Troca Distribuição

REGRAS COMUNIDADE DIVISÃO DE

TRABALHO

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Mudança histórica e as contradições secundárias dentro do sistema de

atividade

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Assim como os elementos do sistema de atividade mudam, as velhas

formas de mediação podem perder sua capacidade de manter as

tendências opostas juntas criando contradições secundárias entre os

elementos do sistema.

OBJECT > OUTCOME

INSTRUMENT

SUBJECT

COMMUNITY DIVISION OF

LABOUR

RULES

Production

Exchange Distribution

Consumption

INSTRUMENTO

SUJEITO OBJETO > RESULTADO Produção

Consumo

Troca Distribuição

REGRAS COMUNIDADE DIVISÃO DE

TRABALHO

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Manifestações de contradições internas secundárias dentro de

uma atividade

1. Os desvios planeados / processos prescritos:

- Rupturas no processo de comunicação e de trabalho

- Perturbações e acidentes

- Ações inovadoras

2. Inatividade, a falta de ação devido a conflitos

paralisantes entre motivos relacionados com o trabalho

dos indivíduos (vínculos duplos) que não deixam

alternativa aceitável aberta para a ação

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Três camadas de causalidade em atividade humana

1. Causal layer: Individuals base their actions on generalizations concerning cause-effect relationships.

2. Contradictory layer: In collective work activities, individuals are often driven by contradictory motives and pressures and can act in unpredictable ways when trying to find a resolution.

3. Agentive layer: People can proceed from the contradictory situation to taking transformative actions by inventing and using artefacts to control their behaviour from the outside. That is, by resolving the contradiction by re-mediating their action (Engeström, 2011)

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Generations of mediation of the labour-safety contradiction

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4G Developmental Work Research and the

CL method as tools for finding solutions

to overcome secondary contradictions

in activity systems and creating shared

transformative agency.

3G System-models as tools for safety and

risk management

2G Continuous improvement through

"quality circles” as a way of enhancing

safety

1G Linear, one cause-one effect models

of the occurrence of accidents and

safety problems and of improving

safety

Generations of Mediating safety approaches Effective production

4G Complex, tightly-coupled

production systems under

transformation

3G Complex, tightly-coupled

production systems

2G Flexible mass production

1G Mass production

4G Work team in a complex

network under transformation

3G Work team in a complex

network

2G Production team

1G Individual task worker

Safety of workers

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O Laboratório de Mudança como um instrumento em segurança

no trabalho e pesquisa

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Segurança do trabalho como um objeto potencialmente

compartilhado de pesquisadores e profissionais

Object 1 Object 2

Rules Division of labor

Subject

RulesCommunity Division of labor

Subject

Research team

of researchResearch

community

in research

Instruments

of DevelopmentalWork Research, the CL

method

in the workorganization

of the work organization

of the work organization

Team of practitioners

Instruments

of the practitioners

Mastery of accident prevention as a potentially shared object

FIGURA 3.4, PG

92 DO LIVRO

TRADUZIDO

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A definição e os princípios do Laboratório de Mudança

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MODEL, VISION MIRROR

PRESENT

PAST

Rules

Object >

Tools

Board scribe Video

projector

Activity system FUTURE

IDEAS, TOOLS

PractitionersResearcher-interventionists

Subject

Division

of labour

Minuteskeeper

outcome

* Videotaped work situations* Problematic cases * Customer feedback* Statistics * etc.

Community

1) System of object-oriented activity as the basic unit of analysis and development

2) Historical-developmental approach (to reveal inner contradictions in the activity system)

3) Double stimulation: interplay between concrete observational data (first stimulus) and models as intellectual tools (second stimulus)

4) Joint carrying out of an expansive learning process in the activity by taking jointly expansive leaning actions

FIGURA 2.1, PG

65 DO LIVRO

TRADUZIDO

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ANALYSIS AND

DESIGN IMPLEMENTATION

FOLLOW UP

6) REFLECTING ON THE PROCESS

2) ANALYSING

3) MODELING OF THE NEW SOLUTION

5) IMPLEMENTING THE NEW MODEL

1) QUESTIONING

7) CONSOLIDATING THE NEW MODEL

4) EXAMINING AND TESTING THE MODEL

O processo do Laboratório de Mudança como um ciclo de aprendizagem expansiva

em uma comunidade de trabalho

Center for Research on Activity, Development and Learning (CRADLE)

FIGURA 2.2, PG

66 DO LIVRO

TRADUZIDO

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O processo de Laboratório de Mudança em uma equipe de técnicos “Tele”

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Comparison of Action Research and Developmental work Research

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Cognitions informing

individuals' action

Knowledge creation,learning

Method

Inductive: action, fact

finding, reflection, new

kind of action

Unit ofanalysis

Sociocultural system

of object-oriented, joint

activity with its own dynamics

Agency enhancingactor's knowledge

Conception of knowledge

Agency enhancing actors' knowledge, expansive re-mediation of the activity

Abductive: emphasis of the cultural resources for the particular activity

Cycles of experimental action

Cycles of experimental action based on genetic analysis of the system

DWR ARTOPIC

Purpose Enhancing individuals'action potential

+ creating a culturally newform for the activity

The Change Laboratory process in the team of ISDN-technicians

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MIRRORIDEAS/TOOLSMODEL/VISION

FUTURE

PRESENT

PAST

1A graphic representationof a techician’s installation journey to the client’s the ruptures and disturbances that took place during theinstallation process

2Clusters of recurring disturrabances, dilemmas,and double binds

3Data concerning historical changes in the team’s activity system and way of working

4 Characterization of theway of working in the early days: learning by trying and discussing

Identification of major changes

5 Identification of the double- bind phase of development of the activity in the expansive cycle

6

7 Ideas of new tools andpractices: - form and system of problem solving- standardization - collaboration

8

Follow-up data concerning the changes and the activity

9

Legend:

= an element of the activity system that had changed= an element of the activity system that was changed

FIGURA 2.3, PG

67 DO LIVRO

TRADUZIDO

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Fases típicas de uma intervenção

do Laboratório de Mudança

1 negociação acerca de uma intervenção com uma organização.

2 coleta de dados preliminar: "Etnografia de problemas", dados espelho.

3 Desenho das sessões do Laboratório de Mudança (5-12, 2 por semana). O vídeo da sessão anterior é analisado, quando é preparado a seguinte. Dados adicionais podem ser coletados entre as sessões.

4 Um período de experimentação com o novo modelo criado e a sua aplicação.

5 A coleta de dados de acompanhamento. Sessões de reflexão sobre o processo e resultado. Mais tarde, a consolidação do resultados.

6 Análise da pesquisa dos dados produzidos na intervenção.

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Os resultados das intervenções do Laboratório de Mudança

In the client organization

an understanding of the systemic causes of problems in the activity

a new, shared model/vision of the future form of the activity: new tools, forms of organization and practices that help to overcome a threat of crisis and progress in a new line of development

a shared transformative agency of the participants, a new subject of change

a new way of collaborative learning and development

In the industry (type of activity)

deepened understanding of the ongoing historical change and, causes of problems and ways of overcoming them

In scientific research

data and insights concerning the dynamic of expansive learning processes and ways of supporting them

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