Lachesis muta

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Lachesis muta (Surucucu) A surucucu (Lachesis muta) é a maior serpente venenosa do continente americano e uma das maiores do mundo, pertence à família das Veperidae e à ordem Squamata. Este animal pode atingir até 4,5m de comprimento e suas presas medem 3,5cm. Seu corpo é marrom e marcado com formas que lembram losangos marrom-escuros, revestidos por faixas esverdeadas. Sua cauda não tem guizos, como a cascavel, mas é capaz de emitir um determinado som, esfregando contra a folhagem um pequeno osso (parecido com uma espinha) que possui no extremo da cauda. Assim, como a cascavel, a surucucu também dá sinal de que está incomodada por terem invadido seu território. Esta serpente é encontrada na América central e na América do sul, nas florestas úmidas. Normalmente se alimenta, à noite, de pequenos animais e roedores como ratos. A surucucu é capaz de identificar o calor dos animais que caça, assim sendo, segue o rastro térmico de suas presas. Este acurado sensor de calor é a membrana que reveste internamente as fossetas loreais (orifícios entre as narinas e os olhos). No Brasil, é encontrada nos estados do norte, na mata atlântica dos estados do nordeste, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Também encontrada no Vale do Rio Doce (na divisa de Minas gerais com o Espírito Santo). Dependendo da região, pode ser conhecida como bico-de-jaca, surucutinga, surucucu ou surucucu-de-fogo. O encontro entre homens e surucucus se dá habitualmente na beira de regiões que estão sendo desmatadas e na beira dos rios.

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Lachesis muta (Surucucu)

A surucucu (Lachesis muta) é a maior serpente venenosa do continente americano e uma das maiores do mundo, pertence à família das Veperidae e à ordem Squamata. Este animal pode atingir até 4,5m de comprimento e suas presas medem 3,5cm.

Seu corpo é marrom e marcado com formas que lembram losangos marrom-escuros, revestidos por faixas esverdeadas. Sua cauda não tem guizos, como a cascavel, mas é capaz de emitir um determinado som, esfregando contra a folhagem um pequeno osso (parecido com uma espinha) que possui no extremo da cauda. Assim, como a cascavel, a surucucu também dá sinal de que está incomodada por terem invadido seu território.

Esta serpente é encontrada na América central e na América do sul, nas florestas úmidas. Normalmente se alimenta, à noite, de pequenos animais e roedores como ratos. A surucucu é capaz de identificar o calor dos animais que caça, assim sendo, segue o rastro térmico de suas presas. Este acurado sensor de calor é a membrana que reveste internamente as fossetas loreais (orifícios entre as narinas e os olhos).

No Brasil, é encontrada nos estados do norte, na mata atlântica dos estados do nordeste, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Também encontrada no Vale do Rio Doce (na divisa de Minas gerais com o Espírito Santo). Dependendo da região, pode ser conhecida como bico-de-jaca, surucutinga, surucucu ou surucucu-de-fogo. O encontro entre homens e surucucus se dá habitualmente na beira de regiões que estão sendo desmatadas e na beira dos rios.

O comportamento da surucucu é agressivo e ela é capaz de dar um bote com aproximadamente um terço do tamanho do seu corpo. De outubro a março é que ocorre seu período de reprodução. Este animal põe ovos e o tempo de incubação é de 76 a 79 dias (em cativeiro).

É raro o encontro desta serpente com o ser humano (graças ao baixo número de gente no habitat natural deste animal), mas quando picado por uma surucucu, o homem apresenta o seguinte quadro: queda na pressão arterial, inchaço e dor no local da picada, diminuição da freqüência cardíaca, alteração de visão, sangramentos na gengiva, pele e urina, vômito, diarréia, necrose e insuficiência renal. O veneno da surucucu, de ação neurotóxica, é

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extremamente letal, deve-se procurar rapidamente ajuda médica no caso de um acidente. O soro utilizado contra a picada desta serpente é o antilaquésico/antibotrópico laquésico.

Comportamento de defesa: Como outros viperídeos, essa serpente desfere o bote como defesa para picar. Também faz o “S” com a parte anterior do corpo, posicionando-se de frente para o observador, além de vibrar a cauda no chão. Sua coloração críptica a torna camuflada, especialmente quando se encontra no chão da floresta.

Surucucu-pico-de-jaca (Lachesismuta). Foto por Paulo S. Bernarde

BERNARDE, S.P, A surucucu-pico-de-jaca (Lachesismuta), disponível em http://www.herpetofauna.com.br/Lachesis.htm , acesso: 06/05/2014

PACIEVITCH, T., Surucucu, disponível em http://www.infoescola.com/repteis/surucucu/,acesso: 06/05/2014