latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r....

560
:. \ - t>. JOAO E/tVlZZA' . (0a Arcldia Romana) - IiuUmhUtiiji NONA EDICAO 31 - 40,000 EscempSares Aerescide di um compiiidio da (listeria da iiteniura latina ; L ,. i=. : i |. ... Escolas Professionals Salesianas N ITE BO I

Transcript of latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r....

Page 1: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

:.

\

-

t>. JOAO E/tVlZZA'. (0a Arcldia Romana)

-

IiuUmhUtiiji

NONA EDICAO31 - 40,000 EscempSares

Aerescide di um compiiidio da (listeria da iiteniura latina

;

L•,. i=.

:

i

|.

...

Escolas

Professionals Salesianas

— N ITE BO I —

Page 2: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

FICAM RESERVADOS TODOS OS D1REITOS DE PROPS!EMM

1

;i

Page 3: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

A-

r

CT^Cu , lo dU_ Tun-. v 9 / ?.

€-CcLi, . C->o\jC/.t-c_ t.o^ ciC_c^ CGr. i._:.-_

.

-CTi>_ ciL.c*->..-.,\ r,. -•.„• *y.~-i.'X--.^r~"

Page 4: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

^^.ca "to>jv\iroJw* j>- c^vji- ^res-inn o-> iAt^J^^ .

Page 5: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

, . ,••• W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(

..-* •

rAC I'D

_UAL e o livro didatico que em qualquer di.sci-

plina pode constituir o ideal para ser adotado era nossos

Ginasios ?

Sem medo de qualquer contestaeao ou objecao

seria— com a experiencia de quase 40 anos de magisterio

— e tendo em vista os diversos interesses em jogo, pode-

mos responder: E' o livro tjNico e Completo que^ se en-

trega ao aluno desde o primeiro ano da materia ate a con-

clusao do estudo da disciplina. E isso sem distincao de

Curso nem tampouco de materia principal ou secunddrta,

porque essa distincao diz respeito tao somente a pedago-

gia didatica do livro e porque qualquer disciplina cons-

titue sempre um quid unum Indlvlsihlle.

Nao simpatizamos com os resumosque sao a ne-

gacao de qualquer cultura. Procuramos aplicar esses prin-

dpios a nossa Gramatica Latina — 9.a edicao.

Com efeito: E' livro dnlco e completo.

Destina-se esta gramatica aos estudantes dos cur-

sos glnaslals e complementares ou pre-unlversitdrlos. For

ser a mais extensa e completa ate agora publicada emlingua portuguesa, e a melhor para ser adotada nos

Semlndrlos em que o curso de latim deve ser feito emseis anos.

Foi escrita tanto para aqueles que so precisam dos

elementos essenclals da lingua, como para aqueles que de-

vem estuda-la a fundo como chave de uma cultura supe-

rior filosol ica e teologica.

Page 6: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Para alcanear praticamente esta grande fmalidade,temos a dizer que sao Duas GramAticas num So Volumeporque em corpo 10 ioi reeditada quase toda a sexta edi-cao da Eiementar (,a esgotada), arcabouco complete da3 I /

a,

de per S1 "™.a excelente gramatica e emcorpo 8 todos os comentanos, observacoes, explicates enotas.

Obedecendo a distribuigao da materia a cstc criUrioemmentementc pedagdgico, poderdjacllmente o professor dis-hngutr o essenccal do secunddno a escolher de acordo comas necessidades da propria aula. A abundancia da mate-ria nunca pode constituir urn empecilho para quern querqueseja-af.rmar o conlrario seria a negacao de todoo bom senso.

'

Sea excelente metodo pedagdgico proclama-o ogrande numero de exemplares vendidos.Se o lucro fosse o unico ideal da nossa iniciativa,

iacihmo nos tena sido explorar a boa fe do publico, im-pmgmdo-lhe urn daqueles livros em que a capa berrantee uns atavios tipograficos escondem a pobreza absolutaaa materia que pretendem explanar.

.quanta species... cerebrum non habet! Sea ra-posmha de Fedro vxvesse em nossos dias nao aplicariasua cntica as mascaras de teatro, mas. . . a nao poucos

livros didaticos, que mfehzmente pululam entre nos.Nao. Nao enyeredamos por este caminho de con-

(jiustas laceis armados tao somente das desinencias dascmco decimates e dos esquemas das quatro conjuga-coes, mas prefenmos apresentar um verdadeiro Hvro di-datico, uma boa e completa gramatica ktina, que afi uar-da com confiante tranquilidade a crftica honesla dos e,rtendidos.

Lorena, I de Janeiro de 1940.

?V« Sfi-zda'is foment!)

Page 7: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

A

7

Page 8: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci
Page 9: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

•'f

1'

PR1MEIRA PARTE

CAPITULO I

ALFABITO LATINO. — ESCRITA E PRONiJNCSA

1. — alfabeto latino tern 24 letras:

A, a G, g N, n T, t

B, b H, h O, o U, uC, c KJ),iG) P,P V, v

D, d K, k Q, q X, x

E, e L, 1 R, r Y, yF, f M,m S, s Z, z

A forma maiuscula das letras chama-se tambem uiiclalis de ancia (0,m024);

que era a duodecima parte do pes ( = cerca. de 0,m29). As letras minusculas so

apareceram no quarto seculo pouco mais ou raenos.

As letras maiusculas se usam como em portugues. Particularidade do

latim era servir-se das maiusculas nos adjetivos e adverbios derivados de nomespr6prios, p. ex.: res Romana, lilierae Latinae, Latine dicere, carmina Verglliana.

a) O j (/ consoante) nao era usado pelos Romanos na escrita:

havia, porem, diferenca na proniincia. A distincao entre i e j e

posterior a idade media. I e consoante (J) quando precede uma vogal,

tanto no principio como no meio da palavra: ianua=Janua, porta;

coniuralio = conjuratio, conjuracao; em todos os outros casos e vogal,

p. ex.: ais, tu dizes, etc.

Excecao. - - E' vogal no paiticipio ieiu; o que vai; no adjetivo positivo

Icnuln, cousas tcnucs; nos comparative^ tenuior, maistenue; assiduior, mais assi-

duo, e nas palavras gregas como iambus, jambo, iaspis, jaspe.

b) o k ficou nas palavras Kaleadac, o primeiro dia do mes,

Kae.ro (tambem Cae.ro), Cesao, nome romano. Escrevia-se Karlhago

e Carthago, Cartago.

c) O y so se eacontra nas palavras de origem grega, e foi

introduzido no alfabeto latino na epoca de Cicero, p. ex.: lyra,

.ryllaba, Lysander, Jly.ria. No principio de palavra o y e sempre

precedido de h, que corresponde ao espirito forte da lingua grega,

p. ex.: hymnus, hydra.

Page 10: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 10 —d)0 t originariamente pronunciava-se sempre com o som do

/ portugues. Foi no periodo da decadencia da lingua latina que pre-valeceu o uso de pronunciar esta consoante como ci antes de t(\ breve)seguido de vogal, p. ex.: proplitus, propicio, pron. propicius; amicitta,amizade, pron. amtcicia. Este uso conserva-se tambem no casovocativo singular dos nomes proprios em lus da segunda declinacao,ondeise suprimiu a vogal e, depois do /, p. ex.: Horati, que se pronun-cia Horaci Horacio; Tail, pron. Taci, Tacio; Munati, pronuncia-seMunacL, Munacio.

Pronuncia-se sempre como em portugues:/) Se for seguido de urn l (i longo) ou acentuado, p. ex.:

totlus e pehZram, pron. tolius, petieram.

£. /A Se for Precedido de s, x ou /, p. ex.: tiosfia, Bruttium,

imxtio, justior.

Ill) Nos vocabulos gregos e estrangeiros, p. ex.: Mi/tiades,Boeoha, Aegyphus.

. ^^f) Na antiga desinencia em ier do infinito, p. ex.: patierpor pah,

fnttcer por niti, e em vitium gen. pi de vitis, videira, para

diterenca-lo talvez de vitium., ii, n., vicio.

CAPITULO II

SONS.

A. — Vogais.

2. —a) As vogais latinas sao cinco: a, e, i, o,u.Oy so se en-contra, como vimos, em vocabulos de origem grega.

;Quanto ao esforgo empregado na pronuncia, sao vogaisfortes: a, o, u, e fracas : e, i.

Ouanto ao som, as mesmas vogais dividem-se em fechadas :

a, o, u, — e abertas: e, i — e finalmente em brandas : u e i,

porque, contrapostas as asperas ; a, o, e, formam os ditongos.

i i• ? ' %sSo

]

de dois sons Produz o ditomgo, que e urn somduplo, isto e, igual a duas vogais pronunciadas de uma so vez.A primena vogal denomina-se prepositiva, e a outra subiunlim.Ma Imgua latina o ditongo resulta:

1.°) da uniao das vogais Asperas com as brandas.2.°) das brandas entre si.

»^r n2hse-^5eS- ~ i} 0s di^ngos ae e oe pronunciam-se como e, p. ex.:

aefa<r, poena, = etas, pena.

,2) Nas palavras de origem grega, e tambem em muifcas de origem latina

nmn,^ 1(trema

\sobl

'V vogal < h&cam que cada vogal de ac e oc deve epronunciada separadamente, p. ex.: aer; poeta=a-er, po-ela.

fusao s.Jl S«.6f

°bnsatono ° u?.°.

do tr<:ma - S6 se exige quando pode haver con-

bronze**' P "

eX" amS'SemtlV° de air

> ° ar'e ae'

'"• Senitivo de acs,

4) Nos ditongos o acento fica sobre a primeira das duas vogais, p. ex •

aurum, pronuncia-se durum; euge, luge; dSinde e nao delnde.

Page 11: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

j ':

— II —B. — Consoantes.

3. — a) As consoantes ciassificam-se, quanto ao orgao emque se produz a modificacao do som por elas representada, em:

I) guturais : c, (ch), g, (k), q e n antes de g, c, q ;

II) dentais : d, t, (th), n,s;III) labiais : b, f, m, p, (ph), v ;

IV) linguais : r, 1.

b) As consoantes, coni'onue exigirem ou nao o auxilio da vogalpara a pronuncia, dividem-se em mudas e semivogais.

As guturais : c, (ch), (h), g, (k), q,)

As dentais : d, t, (th), sao mudas. As labiais : b, f, p, (ph.), v.

As mudas subdividem-se em:7) branda's : c, (k), q, t, p, f

;

II) medias : g, d, b, v ;

III) aspiradas : (h), (ch), (ph), (th).

As semivogais sao: I, m, n, r, s, f, v, >(=j), que se subdi-

videm em:I) liquidas : 1, r ;

II) nasais : m, n ;

III) sibilante : s ;

IV) espirantes : f, v, i(==j).

As consoantes duplas x e z pertencem as mudas e as

semivogais, sendo x = cs, gs, qs, e z=ds, ts.

CAPITULO II-I

DIV8IA0 DAS itlABAS E QUANTiDADE

A. — Divisao das silabas.

4. -- a) A primeira de duas vogais, que nao formam ditongo,

pertence a silaba antecedente: a outra, a seguinte, p. ex.: mc-us:

ardu-a; pi-us.

b) Uma consoante entre duas vogais forma silaba com a

segunda, p. ex.: pa-ter, pai; do-lc-mus, nos nos afligimos.

c) Duas ou mais consoantes postas entre duas vogais per-

tencem a segunda vogal se constituirem urn grupo que possa ser inicial

dc uma palavra latina (*), P- ex.: pa-iris, do pai; Iw-spi-tis, do hospede:

du-ptex; mas escrever-se-a scri.p-.fi , escrevi, am-nis, no, rap-ius,

pcr-jec-tus, etc.

(*) Na lingua latina sao possiveis so os seguintes grupos iuiciais de palavra:

bl, cl, il, gl, pi,

br, cr, fr, gr, pr, tr,

sc, sp, st,

scr, spl, spr, str.

Dr so se encontra no nonie proprio Drusui; Druso; ya em yiuuu.f, que .sabe, e rara-

mente emgnavus, diligentej.^rtrtfer, nascido. — Cnk abrevia^ao de Gnaeus.

Page 12: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 12

Observacao.— A consoante dupla x constitue sflaba com a prinieiravogal, p. ex.

:nx-c, vivf ; ax-is, eixo. Encontra-se tambem vl-xl, a-xls.

d)De duas consoantes iguais, uma pertence a vogal antece-dente e outra a segmnte, p. ex.: bel-lum, guerra; Grac-chus, Graco.

e) As palavras compostas dividem-se segundo as palavrascomponentes, p. ex.:post-ea, depois destas cousas; praeter-co, passoalem, dcs-tnbuere, distnbuir.

B- — Quantidade.5. — Chama-se quantidade das silabas o maior ou menorospaco de tempo empregado na prolacao de umas silabas em relacaoa outras do vocabulo. As sdabas dividem-se em breves (w) loneas (—)

e comuns (;=:), rsto e, breves ou longas.A diferenca fundamental destas duas classes de silabas

breves e longas, consiste em que a longa era considerada comoo duplo da breve, amda que a proporcao nao fosse sempre absoluta-mente ngorosa. J

A breve marca-se com o sinal >•—, p. ex.': St.

A longa com o sinal—, p. ex.: audax.

A comutn com o sinal i=; ou w, p. ex.: lenebrae.

CAPITULO IV

ACENTUACAO.6, — Principios fundamentals:a) Nenhuma palavra latina, exceto as monossilabas, tern oacento na ultima silaba; nas polissilabas nunca passa alem da ante-

penultima.

£) A palavra latina dissilaba tern sempre o acento na penuJ-tima silaba, p. ex.: dolor, homo, etc.<?) Nas polissilabas o acento cai:

^I) na pemiltima, se esta for longa por natureza ou porposicao: conhngd, adulescens, adulescentU, amabam, amabdmus, etc

j / - Mllm

,

antepenultima, se a pemiltima for breve, p. ex.-adulescenhbus, clamSrlbus, etc.

Observacoes. — /) Nas poucas palavras que sofrem ap6strofe ou elisao,o acento ftca na sflaba primitiva: abddc^abddcc; satin' = satisnc; vid6n' ^ndimc,etc., mas effer^efjere; cakfa~c=cak}&ce.

2) FScio nos compostos onde se conserva o a (p..ex.: calcfaclo; salisjacw,que tambem se escreve satisJaclo) conserva o acento prop™, satlsjacis e no passivesahsjtt; assim satcsdo, venundo, pessundo e outros que originariamente se escrevian,satis do, venura do, pessum do, etc.

5) Tern o acento, porem, na pemiltima, ainda que kW, os vocatives eir. Idos nomes propnos da segunda declinacao, e os genitivos em I em vcz de 11, nos non.esem las e IM da mesma declinacao, porque o / final & contracao de Ic ou 11 e o acen-to na palavra completa cairia na antepenultima silaba. Por ex.: Verg'dl (de Vergi-to); MercUri (de ^<W); ^u (de m^,u7); /„,„&.; (de ;„^„7) etc . m to .

dav.a, gramahcos que, tanto num caso como no outro, poem o acento na antepe-nultima e pronunciam VirgXll, imperi, IngZnl, etc.

Page 13: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 13 —4) Os vocabulos latinizados da lingua grega ou de qualquer outra lingua

estrangeira seguem, quanio ao acento, as regras do latim, p. ex.: maclitna e n3omachind; Alexander enao ALSxander, etc.

Nos ultimos anos da epoca imperial comecaram (especialmente poetascristaos que latinizaram vozes gregas) a descuidar a quantldade para conservaro acento grego, p. ex. : idolurn em vez de idolum, par&clitus em lugar de paraclltus, etc.

_d) As enciiticas que (e), ve (ou), met, dum, dent, te, pte, tern,

ce, ne (inter.), segundo nota o antigo gramatico Servio, perdem oacento proprio, mas exigem na ultima silaba, quer breve quer longa,o acento da palavra antecedente, p. ex.: de munera, munerdque,de scelesta, scelestdque; plerdque; oinncdque; amareque.

Os gramaticos modernos, porem, estabeleceram as regrasseguintes:

/) se a palavra a que se acrescenta a enclitica tern o acentona antependltima silaba, o mesmo acento desloca-se para a ultima,

quer seja breve, quer longa, p. ex.: scilera — sceleraque; omnia —omnlaque; honune — homlneque; homines— hominesque.

II) se a palavra a que se acrescenta a enclitica tem o acentona pen&lhma sllaba, o acento fica na mesma silaba se a ultima forbreve, p. ex.: scelesta, — scelestaque; honore — konoreque; rosd (nom.sing.) — rosaque. Mas, se a dltlmajor longa, por natureza ou posicSo,

o acento desloca-se para a ultima, p. ex.: rosd (abl. sing). — rosaque;

scelestus— scelestusque.

Qbservacoes. — 1) Com relacao a. enclitica ne, dizem alguns gramaticosque se fazem ouvir os dois acentos, p. ex. : hSmlnesne, pdtasn£, t&ntaeni, etc.

•2) Nao se deve^confundir a palavra seguida de enclitica com a palavraigual de significacao propria, p. ex.: itdque=el ita, itaque =* portanfo; utrlque •= etutra, &tr&que = uma e outra; uKque=et ut, <#/i?«e = certamente.

Page 14: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci
Page 15: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

SEGUNDA PARTE

CAPITULO. V

PARTES DO BiSCUBSO— 66NER0 E N0MERO.

A. — Partes do discursoj

?• — As partes do discurso sao.oito, a saber: substantivo,adjehvo, pronome e verbo, variaveis; preposigao, adverbio, conjungaoe interjeicao, invariaveis.

B.-— Genero.!

8. — O latim tern tres generos: masculino, jeminino eneutro (nem masculino nem feminino). O genero de um substantivoe determinado pela significagao da palavra, genero natural, ou pelaterminacao, genero gramatical. Em geral, observa-se que sao mascull-nos os nomes dos seres do sexo masculino, e os das cousas que o usoconsidera como tais, p. ex.: po'ita, poeta; Scytha, Cita, etc. — Fe-mininos os nomes dos seres do sexo feminino, e os das cousas queo uso considera como tais, p. ex.: mu[ier, mulher; anus, velha.Sj

Eni particular, observa-se:1) Sao masculinos os nomes de rios, ventos,.meses (originariamente verda-

deiros adjetivos, suberitendendo-se mentis, mes) p. ex.: Garumna, Garumna,(Garona, Franca); Tiberis, Tibre, — /lqudo, aquilao; auster, austro. — Junius,Junho; September, Setembro.

2) Sao feinininos os nomes de arvores, ilhas, cidades, p. ex.: ma/us, maci-eira; — Sardinia, Sardenha; — Lesbos, Lesbos;-

Cyprus, Cipro;

Roma, Roma.•5)_Sao neutros os nomes de frutas (conforme a desinencia), as palavras

indeclinaveis, como as letras do afabeto, os infinites dos verbos e todas as particulas,p. ex.: malum, maca; nejas, impiedade; eivere (turpc); a {longum).

Tambem uma palavra declinavel, citada como voz, e de genero neutro,o. ex.: arbSris est trisj/l&bum. — Neutra tambem e toda uma proposicao, p. ex.:illtid ne quid nimis, aquele famoso proverbio: nada de mais=evitemos os excessos.

Excecoes e amplificacoes. —• a) Os nomes usados metaforicamente

para indicar pessoa, mas que originariamente indicavam cousas ou nomes abstratos,seguem o genero gramatical ou o da desinencia, p. ex.: mancipium, (propriedade) eo escravo; servitium, a servidao (e) o escravo (tambem no plural); atixika, auxilios(tambem com a significacSo de tropas auxitiares); operae, obra (em sentido abstratoe eoncreto*3 oper&rios).

Page 16: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 16 —

-enero feminmf8^ ^^'^ *«"*""' l^ e %* (6™. Stggls) sao de

?„/,„„ v)^ar

z"?sc?hn°s os nomes, das seguintes cidades: Crolo, Hippo, NarboSulmo,_ Ve.ronlw, Lanopus Orchomenus, e todos os plurafs em i, que orVinlrk'mente md.cavam os habitantes, p. ex, ^< („««,), 6WW, Delphi, F^etc -&%gos,' etc

"' a (0r'""h T'bl"' Ter«e-'le (i«n<bem - urn, n.),

l-„r )« -A01efJ*r

'

/

lr'.'zambujciro, e inasculino; ,v5W, «/•/..-, carvalho- Seer erhbordo; .rafo/-, ,.,.„ sobreiro, sao neutros. ' ' ''"''

./) Os nomes das pecas teatrais sao femininos, nao obstante a si-nificacaoe a desmencia, po.s fica sempre aubentendido: jabula, peca teatral , °ex Tru

S"ep^aTru-s

Ue

Ient0'^ *» ""»*' *«"**'". «»«»^^t

,d™f9)!~ Ci

iama"se comum de dois o apelativo que, com una so forma^ i

e

„d%atS

p

gee

nx

e:°

S Sramaticais'^erminados respeti^amente pefeUo que^c

ajfinis afim (o, a), parente por afi

a);

K™ „„f10 ~ Chamam"s

!m?veisi,

mo,!"'//'J ' ossubstantivosqueformam o masculino eofem.ninoacrescentando-se-lhesumadesingnciadiversa

nencia *°,'JT ™ "" *' *'' ** ° maSCUlin° te™nar em tor> *«» » desi-

l^T' S£ull0r' nmgisler, mestre, ,«„,«,, escra™

fc filW **'m

-

artm-me

,

Stl'a; —a/escrava:'// nl '

Vlct0r'vencedor, rea:, rei,

./<««, tntia; eictrix, vencedora; reglna, rainha.

iistes nomes chamam-se epicenos ou promiscuosteminmo.

12 — Observa-se ainda:

a) Alguns indicam o femininp por palavras desconexas:

taunts. tom-o, «,•«.,-, carneiro, ta/,„.( l)ode<«cca, vaca; .J,/,- ovclha; ^ ^a-

<^"«, egua; gattina, galinha, foze„„, Jeoa!

seroente e^f,^ h"''''

/tf>"'' ''^ boi'

''at°,'

!ebre'cSo e assi »> <"•«"'.' ^P<™,

m'fsi , esnlcT; dPg

fA-" S

-

m "SeT masculino' 9ua»d° "3° se considera o sexo^?fS. C

'

malS; qUa"d0' P°rem

'

SC ^er !nd!car « ^men. usam-se no

qu^lnASomtL8'

-?,6 P°T'

'Isarn-^ordinadamente como femininos;quamio se indica o macho, sao considerados de genera masculino.

C. — Numero.13. — Os.numeros sao dois: singular e plural. Emprega-se osingular para sigmfrcar uma s6 pessoa ou cousa; o plural Juando se

tala de mais pessoas ou cousas.

Page 17: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

<K

. — \1

CAPITULO VI

PiOFOSIgAQ.

Analise logica da proposicao. (*)

14. — Proposicao e um complexo de palavras que exprime

urn juizo e compoe-se logicamente de 1) sujeito, de 2) predicado

e de 3) complements. Por exemplo: a terra e redonda, o poeta araa

a gloria, a Grecia foi o berco da poesia.

1) Nominative — A pessoa ou cousa que exerce ou sotre

a acao expressa pelo verbo chama-se sujeito, e responde a pergunta

queml que £ que il — Que e que e redondo ? A terra, suieito Quern

ama a gloria ? O poeta, sujeito. Qual o berco da poesia .' A Grecia,

sujeito. j . .

2) Predicado e aquilo que se afirma ou se nega do sujeito.

predicado subdivide-se em verbal e nominal.

O predicado e verbal, se for um verbo, p. ex.: o mestre ensina,

nos aprendemos, em que ensina e aprendemos sao predicados verbais.

Praticamente o predicado verbal nao apresenta nenhumadihculdade.

Substitue-se a forma verbal portuguesa a correspondente latina.

predicado e nominal, se for um nome (adjetivo ou substanti-

vo) e une-se ao sujeito por meio do verbo ser, chamado verbo de/^a-

gao ou unitivo, p. ex.: a amizade nunca e molesta, Deus e santo,

a terra e redonda, a piedade e o fundamento de todas as virtudes,

os prisioneiros foram presa dos soldados, a Grecia foi o berco da poesia.

(*) Nao entendemos apresentar e muito menos discutir neste lugar^ as

razoes pelas quais em nossas escolas se torna, nao digo convemente, mas necessano

o estudo da lingua latina. .,.,.,, -it' c t

Apesar, porem, de sua indiscutivel utilidade e necessidade, e um tato que

a lingua latina se tornou o pesadelo dos estudantes, um verdadeiro suplicio inte-

lectual para os nossos ginasianos. Quais as razoes ?

Parece-nos que,entre as muitas, se podem apontar duas de ordem moral

e duas de ordem tecnica.

AS DE ORDEM MORAL:

J) Os muitos preconceitos e prejuizos contra a mesma lingua, p. ex.:

nao serve para a vida, e dificil, e uma lingua morta, etc., sao tao futeis que n3o

merecem ser discutidos. .,

2) Exige, especialmente nos seus micios, como nenlmma outra lingua,

toda a atengao e raciocinio do estudante, e sob este ponto de vista aguca e afma

a inteligencia, como o estudo das matematicas. Praticamente e sabido como todo

o aluno procura sempre aplicar a lei do menor esforco.

AS DE ORDEM TECNICA:

1) A lingua latina apresenta certas dificuldades reais, mas facjlmente

superaveis, que nao se encontram, por exemplo, no franees, porque o latim e lingua

sintetica e nao analitica como a portuguesa, que para o aluno serve de ponto de

partida e de comparacao. .-,,.• „•

2) Nao se pode absolutamente miciar o seu estudo (e esta e a razao princi-

pal) sem ao menos conhecer a analise da proposicao. E um verdadeiro absurdo

querer explicar as declinacoes sem primeiro explanar a funcao logica dos casos

latinos, porque, apoderando-se o desanimo ou triunfando qualquer preconceito

ria inteligencia do aluno, ele, na melhor das hipoteses, nunca mais querera compre-

ender a mecanica de uma lingua que algo se afasta das que ele conhece.

Nao se insiste suficientemente sobre este ponto tao essencial para o estudo

de qualquer lingua sintetica. Com efeito, como podera traduzir ou verter se amda

Gramatica Latina, 2

Page 18: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

18 —

3) Complemeratas

GRUPO A

-serve de sujeito, de predicado ouVe ~"*

f "^ de um^ quejricuitoresH^, aSScTa foi o berc^P

em-

nt°' P " ^ a vida ^<'<&*. 2?w agricultures, dapoTsia dot i

P°e~a

' *?° as fIores doJar-mentosdeespecificacSo corn ,^' ?„/

s3?adiuntos ou comple-

a especie de Lrco d^°

?patriJTSrf^^ d?Vida ^UG * fe

eu amo. O complement de esnP,;ft ~&

'a SSp^cfe de ^^ que

com a preposic/o 2?sc^ v"^?^SJ*tri«vo e^run^e|

responde a pergunta de qUem^ t 7u 9n&

f'^ ^ ^

e agradavel. ''ae que ~ <-> perfume <& /Y>JV7

objeto mdlreto. - E'^fe*?* °U adJUnt° te™^ativo ouo»fim da acao, a pessoa^u t, iiT °U C°USa^Ue **™acao do verbo transitive ou intrant ^^ "^diretamente aa pilbagem *„, ^A&^ NesS ^tlr^'

eX"'? g6neraI distl*uiuo s^mfceado do verbo dutSui^ur^t * ^T** que COI»P^aca, indxretamente a a^ao doSoS >

& ^avra S°bre aWSolao deu 6timas ieis ao, AUnuZu « ™i!

' "^ ^ais exe™Plos:dam aarsd&ios, obedeco aoZTnT' i

paIayras msolentes desagra-

toindireto exprime-se^oxn^a PlZ?Io7et°te™™^° ou obje-

das ao, aos; h, as e tambem com ofc * • Iana?°es articuia-

nan nil-.^ J* a* -SSSS^&^^i, e adiuntos adA funcao logka do case 71'nJZI \

ef1^ ^ * paclencia.

Probiema nmemonico. *' Sa° raluto secundums e se reduzem a um"

bem deste segredo fundamental? aWTLsZtf'r « d^a58es. Apode,consideradas sob este J- J- • ,

no?a es..ara adiantado. nnm„» »5,i„„:

probiema mnemonico.Qual sisiema de andlise se deve adotar '

feH^lir.Ste^-g^^ «iue o.s nossos graaiiticos cm^?fe„

dhq" C

r"reaiidadc o So Nunc" o ,

PdT^

U^° ^ t0rnar as CO"-"^teye tao boa apl.cacao como no caso presente ° ° «uo1 C°P'<" M nnUnliac

..stemas so se.pode escSlWoI™aue^1^^: Raz5° P«^ que dos°Sjda lmgua latina, elimfnando-se n r , L 9 ' .

e P' £«camc-nte oara o «stuHn

anahselogxcaportuguesa que, na sua^otaM^e t"^ Se C"??ntra um »»«todo ded- lingua do Lacio, porque certas subHI- ' P°^1 ap,lcar ao estu^ iniciallehgcncas ;uvenfs e tambem porque

" tlTy'^^T'- n2° cabe" "as^nem os seus nontos de contato" mas amb " gU"S'der"'and° »»a da outraa mumeras ivpgfincia, morfol6g7cas ^itSticT

CVOlU?3° h,"

st6rica deu luS-redU2ira4S^-™^^--tep^s, in ,,aI do btim s£ pQde

Page 19: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 19 —

Acusaiivo. — J) Complemento objetivo ou objeto

direto. — E' o termo que recebe diretamente a acao expressa pelo

verbo transitive ativo. E' o paciente da acao verbal, cujo agente e o

sujeito p. ex.: o agricultor cultiva os campos, os soldados defendema pdtrla. Nestes exemplos os termos campos, palria recebem direta-

mente a acao do verbo transitivo cultivar e defender. Respondea pergunta quern. ? o que ? — poeta ama a rosa.

Vocative — 4) Vocative nao e complernento e usa-se com6 para indicar pessoa ou cousa a que se dirige a palavra, p. ex.:

6 men/no, ama o estudo; 6 rosa, tu es formosa.

GRUPO BAblative— 1) Complernento agente ou de causa efici-

ente. — E' o que indica a pessoa (agente) ou cousa (causa eficiente)

pela qual e feita uma acao, sendo o sujeito o recipiente ou paciente.

Neste caso o verbo esta sempre na voz passiva, p. ex.: a virtude e

louvada por lodos, a terra e iluminada pelo sol. Responde a per-

gunta por quern. ? por que ? — Pompeu foi vencido por Cesar.

2)—Complementios circxinstanciais ou adjuntos adverbiais de

a) Tempo.— E' o que indica o tempo em que acontece a

acao, p. ex. : no ano passado visitamos as mais belas cidades da Europa.b) Lugar. — E' o que indica o lugar em que se realiza a

acao, p. ex.: Germanico morreu em Antioquia, e Catao suicidou-se

ern Utica.

c) Causa. — E' o que indica a causa em virtude da qual

acontece a agao, p. ex.: por tea esquecimento fiz um triste papel; mui-

tos sao virtuosos nao pelo amor da virtude, mas pelo tetnor da pena._

d) Instrumento. — E' o que indica o instrument© ou meio

com o qual se faz a acao, p. ex.: os touros batem-se com os chifres;

com o anzol apanham-se os peixes.

e) Companhla.— E' o que indica a;pessoa com a qual se faz a

acao, p.ijex.: o pai saiu com o irmao; Cesar pa.Ttiu com todo o exercdo.

j) Outros complementos circunstanciais sao os seguintes:

de apreclagdo, p. ex.: o palacio foi avaliado emcinco lalenios.

de preco, p. ex.: o rei Atalo comprou um unico quadro

« por cera talentos;

t de modo ou maneira, p. ex.: atenclei com dlligencia ao estudo

das letras;

de oriaem, v>. ex.: Marco Tulio Cicero nasceu de familia

equestre;

Tarento

etc., etc.

de aiastamento, p. ex.: Anibai acampou a 15 millias de

de qual'idade, p. ex.: teu pai e homem de grande constancut,

15. — Ainda faltam dois elementos importantissimos na

analise da proposicao: atribulo e aposio.

Atributo e o adjetlvo que modifica simplesmente o substanti-

vo, mudando-lhe o conceito, p. ex.: a vida ruslica e mestra de eco-

nomia; o bom pai e a boa mae dirigem a familia; amo os bonslivros;

darei um premio aos meninos dlligentes.

Page 20: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

i

— 20 —

Tuliazinha, meu encaX.S Da"°' r" d°S Persas

'morre«

MODELO DE ANALISE (*)

1) A lerra 6 redonda.

2)

S

7Xf'J'Ver

b?: redonda

' Predlcado nam. adjoin$ As setas dos Citas cram agudas.J

nam. adj ''"^ d°S CltaS

'comPL <** ^cijicacao; eram. verba; agudas. pred.

PcZhTIu / -ToT "' mCTJrUaais dos ^icullores..

cultores, c^mpl'de'e'sp^T"1

' "^ M mesas< "bj. dircto; frugais. «/,.; dos agri -

4) ^ r<?jvz rescende.Rosa, •«/.; rescende, prcdicado verbal.

AJrilZT " a"lam a e^"mia e a modestia.

p£?zv&^tzzr* e mod&tia<*•^-

A espccil'SUJ ': "^ "^ d6USa

' P^'C

- "<""• «*^«V das florestas, «^,/.7)&r ™/«a„^yora/„ „,,. j.^/^,,^ ^ mtt/j^_

compl. dce^t SUJ-' f°ram

' "^ Senhores- P"*c- nam. substan, do mundo

T^ll^-^^^i^/^^s de aifUio aos Romano,nam. substan; aos Rondos,c^i.l^J^^:^^"^ ««<*•

de famflia,^^^7 ** ''' "^ ^°5 * 3S f°haS

'ComPL *"»•/

10) # Nib cum rio dojertil EgHo.compl. deespecf/tajo. "^ ri°' pndic

-nom

- «***«; fcrtH, «W*./. do Egito,

/.omens."} ^^^ *"''"" ee/e*-""» "^"^ /"^' de Jdpiier, rei dos deuses e dos

air, de Jd$£ cZ^tesp'ef^^f^ «^ .poder, „*/. <W; grande,especijicafSo.

P P " rei'a

'00^' dos deu^s e dos homens, c^A ^

iW. 12)^"^ ™ <*«^W„W eJUho de Felipe, venceu a Dario, rei dos

aposlo;^iBi'A,IO, Maced6nios, compl. de especij, fiLbo,

13) Pompeujoi vencido po'r CesarFompeu, .,«/.; foi vencido, verba pass.; por Cesar, r /»p/ aaenl,

Mundo""r,f? ^P^rnadoaela providincia de Deus

"'^deDZsXZLlfsZlT '

mrh°-: P6la P™'id6n™< «™W. A ,,,.« e/i-

manos. ^ ° Templ° rfe ^"JoUechado por Numa PompUo, segundo rei dos Ro-

^^^trtvZt'm^^mat^^ «"*"* «>»*

adverbial dTllgTr. («)"'CnaV°m

're/^'' men!n°S

' ^'" rf''''-' ™* ".atas, ^.flfo

sextaed;ffoD° P" 1"6"' liw0 rfe E«"=^" L^inos: ,/ Morjologia Lalina,

Page 21: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

pV

— 21 —CAPITULO VII

TEMA — QESINENC1A — DECLINAQjfo.

16. — a) As relacoes logicas supramencionadas de especifi-cacao, de terminacao, de agente, de instrumento, etc., exprimem-seem portugues por meio de preposicoes: de Pedro, do filho, dos filhos,

ao filho, as filhas; com valor; corn a virtude, etc. Na lingua portuguesatemos, outrossim, o artigo, o filho, a filha. latim, ao invis, carecede artigo, e exprime as relacoes logicas do substantivo ou do adjetivopor meio de modificacoes na sua parte final. Razao por que,pela terminacao jinal de um adjetivo ou substantivo e pelo contexto,se compreende com toda a facilidade a sua funcao logica na proposicao.

que fica dito torna-se evidente no seguinte exemplo emque, em portugues, as diversas redoes logicas do substantivofilho se exprimem por meio de preposicoes e encontramos o artigo:

filho e bom (o filho, sujeito).

Aquele e pai de um bomfilho {defilho, compl. de especifica-cao)

.

pai deu o premio (ou um premio) aofilho {aofilfw, compl.terminativo ou objeto indireto).

pai ama o filho {o filho, objeto direto).0' filho, ama o pai {6filho, vocativo).

pai e amado pelofilho {pelofilho, compl. agente).Em latim nao se encontra o artigo e todas estas relacoes

logicas de sujeito, de compl. de especificacao, de compl. terminativo,etc., se exprimem modificando o substantivo filho na sua parte final-

A cada modificacao corresponde uma funcao logica bemdeterminada. Com efeito:

filho e bom — //'//us est bonus.Aquele e pai de um bom filho —-filii boni ille est pater.

pai deu o premio ou um premio ao filho — Jilio deditpater praeinium.

pai ama o filho —filium pater amat.0' filho, ama o pai —fili, ama patrem.

pai e amado pelofilho — afilio pater amatur.

b) A parte final variavel de qualquer substantivo ou adje"tivo chama-se desinencia | a outra parte fixa e invariavel chama-se

c) Declinar significa acrescentar ao tema as desinenciasde cada um dos casos.

Em latim ha seis casos no singular e seis no plural:

1) Nominativo ; 1) Nominativo i

2) Genitivoj 2) Genitivo I

3)Dativo { . ,3)Dativo I .

4)Acusativo /singular4) Acusativo (plural

5) Vocativoj

5) Vocativo6) Ablativo / 6) Ablativo

Page 22: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

1) O nominativo e o caso do sujeito, portanto todo sujeito vaipara o caso nominativo ou a ideia logica de sujeito se exp ri-me sempre pelo caso nominativo, p. ex.: a ro.m rescende— rosa olet.

2) O genitivo e ocaso do complement ou adjunlo de espeajicacaooarescrchvo portanto toda ideia I6gica do complementoou acyunto deespecibcacao ou restritivo se exprime semprepckyaso gcruLvo, p. ex.: o perfume da rosa e agradavel

odor rosae est suavis.

3) dative e ocaso do complemento ou ad/unto lermuiativo ou ob-jeto indircto portanto toda ideia 16gica do comolementoou adjunto termmahvo ou objeto indireto se exprime semp e

&r°n I Jvex ' : Deu/ deu h ro"'a Um Perfume Va-clav el = JJeus dedd rosae odorem suavem.

4) O acusativo> e o caso do complemento objetivo ou objeto direto,portanto toda ideia 16g1Ca do complemento objetivo ouob;efo dneto se exprime sempre pelo caso acusafL, p exo poeta ama a rosa = poeta amat rosam.

5) vocativo e o caso que indica pessoa ou cousa a que se dirige apalavra portanto esta ideia logica se exprime sempre pelocaso vocativo, p. ex.: 6 rosa, tu es iovmovi-pulchra es, rosa.6) O ablative e o caso do complemento agente ou de causa eficiente,de tempo, de iugar, de causa, de instrument^ de companhiade modo ou maneira, etc.; portanto toda ideia logica destesdiyersos complements se exprime sempre pelo caso

tiustiJ:ex - : a terra e lWnada »"> **-^ ***

,-nm„„, •^^^S2? ^gtufica propriamente inclinagao.— Declina-se o no™

^^ssfesassr86 reta do nominativo (caso reio) *™""4he17

- — As declinacoes sao cinco e distinauem-se orinripalmente pelo gendivo singular. - Explicate : Os substantiveslatinos estao como que divididos em cinco categorias ou ckssesquo tomam o nome de declinacoes: primeira declmaca sZmdaterceira, quarla e quiiria declmacao^gunua,

seguintc Sodo^'cUcl°n™ lHt:n° ''^^ °S ^stantivos do

S:&(Su-e]Ssao muitos)

-

Sabe-se que s nomlnativo * aS-*\wUrP J

raedIa.^men

f

e acrescenta a desinencia do genitive•singular (ou do gemtiyo plural se o substantivo nao tiver singular)Nao esta escrita a palavra genitive, mas nao pode haver engano ou

cXoV-f -

e-

SPeil°' ^ Seguida ° S-eroabreviado:Sculmo, ./. =iemimno, /?. =nciitro, p. ex.:

Page 23: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

m

se

e

— 23 —Moga, rosa, ae, f.

Senhor 5 domlnus, i, rn.

Oragao, oratio, onis (para faciiitar, na terceira as vezes^ regristram as -ultimas silabas, mas fica sempre de pe — quea desinencia da terceira declinacao e tao somente IS), f.

Mao, /nanus, us, f.

Ola, dies, ei, m.

Tendo o genitivo em AE, o sub. pertence a prirneira decL" '> I » » segunda »

:> » IS » •> terceiras » US » » quarta'" - EI >; :•- quinta >

Dado o genitivo singular e cousa facilima fazer os outroscasos do singular e do plural, pois, em qualquer declinacao, bastaeliminar a desinencia do mesmo genitivo (ae, i, is, us, ei)e substitui-lacom a desinencia do caso que se quer formar. Por exemplo, querendo

? iazer o acusativo singular do substantivo portugues a rosa, segtiirei

este processo:

|| 1) Procuro no dicionario o correspondente latino, e encontroo nommativo rosa, gen. rosae.

2) Pela terminacao ae do genitivo conheco que o substantivopertence a primeira declinacao.

3) Eliminando-se ae, desinencia do genitivo singular, tereio tema ros-.

4) Acrescento a este tema a desinencia do acusativo singu-lar, que na primeira declinacao e sempre -am, e terei: ros-am.

Outro exemplo:

Faca-se o genitivo plural do substantivo portugues senhor.Na lingua latina corresponde o nom. doniinus, gen. domini,

da segunda declinacao. — Eliminando-se o -/, desinencia do genitivoda. segunda, acho o tema doinin- — A este tema acrescento a desi-nencia do genitivo plural, que na segunda declinacao e sempre-orum, e terei: domin-orum.

Observagao. — Um substanth'o rtunca pode passar arbitrariamentede uma declinacao para outra.

Aphcagao pratica

pc- Os exercicios praiicos que devem preceder iinediatameute o esiudo da(.'. primeira declinaqao devem obedecer ao seguinte criterio:

a) Mandem-se decorar as seguintes regrazinhas de sintaxe que dizem respei-; to a?, concordancias:

I) vcrbo concorda com o sujeito em pessoa e numero.j

predicado nominal adjelivo concorda com o sujciio era genero. numero2) ) e caso.

'

, ) O predicado nominal substantivo concorda com o sujeito em caso,> conservando o genero e o numero que Ihe sao proprios.

3) adjetivo atvibuto concorda com o substantivo a que se rcjcre era geneco,\ numero, e caso.

4) aposlo vai para o caso do name a que sc rejere, conservando o genero)• e o numero que Ihe sao proprios.

5) O complcmcnto agente ou de causa ejicienle vai para o caso ablaiivocom a ou ab, se for pessoa; sem preposicao, se for cousa.

Page 24: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

24

suh^an f;tlCo?1

?Iete"Se e,™ seSuida a analise da proposicao acrescentando-se

cTrl™ 7 \U;e

,

lf?.'

comAPL

,

de,especificacao, terminativo. objeto direto etc o

^sjntaxe que ihe e propria, conforme se e adjetivo ou substantia P r, ,„„„

de

1) A terra e redonda.Terra, suj. sing caw nominatwo sing.; e, verbo, ind., terc. pess d„ •

redonda predccado nom., adjetho, concorda com a nominal, ISIUg - ;

genero, ntunero e caso.nominates o terra em

2) Diana era a deasa dasjloreslas.Dl

^. "Zsla^Z^^m^omt^-^t*% £"- '«*

3) ftr agricultures amam a economia e a modestiaAgricultores, suj.plural, nom. plural; amam , verbo, ind tern „ .4plural; economia, obj. dir. sing., ac. sina.: mode t .AtT^^ do

sing.

4) Nilo Sum rio dojerlil Egito.Nilo, suj. sing., nom. sing.; e, verbo ind terr m„ ,1„ •

nom. substan:, concert com o ^mlnlti^o MtetTrf'^' Predicyo genero c o numero one Ihe sao prSpZs; tl\, JLlode eZT^"corda com este substantia em genero, ndmero e cZdoE^to co '°Jde especif., smg., genitwo singular. S °' comP>-

cntLo, cremos que o estudo dasdJ^Jlt^^i %%£&£&%?.§ I

PRIMEIRA DECLINACAO

em a.18'-7 A Primeira declina?ao tern o nominativo singular

Desinencias dos casos da primeira declinagao

a) Substantivos de genero masculino.

SingularNom. poet-a, o pocta.

PluralNom. poct-ae, os poetcu:

Page 25: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

25

/

Gen. poet-ae, do poeta.

Dat. poet-ae, ao poeta.

Ac. poet-am, o poeta.

Voc. poet-a, 6 poeta.

Abl. poet-a, do, peto poeta.

Do mestno inodo declcr

Gen. poet»aram, dos poetas.

Dat. poet-is., aos poetas.

Ac. poet-as, os poetas.

Voc. poet-ae, 6 poetas.

Abl. poet-is, dos, pelos poetas.

nauta, nautae, o marinheiro.Agricola, agricolae, o camponeso agricultor,

bibliopola, bibliopolae, o Livrciro, scriba, scribae, o secretdno, o

escrivao,

collega, collegae, o companbeiro, scurra, scurrae, o bobo, o truao,

b colega, etc.

i

I

b) Substantives de genera feminisio.

Singular Plural

Nom. ros~a, a rosa. Nom.Gen. ros-ae, da. rosa. Gen.Dat. ros-ae, a rosa. Dat.Ac. ros-am, a rosa. Ac.Voc. ros-a, 6 rosa. Voc.Abl. ros-a, da, pela rosa. Abl.

ros-ae, as rosas.

ros-arum, das rosas.

ros-is, as rosas.

ros-as, as rosas.

ros-ae, 6 rosas.

ros-is, das, pelas rosas.

Por este declinam-se os seguintes e outros de genero femimno:

Pianta, plantae, a pianta; via, viae, o carninho;

praeda, praedae, a presa; cura, curae, o cuidado;

fabula, fabulae, a fdbula; casa, casae, a ckoupana

f :

ils

I-

m

Substantivos que tern o dativo e o ablativo

plural em ABUS.

19. — Os substantivos dea,jilia, Liberia no dativo e ablativo

plural, alem da forma regular em is, tem uma irregular em abiis,

quando estao unidos ou contrapostos aos correspondentes dativos

e ablativos plurals masculinos da segunda declinacao dis, Jil'us,

Ubertis (dos nom. deus, fiiius, libertus). Assim se diz dis deabusque,aos deuses e as deusas; filiis et filiahus, aos filhos e as filhas;

Ubertis et libertabus, aos libertos e as libertas; aon solum filiis

sed etiam filiabus, nao so aos filhos mas tambem as filhas.

Estas formas em abus nao se usam quando nao estao con-

trapostas ou unidas aos substantivos correspondentes masculinos.

Os gramaticos latinos dao tambem animabus, asinabus, eauabusjarnu-

Labus, mas estas formas ou nao se encontram nos escritores ou so

aparecem no periodo da decadencia.

Page 26: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 26-—

- -servagoes sobre os casos.

como pater familiac; mater fandfa r e„2T "• anf° P^erJamiUao-JamcUae e usual em Cesar, Lfvio

"

*TacS? jamiUae-efc

- genitive

Outra forma arcaica do senitivo s;„™itra nos poetas, termina em a< uore 1/ g

'^ S<5 SS encOC'-f. patio, palacio, corie.

P aafo Por .""&«, nom. aula,

b) Alguns substantivos que indiVam m»j- -

como ««Mfe e drachma, especialmerte se ™;£ °U moedas'

tern tambem a desinSncia um no genitivefdK C°m °S,numerais -

ral em um! caelictlum £ ,/L"&rr&

' p°dem tev ° S^^vo dIu-

Po6tico. ospo2z £xn; ™aiesfsr f

^^^^^nadeclinacaodosn^mesSSo ^.f, /

1V° P-

UraI" Um em vez de"

por deneadarura, deXjZ™ U es

£ranSeir^ P- ex.

:zW^«

descenders de En^ZttdZ'Z^S ,

co«b™ o»descendentes de Enli£?»££^£ «J^^m., os Arsadas, descendentes de Arsace.^acidat,

Ouiras particularidades.

«» unaS^ISSS^&ST08 "° «*^ a^ d§ signify pr6pr,o,«ra, cera; plur. acme, taboazmbas encerad-L,-

f^, r-onheciSS;bxd:i°ir

a'riq

,ue

^as' beHs;

to&ra, letra do alfabeto • nW £w ^'afo2f<

aS^decmlentos;

"/.?</<«, viplw; plur. «>#«, as aentinelas.

§ II

SEGUNDA DECLINACAO

^, eti^um:gofSubtSS

culinos ou Aminos fi^SSnJ08 ^w §°dem Ser mas"

Ha um s6 que termina em it • ?/ ™ "^ Sa° todos masculmos.

Page 27: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

I

1) SUBSTANTSVOS DE G£NERO MASeULINO E FEMIKINO

1) Substaativos masculines terminados em US.

a) Os substantivos em us, quer masculinos quer femininos,tern o vocativo em e, exceto Deus, Deus; agnus, cordeiro; chorus,coro, que tem o vocativo igual ao nominative Estes vocativos saopost-classicos. A forma classica do vocativo de Deus e Dive (de divus,I. m.).

b) Os substantivos em IW, sendo uomes proprios depessoas, tem o vocativo singular em /, mas os de origem grega emlus tem o vocativo regularem e, p. ex.: Darius, voc. Darie; sendonom.es comuns ou adjetivos (ainda quando usados como nomesproprios) como: nicarlus; egreglus, im.ptus tem regulamente o vocativoem e, exceto: filius, filho; genius, genio, que fazem no vocativo/i/i, ^e«i; mas dir-se-a: Pie, 6 Pio; Z>e//e, 6 Apolo, dos adjetivospuis, a, um, pio; delius, a, urn, da ilha de Delos.

c) Tambem o adjetivo ineus no vocativo singular faz /«/:6 meu filho =jili mi.

Singular

Nom. domln-us, o senhor.Gen. domin-i, Jo senhor.Dat. domm-o, ao senhor.Ac. domin-um, o senhor.Voc. domin-e, o senhor.

Plural

Nom. domin-i, <v senhores.Gen. domin-orum, afoj- senhoresDat. domm-is, <so<j- senhoresAc. domln-os, o<r senhores.Voc. domin-i, 6 senhores.

Abl. domin-o, Jo, ^efo senhor. Abl. domin-is <&v, /jefcj- j-c -

nhores.

Por este se declinam os seguintes e outros de genero masculino:

anulus, anuli, o awe/,

amicus, amici, o a/nigo,

discipulus, discipuli, o atuno,

fluvlus, fluvii, o rio,

digitus, digiti, o dedo,

cervus, cervi, o veado.

Deus e irregular em muitos casos e se declina assim:

1

omgufar

Nom. De-us, Deus

Plural

Nom. Di ou Dii (rar. Dei),, oso'euses.

Gen. De-oruxxi ou Dsm.ii>, dosdeuses.

Dat. Dis ou Diis (rar. Deis),aos deuses.

Ac. De-os, os deuses.Voc. DI ou Dii(rar. Dei), 6 deuses.Abl. Dis ou Diis (rar. Deis),

dos, peios deuses.As formas Di, Dis, sao as mais usadas na prosa.

Gen. De-i, de Deus.

Dat. De-o, a Deus.

Ac. De-ura, Deus.Voc. De-us, 6 Deus.Abl. De-o, de, por Deu-f.

Page 28: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

2) Substantives terminados em -IUS.

Singular

Nom. fili-us, ojilho.Gen. fili-i, dojillio.

Dat. fili-o, aojilho.Ac. fili-um, ojilho.Voc. fil-i, ojilho.Abl. fili-o, do, peto jiiho.

Plural

Nom. fili-i, osjilhos.Gen. fili-orum, dosjilhos.Dat. fill-is, aosjilhos.Ac. fili-os, osjilhos.Voc. fill-i, SjlUkos.Abl. fili-is, aW, pelosjilhos.

Por este declinam-se os nomes proprios:Antomus Bonifaclus, Ignatius, Ovidius, etc., voc. o Antoni.

o Bomlaci o Ignati, o Ovidi, etc., e o name comum genius.Mas, como ;a ficou dito, os substantivos comuns e os adje-

tivos tern o vocativo singular em e, como:

labellarius, voc. o tabellarie.Vicarius, o vicarie.

Notarius, o notarie.

Adversarius, o adversarie.Impius, o impie.Egregius, o egregie.

3) Substantives femininos em -US.

Os seguintes substantivos terminados em -us sao femininos-humus, tern; domus a casa, e em geral o nome das arvores, como:jagus robusta = faia robusta; malus parva= madeira pequena : platanus^z = pktano agradavel; populus alta = itemo alto. Tambem emportugues os nomes de plantas sao em geral femininos, a pereiraa maciecra. r '

Os nomes de frutas, que em latim sao neutros e usados quasesempre no plural, em portugues sao de genero feminino. Assimpira,neutro plural de pcrum, deu pera; cer&ra, neutro plural de cerasum,deu cereja, etc.

4) Substantivos em -ER, ~IR.

nutivn N?' ~PS subsfan^ivo

? «»«. iem o vocativo igual ao nomi-native. Nos outros casos do singular e plural alguns conservam oe, outros o perdem. Assim, p. ex.: magister, no genitivo faz magistri;ao passo que puer no genitivo faz pueri; conservam-no quando o con-servam no genihvo singular, perdem-no quando o perdem no genitivo

Singular

Nom. magist-erj o mestre. Nom.Gen. magistr-i, do mestre. Gen.Dat. maglstr-Oj, ao mestre. Dat.Ac. magistr-um, o mestre. Ac.Voc. magist-er, 6 mestre. Voc.Abl. magistr-o, do, pelo Abl.

mestre.

Plural

maglstr-i, os mestres.magistr-orum, dos mestres.maglstr-is, aos mestres.magistr-os, os mestres.magistr-i, 6 mestres.maglstr-is, dos, pelos

mestres.

$

Page 29: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

- 29n-

Assim se declinam os substantlvos:

Ager, agri, campo; aper, apri, javali; Liber, libri, livro;

minister, ministri, ministro; coluber, colubri, serpente, etc.

PluralSingular

Nona, puer, o menino. Nom.Gen. puer-i, do menino. Gen.

puer-o, ao menino. Dat.puer-um, o menino. Ac.puer, 6 menino. Voc.puer-o, do, pelo menino. Abl.

Dat.Ac.VocAbl.

puer-i, os meninos.puer-orum, dos meninos.puer-is, aos meninos.puer-os, os meninos.puer-i, 6 meninos.puer-is, dos, pelos meninos.

Assim se declinam os substantlvos:

Socer, socerl, sogro; gener, generl, genro; slgnljer, slgnijiri,

porta-bandeira, etc.

Declinacao de'VVIR.

0|unico substantivo terminado no nominativo em -\x c osubstantivo vlr que no nominativo e vocativo singular perdeu a

desinencia us. Nos outros casos e regular.

Singular

Nom. vir, o homem.Gen. vir-i, do homem.Dat. vir-o, ao homem.Ac. vir-tun, o homem.Voc. vir, 6 homem.Abl. vir-o, do, pelo homem.

Plural

Nom. vir-i, os homens.Gen. vir-orum, dos homens.Dat. vir-is, aos homens.Ac. vir-os, os homens.Voc. vir-i, 6 homens.Abl. vir-is, dos, pelos homem

Por vlr declinam-se os seus compostos: duumvir, triumvir,

decemvir, aulndeclmvlr.

2) SUISTANTIV0S OE SlMEiO MEUTIO

i) Neutros terminados em >UM.

24, — Os substantlvos de genero neutro tem em todas as

declinagoes tres casos iguais: nominativo, actisaiivo e vocativo, e estes

no plural terminam sempre em -a.

Singular

Nom. templ-um, o iemplo ou Noma igreja.

Gen. templ-i, da igreja. Gen.Dat. templ-o, a igreja. Dat.Ac. templ-um, a igreja. Ac.

Voc. templ-um, 6 igreja. Voc.Abl. templ-o, da, pela igreja. Abl.

Plural

templ-a, aa igrejaj.

templ-ortum, das igrejas.

tempi-is, as igrejas.

templ-a, as igrejas.

templ-a, 6 igrejas.

tempi-is, das, pelos igrejas.

Page 30: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 30 —

Por este se declinam os seguintes e out'ros de genero neutro:

consilium, consilii, o conselho, praeceptum, praecepti, o preceito,

verbum, verbi, a palavra, vitium, vitii, o vicio,

oppidum, oppidi, a castelo, mendacmm, mendacii, a menhra,etc.

2) Neutros em -US.

Embora terminados era -us, sao de genero neutro: virus,

o veneno; tnilgus, o vulgo; pelagus, o mar. Convem notar:

1.") Virus nao tcm plural: e substltuido por vencna. Do sin-

gular, era boa prosa, apenas se encontram os tres casos iguais: nomi-natevo, vocativo e acusativo.

2.°) Valgus nao tern plural. No singular e tambem usadocomo masculino por Cesar, Cornelio Nepos, Salustio, Tito Livio

e Tacito.3.°) Peiagus e termo poetico e em' prosa comecou a ser

empregado so depois de Augusto. Em Lucrecio encontra-se o plural

pelage, a imitacao do grego.

Observagoes sobre os casos.

25. —a) Nos substantivos em Ius ou turn, os dois ii do geni-

tivo singular contraem-se frequentemente em I, p. ex.: jilii—jiU;

ingenii= ingem; Antonii = Antonl; Ovidii=Ovidi; imperii= imperi.

b) A forma contrata em -lea regular do periodo classico.

Observe-se, porem, que os adjetivos em ius terminam sempre o geni-

tivo em -Ii, p. ex.: proprli, egregii, impli, patrli.

c) Tambem os substantivos desta declinacao, que significam

pesos, medidas ou moedas, podem ter o genitivo plural em um emvez de orum. Assim, em lugar de nummorum, sestertiorum, modiorum,digitorum, {digitus, / = dedo, quando usado como medida de compri-

mento = 0,m018), encontram-se, particularmente se vem unidos

aos numerals, as formas: nummum, sestertium, modium, digitum.

d) Temos igualmente praejectus jabrum — praejectus jabro- S

rum, comandante dos operarios militares, do genio militar; decetnvl- I

rum, Iriumvlrum — decemvirorum, triumvirorurn: deum = deorum: li-'

be.rum• = liberaruin; i>irum = i>irorum.\

Ouiras particularidades.

26, — Os seguintes substantivos tern no x>lural llm signiricado analpgo

ou diverso do que tern no singular:

auxilium, auxilio: auxilia, tropas auxiliares;

bonum, bern: bona, bens de fortuna;

castrum, castelo: castra, axjampamento;_ _

' '.'

comluum, lugar ondeo povo'se re.unia para deliberar: comitia, assembleia do povo;

/jo/-/«j-, jardim; horti, jardins piiblicos, parque;. : :

impedimentum, impedimenta; impedimenta, bagagens (de utn exercito);

ludus, jogo, escola: ludi, espetaculos, jogos piiblicos; -

rarfrit/n, rosiro, liicode p

Page 31: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

--31 —§ III

TERCEIRA DECLINAQAO

.27. — A terceira declinacao compreende substantivos devarias Cerminacoes no nominativo, pertencentes a todos os generos,

O genitivo singular termina sempre em -is.

acusativo singular ordinariamenie termina em -em,alguns nomes terminam em -im, outros arbitrariamente em -em,<>u -Im.

ablativo singular ordinariamenie termina em -e j contudo,os nomes, que fazem -im no acusativo e alguns outros, terminamem -I.

genitivo plural termina em -una, algumas vezes tambemem -ium.

Alguns substantives neutros terminam os tres casos iguais(nom., ac. e voc.) do neutro plural em -a, outros em -ia.

Desinencias d'os casos da terceira declinacao

SINGULAR PLURAL-MAS. FEM. NEUTRO MAS. FEM. NEUTRO

Nom. Tern varias terminagoes Nom. es a, as vezes ia j

Gen. is Gen. um, as vezes iumDat. I Dat. ibus ]

Ac. em; as vezes im. Igual ao nom. Ac. es a, as vezes iaVoc. Igual ao nominaiivo Voc. es a, as vezes ia j

Abl. e, as vezes i, as vezes e e i Abl. ibus ]

Declinacao dos substantives masculines e femininos

28. — Ossubstantivos masculinos e femininos, que perten-cem^a terceira declinacao, dividem-se em: I) imparissilabos e 2) pa-rissilabos-.

1) Imparissilabos sao os substantivos que no genitivosingular aurnentam de uma ou mais silabas o nximero que tinhamno nominativo, p. ex.:

lex(]) gen. sing, legis (2), lei.

nox (1) » noctis (2), noHe.arbor (2) » » arboris (3), drvorc.

societas (4) * societatis (5), socie.da.de.

Este aumento conserva-se em todos os casos, com excecaodo vocativo singular, que e sempre igual ao nominativo.

Os imparissilabos, por sua vez, subdividem-se em duasclasses:

a) Imparissilabos que antes da desinencia -is do genitivosingular

_apresentam uma so consoante — ou mais brevemente:

substantivos imparissilabos cujos temas terminam em uma so con-soante, p. ex.:

Page 32: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

K-

P— 32 —

lex gen. sing, le^-is.arbor » » arbor-is.societas » » societaY-is

Desinencias dos imparissilabos cujos temasterminam em uma so consoante

SINGULAR

Nom.Gen.Dal.Ac.Voc.Abl.

Vanas terminacoes Nomis Gen.l Dat.em Ac.

Iguat ao nominative Voc.e Abl.

PLURAL

esumibuses

esibus

^JExemplos — substantivos femininos :

Nom.Gen.Dat.Ac.Voc.Abl.

Nom.Gen.Dat.Ac.Voc.Abl;

Nom.Gen.Dat.Ac.

Voc.

Abl.

Singular

lex, a lei.

leg-is, da lei.

leg-i, a Lei.

leg-em, a Lei.

lex, 6 Lei.

leg-e, da, peLa Lei.

Singular

arbor, a drvore, a pLanta.arbor-is, da drvore.

arbor-i, a drvore.

arbor-em, a drvore.arbor, 6 drvore.

arbor-e, da, peLa drvore.

Singularsocietas, a sociedade.societgt-Is, da sociedade.societat-i, a sociedade.societat-em, a .wciedade.socigtas, 6 sociedade.societat-e, da, peLa .wcie-

dade.

Nom.Gen.Dat.Ac.Voc.Abl.

NomGen.Dat.Ac.Voc.Abl.

NomGen.Dat.Ac.Voc.Abl.

Plural

leg-es, as leis.

leg-um, das leis.

leg-ibus, as leis.

leg-es, as leis.

leg-es, 6 leis.

leg-ibus, das, pelas leis.

Plural

arbor-es, as drvores.

arbor-um, das drvores.

arbor-ibus, ds drvores.arbor-es, as drvores.arbor-es, 6 drvores.arbor-ibus, das, pelas drvo-

res..

_Plural

societat-es, as sociedades.societal- urn, das sociedadessocietat-ibus, as sociedades.societat-es, as sociedades.societat-es, 6 sociedades.societat-ibus, das, pelas so-

ciedades.

Substantives masculines

Singular

Nom. sermo, o discurso.Gen. sermon-is, do discurso.

Plural

Nom. sermon-es,. os discursos.Gen. sermon-um, dos discursos.

Page 33: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Dat.Ac.Voc.Abl.

Norn.Gen.Dat.Ac.Voc.Abl.

sermon-i, ao discurso. Dat.sermon-em, o discurso. Ac.sermo, 6 discurso. Voc.sermon-e, do, pelo discurso. Abl.

Singularordo, a ordem.ordin-is, da ordem.ordi a orde

ordin-em, a ordem.ordo, 6 ordem.ordin-e, da, pela ordem.

Norn.Gen.Dat.Ac.Voc.Abl.

sermon-ibus, aos discursos.sermon-es, os discursos.

sermon-es, 6 discursos.

sermon-ibus, dos, pelos dis-

cursos.

Pluralordin-es, as ordens.brdin-um, das ordens.ordin-ibus, as ordens.ordin-es, as ordens.ordin-es, 6 ordens.ordin-ibus, das, pelas or-

dens.

b) Imparissilabos que antes da desinencia -is do genitivosingular apresentam duas ou mais consoantes — ou mais brevemente:substanhvos imparissilabos cujos temas terminam em duas ou maisconsoantes, p. ex.:

noxurbsars

gen. sing. noct-is, noite.

urb-is, cidade.

ar£is, arte.

2) Parissilabos sao os substantivos que no genitivo singularcpnservam o mesmo mimero de silabas que tinham no nominativosingular, p. ex.:

civis (2) gen. sing, civis (2), cidadao.ovis (2) » » ovis (2), ovelha.nubes (2) » » nubis (2), nuvem.

Obrervacao. — Estes substantivos, em geral, terminam o nominativo sin-gular em is ou cs.

Os substantivos imparissilabos da classe b (cujos temas ter-minam em duas ou mais consoantes) e os parissilabos admitem asmesmas desinencias.

Desinencias dos imparissilabos cujos temas terminamem duas ou mais consoantes e dos parissilabos

SINGULAR

Nom. Imp.: Varias termPar. : is ou es

Gen.Dat.Ac.Voc. Igual ao nominativoAbl. e

is

i

em

Gramdtica Latina, 3

Page 34: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 34 —

-Exemplos:

Singular

Nom. nox, a noite.

Gen. noct-is, da no tie.

Dat. noct-i, a. noite.

Ac. noct-em, a nolle.

V oe. nox, 6 nolle.

Abl. noct-e, da, pela nolle.

Singular

Nom. urbs, a cidade.

Gen. urb-is da cidade.Dat. urb-i, a cidade.Ac. urb-em, a cidade.Voc. urbs, 6 cidade.Abl. urb-e, da, pela cidade.

Singular '

Nom ars, a arte. Nom.Gen. art-is, da arte. Gen.Dat. art-i, a arte. Dat.

i Ac. art-em, a arte. Ac.Voc. ars, 6 arte. Voc.

!Abl. art-e, da, pela arte.

Singular

Abl.

Nom. civis, o cldadao. Nom.Gen. civ-is, do cldadao. Gen.Dat. civ-i, ao cldadao. Dat.Ac. civ-em, o cldadao. Ac.Voc. civis, 6 cldadao. Voc.Abl. civ-e, do, pelo cldadao. Abl.

s.inguiar

Nom. ovis, a ovelha. NomGen. ov-is, da ovelha. Gen.Dat. ov-i, a ovelha. Dat.Ac. ov-em, a ovelha. Ac.Voc. ovis, 6 ovelha. Voc.Abl. ov-e, da, pela ovelha. Abl.

Singular

Nom. nubes, a nuvem.Gen. nub-is, da nuvem.

Plural

Nom. noct-es, as noites.

Gen. noct-ium, das noites.Dat. noct-ifbus, as noites.Ac. noct-es, as noites.Voc. noct-es, 6 noites.Abl. noct-ibus, das, pelas nolte.i

Plural

Nom. urb-es, as cldades.Gen. urb-mm, das cldades.Dat. urb-ibus, as cldades.Ac. urb-es, as cldades.Voc. urb-es, 6 cldades.Abl. urb-ibus, das, pelas cldades

Plural

art-es, as artes.

art-ium, das artes.

art-ibus, as artes.

art-es, as artes.

art-es, 6 artes.

art-ibus, da^r, pelas artes.

Plural

civ-es, os cidadaos.civ-ium, dos cidadaos.civ-ibus, aos cidadaos.civ-es, os cidadaos.civ-es, 6 cidadaos.civ-ibus, dos, pe/os cida-

daos.

Plural!

ov-es, as ovelhas.

ov-ium, das ovelhas.

ov-ibus, as ovelhas.

ov~es, as ovelhas.

ov-es, 6 ovelhas.

ov-ibus, das, pelas ovelhas.

Plural

Nom. nub-es, a,f /i«c««.r.

Gen. nub-ium, das nuvens.

Page 35: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 35 —Dat. nub-i, a nuvem. Dat. nub-ibus, as nwens.Ac. nub-em, # nwmi. Ac. nub-es, as nuvens.

a k?'nu

res

'"' WM"em - Voc. nub-es, o ««^ rtlr.

AW. nab-e, da, pela nuvetn. Abl. nub-ibus, dW, pelas nuuens.

Conclusao. — Comparando-se as deshiencias dos substantivos impark-s.labos e panssdabos resulta que todas as desinencias para os casos do singulare plural sao iguare, com a un.ca exce?ao do genitivo plural em que os imparissilaboscu;os temas termmam em uma so consoante fazem -UM e os imparissflabos cuiostemas termmam em duas on mais consoantes, e os parissilabos fazem -IUM.

Excecoes

:

Os seguintes parassilabos com o nominativo em -ter ternnos outros casos urn tema abreviaclo em -tr e se declinam como osimpanssilabos:

Substantivos do genero feminino.

Singular

Nom. mater, a mae. Nom.Gen. matr-is, da mac. Gen.Dat. matr-i, a mae. Dat.Ac. matr-em, a mae. Ac.Voc. mater, 6 mae. Voc.Abl. matr-e, da, pela mae. Abl.

Plural

matr-es, as maes.matr-um, das maes.matr-ibus, as maes.matr-es, as maes.matr-es, 6 maes.matr-ibus, das, pelas

Substantivos de genero masculino.

Singular Plural

Nom. pater, o pat. Nom.Gen. patr-is, do pat. Gen.Dat. patr-i, ao pal. Dat.Ac. pair-em, o pal. Ac.Voc. pater, 6 pal. Voc.Abl. patr-e, do, pelo pat. Abl.

patr-es, os pais.patr-um, dos pais.patr-ibus, aos pais.patr-es, os pais.

patr-es, 6 pais.

patr-ibus, dos, peios pats.

jralrum.Do mesmo modo: jrater, jratris, o irmao; plural: Jratres,

Acciplter, accipltris, gaviao; plural: accipltres, accipitrum.

nome Jupp iter, Jupiter, e irregular: «

Nom. Juppiter, Jtip iter.

Gen. Jovis, de Jupiter.Dat. J ovi, a Jup iter.

Ac. Jovem, Jupiter.Voc. juppiter, 6 Jdpiter.Abl. Joved, e, por Jiipiter.

Page 36: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 36

iii

IIPlife

m

OBSERVACOES SQBRE OS CASOSa) Acusativo singular em -IM e ablative em -L

29. — Tern o ac. singular em -im e o abl. em -i:

1) Os nomes parissiiabos de rios terminados em is, p. ex.:

Tiber-im abl. Tiber-L

Tana-im » Tana-i.

Tiberis, Tibre acTanais, Tanais(Don)

2) Os nomes de cidades terminados em -is de origem areaaon provenientes de outra lingua estrangeira, p. ex.

:

NeapolisAmphipolisNicopolisTripSlis

SybSris

J) Os substantivos:

sitis, a sedetussis, a tosse

vis, aforfaamussis, f., o nivelburis, a rabiga do

aradoravis, a rouquidao

ac. Neapol-ixn abl. Neapol-I.Amphipol-im » Amphipol-i.

ac.

Nicopol-imTripol-lmSybar-im

sit-imtuss-imv-imamuss-im

bur-imrav-lm

Nicopol-i.Tripol-i.

Sybar=i.

abl. sit-i.

» iuss-i.» v-i.

» amuss-i.

» bur-i.» rav-i.

4) Tem de preferencia im e i, em vez de em e e os seguintes:

febris, ajebre ac. febr-im abl. febr-i.puppis, a popa » pupp-imsecuris, f., o machado » secur-imturris, a torre » turr-im

pupp-i.secur-i.

turr-i.

5) Oulros tem em no ac. e no abl. ora e ora i:

civis, o cidadao ac.ignis, ojogo »

navis, a nan »

classis, a armada »

ovis, a ovelha »

avis, a ave »

amnis, o rio »

anguis, rn. e I'., :.-

a serpen le

civ-em abl. civ-e ou civ-i.ign-em » ign-e ou ign-i.nav-em » nav-e ou nav-Lclass-em » class-e ou class-iov-em » ov-e ou ov-f.av-em » av-e ou av-i.amn-em >: amn-e ou amn-iangu-em » angu-eouangu-i.

,> tnanUsa"S

!*emPFe '

*a irase: Jerro ignique vastare, por a ferro

J

Page 37: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 37 —b) Genitivo plural.

30- — a) Os parissilabos juvenis, o jovem; canls, o caoe pants, o pao, tem o genitivo plural terminado em -urn (nao -iuin):

juvenis, gen. plural:juven-um.canls, gen. plural: can-nm.panis, gen. plural: pan-um.

b) Os nomes parissilabos terminados em es (cf. n. 28, 2,

parissilabos, observacao, pag. 31) tem o genitivo plural em turn,

contudo, sedes, sedls, {., cadeira, assento, faz sedum, prefcrivel. asedium e votes, vails, m. i'., adivinho, profetisa, poeta, poetisa, fazvatutn. Raras vezes encontra-se vallum.

c) Tem o genitivo plural em -turn os seguintes nomes quedenvam de antigos temas terminados em -I:

I) lis, litis, {., pleito, demanda: gen. plural lltlum.

dos, dolls f. dote: gen. plural dotlum.optunates (plural mas.), optimates: gen. plural opilmatium.Penates (plural mas.), deuses penates: gen. plural penatium.

II) Os nomes de povo terminados em -as, -alls; -is, -His:

Arpinates, os habitantes de Arpino : gen. plural Arplnat-hxva,Samnltes, os Samnitas: gen. plural Samnit-hxm.Qulrltes, os Ouirites: gen. plural Qulrlt-hivn.

Do mesmo modo noslrates, as pessoas de nossa terra: gen. pluralnoslratlum.

Nos escritores arcaicos encontram-se tambem vestigios des-tes nomes com o antigo nominativo em -alls, -ills; como Sarslnatisem Plauto; Arpinatls e Samnltis em Catao.

Ill) A semelhanca dos temas terminados em -I, tem o gen. plural

em -mm, os seguintes monossilabos:mas, maris = macho: gen. plural mar-xuxn.mus, muris, m. e f ., = rato: gen. plural mur-hxax.glis, ^/Zr/j-= arganaz: gen. plural gllr-ium.vis, forca, plural vires: gen. plural wr-Iiim.nix, nivis, a neve: plural «iVej'= flocos de neye: gen. plural

rafV-ium.

fauces, fauces: gen. plural/^ac-ium.fraus, fraude, gen. plural fraudum efraudium.renes, os rins: gen. plural renum e renium.

IV) Os nomes abstratos terminados em -las, -talis, tem o genitivoplural em -um, as vezes tambem em-lum. E' frequentissimo,em todos os escritores o uso de clvitatium em vez de civi-

latum, de civitas, clvltatis, f., cidadania, foro ou direito decidadao, a totalidade dos cidadaos, estado, nacSo.

V) Notem-se ainda:parentes, m., os pais: gen. plural parenlum, mais usado que

Page 38: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

!•

38

Mil

pffll

parentium. Singular:^^ ^w^, m . e f., pa i o« map/««/w^, /•, m,, mes: gen. plural mensUm e mensum.volucru, cs, f ave: gen. plural volucrium e W faC/.«/n.«£«•, w f., abelha: gen. plural aplum e ^«m.<te c/««^ m., chente: gen. plural c/<W/«,« e c/;c«fc/H

adulescenhum e adulescentum. 1

W, W/,r, f.. louvor: gen. plural taudium. eW«w, etc., etc.

c) Acusativo plural.

;„„, i- T>L '" °s n

?flf e adjetivos que terminam no sen plural em

OECLINAgAO 00S SUBSTAHTSVOS NEUTfSOS32. -a) Os neutros que terminam o nominative

sing, em: e, 51, ar.

Os substantivos neutros terminados em e, al, ar fazem:

a) no abl. singular -1.

I>) nos tres casos iguais do plural -la.c) no gen. plural -mm.

Besinencias

Singular

Nom. cubil-e, o Le'do.

Gen. cubll-is, do Le'do.

Dat. cubil-i, ao UUo.Ac. cubil-e, <? ledo.Voc. cubil-e, <?' /«'/<?.

Abl. cubil-i, do, peh UUo.

Plural

Nom. cubil-ia, os iedos.Gen. cubil-mm, dos le'do.t.

Dat. cubil-fous, aos iedos.Ac. cubil-ia, os ledos.Voc. cubil-ia, o ledos.Abl. cubil-ibus, <fo,r, ^e/0l(.

te;t0s

Page 39: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

39 —

SingularNom. animal, o animal.Gen. animal-is, do animal.

Dat. animal-i, ao animal.Ac. animal, o animal.Voc. animal, 6 animal.AW. animal-i, do, pelo animal.

Plural

Nom. animal-ia, os animals.Gen. animal-ium, dos animals.Dat. animal-ibus, aos animals.Ac. animal-ia, os animals.Voc. animal-ia, 6 animals.Abl. animal-ibus, dos, pelos ani-

mals.

Singular Plural

Nom. exemplar, o exemplar. Nom. exemplar-ia, os exemplares.

Gen. exemplar-is, do exemplar. Gen. exemplar-ium, dos excm-

plares.

Dat. exempiar-i, ao exemplar. Dat. exemplar-ibus, aos exem-plarcs.

Ac. exemplar, o exemplar. Ac. exemplar-ia, os exemplares.

Voc. exemplar, 6 exemplar. Voc. exemplar-ia, 6 exemplares.

Abl. exemplar-i, do, pelo exem- Abl. exemplar-ibus, dos, pelos

plar. exemplares.

Mais exemplos:

ovile, ovilis, o red.il,

praesepe, praesepis, o curral.

calcar, calcaris, a espora,

tribunal, tribunalis, o tribunal.

?b) Os outros substantivos de genero neutro.

Os outros substantivos de genero neutro fazem:a) no ablativo singular -e.

b) nos tres casos iguais do plural -a.

c) no genitivo plural -urn.

Desinencias

SINGULAR PLURAL

Nom. Varias termitiacoes.

Gen. is

Dat. I

Ac. Iglial, ao nominatlvo.

1 Voc. Tfjual ao nominatlvo.

j

Abl. ' e

Nom. a. 1

Gen. wax 1

Dat. ibus I

Ac. a |

Voc. a is

Abl. ibus jl

Nom.Gen.Dat.Ac.Voc.Abl.

Singular^tempus, o tempo.tempor-is, do tempo.tempor-i, ao tempo.tempus, o tempo.

tempus, 6 tempo.tempor-e, do, pelo tempo.

PluralNom. tempor-a, os tempos.

Gen. tempor-um, dos tempos.Dat. tempor-ibus, aos tempos.Ac. tempor-a, os tempos.Voc. tempor-a, 6 tempos.Abl. tempor-ibus, dos, pelos

tempos.

Page 40: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

40 —

Mais exemplos:litus, litoris, a praia.flumen, flumlnis, o rio.

caput, capitis, a cabeca.

lumen, luminis, a luz.

nomen, nominis, o noma.agmen, agminis, o esquadrao.

,U W,- f°ncIus5?-7

t

CoPH»ran<io-se as desinSncias dos substantivos neutros,da eUa a com as da etra b resu Ita a diferenca de desinencias no abl. sing.noni., ac. c voc. plural e gcntn-o plural.h '

Observagap — Cor, cordis, n„ coracao, tem no gen. plural cordium(nos escntores esclesiashcos); os, ossis, n., <»«, gen. plural ossiun,.

c) Substantivos neutros de origem grega, cujo tematermina em MA.

SingularNom. thema, o tenia:-

Gen. themat-is, do tema.themat-i, ao tema.thema, o tenia.

thema, 6 tema.themat-e, do, pelo tenia.

Dat.Ac.Voc.Abl.

PluralNom. themat-a, os telnas.

Gen. themat-um, dos tenia.Dat. themat-ibus, aos temas.Ac. themat-a, os temas.Voc. themat-a, 6 temas.Abl. themat-ibus,

. dos, peiostemas.

Por este declinam-se os seguinles:

Diadema, diadematis, o dladema.Diploma, diplomatis, o diploma:

Aenigma, aenigmatis, o enigma,Poema, poematis, o poema, etc.

„~ A 4.-

°bs.f"asoes. — 1) Estes substantivos neutros em -ma, de origem grega,no dativo e ablatio plurais fazem de'preferfincia -is, em vez de -ibus, e no genitfvo

poematibus, poematum (cf. n. 49, b, pag. 51).

»!„„„ f^No .Senitivo plural, alem de -ium, encontra-se tambem -orum em

ba "n-,;, .^ T°S wUtr

°f<IU?.

indlca™ festas e solenidades, p. ex.: bacchanalia,oacanais, gen. plural bacchanalian e bacchanaliorum; sponsatia, esponsais, genplural sponsalium e sponsahorum (cf. n. 45, c, pag. 48).

Algumas particularidades dos substantivosda 2».

a declinagao.

33. —- Alguns substantivos tem dois temas ou um temacom duas vanantes:

1) bos5 m.ji j., o boi, a vaca.Singular: gen. bov-is, dat. boy-i, ac. bov-em, voc. bos,

abl. bov-e.Plural: nom., ac. e voc. bov-es, gen. bo-um, dat. e abl.bu-bus e bo-bus.

2) sus, m. qj., o pored, a porca.Singular: gen. su-is, dat. su-i, ac. su-ein, voc. sus, abl. su-e.Plural: nom., ac. e voc. su-es, gen. su-um, dat. e abl.su-bus,

melhor que su-ibus.

Page 41: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

,>

— 41 —

3) earo, j., a came;Singular: gen. carnis, dat. carn-l, ac. cam-em, voc. caro,

abl. carn-e.

Plural: nom., ac. e voc. carn-es (pedacos de came), gen.

carn-ium, dat. e abl. carn-ibus.

4) iter, n., a viagem:Singular: gen. iliner-is, dat. ili.ncr-i, ac. e voc. *&r, abl.

itiner-e.

Plural: nom., ac. e voc. illner-a, gen. itincr-uin, dat. e abl.

itlner-ibus.

5) jecur, n., o figado:

Singular: gen. jecoris e jecinoris, dat. jecor-i, ac. e voc.

jecur, abl. jecor-e.

Plural -.jecora, etc. — Raramente se encontram as fornias

do tenia jecinoi dativo singular jecinori, etc. Plural:

jecinora, etc.

6) senex, m., o velho:

Singular: gen. sen-is, dat. sen-i, ac. sen-em, voc. o-<;/?.c.v,

abl. sen-e.

Plural: nom., ac. e voc. s&n-es, gen. sen-urn, dat. e abl.

sen-ibus.

7) aupellex, _/., os moveis:Singular: gen. supeUectU-is, dat. supellectU-i, ac. suppeUccLli-

-e/n, voc. supellex, abl. supellecttl-e e supeilectU-i. — Naotem plural.

8) munus, «.., dom, dever, oficio, tem plural duplo: munera e

munia.

34. — Substantivos defectivos

1) dicio,./., o poder: dicionis, dicioni, dicionem, dicione. Nao tem plural.

O nominativo dicio so se usa no composto conditio, condicao, pacto.

2) frux, j., todo fruto da terra (fig.: vida honrada, lionesta). As formas

usadas sao: sing. ac. Jrugem; plural: Jruges, frugum, jrugibus. O dativo singular

Jrugl usa-se como adjetivo indeclinavel = que tem bom procedimento, sabio, eco-

nomico (cf. n. 54. a, pag. 59).

3) ops, j., o auxilio. Singular: opis, opem, ope. O plural, com significacao

de poder, riqueza, e completo: opes, opuni, opibus.

4) prex, /., a prcce. Singular: abl. prcce. Plural: preces, prccuni, precibus.

5) vix,y., vicissitude. No sing, sao usados: vicem, vice; no plural: vices, vici-

6) spons,/., livre vontade. So se usa no ablativo quando vem unido aos

pionomes possessivos: mea, tad, sua, nostra, restra: mea sponte =dc minlia espon-

tanea vontade; iua sponte, etc.

7) fors,/., a sorte, a fortuna, o acaso. E' raro o nominativo.,W; frequentis-

simo o ablativo Jorte = poc acaso. Nao se usam os outros casos.

8) vis, a forca, Sing.: nom. e voc. vis, ac. vim, abl. vi. Plural: nom.,ac.

e voc. vires, gen. virium, dat. eabl. viribus(cf. n. 29, J, pag. 36; n.30, c, III, pag.

57).

si M

Page 42: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

42 —

e ac:35

" ~ V*rios substantivos .neutros s6 sao usados no plural no nom.

1) os, a., a boca. Plural: ora; oribus e raro.

3 ™f!' '. ?•mar

- wUra\: ma"a'' ma>-i«'n. maribas sao raros.«^ Als 1x^^^ I

£^Sn\.,,Io h

' exempl° do senitivo; enco,ih'a-sc

4) jus, ,,, odireito. Plural: jura ;./„„•„,„, Jur;6lu> rarfssImos .

cam:/-, frir, o carcere'

''' """',

a Caa;i;

jacuUas, UU, a faculdadc £w?/' '1 ™* We ferro)'as C«»«>1««

AW.r, <V, o rimMediates, bens, nquezas;

"'lar/j-, <>, a nanna, '""^ co,,f,n.

s>te,rit6 i io;

ops, apis, o auX, "flW' °T !

/*./*, par/,>. a parte, "£'' ° P°d,^' " "^"f^/>tf/fcr, partido, papel que se represcnla

W, W<>, o sal, ,

no tea.

tro;

sors, sorlis, a sorte, ,'°S SaIS

'a« ^irgiicias;

*'wi as resposias do oraculo.

§ IV

QUARTA DECLINACAO

nado en^us"/™™'*dfclin^ te

.

m ° Senitivo singular termi-u.

c™ us'

e compresnde substantives masculinos e femfninmtermmados em us. e npufms p.-n „ T? *-"^-"""o^ c lerammos

o ^ij. us, u ncurros em u. fistes uitimos <??o mrpp nnraJc

po,-e,„, a

°bat™m

e

°i'iV0 Plura:s "»»»«>&»» ib„s,- .lSu„ s,

Desinencias dos casos as quarta decliraacao

SINGULAR

Nom. us, neutro uGen. usDat.Ac.Voc.Abl.

uiumiis

u

us ou u

uuu

Nom. us,Gen.Dat.Ac.Voc.Abl.

us,us,

uumibus,

ibus,

neutro ua

ubusneutro uaneutro uaubus

i) Substantives de genero masculine.

Nom.Gen.Dat.Ac.Voc.Abl.

Singular

sens-us, o sentido.sens-us, do sentido.sens-ui, ao sentido.sens-um, o sentido.sens-us, 6 sentido.sens-u, do, pelo sentido.

Nom.Gen.Dat.Ac.Voc.

Abl.

Plural

sens-us, os sentldos.sens-uum, dos sentldos.sens-ibus, aos sentldos.sens-us, os sentldos.sens-us, 6 sentldos.sens-ibus, dos, pelos sen-

tldos.

Page 43: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 43 —Semelhantes a estes sao os seguintes e outros muitos de

?etiero masculino:

fructus, fructus, o jruto,

currus, currus, o coche,

motus, motus, o movimcnto.

actus, actus, o aio.

ascensus, ascensus, a subida.

introitus, introThas, a entrada, etc.

JESUS, nome propria dc nosso Salvador, c irregular; fern

o nonunativo terminado em us, o acu.tal.lvo cm uin e os outros casoscm u.

Nom. Jes-us, Jesus.

Gen.Dat.

Jes-u, de Jesus.

Jes-u, a Jesus.

SingularAc. Jes-um. Jesus.

Voc. Jcs-u, o Jesus.

Abl. Jes-u, de, por Jesus

2) Substantivos cle genero feminino.

SingularNom. man-us, a mao. Nom.Gen. man-us, da mao. Gen.Dat. man-ui, a mao. Dat.Ac. man-urn, a mao. Ac.Voc. man-u, 6 mao. Voc.Abl. man-u, da, pela mao. Abl.

Plural

man-us, as maos.man-uum, das maos.man-ibus, as maos.man-us, as maos.man-us, 6 maos.man-ibus, das, petas maos.

Semelhantes a estes sao os seguintes e outros de srenero feminino:

anus, anus, a velha,

porffcus, portlcus, o portico,

nurus, nurus, a n.ora,

socrus, socrus, a sogra, etc.

Declinacao do substantive DOMUS.

Singular Pluraldom-us, as ca.sas.

dom-uum, ou domorum,das casas.

dom-ibus, as casas.

dom-os, (raro domus), ascasas.

dom-us, (; ccutus.

dom-ibus, das, pelas casas.

Nota. — Domi (que e um antigo caso locativo) significaapenas em casa, nao da casa, e se usa com os verbos que indicamlugar onde: domi= em casa, na patria; domum = para casa; domo = dacasa, da patria, isto e, vindo da casa, da patria.

Nom.Gen.

dom-us, a casa.

dorn-xis, da casa.

NomGen.

Dat. clom-uif ou dojno, a casa. Dal.Ac. dorn-um, a casa. Ac.

Voc.

Abl.

Loc.

dom-us, 6 casa.

dom-o, (rar. donm),pela casa.

domi, em casa.

da,

Voc.

Abl.

Page 44: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

I

— 44

mf

1

'

fllf

fsiifiv

III

PISS

iiii

i .

mlit

Jit?

3) Substantives de g&nero neutro.

Os substantivos neutros f>m „ «;„ „ ' -

^«« sao os mais usados.Sa° ranssim °s; «,,•«« c

Norn,Gen.Dat.Ac.Voc.Abl.

Singular

gen-u, ojoeUw.gen-us <?u gen-u, dojoelliogen-u, aojoclho.gen-u, ojoelho.gen-u, ojoelho.gen-u, rfk, pelojocllw.

Scmelhantes:

Plural

Nom. gen-ua, os joclhos.gen-uum, dosjoclhos.gen-ibus, aosjoclhos.gen-ua, osjoelhos.gen-ua, 6joclhos.gen-ibus,dos, pclosjoclhos.

Gen.Dat.Ac.

Voc.

Abl.

cornu genitivo: cornu ou cornus, «„„„;gUu, u o« gelus, gclo, geada, etc.

Substantives terminados em ._e no ablativo plural

no dativo

seem alguns substantivos ran ,r r ' i ,

ma/^Wtr conservou-

substantivos da teSa dLSacSo t^" °S dasfom?aS ;Suais ^

/w/«^, dativos e ablaWs do ™ ^ arclibus'armbu*'

partus, parto, para SiL, ! ,1 m ^"^frCO; artus

- membro;e ablatives de TubstaSvos da tt^ ^' T^"'''"^ dativo*came, atalaia; pars, parte

* declmacao: ars, arte; arcc,

elenco vatma^baix™ ^"^ °Utr°S ^tantivos

Nom.Gen.Dat.Ac.Voc.

Singula

arc-us, o arco.arc-us, do arco.arc-ul, ao arco.arc-um, o arco.arc-us, 6 arco.arc-ui, do, pelo arco.

Nom.Gen.Dat.Ac.Voc.Abl.

Por arcus deci

cu;o

Plural

arc-us, os arcos.arc-uum, dos arcos.arc-ubus, aos arcos.arc-us, os arcos.arc-us, 6 arcos.arc-ubus, dos, pelos arcos.

inamse:

Arfas, artus, m., o membro.Partus, partus, m ., parl0iI nbus, tnbus, f ., a tribo.

tacus, lacus, m., o /ago.

Specus, specus, m. e f., a cauema.

Acus, acus, f., a agulha.Ouercus, quercus, f., o carvalho.J^ecu pecu ou pecus (o sing, nao

'e de uso classico), n., o rebanho.Vera, veru ou verus, ( ubusn o cspeto

] outortus, portus, m., ( ibus.

o porto.

Page 45: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

f45

Outras particuiaridadeS'

39. — a) Tonttrus, us, m., o trovao, e masculino no singular e neutro

no plural: tonitriia. . _

b) Os escritores arcaicos, ou os que preferem estas formas, terminam, as

vezes, o genitivo singular com a desinencia -i da segunda em lugar de -us da quarta,

p. ex.: tumulh por tumuttus; quaesti por quaestus; sumpti por sumptus; senati por

senatus, especialmente nas formas senati consultu, senati sententia; contudo a formamais frequente- e senatus consultu, senatus sententia.

c) Tambem nos bons excriiores, em lugar do dativo singular em ui, en-

conira-se a forma contrata em u, p. ex.: magistratu, equitatu por magislralui, equita-

^uj^i^^:i^^^^!i^W^^din!fM^^ equ ilalus, etc

.

l!B:S?S|pi{PS:MlBtSi|woSla quarta declinacao usam-se quasi exclusivamente

"seguidos de uni genitiyp pu de una adjetivo possessivo: arbitratu meo — a. mcu ar-

bitrio; ductu Caesaris=sob o comando de Cesar; hortaiu Ciceronis — por exortac3o

de Cicero; impulsu Scipionis=-pov impulso de Cipiao. E' muito frequente o abl.

astu, na cidade.

e) Varios substantivos, que sao ordinariamente da 2." declinacao, temo ablativo da 4. a

: jreturn, i, estreito de mar, abl. fretu; scitum, i, decreto popular,

abl. plebis scitu.

j) De impetus, impeto, assalto, usam-se os seguintes casos: acusativo sing.

impetu.ni; abl. impetu; o nom. e ac. plural impetus; os outros casos suprem-se como substantivo incursio, ones, f.

§ v

OUINTA DECLINAQAO

40. — A quinta declinacao tern o genitivo acabado era ei

e compreende substantivos todos de genero feminino com o nomina-tivo singular em es.

Apenas dies, dia, no singular, pode ser masculino ou femini-

no. EVmasculino no sentido de dia, periodo de tempo de 24 horas;

e feminino quando significar em geral tempo, circun.sta.ncla, termo,

dia determinado, ocasiao, p. ex.: certa die; constituta ou praestituta

die; quadam die. E' tambem feminino depois de ante, post, ad,

seguidos de um pronome demonstrative, p. ex.: ante earn diem.— No plural e sempre masculino. O seu composto meridies, meiodia, e sempre masculino e carece de plural (Cf. n. 44, a, pag. 47).

O plural desta declinacao. so se usa nos substantivos res

e dies; falta na maior parte dos outros, principalmente no genitivo,

dativo e ablativo.

Desinenclas dos casos da quinta declinacao

1

SINGULAR PLURAL

Nom.Gen.Dat.Ac.Voc.Abl.

es.ei ou ei '"

ei ou ei *

enies

e

Nom. es

Gen. erumDat. ebusAc. es

Voc. esAbl. ebus

(*) Por exemplo: rei, jidei, spei, pqrque o e e precedidp de consoante; mase sempre Iongo quando for precedido de vogal, p. ex. : diei,jaciei, aciei, etc.

Page 46: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

II

lit

II

— 46

2) Substantivos de genero masculmo.Singular

Nom. di-es, o dia.Gen. cli-ei, do dia.Dai. di-ei, ao din.Ac. tli-em, 6> ^/«.Voc. di-es, J e//&.

-lb!. ili-e, do. pelo dia.

2) Substantivos deSingular

Nom. r-es, a cousa.Gen. r-ei, ^ cousa.Dat. r-ei, a cousa.Ac. r-em, a cousa.Voc. r-es, J cousa.AbJ. r-e, ^, p^/fl comj-«.

Mais exemplos:idei, <z_/e,

species, speciei,

PluralNom. di-es, os dias.Gen. di-erum, aW aW.

di-ebus, rto.i- ^/(7<(-.

di-es, os dias.

di-es, J <//a,'-.

di-ebus, ak,,-, /7 t-A'.r </<

Dat.Ac.VocAbl.

'ia.i

enero feminino.

_ Pluralr-es, as cousas.r-erum, das cousas.r-ebus, as cousas.r-es, as cousas.r-es, 6 cousas.r-ebus, das, pelas cousas.

Nom

.

Gen.Dat.Ac.Voc.Abl.

fides, f: permcles, pemiciei, a ruina.a aparencia, etc.

ta em

S^sTstri tL0S casos em - (nom - ac - e ™* os

pout£ism

b) No genifavo e dativo encontra-se, as vezes, a forma contra--e em iugar de -«, p. ex.: /7OT1/«« por pemiciSi; fide por /«#/7 Aiguns substantives terminados em ies, como barbariesmolUhes, luxuries, mundiiies, segnities, e outros que tlmumcSSdente em ,« da pnmeira declinacao, so no singulir pertenSm a

S

declinacao; no plural seguem a primeira.q

'

Esquema geral das declinacoes

iau

Page 47: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

m_ 47 —

DECLINACAO IRREGULAR

§ 1.° — Substantives indeclinaveis.

42. — Substantivos indeclinaveis sao os que tem uma linicaforma para todos os casos em que sao usados:

a) fas, ii., a lei divina, o honesto, o licilo.;

nefas, n., o ilicilo, a impiedade;Usam-se so no nominativo, ac. e voc. Fas est— e licito.

b) pondo, n., peso, libra, antigo ablativo de pondus, i,

desusado. Antes costumava-se uni-lo a palavra libra e significavado peso: corona aurea libram ( = librae) pondo, coroa dc ouro deutna^ libra de peso. Em seguida usou-se isolado e significou libra;auri quinque pondo, cinco libras de ouro.

c) mane, n., de manha, de madrugada.d) instar, n., indica igualdade, equivalencia, e vai unido

ao genitiyo: instar muri, a maneira, a guisa de muro; villa urbisinstar, vila a guisa de cidade. Instar e propriamente um infinito usadosubstantivamente — instare, que significa ter peso igual.

e) semis, m., que se encontra tambem declinado: gen.se/nissiSj metade, metade do asse (moeda romana).

P Sao tambem indeclinaveis as palavras hebraicas manna,n., mana; Pascha, n., Pascoa, e os nomes proprios Bethleem,Jerusalem, Adam, Abram e Abraham, Jacob, Isaac, David,Joseph. Contudo, alguns se podem tambem declinar, p. ex.: Pascha,ae, f. ou Pascha, atis, n., Hjerosolima, orum, n., Abram, Abraee Abraham, Abrahae ; David, Bavidis ; Adam, Adae e Adaraus,i ; Josephus, i.

§ 2.° — Casos isolados.

43. — Encontxam-se os seguintes casos isolados:a) nauci, genitivo de preco de um arcaico naucus ou nau-

cum. Usa-se somente unido a non nas frases: nop, habere nauci.nonnauci facere = nao valer um caracol.

b) venum, nas frases venum ire = ser cendido e venum dare —vender.

c) pessum, nas frases pessum ire = arruinar-se e pessumdare = arruinar.

Venum e pessum sao dois acusativos que fazem as vezesde supinos, cf. a frase: dare(JHiam) n upturn, dar (ajilha) em ca.ramenio.

d) Infitias, acusativo plural feminino/ constr6i-se semprecom ire, ir: infitias ire = ncgar.

§ 3.° — Defectives quanto ao mimero.

44. — - a) Dizem-se defectivos os substantivos que tem umso numero.

Muitos substantivos empregam-se unicamente no singularpor causa do seu significado: a ideia e simples e nao pode ser conside-rada como miiltipla, p. ex.: meio dia, meridies; sangue, sanguis;velhice, senecius.

Page 48: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 48 —

Razao por que tem so o singular!

operosidadeS**su

.

b?a

,

n*ivo? abstratos:yWtftfa, justica; ,W«^opeiosidade, ptetas, piedade; jranfca, conhecimentos, etc.A ciencia, com sigmficacao obietiva traduz-se em laKmpor dodrmae, litterac, antes.

" Se em latim

//) Substantivos coletivos, como plebs, plebe- M/zWr

^Su^dT^ rd0'T

indole' ° «>™Plexo5as quSidades«^

nlSsq Pda e<1uCa<->:to; ™ «'«>""». di'vidas; supe/le.v,

I') Tern so o plural:

/) Muitos nomes de cidades constituidas por algumasdhas ou alderas que se uniram: Athenae, arum, htJ^SyracZlarum, Sxracusa; Thebae, arum, Tebas; Argl, arum. Argos; Veilh:m:^j^— Sai-des: v—- «- ^cam fest^l^f^T^W6 Pertencem *° calendario e que indi-

o auinto o, >?U- l

des:,

K^'^ ° P^iro dia do mes fc,SSw/a «f

f

m? k

d° ^l^ar.aUa, as festas ambarvais

Sstoresl ftc. etc. ^"' " ^^ P* 1*88 (de PaIes'deusa do*

*„/,,„•/;„/7/) Mu

jto

£s substantivos comuns, por exemplo:angusLae, arum, desMadeiro, garganta;

CLLVihae, arum, riqueza;indutlae, arum, tregua/armisticio;tnsidiae, arum, insidias, ciladas;nuphae, arum, nupcias;arma, orum, armas;castra, orum, acampamento;majores, urn, antepassados;Jruges, urn, frutos da terra;nioenia, lum, muralhas.

§ 4.0 — Nomes heteroclitos.

decllnacafe 7o f,Santra:^ "° °S^ "°^^^^ Uma

no pluralt^S!' "" VMO'n° -"^-sogue « terceira declinatfo,

singular: vas, vasis, vasi, vase.plural: vasa, vasorum, vasis.

nacao, no^KX^'^ ***** "° SinguW * ^unda decli-

singular: jugerum, jugerl, jugero.]?^r&\:juggra,jt,gerum,jugeribus.

Page 49: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 49—c) Os nomes em alia, que significam festas,como Bacchanalia,

Floralia, as vezes, tem no geniiivo plural a desinencia -orutn da se-

gunda declinacao: Bacchanalia, gen. Bacchanaliorum ou Bacchanalium(cf. n. 32, c — pag. 38 — observacao 2, pag. 40).

d) plebs ou plebes, gen. plebis e plebci, dat. plebi.

e) requies, etis, da terceira declinacao, tem forma duplano acusativo e ablativo: requiem, requie ou requietern, requiele.

§ 5." — Nomes heterogezieos.

46. — Nomes heterogeneos sao os que no singular sao deum gc-nero e no plural de outro:

a) locus, loci, m., lugar; plural: loca, locorum, n., os lugares.Usa-se loci, locorum, m., para significar trechos de um Hero.

b) jocus, joci, in., gracejo, brincadeira; plural: joca, joco-rum, n., oxijoci, jocorutn, in.

c) carbasus, i, }., linho finissimo; plural: carbasa, orum, «..,

vela do navio.

d) caelum, i, n., ceu; plural: caeli, caelorum, in.

e) Alguns substantivos neutros da segunda declinacao noplural sao da primelra:balneum, i, n., banho; plural: balneae, arum, f.

epulum, i, n., banquete; plural: epulae, arum, L

§ 6." — Nomes gregos.

Primeira Declinacao

Femininos em -a {=grego -e).

47. — a) Substantivos comuns. Alguns dos substantivoscomuns, alera da forma grega: grammatice, es, gramdtica; rnusice,es, mdsica; rhetorice, es, retorica, etc., tomam uma forma completa-mente latina: grammatica, ae; inusica, ae; rhetorica, ae; outros sotem as formas da declinacao grega. Os nomes prdprios conservamtoda a forma latina ou, paraleiamcnte a latina, ainda que raramente,conservam a forma grega do nominativo em -<?, declinando-se osoutros casos a latina, p. ex.: Helena,

,gen. Helenae, dat. Helen ae,

ac. Helenam, voc. Helena, abl. Helena. As vezes, no acusativo en-contra~se a desinencia grega -en por -am e no ablativo e por -a.

Nom. Voc. epitome, compendia. Nioba ou Niobe, Niobe.Gen. epitomes Niobae ou Niobes.Dat. epitomae Niobae.Ac. epitomen Niobam ou Nioben.Abl. epitome Nioba ou Niobe.

Gramdtica Latina, 4

Page 50: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

50

Masculinos em -as, -es.

b) Os substantives comuns declinam-se inteiramente a latina,como athleta, citharista, bibUopola (livreiro).Muitos conservam o nominative em -es e tern os outros casos

regulares.

Os nomes prdprios de pessoas e de povos conservam a formagrega do nommativo (a.r, &,•;, e declinam-se nos outros casos comoem latim.

Norn. Aeneas Anchlses sophistes, o sojLda.Gen. Aeneae Anchisac sophistaeUat. Aeneae Anchisae sophistaeAc. Aeneam (an) Anchisam (en) sophistam (en)Voc. Aenea Anchisa (1) (e) sophist! (e)Abl. Aenea Anchisa (e) sophist! (e)

SEGUNDA DeCLINAC?AO

... 48' ~/) Alguns nomes seguem inteiramente a declinacao

latina, p. ex.: Homerus, i, Romero; Alexander, dri, Alexandre; thea-trum, 1, teatro, etc.

/>) Nomes ha que no nommativo e acusativo do singularaiem das desmencias latinas us e urn, conservam as gregas os e on'p. ex.: Delus e Delos [Debs, Uka), ac, Delum e Dekfn; Ilium e£Uraw

\.ac - : Ilmm e.Ihon. Assim tambem os neutros em on terno acusativo e o vocativo em on, p. ex.: lexicon, i, n., Uxico, dido-narioj ac. e voc: leX1con. Os outros casos sao regulares

ac) Alguns substantives, alem das formas latinas, conservam

as desmencias de declinacao atica grega, p. ex.: alem de Androeeus

V60

'

a°i"i

eif°?trap -se"f

=Norn. Androgeos (Androgeu); Gen./Dat'

iTnA C nAfdr0/1f ;

l

C"A"drogg5n - e assim Athos („ 'monlAlas): Gen. Dat. e Abl. Atho; Ac. Athon e Atho.

d) Os substantivos proprios em -eus tern o vocativo singularemeu; nos outros casos seguem a segunda declinacao latina, apresen-tando as vezes as desmencias gregas nos casos genitivo e acusativo.

Norn. Orpheus (2) Orjeu. Prometheus, PrometeU.Gen. Orphei ou OrphSos. Promethei ou Prometheos.iJat. Orpheo PrometheoAc. Orpheum ou Orphea Prometheum ou Promethea;??• X^61-!' PrometheiiAbl. Orpheo Prometheo

e) No plural seguem regularmente a declinacao latina

tra sleTdT

-

V"eS' P°rem '

-Pecklmente nos titulos dos livros, £££Inn KK

dfSm

/

enCiafe^"™ em luS™ da latina -ra , p. ex.: GeorgT-

ifbri^ ^' '^"^ obra de Vergilio) por Georgicorum

(I) Raramente a

Page 51: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Aer, ens ar

aether, ens eter

Pan, nis PanHector, oris HeitorPal/as, adis Palas

Arcades, um ArcadesCrater, eris tagaMacedones, um Macedonios

Terceira Declinaqao

49. — a) Os substantivosgregosfeminmos em is, genitivo is,

como poesis, poesia; basis, base; haeresis, heresia, tem o acusativo

.\ singular em im ou in e o ablativo em /: poesim on poesin, basim,

haeresirn; po'esi, bast, haeresi; Neapolim ou NeapoUn.b) Os noraes gregos em ma, como po'etna, dogma, epigram-

ma, tern o genitivo plural em -orum ao lado da forma regular em -um,

e o dativo e ablativo em /,r em vez de ibus; em resumo: no plural

seguem a segunda declinaeao:

po'ema, plural: po'emata, po'ematorum, po'emaiis.

embleina, plural: emblemata, e.mblematorum, cmblematis (cl*. n.

32, c — - pag. 38 —- observacao 1, pag. 40).

c) Alguns nomes de origem grega tem o acusativo singular

cm -a e o acusativo plural em -as:

a'era (aerem);

aethera (aetherem);

Pana;Hectora {Hectorem);

PalLada (Palladem);

Arcadas e Arcades;

crat eras icraieres);

Macedonas.

d)Os parissilabos em -es declinam-se regularmente comonubes (cf. pag. 34), mas frequentes vezes tem o genitivo em i em lugar

de is; en no acusativo em vez de em, e no vocativo e por es:

Norn. Aristldes Socrates

Gen. Aristldes e Aristidi Socratis e Socrati

Dat. Aristidi Socrati

Ace. Aristldem e Aristiden Socratem e SocrSten

Voc. Aristldes e Aristlde Socrates e Socrate

Abl. Aristlde Socrate

e) Os femininos em -o terminam o genitivo em -us e os demais

casos em o, p. ex.: Dido, gen. Didus, Dido — ou tambem gen. Di-

donis, dat, Didoni, ac. Didonem, abl. Didone; Sappho, gen. Sapphus,

Sappho, etc.

§ 7.° — Nomes compostos.

50. — Ha. duas especies de nomes compostos: alguns sao

compostos de um nome e de um adjetivo, como respubiica = res-pubU-

ca, jusjurandum — /us-Jurar.ditm; outros dc dois substantivos, umdos quais e um geniti\'o de especificacao, p. ex.: terraemotus =terrae-moius.

a) No primeiro caso, isto e, quando se compoem de umsubstantivo e de um adjetivo, declinam-se simultaneamente as duas

partes componentes:

Singular Plural

Nom. res-publica, a republica. Norn, res-publicae.

Gen. rei-publicae. Gen. rerum-republicarum.

Page 52: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 52 —Dai. rei-publicae. Dat . rebus-publicis.Ac. rem-pubheam. Ac. res-publicas,

Abl. re-publica. Abb' rebus-publicis.

.

J)Nos compostos de dois substantives urn em caso nomina

e fL^o S-&? "" ma'T

tri° SOmcnte

° » caso nomfnTvo-en W^ o ter r'T

c*so Semtivo, p. ex.: terraemotus,

uitu^^^nr%s:S^ %• rssr (f^-

SingulaPlural

terrae-motus.Nom. terrae-motus, o terremoto Nom. terrae-motus.Gen. errae-motus. Gen. terrae-motuum.Dat. terrae-mom. Dat . terrae-motibus.

;.Ac terrae-motum. Ac. terrae-motus.Voc. terrae-motus. yoc . terrae-motus.Abl. terrae-rnotu. Abl . terrae-motibus.

CAPITULO VIII

OECLINACAO DOS AOJETIVOS

51. — O name adjetwo, chamado tambem simplesmenteadjehvo, e a parte do dxscurso que serve para indicar a qmfidade ouo numero das pessoas ou cousas. Ha duas especies de adfetivo"qualificahvos e numerals.aujetivos.

. .

Na lingua latina os adjetivos dividem-se em duas classes-pnmeira e segunda classe.classes.

. ..

a}°% adjetivos da primeira classe recebem as desinencias da

LXTo of° "°^T 6 aS de"^ *° mascuTno Jneutro, p. ex.: bonus, bona, bonum; pulcher, pulchra, pulckrum.

iWb)p

s.

a^etivos da segunda classe tomam sempre em todos osgeneros as desmencas da terceira declinacao, p. ex.: brevis,WPRIMEIRA CLASSE DOS ADJETIVOS

urn- o-u^c'-Hh ?Ladjetivos

.

da Pnmeira classe tern ires desinencias,

Tiunda 4, %Sn %

PnmeU'a em "US °U ~er Para ° masculinoa w,unda ^u -a para o temmmo, a terceira em -urn para o neutro'

a s^Sr em " SCSUC a Prin,elra <leci:na*So, as outras se^uem

,ue tern^S^^' Mt°™»-^ *«^- « ° **» active

.V'

Page 53: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 53

:

)esinencias dos adjeiivos d.a primeira ciasse.

mascu.lino neutro

Norn. USomER UMGen. i

Dat. oAc. umVoc. e Igual ao twin.

Abl. o

feminine (I)

aaeaeamiaa

masculine neutro renasnsno

Norn.Gen.Dat.Ac.Voc.Abl.

orumis

OSi

aa

aearumis

asaeis

Exemplos:Singular Plural

Nom. bonus, bona, bonum, bom Norn, bom, bonae, bona, bans

e boa.

Gen. boni, bonae, boni.

Dat. bono, bonae, bono.

Ac. bonum, bonam, bonum.

Voc. bone, bona, bonum.

Abl. bono, bona, bono.

e boas.

Gen. bonorum, bonarum, bono-

rum.Dat. bonis.

Ac. bonos, bonas, bona.

Voc. boni, bonae, bona.

Abl. bonis.

, Do nidsmo modo declinam-se:

Albus, alba, album, branco e branca.

Dignus, digna, dignum, dlgno e dtgna.

Doctus, docta, doctum, douio e doula, etc.

Singular Phiral_

Nom. pulcher, pulchra, pulchrum Nom. pulchn, pulclirae, puicttra,

beio e beta. betas e betas.

Gen. pulckri, pulclirae, pulchri. Gen. pulchrorum, pulchrarum,

pulchrorum.

Dat. pulchro, pulclirae, pulchro. Dat. pulchris.

Ac. pulchrum, pulchram, pul- Ac. pulchros, pulchras, pulchra.

chrum. . ,

Voc. pulcher, pulchra, pulchrum. Voc. pulchn, pulchrae, pulchra.

Abl. pulchro, pulchra, pulchro. Abl. pulchris.

(1) Praticamente, nos dicionarios e nas gramaticas, sempre se coloca a ter-

minate e a declinacao do [eminino entrc o gencro masculino e neutro, p. ex.:

bonus, a, um.

Page 54: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

54 —

Do mesmo modo decUnam-se

lli

lifeHi

Pimm3

fef'SaCI'a

' ?acrum

' Wrado e sagrada.^" Plgra'Plsmm

' /"^«W e preguigosa, etc.

'• Gcn"

hbcrorum, Iiberarum, Iibc-

Joe. jibSrSj^ffi ^~ fc gfc^^'ibera.Abi. hbero, libera, Hbero. Abl' Iiberl'

berae'IJber^

^/- liber declinam-se:

miser, misera, miserum, //7/'c//rasper, aspera, asperum, d.xpero'tener tenera, tenerum, fc„™.Pest.br, pestifera, pestiferum, pcMjcro, etc.

«vos: ^Sa"SC raramente

° —lino singular dos seguintes adje--cetera, ceterum, oulro, o reslante.

postera, posterum, o que ,em depou, o tcguinte.

marum, plurfmorum.*emtlvo plural com plunmorum, pluri-

SEGQNDA CLASSE DOS ADJETIVOS

vos .ue sSe^ *SLl dSS^e^otm1°^^ °S ^«"

tztsss.rirrs-'^w;

-~

-) uma so term inacs;^;x:; :as

-

:

w>w- neut~-

d) .,,!;,(•" ^-omojel/.X: mas. icm. c neutro.

a) Adjetivos com tres terminates j

21 ffPai'a

°,ma?cul;no.

) t; £, "ara ° temimno.' Jj & para o neutro.

v

I

IIIII

:

Page 55: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

55 —

Os adjetivos destc grupo tem sempre as seguintes desinencias:

SINGULARm. f. n.

PLURALm. f. n. 1

Nom. ER, IS, EGen. is

Dat. i

Ac. em (m. c /.) e

Voc. Igual ao nom.Abl. i

Nom. es

Gen. iumDat. ibusAc. esVoc. es

Abl. ibus

ia

ia ;

Exemplos:

-Singular

Nom. acer, acris, acre, agudo e Nom.aguda.

Gen. acris, acris, acris, Gen.

Dat. acri, acri, acri. Dat.

Ac. acrem, acrem, acre. Ac.

Voc. acer, acris, acre. Voc.

Abl. acri, acri, acri. Abl.

Plural

acres, acres, acria, agudose agudas,

acrium, acrlum, acrfum.

acribus, acribus, acribus.

acres, acres, acria.

acres, acres, acria.

acribus, acribus, acribus.

Os adjetivos com Ires lerminacoes sao Irezc;

acer, acris, cicre, agudo;

alacer, alacris, alacre, pronto, experlo;

voliicer, volucris, voliicre, alado;

celeber, Celebris, celebre, jrequenlado;

saluber, salubris, salubre, salubre;

puter, putris, putre. mole;

campester, campestris, campestre, campestre;

equester, equestris, equestre, equestre;

paluster, palustris, palustre, palustre;

pedester, pedestris, pedestre, pedestre;

silvester, silvestris, silvestre, silvestre;

terrester, terrestris, terrestre, terrestre;

celer, celeris, celere, rdpido, veloz.

Aiguns destes adjetivos com tres terminacoes, as vezes, no

masculino, tem a desinencia is em lugar de cr, p. ex.: salubris annus(Cicero); collis silvestris (Cesar); terrestris excrcilus, equestris tumultus

(Livio); alacris Dares, Aeneas (Vergillo).

b) Adjetivos com duas terminacoes( 1) IS para o masculino

]feminine

( 2) E para o neutro.

Page 56: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

lift

si

:i\

Os adjetivos deste grupo tern sempre as seguintes desinSncias:

SINGULARm. f.

em (/«. e /.)

Igual ao nom.i

Exemplos:

SingularNom. brevis, breve, Z>/-lw.Gen. brevis.Dat. brevi.Ac. brevem, breve.Voc. brevis, breve.Abl. brevi.

Singular

Plural

Nom. breves, brevla, breves.Lien, brevium.Dat. brevlbus.Ac. breves, brevla.Voc. breves, brevla.Abl. brevlbus.

PluralXT . -rrurai°nS °mne

'

t0d°

e t0da'N°m

-omnes

' <»»»*, W„, e ,„tudo.Gen. omnis.Dat. omni.Ac, omnem, omneVoc. omnis, omne.Abl. omni.

Gen. omnium.Dat. omnibus.Ac. omnes, omnia.y°c - omnes, omnia.Abl. omnibus.

Do mesmo inodo declinam-se:

Dulcis, dulce. doce D r t

Q- -1- • „7 KucilS, rude, fojYY) rt/e/>'r„Sinufcs, sunlle, ,^/W, Debffi'

S; debl£ ^/"tc

"

c) Adjetivos com Uma s6 terminagao-X para todos osgeneros.

Os adjetivos deste gcupo tern sempre as seguintes desinencias:

SINGULAR"in. f.

IK

flom.Gen.Dat.Ac. em (m. c /.) xVoc. Igual ao nomin.Abl. I

J

Page 57: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Exemplos:

Singular

Nom. felix, jeliz.

Gen. fclicis.

Dat. felici.

Ac. feilcem, I'ehx.

Voc. felix.

Abl. felici.

Singular

Nom. velox, i><iloz.

Gen. velocis.

Dat. veloci.

Ac. velocem, vcic

Voc. velox.

Abl. veloci.

Plural

Nom. fellces, felicia, jclizct.

Gen. feliclum.

Dat. I'eliclbus.

Ac-. fellces, fclicla.

Voc. fellces, Felicia.

Abl. lehclbus.

Plural

Nom. veloces, veiocia, vclozo

Gen. velocium.Dat. velocibus.

Ac. veloces, veiocia.

VOC. veloces, veiocia.

Abl. velocibus.

Do mcsmo /nor,io dr..icunam-se:

Audax, audacis, audaz. Ferox, ferocis, jeroz.

Faliax, fallacis, cnganador. Loquax, loquacis, palrador.

Rapax, rapac;s, ra.oa.ce, etc.

Qbservacoes. — 1) Os adjetivos com uma ou duas terminacoes, p. ex.:

felix, Jeliz; martialis, marcial; juvenalis, juvenil, etc., terminam, o ablativo tantoem c como em /; em i quando adjetivos: jelici, inartiali, juvcnati, mas dir-se-a:

Felice, Marliale, Jiwenale, etc., porque sao substantivos.

2) Os nomes dos meses, originariamente verdadeiros adjetivos, concordamem genero, numero e caso com o substantivo a que se referem, e os da segundaclasse (September, October, November, December e Aprilis) terminam o ablativosingular em i, p. ex.: Kalendis Januariis, primciro de Janeiro; Kalendis, Nonis,Idibus Septembribus, eml, em 5 ,em 13 de Setembro; mense Aprili, mense Septembri,no mes de Abril, em Setembro, e tambem simplesmente: Aprili, Septembri, emAbril, em. Setembro, etc.

Nota. ---- Alguns adjetivos do uma so tcrminacao tern o ablativo em -r

(os com astei'isco tambcm cm -/) e <> genitive plural em -it in e careuera dos trcs

casos ueutros do plural. — Qua so todos sao adjetivos substantivados.

* ales, Mis, (.pnetico), alado;

caelebs, llus, solleiro;* dcgcficr, eris, deyenenuto, i

,'/:

deses, Idis, ocioso;

dives, Itis, rico;* immemor, oris, esquccido:

impos, irupotis, que new c senhorimpubes, eris, impubcrc;* mops, opis, pobre;* memor, oris, que se lembra;particeps, cipis, participante;

pauper, ens, pobre;

'' cicur. uris, domado, mans-j;

compos.. litis, que e senhor d.c; <,'ir: oozn de;

princeps, Tpis, o primciro Urn relucao

ao tempo, ao lu.gar);

quadriipes, pedis, quadrupedc;reses, Idis, preguicoso;

sospes, Itis, sao c 'salvo;

superstes, stltis, supers/lie;

supplex, Icis, suplicante;

teres, etis, rcdondo;* uber, eris, jecundo;versicolor, oris, jurtacor;* vigil, gilis, atcnio, vigilante.

Page 58: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

58

M ft

11

Particularidades avulsas :

Anceps, cipltis,

ducidoso;dis (m. ./.) dite («.),

/wo;locuples, pletis,

Wco/pracccps, cipltis,

prccipilado, precipilosovetus, ten's,

'

antir/o.

ancipite (-/')

diti

Iocupletc (-/)

praeciplte (-;')

vcterc (-/')

ancipitia

locupletla

IH-accipitTa

vetcia

ancipitum

ditium

locupietiuin

(-urn)

praecipitum

veterum

uina so termina-

il^t^±±^El^:m^ aS a^ntes desinebcias:

d) Adjetivos e participles terminados em NScao para os tres generos.

Exempt

SingularJNom. prudens, prudente.

Gen.Dat.Ac.

Voc.Abl.

"

Nom.Gen.Dat.Ac.Voc.Abl.

prudentis.prudenti.

prudentem, prudens.prudens.prudenii.

Singularamans, amantc, o que amaamantis.amanti.amantem, amans.amans.amanti.

Nom

Gen.Dat.Ac.Voc.Abl.

Pluralprudentes, prudentia, pru-

derites.

prudentium.prudentibus.prudentes, prudentia.prudentes, prudentia.prudentibus.

PluralWorn, amantes, amantia.«en- amantium.

amantibus.amantes, amantia.amantes, amantia.amantibus.

Dat.Ac.Voc.Abl.

.

Por estesMecUnam.se osterminam em ans ou ens, como:

outros partlclpios e adjethvos que

Laudans Iaudantis, o que bum.

Page 59: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 59 —Observagoes. — /) Os participios em ns tem o .ablativo em e quando

participios e substantivos; em i quando adjetivos. Dir-se-a pois: ardente domo,

ardendo a casa; ardentl studio, com zelo ardente; Jeri'ente aqua, enquanto a agualerve; Jert'enli agua, com agua a ferver; a sapientc, por um sabio; a saplenti viro,

por um homem sabio.

2) Estes mesmos participios no genitivo plural terminam em um e ium:

em um, se forem usados corao substantivos, p. ex.: sapientum est spernere dunlins,

e proprio dos sabios desprezar ns riquezas; em Ium, quando participios e adjetivos,

; p. ex.: Injlammare animos audienftum, acendcr os animos dos que ouvem ( = dos

^ouvintcs); saplentlum \nrorum est spernere dunlins, e proprio dos homcns sabios

jfclesprezar as riquezas.

Adjetivos indeclinaveis e dcfcctivos.

54. — Tambem entre os adjetivos encontram-se os indccliiiavcis c os

defectivos:

a) INDECLINAVEiS:Frugi, que tern bom procedimento, prudente- Propriamente e o dativo de

Jruxe signiticaria: para vantagem, para utilidade (cf. n. 34, 2, pag. 41).

Necesse, necessario, une-se com esse ou habere.

Nequam, que nao vale cousa alguma, malvado.Made, que propriamente e vocativo de um arcaico mac/us e significa: sc

glorificado, abencoado; quasesempre com um ablativo: made animo, animol cora-

gem! Made virlule, bravo! (propriamente: se feliz pelo teu valor).

b) DEFECTIVOS sao uns poucos adjetivos, que, indicando numeros, pela mesmasignificacao que Ihes e propria, tem so o plural, p. ex.: pauci, plerique, complurcs,

seagull, bull, superl, Injcrl, etc.

De exlex, sem lei, independente, alem do nominativo, encontra-se tambemo acusativo exlegetn; de exspes, sem esperanca, desesperado, so o nominativo.

DOS GRAUS POSITIVO, COMPARATIVOE SUPERLATIVO

55. — a)Os adjetivosqualificativos tem tresgrausdd'erenies:

positivo, comparative e superlative positivo sigmfica qual e acousa, como sanctus, santo. comparativo exprime um confronto

e aumenta a significacao do positivo, sanctior, mals sanlo. super-

Iativo significa a qualidade da cousa era grau sumo, como sanctis-simus, santiss'uno, o mals santo.

b) comparativo forma-se substituindo-se a. desineucia dogenitivo singular masculino (i nos adjetivos da primeira classe

e is nos da segunda) a terminacao -ior para o masculino e femimnoe -ms para o neutro.

superlative forma-se substituindo-se a mesma desinencia

do mesmo caso a terminacao -issimus, a, um. Por exemplo:

Nom. s. clarus, g. s. m. clari— comp. m. f. clarior — n.

cla.rius.

Superl. ciarissiro.tiS; a, um.Aphis, apll— comp. aptior, apiius •— super!. aptissimuS;

a, um.Gravis, gravis — comp. gravior, gravius — super. gra~

vissimus, a, um.Mills, initio comp. raitior, ratiiius — superl. mitissi-

mus, a, um.Prudent, prudenL'u comp. prudentior, prudentius —

superl. prudentissimus, a, um.

Page 60: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 60

«^et^?abtJ^T(pdp&3rfo

COm°

°S ^;1iV0

1 ^ 2^em -a, e o genitivo plural em M! 'J

, f-6m

1} °, Plural neut™os adjetivcTs da primSa daL suP^lativos declmam-se como

scuintew!^ fomParat;v° e superlativeM-^uiiues dcsinenoas. latino (em sempre as

if

mm

pip

SBlit

Hit

ssfa

'Coniparatjvo

NomGen.Dat.Ac.Voc.

Abl.

(sanct)-ior (sanct)-ras(sanct)-ior-is

(sanct)-lor-l(sanct)-ior-em (sancf)-ius(sanc(:)-ior (sancfc)-ius

(sanci-)-lor-e (-£)

iNom. (sanct)-ioi-es (sanct)ior-aj

J^en - (sanct)-ior-um

a'

, N„(sanct)-ior-ibus

,,

Ac. (sanct)-jor-es (sanct)-i5r-a\ oc. ^sanct)-ior-es (sanct)-ior-a!

'ciD• (sanct)-ior-ibus

J

tivo entram semprf£& element"XwWe^T "5.*?*™?** d° compara-camos entre parentis, 2) o sufixo -/<> que iadt,

" Jehv°fiositiv°' que colo-

desmencia. -<"' 1ue lndlc« ° grau comparative J) o elemento

a.

SINGULARrn.

Nom. (sanct-issim-usGen. (sanct)-issim-i

Dat. (sanct)-issim-o ae o- Ac. (sanct)-issim-um amHm

fi AK? }sanc

f)-.lssim-e a vlui

IL(sanc*)-1Ssim-o a o

Superlative

PLURAL

a urnae i

Nom. (sancO-isstm-i ae aGen. (sanct)-iss£m-orumarui

orumDai. (sanct)-issim-£sAc. (sanct)-issim-osVoc. (sanct)-issim-IAbl. (sant)-issim-is

superlative IntafiTos' fa^ demtnfnf"^ V§"Se *ambem como na declinacao rlopositive, que colocamos entr Stal^rT^ ? ^ do aSdesmencia. parentesis, ^ o sufixo do superlaiivo, 5) o elemento

irticu Idades na formasao dos comparativese dos superlatives

Page 61: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

/,'

POSITIVO

facilis, e

difficilis, e

gracilis, e

humilis, e

similis, e

dissimilis, e

COMPARATIVO

jaciLior, ius

difjicilior, ius '

gracilior, iushumidor, ius

sunilior, ius

dissimiiior, ius

._ 61 —

SUPERLATIVO

facillimus, a, um j

difficillmuis, a, um ;

graeilliiTius, a, umjhumillimus, a, um ;

similliraus, a, um j

dissixniliimus, a, una.

Os outros formam o superlative) regularmente: nobilis, nobi-lissitnus; amabilis, amabitissimus; utilis, utilissimus, etc.

. 9bs.';i'.

VacSo- ~ foibecillis ou imbecillus faz tanto imbecillimuscomo imbecilhssimus.

c) Os adjetivos em que a desinencia us e precedida de vogal,como

^idoneus, noxius, etc., tern o comparativo e superlativo

penfrastico, empregando-se com eles o adverbio magis para ocomparativo, magis idoneus, a, um; e maxime para o superlativo,maxime idoneus, a, um. Contudo, os que terminam em quus saoem tudo regulares; antiquum, antiquior, antiquissimus, porque o u,que segue ao^,_nao tern valor de vogal. Como tambem sao regularestodos os adjetivos que terminam em -ids, p. ex.: pinguis, gordo;tenuis, tenue; pinguior, tenulor; pinguissimus, tenuissimus.

Mais exemplos: regius, carius, noxius,' vacuus, dubius,exiguus, perspicuus, adversarius, contrarius, industrius, etc.

_Observacao. — Alguns adjetivos em uas formam, nao na linguagem

classica, um ou outro grau de comparacao regularmente, p. ex.: assiduus, assiduo,assidmor, assiduissimus; pius, piedoso, superlativo piissimus, forma reprovada porCicero como estranha a lingua latina. Depois da idade de Augusto, piissimus tor-nou-se a forma regular.

Encontra-se tambem pientissimus, como de piens; strenuus, caloro.ro,strenuior, strenuissimus; exiguus, pei/aeno, exiguior e exiguissimus; vacuus, vazio,superlativo vacuissimus.

d) Os adjetivos compostos dos verbos facio, dico, volo,e que terminam o nominativo singular em -ficus, -dicus, -volus,como magniftcus, maledicus, benevolus e outros, formam o compara-tivo em eratior, entius e o superlativo em entlssimusj, a, umcomo magnificentior, magnificentissimus ; maledicentior,maledlcentlssimus j benevolentior, benevolentissimus. —Egenus faz egentior no comparativo e egeniissiixuis no su-perlativo; propidus, faz providentlor, provideratissimus.

e) Dives5 rico, tern o comparativo ditior ou divitior.mais rico, e o superlativo ditissimus ou divitr.ssmausj riqu'tssimo.

j) adjetivo matuFus, maduro, tern o superlativo ixiatu-rissimus e maturrirraus j prosperus (tambem prosper, a, urn)faz sempre prosperlor e prosperrimus.

g) Do adjetivo poetico e indeclinavel potis, pote, que pode,capaz de, forma-se o comparativo potior, mel/wr, e o superlativopotissimus, o mellior, o principal.

li) De ocys, rapido, adjetivo antiquado e de origem grega,forma-se o comparativo ocior, mais rapido e ocissimus, rapidissimo.— Do desusado deter, man, deterior, pior, deterrimus, pSssitno.

Page 62: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

r 'i- 62 -

i j

cedlmen^ %t'V^eti-

V°S indecIinaveis f™^ *"' &« *<** /*>-

Comparatives e superlatives irregulares

1 OSITIVO ©OMPARATIVO SUPERLATIVOm. f. n - iru f.to m* j-

Bonus; melior, melius; optfmus, a"'

id nus, major, majus; maximus, a , ,ImParvus; minor, minus . minimu8'

t J™-

suPerlativ^tLUl

a,

aU^fer «»»P«ativo plus, plurij, e o

No nom. e ac. usa-se:

do qu'e ftddfie!™ "60^^^^ havk n6le mais co^m

mais ^C°m° adV'rbi°' P '

GX - : neque° P^J^ere, nao posso fazer

m. f.

Nom. plures, „]„„„ / i • -,

fT plurmm.J-'ai- pluribus.

juPlures' ',

..Plura (ait. pluria)." D1 - pluribus.

Como^^ se declina o seu composto complures, maitos.nl. lem o superlahvo irregular os seguintes:

IrwtlS dCXl

:mUS

'

COlOGad° " direita

'd«tro

'd^to-

externo, eXTo. '^''^ 6 raramente «*"""' e*^ior,

/«/«w, /•„/«*"•, injtmuseimus, inferior, infimo.

o seguing^SoTfe'^'™ °U""^ ° *"—^™>o ruais alte^"''

"""*"'' ^"^ e ~"'' »u^ -pre-,'J

Page 63: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 63 —IV. Da preposicao citra (aquem) derivam-se o comparative}

ciierior, citerior, e o superlativo citlmus (raro).

Da preposicao prae, prior, o primeiro (de dois), primus, o•> » primeiro entre muitos.9 » intra, inferior, inttmus.9 * Prope, propior, mais proximo; proximus,

o mais proximo.» » ultra, ulterior, ultimus.s s ante, anterior, carece de superlativo.

V. Ha alguns adjetivos que tem so o comparativo, outrosque so tem o superlativo. As formas que faltam substituem-se porsinonimos.

adulescens, jovem (prcando adulescentior.

pelos vinte anos)

juvenis, jovem {prcando pe- junior.

los trinta anos)

senex, idoso, velho senior,

propinquus, proximo propinquior.alacer, pronto, experto alacrior.

longinquus, ajastado longinquior.credibilis, crivel credibilior.

probabilis, provavel probabilior.

novus, novo (recentior), novissimus.vetus, gen. veteris, antigo (vetustior), veterrimus.falsus, jalso falsissimus.

sacer, sagrado (sanctior), sacerrimus ou sanctissimus.inclitus, cekbre, etc. inclitissimus.

VI. Nao tem comparativo nem superlativo por indicaremuma qualidade ou um estado nao susceptiveis de aumento e de dimi-nuicao, os seguintes adjetivos:

aureus, dureo; marmoreus, martnoreo;aeneus, bronzeo; latinus, latino.

leweus, jerreo; romanus, romano;ligneus, Ligneo; vivus, vivo;

claudus, coxo, etc.

Todavia, se tambem destes adjetivos fosse precise formaro grau comparativo, bastaria juntar o adverbio magis para o compa-rativo e maxime para o superlativo, p. ex.: magis romanus, maximeromanus, etc.

VII. Para evitar encontros de sons menos harmoniosos,alguns adjetivos formam o comparativo e superlativo perifrasticocom magis e maxime, p. ex.: mirus, maravilhoso; ferus, jeroz;rudis, rude; trux, cruel; degener, degeneris, degenerado; inops, opis,pobre; praeceps, cipitis, precipiloso, etc.

Qbservacao.^— As vezes usa-se o circunloquio com magis e maximeou com valde, admodum, praecipue tambem com os adjetivos que tem asformas regulares do comparativo e superlativo, p. ex.: valde doctus. admodum doctus,praecipue doctus em lugar de docllor, doclisslmus, etc.

Page 64: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

II

iiif

i.

im

ll

11

64 —

Comparativo e superlativo dos adverbios.

O comnaS™ ftad

J&bios de ^odo tern comparativo e superlativo.

de^Tn i

« em ,*«s como o neutro do comparativo correspon-dent. O superlative e em Issime on cm irae •P

longus

ornatus

miser

acer

fortis

bonusmalusmagnusmultus

longe

ornate

mis ereacrlter

fortiter

benemalemagnoperemultum

longius

ornatius

miserius

acrius

fortius

melius

pejus

magisplus

longissime.

ornatissime.

miserrime.

acerrime.

fortissime.

optime.

pessime.

maxime.plurimum

minus minime.

I paulum

(non multum

DOS GRAUS COMPARATIVO E SUPERLATIVO

Jade

PARTE SINTATICA (1)

Comparativo

df;^eriiridal:.eSP&ieS

°le C0lnP-at;—

de igualdade, de inforiori-

1) comparative de igualdade ( tZ^qZm*"""

forma-se com: i parIter... ac\ aeque... alque, ac.

X or exemplo: Caio 6 too diligente como Paulo' non. minus diligens ?u«, Paulus,tam diligens quam Paulus,panic- diligens ac Paulus,

iae«7«c diligens ac Paulus!*«?«<: diligens atque Paulus'

primeirotermoTa^K^St^^^^P?"^^ - ^etivo dopar no -ablative ou no me mo casTdo ™£ ^"^ ^ST d

,

a ™™P^acao pode-se— que). Por exemnlo H™ f^ 1^1™ Prcedl^da_ partfcula^ (do

Caius est

que, que). Por exemplo: --aio e menos diihgente do que Paulo, Caius est minusdiligens iW ou ?Mm iWUJ..

3) comparativo de superioridade forma-se-

racao. " ^"^ «™P»™tivo o active positive do primeiro termo da compa-

«. o caso^^^o^^\^^^^t^JC^^ S£m ^°^°<pnmeiro termo precedide da oartf " C) °-,

,

••

'

' °/' "° mesmo c:!s° do<*c.np]o:Ca io £,,,*/,,/;/;,,,,,,e^^ & "' '"' ^™ </'"?'» (=quc, do que). Por

,

b) Quando se como u-am ckr n'^H"J f'"""""- ^'°°" </«"« #,«/«,.

q«e clc possue uma das duas nun g au uper "t drouT^T^ Se <^""-se poem no comparativo com «w/« do-iok S^ • • ," ™' ambos os adjetivosfu.t ,,„W„. qLn ,«S: S?ieiiflo"

e2 aCl;ChV°'5- ex - ; P-^entianon acnor quam periinacior im )Ctu n^'-' """' amca^ora que juncsta;mpetus, impeto nao ,„„,.> occmcntc do que teimoso.

clesenvolSonf^S^319). A aplicacao pratiea d ntte mo ft"

lp-

arahvo e Supcrlali^.^l n.306-compara,So, e quase impost iem'a ^tSSica^rtp^^.' - *"» de

Page 65: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 65 —Ou tambem ambos os adjetivos se poem no positive com magis quam, p. ex.- con-selho mais aid que honesto, consilium utilius quam Iwncstius ou consilium maqisaide quam Iwncslum. bsta segunda construcao e a linica possivel com os adjetivosque carecem da torma -tor para a formacao do comparative

c) O adv&bio_ portuguSs «muito» antes do comparativo se traduz ->ormullo, p. ex.: mmtomais sabio, mutto doctior.

L

d) Quando nao se exprime o segundo termo da comparacao, o comparativomdica urn aumento ou uma diminuicao do positive e em portuguSs se traduzcom urn tanto, pouco, mutto, etc. p. ex.: senectus est natura loquacior, a velhicee por natureza urn pouco palradora; Themistocles liberius vivebat, Temistoclesvivia mutto Uvremente.

Superlative.

60. —-a) O superlativo latino compreende tanto o superlativo absolulo,como o superlativo relatwo da lingua portuguesa:

clarissimus =\

celcMrt™' superlativo absolulo.

{o mais celebre, superlativo relalivo.

O termo de comparacao no superlativo relati vo exprime-se em latim com ogenitivo parti'ivo ou com o ablalivo acompanhado das preposicoes, e, ex; de, p. ex.:Varro foi o mats sabio de todos os Romanos.

V-irrr> Finf \R°"'anoram omnium ) .. .vano ru.t

( ex(e> de) RonmnU omn ;bus \eruditissimus.

b-I) Quando o superlativo seguido de um genitivo plural e ao mesmo tempopredicadc

.

de urn sineito, node tornar o genero do genitivo ou do sujeito: o Indoe o maior de todos osnos, Indus est omnium fluminum maximus ou maximum

i i° fu>e '.

to> porem, for um substantivo abstrato, o superlativo seaueo genero do substantivo que esta em genitivo: virtus est omnium bonorummaximum a virtude & o maior de todos os bens. — Tambem se o superlativo pre-ceder, este deve absolutamente seguir o gSnero do sen genitivo: maximum om-nium Itahae fluminum est Padus.

c) O superlativo pode ser reforcado:

/) com vel, mesmo, ate: vel maximus, mesmo o maior.//Jcom quam, o mais possivel: quam maximus, o maior possivel.HI) com longe ou mullo, muitissimo: longe maximus, mu.ilis.nmo maior.II ) com unus, units omnium ou somente omnium, iinico entre todos-unus omnium ;ustissimus, o maisjusto entre todos.

d) Frequentes yezes em. portuguSs se exprime uma qualidade com oad,etivo positive precedido de muito , grande, grandemenle, muitissimo, etc., nest»caso o latim exige sempre o superlativo, p. ex.: muito bonilo, pulc.herrimus; o mengraiute amigo L-atao, Cato amicissimus meus.

_

e) Nao se trauuzem em latim os pronomes demonstratives o, a- os asequivalents a aquele, aquela, aqueles, r.queias, quando seguidos de um t'en-'tivo'p. ex.: as mvencoes da necessidade sac mais antigas que as do urazer, invent:-,necessitatis antiquiora sunt quam voluptatis; a casa de Ant6mo c maior cue a deCesar, domus Antomi major est quam'Cacsaris. Muitas vezes, porem, resses nw.epetc-se o substantivo. p. ex.: domus Antonii major est quam domus Caesaris'.

ADJETIVOS NUMERAIS61. Adjetivos numerals chamam-se os que indicam a

quantidade dos objetos e a ordem em que os objetos estao dispostos,e dividem-se em cardinals ou ndmerosfundamentals, que respondema pergunta: quantos? ordinals, que respondem a pergunta: qualna ordem? o decimo ? o vigesimo ? distributives, que respondema pergunta: quantos por vez? quantos para cada um?

Gramatica Latina, 5

Wm

Page 66: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

66

ESQiTEMA

fcw-

ItlF

19

22

ires, tria

quattuorquinquesex

septemocto

novemdecern

undecimduodecimtredecim

quattuordecimquindecimse(x)decim {decern et sex)septemdecim {decern et sep-tem)

duodevingmti {decern et ocloou octodecim)

undeviginti {decern et novemou novemdecim)

viginti

unus, -a, -urn et viginti ou\rms

secundus, -a, -umalter, -a, -um

tertius, -a, -urnquartus, -a, -urnqiu'niiis. -,i. -ur.i

sextus, -a, -umseptimus, -a, -umoctavus, -a, -umnonus, -a, -umdecimus, -a, -umundecimusduodecimustertius decimusquartus decimusquintus decimussextus decimusseptimus decimus

viginti unusduo et viginti ou viginti duo

viginti, tres, tria

viginti quattuor

duodeiriginta

undetriginta

triginta

quadragmtaquinquagintasexaglnta

septuaglnta

octoginta

nonaglntacentumcentum (et) unus

duodeviceslmusoctavus decimus

undevicesimusnonus decimus

vicesimus

unus et vicesimus ou vicesi-mus primus

alter et vicesimus ou vicesi-mus alter

tertius et vicesimus ou vice-simus tertius

quartus et vicesimus ou vicesimus quartus

duodetricesimusundetricesimustricesimus

quadragesimusquinquagesvmussexagesmius

septuagesimusoctogesimus

nonagesimuscentesimus

centesimus (et) primus

Page 67: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 67

.VIVOS MtTIfflI3i6Al§

4. ADVERBIOS NUMERAIS

singuli, -ae, -a, um a um, umpara cada um

bini, -ae, -a

terni, -ae, -a (lri.nl, an, a)

quaterni, -ae, -a,

quini, -ae, -a

seni, -ae, -a

septeni, -ae, -a

octoni, -ae, -a

noveni, -ae, -a

deni, -ae, -a

undeniduodeniterni deni

quaterni deni

qumi deni

seni deni

septeni deni

duodeviceni (octoni deni)

undeviceni (noveni deni)

viceni

singuli (et viceni ou viceni singuli

bini (et) viceni ou viceni bini

viceni terni

viceni quaterni

duodetriceni

undetriceni

triceni

quadrageniquinquageni

sexageni

septuageni

octogeni

nonagenicenteni

centeni singuli

semel, Lima vez

bis, duas veze..t

ter, Ires ve.zes

quater

quinquies

septies

sep ties

octies

novies?

decies %

undecies

duodecies

ter decies

quater decies

quinquies decies (quindecies)

sexies decies (sedecies)

septies decies

duodevicies (octies decies)

undevicies (novies decies)

vicies

semel et vicies ou vicies (et) semel

bis et vicies ou vicies (et) bis

ter et vicies ou vicies (et) ter

quater et vicies ou vicies (et)

quater

duodetricles

uncletricies

tricies

quadragies

quinquagies

sexagies

septuagies

octogies

nonagies

centies

centies semel

Page 68: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Ir,

mh1

m

m

— 68 —

centum (et) duoducenti, -ae, -a

trecenti, -ae, -a

quadringenti, -ae, -a

quingenti, -ae, -asescenti, -ae, -a

septingenti, -ae, -a

octingenti,-ae,-a

nongenti, -ae, -a

mille

duo milia

tria milia

quinque miliadecern milia

centum miliadecies centena milia

(= 10X100.000)vicies centena milia

centesimus (et) alter

ducentesimus, -a, -umtrecentesimus

quadringentesimusquingentesimussescentesimus

septingentesimus

octingentesimus

nongentesimusmillesimus

bis millesifmus

ter millesimusquinquies millesimusdecies millesimuscenties millesimusdecies centies millesimus

vicies centies millesimus

1) Adjetivos numerals cardinals,

veis, e dedLm-S f'sim:^^^^^^ ^ ^^

Nom.Gen.Dat.Ac.

Abl.

SingularPlural

unus, una, unum, um e uma Nom. uni, unae, unaunius.

uni

unum, unam, unum.uno, una, uno.

Gen. unorum, uaarum, unorumUat. unis.

Ac.

Abl.imps, unas, una.unis.

uma carta; ,,na ca.ira, u„, .L.r.oanZ(XX S"sX r-"*"'

H vai^ c- somenie, p. ex.: um homines, sornente os homens.

Os adjefwos seguintes dedlnam-se como unus:

totus, tota, totum, iWo.solus, sola, solum, so.

nullus, nulla, nullum, nenhutn.ullus, ulla, ullum, algum.

Page 69: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

69

BUJMEBAXS {continaafSo)

centeni bini

duceni, -ae, -a

treceni

quadringeni

quingeni

sesceni

septingeni

octingeni

nongenisingula milia

bina milia

terna milia

quina milia

dena milia

centena milia

decies centena milia

vicies centena milia

4. ADVERBIOS NUMERAIS

centies bis

ducenties

trecenties

quadringenties

quingenties

sescenties

septingentles

octingenties

nongentles

millies (milies)

bis millies

ter millies

quinquies millies

decies millies

centies millies

decies centies millies

vicies centies millies

b) Declinacao de duo e de tres:

Mom. duo, duae, duo, dois, duas. Nom. tres tria, tres.

Gen. duorum, duarum, duorum, Gen. trium.

Dat. duobus, duabus, duobus. Dat. tribus.

Ac. duos, duas, duo. Ac. tres, tria.

Voc. duo, duae, duo. Voc. tres, tria.

Abl. duobus, duabus, duobus. Abl. tribus.

Observagoes. — 1) Como duo declina-se ambo, ambae, ainbo, ambos.

2) Em lugar do genitivo duorum encontra-se tambem duum e o acusativo

masculino duo por duos.

5) Tambem o acusativo masculino de ambo tern dupla forma: ambo e ambos.

c) Os outros adjetivos numerais cardinais desde qualro

ate cem sao indeclinaveis, p. ex.: quattuor, quatro; quinque, cinco;

sex, seis; triginta, trinta; quadraglnta. quarenta; octoginta, oitenta;

nonaginta, noventa.

Depois de cem dir-se-a centum (ef) unus, Centura qu.inqu.a~

glnta.,, etc., ate duzentos que e declinavel: ducentl, ducentae, ducenta

e assim trecentl, ae, a, ate milk. O genitivo plural das centenas termina,

muitas veze's em urn em vez de orum, p. ex. : ducenium por ducentorum.

Esta regra aplica-se especialmente aos distributives; mas diz-se

sempre singubrum.O numero cardinal sescenti, seiscentos, e tambem usado pelos

latinos para indicar|umtnumero grande, indefinito.

Page 70: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

lilt

— 70 —

fentivo -, ™f?' 7 °S n"msi:os declinaveis concordam com o subs-ant^o a que se referem em genero, mimero e caso: duo adulescent^tna tcmpla, ducenti milites, mas dir-se-a:

actulescentes,

Nom. una et viginti naves,Gen. unius et viginti navium,Uat. uni et viginti navibus,Ac. unam et viginti naves,Abl. una et viginti navlbus.

porque unu.s, a, urn e declinavel e viginti inclccHna vei.

63. — Com relacao a milk observa-se:

<z)MilIe e adjetivo indeclinavel.

Nom. milk milites.Gen. milk militum.Dat. m///e militibus.Ac. /wfV/e milites.Abl. /?My/e militibus.

Com 1000 soldados, cum mille militibus.Co* 7^ W<W, cum miUe et quadringentis milltlbus _

Nom. unum et viginti milia.Gen. uhius et viginti milium.i)at. um et viginti milibus.Ac unum et viginti milia.Abl. uno et viginti milibus.

c) Regra. — Milia exige em genitivo os objefcos enumerados:Nom. duo milia militum.Oen. duorum milium militum.Uat. duobus milibus militum.Ac duo milia militum.Abl. duobus milibus militum.

miltaCeOquScn^feqUltUm

(°° quinscnti (W^ ^uitum <1«°

miHa(et)qd^ti).ilTa ^ ^"^"'i ^'^ (W"" : e*uites duo

Note-se ainda:

e5preSsao^™ for™a d^i:^^ 0iS " ltll,,OS ni™™ P°^»- forma, com uma

° 10- auodetnS1nta=28.

Page 71: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 71 —2) Nos numeros compostos de dezenas e unidades, as unidades

.

precedem,'

a dczena com ct ou a seguem sera et: tres ct viginti on vig'inli ires.

3) De 100 a 999, o maior precede e os menores seguem ordiuariamentesem [ct: trccenli Iriginta^ 550.

4) De 1000 para cima quase sempre precede o mimero menor com el, p. ex.:

i/uinquc ctmille 1005; i'iginti cftria milia, 3020; centum ctduo milia, 2100.Mas, se aqs milhares se unirem as centenas e dezenas, em regra, o numero

maior precede o menor: milhares, centenas, dezenas e unidades, p. ex.: Iria milia (ct)

'::

:

aenl^fi:'octoginta/:.rcx^:5\SiS^

::ff::;::M:::M:::Si}

gtqdQlexigeiffiQfg^—Esta construcao e a regular para anus, a, urn, p. ex.: unus ex (de) septem sapienti-

2) Adjetivos numerals ordinals.

64. — a) Os adjetivos numerals ordinais formam-se (menosos dois primeiros) dos cardinais correspondentes, e declinam-se comoos adjetivos da primeira classe, p. ex.: primus, a, um, primeiro, a;

secundus, a, um, segundo, a; tertius, a, um, terceiro, a; quartus, a,

um, quarto, a, etc.

b) Com relacao a primus e secundus, note-se que primussignifica primeiro entre tres ou mais de tres; mas, se a comparacaose limita somente a duas pessoas ou cousas, em lugar de primus,

usa-se prior (cf. n. 57, IV, pag. 62) e em lugar de secundus, alter.

c) Nas combinacoes com um usa-se mais frequentemente

unus que primus: unus et vicesimus, em vez de vicesimus primus; unuset quinquagesimus, em vez de quinguagesimus primus. Nas combina-coes com dois emprega-se ordiuariamente alter em lugar de secundus:

alter et quinquagesimus, em lugar de quinquagesimus secundus.

d) Os ordinais de 13 a 17 exprimem-se fazendo preceder o numero menorsem el: tertius decimus, quartus decimus, etc.

De 20 a 29, em regra, precede o numero que exprime as dezenas sem ct,

p. ex. : quadragesimus scptimus; ou une-se o menor ao maior com ct, p. ex.: Septimus cl

quadragesimus. — Tambem na uniao das centenas com numeros menores quasesempre precede o maior com ou sem cf, p. ex.: centesimus (et) quadragesimus quartus;

duccntesimus scptimus.

Alem de mil, o maior precede o menor sempre sem ct, p. ex.: miltcsimus octin-

genlcsimus quinquagesimus scptimus.

c) Os milhares se exprimem por meio do adverbio numeral correspondente,

p. ex.: bis, ter, quafcr, etc.: bis millesimus, ter millesimus, qualci ' millesimus, etc.

./) Tambem com os numeros ordinais, os dois iiltimos numeros podem-seformar com uma expressao em forma de subtracao, p. ex.: duodevicesiimis, duodc-

Iricesimus.

J) Adjetivos jminaerais distributivos,

65. — a) Os adjetivos numerais distributives usaixi-se

para indicar que urn numero e tornado vez por vez, p. ex.: bini reges

creabantur, cada vez elegiam-se dois reis; ou quando o numero se

refere a cada individuo, p. ex. : Caesar elAriovistus denos equites addu-

xerunt, Cesar e Ariovisto levaram cada um dez cavaleiros. Dizendo-se

decern equites significaria que foram levados pelos dois dez cavaleiros.

Os distributives declinam-se como os adjetivos da primeira classe

e tern so o plural, p. ex.: slnguli, singfilae, singula, um a um; bini,

binae, bina, dois a dois, etc.

Page 72: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

-— 72 —

o„ ^,,-JlNVmi3° d" "nidades com as dezenas, o numero menor pode preceder

Zl^Zi ' ant6S deVmt,

e Seralmente precede: quaterni dchi; depois de vinte

f ex ll^/fUe: ;'"'" S

"k°i': Precedendo o menor, e facultative o „so do ,/

«r;i iv*^ °UVe-

r aS centenas'o numero maior precede o menorsem ct, p. ex.: centeni quadragem. quint.

4) Adverbios numerals.

66. — Os adverbios numerais ate 19 exprimem-sc fazendo nrecedc- onumero menor sem el, p. ex.: qualer decks' tazenao piecedci o

«*«,; m£?si^amLPo"^ede

ro

i

mari

derrCqllenteme,llC SCm -' : "uadra^ <">

As centcnas precedem, as mais das vezes, sem ct, p. ex.: «„//„ send.

Numeros i'racionarios.

partisj.^^t^^ frac;°'-»- - exprimem com o substantive pars,

pars;W^"^^^*£** *"^ ™ "*> ^= d-*ab) Se o numerador for superior a unidade, exprimir-se-a com o m1mn.n

CAPITULO IX

Declinagao dos pronomes.

Pronome e a palavra que faz as vezes de urn nome e concordacom ele em genero e numero.

TTT , ,

H" seis especies de pronomes: I) pessoal; TI) oossessivn-HI) demonstrative; IV) relative; V) interrogative; Wl)^S^'.68, — I) Pronomes pessoais.

Da primeira pessoa. Da segunoa pe^oa.

Si"Sular SingularNorn, ego, cu.

_Nom _ ^ ^ben. mvdemini. Gen. tui, <fc //.

Dat. mxhi, a mim, me. Dat . tibJ, a tf, &.Ac-

me>^- Ac. te,fe.

Abl.Voc. tu, 6 tu.

me, de mtm, por man. Abl. te, de ti, por ti.

Page 73: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

vos.

— 73 -

Plural P^ral

Nom. nos, nos. Nom. vos, v6s.

Gen. nostrum ou nostri, de nos. Gen. vestrum ou vestn, a?e

Dai nobis, fl /W, nw. Dat. vobis, a vos, vos.

Ac. nos, nos. Ac. vos, w.Voc. vos, 6 v6s.

Abl. nobis, de nos, por nos. Abl. vobis, </e e£r, /7<v tw.'

Cumpre observar:

a) Em lugar de milii encontra-se, especialmente na poesia,

a forma contrata mi. (Cf. n. 22, 7, 1, c, pag. 26).

/>) Os genitivos nostrum, vestrum; nostri, vestri nao se podem

usar indiferentemente. Nostrum e vestrum sao genitivos partitivos

e significam enfre noj-, entre vos; unus nostrum =um de nos, um entre

nos.—iVWr/ e (w^y significam simplesmente de^nos^de vos; miserere

nostri= tende piedade de nos.

c) A preposicao cum, que exige o ablativo, sempre se pospoe

ao pronome pessoal: comigo, contigo, consigo, conosco, convosco =

mecum, tecum, secum, nobiscum, vobiscum.

^)Para reforcar o pronome pessoal acrescenta-se-lhe, as vezes,

exceto o nominativo sing, tu e os genitivos plurais nostrum, vestrum,

a particula met: egomet, temet, memet, tibimet. As vezes acrescenta-se

tambem ipse: egometipse, nosmelipsi vobismetipsis, semetipsum. Opronome ipa pode-se escrever tanto junto como separado do prono-

me pessoal reforcado. O pronome tu reforca-se com a enclitica te:

tute. As vezes redobra-se o ac. singular: meme, tete, especialmente sese,

p. ex.: inter sese, tete, meme. O acento fica sobre o primeira silaba.

Pronome reflexive da iercelra pessoa.

Singular e plural

Gen. sui, de si; dele, dela; deles, delas.

Dat. sibi, a si, se, para si; Ihe, Ihes; a ete, a ela; a eles, a elas.

Ac. se, se; o, a; os, as.

Abl. se, de si, por si; por ele, por ela; por eles, por elas.

O pronome reflexive so se usa como complemento e carcce

de nominativo, porque o nominativo e o caso do sujeito. Serve para

todos os generos e para todos os numeros.

II) Pronomes possessivos.

g9 o— Os pronomes possessivos formam-se dos_ pronomes

pessoais. Ha um para cada pessoa e para cacla numero; o da tercelra

pessoa, como o pronome, serve para o singular e para o plural.

Sao os seguintes:

meus, mea, meum, meu, tninha.

tuus, tua, tuum, tea, tua.

suus, sua, suum, seu, sua.

noster, nostra, nostrum, nosso, nossa.

vester, vestra, vestrum, vosso, vessa.

Page 74: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

iulBis.

— 74 —

(nag Sl)

ai?Z^

S primeiros de^m-se como ^,w, &,,Mj Wwem loir de ^T' ^ n°. vocatlvo lingular masculine faz mlem logar demce da forma arcana mcus. (Cf. n. 22, 1, 1, c, pag. 26).

*) itfarfc/- e „«*«• declmam-se como pulcher (pag 53W««rj-mmj- e verier nao tem vocative g'' '

dalmenteC)

nnS/°rm

,

S d°S Profomes ou adjetivos possesses, espe-aamente no acusativo plural neutro (nunca no senitivo nluran

£:rcJc±or9ar com

° sufix° -*« «*«* «£?SSingular

Nom. meus, mea, meum, mm,niuiha.

Gen. mei, meae, mei.

Dat. meo, meae, meo.Ac. meum, meant, meum.Voc. mi, mea, meum.Abl. meo, mea, meo.

Plural

NornGen.Dat.

Ac.

Abl.

Singular

tuus, tua, tuum, teu, lua.tui, tuae, tui.

tuo, tuae, tuo.

tuum, tuam, tuum,tuo, tua, tuo.

Singular

Nom. suus, sua, suum, seu, sua.Gen. sui, suae, sui.

Dat. suo, suae, suo.Ac. suum, suam, suum.Abl. suo, sua, suo.

Singular

Nom. noster, nostra, nostrum,nosso, nossa.

Gen. nostri, nostrae, nostri.

Dat. nostro, nostrae, nostro.Ac. nostrum, nostram, nos-

trum.Voc. noster, nostra, nostrum.Abl. nostro, nostra, nostro.

Nom.

Gen.

Dat.Ac.

Voc.

Abl.

. NomGen.Dat.Ac.

Abl.

mei, meae, mea, incus,muihas.

meorum, mearum, mco-rum.

meis.

meos, meas, mea.mei, meae, mea.meis.

Plural

tui, tuae, tua, teas, tucw.tuorum, tuarum, tuorum.tuis.

tuos, tuas, tua.

tuis.

Nom.Gen.Dat.Ac.

Abl.

Plural

sui, suae, sua, seus, suas.suorum, suarum, suorum.suis.

suos, suas, sua.

suis.

Plural

Nom.

Gen.

Dat.Ac.

Voc.

Abl.

nostri, nostrae, nostra, nos~sos, nossas.

nostrorum, nostrarum,nostrorum.

nostris.

nostros, nostras, nostra.

nostri, nostrae, nostra,nostris.

Page 75: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Singular

Nom. vester, vestra, vestrum,vosso, vossa.

vestri, vestrae, vestri.Gen.

Dat.

Ac.

Abl.

vestro, vestrae, vestro.

vestrum, vestram, vestrum.

vestro, vestra, vestro.

— 75 —

Plural

Nom. vestri, vestrae, vestra.

vossos, vossas.

Gen. ; 'Jvestrorum, vestrarum,vestrorum.

vestris.

vestros, vestras, vestra.

vestris.

Dat.

Ac.

Abl.

d) Dos pronomes posscssivos nosier e vaster derivam-sedois acb'etivos de uma so tcrmlnacao: nostras, atis, do nosso pais;c vestras, atis, do vosso pais:

Singular

Nom. nostras, do nosso pais.

Gen.Dat.

Ac.

Voc.

Abl.

nostratis.

nostrati.

nostratem, nostras.

nostras.

nostrate on nostrati.

Plural

Nom. .nostrates, nostratia, os donosso pais.

nostratiurn (nostratum*).

nostratibus.

nostrates, nostratia.

nostrates, nostratia.

nostratibus.

Dat.

Ac.

Voc.

Abl.

Por nostras se declina vestras, atis, do vosso pais.

Ill) Pronomes demonstratives.

70. — Os pronomes demonstratives sao:

hie, haec, hoc, este, esta, isto.

ille, ilia, illud, aquele, aquela, aquilo.

ipse, ipsa, ipsum, ele proprio, da propria; o tnesmo, a mesma,aquilo mesmo.

iste, ista, istud, esse, essa, isso; este, esta, isto.

is, ea, id, ele, ela; aquele, aquela ,o que.

idem, eadem, idem, o mesmo, a mesma, aqu'do tnesmo.

Notas. — a) O genitive singular dos pronomes ou adjetivosdemonstratives termina sempre em -ius, e o dativo em i.

b) Hie e iste indicam urn objeto presenie e proximo; ille

c is um objeto que esta ausente ou afastado.

c) Ipse significa eu mesmo em pessoa, eu proprio; hi mesmocm pessoa, ele mesmo em pessoa,, conforme se referir a primeira, asegunda ou a terceira pessoa e pode-se unir a qualquer especie depronomes, p. ex.: ego ipse, eu proprio; tu ipse, tu mesmo em pessoa;is ipse, ele proprio em pessoa; virtus ipsa, a propria virtude.

Nao se clevem confundir idem e ipse. Ipse faz sobressaira pessoa ou cousa, mencionada ou nao, a que se acrescenta: eu., tu,

ele mesmo em pessoa; justamente; ale, p. ex.: homo ille est virtus ipsa,

aquele homem e a propria virtude; ipsa virtus contemnitur, despreza-se

(*) Cf. n. 30, c, II, p<ig. 37.

Page 76: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 76 —

iLL Jn'>

A'lP

-A ^ ^St/' exatam^te no dia natah'cio.Idem, ao mves, mdica identidade da pessoa ou da cousa ja mencion-da, p ex.: tdem rcxfo mesmo rei, o rei j£ mencionado e nao outro-homolille easdem stales possidet, guas hie, aquele homem possueas inesmas virtudes deste.

pussuc

d) As vezes, para aumentar o valor demonstrative de hieacrescenta-se aos seus casos, especialmente aos terminals ema parhcula demonstrate ce, p. ex, huju.ee.W™e Fst^a"'t.cula encontra-se tambem nos outres"7

cases dTndo as^ fetinte

neXo^S.W

'*"*' 'lUiCe

-

W'^ *~- ***« " 3™5

c) As vezes Idem se traduz por tambem, ao tnesmo temooalenr duso, p. ex, musici erant quondam ildem poetae TsMSo'suma vez eram. tambem poetas.musicos

• • ?fSm - — °s seis pronomes demonstrativos hie, ille inse

adS;tivwT"Sam "Se COm° PTOnom^ *»ndo vem sos e como

urn substantive. Usados como ^Mmtf concordam em A™L""~

W7 -°m ° Substentivo a q^ se referem; o case depende dafuncao logxea que exercem na proposicao. Se forem adjetios prommais, eoncordam em gtnero, ndmero e ease com o substantive

SingularPlural

Nem. hic^haec, hoc, este, esta, Norn, hi, hae, haee, estes, esias.

Gen.Dat.Ac.

Abl.

Gen.Dat.Ac.

Abl.

J.'-iOni.

Gen.

Dat.

Ac.

Abl.

hujus.

huic.

hunc, hanc, hoc.hoc, hae, hoc.

Singular

ille, ilia, Mud, aquele,aquela, aqullo.

illlus.

iili.

ilium, liiarn, itlurl.

illo, ilia, illo.

Singularipse, ipsa, ipsuni, o mcsnio,

a me.mia.

ipslus.

ipsi.

ipsum, ipsam, ipsum.ipso, ipsa, ipso.

Gen. horum, harum, horum.'

Dat. his.

Ac. hos, has, haec.Abl. his.

Plural

Norn, illi, ilke, ilia, aqueles, a-quelas.

Gen. illorum, illarum, illorumDat. iliis.

Ac. ilios, illas, ilia.

Abl. Mis.

Nom

r-<

oren.

Dat.

Ac.

Abl.

Plural

ipsi, ipsac, ipsa, os mes-/nos, as mesmas.

ipsorum, ipsarum, ipscl-

rum.ipsis.

ipsos, ipsas, ipsa,

ipsis.

,

Page 77: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 77.—

Observacoes. — /) Nos poetas comicos encontra-se ipsas por ipsecom o superlativo ipsusimus.2) Raras vezes com ipse se encontra o sufixo reforcativo -me/: ;>««/.

Singular PluralNorn, iste, ista, istud, esse, essa, Nona, isti, istae, ista, esses, essas;

lsso; este, esta, uto. estes, estas.Gen. istius. Gen. istorum, istarum, istorum.Dat. isti. Dat. istis.

Ac. istum, isfcam, istud. Ac. istos, istas, ista.Abl. isto, ista, isto. Abl. istis.

Observacoes. — /) De isle e de ille encontram-se no nominativo, acusa-tivo e ablativo singular tambem as formas seguintes:

Nom.

Abl.

e no latim arcaico encontram-se tambem as formas reforcadas por ce, e as vezespor ne, p. ex.: Masce.islasce, illicine (ille-ce-ne), isticine (iste-ce-ne).J) ism Verg'ilio, emlugar de Mi no dativo singular e no nominativo plural

encontra-se ollc de ollus arcaico; em Cicero olla (ac. n.) e olios.

, .

3)En

?Plauto, Lucrecio e Varrao encontram-se os genitivos il/i, isli inri

e o teminmo Mae. h'

m. istic .'. istaecillic illaec

istunc istancillunc illancistoc istacilloc iliac

istoc, istuc.

illoc, illuc.

istoc, istuc.illoc. illuc.

istoc.

illoc.

SingularNom. is, ea, id, ele, ela; aquele,

aquela, o que.

ejus.

ei.

eum, earn, id.

eo, ea, eo.

Gen.Dat.

Ac.

Abl.

PluralNom. ii, eae, ea, eles, elas; aque-

les, aquelas, as cousas queGen. eorum, earum, eorum.Dat. lis ou eis.

Ac. eos, eas, ea.

Abl. iis ou eis.

,Jlncontra-se tambem o nominativo plural masculine, ei.

As formas mais usadas tanto no nominativo como no dativo e abla-tivo plurais sao as com dois ii: ii e iis.

Singulai

Nom. idem, eadem, idem, o me,mo, a niesma.

Gen. ejusdem.

Dat. eTdem.

Ac. eundem, eandem, idem.Abl. eodem, eadem, eodem.

Observacoes. — /) Idem (por is-dem) e composto de is, ea, id, e do mo-nossilabo intensivo mvanavel dem. A consoante m final de is, ea, id, antes de dtorna-se n: eundem, eorundem por eumdem, eoramdem.

2) Em lugar de iidem e iisdem no nominativo, dativo e ablativo pluraisencontram-se tambem, especialmente na poesia e nas inscribes, as formas contratasidem e isdem, p. ex.: isdem consulibus.

Plural

Norn, iideni, eaedem, eadem, osmesmos, as mesmas.

Gen. eorundem, earundem, eo-

rundem .

Dat. iisdem ou eisdem.Ac. eosdem, easdem, eadem.Abl. iisdem ou eisdem.

iJL

Page 78: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 78 —

IV) Pronomes relatiivos.

71. — O pronome relative serve para unir duas propo-ses representando na segunda urn nome ou pronome expressonapnmexra Se,

o antecedenle for determinado, o ^onornZZ^ZT^Zse defmdo,taUqM quae, quod; szo antecedent for indeterminado opronome relohva chama-se Indeflnlto, tais sao qulsq^T^J,U. n. lb, J, V; g, Ii e observacao, pag. 80.

SingularPlural

Nom. qui, quae, quod, o qua/, Norn, qui, quae, quae, os quals,a qual que. as quals, que.Gen. cu;us, do goal, da qual, do Gen. "quorum, quorum, rquo .que, da que, cujo, cuja. frum, Z qual^das

quais, dos que, das

Da(. cui,aoqual,aqual,ao Dat. ,'quibus *„ queis, *,, ^/,,<7«e, a que.

a „i > i as quau a nue _Ac. quern quam quod, o Ac. quos, quas, quae, osqual, a qual, que. quals, as quals, que.

\

Abl. quo.qua, que, do qual, Abl. quibus ou quels,^ quau,peb qual; da qual, pela pelo,• ^

J•

qual; pelo que. pelas quals; dos, pelosque.

2) Em lugar cle ,? («/;„.p os poetas usam, as vezes, quels ou quis

bresa quedeixouip^c^'ut^ter^T''' "^^ m°rreU ^ Wa ^cousa que, o que.

MSingular pj^JNom. quod, «,«,« ^ £, „ ^. Nom>

Gen. cu,us re, da qual cousa. Gen. quorum rerum, k^,r> , ,,

cousas.Jai

"CL" rei

' " ^/a/ "^ D*i. quibus rebus, as quals

Ac.a . , cousas.Ac. quod, ^ue.

ua re, pel

pelo que.'

' -"- -ul,v{laf Wi,

HI / ,

--' 4llae > cousas que.qa

;Zufa qimU°U^ Ahl **»***»*. PeLuiuaL

'

cousas.

7z. -- V) P!-oji0mes interrogativos.

.

SingularPlural

qu.s q U1 ;quae: quid, Norn, qui, quae, quae, quals?quod, quern t que cott- que ? ^ '>""<<'

sa ? que

?

Nom

Page 79: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

IMP

79

Gen. cujus, de quern?

Dat. cui,'jz quern ?

Ac. quem; quam; quid, quod,quern ?

Abl. quo, qua, quo,

por quern ?

Gen. quorum, quarum, quo-rum, de quais ?

Dat. quibus ou queis, a quais?Ac. quos, quas, quae, quais '<

quern ? Abl. quibus ou queis, de quais ?

por quais .'?

Observacoes. — /) O lathn ua interrogacao usa quis? e qui? para omasculino, quae? para o feminino e quid'/ c quod? para o neutro. — Qui c quodsao adjetivos: qui homo est? que homem 6 ele? quod iler? que caminhol quis equid pronomes: quis est rex ? quem e o rei ? quid est republica ? <ytit: e a republica ?

Contudo, encontra-sc tambem: quis vir? qual homem ? em lugar de quiI'ir? — Quis poeta clarior Homcro? qual o poeta mais celebre que Homero ? Etambem: Quis est haec mutter? em lugar de quae est haec mutter ? quern e esta mulher ?

2) Qui, quae, quod, adjetivo, declina-se inteiramente como o relativo.

j) pronome interrogative neutro quid, sendo sempre substantivo enunca adjetivo, exige, se seguido de urn substantivo, o genitivo partitivo, p. ex.:quid consitii cepisti ? que determina^ao tomaste? mas dir-se-a: quod consilium.cepisti ? qual determinacao tomaste ? porque quid pronome quer o genitivo con-sttti e quod, sendo adjetivo, concorda com o nome a que se refere em genero, numeroe caso.

4) No genitivo, dativo e ablativo a clareza e o uso aconselham que se pre-fira o nome res precedido de quae no caso correspondente.

Gen.Dat.Abl.

cujus rei?

cui rei ?

qua re ?

Do mesmo modo no plural: quarum rerum? quibus rebus?5) O ablativo arcaico qui (cf. n. 71, observacao J, pag. 78) usa-se tambem

com o valor de: como, de que modo (com interrogacao ou sem ela), p. ex.: qui pos-i? como posso? — qui {=quomodo) fit? de que modo acontece? — nescimus

quifactum sit, nao sabemos como tenha acontecido.com quern falas ? Quicu/n venisti ? com quern vieste ?

Cum quo ou quicum loqueris'

73. — Nas interrogacoes, quando se fala de duas pessoas,em lugar de quis, usa-se uter ? utra ? utrum ? qual dos dois ? Peloque, uter une-se aos comparatives, quis aos superlativos, p. ex.: exdoubus uter dignior ? qual dos dois e o mais digno ?— Ex plu-rimis quis dignissitnus? entre os muitos quern e o mais digno?

Singular

Nom. uter, utra, utrum ? qualdos dots?

Gen. utrlus.

Dat. utri.

Ac. utrum, utram, utrum.Abl. utro, utra, utro.

Plural

Nom. utri, utrae, utra.

Gen. utrorum, utrarum, utrorum.Dat. utris.

Ac. utros, utras, utra.

Abl. utris.

O plural de uter, utra, utrum usa-se com dois nomes noplural, p. ex.: utri vicerunt ? quais venceram? (os Gregos ou os Persas ?)

74. — Os seguintes interrogativos compostos usam-se coma mesma construcao e com o mesmo valor de quis:

Ouisnam, quinam; quaenam; quidnam, quodnam (o mesmoque quis, mas com certa enfase: quern pois ?) que ? qual ? quern ?

Page 80: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 80 —

Algumas vezes na coniposigao o quls encontra-se depois daparticula que com ele forma o composto, p. ex.: ecquls, ecqul; ecquaee ecqua; ecquid, ecquod, por ventura alguem ? acaso alguem ? e quem ?

Numquls, numqui.; numquae, numqua; numquld, numquod,por ventura alguem ? acaso algurn, alguma, alguma cousa ?

,. ,.75. — Nas proposicoes interrogativas usam-se tambem os

ad;ehvos pronommais: quails? qual ? de que sorte ? de que natureza ?e quanlus / quao grande ?

_Quails interroga sobre natureza e qualidade, d. ex.: quails

victus? que (quahdaae de) alimento ? quails est istorum oratio ?que tal ( = de que natureza) e o discurso destes ?

Quantus interroga sobre grandeza, p. ex.: ?Ma«fe urbs ?quanta e grande a cidade ? li fuerunt certe oratores; quantl autemet <7«afej- tu videbis, eles certamente foram oradores, cuja grandezae cu;a sorte has de ver.

VI) Pronomes indefinitos.

76. — Os pronomes indefinitos sao:

a) Os compostos de uter, utra, utrum:utervis, utravis, utrumvis,uterlibet, utralibet, utrumlibetutercumque, utracumque, utrumcumque, f

uterque, utraque, utrumque, urn e outro.neuter, neutra, neutrum, nenhurn dos dols.alteruter, alterutra, alterutrum, urn ou outro dos dols.

Singular PluralNorn, uterque, utraque, utrum- Nom. utrlque, utraeque, utra-

que, urn e outro. que.Gen. utnusque. Gen. utrorumque, utrarumque,'I.'' utrorumque.Dat. utrlque. Dat. utrisque.Ac. utrumque, utramque, u- Ac. utrosque, utrasque, utra-

trumque._ que .

Abl. utroque, utraque, utroque. Abl. utrisque.

(,qual dos dois quiserdes,

qual dos dois vos aprouverqualquei.' dos dois.

Conio uteraue declina demur, uterlibet e utercumque.

, ,.^oseL-.-rci-.c-. - -J plur.-i! .-.ieste pmnome usa-se quando se rei'ere a subs-anavos que so adimtem este numcro, ;>. ex.: alraque caslra. urn e outro acampamen-.

to; ou quaudo so 01,0cm dois gru Pos de p=3soas ou cousas, p. ex.: ulriqut project;run/, uus 2 outro-; partu-aru.

Singular

Nom. neuter, neutra, neutrum,nenhutn dos dols.

Gen. neutrlus.

Dat. neutri.

PI,

Nom. neutri, neutrae, neutra.

Gen. neutr5rum, neutrarum,neutrorum.

Dat. neutris.

Page 81: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

-81-

Ac. neutrum, neutram, neutrum. Ac. neutros, neutras, neutra. ;.

Abl. neutro, neutra, neutro. Abl. neutris.

Em alteruter, um ou outro dos dots, podem-se declinar tanto

separadaraente as duas partes componentes: alter e uter, com©conservar invariavel a primeira e declinar so a segunda, p. ex.:

gen. alterlus utrlus ou alterutrlus; dat. alteri utri ou alterHtri, etc.

b) Alter, altera, alterum, outro, segundo {falando-se de dois).

Singular Plural

Nom. alter, altera, alterum. Nom. alteri, alterae, altera.

Gen. alterlus (1) Gen. alterorum, alterarum,

alterorum.

Dat. alteri. Dat. alteris.

Ac. alterum, alteram, alterum Ac. alteros, alt eras, altera.

Abl. altero, altera, altero. Abl. alteris.

c) Alms, alia, aliud, outro, dlverso (j'alando-se de v&rios).

Singular Plural

Nom alius, alia, aliud. Nom. alii, allae, alia.

Gen. alius. Gen. aliorurn, aliarum, aliorum

Dat. alii. Dat. aliis.

Ac. alium, aliam, aliud. Ac. alios, alias, alia.

Abl. alio, alia, alio. Abl. aliis.

Observagao . — E' raro o genitivo alius; em seu lugai* encontra-se alterJus

d) Unus, um; totus, todo; solus, so; nullus, nenkum; ullus,

algum; ceteri, os denials, os outros (cf . n. 52, pag. 52, quasi no fim don.: Usa-se raramente, etc., pag. 54; n. 62, a, pag. 68).

e) Nonnullus, a, um ou non nullus, a, um, algum, alguma,

alguem, declina-se como unus, a, um (cf. n. 62, a, pag. 68).

J) Os compostos de quls, isto e:

2) Qulsque, quaeque, quodque e quldque, cada um, cada uma,cada qual.

II) Unusquisque, unaquaeque, unumquodque e unumquidque,

cada um, cada uma, cada qual.

III) Qulsquam, quodquam e quldquam (sem feminino e semplural), alguem, algum. Usa-se nas proposicoes negativas e dubitativas

p. ex.: tyrannus nee quemquatn atrial nee ab alio (ou: a quoquam)

amalur, o tirano nao ama ninguem, nem e amado por alguem; lijranni

nee alios amant nee ab ullis amantur, os tiranos, etc.

IV) Quisptam, quaepiam, quodplam e quidplam, alguem;

algum, alguma, carece de plural e usa-se nas proposicoes afirmativas,

p. ex.: si cuipiam pecuniam jortuna adeind, etc., se a fortuna tirou

o dinheiro a alguem, etc.

V) Quisquis (rn. e i'.,) quldquid ou quicquid, quern quer que

seja, o que quer que seja.

(1) A pronuncia alterlus, a unica possivel no liexametro datilico, suplantou

tambera na prosa a pronuncia gramaticalmente exata allerius, que se baseia naqmintidade da pcuultima silaba: "i longo.

Gramatica Latina, 6

il

Page 82: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 82 —

Singular

I) Nom. quisque, quaeque,quodque ou quidque,ca.da.ium, cada uma.

Gen. cui usque.

Dat.Ac.

Abl.

culque.

quemque, quamque,quodque ou. quidque.

quoque, quaque,quoque.

SingularII) Nom.^unusquisque, unaquae- III)

que, unumquodqueou unumquidque, cada.

um, cada uma.uniuscujusque.

unicuique.

unumquemque, unam-quamque, unum-quodque ou unum-quidque.

unoquoque, unaqua-que, unoquoque.

Plural

Nom. quique, quaeque,quaeque.

Gen. quorumque, quarum-que, quorumque.

Dat. quibusque.Ac. quosque, quasque,

quaeque.Abl. quibusque.

SingularNom. quisquam, quodquam

ou quidquam, al-

gum, alguem.

Gen.

Dat.

Ac.

Abl.

Gen.Dat.

cujusquam.cuiquam.

Ac. quemquam, quodquam ou quid-

quam.

Abl. quoquam.

Carece de plural

O Jeminino quaequamCarece de plural nao e usado; mas em

lugar de quaequam, al-

guma vez, encontra-se ulla

e no plural ulli, ullae,

ulla.

Singular

IV) Nom. quispiam, quaepiam,quodpiam ou quidpiam,alguem; algum, alguma.

Gen. cujuspiam.Dai. cuipiam, etc.

Carece de plural.

V) Quuquts (m. e f.), neutro quldquid ou quicquid, quernquer que seja, o que quer que seja, usa-se so:

1) no nominativo singular, quase semprc como substantivo:quisquis es, quem quer que sejas.

2) No ablativo singular: quoquo modo, como quer que seja;quoquo tempore, quoquo con.rillo, etc.

Page 83: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

HP

3) Tambem .quidquid, nom e ac. neutro, usa-se sempre comosubstantive

g) Os compostos de qui, isto e:

/) Quidam, quaedam, quoddam c quiddam, um certo, umacerta; algum, alguma, alguem.

//) Quicumque, quaecumquc, quodcumque e quidcurnque, quernquer que, qualquer que, quern quer que se;a, o que quer que seja.

III) Quuus, quaei'ts, quodi'is e quidvLS, quem quer, qualquer.IV) Quiltbet, quaellbel, quodlibet c quidlibel, todo aquele que,

qualquer que seja.

/)

ID

Singular

Nom. quidam, quaedam,quoddam ou quiddam,um certo, uma certa, etc.

Gen. cujusdam.

Dat. cuidam.

Ac. quendam, quandam,quoddam ou quiddam.

Abl. quodam, quadam,quodam.

Singular

Nom. quicumque, quae-ciimque, quodcumque,ou quidcurnque, quemquer que, qualquer que,

quem quer que seja, o

que quer que seja.

Gen. cujuscumque.Dat. cuicumque

///)

Plural

Nom. quidam, quaedam,quaedam, cerlos, cerlas,

etc.

Gen. quorundam, qua-rundam, quorundam.

Dat. quibiisdam ou quels-

dam.Ac. quosdam, quasdam

quaedam.Abl. quibusdam ou queis-

dam.

Singular

Nom. quivis, quaevis,

quodvis ou quidvis,

quem quer, qualquer.

:jue. Gen cuiusvis.

e, etc. Dat cuivis, etc.

Singular

/ V) Nom. quilibe , quae llbet,

quodlibet ou quidlibet,

qualquer que seja, todo

aquele que, qualquer.

Gen. cujusllbet.

Dat. cuilibet, etc.

Observscao.— Quicumque e quisquis (cf. n. 71, pag. 78) sao pronomes re-

latives indefinites, e, como tais, estando numa proposicao, referem-se a um substan-tivo de uma outra, p. ex.: is sersus dicilur, quisquis send/, cliama-se servo (aquele)todo aquele que serve; quodcumque hoc I'crburn est, meuni est, seja qua! for esta pa-lavra, ela e minha.

h) Allquis, allqua, allquod e aldquid composto de quis e

do prefixo all.

Page 84: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

84

Singular pluralMom alzqms, aliqua, allquod ou Nom. aliqui, aliquae, aliqua, al-

akquid algum, algUma, al- guns> algumas; algumas cou-guem; alguma cousa.

Gen. alkmjus, de algum, de al- Gen. aliquorum, aliquarum, a-guma, de alguern; de alguma liquorum, de alguns, de al-

rw r -• / / ^ gumas; de algumas cousas.Dat. ahcui, a algum, a alguma, Dat. aliqulbus, a alguns, a al-

a alguern; a alguma cousa. algumas; a algumas cousas.Ac. aliquem ahquam, allquod Ac. allquos, aKquas, aliqua

su ahquid, algum, alguma, alguns, algumas; algumas '

alguern; alguma cousa. cousas.Abl. alfquo, aliqua, allquo, de, Abl. aliquibus, de, por alguns-

por algum; de, por alguma; de, por algumas; por algumasde, por alguern; por alguma cousas.cousa.

encontra?ebaenot

e^' ~P ^mhera T •

/'V"'>'ali"ua '

al'">Uod e a'<W ° *«<>encontia-se depois da particula que se lhe junta.v

2) Depois das conjures si, se; nisi, senao; ne, para que nao- cum mnnHndepois da particula mterrogativa «„w , do pronomc rel'afivo^^^SSdos adverb..*;

relatives «?««, ,«*„&, „«, ,W,, *«<,,„&/*, etc , em Iugar de aliaulaliqua, ahqmd (ahquod) usa-se quis (qui), qua e quae, quid e ^^,3;-« «««; mstaLquLS = n,s, qu,s; ne aliquis= nc quis; nwn aiquis = num qui etcnumiuisKnd? veio acaso alguern? ,u,m^ 4r/queres acaso alg ma cousa?u *«« „«/*/, se alguern ;ulga; .» ?tt /rf /„ U pecca.i, ignosce, se te ofendl em al° um-icousa, perdoa-me; s, qUls re.,, se algum rei („• cujus, si cui, etc); siquacivtaTsealguma cdade; num quae te vexatcurz? talve/te atormenta i guraa inquieta!cao?OmesmoaWsedos adverb.os aliquando, alguma vez; <r/,W^' em X,!m\n^; aUcunde. de qua quer lugar, p. ex.: ,1 a^Zand^^i^T^'nTa^Z

«) pronome indefinito negativo «<w<5, ninguem.Nom. nemo, nimguem.Gen. nullius.

Dat. nulli e nemmi.Ac. neminem.Abl. nullo.

Com os adjetivos que indicam pessoa, no nominativo e acusa-tivo, em regra, usa-se nemo e nao nullus, p. ex.: nemo Romanus,nemo doc/us, nemo Arpinas, e nao nullus Romanus, nullus doclusetc. fcsta parnculandade de nemo com os adjetivos substantivados'encontra-se ate com os proprios subscantivos, p. ex.: nemo civ's'nenhum adadao; nemo discipulus, nenhum discipulo, e encontra-setamoem: nemo homo.

i r77

,' "oa) NIhI1 (P°^tico n21)- nada. E' substantivo neutro

mdecimavel. Os demais casos suprem-se com nulla res:Nom. nihil, warfa.

Gen. nutllus rei.

Dat. n«/// rei.

Ac. nihil.

Abl. ««//a re.

J.

Page 85: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 85 —b) Nihilum, nada, cousa nenhuma, e substantivo neutro.

So se encontra o caso genitivo usado no complemento de apreciagao:nihili facere, reputar por cousa nenhuma, desprezar e os casos acusativoe ablativo precedidos de preposicoes: ex nihilo, pro nihilo, ad nihilum,p. ex.: ad nihilum red ig ere, reduzlr a nada, aniquilar; pro nihiloaliquid putare, ducere/ habere, naojazer cabedal de, reputar por cousanenhuma, desprezar.

c) Tantus, tanto, iao grande; quantus, quanto, quao grande.

78. — Sao tambem pronomes indefinitos:

a) Oualiscumque, qualecumque, qualquer que, qualquer queseja, Lodo aquele que.

b) Ouantuscumque, quantacumque, quantumcumque, quaogrande que seja, tao grande quanto possa ser.

79. — Merecem tambem atencao os pronomes correlatives:talis — quails; tantus— quantus; tot— quoi: quales in republicaprincipes, tales reliqui solent esse cives, num. estado quais sao os prl-meiros cidadaos, iais coslumatn ser os denials; tanta erat multitudequantam capit urbs nostra, grande quanto pode comportar a nossacldade, era a multidao; quot homines, tot sententiae, tantos homens,iantos pareceres.

CAPITULO XGQNJUGAgAQ DOS VER10S.

80. — No verbo devem-se considerar:

a) As t'ozes.*

b) Os tempos.

c) Os modos.

d) Os numeros e pessoas.

a) Vozes

As vozes do verbo sao Ires: I) voz ativa, 2) voz passim e3) voz depocnle.

I) Na voz atlva. a acao verba! e praticada pelo sujeito, isto e,

o sujeito e o agente da acao verbal. O verbo ativo divide-se emtransltivo e Inlransltlvo:

Transdivo e o verbo ativo cuja acao passa diretamente(transit:) do sujeito, que e o seu agente, para irai objeto, que e o senpadentc, e rege o acusativo, p. ex.: a/no palriam, amo a pa.tria;

legi llbrum, li o livro.

Verbo intransltlvo e o verbo ativo cuja acao fica no sujeitoe que, tendo scntido completo em si, nao exigc nenhum complementoe nao rege o acusativo, p. ex.: dormio, durante; curro, corro; nemininoceo, nao prejudico a ningucm.

Page 86: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

86

. . , ^.Na ™z .passiva a acao verbal e recebida pelo sujeitois o e, o su;eito e o recipiente ou paciente da acao verbal, p. ex

'

jduis ainatur a parenhbus, o filho e amado pelos pais.Os verbos transilivos podem-se apassivar em todas as pessoasde todos os tempos e modos, os intensities podem-se apassivar fcSosomente na terceu-a pessoa do singular, p. ex., pugnatur, combate-se-

pugnabdur, combater-se-a.

J) Vox depoenlc, especial da lingua latina, e a que temJorma passwa, mas s,gnlJicacao aliva, porquc o sujeito e o agmlclambem os verbos depoentes dividem-se em transition, p. ex •

<W,for vcemplumpatru, imito o exemplo depai, e intransitive*, p. ex'-7W'm0rr°- A1Suns tS™ significant, reflexa, p. ex.: nilor, eu meesiorco; vescor, eu me ahmento.

b) Tempos.

Os tempos em latim sao sees:

1) presence 1) presente.

(2) preterito imperjeilo.3) passados

. 3) preterito perjeiio.

f 4) preterito mais que perjeiio.

2) futures J t>)juturo imperjeilo.

I 6) juturo perjeiio.

c) Modos.

•v, , • ..kt™ tem ^d ' modos jiniios ou ^,vW; ].) indicate,

I) o subjunhvo 3) o tmpcrattvo, e ,/w^ modos indefinite ou impessoais

:u;;!

;:"c/ "w- » ° ^»^ 2) ^&^-

(*), 3) o ^U* e"ij O SLtpltXO

.

Observasoes. - /) gertfn.lio, nomc verbal que so sc e.icont.-a u-i vozotca! to^or

l

Wu£t

.

,VO ^ '0rMM ^^ ^™^ c^^taemnmm-;-,- ~Ao ',?!'") "•""

,

U;m'

<•'»'»" " I>°'-tu Sl .;!S,c moi ( condicioual com forma,

'>pn>I>no 1 ,Hl,cutivola l i; 1„sup,-e,.co,Hi;c;,, I1alpor'u"u^

' dls "nS V°rb° S '

d) Numeros e pessoas.

vcrbo latino tem dots numeros: singular e plural e /r^rpessoas como em portugues.

no™ vcrbl^^onlr^S^J;:-^,- 1 -' °—^ P^«e este

Page 87: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

>

o

OUADRO GERAL DOS MODOSpresente

•TEMPOS E VOZES

a

aoo

>

o

Os modosfinitos oupessoais

indicative | preterito imperf.

1) (voz ativa ; futuro imperf.

c passiva)jpreterito perfeito

I pret. m. que perf.

.futuro perfeito

subjuntivo ( presente

2) (voz aliva ) preterito imperf.

a passiva i preterito perf.

• pret. m. que. perl,

imperative ( presente

3) (voz aliva <

f futuroe passwo)

miimto

1) (yoz aliva

e passtvd)

( presente

\ perfeito

f futuro

6 tempos

4 tempos

2 tempos

3 tempos

Os modosindefinitos

ou impes-

soais ou\ nomes

verbais

/ presente (so na voz

1 aliva)

\ perfeito (so na voz

2) parhcipio < passiva) 3 temposJ futuro (voz aliva e (Declinam-su)

f passiva [ — gerun-

divo}).

3) geriindio (so se encontra na

\voz aliva). Declina-se.

\ 4) supino (voz ativa e passiva).

Invariavel.

Conjugacoes

81. — As conjugacoes em latim sao quatro e distinguem-se

pela terminacao da segunda pessoa do presente do indicativo e pela

do infinite presente.

A primeira conjugacao na segunda pessoa do presente doindicativo termina em as e no infinito em are? como aino, amas, ainarc.

A segunda conjugacao na segunda pessoa do presente doindicativo termina em es e no mfimto'em ere longo, como laceo, laces,

lac ere.

A lerceira conjugacao na segunda pessoa do presente doindicative) termina em Is e no infinito em ere breve: lego, legis, legcrc,

A quarla conjugacao na segunda pessoa do presente do indi-

cativo termina em is e no infinito cm Ire longo: audio, audis, audirc.

Conjugacao do verbo ESSE, ser.

82. — O verbo esse, ser, e irregular na conjugacao, mascostuma-se colocar antes de qualquer outro, porque, como em portu-gucs, e verbo auxiliar, isto e, serve para a conjugacao dos verbosna voz passiva e nas conjugacoes perifrasticas ativa e passiva.

Page 88: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

—88

O verbo ESSE= WsuiJifiyiT mw\n

S. eram, eu era.

eras

erat

P- eramuseratis

erat

S. ero, eu serei.

eris

erit

-P. erimuseritis

erunt

essem, eu fosse.

esses

esset

essemus

essetis

essent

J. fui, eu fui e &fuisti [ n/w sidoffiit

P. fulmusfuTstis

[ erefuerunt ou fu

fuerim, e« feo/ra

fueris [>^,fuerit

fuerimus

fueritis

fuerint

S. fueram, eujorafueras [ e &'«/*«

fueratj

P. fuei'am us

fueratis

fuerant

iv<fo.

S. luero, eu icrci

fuerisj jvak.

fuerit

-P. fuerimusfueritis

fuerint

fulssem, eu ti-

fulsses[»^

fuissetIsido.\

lujssemus

fuissctis

iulssen t

PresentsS. 2. a

p. es, se.

P- 2. ap. este, sedc.

FuturoS- 2." p. esto, se.

3. a p. esto, seja.

P- 2. ap. estote, sedc

3." p. sunto, j-c/'az-M.

Infinite

/Vcj-. esse, imp.: jyy, pess.:ser cu, seres tu, etc.

Perj. fuTsse, imp.: fer jyVo,pes.: fer cm, &r<r,.- tu sido,etc.

/yW. futurum, am, um esseou somen te fore, haver outer de ser — haver eu},haveres tu de ser, etc.

Futuros, as, a esse ou so-,

tnente fore, haver ou ter deser —- havermos nos, haver-des vos de ser, etc.

Corn um participio ou ge-rundivo deve-se sempre usarfore, e nunca futurum esse:laudatum fore, Iaudandumfore. Da rnesma raiz fore,forma-sc um imperfeito dosubjuntiyo: forem, fores,foret, forent, equivalcntc aessem ou a futurus essem.

'"ariicipio futuroi

Futurus, futura, futurumjliavcndo ou tendo de ser;\o que ha de ser.

_

verbo esse ndo tern par-,Lcipio presents. Encontra-sdsomente nos dots compostos\absum e praesum que jazemabsens, praesens. Futurus '£

tambem adjetivo: res futurae,jas cousasjulurds.

Page 89: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 89

Qbservacoes. — 1) A raiz do verbo esse e es (cf. es-l, es-<re, etc.):

donde as vozes sum, sim, suinus, etc. derivam de es-u-m, es-i-m, es-u-m us, etc.;

e as de cram, era, etc. derivam por rotacismo de Q-s-a-m, es-o, etc.

2) A raiz de ju-i, Ju-isse-m, ju-lurus, etc, e. fu, que se encontra tambem noarcaico ju-am, ju-as, Ju-anl, em lugar de sim, sis, sii, suit.

5) No imperfeito do subjuntivo ao lado das formas comuns essem, esses,

etc. encontram-se tambem (jorem, raro), tores, foret..., forent (nao joremus,

Jor cits).

4) Formas arcaicas sao tambem as do subjuntivo presente: siem, sies,

siet e sient por sim, sis, si/, sinl.

Conjugam-se como sum os seus compostos:

Absum, abes, abftii, abesse, estar

ausente.

Adsum, ades, adfui ou affiii, ades-

se, estar presente.

Desum, dees, defiii, deesse, j altar,

desfalecer.

Insum, ines, estar em, achar-se em.— Os preterites perf. em. q.

perf. sao pouco usados. Sup-

prem-se comJul. in...fueram in..

Intersum, interes, interfui, inte-

resse, estar entre, assistlr.

Obsum, obes, obfui, obesse, pre-

judicar.

Praesum, praees, praefui, iprae-

esse, presldlr.

Prosum, prodes, profui, prodesse,

ser util. — Prosum insere um

d eufonico nas formas que co-

mecam com e, p. ex.: pro-d-esi.

Imperfeito do indicativo: pro-

deram, proderas, etc.

Imperfeito do subjuntivo: pro-

dessem, prodesses, etc.

Futuro imperfeito: prodero, pro-deris, etc.

Imperativo: prodes, prodeste; pro-

desto, prodestote.

Subsum, subes, subesse,_estar

debaixo. — Tambem osfprete-

ritos perf. e m. q. perf. de sub-

sum nao sao usados. Suprem-se comJul sub,Jueram sub.

Supersum, superes, superfui, su-

peresse, exceder, supcrar, restaur,

sobrev'wer.

Verbo POSSUM, POTUI, POSSE, poder.

83. — O verbo possum e composto do adjetivo indeclinavel

pote= #«c pode, capaz de... e sum : pot(e)-sum (potis sum em poesia)

= potsum= possum.

As modificacoes dos dois componentes de possum Xpot-sum)

sao as seguintes:, ..

-

a) O I de pot/^ante de s, assimila-sc e torna-se s, p. 'ex.:

possum em lugar de potsum; possim em vez de potsim, etc.|

b) Oblitera-se o / em codas as formas clo passado, que come-

cam por esta mesma consoante, p. ex.: pottti por potfui (*); potueram

por potfueram, etc.

c) Conserva-se o / antes da vogal e, p. ex.: potes, pot£ram,

etc.

d) O infinito potcsse e o imperfeito do subjuntivo potessan

contraem-se respetivamente em posse e possem.

e) participio deste verbo potens, so se usa como adjctivo

(poderoso).

(*) Propriamcnte o perfeito polui deriva-se do antiquado polco, polerc,

verbo que se encontra ne dialeto osco.

Page 90: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

(F

;

— 90 —

Overbo POSSE= poder

P.

pos-sum, cu possopot-es

pot-est

pos-sumuspot-estis

pos-sunC

g iS. pot-eratn, eu podia""'

pot- eraspot-erat

• pot-eramuspot-eratis

pot-erant

pos-sim, eu possa.pos-sis

pos-sit

pos-sim uspos-sitis

pos-.sint

|posscni, cu pudesse.possesposset .

possemusposse tis

possent

Carccc dos imperative

„ S- pot-ero, cu poderci.

"C pot-eris

pot-eritP. pot-crinuis

pot-erltis

pot-grunt

Infinite

Inf. pres. : posseImp.: poder.Pess.: poderres lu, etc.

eu, podc-

Inf. perf. : potuisseImp.: ler podido,Pess.: /C/- cu,podido, etc.

etc.

/c/'t'j' hi

& potui, <;« p,^,potulsti

pottiit

P. potuimuspotuistis

potuerunt

lc '}lio potueripodido. potueris

poiuerit

potuerlmuspotuerltis

potuerint

cu leak

podido

Carece dos parfcicipios

potueram, cu pudera epotueras Linha podidopoiucratpotueram uspotueratispot iterant

potulssempotulssespotulsset

potuissemuspotuissetis

potuissent

etc livessc

podido

S. potuero, cu tenpotuerispotuerit

P. pohiertmuspotueritis

potuerint

i podit

Posse substituc o in-,ttmto fu tu.ro cle que carccejP- ex.: os coujurados es-peram asseuhorear-se detoda a Galia, conjurali AMuis Galliac potiri posse]speranl; Cesar csperava quetena podido concluir ;-

!

emprcsa sem com hater, Cuejar in cam .(pen vcncrat\I -speraOal) Mac piu/na remre con],cere posse.

''mi

Page 91: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 91 —

FORMACAO DOS TEMPOS (*)

VOZ ATIVA

84. — Para se conjugar um verbo latino cuinpre conhecer

quatro formas, que servem para formar os outros tempos. Essas

formas fundamentals sao as que o dicionario fornece, isto e:

1) O presente do indicalivo.

2) perjcifo do indicalivo.

3) O supino.

4) O injinilo presente.

A estas quatro formas da-se o norae de tempos primitives

ou principals; os demais derivam destes e chamam-se temposderivados.

1) PRESENTE DO INDICATIVO

85. — 1) Todos os indicatives presentes da voz ativa

tem sempre estas desinencias:

Prirneira: o, as, at, amus, atis, ant.

Segunda: eo, es, et, emus, etis, ent.

Terceira: q, is, it, imus, itis, unt (**).

Quarto.: o, is, imus, itis, iunt (com um so i).

2) Regra para jormar os tempos que derivam do presenle

— Na prirneira, terceira e quarta conjugacao tira-se a vogal finaj

(*) Esta nossa Formacao verbal so obedecc ao principio de ensinar pralira-

mente aos alunos a conjugar qualquer verbo latino. No apendice: Pequcnas nolas Jila-

liijicas sobrc as declinacoes e o verba latino, dircmos algo da teoria cientificamente

exata.Aconselhamos a seguir na explicacao a ordem seguinte: pcijeito e scus

tempos derivados, supino, injinilo e presenle (letras b. d. c, f, a. c), proceder-se-a

assim do mais facil para o mais dil'icd.

Escrev<im-se no quadro negro os tempos principals de quatro verbos.

um de cacia conjugacao.

Para prouder lor.o a atcneao dos alunos recorra-se aos verbos irregulares

do capitulo XI (llstas verbais, n. IIS, 119, 120, 121),

Tomc-se, por cxcmplo, o perfeito do indicativo e conjugue-se este tempo

nas quatro conjugates, mostrando como as desinencias sao as mesraas e a formacao

jgual para todos os verbos.

Em seguida tira-se a desiuencia i do perfeito dos quatro verbos, e contain,

poraneamente acrcscentam-se as desinencias dos tempos que se formam do perfeito,

Siga-se o mesmo processo com os tempos formados do supino, infinite, e presente.

(**) Os verbos em io desta conjugacao pcrdem o / tematico antes de outro

/ da desinencia em todos os tempos derivados do presente e do infinito. Portanto

as desinencias indicadas servem tambem para cstes verbos, mas terminam a terceira

do plural em Iunt (cf. n. 107, pag. 107),

Page 92: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 92—

-o, na segunda as dims vogais finals -eo e acrescentam-se k nnrf*que fica mvanavel (tema) as diverse J»«;„*^scentem se a parte

que se quer formar." desinencias

'conforme o tempo

3) Do presente formam-se os tempos seguintes:a) O presente do subjuntivo ~ Na primeim a ™„«. +

es, et, emus, etis, ent.pumeira a«'escemtam-se: em,

mus, eatis, Sant. ^ ^"'^ Sam'SaS

>Sat

'eS~

amus, Stis, ant,N* ^^ ' quarta: am

>as

> *t,

b) ° "KPer/cito do indicate - Na prlmeira acrescentam-se- Sbamabas, abat, abamus, abatis, abanf. '

Sbam, ebas, ebat, ebamusf^tan^* ' '/W^

*) ^MuroimperJ do Wi.-Na />W<>« acrescentam sc-lhnabis, abxi, abimus, abitis, abunt."^ccntam-se. abo,

ebJfmus, ebxtis, ebunf.N* ^^ ~&h°> *Us>

5bi<>

emus, etis, ent.N* ^"^ B «uaria: am

>es

> *>

^ iXt/^ fn'Y ^~ Na /"•'««>« acrescenta-se- ansantis, etc. - (DeC lina.se como amans, amantb, pag. 58)'

entis pfr <T> 1-

^a- segunda, terceira e ,juarta: ens,entis, etc. — (Declma-se como />««&«,, «i&r/p£g 58)*) O|"W«* (=part . fut pass):__ Nft acrescenta sc-

Tut^tt andUm> " (Ded~ COm° b^oZbo.endus, enda, endum St y

3unda'

terc'ira c ^arta:

num. pag. 53)~ (Declma-se como bonus, bona, bo-

J) O gerundio., >j„ „ •

ando, andum, ando.P "'" acresccnta'*-^ andi,

5ndi, endo, endum, e^ ^ ^""^ ^^ e ^ia;

2) PERFEITO DO IND1CATIVO

^ t^;P:l ^^tcTt^n^f^rt, coll^remnt ou ere. ^ Jj , 'stI» l(-» »nus, istis,

- Em tlfz: ^~zz:L tr- ^ ^~ <* <*<»•a parte que fica invariavellitl T ,

c

!es,nenci

I

a "» e acrescentam-se

• tempore sequer formar!} " *"*""* d°*»*™* ,coni'orme

'ill

Page 93: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Jr.

\

— 93 —

3) Do perfeito do indicativo formam-se os tempos seguin-tes:

a) mats que perjeito do indicativo. — Acrescentam-sesempre estas desinencias: eram, eras, erat, eramus, eratis, grant.

b)0 juturo perjeito do indicativo. — Acrescentam-se sempreestas desinencias: ero, eris, erit, erimus, eritis, erint.

f) perjeito do subjuntivo. — Acrescentam-se sempre estasdesinencias: erim, eris, erit, erimus, eritis, erint.

d) O mats que perjeito do subjuntivo. — Acrescentam-sesempre estas desinencias: Issem, isses, isset, issemus, issetis,issent.

_<0 O infinite perjeito. — Acrescenta-se sempre isse, que

e invariavel.

3) SUPINO

87. 1) Do supino, na vozativa, mudando-se o um em urus,ura, urum, forma-se o participio juturo ativo (*). (Declina-se comobonus, a, um, pag. 55).

2) Na voz passiva^lovma-se o participio perjeito passivo, mu-dando-se um em us, a, um. (Declina-se como bonus, a, um, pag. 53).

4) INFINITO PRESENTE88. — Do infinite presente formam-se os tempos seguintes

:

1) Na voz ativa:

a) A segunda pessoa do singular do imperativo presente ativo,omitindo-se sempre a silaba final re do ini'inito. (As denials pessoasdo presente e todo o futuro formam-se de acordo com as desinenciasda observacao primeira a este mesmo mimero, pag. 94).

^)-0 ttnperjedo do subjuntivo ativo, acrescentando-se aoinfmito as seguintes desinencias: rsi, s, i„ mas, tis, nt,

2) Na vo; passiva:

a) injimlo presente passivo, mudando-se a desinencia re doativo em ri nos verbos da primeira, segunda e quaria conjugacao,e a terminacao ere dos verbos da terceira conjugacao em £ (Cf. n92, 1, pag. 97).

(*) Em al°uns verbos, porem, este participio l'uturo nao se forma do supinorregular que Hies e proprio, mas do regular que deveriam ter, por exemplo

:

Pres. Juvo, 1, ajudo Sup. jutum Part. frit, ativo: juvaturus> Seco, 1, cotio sectum » .-> • secaturus

' Sono, 1, s»o » sonitum > » » sonaturus, etc.

Page 94: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 94

A) A segunda pessoa do singular do present* do imperativeque e sempre igual ao mfmfo presente ativn (A* ^™„-nf,erau(, °>

presente e todo o fuiuro formam e 1 idemais pessoas do

do lrnperaf.u.0 passion. 9lb™h™96). ^ " deMnSncJ»«

Obsservacoes

:

Primeira.

Desinencias do imperativo ativo

]Presente

i.a

CflflJ!iP$l0 I s1

CGRiugaflo i.a

csnjuya^io 4."

2. :l

p. s. a2." p. p. ate

e

etee

itei

Ite

2. ap. s. ato eto

3. a p. s. ato eto2. a

p. p. atote etote3> p. p. anto ento

Puteuro

conjucagae

ito itoito Itoitote itoteunto (*) iunto

Segunda.

(Cf supin? ^87VIt <?r

*

iguaI ao ^'^ >^<> <*"«,

VOS PASSIVA

INDICATIVO E SUBJUNTIVO

R%&$vi

ielln r ! f% A iormh

f° da primeira pessoa do present inner

em m. tempos que terramam

(*') Nos vei-bos em in: iunto.

Page 95: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

_ 95 —

a) Desinencias de todos os presentes passivos da indicativo

das 4 conjugacoes latinas:

vox ativa:

vox passiva:

1

o

Cl-

aris

aturamuraminlantur

2eo

eoreris

eturemureminientur

3

o

oreris (*)

ltur

lmurimini

4

o

orIris

ltur

lmurimini

l>) Desinencias de todos os imperjeilos

das 4 conjugacoes latinas:

untur (*) iuntur

passives do indicativo

1 2-3-4

vox ativa: abam ebamvox passiva: abar ebar

abaris ebarisabatur ebaturabamur ebamurabamini ebaminiabantur ebantur

c) Desinencias de todos os futuros imperjeitos

racoes latinas:4 conjugacoes latinas:

1

abo

passivos das

vox ativa:

vox passiva: aboraberis

abiturabimurabiminiabuntur

2ebo

eboreberis

ebiturebimurebimmiebuntur

3-4

amareris

eturemureminientur

d) Desinencias de todos os presentes passivos do subjunfivo

das 4 conjugacoes latinas:

vox ativa: earn amvox passiva: er ear ar

eris earis aris

etur eatur aturemur eamur amuremini eamini aminientur eantur antur

(*) Tambem antes do ? da desinencia eris, os verbos em io perdem o 7

tematico, portanto dir-se-a cap-iris e nao capiiris. — Os mesmos verbos na terceira

pessoa do plural terminam em iuntur em Ingar de unlur.

Page 96: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 96 —

e) DesinSncia de todos os imperjeitos pasdvos do subjuntivodas 4 conjugacoes iatmas:

1-2-3-4

remvoz ativa:

voz pasjriva rer

reris

returremurreminirentur

Regra B

90. — a) perjeito do indicalivo e os ,.-<;M,r derivados for-mam-se com o participio perfeito passive e o verbo auxiliar &iwdo seguinte modo:

Perj. do indie.

M. que perj. do indie.

Fed. perj. do indie.

Perjeito do subj.

M. que perj. do subj.

b) injinito perjeito, que na voz ativa, forma-se do perfeitodo mchcativo, na passiva e iguai ao participio perjeito passim em^oacusahvo, singular e plural, nmis esse ou fuisse (mvariaveis).Cl. n. yz, Z, pag. 97.

y

IMPERATIVO

,

9L ~ a).A segunda pessoa do singular do presente do impe-rative e sempre igual ao infinite presente ativo. Cf. n. 88 2 bpag. 96). ' '

b) Desmencias do imperativo passivo:

= part. perf. +sum ou fui / «»,= part. perf.+eram ou fueram

o o o

("S . a "= part. perf.+ero ou fuero

I ^ r\ O ^

, 3 X 1> <°

= part. perf.+sim ou fuerim= part. perf. +essem ou fuissem. Og =

i

as- :

9 .1

!ll|U83(llil

p. s. arep. p. ammi

2. a p. s. ator3. a p. s. ator2. a p. p. abimmi3. a

p. p. antor

irresente

2. liilffl 2, ill!

ere ereemim inaini

JPnturo

eiar

etor

ebimmi emini (*)

untor (*)

itor

itor

entor

(') Nos vei-b

ire

Itor

ItOi'

ieminiiiintor

:-bos em to: iemini, iiintor.

Page 97: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

_ 97 —

INFINITO

92. — 1) uijindo presenle passivo forma-se mudando adesinencia re do ativo em ri nos verbos da prirneira, segunda e quartaconjugacao, e a terminacao ere dos verbos da terceira conjugacao,em i. (Cf. n. 88, 2, a, pag. 93).

1 2 3 4vox a/iva: re re ere re

vox passiva: ri ri i ri

2) Injinilo pe.rjeil.o passivo c igual ao particlpio perjeito

passive (cf. n. 87, £ pag. 93) e/M caso acusaiivo, singular e plural, maisesse ou fuisse (invariaveis). (Cf. n. 90, /;>, pag. 96).

1 2um, am, um ^ esse ouos, as, a / fuisse

3urn, am, um \ esse ouos, as, a / fuisse

um, am, um ( esse ouos, as a \ fuisse

4um, am, um \ esse ouos, as, a \ fuisse

J) O Ltijinito juturo passivo e sernpre igual ao supino ativomais iri, invariavel.

1 2 3 4um iri um iri um iri um iri

PARTICIPIO

93. — 1) Particlpio juturo passivo ou gerundivo cf. n. 85,3, e, pag. 91 e n. 94, pag. 97.

2) Particlpio perjeito passivo cf. n. 87, 2, pag. 93.

GERUNDIVO94. — Gerundivo ou particlpio juturo passivo cf. rt. ?,;">, 5, <%

pag. 91 e tambem n. 93, i, pag. 97.

SUPINO

95= — O supino passivo forma-se eliminando o m do supineativo.

vox a/iva: umvox passiva: u

Gramatica Latina, 7

2 4um um umu u u

Page 98: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

98 —

96. VOZ ATIVAPrimeira

amare = amar

1;IfiDIGATIVG

.__

SUOJUHTiVS1 imfTbativo

1

S. am-oam-as

am-emam-es

Presenie

am-atP. am-arnus

am-atis^

;un-ctam-emusam-etis

g ;>. ~ J. p. ama, ama. i

<= P. 2 :

'. p. am-ate, amal. 1

~am -ant am-ent Futuro

S. 2«. p. am-ato, ama. \

_s

S. am-abarnam-abasam-abat

IN

amare-'mamare-samare-t %

3." p. ara-ato, amc. 1

P. 2". p. am-atote, ama/. \

3 !

>. p. am-anto, anieni.

1P. am-abamus

am-abatis 5 arnare-musamare-tis

2

3Infinito

am-abant amare-nt Prts. am-are, |_ imp.: amarJ

pess.: amar cu, etc.J

"S S. am-aboam-abisam-abit

Per/, amav-isse, I

imp.: ler amado. 1

ca. %> pess.: ler eu amado, etc.J

P. am-abimus §|

SS am-abitisam-abunt

5 / esse,|

cut. amat-urum, 1 haver \

am, umjamat-uros, ( ou Ler 1

as, a\ de \

\ amar. 1

<3O ~i . 1

"S 5. amay-i amav-erim -§ Participio f^ amav-Isti 5 amav-eris «j

arnav-itP. amav-imus

amav-istis lere

damva-erit S Pres. am-ans, antis, amando.

\

Jo amav-erimus Put. amat-urus, a, um, haven-'}

oa <u amav-eritis -^ do ou Undo de amar.J

es_ amav-erunt ou50

3

amav-erint•S

Gerundioi

IsS. amav-eram S Gen. am-andi, de amar.

ta 3 amav-issem .s Dat. am-ando, a amar.amav-etasamav-erat

5. amav-eramus

S »mav-isses Ac. am-andum,a,/),(ra,»)„!r. !

'-£ amav-Isset p: Abl. am-ando, amando. !

ainav-oratss-^ imav-issemus

>r

C^ amav-erant $ nnav-issetista_ ^ tmav-issent

.) infiniln aaiara corresponds

5;

ao nominalivo.•

i

3. amav-eroC

C3amav-eris

<3Snpino

^j_ amav-erits. ]\ amav-crinuis 5 •' mat-tun, a, para amar.s amav-eritis \>

amav-ennt .5

J-

Page 99: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

99

conjiugagao97. __ VOZ PASSIVA

lari = .w amado

_ ,, ,,,„„ . _.. — ;JJ^-.w.-,- 1 .;JW.Ml-. llnn>riHM-•-"'=":"

1IIDICSTIVU |SUB1UHTIV0 IMPER&fTVfl

S. am-or ^ im-er .£ Presente |

o> am-aris <></ am- 2 m-eris on am-tre ~

§ am-atur [are £ am-etur "= S. 2". ]). amare, se lu amado.

t£ P. am-amur 3 am-eimir';> P. 2". d. am-amini, .rede

am-ammiani-Iintur

" im-emmiim-cntur

'-:

•6s amado.r.

Future

S. 2". p. am-ator, .re lu

amado.5". p. am-ator, seja elt

sS. am-abar

am-abaris ou -2

ima-rerama-reris «

K2. am-abare S ama-retur 5

am-abatur ^ ama-remur '"

amado.."^ P. am-abamur ~ ama-remmi ^ P. 2a

. p. am-abimini,*-S am-abarnini Xi ama-rentur cs

sede i'6s amados.d- am-abantur 3.a p. am-antor, sejam

eles amado.r.

Infiniteo S. am-abor•§Is am-aberis ou

EEL am-abere s Pres. ama-ri,-S am-abitur 5 imp.: ser amado.«=> P. am-abimur '^

pess.: ser eu, seres In

amado, etc.=3 am-abimini JU

am-abuntur / m

\"3

Per), amat-um, /*«

S. amat-us, a, um (5 amliv-us, a, um •5

"s sum ou fui sim ou fuerim s am, um ; ) oamat-os, as, a .1 J!i es ou fuisti

"^sis ou fueris

.S;

est ou fuit =i sit ou fuerit -§imp.: ier sido amado.pess.: ier eu sido amado,

™ P. amat-i, ae, a *"! amat-i, ae, a

CD sumus ou fuimus simus ou fuerimus ^£U estis ou fuistis

Msitis ou fueritis *S etc.

Fui. amat-um iri haver

de ser amado.i

sunt ou fuerunt ^ siat ou fueriut ^

S. amat-us, a, um ^amat-us, a, urn ^

eram ou fueram ^essem ou fuissem

ea eras ou fueras ^^ Parttcipio

erat ou fiierat

P. amat-i, ae, a

esses on (uisses

£i£g

esset on fuisset ^ Per/, amat-us, a, ura,S eramus ou fuera-

, lmus.

eratis ou fueratis

5§amat-i, ae, a

essem us ou fuissemus samado ou Undo sido ama-do.

Put. nm-andus, a, urn,as,.,

^ essetis ou fuissetis

essent on fuissent

tj

erant on fueraiit 5—

.

"~- haeendo de ser amado.

S. amat-us, a, umero n« fuero •5 Supino

-S eiis ou fueris<5

'aerit ou fuerit | amat-u, de ser, parr, sei

ec - P. amat-i, ae, a;f

amado.

£serimus ou fueri-

[ mils';

eritis ou. fueritist.

eriint ou fnerint

Page 100: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

100

98. — VOZ ATIVA Segunda

Delere = deslruir

ISDICJSTIVJ

del-eo<lel-es

del-et

del-emusdel-etis

del-ent

S. del-ebamdel-ebasdel-ebat

P. del-ebamusdel-ebatisdel-ebant

del-ebodel-ebisdel-ebit

del-ebimusdel-ebiitis

del-ebunt

del-earndel-easdel-Cat(Icl-eamusdel-eatisdel-eant

delere-mdelere-sdelere-t

delere-musdelere-tisdelere-nt

13

S. delev-i

delev-isiidelev-it

P. delev-imusdelev-istis

delev-eruntou ere

.£2 X'

S. deley-erodeiev-erisdelev-erit

delev-erimuscielev-eritis

delev-erint

delev-ermidelv-erisdelev-erit

„ _, delev-erimus.£ -§ delev-eritisft delev-erint

delev-eramdelev-erasdelev-eratcielev-eramusdelev-eratisdelev-erant

-S

aelev-Issemdelev-issesdelev-isset

delev-issemu.delev-issetis

ielev-Issent

S- -"• p. dele, deslroi.' •

-!•'. |>. del-ete, deslr•111.

Putt

S. 2". p. del-eto, des/rJi.

f. p. del-eto, deslrua.i.

-f . p. del-etote, deslrui••>". p. del-ento, desiruam.

Infinito

Pres. del-ere,imp. -.deslruir.

pess.: destruir eu, etc.Per/, delev-isse,imp.: le.r destruido.pess.: ier eu, teres til des-\

triudo, etc.

Ful. delet-urum,I

esse»

am, um; ) haver oudelet-uros, as, a •'

ier ^eI deslruir

ParticipJo

-§ \r'Y• c' el

rens

' entis> AeHruindo.= [/'«/. delet-urus, a, um ha-

vendo on Undo de deslruir.

Geriindio

Gen. del-endi, de deslruir.Dat. del-endo, a deslruir. ...

Ac del-endum, a, para desMtrim-

.

Is

Abl. del-endo, deslruindo. jl

infinite- delere, con-es4p.onde ao ni>niin,iii\-o.

Supine

delet-um, a, para deslruir.

f

Page 101: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

101 -

conjugagao99. — VOZ PASS1VA

Delere = scr dcsi.rutdo

\l —

IHOICATIVO |SUBJUFiT! VB "itiTpTBAfivfl

ij

S. dcl-eor :§ del-ear ^ Presentc' !j

& del-eris s del-earis ^ IK= del-etur -^ del-eatur 5 S. 2." p. delere, se tii\ttj P. del-emur ^c del-eamur

"5desiruldo. \a.

dcl-cmmi >j dcl-cammi -3> P. 2."- p. del-emini, .tr.de \

vos destruldos. v

Futuvo

del-entur ?> del-eantur ~*

»^

"55

CO

S. del-ebardel-ebaris

;§dele-rerdele-rei-is S. 2.-1 p. del-etar, sc

_H del-ebatur -i dele-retur "h Ui desiruldo.o P. del-ebamur 5 dcle-remur ~b

3. ri p. del-etor, .ycja

etc dcslruldo.-Is del-ebammi

"^dele-remmi

*«del-ebantur 5 dele-rentur H

ota_ ^ P. 2. !1 p. del-ebiimni

scdc vos dcstruidos.

3." p. del-entor, se-

oS. del-ebor ^ jant ct.es destruidos.

CD del-eberisdel-ebitur

Infinite

P. del-ebimurdel-ebimlni

Pies, dele-ri.

imp.: scr desiruldo.

pess.: scr cu, seres lugj^J del-ebuntur 2?"

dcslr., etc.

I'crj. delet-um,i esse

ara, um ; dc-\ ou

let-os, as, affuisse

c S. delet-us, a, umsum ou fui

delet-us, a, umsim ou fuerim

c

*e es ou fmsti sis ou fueris ^3C3. est o« fuit ~S's sit ou fuerit-2 P. delet-i, ae, a 5 <; delet-i, ae, a

simus oil fuerim usimper.: Icr sido des-

t£5 sumus ou fuimus <°^ « iruldo.CU- estis on fuistis 'd sitis ou fueritis *§ pess.: ier e,u, teres tu\

sunt o« fuerunt ^ sint ou fuerint "Jsido desiruldo, etc.

j

Fui. delet-uru iri, liaverlCS S. delet-us, a, um delet-us, a, um"1 eram on fueram ^ essem ou fuissem ^ de scr desiruldo.

|

1 eras <>« fueras "Ci esses ou fuisscs -£;

f

erat on fuerat 3^3 esset ou fuisset~

Pai'ticipio ;i1

:srP. delet-i, ae, a a S

•a ~ delet-i, ae, a ps

i

-I eramus on fuera- essemus ou fuisse-"

if

Per), delet-us, a, umJjdesiruldo ou Undo sido\

desiruldo. I

Put. del-eixdus, a, um,

1 E

1 ^1 ea*.

[museratis ou fueratis

erant ou fuerant5

[musessetis ou fuissetis

essent on 1'uissent

.^.

1

1 S. delet-us, a,um :§havendo dc scr desirul-

| C3 ero ou fuero do.

1 ^£ eris ou fuens1?

1

1:

-

:« :\ erit ou fueritSupino1

''*^'

P. delet-i, ae, a g:= enraus ou luenmus : \->

delet-u, dc scr, parascr desiruldo.

S3eritis ou fuerltis

—s

erunt ou fueririt $>

. 1 ~~

Page 102: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

102

100. — VOZ ATIVALcgSi'e = Icr

L erceira

imivo

S. Ieg-o

leg-is

leg-it

ieg-imusleg-itis

leg-unt

P.

leg-ebamleg-ebasieg-ebatIeg-ebamusIeg-ebatisleg-ebant

S. leg-aro.

leg-es

leg-et

leg-emusleg-etis

leg-ent

S. leg-i

leg-Isti

leg-it

P. leg-imusleg-istis

leg-ermit ou ei-e

-S. leg -eramles -eraslea -erat

P- lea -exaro.usleg-eratisleg •erant

S. leg -eroleg ensleg. erit

P. 'eg- criiB.iis

leg- erVtis

leg- evint

SUBIUSTIVfl

leg-am.leg-aslcg-at

cg-amusleg-atis

leg-ant

!egei:e-:m

iegere-s

egcre-t

egere-muslegere-tis

:ere-ht

-—

' ^

<s leg-issem^ te&'^isses

^ leg- Isset<2 Ieg-isscmusu Icg-issetis>? Ic£!-Tsscnt^

IMPERiTIVfl

leg-erim

5

leg-eris

leg-erit

leg-enmusleg-eritis

•-. leg-erint'^

Presente

S- 2." „. lege, /,= .

P. J/' p. leg-He, U.dc.

Future

S. 2:- p. leg-ito, /<?.

-)". p. leg-Jto, Ida. ..

1.2*. p. leg-ito to, UdellJ"- p. leg-unto, ld-\lam.

lafioito

Pies, leg-cre,'

imp.: tcr. \

pess.: Icr cu, teres lu)etc. ':

I'crj. leg-Isse, :

imp.: tcr Udo.pess.: tcr cu, teres lu\

Lido, etc.b'uturo lect- ;' esse,ururn, am, ) have'um ; lect- /uros, as.

-~t- / ou tcr

a\dc Icr

Participio

Pre.,: leg-ens, entis,ten do.

Vul. lect-urus, a, umjlia\>cndo ou Undo clc lcr\

Gerundio

Gen. leg-endi, dc ler.l

Oat. leg-endo, a lcr\Ac. leg-endum, a , \

para Icr. I

Abl. leg-endo, lc„do\

O infinite: legere tor-rcsp. ao nominaliro. \

Supino I

.

ect-um, a, para icr}\

Page 103: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

103

conjuga^ao

JX

1QL — VOZ PAS SIVA

Leg! = scr lido

I

THnfoflTivo" SUBIUHTIVOj

~

TiPEHATiVOi|

S. leg-arPresente Is

lcg-or_ii

P.

leg-Sris

leg-TturIcg-imuv

^leg-aris

leg-aturS. 2." p. legSre, sc hA

lido.|

t$Z5!

leg-amurIcg-ammileg-antur

'r> P. 2.' p. leg-immi, scdrlleg-immileg-untur

"OS Lido,!. ;|

C3

"5

Future J

S. 2." p. leg-itor, si: lulido. \

3." p. Icg-Itor, scja

elc lido.

s. leg-ebarleg-ebaris

legc-rer

lege-x-eris ^

p.

leg-ebaturleg-ebamur

^H lege-returlege-remur cj

P. 2. a p. leg-emini, jr.dc

cos lidos.

3." p. leg-untor, je-C3-

leg-ebaminileg-ebantur

P lege-remmilege-rentur

^

juni clcs lidos.

InfiniteC3s. leg-ar

C9leg-eris

leg-etur^f

Prcs. leg-i.

=3

p. leg-emu r

leg-emmileg-entur

\l imp.: scr lido. 1

pess.: scr cu, seres luqlido, etc. [1

PerJ. lect-um t esse !|

am. um ; ) ou £

lect-os, as, a f fuisse 1s. lect-us, a, um ^ lect-us, a, um ^O sum ou fui

es ou fuisti

est ou fuit

'5 sim ou fuerimsis ou fueris

sit ou fuerit

r§ imp.: Ler sido lido.

s. *!-§ s5pes.: ler cu, leres lu

sido lido, etc. -

! -S p. lect-i, ae, asumus ou fuimus

•52 *-^j lect-i, ae, asimus ou fuerimus

^Ful... lect-um iri, haver

-o j s do ser lido.<n

estis ou fuistis *i sitts ou fueritis *?

sunt ou fueruut -^ siut ou fuerint ^l-'articipio

Per/, lect-us, a, urn,I s. lect-us, a, ura-2

lect-us, a, um-§

IE eram ou l'ueram~->^

essem ou fuissem lido ou Lciid.o sidoe» eras ou fueras *5 esses ou fuisses „ lido.St erat ou fuerat a esset ou fuisset

"^put. leg-endus, a, «m,i

"H p. lect-i, ae, a ~i3 lect-i, ae, a hat'cndo dc ser lidoii™ eramus ou fueramus '-5 essemus ou fuissemus g 1

CO eratis ou fueratis "W essetis ou fiussetis ¥

erant ou fuerant 5 essent ou fuissent "~

Supino .

'

|

icct-u, dc. scr, para scrs. lect-us, a, umo> cro ou lucro lido.

"SS ens ou tuens"^

£ crit ou fuerit:|

p. lect-i, ae, a ^

1=3 erimus ou fuerinuis '^

r eritis ou fueritis

erunt ou fuerint\j

I

Page 104: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

104

102. - VOZ ATIVA Quarta

Audu'e = ouvcr

jS p

audt-oaud-isaud-itaud-I.musaud-Itisaud-iunt

•audl-ara,'audT-as

3,.'audi-at

Sjaucli-amusaudi-atisaudt-ant

:

iP.

audi-ebamaudi-ebasaudi-ebataudi-ebamusaudi-ebatisaudi-ebant

audi-amaudt-esaudl-etaudi-emusaudi-etisaudit-ent

audire-ruaudfre-saudfre-taudire-musaudire-tisaudlre-nt

Presente

S n'"'" '"' illu ''' »u;-c.

|'|1 • '-ir' p. aud-Ite, ottvi.

I Futuro

i>- r " p. aud-ito, oiwc.a." p. aud-ito, ouca.

•t• -- :

' p. aud-idote, o«-tY.

•>•" p. aud-ifuito, ou-\

Infini to

Pre;; aud-ire,imp.: ouvir.pess.: o«wV d«

( 0(«<//r,r||/«, etc.

Per). audiv-Isse.imp.: Icr ouvido.pess.: fcr e« oiwVwJetc.

J S. audiv-i

SJ audiv-Isti

H audtv-it•~|P- audiv-imus-sj audiv-istis

ctj audiv-erunt <?« ere

auctiv-eramaudiv-erasaudiv-erataiidiv-eraiimsaadiv-eratj.s

aiidiv-orant

audiv-erinuaudiv-erisaudiv-eritaudiv-erimusaudiv-eritisaudiv-erint

audiv-Tsscjuaudiv-issesuicliv-i.sset

indiv-issonju.'j

aiidii--issctis

audjv-isscnt

>

esse,haver

audiv-eroaudiv-crisaudiv-erit

audiv-crimusaudiv-erttisaudiv-crint

r

'"i- audit-\urum, am, J

um; audit- )°", fer

uros, as. a / .

f UUI'H-

Participio

Pre;; aud?-ens, entis,ouvindo.

I

lful. audit-urus, a, urn,!havendo ou /c/ !(/ <£.;]

j

Oiii'/r.

i

i

Gerimdio

'Cjuii. audi-endl, de oiwiAOat. audi-endo, « ouvir}\Ac. audi-endum,

^>«ra aiu'i'r.

Abl. audi-endo, ou^Wojj

O infinite audire cor-rcsp. ao «<?/«.

Supino

audit-um, a, /Jrfrrt out./,..!

jLi

Page 105: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 105 —

conjugagao103. — VOZ PASSIVA

Audmiuire ~ ser oiwui*

.-§ s

p.

s.

p.

audt-oraud-Irisaud-ituraud-Imiu'aud-immiaud-iuntur

audi-ebaraudi-ebarisaudi-ebaturaudi-ebamuraudi-cbammiaudi-ebantur

audl-araudi-arisaudi-aturaudi-amur.uidi-aminiaudi-autur

audi-reraudi-revisaudi-returaudi-remuraudi-remmiaudi-rentur

audl-araudi-erisaudi-eturaudi-emuraudi-ermniaudi-entur

umaudit-us, asum ou fni

cs ou fuisti

est oil fuit

audit-i, ae, asumus on fuimusestis on fuistis

sunt ou-fuerurit

audit-us, a, uffi

cram ou fuerameras on fueraserat ou fuerataudit-i, ae, aeraraus on {'uera-

(museiatis on fueratiscrant ou fuerant

udit-us, a, umsim ou fuerimsis ou uteris

sit ou fuerit

dit-i, ae, asimus ou fuenmussitis ou fueritis

smt ou t'uerint

ludit-us, a, umjessem on hussen:

iesses ou iuisses

jessefc ou duisset;audit-i, ae, ajessemus ou luisscntus

lessetis ou luissetis

jessent ou fuissent

Presente

S. 'J..'- p. aiulire, se lu

ou.-ido.

P. 2. a p. aud-imini, sc

dc oos oiwidos.

Futuro

S. 2." p. aud-itor, sc Lu

oiwido.

o." p. aud-itor, seja

clc oiwido.

P. 2. rl

p. audie-mmi, .re-

de i'OS Olll'l.doS.

3." p. aud-iuntor, sc-

jnjn elcs oiwidos.i

IufinitoI

Pros, audi-ri,j

imp.: ser oiwido. \

pess.: ser cu, seres Luoiwido, etc. i

Per}. audit- , esseum, am, um; < ou

SJjaudit~os, as, a ' fuisse

3 !imp.: ler sido oiwido.

~I

pess. : Icr eu, leres lu

-S ! sido oiwido, etc.

I'iil. audit-urn h'i, luwerde ser oiwido.

Participio

i Peri, audit-us, a, uirurido ou lendo sido

S. audit-us, a, um•

:ero on fuerocris ou fueris

erit ou fuerit

audi-ti, ae, acrimus ou fuei-imus

eritis ou fueritis

crunt ou fucrint

o

oiwido.

'ui- audi-endus, a,

um, liayeado dc ser

oiwido.

If

audil-U, dr.

ser oiwido.

Supiuo

ser, para

Page 106: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 106

Observagoes sobre algumas formas temporals da voz ativa. 1

amarunt por amavcrunl; amaHis nor imai<! rH r- „,-,*4> u"-ul:> u >- °" J, p. ex.:

por «i, etc.P 'z"M" jfcr

< «"'«/•«'« por «««»,; ««£ .j

/0 A mesma rcgra aplica-se aos perfeitos em evi dos verbos da sPm,n,l Ic tcrcwra con; ugacao e a toclos os tempos que eles formam p ex E'lS 1

por « ,.v.a, (-,- mas sempre noscro no futuro oerfeito em 1,', ", V ' '"°J '"'

<;

por commovUfc.lunuo peueilo em lugar de /w/o; commode

c) Nos perfeitos em ivi, e nos seus derivados, pode-se omifn- n „ „

& ,~,X,U por^ de/J^>'U^AZ^-porem, n/o se pode omit;? aia^'^™™^™™'-^ caso,

™to, »°ir^°S SCi° e mem 'n; t6m s6 ° »"P"*tivo future: ™7 , ,c// /c; ,„c.

mente sfm e!r«mit° futUr° "^ f°™a-Se C°m °« sem esse

' ™is frequentc-

Observasoes sobre algumas formas temporals da voz passiva.105. — a) A segunda pessoa do singular, no oeriodo ,-K**;™ iregularmertte em re, n ex • amnhnrr ,/„/„/,;,-,

& <•>"". "upenoao Uassico, termmase eucontra a segunda^^&££&^^^J^™™«<^preS^^ <*»*»-**«- ^^^^^confu^erct^'mS

A) Nas formas amatum cue, amandum esse, muitas vexes ,„!,pnfM !o auxihar fj'ic, r>. ex • r/r/V; >,-r drln „„„;,/ j-,"lull-'lt

> > e/,cs suOenlende-se

ceira e,qt£^^^Sn^^^X^^^ c\^. ^,

-cusar „„ „, nd ^^^-ax ^£^:i-dr:-~'spenbatjorc u, con^eletu-. ^^^ 8e"a criado co"su '' 6 »'«

Formas arcaicas.

»o verbo"^como- SulS^pSMrtV™> "' *>^T 1"-^

Page 107: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

*

— 107 —b) O infinite prcsente passivo termina, as vezea, em ier, em kigar de i,

p. ex.: amarier, scribicr, admlUler, palter, spargicr, dej'unglcr (cf. n. 1, d, I V, pag. 9).

c) O imperfeito e o futuro indicative) ativo e passivo da quarta cordugacaotcrminam, as vezes, em ibam, ibar em lugar de iebam, iebar, e em ibo, ibor

ft por iam, iar, p. ex.: audibam pop aiidiebain; largibar por largiebar, de larrjiri;

^ audibo por audiam, oppenbor por oppcriar, de opperirt, aguardar.

d) O imperative futuro passivo e depocnte da segunda e terccira pessoa dosingular lermiuava antigameute em -;nmo, p. ex.: praejamino por prac/ular, depraejan, dizer antes; progrediitiir.o por progredilor de pmgredior, avancar; c poranalogia os gramaticos nos dao a outra tcrminacao em -minor para a scgundapessoa do plural, p. ex.: amawlnor por itmabiniini; muiiet/iiiwr por moncbiinini,forma esta que carece de qualquer autoridadc.

c) As vezes, o futuro perfeito termina em -asso e-esso em lugar de-averoe uero, p. ex.: le,',tr.ro por livnivro; prohibe.rso por prohibiten}; e assim tambem faxopor Jcccro; caput por cepero; ju-t.'o por juxscro, de jubco, mando. Com o mesmo'criterio se encontram formados alguns pcrfeitos do subjuntivo, p. ex.: Lcvassim,prohihcssun, jaxim, etc. Note-se ainda o perfeito subjuntivo ausim, aiisis, ausl'tem lugar de ausus situ, de atideo, ousar, sfneope de au-fcrim, de um perfeito arcaicoausi.

j) Notem-se, enfim, algumas contracoes on sincopes nos varios modosdo perfeito: dixh por dixUli; scrip-rli por rcripslsti; dixc par dixissc; acccstis poracccj;ri.r/t.,r de acccdo; surrexc. por surrcxi,r,re de suryo; inleilexit por inledkxisli; in-Ic Ilexes por tnleUcxt-ucs; surpttera,'por surripuerai' de surripio; exslinxcin por ex-d'tinxUjcm, etc.

VERBOS DA TERCEIRA CONJUGACAO EM IO

107. — Seguem a terceira conjugacao tambem alguns verbosem 10, que, nos tempos derivados do pre-sente e do infinite, perdemo i antes de outro i ou de e (breve) da desinencia (2. a pessoa do singu-lar do presente do indicativo passivo).

Eis os poucos verbos que estao sujeitos a esta excecao: (*)

capio, tomo,

c.upio, desejo,

jacio, faco, (afficio, eonficio, etc),

iodio, cavo, (effodio, perfodio, etc.),

jugto, fujo, (confugio, aufugio, etc.),

jacio, Ianco, atiro, (adjicio, conjicio, etc.),

(Jacio), atraio, (illicio, pellicio, etc.),

pario, dou a lus,

(juaho, bato, (percutio, concutro, etc.),

rapio, arrebato, (arripio, corripio, etc.),

•rapto, tenho jaizo, (desipio, etc.),

xpecio, ollio, (aspicio, conspicio, despiclo, etc.);

e os depoentes:

grad.Lor, caminho, ando, (ingredior, progrcdior, etc.),

morior, morro,

pauor, sofro, (perpetior, etc.).

(*) Os tempos principals destes verbos ea significacao dos seus compostosse encontram na lista' dos Verbos irregulares — Terceira conjugacao n. 120.

Page 108: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

108

ft

Verbos da terceira

108, — VQZ ATIVA

I H D I

C

JIT f V S0BJ0ITIV0

p.

p.

capl-o, cu fjrcndocap-iscap-it

cap-imuscap-itis

capl-unt

capi-ebamcapi-ebascapi-ebatcapi-ebamuscapi-ebatiscapi-ebant

S.

S.

•HP.

capi-aracapT-escapi-et

capi-emuscapi-etis

capl-ent

cep-i

cep-Isti

cep-it

ccp-imusccp-Istis

cep-erunt on ere

cep-eramcep-erascep-eratcep-eramuscep-aratiscep-erant

S.

P.

cep-erocep-eriscep-erit

ccp-crimuscep-eritis

cep-erint

capi-aivt

capt-ascapl-atcapi-amuscapi-iitis

capi-ant

jcapcre-micaperc-s

jcapere-t

|capere-musjcapere-tis

icaperc-nt

cep-erimcep-eriscep-erit

cep-erimuscep-eritis

ccp-erint

cep-issemcep-Issescep-isset

cep-issemuscep~Issetlscep-issent

I M P ER AT I VO

Prcseiite

S. 2.A p. cape.P. 2." p. cap-itc.

r uturo

S. 2. ;l p. cap-ito,5." p. cap-Jto

P. 2." p. cap-itotc.5." p. capi-iinto.

Infinite

Prey, cap-ere.PelJ. cep-issc.Ful. capfc-urum, am,um ; os, as, a esse.

Participio

Pref.capi-onsPut. capt-urus, a, um

Gcrundio

Gen. capi-endi.Dat. capi-endo.Ac. capi-eoduoa,Abl. capi-eado.

Supir

capt-um.

Page 109: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

conjugagao em IO

— 109 —

109.— VOZ PASSIVA

DiC/iTIVQ SUBJUNTIVO

£

S. capi-or, m .ton prameap-eriscap-itur

P. cap-imurcap-iminicapi-untur

capi-ebarcapi-ebariscapi-ebatur

P. capi-ebamurcapi-ebammicapi-ebantur

capi-arcapi-eris

capi-eturP. capi-emur

capi-emmicapi-entur

;capi-ar

capi-ariscapi-aturcapi-amurcapj-aminicapi-Sntur

mnnwn

capc-rercape-reriscape-retui'eape-remurcape-remmicape-rentur

S. capt-us sum on ftii, etccapt-us es

capt-us estP. capt-i sumus

capt-i estis

£i capt-i sunt

Preseiite

S. 2." p. eapere.P- 2." p. cap-imini

.

Full

S. 2. np. cap-itor.

3." p. cap-itor.P- 2. a

p. capi-emmi.•')." p. capi-untor.

Infinito

Pre.r.capi.

Per}, capt-um,um ; ps, as, aou fuisse.

Fat. capt-um iri.

Participiocapt-us sim ou fuerim,capt-us sis etc.capt-us sit

capt-i simus Id;capt-i sitis

[

* erS- capt-us, a, um.capt-i sint

1ulL capi-endus, a,um

.

sis.

l.ss'.'P

6

capt-us eram on l'uei'am, capt-us essemcapt-us erascapt-us eratcapt-i eramuscapt-i eratiscapt-i erant

etc.h.

capt-us esses tsem, etc.]icapt-us esset

|

icapt~i essemusj

|

capt-i essetisj

capt-i essent I

Supino

capt-u.

capt-us ero oncapt-us eris

capt-us erit

capt-i erlmuscapt-i ei-Itis

capt-i erunt

luero,

etc.

Page 110: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

li

— no —

CONJUGACAO

dos verbos depoentes,

110. — Chama-sedepoente o verbo que tern a terminacaoor cotno os passti'os c coniuga-se inteiramente como eles, mas ternsignijicamo al'wa, porque o sujeito e o agente. Tambem os verbosdepoentes dividcm-se em iransitivos, p. ex.: imitor exemplum patris,e intranstiwos, p. ex.: morior, morro. Alguns tern significacao reflex.^p. ex.: nitor, e.u me. esjorco; vescor, eu me alimento.

a /) participio juturo passifo ou gerundwo ou o adje-lii'O verbal destes verbos tern significacao passiva: imilandus, quedeve ser imitado. Por este motivo, esta forma verbal so se encontracom os verbos transitivos. Os intransitivos so tern o gerundivocom a terminacao em dum (genero neutro) unido com o verbo esse,

p. ex.: moriendum est, deve-se morrer.

xl)^ lambem o supi.no passivo conserva sua significacaopassiva: imiialu, de ser, para ser imitado.

b) Os verbos depoentes conservam da voz ativa:

I) o participio presente : imttans;

II) o participio futuro : imitaturus (donde o infinitehituro: unitaturum, am, urn; os, as, a esse);

III) o gerundio : imitandi, imitando, etc.;

1 V) o supino j imitatum (pass, imitatu).

c) participio perjeito dos verbos depoentes tem significacaoativa: imitatus, tendo imitado.

. ...Observacao. — Pen- excecao, os seguintes' participios perfeitos, alem da

significacao ativa, tern a correspondente passiva:

adeplus (de adipi.scor, en's), conseguido, tendo conseguido;comiialus(de comtlor, arts), acorapanhado, tendo acompanhado;.•oinpL-xus'do. conipiecior, i'ris), abracado, tendo abracado;,\>uj<-ssi,s !,de roiijitfor, ?.ris). confessado, tendo confessado;'/iwi:ii..-it.r kic .llm.-iiur, hi.,), medido, tendo medido;riiii'iitilti./ ide t:/ii,-iUior, Iris), falso, mentiroso, tendo mentido;expcrlu.ri&K. txpenor. iris'), e.xperimentado, tendo e.xperimentado;ini,'.rprclaius{dc ia/rrprclor. art's), interpretado, tendo interpretado;ru:ditnhi.r(dc mci/iior, art's), meditado, tendo meditado;ine.nsu.r (de mrtior, iris), medido, tendo medido;partus (de pariscor, Kits), pactuado, tendo pactuado;pariikif (de parlior, iris), dividido, tendo dividido;l>opttliiliis(t.\e papular, fin's), assolado, tendo assolado;sari, las (de rorlior, iris, sorteado, tendo sorteado;alius (de ulcisrar, Iris), punido, tendo punido.

Alas estes participios de significacao passiva nunca se usam era uniaocorn o verbo esse para forrnar um verdadeiro tempo passive p. ex.- comiiatusacompanhando; mas n!io se podc dvzcv.comilalu.rtst, foi acompanhado

Page 111: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Ill —

PRIMEIRA CONJUGAQAO DEPOENTE

111. — Imitari = imitar

*,

INDICA7IV0 SUBJUKTIYO iMPE SAT IVO i

S. imltor, //»//« imlter, 'untie Presente 1

imitiiris <w tare umteris on tore S. 2." p. imitare, imita. I

tuimitator

P. imilamurimitetur P. J.- p. imitamlni, initial. \

•a imitemur \

d. imitamln! imitemtm Futuro ' §

imitantur imitenturj

S. 2." p. imitator, imita. 1

3." p. imitator, imile. \!

i. .P. 2. a p. irnitabimlni, imita i.

J*tf S. imitabar, imilai'a lmitarer, imdasse 3." p. imitantor, ini'dem. \

S imitabaris on bare imitareris on rere §

imitabatur imitaretur Infinito i

.-? P. imitabamur imitaremurPres. Imitari,t£2 inutabamTni imitaremlni

ca_ imitabantur imitareutur imp.: imitar.

pess.: imitar eu, im 'dares

— lu, etc.

Perj. Imitatum, am, um; os,

S. imitabor, imitareias, a esse ou fuisse.

<a> iimtabens ou bere imp.: ter imilado.*=:.

imitabltur pess.: ter eu, teres In imilado,

P. imitablmur etc.

=s imitabimmi Fid. Imitatiu'um, am, um;iS imitabilntur os, as, a esse, haver ou ter

—de imitar.

Participioo S. imitiTtus, a, um imiiatus, a, um,

Pers. Imitans, antis, imilando"55 sum oil fui sim on fuerimS. imilel e lenlw iiii.il. Lenha inulado.

o que imita.Perj. Imita tus, a, um, tendoQ P. imitati, ae, a imitati, ae, a

os sutuus on l'uinuis. simus on fuerimus,imitado.

Fid. altvo: lmitaturus, a, um,"s etc. etc.ca- havendo ou tendo de imitar.

— passivo: Imitandus, a, umhaoendo ou tendo de ser imi-

CO S. imitaius, a, um inutatus, a, um lado.

C3cram on lueramimdara . llnh.i imi-

essem on fuissem Geriindiog- trrt'.w tinilado

." lado.

P. Imitati, ae, :i

erair.us on iuera-

7<:;i. Iniitandi, de imitar.! £ mitali. ac, a

essemiiN ou I'ulsse-Dal. imitaudo, a imitar, imi-

: ^_; lando.' t£I

nnis, L'ic. v.us, etc.tic. fuiiiaudum, a, para

. miliar,

ibl. Imitaudo, imilando.S. imitatus, a, um

ero on fiiero-Si in]m do corresp. an uom.:.si mitari = o imitar.C5 1 lerct imilado.

o P. imitati, ae, a: Supino

=3 eriimis on I'uerirnns, ;:

£3c-te.

i

\dlivo: Imitatum, a, para inn'-l

tar. 1

Passivo: Imitatu, de ser, paraser imilado. .

Page 112: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 112

SEGUNDA CONJUGACAO DEPOENTE

112. — Merer

JICATIVO e U B J U MTI vo

s. mereor, mereromereris ou eremereturmeremurnicreminimerentur

marebar, mereciamerebaris ou baremerebaturmerebamurmerebamlnimerebantur

merear, merecamerearis ou aremereaturmcreamurmereanilnimereantur

S. 2.«

I M PER ATI VO

Presente

|>. men-re. merece.

mererer, mcret

merereris oumerereturmereremurmereremlnimererentur

esse

mere-frere

' • -• p. meremim, merece i.

Futuro

..gjS. merebor, me.recerei.

mereberis ou boremerebiturmerebimurmerebimlnimerebuntur

meritus, a, urnsum ou fui

mered a len/io nicr.

meriti, ae, asumus ou fuimus,

etc.

merttus, a, umeram ou fuerammerecera. e iiiiha me

rccido.

meriti,' ae, a

eramus ou hiera-mus, etc.

S. meritus, a, um•s| oro "" biero"g 1 lere.i merecido.

P. meriti, ae, a,

crimus ou fuerimus,etc.

meritus, a, umsim ou fuerimlenha nierecido.

meriti, ae, asimus ou fuerimus

etc.

S. 2." p. meretor, merece.5.» p. meretor, mereca.

P. 2. ap. merebimini, merece i.

o. ap. merentor, merernm.

Infinito

Pres. Mereri,imp.: merecer.pess.: merecer eu, merecerestu, etc.

Per/. Meritum, am, um; ok, as,a esse on fuisse.imp.: Ur nierecido.pess.: ler eu, teres lit merecido, etc.

I'ul. Meriturum, am, um; os as,a esse, haver ou ler de merecer.

Participio

meritus, a, umessem ou fuissemlicesse nierecido.

meriti, ae, a

'essemus on fuisse-

! mus, etc.

Pres. Merens, entis, merecendo,o que merece.

Per/. Meritus, a, um, Undomerecido.

Put. ativo: Meriiurus, a, um,ha.vendo ou Undo de merecer

paj-.t-i.fo: Merendus, a, um,hnvendo ou Undo de se'rmerecido.

GerundioGen. Merendi, de merecer.

.

Dal. Merendo, a merecer. mere-[

cendo.

Ac. Merendum, a, para, mere-cer.

eibl. Merendo, merecendo.O in/unto corresponde ao

nom.: mereri =o merecer

Supino

Atifo: Meritum,cer.

Passifo: Meritu, de sei-

ser merecido.

para mere-

para

Page 113: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

TERCEIRA CONJUGACAO DEPOENTE

}\7, —

• 113. — Fungi cumprir

HOI CAT JV SilBJUilTIVQ iMPERHI

S. fungor, cumproI'migcris on erefungltur

IP. funglmurfungimlnifungiintur

S. fungebar, cumpriafungebaris ou barefungebatur

P. l'ungebamurfungebamlniiungebantur

S. fungar, cumprire.ifungeris on erefungetur

P. fungemurfungeminifungentur

lungar, cumprafungaris ,;/( arelungaturfungamurfungammifungantur

fungerer, cumprU.eefungereris ou. ere

fungereturlungeremurfungeremlnifungerentur

S. functus, a, um— sum ou fui

cumpri e t. cump.P. functi, ae, a

snmus ou fuimus,etc.

functus, a, umcram ou f'ueramcumprim e /. cump,

•g:

P. functi, ae, aE= eramus ou fuera-

xii us, etc.

•SI

S. functus, a, umero ou fuerolerei cumpridofuncti, ae, aerimus on fuerimus,etc.

Gramstica Latina, S

functus, a, umsim ou fuerimlenlia cumpridofuncti, ae, asimus ou fuerimus,

etc.

functus, a, umessoin on fuisseni

licesse cumprido!tmc(i, ac, a

esscmus ou luisse-

mus, etc.

Piesente

S. 2e- [>. fungi-re, cumprc.P. 2. fl

p. fungimlni, cumpri.

Future

S. 2." p. fungltor, cumprc.5." p. fungitor, cumpra.

P. 2." p. fungemini, cumpri.5." p. funguntor, ciimpram

Infinito

Pre.!. Fungi.imp.: cumprir.pess.: cumprir e.u, cumprire.iiu, etc.

Per}. Functum, am, um; os,

as, a esse ou fuisse.

imp.: tec cumprido.pess.: Ler en, lere.e in cum-

\

prido, etc.

\Fui. Functurum, am, um;j

os, as, a esse, haver on ter

\de cumprir.

Participio

Pre.e. Fungens, entis, cum-prindo, o que curapre.

Per}. Functus, a, um, iendocumprido.

Fui. atho: Functurus, a, um,iiavendo ou tendo dt: cumprir.

pa.r.eioo: lumgendus, a, urn,

iiaoendo ou tendo de .

cumprido.

Gerundio

Gen. Fungemli, i/e cumprir.Dal. Kungeiulo, a cumprir,cumprindo.

lie. Kungendum, (,', para cum-prir.

did. Fungenclo, cumprindo.O injinilo corresponde aoj

num.: fungi —o cumprir.

Supino

/llwo: Functum, a, para cum-prir.

Pa.r.eioo: Functu, tie .tcr, paraser cumprido.

Page 114: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

~ 114

QUARTA CONJUGACAO DEPOENTE

114. Partlri parlir

i&

S. partior, pari,,

partiris ou Ire

partitm-P. partlmur

partimliii

partiuntur

S. partjebar, partiapartiebaris ou barepartiebatur

P. partiebamurpartiebamlnipartiebitntur

£S.

-I-

partiar, parilreipartieris on erepariieturpartiemurpartieminipartientur

partlar, partajpartiaris ou arepartiatur

partiamurpartiamlnlpartiantur

pa rtlrer, partissepartireris ou erepartireturpartiremurpartireminipartirentm-

Ss

.a P

S. partltus, a, umsum ou fui

parii e ienho pari.P. partTti, ae, a

sumus ou fuinuisetc.

partltus, a, umsim on fuerimtenha parlidopartiti, ae, a

simus ou fuerimus,etc.

partltus, a, urn partltus, a, umeram ou fueram essem on fuissempartira e tinha pari, [livesse parlidopartita, ae, a ipartiti, ae, aerarnus ou i'uera- jessemus ou fuissem "S- etc.

i mus etc.

partitas, a, umera ou luerolent par/id,,

partiti, ae, a

eiimus ou fuerimus,etc

.

Presente

S- 2." p. partii-e, pari,-.' •

-." p. paitimiai, pari',.

Futuro

S. 2.'1

p. partitor, parte.>" p. partitor, par/a.

i • 2." p. partiemini, parti.•''•"

P- partiuntor, partam.

Infinito

Pres. Partii-i.

imp.: parlir.pess.: />«/•/«• ,-«, partires let

etc.

/W. Partitum, am, um; os, as,a esse ou fuisse,imp.: ter parlido.pess.: ter eu, teres lu parlido, etc.

Put. Partiturum, am, urn; osas, a esse, haver ou ter d,partir.

Participio

Pres. Partiens, entis, partindo,o que parte.

Perj. Partitus, a, um, lendo\• parlido.

Il'ul. alivo Partiturus, a, um,

!havendo ou tendo de partir'}

J

passivo: Partiendus, a, umj! havendo ou tendo de jr/'lf

parlido. J

Gerundio If

Gen. Partiendi, de. parlir. If

Dal. Partiendo, a partir, par-\\Undo. 1

Ac. Partienclum, a, para'lpartir. '»

Aid. Partiendo, partindo.infinito corresp. ao nom.:ji

partiri =» parlir.

Supino

Alivo: Partitum, a, para partirPassim: Parfitu, de ser, para\\

Ser parlido.

Page 115: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 115 —

CONJUGACAO

dos verbos semidepoentes

115. — Tern a lingua latina tambem quatro verbos semi-

depoentes, assim chamados porque nos tempos que se formam do

peri'eito seguexn a forma passiva (depoente):

audeo, es, ausus sum, audere, ousar;

gaudeo, es, gavlsus sum, gaudere, alegrar-.re;

soleo, es, solitus sum, solere, costumar;

lido, is, fisus sum, fid ere, conjiar, com os seus cornpostos:

confido, is, confisus sum, confidere, conjiar.

diffido, is, diffisus sum, -diffidere, desconjiar.

Modo indicativo Modo subjuntivo

Pre,renfe: audeo, es, ou.ro {como audeam

deleo)

Pret. imperj.: audebam auderem

Put. imperj.: audebo;

Pret. perj.: ausus sum (es, est) ausus aim (sis, sit)

Pret. m. q. perj-: ausus eram ausus essem (esses, esset)

(era, erat)

Fut. perj.: ausus ero (eris, erit)

Modo imperativo

Presente

S. aude P- audete

Futuro

S. audeto P. audetote

» audeto » audento

Infinite

Pre.ten.te: audere

J Perjeito; ausum, am, urn esse

ijl>-- Fillurn: ansurum, am, um esseIP

Participles

Presenile: audoais

Perjeito: ausus, a, umFuturo: ausurus

Geriindio % audendi, etc.

Supino : ausum (ausu).

Por este conjugam-se.^^ri'^, soleo; jido c os seus cornpostos

con.jl.do e dijj'ido seguem a terceira conjugacao. (Cf. n. 126).

Page 116: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

116 —

116. - Esquema comparative dos nomes verbals.

Verbo atxvo Verbo passivo Verbo depoente

atsans

Inf. : Pres. : amarePer). amavisse1'uL: ama ( urum essePart.

: Pre.t.: araansPerj.:

Put.: amaturus

Gemudio: amancli

Supino : amatum

amariamatum esse

amatum in

amat us

amanclus

amatu

imitari

imitatum esse ''

imitaturum esse''-;,

imitans ;K'/Simitatus

) imitaturus {alivo) 3

( tmitandus (pa.rsit>o)

imitandi

jimitatum {ativo)

> imitatu {passivo)

Conjugacaojperifrastica,

'^:Sz^E^~& fc=rt

Msfica ativa. e dom^^W™ ".To *~^?7T*° "'"p.r, a conjugate periMsfe. palv, -1 ™? -

"" PaSS'?°serve-se dos verbos „„ii;._ ,

pass'™' u porhigues, ao jnvfe,

de regendo o^ d^X qtVp^ff ? ^ P?P°^voz ativa como na oassiva r, 2

Pf «>n;ugar, tanto naeu hei ou Unln&^t' l rT f™*"™- «> um sum, es, etc.

««- ««, ,, etc 'fc ra V °,U &/W ^ «"^ e^-; amandus, a,

amado, etc.°U fm'W ^ ^ «"^ '" ^ °«W A,,;

A) CONJUGAQAO PERFFRASTICA ATIVA

tndicativd

Presi.wtr

eu Jiei (I)

tu hasele ha

S. Amaiu- 'es,

''tis, a, urn I est

; sumus,P. Amain- ) eslis,

n, ae, a I sunt,

nos havemosvos haveiseles liao

<w. tenho (2)

#« lens

<w tens

ou temosou. tencles

ou tern

S

1

<L>

-a

(1) CoMJugavao promisslva em portumies

dmaturus

•••

Page 117: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

117 —

S. Amatu-)

rus, a, umf

cram,

eras,

crai,

Preterito imperfeito

eu havia ou tinha

tu liavias ou fcinhas

ele havia ou tinha

P. AinaluA

ac,

, cramus,

ai .

\ cranl,

nos haviamosvos havieis

clcs haviam

ou

ouou

cralis,

il,

FUTURO IMPERFEITO E PERFEITO

S. Amiliu-

ms, a, uni|

cro,

\ cri.r,

erlt,

c jucro, eu haverci

c jucris, tu haveras

e jucrii, ele havera

ou

ou

ou

tinhamostinheis

tinham

terei

teras

tera

AP. Amaturi, ac, a

jcrihs,

: crunl,

erinius, e jueri

inus,

e fuerilis vos havereis

e juerint eles haverao

nos haveremos ou teremos

S. Amatu-rus, a, urn

Preterito perfeito

Jul, eu houve

juisti, tu houveste

juil, ele houve

\ fuiinus,P. Amatu- rjuu.iij; vu5 uua»»»

«', a«, fljtjuerunt ou.jucrc, eles houveram

ncSs houvemosvos houvestes

ou

ou

ou

ouou

ou

ou

ou

Preterito mais que perfeito

\jucram,

S, Amatu- jueraSff^i rus, a, umj

jucrali

eu houveratu houveras

ele houvera

ou

ouou

vereis

terao

tive

tiveste

tcve

tivemos

tivestes

tiveram

tivera

tiveras

tivera

I <uiT3

,jucramus,

AmaLw- fucratis,ae

'aj'jucranl. .

nos houveramos ou

v(Ss houvereis ou

eles houveram ou

Subjuntivo

Presents e preterito perfeito

S. AmaluAsun,

sisrus, a, uml r/i

asini.us

P. Amain-

,

ri, ac, a\ sihs

sinl

e Jucrun,

e jucris,

e jucrd,

eu ha; a

tu hajas

ele haja

e jueri- nos hajamos

e jueritis, vos hajais

c juerint, eles hajam(7W

ou

ugas

tiveramos J„

tivercisf

tiveraiii

tenha

tenhas

tenha

tenhamos

tenhais

tcnham

i-Ti

J .

Page 118: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 118 —sip

S. drnatu-rus, a, urn

jessoin,

, esses,

essci,

r>( essemm

t dmaiu- . csscUs,'c> a f csscnl,n, ac,

Preterito imperfeito

euhouvessc 0M tivessetuhouvesses 0M t ;vesseselehouvesse „M tivesse

«os houv&semos *„ tivesscmosvos houvesseis 0M tivesseiselcs iiouvessem ou tlvessem

_

PHBTEIUTO MAIS QUE PERFEITOo ,

ijuissein, (-,, 1, ,„.,,„„.,^ dtnaLuA Suisse/Umve,<l "" ''vera

rus, a, urn Vfuls^ f

l}°"ve™ »« ^eras../^.,c/, eiehouvera 0M tlvera

Ljuissemus,r.

_dmalu->.JuwelU,

f'i. *e, a \juisscnl,

nos houverarnosvos houvereiseles houveram

Infinite.

t»« tiveramos<•>« tivereis

ou tiveram

-t• dmaluros, as, a

P R E S E N T E

S- Jtnalurum, am, urn ( ( S^Tu havcr °" ter de amar;D ^•

M <wC ;f/"^W) haver flM ter eu, haveres

fou teres lu

> haver »M ter elc deamar, etc.

Perfeito

{unpessoal) haver de ter amado,-S. dmaturum, am, urn \ . . .

;,-—, u*ver ae ter amsrlr,P. ^W,«,, a )

Msse.Upessoai) haver eu, liveres t'haver ele de ter amado, etc

B) CONJUGACAO PERIFRASTICA PASSIVAIndicative)

dmandus sum,

dmandus cram,

Presente

ou hei ou tenho de ser amado, etc.

PRETBRITO I.MPERFEITOou I™ via „« iinha de ser amado, etc.

, ,

PUI'UKO IMPERFEITO E PERFEITOdmandus cro e Iurn, ,-,, ' •

"'^uoA^, cu aavere, „„ terei de ser amado, etc.

dmandus Jul,

Preterito perfeitoeu houvc ou live de ser amado, etc.

Amandusjueram^T ^ ^ PERFEIT°"". eu houvcra ou txvera de ser amado, etc.

'

V

Page 119: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 119 —If

'i f Subj untivo

Presente e preteiuto peefeito

Amandus sun e Jucrun, en haja ou tenha de ser amado, etc.

Pretfrito imperfeito

Amandus ossein, eu bouvessc ou tivessc de ser amado, etc.

Preteiuto mars que perfeito

Amandus juissem, cu houvera ou t.ivcra de ser amado, etc.

Infinite

P R E SEN T

E

!

*i (impcsso.al) haver ou ter de ser amado;

"' Amaudum, am, um esse: \ (pessoal) haver ou ter eu, haveres ou teres

f tu, haver ou ter ele de ser amado, etc.

Perfeito

I (Impessoal) haver de ter sido ou deverAmaudum, am, umjuisse: \ ter sido amado; (pessoal) haver eu de

? ter ou dever eu ter sido amado, etc.

CAPITULO XI

VERBOS IRREGULARES

Os verbos irregulares dividem-se em quatro classes:

, § I.° verbos que tern o pretento perfeito e o supino irre-

gulares;

§ II. ° verbos irregulares propriamente ditos;

§ III." verbos defectivos, isto e, incornpletos;

§ IV. ° verbos impessoais.

§ I

Verbos que tern, o perfeito e <> supina .uTeg'U-lareS:

118. — PRIMEIRA CON j UGACAO

1

.

Crcpo, as, crepui, crepitum, creparc, c.vlnlar.

IncrCpo, as, increpui, increpltum, increpiire, repir.cndcr.

2. Ciibo, as, cubui, cubitum, cubare, c-rlar dcilado, rcpvu-iw.

Accubo, as, accubui, accubltum, accubare, deilar-se.

~>. Do, as, dedi, datum, dare, itar.

Cii'cumdo, as, circumdedi, circumdatum, circumdarc, rodenr.

Pessundo ou pessumdo, as, pessumdedi, pessumdatum, pessiimdaie, airuuiar

(cf. n. 6, c,observa<;ao 2, pag. 12).

Page 120: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

120

(Is rompostos dUsilabos uerlenccm a /,.,v,;

.\(>-do, is, ab-drdi, ab-drtuin -iI»,-Ik.„ /

i -in- mt. at.: lavaLurus.

./"</-) e Pri;Zl

^%Z<tS^HicipT Ccnatu* W=«no, as, avi, ahlm »<.

sec^X™' Sectum-^-^- secaturus, cf. „ota ao „. 87, Pas . 95),

"' S93T^^n

:l;,SO"'tUm

' ^-^ -»t„rM, cf. nohl ao ,, 87, pa „.

cm statm-us, a, um .'

7 "" stltl' ^"'^ /«•'«<«<?,» „ par/lcipio

»&" «" ESS. 'S£''*""'• ""•-- E-'»' "i... -™/. „„«„& ,«,...

P'l° raio. atdni!o'°n '' tX:lm

'ton* rc

> '''<"V".". Afctomtus »comy ulan/oadaLmncwoal; Tonat, fonuit, tonare.

'«•=

,cto'^^<fii,v U«t«^,vctarc,/, /w,7„V,

H9. -SEGUNOA CONJUGAOAO

7- Ardco, cs, avsi, arsum , ardere, W.v. ,

9' cZo '

eS< aUS-

'

aUCtUm'aUSe>e

'—J.-*, ^avco, cs, cavi r'>„f,„v, - -

Page 121: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 121 —

20. Censco, cs, censtii, eensum, ccnsere, rcccnscar, juLjar.

21. Cico, cs, civi, citum, ciere, mover, agilar.

Os composlos de cioo pcrtenccm. a quarla conjuijacdo.

Accio, is, accivi. accitum, accire, maiular vir, convidar.

Concio, is, concTvi, concltura, concu-e, mover, por cm movcm.ento, exedar.

Kxcio, is, excivi, cxcitum, excirc, chamar, dcspcrlar.

,is Jormas conclt'.im c excitum raramcnlc sc itsam.

22. Doceo, es, docui, doctum, doccre, ensinar.

23. Favco, is, favi. fautura, favere, Javorcccr.

24. Fervco, es, fervi (ferbui), fervere, Javer, cslar qncnle.

25. Foveo, es, fovi, fotum, fovere, atpicnlar, Joincnlar.

26. Fulgco, es, fulsi, fulgere, lazir, rcsplandcccr.

27. Habco, babes, habiii, liabitum, habere, Icr, cslimar.

Ad-htbeo, adhibes. adhibui, adhibitum, adliibcre, emprcpar.

Pro-hlbeo, prohibes, prohibui, prohibitum, prohibeie, proibir.

Debeo, es, debui, dcbitum, debere, dever, scr devedor.

Prae-beo, es, praebui, pfaebTtum, praebere, o/crccer, moslrar.

28. Haerco, es, haesi, haesum, haci-cre, cslar pepado. Haesi — estou imovcl,

prcso, dclido.

Cohaereo, es, cohaesi, cohaesum, cohaecerc, cslar inlt.mamcnlc unido.

Inhacvco, es, inhaesi, inhaesum, inhaerere, cslar ji.xo, prcso, aderenlc.

Adhaereo, es, etc., etc., adcrir.

29. Indulgeo, es, indulsi, indultum, indulgere, ser benevolo, perdoar.

30. Jubeo, es, jussi, jussum, jubere, mandar.

31. Luceo, es, luxi, Ulcere, resplandcccr.

32. Lugeo, es, luxi, luctum, lugere, ckorar.

33. Maneo, es, mansi, mansum, mancrc, jicar.

Permaneo, permanes, etc., pcrmancccr.Remaneo, remanes, etc., Jtear, parar.

34. Misceo, es, miscui, mixtum, miscere, mislurar.

35. Moneo, es, monui, monitum, monere, advcrlir.

Ad-moneo, admones, admonui, adraonltum, admoncre, admocslar,

56. Mordeo, es, momordi, motsura, mordere, mordcr.

57. Moveo, es, movi, motum, movere, mover.

Permoveo, permoves, permovi, permotum, pcrmovcre, mover.

Commoveo, commoves, commovi, commotum, commovere, comovcr.

38. Pendeo, es, pependi, (pensum), pendere, pender, pesar.

Os composlos nao tern perjeito, supino, nan participio perjcilo passivo.

Impendeo, es, impendere, amcacar, cslar tmincnle.

Dependeo, es, dependere, pender, depender.

59. Permulceo, es, permulsi, permulsum, permulcere, acartciar, rccrcar,

acalmar. O simples muiceo nao c n.sado.

40. Prandeo, es, prarxdi, pransum, prandere, almocar.

41. Rideo, es, risi, risum, i-idere, /•//•, vcrbo intr. U,ad',>, puid", han.viUl'.va-

m.ente — mojar, cscarnccer.

fai'ldco, es, inrlsl. inrtsum, iiiridei'c, cscarnccer, molar.

Derideo, es, etc., cscarnccer, :ond>af.

Subrldeo, cs, etc., sorrir.

42. Sedeo, cs, sedi, scssum, sedcre, asscn/ar-sc. cslar, rcsidir.

Obsldeo, obsldes, ubsedi, obsessum, obsidcre, por-sc dianlc, ccrcar. blaqwar,

investir.

Possldco, posstdes, posscdi, possessum, possidere, possutr.

Dcvc-sc dislinpuir cnlrc possldeo, es. possidcre, da 2 L\ conpujai;ao, c [jussido,

possidere, da Icrccira, que signijica lomar posse dc tuna cousa, ocupar (el.

consido, verbo n. 73, pag. 123).

45. Spondeo, es, spopondi, sponsum, spondere, prometer, qaranUr.

Respoadco, es, respondi, responsum. rcspondere, rcspondcr.

Page 122: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

122

44. Suadeo, es, suasi, suasum, suadere, aconsclliar

7tsuUadT'PerS"SSI

'persu5sum

< P«Suadcrc, ^rW/,-, ^^^45. Tergeo, es, tersi, tersum, tergere, alimpar

Abstergeo, es, abstersi, abstersum, abstergere, cnxuyar46. Tondeo, es, (totondi), tonsum, tondcve, fojv/u/

'

7.ia/-.47. Torqueo, es, torsi, tortum, torquerc, lorccr, lorlurar

Contorqueo, es, editors,', contortum, coniorquC.c, /„„,-, ,w„ lor, aDctoryueo. cs, detorsi, detortua,, clclo.-qi.orc. arrcdar dc, dr^,„'drExlorquco, es, extorsi. cxlorlum. extorquerc, „,•,«„«,• A, rA-fo/v/w/rRctorqueo, cs, retorsi, rctorlum, rctorqi.cre, collar, relonpur.

48. Torreo, cs, torrui, tostum, torrere, „ueunar, 1,,,-lar. torrar.4J. lurgeo, cs, tursi, tiugeve, c.Har chcio dc. cstar incluuto.oO. Urgco, cs, ursi, urgere, apcrlar, Inslslir.

oi' X?f

co'es

.'v"*"> vis«m. videre, vcr.

Videor, oris, visus sum, videri, pareccrInvideo, invldes iuvlcli, invTsum, inviderc, invcjarI ro-v.deo, provides, provldi, provusum, providerc, ^ww, prarr

o*. Vovco, cs, vovi, votum, vovere, later cotoDevovoo, devoves, devovi, devotum, devovere, ,,.far, </«W, co„^m/,

120. — TERCEIRA CONJUGAQAOi S3. Abdo, is, abdidi, abdfturei. abdere, «</to-;

Conclo, ,s, condtch, condltum, condere, «,«/«,, /«„.^„,,

T\redo'.«. cred.di crodltum, credere, cw- «/,//«/'.

Dedo, ,s, dcdidi, dedltum, dedere, enlrcgar, abandonar.

, .

I erdo, is, perdldi, perditum, perdSre, «//•«/««/-, ^.r^r.\endo (^ venum do « venumdo ou venundo, as, dedi, datum dare — rf J

j.

i)4. Acuo, is, acui, acutum, aeuere, agucar.> i)5. Adnuo, is, adnui, adnuere, anuir.' Abnuo, is, abniu, abnuere, ncgar, recu-rar

1

X'

O^ll'Jtvf^ affljctu^' affligere, abater, afilair.u simples thgo nao e usado.

I rofl.go, as, profhgav., profhgatura, profligare, dcrroUu; dcsbaralar.'

a/. Ago, is^egu, actum, agere, impelir, Jazer.i-

rcloT'CIrc"m5^ c-cur„es,, circumactum, circumagere, ™W^r uo •

Pcr-ago, peragis, peregi peractum, peragere, cxecuta,:Ab-igo, ab.gis, abeg., abactum, abigere! «,^&r.

vt^U ^\ S ',bCsi'«»''«ctum. subigCrc, ,„/,,,,,/,,,

I latcr^SbT

n

l52.Tp£'O

l^'^ USam 'SC f ' CqUe,,tCS VCZCS COmoS8. Alo, is, aliii, altum, alerc, 'aUmcnlar

Page 123: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 123 —

Observagao. — O participio argutus so se usa como adjetivo: astucioso,

a-sfcuto, sagaz, fino. Ao nosso acwsado correspondent os participios accusatus, Insi-

mulalus.

61. Aspicio, is, aspexi, aspeetum, aspiceie, olhar.

Conspicio, is, conspexi, conspectum, conspieere, lobrtgar, divisar.

;Despicio, is, despexi, despectum, despic&re, desprexar.

Persplcio, is, perspexi, perspectum, pcrspiecre, cxaminar.iKfif^jijPrps^piQ^i^prosps^iV^prpspectiim, prospicere, olhar ante si, prnvrr.

62. Bi'bo, is. blbi, potum, bibere, bchcr.

x Imb^Com-, e-, per-bibo; beberin/eiranien/c, eitibcbc.r-.se, impiegnar-se, como o simples.

63. Cade, is, cecidS, casum, caderc, cair.

tocldo, is, incidi, incasurus/incidere, cair cm, enconlrar. lopar.

OccTdo, is, occidi, occasum, occidere, morrer, parse {coin respeilo aos aslros).

Niio se dene conjundir com occldo, is, occidi, occlsum, occidere, malar,composlo de ob c caedo, is, cecldi, caesum, caedere, corlar. Cf. verbo n. 64,

pag% 123.

Recido, is, recidi, recasurus, recidere, recair.

Con-, re-, pro-cTdo, etc., cair para diante, de brucos, proslrar-se, como o simples.

64. Caedo, is, cecidi, caesum, caedere, corlar.

Jncldo, is, incidi, incTsum, incidere, gras'ar, burtlar.

Occido, is, occidi, occlsum, occidere, malar (cf. verbo n. 63).

Prae-, sue-, con-, abs-cido, separar cortando, corlar com urn inslrumcnto, comoo simples.

65. CSno, is, cecini, cantum (cantatum), canere, canlar.

ConcTno, is, concinui, concentum, concinere, canlar ou locar junlaincnle.

66. CSpio, is, cepi, captum, capere, toinar.

AccTpio, accipis, accepi, acceptum, accipere, rcceber.

Decipio, decipis, decepi, deceptum, decipere, enganar.KxcTpio, excipis, except, exceptum, excipere, acolher, toinar, exectuar.

Praecipio, praecTpis, praecepi, praeceptum, praecipere, mandar.RecTpio, reclpis, recepi, receptum, recipere, rclomar, reiirar-sc.

Susctpio, susctpis, suscepi, suscepfcum, suscipere, etnpreendcr.

IncTpio, inctpis, coepi, inceptum, incipere, comecar.

67. Carpo, is, carpsi, carptum, carpere, paslar, apanhar.Decerpo, is, decerpsi, decerptum, decerpere, collier.

68. Cedo, is, cessi, cessum, cedere, relirar-se, ccder.

Accedo, is, accessi, accessum, accedere, aproxinig.r-.rc.

Decedo, is, decessi, decessum, decedere, partir, retirar-sc.

Excedo, is, excessi, escessum, excedere, sair, excedcr.

Pro-, con-, re-, suc-cedo, // de haixo, aproximar-se de, suceder, como o simples.

69. Cerno, is, crevi, cretum, cernere, separar, dis/inguir, vcr claranienlc.

perje'do crevi em profa. e raro.

Decerno, is, decrevi, decretum, decernere, decrelar.

Secevno, is, secrevi, secretum, secernere, separar.

70. Cmgo, is, cinxi, cinctum, cingere, ci/igir.

71. Claudo, is, clausi, clausum, claudere, Jexhar.

Intercludo, is, interclusi, interclusum, intercludere. i.iUerccplar.

Ex-, con-, prae-, re-cludo, abrir, descobrir, como intercludo.

72. Colo, is, colui, cultum, colere, ctdtivar, honrar.

; Excolo, is, excplui, excultum, excolere, Irabathar com nudado, apeijeicear.

Ihcplo, is, incolfii, iucultum, incolere, habitar.

73. Consido, is, consedi, consessum, considere, assenlar-se, estabele.cer-sc.

Possldp, is, possedi, possessum, possidere, lomar posse, apossar-se.

Dfve-se dinstuiguir possldo de posstdeo, possldcs, possedi, possessum, possidere,

possuir (cf. sedeo, verbo n. 42, pag. 121).

74. Consiilo, is, consului, consultum, consulere, consullar, prober.

75. Contemno, is, contempsi, contemptum, contemnere, desprezar.

76. Coquo, is, coxi, coctura, coquere, cozcr.

ConcSquo, is, concoxi, concoctum, concoquere, digerir.

Page 124: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

124

77. Cupio, is, cuplvi, cupifcum, cu.pc.ve, dcsejar.

78. Curro, is, cucurri, cursam, currere, correr.Accurro, is, accurri (accucurri), accursum, accurrei-e acorrcr

vg^Concurro is, concurri (concucurri), concursum, con'curvZvc,'correr janlamnikcomhalcr. •

Succuito, is, suecurri, siicciirsum, succurrcrc, rocorrer.

,

7<)v®' c

.?-is

.>d

.

ixV-

<?;?t ".rn '

diccre, dizer. Impends: die, CI. n. KM, /, ,>-,, 106.•_ Indico, is, mdixi, liidictum, indiccre, inlimar.

.,«," Pl-"« 1 f™. »s. I'l'aedixi. praedlclum, praediccrc, ,,,*,, .At,,, ,,-,• ,/,,.r ronfundir

i,v:

uichco, is r<W u.clTco, as. avi, alum, arc, indicar; praedico, is, 6v>„, pracdicoas, avi, alum, arc, cclebrar.

80. Dislinguo, is, dinstmxi, distinctum, distinguere, dlrlimnw:lixstinguo, is, cxstmxi, exshnctum. exsiinguere, apagar.

81. Divido, is, divlsi, divlsum, dividere, dividir.

82. Diico, is duxi, ductmn, ducere, conduzir, eslimor. ln„„,,,lh„: due. Cfn. 1U4, /, pag. 106.

,...- S^"™' is'conduxi, conductum, conducere, all,,,,,,; a^alariai

-; kduco, ,s, cduxi, cductum edueere, W p«,W ./,„•«. ;V« t . ,,r confunda com i

-o- "' uco '.as

'avi, atum, are, educar, da primeira conjugacao

' '

ftoo. Edo, ,s, edi. esum, edere, comer (cf. n. 134 - Verbos irregularcs nropria- -Imente ditos). ' '

._Comedo, is, comedi, com esum, coined ere, comer. !'

"M. r-aio, 13, emi, emptum, emcre, comprar.... ^ .

Coemo, is, coemi, coemptum, coemSre, comprar no mesmo tempo, hudamcntt I

•-.- ,.',!,.mo

'!.

s'

;

;?°

L

mi-ademptum, adimere, lira/; privarde.: -.U)irTmo,_is direnii, diremptum, dirimere. separa.r.

I'.xlmo, is, exemi, exemptum, eximere, tirar de.Iiitei-Imo, is, interemi mteremptum, interim Sre. dar culm de. derlruir malar

,

Kedimo, is, redemi. redemptum, redimere, rc.mir.Demo (de-emo), is, dempsi, demptum, demere, lira/; lomar, corlar. Ibumo (sus-emoj, is, sumpsi, sumptum, sumerc. lomar. \

Consumo, is, consumpsi, consumptum, consumere. con.rumir.j

J. romo (pro-emo) is, prompsi, promptum, promere, tirar (uma cou-ra dondeeta csta guardada), inanijcstar.

Depromo, is. deprompsi, depromptum, depromSre, lirar para fora dc exlrair

s- k ^? (co:emo)' 1

,^.COInPsl'Coniptum,com ei-e,

/c;«ifc<7/-,<;/i/c (Vrt,-,6-HiV<7r

6a. fcvello, is evelh, evulsum, evellere, arrancar. perjeilo evulsi 6 u-sadosonicate aa poesia.

86. Excudo, is, excudi, excusum, excudere, cunhar.f87. Facio, is,.feci, factum, fa.c&re, Jazcr. I/nperativo prcscnle: fac fcf. n KM /f;"« pag. 106).

' '''

m Afflcio afftcis, affeci, affectum, afficSre, causae, iajluir. Passioo: Afficior' .: atlectus sum, ainci.

-r S°^fl.

c;°i

cr

on.

Rci.s

' ponied, coafectum, conficere, iazcr, cumnrir \>" .Uehcio, defies, defea, defectum, deficere, abandonar, Jallar. lalliar, desfakcer_;;» rcoollar-se.

'''

--'-'>

(,

\J;?|Efficio, efficis, effeci, effectum, efficere, iazcr, forma/-. :.

'

inierlicio, interficis, interfeci, interfectum, interficere, malar

.

Uthcio. ofHcis, offea, _offectum, officere, opor-sc, prejudice//-t orfioio, perficis, perfeci, perfectum, nei-ficcrc, cumprir.

.-

Iraehcio, pracftcs, praefeci, praefectum. j>racficere, prcpor.

Kclicio, rcficis, refcci, rcfectum, rcficcre, rcrazer, reslaurar.Or imperatives dos compostos nao scqucm o de facio, ,„„,• sao rcqularr.,; conf.cc, 5

deficc, cffice, (cf. n. 104,./, pag. 104).

-., ,P'u '

sii '"'-,

Fio-ns

> factus sum, fieri, serjcllo, lornar-.re. Cf. u. 130, pa- 13(,

t

~ ,. Assuchicm, is, assi.efeci, assuefactum, assuefacSrc, hahiluar. acoslumar? A

8^'"' ' S-

assU(vfi;Eh,s sum

- assuefieri, acoj-/«fl ! rt/--.rc, habiluar-se..- Uaiefac.o, ,s, calefcci, calcfactum, calefacere, a^acr. Impcralivo: caiefac

-• ': n ,

(?.f

-n

',6

''•' observacoes, /, 2/.pag. 12; n. 104 /, pag. 106);

Uaietio, etc., aaueccr-se.Patefacio, is, patefeci, patefactum, patefaccre, manijcslar.

Page 125: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 125 —Patefio, etc., abrir-sc de par eiri par, escancarar-se , maiiijeslar-se (Cf. n. 6, c$

obsei-vacao 2, pag. 12; n. 130, observacoes /, 2, J, pag. 136).

g88. Fallo, is, fefelli, falsum, (deceptum), fallere, enganar.

...£2 Rei'ello, is, refelli, (refutatmn), refellere, conjutar.

^f> Obseivacao. — Falsus (participio de jatlo) i adjetivo: /also. Ao nosso

% e.nganado corresponde deceptus (de declpio, is, decepi, deceptum, decipfre, enga-tiiir, verbo n. 66).

89. Flgo, is, fixi, i'ixum, figere, pregar, plantar.

Transfigo, is, translixi, transfixum, transi'ig£re,'^//'rt,i/<«..r.i'n/ -

.

90. Findo, is, fidi, fissuiu, findere, jender.

Diffindo, is, diffldi, diffissum,diffindSre, jender, rachar, dii'idir. Niio se. deee

c.onjundir diffissum dc diffindo, coin dilftsum de dif'fldo.

9 1 . Fiugo, is, finxi, fictum, fingere, jorinar, iiweniar.

Eflingo, is, el'finxi, effictum, effingGre, representor, descreyer.

92. Flecto, is, flexi, flexura, flectere, curvar, dobrar (transitivd).

Deflecto, is, deflexi, deflexum, deflectere, vergar, dobrar'IransilWo e inlrnnsilivd).

93. Fluo, is, fluxi, fluxum, fluere, correr (um liquidd)), manor.Circum-, con-, de-, pro-, super-fluo, transbordar, ser superjluo, como o simples.

Observacao. — O participio jluxus e adjetivo: passageiro, caduco,transitorio.

94. Fodio, is, fodi, fossum, fodere, cafar, escavar.

PeriSdio, perfodis, perfodi, perfossum, perfodere, varar, juror.

95. Prango, is, fregi, fractum, frangere, quebrar, enjraquecer.

Confringo, is, confregi, confractum, confringere, quebrar.

Perfringo, is, perfregi, perfractum, perfringere, quebrar.

. 96. Fremo, is, fremiti, fremitum, fremere, jremir, eslremecer.

97. Fiigio, is, ftigi, fugitum, (part. Jut. fugiturus), iugere,jugi/:Aufugio, aufugis, aufugi, aufugere, jugir, escapar.

Effugio, eifiigis, effugi, effugere, escapar-sejugindo, J ugir, sublrair-se.

98. Fundo, is, fudi, fusum, fundere, derramar, de,rbaralar.

Perfundo, is, perfudi, perfusum, perfundere, moUiar, umedecer, borrijar.

99. Gemo, is, gemtti, gemitum, g'emere, gemer.

100. Gero, is, gessi, gestum, gerere,trazer, exercer,jazer, executor.

Congero, is, congessi, congestum, congerere, amonloar, acumular.101. Gigno, is, genui, genitum, gignere, gerar, produzir.

102. Illicio, is, illexi, illectum, illicere, acariciar, Oaptar, seduzir.

Pellicio, is, pellexi, pellectum, peljicere, ajagar, seduzir.

Alllcio, is, ailexi, allectum, allicere, atrair.

Eltcio, is, ehcui elicitum, elicere, tlrar de, exlrair, atratr.

103. Iiiipingo, is, impegi, impactum, impingere, porctjorca, impe.Ur.

Compingo, is, compegi, compactum, compingere, reunir, ajuniar. verba

si/itptey e pango.i()-l. tnciimbo, is, incubui, tncubitum, incunibSre, iiptnur-je, apluutr-.re.

Il'rocumbo, is, procubiii, pi'ocubitum, ]>i()cnn)bife, cair por terra.

105. Jacio, is, jeci, jactu;«, jacere, lancar, arreme-t.tar.

Abjicio, abjTcis, abjeci, abjectuin, abjict-re, alirar para loni/e de si. lanrar,

aitrar.

Conjicio, coajlcis, conjeci, conjectum, con;ic£re, alirar, conjectural'.

Adjicio, adjicis, adjeci, adjectum, adjicere, acrcscentar.

injicio, injicis, injeci, injectum, injicere, latiftir sobre, a, em on para.

Subjicio, subjicis, subjeci, sulijectum, subjicere, por debaixo, sabmeler, subjiiqar.

106. jiungo, is, junxi, jimctum, jungere, unir.

Ad; Lingo, is, adjunxi, adjunctum, adjungere, acrcscentar.

Conjungo, is, conjunxi, conjunctum, conjungere, unir.

Sejungo, is, sejunxi, sejunctum, se)iuigere, de.mn.ir, sepnrar.

107. Laedo, is, laesi, iaesum, laedere, ojender.

JSlido, is, elisi, ellsurn, elidcie, elidir, arrancar.

A1-, col-, il -lido, alirar, baler contra, como o simple:;.

Page 126: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 126 —108. Lego, is, legi, lecfcum, legere, recolher, e.wolher Ur

Col-hgo, collies, col eg,, collect™, coliigere, recolher.JJe-Iigo, is, delegi, delectum, dehgere, escolherDi-Iigo, is, dilexi, dilectum, diligere, aniarIntel-lego, is, mtellexi, intellectum, intelleg&e, enfenderi\eg-Iego, ,s, neglexi, neglectum, negleg&e. descaldar, Vefllu,encmr.

w-. ob.It„, „,,,,, ,, oHivisco- tSv^ (rA: ™r;,.-$-

Uehnquo, is, deliqui, delictum, delinquere, »<™/-

m-j' -

S'-„-SV ?"sum > luder®, *,y„™,-. dwerllr-se, molarUludo, is illusi, .llusum, illudere, a,^. '

""-""

'

II- m x ' '•', '

d,lugre< ^C/a«/-, dissolve,:

... Meto, is, (secu, *„ mesSui ,„, messem feci), meMum, metere, «//„,.J 14. lem so as formas do.presente :

Ango is, angere, apcriar, angustiar, atliqirLambo, is, iambere, lumber

slerto' •!'P!

eCJ-

rC*bat"'- PUni'- VnicamtnU usado na voz patsimSterto, is, stertere, roncar.

.

Vergo,^ is, vei-gere, war, Hollar, inclinar-se

11 - M% XS

' i'um 'u'"' furere, estar farioso, irrilado.

Ila. Metuo, is, mettu, metuere, lemer.

116. Mitto, Is, mlsi, missum, mittere, mandar, emdarAmitto, is, amisi, amissum, amittere, perder&"?' '!'•c^misi, commissum, committer, comeler, conjiar.Uimitto, is, dim.si, dim.ssum, dimittere, emdar ao redor, despedlr

UZ o ' '1per-

m,s»'P^™- permittee, ^,w///,, d^rfconflar

118. Necto, is, nexui, ne.vura, nectere, a/a ,-.

no. fc^^rSc^x^r ,^r >™^ «"»""• "*»U0. Nubo, is, nupsi, nuptum, nubere, casar(a nudluir).

riprimeira conjugatao. '

'"* *"'' atl,m'are

< °"'""''. <&i-.'. ^ando, is, pandi, passum, pandere, aim-, extender

,9- t> PCI.atu '")

Lparcere,w„r, /j,.-,-,/,™,-.

U ,m ' Ulil

;;• *^a:^Rsfe^- -" « - <* ..«*» «o „. 87. P^. «,.

Wo' '

,

?S'r'?PP" sum

- fl'PcJjero. dlrisil-para, arrihnr.impeHo, ,-., impuli, impulsum, impellere, /,«/^//r, „/,>w/ ..

Page 127: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 127 — *

Repello, is, reppiili, repulsum, repellere, repelir.

Expello, is, expuli, expulsum, expellere, expelir.

Depello, is, depfili, depulsum, depellere, expulsar\

127. Pendo, is, pependi, perisum, pendere, pcsar, pagar.

Nao se devc conjundir com pendeo, es = penderici. verbo, n, 38, pa'g. 121).

Impendo, is, impendi, impensum, impend ere, guslar.

Suspendo, is, suspend)', suspensum, suspendCre, suspender.

12S. Percc-llo, is, perciili, perculsum, percellere, jerir, dsrrubar, arruinar.

129. Peto, petis, petlvi, petltum, petere, dlrigir-se para, p/.dir.

Appeto, is, appctlvi, appetltum, appetCre. desejar.

RepCto, is, repetlvi, repetltum, repetCre, pedlr antra ,*ez, repelir.

ExpSto, is, etc., desejar vh'amenle, pedlr, reclanmr.

Suppeto, is, etc., eslar presente, estar a inao.

130. Pingo, is, pinxi, pictum, pingere, pintar.

131. Piango, is, planxi, planctum, plangere, baler.

132. Plaudo, is, plausi, plausiim, plaudere, aplaudir.

135. Pono, is, posui, positum, ponere, por, colocar.

Antepono, is, anteposui, anteposltum, anteponere, aniepor, prejerir.

Con-, dis-, ex-, in-, prae-pono, por antes, colocar dianle, como o simples.

134. Premo, is, pressi, pressum, premere, comprimir, oprimir.

Exprlmo, is, expressi, expressum, exprimere, exprimir.

Opprimo, is, oppressi, oppressum, opprimere, oprimir.

1.55. Pungo, is, pupugi, punctum, pungere, plcar.

Dispungo, is, dispunxi, dispunctum, dispungere, distinguir por ineio de ponto,

computar, numerar.

136. Quaero, is, quaesiivi, quaesitum, quaerere, buscar, pedir.

Acqutro, is, acquislvi, acquisitum, acquirere, adquirir.

Inqulro, is, etc., buscar, procurar com ctitdado.

Exqulro, is, etc., buscar corn diLgcncia.

137. Quatio, is, quassi, quassura, quatere, sacudir.

Concutio, concutis, concussi, concussum, concutSre, sacudir.

Percutio, percutis, percussi, percussum, percutere, baler.

158. Rado, is, rasi, rasum, radere, raspar.

139. Rapio, is, rapui, raptum, rapere, arrebalar, pil'iar.

Dirlpio, dirlpis, diripui, direptum, diripere, saquear.

Eripio, eripis, eripiii, ereptum, eripere, arrancar.

140. Rego, is, rexi, rectum, regere, reger.

Corrigo, is, correxi, correctum, corrigSre, corrigir.

Derlgo ou dingo, is, etc., endireitar, dirigir, ordenar.

Pergo (de per-rigo), is, perrexi, perrectum, perggre, avancar, prosseguir, conliiuiar

Surgo (de. sur-rlgo), is, surrexi, surrectum, surgere, e/guer-se, Uvaiilar-se.

Consurgo, is, consurrexi, consurrectum, consurgSre, erguer-se juniamenle.

Porrtgo, is, pori-exi, porrectum, porrigere, extender, alongar.

Observacao. — O participio rectus e adjetivo: reto, direito.

141. Repo, is, repsi, repturri, repere, andar de rojo, replar.

142. Rodo, is, rosi, rosum, rodere, roer.

i43. ftumpo, is, rups, rupiiisii, runipere, romper.

Corrumpo, is, corriipi, corruptum, eon-umpeie, corromper.

Iirumpo, is, irriipi, in-uptum, irrumpere, irromper.

144. Ruo, is, rui, rutum, (pari.. Jut. luiturus — cf. nota ao n. 87, pas;. 93), nitre,

precipilar, intransitivo.

Dirtio, is, dirtii, dirutum, diruei'e, arruinar.

Obi-iio, is, obriii, obrfitum, obrneic, cobnr.

145. Sapio, is, sapivi (sapui), sapere, saber a, ter sabor.

Us composlos desipio, i-esipio, nao tern perjeilo, nem supino.

14G. Scalpo, is, scalpsi, scalptum, scalpere, rasgar, gramr.

Insculpo, is, insculpsi, insculptum, insculpere, insculpir, unprumr.

Page 128: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 128 —147. Sciiido, is, scidi, scissum, scindere, rasgar.

Rescmdo, is, rescidi, rescissum, rescindere, corlar.148. Scribe., is, scripsi, scriptum, scribere, escrever

Describe, is, descripsi, descriptum, describere, deserter, desenhahInscribe.; is, mscnpsi, insenptum, inscribere, intilularAd-, per-, pro-, prae-, sub-scrlbo, escrever em balxo, subscrever, como o simple*

149. Sero, is serfii, sertum, screrc, enlrelacar. Nr,o se con/unda s5ro (verbon. lo()), semear, com sCro, enlrelacar.'

Consera, is, consertii, consertum, conserere, atacarIJesCro, is, deserui, desertum, deserere, abandonarOisscro, is, disserui, (disputation), dissercre, tralar, disculir.

150. Sero, is, sevi, satum, serere, semear.Conscro, is, consevi, consltum, conserere, semear, plantarInsero, is, msevi, msUum, inserere, e.nxertar.

I:jI. tserpo, is, serpsi, serpere, serpcar, divulgar-se.

152. Sino, is, slvi, situm, sinere, permitir.Destno, is, desli, ou deslvi, desltum, desinere, cessar. Em l„„,ir Je de-",i ,/"•ow <-/«xr/ra ^-«y«re destiti W<! desisto (cf . verbo n. 153)

Compostos de sto, stas (*)

I:', Sisto, is, stiti, (raro steti), statum, sistere, par, colocar.Status a, urn, parltcipio perjeilo passim, corresponde a: Colorado, silaadoposh, estabelecido, JtXo, p. ex.: stata sacrificia, os sacrificios esMe.lecidosConsisto, is, constlti, consistere, colocar-se, parar.Desisto, is, desttti, desistere, desistir.Exsisto, is, exstrti, exsistere, elevar-se, nascer.Resisto, is, restlti, resistere, resistir.Circumsisfo, is, circumsteti, circumsistere, por-se no redor, cercar, rvdearUreumsto, as, circumsteti, circumstSre, por-se ao redor, cercar, rodearSisto, e Iransi/u'o: sistere se, apresentar-se, comparecer.

l -a ^ ™m l\osios - txceto circumsisto, sao intransilivos.I:.>4. Solvo, is, solvi, solutum, solvere, dissolver, desaiar.

155. Spargo, is, sparsi, sparsum, spargere, espalhar.Uispergo,_is, dispersi, dispersum, dispergere> dispersar.

lob. 5>perno, is, sprevi, spretum, spernere, desprezar.157. Spuo, is, spui, sputum, spuere, cuspir.

Respuo, is, respui, respuere, rejeilar.158. Sterno, is, stravi, stratum, stemere, extender por cima, derribar

£rosterno, is, prostravi, prostratum, prostern 6re, prostrar, derribarloJ. Mrepo, is, strepm, strepitum, strepere, ,/a^/- esiripih.160. Stringo, is, strinxi, strictum, stringgre, aperlar.

Uestnngo, is, destrinxi, destrictum, destringere, desemhainhar.ltd. Striio, is, struxi, structum, stu&re, conslruir.

Construe, is, coastruxi, constructum, constugre, conslruir, acumularnstnio, ,s, mstruxi, mstructum, instruere, por em ordem, jarmar

,,.,, Jr5truo

'ls

< etc., amon/oar, acumular.lo- isugo, is, suxi, suctum, sugere, sugar, cluipar.

!fo. Tango, is, tetigi, tactum, tangere, tocar.Attingo, is, attigi, attactum, attingere, hear em, nlinnir conferUontingo, is, conttgi, contingcre, hear.

Ib4. Tego, is, texi, tectum, tegere, cobrir.UetCgo, is, dete.xi, detectum, detegcre, descohrir.1 rot ego, is, etc., cobrir, amparar, esconder, prolener.

Tendo, is, tetendi, tentum e tensum, tendSre, tenderAttendo is, attendi, attentum, attendee, atender, aplirar-se.Contendo, is, contend., contentum, contendere, contender ir

_Usterulo, ,s, ostendi, ostensum e ostentum, nstendere, mostrar.

(')Cl'. verbo n. 12, pag. 120.

It..

Page 129: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

129

Extendo, Is, extendi, extentum (exterisum), extendere, extender.

Detendo, is, detendi, detensum, detend ere, desjazer.

Dis-, in-, ob-, por-, prae-tendo, extender, Interpol-, como o simples.

166. Tero, is, trivi, tritum, tercere, irilliar, destruir. i,

Contero, is, contrlvi, contrltum, contercere, pisar, trilurar, consumir.

Mi 167. Texo, is, texui, textum, texere, lesser, entrancar.

^; Contexo, is, contexiii, contextum, coniexere, enlrelacai; jttnl.ii:

Intexo, is, etc., cntrcMicar, lesser, insertr.

Subtexo, is, etc., adaplar, coser par baixo, pur dlanle, robin; csccndcr.

168. Tiugo, is, tiuxi, tinctum, tingere, lliujir.

169. Tollo, is, sustuli, sublatum, tollere, erpnei; lepanlar i,cl. os composlos de

jcro, pag. 136).

Exlollo, is, extollere, lepanlar, enjucr.

Attollo, is, attollerc, lepanlar, eri/uer.

170. Traho, is, tiaxi, tractum, trahere, arrasLa r.

Contralto, is, contraxi, contractum, contrahere, conlcau; rccollier.

Abs-, de-, dis-, ex-, pro-, re-, sub-traho, sublrair, tomar, jurtar, como o simples.

171. Tremo, is, tremui, trcmere, Iremer.

172. Trudo, is, trusi, triisum, trudere, Impelli; c.xpulsar.

De-, ex-trudo, is, etc., expulsar, repe/lr plolentamcnte, como o simples.

173. Tundo, is, tutudi, tusume tunsum, tundere, baler.

Contundo, is, contudi, contusum, contundere, baler, esmatjar.

Retundo, is, retudi, retusum retundere, repelli; embolar, repruiur.

174. Ungo, is, vmxi, unctum, ungere, ungir.

175. Uro, is, ussi, ustum, urere, qiieimar (transitipo).

Comburo, is, combussi, combustum, comburere, quelmar (transitipo).

Inuro, is, inussi, inustum, inurere, queimar, niarcar com jerro i/nente.

176. Vado, is, vadere, lr, marchar.

Invado, is, invasi, invasum, invadere, Inpadir.

E-, per-vado, lr (alem), penetrar ate, como invado.

177. Veho, is, vexi, vectum, vehere, trazer, levar, conduzir, Iransporlar.

V6hor, Sris, vectus sum, vehi (intransltipo). Na forma passiva signifies tr,

viajar._

...InvSho, is, invexi, invectum, inveliere, arraHar, puxar, inlroduzir.

Ad-, con-, e-, pro-, re-, sub-, trans-veho, Iransporlar alem, atrapes como o simples.

178. Verto, is, verti, versum, vertere, pollar, virar, verier, traduzir.

Converto, is, converti, conversum, convertere, poltar, Pirar.

Animadverto (animum adverto), is, animadverti, animadversum, ammadver-

tere, considerar._ ...

179. Vinco, is, vici, victum, vincere. Depe-se dlstlnguir vinco de vmcio, amarro

(verbo n. 211, pag. 130). A jorma vii\cit = vence e amarra. Do iticsmo modo

victurus pode ser partlclpio de vinco e de. vivo (verbo n. 1.80): victurus -aque ha de veneer on o que lia de piper.

180. Vivo, is, vixi, victum, vivere, piper.

18L Volvo, is, volvi, volutum, volvere, polper, rolar.

182. Vomo, is, vomui, vomitum, vomere, pomilar.

'

Verbos iriecatlvos

183. Ascisco, is, asclvi, ascltum, asciscere, mandur pu; identical; adqitirir,

apropar.

184. ConscisCG, is, conscivi, conscltum, consciscere, uclibecni; d.-ccctac.

185. Concupisco, is, concupivi, coricupitum, concupiscere, cobir.-ir.

186. Descisco, is, descivi, descitum, desciscere, repottar-se.

187. Disco, is, didici, discere, aprender.

Dedisco, is, dedidici. dediscere, desaprender.

188. Exardesco, is, exarsi, exarsum, exardescere, InJ/amar-se, liicendlar-se,

abrasar-se.

189. Ingemisco, is, ingemuj, ingemiscere, pemer.

190. Nosco, is, novi, notum, noscere, conlieccr, tcr coiihecimenlo dc, saber.

Novi = «« set.

Gramatica Latina, 9

Page 130: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

?*ti/ir.

— 130 —,^Iguosco, is, ignovi,_ignotum, ignoscSre, perdoarC°S^^^A™Sn5Vi

'

C09'mU"1'C0S"SCgre

' «"*«- P'bs slides, ,a6e

WL& ^ri?5^' P*

stum' PaScSre ' "Plantar, nutrir {transilivo).

,M ^aSCOi

'enS

< Pas_ius sum

- Pasc, < V«™fe/ve {intransitive).192. Posco, .8 poposci, .(ppstulatum. flagitStum), poscSre •„•«/„

Dcposco, ,s, Jepoposci. deposed, *„/,>«,,„ instillJa'-J.,. .Je,-iv.,co, is, rev1X i, (revictum), reviviscere, /v.vVcv.

121. — OUARTA CONJUGAQAO194. Amicio amlcis, amixi, (amicui), amictum, amicirc, ,v,-//,-A,» /a,w„ „„,,,,„ amix , „, amicQi , usado rara„;enlei

'

/jV im|Uo. Apero, aperis, aperui, apertum, aperire, ^/y>

ayutas kjiz-jv to/no adjetivo.

197. Farcia, is, farsi fartum, farcire, cache; estojar, ennordarC°>^rc,o, us, comers,, «,„>/„„,, conferclre, sai,^,, Zher!Referao, ,s, refers., re/er/«,«, referclre, archer, alulhar198. Ferio, is percuss! {do <;^ percutio, is, percussi, percussum, perctSre n 137~ pode-sc usar lambem id, <fo verbo icio o„ ice, is, ici, ictum "c&el nlr

199. Fuicio, is, falsi, fultum, fulclre, especar, suster, cslribar.

pX-TurioI

t-h.a,

l

Si'haU

fUI"' ha™» *™Jora (wn libido).-.xhaano. ,s, exhausi, exhaustum, exhaurire, <r.rM(vlr, ar^fc,-.

""""„

ef

lf>.'

,S' fspSi

>septum, saepire, mrav, dejenda:

200. Salio, is, saliii, saltum, salu-e, sallarLreslho, aesllis, desilCii, desultum, desillre, ,«&„• */„•,„.,., ,/,, ,.,,„.

tlX*' Sar"' Sart"m'SarClr6

'remendar

'repair

.,,,, >e

:Sdrc

.10

'la

:'^ars,, resartum, resarclre. regard,-

2uo. Sao, is, scvi, scitnm, sc^e, .m^r. '

:Ne^c;!;:,

:^v;

',',c!cTt

T'-"escTre

' ,,A; ^^ <>"»<» ^/^/^/0/,,,,, ;/i;

207. S?r*tJo T ^ c":?,..'"^' ';'."™;"" : <S»°ra"s, inscius, nesch.s.

Consentio, is, cosisensi. cons":isinr "r iK™K-n -., / jOiSse„tio, ls,dissensi,dissensut'dis::^S;;;

/t'''W

-Ub. jepeno, -sepehs, sspelivi, sepultum, sepelire, semdtar.209. Superbio, is, superbire,. aisoberbeca-se.2.10. VSnio, is, venl, ventuin, venire, «>, /,-.

211. Vmcio, is, vSnxi, vinctum, vincire, alar, amarrar.

Page 131: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 131 —Verbos depoentes. (*)

122. — SEGUNDA CONJUGAQAO

212. Fateor, eris, fassus sum, faterl, confessor.Confiteor, eris, confessus sum, confiteri, confessor — pariicipio confessus

tern ianibem sigmjicacao passira. Cf. n. 110, c, observacao, pag- HO.Profiteor, ens, processus sum, profiteri, deelarar, mantfeslar.

215. Liceor, oris, Hcitus sura, liceri, lancar em leiliio.

Pollieeor, eris, poilicitus sum, polliceri, prometer, ofe.rare.r-se para algunmcousa.

214. Medeor, eris, rsiedicatus sum (sariavi), mederi, remedial ; sarar.

215. Mereor, eris, meritus sum, merer!, merecer.

256. Misereor, ens, misertus suits, misereri, compadecer-se.

217. Reor, reris, ratus sum, reri, fulgar, pensar, crer. — Mains = parlkiniopraseata = pensando, ratus adjetivo = certo, valido.

218. Tueor, eris, tutatus sum, tue.ri, proteger.

Intueor, eris, aspexi, intueri, othar, considerar.

219. Vereor, eris, veritus sum, vex-eri, iemcr, respeiiar.

123. — TERCEIRA CONJUGAQAO

220. Adipiscor, eris, adeptus sum, adiplsci, abler, alcancar. Adeptus emSalustio e em Tacito tern siqnijicacao passica (cf. n. 110, c, observacao,pag- 110).

221. Amplector, eris, amplexus siim, amplecti, abracar, compreender, confer,

abranger.

Complector, eris, complexus sum, complecti, abracar.

222. Expergiscor, eris, experrectus sum, experglsci, acordar do sono.

225. Fruor, eris, usus sum, frui, gozar. Os escrilorcs classicos no oerjeilo fazeinusus sum, fructum cepi ex, nao I'ruitus sum.

Perfruor, ens, perfruclus sum, pcrfrin, ge/zar inleiramenie.

224. Pungor, eris, functus sum, fungi, e.vrrcer, cnniprir, de.---nipa.iiar.

Defungor, ens, dei'unctus sum, deiungi, deseaipeniiar.se el,-, exectdar, salisjazer.

Defunctus {vita) — morlo.

Perfungor, ens, perkmctus sum, periungi, exercer, cunprir, preencher, de.se/n-

peniiar, sustentar ate o ii/n.

225. Gradior, eris, gressus sua, fgradi), caminliar, andar, inore.r-.re. Mao se

enconira exemplo do infinilo grad;.

Aggredior, eris, aggressus sum, aggrech, agredir, .urometer, alarar. entpieender.

Congredior, eris, congressus sum, cougred;, enrontrar- .y, :\>n:baier.

Digredior, eris, digressus sum. digre;i:, i/:ar'-.r-sr. anseni^r-s- , a ja.si'.ir-se.

,^grediu:r, ens, egressus sum, zzvrs\\, ,,.;/.

in^i'edi('r, eris, ingressus sum, mgredi, eniiar. lOmeear.

Progredior. Cris. p:'i^rosstls:;i:ii! p;ogrCVh, /'.', \,;;\d;<\ arancar.

Yransgrcdior, eris, transgress'.'.s sum, Iransgred;, pa<sar ai- "//, irar.'por.

226. Iraseoi, eris, (succensui), irasci, irriiar-se.

227. Labor, eris, lapsus sum, iabi, esr.orregar, vair.

Dilator, eris, ddapsus sum, dilabi, aiii; dis-ie: sar-se, d.sgarraese, perecer.

228. Loquor, eris, iocutus; sum, loqui, ,'alar.

Colidquor, eris, colloeutus sum, ca\\6e\m. falar con:

.

(*) A maioria dos verbos depoentes (170) pertence a primeira coiyugaoao.Sao todos regidares e seguem a ficxao do seu paradigma inulor, cf. n. .1 1 1, pag. 111.

Razao por que omitimos qualquer iista dos depoentes da primeira.

BifiA:

Page 132: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 132 —229. Morior, reris, mortuus sum {pari. Jul. moriturus), mSrl, mw/w.Emonor, rem, emortuus sum, emSri, morrer, e.mii,-se'de,aparece,; apaqar-se2M. Nancis«w,_Sris, nactus sum, nancisci, akancar, consul,:

fj'™**COT

>&is

'"atUS sum

'nascJ

'n"cer

- Partirfpio future: nanUurus.„o2 Nitor, ens, nisus sum (nixus sum), niti, apoiar-,e, e,lorfar-,e.

"'"'aw-*??'- »t,X " S

-

mf,XUS

!CmXUS SUm *'«"" " -"'/"''M'eSo Serial de

•d Z s«m>.c..lo. «i^«,-„;e „„ Afl.r/3,,; „Ja -,, nisus, enlsus.

su ™ „ fl s,gn,Pcac3« „,elaj6ru:a ,k lender ., al,lt„„a ,•„„,« ad 'rlolu.m nisus sum, ,f,,7 ,;,cr/-/» s ,,<,,- ,.vm..v,/«/V a qluria.233. Obliviscor, eris, obJItus sum, oblivlsci, «./««•«:/•-..•.•, okidar.2.,4. ^"^or eris. Pectus, sum, paclsci, ^c/lMr, ,.„„/,„/„•. Pactusw„„

>~^ p„ i'"7"7™". < ''tabeUctdo (cl. u. 110, ,:, observacao, pag. 1 10).2.x,. Pavior, tens, passus sum, pati, padecer, ,oj,cr

I erpetior, ens, perpessus sum, perpeti, padecer, suporlar236. Proficiscor, eris, profectus sum, proficTsci, parllr, par-,, a caminha, /,.

237. Queror, eris, questus sum, queri, qucLxar-se.238. Rcminiscor, eris, (recordatus sum) reminlsci, mW*™,.239. Sequor, eris, secutus sum, sequi, .re,,«,>.

Adsequor, eus, adsecutus sum, adsequi,™,,^^- akanrar.Uonsequor ens, consecutus sum, consEqui, consequir, akancar.Obsequor, ens, obsecutus sum, obsSqui! «equu; obedeccr"

^ersequor, ens, persecutus sum, persequi, 'persequir.240. Wciscor,.eris, ultus sum, ulclsci, ,inga,; punlr. - Uitus, pa,n,oem. luo Lww e not pacta, (cf. n. 110, c, observacao, pag. 110).

P

241. Utor, eris, usussum, uti, usar.

>a; v'"' S

".S'ab5SUS S"m

'ab5ti

'"' f'"' Mabncnk, connunb; e.dragar, abusar

Vescor,^ ens, (v,xl, alius sum, pastus sum), vesci, nulrir-.re, alia,en/arse,

124. — QUARTA CONJUGAQAO

243. totior^Ms, assensus sum, assentlri, ,,r do ,„««„ pare.cc; aprovar,

244. Blandior, iris, blanditus sum, bhmdlri, acarkiar.243. Experior, Iris, expertus sum, experiri, experimtnlar, lenlar. — Expertuslambem pawwo (cl. n. 110, ,', observacao, pag. 110).

Oppeno:-. iris, opperlus sum, opperlri,<tfWar. - perjelh i raramenk u.mda.

-<*<>. Largior, uis, largiius sum, Iarglri, dUlribulr, prodigaUmr.24/. Mcncor, mentiris, mentitus sum, meniiri, »,«,//,-

W™ r; r-

ementItTv

SUm-' .

ementT«- '"«'/». .//^/r. - Ementitusobserva^o, X'nO)

°PmM>'

°P "' l&° ^^ m <ntirB™ (cf - »• U0- ^

f

248. «^sm£ISSU tW| w// ._ _ Mensii empnsii ,ku l,buup„.,,,..ame,ik(c\.ii. 110, ., obsei-va^io p.'Uimetior, u,s, dimensus sum, dimetiH, ncdir

''

l^neuor, ira, emensus sum, cmetl.-i, mtdir. p-rconrr

Uemohor, ins, dcmol.tus sum, demoliri, dcmolir250. Ordior, iris, orsus sum, ordiri, comer,,,:

txoKl,or. u-,s, exorsus sum, exordu-i. exordia,; romerar.

V(V<

Page 133: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

mm

J

— 133 —

Dispectio, is, dispcrtrvi, dispertitum, dispertire, du'idi.r.

Impertio, is, impertlvi, impertltum, impertlre, comunicar, puflicipar, dar.

252. Potior, iris, potitus sura, potiri, apodcrar-se.

253. Sortior, Iris, sortitus sum, sortiri, sorlear, rcceber cm pa.rlUha, older.

— Sortitus tambem pas-sino: sortiri provincias, sorlear as proi4.nc.ias;

sortita proviucia. a proi'incia sorteada (cf. n. 110, c, observaeao, pas- 110).

125. — TERCEIRA Ti OUARTA CON1UGACAO

254. Orior. eris, ortus sum, orlri, n.ascer, originar-sc, iWanlar-sc. Orior

con/iujo-te conjorme a. 5. ;l coajtigacao; o iiijinito present? c. da i/ttar/a: oni-i.

iinperjeilo do .titbjiinlioo e iiidijere.nlcincid.c da Icrcelra ou ,/iiarla co.-iiu./acaa:

orcrer on oilrer.

Presenle do indicatinr. Orior, orCris, oritur, oriimir, orir.iim, oriutilur.

Prescn/e do impcral'h'o: Orcre, etc.. _ .

Imperfeilo do .mbjanlieo: Orerer, orereris, oreretur, etc. (he. Orirur, onrens,

oriretur, etc.

Pariicipio iuliiro at.: oriturus, a, um.Pariicipio Sidnro ours.: oriundus, a, um (cf. it. 105. <', pag. 106).

Os composlos conjugam-se como orior, cxcelo adorior, levautai-se con tra, atacar,

acomete-r, que se conjtiga coniplclanicnle conjorme a 4." conjiif/acao: adorior,

adorlris, adorltur, etc.

126. — Verbos seraidepocntes

255. Audeo, es, ausus sum, audere, ousar, alra'cr-sc. — Ausus lamliem. parii-

cipio presenle: dimicare non ausus, nao se. ai.rcve.ndo a comhaler.

256. Fldo, is, fisus sum, fidere, fi.ar-se, conjiar.

Confldo, is, conflsus sura, coniidere. conjiar.

Wi '-'^Diffido, is, diffisus sum, difiidere, de.tcon.jiar, desespcrar.

257. Gaudeo, es, gavisus sum, gaudere, jo/gar. alcgrar-se, regozi/ar-se. - Oa-

visus tambem pariicipio presenle.

258. Soleo, es, solitus sum, solere, costamar, eslar acostuniado. (Cf. n. lio, pag.

115).

§ II

Verbos irregulares propriameute ditos.

127. — Verbos irregulares propriamente ditos sao os que

i'ormam os seus tempos principais dp temas diferentes, p. ex.: icro,

tall, latum; ou que em certos tempos fiem certas pessoas so al'astam

das quatro conjugacoes regulares. Os verbos irregulares, ern^ todas as

linguas, sao os mais usados; dai a neccssidade do conhece-los logo

e bem. Os principais verbos irregulares propriamente ditos sao os

seguintes:

Fero. ferre, Icvar, Irazcr.

Fio, fieri, scrfeito, lornar-sc.

VolOj velle, qucre.r.

Nolo, nolle, nao quercr.

Malo, malle, querer antes, prejeru:

Eo, ire, Ir.

Queo, quire, poder; nequeo, nequhe, nao poder.

Edo, esse, comer.

Page 134: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

;.

134

128. — VOZ ATIVAV E R B O

Prese: is

{! Imjerfoito

iNOICATIVO

fero, ices, fert

feiiim;:;, ferti:;, fcrunt

Faturo ininerr.

fereliam, foi-cl>as. I'crCbat

lei-ebamus, ic-rel, all's. fercUant

l'i:r.-.n:. i't-"cs, fcM'el

ferC-.v.u.s. I'orctis. i'c-rcr.t

SUDJUNTIVO

lcram funis, [era!

leraiiins, 1'cralis. lei'ar.t

iorcin, I'ci-res, i'enet

luiTcnuis, i'errotis, ic-rreat

Perfeilc

Pre:, mat's que

pen'eits

,..,1, ,,-,•, ;tuienm

't»l<--ns, tuiCnt

i

1 ^ L^.. u,lc, 1;; ,t|

tu lerlmus , £u!entis , iulenntj

Future

t^Ieram, tnlcras. lulC-aljtulTssem, tu| Isses, tultsset—uuus, tulcrat.s, lulcrant

; tulissemus, tulissctis, tulTssei,t

tiilcro, turn's, tisliritj

tuleri.mis, Uilcrllis, tulCWn!I

Si a

; H ]Psrfsito

"c i fere

;d'; Pfssentt

jK i

S ,

:

lerrc

laiCinm;. ,-,„.. um .. ;)v .,_

c;sc

XMPERAT5VO

PRESENTJ-

S. 2.^ P . ferP. 2.« ,,. fete

FUTimo

Seriindio f„ - r ~ •,

:

""'• -•"i>- lei' tu

iRi-fiiu:, on,.;,;, eudmn. c.«io, 5." p. fer to

laU.s

1 i'- '-''p. i'eriote

i

•>'' p. termite

4

•:

ii i

Page 135: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

135

FERO =

/

129, — VOZ PASSIVA

INDICATIVO SURjUNTIVO

Icnir, ferris, {i-.rCui-|fcrar, Ici'aris, feratur

Icrimiiv, terimini, Ici-unUir ' i'craimn'. ieranuni, fciantur

lcrcbir, Icrebans I l'cici>ai-e)

ij Future impsrf.

Ici-ebatu!-jtorrcr, icnxris (Icrrcrc), feneUii'l

lerebamar, {eicbaiiHiii, i'crc-i i'onxn:ur, i'erreniini, fcnxnUu-bantu"

lera:-, jcrens, I'cretur

fci'Ciuu:-, lei/cnum, i'crcntsu

ii FerfoitO latus sum on i'ui

1

Prst. mais qua

perfsiioiatus cram on fueram

FliturD perfeitO iatns cro t-u h;

•'lUpiltO laUi

S. I!.-' ;• <c:lnr

a. :: p. I'orl'ra

!'. .':.' |>. i'ciouuni

7,.:

' ;i. i"crui!t'.)i-

Page 136: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 136

Como Jero conjugam-.se os sous compostos, p. ex.:

AflcTO. fers. attui;. ailatum. afferre. ira-crAuitTO, fcrs, abstuli, ablatum, aufcire, lira,- 3

^!KSi.S:;Sfc^Rclero, |.crs . rettuh, rc!5tllm> refElTC>^ ^^^

-Pino, cfturtti:^;^^^. '-ante8

,cr^X pcrfcilo. Ilcni

". 104, ./

RS1VXnte a° aCent° CL »• * * °^vaVao ,, pag . 12;

130. — Vcrbo fio, scrjeilo, lornar-sc.

Presente/W/c«/«.«,: Fio, fis, fit, fimus, fitis, aunt.

a» fon^^ti:t;rPreSa 'SC° sub^-y^,^f etc. ou

Injinilo: Fieri.

Preterito i mperfeito

a«*,«„/,w . I. ierem, heres, tiSret, ficremus, fieretis, Herent.

Futuro imperfeito/HtoW; Flam, fies, fict, fiemus, fictis, W.%Mgo: Fo~ ** iuturum, am, um esse .

/>a,1YW: factum .; ri .

^ aiuctpto: raciendus, a, um.

Preterito perfeitoIndicative: Factus sum, factus es, dcinik,ani,vo: Factus sim, factus sis, dc.In)ini l.o : (actum, am, um esse.ParLicipio: Factus, a, um.

Preterito raais que perfeitoIndicate: Factus cram, factus eras, dc.bubjunlwo: Factus cssem, factus esses., dc.

Futuro perfeito

Indicative: Factus ero, factus eris, etc.oupuio: l\actu.

Page 137: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 137 —

Qbservacoes. — 1) Os composlos dc facio sao dc duas cspccics: tins sao

composlos dc facio e dc uma prcposicao (cum, per, ob, clc.) ou da parlicula re- c tcr-

minam em -i'icio, -feci, -factum, -ficere; oulros sao composlos dc facio c dc um oulro

elcmcnlo (temas verbais ou adverbiais) c lermlnam cm -facio, -feci, -factum, -facerc.

Os composlos cm -facio conjugam-sc no passiro como fio. p. ex.: calefacio = calefio,

calefactus sura, calefieri. Os composlos cm -Eicio, como conficio. deficio,_intei'ficio,

etc., no passiro sao rc/julaics: conficior, conficcris. confectus sum, conftci. Cf. pag.

124, verlio n. 87.

2) Ouaii to ao imperativo, cf. n. 104. _/, pag. 106.

j) Com respeito ao acento note-se que no:; compostos em facio fica sera pre

sobre a silaba jd, ainda que breve, p. ex.: calcjac.il, palc/dcit: mas ilir-se-a: practicis,

conjicis, com o acento sobre a pritneira silaba. Cf. n. 6, c, observacao 2, pa;;. 12.

131. —• Os verbos volo, quero; nolo, ndo quero, nialo, preji.ro

Presente

Indicativo: Volo Nolo MaloVis Non vis MavisVult Non vult MavultVolumus Nolumus MalumusVultis Non vultis Mavultis

Volunt Nolunt Malunt

Imperativo presente: Noli

NolTte

Imperativo juturo Nolito, noli to

Nolitote, nolunto

Subjuntivb: Velim Nolim MalimVelis Nolis Malis

Velit Nolit Malit .

Velimus Nolimus MalimusVelitis Nolitis Malitis

Velint Nolint , Malint

Infinite: Velle Nolle . Malle

Participio: Volens . invitus

(cupiens, mais n-wAo)

Preterito imperfeito

Indicativo: Volebam Nolebam MalebamVolebas Nolebas MalebasVolebat Nolebat MalebatVolebamus Nolebam us Malebam us

Volebatis Nolebatis Malebatis

Volebant Nolebant Malebant

Subjunhvo: Vellem Nollem MallemVelles Nollcs Malles

Vellet Nollet Mallet

Vellemus Nollemus Mallem us

Velletis Nolletis Malletis

Vellent Nollent Mallent

Page 138: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

II

— 138

Indicatwo:

Subjunlivo:

Injinllo:

indicatwo:

Subjunlivo:

Indicative)

:

Indicative! :

Preterite perfeito

Volui

Voluisti

Voluit

VoluimusVoluistis

Voluerunt

VoluerimVolueris

Voluerit

VoiuerimusVolueritis

Voluerint

Voluisse

Nolui

Noluisti

NoIu.it

NolulmusNoluistis

Nolucrunt

NolucrimNolueris

Noiuerit

NoluerjmusNolueritis

Noluerint

Noluisse

Preterite mais que perfeito

VolueramVolueras

Voluerat

VolueramusVolueratis

Voluerant

VoluissemVoluisses

etc.

NolueramNoluerasNolueratNolueramusNolueratis

Noluerant

NoluissemNoluisses

etc.

MaluiMaluisti

MaluitMaluTmnsMaluistis

Maluerunt

MaluerimMaluerisMaluerit

MaluerJmusMalueritis

Maluerint

•VLaluisse

MaiueramMaluerasMaiueratMalueramusMalueratis

Maluerant

MaluissemMaluisses

etc.

MalamMalesetc.

MaiuSro•Malueris

etc.

indicuijvo

:

Futuro imperfeito

Volam NolamVoles Nolesetc. etc.

Futuro perfeito

Voluero NolueroVolueris Nolueris

etc. etc.

^ iS2. - j ;;///,) CA); cu vok;

rutlicai i; ,/(/<• .,-,. r,n:da era e antes dc a, :;, u.

Preserete

Abeo, cu me rciiro (*).

a bislt a bit™ ablmus' lls abltis2l!n( abfiunt

('A': CU. \'0U.

Is

qucem ^o:\:^t:^:m: t:c^: Wc w-—- --

Page 139: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 139 —Imp. Pres.,

Futuro:

Subjunllvo:

Injiniio:

Partlciplo:

Indie

Subjuntlvo:

I ndlcalwo

:

iSubjii.nllvo:

1, vai.

ite, Ida.

Ito, ito

itote, eunto

earn, eu va.

eas

eat

cam us

eiltis

eant

abl, retlra-te.

ablte, rellral-vos.

ablto, ablio

abitote, abeunto

abeam, eu me retire.

abeas

abeat

abeamusabeatis

abeant

ire ablre

impessoai: ir. impessoal: retlrar-se.

pessoal: ireu, Ireslu, etc. pessoal: retlrar-me eij, rc-

tirare-s-te lu, etc.

lens, euntis «k;aiens, abeuntis

Preterite imperfeito

ibam, eu

ibas

ibat

ibamusibatis

ibant

la. ablbam, eu

abibas

abibat

abibamusabibatis

abibant

me rctlrava.

Irem, eu jowc. ablrem, eu trie retirciMc.

ires

iret

abires

abiret

iremus

iretis

abiremusabiretis

irent abirent

Pj eteritO pC rfeiio

II, cujui.

isti

Tit

abTT, cu trie

abisti

ablii

eUrci.

Iimus

istis.1 :-:

ierunt

."bTiniUS

abistis

a bierunt

lerim, eu lentui id<>. abienm, cu iuc l.cuha ret/.

ieris

ierit

abieris

abierit

(rado

icrimus

ieritis

lerint

abierimus

abieritis

abierint

Page 140: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

140

Infinlto:

Indicative:

Subjuntivo:

Indicativo :

Participio:

Injinito:

Indicativo:

lsse abisseimpessoal: ter ido. impessoal: terse rctiradopessoal: ter eu, teres pessoal: ter-me eu, teres-t'etu ido, etc. iu ret;rad0i ctc

Preterite mais que perfeitoiCram, cujora ou £«/,« /<&. abieram, eu me retirara ouleras

ierat

ieramusieratis

ierant

Issem, eu iivesse ido.

Isses

Tssefc

Isscmuslsse lis

Issent

me tinha(retcrado.

abieras (e

abierat

abieramusabieratis

abierant

ablssem, eu me tivesse re-

ablsses (tirado.abisset

ablssemusabissetis

abissent

Futu.ro imperfeitoIbo

'cu ireL abibo, eu me reiirarei.

Ibis

ibit

Iblmusibitis

ibunt

abibis

abibit

abibimusabibitis

abibunt

iturus a um, havendo ou abiturus, a, um,- havendo ouimd°deir. tendodemeretirar.

iturum, os, haverde ir.

ituram, as

iturum, a esse

ou ter abiturum, os, haver ou ter

de se retirar.

abituram, as

abiturum, a esse

lei'Oj eu terei ido.

ieris

ierit

ierimus

ieritis

iermt

Futuro perfeito

Gen..

Dal.:

ML

cimdi, de ir.

eundo, a ir, indo.

eundum, a ir, para

eundo, indo.

<ieruntiio

abiero, eu mc Lerei retiradoabieris

abierit:

abienmusabieritis

abicrint

abeundi, de retirar-,rc.

abcundo, a retirar-se, reti-

(rando-se.abeundum, a retirar-se, pa-

(ra retirar-se.

abeundo, retirando se.

Page 141: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— I4i —

Gerundiveeundum est (impes.), deve- abeundum est (impes.), de-

se t-r- ve-se retirar.

SupinoTtum, a, para ir. abitum, a, para retirar-se.

NOTA I. — O perfeito normal de eo e u, nao Ivlj ivi eforma secundaria, rara mesmo nos poetas.

NOTA II. — A prosa classica contrai regularmente ii antesde s. — Cicero usa sempre:

a) isti, adisti, existi;jistis,fadistis, existis;

b) issem, adissem, exissem; isses, adisses, exisses;c) isse, abisse, obisse, perisse, praeterisse, etc.

Nos poetas a forma ii as vezes se contrai, outras nao; aprosa post-classica segue o uso dos poetas.

NOTA III. — Os compostos de eofconjugam-se como osimples, exceto ambio, andar ao redor, girar, que se conjuga comple-tamente como os da 4." conjugacao: amblo (por ambed), ambis, ambtie ambivi, ambjtum, amb'ire, p. ex.: ambiebam, ambiam {ambles, etc),ambtens {ambientis), etc., e nao: ambibam, amblbo, ambiens, (abeun-tis) etc.

Os principals compostos de eo sao:

Abeo, is, abli, abitum, ablre, ir-sc embora. retirar-se, ausentar-se, parlir.Adeo, is, adii, adttum, adlre, ir, fir a ou para, visilar, atacar, inveslir.Exeo, is, exli, exitum, exire, sain.InEo, is, inli, initum, inlre, ir para, cnlrar, comecar, irwestir.IntSreo, is, interii, interitum, interlre, perecer, perder-se.Obeo, is, obli, obltum, oblre, enfrtntar, empreender.Pereo, is, perli, perltum, perlre, perecer.PraeterSo, is, praeterii, praeterltum, praeterire, ullrapassar.Prodeo, is, prodii, prodltura, prodlre, ir para adianic, avancar.

.Redeo, is, i-edti, redttum, redire, foliar.Subeo, is, subii, subitum, subire, ir para baixo, meler-se debaixo, marchar

contra, expor-se a, arroslar.Transeo, is, transit, transitum, transire, passar.Veneo, is, verui, (venTtum, vemim), venire, ser vendido, etc.

NOTA IV. — Pereo supre o passive de perdo, arruinar;pereo nao perdor j peritbam nao perdebav, etc.

Veneo, is, venii, (veniium, vemim), venire, ser vendido(=veruim eo, sou vendido) supre o passivo de vendo, is, vend&li,venditum,^ vendere, que na voz passiva so tem as formas vendituse vendendus.

E' necessario distinguir entre captivi veneunt, venibant,vembunt, venierunt, os escravos sao, eram, serdo, Joram vendidos,etc., e as formas: captivi veniunt, veniebant, venerunt, etc., osescravos veern, vinhani, vieram, etc.

NOTA V. — Na voz passiva do verbo eo sose encontraa terceira pessoa singular: itur, vai-se, itum est, joi-se. Alguns

Page 142: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

142

compostosj, porem, como adeo, transeo, praetereo, etc., sao tran-sitivos e tern toda a voz passiva:

Presente: adeor, adlris, aditur, adimur, adimmi, adeuntur.adear, adearis, adeatur, ndeamur, adeammi, adeantur.

Imperjetto: adibar, adibaris..., adirer, adireris, etc.

Futuro: adibor, adiberis, etc.

Part, per}.: adltus.

Gerundive: adeundus, a, urn.

133. Os verbos queo, posso; nequeo, nao posso.

verbo queo e composto do adverbio qui = como, de quemodo, e do verbo eo. Cory'uga-se como eo, exceto nas formas do per-feito, que sao iguais as de audio.

Indicativo:Presente

Subjuntivo:.

queo, eu posso.

quis

quit

quimusquitis

queunt r

queam, eu possa.

queasqueatqueamusqueatis

queant

Injinito:

Parttcipio:

Indicativo:

quire

impessoal: poderpessoal: poder eu, podt

iu, etc.

qiiiens

queuntis

nequeo, eu nao posso.

nequis

nequit

neqmmusnqultis

nequeunt

nequeam, eu nao possa.

nequeasnequeatnequeamusnequeatis

nequeant

nequire

impessoal: nao poder.'.eres pessoal: nao poder eu,

nao poderes tu, etc.

nequiens

nequeuntis

jrx&zevrtt'

qui bam, (-/: podin.

uuibai

nequibam, eu nao podia.

Sub/unlii'u: qui rem, eu pnde.se.

qui ret

nequibat

nequibant

nequirem, eu nao pudesse.

nequiret

nequiremus

quirent nequircnt

Page 143: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

'^M

; i .

)

\

— 143 —

Preterito perfeito

Indicative: quivi, etc., eu pudc. nequivi, etc., eu nao pude.

Subjuntivo: quiverim, etc., eu leuha nequiverim, etc., eu naopodido. tenha podido.

Injinito: quisse nequisseimpessoal: ler podido. impessoal: nao ler podido.pessoah ler eu podido, etc. pessoal: nao ler eu podido,

etc.

Preterito mais que perfeito

Indicative: quire-ram, etc., eu pudera. nequiveram, etc., eu naopudera.

Subjunlivo: quivissem, etc., eu tivejve nequivissem, etc., eu naopodido. tivesse podido.

Futuro imperfeito

Indicative: quibo (arcaico), eu poderei. nequibo (arcaico), nao po-derei.

quibunt nequibunt

Futuro perfeito

IndLcativo: quivero, etc., eu terei po- nequivero, etc., eu nao

dido.^

(ere; p dido.

Supinoquitum, parapoder. neqmtum, para nao poder.

Estes verbos carecem do imperative, do participioruturo e do gerundio.

Obso>-vac5o, — Encontram-se tambem algumas forraas arcaicas J.-i voxpassiva: malar, qucnlur, neqiutur, quito. e ncquUa. est aeompanhadas poi- urn mlii-t-,passive p. ex.: ,'o/vjm in knebri.f nose!, non quHa c.rl, nas trevas nao se pode co-dieee.-a tigura; neqiuaim escoppidum cxpugnari. nao se pode jomar a Eortaleza.

134. — Verbo edo, cotno.

^verbo edo„ alem da eonjugacao regular (cf. n. 120, verbo

n. 83, pag. 124), e redundance em algumas formas, que tern semelhan-tes as do vcrh^ sum, Sao: o presente Jo indicative, o present- <I„imperative), c presente do infinite.) e o imperfeito do .snbjimiivo:

PreseateIndicativo: cdo, como

edis e es (de ed-s)

edit e est (de ed-st)

edimusedltis e estis (de ed-stis)

edunt

Nao se deve conjundir es, est, estis de edo com es, est, estis de sum.

Page 144: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 144 —

Imperative Presente:

Imperative) Futuro:

Injinito:

Passivo (ind. pre.?.):

Imperj. do Subjuntivo:

ede e es

edite e este

edito e estoedito e estoeditote e estateedunto

edere e esse {de e<J-se)

editur e estur, come.se.

ederem e esseniedSres e esses

ederet e esset (pass.: ederetur eessetur)

ederemus e essemusederetis e essetis

ederent e essent

^ /hjormaj mais usadas na boa]latinidade sao as atematicas :

es, est, estis, essem, esse, etc. — Cf. iambem n. 106, a, pag. 106.

§ HI

Verbos defectivos.

135. — Chamam-se defectivos os verbos que carecem dealgum modo, de algum tempo ou de alguma pessoa. Os verbosseguintes so tem as formas abaixo indicadas.

Verbo inquam, eu digo.

Presente do Indicatwo:

Presente do Imperafwo:Imperj. do Indicatwo:Futuro do Indicative:

Perjeilo do Indicativo:

inquaminquisf

inquit

inquimusinquitis

inqumnt(inque, inqmto)inquiebat, eie dizia.

inquies

inquiet

inquisti

inquit

Inquam propriamente significa digo eu e o sujeito coloc'a-scquase sempre depois e nao antes do verbo: sequimini me, inquitcenturio, commililones.

Page 145: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

145

136. — Verbo aio, eu digo, afirmo, sustento.

Presente do Indicative): aio, eu afirmo.

ais

ait

aiimt

Pre.f. do Subjuntivo:

aias, a) wines.

aiat

Pres. do Parlicipio:

Imperf. do Indicativo:

Perjeito do Indicativo:

aiant

aiens, ajirmando.

aiebarn,! eu \afirmai>a

.

aiebas

aiebat

aiebamusaiebatis

aiebant

ait, ele ajirmou.

Gbservacoes sobre INQUAM e AIO

-se tambem com o valor

metodos

:

1) Inquam, digo, nos historiadores encont

de pei'feito: disse.

2) Referindo palavras alheias ou proprias podemos seguir dois

discurso dirclo e discurso indirelo.

No discurso direto usam-se as mesmas palavras empregadas pelo que as

pronunciou e inlercala-se sempre o verbo inquam, p. ex.: non errasti, inquit, mater,

nao erraste, 6 mae, disse ele; turn ilk: nego, inquit, verum esse, entao ele: nego, disse,

que isto se;a verdade.sujeito sempre se pospoe ao verbo, p. ex.: equidem, inquit alter, me con-

lempluni go.udeo, por mim, disse o outro, gosto de ter sido desprezado.

No discurso indirelo relata-se simplesmente o sentido das palavras do indi-

viduo que as proferiu, sentido que se exprime em portugues com proposicoes depen-

dentes de urn verbo que signifies, dizer, responder, narrar, e em latim exprime-se

por meio do verbo aio, as mais das vezes intercalado e sempre unido ao pvoprro

sujeito, ou tambem pelos verbos dico, respondeo, clamo, nego, etc., que se mtercalam

ou precerlem com ou seguifios do proprio sujeito, p. ex.:

Di.fi.urso dirclo: O ami go certo, diz Knio. se coahecc nas desgracas = /lniicus

reiius, inqu't Ennius, in re inrerto reri>lliir.

Discurso indirelo: Diz iinio que o amigo certo se conhece nas desgracas =

amicuni cerium ait Ennius in re inceria cerni.

Outro exemplo: Dis. die: O animo fraco, diz Enio, erra sempre = ammus

aeger, inquit Ennius, semper errat. Disc, ind.: Diz Enio que o animo fraco erra

sempre = animum aegrum ail Ennius semper errare. — Pode-se tambem dizer:

Animum aegrum dicit Ennius semper errare — Ennius dicit amnum aegrumsemper errare — Ennius animum aegrum dicit semper errare.

Nota. — I) No discurso direto pode-se tambem usar ail, mas neste caso

e preeedido de ul, que forma com o verbo uma expressao em forma de parcntesis,

p. ex.: ut ail Ciccro^como diz Cicero; ul aiebat Cato = como costumava dizer Cntao.

Gramatica Latina, 10

Page 146: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

!: -"Esia expressao deve ser interraWia -,,c -, i <

direto, p. ex.: Qui ( = <,uomodo) pofeH „« lit Jf*Vra?^^ r?ferem era mod°

ahistoria, como diz Cfcero, <§ mestrada vida ' ^ '«^.»'//« nlaa,

servc-se de^KTp. «'*fcftr T^ ° P°rlu,

gu8s US" di°°- ° »»«">e nossa, A>, esta glcSria

'"' '™ '"' m1"am

-'"»'• "/'"'« = E' nossa.

137= — Vorbo for, fans, jalar.

Presente do Indicalivo

:

Presenie do Imperativo:Presente do Injinito:Imp. do Indicativo:Imp. do Subjuntivo:Futuro ImperjeLto:Perjeito do Indicativo:Perjeito do Subjuntivo:Mais que perjeito do Indie:Mais que perjeito do Subj.:Futuro perjeito:

Participio presente:

Participio perjeito:

Suptno:Gerundio:^

Gerundivo:

fatur, elejata.

fare, Jala.

fad, jalar.

(fahax,jauu>d).

(S&rer^jatasse).

fabor, fabitur, jalarei, jalara.fatus sum, etc., jalei.

fatus sim, etc., tenha falado.fatus eram, etc., jalara e tinhajalado.iatus essem, etc., tipessejalado.fatus ero, etc., tereijalado.fantis, fantem (seta norm.)fatus, a, um.fatu.

fandi, fando.fandus, a, urn, quase sempre com Inou ne s nefandus ou mfandus, in-dizivel.

f™AnN* P

JTOSa

°MssiCa S<S SC encontra™ as formas: fari, infinite-iando, gerundio e o gerundive fandus..

138. Coepf, memxni, odi, novi.

Os verbos eoepi, eu comecei,memsni, eu me lembro,odi, eu odeio,

Tkovif eu sei,

sao so usados no perfdio e nos tempos iormados do perfeito.

3erfe?io do indicativo

coepi

coepisti

coepit

coepimuscoepistis

coeperunt

niemiru

meministi

merainit

meminlmus

odi

odisti

odit

odlmusmemmistis odistismemmerunt oderunt

novi

novisti

novit

novimusnovistis

noverunt

Page 147: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Perfeito do subjuntivo

coepenmcoeperis

coeperit

coeperimuscoeperitis

coeperint

coepisse

coeperamcoeperas

coeperat

coeperamuscoeperatis

coeperant

coepissem

coepisses

coepisset

coepissemuscoepissetis

coepissent

meminenmmeminerismemineritmeminerimusmemineritis

meminerint

oderimoderis

oderit

oderimusoderitis

oderint

— 147

noverimnoveris

noverit

noverimusnoveritis

noverint

Perfeito do'? 'infinite

memimsse odlsse

Mais que perfeito do Indicative

memmerammeminerasmemineratmemineramusmemineratism.eminerant

oderamoderas

oderat

oderamusoderatis

oderant

noveramnoveras

noveratnoveramusnoveratis

noverant

Mais que perfeito do subjuntivo

memmissemmeminissesmeminissetmeminissemusmeminissetis

meminissent

odissemodisses

odisset

odissemusodissetis

odissent

novissemnovisses

novisset

novissemusnovissetis

novissent

Futuro perfeito

coepero meminero odero

coeperis

coeperit

meminerismeminerit

oderis

oderit

coepenimis meminerimus oderimus

coeperitis memineritis oderitis

coeperint meminerint oderint

noverimusnoveritis

noverint

a) Memin! e odi sao perfeitos com significacao de presente;

novi e tambem peri'eito com significacao de presente, mas nao e verbo

dejectivo; novi e perfeito de noseo que significa cotnego a conhecer.

b) Odi nao tem imperativo, mas tem o participio futuro:

oserus, a, um e o infinito: osurum, am, una esse. participio

perfeito osus, a, um e antiquado.

c) Mernini tem so o imperativo futuro: memento, me-mentote (cf. n. 104, e, pag. 106); os tempos de que carece suprem-se

com o verbo recordari (recordor, arts, atus sum, art), recordar-se.

Page 148: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

148 —

Imperative) singular: aveplural: av5te salvSte

Imperative future: aveto !» 1-1 "T™7<«W; Save

,

t0 valetosalvebis valebis

salve vale

valete

Observacao. -• Aw ->v,>(.- . i .. ,

•' 'las rc-eiKoes o'U*.* vnv'as"

v"v '..". i"'

1 """^." <i "; ^^'' '-; salvo, sa!w^»:>l.zav ; , as cartas rk- ci-i-ior l'.„,;ii"

'" " ,i: "- ^^e.!;,!:, ,, a,:;,,,,.^,. ,•

,,„-,„, .v,&,. ,.„,..., „/.w/,,,;eu-..,

.o:,

fc[; 11.

iK>r t 11

;

1 "" L" ^™ ,: "'-: <'"»« «/^.-'".'.is ou menos. ., :;aive c vale.

-'Ivebis, vak-o,..; co.ics^iuiom, po.'uv

com o

Os ini-initos avere. satvere, valere scS se us or- .-™verbo jubeo • <-p B,|„«„ - i

usark em umao

e signi&a Jr^/tl^ ^/^ * ™ anti*> operative

cedo igitur, quid faS;™?consilium,^ „ fcw^^

5

££: •zszzzf!. "™;s,0s <4"™^-e^r?

.

^ TV T P'w

'que * re

S'uIar e complete /?

runt; e do*L^^^^£»^* *» -v. Ix^7^%&^ etc- -—-- isr

^

^ pag. 106).mpiC: novero e nS« «oro

(c f. a. 104,

de preset Sf^p^So^^f^°^ ^^^perfeito de imperfcite: ^S^XS^rT^"Se° ^^e« we lembrarei.

IO' oaia/ei, memmero,

139. -0, ^, quaeso (quaesumus)/ ayej sa,

cedo, defit, infit.'

quid hoc ~t?^/Z?«L f,r* '"'^S^ <«<*»: quaeso.

Page 149: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 149 —

d) Defit, defiunt, jalia, jaltam; defief, jaltard; defiaijiatle; in finite defieri, jaltar.

e) Infit, coniega a (seguido dc um iniinit.o), p. ex.: itaJfarier infit, awun co/neca a Jatar.

§ IV

Verbos impessoais.

140. - - Cbamam-sc impessoais os verbos que nao fceni uinsujeito pessoal c usam-se unicamente na tcrceira pessoa do singular

c no infinito.

I. —- I' crbos melcreologlcos.

Fulgct iulsit i'ulgere rclainpeja.

Fulgeo usatio pessoalmente .corresponde a respkmdccer.Ton at tonuit tonare Lroveja.

Ningit ninxit ningere neca.

Grandmat grandinare saraiva.

Lucesot luxit lucescere amanhece.Vcsperascit vesperavit vesperascere anoitece.

II. — I'crbo.y que indiccun prazcr, defer, accessLdadc.

Libet libuit lib ere apraz.

Licet licuit lieere e lieito.

Decet decuit dec ere corn-'em.

Dedecct dedcciiit dedecere nao convent.

Qportet oportuit oportere e preciso.

Refert rettulit referre i/nporta.

Interest interfuit interessc linporla.

i\ao .re deve conjundir refert com refect dc refero. Referti/npessoal deriva-sc de re (res) e fert.

III. — Verbos que indicatn ajeicdo da alma.

Piget (me) piguit pigere pejo-me.

Pullet fine 1 pudiiii pud ere ep.i>erqonlio-i)ic.

V" PaenTtct !,mc; paenituit pacmlere orrependo-mc.

|i'acuct (me; pertaesum est taeclere eiijado-me.

JMiseret i'r.ie! m;ser;tus .sum [de misereoiy, miserere, compadcco-mc.

j a) cm lugar de me nuserel, a prosa classics usa miscreor,

| - ini-i'ereri-'-. regular e complete.

/') Os verbos impessoais conjugam-se regularmente; careecm,porem, do imperative) que e substituido peio subjuntivo.

arrepetide-te = paen 1 tea I te

;

coinpadece-te — misereai te;

cnvergon/tai-i'or = pudcnt vos'i

Page 150: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

150

c) Estes liltlmos clnco verbos: piget, pudet, paenltet, taedetmueret qucrem no acusahvo o nome da pessoa que se enfada seenvergonha, se arrepende de alguma cousa.

Presente do Indicative

Pnif f

mC n"siege" tIae'

c" »2C «w^«A* </« negligencia.Pudet te neglegentiae, fe te envergonhas da negllghiclo.Pudet eum („5o se

) neglegentiae, c /c se envergonha da ncaUnenciaPude nos neglegentiae, „Ar nor„^W— fa negtlg^"Pudet vos neglegentiae,^ rw e„^„/^;r ^ „c/^-a .Pudet eos (aao se) neglegentiae, */ar se envergonham da negligenda.

Presente do subjimtivo

Pudeat me neglegentiae.Pud eat te neglegentiae.Etc., etc., etc.

Imperfeito. do Indlcativo

Pudebat me neglegentiae.Pudebat te neglegentiae.Pudebat eum neglegentiae.Pudebat nos neglegentiae.Pudebat vos' neglegentiae.Pudebat eos neglegentiae.

Imperfeito do subjuntivo

Accidit ut paeniteret me neglegentiae, aconteceu que,cu mc arrepen-desse da negltgSncia.

" HAccidit ut paeniteret te neglegentiae.Accidit ait paeniteret eum neglegentiae.Accidit ut paeniteret nos neglegentiae.Accidit ut paeniteret vos neglegentiae.Accidit ut paeniteret eos neglegentiae.

IV. — Os verbos Lntransitivos quando sew usados passivamaUc.

a) Os verbos mlranslik'os em -o podem-se usar imD—o-lmenfc con, signihcacao passiva na 3, pessol singular da™^Curntur = corre-se (de curro = corro)

.

Vivltur =vive-se (de two = vivo).

^ur =vai-se (de eo = vou)DormUur =dorme-se (de dormto = durmo).Fugnamr = combate-se (de pugno = combato).

b) verbo instransitivo, nao admitindo a forma passivacarece pois do participle perfeito, forma que e pr6Pria" es?a voi

Page 151: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

:

— 151 ~Contudo, nesta construcao podem-se tambem usar os participios

perfeitos destes mesmos verbos em -o, por exemplo:.

Ventutn eft=~veio-se (mas nao ventus, a, urn).

Pcrvenlum 6\r/= chegou-se (mas nao pervcntus, a, um).Tibi eunduin est, tu dcves ir.

Nota. — A construcao impessoal com significacao passivanunca se pode fazer com os verbos depoentes, a nao ser no gerundivePor conseguinte mulalur = ele imila e nao imita-sc; mas pode-scdizer: inulandum cst~dcve-se imitar.

CAPITULO XII

PALAVBAS SNBECUMVEIS

§ I

Adverbio

141. — Adverbio c uma palavra invariavel, que se junta,

a verbos, acljehvos e a outros adverbios para Ihes modificar a signifi-

cacao, p. ex.: optime valeo. passo otimarnente; longe ditissimus,muilissimo rica; satis commode, assaz vanlajosamente.

A mor parte dos adverbios sao antigos casos.

Sao por exemplo antigos ablativos da 2." declinacao:

initio, principle, etc.

Antigos ablativos da l.a declinacao: dexira, a direita; sinis-

tra, a esquerda; una, juntamente; gratis = gratiis, com os simplesagradecimenios, grahatamente.

Sao antigos casos locativos: heri,; foris, etc.

Sao acusativos singulares neutros: nraitum, nimium,parum, etc.

Sao antigos acusativos singulares femininos: perperam,''alsamente; bifariam, em duas paries; trifariam, em Ires partes.

Sao acusativos singulares de temas em i : staiim, cle urn

arcaico stalls; certatim, gradaiim, confestira, etc.

Os adverbios soem distinguir-se em:

.1.) adverbios de. lugar;

2) adverbio-- de leta.po;

5) adverbios de modo e tjualidadc.

i) Adverbios de iu^arj

142, — Os adverbios de iugar respondent! a uma das seguin-

tes perguntas:

Ubi, onde ? pergunta em que lugar se acha alguem, e chama-se adverbio de Iugar onde.

Quo, para onde ? pergunta para que lugar alguem vai e

chama-se adverbio de lugar para onde.

Page 152: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

1152

LUBflR OflOE

Ubi, ondc?IBfiH PUR* QliDE

Quo, /;«ra ondc?

hie, «,/«/

istic, ,?/ (><;,•/„

illic, ,j//

ibi, ai

ibidem, ai mcs-mo

ubi, ondcIubicumque, cm

qualquer lugar

aliciibi, em al-

lium lugarusquam* cm al-

iimm lugar

[![prop, neg.)

Jlubique, cm Utd.a

}jalibi, em o«//o

lugar.

l.stuc, /?/7/v? fi.;

iiluc, w/n /,;

eo. /m/y? all

eodem, prt/V;

mesnio lugarquo, /.>ara (j,,.^.

qnocurtque,/w/vz qualquerpark:

aliquo, ^2,-„- al-numa parte.

quoquam, paraurn iugar qual-quer [prop, nsg.J

alio, para oulrolugar.

LUBflR 08H0E

Undo, dondc?flOVIMENTO FOB OHOl!

bine, daqulistinc, dal

jllinc, da l!

inde, de Id

indidem, ,/„ „,,-,

mo lugarunde, dondcuadecumque,

dc qualquerpa r/c

aHounde, de al-

.Oiim lugar.

undique, dc /,;-

das as pariesaliunde, de ou-

lro lugar.

=r.-!

hac, par aqu! I

istac, /„„• a li

iliac, por laea, por aqucle

lugareadem, pclo mc ..--

mo ram inhoqua, por ondcqua cumque,por qualquerparte

aliqua, Por al-guma parte

utraque, pclos ,

do is tados

quali bet, porum lugar qual-quer.

2) — Adverbios de tempo.

143. — a) Os adverbios de tempo sao-

Page 153: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

.'

— 153 —

bis, duas vexes; iterum, pela segunda vaz; secundo, em

segundo iugar;

ter, ires vezes; tertium, pela terceira vcz; tertio, em ler-

celro lugar.

c) Outros adverbios de tempo que mais importa conhecer sao:

hodie, lioje (de hod die = hoc die, nesle did);

pridie, no dia anlecedente, na vespera; prostridie, no dia

scguinle;

cotidie, cada dia; quotannis, cada ano; eras, amanlia;

perendie, depots de amanha; propediem, daqui a poucos

dias; diu, por nuulo tempo;

pridem, desde inuito tempo; mode, ha pouco, pouco antes;

recenlemente; illico, logo;

externplo, imediatamente; brevi, em pouco tempo; adhuc,

ate aqui; deinde, dein, depots, em seguida;

subinde, sucessivamente, logo depots.

3) — Adverbios de modo e qualidade.

144. — A mor parte dos adverbios de modo e qualidade

formam-se dos adjetivos qualificativos e dos participios.

a) Os adverbios em e correspondem ordinariamente aos

adjetivos em us e er : doctus, docte; liber, Itbcre.

b) Os adverbios em ter ou em iter correspondem ordinaria-

mente aos adjetivos da terceira declinacao:

prudens; prudenter, prudentemcnle;

audax, audacter, auduzinente;

felix, feliciter, jelizmenie;

fortis, fortiter, jorlemenle;

par, pariter, igualmenle.

Bonus, malus e magnus, por excecao, tern os adverbios

bene, male e magnopere.

c) Amiude se emprega como adverbio o acusativo neutro

singular do adjetivo:

facilis, adv. facile, jacilmente;

difficllxs, adv. difficile, dijictlmcnlc;

recens, adv. recens, recenlemente.

d) Os adverbios de modo e qualidade em e, em o, e em icr

sao os linicos que tern regularmente comparativo e superlative:

docte doctius doctissime

fortiter fortius fortissime

saepe saepius saepissime

nuper miperrimediu diutius diutissime.

i

i

Page 154: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

154

*j.~J£g£££r "m°co°^fe" - »"«" i"'» ™-

Denemale,'rjag;?.opere

meliuspejus

plusminus

optiniepessimemaxime

niinsme.

§ II

rreposicao.

145. I>,.,i'rcposicao JJalavra invanavcl que se antcpoc" um nrJ;nc ou nranomc para exprindr, n^da^ c^£ "TTJjue com o uso do simpIes caso, Uma drcunstanS d^fet*o ou deIuc^

,

cle instrument ou de modo, de causa ou de origem.

146, — Preposis5es que regem o acusativo.

Ad=rt^'

k;-

a°"' h'; Para; indka mooimento, dlrecao fanAt c«sira venire, <M.r ou u- ao acampamento. ' J

T^"££am n°Stram 1Ibertatem

> />*« Udclar a no-ssa

^!^r~. tsSt do adv6rbio versus °u prccedid° *>urbem^T^^ ^ VerSUS =— - «^; usque ad

ffeu^aouas, i^ de Janeiro.1

^ZtT^' °'\&S *\(!"

USar); P°S£ ****»»' P^' castas.

Pone T.oSlS T'03 V^^- ^ &-^ <**W

LciZTcZi reqUenle n°Pe-°do arcaico. rarisauna.

t;":? ^ ^ (GOm ™mes dc Pessoas « coletivos):

consuetude est en/re

;"• «/i Pialao.

/ipviu 'o-srmanos haec'jern.\-yr,o.'- //.-? <-/,; co:\-b.:r: ;e.

:~?;;: '

: :-

1

''::- :::oi-^"-'- ^ginr-us, tcmos L!l , *_ w.iao.

J,"1 "K^--=^- venn-, «.-« c alraves da Umbria.^ mo, aEOS; *W/J& nuilos afWj ._

j ,

-iCi ^eaeciuE, lO'iomlniosamenie.<uxca. = ao pe de, junto a (usa-se raramenie)

Page 155: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

\

IK

— 155 —Penes= em posse de, em poder de. Usa-se quase sempre com os nomes

de pessoa: penes milites, em poder dos soldados.

Propre= perto de, ao pe de, junto a. Prope castra, prope ripam,perto do acdmpamento, perto da margem.

Propius castra, mais perto do acampamenio.]Proxime castra, muito proximo do acampamenio.Nao se deve confundir prope preposicao com propeadverbio: prope cotldle, quase todos os dias.

Propter = perto de (Iugar): propter ( = prope) sfatuam conse-dimus, paramos perto da estdtua.—par causa de: propter earn causam, razdo por que.

Versus

=

para, para a parte de, em direcao a. Usa-se posposto comad e In. Ad'oceanum versus, para o oceano; in forum versus,para a praca. Com os nomes de cidade, porem, usa-se somenteversus sem as preposicoes in ou ad : Romano, versus.

Adversus = defronte de, em direcao a (iugar).

Impetum adversus montem faciunt, lancam-se pelo

monte acitna.—contra: adversus rempublicam bellum gerere, fazer guerracontra a repdbUca.—para com (em sentido favoravel, mas e raro): est pietas justitia

adversus deos, a piedade e a justica para com os deuses.

Contra = em frente de (significacao local): ?contra Brundusium,em /rente de Brundusio (Brindes).—contra: contra hostes dimicare, combater contra os inimigos.

Erga = em favor de, para com (quase sempre em sentido favoravel):

pietas erga paremtes, o respeito para com os. pais.

Secundum= ao Longo de (de sequor) s secundum flumen, aolongo do rio.—depois de, em seguida a: secundum ludos, depois dos jogos.—conjorme, consoante: secundum naturam, segundo a natureza.

Praeter — alem de (locativo): praeter spem, alem da esperanca.—exceto: nemo, praeter mercatores, Boianniam adit,

ninguem, exceto os mercadores, vat a Bretanha.

J Circum (circa e raro nos classicos) = ao redor de, em rodade. Tem=__', pla circum fora erant, os templos eslavam ao redor das pracas.

\ • Circitter ordinariamente e adverbio; usa-se como preposicao nos

if conceitos de tempo: circiter meridiem, cerca de meio dia.

~\ Inter — entre, no meio de. Moras Jura est inter Sequanos et Ilel-

vetios, o monte Jura, ergue-se entre os Sequanos e os Helvecios.

Intra — dentro de (logar onde e movimento). Intra rnoenia esse,

j .: estar dentro dos muros. Intra moenia aliquem recipere,

•j acolher alguem dentro dos muros.

3 — no espago de, durante, em (temporal): intra sex annas, em"J

'

seis anos.

|"-""Extra —fora de: extra portam. esse, estar fora da porta.

\Extra ordinem, contra o uso, extraordinariamenle.

.j:•"

Page 156: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 156 —

Infra = abaixo de: infra lunam, abaixo da luaSupra = acima de: supra modum, sobremod'oL,is=aauem de: cis Alpes, aquem dos Alpes.Trans = alem de: trans 41rses al,-n- dne 4I„ t1

vcajam alem dos mares.ll

'

Ciii-;> = a</ue//i de: citra flumen, aauem do rioUltra ^ de: ultra modum, sobremodo, mais do necessdrio

^nespe!"° Valorc!e S1Ue " ^ecaclcncia: cit.ra 3yem =

147. -- Preposicces que regem o ablative

A, ab abs = ,/,;ab antes c!e vogal nu h, a antes de consoantc«o„ quase exclusivamente antes de te fablativo sinjr dopronome da segunda pessoa tu): a te peto ou abs te w*o-boservacao, - As vezes encontra-se tambem: ab Ugione.'abauce, ab rege, etc.

h, ex = de (lugar, origem, materia, partitivo).Ex urbe proficisci, ^ar/Zr rfa cidadeRheims oritur ex Lepontiis, o Reno nascc nesAlpe?

Leponhnos. '

Statua ex aere facta, esldlua de bronze.Urius e multis, «,-« de/jire nuuios.

^mprega-se a_forma ex antes das vogais e consoantcs; alorma e, mais rara, umcamente antes das consoantcs.

Be = de,a respeilo de (lugar, tempo, partitivo)Demuro dejicere aliquem, deltar alguem de um muroabaixo; cie aliqua re dicere, scribere, referre, jalar

escrever, rejerir sobre alquma cousa.tumT (companhia): cum aliquo esse, eslar, enlreler-sc comalguem. n

-com. (modo, maneira, mas com ideia bem saliente de conco-mitancia;, cum cura scribere.

^-f^l^n &Tn\

df'"m CUmS0S; Slne SP^ "m "P'ranca.i.o-dmnle ue (lugar).- xegiones pro castris constitute, 'jormaras /egioes duinle ao acampamento.

~a J%% CU: °rati° pr° reSe Dei°tSro ; eracdo a favor do rel

''"'JX^C'' : ' n "el 'ta 1>r° CCi" dS caP£a", /<«««/• a Inccrlo pdo

"

-T'-v''

'-'"•' /!

;v".

!;

-; ^° *^l>°re et pro re consilium capere.u'"'ar '-'"'a dectsao seciundo o tempo e o neqociof rae = dianic de. (kigar)

.

;at .c -rnJelllU„ agere, fc,^,-^ ;/c ,/, .,/ „ rcbanho.no, ,,c,,a ; nas proposicoes negate-as). Prae lacrirais loqu?iron possum, *.,• /,%///««. unpedem-me de jalar

em comparacdo de: prae ceteris beginsJeiiz em comparacdo dosoulros; (praeter ceteros beatus, mais Jell, que os oulZ)

Page 157: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

mi

— 157 —

Coram = em prcsenca de. Coram populo, em presenga do povo.

Mais frequentemente, porem, e adverbio: coram aciesse,

assisllr em pessoa.

Tenus = afe' (semprc posposto ao caso). Pedlbus terms, ate aos

pis. £' raro na prosa classica, e froquente nos poetas e naprosa post-classica.

Valara — dlanle de (propriamente adverbio — o contrario de clam).

Palam populo, diante do povo.

Frocul — longe de. Na idade ciceroniana so se usa como adverbio:

procul a castris, Longe do acampamento.Simul =juntamenle. Na boa prosa usa-se como adverbio e une-se

a cum : simul cam his, juntamenle coin estes; simul cumseptemviris, juntamenle com os setemnros.

Absque= .re/7z. Absque invidia, absque dubio = sine invidia,

sine dubio.

148. — Preposigoes que regem o acusativoe o ablative

As preposicoes que regem o acusativo e o ablativo sao: in,

sub, super, subter, clam.

In = em

:

a) com o acusativo:

—em, sobre, para, em direcao a (locativo): in urbem ire, ir a cl-

dade; in PervSas proficisci, partlr para a Persia,

—ale a, — para: sermonem in multam noctem producers,Levar a conversa ate alia nolle; in posterum diem invitare,

convidar parao dia seguinle.-—para com (com sentido amigavel e hostil): amor in patriam,

o amor para com a palria; severus in. filium, secero para como jilho.

b) com o ablativo:

—em, a, sobre (lugar): in monte, no monle; in litore, na prala;

in flumine pontem facere, lancar tuna ponte -sobre o rio.

•-—(temporal): semel in. anno, tana vez por ano; in. deliberando,enauanfo se deitberava.

-em, accrca de, por causaisani'ido l

:igurado):in allqua re aliqtiern

iaudare, loiwar alguem por alguma. cot/sa.

Sub — sob, debalxo de:

a) Com o acusativo:

—sob, debalxo de (lugar) :sub jugum mittere, jazer passar por

debalxo do jugo.

—pelo tempo de, tun pouco antes de: sub vesperum, pela larde,

a tardinha; sub lucem, pela man ha.

Page 158: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 158 —

b) Com o ablative:

-debaixo de (iugar): sub monte esse, estar ao sop6 do monte-em, durante no tempo de (tempo): sub media nocte, pelameia node. ' F

Super = sobre.

a) Com o acusativo:

sobre, alem de: super Numidiam, alem da Numidia.

b) Com o ablaiivo:

—sobre (uso poetico): ensis. super cervlce pendet, a espadapende sobre a cabeca.

^puaa

Esta preposicao na boa prosa, usa-se raramente com a significacao: acerca de, a respedo de: faac super re ad te scribam

^escrever-te-ec a respedo destacousaou sobre estacousa. '

'Insuper= .«£/•*. Poetico e post-ciassico.Subter =^«. de. Ra prQsa ^^ lmente

troi com o acusativo. Subter montes, sob os monies.Uam =^ escondLdas. Quase sempre adverbio; como preposicao eespecxalmente usado pelos juristas e constr6i-se quase semprecom o acusativo: clam uxorem (tambem uxore), as escon-dLdas da mulher; dam domixium, as escondLdas do dono.

Usam-se tambem como preposicoes:

a) os dois ablativos causa e gratia, que regem o genitivo-amid gratia hoc faciamr^« isto por amor do aminob)erSo, que exige o genitivo e, como causa e gratia,pospoe-se sempre ao substantivo: amoris ergo, voluntatis

As preposicoes em regra, precedem o proprio complement-contudo, as preposicoes versus e tenus sao sempre pOSpoS?tivas'-as «» tonbemmfai, inter, propter pospoem-se^oToBomerelafavo: ? q^ mter diviaae sunt partes, oleics cnteT^S,

dwedtdas as paries,v"«ujoram

sJonjtiiiiCao,

j f-

i49'~f:

s conjuncoes dividem-se em duas classes- coor-denakvas e subordinaiwas.or

te da out™C0°r

iena—" %am aS °ra?3eS ddxand° uma i»clependen-ie aa outra, p. ex.: ireL e vera.

As subordinations ligam e subordinam duas proposicoestoraando uma dependents da outra: auandojor, verei*^^^

Page 159: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 159 —Coiajungoes coordenativas.

150. — As con; undoes coordenativas c!ividem-se em:

a) Copulallvas simples: et, -que, sc, atque.

Et une simplesmente: cum legionibas et equitatu,com as legioes e a cavalarla; -que une e completa a ideia: legioneseqmtatusque, fo^aj- aj- iropas; ac, atque, unem urn elemenio quetem importancia especial.

^'_

As vezes, todavia, substituem-se reciprocamente e enconira-se et onde esperariamos -que ou atque.

Etiam e quoque = tambem. Quoque pospoe-se seinpre:tu quoque, fill mi? lambem lu, 6 meujilhof

Meque-nec, a nao, nan. Nee so antes dc consoante; aequetambeni antes de vogal. Vemit neque vidft, velo e nao flu. Se a ne-gacao dJz respeito a uma linica paiavra, emprega-se et non ou aenon: constanter ac non timide pugnatum est, combateu-secom persevcranga c sem jraqueza.

b) Copulativas correlatlvas:

Et... et = c... e; ora... ora; tanto... como.

Cum... tum = asslm... como sobreludo; tanto... quanto;especialmente; cum in omnibus rebus turn in re militari multumpotest fortuna, a fortuna pode multo em todas as cousas como es-pecialmente nosjeltos inllltares.

iura... M\-i\.,.=ora... ora; unias vezes... ouiras vezes.Modo.,. modo... ora... ora;ja...ja; umas vezes... outras vezes.Non solum... sed etiam = nao so... mas tambem.Non modo... sed etiam. » »

Non tantum... sed etiam. » »

Non modo non... sed ne... quidern = nao so nao... masnem.

Neque... neque = ;?c//2... nem.Non tarri... quarn. -=/?5fl tanto... quanto.Non Ktiin-jis... quarn =/•;«# mows... que.Neque usa-se em vcz de non;, antes de enb, vero, taraen,

etiiam, p. ex.: neque tarries a caritaie patriae poiuit veeeuev-e,conludo, nao pode desprender-se da pairla.

c) Copulativas negallvas:

^Non e haud = n5o. Hand quase sempre com adjetivos

e adverbios: baud obscuras, baud facile, baud immerito, etc.Ne...

_quidern, sempre construido por tmese = «<?/« alnda:

quod bonestum non est id ne utile ?«/<&/« puto, o que nao ihonesto, nemjulgo utd.

Page 160: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

_ J60 —Observasao. — Duas negates se elidem: non ignoro-eu bem sube uma part.cula negahva precede rnna voz negativa, forma-se uma rekSo•ndefimta: non nemo, = alguem, non nullus = „&«„„; non null! = aWnon nihil, = atgunm causa; non nunquam, atgumis nzes. * '

npmn „Xn- pftlcuIa neSat.va 6 posposta forma-se urn conceito afirmativo-

se,™% ° cada "'*'' nulius non=^; nihil non=W»; nunquam non-

d) Copalatums d'lsjuntwas: aut, -ve, vel, sive (seu)=ow .

Aut e a disjuntiva mais forte, c usa-se especialmente quandocio.s concestos se excluem reciprocamente: vita aut mors.

-ve separa palavras e nao proposicoes p. ex. : plus minusve,mais ou menos; bis terve, duas ou ires vezes.

Vel e imperative, arcaico de volo e propriamentc significaqueres... quercs.

B

^Sive mdica indiferenca e, as vezes, une-se a potius. etiam ssive potius, sive etlam^oumelhorsequueres.

e) CopuLatlvas adversativas:

Sed, verum, at, atqui = mas, porem. Sempre em primeiro

vero = verdadeiramente, porem; verum enim vero, masverdadeiramente.

neque vero, mas nao. Vero e autem depois de uma ouduas palavras.

Autem = ora, pois; e a mais branda das particulas adver-sativas e, as vezes, traduz-se por e.

At usa-se nas conirucoes fortes e serve quase sempre paraapresentar uma objecao reforcada com outras palavras: at enim,at contra, at hercle.

Ceterum, propriamente acusativo neutro = mas, poremalern disto, de reslo.

./) Copulativas continuations:

Quidem. = em verdade, certamente, por cerlo, sempre pospo-sitrya: tu quidem, ego quidem, Caesar quidem.

Equidem. = certamenle, quanta a mini. Na- prosa classicaso se usa com a pnmeira pessoa do verbo, pelo que o seu valor e deego qmdem = «<• por mini, eu por minka parte.

Quin etiam, quiii immo = de mais, de mais disso, aindamats, o mais. Deve-se distinguir este qum de qu?n =^ new; o v>ri-meiro denva-se c.e qui e lie, negativa.

fl) Copulativas causais:

Nam, porque, pois.

_

Enim, etenim, porque, com ejeilo. A colocacao ordinariade enim e no segundo lugar, raramente no terceiro.

^ _

Neque emm=afw ?H« ni?o.(Non enim e raro; nam nonranssimq).

•A.

Page 161: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 161 —h) Copulativas conclusivas:

Itaque (em primeiro lugar).|

Igitur (geralmente em segundo lugar) < portanto, logo.

Ergo (em primeiro on segundo lugar)|

-V Proinde, por isso, por consequencia, quase sempre nas exor-tacoes com o imperativo ou com o subjuntivo.

Quare, qusmobrerie, quapropter, quocirca=/7^/o que,por isso.

Conjuncoes sufoordinatlvas.

151. — As conjuncoes subordinativas subdividem-se em:a) Condicionais: sl = se; sin,, si aufem = mas se; nisi =,re

nao; si minus, sin minus = ,re nao; nisi forte, nisi vero = a naoser que; nisi quod = exceto que, a excecao de que; nisi si = a nao serque;^ dummodo xie = com tanto que nao; nedum= £e/ra longe de,inuito menos; si modo = se entretanto, se todavia; si vero = se realmenle;si quidem"=j-e verdadeiramenie.

b) Causais: cum = como, porque; quoniam, porque, vlslo que,ja que; quod, quia (antigo plural neutro de quis) — porque; ubi =porque, como; quando, quandoquidem=/?0«- que, jd que, desdeque; quippe qui, quippe cum, utpote qui, utpote cam = comoaquete que, visto que, pols que, porquanto, sendo que.

c) Concessivas: quanrquam = ainda que, posto que, bemque; quamvis (quam+vis=po/- quanto tu queres), ainda que, postoque, bem que, dado que, ainda quando; etsi, etianasi, tametsi,tamenetsi= ainda que, embora; licet (originariamente forma verbal= e licito, pode-se) = se bem que; ut = dado que, posto que, ainda, admi-tido que; ut desint vires, tamen est laudanda voluntas, bem queJaltem asforcas, etc.; cum = ainda que, posto que.

d) Temporais: cum = como, quando; dum= enquanto, ateque; quoad = enquanto, ale que; donee= enquanto, tanto que, ate que;antequana, priusquam = antes que; postquam = depots que; ut,vibi= quando, depois que, apenas, logo que, tanto; ut prinium,uti pTiTanna= logo que, apenas; siiaiilac, Simulatque= logoque, apenas.

e) Locals: ubi = onde; unde = donde; quo = para onde;cpi3. = para onde.

J) Finals: ut, nil =para que; ne=para que nao; neve, new— e para que nao; quo (especialmente antes dos comparativos)= ut eo=para que, ajim de que; quo miicius =para que nao, que nao.

g) Consecutivas: ui = de sorte que; ut non = ^e sorte que nao;quin= ^we nao, para que nao {de qui-ne = por que nao? como nao?)

k) Comparativas: ut, uti, sicut, sicuti = como, assim como,do mesmo modo que; velut= como, do mesmo modo que; cevL=como.

Gramatica Latina, 1

1

Page 162: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

162 —

§ IV

Interjeigao

152o Entre as interjeicoes notam-se as seguintes:

_a) Sons imitativos que acompanham os afetos do discursomas nao cem nem nunca tiveram sentido algum:

Oh! oho! (de dor, de admiracao). Oh, me miserum! Ohfortonatos agricolas

!

'

mimlHeU? eheu = aL/

>oh! Eheu

* me miserum! ^/ ;„/efo. ^e

OK J 9he,5e

.

desaprova9ao). Ohe, jam satis est! ora C/WOhe, desuie! deixa disso!y

lo! eia, euge (de alegria). Eia, amici, eia, cunigos.

i«\/ PFr°i

de5

mff

vilha)- ?™ * immortales! <?/z/ deuses [mor-tals' Pro pudor! oh! vergonha! (cf. 262, 6).

Vae (ameaca, dor). Vae viatisl aidos vencidos?fccce=w. Ecce tuae litterae, eis a tua carta. — Comecce suprime-se o verbo ou vai para o indicativo.En — eis. En ego vester Ascamius.b) Substantivos e verbos que vieram a ser interieicSo-Pax = catuda! chiton!Malum = malvado!Scelus = infame!tfercule

thevcle=por HSrcules!= For minha vida'

_

Mehercule, meherde= ^/- #*/*«&,/ J meu Hircules'^For muihavida! (me e um antigo vocativo de mens)

.

_

Medius f1dius =me dius fidius juvet = „ <fcM, .ffcfo /ncajude, em verdade, por minha je.

Ecastor, mecastor = /?or Castor!Edepol^r Poluxl (literalmente: 6 deus Polux): de eantigo vocatwo de Deus ; po! e abreviacao de PolluxEqumne^dee Quirine, po/- Quirino! {6 deus Quirino')Age, agne = eia, ammo, coragem, ora, sus! (Cf. pae 122verbo n. o/, observacao).

'

&page = retira-te; afasia-te; para irdsi Jspare'Cedo = dize (cf. n. 139, c, pag . 148).CJuaeso=/w->fw-(cf. n. 139, a, pas. 148).Anaabo = /?<?/ javor.

_

c) Verbos que vieram a ser interjeicao, mas nao recordama denvacao, nem mesmo a signilicacao priraltiva.

Sis = porJai'or, se te apraz (de si vis).

V, pag.^S=P°r^avor' ™ ™ apraz (de si vultis - cf. n. 163, b,

Sodes =porjavor, se te apraz (de si audes, se ousas).

Page 163: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 163 —

CAPITULO XIII

M01FCIL06SA ANiALfliCA

Formagao das palavras

152. — a) As palavras latinas sao primiiivas on der'wadas;

simples ou compostas. Dizem-se:

Primiiivas as que nao procedem de outra, p. ex.: caelum,

ventus, pater; .

Der'wadas as que procedem de outra, p. ex.: caelestis, venti-

lare, pairia;

Simples as que constam de um so elemento, p. ex. :res, pater;

Compostas as que constam de dois ou mais elementos, p. ex.:

resoublica, paterfamilias; disjangere, Juppiter ( = Jovi pater), etc.

b) Em toda palavra, quer simples quer pnmitiva, devemos

ordinariamente distinguir duas partes: radical ou tema e a desl-

nencia. . . ,

I) Radical ou tema e aquela parte fixa e mvarmvel que,

privadado elemento acidental ou variavel, exprime a ideia geral, a base,

o fundamento da palavra, p. ex.: na palavra jacilis, jacd e o radical

ou tema. .,

II) Desimencia e a parte variavel que determma na palavra

a sua forma de declinacao, se for um nome; de conjugagao, se for um

verbo.

Observacao. — No tema ou radical de una palavra encontra-se ainda

um elemento geralmente mais simples que o radical, irredutivel, quase sempre

monossilabo chamado raiz, que pode ser comum a mais radicals e por consegum.e

a mais palavras, p. ex.: nas palavras re.go, rex, regnum regimen, engere, encontra-se

a mesma raiz reg, em quanfo que em regnum o radical e regn., em regimen er-c/jimni

(do -en reaiminis).— Ha todavia algumas raizes que nao sofreram modificacao

alguma passando para radicals e por esta razSp sao contemporaneamente raizes

I radicals ou temas, p. ex.: reg. e raiz e radica de rego, de rex ( = regs); assim nee

e raiz e radical de nex ( = necs); due raiz e radical de dux (.- dues).

c) Das palavras primiiivas formam-se outras, acrescentando-

se ao radical das mesmas, elementos que sirvarn para modilicar,

limitar o primeiro sentido ou para referi-Io a ideias ma-s particulars.

Estes elementos que se acrescentam ao radical chamam-se em geral

afeos, silabas que se agregam ao inicio ou ao hnal do tema para

llie modificar o sentido. Os ajixos dividem-se era prefixos que sao

os elementos prepostos ao iema, e sufixos que sao os elementos

pospostos. Segue-se que muitas vezes sao formadas por prejixos

ou por composicao e por sujixos, isto e, por denvacao.

Notas — 1) Ha palavras em que se encontram dois ou mais

prejixos e dois ou mais sujixos, p. ex.: na palavra inconsolabilis, in

e prefixo, que vale nao, con prefixo, que vale juntamente, sol raiz,

que exprime a ideia fundamental de alivio; a, sufixo verbal, que expri-

me acao; bil, sufixo, que exprime possibilidade passiva; is, suiixo

flexivel de declinacao.

Page 164: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

a

— 164 —

Principals sufixos de substantives.

154. — Os principals sujixos de substantives sao:

d ex • aU\?\

qUe,

eXprJmem° c°nCeito de agente ou operante

vectrux, a vencedora; cursor, corredor, cursor, mensageiro, etc.;

aca~o, p. eirX ZJIZlel^ ** "& ****** °U ° efeit° d*

e -sus etc d' /•//' -ldin ™-*ln> -™> rinum, -tut, -tus

querela, corrJpX "iSSfX' ^rT T™^' ° C°nSuIado '-

Usus, auditus•, etc ;

&^ fl(&r)' ^"^ <#«*«* ^, virtut{ls),

P. ex, -?2"rr; ^t

/

C qUaKdade °U ™d°deser,

tlvos o lOSq"eind;c

/fma

/

adepequeileZ e formam os diminu-

<**&*, hortulus { rguTa '

etc - cL "¥"""> T^' ^e"

diminutvos d ex Ti/^/m"SS °S djminutivos dos pr6Prios

Tna ctS^a^r^ ^ZT^tt'^Vnho, etc.;"°munculus, um pequeno homenzi-

Page 165: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 165 —

f) os que exprimem a ideia de descendencia ou genealogia

e formam os nomes patronimicos, p. ex.: -odes, -Ides, -is, (gemtivo

-idis), p. ex.: Aeneades, os descendentes de Eneias; Atrldes, os descen-

dentes de Atreu= os Atridas; Datiais (gen. Danaldls), descendentes

de Danaus, etc.

Principals sufixos de adjetivos.

155. —rOs principals sujlxosde adjetivos sao:

a) os que exprimem modo de ser e de agir, como:-ldus, -Inus,

-itus, -aus, -bundus, -ciindus, p. ex.: pallldus, avldus, lunldus, percgrl-

nus, crlnilus, ambiguus, cxiguus, conspicuus, errabundus, iracundus,

jacundus, moribundus, jucundus (por juvicundus de jiwo);

b) os que exprimem aptidao, possibilidade ativa e passiva,

como: -ax, -ac, -ox, -oc, -Ix, -ic, -Ills, -bills, p. ex.: audax, persplcax,

jerox, jellx, jacllls, arnabllls;

c) os que exprimem materia, atribuicao, semelhanga, como:

-eus, -neus, -aceus, -Iclus, -alls, -arls, -Inus, -lus, -ileus, p. ex.: aureus,

eburneus, herbaceus, galllnaceus, patrlclus, mortalls, mllltarls, marinus,

dlvlnus, reglus, rushcus;

d) os que exprimem pequenez, como: -ellus, -olus, -ulus,

p. ex.: tenellus, novellus, aureolus, parvillus.

Nomes e adjetivos compostos de numerals.

156. — Com os numerals formam-se:

a) os adjetivos em -arias que exprimem as partes que se

contem num todo, p. ex.:

blnarlus, de duas unidades ou septenarlus, de sete partes;

partes;

ternarlus, de tres unidades ou oclonarlus, de oito partes;

partes;

guaiernarlus, de quatro unidades denarius, de dez partes;

ou partes;

qulnarlus, de cinco unidades ou quadragenarlus, de quarenta

partes; (quase sempre anos);

senarlus, de seis unidades ou cenlenarlus, de cem (quase sem-

partes; pre anos).]

b) os adjetivos em -anus, que exprimem a classe, a legiao,

a seccao, p. ex.:

prlmanus, da primeira classe; quarlanus, da quarta classe;

secundanus, da segunda classe; qulnlanus, da quinta classe;

tertlanus, da terceira classe; sextanus, da sexta classe.

Page 166: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

166

quadrienms, quuiquennis, sexennh renf/nn! • JLKuln <-s

<trtennis, V

tricnniu.n, quadricnniu^ £ «o^ d - dofcT-?"' °

f'"""""' *

Principals sufixos tie verbos.

«&, -to, -so e sao todos da primeira conjugacao p er To rnl

'

!

al! ,t6XPreSS0 Pei°S SC? P™i«vo8. Fonnam4eI "L siixt-«^, -^ -^, e sao todos da terceira conjugacao v ~7 Zsr8,tcT ^"r -

envtew de L=: L^-adormeco

'

'

''"W'enmbe<;° ; de o/ ™>^—W

p«^ t^sr-?x: i^So^pif p° :!°s

exprime-se tendenck intend n °t-*F*l „ , f ° SuflX° ^cmpreendo com entusiasmo: do^^ £<S^K^cj-j-o, executo com alencSo, etc.;

^ Jauo, Ja-

a.) t-t-umnuttvo.)' si«ninV,''m •> ,{»„.;„ .1 • ,, ,

ncao dos T^;m ;<-\-~, r> »•;.,? a <-"^<io, aiivcz richcu a. da

sufixos de ndverblos.

158. — Formam-se muitoj adverbios de adj-tivos ™hc/o,

Page 167: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 167 —

a) e, o, que se ajuntam a adjetivos da primeira classee a

partlcipios perfeitos e significant! o modo expresso pelo radical,

p. e^.Sprobe, Libere, conjunctc; certo, crebro, necessario, etc.;

/;) ler {Her), que se ajuntam a adjetivos da segunda classe

e a participios presentcs. c designam o modo enunciado pelo radical,

p. ex.: amanier, dolenler, negligenter; graviier, jerocder, audacuer

ou audacter, etc.;

c) im {tim, .rim), ajuntam-se a substantivos e adjetivos e

significam o modo. p. ex.: punctim, cacslm; gregatim, catcrvatim, tn-

butim, etc.;

d) res, ajunta-se a adjetivos numerals formando os adverbios

numerals e dcslgna quantas vexes, p. ex.: decies, mikes, etc.;

e) fariam, ajunta-se a adjetivos e adverbios de quantidade

e aos numeros e significa varias vezes, varios sitios, p. ex.: mullija-

riam, omnijariam, bifariam, trijariam, etc.;

f) per, designa circunstancia de tempo, p. ex.: nuper {no-

viper), parumper, paulisper tantisper, etc.;

g) orsuin, orsus, (cle versum ou vorsum, versus_ou vorsus),

ajunta-se a adjetivos pronominais e ate a particulas e indica a direcao

para o lugar designado pelo radical, p. ex.: sinistrorsum oxx sus,

aliorsum, quorsum; introrsum, retrorsum, sursum, etc.;

h) acusativo neutro singular ou plural e designa a quantidade

ou o modo, p. ex.: multum, plerumque, facile; torva, crebra, uisueta, etc.;

i) u, ablativo do singular da quarta declinacao, e significa

o tempo, p. ex.: noctu, diu, quamdiu interdiu, etc.;

j) a, ablativo do singular feminmo de adjetivo concordando

com via, parte, re, subentendidos, e indica o lugar por onde, p. ex.:

ea, qua, una; intra, infra (por intern, mfera [parte]), etc.

Formacao das palavras cora^ prefixes

on por composigao

M7 — a) Mas nalavras formaclas por composicao ou com

prefixes, a segunda das compensates e sempre a palavra fundamental,

Wo e " ovs contem a significacao doniinante; a primeira, ao mves,

o ^reJixoT'l palavra secundaria determmaiiva e especificativa^ da

-eaunda 'o ex.: at/rlcota, agricultor, contem em cola a ideia gerai ae

colere, cufevar, e'iio .prefixo agri, a ideia determintiva campo = cul-

tivador de campo; prae — miliere, manclar adiante.

/;) Os prejixos, nas palavras compostas, podem ser particulas

inseparaveis (porque so usadas em composicao), particulas separaveis

ou preposicoes e temas de outras palavras.

c) Em regra gcral, se as novas palavras que resultam das

diu>s componentes estao sujeitas a algumas alteracoes foneticas em

ambos, ou ao menos em urn dos elementos, chamarn-se compostas

proprios. Sao compostas improprios quando so se venfica a juxtapo-

Page 168: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 168 —

;

:

sicao de duas palavras completes iendo forma gramalical e flexaodxstmta, podendo por 1Sso ficar tambem separadas, p. ex.: paZJanuhas c paler Jamdcas; ludunagister e ludi magistcr; terraeZL

:^;s:ze por isso tambem p^^«uuit u&e maJzPrincipals pariiculas inseparaveis.

prcJlXos S:°~ AS PHnCipaiS ParllCU,aS "MP*™™ usadas como

afidngere {amb-agere), duvidar, errar, hesitar; a.nputare {a»b-putare)

in^i^U

nPve;t?gt.

,§UO; anqlUrerC ^^rere), procurar 1 redo,

_

b) Dur (di, dlj dir), que exprime negagao, separacao d ex •

disjungere separar; dijjlcUis {dis-jacills), dificil; dirlmo (dS'eZ)separo, d1V1do; dilabi {dis-labl), escoar-se, dispersal( l

com a vluaJcTn V" ^ qUe exPrime "««¥&> (nSo se confunda

,T' /{"^"4 ™?10; ^"' Vn-notus), desconhecido; irritus(ui-ratus), que nao esta ratificado, nulo, irrito; illepidus (non lepTduXgrosseiro; *&*afc, {m-libatus), intato, ilibado.

<V«*«^,

d) neC. [ne

> ™<>\ que exprime tambem negacdo, p. ex.: necopi-natus, imprevisto mopmado; ^«^ (^W^), nefando ind -

(na ^«*i) nao ociosidade, acao, cousa; neglego (nec-lego), negligent.

^ f j jRe

^re<£)

'qUe indica mocimento contrdrlo, renovacaocontrartedade, p ex, ^fo,, voIto atr^ ^. • (^^"^^^ volto; «rffc (W,), restituo;^ (reJrao^eU^t compl;

desuniao^dli^' ~ ^T^' ^'ra^ P- ex.: sedltio {sc-itio),

chamo de tX ''

TT^'deSUn°'" f^V°Io«> de parte; \edJo,rm°.

1

de P^e, seduzo; .raa/w ^-c«ra , sem cuidado, segurotranqmlo; sobnus {sc-ebrius), nao ebrio, sobrio.§ '

//•9) Prod {pro, por, pol), que mdica para diantc, para o oiibUco dtante p ex, p/w/„, vou para diant

*f^/^"sou u hi;^ descubro, manifesto; produce, co^duzo para dianTe

nao sagrado; ^m^

(p/W=^^,), estendo; porlen^ipr^i

I«„n« • ^ Ve ~ MParae^o, primcao, p. ex.: ^^j-, sem coracao

quTnhomSenSat° ; ^^ nS° SS°' l0UC°'- ^-^ Pegueno!Tel

Page 169: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 169 —

Preposigoes ou prefixes separaveis.

161. — As principals preposigoes ou prejixos separaveis sao:

a) A {ab, abs, au), que exprime ajaslamento, desvlo, separacao,

p. ex.: amlttere, perder, deixar ir, avertere, desviar; abduccre, conduzir,

separar; abscondere, esconder; absLlnere, abster, lev afastado; aspor-

tare {abs-portare), levar, transportar; aujugere {ab-jugcre), i'ugir, esca-

par-se; aujerre {ab jerrc), tirar, levar; absonus, malsoante, discordante.

b) Ad (ac, ar, as, at), que indica movimenlo para, prox'unidade

de, autnento, p. ex.: adrtare, estar em pe, estar presente; adire, ir

ter com, procurar; adamare, amar muito; accedcre(ad-cedere), aproxi-

mar-se; acclpere (ad-capere), tomar, receber; appeLlere {ad-pellere),

dirigir para, aportar; arrldere (ad-ridere), sorrir-se para alguem;

altenderc {ad-tendere), atender; assldere {ad-sedere), estar sentado

junto a.

c) Cum {con, col, cor), — companhla, p. ex.: convenlre {cam-

venire), vir juntamente; colllgere {cum-legere), colher; corrumpere {cum-

rumpere), corromper; consensus {cum-senllo), consenso, consentimento.

d) De, — ajaslamento, prlvacao, p. ex.: demlttere, afastar;

dejlcere {de-jacere), deitar abaixo, arrojar; demens, demente, insensate;

dejormls {de-jorma), deforme; descendere {de-scandere), descer.

e) E ou ex {es, ej), indica ajaslamento, prlvacao, aumento,

p. ex.: expellere, lancar para fora de, expulsar; emlttere, mandarpara fora, fazer sair; ejjugere {ex-jugere), escapar a, fugir de; ejjerre

{ex-jerre), ex-lull, e-latum), tirar, exportar, transporter; expers {ex-pars),

privado, desprovido; exaudlre, escutar, atender; exclamare, exclamar,

gritar forte; ejjerus {ex-jerus), feroz.

j) Ob {oc, oj, op), — oposlcao, encontro, dejronte, p. ex.:

obesse, ser contrario, prejudicar; oblre, sair ao encontro, dirigir-se;

occurrere {ob-currere), sair ao encontro, marchar contra; occldere

{ob-caderej, por-se (com respeito aos astros), terminar, findar;

occldere {ob-caedere), matar; occiput {ob-caput), occipicio.

g) Per, exprime aumento, conllnuacao, p. ex.: pergratus, gra-

tissimo; persaepe, muitissimas vezes; perquiro {per-auaero), busco

com cuidado, procuro por toda a parte; perago, levo ao fim, termino;

perjlclo {per-jaclo), acabo, aperi'eicoo.

h) Prae, exprime aumento, dlanle de, antes de, e dai superlor-

rldade, preemlnencla, p. ex.: praemltlere, mando adiante; praedlves,

riquissimo; praepotens, poderosissimo; praestare, estar adiante, ex-

ceder; praeesse, presidir; praecuio {prae-cano), canto, toco primeiro;

praeciplo {prae-caplo), mando, prQv'mo;praebeo{prae-habeo),eq)Tesenio.

i) Sub {sue, suj, sur), — debalxo, para debaixo, dimlnuicao,

p. ex.: subeo, vou para baixo, eu meto-me debaixo; succedo {sub-cedo),

vou debaixo, sucedo; subduco, tiro debaixo, subtraio; suggero {sub-

Page 170: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

170

gero), ponho ou meto debaixo siwlm. „ «- v l i ^

coloco debaixo, suporio-«Sr ' W^™ W"")' Ponho,

la*, poaco, jubamarus, um pouco amargo.

transmit SZ^te' JSTf" 1""'F"^ ^^' P&SSO aIem ''

•km, at aves oPcoLkr^ra^-

m'°/ "^ <**"•"*«). P^o

atiro alem, faco paTa! WT /^ TT' ^^">^), ianco,

firo, tradu^o. " (iW-^*>)> conduzo alcm, trans!

Palavras composfas com temas Je outras palavras.

**-^^S^=i^S:t0UfraSPaWaS

pede; ™ *i^^ ff ^ i^, (^^)> quadru-

(fc»M, que terSaTcZv T K de.^ oncas; ^/.r

duas formi biiW^iS^ ^ i°rm" ^U-jorma), que tern

rostos, bifroatl'

7' (^/ww

)' 9™ tem duas faces, dois

£) um a^r'^'w qualiflcativo e um substantive r, ™{aequus-aevum), coetaneo- m„/™„ ' /

ic,^ani i(-o, p. ex.: aequaevus

aurifero;U^^caedo), fratncida; ««/*>«, (aurum-Jen),

(^^^Tic^^,^^ e T 7'^- p -ex - : -^/™

... --,y'"./^^'c. \.'i..uyu.iit,i- ace-.

r?:.'.::.'Y/.r?/'./ \/;"!.'.i-/7wrA -^'l',^-- ,

aquecer, aqusntar; W,/w £Z1 •

'*#«"'* ^aUo-Jacco),

y-4 f»nd[ t, xse; ^zt- rtruir; ^-^ (/^-:

^eumesr„S ^r™2''

efc- e ass!m tambem:

*4fo sou momado "tc eS ' M ""'^^^ 6U me^^;

-,,-

Page 171: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

mm

HH

— 171 —

Das alferagoes das palavras.

163. — Na formacao e na flexao, as palavras latinas sofrem

ft algumas alteracoes; umas dizem respeito ao som da palavra e chamam-'$

se alteragocs joneiicas; outras a jorma da palavra e sao as alteracoes

morjicas ou etimologicas.

a) As alteracoes jon eticas ou do som sao: alongamenlo, abre-

viagao, abrandamento, incremento, ditongagao e contragao.

I) Pelo alongamenlo, uma vogal breve torna-se longa, e divi-

de-se em orgdnico, se for exigido pela flexao ou composicao da paiavra,

p. ex.: Lego, perf. Llgi; jiivo, Jfwi; orator, gen. oraloris; — de compen-

sagao, se a vogal breve se torna longa para compensar a perda de

alguma consoante, p. ex.: pono de pos-slno; dlruo de dls-ruo; examen

de exagmen ou exdgimen, etc.;

II) uma vogal longa torna-se breve na abreviagao, p. ex.:

amavl faz amavlmus; legl, legtmus;

III) no abrandamento uma vogal fraca substitue uma forte,

p. ex.: occilpo de cap'io; monXlus de monco; detigo de lego; conjicio

de jacio; inimicus de in-amicus;

I V) no incremento uma vogal mais grave substitue uma que e

menos grave, p. ex.: toga de tego; sides de sedeo;jldo dejides;

V) ditongagao consiste na fusao*de dols sons'num som unico,

p. ex.: rosai= rosae; aulai= aulae;

VI) na contragao duas vogais formam uma solvogal, p. ex.:

dego de de-ago; amdstl por ama(o)isti; nil por nihil; praebeo por

praekabeo; amo por ama-o; animadverto por animu(m) adverto.

b) As alteracoes morjicas ou etimologlcas sao: elisao, per-

mutagao, assimilagao, prdtese, ajerese, epentese, sincope, paragoge,

apocope, metatese.

I) Elisao, supressao de alguma consoante, p. ex.: examen

por exagmen; semestris por sexmenlris; ignarus por ingnarus; traduco

por Iransduco; circuitus por circutnitus (de circumire);

II) pcrmulagao, substituicao de uma consoante por oufcra,

p. ex.: rectum por reglum(de rego); scripturn por scribtum (de scribo);

neglego por ncc-lego;

III) assimilagao, identificacao, por eufonia, de uma conso-

ante em outra, que a segue, p. ex.: ajjero por adjero; altuli por adluli;

allatum por adlalum; ojjero por objero; occurro por obcurro; pressi

por premsi (de premo);

Page 172: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

172

IV) protese aumento de uma letra ou silaba no principio deuma palavra, sem Ihe alterar o valor, p. ex.: gnatus por natus; tetuU

V) aJSrese supressao de silaba ou letra no principio depalavra, p. ex.: epol por «/v*/, e especialmente na forma verbal estquando a palavra antecedente terminar em vagal ou por m, p ex '•

xterf por ita est; dulcest por rf„/« est; jactunut por /^C/«w „,,- ass Jm.«.r por « „,; salts e W/,V por ,< „«&•,. Esta alteracao e chamadatambem erase ou contragao (cf. n. 152, c, pag. 162).

VI) epintese, acrescentamento ou inclusao de uma letraou de uma silaba no meio de uma palavra, p. ex.: dempsl, demptunide demo; sies, siet por sis, sit; repperit por reperit;

VII) sincope, supressao de uma letra ou silaba no meio deuma palavra, p. ex.: audacter por audaciter; perlclum por periculum-amasti por amavisti; deum por deorum; amphorum por amphorarum;

VIII) paragoge, adicao de uma letra ou silaba no fim de umapalavra, p. ex.: dicier por dice; amarier por amari;

IX) apScope, supressao de uma letra ou silaba no fim dapalavra, p. ex.: die, due, jac, jer por dice, dace, face, jerre; ain' por

^12)P°r 6 (cf- n

-104 h P^-i106 '

n-6

'c>observa9ao /,

X) metdtese, transposicao de uma letra ou silabanuma palavrap. ex.-portendo e protendo; cerno, crevi; sterno, stravi; accerso e arcesso'-tercenh e trecenti, etc.

Page 173: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

A

Page 174: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci
Page 175: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

TERCEIRA PARTE

*5 1 M T -AY

A palavra Sintaxe significa ordem. Sintaxe. epois a parteda gramatica que ensina a ordenar as palavras na proposicao e asproposicoes no periodo. As proposicoes acham-se ora isoladas e in-dependentes, ora agrupadas e dependentes|umas das outras de modoque formam um periodo. E', portanto, necessario|estudar|separada-mente: 1.° a sintaxe das proposicoes independentes; 2.° a sintaxedas proposicoes dependentes.

i.° siOTAXE Idas proposiqSes independentes

Elememios que compoem a proposigao.

164. — Proposicao e um complexo de palavras que expri-me um juizo e compoe-se logicamente de 1) sujeito (cf. n. 14, 1, pag.17), de 2} predicado verbal ou nominal (cf. n. 14, 2, pag. 17) e de3) complementos que marcam o ponto de partida e o ponto de chegadada acao do verbo (cf. n. 14, 2, Grupo A, £.J, 'Grupo B, 1, pag. 17)(18-19) ou que determinam ou modificam a acao do verbo (cf. n.14, 3, Grupo B, 2, pag. 17) (19).

•Cumpre nao esquecer outros dois elementos importantissi-mos da proposicao, a saber: o atributb (cf. pag. 19 — no fim) e oaposto (cf. pag. 20 — no principio (*).'

CAPITULO I

SINTAXE DAS CONCORDANCES

Por concordancla de palavras entende-se a uniformidadeentre as palavras que concorrera para a formacao de um determinadoconceito, quanto as modii'icacies de genero, numero, caso e pessoa aque possam estar sujeitas.

,'.r , S*} £f- tanibsmnossa brochura: Propedeutic Latina — Hogoes de Ana-

lise Logica. Terceira edigao. 8*

Page 176: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

./

— 176 —

O caso do sujeito da proposlgao.

.

165\— «) Com os verbos no modo finiio (indicativosub;untivo e imperativo) o sujeito de qualquer proposicao, expressopor urn substantive., adjetivo ou pronome, vai sempre para o casonommativo, p. ex.: o mestre enslna, nos aprendemos, magisterdocetnos duscimus; as pa/auras movem^os exemplos arrastam, verbamovent, exempla trahunt; oxald todos os disclputos estudassemutmam omnes discipuli studerentl

b) Na h'ngua latina, os pronomes quando servem de nomi-nativo sujeito e nao indicam contraposicao, nera sao para realceem regra, omitem-se, p. ex.: homo sum (subentendido ego), souIwmem; homines sumus, errare possumus (subentendido nos)ndssomos honiens, podemos errar; mas dir-se-a: tu, inquit, perge'tu, dissc conhnua; tu doces, nos audimus, tu ensinas, nos ouvimos-ego credo, tu dubitas, eu crcio e tu duvidas.

c) Infinite subjetwo ou sujeito — Em latim como em portu-gues, o verbo no infinito pode ser sujeito da proposicao, p. ex •

e bclo morrer pela patna, pulchrum est pro patria mori.

CO^COBDANSSA 00 PSIEDICAQO

§ I

CONCORDANCIA DO PREDICADO VERBAL

Ego lego, tu legis, Cicero legit.

166. a) O verbo concorda com o sujeito em pessoa e nu-mero, p. ex.: eu Leio, tu lis, Cicero le, ego lego, tu legis, Cicero legit.

Observacao. — Na lingua latina, seja qual for o grau ou a dignidade dapessoa a c,ucm se tala, usa-se sempre a segunda pessoa do singular, p. ex.: o senhorc nco ejehz, tu dives ac oeatus; dizci-me, die mihi; senhor mestre, diqa-me,die rmhi, magister. " '

b) Se houver varios sujeitos da mesma pessoa, o verbovai para o plural, p. ex.: Castor e Polux combatiam a cavalo, Castoret 1 ollux ex equo pugnabant j o lobo e o cordeiro foram ao mesmoretjato, aa Kadeia rivum lupus efagrms venerant.

c) Se houver varios sujeitos de diferente pessoa, a primeiraprevalece sobre a segunda, a segunda sobre a terceira, p. ex".: eu e tulemos, ego et tu legimusj se tu e Tdlia passais bem, alegro-me-eulambem passo bem, si tu et TuMla valetis, bene est j ego ouidem

^

d) Ouando dois ou mais sujeitos de nvimero singular formamurn toao umco o verbo pode estar no singular, e, se houver urn predi-cado, este concorda com o ultimo substantivo, p. ex.: mens et ratioet consilium in senibus est, nos velfios se encontra mente, discri-cao e bom senso; animus et consilium et sententia civitatis

Page 177: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

)

— 177 —

posita est in legibus, a jorca, a moderacao e a prudencia de umestado estd nas leis; Senates populusque romanus decrevit,

o Senado e o povo romano decretou.

Observagao. — Estaconstrucao encoivh'a-se frequentemente na hendiadU

,

Kisto e, na uniao copulativa de dois subsianlivos, um dos quais esta no lugar de um~Y genitivo on de um adjetivo e serve para cnmpletar e determmar o conceito contjdo

no outro, p. ex.: judicia periculaque, proccr/os pi'rinosos; oratio et i'acultas,

"ggff^pfidqo/oi^qioria; vis et arm?., .7 jorra o.rmad.t.

Se estes sujeitos, porem, nao formam um conceito linico,

mas diversos, prefere-se o plural: o vasto mar e a lingua desconhecida

imped/am o comercio, mare magnum et ignara lingua commerciaprohibebant.

e) Muitas vezes o verbo, comum a dois ou mais sujeitos,

pode concordar no singular com o sujeito mais proximo, isto por atra-

cao ou por ser ele o mais importante, p. ex.: impedimenta et omnisequitatus sequebater, seguia-se toda a cavalaria e as bagagens;

ego et Cicero meus flagitabit, eu e o meu Cicero pedird com ins-

tancia por eu e o meu Cicero pediremos com instdncia.

j) Se os sujeitos se devem considerar cada um de per si,

o verbo esta no singular, p. ex.: Conon plurimum Cypri, Ipliicra-

tes in Thracia, Timotheus Lesbi vixit, Condo viveu a maiorparte do tempo em Cipre, Ijicrate's na Trdcia, Tlmoieo em Lesbos.

g) Se o substantivo predicado difere do sujeito em genero

ou numero, a concordancia do verbo faz-se com o sujeito ou com o

predicado, p. ex.: ludi compltalicii fuit ou fuerunt initium tuiconsulates, os jogos compitais marcararn o inicio do teu consulado;

non omnis error est dicendus on dicenda stultitia, nem todo o

erro deve-se chamar estulticia.

li) Ouando varios sujeitos estao unidos pelas correlativas

aut... aut... ; et... et... ; nee... nee... ; neque... neque... ; sive...

sive...; ou pela repeticao da mesma palavra, o verbo concorda como sujeito mais proximo, ficando subentendido para os outros, p. ex.:

em auxiliandp os outros, devem-se. considerar os costumes ou ajortuna,

in hominibus juyandis aut mores aut fortuna spectari solet

;

escreve-me as cousas, quais etas sao verdadeiramenie, segundo as ex/'-

gencias das nossas condicocs e nao as do teu amor, ad me ut iemporanostra3 non ut aro.cr tens fert, -,'ei'a rescrlbe j por enquanto naome aproveitam nem os livros, nem as tetras, nem a ciencia, nuncmihi nihil' libri, nihil litterae, nihil doctrina prodest ; jorammortos Graco, o consular Fulvio e os dots jilhos deste, interfeetus est

Gracchus et Fulvius consularis ejusque duo filii.

Mas o verbo se poe no plural quando se quer fazer salientar

o conceito da pluralidade, a acao feita em comum, p. ex.: nee quem-:quam hoc errore duel oportet, ut, si quid Socrates aut Aris-

tippus contra morem consuetudinemque civilem jecerini

locative sent, idem sibi arbitretur lieere, nem e conveniente que

alguem caia an erro, supondo que se Socrates ou Aristipo jizeramou disseram algo contra o uso e o costume civil, o mesmo the seja licito.

Gramatica Latina, 12

Page 178: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 178

J)Um sujeito singular segllido ds um complement ,

companhia com a preposicao cum pode ter o seu verhTf™*smgular como no plural, p. «, Ipse IuX c^aC^LdrflT«*rtur „« capumtur, >',,*„ o pr6prio gausr3com5^5^Corioli oppldum eaptum est.

167. — a) Ouando um sujeito plural esta aeomr,™K jde um substantive apelativo como urb , oppS^ S °

MhenJT"^ CS?^m eSt'

COHtudo' eacontra-s/ taSAtnenae, danssima cmtas, eversae sunt e Corioli.., captS'

™™"' " i&Ua5 °

SUjeit° ^ um nome ou UI» pronome coletivo"como: multitude, gres, eopia, turba, uumerus parvus Sa.nus), pars, cmtas, exercitus, classis, legio, cohors wSf,S"

gens, plebs, populus, etc.; uterque e 4»i4»V^5, 'e reSSLCI ° ^° P°de " Pam °pW («w2trirfio ad sLstSslsMifZ,Tmn^ * "f dafrotajugiu; pars SaWn^Stsubsidio, pars Romanes adoriuntur, parte vai em auxflm 2Saknos parte assalta os Romanes; uterque exerc torn eXcurfumbos poem o exercito em campo.

eaucunt,

§ II

CONCORDANCE DO PREDICADO NOMINAL

A. — Adjetivo

Deus est sanctus.

o lui^lJft^ ° prfdIcado }™mal adjetivo eoncorda corno su;tto em genera, numero o caso, o. ex.: Deus est sanc^-

/>)iinQ prcdicacio normal adjetivo se refere a vaHos subs-nhvos do mesmo genera vai para o plural: o pal e oJUtoZ^pater et films sum bo^; T(jfo TerLrC ^ 7 ,-•'

Tutlia et Tereutia dilige^sfc Ta1T^^T- ««W, timidae s^t oolumU ^c^/^Ur^««i**r «/« «, inter se inimid saot cauis et IuPus; a Ze a avareza sao penaosas, ira et avaritia sunt periculosae.Mas se os substantivos sao do mesmo ggnero e desknamcousas, o pred 1Cadoo

adjetivo nao so pode ir para o pi ui'/ do mesmogenero ira et avaritia sunt periculosae, mas tambem pode^p'rno neutro plural e d.zer: ira et avaritia sunt perieulosa?

Page 179: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 179 —

c) Se os substantivos sao de genero diverse, e _designam_

pessoas ou animais, o predicado vai para o plural masculmo:'?<? /?«/

e. a mae morreram, pater et mater mortal sunt ; a dguia e o javail

joram consumidos pela jome, aquila_et aper inedia consumpti

sunt j as pombas e os pavoes sao amlgos, amid sunt pavones et

columbae.

d) Se os substantivos sao de genero diferente e designam

cousas, o predicado vai para o plural neutro: a porta c o muro joram

atingidos pelo raio, porta et minus de caelo tacta sunt.

e) Se os substantivos sao de genero diverso e indicam pessoas

e cousas, o predicado vai para o plural e toma o genero que se quer

fazer sob'ressair: partiu o rel e a armada real, rex regiaque classis

una profectl stmt; livraram-se os povos e as provlncias, populi

provinciaeque liberatae sunt.

j) Mas indicando animais e coisas, dir-se-a sempre: aedifici-

um, equi, boves, vaccae una deleta sunt iacendio, a casa, os cava-

los, os bois e as vacas joram, ao mesmo tempo, devorados pelo incendio.

Observacao. — Com relacao a concordancia do predicado nominal ad-

jetivo superlativo com o sujeito ou com o genitivo partitive ou ablativo cf. n. 60,

b, pag. 65; n. 315, a, b, pag. 248.

Hoc prudens feci.

169. — Muitas vezes tern significacao predicativa:

a) Os adjetivos que indicarn uma serie, uma ordem, urn

numero, uma sucessao no tempo e no espaco, p. ex.: primus, ex-

tremus, medius, prior, inferior, Cesar chegou prlmeiro, Caesar

primus advenit; Cesar jol o ultimo a partlr, Caesar ultimus

discessit.

b) Os que indicam um estado, uma disposicao de animo ou

de corpo, p. ex.:Iaetus, maestus, libens, invitus, absens, prae-

sens, impriidens, sciens, inscius, que, em geral, se traduzem emportugues com um adverbio ou com uma frase adverbial, p. ex.:

prudens hoc feci, jiz isto de proposllo; inscius peccavi, jiz mal

sent o isaber.

Turpe est mentirl.

170. — Ouando o sujeito e um infinite, o predicado nominal

adjetivo poe-se no genero neutro: mentir e vergonhoso, turpe est

mentiri.

Observacao. — As vezes. com um sujeito masculino^ou femiruno eucoa-

tra-£e um predicado de genero neutro, p. ex.: varluni et rnutabile semper femipa,

a mulher earn ser sempre inconstanic e variavet; turpit-uflo pejus est guam dolor,

a deskonra i um mal pior que a dor; triste lupus stabulis, a looo i o terror dos

esUibulos.

Hostium duo -miiia capti sunt.

171.

a) Algumas vezes o adjetivo predicado toma o

genero natural do sujeito de preferencia ao gramatical {constractio aa

senlenliam ou adsensum), especialmente com os coletivos (substantivos

Page 180: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

ISO

!'

™ts

PrrfebrL'J'

Ult:tUd°' ™' ""»««', Wentas, noMii.s

caPita /^„Trs°i£b™ l

«qu:"aSr ° ubsi?^

CONCORDANCE DO PREDICADO NOMINAL

B. — SuBSTANTIVO

Pietas est funtlamentum omnium virfcutum.

co„,.„S ;-,i° ?r„f^°,™S™ r-n&t°t*

• • '.P!etas est f«ndamentum omnium virtutum • 7-

tuerunt, ArsLdes morreu pobre, Aristides mortuus est Jm™-<W/<w ,/,/fo <^0/, Caesar factus est dictator.

Pa«P«r

;

fornu^oSa^Hn^^^^i^6^^/ .

Um -substantive move!, isto 6,em case. mas tambem en

"s"cro c ndmero n

S,"e,K''a' co»co<'^ c<>™ « sujeito nao so

<»<*«•. divitiae sunt domiaae aS^'on V "'"''"T?

6d°m 'nad°™ dt ladas as

populus Marium consulem fecit- o GnZ I I, °'

t^^s^, d—*&t™ it":

*) Tcni muitlssimas vezes significacSo predicativa-

adulesce^efntK'OS^ :,,dicftm

'Me' P ex " : °*™*> *™i*.

II) Os que indicam urn cargo, uraa poslcao social n --v •

consul, praetor, aedilis, magister, testis, etcP""

Jim portugues se traduzem geralmente com uma frace arl

ifp r"ci°cerconi

-^r3es-

eq^a!entes: ^-^ - £^i'

S™' ? °°nS,

ul "'njurationem CatUinae oppressitCicero quando era consul, e,magou a conjuracao de CatiUna Rtr:2 teras graecas dfdreit

>Cam° a^« ° *rJ7««nd:%

m

Page 181: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

181 —

§ III

CONCORDANCIA DO ATR1BUT ' COM OSUBSTANTIVO

Amicus certus in re incerta ceriutur.

173 — a) arljetivo atributo concorda com o substantive.

•, (1 ue sc rcfere em genera, numero c caso: o bom. pai e a boa mac

diriacn a casa, pater bonus et mater bona regent doraumi

oaLffo .erdadelro se conhece na ocasiao inccrla ( = »<: advewdaae),

amicus certus in re incerta cermtur.

b) O atributo que se referc a varies substantives concorda

cm genero, numero e caso com o mais proximo, p. ex.^nomims

utilitati omnes agri et maria patent ou ago etmam omn*a

ou tambem agri omnes et maria, todos os compos- cos mares szivcui

a utiLidade do homem.'

Observe roes. - 1) Pode-se tambem repetir o adjetlvo com cada um dos

^^r»nu^^m^^r^u» o» virtuteai et aliens

bon««,|-s^^^^:4tis,T^;:fa « «.^^ „ mt.^) x oae-bc cli^r. qaii.cd s, ,

jVequentemente se diz: Cams

2?£2^c^rC^ r^ui^cchu. inte.fecti sunt,

pot-quo o atributo se rcfere a pessoas, G»* * ZW«o u/Woram mo, to,.

§ iv

CONCORDANCIA DO APOSTO

Alexander Macedonum rex.

174 — «) aposto vai para o caso do nome a que se refere,

n. ex.: Alexandre, rei dos Macedonios, levoua guerra a Dario, ret dos

Persas, Alexander, Macedonum rex, bellum mtulit Dario,

re»i Persarum; Alexandre, vencedor de lantos rets e povos,]oLven-

"cldo pela Ira, Alexander, victor tot regain atque populorum/irac

succubuit. a

aposto, sendo substantive conserva sempre o geneio ~

numero que'lhe sao proprios, p. ex.: Tuliazinha, nosso encanlo,

oedede urn /nWTulliSla, deliciae nostrae, munusculum tuum

flagitat; Cesar tomou Alesia, campo mullo jortljicado, Caesar A»e-

siam coeoit, castra nauziitissinaa.

b) Os nomes de cidade, provmcia, ilba e pessoa, na lingua

ctfssica, consideram-sc simples apostos: a cidade de Rom.a,a'os Roma ;

a'orooincia da A'sla, Asia provincial na dha de Sictha m insula

Si'dlia = o name de Pedro, nomen Petrus ;o ««w«e ^ 4/™^/w,

cognomen Africamis; a cadela do Jura, mons jura. Lhz-se,

porem, nomen voluptatis, a palavra prazer; vox carendi, « /w/awa

Page 182: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

182 —

jaltar; libertaiis nomen, o nome da l/hrr^Jname da poeta; arbor fie! a //T./J J novaen poetae, o

didtur ficU8 (cf . n 265° pTg?226)

arW fid = a^ quae

'adua (VerS .

A,, I, 247); ad lacum Lucribi (j^^lt^.*****' * "^ <<°

o nome a^S^eiirrs^sr i !

fesua latina de *«*<*P- ex.: o jlldsofo Arisiolrtr I / ?/

Proflssao'ao nomepr6prio

autores: ubs 'Rom» ' „ ° ,^s Poeta - kneontra-se, contudo, nos

,_ " 16X PhJ»PP«s, imperator Trajanus, etc

i«>o, va, P;jra o genitive: Cato CcgPo^eT^-k^-''""^i SE ° >w<™ J»r apcli-

P%. ISO^afc^e^S e^ilf™ m°Vel (CL "• I72' - observe^. : W(&,„^ 4„lW ; '^^^ ^ com o nome a que se Je°,regina avium; rfe;Wo ^ w;^^ «^<««,/«/»/, fl ^.r^aquila

opticus magister. aoc.un.mim; fc«,00 , ',W ,„ ffJ

.

tv«, tempus,

»«-i. ?!^ A^lW«£^p^'»P»Po^ rcUtiva, inclue-se napodcr e da jtiria, Roma, auae ur£ /.X i'

Roma\c"tad° <?<« jW * ,re^ 2

""- «u° tempore..., ex- qu^temp^et/V

° &"VW "" *"- <^ o tcn.po

suiarlbos dico, inr^fm^difc ""-""anv

' <*«»»* Iiesternus dies nobfc! con-

itivo

>t d:>i,/„ _./,;.,,,-.. 8*;;;:';;' , ;>7 ,'"i™ /'/.7/,Vo, Piato. Komi

pra(>:-:.

;:i-:iero

«"«« pesscfSfd^ubsSftiVo^cm 1?^ - "° dilJ f"S"a 1;" ; ^' ^ determine,.^- S=n,p,e se usa um Slllis"t"n v°o ™S^ !'^'^ a» »— <!-: en,^

Si

Page 183: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 183 —Tambem diz-se regularmente: nemo (nao nullus) romanas, nemo

reiorlaHs, iienio civis, ner.io doctvsSj nenhuiu romano, ncnhum hoincni, ncnhumcidodSo, iienhum snbio; nemo pceta, nemo homo, ncnhum pacta, ncnhum homcm.Cf. n. 76, (pag. 80), /(pag. 84).

§ V

CONCORDANCIA DO PRONOME

scipuli, quos doeeo, sunt

175. — a) Q pronomc concorda em genero e numero com a

palavra a que sc refcre: o caso dcpende da l'uncao Iogica que exerce

na proposicao, p. ex.: os atunos, que eu Instruo, sao bons, discipuli,

quos docec, sunt boni.

b) Ouando o pronome se refere a varios nomes, na concor-

dancia, segue a regra do predicado nominal adjetivo (cf. n. 168, pag.

178): pater et flllus, qui sunt boni... ; pater et mater, qui suntbom... j virtus et vitium, quae (a.) sunt eoiitrarla... J jujainos

a temeridade e a Inconstancla, que, por certo, nao sao de Deus, fugia-

nius inconstantiam et femeritafem, quae certe digna (ou

digiiae) non sunt Deo, etc.

c) Se se refere a uma proposicao inteira vai para o neuiro

singular, p. ex.: os Espartanos malaram o rel Age, o que nuncallnlia acontecldo. Lacedaemonii Agim regem neeaverunt, id

quod nunquam acclderat.

d) Algumas vezes o pronome demonstrative, que devia

estar iogicamente em genero neuiro, e atraido em genero e numeropelo predicado que Ihe esta proximo, p. ex.: Isto e mlnha culpa,

haec est maa culpa, em vez de toe est % els o que considero umabrlLhante vitoria, hanc dico praeclaram victoriam ; querer e naoquerer a mestizo, cousa, els o que considero como i>erdadelra amlzacle,

idem velle atque idem nolle, ea demum firixia amieltla est.

e) Se numa proposicao relativa houver am predicado nominal

comum, o pronome relativo pode concordar com este predicado:

mas, se o predicado for am nome proprio, o relativo concorda como seu antecederite, p. ex.: Tebas, que e a capital da Beocla, jot palria

de Pindaro, Tliebae, quod Boeotiae caput est, patria fiueriant

(ou fit it) Pindarl ;; es/.e animal clieio de razao e de pru.dencia, que

nos cliaraamos komem ; animal hoe plenaus?. ratior>.is et consiiii,

queis voeamus hominem ; iodos os Jielgas, que formacam a terca

parte, dc Gu'"c conjuraram contra o povo romano. omnes Beigae,

qiiae tertia erat Gaillae pars. co>.n.t;*a popaiurci romariiixa

eaniiiraverrait % o rlo, que se cliama Tamlsa, e grande, flumen.,

quod appellator Tarnesls, magnum est. K

f) O pronome pode concordar tanio.fcom o sub.stan.tivo,

como com o apesto, p. ex.: fihinaeR. Rbexrus, qui ou quod agrumHeivetioruna.'. a Germaxiis divid.it, oritur ex Aipibus. Lepon-tinis, o rlo Reno, que divide o territorlo dos Hebeaos do dos Germanos,

ricisce nos Alpes Lepontlnos.

Page 184: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 184

y«! (s6) o^qT; vlf&.T I^TT ?,^'T^r'--tril

-du2 -s

?cra Iati,a is <ilJe)

fi«i;* *'*'./» I»'«S- 181; u nao vir qui.

CAPITULO II

SINTAXE DOS COMPLEMENTOS.

n - -

l76 ' ~ 0s complementos dividem-se em d7re/W e /•/„//,.„/„,

c dmoem-se em complement de lugar, de tempo de auallckr!

iu-ri

de^tur^ de

rus

-'de crpanhia- de m°r- -:

medida etc? ?°' 6 °nSem

'de agente

'de extens^ e do

COMPLEMENT© DIRETOPater amat filium.

177. — a) complement objetwo ou objeto dirpfn, ^;para o case,

acusabvo, p. ex, o pai amiojilho, pater amafflLmQ-i^entes, ZW crtou o mundo, Deus mundum aedificavlt

375, *, pag. 276)"^^ SCIS vlnCere (ci n "

' COMPLEMENTOS INBIRETOSComplementos de lugar

iugav oxpSc?;.~J'^M^t™^ ,° U a^ U,ltos Overbids doA*W de lugar cf. a. 142, pig. f^'""

6 ''' e de '"oslanlwos. Com rolacSo aos W,a-

As regras segumtes'^m respeito aos ,„^„tew que lndicam iug;l^

LUGAR ONDE.

&go ambiilo in horto,

••teuina cou«"'^| ™Tod

a°blS"^ *^^^ °U °nde se fa*

ego sum 4 i-Uf 1 • "T lXh P -

eX ' : e^" "" cldade>& „u*n n tube, z?^^ no jardim, ego ambulo in WtofnTsiaT^

C°mbaieU ^ A'

Sla-Ludua SclP- !*aW g?ss1t

Page 185: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 185 —

Natus est Carthagine. — Natus est Rornae.

179. — a) Omite-se a preposicao in antes dos nomes proprios

@ de cidade, p. ex.: nasceu em Cartago, natus est Carthagine.}A- b) Mas, se o nome da cidadc for da primeiraiou da segundaI declinacao e do singular, vai para o caso locativo, que, em razao da* sua forma, se confunde com o genitivo, p. ex.: Cesar nasceu era Roma,

;| Caesar natus est Romae.Se o nome da cidade for do plural, vai regularmente para o

ablalivo, p. ex.: ele mora em Atenas, Megara, Vcneza, ille habitatAthenis, Megaris, Venetiis.

c) Os nomes de ilhas pcquenas, que designam muitas vezes

a illia e a unica cidade da ilha, seguem a regra dos nomes de cidade,

p. ex.: Conao viveu em Cipre, Salamina e Creta, Canon vixit Cypri,j Salaminae, Cretae. — Diz-se, porem: sum in Eubea, in Sicilia,

-J in Britannia, porque nomes de ilhas grandes, de acordo com os

f conhecimentos geograficos de entao.

i- Delectus tota Italia habebantur,1I 180. — Omite-se tambem a preposicao in :

3 a) Com as expressoes: terra, por terra; mari, por mar;

§ .terra marique, por terra e por mar. In terra significa na terra; in

I mari, no mar, p. ex.: mari vehi, ir por mar; Pompeius mari4 Siciliam adiit, Pompeujoi por mar a. Sicilia.

:j b) Com o nome loco (locus, i, m.) acompanhado de um ;

|adjetivo quando indica situacao: bono loco, salubri loco, idoneo

| loco, opportuno loco, multis locis, idoneis locis, hoc ou eodeni1 loco, etc., p. ex.: em todos os. lugares se pode praticar a virtude, omni-| bus locis virtus coli potest.

c) Com os nomes de paises unidos aos adjetivos totus,omnis, universus, meditis : tota urbe, tota Asia, tota Italia,

media Italia, media urbe, universa Graecia, p. ex.: dlislavam-se

tropas em toda a Italia, delectus tota Italia habebantur.

Nos escritore.s encontra-se as vezes o contrario: in hoc loco, in locisidoneis (Cesar); tota in Italia, toto in orbe terrarum (Cicero). Sao i'ormas quenao se devem imitar porque raras.

d) Com o nome parte (pars, partis, f.) acompanhado de umad;etivo: alia parte, dextra parte, sinistra parte, reliquispartibus, p. ex.: pugnatum est reliquis oppidi partibus, com-bateu-se nas oulras partes da cidade.

e) Com liber (liber, libri, m„ livro) ou caput (capitis, n., capitulo) ecom os nomes que indicant o titulo de uma obra, omite-se a preposicao in, quandose indica o contcuclo de lodo o livro ou de lodo um capitulo: de amieitia alio librodictum est, da amizadc j& se iratou cm outro li'.'ro, isto e, no opusculo De dmicitiainteiramente dedicado a cste assunto. fndicando-se, porem, uma parte de um livro

ou de um capitulo usa-se a preposicao in : de agricultures, in Catone Majorssatis multa diximus, porque Cicero so trata da agricultura emalguns capftulosdo Catao Maior, isto e, no tratado De Senecluk.

ill

Page 186: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 186 —

Estne domi?

181. — Os nomes domus, humus, rus conservam seuaiitigo caso locativo domi, em casa; liumi, em terra; niri, no campv.ifeine domi? Esld em casa? Ruri habitat, vive no campo; humijacere, jazer por terra; domi militiaeqwe ou dorai bellique,na paz e na guerra; mas se nao forem correlativos dir-se-a: in beliefna guerra; in militia, na mlllcla, p. ex.: Dido eslava retlrado era casa,Dion domi se tenebai; a codorntz canta dellada no cltao, fjoturnixcantat liumi sedeas.

pROXIMIDADi.C Dli UM LUGAR

Roman! ad Canaas victi sunt.

182. — nome do iugar junto do qual acontece cu acon-teceu urn fa to vai para o acusativo com ad ou apud, p. ex.: os [.

RomanosJoram cencldos em Canas, Somani ad Cannas victi sunt; |batalha de Zama, pugna ad Zamara ; fote/A/z ^<? Trasimeno, pngna jaci 'i'rasitmen-a-am

; <Wa//za ^ Maralona, pugna ad Marathonem i(ou Maratiio.aa) ou rnarathonia pugna. -i

LuGAR PARA ONDE

Eo in urbem.

#82. O nome do lugar para onde alguem se dirige vaipara o acusaiivo com in {entrada num. lugar) e ad {aproxlmacdode urn Lugar), p. ex.: vou para a cldade, eo in urbem ; Mario dlriglu-sca pro'/mcla, Marins in provmciam profectus est j Cesar dirig'ua Espanha, Caesar in HIspaniam conteiidit ; o lobo e o cordt

userdeiro

joram ao mesmo rlo, ad rivuni eundem lupus et agnus venerant.

Ibo Somam, Athenas.

. . ,^ -• a) Omite-se a preposicao in antes cios nomes pronrios

de ^ciciade, dos de ilhas pequenas e de domas e ras, p. ex." Irela Roma, a Alexias, ibo Romam, Athenas ; vou para casa, eo do-m-ai:a j <a<w a Lesbos, Lesbum proficiscor,

"tura:.3

') '"' vixirvaanca do um lugar para onde alguem se dirige'se'-•'-p"iiu:: ;•.:;•:• ;::tu) do acusadvo precedido de ad ou apud, r. ex.:' :i!i 'Har <'" '-'c7ra/; (-a,i', arrcdoirs, proxltnldades de Slracusa, pervenire^ : P ;-^ «ia as tiyracusa;: ----- pervenire Syz&ciisas = chegar a Slra-cusa^acuu-o da cu.ladej: Agamemnon maximas copias duxit adt'rov.am, Agamemnao reuniu multas jorgas nos arredores de Troia{para sdia-la).

'

811"

.1

Page 187: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 187 —c) Assim tambem se exprime a preposicao quando se indica simplesmente

a direcao sem haver contudo ran verdadeiro movimento, p. ex.: a Rorna* ad Taren-

ium multae gentes non unius stirpis incolebant, dr. Roma, a Tarenio—cntrc

Roma c Tarcnto...

d) Com o verbo petere, dirigir-se para, ir ou vir'a, e repetere, vollar,

nao se usa a preposicao, quer com os nomes proprios de cidade, quer com os comuns,

o. ex.: Caesar GalHam petiit ; Cicero Capuam petiit; Marios provincial,

petiit.

<:) O nomc Aegj>ptus, ainda que de regiao, encontra-se as vezes no acusativo

sem preposicao: Acg.ypium proficisci parabat, prcparava.se a partir para o Egi-

"lo. (Cornclio Ncpos, Dal. 4, I). Assim diga-se de Chersonesus, Qucivonc.ro a Pelo-

ponnesus, PtUoponc.ro, que, embora nomes de peninsulas, se cncontram as ve;:es

com o acusativo sem preposicao.

'' LUGAR DONDE

Redeo ex urbe.

185. — nome de lugar donde alguem sai ou vem, poe-se

no ablativo com a preposicao a, ab ; ex (e) | de, p. ex.: volto da cidade,

redeo ex urbe j levantou-se do leiio, surrexit a lectulo ; os nossos

so/dados vinham da cidade, do acamapamento, do monte, milites nostri

venlebant ab urbe, ex castrls, de monte; venho do juiz, venio

a judice j a juga ou o ajastamento da cidade, fuga on discessns

ab urbe.

Redeo Roma.

J86. — a) Omite-se a preposicao a, abj ex (e) ; de, antes

dos nomes proprios de cidade, dos de ilhas pequenas e de domo,humo, rare, p. ex.: volto de Roma, redeo Roma ; fugiu de Rodes

para Atenas, na Grecia, Rhodo fugit Aihenas In Graeciam j

Didnisio mandou vir Platao de Atenas, Diomysius Platanem Athe-

iiis ' arcessavit ; partlu de casa, do campo, profectus est domo,rure ; o vento levania do sob a areia, ventus arenam humo excitat.

b) Sempre se usa a preposicao quando se indica simplesmente

a vizinhanca, p. ex.: Caesar a Gergovia discesslt, Cesar pariiu

J dos arredores de Gergovia. — Gergovia discesslt = da cidade de

i fjergovia.

Observacao. — As vezes enconira-sc ;•. preposicao lavriuer,' com os suiis-

[tantivos excetuados, p. ex.: para cit ir de Atenas a licocia, ut ab Ath.cr.i-, m Boeo-

I Ham h-s,:a (Cicero); os emboiecadores romanos Iransporlaram-se de Cneiago pa/a. a

j

!',.'p,, n !ia, legari. roisiayj. afc Car' hagiae In Hispanian- tvajccerurtt ; do

j'ip'd-nro foi ao Pircu. ab Epidauro ph'aeu;a ach'ecius est ; da ;:!:• vollou para

a cidade, ex rure in i-rbem reverses est ; purer in nao inn •/).' 'too morrcsse, runs que

k pa.rsa.i.fj dc uma casa para oulro, Atticus non ex vita, sed ex domo in demum]•. videbatni' migrate.

6') A preposicao a, ab c necessaria com os verbos abesse,

dlstare, considere, etc., e com os adverbios prope, longe, procul,

p. ex.: castrum distabat a Perusia mllla passuum sex; nonprocul a Roma ; non procul a Faesulis, etc. (cf. n. 223, d,pkg. 205):

Page 188: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 188 —

MOVIMENTO POR ONDE

Hannibal per Alpes transiit.

187. O nome do lugar pelo qual se passa vai parao acusativo com per, p. ex.: Anibal passou pelos Alpes, Hannibalper Alpes transiit ; o jildsojo Pitdgoras passou pela Italia, perItaliam iter habuii Pythagoras pliilosophus ; os nossos soldadospassaram por malax cerradas e sombrias, milites nostri iter fecermitper densas et obscuras silvas ; a virtude passa alraves das dijicul-dadcs, virtus per ardua transit.

Via Appia profectus est.

188. — a) Com os iiomes proprios de cidade, dos de illias

pequenas e de domus e rus usa-se o ablative sem preposicao, !>. ex.:Diogenes passou por Megara, Diogenes transiit Megara ; Ciceropassou por La.odlce.ia, Cicero Laodicea iter fecit.

b) As vezes tambem com estes nomes usa-se o acusativocom per, p. ex.: Pelopidas passou por Tebas, Pelopidas per Thebasiter fecit | Anibal joi a Tusculo passando por A'lgido, Hannibalper Algidum TYiscuIum petiit.

c) Os substantivos que indicam porta, via, mar, terra,(terra, mare, via, iter, pars, regie), usam-se no ablativo sem. prepo-sicao, p. ;ex.: saiu pela via Apia, via. Appia profectus est ; viajar '

por urn caminho poeirento, iter eonficere pulvemlenta viaj pelocanunho mais breve joram enviados cavaleiros na jrente, eqnites viabreviore praemissi sunt. — Urn lobo, que entrara pela porta Es-quilina, jugiu pela porta Colina, lupus Esquiiina porta ingressusper portam Collinam evaserat, neste exemplo temos o acusativocom per para se indicar expressamente o sentido. de alraves— Veiopela via direita, esquerda, venit dextra, sinistra (subentendido via).

0BSERVAQQE8 SOBRE OS COMPLEMENTOSDE LUGAR

{in} ipsa Roma.

Constiterunt Corinthi, (in) urbe celebri.

189. — a) nome propria de cidade acompanhado de umadjetivo ou pronome se constroi com ou sem a preposicao, p. ex.:(in) ipsa Roma, ipsa Alexandria, magna Roma, Atbenis tuisesses ad doctas proficisci cogor Atbenas, devo partir para a.sdbia Atenas.

b) Se os nomes proprios de cidade ou de illias pequenas foremacompanhados dos apelativos libs, oppidum, ciyitas, insulaem aposicao, o nome proprio pospoe-se ao apelativo, e todos os

mt

Page 189: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 189 —quatro adjuntos de lugar seguem a regra geral recebendo a prepo-sicao, p. ex.: Cando morreu na cldade de Cicio, Cimon in oppldoCitio est mortuus ; viveu na ilka de Delos, vixii in insula Belo ;parti da cidade de Roma, profectus sum ex urbe Roma; foi a.

cidade de Cirta, in oppidura Cirtum yenit (Cf. n. 174, b, pag. 181).c) Mas se os nomes apelativos supramencionados rorem por

sua vez acompanhados de um adjetivo ou de um genitivo de especifi-caciio formando aposto do nome proprio:

/) nome proprio segue a sua regra, e o apelativo a regrageral com ou sem preposicao, p. ex.: pararam em Corinto.dlebre cidade,constiterunt Corinthi, urbe celebri ou in celebri urbe ; viveu.

em Atenas, cidade jiorescentlssima da Grecia, vixit Athenis, urbeflorentissima ou in urbe florentissima Graeciae. — Iremosa anhga cidade de Pddua, ibimus Patavinm, urbeni ou in urbemantiquum; foi a Tarqulnias, cidade jiorescentlssima da Etruria,se contulit Tarqwinios, urbem ou in urbem Eixuriae f'loren-tissiraam. — Partimos de Atenas, celebre cidade, profecti sumusAthenis, ex urbe clarissima; viera de Tusculo, nobillssimo muni-cipio, Tusculo, ex clarissimo municipio, profectus erat.

Observacao. — Raramente se omite a preposicao com o adjunto adver-bial de lugar donde.

Qutros modos de resolver o mesrao caso.

II) nome proprio com a preposicao segue a regra geral e o apelativoserve-lhe de aposto p. ex.: nasceu em Aaiioquia, cidade rica c popidosa, natuts est inAntio chla, celebri urbe et copiosa;

I'll) ou tambem o nome proprio segue a exceeao, e o apelativo e as suaspartes integrantes resolvem-se numa proposicao apositiva com o relativo erai,quae, quod, p. ex.: vixit Athenis, quae fuit urbs florentissima; se contulitTarquimos, quae fuit urbs...j Tusculo, quod erat clarissimum munici-piurn, profectus est.

d) Os nomes rus, humus, domus, quando acompanhadosde um adjetivo qualijicatwo ou determinative recebem regularmentea preposicao, p. ex.: mora, em um campo ameno, habitat in rureamoenoj mora em uma casa grande, em uma casa velha, habitatin domo ampla, in domo veiere; nesia casa, na mesma casa,naquela casa, in hae, in eadem, in ilia dorno. — En domamceiebrem. — Ex aniplissima dorno. — Ad rura paterna, exrure piilclierrimo, etc.

_ _

Observacao. — A mesma regra serve para rus acompanhado de urn ad-jetivo possessive ou de um genitivo, p. ex.: in rure meo, in sure sue est, es/t't

no /lieu, no sen campo; ad rus Antoni, etc.

e) Se o substantivo domus e acompanhado de um adjetivopossessit'o, de alienus ou de am genitivo, pode-se dizer:

Lugar onde; domi rneae, tuae, suae, vestrae, domialienae, domi hujus, domi Caesaris ou tambem in domo mea,tua, sua, in domo aliena, in domo hujus, in domo -Caesarisou tambem domi apudme, te, ilium, etc.; domi apud Caesarem.

Page 190: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 190 —

_Lugar para onde: domum meam, iuam, suam, vestram

Caesans ou tambem in domum meam, tuam, suam, vestram'taesans.

Qbservagao. — Usado no plural, o substantive domus recusa a preno /"si ?ao,_ p. ex.

:domos nostras redeamus, voltemos para as nossas casus.

Lugar donde: domo mea, iua, sua, vestra, Caesaris. ^

-H- -,.

w

GiiSer

(

Va-f

°'r Encontr"m -«e tambem as Was: e dome. Caesarisa a.jmo lua, ab ilia doruo. ^«^^aui,

Usque ad urbem — usque a marl — In Italiam versus.

190. — a) O nome de lugar ate onde se chega quer o acusa-tivo com ou sem preposicao conforme os diferentes nomes, precedidoou seguido de usque, p. ex.: ir aU Roma, Ire usque Somam-ate a cam, usque domum,- ati a cidade, usque ad urbem- ateao Jigdo, usque ad ou in Aegypium ou ad (in)Aegyptum usque."

Menos usada que usque e a preposicao terms, sempreposposta aosubstanhvo, que vai sempre para o ablativo e tambempara o genitivo, se o substantivo for de numero plural, p. ex.: Taurotenus, ate ao monte Tauro; Cumatum terms, ate Cumas.

ki 4--® ° v?

me,

d° lugar desde onde a!§uem vem poe-se noablativo precedido de usque com a preposicao a, ab ou ex, p ex •

desde o mar usque a marl ou ab usque marl; desde a Armenia'

usque ab^Armenia. — Com os nomes de cidade omite-se a prepo-sicao, a, ao ou ex e pospoe-se usque ao substantivo, p. ex.- Cartha-gme usque venit, veio desde Cartage.

c) A direcao para urn lugar exprime-se por meio do acusativocom a preposicao m ou ad seguida de versus, p. ex.: partir em direcaoa Italia, ao oceano, proficisci in ou ad Italiam versus, ad oceanumversus. — Com os nomes de cidade omite-se regularmente a pre-posicao m ou ad : Brundusium (Brindes), Romam versus/

de CSrdo®^^- -~~ Encontr«-se ta"»bem 3<* Cordfibam versos, em dircgSo

Praesidiuisa in oppldo collocavi.

ti*u»re W^ tJ^°S p°?er?>So i^ponere), eollocare, staiuere, cons-

na f,iacya, i ecrus deamoulai in foro, Ivliv" *-n ™»?^w ™ ,..,.:?- »,,/£/a«,^ „,,,* „£&p^;a^bui^etl^tot^i^^^tr^^oa^laie, M^ «* oczano — Enoontram-se, -contudo, nos auiores daskcos elenv

S o«4uL«^/#a^e usai

'pa

-:a onc

!e

' p- ex--

: fSKam in=»SS««^a^;™^'(&K eXerCltem m P-vmeiaxn collocare, dlsiribalr ?

Romam nuntiatum est. ,1

192. — Os verbos advenire, pervemre, coavanh-e, ca»a-.-e cntnhcr,.

comgere, congreg„ie, rmttere, e tambem os que indicam divisao em partes {/

Page 191: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

f— 191 —

ou mudanc.i de'esiado ou condicao, constroem-se como os verbos de lugar paraonde, p. ex.: anuncicu-ss em Roma, Romam nusitiatum est"; o navio aporta cmStmcusa, raavis appellitur Syracitsas ; apor/ar com a armada a Detox, a IlaUaappellors cJassem ad_E>elum, in Italiam j rt ffiz/(Vz dlvidc-sc cm irP.s paries, hitres parses dividitur Gallia; «j cousas boas jacilmenlc. se de.lerioram, bona facs'eliiutantur in pejus.

Observacoes. —-1) Na frase convenlre aliqaem, ir Icr com alguem,enconlrar-se com, visllar alguem, o verbo convenire considera-se de lugar onde'p.- ex.: Bruti pueri Laodiceae (nao Laodiceam) me conveneriint) (Cic)-Paullus^Aemilhis On. Octavium Denietriade convenft {Livid), Paulo RmUi'oencontrou-se com Oldvio em. Demelriaclc.

OO verbo abdo, ocullo, escondo, na voa ativa constroi-se como os verbosde lugar para onde, p. ex.: in silvas se afodidermnt, esconderam-se nas malas-abdere se in bibliothecam, esconder-sc na bibliclcca; senex ras se abdidiY,o vellw ocnltou-se no campo. — participio abdiius constroi-se como os verbosque indicam lugar onde, p. ex.: hostes in silvis abditi latebant, os inimig'oseslayani cscondtdos nas malas. Em seatido figurado dir-se-a abdere se litie'rjson in \iii'i;:3.s= sepuUar-sc nos livros — dedicar-se inteira.menie aos estudos.

j) Notem-se as frases: tenere se dorrd, castris, moenibus, viver retiradoem cam, conservar-se relirado no acampamenlo, en/re os muros. J

COMPLEMENTO DE TEMPO

Media nocte pervenerunt.

193. — a) Se responde a pergunta quando ? vai para o abla-tive Se liouverum numeral, e substituido pelo ordinal corresponden-te: chegaram a§jnela%nolle, media nocte pervenerunt ; as treshorns, hora tertia j no inverno, hieme ; no verdo, aestate j seis anosdepots do ten consulado, sexto anno post te consulem j em plenodm, luce j de tarde, vespere; de dla e de nolle, die ac nocte ; nopri.rn.eiro mes primo intense ; ao leoaniar do sol, oriu soils ; aopor do sol, occasu soils, jd alto dla, multo die ; Platdo morreu comSI anos, enquanto escrevla, Plato uno et oeiogesimo anno seribensmortuus est.

b) Qutros nomes de significacao mais generica e que servempara indicar a data de urn acontecimento, como nas seguintes frases:na puericia, na mocidade, na velhlce, durante o consulado, na prelura,na balalka, na guerra, etc., vao para o ablative preced'

'

in. in praeiura, in proelio, in beilo, etc. — Vao, pprem, parao ablative sem preposicao se forem acompanhacios de urn adjetivoou de um gemtivo: em ecdrema i'elklce, summa senectuts ; a chegadade Cesar, Caesaris adventu. ; no tempo de Augusio, August! tempo-«'ibus (nao tempore; ou aetate ; em nossos dlas, temppri'bvssnostnsj na segunda guerra punlca, bello pimico secundoj nabatalha de Canas, proelio ou pugsaa cannensi ; raea adulescentia.

Ob:;ervacao. — Se nestas frases se encontrar tambem o in, e sinal quenas mesmas nao se quer salientar exclusivamente o tempo, mas as circunstanciasespeciais do niesmo, p. ex.: hoc tempore, nesle tempo; in hoc tempore, cn; taiscondicoes de cousas, nestas cr'dic.as circunstancias.

Page 192: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 192 —c) Notem-se as frases seguintes:

tempore, com o tempo;(in) tempore, em tempo oporluno;in eo (ilio) tempore, naquela ocasido:ludis (era lugar cle tempore Iudorum), durante os logos;conutiis, auranlc os comlcios; '

"

praucipio, a principio : ( desde o principle on origtm, noinitio, ab initio, {comcco, a principle.\ni pace, in bello indicam o es/ado de paz ou de querra;

) pace, bello indicam o tempo.

Galliam septem annis subegit.

194._— Se responde a pergunta em quanto tempo ? vaipara o ablativo sem preposicao (raramente com in), p. ex.: Cesarsubjugou a Galia cm sete anos, Caesar septem annis Galliam sube-git ', tsio se poderd jazer an tres dia.y, hoc tribus diebus perficipoterit.

Ooservagao. — As vezes encontra-se o acusativo com intra : co/lareien/re poucos dm,,; intra paucos dies revertar. — Intra septem annos signi-j;cn cm menos de sele ano.f, denlro de sete anos no mdximo.

Kegnavit (per) triginta annos.

• r±95. -- a) Se responde a pergunta por quanto tempo?

indicando o espaco de tempo que durou ou dura uma acao (tempocontinuo),_vai para o acusativo com ou sem a preposicao per, p. ex.:Romulo reinou trinta anos, Romulus regnavit (per) triginta annos.'Algumas vezes encontra-se tambem o simples ablativo: tota nocteplmt, choveu toda a noite; tribus annis rem publicam gessit,governou a repMica por tr&s anos. — Note-se a frase annos natus =na i-dade de, etc., p. ex.: Cato annos quinque et octoginta natus evita excessit, Catao morreu na idade de 85 anos (cf. n 202 apag. 195).

b) Se indica a duracao de uma acao no tempo futuro'vaipara o acusativo comJn;ou ad, p. ex.: Faetonte pediu ao pal ocache por urn diet, Phaeton currum paternum in diem rogavitjmen irmdo pediu o consulado para { durante } o proximo ano, fratermens ra proximum annum consulatura petit ; o ditador eieaia-sepor sets meses, dietador eligehatur in {ou ad) sex menses | "a pazJot jetia por tnnta anos, pax in (ou ad) triginta annos facta est.

Quinto quoque anno.

196. — Se responde a pergunta de quanto em quanto tempo ?de quanlos em quantos dias, meses, anos? vai para o ablativo singularmuaanoo o acijetivo numeral no ordinal imediatamente superiorsempre acompanhado do pronome quisque tambem em ablativo,p. ex.: os jogos se ceiebravam de quatro em quatro anos, ludi quintoquoque anno celebrabantur.—Zk*fo/.r emdois anos, tertio quoque

Page 193: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 193 —

anno ; de dots em dots dias, anos, meses, altero quoque die, anno,mense ou melhor altemis diebus, mensibus, aniils j cada ano

(todos os anas) singulis annis ou quotannis | cada dia e cada. noite,

singulis diebus et noctibus ; cada duas palavras, tertio quoqueverbo ; cada tres horas, quarts quaque Iiora.

Observacao. — Quando os latinos usam o ordinal incluem no calculo

o ano ou o dia corrente, o que auroenta de uma unidade o tempo realmente passado.— () mesmo fazemos nos quando dizemos: morreu. com nave, ano.?, istae, morreu noderinio ano da sua idade.

Bis (in) die — In (singulas) boras.

197. — a) Se responde a pergunta quantas vezes por dia,

quantas vezes por mes, por ano ? usa-se o adverbio bis, ter, etc. e o

ablativo com ou sem in s bis (in) die, bis (in) [mease, bis (in)

anno, duas vezes por dia, por mes, por ano. Mais raramente se en-

contra o acusativo com in s bis in diem, ter in horam, duasveses por dia, tres veses por hora.

b) As frases: de uma hora para outra, de urn dia para outro,

etc., traduzem-se com as cqrrespondentes: in (singulas) boras, in(singulos) dies, etc., p. ex.: pueri mutantur in boras, os meninosmudam de uma hora para outra; crescit in (singulos) dies hostiumnumerus, o numero dos inimigos aumenta de dia para dia.

Eum in posterum dieni invitavit.

198. — a) Se responde a pergunta para quando ? vai parao acusativo com in : convidou-o para o dia seguinte, eum in posterumdiem invitavit ; farei isto para o juturo, id faciam in posterumou in tempus veniens ', os Hehecios jixam a sua partida para o

terceiro ano, in tertium annum Helvetii profectionem confor-

mant.b) Tambem se constroi com o acusativo com ad ou usque

ad ou com in a resposta a. pergunta ate quando?, p. ex.: Sdjocles

escreveu tragedias ate a mais larde velhice-, Sophocles ad summam'senectutem. tragoedias fecit j a jilosojia jicou descuidada ale essa

epoca, pliilosopbia jaeuit usque ad banc aetatena ; a conversa

joi-se ate a noite ad.en.tro, sermonem in xuvtiimxi aoetera produxi-

Observacao. — Corn ad e o acusativo se indica aproximncflo on tenno,

p. ex.: ad lucent dormltare cocpi, comece; adormecer antes de cb.ircar o dm; adhanc horam vigiiavS, iv.lni ate agora; ad certain diem, para urn dia delerminado.

Annis quinque post Hortensium consul fait.

— Se responde a pergunta quanfo tempo antes, quanta

tempo depois? vai para o ablativo interpondo ou pospondo a frase

a preposicao ante ou post. — numero pode ser cardinal ou ordinal,

p. ex.: tres anos antes ou depois, assim se traduz em latim:

Gramatica Latina, 13

Page 194: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 194 —

tribus ante (post) amis *-^u,, ' j /

4-^4-i^ o, 4. I j-<iis> tubus anms ante (post)tertio ante (post) anno *•«.•<.;« ., /

F7

.

\£. ^, cuiiio teruo anno snfp iV»,n,«!-Mtertio anno ante (post)

raenos frequentemente:

tertium ante (post) annum ;Si- ffit^08

e tambem:f

, ,raenos frequentemente:

tres ante (post) annos anf„ , .., , ^ _

Cicerojoi consul cinco anos depois de Hortinslo Cicero am '

qumque post Hortensium consul fuit- Znn/ J , ^ f f S

a Rodes, post diem tertio WtllL^e^ " *'"^^

Por guam;t^^i^s::^^: corn^ °r se trad-separado, p. ex.: quatro anos depllZt TrnfZf ? 8nte,°" 9°st' como Scar(ou quarto anno) postqua^ou ^osfS'Th^^!?M *?™— be a frase estiver em ablatii-n m», „ '

Li"~nusiocies> erai. expalsuspode-se^p^fX^^ti™ !USar (!e P°StqUa-

Quartum annum regnat. — Ante sex annos.

distmguir^oircSosT313011^ * ^"^ ^^fo '^^ mist«

sem preplSo";1

'!. ^^ n° Presente'vai P^a o acusativo

rTLll s?Y P' '

reina hd muLios ano-r> iam multos annosSSS s±i°rTcT T nUmMal * -^tituido pelo ordinal ixnSaTmeme supeaor (cl. observacao ao n. 196, pas- 192) n ex • rrlnn t,'ires anos, quartum annum regnat.

P ' * ""

b) Se a acao e de todo decorrida, usa-se:

/) Ante com o acusativo: ante sex an«os /^ ,v><7 /7,,«,.ante duas horas, hd duas horas.' anar;

n i , ,-U)

f*>hinc

( =«^ arfe tempo) com o acir-ativo raramenf.

tres annos {^^ZT^CTT meas ?afe a^«

^^tt —.Ms

i'*') Algumas vs-«fs ••e."o--> se •< -i»»- "cuui (ou ex quo, su b. tempoV- — p°=?o -• . ^£!0'P- ex

:

:decera:iPs£ anai sun4,

o ablativo SecSSo'd" "? °^ d™--- se caasirdi com

desdea injdncla; a pue^o lit£S^^deS^s^T^'

Page 195: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

195

Videbo te ad annum.

>

201. — Se responde a pergunta daqul a quanta^ tempo ?

vai para o acusativo com post ou tambem com ad, p. ex.: videbo te

ad annum, ver-te-ei daqul a um ano.

INDICACAO DA IDADE

Puer novem annormn.

202. — A idade de uma pessoa pode ser expressa de varios

modos:a) Pode-se unir ao nome da pessoa o participio natus,

indo a idade (anos, meses, etc.) para o acusativo com o cardinal:

Cicero morreu na idade de 64 anos, Cicero xnortuus est sexaginta

quattuor annos natus ; Cicero joi a Gricia na idade de 28 anos,

Cicero viginti octo annos natus in Graeciam profectus est

(cf. n. 195, a, pag. 192).

b) com o genitivo de qualidade regido de puer, vir, adule-

scens, senex, p. ex.: Hannibal, puer novem annorum, inHispa-

niam ductus est, Anibal com none anos joi levado a Espanha (cf

.

n. 228, c, pag. 208).. .

c) com o verbo agere = (Jevar, viver) e o acusativo da idade

com o ordinal: Marcelo morreu com a idade de 19 anos, MarceMusmortuus est vicesimum annum agens (cf. observacao ao n.

196, pag. 192).

Observacao. — Com mals, com maws de none anos e fi-ases iguais assirn

se traduzem em latim:

plus ou amplius (minus) quam novem annos natus

;

plus (minus) novem annorma

;

plus (minus) noveni annos nat"as

;

major (minor) quam novem annos natus

;

major (minor) novem annos natus;major (minor) novem annis;

e tambem

major novem annis natus;raajor novem annorum.

COMPLEMENTO DE CAUSA

Jttssiu CaesariSo

203. — Exprime-se o complemento de causa:

a) Com o ablative sem preposicao: a Grecia caiu por causa

da desenjreada Liberdade, Graecia iramoderata libertate comcidit.

Se o nome exprime os afetos da alma, as mais das vezes, e acompa-

nhado de um participio, p. ex.: por amor, aimore ductus, aiaore

captus i por compaixao, misericordia motus, misericordia

pulsus % por ira, ira inflamnaatus, ira incensus.

Sao abiativos causais e so usados nesse sentido: Kortatu,_ por exortacao de,

por consellw de; impulsu, por impulse de;jussu, por ordem de; ixijussu, sem ordem

de; rogatu, a pedldo de, etc., p. ex.: jussu Caesaris, por ordem de Cesar.

Page 196: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 196 —

£) Com ob ou propter e o acusativo^stas preposlcoes indicam um motivo real- amo-tc do- en,

aa senal, Catena disSkJj Sus^^tX^X"^'causa Iwiir ^ W<

?^'^ iMud "^ honoris mScausa (gratia) suscepi; <w animals Joram criados pora a ufl^lTido* homens, bestlae hnmbma gratia general suS.

^

-/< -/-, hac de causa, „ , ™//ro^^i .TcausisT6 lnterp°sta: "-

rf) Com prae e o ablative exprime-se a causa que imnerle

Correctione gaudere oportet.

da alma xegem um ablative de causa: gaudere, oozar- laetarJ

liXw /°/

erej mo^€re' ^-^ 4eAire;CXt S

c^Ltuui ae prazer; laetus. contprsfjuo jT; c;*:„ «?„,>^% f„t»s, fgol, inS^e^ ;;."7s

e'

x f"ri

p. ex.: hi&dcde RoTaera nta^h T- 7 ™ -"^ "°, abkt,vo P^cedido de e,: ,

lado peladeV^^^^^^U^^ ^orabat; ^,, ^v^

exdentibus, ler dor dlden^- ^r"~ -'^t- ^' •"' *"^"'^ ,abor««jnlla de I'ctvre.r.

' " " "' ''" '—i!"-'i!=!,ia, e.uar mujusiuido pel;,

gionaw in ou de aliq„a re .__ Cf/tainl^n o^52 * '

<™o,ur : ,-se i„m„cm

COMPLEZviENTO DE INSTRUMENTO OU

«<;/«, aiem di

ME10

Ferire glactiQ,

n ,n[ T

205° ~ a) ° nome d-i co»sa que indica o instrumento com oqual se iaz uma cousa ou .vio vm iii.- r , ' I. r

"'"-mo com o

J

Page 197: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

197 —

>

cornibus : cscwenvos corn, a pcna, scrlb?mus callma; ^ am^

^jeian^e pebs scndgos c acta bondade, amici officio .et fide

parlUntI Sc o xneio for uma atfo (veroo), vai para o gerundio ablati-

ve sen, prcposicao: errando discitur, aprende^rrrando; legendo

discitur, aprende-sc Undo (cL Gcruiidio, n. 4Ui, ->, - ' ;

Per kgatos yacem petllt.

206. - a) Se o pome for tie pessoa, usa-se o acusativo com

„*v ou o genitive, rcgklo dc opera, beaeficio, auxuio^ p. ex :

£r Watos oacem petiit, P^m « P'« P" m"° dos embacxach, c>

,

popuH ftomani benefici^ par benejlcio do povo 1lomano; cen-

turioms opera castellum conservatum est, o C*rfc/a./<» ^ur.r-

vado qracas ao ccnturiao._ ,,„.„..,

' ^ As vezes tarabem a pessoa vai para o ablafavo msli umc.i-

tal c isto acontece quando sc considera como simples mstrumento

nas maos do oulra, como, por escmplo, nos substantmj.que mdgam

1'orcas militares: milites, legio, classis, manus, equips, P-d-cs

nue se consideram como instrumentos nas maos do comanclante,

p' ex, dux pauds mflitibus oppidum «*it, . «w«^wfe «>«

poucos soldados apoderou-se da cidade (ct. n. 216, £, pag. Ml).

Vivere piscibus.

?07o _ a) Constroem-se com o ablativo de mstrumento os

complemcntos dos verbos alo, pasco, instruo (jornego de), vivo,

So, institiio, mformo (ensino), p. ex, vivere Pjczbus ™*r

<fc nc/a^exercitum discipline mllitao erudire,^ o «f^c%i!aadlsclPllna nulliar erudire fflium omnibus doctenis

X/w * y/L .m todos os conhecimentos = dar-lhe uma enstrucao

coinp tela.

Qbs-vacao — 2) As vezes com erudio eacontra-se tarabem o ablativo.jiDs-^vagao. ^r*.

„„„,?:,., al^uer/i in lure civih, cusinar aprecedido da preposicao in, p. e>... e^«"- -11-iL.w... >

cilgucm o direilo civil.

„, ,-. \ -„ ..,.„,..,.,,,,,. /,•»,;;• cuierera o sou complemento em

,|,l..t:vo P ev : ^mare afiquem laudibus, djvitiis, benefits, ^z/c«r flfc«««

'com dogTos, whev <k rlauczap prcslar^TC-S'-tnrn,iclo, r.njdlado, praeAiius,

p. cx.:-ra.m e.iijcaada coin pitiuuca, joji^j o-.^.— c, x

doulrlna, vlr praeditus doctrsna.

Fruor otio.

%8. — Constroem-se com o ablativo dc instrumcntc) os

cinco verbos segmntes e os seus compostos: feui, iunglj uti, vesa,

potlri. ,.

Cozo de rcpouso = ego fraor otio.

Ck/k/wo o «zc« ^cfcr= ego MngOT otficio-_

i?M «j-<? r/oj- /mcmj- ^en«f = ego utor meis boms..

Page 198: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 198

Eu alimentomede pao = ego yescor pane.Eu me apodero da cldade^ego potio/urU.

«rum ou summa votesJieZtu^ ^ & P°tm Potes^Per

i-^peni...,dac f:d,7de\ioreC\f&; P ? *?* °lassls Ostium..., .do /,„

- /W«f* <fc ,rc apodera,, da cidX7v^ol^£f^' ™?™>™ imperii.

.*) Ut! aliquo farollkrite, fa

",r • •

PPldl'Cm !ugar de °PPido -

mua; usus sura optimo magisiro, ffi£ Jw°^?' '" ^'^ "" W^'

Ludere plla.

instrumefto^^S^ SS^W ™^™?*> «»» ° ablative de

cases emgue^u^^^X'c^tl 1^ ^ inst™—^predicate /.&, a ^J^V W^" °« °»te clesignacao

(navibus) venire?X™«

^

J ^ ^ W2 ^™P^ «avi

com in, p. ex • recW »l!«§

'U-

U-

Sa:Se Sempre ° acusativo

<0 Tambem o verbo Jit '" ?>""* '^^^^-

com o ablative de instrumr, to n T "" ^T' s* const™i «m regra

(cf. pag. 132/verbo n. 232)slSni^a: c« we ^/mfo ^^

A Tri'i - '*

com-plemcntol!l!wScS,i

/^,ve

.

inStrUmSnt2 ° T

lG SErVe de <

Ulcere ahW,.- o^"';''

'^r'^ f'r^ao sobrc algucm, p. ex .:

-•-,.-.— ,, ,.iV ^i^:? injuria/- a alguem.

Obs«rvat'5o. - Notom .--...<. •

COMPLEMSNTODE MATERIA ''

Aniilus ex auro on aureus.

Page 199: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 199

, ; „ „(. r pj •noculumexauro

factum, cW ^ <«^- *f r/™iro^ArMzC;sepulcrumexniar-mulacram ex aere^^^"^IXS solidum cie marmo-—^J^fLt^KS£3w (Ve,); uiveo factum

h) As mais das vezes, porem, em >~&

usa-sc um adjetivo: anulus aureus a»^ ou^ eWlgumj

,.,ddtua de marjiin.

ObPevacSo. - So o substantive^^^^^07^^^de um adjetivo, pocLc-sctombem por em aol.tivc sem P-epos .

cocto latere, wuro ck hjolos cozidos.

Homo constat ex ammo et corpore.

ni - - verbo constare, a*r c./np^ ^fonstr°™

Zit. «y ^ , , , ^ „., n ov hoineni e com-

os melhores autores com o ablative com e^P-^->*

p0siode alma e de corpo^^^^Z e mas, pr£den-« pr^ncw Sjormaaa peta cipv^cnccu d*

malarum .

tia constat ex scientia miim oonaium -victoria in

6),^tt vSaJe coBstat, a viitria depenOe do valor

earum conoiuum -/ira.i...e

daqudas coortes. ^

COMPLEMENTO DE APRECIACAO

Aestimare frameatum tribus denariis.

?19 — complement de apreciacao com os verbos ducere,

facere, putare, peadere, haoere, aestimare, —o*

tlmar e esse, ser avahado, va.er:\ ablative,

a) Se a ap-c.acao ior deie^maaa .

;a p

^

p. ex.: aestimare frumentum tr.ous a~i-«ii-,

em ires dinheiros.-,nrAn noe-sr r>o eenitivo com

i b) Se a aprec.acao^^^a^o^

; ^os adjetivos quantitative*: ta^, ia-Jo, *

^novis, menos;

preco, outre tanio; ^quanta, ^""Jj}^^ '^""vi (nao .pauci),

magni (nao muiti), ««<*>; P«W^f^ f^se ^o mMIo ducere,pouco; iBmiifl^ M^.l^^- ^1"^.--, .? ,v . c^.t.ivz nenhuma, nao jazcr

.-vzWff/ flfe, nao ter em coma idipvaa,, ~t~v~ - ^.^j xv.^,<- vol,^„

magni faciunt,^ ^ ^''"^l^^'^^^^aua^ti^iisquetatem, ««M nSo fe/« a/w ™MMWCom~°?J<.~ , ^._

sefaclttantllitabam^is,^^^^^-^ consilkim>nndo oelos aminos: parvi suii-- ^'« -~ —""',,.

. „_,„.„- dE,%«« Jcma.armasjora, se nao hi prudence c, case.

.: : v . . .., .3. , ,,,.., rom <

; veroos tacere,

Obsorvacoes. — 1) J S«ih, o Ji-

nen ;w „.„, nao azer caocdal de,

-'penciere, pr

-;e:-;.: nihiu ia<.uc, icpu.ui^

dcrprezar.

Page 200: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

200 —

J; U verho esse com a sia-nifici.t-T'n rU ,v,- , ,/• v "'• iSI

avaliadu em nominative, e em&&«?„ 'n 8? cousa ou pessoa Ique avalia, p. ex.: tuae Mite^e ^4i ^!M fc

™ P^ ^° ?PUdJ a PCSSOa'I

J)Notcm .se as frases: magni, maxim!, parvi, nullius momenli „u ^pondeHs esKW,./ d/J''T'>,„,?" '<»axim

?' P^rvi, nullius moment! ou

xnomenti eta

UdcrisT-S^S^^^-m;id est mU^i

aliquicl aew 5 bonic-ue on T^,,; ?'.*•* -^ °i'"oa

.

est>ivJc oa n™ ™k a pena

porlanlo to,no ~uZf^lt^ld T' ^%>^» boa cjusla u,na ccuj

COMPLEMENTO DE PRECOVillain errai centum talentis.

pd a o abktivo tanra no caso de preco deierminado como indeterminado. Da qu! o uso dos adverbios magno (nao multe), t^ohcani «^&r

, wycr , comprar, vender, aliwar etc o ex • villa™ •

centum talentis, comprei uma casa 'de'

cam'p! 'pTr 'ceml^Zagrum dm decern milibus assium, comprei o cZ^oporJeTZlf

e.Z^i^f ""*"* "** - Tr ""» --/co^u7atun; pe!

naSo rS™ ' r'V/T ? ^"^ ™« ^^er' constat de-

2!"°I ^ZT ™"^ "'« <&nW; Attalus rex unam tabiiiam cen-turn talento enut, , «,^ «,^M^W^ JfS^

Quanti emisti librum?

^ 4.-A2U'~a) Usam-se so no genitivo os adverbios tan*!tantidem, quanti, pluris, minoris

tant,»

do cooioliStede^;:a;S;^tar^ d-e-^tc.seguem as reSras

paga,r de aluguei? — Ovanfi h B « «^?T-rD e"a 'lfo

if J!'

4,.

aw? - rtMli^ docebaf-mmoris talentedZZ-TTZTr }ttr ^

'/•"/ '^^ *~»* doces? Tale.to

5;; Cfe ^^;, ';'!>',»»> Men*; quanti cenastl? THbus

,^6ij mcjino preco por que compram.

COMPLEMENTO DE MQDO OU MANEIRA '

Cuiin cura scribere,

» - .i'^^-rs;™!;—^ -«™ »3!

Page 201: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 201 —

Esta preposicao e necessaria quando o nome nao e acompanhado de

adjetivo: cum dignitate cadere, calr com dignidade; cum igsao-

minia servira, servir com ignomlnia; cum cura scribere escrever

com culdado.

b) As mais das vezes, porem, o nome vera acompanhado de

um adjetivo e entao o uso do cum e facultativo: magna gaudio

on magno (cum) gaudio, com grande alegrla; maxima (cum)

fortitudine, com grande jorlaleza; magno (cum) dolore, com grande

dor, p. ex.: Miltiades magna cum offensiome civium suorumAthenas rediit, MUclades vottou para Alenas com grande pe-sar

dos seus concidadaos.

c) As vezes, em lugar do ablativo, usa-se o acusativo com

per : per vim, com vlolencla; per scelus com perjidia; per impruden-

tiamt com imprudencia, p. ex.: Helvetii iter per provincial*! per

vim temptarunt, os Heiveclos tentaram ajorca passar pcla provincia

(Romano).d) Usa-se o ablativo sem cum com os noraes que ja de si

indicam modo ou costume, como: modus, mos, ratio, ritus ; com

os nomes animus, mens, consilium, lex e^ com varias locugoes

adverbiais: ratione et via, metodicamente; vi, a. viva jorca; jure,

com razdo; injuria, sem razcio; fraude, Uegalmcnte; dolo , com

engano; ordine, com ordem; silentio, em sdencio; yitio, degalmente.

Aasim diremos: besiiarum modo, a maneira dos animals; pecudumritu, conjorme o costume dos animals; antiquo more, segundo^ o antlgo costume;^

aequo anirna, com resignacao; firmiore ammo, com animo maisjorle; commmiiconsilio, conjorme o paveccr de iodos; nullo modo, de modo algum; nullo negotio,

sem dijiaddade; nullis impedimentis, sem bagagens; hoc consilio, com esta In-

tencao; hac lege, hac condicione, com esta condicao; iuo nomine, tuis verbis,

em tea nome; specie, sob as aparencias; nullo raeo merito, sem men merecimenlo;

nulla difficultate, sem dLJicaldade; nullo auxilio, sem aux'dio, p. ex.: duobusmodis, aut vi aut fraude, fit injuria, de dois modes se comete Injuslica, com

a fiolencia ou com ajraude.ObservagSes. — 1) Com os nomes que indicam parte docorpo nao se usa a

preposicao: nudis pedibus ambulare, andar de pes desclacos; nudo capite, de

cabeca descoberta; aliquid peterc oculis lacrimis suffusis, pechr alguma cousa

com lagrimas nos olhos; passis capillis se inferre, andar de cabelos desgrenhados.

2) Modo, ablativo de modus, i, m., usa-se em ablativo nas segmntes ex-

pressoes com adjetivos pronpminais e com par e similis : hoc modo, eo modo,simili, pari, tali rnodo, aliquo modo, quodam modo, quo modo, alio modo,

nullo modo. — Com outros adjetivos a construcao e diversa: servilem in modumou serviliter, mas nao servili modo: majoresn inmefam, hostilemjn mo-dura, mirura in modu-a, e tambem ad hunc modum, ad quern modum.

J) Nullus, quando acompanha um ablativo de modo, equivaie a sent,

p. ex.: nullis impediment's, sem bagagens; nullis comitlbns, sem compan.hei.ros;

nullo negotio, nulla difficultate^ sem dijiaddade; nullo ordine^ sem ordem;

nullo modo, de modo algum; nullo merito, sem. merecimenlo; nullo auxiho,

sent auxilio.

COMPLEMENT© DE COMPANHIA

Cum paucis conaitibus

216. — a) O nome da pessoa ou cousa, que alguem leva

consigo ou em si, vai para o ablativo com a preposicao cum % com

Page 202: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

mm—

- 202

m on

. 4) Notem-se a, fr?ses . „s„""

J.

5"" 10^ "" &8' '<^ 72 >'

cum iraperfof fer rel^iido do'^,„o?j£?£?'™

ComP^^ode aLjuem; esse

COMPLEMENTS DE LIMITAQAO

'

Natione Medus.

-a detJS;^;iS ":m!^ di- ?«*«> de que Unites se afirma

omnibus GalUs D^Zf~w/'" °, r , ?Y '

°e aissermos: Helyeiii<v ff««fo,-cv. f.f.V^V-crr.'.

' °* * lehecw eram superiors a iodo.r

Pomn, o em cue ^a- i^-^: JsuPe«ores. Acresceniando,

"' ~""~ ^'-"^"s *^<- "irtute praestabant, <wlicivtaoo'! '"ff"^ « fcaW or GauUsesemoakr.

r?-, „°a° abJatlvos de limitacao: mea se^r»«~ -™ • -

macs vdlio; natu mJnJiroc T,3 '' ??*" "^^us,MS' ° mau mOQo; verbis nan re, com

^

poucosconipankciroj, cum paucis comitibus; passcio com o n

-sites» ^ com <™* <™^i^ cS—e e tc^a2a:Xe

3S ;t 1^Sm.

miHt- « ^ o

CaeL;rfe^K;J~&m)^n -te «»pii« profecius es

menu ^rofectS «tiS^I^T^^'f^™*^(cf. n. 20fi /> ~W W ~ '

! '

; exercite. (cum) classe

P- «, cuzn-^bu. legions, ,affide^^^,,^oU?l p^trc; cum krro incedo^/^^"r™^ .

UM C"im Patre °« -nva!

".Vi'^vvr/v;;,..^,; oar>.-, f,"bri H -^,.,.,, .'..' •;, -" " a'""~ "" >»*<>; cuir, telo cs«"

nj^v.carr., b -ilave cum a&,3 "^te"!': T COm os^'"V.": puSlia re, cortex I

igu«l P. ex.: conjunctio; ccs^^o c"'A !'V0S e substantives Jc significi^o

' -U<-10

'c--'-tamen, communis, par, etc°

*

Page 203: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 203 —palavras nao comjatos; homines sunt nomine non re, sao homensde nome c nao dejato; claudus altero pede, manco de um pi; meiite

i\ capitis, idiota; omnibus nunaeris absolutus, perjeilissimo sob'«;,- todos os aspetos.

% )

%• Cnctus tempera lauro.

(Acusativo de relacao)

1' 218. — Prosadores, mas especialmente poetas, com muitos

f adjetivos e com alguns participios usados como adjetivos, em lugar• do ablativo de limitacao, poem em acusativo o nome que indica

ja parte do corpo a qual se refere a ideia do verbo ou adjetivo. Esse

Jacusativo, imitacao do grego, chama-se acusativo de relacao. E' assim

? que se diz em latim: romanus genus, roniano de nascimenlo; fulvuscapillos, de cabelos louros; os humerosque deo slmilis, semelhanle

I a urn deus no semblante e no parte; ductus tempera lauro, coroadaa jronte de louro.

I

• i Qbservacoes. — 1) Esta construcao e propria da poesia, na prosa deve-sei rccorrer ao corrmlemento de limitacao, ao de modo ou a qualquer outra. construcao,> p. ex.: Sulla est romanus genere, Silo. e ronui.no de nascimenlo.

i_

2) Muitos acusativos advcrbiais ou absolulos se podem explicar pelo acusa-

{tivo de relacao, p. ex.: iiiud ie rrscneo, id is, rogo, quod scrlbis, coin relacao

I ao que mc cscra'es, etc. (cf. n. 252, pag. 219; n. 256, a, pag. 221).

Virtus digna imitations

— a) Digitus, indignus, exigem o ablativo de limi-

tacao: virtus imitatione digna, non invidia, a virtude i digna deimdacdo, nao de uweja; indignus gratiis meis, indigno dos meusjavores.

Observagao. — O genitivo com dignus, indignus e forma quase esclu-sivamente poetica, p. ex.: magnorum haud nnauam mdignus avoruni, nuncaindigno dos sens grandes anlcpassados.

b) Se a cousa de que um e digno ou indigno se exprime pormeio de um verbo precedido da preposicao de, pode-se:

/) Substituir o verbo por um substantive correspondenteem caso ablativo: is digno de ser iouvad.o, dignus es laude.

IT) Ou exprime-se por meio de ama proposicao dependentecom nt, ou qui, quae, quod e o subjuntivo, p. ex.: (pass.) tu esdignus qui a me laoderis, (at) tu es dignus quein ego laudem,ou tambem dignus ut lauderis j os pobres sao dignos de ser compade-cidos por todos, pauperes digni sunt omnium xniseratione oudigni sunt uteorum omnes misereantur.

Observacao. — O verbo dignor, julgo ou soujulgado digno, rege tambemablativo.

Page 204: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 204 —

COMPLEMENTS DE ORIGEM

loco natus.

3> — «) Com os verbos gignor, nascor, orior e com os i',1

adjetivos verbais: natus, ortus, generatus, gerado, filho de; progna- $tus, descendcnte, filho de, nascido de; oriundus, oriundo, o nome

"'

da janiiha, estirpe e condigao social de que alguem procede vai em I'

regra para o ablativo sem preposicao com os substantivos loco,j

familia, genere, stirpe, parentibus (pais), parente (pai ou I

mae) nas frases: humili loco natus, oriundo de familia poire; 1loco equestri ortus, oriundo de familia equeslre; Herculis stirpe I 1

generatus, descendente da familia de Hercules; humilibus parenti-bus natus., nascido de pais obscuros; obscuro loco, tenui loco

\

ortus, de ohscura linhagem; antique ,i'iobili genere, summo loco, i

amplissima familia natus, nascido de antiga, nobre, nobilissima,

familia p. ex. : C. Marius parentibus natus est humilibus, C. /Mario ;

fnasceu de pais humildes; Cicero ortus est stirpe antlquissima -j

loco equestri, familia plebeia, Cicero nasceu de esterpe antiqulssima, jde familia equestre, mas plebeia. I

b) O nome do pai, da mae, especialmente quando separado, .-J

do do pai, os substantivos comuns e os pronomes exigem as mais dasvcz.es o ablativo com a preposicao ex, e, p. ex.: Hercules (ex) Jove Inatus, Hercules, filho de Jupiter; Hercules ex Alcrnena {nome da -

mae) natus, Hercules, filho de Alanena; Mercurius (ex) Jove et '!

Maja natus, Mercurio, filho de Jupiter e de Maia; ex serva natus, J

filho de uma escrava; ex fratre nati, os filhos do irmdo; ex me,\

ex vobis, ex nobis, ex Mis, ex eo, ex qua natus, etc.

c) A descendencia de antepassados longinquos exprime-se com ']

ortus; prognatus, oriundus e o ablativo precedido de a, ab|

(rar. ex), p. ex. : Belgae orti sunt a Germanis j ab antiqua stirpeortus j oriundus ex Etxuscis, oriundo dos Etruscos; ipsi erantexf.Cimbris Teutonisque prognati, eles eram descendenles dos I.

Cimbros e Teutoes.

_

Observacoes. — 1) O nome que indica a pairia traduz-se por jneio elf umacl;eiivo: Pedro de Alexandria, Petrus Alexandrians, ou vai o.-u-a o abbtb-oprcceclido de a, a.b : Petrus ab Alexandria,

'

:

2) Notem-se.as frases: orjginena iraherc (ducerc, habere) ab ou eyaiiquo; ortum. ducere ab...

Padus ex alpibus oritur-,

22L — a) Para indicar a nascente de um rio usa-se ex \

ou^abs Padus ex alplbus oritur, o P6 nasce nos Alpes; Rhenus -II

oritur ex alpihus Lepontlnis, o Reno nasce nos Alpes Leponlinos. \

b) Em sentido figurado gignor e nascor querem .unpv,ex ou ab, p. ex.: ex maxima libertate tyrannis gignitur, da "']

liberdade desenfreada nasce a Urania; morbus ex intemni -vn L'u\

gignitur, as doengas nascem da intempcranca.

Page 205: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

1

— 205 —A majorihus accepiniuis.

222. — a) Depois dos verbos que significant pedir, receber,

f<alcancar, tomar ou receber emprestado conio aecipere, mutuari,capere, emere, haurire, como tambem depois dos verbos que signi-

w-" ficam conhecer como cognoscere, intellegere, discere, etc.; exige-se

^ o ablative precedido de a ou ab, se for pessoa, de e, ex ou tile, se for

cousa, p. ex.: a raajoribus accepimus, sabemos pelos nossos

antepassados; injuriain accipere ab aliquo, receber umainjuria de alguem; magnam ex episiuia tea accepijyoluptatem,experimental grandlssimo prazer era lendo tua carij/ipeamiam apatre two mutuatus sum, tomei dinheiro emprestado a tea. pai;

de absiinentia prodeunt castae eogiiatioiies, os castas pensamen-tos precedent da abstinencia; summam laetitiarn ex tuo reditucapio, experimenio grandlssimo prazer pela tua volta; emere allquidab ou de aliquo, comprar alguma cousa a alguem; haurire aquamde ou ex puteo, llrar dgua do poco.

b) Os verbos audire e scire exigera o abiativo com ex ou ab (com os nomescle cousas so ex) : audivi ex majoribus natu, ouvl da boca dos nossos '.'cUios, e Ciceroescreveu: audivi isia de majoribus natu. — Com scire encontra-se tambema preposicao de : scire ex ou de aliquo.

COMPLEMENTS DE AFASTAMENTO

eiere ab exercltu. — Non longe a castris distare.

223o — a) Os verbos que indicam afastamento, separacaoconstroem-se com o abiativo precedido de a, ab ; e, ex; de, tantocom os nomes de cousas como de pessoas, observando-se que noprimeiro caso se pode omitir a preposicao e no segundo prefere-se

a, ab, p. ex.: dlscedere ab exercltu, abandonar o exercito; Hannibalex Italia decedere coactus est, Anibal j'oi obrigado a partir daItalia; decedere (ex) provinpia, partir da provincia; decedere abamlcls, ajasiar-se dos amigos; liberare patriaxn ab feostibus,a tyifanxiO, a aialis civlbms, Uvrar a patria dos ininugos, do iira.no,

dos maus cidadaos; liberate pairiam (a) periculo, (ex) discordiisintestinisj, Uvrar a pairia de um pengo, das discordlas internas;

expellere a^-°

de Roma.I1 -.i«wiB(er:) urbe, (de) Uoisa, expulsar alguem da cidade,

b) O nome do lugar do qual uma pessoa ou cousa esta. longe,

niesmo com os nomes de cidade, vai para o abiativo precedido dea ou ab, p. ex.: nan. longe a castris distare, nao distar muiio doacampamento; eastra possuit qruindecim milia passuum abAvarico j asseniou o acampamento a 15 inilhas de Avdrico; hostesduprum milium passwturn spatio a nobis (ab amne, ab urbe,a Roma, ab Italia) aberant.

Page 206: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 206 —c) Notem-se as seguinfces construcoes:

Prohibere urbem periculo, preservar a cida.de do perinoDefendere cives ab m;uria, defender o.r cidaddos de iod'o o dano.

,Kesistere consiho, obsidione, etc., desistir do intenlo, do ccr-oInterfere ahquem commeatu, itinera, etc. intercept os Averes, o caminho

Interdicere aiicui aqua ei igni inierdizer a alouem o uso da dgua e do foao•nanda-lo para o desterro, deslerrd-lo J9 '

Abstmere seinjuria, ab injuria, abstcr-se de ojeiuas.FoJere castes ou s:c cascrfs, expuLmr do acampamcnlo.

• Uejicere moemb-as ou de mosaibus, repelir dos micro.,:

nr-m * =K°S °S comP°stos com prefixes separativos (se- e dis-) constroem s~ss^^x^^"** sejragS^ dis^4 *S£

e) Cf. tambem n. 186, c, pag, IS7.

Soma epistulan* dabam.

224. — Vai tambem para o ablativo de afastamento o nomedo lugar donde se escreve uma carta. Os latinos, as mais das vezescomecavam uma carta com urn d., que significa data (epistula data)

^l°m

'

Um dab:V'

qr, sisnifica dabam( = epistulam dabamtabeWio

,correct,). Dabam Roma, dabam Athenis, dabamLormtho Raramente se encontra nesses casos o genitivo locativo:Komae, Cormihi (cf. n. 413, e.).

COMPLEMENTO DE EXTENSAO E DE MEDIDAFossa alta quinque pedes.

225. — a) Os nomes que indicam medidas de comprimentolargura proomdmade ou altura, complementos de urn adjetivoaitus, iongus, latus, crassus ou de um verbo, p. ex.- patere inlongtiydmom, in latitudinem, etc., vao par^o acusativo Sempreposicao, p. ex.: Josso com clnco pes de projundidade, fossa altaqumque pedes

; nau de_ duzentos pis de comprimento, navis ducentospedes longs • a plantae extende-se por ires mllkas de largura ( = lemires mdhas de largura), plasties fcia milia passuum in Jonrf-SM *****>.° <•*"<> de Corinio tem.de largura auatro rnllL,isthmus corintluacus quattuor milia passuum in latitudinem

pa^ s;:t;&^i^^it-^ *tr^. p. « •^

Mille passes (ou passibus mille) abest a mari.

226. — a) A distancia entre um lugar e outro exprime-secom o acusatzvo ou ablahvo sem preposicao ou tambem com o geru-..fxvo precedido dos abiativos spatio (rar. o ac. spatium), infer-

Page 207: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 207 i-

vailos mille _passus_ou mille passlbus ab hoste consistere,

w tsiar

.

afma im la d-e distancia do in'unlgo; Saguntum, civltas opu-? lentissima, sita est (ou abest) -passus mille (ou passibus mille)

'J

i'a rnaxi, Sagunto,^ cidade riquissima, esta a una m'dha do mar; exer-M citus trium miiium passuum spatio (intervallo) ab urbe eraf

V o exircdo estava a tres milhas da cidade.'

ablativo que indica a distancia e, as vezes. m-ecedido da preposicao ae, cm regra, usa-se esta construcao quaiido uao se indica o lugar do qua! e calculada"a distant*!, p. ex.: irevm, posjiis castris a milibus passuum quindecSm.

SHp,. a.uxma Germanoram exspectare constituent, a ,f 2W<W, lendo acam^ado af/«(«^L- milhas, determinant esperar os rejorcos dos Germanos.

# :

'Obseryagoes. — A distancia pode-se tambem exprimir-i)Com o numero ordinal, concordando com ad lapidem (lapis, idis.ra ')

p.ex.: lito fomponiojoi enlerrado a cinco milhas da cidade, Titus Pomnoniu*sepultus est ad qumtum iapidena ab urbe. — Pode-se, mas mcnos freauente-mente, usar o ablativo lapide, P . ex.: caiu a tres milhas da cidade, cec&lit 'tertioab urbe iapide.

• / ^/s,

v?z =s

/a distancia media-se por dias: bidui iter processii, oercorreuocaminho de dots dias; ab hostibus bidui iter distabat, distava do inimigo do is

Raramente subeutende-se iter : a quibus aberam bidui, dos qua is dU-tamdois-decamadio. '

COMPLEMENTO AGENTE OU DE CAUSA EFICIENTE (**)

Diligor a patre.

227. — Com os verbos passivos a palavra, que indica pessoaou cousa pela qual a acao e feita, vai para o ablativo com o a ou ab,"se ior pessoa ou ser animado; sem preposicao, se for cousa: diligora patre, sou amado pelo pal; missus a senafu, mandado pelosenado; moerore conficior, sou consumido pela tristeza; canis,aham praedam ab altero ferri puttans, eripere volv.it> o'cao,udgando que outra presa era leoada pelo outro (cad), quis arrebatar-lha.

V: .

®bss?vag~6ss.— r> As vezes ° complemento de causa eficiente (cousa pelaqual a acao e ieita) encontra-se precedido de preposieoes especialmente quatido oescator o considera animado, p ex.: a fortuna deserf, ser abaadonado pela jor-;,-, tuna; eioquentia a naiura ad saiutem hocainum data est, a ebmvhicia hidada paia nalureza para a utdidade do ho/neat.

' '

-

y; .

2) Nos tempos formados com aigans participios perfeitos, r>. ex.: auditas,cognitus, eapi«3 , constitutes, Iectas, provisos, dictus, etc!) is vezes, o da-

_O-A beira das cstradas, !o.-a da cidade, a cada mil txissos, coIocavam-=e

couina:-.innas ou pedr-:u-., .7<.,a.v nH.Lirio (iaois miliarias) ouo rnarcav^ a distar-;-.tui cidade. '" "

(:s*) Nao sc eo:u'uuda na ap.alise iatip.a c co'mpleme.nlo de cousa ejicienle

.. .

com o simples complemenh de causa.

pela mcompetenc.a absoluta cios nossos; esta sim foi a vencedora. Ao passo cue natrase: o nosso exercdojoi venculo por causa da ineptidao de seus chiles (e em oorlVucsainda neste caso se pode Awe pela ineptidao de seus ckejes — produzindo-se d°estaarte alguma confusao), quer dizer que nosso ex&cito foi vencido pelos senerai«adversanos, que souberam aprcveitar da inepcia dos nossos.

Page 208: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

sa

— 208 —tivo substitue o ablative com a on ab : vero orator! omnia lecta esse debenttudo deve scr lido pelo bom orador; cui non sunt auditae Demosthenis vigiliae?par quern nao sao conhecidas as-viglitas de. Demostenes? res mihi satis perspectaest, a cousa. c sujicien/e/nente conhecida por mini; haec nobis supra dicta suntesias cousas joram por nos diias acima.

'

5) Diz-se do mesmo modo probari alicui. ler a aprot'acao de alijuemagradar, p . ex.:qm ita dicat ut a multitudme probetur necesse est eundemdoctis probars, ,.-<• alguemjab, de modo que agrade a multidao.deve necessariamenieagradar l.ynbcm ao.t doulos; hos Hbros tibi (ou abs te) probari gaudeo, eslimoque estes lirros te .tejam agradavcis.

4) Comitatus (part. perf. de coniflor), acompanhado, exige seu comple-mente em ablativo sem preposicao.

• /^? !" re ' ;l ?a° a° complemento agente ou de causa ericiente na construcaodopai-tieipiohituropassivo ou gerundivo (cf . Uso do parlicipio Juluro passive, noyb, c).

COMPLEMENTO DE QUALIDADE

Vlr magni consilii.

228. — a) O nome que indica a qualidade de uma pessoa oucousa vai ordinariamente para o genitivo p. ex.: vlr magnae pruden-tiae, mens parvae altitudinis.

As vezes, em portugues o complemento de qualidade expri-me-se por meio de um linico substantivo, mas na lingua latina enecessario que o adjetivo acompanlie sempre o substantivo, p. ex.:as expressoes livro de valor, homem de prudencia, traduzir-se-aoliber magni pretil, vlr magni consilii.

b) Em vez do genitivo, pode-se usar tambem o ablativo;mas entre as duas construcoes ha esta diferenga: com o genitivoindicam-se quahdades permanentes, com o ablativo as disposicoesdo ammo trasuorias e as qualidades do corpo; vir magnae constantiae,homem de grande considncia; vir magni consilii, homem de grandediscernunento; vir magni animi, homem de coragao generoso; virhumili statura, homem de baixa estatura; vir magno corpore,homem de grande talhe.

c) Tratando-se de determinacoes de medlda (peso, mimero,espaco) usa-se o genitivo, p. ex.: urn colosso de 120 pis, colossuscentum viginti pedum ; trlncheira de 12 pes, vallum duodecimpedum

; murus trecentorum pedum, puer decern annorum,classis centum navium, etc. (cf. n. 202, b, pag. 195).

COMPLEMENTO DE ARGUMENTO

De leone et mure.

229. — a) O complemento de argumento que responde apergunta de quern ? de que cousa ? sobre, acerca de, a respeito de qualargumento ? e que se encontra depois dos verbos que tern o sentido deIratar, jalar, escrever, disputar e semelhantes, traduz-se em latim comde (rar. super) e o ablativo, p. ex.: Cesar escreveu sete livros sobre aguerra guaksa, ires sobre o civil, Caesar scripsit libros de bellobello gallicos septem, tres de bello "civili ; dispula-se a respeilo da

Page 209: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

M

II *l

:

4

__ 209 —

amizade, disputatur de amicitia ; o iwro da amizade, sobre, a res-

peito da amizade, liber de amicitia; escrever-ie-ei a respelto desta

cousa, hac super re ad te scribam.

Observagao. — Notem as frases: de aliqua re dicere, scribere, referre,

fatar, escre-.'er, referir sobre uma cousa.

l>) Nos titulos pode-se usar tanto o ablativo com de como

o nominativo, p. ex.: do leao e do ralo, de leome et mure ou leo

et mus.

COMPLEMENTO DE FIM

Ad perpetuam rei memoriam.

230. — O fim para o qual uma acao e feita vai para o caso

acusativo precedido de ad* as vezes de in, p. ex.: este monumento

joi assentado para perpetua memoria do acontecido, monumentumhoc positum est ad perpetuam rei memoriamj dinheiro para

as necessidades da guerra, pecmiia in rem militarem.

COMPLEMENTO DE ABUNDANCIA OU FALTA

Natura parvis rebus eget.

231. — Exigeni o seu complements em ablativo sem pre-

posicao:

a) Os verbos que indicam abundancia ou falta, p. ex.: abun-dare, abundar em; cumulare, amontoar, encher; onerare, carregar;

locupletare, enriquecer; privare., privar; spoliare, despojar; nuda-re, despir, despojar; egere, Indigere, deficere, carere, vacare,

ter jalta de alguma cousa, estar isento, Here; redumdare, affluere,

exuberare, scatere, complere, implere, replere, (com o sentido fun-

damental de encher); refercire, imbuere, inficere, saepire, privare,

orbare, exuere, vestire, etc., p. ex.: abundare auro, abundar emouro; vino pateram implere, encher uma laca de wn/zo/GermaniaGalliaque'1

-abundant rivis et flummibus, a Germdnla e a GdUaabundam em regatos e rlos; Deus omnibus bonis explevit mundum,Deus encheu o mund.o de todos os bens; natura parvis rebus eget,

a natureza se satisjaz com pouco.

Observagao. — Com o verbo egere, e mais frequentemente com in-

digere, prectsar, e com implere, encher, usa-se tambem o genitivo, p. ex.: Deustuio precisa de nada, nullius rei eget Deus ; preciso de urn lea consellw, consilii

tui indigeo ; encher de terror, de csperanca, implere fcrmidmis, spei.

b) Os adjetivos vacuus, liber, immunis, alienus, purus,

nudus, orbus, incluindo a ideia de afastamento e de separacao,

preferem o ablativo com ou sem a preposicao a ou ab tratando-se

de cousas, sempre com a preposicao tratando-se de pessoa, p. ex.:

dnimo livre de cuidados, animus liber, vacuus curis ou a curis;

Gramatica Latina, 14

Page 210: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

210 —

despojado dos^ bens paternos, nudus bonis paternis ; privado dos

olhos,^ luminibus orbus ; republica privada dos magistrados, res-publica nuda a magistratibus.

vacuum.

c) Os adjetivos: onustus, carregado; refertus, ch'ioatulhado, se constroem sempre com o ablativo, p. ex.: vida, sob qualquer aspeto, chela de bens, vita undique referta bonis j carregadode embrulhos, onustus sarcimts. Com refertus o nome da pessoapode-se por tambem em genitivo, p. ex.: a Galla estava chela de ne-gociantes, Gallia erat referta negotiatorum ou negotiatoribus.

d) Os adjetivos expers, egenus, inanis, Inops, ferax"iertJis, plenus preferem o genitivo (cf. n. 272, a, III, pag 229)'affliiens, dives, gravis o abla'tivo; p. ex.: esta regiao & pobre dedguas,haec regio est egena aquaram ; os animals sdo destituidos darazdo e da palavra bestiae sunt rationis et orationis expertes.

Pluit lapidibus.

232. — a) Os verbos pluit, chove; manat, mana, dislila; rorat, orvalhacai como orvalho;stilUt, pinga; sudat, sua, transpire, exigem em ablaiivo a materiaque chove, distila, etc., p. ex.: pluit sanguine, lapidibus, terra, came, lactelapideo imbn, creta, chove sanguc, pedras, etc.; terra sudat sanguine, a terrasua sanguc; Hercuhs simulacrum multo sudore manavit, a estdtiia de Hfrcules dedou muito suor.

b) Commanare pode-se dizer tanto culter manat cruore, a Jaca pinnasangue, como craor e cultro manat, dajaca pinga sanguc.

Mihi opus sunt consilia.

233. Opus esse, ser preclso, ser necessdrio, pode terdupla construcao: a primeira pessoal, e nesta construcao a cousa deque se preclsa vai para o nominativo como sujeito do verbo esse,permanecendo opus inalterado; a segunda impessoal, em que acousa de que se precisa e regida por opus esse em caso ablativo.A pessoa ou cousa necessitada vai sempre para o dalivo, p. ex.:tenho necessidade de conseihos, mihi opus sunt consilia ou miniopus est consiliis

j os Romanos tinhatn necessidade de naus e marl-nheiros; opus erant Romanis naves nautaeque ou navibusnautisque opus erat Uomanis.

Qbservacoes. — 1) Os pronomes neutros exigem a construcao pessoa! aopasso que asproposicoes negauvas e as interrogates reldricas, que sao sempre P<Ua-tivas, a impessoal, p. ex: declara mihi quae tibi opus sint, explica-rae aquelascousasde que lens necessidade; pauca miseris opus sunt, os injelizes tern necessidadedepouca.r cousas; nihil opus est auxilio, nao ha necessidade de aux'dio; auid opusest verbis.' que necessidade ha etc palavrasl (interrogativa retorica).

.

2) Qua.ndo a cousa dc que se precisa e exprcssa por um verbo, este vai parao simples injindo ou para o acusalivo e o injinito, ou para o ablativo do participio

perteito — raramente para o subjuntivo com ut, p. ex.: nihil opus est mentiri,nao ha necessidade dc menhr; nunc opus est te ammo valere, agora ^necessdrioque tu lenhas coragem; mihi opus est te quam citissime redire, e-me necessdrio

Observacao. — Em Cesar, porem, encontra-se oppidum defensoribus '(

Page 211: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 211 —

que hi voiles o mats breve possivel; accurate et properato opus est, £ precise- di-

ligencia e presteza; non est opus prolate, nao precisa dize-lo; haec ut scias opus'

est, e nccessdrio que saibas eslas cousas.

J) O Km para o qual e necessaria uraa cousa vai para o acusativo precedido

de ad, p. ex.: muilos para a vida tern necessldade de muilas cousas, multis multaopus sunt ad vitam.

4) Com os verbos scire e dicere, pode-se tambem usar o supino passivo

em u, p. ex.: £ necessdrio sabe-lo, dize-lo, hoc scitu ou dictu opus est.

COMPLEMENTO DE CULPA

Miltiades accusatus est proditionis.

\234. — Com os verbos que significam acao judiciaria:

accuse, incuso, argiio, insimiilo, acuso; arcesso, postulo,

reum facio, cito em Juizo; damno, condemno, condeno; solvo,

absolve, libero, absoivo; coarguo, convinco, convenco, etc., e precise

distinguir se o complemento de culpa e expresso: a) com os nomes

genericos culpa, crime, jalta e semelhantes; b) ou com nomes que es-

pecificam e determinam a culpa.

a) Se o complemento for expresso por um nome generico,

usa-se o ablativo dos seus correspondentes latinos sem preposicao,

a saber: crimine, scelere, culpa, delicto, nomine, por causa de,

sob pretexto de ( = ablativos de causa), p. ex.: acusar-te-el do mesmo

crime, accusabo te eodem crimine j acusado de concussao, jot.

j• absolvido das demais acusagoes, damnatus crimine repetundarum,

jceteris criminibus absolutus est.

b) Os demais nomes que especificam e determinam o nome

do delito poern-se no genitivo: MUciades joi acusado de traicao,!

;

'

Miltiades accusatus est proditionis ; eu le acuso de jurto, ego"* insimulo te furtij tujosle condenado por homicidio, tu damnatus

|es caedis ; o juiz absotveu a Clodio da acusacao de injurias, jiidex

I Clodium absolvit injuriarum.

}Este genitivo pode-se resolver com o ablativo crimine

|subentendido, o qual, porem, as vezes, se exprime: o lobo acusava

\ de jurto a raposa, lupus arguebat vulpem furti crimine..

it*1"

Gbservacoes. — 2) Com os verbos postulo e accuso o nome do delito

Ipode-se tambem por em ablativo com de : p. ex.: accusare, postulate aliquem

repetuidarum ou He repetundis, acusar a alguem de concussao; ambitus ou de* ambitu, de cabala; majestatis ou de majestate, de lesa majeslade; parricidu

ou de parricSdio, de parricldio; peculates ou de peculate, de peculate, neg.i-

gentlae ou de neglegentia.— Dir-se-a sempre: condemnare, accusare aliquem?

'

de vi, porque vis carece de genitivo, condenar, acusar alguem de violencia; accusare

inter sicarios, de assassinio; de veneficiis, de envencnamenlo; arcessere ou

accusare capitis, acusar de delilo capital; absolvere aliquem regra suspicione,

absoWer alguem da suspcila de aspirar ao reino; absolvere capitis ou capite, absol-

eer de um crime capital.

Wi- 2) Na linn-uagem comum ou extra judicial encontra-se o acusativo da culpa

ou do vicio e o genitivo da pessoa, p. ex.: accusare, incusare, arguere neglegen-

tiam, avaritiam alicujus, acusar, censurar a ncgligencia, a avareza de alguem.

Page 212: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

212 —

COMPLEMENTO DE PENA

Alcibiades capitis (capite) damnatus est.

n»r* ,Jf' ~ A Pena T Castig° exPrime-se com os verbos dam-nare, condemnare, multare e semelhantes.

tali mjLA Pm

*/\mTU h'aduz-se com os ablatives poena capi-

multZ 'P ant° C°m ° Verb° da^are como com o verbo

7 l enireos^S °S CapltIS °Um°rtis 6 ° Verb° da™»«?p. ex... entre os hgipaos os perjuros eram condenados a morle anudAegyptxos perjuri capite multabantur ; Alcibiades, sebeTl

d££& C

::tad

° "m0rk

'

AlclbladeS abs-S «**• - «*K

_

A) Se a pena consiste numa determinada quantla de dinheiro.

eX7f P°r m™ d° aWativo com o ,verbo damnare, p exjoimuttado ernrndsestirccos, em cincoentatalentos, mille nummis"quinquagmta talentis damnatus est.nummis,

nmii ^ SeApen,

a for «*pressa pelos substantivos: «rf// , «„>&,acoties, ynominta, danos e semelhantes, estes vao em regra para o

t£Z mm°~ °

multa^.P- «•= o reu dojurtofofcondenado

reust^ZlV * agfeS' iW'vntoa, aos danos, i uma muUa,X £ .

multatu« est exsilio, vinculis, verberibus, ignomima, damms, pecunia. a

exorime o^™™Pena CO

rSite

jUma^"^ ind^^nada de dinheiro,expnme-se com os gemtiyos de quantidade tanti, a tanto; quanti

ttli JSi'»a°r

quddrupi° se traduzem com os eenit-os d«P*^

to\qrdruplJ?

P- ex - : ^ ™™ anlepassados condenavam o

nostn iurem aupii oondenmabant, faeneratorem quadruple

«/«4a&/- cm a seTl^TJa ZtrT '/ [Jbalhnr ™* nunas; ad bestias, asapUcio; ad ^o^TTJort ; ad ext^^«m supplicium, ao exlre.no

poenam , ,W«w"' rS^n?^^*' ^f-'. etc, damnatus ad

majest-ati^"^'"""'("' t'"' ^ m'"" d< '"" ™)**l*dc, damnare aKqucm de

etc.! da^'^'e pompeja lege, popuii judicio, i'also testimoAio,

Page 213: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

"1'':.

.. ..

:..i — 213 —

CAPITULO HI

-f SIWTAXE iOS CASQS

ml

I § '

V NOMINATIVO

Sepulcra sanctiora fiunt vetustatc.

(Noniinalivo do predicado integral)

236. -— Na lingua latina muitos vcrbos tern dois nominati-

vos: o do sujeito e o do predicado (predicado integral). Os verbos queexigem estes dois nominativos sao os segumtes:

a) Os verbos intransitivos que indicam a existencia ou urn

estado permanente ou com a significacao de iomar-se, sair-se, parecer,

aparecer, nascer, morrer, viver, permanecer e semelhantes, p. ex.:

sum, fio, evado, exsistp, nascor, raaneo, permaneo, morior,videor, appareo, vivo, etc., p. ex.: os sepulcros com o tempo lornarn-se

tnais veneraveis, sepulcra sanctiora fiunt vetustate.

b) Os verbos transitivos passivos apelativos: appellor,

vocor, nominor, dicor.

c) Os verbos transitivos passivos que indicam scr hdo, cha-

mado, criado, eledo, julgado, eslimado, escolludo, ackado, conheado,

jeilo, e semelhantes, p. ex.: habeor, putor, ducor, censeor, judi-

cor, exisiimor, credor, creor, eiigor, designer, fio, efficior,

declarer, renuntior {sou clelto); cognoscor, irivenior, reperior,

p. ex.: todas as regradas ajeicoes do amino dizem-se virtudes, omnesrectae animi affectiones virtutes appellantur.

Observagao. — Se os verbos transitivos (b,c) forem usados na.voz ativa,

exigem clois acusativos: o primeiro o do objeto direto, o segundo o do predicado

nominal do objeto direto, p. ex., pass.: Cicero Joi chcimado pelos Romanos pai dapdlria, a Roraanis Cicero appellatus est pater patriae, ativ.: os Romanescliamararu a Cicero pal da pdlria, Roraani appellavertmi Ciceronem patrempatriae (cf. n. 172, b, pag. 180 e n. 259, pag. 222).

j Ego volo esse bonus.

237. — Os verbos supramenciooados exigem os dois nominativos tambemj quando estao uo infinito depois dos verbos chamados auxiliarcs ou servis, quais,

[

por exemplo: possum, queo, nequee, volo, nolo, .male, cupio, studeo, euro,! meditor, maturo ; debeo ; cogor ; soleo ; coepi, ineipio, dessno, pergo e outros

] de siguificacao aualoga. O sujeito, porem, do infinito deve ser igual ao sujeito do

]verbo principal, p. ex.: Catao prejeria scr a parecer bom. Cato esse quaim vid.erz

•{ bonus malebat ; en quero scr bom, ego volo esse bonus; mas: cu quero que tu

sejas bom, ego volo te esse bdrmm, porque os dois sujeitos siio diversos.

Observagao. — Os verbos volo, eupio, studeo, e os outros que indicamdesejo

.ou yontade, podem-se tambem construir com o acusativo e o infinito, expres-

|li:^:;^:Sando-se,^ porem, opronorne que representa o sujeito do vcrbo principal: cupiome esse clementem, desejo scr beniqno, em lugar de cupio esse clemens ;

l§^-M::y-^'nao ha orador que nao queira ser igual a Dctnostencs, nemo est orator, qui se

Demosthenls similem esse nolit (cf. n. 382, a.).

Page 214: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

214 —

Ego mihi videor beatus esse.

238. — Em portugues dizemos: parece-me que sou fellzparece-me que lu is jeUz, parece-me que Cesar 6 fellz, parece qui 1somosfehzes parece que ,6s sols jellzes, parece-me que as a Jos dlitrentes saojehzes; em latim, em lugar da construct impessoal {partme quel cmprega-se a construcdo pessoal, isio e, o sujeito da proposSo"dependen e torna-sc su,eito da principal c portanto o seu casoSo nominat.vo e para o nominative ira, por consequencia logka oscu preoicado. Por exemplo: parece-me que eu souJellz= euZ'ecserjelu-tu. mihi videris beatus esse; Cesar parece a mlm ser.Mz= Caesar mihi yidetor beatos esse; ncs parecemos ser eTzes-

beat, esse; osahmos diLgentes parecem a mlm ser /«W= discing!dihgentes mihi videntur beati esse.<»iscipali

•u- ./aCece-me 1ue iu erraste = tu pareces a mlm ter errado tumihi videris errasse.

erraao, tu

Parece que a cldade jol tomada = a cldade parece ter ndntornada, urbs videtur capta esse.

w;i k fam?mf que eu perco tempo = eu parecerel perder temoovidebor tempus consumere.

tempo,

Parece ao pal que vos amals o estudo = pos parecels an nnlamar o estudo, vos patri videmini stadium diligereP

verbosquftlm^ST ° VOT,?.°

videor com ™\o. passivo, suprem-noveroos que tem o mesmo sentxdo, p. ex. : specto, conspicio.

Milites jussl sunt poxitem facere.

Joram m^dat^/T ^7^ *"" aUsl™™ ^dad,s = os consules ICoST ^' C°nSuIeS JUSsi sunt ««citum

n r- V,

/J/

fW^""'re fio

f'«'*«/"* ^c 'consuttassem os llvros slbltlnos =

CUAUa° SC pe™?iU a MU~

a° <l™ acusasse Clodio, Milo a ccusareUoaium non est situs ou prohibitus est.*ccusare

cf. n. oS2 ^pSf76.~Para a constr"?3° dos verbos>te, e „cto Ila voz a tiva

!

L__.

Page 215: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 215 —I

Carthagimienses dicuntur victi fuisse.

*,-w — Identica construcao tern os verbos que equivalem

a dizer, narrar, crer, usados na forma passiva, p. ex.: dicor, narror

(poetico), -putor, existimor?nuiitior em todas as pessoas; feror,

trader e perhibeor so na terceira pessoa: fertur, feruntur ; tra-

ditur, tradimtur, etc., p. ex.:

Diz-se que Apio Claudia era cego,= A'pio Claudia e dito ter

sido cego, Appius Claudius dicitur caecus fuisse.

Diz-se que Numa joi discipulo de Pitdgoras—Numa e dito

ter sido,. etc., Numa dicitur discipulus fuisse Pyfhagorae.

Diz-se que os Cartagineses Joram vencidos= os Cartagineses

sao ditos lerem sido vencidos; Carthaginienses dicuntur victi

fuisse.

Diz-se que Vergllio initiou os poeinas de$Homero= Vergdto

edito ter imitado, etc., Vergilius dicitur carmina Homer! imitatus

esse.. .

Diz-se que Homero v'weu no tempo de Licurgo, Lycurgi

temporibus Homerus fuisse traditur.

:Traditum est Homerum fuisse caecum.

241. — Os verbos dicor, putor, existimor, feror, trader,

a par da construcao pessoal, podem ter tambem a impessoal es-

peclalmente nas jortnas compostas do passive Pode-se dizer mdiferen-

mente: Caesar tyraniras putandus est, existimandus est

ou tambem: putandum est, existimandum est Caesarem fuisse

tyrannum. Deve-se todavia usar sempre a construcao impessoal

com os modos: traditum est, dictum est, nuntiatum. est,

putatum est, p. ex.: traditum est Homerum fuisse caecum,

diz-se que Homero era cego.

Caesari visum est proelium committere.

— Ha. quatro casos em que os verbos videor, dicor,

credor, :puior, existimor se constroem impesso'a'lmente (videtur,

dicitur, etc.), a saber:

a) Ouando videtur significa parece bem, oporiuno, agrada,^. ex.:

pareceu oportuno a Cesar travar combale, Caesari visum est proelium

committere j pareceu oportuno ao senado que sc envtassem. embaixa-

dores, visum est senatui legatos mittere ou xnltti ou tambem...ut.legati mitterentur. --- Nas f rases: se te agrada, se te parece

::it>£ni,-'-.si tibi videtur; como parece, v.t videtur, p. ex.: Platoms

disciplinam, si videtur, explicabo.

b) Quahdo o infir.ito dependent;; tie videos-, dicor, credor, etc. dcyeria

. :ir gava o inlimio future, e, por carecer o verbo do supino, houveg'se necessidade uc

'*-;vi-ecorrer aps circunloquios: fore (ou mtm'um a«,xc) ixt; parece, diz-se, crc-sc que

: -atguiw nunca aprcderao, videtur, dicitur, crediiur,. csnsetur fore (on futurnra

•'^vesse) ut aliqui nunguam cliscant ;parece. i/ue lit e-siadara-s, mihi videtur fore

ut tu studeas.

Page 216: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 216 — "

•&

4impessoa?g^fpudet^ttfl^T'^ Crodor

>etc

" <~™ verbo J

credibilerfetristmiTeTte8 ^x^ 1" ^"^ ^ "'" *A>'«™- P" »• = ^

&/v fl,n ,«&& re,4,- a /foX/ n£'-££W™ ""^ J*"""*1 «™ »sRomano* ainda, J.

J

balem superaturos esse t^- , «deba*™ credibile Romanes adhuc Hann;! IVvcridmil^^J^^^^cr^^^^'' "Cnha ^^ "**

NOMINATIVO NAs" INVOCAQOES 1:O fr.istra suscepti Iabores; o spes fallaces et inancs

cogitationes raeae! ;|

™. indict ^af6^n^7°™™° I

Sos ,«£claraa?3es que t6m sentido predicati-

Johjadlgas dcbaldc cmor^nd^tl SS1' Pre<

;

edl 'd° d" inter cicao o, p. ex.-

Felix ista dimus^ao'impunit-.^A $ 1 '4^° f e<ac"« rf"^^«W

qui a suis accuseturlImpumta 'e,n adePta sit; calamitosus Dejotarus,

l^.:JSZSw d^i.em 7g-ra/USa'S

tSCm^ ° "O^nativo.

^ ^ s ^-UISer«l,?. quanta crudisaol quanta notitia antiquitatis'

« nominative, substitue™ i"Xf*V*™ T^"?™ rCa!ce a° P^a"«ento,?«di, Juppitcr, audi tu populufAib^V^(r°fe^/"1 °' /?WO ^<™6

ara:Vesta dabit (o!, Faitt /lit Cf. n.lg "paS^ 1" 3

'Suffime» **>

§ II

VOCATIVO

Te hortor, mi Plance.

veac s6 exprime „ma exclam" cao Por estfn j ^' C aIP-dS eX

.

te"° r e "luitasen todasasdeeKnac.es e fc^ L^n^^o-rar^X^ll" "^ P-* P^POs^SosS^SsT^X Co™

1''" " qUC SC di"

ge a Palavra 'In--

a "tencao de akuem Nos dem\k •• ^ comocjao ou quando sc exige mais ativawlo-ie, 6 qucrido ZW. °™' V Y*" P°1S dc duas 0U trSs Havras. p. ex •

c5es pateticaly^^S-' pTrS±7^^°' a q " al s6 Se us» »- eJcIamal

C ..o, poetil ifdta r.toa

e riri

ihr vao^^^ o

1^J;

.•.v/^-fa/c: venis? --,2(j,V, ,. "v

."„.'"; f'"f^Per<ld<'?_ Qmhus, //<:«„, al) oris

Page 217: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

tf

— 217 —

Observagao.—As vezes, nas invocacoes, em lugar do nominativo (Cf. n.

243, a, pag. 216) ou do acusativo(cf. n. 262, pag. 222, a, pag;224), usa-se o vocativo

precedido de o ou pro, p. ex.: que empreendimento maior, d.Sanlo J up iter, jamais

joi rcalizado ncsla cldadc ? Quae res unquaia, pro Sancte Juppiter, in hac

urbe est gesta major?

ACUSATIVO

245. — acusativo indica a pessoa ou a cousa a qual passa

imediatamente a acao do verbo; os verbos que regem o acusativo

chamam-se transitivos (de transeo = eu passo); os outros Inlransdlfos.

ACUSATIVO COM OS VERBOS TRANSITIVOS

Dei providentia mundum administrat.

246. — a) complement© direto do verbo transitive,

ativo ou depoente, poe-se em acusativo: a proindencla de Deus governa

o inundo, Dei providentia mundum administrat ; Clpldo expug-

noue destrulu Cartago, Scipio Carthaginem expugnavit et delevit ;

a gloria segue a virtudc, gloria virtutem sequitur ; os oradores

imitaram a Demostenes e Cicero, oratores Demosthenem et

Ciceronem imitafi sunt (Cf. n. 177, a, pag. 184).'

b) Com dois verbos transitivos que regem o mesmo objeto,

o portugties representa este objeto com o pronome demonstrativo

depois do segundo verbo; ao inves, o latim omite ou repete o objeto

especialmente nas contraposicoes, p. ex.: a vlriude concilia as amlzades

e as conserva, virtus et conciliat amicitias et conservat (nao:

et conservat eas).

Spes deficit me,

247. — Sao intransitivos em portugues, transitivos.

emlatim, os verbos:

a) Juvo, adj iivo, no sentido de ser utll, vantajoso, agradavel,

aprovedar, agradar a alguem.

b) Deficio, Jalar, jalhar, desjalecer, jazer jalla a, p. ex.:

spes deficit me, jalla-me a esperanca; vires me deficiuni, faliam-

me asjorcas; voluntas me deficit, desjalece-me a vontade, falta-mc

a vontade. — Defieere ab aiiquo ad aliquem significa separar-se

de alguem, abandonar o sen partldo, nao conli.nu.ar a Javorece-lo oa.

estlmd-lo e passar para oulro parildo. Defieere amnio, desan.lm.ar;

defieere in aiiquo, exllnguir-se (das genealogias).

c) Effugere, juglr de, csqulvar-se, sublrair-se: hospitis

speciem effugere, subtralr-se a aparencia de eslrangeiros; effugere

maims, nao se deixar prender; effugere ex manibus, escapar das

maos {depots de ter sldo preso).

d) Sequor e sector, segulr, Ir atrds de, ir em companhia de,

e todos os seus compostos com excecao de obsequor,. obedeco, que

quer o dativo.

Page 218: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

218 — -if

Adulescentem decet modestum esse.

, ,.

"48° ~ °) 0s verbos decet, convem; dedecet, nao convan

dcsdtz, querem em acusativo a pessoa a quem a cousa convem ou naoconvem, e esta vai para o nominative. Esies verbos tem tambema tcrceira pessoa do plural, p. ex.: adulescentem decet rr.ode.stumesse., ao joveni convem ser modesto; Candida pax homines, trirsaecet ira teras,- uma paz sincera convem aos homens, a cruel ira asjeras.

>•*«*>y) TSm a mesma construcao os impessoais: juvat meagrada-me, apraz-me, e-me util; me fugit, me fallit, me praetgrU

escapa-me; quid sit optimum neminem fiigit, a «/^«e/w cjr'

o que e otimo = foaW sabem o que e olimo.'

ACUSATIVO COM VERBOS INTRANSITIVOS

Deflere mortem pafcris.

m Alguns verbos iniransitivos tomam muitas vezesum sentido aixvo ta.s sao principalmente os verbos que slgnificamum seufamento da alma, p. ex, lugsre, flere, deflere Mortempa-ris, clxorara morie do pax; gemere, queri, lamentari calamita-tem reipubhcae

, lamentar as calamldades da repdbUca; horrererefornudare crudehtatem tyranni, deslestar a crueldade dohrano;^ ridere, deridere, irridere stultos, zombar dos estultos-mirari forfatudmem Caesaris, admirar a JorMeza de Cesar

aims praeteriiuit izrbem.

1_

-5o. — a) Muitos verbos, que sao iniransitivos na formasimples podem-se tornar transitivos na forma composta. Na maiori?sao verbos que mdicam movimento em composite com as preposi-".coes, m, ad, orcum, prae, praeter, trans, per, etc. Assim, porexemplo os veroos ire, currere, gradl, venire, fluere, etc saomtranmtivos na forma smiples e transitivos na composf, • JCSS'-'C'"

COm ^"-V adlre oraculum, consular o'ordculo;c-ksjc -.pes, passar os Mpes; transcendere murum. esca'aro mu;o, mice siiem, enirar na adade; sabire tectum, entrar emcasa pereurrere agros, pcrcorrer os compos; agOTe^ l rf

podem con«.,v u r o sigmncado ongmano intransitive c entao ficralmente repetem a ereposicao, p. ex. : adlre ad aliquem.A) Tornando-ss transitive admitem naturalmente a cons-trucao passiva p. ex, nas balalkas cnconlram-sc muitos pcZTs 4multa pencula adeuntur in proeliis, hostes drcumveniu£ '•

tor, urbs praeterfluitur amne (cf. n. 132, nota V, ^i 38)

Page 219: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 219 —

Mirum somnium somxiiavi.

251. — Alguns verbos intransitivos tern, as vezes, um acu-

sativo da mesma raiz ou do mesmo significado, que reforca energica-

mente a ideia; este acusativo chama-se do objeto interno, p. ex.:

nairum somnium somniavi, the urn sonho admiravel; miseramvitam vlvere, viver uma vida desgragada; turpem servitutem

servlre, sujeitar-se a uma vergonhosa. servidao; facinus facere,

dirigir uma empresa; dictum dicere, etc. Mao tern a mesma raiz,

mas identico significacao: vivere aetatem, pugmare proelia,

moerere mortem alicujus, sojrer pela morte de nlguem; olere

thymurn, cheirar a Limo; sapere unguentum, saber a, ter chciro

de unguento; sitire sangumem, ter sede de sangue.

Ofaservacao. — Est.es verbos, porem, nao se usam na construcao passiva;

nao se diz: sitiuntur honores, oletur thymus.

Hoc gaudeo, illud glorior.

252. — As vezes, poe-se em acusativo com verbos intransiti-

vos o caso neutro de um pronome ou de um acljetivo de quantidade:

hoc, illud, id, quid, aliud, nihil, pauca, imulia, cetera, unum,omnia.

Hoc gaudeo, ategro-me com isto;

illud glorior, giorio-me disto (cf. as outras construcoes n.

204, bbs. 2, pag. 196);

hoc te rogo, suplico-te isto (cf. n. 218, obs. 2, pag. 203 e n.

256, a, pag.' 221);

multa te admonui, de muiias cousas te ad.verti (cf. n.

274, b, pag. 230).

Observagao. — Muitos destes acusativos tornaram-se verdadeiros adver-

bios, p. ex.: multum, plurimum, pauluna, tantum, quaiVcmii.phis, minus,primura, postreimirrt, ceterum, nihil, summum. Por analogia, registramos

as seguintes frases poeticas: dulce ridere, suave loqui, acerba frexaere., etc.

ACUSATIVO ADVERBIAL

Suebi maximam partem lacte vivunt.

253. — a) O nome pars e muitos adjetivos ncutros usani-se

no acusativo como adverbios: magnam partem, em grandc parte;

maximam partem, na maxima parte; summum, no mdximo;

nihil, nada, em nada; multum, muito, etc.: Suebi non multumfrumento sed maximam partem lacte vivunt, os Suevos nao

v'wem muito de trigo, mas na maxima parte de leite; quattuor aut

summum quinque, quatro ou quand.o muito cinco.

b) Sao tambem acusativos adverbiais as expressoes: id

temporis = eo tempore; homo id aetatis =homo ea aetate.

Page 220: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

i — 220

'.cm a

.Observagao. — Boceo, edoceo aliquem de aliqua re sigmKca- In

fc »«( da chcgada do pat Docere aliquem fidibus, mjvW/- « aW„ f „

tavaigar c a cjgrtmir. 'J

Tarentini Pyrrhvim auxilium poposcerunt.255. — a) Posco, reposco, flagito, Peco, exljo, sollcito,

querem no acusativo o «™2C da causa soUcttada e a pessoa a quern sepedea cousa poe-se geralmente no acusativo, nao raro tambem noaolativo com a, ab

: poscere aliquid aliquem ou ab aliauo

:

Caesar Aeduos frumenfum flagitabat, Cesar pedia irigo aosL duos; abs te rationem poscent, pedlr-te-do o motivo; TarentiniPjrcrhum aunhum poposcerunt, os Tarenlinos pediram auxilloa Firro. . „

DUPLO ACUSATIVO ,J

O duplo acusativo pode ser:

1) Da pessoa e da cousa. ]

2) Do complements objetivo e do de lugar.3) Do complemento objetivo e do predicado. M„

/) ACUSATIVO DA PESSOA E DA COUSA "Sf

Doceo pueros grammaticam.

254. — a) Os verbos doceo, en-rino, inslruo; perdoceoedoceo, ensino ban, com diligencia; dedoceo, desensino; rogo e erano sentido de peco, e celo, oculto, escondo, constroem-se com doisacusativos, um de pessoa, outro de cousa: doceo pueros gram- -maticam, ensi.no a gramdtica aos menlnos; natura docet ho-mines omnes artes, a natureza ensina aos homcns iodas as antes-te doceo scnbere, ensino-te a escrevcr; rogo Deum vitam et sa-lutem, peco a Deus a vida e a salvacao; celavi te mor-terrpatns, ocultei-te a tnorte do pal.

_

b) Docere, nao se usa na voz passiva. Ser inslruldo, serensinado por alguem em alguma cmw« traduz-se nor: discere aliquidab aliquo ou entao institui ou imbui aliqua re ab aliquoAssim em lugar de pueri docentur grammaticam, aos mcmno<-se ensina a gramdtica, dir-se-a melhor : pueri discunt grammaticamou mstituuntur, imbuuntur grammatica.

'T ° aWativo:doctus fattens graecis, inslruldo na Literature. ^.Encontra-ettlf^ i

US n?lhtlam

'in^d° "" «rk 'miliar; mas ™pro„„meo"™

c) Celo pode ter tambem o ablativo com de : celo te demorte patris, esta construcao e regular na voz passiva. Por istopode-se dizer na voz ativa: celavi patrem mortem filii ou tambemcelavi patrem de morte filii, mas na passiva so se diz: patercelatus est de morte filii.

iica: Iniormo,

Page 221: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 221 —Observacao. — A construcao do ablativo precedido de a ou ab da pessoa

a quern se pede e a unica da voz passiva, p. ex.: pax ex omnibus partibus aduceflagitabatur, de. lodas as parks pedia-se paz ao comandante.

b) Postulo, peco com insistencia, preiendo, exijo, em regra,se constroi com o nome da pessoa no ablativo com a ou ab, p. ex.':

eu peco com insistencia o Uvro ao amigo, ego postulo librum. abamico.

c) Peto, peco {para receber uma cousa), quer o nome dapessoa no ablativo com a, ab ou ex : pedir auxilio a alguem, petereauxilium ab aliquo

: Marco Cursio pediu o tribunado a Cesar,Marcus Curtius trib.unatum a Caesare petiit.

Observacao. — Note-se a diversidade de sigraficacao segundo as variasconstrucoes: petere ahquem, agredlr a alguem, p. ex.: Brutus Caesarem petiit,Bruto agredut a Cesar; Petere castra, petere Galliam, pstere Romam, dirigir-teao acampamenlo, ii Galia.a Roma; petere aliquid ab aliquo, pedir alquma 'cousaa alguem.

Rogo te de itinere.

256. — a) Gro, rogo, interrogo e percontor, interrogo,pergunto, tern dois acusativos quando o nome da cousa e um pronomeneutro: id te rogo, illud te rogo (cf. n. 218, obs. 2, pag. 203; n. 252,pag. 219); nos outros casos o nome da cousa poe-se, quase sempre, noablativo com de : rogo, interrogo te de intinere, interrogo-te s'obrea iuagem; te interroga de ilsdem rebus, interrogar-te-ei sobre asmesmas cousas.

]

Obseivacoes. — 1) O verbo percontari, indagar, tern dupla construcao./Uem de percontari ahquem de aliqua re, pode-se tambem dizer: percontarialiquid a, ab ; ex; de ahquo.

2) Os dois acustivos so sao fixos na formula parlamentai-rogare aliquemseiiteatiam, pergunlar a alguem. o seu parecer.

b) Quaero e sciscitor pergunto {para saber), averiguoquerem o.acusativo de cousa e o ablativo de pessoa com a, ab;ex; de: quaero a te quid facias, pergunto-te o que jazerj Caesarquaerit ex Lisco ea quae in conventu dixerat, Cesar pergunta aLisco as cousas dilas na assembleia.

c) Consulo tern o acusativo da pessoa e o ablativo com deda cousa: Caesar consulebat Ciceronem de republics, Cesarpedia conselho ou consullava a Cicero a respeito da rep&blica; Ciceroconsuiuit senatum de bello, Cicero consultou o senado a respeitoda guerra.

, .Observacao. — Nao se confunda consulo te com consulo tibi. Consu-

lo te sigmhea: eu !e consullo, peco-le conselho; consulo tibi con-esponde a: alendo aosteas negoaos, Umw ciudado dos leu.; lnteresses{ci. n. 286, pag. 234).

Tarentini Archiam poetam civitate donarunt.

257. Dono, dou; circumdo, circundo; induo, visto;exuo, despojo, dispo; macto, sacrijico; aspergo, rego; impertio^

Page 222: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 222

Taren m, d,Rate do„„™»t, „wSZS.&mihles castas fossam circumdederun* »JAJ„/,V™n mduic, Dejanira veshu a Hercules com a tunica dn ,.,„/„

aquae e tamoem cum aqua, muturar vinko com dgua.

passiva, p

0bexe-T:?^ •;

~Ri

}-^ J"*1* COnst

f"^° «»nserva-se tambem aa vo2

ex.: mdmtur vestem, galeam, loricam, etc( 18, pag

- 203^' P-

2) ACUSATIVO DO COMPLEMENTO OBJETIVOE DO DE LUGAR

Hannibal exerdtum Alpes traduxit.

258. — Usam-se tambem dois acusativos, urn do ohiWnoutro do lugar, com os verbos que aignificaxnW a/1 W 2ml-77"^ /T°

traduco' ^icio

> ^nspoX tins!

*»nt;e«rcitus AIp^SSu^™^ IberUm^^J) ACUSATIVO DO COMPLEMENTO OBJETIVO

E DO PREDICADO

Hie nuntius effecit me beatum.

ill

IB

Page 223: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

a

\

— 223

a) Os verbos putc, habeo, duco, existimo, etc., dico,appello, voco, nomino, etc. (cf. n. 172, b, pag. 180; n. 236, c, obs.,pag. 213).

...- b) Os verbos que indicam tornar, jazer, como: facere,efficere, reddere, etc., p. ex.

:

esta notlcia tornou-me jeliz, hie nuntiusV- effecit me beatum.

c) Notem-se as frases: praebere se bonum patrain, opti-mum civem, mostrar-se um bom pad, um otimo cidadao; praestarese malum poe'tam, mostrar-se um mau poeta.

d) Gerere se, sempre se une a adverbios, p. ex.: gerere sefortiter, hostiliter.

VERBOS IMPESSOAIS (*)

Petrum paenitet suae neglegentiae.

260. — Os verbos impessoais paenitet, arrependo-{me);piget, pejo-(me); pudet, ewergonho-(me); taedet, enfado-{me);miseret, compadego-(me), querem:

a) No acusativo o nome da pessoa ou do pronome (pessoalou demonstrative, etc.) que experimenta o arrependimento, o enfado,a vergonha, o desgosto, piedade ou compaixao, p. ex.: Pedro se arre-pende da sua negligencia, Petrum paenitet suae neglegentiae;eu me arrependo de minka negligencia, paenitet me neglegentiaemeae.

Observacao. — Na terceira pessoa nao se diz: se paenitet, se taedet,etc., mas earn paenitet. sum taedet, etc., p. ex.: Antonio se enjaslla, Antoniura.taedet; Pedro joi negligente, mas agora, ele se arrepende c se envergonha da suanegligencia^ Petrus neglegens fult, sed nunc eum paenitet et pudet suaeneglegentiae ,•_ eies se aircpendem, eos x^aenitet. — Estes verbos so exigem opronome reflexivo se (e suus, a, um) quando dependent de outro que indiquedtzer, declarar, mostrar e semelhantes, e o sujeito daprincipal e igual ao da depen-dente,p. ex.: ele diz que se arrependcu da sua negligencia, ille dicit ses paenituissesuae neglegentiae. Se se dissesse: ille dicit eum paenituisse, etc.,significariaque aquele, isto e, uma outra pessoa, se arrependeu da sua negligencia.

b) A cousa de que alguem se arrepende, se desgosta, sentepiedade, etc.:

I) Vai para o genitivo, se for um substantive* ou umpronome pessoal, p. ex.: a muitos enjada o ira.ba.lho, multos pigetlaboris j minha mac, eu me cornpadego de ii e tenho vergonha de mi'm,mea mater, tui me miseret, mei piget.

II) Vai para o acusativo neutro, se for um pronomeneutro, p. ex.: o sdbio nada faz de que se possa arrepender, sapiensnihil facit quod paenitere possit.

(*) Cf. n. 140, III, pag. 149.

Page 224: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

1— 224 —

\ III) Para o infinite ou com uma proposicao dependent*causal com quod, se for urn verbo, p. ex.: e.u ado me ar?ependo deter vwido, non me paemtet vixisse ; arrependo-me de ter-te ofendidoquod te offendi me paenitet. '

Observacao. — Com a forma clo gerundive, a pessoa vai para o d-,fJ,p. ex.: raihi audaciae paenitendum est (cf. n. 398, c).

P ""'"vo,

Incipit me pudere vitae meae.

,~26}'"~i) Quando os mfinitos paenitere, taedere, etcestao precedidos de urn auxiliar como videri, debere, solere, posse"coepisse, mcipere, desinere, esses auxiliares tornam-se iguaLente

impessoais: comeco a. envergonhar-me da mlnha vida, incipit me pudere yitae meae; comecas a envergonhar-te da tua vlda, incipit tepuaere vitae tuae; Pedro comeca a envergonhar-se da sua \Ida

1 efrum mcipit pudere vitae suae j nos comecamos a arrepender-no'rda nossa jaa, nos incipit paenitere vitae nostrae ; vos comecalsa arrepender-vos da vossa vida, vos incipit paenitere vitae vestrae •

os Romano, comecam a arrepender-se da sua auddcia, Romanesmcipit paenitere audaciae suae.

_Parece-me que esLou aborrecldo da vida, me videtur taeaere vitae.

^

Parece que vos eslals aborrecldos da vossa vida, vos videturtaedere vitae vestrae.Parece que os pregulcosos estdo aborrecldos da sua vidapigros videtur taedere vitae suae.b) Com os verbos servfs que exprimem desejo ou vontadecomo: volo, nolo, malo, cupio, usa-se outra construcao: os verbos

seryis usam-se pessoalmente e os impessoais vao para o subjuntivo asmais aas vezes sem ut, p. ex.: volo te paeniteat peccati tuhquero que tu te arrependas da tuajalia.

".,

ACUSATIVO NAS EXCLAMACOESMe miserum

!

|

-62. — a ) Muitas exclamacoes poem-se em acusativo ou so Iou acompanhacio de o, lieu : me miserum, injeliz de mini! he'u memiserum, oh tnjcliz de mini! o fallacem hominum spem, ohJalaz esperanca dos homens! o miserum senem, oh velho injeliz!

„„..„„pi>servac;5ss. -- /) En, ecce, ,•/.,', preferem o nominatlvo, mas se en- 1

2) Hci, vac exigcin o dativo, p. ex.: vac victis, ai do, i-rncidoAj

/>) Pro exige o vocativo, p. ex.: pro di immortalesl oh'deuses iniortais! pro pudor! oh! vergonha! (cf., n. 152, a pag 162) eo acusativo na frasc: pro deum atque hominum fidem, pela jiaos deuses e dos homens! Pela prolecdo dos deuses e dos homens'

Page 225: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 225 —

c) Ao nosso Viva, a saude, formula propria dos brindes,

corresponde em latim a exclamagao bene com o acusativo: bene te!

bene vos!=jubeo (cupio) fe, vos bene valere ou com o dativo:

~f/ bene tibi, bene vobis =bene sit tibi, vobis = <s lua, a vossa saude.

\§ § IV

GEN IT IVO

263. — O caso genitivo geralmente serve para completar

a nocao de algum substantivo ou adjetivo. Podem-se distinguir as

seguintes especies de genitivos:

1) Genitivo determinative) (subjetivo e objetivo).

2) Genitivo declarative.

5) Genitivo possessivo.

4) Genitivo partitivo.

5) Genitivo na regencia. dos adjetivos.

6) Genitivo na regencia dos verbos.

1) GENITIVO DETERMINATIVO

Metus hostium.

264. — Genitivo determinativo e o que especifica o substanti-

vo que rege, p. ex.: metus hostium, temor dos inimigos; amorpatris, amor do pai.

O genitivo determinativo pode ter duplo sentido, conforme

representa o sujeito ou o objeto na acao. Assim, p. ex.: metus hos-

tium pode significar ja o temor que temos nos dos inimigos, ja o lemor

que os inimigos tem de nos. No primeiro caso chama-se genitivo

objetivo, porque, transformando o substantivo metus em verbo,

o genitivo hostium tornar-se-ia complemento objetivo: nos metui-

mus hostes; no segundo caso chama-se genitivo subjetivo, porque

mudando o substantivo metus em verbo, o genitivo hostiumtornar-se-ia sujeito: hostes metuunt nos.

'v; Gbservacoes. — 1) Para evitar ambiguidades, as veses, usam-sc preyiosi-

<;~>es: p. ex.: amor erga parentes, odium in cives, timer ab aliquo, etc.

2) Frequentes vezes encontra-se o genitivo subjetivo regido pelos ablativos

causa, gratia, usados como preposicoes para indicar um escopu que se procura

alcancar (cf. n. 203, c, pag. 195), p. ex.: honoris causa, para lio/ini; mei commodigratia, para minha santaijem; haec dicit ridendi causa, diz e.r/u.e causas para

lazer rir. Tambem, no mesmo modo, para indicar a causa, usa-se a conjuncao

antiquada ergo, que so se encontra em formulas determinadas, p. ex.: yictonae

ergo, por causa da v'Uoria. Tambem o substantivo indeclinavci instar uuialdadc,

eaaivalencla (cf. n. 42, d, pag. 47), e usado como preposicao e rege o genitivo, p. ex.:

tu mihi es magistri instar, txx mini es patris instar, lit me Jazct da meslre,

de pai. Instar, em regra, se pospoe ao caso; so se antepoe na frase: instar omniumesse, i-ater por todos, p. ex.: Plato mihi unus est ad instar omnium, no men

'uizo Ptatao pale por todos.

Gramatica Latina, 15

Page 226: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 226

.J) Os possessivos meas, tuus tern valor subietivo, os genitives do,nomes pessoa.s tem valor objetivo, p. ex.: araor tui meu S ( = ego amot )Tf "

*«e f« tenho paracontigo.-arnov mei tuus ( =tu amas me)) o amor m°iTL°'""'c~. E assim e necessario distinguir entre timor mei e Crmeus otf Pa ''a

sigmftca o temor que outros tern de mim, o segundo o temorquTe™ o'd^oTC

2) GENITIVO DECLARATIVO

Dulce nomea est pads.

de „„°^^:^t^^^:^^^z^ trai

.ap<*it,vo porque substitue um aposto em que „ geStivo (of n 174 6 jT^lpertence a uma proposicao oculta, p. ex, arbor ficiiTbor ou?e dicitur fjr81)

a«lce nomen est pa«s, l tuaM Mnu dc paz; virtusjustitia^W^Xfe

5) GENITIVO POSSESSIVO

Domus regis.

266. — a) Genitivo posse^wo e o que determina a pessoa a

PMippi a <^ <& Flhpe . OTatio Ciceronis, * ^W^ 'de Cicero-aedis Saturru, o templo de Saturno.'

„„ A P Muit

tSYezesJ^ugar do genitive possessive, emprega-semr ad;ehvo: fabulae PlaufI ou melhor faWiae Plautinae *!

«W^- de Plauto; fabulae Terentii ou melhor fabulae Terentia'nae, or ««««&«• <& 2*r*««Vy carmina Vergilii ou carmine Ver-giliana. vcl

dujem coS^Sffi; po^^Jv^^o^d'ente' ? £ *^^^ * "torigo nostra. -i^ luuiLt, t . ex.. a »,w„„ ^ w,(=„wa) |

Regis est tueri cives.

fin*- ' I67

'7 ^ °7erb°,eSSe seSuicio de um genitivopode signi-fies e clever de, epropno de, p. ex, stulforum est, S propria do*

eslultos; patns est, 6 dew do pai; regis est, i dew do rei; cSnsuUs

«f^i— C"''J

''1

7

mp^ratoris &st

>S Pr6P™ do caP^; regisest tuer* cives,

f«W ,fo r« p^fe^ ar cldad~aos; imperatoris est deper^Ls odO, .udicare, i Pr6prlo do capltao jutgar dos peri^l

.

stult. eSt dicere, 6 propno do estulto dlzer, mas se o adjetivo ten-uma so tcrmmacao, usa-se so o genitive: sapientis est dicere.

Page 227: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

[-*

— 227 —

Ob meam ipsius diligentiam.

268. — Os possessivos mews, tuns, etc. tern o valor de umgenitivo possessivo (rneus, de mini; tuus, de ti), por conseguinte,

\$ acrescentando-se-lhes qualquer determinacao, esta vaipara o genitivo,

A p. ex.: ob meam ipslus diligentiam, por causa da diligencia de

\ mim mesmo; tua unius manu, pela mao de ti so; mea absentis

consilia, os conselhos de mim ausente. E' uma especie de constractio

adsensum (cf. n. 171, a, pag. 179; n. 322, b, pag. 253).

4) GENITIVO PART IT IVO

Multae istarum arborum mea manu satae sunt.

269. — genitivo partitivo significa parte de um todo, e se

emprega:a) Com os numerais e adjetivos de quantidade, p. ex.: Septi-

mus atque' ultimus regum, o setitno e o ultimo dos reis; pauci

civium, poucos cidadaos; multi -militum, muitos soldados; multaeistarum arborum mea manu satae sunt, muitos destas drvores

joram plantadas por mim. (Cf. n. 63, c, nota 5, pag. 70).

b) Com os comparatives e superlatives, p. ex.: majorfiratrum, o maior de dois irrnaos; maximus fratrum, o maior dos

irmaos.

c) Com os pronomes, especialmente indejinitos e interrogati-

vos, p. ex.: quis mortalium? qual dos mortais? nemo mortalium,

nenhum dos mortais.

d) Com os adverbios (satis, parum, etc.), ou pronomes neu-

tros (hoc, illud, id, idem, aliquid, nihil, etc.), ou adjetivos neutros

substantivados (multum, plurimum, minus, etc.), p. ex.: satis

modestiae; nihil prudentiaej hoc mali (isto de mat); multumpecuniae (muito dinheiro); minus prudentiae.

Observagoes. — I) Em lugar do genitivo partitivo encontra-se tambemexou de com o ablativo, especlalmenle com os numerals, com os pronomes e adjetivos

de quantidade e com os supertalwos, p. ex.: cornplures ex nostris rniliiibus,

muitos dos nossos soldados: ex hostibus sexagmta ceciderunt, caira.ni sesscnta

dos inimigos;dixaeexii09.iris.xi3.vibus l duasdas nossos nans; quidam examicis,

alguns dos amlgos; fidelissimus de servis, o mals jiel dos servos ou tambem in

servis e raenos bem inter servos. (Cf. n. 314, pag. 248; n. 63, <?, nota 5, pag. 70).

2) Unus, a, um em lugar do genitivo partitivo pre [ere o ablativo com e,

ex ou de, ixi ou o acusativo corn inter, p-_ex.: unus ex septem sapientibus, umdos sele sabios; unus ex ou de meis amieis, um dos mens amlgos; Thales, qui

sapientissimus in septem fuii (Cicero), Tales que .hi o mals doulo dos sele sabios;

ipse honestissimus inter suos numerabatur (Cicero), (Rdsclo) era considerado

como o mals honesto dos seas (Cf . n. 63, c, nota 5, pag. 70).

Exige, porem, o genitivo quando a numeracao conlinua, p. ex.: loda a

Galla esta dividlda em Ires paries, uma das ,/uals <: habllada pelos lielgas, oulra pelos

Aquilanos, a. lercelra pelos Gauleses, oinnis Gallia est divisa in tres partes,

quarum unarm incolunt Belgae, aliam Aquitani, tertiam Galli.

j] Plerique, pleraeque, pleraque. — A maior park, dos homens, das

mulliercs, dos animals pode-se traduzir: plerique hominum, pleraeque mulie-

Page 228: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

228 —rum, pleraque anirnalium, mais elegantemente, porem, se diz ; plerique homines, pleraeque mulieres, pleraque animalia, as vezes, no singular, se enco^juveatus pleraque exerciium plerumque, Mas as expresses: a ZZ parUtestrut

S

,'°eic^^^^ semPre com ° genitive partitive: plerique nostrum*

,>U „ -4) Uter

-'

uter1ue e neuter, seguidos de um substantive, concordam com < vm Senero numero e case p. ex, utra lex? quai das duas Ids? uter populus"J

-

Seguidos de um pronome (possessive, pessoal ou relative) querem estepronome em case gemhvo (parl.t.vo), p. ex, uter nostrum? tu an ego? ,Sd, no,, do,s? la ou cul quorum utrum? uterque nostrum ; uterque vestrum 3eorum uterque, quorum uterque, horum cum utroque etc., mas se e pro''

nome lor neutro chr-se-a regularmcnte: Hlud utrumque, quod utrumque IJ-~,f'r -}°

SG U?a ,°°emt,vo partitivo ou construcao equivalente quando

'

os nu.ncm.s (def.mtos ou mdehnitos) nao indicam parte de um todo, mas o proWIrtr'^H IT' "uc

.somos trezcnlos. juramos, trecenti juravimus, ao passo o" etrecenti nostrum jurayerunt. Irczcntos de nos (=so trczcnlos dc nos), (e nos

hi

%

T

u1S C tr?ent°s

) Juraram; Niobe omnibus liberis, quos duodecimutd (

/?T u* iZe)> °r^ata eSt; du° <=°°"uleS ejus anni {das doiscZ.udes daqudc ano) alter ferro, alter morbo periit.

b) A mesma regra se aplica a multi, pauci, plurimi, nonnulli quandonao ,„d.cam parte de um todo, mas e prdprio todo, p. ex, soco'rrar-,ne-~ao ofZfa,(e todos os anugos sera exceeao), dos quais eu Icnlw muito, amici adjuvabuntquos multos habeo, masna frase: os atnigos dos qaais mallos exp\rw,eX(.mas nao todos) dir-se-a arruci, quorum multos expertus sum. .

.

Ubi terrarum?

270. Tambem os adverbios de lugar se podem constraincom o gemfavo partitivo: gentium, loci, terrarum, p. ex.: ubiquegentium, em todas as nagoes, em toda a parte; ubi terrarum?em que parte do mundo ? hie loci, aqul.

Livio e os escritores posteriores empregam tambem- eomsamae processit ut..., chegou a tal ponto de loucura que... eoamentiae pervenerat ut..., chegara a tal extremo de loucura que..eo arrogantiae pervenerat ut..., chegara a tal ponto de arroqdnciaque...

,Cicero e Cesar, porem, dizem regularmente: ad earn insa-

niam, ad earn amentiam, ad earn arrogantiam perveneratut...

Nihil novi.

271. Muitas vezes um pronome neutro (cf.'vn. 269, d,

pag 227) e determinado pof um adjetivo. Nestes casos, se o adjetivolor da priraeira classe, em vez de faze-lo concordar com o pronome,P°

.t°.iPOr n° Sei" tivo partitivo, p. ex.

:nada de novo = nihil novum

ou nihil novi ; aliquid magnum ou magni.Se o adjetivo for da segunda classe, concorda com o prono-

me: nihil molle, nao nihil mollis ; aliquid rnemorabile, naoahquid memorabilis.

Se os adjetivos, porem, forem dois, um da primeira classee outro da segunda, o primeiro atrai o segundo, p. ex.: nada de novoe de memoravel, nihil novi ac memorabilis ou nihil rnemorabileac novum.

Page 229: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 229 —

5) GENITIVO COMPLEMENT!) DOS ADJETIVOS

Avidus laudum.

,,.,., 272. — a) Os adjetivos que cxprimcm desejo, aversdo, conhc-

v- cimenio, posse e lembranca querem depois de si o genitivoj

j/) Cupidus, dcscjoso; avidus, avido; studiosus, zcl.oso,

cuidadoso; fastidiosus, desdenhoso; etc., p. ex.: avidus laudum,desejoso de loiwores; Epaminondas studiosus erat audiendi,

Epaminondas era desejoso de ouvir.

IT) Peritus, perlto, habil; imperitus, inhabit; rudis,

mscius, ignoranie; insuetus, nao acosluinado; gnarus,^ignarus,

ccmscius, ineonscius, etc., p. ex.: Cat© juris civilis peritissimus

fuit, Catao joi muito perito no direito civil.

III) Particeps, participante de; expers, nao participante de;

plenus, cheio (cf. n. 231, d, pag. 209); inops, pobre; impotens,_etc;

,

p. ex.: bestiae rationis et orationis sunt expertes, os an.una.is

sao pricados da razao c da palo,vra.

IV) Memor, o que Umbra; immemor, o que nao Umbra,

p. ex.: memor benefieii, Urabrado do benejicio.

b) Muitos parlicipios presentes querem depois de si o genitivo

se sao empregados adjetivainente, isto e, se nao exprimem uma acao

isolada, mas uma qualidade consiante: p. ex.: appetens, amans,

diligens, colens, fugiens, intellegens, metuens, efficiens,

sciens, observans, temperans, patiens, impatiens e semelhantes,

p. ex.: amans patriae, amante da patria, patriota; patiens laboris,

disposto a suportar a jadiga; intellegens artium, conhecedor das

artes; metuens deorurra, temente aos deuses; Romani semperappetentes gloriae atque avidi laudis fueruxit, os Romanos

forma sempre desejosos de gloria e avidos de elogio.

Qbservacao. — Ouawlo o participle exprime acao momeiitanea, rcge

o caso do'seu verbo, pelo que, appetens gloriae, t/uem por naiurcza 6 dcscjoso dc

i/lorla e appetens gioriara, quein deseja a gloria num. moinciiLo dclerminado; assim

tambem patiens frigoris, qucm. csla acosluinado a sojrer o Jrw; patiens fr;gus,

qucin. presenkmente so}re o Jrio; rnetuens legum, ob.reiva.nLc .4; /ch'; metuens3 leges, 6 o que feme e obscrvn as Ids alualincnte, no momen to.

V 6) GENITIVO DEPOIS DOS VERBOS

Vivorum memini.fllllllBIIK: '

;

'

273. •— a) Os verbos memmisse, reminisci, lembrar-se;

oblivisci, esquccer-se, querem depois de si o nome da pessoa em gem-

.,j tivo; o da cousa no genitivo ou acusativo, p. ex.: vivorum meminine c possum oblivisci mortuorum, lembro-tnc dos vivos e nao

I posso esquecer-me dos mortos; non oblitus sum mei, nao me esqueci

;de inim; adulescenies meminerint verecundiae, lembrem-se os

jovens da tnodestia, nao esquecam a inodeslia; est stultitiae oblivisci

Page 230: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 230 —

suoram vifiorum, e proorio dnr pcfulf^r „„ ,

b) Com recordari, o nome da cousa poe-se no senitivo o„no acusafavo; mas o nome da pessoa vai para o ablative com de"recordars rem ou rei; mas sempre: recordari de aliquo'

esquec.dn, quando esta for el-prcssa "joi un, •! vf-P S °1)a C°"Sa lembrada ou

oblitus sum omnia, cu me f^l % ,2 ea -Z°°" pr°n°rae nCU

K°' P" «»persona sunt, ,'«W,; -/, rf wc ?j£n„£'>u? n? t^™' ^U?e .

diS»a tua

mMfClA frase ™ihi

(iibi> "obis, vobis, ei, etc.) venit Inmentem e impessoal e se constr6i com o eenitivo n Z ™"L-vemt m mentem pafais, ,W -WC r/o° %£*"[£ ^F^f

; A construcao pessoal so se encontra com um pronome n„aajehyo neutro p. ex.: nonnulla nobis veniebant in meTt °recocdatwmo-nos de algumas cousas.

mentem,

Admonui eum de periculo.

' a)PSe-se em ablativo com dp rar-im»„t

vo, o_comPIemento indireto dos verbos mo^e XolgrT^ '"

monere, «***>,. certiorem facere, ^aJ^^ZSS^£

t,-vn

A)

nSe

° °t)et

°+indireto

,

for u™ pronome neutro, poe-se em^J^i^^ ^ *<~^ ilfud Setacusaronem m0nui,^^ a Ci^tfn. S£, ^1™.

Regis interest.

AW~ °.yerb° imP«soaI interest, «n^/«, que,-

« ;-est_r;;

rrr:;x,t^ ss -^

interest;^a VX~ / f^/'^J^em civijatis

interest;ad honorem nostrum interest

" ^P^hcae

Mea refert.

Page 231: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Wi

m

231 —(tendo sempre em vista as regras sintaticas sobre o uso do pronomereflexivo suus, sua, suum (cf. n. 320, pag. 250), cujus ou cuja,p. ex.: importa-me a mini, mea refert; que te importa a ti? quid

?; tua refert? escreveu o pal que muito the ( = a si) importa que aproveltes

3:i> nos estudos, scripsit pater sua magnopere referre te in studiis"^ proficere, a ninguem importa mals do que a nos, nullius interest

\ magis quam nostra ; a ninguem importa mais do que a vos, nulliusinterest xnagis quam vestra ; ha Iwje alguina pessoa a quern im-porta que permaneca esta lei? Quis est hodie cujus (ou cuja) in-tersit istam. legem manere?

Observacoes. — /) Com refert, que teni a mesma significacao de in-terest, no latim classico, quase nao se usa o gentivo de pessoa, mas so a construcaocom o ablativo do pronome mea, tua, sua, etc., p. ex.: imporla-me a mini, mearefert; que Ic importa a ti? quid tua refert?

j._

2) Refert pi-opriamente_signi{ica: com re.jcrcnc.ia a uma cousa ( = re),6 uhl ( = fert). Dai o ablativo mea, tua, etc.

Mea refert te valere.

277. — a) A cousa que importa, isto e, o sujeito destes verbos,pode-se exprimir com o acusativo de um pronome neutro (id, illud,quod, quid, etc., porque o sujeito da proposicao subjetiva vai para ocaso acusativo, (cf. n. 377, a; 376, b, pags. 274, 273) com um simplesinfinite, com uma proposicao dependente no infinito com o acusativoou no subjuntivo com ut ou ne : isto importa a mini e nao a ti, hocmea refert, non tua; importa-me a mim Jazer isto, mea interesthoc facere ; importa-mc que passes bem, mea refert te valere;importa ao mestre que os discipulos sejam bons e diligentes, interestpraeceptoris diligentes et bonas esse discipulos ; importamuito aos teus interesses fires quanto antes, multum interest reifamiliaris tuae te quarm prinaum venire ; importa-nos tnuitissimo

a ambos ,que eu conjerencie contigo, plurimi interest utriusque nos-trum ut te conveniens. ; importa-nos muitlssimo que tu estejas emRoma, permagni nostra interest te Romae esse; importa mui-tlssimo a republlca que Dolabela seja vencldo, magnopere interestrepublicae opprsmi Dolabellam.

/') Pode-se tambem exprimir com utrum... an e o subjuntivo(interrogativa indireta), p. ex.: quid refert utrum voluerim idfieri, an gaudeam factum? que importa se eu i'wesse querido queisto sejizesse ou que. me alegre por se terjeito Isto ?

"

rObservacoes. -- 1) Se a pessoa a quern uma cousa importa e a mesma

que e sujeito do Infinito, nao se exprime o sujeito do infinito p. ex.: tua interestvalere e nao tua interest te valere.

2) A cousa que importa, muitas vezes, s expressa em portugues corn umsubstantivo, p. ex.: muito importa ao mestre a diUaencia e. bondade dos seas discipulos.O latim rumen emprega o substantivo. mas ordinariamentc recorre a uma propo-sicao infinitiva on subjuntiva: multure* interest praeceptoris ut discipulidiligentes et boni sint (cf. letra, a, deste mesmo mimero).

Page 232: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

232

!

Nostrum omnium interest.

27S. -- «.•) So ao norae ou pronorae de pcssoa sc acresccntar urn apostoa lingua Iatina o cxprime por meio de uma proposicao relativa com qui. LI'quod, p ex.: „.-, con.-ul Ciccn, riiudo importava, Ciceronis, qui consul erat multurn mtererat;,,/er,,^ grandvnentc a ,w Pais „„c os nssos }iUxo* possa.Tjat

":'', ~ TS '<"••'' veQem,<:nte' interest vestra, qui patres estis, Hberos

ZZt '

VCStra mtereSt'qul miHteS es is

> P«e**antcm habe^

_A) As i rases: /'„, porta a notlodo.f, a vas todo.r se traduzem nostrum, vestru™ommun, mterest. refert, etc. (e nao omnium nostra, vestra) ™"*S "™

™ "::'"';;.'; "'"" ""•""";-: J'<> « "»«• ^ « H, ctc,no Stra ipsorum, vestra ££':run,. ...ca ,p,iU r

;r»ca sohus mea unius; tua solius, tua unius interest**

cj As ,cjcs interest sigmhca diferencia-sc, ha. deference n a . !„*«"

.

,",m" l

/r/7t beIua™ h° C -™* Merest, quod.'..,XX^T^S

,//.<- .///, .

,„, a h.a enhe ,:n,un aconsdha uma acao c quern, a aprova ?

Mea permagni interest.

279. — quanto uma cousa importa se exprime com osadvcrb.os multum, plus, plurimum, tantum, parum, minusmimme, magis, maxime, magnopere, com nihil ou com osgenitives de preco tanti, quanti, magni, permagni, pluris'minons, plurimi mmimi, etc., p. ex.: o que acima de tudo meunporLa e ver-U, illud mea permagni interest ut te videam.

§ vDAT'IVO

Do vestem pauperi.

280. — Poe se no dativo o nome da pessoa ou da cousapara a qual ou em vista da qual se faz a acao. O dativo latino corres-ponde ao nosso:

_1) Objeto indireto : dou vestuario ao oobre, do vestempauperi; prometo o meu trabalho aos amigos, polliceor amicisoperam meam.2) Complemento de vantagem ou desvantagem que

e o que responde a pergunta: em jewor de quern ou de que cousa?p. ex.: nao nascemos so para

em prejulzo de^ quern ou de que cousands, iion nobis solis nail sumus.

, ,

3) Complemento predicative : IsLo me & causa de grandedor, aoc mini magno dolori est.

I

DATIVOIDO OBJETO INDIRETO

Scribo ad te ou tibi epistiilam.

281. — Os yerbos scribo, escrcvo; rescribo, respondo porescrdo, initio

,mando; fero, levo; do, respondeo, etc., quercm o

sen ob;eto mchreto no dativo ou acusativo com ad, p. ex • eu tecscrevi urn a carta, ego tibi ou ad te espitulam scripsi.

Page 233: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

'-:'.

i)

£

, .^

mt-j.

— 233 —

Observacao. — A construcao do acusativo com ad e prel'erivel quando

na frase predomina a ideia de lugar: dare epistularn alicui — (la-la a al.pu.em

para a cntregar ao deslinaidrio; dare epistolary ad aliquem = cndtr.cca-la.a

aigucm<=e.screver a alpucm. Na frase mittere legatos prevalece sempre a ideia

de movimento, logo dir-se-a ad aliquem.

tVi1 Haec via ducit ad urbem.

.} 282. — a) Ouauao o verbo indica direcao para um lugar;

3j como ir a, Icvar a, ou inelinacao para uma cousa, como exorlar a,

excilar a, o objeto indireto nao se poe no dativo, mas sim no acusativo

com ad, p. ex.: esle camlnho leva a cidade, haec via ducit ad urbem :

exorto-Pe ao trabalho, ego te hortor ad laborem.

b) Do me.smo modo se constroem, na terceira pessoa do sin-

lar e plural, os tres verbos de uso muito frequente: pertinere, atti-

nere, spectare, p. ex.: hoc ad officium meum pertmet, lrto.se

rejere ao meu defer; quod ad me attmet, pelo que me d.i.z respciio;

haec nihil ad te attinent, estas cousas nao te dizem respeito.

Studeo grammaticae.&

283. — latira quer o dativo com muitos verbos que emportugues sao quase sempre transitivos, p. ex. : studeo grammaticae,

esludo a gramatlca; favere alicui, javorecer alguem; persuadere

alicui, persuadlr alguem; nubere alicui, casar-se com alguem.

Tais sao ainda: invidere alicui, Lrwejar alguem; occurrere

alicui, encontrar alguem; parcere alicui, poupar, perdoar a alguem;^

succurrere, auxiliari, opjtulari alicui, socorrer alguem; hlandiri

alicui, adular, acariciar alguem; mederi alicui, medicar alguem;

benedicere alicui, bendlzer alguem; maledicere alicui, insultar

alguem; supplicare alicui, suplicar alguem; nocere alicui, pre-

iudicar alguem.

Observacoes. — /) Estes verbos na construcao passiva tomam-se mi-

pessoais, e, ao passo que em portugues se dia: cu sou, tu c.i; etc c uwcjado, no.r sonws,

vos sols, cle.r j-ao liwcjados. na lingua latina fica o dativo que o yeriw exige, e este

vai para a terceira pessoa do singular: raihi, tibi, illi, nobis, vobis, illis mvidetur,

p. ex.: mihi invisum est, cu Jul intrjado; mihi persaadetur, dcixo-mc persuadir

mihi persuasum est, Jul pcrsuadido; non parcetur labori, nao sc poupara

ao trabalho; favetur aetati, lcni-.ee em consideracao a. idade.

2) Por conseguinte se estes verbos passives dependem no infimto de umverbo servil: possum, debeo, soleo, coepi, etc., o verbo servil sc constroi impesso-

almente na terceira pessoa, p. ex.: os ricos c.oslunwm scr invejados, divitibus invj-

deri solet ; cu nao pudc. nao posso, nao podcrci pcrsitadir-mc... mihi nunquampotuit, potest, potuerit persuaderi...

Defuit officio.

284. — a) Os verbos compostos do verbo esse constroem-se

com o dativo, p. ex.: adesse amicis, eslar com os amigos; praeesse

classi, comandar a jrota; defuit officio, jallou ao seu deuer; tibi

deest consilium, jalta-le criterio; inimicis obsum, cau-so dano

Page 234: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 234

aos inlmlgos; nee sibi nee alter! prosunt, ndo sdo uicis nem a nnan aos outros; adesse ahcui, asslstlr a aiguan; adesse in convivioachar-se presente num banquete. °'

b) Excetua-se absum com o ablativo, p. ex.- abessp aKurbe, a pericuhs, estar longe da cidade, dos perigos (cf n 223 hpag. 20o).v ' u

> ">

i . - UIn6SSe Prefere ° ab]ativo com in = inesse in, D ex-

.

mest vuKu serenitas, no roslo estd gravada a seraudade Cont,!^pode-se dlzer: „erat Metdlo fdat.) ou in Metello magna sunetbia, achava-se {havia) an Mdclo grande sobcrba.P "

co„ str6i (cf.^T^S)! C0mP°StO C°m "SC' * Vevb° Servil e to <»° tal sc

Amicus irascitur mihi.

_285, — a) Constroem-se com o dativo os verbos irascisuccensere, estar u-rUado contra aiguan; adversari, renlti, reSgar*, opor-sc a aiguan, lutar co,n aiguan; Cato irascitur miSCa/ao ej-fo irrdado contra mini.u '

. .Qbservacao, — participle iratus do verbo irascor tern fn,-r-, A Ijetivo: iratus snm,«i,u irritado.mas para se diser «< ,«,w£dwt^ "^

do verbo succensere. c dua succensui,

A) Os verbos fidere, confidere, conjiar, ter conflanca anaiguan, constroem-se regularmente com odativo; tratando-se poremde cousas encontra-se tambem o ablativo sem nreposicao p «'•tOn confido,^ ,« *. mas dMe dizer; vlrtf ^'^tSe

sem Prept3otiCipi

°^^ ""^"^ "** SemPre ° abIat-

sXti 1!"?// ° dC PeSSr COm° tk cousa' P- ex - : ^ffido vestraesaimi, de-jcoajio da vossa salvacdo.

Consulo tibi.

28V AigURS verbos constroem-se tanto co-n dativocomo com outros casos, mas o senildo e diverse, p. ex, console tibialendo aos teus intercsscs; consulo te v, te m, mil

,

,

U ™'(cf. n. 256, c, obs., pag. 22ij.

"' ^ c(' "fe C°'u 'dho

Prpspicere patriae, ^/ar pe/o ban da pdlriaprpspicere res futuras, pretvr o Juturo.Vacare militlae, atender ao servi

{-o militar-

Ml

Page 235: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

%

235

vacare militia, eslar Isento do scrvico m'ditar.

|Temperare irae, moderar a indignacao;

•\

temperare ab injuria, abster-se da injustica.

[ |Timere hostem, temer o inimigo;

k" timere libertati patriae, temer pela Uberdade da pdlria.

Cavere canem ou a cane, guardar-se do cao;

\ cavere sibi, prover a si, etc., etc.

] Injicere tumultum civitati.

j 287. — Com os verbos compostos com ad, cum, In, inter,'} post, sub, super, ora se poe no dativo o complemento indireto,

ora se repete a preposicao antes do complemento, p. ex.: injicere

tumultum civitati, revolucionar o estado; Injicere pallium In

in Ignem, atirar o manlo ao jogo.

Virtute praestare omnibus.

288. — a) Os verbos que indicam superioridade, precedencia

exigem a cousa em que alguem e superior em ablativo sem preposicao,

e a pessoa que e superada ja. em dativo, ja em ablativo: anteire

e antecedere regularmente com o dativo; praestare tambem com o

dativo; praecedere com o acusativo; antecellere e excellere como dativo: virtute praestare omnib'as, exceder a todos na virtude.

Notem-se as frases: excellere omnibus ou inter omnes, praestareceteris ou inter ceteros, eminere inter omnes.

b) Excello e antecello carecem do perfeito e suprem estes

dois tempos com verbos de significacao analoga, p. ex.: praesto,

emineo, floreo, etc. Cf. pag. 122, verbos n. 59.

DATIVO COMPLEMENTO DOS ADJETIVOS

.Id utile est mihi.

289. — Ouerem depois de si o dativo os adjetivos que indi-

cam vantagem ou desvantagem, benevolencia ou hosldidade, igualdade

ou aproximaccio.

a) Utilis, inutilis, noxius, damnosus, gratus, jucun-dus, necessarius, p. ex.: id utile est mihi, Lrfo me e ut'd.

4j b) Amicus, inimicus, familiaris, adversus, infensus

(JiostiD), contrarlus, iratus, benigmis, p. ex.: amicus libertati,

-| amigo da Uberdade.

-;1 c) Far, aequalis, impar, dispar, propinquus, vicinus,

;affinis, notus, ignotus, etc., p. ex.: poena par esto noxiae,

a pena deve -ser proporcionada a culpa.

Similis patrls.

290. — Muitos, porem, destes adjetivos admitem tambemuma outra construcao;

Page 236: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 236 —

a) Os adjetivos que indicam semelhanca preferem o genitivequando se trata de pessoas, p. ex.: similis patris melhor que similispatri, seinclliante ao pai; com os pronomes pessoais sempre se usao genitivo, p. ex.: similis vesfri, dissimilis mei e nao similisvobis. — Como e melhor veri similis, verissimil, que vero similisvcrossimil.

b) Par, impar, dispar exigem, em regra, o dativo quando sctrata de substantivos, p. ex.: orator par Ciceroni, orador igual aCicero. Com os pronomes tern tambem o genitivo, p. ex.: "eujusnemo invenitur par, do t/ual nao se cn.conlra igual.

c) Os adjetivos que indicam uiilidadc, aptidao, conv&nihicia,necessidade, disposicao, inclinacao, lendencia jlsica ou moral, comoutilis, aptus, idoneus, accommodatus {propria para, convcnienlca), natus, constroem-se ora com o dativo, ora com o acusativo cornact, p. ex.: natus ad imperium ou ixnperio, nascido para o impc-rio; vir ad nullam rein utilis,

Propensus, na prosa classics, sempre se encontra conslruidocom o acusativo com ad.

f/)Communis constroi-sc tan to com o genitivo como com odativo, p. ex.: fratrlbus ou fratrum omnia communia sunt.

raesmo diga-se de superstes.Sacer fica melhor com o genitivo que com o dativo: aed.es

sacra Jovis.

Proprius, (a, um) constroi-se rcgularmente com o genitivo,p. ex.: proprium populi romani, mas tambem proprium ill!(dal).

e) comparativo propior, propius (gen. propioris)e o superlativo proximus, (a, um — do adjetivo desusado propis),sduado mais perto,^ mais vizinlw, e tambem o adverbio comparativopropius, superlativo proxime (do positivo prope) podem-se cons-truir co.m o dativo ou com o acusativo sem preposicao ou tambem como ablativo com a, ab, p. ex.: ager propior urbi, propior urbem,propior ab urbe.

Observacao. — Amicus, inimicus, aequalis, cuc/anco; tinitimus,inzuilw, Iwitirofc, quando usados como substantivos, querem o genitivo p ex •

amicus Paula, aequalis Ciceronis, etc.

DATIVO DE INTERESSE

Non seholae, sed vitae discimus.

291. a) dativo de mteresse e aquele que designa apessoa ou cousa em cujo favor se faz a acao, p. ex.: nao aprendemospara a ocola, mas para a vida, non scbolae, sed vitae discimus ;

quer ser nco nao para si, mas para os seusjilhos, non sibi vult essedives, sed liberis.

b) Tern analogia com o dativo de interesse o dativus etbi-cus {dativo ajetivo), que so se encontra com os pronomes pessoais,

Page 237: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 237 —

para indicar a participacao do animo de quern fala ou escreve na

acao que o verbo exprime, p. ex.: quid mihi Celsus agit, que (me)

jaz CeUo? conio passa o meu CeUo?

c) Se a ideia de interesse vai unida a de defesa, em lugar do

dativo usa-se o abiativo com pro* p. ex.: e agradavel e glorioso morrer

pela patria, dulce et decorum est pro patria mori ; jalar em favor|fc

: de alguem, pro aliquo verba facere ; combater pela salvacao da pdiria,

pro salute patriae dimicare.

DATIVO DE POSSE

Est homini cum Deo similitude.

292. — a) Em lugar de liabeo usa-se muitas vezes cm latim

est mihi, tibi, vobis, etc., p. ex.: o homem tern semelhanga com Deus,

est homini cum Deo similitude.

b) Prefere-se a construcao com habeo quando se quer indicar

uma posse material: habeo libros, anulum, etc.

c) Prefere-se a construcao corn o dativo quando a cousa

possuida e representada por um nome abstrato: potestas mihi est,

facultas mihi est, etc.

Observacoes. — 1) Tratando-se, porem, de qualidades do animo ou do

corpo, usar-se-a sempre esse in e o abiativo e nao esse com o dativo, p. ex.: in

Caesare erat (ou inerat) summa prudentia ou magna e rat Caesaris prudentiaon Caesar vir erat summae prudentiae.

2) Assim tambem se usa sempre o abiativo com in quando o verbo haver

signifies conler, pojr.ruir, p. ex.: na. Italia lid belissimas culades, in Italia suntpulclierrimae urbes e nao Italiae sunt pulcherrirnae urbes.

Est mihi nomen Petrus.

293. — Na expressao: est mihi nornen, lenho o nome, cha-

mo-me,' o nome proprio pode-se por no nominahvo em aposicao a

nomen ou mais geralmente no dativo, por atracao de mihi : chamo-

me Pedro, est mihi nomen Petrus ou mihi Petro nomen est

;

i foi-me dado o nome de Paulo, mihi inditum est nomen Paulas''„, oi! mini Paulo nomen inditum est; a Fa bio jot dado o sobre.nome

de Alobrogico, Fabio cognomen Aliobrogico inditum est

;

:

\dlelelo jot cognominado Numidico, Me tell o cognomen Namidico

I inditum est.

DUPLO DATIVO

Postrema pagina mihi magnae molestiae fait.

294. — A construcao com o dativo duplo {dativo da pessoa

e dativo do e.rcopo) usa-se especialmente com os verbos que indicam

escopo ou fim, o efeito ou o resultado de uma acao:

Page 238: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 238 —

»J Ja)

i°n\° 7

em° eSS& quando siSniiica: sen de, servir deredundaremMvAihoTLoxi esse, redundar em honra, louvor; dedecgriesse redundar em deshonra; praesidio esse, servir de auokllo- arffumento esse, server de prova; usui esse, ser de utilidade; detr'Zntesse ser de prejujzo; curae esse, tomar a peito; odio esse, Z 7dofSt a'T"^ ~ P°Strema Paglna ^i magnae molesttuit a ultima pagina causou-me muito enjado; ampla domus dedecan dammo saepe est, a casa cspacosam mull ^esTdeshta

™ cr r/} ?°m °S VCrb0S dare'trlbuSre

> vertere, ducere, habereno senhdo oe unporlar, alrllndr; laudi, vitio dare, atriburatultde

Louvor coma vdupeno; crimini dare, fl^W c<Mrao CX°ignaviae tnbuere, «^W a W./^v«; id alteri crimini T„dabis, quoa zpse fecisti, nao atrlbuir&s coma .itup'rITTouTZ

ne"r*tT" ~-^ vitio m^i dant qUod mortem hominTs " =-VJnecessam graviter fero, dao-me a culpa de chorar amaraam^e

aCZaetTam '9°; haWe ***** «**»*> * -4X2

c) Com os verbos dare, venire, mittere, ire truant Mdol

OS/r " S^^o ordiniria, p. ex, virtus sS' Snidono datur, ,<f « w/ .

faafe n~ao se dd como flffl

"e™dos verbo?de

e

pIe,?£S

'e7eii lft

lgUmaS,

deStaS c°nstru*** suprem a voz passiva ^

§ VI ."•}

ABLATIVO :j|

295. - No ablativo estao fundidos tr&s casos primitives- 4

2) instrumental que responde a pergunta com aue, com que meio ?'

f

ablativo lltinotr^ndVaoSo^ '^^ ""^ "Mnd° ? De^ <*»* ° ?

caUSae fii^:r^pr^ude.

^-^it^Seiti^s' t

n." 205, &°%t™*^— <* ^A^Tn"^^,]

. 5) Complemento de meio on <'>') Complemento de limitac-aom.sirumento cl. n. 205, pag. 196. cl\ n. 217, pag. 202. '

''

'

4) Complemento de modo ou «. «•-. , , ,

maneira, cl. n. 215, par 200 •r .

L°mpIemento de abundan-5) Complemento de'<p,alidade, "" °" fa,ta

'cL '"" 27A

• P»S- 209 -

cf. n. 228 pag. 208 ^7)ComP!emento de culpa e de6J Complemento de aprecia- Pcna ' c »- »• 254, 235, pag. 211, 21?

cao, cf. n. 212, pag. 199 e de nreco n 1 1\ r 1 /

213, pa-. 200'

, ,

//') C°mplemcnto de cinco

' veroos depoentes, cf. iv. 20S, pag. 197 S

Page 239: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 239 —12) Complemento de lugar: 15) Complemento de ori-ema) Lugar onde, cf. n. 178,

cf- "' 220' P^S- 204. ° '

pag. 184. ' 16) Complemento de materi-.M b) Lugar donde, cf. „. 185,c f- "• 210 pag. 198

'

l'-% pag. 187. /') complemento de argu-/;vf

y, M . , mento, cf. n: 229, pag. 208.

W n 187 ollf88Vlme

°PO '' °

6'CL

u-/<?) ComP!eme»to de compa-.» n. 187. pag 188. nh.a, cf. n. 216, pag. 201.

l

:» .„ 1q

-ij

-)

,

Co™Plemento de tempo, /p) Complemento dor, verbos,' j?

a& iyV . , .

/'c-fere, postulate, qiuurcre, potcere, /•,:-

m,n fn,f) 0?-°

mP' on-

C afasta -P<"*»-<: JksHare, schcitari, ct. n. 255.mento cf. n. 22o, pag. 20a. 256, pag. 220, 221. etc., etc.

ABLATIVO ABSOLUTO

His dictis, abiit.

a) <? <$r«e jv» entende por ablativo absolute.b) O ablativo absolute nao deve ten relagao gramaiical nem

com o sujeito, nem com os comptementos da proposicao principal.

j ,,

c\-d .^ue corresponde em nossa lingua o ablativo absolute

da lingua latma.

296. — a) As vezes o participio nao tern nenhuma relagaogramatical com o sujeito, nem com qualquer ouiro termo da propo-sicao principal; poe-se entao no ablativo com o elemento que o acompa-nha Esse ablativo chama-se absoluto porque nao depende do restoda trase:.p. ex.: Athenienses, non exspectato auxilio, proeliumcommiserunt, os Atenienses, nao tendo aguardado os reforcostravaram a batalka; expulsisregibus,Romani consules creaverunt'tendo sido expulsos (ou tendo expulso) os reis, os Romanos criaram osconsules; his dictis, abiit, ditas (ou tendo dilo) estas cousas, joi-se em-bora; direpta urbe5 Caesar profectus est, tendo sido saqueada(ou saqueada) a cidade, Cesar partiu.

b) Ouando o participio com o elemento que o acompanhataz parte da proposicao principal, quer como sujeito, quer como com-plemento, nao se pode usar o ablativo absoluto, p. ex.: vindo Cesar6 senadofoi ao sea encontro; o senado foi ao encontro de quern ? deCesar que voltava; o ablativo absoluto nao e possivel porque o par-ticipio com o sen sujeito forma o complemento terminativo or nro-posicao regente. Deve-se pois dizer: Caesari redeunti sena'tusobviam fuit. — Morio Alexandre, o seu corpojoi levado para a Gririaloi levado para a Grecia o corpo de quern? De Alexandre moriocomplemento c.e especificacao: Alexandri mortui corpus in Grae-ciarn delatum est. — Depois de lomada a cidade, Cesar incendiou-a •

;:

Cesar incendiou o que ? a cidade tomada, objeto direto: captam ur-j

bem Caesar mcendit. — Cesar ao vollarjoi levado em grar.de triunjoquern loi levado em grande triunfo ? Cesar ao voltar, sujeito: Caesarreversus magnum triumphum egit. — lobo, tendo agarradoocordeiro, o ddacerou; o lobo dilacerou a quern ? O cordeiro agarrado,objeto direto; lupus agnum correptum laceravit.

Page 240: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Caesa

240 —pservagao. — Esia regra sofre alguma excecao, alias rarissima, p. ex .

eancil

.rem

Exploratis regionibus. — Me vivo. — Nobis pueris.

297. — ablativo absoluto pode constar:

ill a) De ran substantivo ou pronome e de um participio presente ou perfeito,

^

p. ex.: Caesar, exploratis regionibus, albente caelo, onmes copias castriseducit, Cesar, depots de. lei- cxplorado o pais ao ahoreccr, levou para jora. o exercito;

haec illis volventibus, tandem vicit fortuna reipublicae, rev'olvtndo eles estes

pensaiv.entos no cspirdo, ce/iceu jina/mente o destino da repiibtica; me sciente,sabendo-g eu. Mas o ablativo absoluto com o participio presente, frequente em Livioe Tacito, menos frequente em Cesar, e raro em Cicero.

W^. :.

Observacao. — Com Tito Livio comecou-se a usar o participio futurono ablativo absoluto, mas nao muito frequentemente, p. ex.: parumper sileritiumet quies fuit, nee Etruscis, nisi cogerentur, pugnam inituris et dictatorearcern Romanam respectante, houve durante um pouco de. tempo silencio e

sossego, nao querendo osEtruscos iniciar combate se/n seremconstrangidos, econservandoo dltador o otliar para. a. rocha de Roma .

. b) De um substantivo e de um adjetivo, p. ex.: quae (voluntas), rationeadversa, incitata est vehementius, ea libido est, a t'ontade que, oposta a razao,

i excilada jorlemenie, chama-se paixao; me vivo, vivendo eu; te invito, man gradoteu; inscio Caesare, sent que Cesar nada soubesse; obsecro te, terrane tibi hocnebuloso et caliginoso caelo, aut sata ant concreta videtur tanta vis me-moriae? dize-me, parece-te lahez que a. memoria , Jaculdade tao vasla, possa ler nascidoou. se ter jormado da terra tiesie mundo chcio de nei'oa e de trei'as?

c) Exclusivnmente de substantivos, dos quais um indica um operante, p. ex.:

adjutor, rex, consul, imperator, auctor, conies, dux, judex, testis, etc.:

quod, Deo teste, promiseris, id tenendum est, o que ti.ne.rcs prometido chamandoDeus por tesleiniuiha denes cumprir: natura duce, errari nullo modo potest,seguindo a natureza como giiia. nao se pode absolutamente errar. — On indica umapessoa que se acha nesta ou naquela idade: puer, adulescens, senex, p. ex.:

laudator temporis acti, se puero, elogiador do tempo passado, quando ele era

menino; nobis pueris, sendg nos meninos, quando eiamo.t nicninos.

$'- RF.GRA

:

| d) ablativo absoluto forma-se suprimindo-se a conjuncao,

o substantivo indo para o ablativo e o verba, se houveryde finito passa

T

r, prineipibus Trevirorurn convocatis, hos singillatim Cmgetorlgiiavit, Cesar, tendo reunido os che.Jes dos Treviros, os rcconciliou um por ud

com Cingetorige. ;:^;. 1;

c) O participio no ablativo, bem como o participio em geral 1serve para exprimir, mais brevemente do que com o auxilio das \

{Scornuncoes, as diversas circunstancias de tempo, de causa, de condicao \de fim, etc., e pode-se traduzir em portugues por uma proposicao :

ltemporal, causal, condicional, etc., p. ex.: regnairfce TarquinioPythagoras in Italiam venit, durante o reinado de Tarquinio, i

Pitdgoras foi a Italia; equites, nuilo insequ eixie, fugieb.-;a(,

os cavaleiros jugiam, setn que ninguem os perseguisse; reluctaritenatura, irritus labor est, em se opondo a natureza, o trabatho £ bat- 3

dado; perditis omnibus rebus, tamen virtus se ipsa sustentarepotest, ernbora tudo se perca, ainda quando tudo esteja perdido,

contudo, a virtude pode suster-se por si; nulla mora interposfta/ -j

profecti sunt, partiram sem interpor demora; nulla praestituta die, 1

ter marcado o dia; re infecta, sem nada ter concluido. Am

JL

Page 241: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

mm ..

— 241 —para o participio presente ou perfeito concordando com o- mesmosubstantivo, p. ex.: jeitas as partes, o ledo assim jalou, partibus

,}

factis, sic leo locutus est ; saqueada a cldade, Cesar partiu, direpta

I \urbe, Caesar profecius est ; ajudando-nos Deus, tudo s'aird bem,

\i^ Deo juvante, omnia prospere succedent; mesmo quando tudotf

'

esieja perdido, ainda a virtude pode sustentar-se por si, perditis onmi-\ bus rebus, tamen virtus se ipsa sustentarc potest j no rein ado

j

( = reinando) de Tarquinio, Pitagoras veio a Italia, regnante Tarqui-nio, Pythagoras in Italiam venit, depots de ier enviado na [rente(fiomensj que exptorassem as pajsagens dos Alpes.

Qyro regnante. — Orto sole.

298. a) participio presente que entra no ablativo absolute), podepertencer a qualquer verbo, e para o portugues se pode verier com: enquanto, notempo em que, durante, sent que (se for precedido de negacao), p. ex.: Cyro regnante

;

Deo res humanas moderante; advenientibus Persis; te non adjuvante^sern que lu me ajudasses, etc., mas o ablativo absoluto com o participio passadoso se pode construir com os verbos transitivos, porque o participio perfeito temvalor passivo, p. ex.: Caesar, devictis Gallis, rediit Romam.

b) A.forma de proposicaoque maispropriamente traduzum ablativo absolutocom o participio perfeito, e a forma de proposicao passiva. Desta premissa resultaque os verbos depoentes de signijicacao transiiiva e os verbos intransitivos nao podementrar nam ablativo absoluto de tempo passado. Podem-se contudo usar os partici-pios perfeitos de alguns verbos depoentes intransitivos, quais, mortuus, ortus,profectus, egressus, ingressus, elapsus, p. ex.: vere ingresso, orto sole, egres-sis Trojanis, elapso anno, mortuo rege, profecto Valerio, de ingredior,orior, elabor, etc. _verbos_ depoentes de significacao intransitiva, mas nao se dira:Caesar, cohortatis militibus, signurn pugnae dedit, porque cohortor edepoente transitivo e o seu participio tem significacao ativa (cf. n. 110, c, p. 110)e nao passiva, dir-se-a pois: Caesar, milites cohortatus, signurn pugnaededit.

Observagoes. — 1) As vezes com o participio perfeito subentende-se umpronome ou um substantivo, p. ex.: lis (em todos os tres generos), hominibus,rebus; especialmente quando o ablativo absoluto e seguido de uma proposicaorelativa, p. ex.: hoc visu laetus tripartita Hiberum copies trajeeit, praemissis(subentenctidohommibu3)|quiAlpiumtransitusspecuiarentur,(^m'W)co/ifcm'cpor esta visao, jzz passar a/em do Ibero (Ehro) as milicias divididas em Ires paries.

-), Notem-se os seguintes ablativos absolutos especialmente proprios dosliisioriadores: conscensis navibus, transitis Alpibus, adiiis periculis, proeliolnito, etc.

Audito consulem in Ciliciam tendere.

299. — Em vez de dizer: cognito Caesaris advertlu, osmstoriadores do imperio dizem tambem: cognito Caesarem adve-msse, substituindo o elemento que acompanlia o participio per umaproposicao subordinada. Nesta construcao usam-se especialmente osparticipios audito, nuntiato, comperto, edicto, cognito, ex-piorato, addito, intellecto, etc.: tendo-se cspalkado a noticia deque o consul marchava sobre a Cilicia, audito consulem in Cili-ciam tendere; tendo-se espalhado a noticia de que Dario levantarao acampamento de Ecbdtana, Alexandre lancou-se no encalgo do jugi-

tivo, Alexander, audito Darium movisse ab Eebatanis, fugien-tem insequi pergit.

Gramatica Latina, 16

Page 242: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

242 —

to, consuUados assure,; debellato,^po^u"^^^^^ *"*««-

OBSERVAQOES PARTICULARES SOBRE USODE ALGUNS SUBSTANTIVOS

vita an»m; a^^ </ a/,£/w, gratus animotdi'scTpullVIVer<S °U h°nesta

venum firmanlur laborc" J0™"' " ^"'^ ""» «««• corpora^

citius arescit. "^ "w" ^'^ <?«« «.r %'vW, lacrima nihil

P. ox, /iiS^^^etta^t;^^;^^ Subst-^- PIurais concretes,

tenons '1^^i:^nr^:^^^Zat^dem-™^ad Martis (templuml • Tpr»r.f ••= h- ' p/ ex-

•^"tiades Cimonis (filiusl •

lano, in Neapolltano leot fbSwSoS *?aSSim *Tbeni: ™ T«'"" «'

num e,n h£tfe^S° P°™ a°~ do pais, p. ex, res Macedo-

CAPITULO IV

SiNTAXE DOS ADJETIVOS

Caesar fortlssimus imperator.

,):-{, f""~~ Frcc

* uentes vezes em portuguSs acrescenta-se iWchalamente ao nome proprlo o ad>tivo n ^ ^;L

,

cenlaJef

™e~

<p-,^„- 4.- iv „"iteefrr*m^s, Licero orator 'elocraenti^iTr.™-

Media aestate.

Page 243: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

V*

— 243 —

numero e caso com os seus complementos ou adjuntos: no cume de

um monte, In summo monte °, no fundo de uma grata, in Imospecuj na ponta dos dedos, 'summis digitis ; no restante da vida,

/• per reliquam vitam ; no rigor do cerao, media aestate j ao termi-

nal nar o inverno, extrema hieme j ao raiar do dia, prima luce j

ao cair da noite, prima nocte ; noJundo do mar, In imo mari.

iJ Nesta construcao o adjetivo precede sempre o substantivo.

Improbi secermant se a bonis.

303. — a) Os adjetivos usam-se com valor de substantivosespecialmente no masculino plural e neutro: boni, improbi, docti,

pauperes : os bons, os maus, os sdbios, os pobres; bona, mala, turpia,honesta i as acoes boas, mas, torpes, honestas, p. ex.: imprdhi

. se-

cernant se a bonis, os maus extremem-se dos bons.

Observagao. — O singular quase nao se usa, preferindo-se as formas:vir bonus, homo doctus, quidara vir doctus, e nao quidam doctus, etc.;

e dir-se-a no plural multi homines docti e nao multi docti.

b) adjetivo neutro singular substantivado e rarissimo, e

limita-se a alguns termos filosoficos: bonum, malum, honestum,decorum, turpe, utile, verum, falsum, etc.

c) O neutro plural substantivado usa-se especialmente nonominativo e acusativo, casos em que o genero e facilmente reconhe-civel; nos outros, que tern uma forma linica e igual para o masculinoe neutro, prefere-se a circunlocacao com res : jalta de tudo, inopiaomnium rerum, nao inopia omnium s jugir das cousas torpes,

abhorrere a rebus turpibus, etc. — Falar de qualquer argumentode omnibus rebus dicere.

Leges ou praecepta grammaticoram.

304. — Note-se o uso da lingua latina de exprimir com o genitivo de unasubstantivo concreto os conceitos representados em portugues abstratamente poradjetivos que indicam especialmente universalidades, p. ex.: omnium gaudium,alcgria universal; omnium rerum perturbatio, conjusao gcral; omnium ho~ixiinum ssrrao, vox publico.; salus omnium, salvagao pdblica; jura civium,direitos ctv'is; lex naturae, lt:i natural; castra hostium, acampamenio inimigo;praecepta philosopMae, maxima.!jilosojteas; leges ou praecepta grammatico-ram, regras gramaticais, clc.

Senatus frequens convenit.

305. — O latim, nao raro, serve-se do adjetivo nos casos emque o portugues emprega o adverbio ou um substantivo com pre-

posicao. Da-se isso especialmente:

a) Com os adjetivos que exprimem um sentimento da alma:libens, laetus, impriidens, Invitus, etc., p. ex.: Socrates laetusvenenum hausit, Socrates tragou alegremente o veneno; sapiensnihil facit invitus, o sabio nadajaz contra a sua vontade.

Page 244: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

244 —

:>f .

™n+, ^ N°S conceitos^e tempo: matutinus, "vespertinusnoctumus, serus, p. ex.: Cicero serus venit, Cicero chfoou/D'Wes aoctuxm impetus fecerunt, „ ini^of^Ztl'l

„v„/C) En

LConc

ftos 9ue indicam multiplicidade, quanlidade

equens convenit, o senado reuniuse em grande numero

te durarfeaHZ™*^^etivos-particfpios, p. ex.: Caesare absen-rNTr"aJ""''"

me mfciente

^ fenaro,^ eu saber

Dei . ,7N°s comparahvos e superlatives dos adjetivos de lU o a

'

p. ex.: oJobo estammav aclma (= mais proximo da We *S=W *^w, superlorlstabat Lpus longe^S* **/„//

j) j°mr/

&^flvos <3ue se formam de nomes proprios, p ex •a batalha de Maratona, pugna marathonia ; viiSria de Canar'

"irpCssr8

'

encontra-se tambem «ic-^«mSCOMPARATIVO E SUPERLATIVO

1) COMPARATIVO

Argentum est vliius auro ou qaam aurum.

^W.ct^ffAr64 0mPar*'iVOS * i""'ld"d< ' d° •'">'"'

comparativo de superioridade forma-se-

Umu, da^^o.CO,nParatiVO°

adJetiV° P°SitiV0 d° '™

sem prepo^cSnT'^ '""T^*COmPara?a° P°de-se por no «^V«,

Tc^Svo o" - °""' Prim*™ termo for nominative ouacusativo, ou no ^™ ca,„ do pnmeiro termo precedido da par-licula comparativa quam, p. ex.: o mestre £ mais sdbio que o dtsclplpraeceptor est doctior discipulo ou quam discos 7%-a ae mats desprezwel que o ouro, argentum est villus auro ou ouam

ou quam Petrusj nao conkego nlnguem mals sdblo que Paulo

?r^:nw ctioremPaul° -^-p-w; %jztque osoL e ma,or que a terra, scimus solem majorem esse terra

•eS, esteoifcitl^ft forma;" ra* propose com sum,

mio e8t;„emmem noWdS^m^rPaufiUTn 86 " qUam Ph01"<-«i quam faulus.est.Deve-se sempre recorrer

Page 245: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 245 —;iliiiesta constmcao quando o verbo do primeiro termo nao pode ser subentendidono segundo, p. ex.: eu tenho urn. cavalo mclhor que o tea, meliorem equumhsbeo qruam. tuus est.

2) Na constmcao do acusativo com o infinito, querendo-se usar no segundotermo o quam com o acusativo, e necessario que o verbo seja comum aos doistcrmos, p. ex.: decet cariorera esse nobis patriam quam nosmetipsos ( =quamnosmetipsi nobis sumus), c mister que a pdtria seja-nos mat's querida do que naso somas a nos mesmos.

b) Usa-se semprc o ablativo quando o segundo termo dacomparacao e formado com qui, quae, quod, p. ex.: rcsl.ituisle.f-me

a pdiria cm conjronto da qual nada podc haver de inais qucrido,

patriam, qua nihil potest esse ca.rius, miki reddidistis ; Cicero,

o inais eloquente de quan'os o joram, joi morlo por Antonio, Cicero,

quo nemo disertior fuit, necatus est ab Antonio,

c) Prefere-se o ablativo nas frases negativas, interrogativas,

nas expressoes absolutas e na construcao do acusativo com o infi-

nito, p. ex.: e nada inais amavel que a idrtude, nihil est virtuteamabilius ; que ha mais divino que a razao ? Quid ratione divl-

nius? Isto e mais claro que a Luz, hoc est luce clarius ; e sabido que

a terra e maior que a lua, constat terram luna esse majorem,(mas tambem quam lunam).

Observagae. — Usa-se tambem o ablativo nas frases:plu.s aequo ; solitomagis; spe, exspectationc, opinione ciiius, celerius, serius, latius, p. ex.:

Cesar chegou mais depressa do que sc esperava, Caesar opinione celerius advenit ;

pareceu que o sot est'wesse mais rubra que dc costume, visus sol rubere solito magis

;

e molcsto ter urn dedo a mais, molestum est uno digito plus habere.

d— I) Usa-se sempre o quam quando o segudo termo dacomparacao for am infinito ou uma proposicao, p. ex.: e mclhor morrer

que contaminar-se, melius est mori quam foedari ; disse mais(menos) do que quis dizer, plura (pauciora) dixi quam volui.

IT) Quando o simples ablativo tornasse a frase obscura e

arnbigua, p. ex.: a sabedoria e melhor que a auddcia, sapientia (ou

doctrina) melior est quam audacia, e audacia, em ablativo,

poder-se-ia tomar como sujeito, trocando completamente o sentido

da expressao.

Studeo virtuti praestantiori quam divitiae sunt.

307. — Depois de um primeiro termo comparativo em caso

genitive, dativa e ablativo raramente se poe o segundo termo emablativo, mas forma-se uma proposicao em que se poe o segundotermo com quam em caso nominativo como sujeito do verbo esse.

o qual em regra se exprime, razao por que na proposicao: dou-me a. vir-

tude(quc 6) mats exce/enle que as riquezas, menos exatamente se dira:

studeo virtuti praestantiori divitiis, mas studeo virtuti praes-

tantiori quam divitiae sunt ou quae divitiis praestantior est.

— Respondi com as palavras de Varrdo, homem mais sahio que Cldu-

dio, rescripsi verba Yarronis, hominis doctioris quam fuit

Page 246: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

246

Claudius,- wf com hotnens mats fortes que i>6s, vixi cum viris f„tionbus quam estls vos j tenho 'mtLn „L 'J °r"

B£.tJf<£^"*"'a^^LTS

ou quam Titus.j S

'utor aiJ»co, qus doctior est Tito

(^-^^^o^m^toc^^^'^'^'^^^ P{«s. ampHus (W), minus

(quam) quattuor mUia ho^Cm rffo"e^,4t$'»"!'"' £".(l>°»>"». ncn plus

quattuor coloribus: a ncre crn nL * ? T l?sl sunt Plus (quam)

quattuor pedesaltaWt^^S£«&&&*.^^ <*»»>

Feliclor est quam pradentior.

feliclor est quam Dra2r fl' t~ '^-^ *"' prudente,

quam honestius ou consilium magis utile quam honesfum!

-i«i paid a tormafdo do comparative

Validior manuum.

«)"0 superlative portugues quando so se fak cle

b) Notem-se ainda as frages:

Italia attSSr^r^(^..^^WftaUa superior,Africanus minor; >i"W^ af ™ I' ,V ^"t^ <*f.r,ca '.">> AfiScanus majorPliaius junior.

? '" ^ ^™' dsPta» citerior; -PW.^

Page 247: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 247 —//) Liber prior, tratando-se de uraa obra em dois livros, mas liber

primus, se a obra constat: de muitos livros (cf. n. 347, pag. 259); os primeiros ires,

cinco livros, tres, quinque priores libri ; os ultimos Ires, cinco livros, ires, quiriqueposteriores.

///) Juniores et seniores, os moqos c os vclhos; majores et minores,os anlepassados e os desccndcntcs.

Senectus est natura loquacior.

310. — Quando nao se exprimc o segundo termo da compa-racao, o comparative) indica um aumento ou uma diminuicao do posi-

tivo e em portugues se traduz com tanlo, pouco, muito, etc., p. ex.:

senectus est natura loquacior, a velhicc c por nalureza u/n poucopalradora; Themistocles liberius vivebat, Temistocles v'wia muitoLivremente.

Muito formosior.

311. — Com os comparativos e superlativos e com os vesbosque indicam excelencia: excello, praesto, anteeo, amtecello,etc., os adverbios acusativos multum, tanturm., quantum, pau-lum, aliquantum, tomam forma de ablativo tanto, quanta, mui-to, paulo, aliquanto, p. ex.: muito,- formosior, muito mais Undo;muito pauciores oratores boni quam poe'tae boni reperiuntur,encontram-se em numero menor os bons oradores do que os bons poetas.

m

Alius est atque erat.

312. — Os adjetivos e os adverbios que indicam Igualdadeou desigualdade, como alius, similis, par, aKter, paritex, secus,aeque, perinde, proinde, unem-se ao segundo termo da comparacaonao com quam, mas com ac, atque.

ELe e diferente do que era (jd nao e o que dantes era), alius estatque erat.

Ele Jala de modo diverse do que sente, aliter loquitur acsentit.

Jd nao es o que eras outrora, non idem es ac fuisti.

Culpa iua gravior est, quam cui possii iguosci,

31o. — n) As loeucoes: ma:t... (do) que; dema-'iado... para, traduzem-secm lalim com n comparative do adjelivo on adverbio seraudo de quara ui ouquam qui (quae, quod) ;>. cx.:Cesa/-era ma is qucrido dos s : :us soidados do que leniido

dos seas luimtges, Caesar caricr erat suis aii'itibus quam ut ou quasi quemtimerent hostes; a iua culpa c demasiado tjravc para ser pc.rd.on.da, culpa tua gra-vior est, quam cui possit ignosci.

b) A locucao: por denials... em comporj.cao dc (ou: em proporcao de ou rela-

tivamcn'e a) se exprime com o comparative seguido de quam pro, p. ex.: jerc-se

um combale dcrnasiado encarnicado cm comparacao do numero dos comhalr.nlcs,

proelium afcrocius qua.T, pro p.uinero pugnantium cditur; a mortar.dude hipor demais pequena (oa muiio pequena) relalivanicnle a (ou em proporeo.o de) laoijrandc viioria, minor caed.es fuit quaro. pro tanta victoria.

Page 248: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 248 —

2) SUPERLATIVO

Gaiioram omnium fortissimi sunt Belgae.

314- — Quando se quer indicar que um suieito possue ,,maquahoade em grau elevado, mas nao se faz comparacL com onsu;eito, usa-se o superlative absolute; quando se querTndJcar

T

mcousa em coniYonto com am outro/entao^"tZ^elTe o (ermo de comparacao exprime-se em Iatim com o g7n ivo itr£vo ou com o ablative acompanhado das preposicoefe ex fdeSer ou

V

aC

n?e( ** ^ "T f^ imIfar>'™ *™«^ cominter ou ante, p. ex.: xemlstocles enviou a Xerxes o mair /,>/ J

^~-^^/?.etSr^ts ,sS 'Iinter reges opulentissimus fuit • Fnf-nt fn ; n m„ ' u J,, !

ante alios pulcherrimus lltt^ J "*"' '^ ^^j

P. ex.: oaumim elegantisdmc logSi, m^C^omibustr^s™ ' °U ~'J

I fidelissimumCams est ^™„- . ,.

i r.j .. .ommumammalmm.

fidelissimus

an „«3i5

' ~ a) ° suPerlativo relative concorda sempre quanto 1ao senero, com o seu genitive partitive ou ablative, p.^x • TZl 1mlente dos so dados militum fortissimus ; a^ bonfta das 'cidadc 1

r j! > va'?. tambem para o caso em que o sujeito da proposicao \c de genero diferente do do genitivo partitive, p ex • S!^ ?

est tidehsanuum (n.) omnium animal™ („

P),

"'^T, i"] '

com o su;eito da proposxcao quando se achar no prinefpio da frase *

-n^atm't^dirT1

' ^ «* fi<¥**»™ (nT«££m !

•>oSim™ ' oT nS£mJ

-e: Se3"Vlt"S omn™ malorum I

' mm" Cht' ?or<

Jue servitus 6 um substantivo abstrato. *\

b) Sc precede.- o superlative, este deve absolutamente se^.Jr 1genero do seu gemtivo: fidelissimum omnium animaHumlst 1

Sicilia est. Como esta.XX*^^^™»™ " *»>«*««*"» »

Page 249: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 249 —2) Uraa proposicao negativa com nihil, nemo, nullus em forma com-

parativa, as vezes, traduz elegantemente um superlativo portugucs, p. ex.: sigamosPolibio o mais exato dos cscrilorcs, sequamur Polybiura, quo nemo fuit dili-

geniior; a honra c a cousa mais preciosa que possuimos, nihil honore nobispretiosius est.

5) Cf. tambem pag- 65, Superlativo, n. 60.

Cato amicissimus meus.

316. — Frequentcs vezes em portuguus se exprime uniu qualidadc com o

adjetivo positivo precedido de muilo. grande, grandenientc, /uudissimo, etc., neste

caso o latim exige sempre o superlativo, p. ex.: muilo bonilo, pui.ciierrimus ;

o mcu grandc amii/o CatTw, Cato amicissimus mens.

Tarn sum mitis, quam qui lenissirnus.

317. — O superlativo precedido de quam qui, ut qui corresponde a

frase portuguesa como nenhum ouiro, p. ex. : tarn sum rnitis, quam qui Icnissimus(subentendicio est) = sou lao manso quanta aquele que 6 o mats man.ro = sou manso

como nenhum ouiro o e; id mihieritgratumquamquodgratissimum,<:,r/a cousa

ser-mc-ti agradavel como nenhuma ouira ou ser-me-d a mats agradavcl do mundo.Observagao. — Por analogia dir-se-a ut cum inaxime, p. ex.: domus

celebratur ita ut cum maxime, a. casa £frequentada mais que nunca.

Quo quisque est doctior, eo est melior.

318. — A frase: quo quisque est doctior, eo est melior, quanta mais ume sabio [onto e melhor (Cf. n. 342, a, III, pag. .258) pode-se tambem substituir pelo

superlativo: ut quisque est doctissimus, ita est optimus ou doctissimusquisque optimus. A mesma regra serve para expressoes equivalentes.

Unus omnium justissimus.

319. — a) O comparative/ pode ser reforcado:

/) Com etiam, ainda, p. ex.: etiam major, ainda maior..

II) Com mulio, muilo, p. ex.: allquanto, um pouco, alguin

tanio: multo major, muito maior.

Atenua-se a ideia do comparativo com paulo, p. ex.: paulominora canamus, cantemos argumentos um pouco mais modestos.

b) O superlativo pode ser reforcado:

/) Com vel? mesino, ate, p. ex.: vel maximus, mesmo o maior.

II) Com quam, o mais possivel, p. ex. : quam maximus o

maior possivel.

III) Com longe ou multo, muilissimo, p. ex.: longemaximus, muilissimo maior.

IV) Com unus, unus omnium ou somente omnium unico

enlrc lodos, p. ex.: eloquentia res est una omnium difficillima,

a eloquencia e a arte mais dijicil de lodas; Miltiades unus omnium,maxime florebat, Milciades sobrepujava a lodos; P. Scaevolamunum nostrae civitatis et ingenio et doctrina praestantissi-

mum audeo dicere, ouso dizer que P. Cevola e sem comparacao,

por seu engenho e douirina, o mais rico da nossa cidade.

Page 250: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 250

re-

j

CAPITULO VSINTAXE DOS P£SOf>JOM£S

§ I

PRONOMES PESSOAIS

^J^rJi- ?*%z ttss gut -

A) Pater amafc suos liberos.

sujeito IfITf'T- "'" "" f"-°l»«V° principal e se refere ao

Dlemenfn& "^^ W^f* /»™«/W e se refere a um com-

pronomc porfug^fn^TeS^su^tod^ 8""8?*' Um tambem C

'ua"do °

cusanis restituit: o nicninoannnhn,^^ 1^- SciPio res sua« Syra-

se refere2feS^^ptei^-S^ d°S^ ° S"i0

poderfcm"^ ^^d^^op^^"'^ Pe!a TiuD!"° e<d£ m0d0 *™

(ejus, eomm); propos.coes, usa-se o demonstrativo is, ea, id

usa-se o posLto^uusfa^T^ /T' qU3Se f°rmand° uma — ^milites ejus &geruTt i'du^X r'jf

^ ' '"'-

r<'" J ' ""*<"*<>* JWra„i, dux et

iugit, o ckcjejugia com ,> rucT^/JlT/ • • f

"

a: duX cum suis minibus.«>/« os scusjilhoL

"tdados; vuu patrem cum suis filiis, ,/ <, pal

independent^,'^pronomepo'ssesJi/n.T

,

p0ssuida.Pertencem a duas proposicoes

por iUius, istius, p. e • 6> , ^t /,w; V '" P°r e;P S

'eorum

'carum

-e '^em

foriissimus &it, Los ejus facteidmSur '"""""""" " ^J^s, Caesar

««fe «<«« ^^'^l'^r^l (/Sl

';u™^SemprC

° I"**"* 1™ suus, p. ex,mente, suo quisque scelere a. atur /f

qil5mt?ue scei"* afiitat, e passiva-

tnbue (cf. n. 342, fl , //, p£ 258)'

' "'" ° """'' ,f •"•"> suu «« c"^que neste^oco^^S^:^ - ^-' *»-' sobre.sa, a Wa do P,onon,e

e civitate ejecerunt, e a s vamcntem^t"'^- * ?"»*alem sui civessus est.

cnle llanf"Oal a suis civibus e civitate expu-

Page 251: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

251

B) Animus sentit se sua vi mover!.

Nas proposicoes dependentes e necessario distinguir:

a) quando o sujeito da principal e tambem sujeito da de-pendente.

b) quando os sujeitos sao diversos.

c) quando o pronome reflexivo nao se refere nem ao sujeitoda proposicao principal, nem ao da dependents mas a urncomplemento.

a) Ouando o sujeito da principal e tambem sujeito da de-pendente, usa-se sui, sibi, se e o possessivo suus, sua, siium, p. ex.

:

os Etinos mandaram embatxadores a Cesar, porque nao se podiatndefender a si, nem aos seus haveres, Aetini legatos ad Caesareminiserimt quod se et sua defendere non possent ; a alma sente

que se move por sua propriajorca, animus sentit se sua vi moveri ;

nao ha ninguem que se odeie a si proprio, nemo est qui se ipsumoderit.

b) Ouando os sujeitos sao diversos, e preciso subdistinguir:

/) o proxiome reflexivo se refere ao sujeito da principal.

IT) o pronome reflexivo se refere ao sujeito da proposicaodependente.

!) Ouando os sujeitos sao diversos e o pronome refle-

xivo se refere ao sujeito da principal, pode-se usar sui, sibi, se j suus,sua, suum ou is, ea, id, p. ex.: Metelo com grandes promessas indu-ziu os embalxadores a entregarem-Ihe Jugurta, Metellus multapoliicendo legatis suasit ut sibi. (ou el) Jugurtham iraderent ,•

Jugurta exorta os sotdados a dejenderem sua pessoa e seu reinocontra a avareza dos Romanps, Jugurtha milites monet ut sesuum(£iie regnum defendant ab avaritia Romanoram; Ddia-mes ouve dizer que os Pisidios tinham alistado tropas contra ele,

Datames audit Pisidas copias adversus se parasse ; os E'duosvieram queixar-se que os Arudes tinham decastado as suas terras,

Aedm questum venerunt quod Arudes fines coram populatiessent j Ambiorige penetra no territorio dos Adualicos, que conjinavam.com o seu reino, Ambiorix m Aduaticos proficis'dtiir, qui erantregni sui. (ou ejus) finitimi ; os Colojonios dizein que Romero e urnseu concidadao, Colophonii Oomeruir, dicunt clvem esse suum;o orador uwestigue o que pensam os seus concidaddos, orator invesitl-

get quid sui elves cqgiteni.

Observacoes. — 1) Quando estas niesmas proposicoes dependentes naoenunciam o pensamento do sujeito da princiapal.mas o dc quern fala ou escrevc,usa-se entao o pronome demonstrative p. ex.: So/aoJ'Ingtit-sc tonaj para par mats cm.seguro a sua i'tda, Solon se furera sjmulavit quo tutio;- vita ejus esset(ejusexprime o pensamento do alitor, sua teria indicado o pensamento dcSoiao); Paa-saiuas cstava disposlo a airaigoar loda a Grecia, se Xer.vcs the Iwcsse dado cm casa-

Page 252: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

2S2

menlo a sua fillia, Pausanias traditurus erat totam Graeciam, si ei Xerxesfiham suam nnptum daret (el exprime o pensamento de quern expoe ~h;teria mdicado o pensamento de Pausanias); Melclo presidiou aquelas cidad'ej'nuchnham passado para etc, Metellus in iis oppidis, quae ad se defecissent („!,,saraento de Meteio) praesidia lmposuit. '

2) Nas proposicoes dependentes consecutivas e temporais, que em re-,-,exprimem o pensamento do escritor, usa-se sempre o demonstrative p e>- 7?„„minondasjoi tombem urn bom Jalador, de mode que nenJium Tcbano the era Z'uJ„„na cloquenaa, Epammondas fuit eiiava disertus, ut iismo Thebaiws ei na,.esset eloquentia; Alclblades, quando se the cmuou tuna ordem. na Slcilla a]in,

7

que voltasse para a patria, ndo quts obedecer, Alcibiades, cum ei nuntius in SicUam missus esset, ut domum rediret, parere noluit.

II) Quando os sujeitos sao diversos, e o pronome reflexivose refere ao sujeito da proposicao dependents usa-se sui, sibi, se

:

suus, sua, suum, p. ex.: os embaixadores exortavam Fociao a quecuidasse de si e dos seus jilhos, legati Fhocionem monebaniut sibi et suis liberis prospiceret ; Cesar exortou os soldados a recor-darem o seu {-deles) antigo valor, Caesar milites hortatus est,ut suae pristinae virtutis memoriam retinerent.

c) Consequencia logica das regras expostas temos, a seguintc:

Se o pronome reflexivo nao se refere nem ao sujeito daproposicao principal, nem ao da subordinada, mas a um complementsusa-se is, ea, id, p. ex.: Mimio manda vir h sua presenca Jugurla,depots lembra-lhe os seus crimes comelldos em Roma e na NumidiaMemmius Jugurtham producit et faclnora ejus memoraiRomae et in Numidia ,• Temistocles erwiou a Xerxes o mals fielde seus servos^ para Hie comutiicar que os seus inimigos estavam emjuga,^ Themistocles ad Xerxem misit fldelissimum ex suisservis ut ei nuntiaret adversaries ejus in. fuga esse.

ve-se que suum deve referir-se aos Romanos e secum a Frussias.

Quando, porem, houver ambiguidades, suus, sua, suum: sui, sibi, sereierem-se ao sineito da dependente, e ipse ou is ao sujeito da proposicao principal,p. ex.: Caesar milites mcusavit cur de sua (do seu = deles) virtute aut deipsius (sua = ae Cesar) dihgentia desperarent?

, , . . P Frequences vezes o reflexivo nao se refere ao sujeito gramatical, mas aologico, isto e, ao que, segundo o sentido, k. verdadeiramente o sujeito principale dominante, p. ex.: Catilmae omnis spes erat in sua audacia (=CatWnacontiaebat in sua audacia).

ACAO RECIPROCA

Homines inter se diliguui.

, ,

".321-~ A a?ao reciproca, que em portugues se exprime pelos

adverbios reciprocamenle, mutuamenie, entre nos, entre vos, enlre eles,em lahm traduz-se:

Page 253: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 253 —a) Com inter se, Inter nos, inter vos, p. ex.: os homens

amam-se mutuamente, homines inter se diligunt ; exortamo-nosrec cprocamente, hortati inter nos sumus.

Qbservacao. — Invicem, na boa latinidade, nlo significa acao reciprocamas equivale a sucessimmer.k, cada urn por sua fez, p. ex.: defatigatis invicemintegri succedunt, as tropas cansadas sucedein por sua vez as descansadas.

Em latim omite-se o reflexivo que se exprime em portuguesp. ex.: eles louvam-se entre si, Illi laudant inter se e nao illi selaudant inter se. Exprime-se, porem, quando o sujeito e diversodo objeto, p. ex.: amicitia vos inter yos conjungit.

b) Com alter,, alteram, tratando-se de dois; com alius, alli-

um tratando-se de mais, p. ex.: os dois irmaos ajudam-se reciproca-mente, duo fratres alter alteram juvat, os cidadaos ajudam-se

'

reciprocamente, cives alius alium juvat.c) Repetindo-se o nome uma vez como sujeito, outra como

complemento, p. ex.: uma mao lava a outra, manus manum lavat.

§ II

PRONOMES POSSESS IVOS

Aetatem consumpsi.

322. — a) adjetivo possessivo em regra nao se exprime nalingua latma a nao ser que o exija a clareza ou a eficacia da expressao,p. ex.:gasiei a minha vida, aetatem consumpsi ; tenho sempr'eo castigo dianle dos mens olhos, poenam semper -ante oculoshabeo ,* erguer as nossas maos ao ceu, manus ad caelum tollere.

Mas dir-se-a: vestra causa, em atencao fossa; meo nomine,meis verbis, em men nome, por minha conta; suo tempore, exata-mente em. seu tempo; suo jure, em seu pieno direito.

_

b) Se ao pronome possessivo se acrescentar alguma determinacao apositivaesta vai para o gemtivo, p. ex.: vestra ipsorum causa, por causa de <w mesmos'-mea ipsius opara, por oora de mini mesmo; tuis unius verbis, pclas palavra- de'' /"' £!£anl lria£5stri officium est, o mea defer de mes/re e..., etc. (cf. n '68pag. ill).

'

§ HI

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

jtJrevior est vita homimim quam cornicum.

323. a) Nao se traduzem em latim os pronomes demons-tratives, o, a; os, as equivalences a aquete, aquela; aqueles, aquelas,quando seguidos de um gemtivo, p. ex.: as invencoes da nece-ssidadesao mats antigas que as do prazer, inventa necessitatis antiquiorasunt quam voluptatis

; quern pode comparar a morte de Cesar com

Page 254: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

254

a de Cicero? Quis conferre potest mortem Caesaris cum Cice-rorais? A casa de Antonio 6 maior que a de Cesar, domus Antoniimajor est quam Caesaris ; a uida do homem e mais breve que adasgralhas, brevior est vita hominum quam corn!cum.

b) Muitas vezes, porem, nesses casos repete-se o nome, p. ex.: '

nao h& rapidez que possa rivalizar com a da mente; nulla est celerxtasN

quae cum mentis celeritaie contendere possit ; a casa de Antonioe maior que a de Cesar, domus Antonii major est quam domusCaesaris.

Praeclarum illud Solonls.

324. — pronome ille serve muitas vezes para indicaralgo de conhecido e celebre, p. ex.: praeclarum illud Solonis,aquele celebre dito de Soldo; Alexander ille Magnus, o grandeAlexandre.

Ego sum is qui mortis periculo non terrear.

325. — Is, ea, id, tern muitas vezes o significado consequen-cial de nao sou urn dos, tal que, p. ex. : eu nao sou urn dos que se deixatnatemorizar peto perigo da morte, ego sum is qui mortis periculonon terrear.

Haec est vera sapientia, in omnibus rebus

aequam mentem servare.

326. —- pronome is e os demonstratives hie, ille tern frequentes vezesvalor prolelico, isto e, referem-se, quase antecipando-o, ao pensamento que se"ue,o qua! por sua vez serve de explicacao do mesmo pronome, p. ex.: haec est verasapientia, in omnibus rebus aequam mentem servare, esla £ a verdadeirasabedona, conscrvar em qualqucr circun-stancia o mesmo carater.

Tu dermis, Ipse viglio.

327. — O pronome Ipse indica uma contraposicao expressaou suoentenciida, p. ex.: tu dormis, Ipse vlgilo, tu dormes, eu veto(riao eu mesmo): Caesar copias In eastris reliquit, ipse cu.ni. pau-cis proeessii, etc., Cesar dei.vou os suas tropas no acampamento,ele avancou com poucos, etc.

Virtus per se ipsa placet.

328. Ipse, unido a sui, sibi, se, concord a antes com osujeito do que com o compiemento, p. ex.: a virtude agrada por simesma, virtus per se ipsa placet j os medicos nao sao capazes dese curar a si mesmos, medici se Ipsl curare non possunt ; a maede Dario suicidou-se, mater Darei sibi Ipsa mortem conscivit.

Page 255: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

:'JSB?

— 255 —Nihil est utile quod non idem honestum.

329. — Ouando se quer indicar que duas qualidades diferen-tes estao reunidas na raesma pessoa ou no mesmo objeto, em lugar

Sf-J^e s*mu^ et'ami usa-se ordinariamente idem, aedem, idem,

||que entao signifies ao mesmo tempo, alem disso, p. ex.: nada e utii

\\ que ao mesmo tempo nao seja honesto, nihil est utile quod non idemi honestum; os musicos uma vez eram tambem poetas, musicl

erant quondam iidem poetae.

§ IV

PRONOME RELATIVO

Ipse hoc f'ecisti, quod vehementer negas.

l f /^. ~ ^m *at'm ' as proposicoes sao, de preferencia, unidas por prononierelativo {conetwo retattoo), ao passo que, em portugues, se unera as vezes, por con-;uncao {conetwo conjuntivo) seguida de um pronome demonstrative, p. ex.: tu Jt-zeste Lsto, mas o negas, ipse hoc fecisti, quod vehementer negas.

Dicam quod sentio.

331. — Is e o antecedente natural de qui, mas ordinaria-mente omite-se se estiver no nominativo ou no mesmo caso emque esta o relativo, p. ex.: direl o que penso, dicam {id) quod sen-tio ; quern deseja o alhelo, perde o proprio, amittit proprium (is) quialienum appetit.

Quam quisque norit artem in hac se exerceat.

332. — Muitas vezes a proposicao relativa precede a prin-cipal; nesse caso o termo relativo, isto e, o nome antecedente, passapara a proposicao relativa e toma por atracao o caso do pronomerelativo. Na construcao regular dir-se-ia: quisque se exerceat inhac arte quam norit ; mas, fazendo-se preceder a proposigao relativa,o termo relativo arte passa para esta proposicao: quam quisquenorit artem^in hac se exerceat.—Ad quas res aptissimi erimusin us potissimum elaborabimus, em lugar de potissimumelaborabimus in iis rebus ad quas aptissimi erimus, ocupar-nos-emos especialmente daquetas disciplinas para as quais cada qualse senhr mais inclinado.

Vescor eodem pane quo tu.'

333. — Usa-se o pronome relativo qui, quae, quod s

a) Depois do pronome idem, o mesmo, que em portugues e seguido dacorvjuncao que, p. ex.: vescor eodem pane auo tu (subentendido vesceris),alimenlo-me do mesmo pao que tu. pronome qui, quae, quod, que vai para omesmo caso do nome a que se rcfere. pode-se substituir por et, ac, atque, quam,

Page 256: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

256 —;

se no seguncta termo da comparai;ao se subentender o mesmo verbo do primei'mp. ex.: Plato idem sensit, craod (ac. atmip) Pvfl«»nr« - m „„ a:„ ,.„ / .. ' -ij

^ ..^ svju.™ ^imu u<* i-uinijaiavau se suoentenaer o mesmo verbo do primeimp. ex.: Plato idem sensit, quod (ac, atque) Pythagoras; mas dir-se-a' semnrpPlato laom sensit, quod Pythagoras docuerat. l

b) Para traduzir as segumtes expressoes: prudr.nte como is, sabio como isis, p. ex.: a ti prudente como is, nada csc.apa.rd nihil te, qua prudentia f-o'

laloga-i,

334. — £/«., quando precede urn substantivo aposto, emlatim nao se traduz, p. ex.: Cicero, urn dos mals eloquentes oradoresCicero orator eloquentissimus ; Cesar, um dos malores general'sromanos, Caesar fortissimus Romanorum imperator.

Servus quidani.

mtugiet i.ou quae est prudentia e tambem pro tua prudentia (cf. n. 447, A ••'

§ v

PRONOMES INDEFINITOSas

B-

335. a) Um, com o significado de um cerlo, nas narracoestraduz-se por quidam, p. 'ex.: um escravo, servus quidam,' umdia, quadam die.

b) Um, como numeral, nas indicacoes dos anos e medidas,geralmente nao se traduz em latim, p. ex.: um ano antes, annoante j urn ano depots, anno post j ha urn ano, ante annum.

c) Um dos dots, alter, p. ex.: urn dos dois consules, alterconsul. — Alius, outro, p. ex.: alius consul, outro consul.

d) Um ou outro dos dour, alteruter, p. ex.: um ou outro denos dots, alteruter nostrum. — Um e outro, uterque. — Um...outro, falando-se de duas pessoas ou cousas, traduz-se em latim poralter..., alter, p. ex.: um dos consules calu na batalha, o outro sahou-secom a juga, alter consilium in proelio cedidit, alter fuga salu-tem petiit.

Alii, ceteri, reliqui.

336. a) Alius, outros, d'wersos, com os adverbios seusderivados, opoe-se a idem, p. ex.: est proprium stultitiae aliorumvitia cernere..., os vlclos dos outros e nao os proprios; alius aliomore (ou aliter^vivebat, uns viviam de um modo, outros de outro.

b) Ceteri, os demals, os outros, em numero indeterminado,p. ex.: major pars ceciderunt, ceteri fugam capesserunt.

c) Reliqui corresponde a: os outros, os demals, mas em nu-mero determinado, p. ex.: os outros sels, os outros vlnte, os outros mil.

Sine ullo timore.

3i7. a) pronome aliquis e assim tambem quispiam,alguein, usam-se quase sempre nas proposicoes afirmativas; nas ne-gativas atguem se traduz com quisquam quando for substantivoe com alius quando for adjei'aw, p. ex.: isto nunca foi util a nlnguem,hoc nuruquam profuit cuiquam.

-A-J

Page 257: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

i

Wkf K

'. — 257 —

A frase: sem alguma esperanca. nao fica muito bem traduzidadizendo-se sine aliqua spe, mas dir-se-a: sine ulla spe. Pode-sedizer non sine aliqua spe = cum aliqua spe, com alguma esperanca,

iv> sentido afirmativo: sem duvida alguma sine ulla dubitatione

;

,

i J sem lemor algum, sine ullo timore.

i b) Ullus usa-se tambem nas proposicoes interrogativas ou,

i hipoteticas com sentido negative p. ex.: esine ulla res tanti ut.„?j hd alguma cousa que vale tanto que...? = nao ha. nada que vale lanto

que...; si ulla mea apud te valuit commendatio, se por aca-ro

alguma recomendacao minlia Leve valor, etc.

Est quidam qui me amat.

_338. — Entre aliquis, algum, alguma; alguem. e quidam, um cerlo, uma

ceria, existe a seguinte diferenca: quidam indica cousa ou pessoa determinada, masque nao se quer nomear, nem definir com maior exatidao, p. ex.: est quidamqui me amat, hd uma pessoa (determinada) que me ama, ao inves, aliquis indicacousa ou pessoa indeterminada e incerta, p. ex.: est aliquis qui me amat, hdalguem que me ama.

Rempublicam jamdiu millam habemus.

339. — a) O adverbio portugues nao se traduz em latim pelo adjetivonullus quando equivale a nenhum, p. ex.: desde mu'ilo nao lemos mals governo,rempublicam jamdiu nullam habemus; lu nao mcreces compaixao, miseri-cordja tibi nulla debetur; a cidade enlao nao tinha Wis, civitati nullae tuncleges erant.

b) adverbio nao usado como pleonasmo, especialmente nas exclamacoese interrogacoes retoricas, em regra, omite-se na lingua latina, p. ex.: quanlo naoe grande a bondadt de Deusf Quanta est benignitas Dei! Quanlo nao e cega aavareza! Quam caeca avaritia est!

Nec quisquam.

340. — Quando os pronomes negativos nemo, nihil,nullus e os adverbios tambem negativos nunquam, nusquam enon sao precedidos de et ou ut modificam-se deste modo:

et nemo=nec qulsquarn, e ninguem;et nihil= nec quidquain, e nada;et nullus = nec ullus, e ninguem;et nunquam=nec unquam, e nunca;et nusquam = nec usquam, e em lugar algum;et non = neque, e nao;

et nemo = ne quis, (subst., as vezes, tambem adjetivo)para que ninguem;

ut nihil = ne quid, para que nada;ut nunquam =ne unquani, para que nunca;ut nusquam = ne usquam, para que em nenhum lugar;

ut nullus = ne ullus (adjetivo) para que nenhum, nenhuma.is Gramatica Latina, 17

Page 258: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

25*8 —Id ferendum esse nego.

h„>n o» h ~ 1

Portugueses que mdicam: dizer, ajirmar, declarar sur - */en&'< seS<»d°s de uma proposlcao negativa se traduzem em latim comoiot '<!negare p ex.: AntSnw afirmou nao os tcr att agora visto, eos negavlt adhu'

vidisse Anton,™; declare auc Mo S insuportaj.id ferendum esfe negc aflZ 4<,«, nunc fa rnandet ,.,-,,, „„./„,, nego me unquam ad te istas Utterafm,ffe i&

Optimus quisque.

....M2

- ~ a "> Quisque, cada um, cada uma, tern sentido partitivo e nao o sent.do de todos, que em latim se traduz por omnesp. ex.: cada urn sabe = todos sabem, omnes sciunt, nao quisorue'— rospoe-se}' quisque :

'

-,./^A?pr0n0mereflexivosui

>sihi

> se>P- ex.:sibi quisqrueconsulit, cada urn atende a si (cf . n. 320, A, b, observacao 4, pag. 250).

JQ ^° P°ssessivo suus' a> «"*, p. ex.: justitla suumcuique tribmt, ajushga a cada um dd o seu; suum quisque noscatmgenium, cada um conkeca a sua indole, o seu talento (cf. n 320

A, b, obs. 4, pag. 250).

Ill) A um jrelativo:| qui, ubi, unde, quo, quan-tus, etc., p. ex.: quam quisque norit artem, in ea se exerceatcada um exercde-se na arte que conhece; quo quisque est doctior'eo est melior, quanto mais um e sdbio tanto 'e melhor (cf n Wpag. 249; n. 332, pag. 255).

'

IV) A um superlativo, e indica totalidade, p. ex.: optimusquisque adest, todos os melhores estdo presentes; sapientissimusquisque, todos os mats sdbios.

V\ ^ Um n"mero ordinal, p. ex.: tertio quoque die,

de dots em dois dias; prima quaque occasione, h primeira ocasiao(cf. n. 196, pag. 192).

'

b) Quisque em uniao com quotus forma o compostoquotus quisque, qudo pouco, em qudo pequeno ntimero, que so seencontra em caso nominativo seguido do genitivo partitive, p. ex.-quotusquisque miKtum incolumis rediit, qudo poucossoldadosvoltaram inedtumes.

Alii aliis rebus delectan'tur.

343. — Alius (e os adverbios que dele derivam) repetido emdiversos casos serve para exprimir diversidade, p. ex.: alii aliisrebus delectantur, uns gostam de uma cousa, oulros de outra (lit.oulros de oulros cousas); alius alio more [pu aliter) vivebat, umvivia de um modo, outro de outro; alius alibi erat, quern se achava !

num. lugar, quern num. outro. -i

IBIII

Page 259: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 259 —

Non nemo, aiguem; nemo non, todos.

344.—As locucoes seguintes variam de significado conforme

f se se Ihes antepoe ou pospoe a negativa non t

todos.

Non nemo, aiguem; nemo non, cada um, todos.

Non nullus, algum, aiguem; millus non, cada, cada urn,

I Non nihil, algo de; nihil non, cada cousa, tudo.

I Non modo, nao so; modo non, pouco menos que, quase.

I Non nunquam, alguma vez; nunquam non, sempre.

I Non nusquam, em algum lugar; nusquam non, em

Itoda a parte.

Nemo hoc non facit, todos jazem isto; non nemo hocfacit, aiguem jaz isto. — Nemo hoc non videt, todos veem isto;

non nemo hoc videt, aiguem ve Isto.

Nunquam id non accidit, isto acontece sempre; nonnunquam id accidit, alguma vez acontece isto.

CAPITULO VIS

SWTAXE DOS NUMERAiS

Uni..., alteri.

345. — O plural de unus e duo. Usa-se o plural uni,unae, una

:

a) Nas enumeracoes: uni..., alteri = uns...,outros—os pri-

meiros..., os segundos; uni..., alteri..., tertii, p. ex.: tria Graeco-rum genera sunt, quorum uni sunt Athenienses, alteri

Aeoles, tertii Dores, ires sao as racas dos Gregos: uma e a dos Ale-

nienses, outra a dos ESlios, a terceira a. dos Dorios.

b) Ouando uni equivale a somente: uni Veienteg, s6 os

Veientes.

Mille milites. — Duo mllia militum.

I 346. — a) Os numerals ate mil concordam com o nome;I

.assim dir-se-a: duo adulescentes, tria templa, centum, homines,

I ducenti milites.1

Jb) Com relacao a mille e a milia (cf. n. 63, a, b, pag. 70).

Prior... alter.

347. — Primeiro, segundo, falando-se so de dois, traduz-se

em lalim por prior, alter, e nao por primus, secundus, p. ex.:

P. Emllio e C. Varrao eram consules; o primeiro era timido, o segundo

Page 260: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 260

!

ousado, erant consules Paulus Aemilius et Gaius Varro: priortimebat, alter audebat. Nas enumerates, porem, dir-se-a reSmente: primus, secundus, tertius, etc. (cf. n. 57, IV, paffi?"n. 64, *, pag. 71; n. 309, b, II, pag . 246).P g ' 62;

Anno millesimo quingentesimo.

348. — Os latinos usavam o ordinal nos casos em que no*usamos o cardinal: J nos

_a) Na indicacao do ano, p. ex.: o ano de 1500, anno millesimo quingentesimo. «««itsi-

/>) Na indicacao das horas: as quatro koras, hora quartaQuanta* horas sao? — oito, quota hora est? hora octava!c) Com alguns complementos de tempo e tambem paramdicar acontecimentos peri6dicos, caso em que os latinos computamo ponto de partida e o da chegada.

"Putam

De quatro em quatro anos, quinto quoque anno.

' im6 C"\°^ em

,

clnC0 anos>sexto quoque anno (cf. n. 19*

a, pag. 191; n. 196, pag. 192; n. 200, a, pag. 194; n. 202, c, pag. 195)!

Bini reges creabantur.

349. — Os distributes, empregam-se:a) Quando queremos mdicar um numero repetido vez porvez, p. ex.: de cada vez criavam-se dois reis, bini. reges creabantur.

,ab ~J) Ef1 IuSar dos cardinais com os nomes que no pluraltern um sigmhcado diverse do que tern no singular como castra,°™™ = "CamPame'li0; ^sfrum

> i=castelo. ~ Aedes, is = templo;

ae-/!/™= crf--Litterae, axum-epfstola, carta; litteraae — lelra do aljabeto.

, ,

Z>Em lugar dos cardinais com os substantivos que ternso o plural, mas que mdicam uma unidade, um s6 objeto, p ex •

nuptiae = «w/,„a, (1 casamento); bigae, arum = 7 carro. Nestesdois casos, que acabamos de apontar, em lugar de

singuli-ae-a uni-ae-ausa-se:

terni-ae-a trini-ae-a

Por exemplo:

Bina castra = dois acampamentos.Duo castra = dois caslelos.Trina castra = trSs acampamentos.Tna castra = ires caslelos.

unae litt^™5™ m

?d/

°/

d[r~s^ «™ castra = um acampamenlo;unae utterae = uma episto/a.

Page 261: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 261 —

Singula castra e tenia castra significant respectivamen-

te urn castelo, ires castetos para cada um.

Ao inves, por exemplo, com o plural liberi, orum, osjilhos,

i' que nao indica um so objeto, uma unidade, usam-se os cardinals'

e dir-se-a: duo, tres liberi, doit Iresj'dhos, e nao bini, terni liberi =

\ ,do is, Ires jillios para cada um.

c) Ouando para cada sujeito se repete o mimero, p. ex.:

militibus quini et viceni denarii dati sunt, joram dislribuidos 25dinheiros a cada um dos soldados; viginti quinque denarii signifi-

caria 25 dinheiros por todos.

d) Nas multiplicacoes: 2X2 quantos sao? quot sunt bis

1 bina? 2X2 = 4, bis bina sunt quattuor.

I 3X7 soldados = 21 soldados, 'ter septeni milites sunt

unus et viginti milites.

Bis tenia sunt sex.

350.—

'Os adverbios numerals empregam-se:

a) Nas multiplicacoes (cf. n. 349, d, pag. 260).

b) Para indicar quantas vezes acontece uma cousa ou umaacao num tempo determinado, p. ex.: duas vezes por dia, por mes, por

ano, bis (in) die ou indiem, bis (in) mense (cf. n. 197, a, pag.

193).

OUTRAS PARTICULARIDADES SINTATICAS DALINGUA LATINA

Homo ad duas res, ad intellegendum et ad agendum est natus,

551. — A expressao conjuntiva islo 6 era regra nao se traduz em latim

quaudo so serve para explicar um conceito geral, p. ex.: o homem nasccu para duas

cousas, isto c, para entender c para opcrar, homo ad duas res, ad intellegendumet ad agendum est natus. Nos demais casos se traduz com id est, nimirum,etc., p. ex.: fundarnentum justitiae est fides, id est, dictorum conventorum-que constantia et Veritas, Jan.dam.enlo dajuslica e aje, islo c, a eslabtiidadc c. a

(IS Icaldadc das palavras c dos Iratados.

Dno atque eo facili p?:oelio hostes caesi sunt.

352. — Para dar maior forca a frase, note-sc o uso latino de unir o adjehvo

com o substantivo servindo-se de et (ou atque) is, isque, nee is, ueque is,

p. ex.: uno atque co facili proelio hostes caesi sunt, os inliniijbsjorain mortos

nunia jae'd balalha; unam rem explicabo eamque marimam; crant in Tor-quato plurimae litterae {conhecimctiLos) nee eae vulgares, sed interiores

quaedam et reconditae.

Multa in eo viro praeclara cognovi.

353. — Note-se a particularidade da lingua latina de exprimir com adjeti-

vos c com pronomes neutros usados substantivamente muitos conceitos que emportugues se exprimem por meio de substantivos especiais, p. ex.: adde quod...

ou illud adde quod... acrcscenla esla reflexao; ista innumerabilia, estcs ca.ws

inumeros; omnia perpeti, sojrer todos os torntcntos; qui haec vituperare volunt,

aqucles que querein censurar o prescnte cstado de cousas; quae sunt in eo congests,

Page 262: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 262 — "

as acusacotj acutnulada-r contra efr- m\ ro^i.3 ^AAlA i. - i

Hannibal peto pacem.

runt; ,„„ <„ ,/„,*„/, ,,„, , ef0 a ,„_, Hannibal peto pacemtormam 'edege.

CAPITULO VII

SINTAXE 00 VEBBO

VOZES — MODOS — TEMPOS

§ I

VOZES

,.///„ • /

355' ^ ° Ve

vb0

'-quant0 * sua siS™fcacao, pode ser &*«-j«<w, intransitive, e rejlexwo.

a) Verbo transitivo e aquele que indica uma acao qUe passadn-etamente do sujexto, que a pratica, para o objeto, quel recebeA esse objeto da-se o nome de complement,, objdivo, complement*,direlo ou come

>hoje se d.z, a#cfo rfmrfo (cf. n. 80, a, /, pag. 85; n. 176ill, a, pag. 184). '

A) Verbo intransltivo e aquele que indica urn eslado ouquahdade do sujeito ou airida uma acao que do sujeito, que a praticanao passa du-etamente Para objeto algum. As ideias accessorias queesclarecem melhor o estado, qualidade ou acao do verbo, exprimem-sepor meio de complements indiretos, circunstanciais ou, como hoiechamam, adjunlos adverbiais, p. ex.: praesum exercitui, estou a4~ d° e*erci

;t0; ™ «rbe«* venio, Vou a cidade (cf. n. 80, a, 1, pi*OS; n. 1/6, pag. 184).

°'i

_

c) Verbo rejlexwo £ aquele que exprime uma acao que volta J'ao sujeito que a prahca, e exprime-se mediante os pronomes, me, \ie, se, nos, 90s: dwirlo-me, exerclto-me, etc. (cf. n. 80, a, 2, obs., pag. 85).

Appellere (navera) ad insiilam.

A •„<356

° ~f

} ? MCrb° transitiv° fiS"ra, as vezes, sem objetoduelo, porque esle iacdmente se subentende; o que acontece partl-cularmente com os verbos que se referem a cousas de marinha ouguerra, p. ex.:

exercilo de..

Ducere ad=ducere (exercitum) ad, aproximar-se com o

Page 263: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

*?;•. de.--

Ifde-

A carnpo

— 263 —Educere ex=educere (exercitum) ex, sair com o exercito

Movere ab=^movere (castra) ab, levantar o acatnpaincnto

Tendere = tendere (tabernaculum), acampar, estar em

Appellere ad insulam = appellere (navem) ad Insulam,aportar a llha.

Solvere ab = solvere (navem) ab, zarpar de...

Conscendere = conscendere (navem), embarcar...

Trajicere ad = trajicere (capias) ad, passar a, passarcom o exerciio a...

b) Assim diz-se intellego (rem-res) tcr bomjuizo, Lcr bom goslo; praecidere(rem-argumentum), atalhar (Jalando); paucis absolvere (rem-argumentum),dtzcr cm poucas palavras, resumir; alte ou longius repetere (rem-argumentum),comccar do principio, etc.

Non erubesco Evangelium.

357. — Vice-versa; alguns intransitivos usam-se, as vezes,como transitivos. Tais sao:

a) Varios verbos que indicam um sentimento da alma:lugeo, doleo, erubesco, gemo, etc., p. ex.: iugere mortem patris,chorar a morte do pal; non erubesco Evangelium, nao tenho ver-

gonha de projessar o Evangelho (cf. n. 249, pag. 218).

b) Os verbos sitio, tenho sede; oleo, redoleo, saber a, ler

cheiro de, etc., p. ex.: sitire sanguinem alicujus, ter sede do sanguede alguein (cf. n. 251, pag. 219).

c) Certos verbos aos quais se acrescenta como objeto diretovim substantivo da mesma raiz ou da mesma significacao chamadoacusativo do objeto Interno: vivere vitam, somniare fsomnium,etc. (cf. n. 251, pag. 219).

Me exerceo in venando.

358. — A acao reflexiva exprime-se em latlm:* s a) Com o verbo passivo: mudar-se, mutari ', cxerc'iiar-sc,

\ exercerij expandlr-se, effundii recomendar-se, commendarijj acrescentar-se, augeri, etc. (cf. n. 80, a, 2, obs., pag. 85).

4 b) Com a voz ativa c os pronomes: me, te, se, jigs, vos,quaado se quer dar maior destaque a acao, p. ex.: me Jibris delecto,divirlo-me com os Uvros; me exerceo in venando ou in venandoexerceor, exercito-me na caca.

Opinionibus vulgi. rapimur in errorem.

359. — Em portugues para melhor se determinar as moda-lidades de alguma agao, recorre-se muitas vezes aos verbos querer,

Page 264: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

? M,

HIx

— 264 —poder, saber, ousar, dcve.

HP,,, „ „.'

Se olmte™ e se chamam por essa razao fraseolA

««/»«* ^Ll; ™£JS

«

Zquero

,

ne9ar' aon^ *m"fo

Id Ifieri ifnequ it.

361.

lespeilo dc lais verbos cumpre observar que eles nunca ^ anl •

apassiva-se (So somente o infinite que osLTn aPassivam:

^. liber potest legi ,^^^^IfieS£££"^"

:J

SwT

Vergilius imitatus est carmina HomerL

verbo,gu^a^ S3°

°S m°dOS dC SUpHr a V°Z P^a nos

«) Mudando a frase ou recorrendn a „m « •1

P- ex, a voz pass ;va de admir^ ^^ °ri™Tr °CU?°

adnurationem alicujus concitare ou movie • ^A^T^esse alicujus; alicui admiration! esse *5f*lS atW?obliviscor,odi,aggredior,ete.: g ° meSmo de

iWW, obliviscor^oWivione obrfiiifin oblivion jacere •m obhvionem adduci •;«*-ere,

» 5"odi =

?dio esse alicui; in odium alicujus incidere

-

^ aggredior = oppugnari, peti, impetus fit in..'

Jtruor = percip, colligi; magna voluptas percipitur •de utor = usurpar,, etc. (cf. n. 294, ,, observacao^, pag 237)

b) Mudando a construcao passiva para a voz ativ* n „

Page 265: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

J%WW~

— 265 —

b) Se o infinito for um verbo depoente ou intransitivo, os

quais nao se podem apassivar, convem converter a frase de passiva emativa, p. ex.: o exemplo comegou a ser seguido por muitas cidades,

[M plures civitates exemplum sequi coeperunt.. .1

'^ Res in senatu agitari coepta est.

362. — a) Em lugar dos perl'eitos coepi e desii usain-se,

na pros'a classica, as formas passivas coeptus sum, desitus sum,se o infinito que segue e dc jorma e signijicado passivo, p. ex.: a

cidade comegou a ser cdijicada, urbs aedlficari coepta est (melhor

que coepit) ; a causa comegou a. disculir-se no senado, res in senatuagitari coepta est ; comegaram a ser edijicados os muros da cidade,

meonia urbis aedificari coepta sunt.

b) Se o infinito for dependente ou so de forma passiva, masde significado intransitivo ou reflexo, como augeri, crescer; commo-veri,. comover-se; moveri, mover-se; videri, parecer; duci, haberino significado de valer, ser estimado, coepi e desino conservam sua

forma ativa, p. ex.: o monte comegou a mover-se, mons movericoepit ; o monte cessou de mover-se, mons moveri desiit ; Aldrio

I comegou a ser inais estimado, Marius major haberi coepit..

II Nero matrem suam necavit.

J 363. — A voz ativa indica muitas vezes nao so o que se

faz diretamente, mas tambem o que se faz por meio de outrem; cha-

ma-se entao ativa causativa, p. ex.: anulum sibi fecit, inandou que

*JLhe fizessem um anel; Nero matrem suam necavit, Nero mandou

I" matar sua mae.

§ Hi

MODOS;;

INDICATIVO

Possum sexcenta decreta proferre.

364. — Com as expressoes que significam poder, dever,

coiwcniencia, necessidade o latim usa regularmente o indicative,

ao passo que em portugues se usa o condicional para exprimir umacousa que nao se fez ou nao se fara, poderia ou teria podido fazer-se.

a) Em lugar do condicional presenie portugues nas expressoes

poderia, deveria, seria necessdrio, oporluno, desejavel, melhor, juslo,

emprega-se o indicativo presenie, p. ex.: possum, debeo ', licet,

oportet, decetj aequum, melius, fas, utile, facile, par, satis,

satius, longum, necesse, consentaneum, optabiiius, tuumest, etc., mais comumente quando se omite a condicao, as vezes,

1

Page 266: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 266

tambem com a condicao expressa, mas, neste ultimo caso, quasesempre com uma negacao, p. ex.: precisaria partir, abeundum e«t •

serca desejavel optancW est; seria rnuito longo, longunvest- -Iserta mudo deficit, difficile est; poderia, d^eria, conviria, possum' *

t^'i 7 'P°dena/ltar "ma infinidadt de decretos, poss^ '/

sexcenta decreta proferre; seria demasiaclo longo recordar todZas Glorias de Cesar, longum est omnes victorias Caesaris memo Vkrare; si vehm numerare omnes, nonne possum? Sc quisesse %conta-tos lodos, lahez nao o poderia? (cf. n. 478, observacao J).

*) Em Iugar do conditional passado portugues com os mes-'

mos verbos e nas mesmas frases emprega-se urn tempo historico- ?imperjedo, pcrjedo c macs que perjeito tanto corn a condicao expressa

'

como com a concucao oculta, p. ex.: teria podido, poteram, hotaipotueramj Una sub preciso, oportebat, oportuit, oportierat-Una SLdo melhor, melius (satius) erat, fiut, fuerat; nao se deveWo'

"?ten empreendiao a guerra, non susdpi bellum oportuit; Tcmf rto'cles nao suportou a mjiina da pdtria como teria devido, Thermsto'nlesinjunam patriae non tulit ut debuitj perturbationes amWi *poteram (fe«« ,W^ e poderia ainda) morbos appellee ; deler?

esteT c rS Pfd0^^ mtitua>

Sl *»*W*di ausi*esset (ct. n. 4/y, observacao /).

rfp 1 /.°hs^J

apS

,

cs ---/) Note-so a diferenca entre dicere poteram M-L-b-^

Suisquis es.

US

1

365. — latim usa o indicative ao passo que em portueuesse usa o subjuntivo: ' s ""

«) com os pronomes, conjuncoes, adverbios compostos me-diante a repehcao da mesma palavra ou com o acrescimo do sufixocumque: quisquis, quidqmd, qUOquo 5 utut, guicumaue,Ui>I£Um^e'quocumque, quotienscumque, quaiituluscum'que p. ex.:quem quer que sejas, quisquis es ; sejam quantos forem^^^'P^-^^rque^s, quocuuynle oonteJE

b) Nas proposicoes disjuntivas com sive... sive, querquer, p ex.: Vlra a hora da morte, quer tu resistas, quer a apressedvemet tempos mortis, sive retractabis, sive properabis.

pronomes ouS

rdV

v?rbro;7a ktrV:tLT^ V™**?** de sive- «ve ou dos

com o slmples mfanito, cxisem sens vekos noXS;;^

Page 267: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 267 —agis, age pro viribus, mas dir-se-a: decet, quidquid agas, agere pro vii-ibus,qualquer cousa que sc jaca, e preciso jaze-la conjormc as jorcas; Midas petiit ut,quidquid tetigisset, aurum fierei, Midas pediu que qualquer cousa que ele

twesse tocado se. fornasse ouro; Sol Phaeionti filio se facturam esse dixit quid-quid optasset, a Sol dlsse a seu j'dho Faetonle que terla jelio qualquer cousa queelc tiverse descjado. Mas dir-se-a: Caesar Heivetios in fines suos, unde erantprofecti, reverii jussifc, Cesar mandou que os Helaecios voltassem para, seu terri-

lorio, donde haviant parlido, porque undo erant profecti e uma simples observacaodo escritor, a qua! s-i pc'nle e'iminar sem alterar o sentido da [rase, (cf. n. 474, d,

observacao).

c) Usa-se o perfeito do indicativo com os adverbios paene,prope e vix, quasi, p. ex.: Brutum non minus amo quam tu,paene dixi quam te, amo a Brulo nao menos que tu o amas, diria

quasi nao menos do que amo a ti; prope oblitus sum quod maximefuit scribendum, quasi me esquecia do que deveria ter cscrito emprimeiro lugar.

SUBJUNTIVG

366. — iatim emprega o subjuntivo nas oracoes indepen-

dentes:

/) Para indicar possibilidade: subjuntivo potencial ou de

possibilidade.

2) Para indicar desejo: subjuntivo optalivo.

3) Para indicar duvida: subjuntivo dubitativo-interrogalivo.

4) Para indicar exortacao: subjuntivo exortativo.

5) Para indicar concessao: subjuntivo concessivo.

1) Srafejs3sitsw«i> jsoienacissS

Dixerit quispiam.

367. — a) subjuntivo potencial usa-se no presentee no perfeito, quase com o mesmo valor, para significar um fato

possivel enquanto se fala. Toma as vezes a forma interrogativa e noso traduzimos em portugues pelo juturo imperjeilo ou pelo condicional

presente, p. ex.: quis dubitet? quern duvidard, quern poderia. duvidar?dixerit quispiam, alguem dird, alguem poderia d.izer; roges me.perguntar-rne-ds, poder-rae-ias perguntar; non paucos invendas quisic censeant, nao enconlrards poucos que pensem assini; quis haeeneget? quern negard isto? non negem, non negaverfm, nao po-

deria negar; potius dixerim, diria antes; censeam, julgaria; quiade hac re dubitaverit? quern duvidaria disto ? nemo dixerit,

ninguem diria ou dird.

A negacao e non ou baud : non ausim tibi promittereistud, nao me atreveria a prometer-te isto; haud facile dixeris utrummagis presserit M. Porcium Catonem nobilitas, an ille agita-verit nobilitatem, nao poderias facilmente dizer se a nobreza maisperseguisse a Catao ou se ele mais inquietasse a nobreza.

Page 268: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 268 —

b) O imperfeito emprega-se para indicar que o fato foipossivel no passado, mas que atualmente ja. nao o e: nos o traduzimosem portugues pelo condlcional presente: diceres, terlas dilo; cerneresterlas visto; crederes, terlas crldo; quis putaret? quern leria crido?putaresne? terias Jamais crido ?

Hoc sine ulla dubitatione confirmaveriin,

368. — .rubjunUi'o polcncial (presente ou perfeito) eusado frequentemente para at'irmar ou negar modestamente umacousa, p. ex.: censeam, julgaria, ousaria julgar; dixerim, diria,ousaria dlzer; ausim, (ci:. n. 106, c, pag. 106), ousaria; hoc sine ulladubitatione confirmaverim, ajlrmarla isto sein nenkuma duvida;paene dicam, quase diria.

Observacao. — Note-se o uso do subjuntivo potencial precedido deforsitan ou fortasse, que corresponde a nossa expressao: taLvez, pode ser quep. ex.: forsitam quaeratis, qui iste terror sit et quae tarxta formido, podeser que iw me pergiuikis...; forsitan aliquis aliquando ejusrciodi quidpiarafecerit, pode. ser que alguem uma vcz lenhajeilo qualquer causa iqual. lakcz cilyucnitcrd Jcdo uma fez...; mirum fortasse hoc vofais aut incredibile videatur.pode ser que isto i'os parcca e.xlraordindrio ou incrwcl.

2) SSiifojtiniivo ©j-taiiTo

Utinam erraverim,

369. — O subjuntivo optativo emprega-se so ou acompa-nhado das particular utinam, o, si = Deus queira, queira Deusou prouvcra a Deus, oxald, toniara! A negacao exprime-se com ne,utinam ne e tambem utinam nunquam, utinam nee.

a) Usado no presente ou no perfeito indica um desejo oucousa que pode realizar-se atualmente ou pode realizar-se no passado:

Utinam te servem = oxald eu te salve (e posso salvar-te).Utinam te servaverim = oxald te tlvesse salvado (e eu podia

ter-te salvado).

Mais exemplos: vmcat utilitas reipublicae, venca a. uiHldadc do cs/ado-utinam erraverim, o.vald tnv.s-.re crrado (e desejava ter errado).

Observacao. — Assim tambem veiim, rjoHm, malim, indicam cousa ouacao que so julga possivel: vehm redeas, quiscra que lu uo/.lasses <e possivel quetu voltes); vehm red'.ens, qiusera que hi livc.ue voltado (e possivel que tu tenliasvoltado); vehm mihi igncscas, qiusera que me perdoasses; nolim anirco cedas,iiaoqiuseraqtiecedcsscsa.ua.

b) Com o imperfeito c mass que perfeito indica-se desejo,cousa ou acao que nao se espera que aconteca no presente ou sesabe nao ter acontecido no passado:

Utinam te servarem prouvcra a Deus que eu te salvasse,

(mas sei que nao posso salvar-te).

Page 269: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 269 —

Utinam te servavissem = prouvera a Deus que eu te tlvesse

salvado (mas sei que nao te

salvei).

Mais exemplos: utlnani esses diligens, ok se Josses d'digente (mas naoo espero da lua mandriice); utinam ne peccasses, prouvera a Deus que nao tivesseserrado (mas erraste infelizmentc).

Qbservacao. — Igualmente vellem, no'lem, mallcm indicam a?ao oncousa que nao se julga possivel: vellem redires, quisera. que lit vollasses (mas .sei

que nao podes voltar); vellem redisses, quisera i/t/e In tivesses voliado (mas sei quetu nao voltaste); vellem adesset Socrates, quisera que csl.ives.te presente Socrates(mas nao e possivel).

c) subjuntivo optativo usa-se muitas vezes nas Jmpre-cacoes e nos votos de felicidade, p. ex. : sollicitat, ita vivam, me tuavaletudo, assun eu viva como e verdade que me interesso pela lua saude;ne sim vivus, si aliter loquor ac sentio, possa eu morrer, se fabde modo diverso do que sinto.

J) Utibjumtivo dliafea&aiitJvss-isstes'ffugsiitii'F©

Quo fugiam?

370. — O subjuntivo dubiiativo-Interrogativo e o queexprime em forma interrogativa a duvida, a incerteza do sujeito sobreo que deve fazer. Para o tempo presente usa-se o presente do subjun-tivo, para o tempo passado o imperfeito (nunca o mais que perfeito)

do subjuntivo. A negacao e a que nega um so termo da proposicao,isto e, non, p. ex.: quid faciam? que jazer? quid facerem? quedeveria lerjeito? quo me nunc vertam? para onde me hei de voltar?quo fugiam? para onde hei dejugir? hunc ego non diligam, nonadmirer, non omni ratione defendendum putem? nao deveriaama-lo, admira-lo, crer que se deva defender par todos os meios?cur ego non laeter? porque nao deveria aiegrar-me ?

Gbservagoes. — 1) Este subjuntivo e tambem frequente nas frases queexprimem marayillia e desdem, p. ex.: te non corrigarm? talvez nao le devereicorrii/ir ? an tu impune sic agas? talvezJams hi islo impunemente ?

2) Perteneem ao subjuntivo dubitativo as formas retoricas: quid dicaiade..,, quid 1'oquar de..., quid commemorem virtutes ejus?

SaitoJia!tt4Ivo ej

Fugiamus improborum familiaritates.

371. — O subjuntivo exortativo e aquele com que seexortam os outros a fazer uma cousa. Usa-se so no presente e supreo imperahvo na lerceira pessoa do singular e plural e na primeirado plural.

Qbservacao. — Usa-se as vezes na segunda pessoa do singular quando,mais que uma ordem, se da conselho, p. ex.: feras quod vitare non potes, suportao que niio podes evilar; cautus sis, fili mi, se caulo, meujilho.

Page 270: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 270

.

A sua neSa<?So e ne, e, se a negacao continuar numa outr*

j

proposicao, usa-se neve, p. ex.: eamus, amid, vamo-nos, amlaol\\ fagiamus improborum familiaritates, jujamos da companhia

fej d0* P^versos; ab amicis ne inhonesta petamus, aos aminos nSopegamos cousas deshonestas; suum quisque noscat ingeniumconneca cada qual o propria carater; secedant improbi, afastem Ios perversa*; donis impli ne placare audeant deos, nao se atrevamos impws a aplacar as deuscs corn dons; ne difficilia optemus, neveinama consectemur, nao desejemos cousas diticeis, nem corramosatrds de cousas vas; mas se a primeira proposicao for afirmativapode-se encontrar neque na segunda, p. ex.: teneamus eum cur'sum... neque (ou neve) audiamus...

Sit fur, sit sacrilegus, at est bonus imperator.

372. — a) subjuntivo concessive e o que se empregrapara sigmficar que se concede ou admite uma cousa. Se a concesslodiz respeito ao presence, exprime-se com o presente, se diz respeitoao passado, expnme-se com o perfeito. A negacao e ne, as vezesut seguido de um verbo de significado negativo: sit fur, sit sacrile-gus, at est tamen bonus imperator, seja embora um ladraoseja embora um sacrllego, mas £ um bom capitao; fuerint cupidi'ruennt irati, fuermt pertinaces, sceleris vero crimine, furorisparricidn caruerunt, tenham sido embora cubigosos, Iracundosobshnados, mas poupe-se-lhes a acusagdo de crime, de furor e de aliatraigao; ne sit sane summum malum dolor, malum certe estconcedamos que a dor nao seja o malor dos males, contudo £ um ma!

b) *requentes vezes o verbo e precedido de uma conjuncSoconcessiva, especia mente de licet, se bem que, conquanto ou vaiumdo com o adverbw sane, p. ex.: sit hoc pulchrum sane, atutile non est, seja embora Islo certamente bonilo, mas nao £ uiil

373. — imperative e o modo do mandado. — O mandadopoae ser ajirmaiwo ou negative, p. ex.: manda-me o livro; nao me toques.

a) O mandado a&mativo exprime-se com o presente,se a cousa. deve ser executadajd, p. ex.: cuida de ti e passu bem, curate et vale,- honrai este homem, imitai seu valor, vos colite huncvirurn, mutamim virtutem.

b) Com o futuro se a cousa deve ser feita apos algumtempo ou habdualmcnte; por isso emprega-se. especialmente nas

cbsposicoes legais e testamentarias, nos tratados e nas normasgerais, p. ex.: ignoscsto saepe alteri, nunquam tibi, perdoamudas vezes aos oulros, a ti nunca; salus populi suprema lexesto, a salvagao do povo deve ser a lei suprema; regio imperio duo

Page 271: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 271 —

sunto iique consules appellamino ( = appellantor, cf. n. 106d, pag. 106), haja dois com autoridade regia, chamem-me consules;populus romanus bonorum meoram heres esto, o povo romanoseja herdeiro dos meus dominios; servus meus Stichus liber esto,men escravo Estico sejajorro.

Usa-se tambem o imperative) futuro quando o mandado estaem correlacao com um tempo ou conceito futuro, p. ex.: eras adme venitote (nao venite) ; rem tibi exponam, ipse judicato(nao judica).

Observagoes.

1) Scire e memsnisse tem so o imperativo futuro:scito, scitote ; memento, raementote (cf. n. 104, e, pag. 106).

2) Atenua-se o imperativo com aniabo, amabo ie, quaeso, oi-o, obsecro,sis( = si vis), sultis (si vultis), sodes ( = si audes), p. ex.: cura, amabo te, Cice-ronem, cuida, por javor, de Cicero; quaeso, crebro ad me scribe, escreve-meamuidc, peco-ie (cf. n. 152, b, c, pag. 162).

J) Reforca-se o imperativo com modo; age, agiie (cf. verbo n. 57,observacao, pag. 122; n. 152, b, pag, 162); agedum, eia, vamos, p. ex.: age,da veniarn filio, eia, vamos, pcrdoa ao jilho; vide modo, eia, ve; itera modoeadem ista raihi, vamos, repete-me esta.r mamas cousas.

Ne dixeris. — Noli dicere.

374. — O mandado negative, expresso em segundapessoa determinada, traduz-se de dlversos modos:

a) Por ne ou outras negagoes compostas: nihil, nemo,nullus, nunquam, nusquam, e a segunda pessoa (singular ouplural) do perfeito do subjuntivo ; raramente se emprega o presentedo mesmo modo, p. ex.: ne dixeris, nao dlgas; nihil iimueritis,nao tenhals medo algum; ne alteri feceris quod tibi fieri non vis,

nao jacas aos outros o que nao queres que te j"again a ti. — In rerustica ne parcas, na agricultura nao poupes teu trabalho.

O mandado negativo de terceira pessoa (singular ou plural)

e de prlmelra plural se traduz sempre com o presente do subjuntivo,

p. ex.: nemo iimeat, ninguem receie; ne id faciamus, nao jacamosIsto (cf. n. 371, pag. 269).

b) Por noli, nolite, nao queiras, nao queirais, seguido de uminfiniio, p. ex.: noli hoc faeere, nao queiras jazer isto = nao jacasisto; nolite hoc faeere, nao queirais jazer isto = nao jacais islo;

noli me tangere, nao me toques; nolite quemquam laedere,nao ojendais a. ninguem.

c) Por cave, cavete, guarda-le, guardai-vos (menos bem:cave ne, cavete ne) com o subjuntivo segunda pessoa do presenteou perfeito, p. ex.: cave credas ou credideris, guarda-te de crer, naocreias; caye scribas ou seripseris, nao escrevas (cave ut scribas,guarda-te de nao escrei>er=escrece); cave festines, guarda-te de te

apressar, nao te apresses; cave hoc facias, guarda-te de jazer isto,

nao jacas isto; cave responderls, guarda-te de responder, nao respon-

das.

Page 272: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

272

I 1

d) Por fac ne (plural facite ne) e vide ne com o subjuntivnsegunda pessoa do presente: vide ne cadas, guada-te de cair nSncams; fee ne quid aliud cures hoc tempore, neste tempo n3«cuides de outra cousa.

e — I) ne com o imperativo presente quase que exclusivemense se encontra na poesia e nos escritores arcaicos, p. ex.: nimiumne crede colon, nao acredites muito nas aparencias.

II) Encontra-se o ne com o imperativo futuro, segunda eterceira pessoa, nos.textos das leis, nos tratados e nas exortacoesgerais, p. ex.: noctuma sacrificia ne sunto, nao sejacam sacrijicio,de node; Borea flante, ne arato, nao ares quando 'sopra „ vent*none.

SHS,A ne sepeIIto'"eve u"to

> ° «•*-J°^ - «"-KMas se a primeira proposicSo for afirmativa e a segunda negativa, a uniaol^are ou nec (rar - neve ou neu) - p

-

ex - : cre2e ne *^*£,

%

ESQIIEIM COHPAMTIVO DO SU81USITIV0 {XOBWIVO (n. 311] E IMPERATIVO PBESEITE (n. 3T3|

a) Forma afirmativa

lege (legas)legatlegamuslegiteleg-ant

It

tela

Icarnos

ledc

leiam

nao leias,

nao Ida.

nao lea/no,?,

b) Forma negativa

ne legeris (perf. sub;.) ou noli legere ou cave legas, legeris ou facne legas ou vide ne legasne legatne legamusne legeritis (perf. sub;.) ou nolite legere ou cavete legatis, legeri-

tis ou facite ne legatis. •

. nao lea isne legant i , • '

nao leiam.

INFINITO

Infinito subjetivo e objetivg

Turpe est mentiri — Cupio discere.

375. — infinito, o supino, o participio, o gerundio e o ge-rundwo chamam-se nomes verbais, porque participam da natureza'do. verbo. e da do substantivo. O infinito, o gerundio e o supino par-ticipant da do^substantivo; o participio e o gerundive da do adjetivo.

O infinito faz as vezes a) de sujeito e b) de objeto..•„ .,

:

:: °:^-I) Faz asvezesde j-M/e/focom as formas est, erat,tuit,.ecc. do verbo esse unidas com um substantivo ou com um ad-jetivo neutro, p. ex.: turpe est, honestum est, sapientis est,

Page 273: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 273 —

mos est, fortis animi est, satins est, e melhor, p. ex.:_ virtus^est

vitium fugere = fuga vitii [est virtus, e virtude'ijugir do view;

turpe est mentiri, e jeio meniir.

II) Mais frequentemente com os verbos impessoais pudet,

piget, paenitet, taedet, decet j opus est, necesset est, oportet,

oraestat, juvat, delectat, placet, libet, licet, interest, refert,

nihil attinet, quid attinet? fugit me, videtur mihi^etc., p. ex.:

oratorem irasci minime decet = ira oratorem minime decet,

nao convem ao orador irar-se; me pudet hoc dicere, envergonho-me

de dizer isto.

Qbservacao. — Sc o iufinito sujeito for o verbo esse, fieri, videri, dici,

vocari, cognosci, etc. (el. nominative, n. 236, pag. 213) exige o seupredicado emcaso acusativo, p. ex.: non esse cupidum pecunia est; fortem, justuxn, be-,

neficum, liberalerri dici hae sunt regiae laudes, ser proclamado Jorte, justo,

btnijico, liberal, sao estes elogios clignos de tun rei; Mario consulem fieri vauie

utile videbatur, a Mario parccia muito ulit serjeito consul (cf. n.376, observacao,

1, pag. 273).

/;) Faz as vezes de objeto depois dos verbos de sentido

incompleto {verbos servis) possum, queo, nequeo, debeo, soleo,

volo, nolo, malo, cupio, studeo, conor, enitor, contendo,

desino, desisto, incipio, coepi, festino, propero, cogito, scio,

nescio, doceo, disco, memini, obliviscor, pergo, statue, cons-

tituo, meditor, paro, timeo e metuo (com o sentido de nao sc

atrever, timeo dicere), assuesco, assuefacio, assuefio, fastidio,

horreo, recuso, etc., e depois das frases habeo in animo ( = cogito),

consilium capio ou ineo, animum induce, eu me persuado, eu

me resolvo, p. ex.: incipio studere, studere e o objeto = studium;cupio discere = cupio doctrinam; ille solebat dicere...; coepi

flere ; possum plurima exempla proferre, posso apresentar rnuitos

exemplos; non vis haec fateri, nao queres conjessar isto.

Observacoes. — I) Se o infinito objeto for urn verbo que exigedois nomi-

nativos, p. ex.: esse, fieri, videri, vocari, cognosci, etc. (cf. Nominativo, n. 237,

pag. 213),' o seu predicado vai para o nominativo, p. ex.: volo manere bonus,

quero permanecer bom.

2) Depois de alguns destes verbos encontra-se tambem outra construcao

com ut ou ne e o subjuntivo, como se vera no estudo das proposicoes objetiyas:

Construcots do acusativo com o injinih nas^ proposicoes objctt.vas, n. 379, pag. ~/6

e mais propriamente os numeros 381, pag. 277; 382, pag. 278.

Natureza das proposicoes subjetivas.

376. — Proposicoes subjetivas sao as proposicoes que servem

de sujeito a uma proposicao. Estas proposicoes tern as vezes o seu

sujeito e outras nao.

a) Exemplos de proposicoes subjetivas sem sujeito: e agra-^

davel e decoroso morrer pela patria; e loucura conjiar na jurtunaj &

proprio do sdbio mudar de parecer; e riqueza nao ser cubigoso; a Mario

parecia muito util serjeito consul, .em que morrer pela patria, conjiar

najortuna, mudar de parecer, nao ser cubigoso, serjeito considdesem-

penham o papel de sujeito e chamam-se proposicoes subjetivas.

Gcamatica Latina, 18

Page 274: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 274

m

b) Exemplos de oracoes subjetivas que tem seu sujei,

c humane que o vencedor poupe as vencidos; consta que Roma foi}'

dada p r Romulo; i preciso que a repMica seja sala em que asZposicoes sub;etivas que o vencedor poupe os vencidos, que a reTJlZseja saw, que Roma }oi jundada por RSmulo veem Lomp7£l*respehvaxnente de seus sujeitos o vencedor, Roma, a repSSa

^

como as da letra b) tern sempre o seu verbo no modo infinite — P ,J? \acusativo osujejte (letra b) e tudo o que deve concordatcom o ""!? I

e^sst;°^mpIemento predlcativ° (ietra - *«* 4^I

letra a) I ~ Bulce et decorum est pro patria mori %£— tfortuna confidere stultum est 15— Sapientis est mutare consilium j.

4 Non esse cupidum pecunia est j

' 5— Mario consulem fieri valde utile vldebatur f

letra b) 1 — Victorem parcere vietis aequum est. '

2?— Soman a Somulo condltam esse constat.> jixpedit salvam esse rempublicam

CONSTRUCAO DO ACUSATIVO COM O INFINITO '

jNAS PROPOSigOES SUBJETIVAS .-1

Romam a Roxraulo condltam esse constat.

'

• ?17- ,~7,

A construgao do acusativo com o infinite usa-se nasproposicoes subjetivas:

«» <• ra)Pe

^~isC

IOS verbos ™Pessoais:oportet, opus est, neces-

^

se est, licet,elucet, apparet, convenit, expedli, decet, dedecetinterest, refert, pae^tei, faedet, oonsfat, conduct pSdestetc. p. ex

: Romarn a Romulo eonditam esse constat, constaque hom.a J oi jundada por RSraulo.,

t-unsia

e leler.. tambem ut on ne com o subjuntivo (cf. n. 277, a, pag. 231)m -tr=s-

cet hor fJtT ' /' vPfSSOU Va

' ordinanmnente para'o dativo, p.ex • tnihi li-

wBsk

\l

Wit

M

Page 275: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 275 —

em acusativo tibi quietum esse licet, a ft c permitido jicar tranquito. Se, porem,

a pessoa for indeterminada, vai sempre para o acusativo, p. ex.: haec praescripta

servantein licet magnifice animoseque vivere, a quern observa estes preceitos

£ concedido viper honrosa e tranquilamenU. Tambem com necesse est o_ predicado

acha-se no dativo, p. ex.: vobis necesse est fortibus viris esse, a vos e necessdrio

ser homensjortes {= e necessario que vos sejais Iwtnensjories){Llvio).

b) Depois das seguintes expressoes formadas com o verbo

esse acompanhado de substantivos e adjetivos neutros: utile, pul-

chrum, perspicuum, verisimile, consentaneum, honeslum,

verum, aequum est,- facile, difficile, indignum est; fit Jure(=justum est); fas, nefas, facinus, scelus, est; fama, opinio,

spes, mos, terapus est, etc., p. ex.: difficile est regem omnia

suis oculis videre, e d'ijicil que um rei possa ver tudo com os seus

proprios olhos.

Observagao. — Com alguns dos rriodos impessoais formados com umadietivo neutro e com esse, encontra-se, uma vez on outra, o subjuntivo com ut;

deve-se, porem, preferir a construcao do infinito com o acusativo (cf. n. 403, pig.

291; n. 461, a, observagao).

c) Depois dos verba sentiendi e declarandi usados passi-

vamente; intellegitur, perspicitur, nuntiatum est, putandumest, memoriae proditum est, p. ex.: traditum estHomeram cae=

cum fuisse, dlz-se que Romero era cego (cf. n. 241, pag. 215).

Natureza das proposicoes objetlvas.

378. —: Proposicoes objetlvas sab as proposicoes dependentes

que servem de objeto direto a algum verbo principal.

Estas proposicoes constam as vezes:

a) de um simples infinito, p. ex.:

Posso citar muitissimos exemplos = possum plurima exem-pla projerre.

Desejo aprender— cxx$Ao discere.

Sabes veneer, 6 Anibal, mas nao sabes aproveitar da vitoria

— sincere scis, Aiinibal, victoria uti nescis.

Observagao. — A construcao destas proposicoes obedece aos principios

expostos no n. 375, b, p:ig. 272.

b) Outras vezes, porem, as proposicoes objetlvas constam de

toda uma proposicao com o seu sujeito e verbo. Isto acontece quando

na principal, que rege a objetiva, se encontra um verbo que mdica

ver, dizer, declarar, saber, sentir, pensar, demonslrar, provar, responder,

querer, etc., p. ex.:

eu digo que este menino estuda,

eu afirmo que os meus alunos estudaram,

creio que Pedro vira,

em que os sujeitos este menino — meus alunos— Pedro vao para

o caso acusativo e os verbos estuda, estudaram, vird para o infinito

Page 276: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

276

if

(constracao do acusativo com o infinite) presente, perfeitoou iuturo de acordo com o numero 384, pag. 280:

ego dico hunc discipuLum studere,ego affirmo discipulos meos studuisse,credo Petrum venturum esse.

c) Se o verbo da proposicao objetiva nao for predicatJvocomo studeo = sum siudens, mas esse seguido de predlcad'nommal, ad,et.vo ou substantive, estejpredicado nommaWaftambem para o acusativo devido aos principios gerais da concordancep. ex

: mdep. - hie hber est utilis = dep. objetiva: omnes affirmant hunc hbrum esse utilem, iodos asLeram que estTlZ

^trr^a^^SXS^ter me ulCidlssd LlJdU de *'* *«« '-

CONSTRUCAO DO ACUSATIVO COM O INFINITONAS PROPOSigOES OBJETIVAS

Scio Petrum flere.

379. — A construcao do acusativo com o infinite usa-se nasproposicoes objehvas:

a — I) Depois dos verba seniiendi, istoTe, deoois dosverbos que expnmem oa.tr, obsermr, pensar, crer, 'saber, chegar asaber, conhecer, p ex.: aud,o, sentio, animadverto/ video, pufo,credo, cogito duco, exxsfimo, opinor yh accipio, coxnperiocognosce, mtellego suspicor, spero, scio, nesdo, ignoremeimm, recorder, obliviscor, etc.S '

II) Depois dos verba declarandi, isto e, dos que indicamdczer, afcrmar, responder, anunciar, demonslrar, provar, etc. p exdico, nego, affirmo, respondeo, scribo, declare, condamo"narro, memoriae prodo, certiorem faclo, nuntio. edicodoceo, minor, promitto, etc.

'

(fuisse fut«rumebsseTho

endi)^T qUt '" ''V *"'W^ bom' ™*° te esse

Page 277: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

-,— 277 —(Verba declarandi) — Ensina Aristolcks sue nunca existiu o pocta Orjcu,

Orpheum poetam docet Aristitoteles iiunquam fuisse -^ Denwcrito disse que

existent mundos inumeros, Democritus dixit innumerabiles esse mundos.

|? b) Depois dos verba voluntatis : volo, nolo, malo, cupio,

S studeo ; jubeo, veto, prohibeo ; sino, patior ; statuo, decenao,

constituoj concede, permitto; flagito, postulo, posco, optoj

cogo e semelhantes.

P. ex.: quero que passeis hem, volo vos valere; Si/a quis se r uicine-

rado depots de sua mode, Sulla se cremari post mortem voluit; Cesar proi-

bia aos embaixadores que se ajastassem, legatos Caesar discedere vetabat; dei-

xai que os meninos venham a mini, smite parvulos venire ad me.

c) Depois dos verba affectuum : gaudeo, gozo; laetor*

alegro-me; doleo, ajiljo-me, lastlmo; miror, admirer, admiro-mc,

indignor, indigno-me; queror, quelxo-me; suceenseo, irrito-me

aegre, (moleste, graviier, indigne) fero, levo a mat, indigno-me;

glorior, glorio-me; graiulor, congrahdo-me; gratias ago, dou gracas;

gratiam foabeo, conservo gratidao, etc.

P. ex.: admirp-me que hi nada me cscrevas, miror te ad me nihil scribere

;

Os Belgas levaixim a mat que o exercito do povo romano passasse a inverno e ciwellie-

cesse no. Galia, Belgae populi ro-.nani exercitum hiemare atgue inveterascere

in Gallia moleste ferebant.

. Fateor me erravisse.

380. — a) O sujeito da proposicao objetiva vem sempre

expfesso, ainda quando e identico ao do verbo da proposicao princi-

pal. A identidade do sujeito da proposicao objetiva da terceira

pessoa com o da principal se exprime com o pronome reflexivo se,

tanto para o singular como para o plural, p. ex.: confesso que errei,

j . fateor me erravisse. Cesar jalga ser{ter sido, que serd) jekz, Caesar

credit se beatum esse (fuisse, fore).

te'; b) A omissao dos pronomes pessoais e frequente, especialmen-

1 te nos histqriadores, com o infinito do futuro ativo quando as pro-

1 posicoes principal e objetiva tern o mesmo sujeito, p. ex.: refractoros'

carcerem mimabantur, em lugar de: se refracturos esse, amea-

Icavam de abrir a prisao com ajorca.

Observacoes sobre alguns verba scnliendi c declarandi

381. — a) Os verba declarandi: dico, nuntio, moneo, scribo, respon-deo, e em geral os verbos que exprimem dizcr, avisar, retponder, quando significam

exorlar, mandar, se constroem com ut, uti ou i^e e o subjuntivo, p. ex.: cscrevi

aos disc'ipulos que {•oltassem {=exorlando a que volh.sseni) para a cidadc, discipunsscripsi ut in urbem. redireut; Antonio escreveu de proprio punho a.l'lico que niio

lemesse e que imediatamenlc se Ike aprcsenlasse, Antonius sua manu Atticoscripsit ne timeret, sed quam priinum ad se veniret; a pitonisa respondeu

aos Alenienscs que se dcjendesseni com inuros de madeira, Atheniensibus Pythiarespondit ut moenibus llgneis se munirent (cf.. n. 453, b, 1 V).

b) Memini e memoria teneo lembro-nie, recordo-me, re.cordo, usam quasesempre o injinito prescnle, tambem quando sc trata de acr.'iitecimentos passados,

Page 278: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 278 — I

«&^?£«^ass

,-„, ^^^Tc^en^^^rt^^^ ° ***&**» de—«* A^ Unkajatedo^i^Un^^^^^^^^^

#*& .^o S^,^^S^Xt£ife ,unB cousa * ou na° 6) — o

^fo Sverdade. Com o sentido'rK /W c ? VCrum esse' owcnce-ic de aue

(ou ne) e o^W^TSfc^^^?^^ f

fazer uma causa) com^

.,ajazeriste.

nl p~lsuasit ai ho(: iacereai, ele me induziu

acusatl^] £?££*£.^n£~i^^* « «» ° "^ • omove; com o sentido de proponho deaelo cnL^ff '

A^toteles pensa que iudo Jedependenie for ativo, p ex s-nat^ ^ c V 1^ e °/"^",&' se °«*P» Juturo passive. (-dvLs) quindo for

„!,"'' ™ °„ac"miu'° e ° '^""'fo^ P^ticlesse delendan,,<Ui^ttPt^^^,^^ Carthaginem

(ou ne) e o subjuntivo, p ex, pTacul'senatufufiff* -^' °P°''/"" C°m Utfc« «* «Wo que scdeclarassca querraoTi^Ci A

lndlceTet«r, pareccu

p. ex.: praemitti quattuor mihC ar1£V f ,

de~se usaro •"'*/>&<• /«AW/o,panda consul! pfc«iK^ ? "S**OTUm ad oca opportuna praeocculsoldados que se ipodcrajJZ^iP^J/ ™ 1.'™1'"- adlante «««*° -ailinimigo).

antecipadamente das posigoes expos/as (a urn ataque

e ou nao^^^n)A^^^r^.°J^> ™"&>. ^irio (que uma cousaturn virtute constare, Ce^TrccorZ', l'„ v^-

8*? mo"ult ™toriam in equi-com o sentido de exorte, act[sefhot LIZV"ior

"ld'/"'"''« *° ^ter des cavaleiros;

ne) e o subjuntivo, p. ex.: m^me1 i°a,

»a° *a!!Cr "ma cousa) com ut (ounao fizesse isto.

me monmt ne hoc lacerem, ,:/«: me awfc[ a ,H(,

V) Auctor tibi sum ut <>,., n ni —acusahvoeo infinite = norro carte „r

l >~ cu "' ««»>yU>o; auctor sum com oauctor est, etc mc acons'elha „uanto Z,7!'l

I' J:'' T" 1 ut absim vehementcr

turn a consulibas auctores sun t u1

Z

^ '""^ SUnt *ui male PUS"^deniente petes consults. '

'"' alff'"" 1ue nar<™ «'" •« combalcu cobar-

saber a al que uma c^f o|*««» com c.aciuaU.o e o /^/fo =yaf0 ;

alguns outros poucos. sta llsta devem-se acrescentar mais

Observacoes sobre alguns verba voluntatis.

posicao dependentfe^^d^SlT^'StUd£°^e °^ da^ "

p. ex.: cupio te Vergilium loBertSaul'h7^ °r

aCU!f.hvo com o infinite,

for 1Sua>, usa-se em regra o ,1^^?J$£tfJ^&?£££ '

j

J

Page 279: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 279 —Verqilio. Contudo tambem neste caso se pode usar o acusativo com o infinito se overbo da proposicao dex^endente for passivo ou esse ou videri com um predicado,

J p. ex.: sapientem civem me et esse et mimerari volo (cf. n. 237, observacao,

j|:0;\ pag- 213).

) b) Para dar maior forca frequentes vezes com os verba voluntatis usa-se

o infinito perfeito passivo (em lugar do presente), imaginando como ja realizada:v-: a acao que deles depende, p. ex.: hoc factum (esse) volo, qucro que sejaga islo; temoniium (esse) velim, quisera avisar-ie.

A forma infinitiva esse ordinariamente se omite.

c) Depois de volo, nolo, malo encontra-se tambem o subjuntivo sem ut,especialmente depois das formulas velim, malim, vellem, mallem, etc., p. ex.:

quisera que inc acrcdiiasscs, mihi credas velim; quisera que me respondesscs,

velim mihi respondeas e tambem velim :(maliin) ut mihi respondeas,mas nao sc dira: nolim ul mihi respondeas.

d) Jubeo e veto querem o infinito com o acusativo da pessoa a qual se

proibe ou se ordena: Cesar ordenou aos soldados que consertassem a ponle, Cesarjussit milites pontem reficere; ordeno-te que partus, jubeo te abire; Cesarproibiu aos soldados que pariissem, Caesar vetuit milites discedere.

Se nao for expressa a pessoa a quem se manda ou proibe, o verbo dependen-te vai para o infinito passivo, salvo casos em que facilmente se pode subentender:Pompeu proibiu que se fortijicasse o acampamento, Pompeius vetuit castra muni-ri; Nero mandou matar sua nuie, Nero matrena suarn necari jussit; Cesarmandou cortar a ponte, Caesar jussit pontem rescindi. — Caesar castra raunirejussit (subentendido nlilites).

Na voz passiva jubeo e veto constroem-se pessoalmente com o nominativoe o infinito, p. ex.: mandou-se aos consults que pariissem para a provincia, consulesjussi sunt in provinciam discedere ; proibiu-se aos Nolanos que se aproximassemdos mures ~os Nolanos jorain proibidos de se aproximar dos muros, Nolani vetiti

sunt moenia adire (cf. n. 239, pag. 214).

e) Tambem os verbos sino e patior, perm'do, dcixo, na voz ativa se constro-em como jubeo e veto, p. ex.: os teus cantos nao me deixam dormir, dormire menon sinunt cantus tui.—Se nao for expressa a pessoa a que se permite fazer umacousa, o verbo vai para o infinito passivo, p. ex. : Augustus dominum se appellarinon passus est, Augusto nao permitiu que o chamassern de senhor. A respeito daconstru9ao de sinor passivo cf . n. 239, pag. 214.

./) Os verbos statuo, constituo, decerno, com o sentido de eslabelego,

resolvo, decreto, decido, constroem-se:

/) Com o simples infinito se o sujeito desses verbos for igual ao do verbodependente, p. ex.: cum staiuissem scriberc ad te aliquid, tendo tornado adcliberacao de escrevcr-le alguma cousa; Scaevola in Tusculanum ire constituit,Cevola rcsolveu ir a quinla de Tusculo. Neste mesmo caso raramente sc constroemcom ut e o subjuntivo, p. ex.: eonstitueram ut in Arpinati inanereirj., rcsolvcra

jtcar em Arpttio.

II) Se o sujeito da dependente for diverso do da principal em regra se

constroem com ut on no c o subjuntivo, p. ex.: senatus decrevit ut consul vide-ret i;c quid respublica detrhnenii caperet, o senado decrelou que o consulji-cssepar Ci'itur que a republica sojresse prejuizo.

III) Note-se, porem, que se ao verbo dependente vai unida a ideia dodevcr ou da necessidade a mesmo verbo dependente se traduz pelo gcrundivo, p. ex.:

Caesar statuit sibi Rhenum esse transeundum, Cesar decidiu-se a passarReno (poi que viu a necessidade desk movimenlo).

!)) Depois de concedo, perinitto, permilo jazcr alguma cousa, encontra-se,alem do infinito concedo tibi abire, permilo que parlas, tambem o subjuntivocom ut, p. ex.: concede ut hoc facias, permitd que jac.as islo; mas depois de con-cedo com a significacao de admito, consinlo que uma cousa e ou nao e, usa-se sempreo acusativo com o infinito, p. ex.: cencedo non esse miseros, qui mortui sunt,admito que nao sao injelizes os que morreram.

_h) Depois de flagito, postulo, posco e opto usa-se frequentes vezes o

subjuntivo com ut, raramente com cogo, constranjo, obrigo (cf. n. 453, b, II).

Page 280: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 280 —Qbservacoes sobre os verba ajjectuu

383. — a) Depois dos verba affectuum encontra-se tambem a conjuncaorausal quod com o md.cativo ou subjuntivo. Usa-se a construcao do acusativo com

uum.

c

o in. .* -- - "•:*'" "" o^^um.. vu. u»-5c a construcao do acusativo conhmto quando se quer mdicar que a acao e o estado espresso pelo verbo dene

vMc^/T,como

/

ob'eto d "'cto d° verbo principal; p. e*.: gaudeo te ben„%alere, ./o/^ ,,«.. ^.r.v.r /,„„ .-usa-se a construcao com quod, quando se quer „tsobressam a causa pela qual se agitam os varies sentimentos da alma: ga^eoquod vales, estou conlente porque tu pastas ban (cf. n. 446, 447).

./>) Glorior, na boa prosa latina, encontra-se com o acusativo e o infinite-

com"quoFC°m gratulor

'gratias aS« e S««a™ J^beo prefere-sc a coustrujo'

TEMPOS DO INFINITO

.384. — O infinito latino tern so tres tempos: presenle

pcrjcdo, juturo.

..0 presente indica um fato contemporaneo ao que o tempo

da principal exprime, p. ex.: credo te scribere, credebam te scri-oere; credo a te historiam legi, credebam a te historiam legi.O perfeito indica um fato anterior ao que o tempo da prin-cipal exprime, p. ex.: credo eum scripisse, credo a te historiamlectam esse, credebam a te historiam lectam esse.

futtiro indica um fato posterior ao que o tempo da prin-cipal exprime, p. ex.: credo eum scriptururm esse (ou credo foreut jlle scribat, cf. n. 385, a, I, pag. 280), credebam eum scriptu-rurn esse (ou credebam fore ut ille scriberet, cf. n. 385 a Ipag. 280). > > ,

Observacoes. — 1) Em latim usa-se sempre o perfeito do infinito quandona proposicao dependente se indica um acontecimento ;a passado com relacao apuncipal ao passo que em portugues se encontra um imperfeito com valor de'maisque^ perieito, p. ex: Cornelia Nepos deixou escrito que Aristides estava presente (im-

scrVf,™Tl? v?]or de "]ais q.»e perfeito) na batalha de Salamina, Corneliussc«ptum rehqmt Anst.dem mterfuisse (nao interest) proelio navali a„ud

roit^S™ ' "T escritorCs rclataram. que o rel assistia a batalha, multi scripto-res tradiderunt regem in proelio adfuisse.

•i -y\N

,

otfse enKn

? 3"e < traiando-se de futures passives, precisara distinguira poss.bd.dade da necessidade de fazer uma cousa; pelo que, por exemplo: crew queajnunkas cartas serao Ldaspor ti (possibilidade) traduzir-se-a : credo litteras raeasa ce lec.urn ui ou credo fore ut Iitterae meae a te legantur, mas a expressSo:

YuZ 1'""' aS """^.w^dwerao scrdidas por ti (necessidade) traduzir-s-a: credoUltras meas a telegendas esse. '

COMO SE SUPRE EM LATIM O INFINITO FUTURO

.

3f5 ' ~ a

) Como se supre o juturo imperfeito portugues ouconditional presente, p. ex.: creio que ele escrevera, pensaua que etctuna.

I) Em lugar do infinito futuro ativo encontra-se muitasvezes a drcunlocucao fore ut ou futurum esse ut (ut non nasproposicoes negativas) com o subjunfwo presente depois de um presen-te ou tuturo, com o subjunfwo imperfeito depois de um tempo passado

Page 281: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 281 —

na proposicao principal, p. ex.: em lugar de credo eum scripturum

esse e credebam eum venturum esse pode-se dizer: credo fore

ut ille scribat, credebam fore ut ille veniret, ere to' que eie escre-

vtra, pensaca que ele virca.

II) Esta construcao e obrigatoria com os verbos que nao

.tem supino (disco, posco, timea, paenitet, etc.), p. ex.: espero que

te arrependerds da tua jalta, spero fore ut te culpae paeniteat j

esperava que te arrependesses da tua jalta, sperabam fore ut te

culpae paeoiteret.

III) infinite futuro passivo supre-se ordinariamente

com esta circumlocucao, p. ex.: espero que os inimigos serao vencldos,

spero hostes victum iri ou melhor spero fore ut hostes vin~

cantur.

Qbservacao. — Posse, nolle, velle, malle empregam-se sem perifrase

com a significacao de futuro, p.ex.: csperam poder assenhorear-se do domlnio da

Galea, Galliae imperio se potirl posse sperant.

b) Como se traduz ojuturo perjelto portugues ou condicional

passado na mesma dependencia, p. ex.: penso que esta tarde terds

escrito, pensei que esta tarde terias escrlto.

Neste caso, em lugar do infinito futuro, tanto na voz

ativa como na passiva, recorre-se ao circunloquio futurum esse

ou fore ut (non) com o subjuntivo perjelto depois de um presente ou

futuro, com o subjuntivo mals que perjelto depois de um tempo passa-

do, p. ex.: credo fore vesperi ut epistulam scripseris..., que esta

tarde terds escrlto — credidi fore vesperi ut epistulam scripsis-

ses..., que esta tarde terias escrlto — Spero fore ut sanitatem eras

recuperaveris, espero que amanha terds recuperado a saude; spero

fore ut meae litterae a te acceptae fuerint, espero que as minhas

cartas terdo sldo recebldas por tl.

Mas, com os verbos passivos e depoentes, em lugar deste

circunloquio, e mais usado o partialpio perjelto com fore, p. ex.:

credo epistulam vesperi scriptam fore..., que esta tarde terd

sldo escrlta... credidi epistulam vesperi scriptam fore..., que

esta tarde terla sldo escrlta; credo me satis adeptum fore..., que

eu terel alcancado — credidi me satis adeptum fore..., que eu

terla alcancado. Spero te eras sanitatem adeptum fore, espero

que amanha terds alcancado a saude.

APEND1CE AO INFINITO

I

Rediil: infecta re.

386. — A particula sem segukia dc um infinito expiime-sc cm latim:

a) Com locucoes [ormadas de substantives, p. ex. : desped'e-o sem o repreender,

dimisi eum sine objurgatione ; scm se causae; sine labore; sem combaler,

sine vuinere.

Page 282: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 282 —

rtaZTtz R^rtffi. ^^opf^tx^x^™& &r <W„,Vfo, red1lnnLc""re

hZ^°n Mtiwte* biWnius,- p»C«£

profectus est Caesare insczo. ' f"UtM «"n «uc C"ar ™da soubcsse,

Asiim se diz:

t.iu.ai.icognita, sew conhccuncnlo da can m-'"dicta causa, ,„„ [llslaurar proce^usa'

* va fSC'°' "T'"^to '' "° '"•*""^

? V •>'r':'" VL °Lar a Palavra dada;

saivis iegibus, ,.-c,« tuolar as las;salva repubhea, ,„„ ,/IM „ «piiW/C(l corm per;^

pueri saepe aliquid jodicartmi I^'arT ar ,t™ 'nCCOPlnans> tacitus, p. ex.:««« sen dela nada saber.

"' ^ '"'""^ """*"• <"«» jufgam atgunia

abut nee vidit amicum. q intelleSu»* J P«™« <r<v« m- „ am^,

cum non (nihil, etc ) D e? r'q l

~ ' ^j?1'd?fms de« proposicao ne^ti-,

^, nunquamVcedo, quinT te XanTdoctTor™ ^ "' 7"*^ "^quepreceda uma causa, nihil potest ev^t^ ?ocilor i «<*<& /We acontecer sentde Garcia sen a ter^SS^ antecedat;CW ^,£

\ profectus est: «a» i;T,; „„'„-•, uerS™a. cum urbem non cer>i<^Pfadhuc^^^^^^^^^r^'^^^s«K

|J'"" A& Wa

<abiit cum nihil dirisset (cf . n 421 b^'sol)^

'

M emb°ra "m

II

Naves aedificandas curavit.

se em' Ia£ ~ °^ mandar ou^^^ de um infinite portugucs traduz-

pobrc, Cimo* co^pl^IvZVtf^oXZr^ ' 1 S^M^ a sua cusla ,nuiiospag. 265).

P-up-res mojtuos suo sumptu extulit (cf. n. 363,

rf"?f ". ?'«*'«> " P'rro, Fabricu-s >nedfcum rnt'-, - '? m?ndou dckr e 'w""-

rcauc! jus-t (cf. „. 3H2, d, pig. 278)t0m in'e»°-'^i atque ad Pjrrrhum

^fU"'J<

C°rlH

' ,k M«rcZ, Hannibal l^r^IK ncu™v? ;

Anibal mandoa(cl. n. 404, p;

'

lg . 295).ilnioa! MarceH, corpus sepeliendum curavit.

dc ,nod tlSZtZ £;SS »i&°J&?5 to '»1

-- ^ific-do de^T I

«-;

I

'2--?"'/t'"'M <•• « "MMitatU nc fall „ n l.^ S01 ^Rc£t ut omnia Ho-

et atfabuitas sermonis officii „ ^omnibus"""^.^''d™ de todos, comitas

«</^.yfl,e ww ,», cu a saibai s . quid «"t now""/™ sdam ""'' a/~ '! °-

^1

Page 283: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

I — 283 —e) As vezes jazcr significa constrangcr, induzir alquem a Jazer uma causa-

neste caso traduz-se com cogo e o infinite ou com impello uteo subiuntivo'os Romanos jaziam rectum as inimigos; Romani Iiostes loco cedere cogebant."

j) Quando se fala de escritores que a alguma personagem fazem dizer estaou aquela cousa, o verbo jazer se traduz com facio ou indttco com o participiodo verbo dcpendente: Jlomero jaz /alar Polijema cam urn carnei.ro, HomerusFolyphemum cum ariete colloquentem facit.

g) Outras vezes recorre-se a outros modos mais ou menos equivalents aiorma portuguesa, p. ex.:

A lua carta jaz-mc pensar, epistula tua me sollicitum reddit.l'az-mc icmcr, mihi metum Inpcit, affert, addficit.l'az-mc cncolerizar, raih.1 stomachum movet.l'az-mc rir, mihi risum movet, excltat.Faz-mc clwrar, mihi Hetum movet, adducit.

PARTICIPIO

, ,, 588-—? participio tem as propriedades de adjclivo e de verbo (adietivo

veroalj. Umo ad;etivo concorda em genero, ndmcro e caso com o substantivocomo verbo rege o seu caso. Para bem compreender as varias especies de participiose as suas diversas^sigmficacoes, e necessario distinguir os verbos segundo o valorem transitivos e mtransitivos e segundo a. forma em ativos, oassivos e depo-entes.

Estabelecida esta distincao, no esquema a seguir, ver-se-a quais e quanlosparticipios tem respechvamente o verbo transitivo e intransitive

I- — Verbo transitive

verbo transitivo ativo tem:

a) o pari. prcs. (acao que continua)b) o pari.jut. (acao que alguem quer ou

esta para fazer)

verbo transitivo passivo tem:

a) o participio perjeilo (acao passada)b) o participio jut. (necessidade)

legens (lendo; o que IS; o que lia).

tectums (havendo ou tendo de ler; o queha, havia, houver de ler; para ler).

leclus (lido; tendo sido lido).Icgcndus (havendo ou tendo de ser lido).

verbo transitivo depoente tera :

e) o participio prcscnle iniilans_ (imitando, o que imita, o que.. . ' imitava).*) o participio perjeilo com significacao imilalus (tendo imitado).

ativa.

c) o participiojuturo ativo imitalurus (havendo ou tendo dc imitar;o que ha, ha via, houver de imitar;

,. . para imitar).d) o participio jularo passivo imiiandus (que deve ser imitado).

2. — Verbo intransitive.

verbo intransitive ativo tern:

a) o participio prcscnleb) o participio juluro

veniens (y'nido, o que vem, o que vinha).venlurus (havendo ou tendo de vir;

o que ha, havia, houver de vir;para vir).

Page 284: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

284

O verbo intransitive depoente tern:

nasccns (nascendo, o que nasce, etc)natus (tendo nascido).

a) o particlpio presentcb) o particlpio perjello com signifieacao

intransitiva.c) o particlpio Juturo nasciturus (havendo ou teado de nasccr

etc.).'

Deste quadro resulta:

/ _1) Que o particlpio presentc de qualquer verbo latino corresponde ao naificipio presenteportugues ou frases que Ihe correspondem no valor e exprime un

,"

aconlecimcnlo incomplete, ccnlcmporaneo ao fato que exprime o verbo da proposicaoprincipal, p. ex.: inaico o caminho a quern cm, (=ao erranle), monstro viara errant;Indiquei o caminho a quern crrava {=ao erranle), monstravi viam erranti -_Indicant o caminho a quern crrar ( =ao erranle), monstvabo viam erranti : Hdensdico, daxi, dicebam, dicain, etc.

s

2) particlpio perjelto: a) Sc for dc um verbo Iransilivo passlvo indica um-.acao em que o siyeito foi o paciente no passado, p. ex.: liber lectus, tlvro que Joi

b) Se for de um verbo depoente transltlvo, exprime uma acao transitiva rcrlizada no passado: limtatus, que imilou.

c) Se for de um verbo depoente Intransitivo, exprime uma acao intra nsitivino passado: egressus, que sain, saido, ou um estado: mortuus, morto.

,.5)0 parflciplo Juturo allvo (urus, lira, uram) de qualquer verbo nao somdica a immencia de uma acao, como tambem a intencao de realiza-Ia, p exos unmigos se aproximam para assaltar a cidadc, hosfces appropinquant urbeinoppugnatun; eslou para (tenho Intencao de) admoesiar o Jllho sum moniturSrnium; proponho cscrcvcr a guerra que o povo romano jez contra Januria, bellum

geStUrUS SUm

'qU°d P°P 'a3us roiM,"« c»™ Jugurtha rege NumidoruS

-„ a „„Note-se ainda que na prosa classica e rarissima o uso do particlpio futuro

Z do°'n

Pf.nlado.dfs f°™^ do verbo sum. Na prosa post-classica e frequente ouso do partiapio futuro sem as tormas do verbo sum para indicar escooo ou fim

p. ex.: Hjaili venerunt castra oppugnaturi.

a •„,-„ ° partlclP< -Mu-ro passlvo indica a necessidade ou possi'oilidade de fazera acao, p. ex.: senbendus, a escrever-se, que deve scr escrito.

Bionysius tyrannus'^cultros metuens (=quia metuebat).

389. particlpio serve para exprimir, mais brevementedo que com o auxilio das conjuncoes, as diversas circunstanciasde tempo, de causa, de condicao, etc., e pode-se verter em portuguespor uma proposicao causal, temporal, concessiva, condicional, modal:

_a) Causal, quando supre uma proposicao causal, p. ex.-

IJionysius tyrannus, cultros metuens ( = quia metuebat)tonsonos, candentl carboae sibi aduxebat capillum, o tirano

'

Utorusio, receando as l&minas cortanles de ferro ( = namlka-s), quelmamos cabelos com brasa.

"

"""J)Te™PoraI

> quando supre uma proposicao temporal,p. ex.: IJionysius tyrannus, Syraeusis expulsus ( = postauamexpulsus erat), Corlnthi pueros docebat, o Lirano DionLno,depots .queJot expulso de Siracusa, ensinava cm Coruito aos menlnos.

_

c) Concessive, quando faz as vezes de uma proposicaoconcessiva p. ex.: risus Interdum fta repente erumpit, ut cumcupientes (=quamvis cupiamus) retinere nequeamus/o risoas vezes estala tao repenttnamenie, que nao podemos rejrea-lo ainda queo queiramos.

3#>

Page 285: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 285 —

d) Condiclonal, p. ex.: non potestis voluptate omnia

dirigenfes ( = si dirigatis) aut.tueri aut retinere virtutern,

nao podeis defender item conservar a virtude, se dirigirdes peLo prazer

toda vossa agao.

e) Modal, p. ex.: multi saepeliumi jacentem inter cus-

todias stationesque militum conspexerunt, muitos o viram jazer

nor terra entre as sentinelas e os corpos de guarda dos so/dados.

Qbservacoes. — 1) As vezes o participio concessivo i precedido de etsi,

quaravis, quamquam ou por qualquer outra particula concessiva, mas estc uso

nao 6 o dos melhores escritores.

2) Notem-se as expressoes: missum facere ( = omittere ou curaim

alicujus rei deponere), descuidar, abandonar, deixar de. um lado, p. ex.: missam fa-

cere iram, missum amorem, missos honores, etc.

Post urbem conditam.

590. — Em lugar do substantivo verbal portugues,,o latim

usa ordinariamente uma expressao concreta formada com o ^parti-

cipio, p. ex.: depois da jundagao de Roma, post urbem conditam;

depots do nascimento de Cristo, post Christum natum; apos a

expulsao dos reis, post expulsos reges ; apos a destruigao de Cartago,

post diriitam Carthaginem ; Cipiao foi mandado a conquista da

A'jrica, Scipio missus est ad subigendam Africam ; distinguir-se

na interpretacao de Cicero, interpretando Cicerone excellere.

Vidi pueros ludentes.

391 . — Os verbos que indicam ver, p. ex.: aspicio, invenio,

cerno, conspicio, animadverto e video, quando indicam atencao

ao estado em que se acha o objeto de que se fala, querem deppis de

si o participio presente: vi os meninos jogar, (vi-os no ato de jogar)

vidi pueros ludentes ; vi Catao assentar-se na biblioteca,^ vidi Ca-

tonem sedentem in bibliothecaj vi Pedro correr, vidi Petrum

currentem. Se indica simplesmente o fato em si e por si, querem

o acusativo com o infinito presente, p. ex.: video pueros ludere,

vejo que. os meninos jogam.

Audivi te canentem.

392. — a) O verbo audio quando indica percepgao direta

quer depois de si o participio presente, p. ex.: audivi te canentem,

oavi-te cantar.

b) Se indica percepgao indireta equivalente a ougo dizer,

ouvi. dizer, quer o acusativo corn o infinito, p. ex.: audivi te canere,

ouvi dizer que tu cantas; audivi te fugisse, ouvi dizer que tujugiste.

Obs«rvacao. — Depois de audio usa-se o participio presente quando

o seu adjetivo c dico com a significacao de arcngar, p. ex.: audivi Ciceronem in

foro dicentem, ouvi Cicero arengar nojoro.

Page 286: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

IF

286 —

Recte facta, acute responsa.

participios substant vados nao se ,1' n *a' r ? K "

roete facta, respatla, agiuiu, jeito, ilu,trc',~»POn«,

Hostes urbem captam tencnt.

394, — E' proprio da lingua latina usar o neutro do na r 1

turnPdr

eSi°;^^nte cognitum, compel itS" Iturn, dehberatum, exploratum, perceptum nersr.3persuasum, scriptum, statutum sLceptuT/ ete emt '-

'

''

predicafava com os verbos habeo e teneo eiTlCar"dn «• '^ '

^'& «'> *« W«& ativo Para ex^ r com mate^a duracao da acao do verb* p. ex/hosfesUem capTaTtS? I

dados, que as palaoras nao aumeniamovabr.

Periculum veritus consilio destitit.

W I

395°

~~9. PaftidPio perfeito de muitos verbos denoente,lem valor de parhcfpio presente. Tais pariicipios saorat,?r„

2S£ ™X U8U8' on,nes dimisi

'-«"'w° » ™» «*»«: ;':

Chegado Cesar...j posto' o sol.

\' * duzi lo df!° T El?ktim nS° h* Participio perfeito ativo; para tra- • V

on ,t ,,P01C^eS Para ° iat™ recorre-se a uma . circunlocuc&>

nT, ? • Kesar vemsset, magnum triumnhum erit •

P sole! h^'lo2Sa—

'

—-»1 occidisset^rcidente - ,

{•;;.; 'nosres »n castra se receperunt. y

Urt,em captam hostls diripuit.

nados em9

htimHXf^ ^ P°,rtuSug?

oc°™m dois verbos coorde-nados, em latim subshtmr-se-a o primeiro pelo participio concor- J

Page 287: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 287 —dando com o sujeito ou com o complemento dp segundo. Em por-tugues diz-se, p. ex.: o inimigo tomou e saqueou a cida.de, e em latim:urbem captam hostis diripuitj Anibal atraiu Graco para umaemboscada e o destrogou, Hannibal Graechiiin in insidias indue-tum sustulit ips grous procurarn Lugares mais quentes e pass-am omar, grues loca calidiora petentes mare transmittunt.

USO DO PARTICIPIO FUTURO PASSIVO (*)

Mihi historia legenda est.

398., — a) participio futuro passivo e um adjetivo verbalde tres desinencias (amandus, a, um) e concorda em genero, numeroe caso com o nome a que se refere, e indica a obrigacao moral que se

tem, se tinha ou se tera de fazer uma cousa, p. ex.: liber legendus,o hero por ler-se = o livro que deve ser lido; virtus amanda, virtude

por atnar-se= a virtude que deve ser amada, etc.

fjl b) Usa-se com as formas do verbo esse e forma a conjugacaoperifrdstica passiva. Cf. n. 117, B, pag. 116.

c) Regra. — 1) Se o verbo latino for transitive e tiver umsujeito ou um objelo expresso, conforme a construcao ativa ou passivada frase portuguesa, o nome da pessoa pela qual deve ser feita a acaovai para o dativo ; a cousa que deve ser feita vai para o nominativesse o verbo for de modo finito, e o participio futuro passivo concordaem genero, niimero e caso com este sujeito e o verbo esse em niimeroe pessoa, p. ex.: eu devo ler este Livro = esle livro deve ser lido por mim,mihi (a pessoa pela qual deve ser feita a acao de ler) hie liber (acousa que deve ser feita, e no. caso lida) legendus est; eu devo ler

a historia ou a historia deve ser lida por mim — mihi historia legendaest.

Qbservacoes. — 1)0 nome de cousa, porem, pela qual deve ou pode serfeita uma acao vai regularmente para o ablativo sem prepdsicao, p. ex.: ineuntisaetatis inscitia senum regenda prudentia est, a inexperiencia da idadc inct-

ipieiyle deve ser dirigida pela prudencia dos velhos.

2) Mas tambem nesta construcao o nome da pessoa ira para o ablativoprecedido de a ou ab, quando for impossivel distinguir o dativo agente de qualqueroutro dativo cLa mesma proposicao, p. ex.: eu devo obedecer-te, a me parendum esttibi e nao milii parendum est tibi.

2) Se o verbo latino for intransilivo (ativo ou depoente), outransdwo sem objelo expresso, usa-se A) o participio futuro passivocom a terminacao em -dum, B) o verbo esse poe-se na ferceira pessoado singular sem alteracao do tempo portugues e o complemento, seior expresso, vai para o caso que o verbo exige, p. ex.: mihi curren-dum est, devo correr; omnibus moriendum est, lodos devemmorrer; tibi legendum est, tu deves ler; mihi studendum estgrammaticae, devo estudar a gramatica.

(*) ou gerundivo.

Page 288: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 288 —Qbservagao. — Nas proposicoes dependentes o verbo esse com o pari!

cipio futuro passivo vai para o infinito (construcao do acusativo com o infinitoof. n. 378, r, observacao 2, pag. 275) ou para o subjuntivo conforme a coirjuncSoque o rege, p. ex.: eu sei que lu deees ler es/e livro, scio tibi hunc libriim legendumesse ; nao duvido que det'es ler a historia, non dubito quin tibi historia legendssit.

CORRESPONDENTE LATINO AO PARTICIPIO

PARTICIPIO PRESENTE

Pueri, artes difficiles discentes, celeriter arripiunt.

399. — participio prescnte ativo {amando) e o participio

presente passivo (sendo amado) podem-se traduzir em iatim:

a) Pelo participio presente: os meninos, aprendendo artes difi-

. ceis, entendem-nas num momento, pueri, artes difficiles discentesceleriter arripiunt.

b) Pelo gerundio oblativo quando exprirae o modo ou meio,

p. ex.: aprende-se errando, errando discitur, (cf. n. 205, b, pag. 196-

n. 401, b, IV, 1, pag. 289).'

;3

<?) Pelo subjuntivo presente com si, cum, licet, etc., se overbo da proposicao principal e do tempo principal (presente ou futu-

ro) pelo subjuntivo imperfeiio com si, cum, licet,etc, se o verboda proposicao principal e de tempo historico (imperfeito, perfeito,

mais que perfeito), p. ex. : pueri, cum artes difficiles discant,celeriter arripiunt ; os Pitagdricos, sendo interrogados acerca de

atgum porque ( = quando se Ikes perguntava o porque de alguma cousa), 1'

respondiam: disse-o ele. Ora este ele era Pitdgoras, Pythagorei, cumex eis quaereretur quare ita esset, respondebant : Ipse dixit.

Ipse autem erat Pythagoras ; se lesses (lendo, com o Ler) este livro

muito aprenderias, si hunc liorum legeres, multa disceres.

Observacpes. — i) As vezes o gerundio presente pode-se traduzir em latim Sljpelo ablativo absolute, p. ex.: durante' 6 reinado (=rcinando) Tarquinio Frisco, yj'igSH.

Pitdgoras veio a Italia, regnante ( =cum Tarquinius regnaret), Pythagorasin Italiam venit (c£. n. 296, c, pag. 239).

2) Traduzindo-se o participio presente passivo protugues, dever-se-a ?

necessariamente usar a construcao do subjuntivo com cam, porque a voz passivalatina carece de participio presente. Amacus nao e participio presente, mas parti- i

\

cipio perfeito passivo. ;

PARTICIPIO PERFEITO

Dux, ;aciilo percussus, mortuus est.

400. — participio perfeito ativo (tendo amado) e o perfeito

passivo (tendo sido amado ou simpl.: amado) podem-se traduzir:

a) Pelo participio perfeito, p. ex.: o capitdo, atingido por urn

,1 dardo, morreu, dux, jaculo percussus, mortuus est ; o capitdo

Page 289: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 289 —

tendo exortado os soldados, deu o sinal de combate, dux, exhortatus

(o participio perfeito dos verbos depoentes tem significagao ativa)

Hiilites, pugnae sigmim dedit.

b) Por cum e o perfeito do subjuntivo, se o verbo da proposi-

cao principal for de tempo principal; com curn e o mais que 'perfeito

do subjuntivo, se o verbo da proposicao principal for de tempo histo-

rico, p. ex.: dux, cum hortatus esset milites, pugnae signumdedit; nao tendo Flaco degenerado nunca dos seus antepassados, nao

temo o seu mau exemplo, cum a virtute majorum Lucius Flaccus

non degeneraverit, nullum perniclosum exemplum perti-

mesco J Conao, tendo oucido dizer que a pdtria 'estava slhada, nao

cuidou mais em viver tranquilo, Conon, cum patriam obsiderl

audivisset, non quaesivit ubi ipse tuto viveret.

Observagao. — A construpao do cum com o subjuntivo torna-se necessa-

ria j>ara se poder traduzir o participio perfeito ativo portugues, porque a voz ativa

latina carece de participio perfeito.

401. — O infinito numa proposigao pode fazer as vezes de

um substantivo de genero neutro, mas so como sujelto, caso nominah-

vo, ou como objeto direto, caso acusativo, p.' ex.: o ler e util, legere

(sujeito=caso nom.) est utile ; eu desejo ler, ego cupio legere (obje-

to direto = caso ac).

Os casos de que o infinito carece suprem-se com o gerundio.

a) O gerundio e o neutro do participio futuro passivo nos

quatro casos obliquos (amandi, amando, etc.).Tem sempre significacao

ativa e rege o caso do seu verbo, p. ex.:

Nom. Studere est utile = o estudar efutil

Gen. Tempus studendi =o tempo de estudar

Cupidus studendi =desejoso de estudar

Dat. Do operam studendo =atendo a estudar

Aptus studendo =apto para estudar

Ac. Cupio studere = desejo estudar

Eo ad studendum =vou estudar

Abl. Discitur studendo = aprende-se esludando

Exercetur in venando =ele exercita-se cacando,

em cagar.

b) Observando-se com atencao este quadro, ver-se-a como

o gerundio latino esta em lugar de um substantivo, de modo que o

caso do gerundio devera ser o mcsmo que teria o substantivo, sendo

possivel a substituicao. Com efeito, em lugar do gerundio de studere,

pondo o substantivo stadium nos casos correspondentes, teremos:

Nom. Studere est utile . =sludium est utile

Gen. Tempus studendi = tempus studii

Cupidus studendi = cupidus studii.

Gramatica Latina, 19

Page 290: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

"^M"

— 290

Dat. Do operam studendo = do operam studioAptus studendo = aptus studio

Ac. Cupio studere =cupio studium

T?a

-

d studendum = eo adstudiumAbl. Discitur studendo =&sc\hiv studio

Exercetur m venando =exercetur in venatione.

Portanto:

J) O ger&ndio genltivo pode servir de complemento an,substantivosou ad;etivos que querem depois?de si o genitivo, p exars wendL drifted* est, a arte de viver e dificil;?sum cupidus audiendi, estou desejoso de ouvu:"" '

}._//) O gerundio dativo usa-se com os substantives, adie

< tlVOS'verbos e frases 9ue

,

exigem este caso, como utilis, aptusMparitnpar accommodate, deddus; praesum, adsum, non desum, sufficiornco, studeo, operam do, presto atencao, estou atento a, diem dicodetermine um dia para, etc., p. ex.: date operam arando, atendei

P seSef^mtr°Sa uMlS est bibendo

>a aSua n^rosa e util para

K. /7/) ° gerundio acusativo e geralmente precedido d~preposicao ad (rar. mfer, m, £, onfc, c/rC«) para indicar o fim o escopo, o movimento e em portugues corresponds ao infinite precedido dea, para, e encontra-se depois dos verbos que indicam escopo, fimmovimento etc., e dos ad;etivos que se constroem com ad e o acusati-vo: aptus, tdoneus, paratus, etc., p. ex. : canis est factus ad venandum

o cao nzsceu para cacar; addimicandum paratus; ire adoppugnanduni1 V) O gerundio ablativa — 1) sem preposicao serve decomplemento ae mstrumento ou meio, modo ou maneira e correspond*em portugues ao gerundio presenfe p. ex.: errando discitur, aprende-

se errando; legendo discitur, aprende-se Lendo (cf. n 205 b pie 196)-2) o gerundio ablativo precedido das preposicoes in; 'a, al}-ex; de, etc. supre outros complementos conforme as relaco-s da- di'versas preposicoes, p ex : id deterruit me a scribendo, isto me dissua-dm de escrever; multa de bene beateque vioendo a Platone dispu-tata sunt, muicos argumentos^ o bom e feliz viver foram dis-cutidos por Platao.

CQNSTRUCAO COM O GERUNDIO E COMGERUND IVO (*) ,/

Ars erudiendi pueros - Ars erudiendorum';«

: puerorum nobilis -. est.

fc a fPase . fhr^ °. ger,indi?

reS? « caso do seu verbo, portanto

oueror'rlhlt "V^ memnos/ nobre, traduz-se: ars erudiendipueros nobilis est. E esta a construggo- com o gerundio.(*) ou parlicipio futuro passivo.

Page 291: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

291 —

I

,

Regra. — Se o verbo, porem, que se construir no gerundio

e transitivo e tem o seu objeto direto expresso, o gerundio pode-se

jtfansformar em gerundivo pondo-se o objeto direto (o acusativo da

i construcao com o gerundio) no caso do geriindio e fazendo por sua vez»'' concordar o gerundio em genero e niimero com este substantivo;

Iassim a proposicao: ars erudiendi pueros nobilis est na construcao

com o gerundivo e = ars erudlendorum puerorum nobilis est.

b) — T) A construcao com o gerundivo, que sempre exige umverbo transitivo e o objeto direto expresso, e obrigatoria, quando o

gerundio esta no dativo, acusativo com ad, e ablativo com prepostcao,

p. ex.: aptus ad benevolentiam regis conciliandam e nao ad conci-

liandum benevolentiam regis ', deterruit eum a bello jaciendo e nao

a jaciendo bellum.

IT) Pode-se usar uma ou outra construcao quando o gerun-

dio esta no genitivo ou ablativo sem preposigao. Usa-se,porem, a cons-

trucao com 6 gerundio se o objeto direto e um adjetivo ou um prono-

me neutro substantivado, p. ex.

:

ars regendt' rempublica/w difficilis est

ou ars regendae reipublicae difficilis est;

Litteras tractando ingenium acuitur

ou Litteris tractand/s ingenium acuitur;

mas dir-se-a:

Studium aliquid ou hoc videndi, desejo de ver alguma cousa

ou esta cousa e nao studium alicujus ou hujus videndi, que quer dizer:

desejo de ver alguem ou este, e tambem: cupiditas vera cognoscendi

e nao cupiditas verorum cognoscendorutn, etc.

e em lugar de: dir-se-a:

impar onus ievendo sum, impar oner/ ferendo sum;aptus ad ierendum onera, aptus ad ferenda onem;operam collocavi in libe- operam collocavi in liberanda

rando patriam, patria.

I Observagao. — Com mei, tui, sui, nostri, vestri, ejus (genitivos dos'.' pronomes pessoais) o gerundio em di fica.invariavel, ainda que o substantivo seja

\i feminino ou plural, p. ex.: regina sui conservandi (e nao suae ccmservandae)causa urbem reliquit : Gern-ani in castra venerimt sui purgandi causa

;;. (para sejitstijicarem), e nao sui purgandorum).

Ill) Com os verbos intransdivos a unica construcao possivel

e a do gerundio, p. ex.: faculdade de perdoar os cidadoes, facultas

parcendi civibus; e nao parcendis civibus.

Qbservagoes.

1) Com os verbos depoentes que regem o ablativo

fruor, potior, utor, fungor, vescor, etc. (cf. n. 208, pag. 197), pode-se fazer amudanca de construcao do gerundio para a do gerundivo, p. ex.: expetunturdivitiae ad perfruendas voluptates ou ad perfruendum voluptatibus,desejam-se as riquczas para gozar os prazcres; hostes in spem venerant potiurido-

Page 292: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

1

K.i

11

I

292

runi casirorum ou potiundi ra«frj= „<;„:-• rapoderarcm do acamfamenS. Mas

S& ZZ7-tclT^T^ '""*"<» * *em Iugar de recte utendae sunt rlivJf?**m

,or

' 5e

-

cte u*-endum est divifjf

t;nham £:^r^jr^s^.^^^^jrfc r;tarT^mdxca exaWnte a forma e o valor primitive destes verbos^^ den«>«.

oemr.nn d„ /;/,„..j~j.uui =rales agere, anradecer ao.r d,-,,^.- „ . '

« 'VC( ( .

p. ex.: pro recuperata Hbertat " Hh7„ ' /USa ° PartldP'° P^feito

,

pcragao da libefdadc!i ''erlacC dlis Srates agere, a^W „„, ^,J

Tempus est proficiscl.

^4.4®?° ~ Com as frases impessoais tempus est fa™H

& ! ;consirucao do geriindio ou gerundive como a doS?

'||"*' n

- 4bl; a

> observacao, pag. 336).P g '

Bedit mihi libros legendos.

verbos do!°ttlofc"I1

n^^feSsT^ '°' ""T ^ °S

dmpxe^W; ^„ co/yw a ^«&zr, dedit corpus s-nelieii '.!»

Curt* para vtgi6rlo, SulU Jlag„rtW custodfend

«

m sut^"

&o lusum.

.

-urn) e o ^upl™ fenl"?^^ ?"pia° ?tiv

°,(em

sii3-.«f-1 , 1 f';,-^ ii 'fl ""-'• iJ1opnamente o sup no e an

vo p-trl ?rdSreIa

fl°' lend^a' &rCOp0; ° Se8'Undo em ca^ abla-

7^; de oeauer (propnamente com relacao a ser dita)

movime.ito nrsS™ P "T "-^ C°m °S verbos <3ue indicam

^\nTr P P4 T i'9Urad°' P°1S 6 exatamente nesfca funcao que-chca o7i„, a tendency p. ex, Hannibal revocatus est patriam

Page 293: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 293 —

defensum. Este supino traduz o infinito portugues precedido das

nreposicoes #, para, que depende dos verbos que indicam ir, vlr,

mvlar e oiitros semelhantes (verbos de movimento) e rege o caso

clo seu verbo, p. ex.: os embaixadores vieram para pedlr socorros, legati

venerunt postulatum auxilium j venho para ver os jogos, venio

spectatum ludos ; venho supticar-te, tibi supplicatum venio ',

vieram queixar-sc das injurlas, venerunt questum injurias.

Observagoes. — 1) Ouando, porem, sc exprime o objeto direto, preferem-

se outras construcSes, assim, em Iugar de legati venerunt pacem petitum,i encontra-se mais frequentemente ad pacem petendam ou pacem petentes ou

ut pacem peterent, etc.

2) Notem-se as seguintes frases: sessum recipio allquem, dou lugar a

aigucm para que se assenle; nuptum do, nuptuna colloco aiiquam, dar {umajopem) cm casamcnlo a alguem; eo perditum, mais eficaz que o simples perdo,

p. ex.: se suosque iverimt perdituxn, cles mesmos quiseram arruinar a si c aos1

ssus.

Res jucwiida audita.

' 406. — O supino passive (em -u) traduz o infinito por-

tugues precedido da prepoicao de, que depende de alguns adjetivos:

facilis, difficilis, jucuxidiis, utilis, honestus, turpis, mirabilis,

incredibilis,, fas e nefas, p. ex.: cousa agradavel de se ouvir, res

jucunda auditu ; admiravel de se ver; visu mirabilis ; cousa jacit

de se jazer, res facilis factu ; cousa ilicita de se dizer, nefas dictu.

Observagoes. — 1) Com os tres adjetivos jucundus, facilis, difficilis

prefere-se a construcao com ad, p. ex.: res facilis ad cognoscendum.2) Na prosa classica, os supinos em -u mais usados sao os seguintes: factu,

dictu, visu, auditu, scitu, cognitu, intellectu, memoratu, inventu.3) Este supino nao rege nenlium caso nem se une a adverbios, por consc-

guinte nao se dira: difficile est scriptu epistulam nem epistula difficilis est

bene scriptu.

§ HI

TEMPOS

USO DOS TEMPOS (*)

407.- -A acao ou enunciacao fcita pei.o verbo, podc-se considcrar em Ires

f tempos: a) presente, /-) passado, c) ju.iuro e em cada tempo a) coaio incomplcla ouWpermancnie c b) complete! .

O presents cxprimc-se: -

/) Pelo presente, duracao no presente: icyo, leio.

2) Pelo perjeito presenile ou logico, rcaiizacao rc'ativamente ao presente:

legi, li, (atualmente nao leio).

O passado exprime-se:

1) Pelo imperjeilo, duracao no passado: legebam, lia.

:-r v: : 2) Pelo perjeito historico, que exprime um fato acontccido no passado, scmjfrpfecencia ao presente, nem a sua duracao e realizacao: legi, li.

3) Pelo mais que perjeito, rcalixacao no passado: legcram, Icra.

(*) Todos os pontos da sintaxe do Uso dos tempos asinalados com um astc-

Jrisco indicam materia que pela sua importancia intrinseea ou pela concxao que tern

ficom outras partes da sintaxe, por exemplo com a regra da consecidio Lemporum,

llJjap se devem omitir em qualquer estudo, embora muito resumido da sintaxe latina.

Page 294: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 294 —O futuro exprime-se:

1) VAojuturo Impcrjeito, duracao no futuro: legara, lerel.r S) i- elo juturoperjeito, realizacao no futuro: legevo, tcrei lido.

Estes tempos dividem-se em:

( presenle,

a) Tempos principals- \ Pcrie '-to l°3i-° ou prcsente,

«;, I futuro impcrjeito,

|J^ juluro perjeito.

b) Tempos historicos\

imp?J. eU°: . .

secunddrios ou relativos: ) P-'Jf- l° luslorico ou narratifo ou aorwlo,{ mais que perjeito.

1. — Presente.

representfcomo" Zf^Z^t^^ *"« "»»*"* * du« "°—^ °« «,„. se

Usa-se como em portugues:

.crib.,^rjfc^'ftr.ii. p" ,

'

odi™'™i,e-''-°- : '»«ji* >«»".

aos scus; Caesar casira muniri jubet, Cesar mandaJcCJU 'lta-SC ( -J^-u-sc)

andamenfo natural df^^^uerT " "t™^ ^ ° P61^ <*Uando do

circunstancia especial' ?

'f"Zer sobressair c°™ ™aIOr vivacidade uma

que..

2) Notem-se as seguintcs expressoes:

leZ?et6W ^fUm r^mus, .accepimus, memoriae proditum est.

ait Cicero -mas cit ,1 "J P^-m v,?cnaus ("* est) apud Ciceronem ou ut

culanirdkPutktio.lus°' ^"^^ ut SCriptum vidcmus S" «Tus-

-odpi^pi^^^tts^Jetc^™S.Perfeit0: *~° (—neminem faHit/

'™ ''^'C°nstat

'C°nstat inter omnes

'nemo ignorat,

// coum lomou-se proverbial, in proverbii consuetudinem venitDa u,n proverbio grcgo, in Graecorum proverbio estOo/«o rf^ o proverbio, ut est in proverbio.

Page 295: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 295

2. — Perfeito.

409. — O perfeito latino subdivide-se era perfeito logico ou presente e empcrjeito historico ou narrativo ou aortsto.

a) O pcrjeito logico ou prescntc indica uma acao concluida no passado,

cu;'o cfeito dura ainda no presente, p. ex.: Deus creavit mundum, Deus criou o

mundo, e ainda o mundo subsiste; is mos usque ad tunc diem permansit,

cste costume jicou, e dura ainda.

Observacoes. — /) Por esta razao os perfeitos de alguns verbos se expli-

cam com o presente, indicando o estado que se segue a uma acao completa como

efeito da mesma, p. ex. :didici = aprcndi = sei; memini = trouxe a mentc = recordo-mc;

cogno'A = cor.hec'c-mc;=sci; percepi, perspexi = oh('J dixer, examinei, portanto = co-

nheco, sei, do mcsmo modo o inn is que pcrjeito de tais verbos tem valor de im-

perjciio: cognoveram, cu sabia; consueveram, ccslumava, etc.

2) Para exprimir uma cousa que sempre sucedeu ou costuma sucedcr, cmprologues usa-se, as mais das vezes, o presente; o latim, ao inves, usa ordinariamente

o perfeito, p. ex.: a. prcssa'arruina a muitos, festinatio multos pessum dedii ;

nenlium sabio ambiciona o dinheiro, nemo sapiens pecuniam concupivit. —Este perfeito chama-se gnoinico ou senteneioso, porque exprime uma verdadc

conhecicla de todos, uma sentenca.

b) O pcrjeito historico (narrative ou acristo) indica uma acao ou um estado

que pertence ao passado sem alguma relacao com o tempo presente, p. ex.: Homerusfait et Hesiodus ante Romam candiiam, Archilocus regnante Romulo,serius poeticam nos accepimus. Amiis fere DX post Romam conditamLivius fabulam- dedit, Homero e Hcsiodo viveram antes da jundacao de Roma;Irqu'doco no tempo de Roma; nos cultivamos a poesia, muilo mais tarda; somcnle

juinhentos e dez anos depots da jundacao de Roma Livio (Andronico) nos den o drama;

v.eni, vidi, vici, cheguci, fie vend.

Qbservacao. — Em portugues emprega-se frequentemente o imperfeito,

quando em latim se usa mais exatamente o perfeito, p. ex.: Lisias era jitho de

Cejato Siracusano, Lysias filius fuit Cephali Syracusani. Dizemos tambemcomo acima dizia, como tu dizias, etc., em latim: ut supra dixi, ut supra mernora-vi, ut dixisti com o perfeito.

c) O perjeito passivo forma-se com o participio perfeito e o verbo auxiliar

esse, notando-se:

/) Que o participio com as formas sum, es, est, forma ordinariamente o

pcrjeito logico, isto &, exprime a 3980 naoem ato, mas em efeito, p. ex.: templumslausuni est, o temph joi jechado, e ainda continua fechado; Roma a Romulocondita est,joijundada e subsiste ainda.

11)0 participio com fui, fuisti, fuit, indica que uma cousa se acliou emtempo dcterminado ou por qualquer tempo no estado significado pelo verbo,

p. ex.: bis deinde post iSJumae regnum Janus clausus fuit, duas vezes depots

do reino de Numa o tc/nplo dc Jano jicon jechado.

qu

3. — ilmperfeiio.

410. — im.pcrjcilo inclica acao que Jura no passado, p. ex.: heri, cumpraeterii, janua patebat, onion, quamlo passe.i, a porta estava aberta.

Usa-se:

a) nas narracoes para cxpor as cjvcimstancias que acompanliam o fato

principal, que se exprime por mcio do perfeito ou do presente historico. Por outra,

o perfeito (tarnbern o- presente historico) expoe a serie dos fatos que se sucedem,Bpsimperfcito descreve, pelo que se usa nas dcscricocs dos paises, dos fenomenosInaturais, das batalhas, dos caractere;.; etc., e para indicar opiniocs, quizes, senti-

Bixientps experimentados pelo sujeito da proposicao, p. ex.: Caesar AlesTarn cir-

curEivaSiare iristituit. Erat oppidum in colle summo, cujus coilis radicesduo duabus ex partibus fiumina sublucbant. Ante id oppidum planitiespatebat ; reliquis ex omnibus partibus coiles oppidum cingebant, Cesar

Page 296: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 296 —

mcce a coluias rodeamm-na de todas os outros (ados^ ™iend^ uma X-

na descriclo animada, par.? n licar SoToS?"

1 ^\ ^^^ hist6"cc

a

Sdo .mperfcito descritivo os latinot ,,t,nP

1

SUCessao d™ "contecimeiitbs, em l''™

Cicero c Cesar so „a ;'pr„p SS"'""?

'

nfin;f° ('t*^juncoes temporais cum/ cum fa^en «Sm K? ? * meS,"° dep°is das "m-omnia parare, festive coge're eSm TVi "Y1

?terim **«*&

moliri, Ciceroni consul! insidfa.'f^-Catilina Romae multa si "I

Cicero, prcparava incendios, etc»"«to cousa,,, armava msldias ao consul

Com ;nKn ; to h ;st6rico o su.

e.

to fica sempre ^ nom.

nat.

vo

d.scebam omnes na Grecia tolas aprend^nT'^isla "^^ auuia»'

iterative) o^- Carkaff^^3 periodica™<^ no passado (imperfeito0»^^;^«S£^ lK^S' ^^ Wni "*» -aLnPtur

r!

e

t

idades posteriores, encontra-se tambem no subiuTti o t^^ ™T? ^r° nasdum popularis sceleris sui adi^f suo;untivo p. ex.: cued ad jrusjuran -

pUces da conjuracao..."digest..., auerendo mduzir ao juramento os cim-

4. — Mais que perfeito.

^storleo.k^°™^^^^i^fe ^^ eSPTieS: ^°mtima relacao com este mesmo passado comVo nSS't, J mp° Passado< esta emPyrrb, temporibus jam Apollo ve.su °fo°^' ^ para ° Presen^ p. ex.:o ordeulo de Apolo ce/sara ded,trespoTas IT deaeratw* "<"^w ^iV™ "

perfeitos com o valor de presente & n 409 tl™^ ^S*,^ pek^ l os

xnemxneram noveram/etc. t^LrdfL^r^' "'^ 295>< p " « =

Passada. / ex, eStulamtrip^^f """^ a°,C™<^ d* outra acao

ad eum Laelium, CipfaJZi^^hZ?*?' CUm puer nu"«^vit venire-C^/o. ^ M

' rfwera ^fo> ?"««^ o «/w anunciou a chegada de

curso mterro^^' ~/iefce^i

?,°^is

pH-P^feii°

"Sa"Se para reatar ° dis"mam et spedfm/Jto^^^•fc^^,^ *ua dixeram rei for-Ou em geral refere-se a urn temvowerTjLZ ' ?lae/f'z m"W° hd pouco.P- ex.: ea re cognita, rurs^s?|Vo^7p" '

Sen' V1EIVeI

^e!a?a° com »«*« a?ao,

c/«c ^ Fevcrclro.'Wameme hnham adiado o projeio da matanca para os

usa-sc es5cialrnV

en t

e

e l^uZ^!tx ^ ° VaIor C'C ™Perfcito ou perfeito,

Hannibal, ^^ ^/ "^f" 4"^f°"su.

1 venit jap ex stativis movcrat'nenlos.

C"^ou a P^cencia, ja dnibal saira dos acanlona-

£• — Future.

veniet mo^TttuW^t'cieritcr^/"^" *¥* a ^^^e no future, p. e:

que cm latim se cxprime COm Inat r'

exa«d-to n '" "^ f°

hrf ° SCU "s0 ""^c

se reahza ou sucedc uma acaoTvor e^mnl„ I^ P°r£ue«^ ° tempo cm quecom mais exatidao: parllrci amanhZ rr\=- e l

™ dlZe,"os: Parl° amanha, e o latin,sc encontra: Lentulus hodle apud m P«2 ^°^"d° tambe- Cm Cfce '

/><*'*• M me'cras mane vad*..., aman/ia de manha

_^

Page 297: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

111111

'

— 297 —

Observacao. — Vice-versa, em algumas frases portuguesas, para exprimir-

se mais discretamente um pensamento, usa-se o future em lugar do presente latino,

o ex • saberds sew. duvlda que. ..etc., probe scisnao scies, etc.

:. /;) As vezes, na linguagem. familiar e nas sentences, o futuro imperfeito

substitue o imperativo e indica uma exortacao, um conselho, p. ex.:_ valebis et

mea negotia curabis, passu ban e culda dos mens negdclos; hoc vitabis, hoc

facies, evita Islo e Jaze Islo.

c) Ojuluro perjello indica acao futura, que sera concluida antes de outra

tambem futura, p. ex.: Caesarem cum videro, Arpinum pergam, quando

tlver• vislo Cesar, segulrel para Arpino.

Sobre o uso deste tempo notc-se:

I) Nas proposicoes principals em lugar do futuro imperfeito usa-se cm

latim, especialmente pelos comicos, o futuro perfeito quando se quer exprimir mais

vivamente o efcito pronto e seguro da acao, que se considera ja passada antes que

se tenha realizado, p. ex.: multum ad ea, quae quaerimus, exphcatio ..ua ista

profecerit (adlanlard); especialmente com videro (videris, etc., verei, vcras, etc.)

unido a mox, post, alias, paulo post, posterius, p. ex.: sed videro hoc posterms,

. mas Islo verel em seguida; quae fuerit causa, mox videro, em oreve vera qualjoi

\ a causa.

\II) Nas proposicoes dependentes observe-se:

1) Se a acao da proposicao secundaria suceder contemporaneamenle a da

orincipal, exprimem-se ambas com o futuro imperfeito ou com o futuro perfeito,

'p. ex.: faciam, si potero, jarcl se pudcr; naturara, si sequemur rmcem, nun-

quara aberrabimus, se segulrmos a aniureza como nosso gula, nunca erraremos;

verum, opmor, viderimus, ram dixerint, masveremos quandojalarcm; gratissi-

Bium mihi feceris, si de araicitia disputaris, jar-me-ds causa mui agradavel

si dlsputares sobre a amlzade. • > j • •i

2) Mas se a acao da proposicao secundaria for anterior a da principal,

deve-se exprimir em latim com o futuro perfeito, p. ex.: Kcmaai curn venero, ad

te scribara, (quando chegar = quando liver chegado) a Roma escrever-te-ei;siraul(.a.c)

aliquid audiero, scribam, ad te, asslm que ouvlr{ = asslm que tlver ouvido)qualquer

cousa, escrever-te-el.

Observacoes. — 1*) Em portugues, em muitos outros casos, exprimimos

duas acoes nao contemporaneas com dois verbos contemporaneos (dois imperfeitos,

dois presentes); em latim exprime-se, ao inves, com um tempo anterior a acao que se

da antes. Isto sucede muito frequentemente com as conjuncoes quando, sempre

que, etc., p. ex.: Verres quando via uma rosa, (todas as vezes que...), pensayaque entao

comecava a prlmavera (antes via e depois pensava), Verres cum rosam viderat turn

ver incipere arbitrabatur ; sempre que vou a qulnta, ate o^estar desocupadomc

delelta (antes vou a quinta e em seguida me deleito), cum in villain vein, hoc

ipsum nihil agere me delectat (cf. n. 483, a, II, observacao 1.).

2*) futuro perfeito daqueles verbos cujo perfeito tem valor de presente

(Cf. n.'409, a, observacao, 1, pag. 295), corresponde em portugues ao futuro miper-

feitb, p. ex.: meminero, rccordar-me-el; cdero, odiarei, etc.

d) futuro perifrastico forma-se com o participio ativo e os tempos

do verbo esse e serve para indicar que alguem esta (estava, esteve, estara) para ou

tem a intencao de fazcr alguma cousa, p. ex.: scripturus sum epistulam, lenho

Intencao de escrever uma carta; prefectures eram ad te, cum ad me irater tuus

venit, estava para ir fer conligo, quando vela Ur comigo leu Irindo. A difercnca entre

o futuro perifrastico e o simples futuro e evidente nesta passagem de Cicero: orator

eorum, apud quos aliquid aget aut erii acturus mentes degustet oportec,

\c neccssdrlo que o orador eslude as dlsposicoes daqueles perante os quaes arengara

ou deverd. arcngar (Cf. n. 388, pag. 283).

Observacoes.

1) futuro perifrastico e frequentc nas proposicoes con-

diconais, quando se quer exprimir sob qual condicao deve relizar-se uma cousa,

.p. ex.: me igitur ames oportet, si veri amici futuri sumus, 6 necessdrto que

i medmes a mini (nao as minlias cousas), se kavemos de sc.r verdadclros amlgos.

2) Cornelio Nepos c Livio exprimem a acao iminente tambem com a trasc

esse in eo ut, scr Iminente... nada jaltar para, p. ex.: cum jam in eo esse ut

oppido potiretur, eslando quase para se apoderar da cldadc...

Page 298: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 298 —

USO DOS TEMPOS NO ESTILO EPISTOLAR

415. —-Ouando transmitimos a urn ausente os nn«A, „samentos, imagmamos que lhe estamos falando no momentn^""que lhe escrevemos; os latinos, ao inves, faziam a suposSo de f Tno memento em que o ausente lia a carta. De acoXcSi e,t

"terio, quando referiam cousas relacionadas com o m0mcnfo et "*escreviam: muincnto em que

a) Usavam o pcrjeito ou o impcrjeito quando nos emn„mos o prcsente, p. ex, nada lenho aue cscreer-le, isto e LX el78&'

te escrevia nao tinha nada aue escre.er-le JniMl habeba-^T "tscnberem. _ Diz-se ,« e /« fe «,>,* fe„2 na e^pres^fuTdo^feJCre/la dlZla -se f" tu * tinlias saldo bem na ILreT '" U

P ex • onljTm

° -*T '"'^"fo qUand° n6s usam°s o ^«&p. ex.. onion Cesar janion comigo= no dia anterior hauele em «te escrevc, Cesar tinha jantado comyo = p*id e clZLZ "!?

Sr:£«S*^-&«

^^=^r|...,^^ 3;!c/ ;o^^> const.tero; nunc erara pla...

I ortuguSs. ' q C n ' 1 ll,,sua ,atlna se Podcm usar os mcsmos tempos do

Page 299: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

i.5^8. ....

— 299 —CAPITULO VIII

2.° SINTAXE DM PeOPOSigOES DEPENiENTES

§ I

NOCAO DO PERIODO

414. — a) Ouando a uma ideia principal se acrescenta nmcerto numero de ideias acessorias que a completam e a explicam, oconjunto harmonico, que resulta dessa disposicao, chama-se periodo,palavra grega que significa circular, porque as proposigoes nao sedispoem em linha reta, mas a primeira como que reentra circularmen-te na ultima.

b) periodo portanto consta de proposigoes principals ouregentes e de proposigoes dependentes ou secunddrias ou subordinadas.

Proposigdo principal ou regente e a que exprime a agao; asproposigoes dependenies ou secunddrias ou subordinadas sao as queexprimem as circunstancias de tempo, de lugar, de modo, de fim,de causa, etc., e se unem a proposicao principalpor meio depalavras,que, pelo seu oficio, se chamam conjuncoes5 como, p. ex. : porque,quando, enquanto, ajim de que, embora, mas, etc., porque sao comoaneis que unem as proposigoes dependentes a principal, p. ex.:tambem os mestres, quando ensinam, aprehdem alguma cousa;Xerxes queria destruir lodos os templos da Grecia porque os Gregosconstrangiam os deuses a fIcarem presos entre quatro paredes,ao passo que eles queriam passear per todo o universe.

As proposigoes dependentes, portanto, podem ser:

I) Subjetivas, as que servem de sujeito a uma proposigao,p. ex.: I loucura confiar na fortuna — consta que Roma foi fun-dada por Romulo.

IT) Ob/'eticas, as que servem de objeto direto a acao principal,p. ex

;: Cesar ameagou destruir a cidade.— Temo que.meu pai me

castlgue. — Duvido que nao estejas bom.

_

III) Temporals, se indicam circunstancias de tempo daacao principal, p. ex.: os Gauleses invadiram a Galia Cisalpina ej'un-daram Mdao, quando reinava em Roma Tarqulnio Frisco.

IV) Causais, se rcferem a causa da acao principal, p. ex.:os Tarquliuosjoram repelidos, porque se iinham tornado tiranos.

V) Finals, se indicam o fim da acao principal p. ex.: comemospara viver, nao vivemos para comer.

VI) Consecutivas ou correlativas, se indicam a consequenciada acao principal, p. ex.: a violcncia do jogo joi tal que destruiua cidade.

Page 300: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

300

VII) Modals ou comparatims, se estabelecem uma comna™,

oafalT'

a PJ°P?Sir Palpal, p. ex, do mesmo modo ^u"o falar e proprio do homem, anim 6 dos boh o mugir; recZendacousa, como se fosse tua.

recomendo-te

VIII) Relafwas, isto £, as formadas por urn nronom,adverfao relafavo, p. ex, 6ti.no 6 o ll.ro, que ensina ! coXta? \"

.

7^ Condicionais, se indicam a condicao de que denenrln

-A

O PERIODO LATINO

415 — As linguas modernas, emcgeral, tern mai's fenrUSr. • ^

para a coordenaSSo, isto e, para colocar os'onceiC PZLts a m"

M cl1nado\P,

rTS^eS PIindPais

;O Iatim, ao inves, mostra-sT mal^

itclinado- a subordinate, isto e, a exprimir com uma proposicsS11 Tt™ rCeit

° P-

in~Clpa

ie a S/°rdinar °S --e?t7s°eTnXt" 1i'S P^o^oes dependentes, p. ex, Antigono combcZ.

"If Seleu«>' Luimaeo e joi morto no combale, Antigonus cum "*

aaversus Seleucum Lysimacumque dimiiaret, iT ™el£

o^ f uma t09utira e lanca-se nas chamas com todos os seus tesournl <

Sardanapalus victus m regiaxn se recipit, ubl exfeuSaTncen -saque pyra, et se et divitias suas in Incendium mittit

DEPENDENCIAS DOS TEMPOS

(Consecutlo temporam) "J

teeralment^'•"^•E^ poriV^& nas Pr°POsicoes dependentes usa-segeralmente o indicative, o latim, ao inves, prefere o subjuntivo e nor ^

do subjuntivo nas mesmas proposicoes dependentes, que podem serregKks por con;un95es subordinates (ut, lie, quln S cum "tc )por pronomes ou adve-rbios relatives, por partLlas interrojatlvas.'Note-se que a acao da proposicao dependents node ser

A)~

p.

•"I.

1

Ilk

(present, do b^^TtlKvo 11^ ^^^T

^

logico ou n^P-,^. „ ; Jsut);untivo, do imperativo, um perfedo

Ite to^Juntbo, se a acao for contanportoua;b)o perfedo do sufyuntivo, se z a&o ior anterior;

sis,^i^li^^^-^ *****" com sim,

•lip

SIMillfill

Page 301: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Proposicao principal

Nescio, nao sei

(Nescivi, perf. presente ou logico= ignoro

Nesclam, nao saberei

Nescivero, nao terei sabido *).

— 301 —Proposigao dependente

quid dicas, o que dizes

quid dixeris, o que disseste

quid dicturus sis, o que diras.

B) Se na proposicao regente houver um tempo historico(imperfeito, perfeito historico, mais que perfeito do indicativo e sub-juntivo) na proposicao dependente encontrar-se-a:

a) O unperjeito do subjunL'wo, se a acao for contempordnea;b) o mats que perfeito do subjuntwo, se a acao for anterior,c) ojuturo do subjuntivq(conjugacao perifrastica com essem,

esses, esset), se a acao for posterior, p. ex.:

Proposicao principal

Nesciebam, nao sabia

{Nescivi, nao soube

Proposigao dependente

quid diceres, o que dizias

quid dixisses, o que tinlias dito(i\ escwi, nao souoe < quid dixisses, o que tmhas ditoNesc'werSm, nao tinha sabido *). ( quid dicturus esses, o que dirias.

Observacao. — Se o verbo carecer de supino, ou mesmo, tendo-o, forusado passivamente, em lugar da conjugacao perifrastica com sim, sis, etc. (se naregente houver um tempo principal) e essem, esses, etc. (se na regente houver umtempo historico), recorre-se a circunlocucao de futurum sit at... com o presentedo subjuntwo depois de um tempo principal e futurum esset ut... com o imperjeilodo subjuntwo depois de um tempo principal e futurum esset ut... com o imper-jeilo do subjuntwo depois de um tempo historico. Por exemplo:

Depois de um tempo principal:a) Nao duvido que tute arrependerds deslejeito, non dubito quin futurum

sit ut te paeniteat hujus facti.b) Nao duvido que esta cousa sera realizada por ti, non dubito quin futu-rum sit ut haec res a te conficiatur.

Depois de um tempo historico:a) Nao diwidam que tu te^rrependerias {irias arrepender-te) desie Jato, non

dubitabam quin futurum esset ut te paeniteret hujus facti.b) Nao diwidava que esta cousa seria realizada \iria ser realizada) por ti,

non dubitabam quin futurum esset ut haec res a te conficere-tur (cf. n. 422, Segundo caso, a, pag. 309).

(*) A correspondencia dos tempos latinos entre a proposicao principale dependente obedece sempre a estas regras fixas, mas em protugues a cousa passa-seum tanto diversamente, pois a dos tempos da nossa lingua nao esta sujeita a leistao rigidas e inflexiveis, mas dirige-se mais por um conceito logico do que por umtemP°_ gramatical, istb e, a contemporaneidade, anterioridade e posterioridadeda acao da_ subordinada com relacao a principal conhece-se mais pelo conte.-cto(por adverbios, por exemplo) do que pelo tempo" empregado. Por exemplo, a nossairase: eu nao soube o que disseste, pode indicai- tanto" contemporaneidade: eu ontemnao soube o que ontem disseste, como anterioridade. eu ontem nao soube o que dissesteante ontem. Em iatim, porem, por causa da sua consecutio temporuin, e impossivelo equiyoco: em nescivi quid diceres as duas acoes sao contemporaneas e em nesciviquid dixisses e evidente a anterioridade da subordinada com referenda a principalou regente Aos gramaticos Portugueses compete esta questao e nao aos latinos.Usenhor Julio Ribeiro em sua gramatica trata da correspondencia dos tempos,mas mfehzmente sem nenhuma referencia a relacao logica temporal entre a regentee a subordinada.

•M

fis

AconlPI

T

eto parece-nos o estudo dos senhores Pacheco da Silva Junior >

e Lameira de Andrade em sua Gramatica da Lingua Portuguesa.

Page 302: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

302 —

1 I Jm"' ^UaS °U maiS Pr°P°si?3es dependentes coordenadas estao todas no tempo e modo que exige a principal resent*"ego satis scio quxd amicus tuns fedat et quid fecerit Squid facturus sit, conhego suficientemente o que tea amlgo faz fez

\

Jard; frater mihi narrabat, quid amicus faceret et quid VjK/«r>i

acturas esset- * <™— - <- *

*

«&* Nota. — 2) Se uma proposicao dependente de

'

mo(insub; Untivo depende de outra secundaria tambern no subjunti^o°

sen tempo, enteral, se regular* pelo da proposicao dependenteque o rege; assim depois do subjuntivo presence e perfeito Xobservacao), observar-se-a a dependent dos tempos'^ principal,depots do subjuntrvo unperfeito e mais que perfeito, a dosXmpos histoncos, p. ex.:

P.!

6SS6tnesciebam quid causae

J _cur nihil ad me

( fudsset

nescio quid causae \ cur nihil ad me j

^^ **

fueritf scripseris

I scriberes

( scripsisses

escreves

{escreveste

i escrevias

,hnhas escrito

(sempre quando po^l^ct^^T^l t^oT °Tr^ P"nc!PaIpaS 271) ou como tempo hist6ri», I 'p^ ^e^Te noTf T~*

Ch "' ^' ?'dos tempos principals como a dos tempos I isto-ico n A P £ ' 'ant° a regSncIapecunia fuerit, quae potueHt £a~S,P j ?"fca,au' qMnf8i!t«

est qui nonerodierit-fi&um nee dotleft ^^^ ^^^ ?^a PeloP^dum, <;^n& a culpa de Pelon- ,^e^tl'^^n SSet ^uidqae curan-

<fe«Vkr que nijirUdt^TT^rVn^^ »Q ™*ate dxvxiiae sint? quem poderiaeras, nequaedveris =noHZZZ^I^'^ 'T™' Quld S* fat"™»

V noil qu ttei erv.; ,iao perguntes o que acontecerd amanha.

sejanao sei qual

jraoiwo por que nada me

( jossenao sabia qual

jmotivo por que nada me

{ tenha sido

A -j -,

3 ~ *^ Q-Pwente hlstSrlco (Cf. n. 408 d naa- ?941e considerado pra como- tempo passado fferrmn 1^7' ' 1P S ' j

se deve ^i&^rC^tS "iST'^^^^ica materia <^e °*>quatquer estudo, embora muito resumido, da lingua laiina.

Page 303: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 303 —marem as armas para dejenderem a liberdade comutn. VercingetorixGallos hortaiur ut communis libertatls causa arma capianiou tambem eaperent.

Observagao. — Nao e rauito raro o caso de se altera,irem as ciuas cons-tru?oes_na mesma proposicao, p. ex.: Caesar Labieno scribit, ut quam nlurimasposset lis legionibus, quae sunt apud eura, naves instituat, Cesar'escrem aLabieno que pclas legioes que mandava, jizesse constrain o niaior numero poss'wel dcnavios.

* b) O mesmo deve-se dizer do presente nas citacoes {presenteliterario, cf. n. 408, c, pag. 294), p. ex.: E'squin.es insurge contra Demos-tenes porque cste, sete dias apos a morte dajilha, linha jeilo sacrijlcio,

. '-Eschynes in Demosthenem invehitur, quod is, septimo diepost filiae mortem, hostiam immolasset (immolaverit) ;

Cleanthes docet, quanta vis insit'(inesset) caloris in corpora.

c) As locucoes tributum est, exploratum est, statutumhebeo, coactum teneo e semelhantes, que correspondent a um per-feito (cf. n. 394, pag. 286), para os efeitos da consecutio tetnporum,se consideram como presentes, p. ex.: statutum jam habeo quidmihi agendum putem,ya decidi o que devo fazer; generi aaiman-tium omni a natura tributum est ut se, vitam corpusque,tueatur, Joi concedido pela natureza que todo o genero de animaisse dejenda a si, sua vida e seu corpo.

* Nota.— 4) O perfeito presente ou logico (cf . n. 409, a, pag.295), especialmente quando tern significacao de presente, p. ex.:novi, eu sei; memini, lembro-rne; consuevi, costumo; etc., equivalegeralmente a um tempo presente, p. ex. : novi quid egeris, memini-sti quid dixerim, sei o quejizeste, lembras-te do que eu disse; tandemcog.nosti ( = scis) quis sim, finalmente sabes quern eu seja; oblitussum (=nescio) quid initio dixerim, ignoro o que eu tenha ditoantes; audivi {ouvi = sei) quid agas, sei o que jazes.

* Nota.— 5) Se uma proposicao secundaria de modesubjuntivo depende de um infinite

:

a) Se o infinito for presente onjuturo, a proposicao de penden-te regula-se pelo verbo que esta. na proposicao principal, p. ex.:Aristides negat, quidquarn utile esse (ou quidquarn sejactumm)quod cum honestate pugnei, Aristides ajirina que nada e uiil

(ou que nadajard) que esteja em coniradicao com a honradez. — Aris-tides negabat, quidquarn utile esse (ou quidquarn se jacturum)quod cum. honestate pugnaret, Aristides ajirmava que nada. erautd (ou que nada jarid) que estivesse em contradigdo com a honradez.

b) Se o infinito for perfeito, a proposicao dependente q uasetsempre depende do infinito e segue a dependencia dos tempos histori-cos, p. ex. : Aristides negat(negabat, negavit) quidquarn se commi-/sisse quod cum honestate pugnaret, Aristides ajirina {ajirmava,ajirmou) que nada ele jez que estivesse em contradigdo com a honradez.

Page 304: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

304

Nota. — 6) Uma proposicao secundaria que depende deurn participio, supino, gerundio, adjetivo ou substantive-, tornao tempo que seria exigido peio verbo finito em substituicao doparticipio, supino, adjetivo, etc., p. ex.: haec facts Ignorans (= e t

Ignoras) quae futura sint, jazes Isto nao sabendo(=e nao sabes)o que acontccerd. — haec faclebas ignorans ( = «' Ignorabas) Qua'efutura essent, jazias Isio nao sabendo ( = e nao sablas) o que la acon-

tecer. — Athenienses mittunt Delphos consultant ( = ei consulunt)quidnam jaciant de rebus suis, os Alenienses mandam a Deljos

„a consullar ( = c consultant) o que devem jazer a respeito de suas cousas

II mas miserunt consultant (=et consuluerunt) quidnam jacerenlM mandaram a consultar ( = e consultaram) o que deviant Jazer...; coxisti-m txt rex mcertus( = et dubitabat) quid ageret, o rei deteve-se incerto

Ik! acerca do que devla jazer.

f

J

Nota. — 7) As vezes o tempo da proposicao dependenteI-Jf

na° se regula pelo tempo da principal, mas segundo o tempo de umiff

mciso <3ue se acna entre a proposicao principal e a dependente, p ex •

f'leuravit Servius Tullius, quod semper in re republica tenen-

§<|dum est, ne plurimum valeant plurimi (Cic, Rep. 2, 22)procurou Servlo Tulio que os tnais nao jossem os mais pod'erosos,cousa que sempre se deve procurar num. estado.

Nota. — 8) Um tempo presente na regente nao pode influirsobre uma dependente que deveria ter tambem, se independentso seu verbo no imperfeito do subjuntivo, p. ex.: quaero ex te, curC. Cornelium non defenderem, pergunto-te porque nao teria devido -

defender C. Cornelio (Cf. n. 370, b, pag. 269).

^Noia._— 9) As proposlcoes finals e as .objdivas que depen- tdem aos verba tunendi nao tern o subjuntivo futuro, embora indiquem ;j

ou possam indicar acoes posteriores a da principal — encontram-se ' *os mesmos tempos da contemporaneidade, isto e, o presente ou o im-

jperfeito, p. ex.: nao quero ser aprovador, para nao parecer bajulador, -j

nolo esse laudator ne vldear adulator; Cicero nao querla ser..!, 1Cicero nolebat^ esse laudator ne vlderetur adulator ; — temo que

''

leu pal nao tejac.a boa recepgao, llmeo ut te pater benigne excipiat(mclhor que: excepturus sit); lemia que leu pal nao te jizessa umaboa recepgao, tunebam ut te pater benigne exciperet (melhor que: **''

excepturus esset)."'

_ ^Nota. — 10) Dcpois .das conjuncoes comparativas quasi,

proincte quasi, ut si, tanquam (si), velut (si), &ic, ( = como se..)as quais, como em portugues regem o subjuntivo, o latim observamais que o portugues a dependencia dos tempos,, isto e, quandoo verbo da proposicao principal esta no presente ou no futuro, o dadependente esta no latim no presente do subjuntivo, se a comparacao '

diz respeito ao presente; no perfeito do subjuntivo, se diz respeito aopassado. Em portugues no primeiro caso, se encontra o imperfeito,no segundo o mais que perfeito do subjuntivo, p. ex.: ita tibi rem

Page 305: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 305 —cpmmendo, tanquam si tua sit (portugues: como se fosse tua);angimur tanquam Hortensio acerbitatis aliquid acciderit(portugues: ajligimo-nos como se tlvesse acontecido a Hortensio utnaqualquer desgraga).

.Observagoes. — /) Nao faltam tambem na lingua latina exemplos de

imperfeitos e mais que perfeitos do subjuntivo depois de um tempo presente ou:: futuro.

2) Nos outros tempos concordam as duas lmguas, p. ex.: tanquam deregno dimicaretur, ita concurrerunt, enfrentaram-se como se se disputasse oreino.

Nota. — 11) Merece reparo especial o imperfeito do subjun-tivo usado especialmente por Cicero para exprimir um fato ou umasentenca que se verifica em todos os tempos e portanto tambem nopresente; neste caso a lingua portuguesa usa habitualmente o presen-te, p. ex.: Bias dicebat eum vere infelicem esse, qui infelicita-tem ferre non posset, Bias dizia que e cerdadeiramente injeliz aqueleque nao pode suportar a desgraga; Apelles pictores eos peccaredicebat, qui non sentirent quid esset satis, Apeles dizia que erramaqueles pintores que nao tern o sentimento do que e suficiente; Socratesdicebat omnes, in eo quod scirent, satis esse eloquentes, SScra-tes dizia que todos no que sabem sao eloquentes.— Contudo, as vezes,tambem em latim se encontra a mesma constru5ao do portugues,p. ex.: hie, quantum in bello fortuna posset et quantos ajferatcasus, cognosci potuit, entao joi poss'wel verijicar quanto o acasopode numa guerra e quantas circunstdncias impreoitas traz consigo.

Esta dependencia dos tempos 'historicos para as maximasgerais vale tambem quando elas dependem de um perjeito do indicati-vo, p. ex.: turn Lentulus, scelere demens, quanta conscientiaevis esset, ostendit, entao Lentulo, louco pelo crime, mostrou quao grandee a Jorga da conciencia.

Nota. — 12) Com rela5ao a consecutio temporum nas pro-posicoes consecutivas cf. Proposigoes consecutwas ou correlativas n460, 461.

§ II

PROPOSIGOES SUBJETIVAS

As proposigoes subjetivas tratamo-las no n. 376, pag. 273e n. 377, pag. 274 no estudo que fizemos da sintaxe do modo Injinito.

§ HI

PROPOSIQ5ES objetivas

417.— As proposigoes objetivas que dependem dos verba sen-tiendi, declarandi, voluntatis e affectuum foram estudadas porextenso nos n. 378-385, pag. 275-280, na sintaxe do modo Injinito.

Gram£tica Latina, 20

Page 306: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

"1

— 306 —]

J

Para completer o estudo das proposicoes objetivai acrescen'

Itamos os segumtes numeros: ^rescen-|

timendif~ "*"* M P"*08*8" °***™» depois dos vc,-!,a

//. — as objetivas depois dos verba impediendi,

///. — as objetivas constmidas com a conjuncao quin .

'j

/. - PROPOSIQOES OBJETIVAS DEPOIS DOSVERBA TIMENDI

Timeo ne pater aegrotet. \

418. — «)Seo verbo que rege a proposicao objetiva tnr $um verbo de temer verba timendi) p. es, timeo, metuo, vereor -1metus est, perzculum est, in metu sum, timor subka^m'etc., a proposicao constr6i-se Com ut ou ne non ou ne e <TSS *txvo^com ut ou ne non se se deseja que a cousa aconteca com n

"

^se nao se dese;a, p. ex.: temo que n~ao possas suportartantar^'' ^vereor «t sustinere possis tot labores; ZoVeTeJ/afZ'e %casUgue vereor ne pater me puniat; receio que meupaTltZ^ timeo ne pater aegrotet ; temo que raeu Jai nao ,X timeo

'

'

nnpSem"^^^ «" <*? **"""* ^^ -tonW • |Esses verbos consideram-se como tendo em latim constru

' 4cao oposta a que tern em portugues. Ao que portugues correspond™ne latino ao que nao corresponde em latim out ou ne non

(Pag. 300)

StTa

a

n.T(prsUf04)

teinPOrUm^^^ »" ^ '

non tim?o,Toalet^QCdi8t°

S

ti'^P 'T'f^ USad°S ™S*«van,ente(=

-aa,^r;;s^ )vereor ne add tirciide, ne <ruid stirtfp f-,tV ~ ; ^ aconteca, p. ex.: non

a-vc,a^^r;^j^^^^^^-^ etc.) c^ando se".

opinion! horninura non resnonde^t ,,£?/' P ' f yereor ne iua virtus

c#>. .

*) .Vereor (raramente metuo, timeo) com o infinito pre-sente sigmf.ca nao ouso, nao me atrevo, kesilo, temo de fczTluma $cousa, p. ex, vereor hoc dicere, nao me atrevo a dlzeJlt -Non 1vereor com o mfinito significa: atreeo-me, p. ex, non vereor hocdrcere, atrevo-me a dizer isto.

X h°Ci

ll?

Page 307: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 307 —

II. — PRQPOSICOES OBJETIVAS DEPOIS DOSVERBA IMPEDIENDI

Non impedio quominus proficiscaris.

\ 419. — Ouando a proposicao objetiva for regida de verbos

\r|ue indicam um impedimento (verba impediendi), como impedio,

j cteterreo, detineo, obsto, obsisto, resisto, recuso, repugno,i prohibeo, officio, intercludo, etc., a proposicao objetiva constroi-

Ise com ne ou quominus e o subjuntivo. Algumas vezes, se a propo-

f sicao principal for negativa, tambem com quin, p. ex.: IsScrates

1 estava impedldo dejalar em publico por causa da debilidade da sua voz,

J. Isocrates infirmitate vocis ne in publico diceret irapediebatur

j ou quominus in publico diceret ; a idade nao cos proibe de amara agricullura ate a extrema velhice, aetas non Impedit quominusagri colendi studia teneamus usque ad ultimum tempossenectutis ; Epaminondas nao recusou sojrer a pena da lei, Epami-nondas non recusavit quominus legis poenam subiret; quete impede de ser jeliz ? quid obstat, quin sis beatus? IlisUeu

de Mileto se opos a que se executasse o deslgnio, Histiaeus milesiusobstitit, ne res conficeretur ; nao itnpeco que partas, non impedioquominus proficiscaris.

Observagoes,-— 1) Interdico constroi-se sempre com ne.

2) Com impedio e prohibeo omite-se o, acusativo do objeto quando seconstroem com ne, ao passo que se pode exprimir ou omitir o objeto quando cons-truido com quominus, por ex.: pudor impedit ne exquiram (menos bem:impedit me); mas: pudor impedit (ou me impedit) quominus exquiram,

W§j^; :

:: o pudor me pro Ibe de Lnvcsitgar.

Impedio, prohibeo, recuso se constroem tambem com o infinite, p. ex.:

os Betgas proiblram aos Cimbros que entrassem nos sens lerritorios, Belgae CimbrosI intra fines suos ingredi prohibuerunt ; quem recusant morrer pela pdtrla ?! pro patria mori quis recuset? a doenca nao me pennite sair de casa, morbus- me impedit domo exire.

'I J) Com impedio, prohibeo, intercedo, ainda que negativos, nuncaseusaquin.

f ,• 4) Notem-se as seguintes frases: per me (te, eum, etc.) stat ou fit quo-«tf minus (ou ne)... depende de num. que nao — impcco que... — mini non est religio

.yy

.

quominus id faciana, eu nao tenko escriiputo em fazer cslo.

•$

,|jIII — OBJETIVAS CONSTRUIDAS COM A

jCONJUNCAO QtHN

.-• )

)Non dubito quin virtus sit amabilis.

420. — a) Ouando a proposicao objetiva vem regida dosverbos que indicam nao duvidar, nao pensar diversamente, sempre comforma ou valor negativo, p. ex.: non dubito, dubium non est,

Page 308: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Si

308 —

qms dubitat? nulla causa est, non recuso, nihil praetermitf^ou mtermitto, non multum abest, pouco jalta que; nihil ab4t'nulla causa est, quid causae est? facere non possumnao posso menos de...=de»o fieri non potest, nao node 7erque naor deve necessariamente; temperare mihi non possumretineri non possum, nao posso conter-me que nao; non abSsuspuao quin, nao jalta a suspelta que... etc., a proposicSo objetivaconsirw-sc com a con,ugacao consecutiva quin ( = ut non) e o subjuntivo, p. ex.: nao duvido que a vlrlude seja amavel, non dubito"qum virtus sit amabihs; nao podemos impedir que outros pensemdcversamente de nos non possumus quin alii a nobis dissentiantrecusare

;nao ha d&nda que as cousas prevlstas sejam mats gravel-non est dubmm qum omnia praevisa sint graviora

j quern da<nda que o mundo sejagovernado pela dwma Providing? quis duvi-tat qum Dei providentia mundus administretur?

b)0 verbo non dubito construido com o infinite significasunplesmente nao liesdo, p. ex.: Codro nao hesltou em sacrljicara pr6-prta vLda pela pdtna, Codrus non dubitavit pro patria vitam

P?m£io.qUWaiS maiS Ae"-'"«» conjiar, ludo uaicamcnlc a

dubito hoc°fe3ieS

/,

Ve-?° d

~Ubit° Tm .

infinifo significi hesito, naoouso, p. ex.-"uuoico noc lacere, hcnlo, nao ouso jazer Uto.

dubito om-n ^ a difer^ca entre'as duas frases: non; dubito quin... e nonauoito gum... non. Non dubito quin, nao diwldo que =cstou cerlode auc n »v •non dubito qum legiones venin™» ={,^ „*„ J..,, j. _.,'•_ de <?".c' ^ ~-j £.- . "• V"11 uuuil -u qum, n«o aiwido que. =estou cerh dp nur

naoduMoaii^ I ~' P' -*" ^°" d "jblt° quin le§'^^^ vanturae non sint,"

7 ^"" 'la0 "'V™ Pam »ir = u{0UCerlo de; que as Legloes nao

PARTICULA QUIN SUBSTITUINDO O PRONOME

Nemo est tam fortis, quin rei noviiate perturbeiur.

421 —a) A particula quin pode-sc usai- tambem comopronome relahvo em Iugar de nominative quin non (sing, e plural),quod non e raramente o feminine quae non, depois de nemo est,nullus est, mhd est e depois das interrogates retoricas (equi-valentes a proposes negativas) que se abrem com auis est?

1

RELATIVO 4m ms

Page 309: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

km

— 309 —

Nos demais casos: cujus non ; cui non ; quern noa, quam non,

quod non ficam separados, p. ex. : nemo est tarn fortis quin ( = quinon) rei novitate perturbetur, ninguem e tao jorte que nao se per-

turbs pela novldade da cousa; quis est quin (=nemo est quin)

cernat quanta vis sit in sensibus? quern e que nao { — nao hd

ninguem que nao) ve quanta, jorga hd nos senhdos? nulla tarn detes-

..'.tabilis pestis est, quae non (menos bem quin) homini ab hominenascatur, nao hd pesle tao dxtestavel que nao chegue ao homem pelo

homem; nihil est quin ( = quod non) male narrando possit

depravari, nao hd cousa que inal relatada nao possa ser des-

virtuada.

b) O quin poc'e tambem ter o valor de sem, setn que ( Cf.

n. 386, e, pag. 281), mas se exige que o verbo da principal seja sempre

negatwo n'a forma on no valor; se o verbo da principal for posltivo,

deve-se usar qui, quae, quod non com o subjuntivo, p. ex.: mxnx~

quam aceedo, quin abs te abeam doctior, nunca de tl me acerco sem

me ajasiar mais Inslruldo; non temere fama nasci solet, quinsubsit aliguid, nao se dd um boaio sem que haja algum jundamento;

nulla dies intercessit, quin scriberem, nao passou dia sem que

eu Le escrecesse; mas dir-se-a. sempre: Alexander Magnus nullani

obsedit urbeixx. quam non ceperit e Caesar nullam gentemadortus est quam non vicerit, porque o quin substitue unica-

mente o caso nominativo: Alexandre Magno nao sltlou cldade sem que

a tomasse ( = que nao a tomasse), Cesar nao acometeu nacdo sem que

a vencesse ( = que nao a vencesse).

Como se supre em latim o subjuntivo future

422. — Se o verbo da proposicao objetiva indica o future,

carecendo o subjuntivo latino dc uma forma especial para o futuro,

nas proposicocs dependentes com quin 0:. tambem nas iutcrroga-

tivas indiretas), empivga-se um circunioquio que obedece as regras

seguintes:

Page 310: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

310

Prlmeiro caso — Se o verbo for ativo e tiver supine:

a) para o future imperf.

I

1) na dependincla dos tempos principalsusa-se o presente perifrastico do sub-juntivo:

Non dublto (dubitabo) quin meamaiurus sis.

Non dubito quin hancfrem con-feciurus sis.

(Nao duvldo [diwldaret] que tu meamards ~ que tujards esta cousd).

2) na dependincla dos tempos hlstorlcousa-se o imperfeito perifrastico do sub-;untivo:

Non dubitabam (dubitavi, dubita-veram) quin me amaturus essesNon dubitabam quin banc rem

confecturus esses. (Nao diwldava[ diwl-

aei,t

duyidara} que tu me amarias— que

tu jarias esta cousd). (Cf. n. 416 A c-B, c, pag. 300).

' '

|;

H

b) para o tuturo perfeito\

/ 1) na dependincla dos tempos principals

J

usa-se o perfeito perifrastico do sub-juntivo:

Non dubito (dubitabo) quin meamaturus fueris — Non dubito quinbanc rem confecturus fueris. (Naoduvido {duvidarel} que tu me terds amadoou: terms amado ]

— que tu terds Jelto[ ou: terias felto ] esta cousd).

2) na dependincla dos tempos hlstorlcosusa-se o mais que perfeito perifrasticodo suo;untivo:Non dubitabam (dubitavi, dubita-veram) T^n me aimaturusl fuisses—-Non dubitabam quin banc remconfecturus fuisses. {Nao duvldava[duvidei, duvidara] que tu me lerlasamado — que tu lerlas jelto esta cousas).

Page 311: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

i il

311

IT

Segmido caso — Se o verbo for ativo, mas carecer desupine ou, mesme fcendo-o, for usado passivamente:

1) na dcpendencia dos tempos principals usa-seo circunloquio futurum sit tit e o presentsdo subjunlivo:

I vox act.: discas latinumsermonem — hujus rei te

,paeniteat (iu aprenderds a

Non dubito 1 lingua latlna — te arrrepen-(dubitabo) ! derds desta cousa).

quin futurum.

sit ut j voz pass. : a te amer — haecAvz'o duvldo (du- I res a te conficiatur (seret

vidarei) que\amado por ll— esla cousa

\ serdjelta por ti).

a) para o fut. imp.2) na dependencia dos tempos hlsldrlcos usa-se

j o circunloquio futurum esset ut e o Imper-jelto do subjuntlvo:

Ivoz at: disceres I. s. —hujus rei te paeniteret

Non dubitabam| (tu aprenderlas ail. —(dubitavi,! te arrependerlas desta cousa.dubitave-

J

ram) quin(futurum esset

jvoz pass.: a te amarer —

ut I haec res a te confice-Ndo duvldatwj retur (serla amado por ti

(duvcdei, duvida-- — esla cousa seria jella porra) que \ ti).

(Cf. n. 416, B, c, obscrvacao, pag. 500).

Page 312: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

312

"m

1) na dependencia dos tempos principals usa-seo circunloquio futuram sit ut e o perfeifndo subjuntivo: J

b) para o fut. perf.

/ voz at.: didiceris 1. s . —|

hanc rem confeceris{fu

|ferds[ou:terias} aprendido

\a L [. — fu tends[ 0U -

]terias] jeiio . esta cousa).

1voz pas.: a te amafus sim

I — haec res a te confectaF sit (fer/a jy's^ ama^ por fL

.e,r& C6'«j-a teria sido feita

2) «a dependencia dos tempos histdricos usa.seo circumlogmo futurism esset ut e o maisque perjedo do subjuntivo:

Norrdubito(dubitabo)

quin futurumsit ut

Nao duvido (diwi-

darei) que

Non dubitabam(dubitavi,

dubitave-ram) quin

futurum essetut

Nao duvidava (du-videc, duvidard) que

Ivoz at.: didicisses ]. s. —hanc rem confecisses (tuterias aprendido a I. L —

\terias jeito esta cousa).

v

\voz pass.: a te amatusI essern — haec res a te1 confecta esset (teria sidoamadopor ti — esta cousa

' teria sidojeita por ti).

if

Page 313: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

313

llSl

J

!

lltUi

juturo perjeito do subjuntivo ianto na dependencia dos

tempos principals como na dos historicos, na voz passiva e depoente,

supre-se elegantemente com uma forma mais breve, isto e, como perfeito e mais que perfeito do subjuntivo, intercalando-se futurus,

a, um %

1) dependencia dos tempos principals em lugar de:

Iverbo pass.: a te

I amatus slm\(teria*r sido amado

ncn dubito quira futurum si ut,'

por ti).

nao duvido que \

iverbo dep.: profec-

[tus sis

\{terias partido).

dir-se-a:

(verbo pass.: a te amatus futurussim

(leria sido amado por ti).

quinjNao duvido quel verbo dep.: profectus futurus sis

'. {terias partido).

int. perf. I 2) na dependencia dos tempos historicos em lugar de:

verbo pass.: a te

amatus essem(teria sido amado

non dubitabam quin futurumjpor ti)

esset ut \

Nao duvidava que § verbo dep.: pro-

f

fectus esses

\ {terias partido).

dir-se-a:

iverbo pass.: a te amatus futurus

non duhitabamt essem

Qule / {teria sido amado por ti)

Nao duvidava quel verbo dep.: profectus futurus esses

[terias partido).

».fii

Page 314: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

314

.

Terceiro caso — Ouando a ideia do tempo futurn n1 ,pusa;:ao dependent ap arecc'sulicientemente peloTontexto^

a) para o hit. imperf./

/ coz^ at: aon dubito/quin^ banc .rem mox

|(brevj, jam, aliquan-do) conficlas, nao du-vido quc cm brcpe f dtempos principals

usa-se o simplessubjuntivo pre-sente

2) na dependencla dasi

tempos hlstorlcos

usa-se o simplesswbjuntJvo irnperfeito

jesta cousa.

t'oz pass.: non. dubi-to quln haec res mox(brevi, jam, aliquan-do) a te conficiatur,nao duvldo que em breve

{

esta cousa serajelta por' tl.

voz at: non dubita-bam quln banc remmox (brevi, jam, ali-quando) conficeres,nao duvidava que embreve j'arias esta cousa

voz pass.: non dubi-tabam quln haec resmox (brevi, jam, ali-quando) a- te confi-ceretur, nao duvidavaque^ cm breve esta cousa•yeria jeita por ti.

Page 315: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

315

b) para o i'ut. perf.t

voz at: non dubito quinhanc rem mox (brevi,

J

jam, aliquando) confe-

Iceris, nao duvldo que em

l)na dcpcndencca doslbreve terds (ou: terlas) jedo

tempos prlnclpais\esta cousa.

usa-se o simples.^

subjuntivo perfeito\wz pass.: non cmbito

Jquin haec res mox (bre-

fvi, jam, aliquando) a te

[confecta sit, nao duvido

• que em breve esta cousa

\terla sido jeila por tl.

i voz at.: non dubitabamquin hanc rem mox(brevi, jam, aliquando)

confecisses, nao duvldava

2) na dependencla doslque em breve terlas jeito

tempos hlstorlcos)esta cousa.

usa-se o simples \

subjuntivo m. q. jvoz pass. : non dubitabam

perfeito

1

quin haec res mox (bre-

vi, jam, aliquando) a te

confecta esset, nao duvl-

\ dava que em breve esta cousa

ter'ia sidojelta por tl.

Observacao. — Nestes cxemplos a ideia do tempo futuro esta contida no

adv-rbio mox (brevi, jam, .aliquando). Outras vezes, porem o futuro result* dc

uma inteira proposicao, por ex.: Roscku tgestalcm suam se laturum putat, -nhac

indigna suspicion liberates sit, Ro-scw pensa qut suporlara a sua pobreza,j, ,

fare Jeila. Indigna suspeila - ou resulta da naturez* da proposicao dependence

que se refere sempre ao futuro, p. ex.: curat ut valeat — ou da propria sigmf.cac.ao

da proposicao principal, p. ex.: exspecto quid evemat.

Page 316: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 316 —

§ IV

PROPOSIQOES INTERROGATIVAS

'

c) As propcsicoes tanto diretas como mdireias formaro.se:

I) Com os pronomes interrogativos '

emis, quid, os senscompostos e uter.

II) Com os adjetivcs pronominais quails, quantus, quod,etc.

1

v .

425;~ a) As proposicoes interrogativas dividem-se -»mairetas ou mdependentes e indiretas ou dependentes. Podem V*

sex samples, sc constarem de uma so proposicao: duplas ou disiun|T "VaSj SC constarem de m "is membros, que se excluem reciprocamente.

b) As diretas formam-se com uma proposicao no indicative "^ou no sub;unhvo dubitativo, p. ex.; quern maUdouto do que Jtistotele^quis doctior Aristotele? Quern poderla duoidar que a vlriude s-la^s esitmavel <?uc as nquezas? quis dubitet train virtus po+W

»,. ' QlVltllS sit?"" ~

If , ,

As interrogacoes mdireias formam-se com uma nrooosicgo

IIdependents e geralmcnte depois de um verbo (diceadi ou sentWdi)

M na P"nciPai-Como proposicao dependente exlge semore o ,>'bjuntiJ

||p -

et

:

"f""" quefazer, nescio quid agam j ^/a^. /« ctyfc ^^ ^

*"7we &eviajazer, mcertus eram quid ageiem.

177) Com os adverbios ubi, quo, unde, cur, quare,quando, etc.^ '

IV) Com particulas interrogativas especiais, p ex • x-enum., ncrane, utrum, an, etc.

" '

Obssrvagao. — A interrogate .di'reta as vezes so so indica nor meio dotorn da voz sen, nronome ou particula intarrogativa, especIaWent^nallnKi^cmpopular ou quando uraa pergunta se refere a toda <m,proro,K* n e - fen" '\

potwt;ego „op potero? S/Az^ eu nao podcrcl ? Vol fCritei

P^Wr onafa, aequo ammo servitutcm toloratf n ? , , J ,< , >,..

,

;/, , ,: , ] £ , „ . ^rf" ,°

PRONOMES INTERROGATIVOS

Quis doctior Aristotele?

424. — pronome interrogative em portugues e: que,quem, e se traduz em latim: ..

r ° ''

• >

U) QlIis

.'quJd

' <3uancl° funciona como substantivo, p ex.:quis aoctior Aristotele ? quem 6 mats s&blo que Arlstdtetes ?

Page 317: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

!'-'-J$ggKW*

— Si? —

0) Qui, quod, quando funciona como adjetivo, p. ex.:

^we trepidacao, que tumulto e este? quae trepidaiio, qui tumultusest?

c) Por uter, utra, utram, quando se fala de dois, p. ex.:

quern e maior, Cesar ou Pompeu ? uter est major, Caesar an Pom-peius? quern e melhor, o pal ou o jllho? uter melior est, pater anfilius?

d) Quid, pode ser acusativo de relacao ou de exclamacao.Como acusativo de relacao tern o sentido de ad quid, cur, p. ex.:

eloquere, quid venisti ?./«/«, para que vleste?

Como acusativo de exclamacao chama a atencao para asinterrogacoes que se seguem, p. ex.: quid jurisconsult!, quid poxi-tifices, quid augures, quid philosophi series? quam multamemmerunt?.e os jurlsconsultos, e os pontlflces, e os dugures, e os

velhosfllosojos, etc.

e) Quantos traduz-se por quot ou quam multi, nao quanti,que em latim significa qudo grandes.

CONJUNQOES INTERROGATIVAS

Quando profectus est frater?

425. — As principais conjuncoes interrogativas da linguaportuguesa sao: quando, porque, como.-

Quando, interrogativo, traduz-se em latim por quando,nunca por cum, tanto nas diretas como nas indiretas, p. ex.: direta:

quando partui teu irmao ? quando profectus est frater? indireta:

jaze-me saber quando teu pal voltou, fac ut sciam quando paterredierit.

Cur senatum cogor reprehendere?

426. — a) Porque, interrogativo, traduz-se por cur nasinterrogacoes diretas, por quare e quanaobrem nas indiretas, p. ex.

:

direta: porque partlu Cicero? cur profectus est Cicero? porqueme acho coagido a censurar o senado ? cur senatum cogor repreliexi-dere? indireta: multos perguntam porque partlu Cicero, quaeritur a

" multis quare Cicero profectus sitj jaze-me saber porque naoveto tcr trmao, cura ut sciarn quare non venerit frater.

b) Porque nao traduz-so regularmente por cur non e o in-

dicative e tambcm por quin com o indicativo, principalmente quandohouver urna ideia explicita de mandado, p. ex.: quin me remorsu-rum petis? porque nao me assaltas a mlm, que eslou pronto a retrl-

biur-te do mes/no modo? quin taces? porque nao calas?

Page 318: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

318

V.

fl

Quomodo mortem filii tulisti?

427. — Como traduz-se em latim por quomodo e quemad-modum, quer nas interrogacoes diretas, quer nas indiretas, p. ex.:como suportaste a morte do f'dho ? quomodo mortem filii tulisti?

Observances sobre as conjuncoes Interrogatlvas. — As vezes encontra-secur tambem na mterrogacao indirela; quare e quamobrem raramente na direta-qui, como, em vez de quomodo, usa-sc exclusivamente com os verbos fieri e posse

•'

ut, como, empiega-sc na indireta c quase exclusivamente depois dos verba sentlend'le declarandi, p. ex.: quid est cur iili vobis comparand! shit? qual a razao porquese possam cles comparar convosco ? qui fit ut nemo vivat sua sorte contentus''como e que ninguem vlve contenle com a propria sorlc? videtis, judices, ut omnesOespiciat? vedes, 6juizes, como cle despreza a lodos? vides ut alta stet nive can-didum Soracte? ves como o Soracte esla branco pela muita neve?

INTERROGAQAO DIRETA

PaRTICULAS INTERROGATIVAS NA INTERROGAQAODIRETA SIMPLES

Vidistine regem?

428. — Para a interrogacao direta simples usam-se as par-ticulas ne, nonne, num e an.

A particula ne, porque enclitica, vem sempre posposta eunida a palavra mais importante que deve ocupar o primeiro ou osegundo lugar, raramente o terceiro, da proposicao. Emprega-sequando a resposta e indeterminada, isto e, quando a resposta podeser tanto afirmativa como negativa, p.ex.: viste o rel? vidistine re-gem? voltou feu pai ? rediitne pater?

Qbservacoes.— 1) Em regra, ne nao se repete noma serie de interrogatesque se seguem, ao menos que se deva unir o ne a uma palavra repetida mais vezes eque exija uma resposta, p. ex.: fuistisne ad arma ituri? fuis'tisne vos ad pa-tnum ilium aninium majorumque virtutem excitaturi?fuistisne aliquandorem pubheam a funesto latrone repetiturl? querlels iomar as annas? qaerieisdespertaraquela coragem patrla e de vossos antepassados? querieis jlnalmente retomara repdblica a tun maljadado ladrao?

2) Umas poucas vezes ne espera uma resposta afirmativa (como nonne,p. ex.: r.ao i verdade que cle punka loda a jclicidade da vida unlcamenle na vlr/ude?videturne omnem hie beatairt vitam in una virtute ponere? (Cle Tusc 512, 35). — (cf. n. 429, b, obs. I, pag. 319).

Rarissimas vezes o ne espera uma resposta negativa (como num), p. ex.:in nostrane potestate est quid meminerimus? esla. talvez em nosso 'pokerrecordar o que queremos? (Cle. Fin. 104).

3) Na Iinguagem popular a particula ne unida a certas formas apresenta aapocope doc final, p. ex.: tun? por tune? ten por tene? men por mene?- Unin-do-se a um s final perde-se o s e o e final da enclitica, p.ex.: vin? por visne? viden?por videsne? satin por satisne, etc. — Unindo-se a particula demonstrativace, torna-a ci, p. ex.: hicine, haecine, hocine (cf. n. 70, d, pag.-75).

Page 319: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

m

' — 319 -

Nonne Cicero eloquentissimus oratorum romanorum?

uma res-f*42®' — a) Nonne emprega-se quando se espera „.„„. lv^

W, ) posta absolutamente afirmativa, isto e, quando se pergunta nao para,

,.i saber, mas para afirmar mais energicamente uma cousa, por ex.:i;\ nao e Cicero o mais eloquente dos oradores romanos? nonne Cicero

; ^ eloquentissimus oratorum romanorum?: b) Ouando se seguem mais interrogates para as quais{ se espera resposta afirmativa, na primeira usa-se nonne, nas outras,1

non, p. ex.: nonne vobis haec, quae audistis, cernere oculis

)

videmini, judices? non ilium miserum, ignarum casus sui. I redeuntema cena videtis?non positas insidias? non impetum

;!

|repentinum? non versatur ante oculos vobis in caede Glaucia?

! non adest iste T. Roscius? nao vos parece, 6 julzes, verdes com os

\prdprios olhos o que ouvistes? nao vedes aquele pobrezlnlio que incon-

\ ciente da desvenlura volta da cela ? nao vedes a emboscada ? nao vedes o

;

repenhno assalto? nao vedes adiante dos vossos olhos GL&ucia perpe-.

\trando o crime e manchado de sangue? nao vedes este Tito RSscio?

\..-|As vezes se encontra tambem repetido o nonne, especial-

'; mente quando se quer fazer sobressair a insistencia.

j

Observagoes. — 1) As vezes encontra-se ne em lugar de nonne, especial-

j raente nas argumentacoes por exemplo, quando se quer demonstrar com urn exemploi umaassercao antecedente com videsne? videmusne? videtisne? formas estas

quasi sempre seguidas do subjuntivo com ut, p. ex.: v£detisne at apud Homerumsaepissime Nestor de virtutibus suis praedicet? nao vedes como Nestor em

|Romero inudissimas vezes se qaba das suas virludes? em lugar de nonne videtis

t apud Homerum... Nestorem... praedicare? nao ves {vemos, vedes) como injeliz-

j

mentejnudas vezes o homem e lobo para o proprio homem? videsne (videmusne,% I videtisne) ut nimis saepe homo homini sit lupus? (cf. n. 428, obs. 2, pag. 318).

J 2) Cicero costuma reforcar uma interrogacao direta com quid? {como?)quia emm? quid ergo? quid igitur? p. ex.: quid? ille M. Cato nonne eio-

|

quentia summa fuit? como? aquele celebre Catao nao /oi ialvez de eloquencla. i insuperavel?

A Num Caius Marius major est quam Caesar?

430. — Num. emprega-se quando se espera uma respostanegativa, isto e, quando se interroga nao para saber, mas para dai-

ly ~i maior forca a negacao, p. ex.: por ventura £ Caio Jldrio malar do que'< -^ Cesar ? num. Caius Marius major est quam Caesar?

Obseivacoes. — 1) Num pode ser reforcado com o acr&cimo de ne, quid,p. ex.: deum ipsiiin numne vidistis? acaso tendes vos visto esse dens? numquidduas habetis patrias? ialvez tendes vos duas pdlrias?

2) Em lugar de num quis? num quid? pode-se iisar ecquis? ecquid?P- ex-: ecquis me vivit fortunatior? nemo.

An potest quisquam dubitare?

i"l 431. — An (anne, an vero) usam-se em lugar de num~'i

ejautras poucas vezes, especialmente depois de uma outra interroga-

•|

,

?ao, em vez de nonne, p. ex.: an potest quisquam dubitare?

L_.

Page 320: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

•i

— 320 —

talvez que pode alguem duvidar? quidnam beneficio provocatiracere debemus?£an imitari agros fertiles, qui multo plusefferunt, quam acceperunt? que devemos fazer quando prowcadospela beneficiencia de outrein? ndo devcmos tios imitar os camposjertelsque ddo muito mats do que receberam ? {Clc, De Off. 1, 15, 48).

PROPOSICQES TNTERROGATIVAS DUPLASD1RETAS

Utrum hoc est verum an falsum?

432. — Ouando a interrogacao tern dois membros, chama-seinterrogativa dupla ou disjuntiva, e entao emprega-se:

a) Utrum no primeiro membra, an no segundo.b) Ne enclitico no primeiro membro, an no segundo.

* c) Nada no primeiro membro, an no segundo.

Observagao. — O an das letras a, b, c, repete-se em todos os membrosseguintes de que consta a interrogacao.

d) As vezes o simples ne enclitico.

Por exemplo:

( Utrum hoc est verum an falsum?Isto e verdadeiro oufaUol

JVerumne hoe est an falsum?

jHoc est verum an fal§um?[Hoc verum falsumne est?

i Utrum luges an rides?

Chorasouris? JLugesne an rides?

j Luges an rides?

( Luges ridesne?

As duas primeiras formas sao as mais frequentes (tambemna interrogacao indireta); a terceira e a quarta, mais raras, encon-tram-se especialmente nas interrogates breves.

Se as proposigoes duplas diretas (o mesmo se diga das duplasindiretas, n. 434 e.das dubitativas, n. 438) constarem de mais dedois membros, que se sucedem por meio da conjuncao ou, as que seseguem as primeiras duas unem-se entre si por meio da particukan, p. ex.

: Romamne venio, an hie maneo, an Arpinum fugio?Vou a Roma ou jico aqul ou jujo para Arpino ? (cf . a obs. entre asletras c—d desse mesmo numero).

QbseryacSes. — /) A interrogacao ou nao, com a qual no segundo membrose nega o primeiro, cxpnme-se com an non e as vezes tambem com necne com ousem repehcao do verbo. Neste caso o primeiro membro quasi carece da partfculainterrogativa, p. ex.: vtstlar-im-ds amanlia ou nao? visesne' me eras an non?saoestasasluas palat'rasou nao? sunt haectua verba necne?(6Vf Tusc 3 18 41)

A

Page 321: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 321 —

2) No segundo termo de uma expressao comparativa em lugar de_ an se

..icontra tambem qnam, p. ex.: nonne mavis sine periculo tuae domi esse,

aaatn cum periculo alienae? nao prcjeres tu achar-lc cm tua casa scm perigo a

•) •har-tc com perigo cm casa allieia? (Cic. Fam. 4,' 7, 4).

/'

INTERRQGACAG INDIRETA

\^ Particulas. interrogativas na interrogacao

1 INDIRETA SlMPLliSSi

Scribe collocutusne sis cum Cicerone.

I433. — Tambem a interrogacao indireta pode ser simples

I ou dupla (cf. n. 423, a, pag. 316). seu modo e o subjuntivo. modo

Jindicative so se encontra no latim popular e arcaico.

|Na interrogacao indireta simples usam-se as particulas:

I a) Ne (enclitico) e num=« na duvida de uma resposta

"i afirmativa ou negativa, p. ex.: quaeritur idemne sit pertinacia

I et perseverantia, pergunta-se se e a mesma cousa a pertindcia e a

]pe.rsevera.nga; scribe collocutusne sis cum Cicerone, escreve-me

\sejalaste com Cicero.

•Jb) Nonne = se nao, quando se pressupoe a resposta afirmati-

| va, p. ex.: quaesieras ex me nonne (se nao) putarem tot saeculis

A inveniri verums potuisse, tinhas-nie perguntado se eu nao pensava

\ que em tantos seculos se iwesse podldo encontrar a verdade; responde

4 nonne sit Cicero maximus oratorum romanorum, dize-me se

1 nao e Cicero o maior dos oraddres romanos.

jObservagao. — Depois dos verbos que indicam lentar, csperar, p. ex.:

'! conor, video, experior, tento, exspecto, o sc ou sc por acaso pode-se tambem

\ traduzir por si, p. ex.: vide si cuncta prospera sint, vc la sc lodas as cousas andam

]' ban; exspectabam si quid de eo ad rne scriberes, espenwa que me cscrcvcsscs al-

*| gama cousa a rcspe'do dele; Helvetii si perrumpere possent conati sunt, os

\ Helvecios experimentaram sc podiam abrlr um caminho; exspecto si quid aliud

.] dicere velis; hostes tentabant si egredi possent.

-a Os participios destes verbos podem tambem near subentendidos, p. ex.:

i hostes circurnfunduntur ex omnibus partibus (tentantes) si quem aditumreperire possent, os inimigos cspalham-sc cm loda a parte para ver se podem encon-

f/'| trar uma cnlrada; clam e castris exjerunt, si quid frumenti in agris reperire

possint, as ocultas sairam do acampamenlo para procurar sc cnconlravam no campa-\\ um pouco de trigo.

X PROPOSICOES INTERROGATIVAS

J DUPLAS INDIRETAS

1 -. Quaero utrum hoc verum an falsum sit.

l| 434. — Nas interrogacoes duplas indiretas, o emprego das

particulas e o acima mencionado (cf. n. 432, pag. 320). O verbo vai

para o subjuntivo, p. ex.: pergunto se isto e verdadeiro oufa'lso,

Gramitica Latina, 21

Page 322: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

322

utrum hoc verum an falsum sit.

quaero 7 verumne hoc an falsun; .-,!i

\ verum'hoc an falsum sit.

\ verum hoc falsumne sit.

Pergunto se choras ou ris,

|utrum lugeas an rideas.

quaere ' lugeasne an rideas.

|lugeas an rideas.

v lugeas rideasrae.

tr.A°.b«?rvaS5es - — I) Se o segundo termo for espresso com ou nan

*.iraduz em latim com necne, maxs raramente com an non, p. ex. dii utrun^-

S

f'*

necne smt quaentur, procura-sc se os dca.es eccUlcm ou nko- ex teJl ?Ult "!

CorintSfs

f

aS

,raS ^^P^unio-U se „, startsJTa/^^ t^

2) Utrum..., anne. A particula an nas interro°-acoes dimli* £ ireforcada pela enc itica ne Jer em correspondSnd

"^°u1rS quer'^^ 1enchlica ne nao altera o valor da interrogacao, p eK • auaer~nd,,m Zlt

Aspecies et longitude sit earum, ^tfuris*^^^^T^*^'':r e

fec<w)« ^"'^ cum interrogetur, tria pauca sint, anne '.,.,[ ,(Cicero)... se tres cousas e pouco ou muito. < «™e mnlta^

™<,f *!' ^ An"T\,an P°r utrum -" a" pertence exclusivamente ao uso poetico <•

"1

post-cUssico.- Utrum... an non, utrum... necne sao formas do periodo clIssTco"4

mas raras, p. ex.: quaeram utrum emeris necne et quo modo et ouaL !

emeras, perguntare,. se co.nprasic ou n~ao e em nuai moJo c a que p°c7{Clc. $err

A RESPOSTA LATINA j

Fuistine heri in schola? Fui. -i\

435. — A) A uma mterrogacao' direta, se a resposta i

lor a) posihva, o iahm responde:'

.\

o. . "^ Repetindo a palavra mais importante da pergunta, p ox'''"

"»stine hen m schola? Resp.: Fui; abiit frater. — Sol—? V*resp.

:Jsoms ^dasne aut manere aaimos post mortem r.. , . .„-.

te ipsa merire? do vera; admiies que a alma humana sobre.be ao \corpo ou mo/re com o corpo ? Sim, adtnito.

II\ Com ita, ita est, ita.vero est, ita plane, ita prorsus,p. ex.

:haecine tua domus est? ita j e esta a tua casa ? Sim 6 esta.

., ., J11 "* Com et'm™-, sane, sane quidem, omnino =«

dWLda. Com vero quase sempre precedido de urn pronome, p. ex.:visne sermon, rehquo demus operam sedentes? sane quidem,

|queres hi que conlinuemos o discurso escando sentados? Sim quero ~>j

Page 323: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

325

J>) Se Q r-esposta for negativa:

I) Repetiodo a palavra mais importante da pergunta prece-

dida de bob, p. ex.: esine frater intus? non est, estd em casa tea

irrtme ? Nao estd; venitne frater tuus? non venit, ceio teu irmao ?

Nae veio soltisae venisti? non solus, cieste so ? Nao.

Non usado sem verbo como resposta na interrogacao e raro.

II) Con non iia, minime, ininime vero, minime...

quidem, nihil minus, p. ex.: an tu haec non credis? minimevero, nie Mcreditas tu estas cousas? Nao por certo.

III) Com immo, immo vero, immo eniravero quando

se quer rectificar ou contradizer uma pergunta, p. ex.: causa igitur

»on bona est? Immo optima, a causa entao nao e boa? nao so

boa, mas ate 6tima. Catilina tamen vivit. Vivit? immo vero etiam

in senatum venit, contudo, Catilina vive. Vive ? ate vem ao senado.

B) A uma interrogacao indireta, se for positiva, responde-

se era latin* repetindo a palavra sobre a qual cai a pergunta; se for

negatim, usaia-se as mesmas formulas da interrogacao direta.

§ V

PROPOSICOES DUBITATIVAS ,

43,6. —=- Analogas as proposicoes interrogativas indiretas sao

as proposicoes dubitativas, que dependent dos verbos ducidar, estar

ria d&vidaj nao saber, estar incerto e semelhantes, que se traduzem

com baud scio, "nescio, dubito, dubium est, incertum est.

Tambe,8a as proposicoes dubitativas podem ser simples, se constarem

ete ma so membra; e compostas, se constarem de dois ou mais mebros.

Nescio ou dubito an modum excesserint Romani.

437. — Quando a diivida constar de urn so membro, isto e,

de uma so proposicao dependents exprime-se em latim com o modo

subjuntiva com as particulas an, an non, num ou ne (enclitico),

e propriamente:

a) Usa-se an (baud scio an, nescio an, dubito an, nao set

se nae) quando na incerteza se quer exprimir uma certa propensao

para o sim, p. ex.: nescio ou dubito an modum excesserit, nao

sei se ele nao tenha excedido os limites (talvez ele os passou); nescio

ou dubito an modum excesserint Romani, nao set, assim Livio,

se os Romanos nao tenham excedido a medida (talvez a passaram na

defesa da Iiberdade).

b) Usa-se an non (nescio an non, haud scio an non,nao

sei se, nescio an nemo, baud scio an nemo, nao sei se alguem;

' nescio an nihil nao sei se alguma cousa), quando a. propensao e

Page 324: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

T~

— 324 —para o nao, p. ex.

:haud scio an nihil sit amicitla dulci,,, ~set se ha cousa mats suave (talvez nao) mj, n • j Ws

' "fatibi quod nescio an nemU acontluZ Uo"^ £"***aconteceu (talvez nao) * ^/w; haud sdo an kon hoc^it

"V

J&nao set se tsto seja melhor (penso que naoV hW •

Kie!1Usverum sit, n

~ao sei se lsto «%^^^J** an— hoc

venturusne sit amicus, nao sec ednu „lJ""™8,

8^ amicus 0unolito facere quod duw£° ™'»g tt^W^™ * "B^*« </««<&, que seja Liciio.

' jaga* ° qUe nTw ™bes

Dubito utrum hoc sit verum an falsum.

sempre c;m o^JHTJe 1^ exP rimem-se

f°U se omite a particula; no sSol^i^^"^^ °U ne

| primeiro omitiu-se a part.4hfTt. ^ (

V ^ **' qUand° no

Rj A i ... .

' /utrum hoc sit verum an falsum?

dututo, nescio, mcertus sum {rerumr'e hoc sit an falsum.

. I hoc verum sit an falsum.Werumhoc falsumne sit.

5 Nao set se choras ou ris,

\{ ,

utmm ^geas an rideas.

i . Nescio / «*geasne an rideas.

| |higeas an rideas.

M •.

-Uugeas rideasne.I'

iMais exemplos:

fs«,_ fn jal proferfufou"rS:": £ %f ;

parli*U' ***° utrun* Romae

I'"

" mudo tempo sc devla cLilxar o 'cowand^ou 'rr<?J ^ ^oreccus;D;anis : dui ,ldou

,

e" {e.va c°WaLutar-me~cont; o 0l - w^ ^ T ;ra M.™ ™.'>S ,re /, ^an timeam.

"'' ^.'1Ji« Jftuo. nescio, gratuleme libs',

{jfdubita^ -»^^»-^^^rnsw!:r

'

videc nsi"iem

Apendice.

S: , ,Resumimos neste quadro f-o^i- -,- „'

y; verbo dubito:qu-aro toJas as vanas e importantes construcoes do

*•& (Non dubito quin... f ~ j •

,

«#:. .'.,]-.. naoduvidoque...(=estoU certo deque).

%M::

<: , IQukdubltatquln?Cf ". 420, pag. 307.

S# ™ d\mda q"^- ? (=todos estao

i|t;;;;:/:certosde i«e-)-Cf. n . 42o;Pag.30^ v ,

Page 325: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

m325

b) Non dubito qaln... non nao duvido que nao... ( — estou certo

de que nao). Cf. n. 420, obscrvacao,

mm*? ... -*> P'^-s- 307 -

/ c) jVo/i dubito com o infinite nao hesito... Cf. n. 420, b, pag. 507.;' t d) Dubito com o infinito. hesito, nao ouso. Cf.n. 420, obs. 2, pag.

307.

fejS c) Dubito an... duvido que ou se; nao sei se nao

k \ (mas estou mais para o sim queparao nao). Cf.n. 437, a, pag'. 323.

./) Dubito num ou nc... duvido absolutamente, estou numaincerteza absoluta se... Cf. n.

437, c, pag. 323).

//) Dubito ulruiii... an, etc. duvido se... ou... Cf. n. 438, pag. xxx.

§ VI

PROPOSICOES TEMPORAIS

439. -- Proposlcoes temporals s3o as proposicocs dependen-

tes que exprimem a circunstancia de tempo da acao principal c podemexprimir:

A) um fato realizado antes da proposicao principal ----- usam-se

as conjuncoes tempofais:

/) — Postquam, posteaquam, (dicionarios de Saraiva,

Ramorino, Campanini e Carboni.— Tambem posteaquam de acor-

do com Durando e Souza), depots que, depots de;

II) — ubi, ubi primum, ut, ut primum, cum, cumprimara, simul ac, simul ut, simul atque, apenas, logo que,

lanto que;

B) um fato conlempordneo a acao principal — usam-se as

conjuncoes dum, quoad, donee, enquanto, ate que;

C) um fato realizado depots da acao principal — usam-se as

conjuncoes antequam, priusquam, antes que, antes de.

A — I) Hamilcar, postquam mare transiit,

magnas res fecit.

440. Se a proposicao temporal exprime um fato realizado

I antes da ac\~o principal, une-se a proposicao principal com as con-

I juncoes posquam, posteaquam, depots que, depots de. Estas cmas

i| conjuncoes iemporais cxigem o indicative/:

a) Pcrjcllo, quando exprimem um fato realizado imediata-

f' mente antes da proposicao principal, p. ex.: An'tbal, depots de ter

Isubjugado as Espanhas, jot a Italia, Hannibal, postquam Hispani"

Ias subegit, in Italian?, venit; Hamilcar, depols de ter passado o

mar, jez grandes cousas, Hamilcar, postquam mare transiit,

magnas res fecit.

b) Iniperfelio, quando indicam circunstancias concomitantes

de uma acao passada, p. ex.: depols que o eslado das cousas deles pare-

cla bastante prospero, da rlqueza surglu a Inveja, postquam res eorumsatis prospera videbatur, invidia ex opulentia ' orta est,;

Page 326: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

326

os cavaleiros, depots de nao se Ikes apreseatar ocaslao proplcla a„r-adesertar,passaram para Pompeu, equites, postquam fecidfe!

..- fugiend! ncra dabatur, ad Pompelum trinSertfnt. ®

CUltas

M - „ ,

c)Mais que perfeito com a signifkacao de desde que, isto eI•I quando entre a aSao da proposicao temporal e a da principal cort umcerlo espaco de tempo bastante prolongado e mais aindana ci^tan„a deserum tempo determmado, p. ex, ,f™^ cerca de^lanos depots queJora expuLso, joi chamado novamente a pdtria, tdl

reTtitutSle'r^^^ «* «P«>«»/» *•«£

pf ^ S*mul atque increpuit suspicio tumultus,|(|

artes illico conticescunt.

A, „„ 1

441'~,Parajndlcaracircunstancia««^Vde tempo depoisda qual acontece imediatamente a acao principal, que em portuS

coes ubi ubi primum, ut, ut primum, cum primum, simiac, simul utamul atque com o verbo no modo indicative,r^em regra urn tempo anterior ao da principal isto e, o perfeito

°

na principal houver urn presente; o mats que perjeite, se houver urnimperfecta eofuturo perfeito, se houver urn future imperfect es<V«i*r W«jfc « a-«^«& </c M/raa revolucao, emudecL as artessimul atque mcrepmt suspicio tumultus, artes iffico contices:cunt,aj«w ^we chegava a qualquer cidadc, imediatamente soliaOam-seaqueles caes, que tudo wvestigamm e perscrutamm, simul atque in

rS~ .^odP?fmuvenerat

* immittebantur iffi continuecanes, qui mvestigabant et pers crutabantur ornate) Mas asvexes que (=quando) vou ter contigo, narro tudo, cum ad te veninarro omnia; todas as vezes que ia ter contigo, narrava tudo, cumad te veneram, omma narrabam; todas as vezes que eu for ter

*£%'£T&%e?r:l ;i its sra narrab°j (cl n -

B) Dum valernus, consilia aegrotis daraus.

ronh^nJf"~ ^^^ a ProposicSo temporal exprirae urn fato

dloneT" a^P"n"PaI

'usam-sc ^ conjuncoes dum, quoad,

seTrloC'T IC «"e

:Ef.tast™ conjunct, conforme e^cas.s

;^ ;

.se traduzem tanto com o indicative, corae com ® subjuntive.

'

Page 327: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 327 —

a) Se, enquanto, ate que, etc. significam no tempo em que, por

todo o tempo em que, constroem-se com dum e o indicative), p. ex.

:

;enquanto estamos saos {= no tempo em que estamos saos) damos de

bom grado conselhos aos doentes, dum valemus, consilia aegrotislibeiiter damns j Esparta prosperou ate que { — durante todo o tempo

ir-j-em que) estiveram em vigor as Leis de Licurgo, .Sparta floruit dumLycurgi leges vigue'runt j Cicero serd louvado enquanto ( = por todo

y~A o tempo em que ) permanecer a inenwria das cousas romanas, Cicerolaudabltur dum rnemoria rerum romanarum manebit.

b) Ouando se quer indicar uma intencao iajim de que durante

este tempo..) constroem-se com o subjuntivo (presente, imperfeito

e mais que perfeito), p. ex. : Hordcio Codes deteve o impeto dos inimigos•'"'' ate ( = ofcm de que neste Interim) os seus terem cortado a ponte, Horatius

Codes impetum hostium sustinuit dum sui pontem interrum-perent; os consules demoraram-se poucos dias, ate ( — esperando)

que chegassem os soldados, consules paucos morati sunt dies,

donee venirent milites.

Observacao. — Com relagao a dura cf. tambem n. 408, (/, obs. 1, pag. 294.

C) Antequam ad sententiam redeo ou redeam.

443. — Se a proposicao temporal exprime um fato posterior

a. acao principal, une-se a proposicao principal mediante as conjun-coes antequam, priusquam, antes que, antes de.

a) Constroem-se com o presente tanto do indicativo como dosubjuntivo, sem diferenca essencial, quando indicam um fato real

ou como tal apresentado, p. ex.: antequam ad sententiam redeoou redeaxn, de me pauca^dicam, antes que eu volte { — antes de

eu voltar) ao argumento, direi duas palavras de mini mesmo; camelusaquamtj antequam bibit ou bibat, turbulentam facit, o camelo,

antes de beber, turva a dgua; antequam de republics dicam, ex-

ponam, breviter consilium profectionis meae, antes que eu jale

da rcpiiblica, direi brevemenle o tnotivo da minha partida; antequamde praeceptis oratoriis dicamus, videtur dicenduni de gexiere

ipsius artis, antes de jalar dos preceiios do, oratoria, parcce-mc opor-

luno jalar do genero desia inesma. arte.

Qbserva<;ao. - Usa-se re.^ularmente a segaiuia pessoa do subjuntivopresente, quar.do o sujeito da scgunda pessoa [or indeterminado, p. ex.:prius<juam

I incipias, consulto opus est, auks de comecar e precise rejlc/ii:

1

k

b) Constroem-se com o perjeiio do indicativo quando se trata

de um fato real ou assim considerado, em relacao tanto com um pre-

sente quanto com um passado da proposicao principal, p. ex.: mem-bris utimur, priusquam didicmius cujus ea utiiitatis causahabeamus, servitno-nos dos membros antes de saber o Jim para o

Page 328: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 328 —

,§ VII

PROPOSigOES CAUSAIS

aue md,vfl5^

Br°P°d$°es causaU^o as proposes dependentes

2uls unZ°m

-P~l0 ^aI

.

Se/az a a<^o principal. Em porta-gues unem-se a proposicao principal:

.

?«*/ os'possuimos; haec omnia ante facta sunt quam Verres Tt

JaT SdT' "*^^"^^ F*^' fc«^?/i^

c) Constroem-se com „ imperjeito e «*« ™e ,We,y„ ,,^y^,., quando se trata de uma acao que se considers cJ°possivel ou mtencional, em relacao com urn passado (ou com ^Presente histonco) da proposicao principal, p. ex.: priusUam htes se ex terrore ac faga reciperent, Caesar eJcUuTtTte'fuga Cesar levou o eX$rcUo para o lerrltorio dos Suessioes; haec caisa

aller T","*'^^ ^^^ eSSeS

< "* causajiUnka^lante, que tu nascesses; saepe magna indoles viriutis, priusauaireipubhcae prodesse potulsset, exsiincta fait, f efum!eT^rguir::zr

nde incli^° para a ***—Cs>

^ ^fkfra o jtduro perjeify, ^ indicati ^com a sua propria significacao, isto e, quando indicam acao compLtW,T J 6'

™a aeS°-qUe d6Ve r6alizar'Se antes de outra actfuiura da proposicao principal, p. ex.: de Carthagine noISveten desmam quam illam excxsam esse cognovero S

Outros modos de traduzir as proposes temporals.

l<£^T?-i j01'r

t0 qUand° voUam d° -'"^ consul' ?ediei;

Peafaft^

«»«.«*, ,0^/1, fl we;™,SJ ^V,* ?fl

r-deI& solemus

; ,«flmfo Cicero era

rium et Sillavn ortum e't • «fe ? •' ?Icerofe Pue?°> bellum inter Ma-

capiam urfaem host™ diri^n,^ .

?r"

"'"/^'•''''"j1'""' a c/dWe- .<*</«^«-„ fl ,

Page 329: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 329 —

a) Com as preposicoes ou locucoes por, por causa de, com

o infinito, p. ex.: quantos jovens se arruinaram por nao terem prestado

ouvidos as exortagoes dos veihos!

fb) Tambem com as conjuncoes porque, ja que, porquanto,

Jcom o indicativo, p. ex.: niuitos sao pobres porque nao irabalham;

tnuitos sao ignorantes porque nao estudam.

\ Em latim, porem, as proposicoes causais nao se constroem

: com o infinito, mas com o indicativo ou com o subjuntivo.

Gaudeo quod tibi profui.

446. — a) Corn o indicativo, na regencia ordinaria das

conjuncoes quod, quia, (quoniam, quandoquidem), quando se

indica o pensamento de quern fala ou escreve, p. ex.: Syracusaruro.

quarta urbs nominator Neapolis, quia postrema est aedificata,

o quarto bairro de Slracusa chamou-se Neapolis ( = cidade nova), porque

jol edijicado por ultimo; gaudeo quod tibl profui, aiegro-me por

te haver auxiliado.

b) Quoniam usa-se especialmente para indicar a passagem

de um pensamento para outro, p. ex.: quoniam jam nox est, in

vestra tecta discedite, porque 6ja noite, vottai para as vossas casas;

mane nobiscum, quoniam advesperascit, jica conosco, porque

e jd tarde.

c) Siquidem {se e verdade que) constroi-se com o indicativo

e indica uma causa que, quern fala ou escreve, supoe por um instante

verdadeira e real para os fins do seu arrazoado, p. ex.: nos vero,

siquidem in voluptate sunt omnia, superamur a bestiis,

se e verdade que tudo se reduz ao prazer, somos superados pcLos animais.

Atheiiienses Socratem damnarunt quod

corrumperet juventutem.

— Com. o subjuntivo, na regencia ordinaria de quod

e quia, quando se quer indicar nao um motivo que o escritor apre-

senta como proprio, mas um motivo que ele atribue as pessoas de

quem fala: neste caso o quod equivale a porque diziam, porque se

dizia, p. ex.: os Atenienses condenaratn a Socrates porque corrompia

a juvenlude, Atheiiienses Socratem damnarunt quod corrum-

peret juventutem, Cic. Se em vez de corrumperet _ tivessemos

corrumpebat, nao ja. os Atenienses, mas o proprio Cicero e que

julgava Socrates um corrutor. — Romulo raalou o irtnao por ter

saltado os tnuros da cidade, Romulus fratrem necavit,_ quod hie

muros urbis transiluisset (motivo que Tito Livio atribue a Ro-

mulo).

Page 330: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 330

Cicero aegre ferebat quod Caesar rempublicamoppressisset.

448. — Com os verbos que indicam um sentimento doespinto, como doer-se, alegrar-se, agradecer, louvar, e tambem comos verbos: acusar e condenar, nao se usa quia, mas quod, p. ex •

Cicero nao podia tolerar que Cesar t'wesse oprimido a republica, Ciceroaegre ferebat quod Caesar rempublicam oppressisset ; Cataodizia admtrar-se dc que um arm-pice nao se risse quando via outroaruspice, Cato se mirari aiebat quod non rideret haruspexcum haruspicem vidisset,

Non quod ignorem sed quia ignosco.

449. -— a) Muiias vezes se exprime uma causa nao verda-deira. em oposicao a causa verdadeira. Neste caso a causa nao ver-dadeira exprime-se com o subjuntwo com non quod, non eo quod,non quo, nao porque; non quod non, non quo none non quin^nao porque nao, e a causa verdadeira com sed quod, sed quia^com o Lndicativo, p. ex.: nao porque nao conheca, mas porque perdoonon quod ignorem sed quia ignosco ; nao j& por eu duvidar datua constdncca, mas porque tenho o costume de pedir, peco-te, non quode tua constantia dubitem, sed quia mos est' ita rogandirogo. '

b) Se o fato, porem, que nao e a verdadeira causa, e umiato real, pode-se exprimir tambem com non quia e o modo indicati-ve, p. ex.: ita sentio, non quia augur sum, sed quia sic existi-mare necesse est, assim eu penso nao porque seja eu dugure, mas por-que e necessdrw julgar assim.

Homines hoc a bestiis differunt quodrationem habent.

450. — a) Quod e tambem usado no indicativo muitas vezescom senhdo declaralivo para determinar melhor um modo demonstra-tive que precede, como hoc, id, illud, ex eo, inde, p. ex.: os homensdijerem prinapalmenLe dos animals nislo, que sao dotados de razaoaommes hoc potissimum a bestiis differunt, quod rationemhabent.

b)%

Depois das {Vases: pergratum, bene, praeclare, hu~mamter, iraterne facere, p. ex.: bene facis, quod me adjuvas,fazes bem em me ajudar; fecisti mihi pergratum, quod Serapionislibrum ad me misisti, desle-me grande prazer em me enviar auvro de oerapido.

com o mesmo valor de quod declarativo pode-se usar a con-juncao cum {declaralwd) com o indicative p. ex.: praeclare faciscum Luculli memoriam tones, jazes muilo bem enquanlo consentsi^conservando) a memoria de Luculo. (Cf. n. 483, aJIV pag 353)

mmill

Page 331: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

331

Observacoes. — 1) Este valor declarative de quod com o irtdicativo

encoutra-se especialniente nas frases praetereo quod, ojmtto quod, addo quod,

adiicio auod..., dc'ixo de dizer que...}

Com accedit, em .lugar de quod, encontra-se tambem utcom o subjun-

tivo- hue accedit quod pauper sum on hue accedit ut pauper sim. A constru-

ct"com ut e mais frequente, se o verbo for de tempo passado: hue accedebal

ut pauper essem, melhor que: quod pauper erara..

2) Quod e tambem usado em modo absolute e no prmopio de proposicao

K e correspond as nossas frases com relacao a... e analogas, p. ex.: quod senbis

.te*e^X^f- Q 8Uyuntvo nas frases est quod nonest quod,

S-> habeo quod, teako mofwos para, nao lid mofwos para p. ex^ est quod te repre-

: hendam"°fn/W motioos para te rcprecader. Em lugar de quod usa^setembem cur

*; ' com o^ubiuntivo, p. ex.: est cur te laudem, est causa cur te laudem.comosubjunu -P ^^ ^ fe tes vezes reforcadas com quippe

c utpote, p. ex.: juverit esse laetus quippe quia magnarum saepe «» "he-

lium aegritudinum est, 6 ulil estar alegre, Po,s tslo, mtulas vezes, c remedy de

grand** 'g"™^^ raramente se usam so.inhas como verdadeiras e pro-

prias conjuncoes causais (cf. n. 451, b, obs„ pag. o31).

Outros modos de traduzir as proposicoes causais.

451 — a) Nas proposicoes causais em lugar de quod, quia, quoniam,

pode-se usar a conjuncao cum com o subjuntivo. Para maior efacacia, o cum

I causal e precedido de quippe ou utpote, p. ex.: porque tit es umhomera honesto

ItoftJpdtaTquTalgucl sejlmabado, cum sis vir bonus ( = quod es vir bonus),

rXemluspica'ris esse improbum ; toJos os bans^^'-^ cu"

5

porque jora chamado do deslerro, omnes bom gratul»Wu;

.Cicexom a.

ou auiroecun (ou quod) ab exsilio revocatus esset (cf. n. 48o, b,l, pag. uM).

'

:' q PP« As propolicoes relatives no subjuntivo podem ser tambem causais,

D ex • oh aforlur.ado jdvem que em Romero encoairaste umpregoetro dos teusfetlos,

^fortunate adulescens qui ( = cum tu) tuae virtutis Homerum praeconem

inveneris (cf. n. 475, i, pag. 343);

Observacao. — Quippe e utpote raramente se usam sozinhas como ver-

dadeiras e Pr6prias conjulcoes causais p. ex : puerulus erara, utpote non

amplius novem annos natus, era ainda nuuto mentno, pots nao ttnha mats de

nove anos (cf. n. 450, b, obs. 4, pag. 3o0). ••,„,„ „,,«„;„

^utat^\Pogte°neta

ne ^te^tSW, ^-f" « M^>

;'€':'"'

o sol, repentinamciilejormaram-se as trevas (cr. n. ^Jb, c, pag. -j.'J.

§ VIII

' PRQPOSIQQES FINAIS

452. — Proposicoes jinais sao as proposicoes dependentes

que indicam o escopo da acao principal. Em portugues constroem-se:

||i: a) Com o modo infinite e as preposicoes para, ajim de, com

o Jim de, etc., p. ex.: comemos para viver, e nao vwemos para comer_

§£ ™ l°b° nZose dd rebanho a Pastorear-— Ao prddi9° n&° S6 dulhelr0

para guardar.

Wi:''

b) Com o modo subjuntivo e as conjuncoes para que, ajun de

||-i que, etc., p. ex.: nao devemos falar mat dos outros, para, que os outros

Page 332: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

332 —

tambcm nao Jalan mat de n6s. - Devemos ser cautos na escolha do ^amigos, ajun de que os escolhamos bans eji&ls.

*

... Em.laiim nunca se constroem com o infinite, mas com n isub;untivo precedido de ut (uti) ou ne.m ° ''

Legum servi sumus ut liberl esse possimus. ?

453,— a) Com ut (uti) e o subjuntivo quando a proDo<nr=?„e poschva. As vezes a conjuncao ut e precedida de urn pronome

*

de outra palavra demonstrate na proposicao principafZTn 1

mente, eo ammo, ea (hac) re, p. ex, somas servos das Lis pa^ Aaennos_ ser Lvres, legum servi sumus ut liberl esse posS'^ 1

«W«, o jovens, ao esiudo da eloquincla ajun de que posses Tut'

'

a pair^^^lescentes, in eloquentiae studium incurrb^e"

?

^A,^1PT1Cae em°1,

fmsnto esse possitis; os Hebeclos Unham \abanaonado as suas halntacoes com o piano de levar a querra a iodl

gS^' Kf"^ C°nSSi0 d°mOS SUaS "^eraW^tt S"oamae oeiliim mierrent.

- „ ,?ara a

r

reta aplicacao da consecutio temporum ras Dmposicoes imais cf. nota 9, pag. 304 do n. 416, pag. 300).

6) JUsa-se o ut final depois dos verbos e das {rases que indicam:' *

I) Fun, Lntcncao, cuidado, esjorco, p. ex.: euro m-«,.In „ „ • •

procure, provejo; nitor, contendo, labovo cjjorco-me opera?? '£ rt^r°/T°'(id) ago, empcnlw-me, tcn/io a peito; id specto ii nth'-l J^ £ • i(T} stude°>

-nihil mihi est potiusqulm/^^^^r.^S eSSo^ejjorgo-me para, procure; aon committo ut..., «&> /*«, oo;W 'J / "V'

fuit potius) quam ut te statim convenire-i ,»,W,,f •

( ll mihl- /,,. «* /„,< „«,„,„ ou ,W« e„ tinha'ZuT^'irZ^lZ^r^^ Mmalo fcf'n^ 1°? "'^ ^Ie

-indica

>?^W conMho, exorlacao, p. ex.- volo,„f tc

,

u n-oo2

'c' PaS- 278), posco, opto, postulo, fla-Ho (ci n Ss? / '

27S); peto, oro, rogc, precor. moneo, hortor suad«> ^"L ' ',-pag -

do etc,, p. ex.: aconsel/io-tc a que UaT^^^'J^^^^'^T^que lessee, suadebam^uasi, suaseram) tiW ut fe^re^ osfd'T'T V "

. ,Obssrvagao. — Depois dos imperatives fac e ? Joe (do- v-rJ-,T- ^^.,

..>.mi xoponde^s,, 7„ 4J-

Cm ,?«c mc responaes^ (cf. n. 582, c, pag. 278).

<£««*, Jns?nn^nh rC

« SI1

-: "J^"1111

' S°",and°: c1car - P<™™So, condemn-

f~/<^^ «/»«; edieo,

mcito. -uoveo, arJci-ic-j /«.','-„ ^-- ^ „n. o»^,y, pag. 2/8), invito : jmpello,

ass&Ta-j.-. .WsSqSo,"C fc / 'Coa<

=fdo

' Pe"^^to; perfido, adipiSCor,

Page 333: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

w

— 333 —Observacoes. — 2)0 subjuntivo com ut final usa-se tambem com nvaitos

outros veroos que nao estao nas hstas acima; mas a proposicao final, facilmente seconnece pelas preposicoes para, afim de, com ojim de e pelas conjuncoes para queafim-de que... qxxc a acompanham, p. ex.: di.qo esfas cousas afim de que /,: cpr-nd-J r

: discas ; lew para aprender, lego ut discarn.hae dice '

2) impero se constroi com o dativo da pessoa a quem sc mauda e -, v—boai para o sub;untivo com ut on ne, p. ex.: ego tlbi impero ut Iibruir- ]e"as •

>atei- imfai, ne discedam, imperat. Mas se o verbo dependentc for oassivo oil

y.y.e

pat._ __.., _. _.„._„,.,.„„, "•"["•«». >'i-:» m: u vciuu uepenaenic lor oassivo oudepoente, e preterivel a construcao do acusativo com o infinite, p. ex.: da--- imp--rayil urbeia diripi, melhor que ut urbs diriperetur, a /k,:^/ mandou mu "acidade Josse destnuda; Caesar qumque cohories de media siccte .proficisciimperai, Cesar manda que depots da mcia nolle parlam clnco cokortes.

3) Para os verbos que tern dupia construcao do acusativo com o infiniteou de ut ou ne com o subjuntivo (cf. n. 381, d, pag. 277; n. 582, c;j, IT; ,,, I,, p;

'

lg .

Lger aratur quo uberiores fructus ferat.

454. — As vezes em lugar de ut usa-se quo ( = ut eo,afim de que com isio), espccialmente antes dos comparativos, p. ex.:

-.ager aratur quo uberiores fructus ferat, ara-se o campo para queproduza jrutos mais abu.ndan.tes; legem brevem esse oportet quofacilius ab imperitis teneatur, a lei deve ser breve para que mats

y facilmente se conserve na memoria dos ignoranles.

Nolo esse laudator ne videar adulator.

455. — A proposicao final negativa vai para o subjuntivocom ut non e ne (ut ne), notando-se que ut non nega so um termoda proposicao e^ne toda a proposicao, p. ex.: multi dolorem pa-

.tiuntur ne incidant in majorem, rauilos agueniam um sofrime'nto,para ndo resvalarem num. oulro maior; nolo esse laudator ne videaradulator, nao quero ser aprovador, para nao parecer bajulador;confer te, ad Manlium, Catiliaa, ut a me non ejuctus ad alio-nos, sed invitatus ad tuos esse videaris, vai kr com Manlio, 6Caldina, para que se veja que nao le acolkeste cxpulso par mini en'lreextranhos, mas convidado a acolher-ic en ire os tens.

_

Observaeoes. — 1) Sc se sucedem diversas nroposuocs toda : :>e--ativasna primeira usa-se ne, nas outras neve on neu ; mas nuiica nccjao. Nao sc confundaneve ou neu com aeqae : neve ou neu cquivalem a et ne, e a!in de que />•">,;

neque eqmvale a et non, p. ex.: ^.oniil ei iteruvn moneo ne nvofidsr;^;mvitus, neve ( = et ne) tarn lonsjc- liincrl te coivuniitar..

;\. 2) Se de duas proposicoes a primeira for afirmativa e a ser-unda ne^ativatem de neve e neu, pode-se usar tambem nequc, p. ex.: Pompcius su's m-aedi~xerat ut Caesans impetus exciperent neve (ou neque) se loco moverent,lompeu prea:usara os sens que SHslenlassem o Unpelo de Cesar e nao se moressemdolu.qar;Laosar cohortatus est .indites uti suae pristinac virtutis memorian:retmerent, neu (c tambem ueque) perturbarentur a.iirao ; te precor utmaneas, neve (ou neqae) me m rebus adversis doreluiquas. — Sc a proposicaonegatiya lor a primeira c a posiliva a segunda, suprime-se ui da afirm-ativa, p. ex.:hortatur ne ammo deficiaat, quaeque usui sint, parent ( = atque utna-rent;, exona-os a nao desaiumarcm e a prepararem as cousas nccess,hias.

Page 334: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 334 —5) Ha difereiica entre as duas frases: ut non dicam e ne dicam. A {rase

ut non dicam e forma de pretericao, que equivale a ut omittam, ut praetereampara calar, para nao recordar, ao passo que a outra ne dicam usa-se para indicarque se poderia dizer algo de mais forte, mas que se omite para nao dizer de maisp. ex.: crudelerja Castorem, ne dicam sceleratum et impium, Castor cruelpara nao chama-lo celerado e impio; te puio imprudentem, ne dicam stultum •

inconsiderate ne dicam stulte hoc fecisti.

4) A nossa frase: para usar as palavras dc Cicero,

Ciccronis verbis utar, -at ait Cicero.traduz-se em latim: ut

p

If

, Outros raodos de traduzir as proposicoes finais.

456. — a) As proposicoes finais podem-se tambem traduzir pelo gerundioon gerundivo ncusativo regido de ob ou ad, p. ex.: Anibat pensamque o consul,

para defender os seas, leria travado comhale, Hannibal existimabat consulem,ob suos tufcandos, au anna venturitm ; Cicero envidou lodos os sens esjorcos paradefender a liberdade, Cicero vires omnes contuiit ad libertatem defendendam.(cf. n. 401, b, J//,'pag : 289; n. 402, b, pag. 290).

b) Pode-se tambem traduzir a proposicao final pelo gerundio genitive-

regido por causa ou gratia, p. ex.: o cavalo }oi jeito para carregar pesos, o boi paraa.rar, o cao para, jazer guarda, equus geraturus est vehendi causa, bos arandi,canis custodiendi (cf . n. 203, c, pag. 195).

c) A proposicao final pode-se ainda traduzir pelo participio do futuro ativo,

p. ex.: Perseu i'ollou a Peia para lenlar de novo a. sorte das annas, Perseus Pellamrediit, bellum ex integro tentaturus (cf. n. 388 — Deste quadro resulta, 5,

pag. 283).

d) Ouando na proposicao final houver am pronome que se refere a um nomef,

da proposicao principal, em lugar de ut is (ea, id; hie, haec, hoc e semelhantes)

pode-se usar: qui, quae, quod, p. ex.: as ras pediram um. rei, ajirn de que este rejre-

asse os desordenados costumes; ranae regem petiere, qui ( = ut is) dissolutosmores vi eompesceret ; os Aienienses deram selenla navios a MUciades para que

jizesse puerr.i contra, as ilhas CicLidas, Athenienses Miltiadi septuaginta navesdederunt, quibus (=ut iis) Cyclades insulas bello persequeretur (cf. n.

475, a, pag. 343).

e)Por ultimo a proposicao final pode ter o verbo no supino ativo quando es-

ta sob a dependencia dos verbos de . movimento, p. ex.: Mario parte para nssediar

Tala, Marias proficiscitur obsessum Thalavn ; os E'duos mandan: embaixadoresa Cesar para, pedir auxil'o, Aedui legatos ad Cessarem mittunt rogatum au-xiliuMi (cf. n. 405, //, pag. 292).

§ IX

PROPOSICOES CONSECUTIVAS OU CORRELATIVAS

457. —- Proposicoes conse.culii'as silo as proposicoes depen-

dentes que inciicam a consequencia da acao principal.

Exprimem-se em portugues com o indicative) regido de que,

p. ex.: Deux c Lr;o bom que jaz brilhar o sol indi.tlinlaimnle sobre ox

bonx e .tobre os inaus.

Tarn bonus es -at hoc facias. — Tarn bonus es uthoc now facias.

458. —- Em latim nao se traduzem com o indicativo, mascom o subjuntivo com ut, se a proposicao e posiliva; com ut non,(ut ne... quidem) se ncgativa, p. ex.: es tao bom que Jazes isto, tarn

Page 335: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

'IP:

--- 335 —

bonus es ut hoc facias s es Lao bom que nao jazes isto, tarn bonuses ut hoc non facias.

Observacoes. — I) Uraa consecutiva negativa sucessiva une-se a umu"mfi, precedente positiva com neqae.

liv^ 2) Ut non, sendo final, se traduz por ne ; sendo consecutivo, fica invariancl,

p. ex.: hoc fecit ne poenas daret, fez isto para nao ser punido; quis est tarnmiser ut Dei magnificentiam non senserjt, quern e /So infcliz que nao sinta aqrande.zn de Deus?

if

Adeo judices exarserunt ut capitis hominem} imnocentissimum condemnarent.

i

Usa-se ut consecutivo:

| 459.— a) Depois dos adverbios e adjetivos que significam tal

4 que...,de tal modo que., como sic, adeo, usque adeo, ita, tam, tanto-

| . pere, is, ejusmodi, tantus, tot, eo, usque eo, totiens, talis, etc.,

jp. ex.: a resposta de Sdcrates, os julzes de tal modo se irritaram que

A condenaram a morte um hoinem Inocentissimo, Socratis responso adeo! judices exarserunt ut capitis hominem innocentissimum

'% condemnarent ; Arlstides morreu em tanta pobreza, que deixou apenas

-j com que ser interrado, Arlstides in tanta paupertate decessit,

i ut vix reliquerit qui efferretur ; as nossas cousas acham-se em tal

i condlcao que nao poderiam ser piores, in eo statu res nostrae sunt,

1 ut non possint esse miseriores.

' Observagao. — As vezes omitem-se os adjetivos on adverbios que de-

i veriam preceder ut, p. ex.: Epaminondas fuit (subentendido ita) dlsertus, utI nemo ei Thebanus par esset eloquentia, Rpaininondas joi tdo jacundo que

\ nlnguem the era ipiial na eioquencia.

A. b) Depois dos verbos que exprimem acontecunento fit; acci-

| dit; evenit; contingit; usu venit| restat; reliquum est; fieri

3 potest, e posslvel, fieri non potest, e impossivel, proximum est

;

) extremum est; ji.ca, resta; sequitur, segue-se, p. ex.: saepe fit

'% (accidit, evenit, contingit) ut ii qui debeant, non respondeant

M ad tempus, jrequentes vezes aconlece que os devedores nao paguem no

prazo legal; proximum est ut doeeam deorum procidentia

1 mundum admirsistrari, re-da-me demonstrar que o mundo e go-

\ vernado pela providencia dos deuses.

I Observagao. — Depois Ue accidit e eveait, em algumas lYases, usa-se

% quod com o indicativo, p. ex.: peropportune on perincotnmode accidit quod,i por boa ou ina -folic aconieceu que..., bene mihi evenit quod (cf. n. 450, a. It,

] pag. 330).

§'.. c) Depois das frases com valor impessqal compostas com

o verbo esse e de um adjetivo neutro ou de um substantivo, p. ex.:

aequum, rectum, par, verisimile, optimum,, integrum,

Page 336: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 336 —

satis, etc.; locus, tempus, mos, cultus, consuetude, officiumlex, jus, caput, potestas, etc., p. ex. : vetus est lex ilia verae ami'cltlae, ut Idem amid semper velint, i antiga lei da amizade queos amigos queiram^ sempre a mesma cousa; non est verisimiie ut ideminteritus sit .animorum et corporum, nao e verlsslmll que a aim,,pereca com o corpo; est mos hominum ut nolint eundem pit,-''- !rebus excellere, e costume dos homens nao quererem que a mesma fpessoa seja excelente em macs cousas; neqiie hie locus est ut de -

nioribus majorum loquamur, nao £ aqui o lugar parajalar dos ,

„','""

tumes dos nossos anfepassados.\

Depois destas expressoes, porem, e tambem possivel aconstrucao do acusativo com o infinito (cf. n. 377, b, obs., pig. 274) i.

d) A frase ita... ut nao indica somente consequencia mas ifrequences vezes toma tambem uma significacao restrlfwa ou llmltatwa com o sentido_ de com a condlcao de... p. ex.: ita liber es utlegibus pareas, es Lore com a condlcao de obedeceres as Leis. J

A consecutio temporum nas proposicoes CONSECutivas 3

Ita vixi ut non feustra me natum esse existimem. 4

I .. , . ,

460- ~ As proposicoes consecutivas nao seguem a regra or- '

idmaria da consecutio temporum, mas tem o tempo que o sentido 1

j

exige, isto e, o tempo que se usaria se se tratasse de proposicoes 1I independentes, p. ex.: VM de tal modo que julgo nao ter nascldd em I

^

vao,yt& vixi ut non frustra me natum existimem (existimaremJ

I-eu J"W™, n3.o teria sentido); tamanha 6 a jorca desse preceito que "

\era airioiudo ao deus de Delfos, hujus praecepti tanta vis est I

Iui

,

e&nsV^codeotrihxiereiur:.:drlstldeserataoestlmadoquefol '•<

|o unico a quern cognommaram de juslo, adeo excellebat Aristides

"'

|ut sinus cognomine Justus appellaretur (cf. nota 12, pa- 305 "'

do n. 416, pag. 300). '

°''<

:>;

;

:

Accidit ut Athenis una nocte omnes hermae|i.v dejicerentur.

461•

~~ a) Mas as proposicoes consecutivas regidas e prece-aidas por expressoes impessoais que significam acontecimenlo ou con- .#sequancca,{ci.n. 459, b, pag. 355) como: acontece que, segue-se que,resta que: accidit ut, evenit ut, contingit ut, efificitur ut, restat !u: "~~ aconteceu que: accidit ut, evenit ut, factum est ut— acon-tecera que, futurum est ut:— £ costume que, mos est ut, consuetu- .

;

Ja? f c u

f~~ * lei °« S dekl aue

> lex est ut e semelhantes nao seaiastam da regra ordmana da consecutio temporum, p. ex.: aconteceuque em /Renos numa s6 nolte, joram derrlbadas todas as hermas, - 4acciait uv AtJaems una

:

nocte:;:omnes Hermae dejicerentur.

Observagao. — Depois de mos est, consuetude- est lex est etc

'

;

encontra-sc tambem a construcao do acusativo com o infinito, cf.' h. 377, b 'obs'

pag. ^/4 — ou tambem outra construcao (cf. n. 405 pag 292) J

Page 337: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

337

*) A frase portuguesa estou iao longe de vltuperar-te, que anteste louyo, se constroi em Iatim com tantum abest na forma impessoal,seguida de dois subjuntivos, ma regido por abest e outro por tan-tum i tantum abest ut te vituperem ut etiam laudem. se-gundo saembro pode tambem seguir era forma independente com o

}^ indicativo: tantum abest ut te vituperem, etiam laudo.

I'c) Na conjugacao perifrastica ativa (cf. n. 117, A, pag. 116)

os verbos que carecem de supino, e por conseguinte do participioem urus, como discere, studere, me paenitet, recorrem ao cir-

cunloquio impessoal: futurum est, erat, erit... ut ou futuramesse ut ou fore ut e Livio e outros tambem in eo est, erat... ut,e, era iminenle, p. ex.: futurum est ut te paeniteat desidiaetuae, kds de arrepender-te da tua Inercla; futurum erat ut te pae-niteret, havias de arrepender-te ou futurum esse (ou so fore)ut te paeniteret, etc.; in eo est ut proficiscamur, e eminentea nossa partida ou tambem pessoalmente in eo sumus ut profici-scamur, estamos prestes a partir, contudo, nestes ultimos exemplos,tendo o verbo o supino, e mais usada a conjugacao perifrastica:profecturi sumus.

Haec signa rigidiora sunt quam ut imitenturveritatem.

462. — A proposicao consecutiva regida por um compara-.j

tivo seguido de quam indica que a causa e muito pequena ou muito

jgrande para produzir aquela consequencia e nao ha proporcao entre

| uma e outra, p. ex.: estas estdtuas sao muito rlgldas para Imltarem o

{real, haec signa rigidiora sunt quam ut imitentur veritatem ;

I Anstides era por denials justo para escapar ao odlo do populacho,

{Aristides justior erat quam ut invidiam vulgi fugeret.

Outros modos de traduzir as proposicoes consecutivas.

463. — As vezes em Iugar de ut, pode-se usar qui, quae, quod, e, emlugar de ut non, pode-se usar qui non, quae non, quod non ou qum, se a. pro-posicao principal for negativa, p. ex.: non sum is qui ( = ut) mea t&-ntni:a amem,eu nao rou led qijc so ame as minims coiira.'/nnllz res ta.n utilis est, csuae nors.abusu possit fieri noxia, /iao ha coasa Iao uiil que ,•«..;< o abuso nao se p'oss.i iornarnocii\i, (cf. n. 475, b, pag. 343).

§ x

PROPOSIQOES CONCESSIVAS

i" 464. — Proposicoes concesslvas sao as proposicoes dependen-

tstes que exprimem uma ideia de algum modo contraria a proposicao

I " principal, ideia que se concede ou se supoe como subsistente.Em portugues sao regidas por se beni que, alnda que, embora,

etc. com o indicativo ou corn o subjuntivo, p. ex.: se beni que a Proul-

Gramatica Latina, 22

Page 338: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

rsw338

denciatenha criado muitos animais jerozes, todavia quis que vivessemescondidos e fugissem*diante demos.

_Nestas proposicoes o latim emprega ora o indicative) ora n

subjuntivo.

Quamquam Aristides^excellebat abstinentiao

465. — a) guamquam na. boa prosa rege o indicaiivop. ex.: se bem que Aristides se distlnguisse pelo seu desinteresse, fo'itodavia condenado ao exilio, quamquam Aristldes excellebatabstinentia, tamen exsllio multatus est. t

b) Quamquam se usa tambem nas proposicoes indepen-dentes para corrigir ou limitar o que se disse antes, p. ex.: quamquamquid opus est de re plura dlcere? entretanto {ou todavia) quenecessidade lid de dizer mats cousas a respeito disto? quamquamquid loquor?_ todavia para que voufalar? quamquam ille quidein :

nihil difficilius esse dicebat, quam amicitiam usque ad ex-'fremum vitae diem permanere, entretanto ele dizia que nada e Imats dificil do que continuar a amizade ate o derradeiro dia da vida. I

Veritas, etsi jucunda non est, mihi tamen grata est.j

"k

.466. — d) Etsi, tametsi regularmente se usam em asser- \coes positivas ou de fatos reais, e ordinariamente se constroem com (1 j

mdicativo, p. ex.: Veritas, etsi jucunda non est, mihi tanson]grata est, a verdade, se bem que ndo 6 agradavel, contudo. ,

:-/w .-!

querida. i

b) Ao contrariq, etiamsi, ainda que, posto que, dado que, 1prefere o subjuntivo, usando-se ordinariamente nos casos em qm.-prevalece o conceito potencial, ou exprimem uma concessao ideal,uma suposicao ou opiniao de alguem, p. ex.: posto que se amarre o 4corpo, ndo se pode, contudo, afar o espirito, etiamsi corpus constrin-gatur, animo tamen vineula injici nulla possunt. Mas tambem ' -

com etiamsi usa-se o indicativo, quando se considera a cousa como ^um fato real^p. ex.: o que jrequenfes vezes se presencia ndo produzmats admiragao, ainda que se desconheca a causa, quod quis crebro '!•

videt, non miratur, etiamsi cur fiat nescit. i%"';'

>\

c) Ut, dum, modo, modo ut, ne, modo ne, dummodoso se usam com o subjuntivo, p. ex.: ego ista studia non improbo,modo moderata sint.

Fremant omnes licet, dicam quod sentio

467. a) Licet, quamvis licet pedem sempre o subjun-tivo, presente ou perfeito, p. ex. : fremant omnes licet, dicam quodsentio, ainda que todosjrernam, direi o que penso.

m

Page 339: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 339 —b) Quamvis indica o maximo da concessao (propriamente

vale per quanto queiras) e, indicando pois uma possibilidade ejnaourna realidade, vai para o subjuntivo, p. ex.: quamvis smt parviBaomentlj, haec tamen exponam.

>^§ c) Quamvis emprega-se com frequencia antes de adjetivos- ou adverbios com o proprio significado etimologico de quanto quiseres,

J

quanto se quiser, quantum vis, p. ex.: nemo, quamvis dives

I (jperquanto seja rico), ex omni parte beatus dici potest.

d) As proposigoes concessivas podem-se tambem iraduzir por uma propo-sieao relativa no subjuntivo cf. n. 475, h, pag. 343 ou pela conjuncao cum e o sub-juntive cf. n. 483, b, II, pag. 353.

I , § XI

i PROPOSICOES MODAIS OU COMPARATIVAS

— Proposigoes modais ou comparativas sao as propo-sicoes que estabelecem uma comparacao com a princiapl e na lingualatina se constroem com o indicativo, se o exemplo que se traz comocomparacao e urn fato real e certo— proposigoes comparativas, reais, ecom o subjuntivo, se o conceito que se traz como comparacao e so-

seate hipotetico ou imaginario= proposigoes comparativas irreais.

1) PROPOSICOES COMPARATIVAS REAIS

Ut sementem feceris, ita metes.

469. — As conjuncoes comparativas que se constroem como indicativo sao: ut, sicut, velut (uti, sicuti, veliiti), prout, quo-modo, quemadmodum (quern ad modum), como, do mesmo modoque, do modo que, correlativas de ita, sic, item, assim, expressos ousubentendidos, p. ex.: ut sementem feceris, ita metes, recolherds,

como semeares; prout res postulabat, tibi subveni, eu te soccorri

como a circunstdncia exigia; Pausanias, ut virtutibus eluxit, sic

vitiis est obriitus, Pausanias, como resplandesceu pelas virtudes,

assim joi deslustrado pelos vlcios; quemadmodum loqui fiomirdsest proprium, ita mugire bourn, do mesmo modo que o jalar e pro-

prio do homem, assim 6 dos bois o mugir.

2) PROPOSICOES COMPARATIVAS IRREAIS

Ita rem tibi commendo, tanquam si tua sit.

470. — Constroem-se quase sempre com o subjuntivo as

conjuncoes comparativas com .si: quasi (proinde quasi), tanquamsi (ou simplesmente tanquam), ut si, velut (si), ac si, perindeac si, proinde ac si, aeque ac si, como se, quase, quase'que, p. ex.:

Page 340: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

:

a

1— 340 — 1

- Mita rem tibi commeudo, tanquam si tua sit, recommendo-te „causa como se fosse tua; angimur tanquam Hortensio acerbitatkahqmd accident, ajilgimo-nos como se tlvesse acontecido JauZ

' 1'desgraca a Hortensio; quid ego his testibus utor, quasi resdS ?aut obscura sit? porque senur-me destas testemunkas comtse a

Acausa fosse duvtdosaou obscura ? Sequani Ariovisti abseritis crudelitatem velut si praesens adesset, faorrebant, os Seauan

~

deiestavama crueldade de Ariovisto, embora longe, como se estZepresente. No segmnte exemplo de Cicero, encontra-se o ihdicaW

X/>rUm

'aUqUam mecum loquor, jalo contigo como se jalassc . %

do „. JC^l 300.apHca ';a° da cons5OTtiote»P^'-=- cf. not, 10, Plig . 304

Depugna, potiusquam servias.

471. — Construcoes comparativas sao tambem as seguintes:

a) Depois de potiusquam (ou potius quam), antes que oportugues pode servxr-se do subjuutivo ou tambem de uma coifcu!cao abrevxada com o mfmito, p. ex. : quisera morrer antes que me tor-'

inarreu de tamanho crime, ao passo que o latira constr6i com o sub- 1junta*, presente ou imperfeito conforme o tempo do verbo*da proposi-

anieKT^ 'P '

e%dePugna' postiusquam servias, combate, ','

anies^gue ser escravo; Zeno perpessus est omnia, potiusquam!

consdos delendae tyrranidis indicaret, Zenao q'uFs sofrertodZ -j

abtTn7 UnteS q"t-

maHe^ °* 'tonpte* da conjuracao paraabater a Urania; potius istms culpae crimen suscipiam, quam ' 5

Zn%ra7^:nZ Sqfrerei°"^^ «*««'«£ me

.

}

I s^fs?^^^^r-^t-- sussedquam em-kT-iT^^h^r

princif

li llo,lTCi.' «•» gerundive, depois de potius- v

StSX »otiu- noA" .T''°° SS repChr a mcsma ^^trucao. p. ex.

:pro-

luu-anler ,»nrn-r „,,. -,,. , J,- W^11™ T-ultus aspiciendus fuit, Calao '.«

potiusauam reliCT 2 + ?V7"°/ qUae «*"*itfo °<>n accipic-nda fait,

^"S't/r^llf^1 PatriS' ""'- *<" "^«- - PUri*? Ursula d s

us-, sen ?,Em

,.t0cIaS a

,

s P^Posicoes comparativas com quam.,

rreTlLtd "° ^Uand° sc h'a,

a de "™a proposicao «>,M/Lz/^Wo °

e

" I^"w ,em

.

Se.

trata»do cie uma proposicao o,,*^,,*

TmZd? P?SSS"> fWj

'Z/^",Z/M aM Segestanos alaumacousa

Xd fc« ' ™7?,e "?"M-/o ° *""">*"; Tissaphermes nihilahud (feet; quam bellum comparavit,': TlssajenL nada mais fez

Page 341: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

it

— 341 —

que aparelhar a guerra; elephanti multo majoreni stragem inter

sitos ediderimt, quam inter hostes ediderani, os elejantes cau-

saram multo mats mortandade entre os seus do que jizeram entre os

liiimigos.

Restitere' Romani, tanquam caelesti voce jussi.

472. — As conjuncoes quasi, tanquam, velut, as vezes,

se acliam construidas com um participio (forma implicita), p. ex.:

restitere Romani, tanquam caelesti voce jussi, os Romanos

resistiram, conio mandados par uma voz divina; Cato litteras graecas

senex didicit,quas quidem sic avide arripuit, quasi diuturnamsitim explere cupiens, Catao aprendeu o grego quando velho e o

aprendeu com tania avldez, conio se'ldcsejasse apagar uma sede diuturna.

§ XII

-- PROPOSICOES RELATIVAS

473. — Proposicoes rela.li.uas chamam-se as proposicoes

dependences precedidas de um pronome pu adverbio relative que,

quern, qual, donde, etc.

periodo relativo resulta da uniao^ de uma proposicao rela-

tiva depende'nte com a proposicao principal demonstrativa.

Em portugues:

1) Geralmente tern o verbo no indicative, p. ex.: a palavra

revela. o coracao donde precede, bem conio as aguas de um arroio deno-

tam a nascente donde promanam.

2) As vezes tern o verbo no subjuntivo, quando tern sentido

correlaiiyo ou final, p.- ex.: nestefmundo ndo ha pesar que dure eter-

namente.

J) Raras vezes no infinite, p. ex.: devemos ter um amigo a

quern conjiar nossas amarguras.

1) Em latim, em regra, tem o verbo no indicative //) Cons-

troem-se com o subjuntivo quando exercem a funcao de uma pro-

posicao, que, por natureza, exige o subjuntivo.

/--PROPOSICOES RELATIVAS NO IND1CATIVO

474. —. Usa-se o indicativo:

a) Quando as proposicoes relaiivas acresceutam a principal

uma simples indicacao -acessoria ou explicajii um substantivo oupronome da mesma proposicao, p. ex.: Caesar Helvetios infines suos, unde erant profecti, reverti jussit, Cesar mandouvos Helvecios que voltassem para as suas terras donde tinham saido;

Page 342: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Is'•':Vl

IP — 342 —

i.

Ill-1'

fitHIP

»«««*.«« r«4i„„.PPeuatur, u urn lugar na prUSc,

ou guaIqut^a

d

:;tSrdma=Sft

C

enf'^ "J"**-um pronome demonstrate expresso ou suhP'n 5°/°r anteced<**e

aud*t, qui legit, qili dicit/guTaccusat et , 'P; f "= !s *°*

* orador, o acusador, etc., mas de carter ™ 1'*°°UVtnie

' ° lelt°<

po:s os substantivo auditor; leeSr oraloT? *°? transJt°"<>.cam um carater de perman/nl „ J • .\

accusator* etc., indi-

(finis, ranssimo ccL «™X" Z££%£3°°* <*»**o-Mquae arte ef£iciuntur, quae eW^W glgn"nfUr e terra

>

«fprodutof do solo, da Indltrla, d!TXpT^~o' T&& "**<?***».

vis probitatis est, ut etiam in «f t?'

lmPoria^ *anta(= cv desconhecidos), diligamus '

9U°S nun«P"»» *idimus

soa. vl^:^^:QTlt^ °Vr^-a de uma pe,qualidade, a indole, e vai para c ahlT,

Substantlv° <3ue ^dica anominativo como ^ZT^-^^^ ' ""^^ ou noquae tua est prudentL? iW ? *?'

qUa Pruden«a es(ou

jamjUtvolumus vaW ,pruaentia et temperantia est, te

viveret; qua se^tSe ft t tf^f J*We; Pate* tu«® *

mo do sufixo cumqueT « aWrePe%S° ou com o acr&ci-

ubicumque, p. ex patria e,T ,V°S

^quot^ot

^ q«ic«mqUe,

««*«^/s; ??Cf n^s r^riermodopo™ww&/

anteoculoshaberemus. "* m omnibus, quae faceremus, Deum

'.J

'?.

Page 343: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 343 —Mas dir-se-a: Caesar Helveiios in fines suos, trade eraiit profecti,

reverti jussit, Cesar mandou que os Helvec'ios vollassem para o sen territorio, dondehaviam partido, porque uncle erant profecti e una simples observacao do escritor,

a qual se pode eliminar sem alterar o sentido da frase (cf. n. 365, b, observagao,pag. 266).

i7—PR0P08IC0ES RELATIVAS NO SUBJUNTIVO

475. — a) Ouando tem sentido jinal, porque entao qui,

quae, quod equivale a ut, p. ex.: mandou embaixadores para trata-

rem (= que tratassem) da paz, legatos misit qui de pace agerent ;

a natureza deu ao homem a razao com que dirija as paixoes do

animo, homini natura rationem dedit qua ( = ut ea) regerenturanimi appetitus (cf. n. 456, d, pag. 334).

b) Ouando tem sentido consecutive/ ou correlativo, depois deis, talis, ejusmodi, tantus, tam, etc., porque neste caso qui,quae, quod equivale a ut consecutivo, p. ex.: nao hd casa tao sdlida

que nao possa ser abalada pelas discdrdias, nulla domus tam firmaest quae diseordiis ( = ut discordiis) debilitari non : possit ',

a inocencia 6 tat disposicao do animo, que nao prejudica a ninguem,innocentia est affectio talis animi, quae ( = ut) noceat nemini(cf. n. 463, pag. 337).

c) Os adjetivos digmis, indignus, idoneus, aptus queremqui, quae, quod consequential, p. ex.: liber dignus qui legatur,I'wro digno de ser lido; exemplum dignum quod imitemur,exemplo digno de ser imitado; dignus qui imperet, digno de comandar(cf. n. 219, b, II, pag. 203).

Observagao. — Nao e proprio do uso classico a construgao de dignus e

indignus com ut e o subjuntivo ou com o infinito, p. ex.: lyricorun Horatiusfere solus legi dignus est (Quint. Instit. Orat., X, 1, 96), em lugar de: Horatiussolus lyricus est dignus qui legatur ou quem tu legas, Hordcioe o anico dosiiricos, que mercce ser lido (cf. n. 219, b, II, pag. 203).

d) Igualmente com o subjuntivo constroem-se as expressoesest qui, sunt qui, noa desunt qui, reperiuntur qui, inveniun-tur qui, existunt qui J est ubi, hd lugares onde; est quatenus,hd urn ponto ate o quai{ate certo pontd) bem como as expressoes nega-tivas na forma ou no sentido: nemo est, nullus est qui, nihilest quod, quis est qui? quotusquisque est ou invenitur oureperitur qui?;., quao poucos se encontram... p. ex.: sunt qui cen-seant una anincram cam corpore occidere, hd quem pense quea alma morre com o corpo; sunt qui discessum animi a corporeputent esse mortem, hd quem creia que a morte seja a separagdo daalma do corpo; est quatenus amicitiae dari venia possit, hdum ponto ate o qual ( = ate certo pontd) se pode condescender com osamigos, quotusquisque philosopborum invenitur, qui ita sit

moratus, ut- ratio postulat? quao poucos sdo os Jildsojos que...

Observagao. — Nestas proposicoes pode-se tambem usar o indicativoquando indicam um fato real ou se unem a um substantivo 'ou a um pronome deter-minative ou a um adjetivo numeral ou de qualidade, p. ex.: sunt multi qui eripi.

Page 344: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 344 —

'.-

tint aliis, quod aliis larsiantur ftA ,„„,v, /

sunt quaedam bestiaef^ quttus nett TouTnl^ *?"P™**".™ a oulros;lid certos animals em a„e \,- nrh„ I

(•

mat) ahquid simile virtue

est^ 3£kss^«5 -£si;ss^&s^a propos.coes.negativas) quis est qui? q^id esTauod^"

iS ,«" «L f1^"6 cup

vat

'a^'on <*"»" <--V ™. SS

i,;;: z^TJzrt^- gms est qui -»-*"•» »««•«

qu ppe ou „tpotc e rara^nte dett! Noise Que S^ltffef° T"^ CaUSal) dsquippe qui e utpote qui tambem com o indicative

^oLivio constroem

fereocia coifoX^^*^£^±™^ *™™ encontram-se de pre-classico, p. ex.: habeo se^ert,,?^™ ° os

f.xemP^ deste modonola&n

aviditatemauxit(aceror^«L"irr.v r^ia/f'

qUae mihi sei™°^.<•<•/<> de convcrsar.

cigradeado a velhtce que. me aumentou o de-

g) Quando tern sentido adver.ra.tivo, pois neste nW mi i

Jam ™ 1/Z a necessarium usum defuissent, ecu-

equivalent ?"f^°piSm ^^ conc"™° ° qui, quae, quod 6

«u= (-cum) ™«»»*d« navisavissemus/„"tor»7„",7

J,V

Page 345: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Imm'i

— 345 ~

j) Usa-se tambem o pronome relativo nas proposicoes rela-

tivas condiclonais, e o pronome relativo tem o valor de si quis,

p. ex.: hoc qui ( = si quis) dicat, erret, se atguem dlssesse Isto erra-

rla; haec et imnumerabilia, ex eodem genere qui vedeat, nonnecogatur confiteri esse deos? quern ve (~se alguem ve) estas cousas

e outras aiumeras do mesmo genero, nao e coagido a conjessar a exls-

tencla dos dcuses?

k) Quando as proposicoes relativas restrlllvas, quase semprecom quidem, modo, servem para limitar, com um parentesis,

uma classe determinada, um conceito, e com as cxpressoes: quodsciam, intellegam, sentiam, memanerim, audiverim, noverim,pelo que set., entendo, recordo, ouv'i, ouvl dizer, p. ex.: ex oratoribusatticis antiquissimi sunt, quorum quidem scripta corastent,Pericles atque Alcibiades, dos oradores Atenlenses, daqueles aomenos cujos escrltos sobrev'weram, os mals antlgos sao Pericles e Alcl-

blades; fuit Sulpicius vel maxime omnium, quos quidem egoaudierim, grandis, jol Sul.plclo sem comparacao o malor, ao menosdos que eu ouvl; .cives rogaverunt hostes ne, quas quidem domosintegras invenissent, incenderent, os cldaddos pedlram aos solda-

dos que nao Incendlassem as casas, ao menos aquelas que encontrassemIntatas; refertae sunt orationes Catonis, quas quidem adhucinvenerim et legerim, et verbis et rebus illustrious, os dlscursos

de Catdo, ao menos aqueles que eu encontrel e 11, esldo repletos de palavrase jeitos lluslres.

Observacao. — Quantum se constroi sempre com o indicativo, p. ex.:quantum scio, pelo que mi; quantum audio, pelo que ouco dizer; quantumintellegere possum, pelo que posso compreender. — Quod ad me attinet,pelo que me diz respeilo; quoad on quatenus fieri potest, por quanta e possivel.

Outros modos de traduzir as proposicoes relativas.

475 bis. — As proposicoes relativas, alem da consfcrucao com o indicativoou subjuntivo (forma explicita), podem-se tambem traduzir com um participiopresertte ou perl'eito e as vezes tambem com o participio futuro (forma implicita),

p. ex.: verum dicentibus ( = iis qui dicunt) facile credam, crerei jacilmenle aquern diz a verdade; male parta ( = ea, quae male parta sunt) .male dilabuntur,ascousaj mal adquiridas, acabam mal; pater filio vitara dedit perituram (=quaeperibit), o paideu ao filluiiuna v'uia que pereccra.

§ XIII

PROPOSICOES CONDICIONAIS

476. — Proposicoes condicionais sao as que exprimem umacondicao, dando-se a qual, realiza-se a proposicao principal.

nexo da proposicao dependente com a proposicao princi-

pal chama-se perlodo hipotetico, c a proposicao dependente ou condi-

tional protase, a principal apodose, p. ex.: nada de bom podemos jazer,

se nao nos ajudarmos mutuamente, e um periodo hipotetico; a pro-

posicao principal ou apodose e: nada de bom podemos jazer; a de-

pendente ou protase e: se nao nos ajudarmos mutuamente.Devemos distinguir tres tiposde; periodo hipotetico:

'J

Page 346: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

346

Tip© (modo aSa realidade)

QuALQUER TEMPO DO INDICATIVO TANTO NA APODOSECOMO NA PROTASE

Si dii sunt, est divimat.10.

sc admite: modo da realidal; & n™ °'

CU;& rea^ade« *«^ ,<*, ptfo .I

S° ' C°n;Un9a~° COrresP-de a:

Regra. — Neste primeiro tipo a sintaxp la *,"„.,

'^<i™?.4^^1isr^sx^.tz,

'd

,,,,,i,!, '

posi?ao prmcinal uma exortacao „m „ jTT ,° da Pro"

menta et ad ornamenta pacisutimur"vSll^ adjU"

ne sim salvus, si aliter s^boracIscSo? ^ «*mamuSi

eacontraSH^jJS^l^d^^^^T^ ^° Wpo^tico sea protase nao mdica uma pessoa deternSa Este^ '

9UC acontece ^ndoo yerbo no modo subjuntivo na segunda pessoa do& "*'* f eXprIme comgular com si quis, p. ex.- memoria r£t f,v

SInS.ular <w na terceira do sin-ou cum eamnonexercear! „?' mmuitur, nisi earn exerceas (=cmod

se podan cvdar os perils, dcvon-seS?^S est-obeu

fdum, « „Soquis contra rempublicam se aJdZl feriS fT8

*est excu«atIo, si<W„? sc se confess Ur agido c^ra a%p7blkaoo^r ^ < <^<"^ -

propno Cicero, escreveu: si quis minorem gloriae fv„T™ ^ ?*' ~ Mas °^^usp^dpiquamexllti^s/^Kel^f™^* P«tat ex graecis

P. ex,^5-t^^^feS^-lfr trbemoda pr6tase,vezes, em lugar do futuro imperfeito nsl seifc ^'

laetaborJ e muitas

(«/iaw /JJW), magnam habebo giatTaS.P«wfeito, p. ex, si id feceris .

S.° Tig*« (mod© flE possitoHMafie)

Subjuntivo potencial (presente ou PERFErTO)TANTO NA APODOSE COMO NA PROTASE

Si librum mittas, pergratum facias.

a condic^p^lllarnt^rf"" qTU?° aP^ *™ ^la supoe

Page 347: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 347 —do subjuntivo e o condicional, p. ex.: se me mandasses o livro, jar-me-ias um favor.

Regra. — Iatim serve-se do subjuntivo potential: de doispresentes, se a causa se considera possivel no presente; ou de doispeijeitos, se a causa se considera possivel no passado, p. ex.: si librummittas, pergratum facias ; se dissesse que nao, mentiria, mentiarsi negem ; se estudasses, aprenderias, si studeas, discas ; si velimHannibalis proelia omnia describere, dies me deficiat; sihunc librum mini dono des (dederis), gratiam tibi habeam(habuerim).

Observacoes. — /) Usa-se o indicativo na apodose quando se da porcerta a consequencia, supondo-se que se verifka a condicao, p. ex.: se por acasoAmbal vitorwso avangar contra Roma (cousa ainda duvidosa), mandar-te-cmoscharnar^ da Africa (cousa certa), si Hannibal victor ad urbem ire pergat teex Africa arcessemus.

2)0 subjuntivo presente ou perfeito regido por si (ou ut si) encontra-seespecialmente nos exemplos que os escritores inventam(exempla ficta) para melhorexphcar as suas teses, p. ex.: si gladium quis apud te sana mente deposuerit,

™?et

T T Tmsamens, reddere peccatum sit, officium non reddere. (Cic. De

Uij., m, lb), se alguem,por exemplo.emjuizo perjelto te iivesse entregue uma espadae depots, em estado de loucura a exigisse, serla culpa reslituir-lha e rccusar-lha umdever.

j) Na apodose pode-se encontrar o Indicativo presente, se houver os verbosposse, debere, oportere, necesse esse, p. ex.: nee bonitas esse potest, sinaec non per se expetatur, nem a bondade poderia existir, se-ela nao fosse deseiadapor « niesma (cf . n. 364, a, pag. 265).

S.° Tig»® (jmojI© dm Iffs?eaSiflI&«le)

IMPERFEITO OU MAIS QUE PERFEITO DO SUBJUNTIVOTANTO NA APODOSE COMO NA PROTASE

Si Alexander Magnus in Italian* venisset,vicisset Romanes.

terceiro tlpo de periodo hipotetico da-se quandoa pessoa que fala supoe a condicao impossivel e tambem a conse-quencia: modo da irrealidade.

Regra. — Neste caso usam-se em latim dois imperjeiiosou dois macs que perjeitos do subjuntivo, o que nao acontece em por-tugues.

Com o imperjeito do subjuntivo exprime-se um fato que naose pode verificar no presente: facerem, si posseni, jaria se pudesse,mas nao posso, logo nao faco. Com o mais que perfeito exprime-seurn fato que nao se pode verificar no passado: fecissem, si potuis-sem, teria jeito se iivesse podido, mas nao pude, portanto nao fiz.

^a 'S ex.

emPIos: se Alexandre Magno iivesse guerreado naIt&Ua, teria vencido os Romanos (mas nao guerreou, nem venceu),

Page 348: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

348 —

sx Alexander exercitum in Italiam duxisset, vxcisset Romanes •seAmbal, depot, da Made Canas, tivesse marchado .ob^nate-la-ca tornado, si Hannibal post Cannensem pngnam RomaSprofectus esset, cepisset urbem; nisi esseL AlexaTde?

ft. g6neS CSSe'SkiMa " ^ V°Ce WuereturW

suspidonem P. Sestio, tamen mihi Soscere •' » C, P"busses in

,««™«W„We, iu , si hie sii;J^^^^ZZ/senfe|

./«* do nSi^S e£ S£,d

8SKrSit^ U.

ntiV°' T- ° T-c esta substitute se iaz especi-almente n ,,an^?1 M '

raramrenie na apodose,

passado, p. ex.: ScipJo Afi£*"us L*rf1 <t-f'^omiclera urn fatoque dura no

«iua,n se ad eavinn stadium coxituli^ept " £5, /•.,,, 'ss

",

s^, nun-««« ,.t .V/7V7™ dedtcado etc.

El'

"'" '"" -'•'e''--«™ encontrado auxl/w,

...•.rtidoio air"wivVV™ u'n"")

'r,

'

l°"7 '"P" 1^ P^c ,er sabstituida p„, urn

m«ia [,'clc "fa ! ;;;^ sb:*'°7 «»«"ito causal, tempera'

</'«•• .taluardo .re pod,: achat- na vida r r,- //,.T,• J f

'

<'" °res vitavisses .:

aitas vJtac, «»bFala annc tia „ ,' ,,,^"">»'** ? quae potest esse jucun-

,'octedadc lutmana, seria t ,mR cuclndndr 'csuvcsse,. arrcitaaa ,/«>

^™r^fcr^rrs,A.tr "*•• Ht^^-

-

:

":

num ulla esse potui^et f ="T«In™ aT f ?aS"cuItura sme opera honu-

A« «ifo * concurJdoTontn,).l hon„nun» accessis.et =,, „a„ //,,• ,

J

Page 349: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

1

— 349 —

PERIODO HIPOTETICO DEPENDENTE

I 480. — O perlodo hipotetico e dependente:

H Primeiro caso — quando depende de um verbo que exige aW construcao do acusativo com o infinito.

\ Segundo caso — quando depende de uraa conjuncao quequer o subjuntivo.

Terceiro caso —- quando e parte integral de uma interrogacao•% indireta.

\ Prlmeiro caso. — perlodo hipotelico depende de um verbo

A que exige a construcao do acusativo com o injinilo.

1) Nas proposicoes dependentes de primeiro e segundo tipo

(realidade e possibilidade):

a) O verbo da apotose vai sempre para o infinito no tempoque o conceito exigir.

b) O verbo da protase vai sempre^para o subjuntivo tanto nocaso da realidade (primeiro tipo) eomo na da possibilidade (segundotipo), sempre conforme a regra da consecutio temporum, isto e,

no presente ou perjeito, se na proposicao regente houver um presenteou um futuro; no imperjeito ou mais que perjeito, se na regente houverum passado.

Forma independente:

1.° tipo — Hoc si dicis, erras, se dizes isso, erras.

2." tipo — Hoc si dicas, erres, se dissesses isso, errarias.

Forma dependente:

{ a e o o |.j[vj , puto te errare, hoc si dicas.

\ Putabam te en-are, hoc si diceres.

-..

Pis

,

2) Nas proposicoes dependentes de terceiro tipo. (irrealidade):

a) O tempo da protase fica invariavel como se estivesse

independente (imperl'eito ou mais que perfeito do subjuntivo).

b) E a ap6dose:

I) Ira para o injinilo juturo com esse (-urura, am, um

;

os, as, a esse), se a ideia e ainda futura com relacao ao verbo daregente (isto e, na forma independente a proposicao teria o imperfeitodo subjuntivo).

77) Ira para o injinilojuturo com fuisse (-urura, am, um ;

os, as, a fuisse), se a ideia ja passou com relacao ao verbo da regente

Page 350: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 350 —

dSuVunthTindependente a Pr°P°si9S6) terla • mals que pt-rfcii,,

Forma independente

:

3 -° ^P !S°C Sl

Jdiceres

' errares, se dissesses isto, errarias( Hoc si dixisses, erravisses, se tivesses dito isto, terias errado

Forma dependente:

* „ < • i SU!°' (F

Utfh*

am> etc° fe erratu™m esse, hoc si diceres3. tipo Puto, (putabam, etc.) te erraturum fuisse, hoc s!

V dixisses.

Mais exemplos:

&;>/-/«<> te errare, si hoc^c/aj onfeceris (penso que tu erras, se faxes i ttn\Existimo te drra&™m^ si hoc facias ou Jeceris (penso we errards It???)-

tcoeresjedo isto). Existimo te erravisse, si hocjeeerUQ^^/r^Jfi^T*^Ille chat se amicum si /,.W, felicem futu/um. Affirmed /hoc mmS^Jou consent magnopere me gavisurum. Hoc tibi confirmo, si RomTe "3ou maneas, te paucis anms ad maximas pecunias esse venturum. - £is?i27feerrare on erraturum esse, sihoc Jaceres (pensei que, se tufazias isto, erraZoTtZterrado). Censebam, si hoc dcceres, tepunitum iri. Musculus leoni pollidtus est sivitae parcere ou peperctsset, gratiam se ei habiturum. - Existimo on existlLt;te si hoc dixisses, erraturum juiste {penso ou pensei que terias erado se Besses!

I

csto Undependente: si hoc die sses erravissesl . Omnibus apparifSAgesiwftse.SparUrnjuturam nonJcusse. Equidem credo CatilinaS nunquam patriae bellumdlaturum }uisse, S1 aut cives suos amasset, aut exitum belli praesensisset

Observacoes. — 1) Com os verbos que carecem de supino, o infinitofuturo com_ esse supre-se com o circunloquio fore ut ou futurum esse ut e osubjunhvo unperjedo, e o nfinito futuro com fuisse com a forma perifrLicafuturum fuisse ut e o subjuntivo imperjeito:pemrasnea

Forma independente:

3.° iipo |Hoc s

jdiceres, te paeniteret, se dissesses isto, arrepender-te-ias<Hoc si dixisses, te paerutmsset,^ twesses dito isto,ter-te-ias arrependido.

Forma dependente:

3.o tipo *£u*° (Putabam, etc.) futurum esse ut te pacniteret, hoc si diceres<Puto (putaoam, etc.

) tuturum fuisse ut te paeniteret, hoc si dixisses"

, ,1 A, -J ]

.fst'\collst ™<.-ao usa-se ordinariamente para substituir a forma invaria-vel do mfmito futuro passive (p. ex.: amatum iri) muito pouco empregada, pfex.:

Forma independente:

3.= tipo <ffoc s

jdiceres, laudareris, se dissesses isto, serias lauvado(Hoc si d.x. Sses, laudatus esses, se twesses dito isto, terias sido touvado.

Forma dependente:

5 -° tip0 ip»tZ<£utt™'ti/fUTam

fe?Se

"*I'^areris, hoc si diceres.<ruto (putabam, etc.) futurum fuisse ut laudareris, hoc si dixisses.

Bit

-W

*!§lp

life

Page 351: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 351 —5) Com os verbos depoentes e, as vezes, tambem com os passivos, o infinite

'futuro se exprime com o participio pcrfeito unido a fore, p. ex.: hoc possum dicere,me satis adeptamjore, si nullum in me periculum redundarit (isto posso dizerque, se nao me acontecer I = caso nao me aconteca) algiim perigo terel akancado osuficiente). Unum lllud tibi suadeas velim, omnia mihi jorc explicata, si teviaero (por viderim).

4) Com os verbos de poder e dever nao se usa a forma perifrastica, mas posseem lugar do infinite futuro com esse — e potuisse para suprir o infinite futurocom fuisse e aplique-se o mesmo principio aos" participios faciendum esse efaciendum fuisse, p. ex.: nego te posse resistere dolori, nisi prius volupta-tibus restiteris {digo que nao poderds resislir d dor, se nao lireres resislido antes aosprazeres) Nisi domi civium invidia debilitatus esset, Romanes videtufHannibal superare poluisse.

5) Um periodo hipotetico dependente de urn verbo que exige a construciio:do acusativo com o infinite, pode-se tambem enunciar como tendo forma diretaou mdependente,_ pondo-se o verbo regente entre dois parentesis. Encontra-se estaconstrucao especialmente no caso irreal (terceiro tipo), quando o verbo da propo-sicao regente esta no presente, p. ex.: digo que, se vivesse ainda meu pai, eu seriajeliz,dico me,^ si adhuc pater meus viveret, felicerm fore ou futurum esse outambem si adhuc pater meus viveret, dico, felix essem. Se hi cstivesses em Roma,creioque passarias inelhor, puto, si Romae esses, fore ou futurum esse ut multomelius valeres ou tambem si Romae esses, multo melius, ut op'inor, valeres.Si Hortensii orationes aud'wisses, eloquantiam, ejus, credo, in caelum sus-tulisses. Si eas urbes invasisses, op'inor, signa detulisses.

481. — Segundo e terceiro caso — periodo hipoteticodepende de uma conj'uncao que cjuer o subjuntivo ou e parte integralde uma Interrogacao Indlreta.

Nestes casos tanto o verbo da protase como o da apodosecbntinuam no subjuntivo:

a) As dependentes de primeiro e segundo tipo seguem a regrageral da consecutlo temporum.

b) As de terceiro tipo eontinuam com os mesmos temposcomo se estivessem independentes, portanto como imperfeito ou maisque perfeito do mesmo modo.

Forma independente:

1.° tipo — Hoc si dlels, erras^, se dlzes Isso, erras.

2° tipo — Hoc si dicaSj erres,, se dissesses isso, errarlas.

Forma dependente:

1 ° e 2 ° tiDo I^oxl dubito quira erres, hoc si dicas.

\ Non dubitabam cpdn. errares, hoc si diceres.

Forma independente:

!Hoc si diceres, errares, se dissesses isso, errarlas.

Hoc si dixisses, erravisses, se tlvesses dlto Isso, terlas

errado.

J;

Page 352: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Forma dependente:

/Non

,dubito (dubitabam, etc.) quin errares i 1(l

'

3.°tipo/ S1 diceres.v (

."j

\Non dubito (dubitabam, etc.) quin erravisses 1-

^

\ si dixisses. '*""'"' '"

.

Mais exemplos: \

l.o e 2." hpo — Mult! dolores perpetiuntur, ne si id non faciant incYdj,,,/ \majorem (,««,&.,• suporia,a as dares, para nao cairan numa maior, s nZoof"',en). Nondub.toqum, sl>oc«W„„,me improbaturus sis(eu nao dwidoZJlin kexprobranas, se. eu par acaso dcssesse isso). Ouaeritur si saniens L, < '3nummos flC,«™7 imprudens pro bonis, cum kfresdveri , sokUurZa sif^T- Aclebeat, pro bonis (se „,„ homem sabio thesse recebido sem „ saber moeda, /atsas

'

i

I, - jX '

'l'P'\~ N cio ^d jacerem, nki tu amicus esses (nao sei nut Iaria , *

lu nao josses anugo). Hunc t,bi commendo, at, si mens Iibertus essel. maiore stud ocommendare non posse,n (ea te recomendo esie de ,nodo tat aue ,nais nTo poderlJaze-to se.fosse meu Uberlo) Non dubito quin, si hoc iecisses, facti te paenituisfettZ"'

V Observances. - 7) No caso da irrealidade ,o mais que perfeito ativo di5rt' n T'

°S verb° s 1"e tSm SUP™ (e Portanto o participio future ativoWbsfrlue-se ord.nanamente com a conjugacao perifrastica e o perfeito e nao com o makque perfeito- e, em se tratando de uma interrogate dependente deTpSpodesertantoo/wr^focomop W, ?tte ,„*./&, p . ex .: non dubito quin hoc oi

.sto te, ,;.,, errado). Quis dubitat qum, si Saguntinis impigre tulissemus ommtotum m Hispaniam a.ersuri helium Juerim us? (Quem par aTsTd^aZe '

nos hvessenyspronarncnle auxUiado os Saguntinos, ieriamos Lado todaaguerrZ'aZa Espanha ?) Nesciebam quid responsurus^^m ou Juerim, si mihiSSla/aue,laol. ^c <fp«tnam Jactwus Jueri, em lugar de fecisses), si eo tempo™M^dl

UI'

SeS ' (

f^"?iC/7"';

^'-f:/-^, « naaueles tempos tiJsse^ 21 consul)

feLi^8.

=«hi praebuissetis aures (^^A^iV U» /^^ .«^^t,o aputidu/o uto, se me hsesseis prestado alencao). -

]

de,- n "i • t%tr

3Ca

i t*emP

fS Yrif'Ca-"Se tfmtem com as expressoes de poder ou 1A,.,,, p eM haud dubium fiut, quin nisi ea mora intervenisset castra 1

tZn tV ',

fn3°/T'

trSSent] ('-" h^« dMda aue, se naolt^sTsldo a^Taest ut %Xf^lJ^-?U

l'ma ''- ° aca.

m.P™"«l°\ Ad«° aequis viribus gesta i4 -\est, ut, s,! aiiuisseut istrusci, accptenda cladesJueril [nao fuisset)

.

J

Memoria mimiitur nisi earn exerceas. 4

482.— «) Nisi, ,r£ «5o, nega toda a proposicao, si non nego so "1l™. te™°' P-.f .: nisi impediar, proxime ad te vemam ; nisivias lulia sie, ierts.tr ad terrain; niemoria minuitur, nisieair, exerceas

; nderem, nisi res tarn gravis esset ; nisi saplentiam senibus esset, majores nostri summum consilium nonappellassent senatum; nisi Alexander essem, ego vero vellemesse Oiogenes. Mas da-se-a: si hoc non probas, scriBas mihivebm

;si tiDi no,, moleslum sit, venias ad me velim ; fuii apertumsi.Lonon nonjutsset, Agesiiaum Asiam regi erepturum fuisse

Page 353: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 353 —b) Si non usa-se especialmente:

•n I) Quando a um condicional afirmativo se opoe outro

j negative, p. ex.: si feceris quod proraittis, magnam habebo'/f;i gratiam, si non feceris, ignoscamn.

slS-II) Quando a um condicional negativo se opoe uma propo-

sicao positiva precedida de at, tamen, certe, p. ex.: si republicabona frui non licuerit, at carebo mala. Nestes casos, em lugarde si non, usa-se tambem si minus, sin minus, sin aliter, sinsecus, p. ex.: cum spe si minus bona, at aliqua tamen vivo.

"| § XIV"1

A CONJUNCAO CUM

483. — a) A conjuncao cum se constroi com o indicativo:

•1 I) Com qualquer tempo quando indica tempo, e correspondeao^noss© quando, no momento em que, p. ex.: qui non defenditinjuriam neque propulsat a suis, cum potest, injuste facit,

| quern nao defende os seus contra a injustiga de oulrem, quando o pode,. j opera injustamente.

>:;l •

Observacao. — Depois das frases est, erat, fuit, erit(tempus ou dies)cum, ha, kavia, lioune, havera um tempo {um did) em que... usa-se tanto o indicativocomo o subjuntivo, p. ex.: fuit tempus ciim Germanos Galli virtute superarentou superabant, hoiwe um tempo em que os Gauleses eram superiores aos Germanos

WMxjyem valor.

IT) Quando indica acao que se repete habitualmente (cumiterativo) e significa todas as vezes que, p. ex.: cum ad te veni,omnia narro.

Observagoes. — I) Neste caso o portugues usa os mesmos tempos tanto:

:na proposicao principal como,na dependente, ao passo que a lingua latina, quandoa acao da dependente e anterior, usa na dependente o perjelto, se na principalhouver um presente; omais que perfei/o, se na principal houver um imperfeito; oujuluro perjeito, sc na principal houver um future imperfeito, p. ex. : todas ,is fezes quevou ler contiijo, narro ludo, cum ad te veni omnia narro; todas as vezes que iater contiflo, narrava-te ludo; cum ad te veneram omnia narrabani ; todas asfezes que ire i ler coniir/o narrar-te-e t ludo, cum ad te venero OiTrmia narrabo

-,:.. (cf. n. 412, e, II, 2, obs. /, pag. 296).

2) A mesrna regra usa-se com quotiens c depois dos pronomes e adverbiosem -cumque, p. ex.: ubicumque, quocumijue, etc., p. ex.: quocumque cir-cumtuli oculos (para qualquer lado eu olhe) plena omnia video animorum acroboris.

III) Com o presente (historico) ou perfeito quando servepara indicar qualquer cousa de inesperado e repentino, p. ex. : Hanni-bal

.jam subibat mures, cum repenre in eum erumpunt

^Romani, jd Anibal se achava sob os muros, quando repentinarnentese langam sobre ele os Romanos; vixdum epistulam tuam legeram,cum ad me Curtius venit, mal acabava de ler atua carta, quando eis

que Curcio veni ter comigo.

Gramatica Latina, 23

Page 354: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

mmm?

554

(cf.n. 4S0

Vl pag" So)'" '

CUm C°m ValM dedarallV0 C°m° *«*V) Cum pode ter tambem o valor de aWi/e ei,-/e temnn(trequen.es vezes cum interim, cum interea) para indicar ,-mfato contemporaneo ao da principal. mode e o indicative e em amb"as propos,coes temos os mesmos tempos: imperfeito ou perfeifo

p. ex^Piso ultimas Hadriani maris oras petivit, cum interimOjrrhachii milites domus obsidere coeperunt, i>/>« ^>/,,/,, ,at femu- afastadas do Adridtico c durante este tempo os sol^ado <-co»^caram a sdiar as casas de Dirraquio.

b) A conjuncao cum se constroe com o subjuntivo:

/) Ouaiido indica a causa, a razao de uma acao, p ex •cum bonis sis, valde te diligo, sendo iu bom, muilo te amo%\ '„'

451, a, pag. 331).v

__II) Guando tern signincacao adversaiiva e corresponde aslocucoes ao passo que, enquanto, etc., p. ex.: in hoc certe te laudocum m ceteris rebus laudare possira (cf. n. 475, g, pag. 343).

#///) Quando tern valor concessive e corresponde a j* fe/n /,««.ainda que p ex.: Phocion fuit perpetuo pauper cum ditissimus

esse posset (cf. n. 467, d, pag. 338).

•j •

IV),9Uando iem valor ^stdrico ou narrativo, procurando

evidenciar a hgacSo e a sucessao dos Jatos, p. ex.: Caesar, cumliostium msidias timeret, cautius procedere jussit, Cesarcomo receasse alguma cilada dos inimigos, mandou avancar mai'scautelosamenle (ct. n. 475, /, pag. 343).

V) As vezes cum (era valor temporal e causal, neste caso opresentee o perfedo podem estar tanto no modo indicativo como nosutyuntivo; o imperfecta e mats que perjeito semprc no subiuniivo pex.: fe, cum isto animo es, satis laudare non possum, p™fc parldhas de tats sentimenlos eu nao posso elogiar-ie suficienlemenie;cum vita msuharum plena sit (ou est), ratio ipsa monet ami-citias comparare, eslando a vida chela de ciladas, a propria razaonos aconselha a procurer as amizades; cum longius necessarioprocederent, adoneoatur, quando avancavam mais aue o necessarioassalta'.'a-os.

, ,

VI\N

fl correlacao de cum-tum, como... assirn; par tun

lado... par oulro lado; e... e; tanto... como, usa-se o indicativo nos verbosde

:

ambos os membros, se as supra-mencionadas correlates se li-rmlam a s.mples con;uncoes; ao passo que se usa o subjuntivo como yerbo do pr.me.ro membro dependente de cum, se houver tambema Klca de concessad, oposicao ou causa, p. ex.: cum ipsam cogni-tionem ,u„s augur,, consequi cupio, turn mehercule Lismcredibiliter studus delector, como eu desejo adquirir o conheci-mento do diredo augural, assim per certo comprazo-rne infinitamente

Page 355: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

&— 355 —

do tea amor para comlgo; cum plurimas et naaximas cornmodita-tes amicitia contineat, turn ilia nimirum praestat omnibus,

(V;| quod debilitari ammos lion, patitur, co/tzo a amizade oferece

}.}, muitas e grandes vanlagsru; assim e principal a que impede o abati-

J mento do animo.%

5| Observagao. — Se o sujeito da principal for igual ao sujeito da dependen--1 fce, o cum pospoe-se ao sujeito, p. ex.: Alexander, cum intereirsisset Clitttixi

jfamiliarem suum, vix a se man us abstlnmt, Alexandre, icntlo malada o sea

i dmi.jo CILio, por pouco nao ft: stitcidou. Se os sujeitos, porem . forem dit'erenles. o cami geralmente precede, p. ex.: cum Caesar hostium Insidias (imeret, miiites-| cautius procedere jussi sunt, receando Cesar alguma cilada do.; iiiimii/o-y, innndou

| .que o,t .totdados avanca.rsem ma if caulelasamcntc.

CAPITULOflX

DISCURSO INDIRETO

484. — Referindo palavras aiheias ou proprias, podemosseguir dois metodos: o do discurso direto (oratio recta) e o dodiscurso indirete (oratio obliqua).

1." •— Verbos introdutivos.

485. — A) No discurso direto :

a) Usanvse as mesmas palavras empregadas pelo que as

pronunciou e usa-se o verbo inquam que se intercala regularmentedepois de uma ou mais palavras, seguido do seu sujeito, se este for

expresso, p. ex.: animus aeger, inquit Ennius, semper errat,.'o animo jraco, diz Enio, sempre erra. Mas se com o sujeito houverum participio, um adverbio ou locucao adverbial, como por exemploturn, deinde, hoe loco, etc., o verbo conserva o seu lugar, mas o

sujeito coloca-se antes do discurso direto, p. ex.: turn ilie ; nego,inquit, verum esse, e.niav ele: Nego, disse, que isLo seja oerdade.

b) Tambem para reatar o discurso, onde o portugues usadigo, o latim serve-se de inquam, p. ex.: nostra est, nostra est,

inquam, haee gloria, e no.yja, e nos-sa, digo, esia gloria. — Inquiesserve para prevenir uma objecao, p. ex.: quid ad xstas ineptiasabis? inquies, porque passas a razoes jrivolas? objeiar-me-as.

c) Tambem dico e aio usam-se as vezes no discurso direto

em lugar de inquam, mas com as seguintes restricoes:

/) Dico supre inquam nas i'ormas de que carcce, e nasi'rases: dices, dices fortasse, dicet aliquis, e regularmente esta

fora do discurso direto, p. ex.: Timotheum ferunt dixisse : Ve~strae <juidem cenae jucundae sunt, narrate que Timoleo disse:

Yossos janlares aa verdade sao aprazii'eis; dicet aliquis: Nolrnsto

Page 356: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Ppl356 —

modo agere cum Verre, dird alguem: Nao aueira? anir «Verres; vulgo dicitur : Jucundilcti Uh^ZZ.ZlTAsjadigas passadas sao agradweis.

e dlZ:

II) Mo e precedido de ut, que forma com o verbo Umapressao em forma de parentese. Esta expressao deve slrTnter^ Tnas palavra. que so referem em modo direfo, e e seguidaTo Su^p. ex. ut ait Cicero, como diz Cicero; ut aiebat Cato, como l»!f

T7\dT ?am°; qui( = 1uo^do) potest esse vita viS]

""

ut ait Ennms, quae non in amid mutua beuevolentil el'

qmescat? como pode ser digna de sen Ma a Uda como diz Pquenaodescansa na bencvoltncia reciproca d urr, amino? TU°mistocles, ut ait Thucidides, ad Artaxersemt <J£ T - fdes, Como diz Tucidides, Joi ten com AriaxerTeT ' ^^tido de- n\f

dig^° d

j.rePar° ° uso de mguit impessoal com o serfado de. o homem dcz, dtzem, dcz-se, especialmente quando se trata drefenr uma ob;ecao, p. ex, nihil est, inquit (=£ diz), malum

Tn ^S^^tmq^tS ^tutel^^=.^ (ou meus parabens pdo teu mlo^ s

eufeXS)

to,

sen-

e

no seuhujusce modi veVaWui £1!^7; °S SegUmtes m°d

<Ls ^roliutivos

orationem habuit (/^V AdherbSem"^^"^ "f'

afZo); huJusce modi(«fe«); hocmodo disseruS (/Am) tti

S

a fecit f,Tw 1

I

°Cutu^. accepimussus est (£fcm); turn Hannibal (subenWd^n n l(f T 'v

alw* °^ationem exo1"-

tentiam respondit (idem)^subent^clido o verbo) (idem); in hanc fere sen-

modos-;nSodeuS°e

CaS (ll^aru^ e^w"^ ° 1-toriador osseguinies

B) No discurso indireto :

l«i

Jit

will

•fill!

Page 357: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 357 —dicit Ennius, semper errare — Ennius dicit animum aegrumsemper errare — Ennius animum aegrum dicit semper errare,diz Enio que o anlmo jraco sempre erra.

2.< Pronomes pessoais.

486. Os pronomes pessoais na passagem da oratio rectapara a obliqua sofrem as seguintes modificacoes:

a) pronome da primeira pessoa (ego, nos) do discursodireto, tanto nas proposicoes principals como nas secundarias, e.substituido pelo da terceira pessoa sui, sibi, se, p. ex.:

Oratio recta

Perfuga Fabricio dixit:

Si praemium mlhl proposueris,ego Pyrrhum veneno necabo, o

deserter disse a Fabricio: Se mederes um premio, eu envenenarela Pirro.

Oratio obliqua

Perfuga Fabricio polli-

citus est, si praemium slbl propo-suisset, se Pyrrhum veneno neca-turum, o deserter prometeu aFabricio que, se the llvesse dadoum premio, envenenaria a Pirro.

Note-se, porem, que nas proposicoes secundarias do dis-curso mdireto se usara ipse (plural ipsi) nos seguintes casos:

I) Ouando o pronome da primeira pessoa na proposicaosecundaria esta. em nominativo ego, nos, p. ex.:

Oratio recta

Ad haec Ariovistus res-

pondit: Si ego populo romanonon praescribo quemadmodumsuojure utatur, non oportet mea populo romano in meo jure im-peding a estas cousas Ariovisterespondeu: Se eu nao prescrevoao povo romano como deve usardo propno direIto, nao devo sereu estorvado pelo povo romanono exercicio do meu direito.

Oratio obliqua

Ad haec Ariovistus res-

pondit: Si Ipse populo romanonon pracscriberct quemadmo-dum suo jure uteretur, non opor-terc se a populo romano suo jureimped iri, a estas cousas Arioviste

respondeu que se ele nao prescre-via ao povo romano como devlausar do proprlo dlrelte, naoaevia ser ele estorvado pelo povoromano no exercicio do seu di-

reito.

IP) Quando esta em oposicao ou correspondencia.com outrapessoa, p. ex.:

Page 358: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

358 —

I

Oratio recta

Ariovistus ad postulataCaesans respondit: Vt mini con-cedi non oporteret, si in Roma-norum fines impetum facerem,sic item Romani sunt iniqui,quod in meo jure me interpellant]Anouisto respondeu aos pedido'sde Cesar: Do mesmo modo que.se me nao toleraria se eu fizesseuma incursao no terrilorio roma-no, assim tambem os Romanossao mjustos porque me estormmno exercicio do men direito.

l>) Os pronomes da segundapelo da terceira file, e tambem por

Oratio obliqua

_

Ariovistus ad postulatayaesans pauca respondit: Utipsi concedi non oporteret, is Jnnostras fines impetum fa'ceretsic item nos esse iniquos, qUocjm suo jure se in terpeliaremusArwinsto respondeu breoementeaos pedUos de Cesar (dizendo)que do mesnio mode que nao sedevena tolerd-lo se Jizesse umaincursao em nosso territfrio, as-sim tambem no's eramos injuslos.porque o estorvavamos no exerci-cio do seu direito.

pessoa (tu, vos) sao substituidosis, p. ex.:

Oratio recta

Antonius scripsit Atti-co: Ego ie de proscriptorum nu-njero exemi, Antonio escreveu aAtico: Eu le tirei da lista dos pro-scritos.

Oratio obliqua

Antonius scripsit Atti-co se eum de proscriptorum nu-Bierp exemisse, Antonio escreveua Ahco que o tirara da lista dosproscrdos.

Is ou ffle%}lllTrmeS d& terC6ira peSS°a Wc

'iste substituem-se poris> ou me

,itie e is beam mvanaveis, p. ex.

:

L

Oratio recta

Hie dies, inquit Ju-gurtha., aut onirics labores etvictorias confirmabli autmaximarum aerumnaruminximm erit, este dia, exclamoudugurta, ou coroard lodas as ja~aitjas e vitonas ou sera o prindoioaas maiores desgracas.

Oratio obliqua

• Jugurtiia monuit il-

ium diem aut omnes labores etvictorias confirmaturum autmaximarum aerumnarummltium fore, Jugurta disseque aquele dia ou teria cofoadolodas as Jadigas e Glorias ou.

Lena stdo o princlpio das miaoresuesgraca.s.

tuem-se S^l^t™ "^ !n°mter d° discureo *«*> substi-

-?°r SUUo'Sua

'suum

' t««s e vester por ejus, eorum;

%

;*r •« f ' )UU1"' t-uus e vester oor eitiJims, ,IIorum e tambem por suus, quande ni Luv ;r ambigm-

L&i

Page 359: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 359 —Resumindo quanto ficou dito a respeito dos pronomes, em

geral, pode-se dizer que os pronomes que se referem ao orador, nodiscurso indireto exprimem-se com sui, sibi, se ; suus ; os pronomesque se referem a pessoa de que se fala exprimem-se com Is, Hie, p. ex.:Ariovisto as perguntas de Cesar respondeu que ele tinha passado oReno nao por sua propria vontade, mas aos rogos e pedidos dos Gduleses;que nao ele aos Gauleses, mas sLm os Gauleses a ele tinham declaradoguerra, Ariovistus ad postulata Caesaris resposndii ; iransisseRhenum scse non. sua sponte, sed rogatum et arcessltum aGallis ; non sese GaSlis, sed Gallos sibi bellum intulisse.

3." --- Adverbio de tempo.

487. — Os adverbios de tempo sofrem as seguintes mo-dificacoes:

Oratio recta

Hodie = hoc die

eras

heri

adhuc = ad hoc tempusnuncetiam nunc

Oratio obliqua

eo die, illo die

postero die

pridie

ad id tempusturn, tuncetiam turn.

Observagao. — No discurso iudireto, especialmente nas antiteses, usa-seas vezes nunc em lugar de tunc, o que e permifcido quando se quer indicar constpresente.

4.° — Modos do verbo.

488. — Na passagem do discurso direto para o indireto,tanto as 'proposicoes' principals como as dependentes ou secundariassofrem as seguintes modificacoes:

A! PROPOSICOES PRINCIPAIS

489= - (?) As proposicoes principals, que no discurso diretoexpriroem u.tn a assercao ou uma narracao c tern o verbo no modoindicative, no discurso indireto se constrosm com o acusativo e oinfinifo, p. ex.:

Oratio recta

Civis romanus sum!Sou cidadao romano!

Oratio obliqua

Clamabat ille se ci-

vem esse romanum, grilavaele que era cidadao romano.

J

Page 360: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

360

Nemo ante mortem Solon dixit nemibeatus est praedicandus, nem ante mortem beatumninguem deve chamar-se jeliz an- esse praedicandum, Solao distes da morte. se aue ninguem deve chamar-se

fehz antes da morte.

_£) As proposicoes principais que no discurso direto exprimemum dese;o, urn mandado, urn conselho, uma exortacao, assim como

as interrogativas com o subjuntivo potencial, dubitativo ou exortativo e tern o verbo no imperativo ou subjuntivo potencial, dubitativoou exortativo, no discurso indireto se constroem com o imperfeitodo subjuntivo sem ut as afirmativas, com ne as negativas.

porem, forem mais de^Observacoes. — 1) Se as proposicoes afirmativas,

uma, a primeira, e so a esta, pode-se antepor ut.2) Duas ou mais negativas unem-se entre si com neve ou neu.J) ism lugar do subjuntivo imperfeito pode-se usar o subjuntivo present,,quando o verbo regente tor um presente historico.

P^sente

Oratio recta Oratio obliqua

mi.

.

Turn Marius dixissefertur hostes vehementemimpetum facturos esse ; mill-'tes eum sustinerent, ne lococederent., narra-se entao queMdrco disse aos soldados que osinunigos terlam assaltado via-

lentamente, que resistissem e quenao recuassem Um passo.

Dux hortatus est mi-milites dixitque ne hostium.numerum timerent, strenuepugnarent, o capital animou ossoldados e Ihes disse que nao te-

messetn e que combatessem valo-

rosamente.

Ille clamitabat quishoc sibi persuaderet, ele an-dava dizendo quern o teria podidopersuader dish.

c) As proposicoes principais interrogativas com o sujeito dasegunda pessoa e que no discurso direto querem o indicativo, nodiscurso indireto passam para a tereeira pessoa do subjuntivo,atendendo-se que em relacao com umpassado naproposicao regente,o presente oo dtscurso direto substitue-se pel® iraperfeit©, e operfeito pel© mais que perfeito :

Turn Marius : Hos-tes, inquit, vehementem im-tum facient; eum sustinete,milites, nolite loco cedere!Entdo Mario disse: Os inimigosassaltardo ciolentamente. Resistl,

6 soldados, nao recueis um passo!

Ne timeatis ( =ne ti-

mueritis), milites, hostiumnumerum, strenue pugnate,nao temais, 6 soldados, o numero

I'alorosa-dos inwugos,

mente.combalei

Quis hoc mihi per-suadeat? Quetn me poderia per-Siuadir disto ?

Page 361: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Oratio recta

Quid tandem vere-mini, milites, aut cur de ves-tra salute desperatis? que te-

meis, 6 soldados, ou porque deses-

perais de vossa salvagdo ?

Quid tandem veritiestis, milites, aut cur de ves-tra salute desperavistis?que temestes, 6 soldados ou porquedesesperastes de vossa salvagdo?

— 361 —

Oratio obliqua

Caesar allocutus estmilites quid tandem vereren-tur, aut cur de sua salute des-perarent, Cesar dirigiu a palavra

aos soldados (perguntando-lhes)

o que temessem ou porque deses-

perassem de sua salvagao.

Caesar allocutus estmilites quid tandem veriti

essent, aut cur de sua salutedesperavissent, Cesar dirigiu apalavra aos soldados {perguntan-

do-lhes) porque tinham iemido ouporque tinham desesperado de

sua salvagao.

d) As proposicoes principals interrogativas retoricas, isto e,

com o sujeito da primeira ou terceira pessoa, traduzem-se em regracom o acusativo e o infinitd, raramente com o subjuntivo.

Observacao. — pronome se, que indica o sujeito da primeira pessoa,na_ construcao do acusativo com o infinito, pode-se exprimir corno omitir (cf. oprimeiro exemplo abaixo):

Oratio recta

Si veteris contumeliaeoblivisci volo (ou velim), numetiam recentium injuriarum me-moriam deponere possum (ou

possim) ? Se quero esquecer o anti-

go ultraje, poderia talvez depor alembranga das injurias recentes?

( = ndo posso esquecer as injurias

recentes).

Quid est ievius aut tur-

pius quam, auctore hoste, desummis rebus capere consilium ?

que kd de mats teviano ou vergo-

nhoso do que iomar uma resolugao

a respeito dos negocios mais im-portantes por aviso do inimigo?( — nada e mais leviano ou vergo-

n/wso do que...)

Oratio obliqua

Caesar respondit: Si

veteris contumeliae oblivisci vel-

let, num etiam recentium inju-

riarum memoriam deponere pos-se ? (subentendido se) Cesar res-

pondeu que, se quisesse esquecer o

antigo ultraje, poderia talvez depora lembranga das injurias recentes ?

Tribuni militum nihil

temere agendum existimabant;

quid esse Ievius aut turpiusquam, auctore hoste, de summisrebus capere consilium ? Os tri-

llunos dos soldados pensavam quenada se devia jazer precipitada-

mente (e perguntavam) o que haviade mais leviano ou vergonhoso doque lomar uma resolugao a res-

petto dos negocios mats itnpor-

tan tes por aviso de inimigo.

i

Page 362: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

562 —

B) PROPQSJCOES DEPENDENTES

49Q " 7~ a) Todas as proposicoes dependences, sejani cmais

iorem, por reienrem o pensamento da proposicao principal (isto co pensamenio de outran e nao o do escritor) no discurso indiretose exprimem como subjuntivo, ao passo que no discurso diretotenam o verbo no indicafrvo ou no subjuntivo.

h

III

Gratio recta

Apud Hypanim fluvi-

um, inqtiii Aristoteles, bestio-iae quaedam nascuniur, quaeunum diem vivunt, perlo do rioHlpane, diz Aristoteles, nascentuns insetos que vivem am dia so.

Oratio obliqua

Apud HypSnim Huvi-um Aristoteles ait bestiolas quas-dam nasci quae unum diem vi-

vani, Aristoteles asseoera que per-io do no Hlpane nascem uns inse-

tos que vivem urn dia so {pensa-menio este de Aristoteles e nao do

• escritor Cicero).

b) Com relacao aos tempos, em geral, vale a regra da con-secutio lemporum, pelo que se o verbo rege a oratio obliqua e urnpassado, as dependenies, em regra, exigem o imperfeito e mais queperieito do subjuntivo. Contudo, as Kcencas dos classicos neste pontosao numerosissimas, especialmente nos discursos de una ceria exten-sao. Ai, o escritor, para maior vivacidade da narracao, depois de urnpassado usa urn preserve ou perfeito onde esperariamos urn imper-teito ou mais que perfeito ou iambem alterna os tempos orincipaiscom os mstoncos, p. ex.: ad haec, quae visum est,' Caesar res-pondit, sed exltits fuit orationis : sibi nullam cum lis (Germa-ns, ainicitiaxa esse posse, si in Gallia remanerent; aeque verumesse, qva auos tmc-s iueri 31on potuerint. alienos occupare. . j,m

,

S! i>cU^' in Ubiorum finibus consider^ quorum sintlegati

apuu se- -Cesar respondeu a isto o que Ike pareceu corwenienle, mas oresale ao oiscurso jo- que nenhuma amizade podia exisiir enlre Cesare eles, se permanec.essem na Gdlia; nem era razocwei que os que naopuderam defender seu terrilorio ocupassem os dos oulros... que Ikes eraLiciio eslaoe.ecer-se, se quisessem, no territorio dos Ubios, cujos embai-xadores eslaoam junto dele (Cesar) —De Bello Gallico, Uvro*IV,cap &Outros cxemplos de mudanca na consecuiio lemporum encontram-se.

xxiv")em

'

De Be!!o GaIHco l'

I4; h 31; "- Tito Uvio

Page 363: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 363 —Qbservaeoes. — 1) As vezes no discurso indireto o aular insere uma ob-

servacao que e sua; neste caso usa o indicativo, como no exemplo acima citado queera Cicero (Tu.)c. 1, 39, 94) e integralmente assim: apud Hypanim fluvium, quiab Europae parte in Pontum influit (modo indicativo porque e observacaode Cicero), Aristoteles ait bestiolas quasdam nasci, quae unum diem vi-vant (modo subjuntivo porque ai se refere parte das palavras dc Aristoteles),ilnsloUlcs assevtra que nas margcns do rio Htpane, que do /ado da Europa desagua noPonlo, nasceni ccrlos anitnaizinlios que invent uni dia .«>'.(Cf.tambemCoraelio Nepos:luimcncs Vv 4).

.?) As vezes no discurso indireto as proposicoes relativas devem-se conside-rar como coordenadas a proposicao principal, e nao como subordinadas, razao ,

por que se podem construir com o acusativo e o infinite Nestes casos qui esta por ethie, et is ; un.de por et iii.de. ; ubi por ibi, etc., p. ex.: unuraquemque nostrumceosent stoici mundi esse partem ; ex quo ( = et ex eo) illud natura consequiutcommuuem utilitatem nostrae anteponamus (a proposicao illud consequivai coordenada com a outra esse partem), pen-ram os estoicas que cada uni dc nose parte do mundo, donde tialuralmenic promana que a,nieponhanws a no.rsa a utilidadccotnum.

J) As proposicoes fcemporais que no discurso indireto devem estar no sub-juntivo seguem as regras da conseculio lemponun; mas precedidas das conjuncoespostquam, ut, ubi, cum primum, ubi primum, antequam e priusquam,frequentes vezes de dum, quoad, encontram-se com o perjeilo onde esperariamoso maU que perjeilo do subjuntivo. Ha exemplos ate do indicative.

CAPITULO X

A CONSTBUgAO : A) DA PROPOSSgAO E B) DO PEfflODO LATINO

A) C»nsifcria§i&« ^a f>¥«iM»8i$iio

§ I

Construgao normal.

491. — a) Como se dispoem no. proposicao os elementos c/ue acompoem: sujeito, predicado e complementos.

sujeito com seus complementos abre a oracao, em seguidaveem o objeto direto e os outros complementos, o predicadovein no fim, precedido de seus complementos, p. ex.: nos hie cumPompeio fuimus; Quintus frater mihi scripsii, se, quoniam. Ciccronemsuavissinuan secum haberet, ad te Nonis MajJs {no dia sete de Maid)venturam.

Observacao. — As vezes os complementos cii-cunstanciais tambem prece-dem o complement© objeto direto, p. ex.: cum Carthai/inienses et in. pace et perindutias nudta nejaria jacinorajecis-senl...

b) Como se juxlapoem o.y varies elementos logicos ougramaticais da proposicao

I) O atributo.

1) airibulo em geral precede o substantive a que se refere,

ficando as vezes separado do mesmo, p. ex.: magnus i>ir, magnaurbs, hoc mare, magnum animo accept dolorem.

Page 364: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

it*!'

ii — 364

SSm: '""'

""**"*" ,ore°sia

- -—^ s

<^' ~3) D°iS atri

^u

,

tos<3ue

?e referem a um s6 substantivo assimse dispoem, p. ex.: indoles egregia etpraeclara « egregia etpraS

Sir e9re9ia ind°leS "^^"""nunca^^lSE

/) O aposto.

Para a colocacao do aposto cf. n. 174, c, pag. 181.

///) O pronome.

1) pronome possesswo se coloca quase semDre der.™ J

3) Juxtapoem-se muitas vezes os pronomes que se referemquer a mesma pessoa, quer a pessoas diferentes, ?q

ex tuS/*^ Porciae menUonem jacis; Iitteras a te mihi,^W^S««/««* mei mea mihi nan me ipsum ademeruntreddidit,

IV) O complement© predicative.

.

complement predicated fica separado do substantivoper meio do verbo,p.es, Themistocles ferocforem reddidTcltZ.

V) O infinite

. .

//i/m/fo em regra precede o verbo que o rege p ex •memonam nostn quam maxime longam efficere debemus turpe esseducunt; serere non sintmus.<-wnus, tuipe esse

VI) O genitive.

n P„ . ,

;1) 9^"'?"" fica as vezes separado da palavra que o rege,p. ex.: si quid ctf (n me lngenii.

S

~) O genitwo, quando se lhe quer dar um War de relevnprecede o substantivo que o reee e se e^ f™ .,„« i j , '

atrib.ito m<:f„m , •<• c-S or acompanhado de umatributo, costuma o gemtivo bear entre o adjetivo atributo - o substantivo, p. ex

: ventatis amicus; universae philosophise Ituperato-

^cTt^r " *"*"* Vark ^™ ^diciafrgt

_iil

Page 365: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 365 —3) A colocacao: a) de urn genitivo que depende de dois substan-

tivos oub) de dois genitlvos que dependent de um substantlvo obedeceao seguinte exemplo: a) instltuta ac leges Romanorum ou Romanoruminstltuta ac leges ou instltuta Romanorum ac leges, mas nunca: instl-tuta ac Romanorum leges.

\ t>) Orationes Ciceronis et Caesaris ou Ciceronis et Caesaris.

orationes ou Ciceronis orationes et Caesaris, mas nunca: Ciceronis etorationes Caesaris.

VII) O vocativo.

O vocahvo intercala-se regularmente depois de uma, duasou tres palavras (cf. tambem n. 244, b, pag. 216), p. ex.: te hortor,

|mi Plance, ut in rempublicam incumbas, mas encontra-se tambem:nemini video dubium esse, judices, auin, etc.

<j VIII) O ablative absolute.

Notem-se as vezes os termos do ablatlvo absoluto separadospor meio do sujeito da proposicao, p. ex.: hac re statim Caesar perspeculators cognita, exercitum castris continuit.

IX) Complementer adverbiais e adverbios.

1) Os complements adverbiais e adverbios precedent a palavrav

jque os rege, p. ex.: prudenter a majoribus posita; dignus Herculelabor; homo virtute praeditus.

2) Os adverbios quam, nimis e os que reforcam o comparativomulto, paulo, etc. ficam separados do adjetivo que modificam, p. ex.:quam autem civitati carusjuerit; multo ejus oratio esset pressior.

X) As preposicoes.

1) As preposicoes, em regra, precedent o proprio cornple-mento; contudo, as preposicoes versus e tenus sao sempre pospositi-vas; as vezes tambem contra, inter, propter pospoem-se ao pronomerelativo, p. ex.: Romam versus, ad oceanum versus, (tambem: versus

^ oppidum); Tauro tenus, Cumarutn tenus; ii quos inter divisae suntpartes, aqueles entre os quais foram divididas as partes.

:;I

_2) Os dois ablativos causa e gratia e ergo, usado como pre-

posicao, pospoem-se sempre ao substantivo, p. ex.: amici gratia hocV, jaciam; illlus ergo venimus, por amor dele e que nos viemos.

i 3) Nao pode seguir uma preposicao apos outra preposicao,

^por exemplo, nao se pode dizer: cum ex Italia projectis hominibus,

jmas dir-se-a: cum hominibus ex Italia projectis ou: cum projectis ex

is Italia hominibus; de rebus in urbe gestls e nao: de in urbe rebus gestis.

Page 366: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

"'1

— 366 —"

!

4) As encliticas que e i>e nao se unem a apud, nem as n, ,

'

sigoes monossilabicas a, ab, ad, ab, sub, mas a palavra se, ;',

"" '

Contuao, as vezes, a enclitica que se encontra unida a eX e /„ e so

1

regularmente as outras conjuncoes rfe, W^, pro, cum etc /e por Cesar a Caesareque; ad O^r^que e nao: ague "d,'.^'nem: adque Caesarem; in ea/nque rvwi ou: inque earn rem- e conf

'

os mimigos, contraque /wfer. ' contra

o) Quando duas ou mais preposicoes reeem o mesmn ,„ '

en, portuguSs, este se pode cxprimir' depois da ultimT

"

Zl*^ao passo que em latin, deve-se rcpetir o nome depois de «jE^s.cao, p . eX, iora e de„tro dos muros< extra mJ mtr *Z2Z *e nao: extra et intra »wot/«. * 'noenia

.;s

6) As vezes um pronome pessoal em caso nominative n„"

acusahvo separa a preposicao per do proprio complemento p e

°

V&r egote,jdi, precor. • P- ex..

7) E' digna de observacao a colocacao da preposicao »nt,v ^o advetivo que precede e o substantivo que segue p^h -2

<//W«V *#„, de rebus; magna ex ^,&; Into in W^. ^ ^J

8) Em geral as preposicoes nao se separam dos seus comnl,mentos. Contudo, pode-se intercalar o genitivo tambem quand"em %acompanhado cle suas determinacoes, p. ex, de Catilinae cZ/urd !

SatesPertment ad earum ™um, quibus utuntur homines, fa-

'

Note-se a interposicao de adverbios nas frases construidas -com o gerundxo, gerundivo e partidpio, p. ex, ad bene be^et^'endum^de pvnedave rebus gestis."^.tequt, -,

T , , .

A exce?a° d° genitivo, e rara a interposicao de outro caso

r«r W;«'nTntra

"^' P°r 6XCmpl0:'" belk ^ntihus (Livio); ad,er-fus nosliha ausos (idem;. '*;

9) Depois das preposicoes construidas com o *cus?l-Vo "

\Pode-se acrescentar enim, .era, aulem, p. ex, ^/ enim Chrysippum -!

(Cicero); post vero 6W/«e victoriam (idem).

A7) As conjuncoes.

Sed, venun, at, atqui colocam-se em primeiro lu°ar* '

Vero e aulem_

se coiocam sempre depois de uma ou duas palavras.llaque, cm primeiro lugar.IgUur, geralmentc em segundo lugar.Ergo, em primeiro ou segundo lugar.Tuum, sua colocacao ordinaria e no segundo lugar, rararnente no

j-eiceiro -- auiem, igUur podem as vezes ocupar o terceirougar com a iorma verbal est, quando est ocupa o segundougar da proposicao, p. ex.: ^V est enim...; ,reW c,-/ igitur.JWambem: fl/,„^ prudentes enim; /Mc disciplinae igitur(Cicero) °

_Jj

Page 367: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 567 ---

Quoque, pospoe-se sempre, p. ex.: hi quoque, fill ml^Quldem sempre pospositiva, p. ex.: ego quidem; Caesar quiciem.jUt final e consecutivo e as vezes precedido por urna pakvra e quase

sempre negativa, p. ex.: i>lx at, nemo u.t paene at — emlugar de: ut vix, ut nemo, etc.

;:Non, quando se refere a uma s6 palavra, sempre a precede, p. ex.:

otu jruclus est non conlenlio anlml, sed relaxallo. -- .%«guando se refere a toda a proposicao, ordinariamentepre-ceae toda a frase ou o verbo, p. ex.: non e/yo «,-„„/ hominesdelicus dtjjluente,f audiendi; cur lanlopere. te angas, Intcllegerenon possum; urbs capia non est.

A conjimcao non, separada da proposicao prin-cipal, confere-lhe eficacia particular, p. ex.: non, si lib Iea res grata fulssel, essel etiam probata.

Cum (conjuncao) — Se o sujeito da proposicao principal for igual aosujeito da dependente, a conjimcao cum pospoe-se ao sujeitop. ex.: Alexander, cum interemissel Clilum famlllarem suum,fix a se manus abstlnult.

Se os sujeitos, porem, forem diferentes, a conjun-ct cum geralmente precede, p. ex.: cum Caesar hostluminstdias twwret, mdltes cautlus procedere jussl sunt (cf n48o, b, VI, obs., pag. 353). ' ' '

XII) Oposigao de duas palavras.

Para opor duas palavras:

^ yma aP6s a outra< P ex - : P^ris dictum sapiens temeritas

filu comprobavd; non semper viator a latrone, nonnumquam etiamiatro a viatore occiddur.

_ 2,. Uma no comeco da primeira proposicao e a out™ no nn-da segunda, p. ex.: evolarat yarn e conspectu fere fuglens quadrlremlrcum etiam turn ceterae naves uno In loco moliebantur; milvo est quod-dam bellum quasi nalurale cum corvo.

3) Uma no principle' da. primeira proposicao e a outra no, da segunda, p. ex * '

"

lustonas scrlbere institull.

~, w.u.. „„ ^uuli^u ud primeira proposicao f> a oucomeco da segunda, p. ex.: ab aclulescentia conjee it oraftones, senex

. 4) Ambas no fim das proposicoes, p. ex.: defendl rempubll-cam adulescens, non deseratn seneex.

Ofaservacao. — Se5e as palavras se correspondem na ordem inversa, estp

„, „*- r""-7 ' '•""' 1S ° e

'Cfuz'tnianlo, p. ex.: ratio nostra consentit nur--mf"

.^37(£g C01'PUS a""m,S !;C '"'liie— '••-•'•/' l»c opus, labor hie ?cf n 4%f%

XIII) Relevo de um termo.

Para dar relevo a um termo, pode-se repetir este termo-adiante de cada membro da frase (anajora), p. ex.: nihil ne le nociur-num praesidium Palalli, nihil urbts vigllac, nihil timor popnli, nihil

Page 368: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Wm

— 368 —

nihil..., nihil... moverunt ? Tibi uni multorum civium neces, tibivexaho direptioque sociorum impunitaju.it ac Libera, tu, etc.;'meisconsilius, meis Laboribus, mei capitis periculis rempublicam liberavi(Cf. n. 496, 6, pag. 370).

XIV) Relevo de uma ideia.

Para dar relevo a uma ideia de uma mesma proposicaoaproximam-se duas formas diversas da mesma palavra ou duas p'ala-vras que (em entre si ran nexo logico muito estreito, p. ex.: arma armispropulsantur; vim yi repellere; homines hominum causa sunt generateut ipsi inter se alii prodesse possint; mortali immortalitatem no'narbdror esse contemnendam; suum cuique redde

§ II

Qutras construgoes da proposigao.

492. — O latirn, gracas a copia de suas flexoes, pode maisfj

facilmente que as linguas modernas variar a estrutura da proposicao' l razao por que muitas vezes esta se afasta da normal de que falamos

no numero 491, a, pag. 363.

Poe-se no primeiro ou no fim da proposicao o termo que sequer fazer sobressair. Assim, em lugar da construgao normal: Alexan-der ad Arbela Barium vicit, dir-se-a:

Barium ad Arbela vicit Alexander, foi ao prqprio Darioque Alexandre, etc.

Ad Arbela, vicit, etc., foi perto de Arbela que Alexandre, etc.Vicit ad Arbela, insigne foi a vitoria de Alexandre,' etc'Mais exemplos: Esse quam videri bonus malebat; ' varia

sunt hommurn judicia; bene et composite C. Caesar de vita et mortedisseruit; quod aliud iter haberent nullum; quod ante id tempusaccidit nunquam, etc.

Observafioes. — /) Ouando est significa: exUte, lid coloca-se no principioda proposicao, p. ex.: est, est profecto ilia vis.— Ouando e Iigacao entre o suieitoe o predicado costuma preceder a este ultimo, p. ex.: Sueborum gens est We imaxima et oeihcosissima omnium Germanorum.

2)Comecam muitas vezes a proposicao os demonstratives e relativos ebemassim pronomes, adverbios ou conjuncoes que ligam a proposicao a precedentsp. cx.-horum omnium lorhssimi sunt Beigae; qua ex re fieri; quern ab se retractumesse et asservaxum; dlud est Catonis: a quo cum quaereretur; neque aim fas essearoitror quidquam me rogantem aos te non impetrare.

B) Construgao do perlodo

§ I

Num periodo composto de duas proposigoes.

493. — a) A dependentc precede geralmente a princjp.il on si-

insere nela, se for condicional, concessiva, comparativa, temporal,causal, p. ex.: si pace frui volumus, bellum gerendum est; etsi

ml

Page 369: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 369 —multa scio, plura tamen ignoro; ut sementem feceris, ita metes;prmsquam respondeo, de amicitia dicam; quae cum ita sint,perge.

b) A dependente segue geralmente a principal quando e ob-jetiya, final e principalmente consecutiva, p. ex.: euro, ut valeas ; nondubdo^ quin probaturus sim ; Epaminondas animadveriebat totumexercitum periturum esse; iantum cepl doloris, ut consolationeipse egerem.

c) A proposicao' relativa se coloca de'ordinario junto de seuantecedente, p. ex.: misit militem qui mortem timebat.

Qbservagao. — Para fazer sobressair uma proposicao, as vezes os autoresalastam-se da ordem supra-mencionada.

§ 11

Num periodo composto de varias proposicoes

dependentes.

'J

494. — Num periodo composto de varias proposicoesdependentes observa-se a ordem seguinte:

a) Se as duas proposicoes secundarias sao^dependentesda principal, colocam-se uma apos a outra, segundo a relacao dasideias:

1) No comeco do periodo, p. ex.: cum hostium copiae non longeabsunt, etiamse irruptlo nulla, facta est, tamen pecua reliquuntur,agn cultura deserltur.

2) No meio do periodo, p. ex.: Pythagoreos jerunt, si quidqffirmarent in disputando, cum ex eis quaereretur quare ita esset,respondere solitos: Ipse dixit.

b) Se uma proposicao secundaria e dependente de outrasecund&ria:

3) Insere-se a primeira na secundaria de que depende e asparticulas se juxtapoem, p. ex.: baec magnitudo maleficii facit, ut,nisi paene manifestum parricidium proferatur, credibile non sit.

4) Segue a proposicao principal ou se insere nela e precedea subordinada de que depende, p. ex.: rogavi, quondam cetera conces-sissent, ne hoc ununi negarent.

',;,- Observacao. — Muitas vezes em latim uma proposicao secundaria, daquai depende uma proposicao relativa, e hgada a principal por meio clesta relativa,p.ex.: nunquam

_

Igitur laudari satis digne philosoplna poterit, cut qui parent, omnetempus aetatis sine molestia possit degere.

Gramafica Latina, 24

Page 370: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

__ 370 —

§ III •'

Como se insere uma proposlgao em outra.

495. — Ouarido uma proposicao se insere em outra, ordinanamente segue uma das tres seguintes construcoes, a saber:

a):Se ambas tern o mesmo sujeito ou o w^ obido est*termo as precede, p. ex.: stuliitia, etsi adepta est quod concupiWtnunquam se tamen sat.s consecutam putat; quern ut barbari incendium effugisse viderunt, tells eminus missis, interfecerunt.

6).Se o objeto da principal e •«/«& da subordinada, precedeas proposicoes em caso obliquo, subentendendo-se no nomLtTvo

^ieEliefdti't.

CUm ^ dktat°r Wet'M

-*°°*°*>* SS2

^c) Se nao ha termo comum, precede algum termo saliente

p. ex.: tn cetera rebus, cum venit calamitas, turn detrimentum acci-pitur; Irebahum cogitaram, - quocumque exirem, mecum ducere

CAPITULO XI

SINTAXE FIGURADA

, , - ,496

- — Figuras de sintaxe dlzem-se certas locucoes amrmf.n,»„*.

4) Pleonasmo, superfluidade de termos, que is ve^es tern ™nmn Wf

Page 371: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 371 —

severe; -IW^P^ !ri^

S^PS^,^:,

S£S:^fa * —«^ et

bro. p. .5 nfMagis! nThil cogl?^ iSoSSS^^^" P™T> dF -d* »*~dente canebat (Cf. n. 491 P°fE %% Tn7 P ?'" te/emente <«*, te dece-

~ Q, \'Pdg

- ^-X///—Relevo de um termo, pig. 367).

come?o4.^^ife^^a^i r ^ra pal- « -

ne quid insit amari.Slgmhca?ao

' P- ex• •ama" J^cundum est, si curetur,

se repet/val^veze?™!S™rt pa? mai?r exPressS° ^ um afeto,VergiL na ecbgaTviII ™\tTndo d

?epo fj^ 3° ^W Intermed-«^ como fez

Maenalios mecum, mellibia, versus ' ' ^ V6rS°S ° Seguinte! indPe

tracao d/S™: t^ZZ^lli **" mai-—cimento ou demons-fait, fait ista quonla'^in hac Spub'ifcrvfetus

1^ "'" lnte™di*> P- «.:

as regrJ2S,

S,te„e

S.&^gf

nC£a daS P^VraS SESUe mais a 16gica ***

Veientium™l„gardqe Ve"ens ^Z/

arma ^"T"1* (quibuS refere"se a

earum reruCqua* L «Ww!TX ' ^uae Pros,

unt (»™ se fosse eX generc,quae...,; «z ^m^rfe e dogencro daquelas cousas que sao uieis.

1aS .

4M *//_ Oposicao de duas palavras, 4 observa9ao, pag. 367)

antes, p. ll^dfrl'^dtS^f^ paWPs qUe deveriam cstar

.iemC„t s!i^:rdoqq

u

4itToput^**** aoM;So; m\,e,qait, dtLi ™tf

p

pr-^: SfiSLSSa$££

Page 372: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 372 —mal de mim; quo me cumque rapit tempestas, pot- quodi-nano ™tempestas, por onde quer que ,nc arraslc a tempestadl

qUOCUraciue *»e rapit

,Pnf„U /J,^ar6nteSe ' ^ua"do "™ oracao se interpoe uma frase our fosentido disimto e separado do sentido do perfodo, p. ex • Tityre an™ Ta

(breys est via) pasce capellas, 6 Tltiro, athu volta^breve eocLu^™ *^asca&w;iegn, crede mihi, res est succurrere lapsis <? acaodllna JP"SCa ' a

crer-me, socorrer aos que caircm.»*pM s, « ««•«» <*'.</«« rfe ret, podc,

topn-,n,?n^)

f

S£nqUkSC( = co"J'uSo)> quando se inverte a ordem natural das na!-,v .

ara,r-TttrraS0

°bfUra' ''• CX ' : SaSa VOCant Kali

-me<*iis quae in f uc'

k^aras ( - Itah vocant aras saxa, quae sunt In mediis fluctibus, as ftaloTj,,allarcs os rochedos que se ackam no mclo da., ondas- dico poSta bom/m JL

"""quem feet Homerum

( = poeta, quem dico Hon'erum fecit bZnuT""'men), o poeta chamado Homerojez um Mo pocma.bonum car.

™„„* ^ E"aIaSe> quando, depois de se empregar um modo se ,)-,«, *„u-,mente para ouiro, que go , adm ;t;do ,a 1fe=

^

XSa ou se m ' '"

dinem^l "T*' t°S ad

>,etivos e dos verbos

' » «* =«=redens co if Ion" ""

inTenatamfe,^ ° f Io«Su^ <^„<& seu pescoco co.npridTtXm senatum trequens por frequenter; dulce ou perfi'dum ridet nor ^„ll-?ou perfide, n gostosamenle ou pcrftdamenic.P^i.cmrn rictet por dulciter

2e> Hend;ad

js que exprime um unico conceito com duas vozes ou nala „,-,

P exU~te^1i|^*

tqU%aC^Uando -"a-nciente um genitiveotf^K™LTr"/r,-

l!1

,bam«s at<J«s auro em Iugar de pateris aureis libarmisTta

^neidTce^Hcr cT°k^"f P"*?1^^'' «"W, ratio etXctXu«t, meroao cienttficc. — Com dois verbos em Iugar de um verbo so e de um -id„4,.l.,V

P. ex.: cernere et videre, vtrclaramcnU (cf. n. 166, d, obs., Pag. 176)adVCrbl0

'

dam as ^J^^° ^1 ql-5nd°' d

?sP;'ezadas as resras da sintaxe, nao guar-

a.^f™^)Hipalage, quando se verifica uma troca de casosaustros por dare classes austris.

. ex.: dare classibus

depois n^)

xH™^r-al0gia' fand

?.Se.P5e P«meiro uma sentenca, que devia estarSa arn^ eT^oria^r

med,a m a™a ruanra' em Ia^ de r™ »

'indioa o aul SuetdSeTT^" de,

um "orae P3^ oui«>. q«e so por semelhancapor suL^itZTolk '

P' " : COT laPjdeum' P°r cor durum; caput montis

re^!^^-^a^^ta'^^^xSLwt' onde ca-tis canJ

versa n^f.^o^masia quando se poe um nome proprio j,elo comum e vicc-

feles:P ' SUS P° 1

' Q1VeS; poSta 1TOr V^glllus; pfelosopbus poi Aristo-

Page 373: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 373 —a) Pondo-se o senhor da cousa pela mesma cousa, p. ex.: jam proximus

ardet Ucalegon, isto e, jam dorraus Ucalegontis ardet.

b) Pondo-se o inventor pela cousa inventada, p. ex.: Bacchus por vinum

:

et multo imprimis hilarans convivia Baccho, isto e, vino.

c) Pondo-se o continente pelo conteudo ou vice-versa, p. ex.: patera porvmum ou vmum por patera : ille impiger hausit — spumantem pateram,isto e, spumans vinura ; vina coronant, isto e, pateras plenas vino coronant.

d) Pondo-se alguma pessoa ou cousa para significar o tempo de algumaconteciraento, p. ex.: Caesare imperante por tempore, in quo Caesar impera-bat.

55) Helenismo, locucao da lingua grega. Encontra-se frequentes vezesnos poetas, p. ex.: cinctus tempora lauro, os humerosque deo similis ; fractusmembra labore miles (CE. n. 218, pag. 203).

56) Atracao, em que uma palavra (nome, adjetivo, pi-onome) atrai paraso outra palavra que Ihe esta proxima, que,jpor regra sintatica, deveria ir

para outro caso, p. ex.: istum (por iste) quern quaeris, ego sum, eu sou aquelea quern lu procuras; urbem (por urbs), quam statuo, vestrae st, a cidadc, quelevanto, £ vossa; vobis necesse est fortibus viris esse (vobis... fortibus viris,£ necessa.no qui vos sejais varoes Jorles; adjuva me, Deus meus (por -Deus mi)^ajudai-mc, 6 meu Deus. Tambem nos verbos se encontra atracao de modo e detempo.

o seu caso

Page 374: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

litlv.1:

I

Page 375: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci
Page 376: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci
Page 377: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

APENDICE I

UGEM E DIFUSAOENTRE O LATIM

LINGUA LATINA — DISTINgAGSSICO E O LATIM VULGAR

CAPITULO I

I. CLASSIFICAQAO DA LINGUA LATINA

497. — A glotologia distribue as linguas em grupos oujamUlas.

Ouatro sao as principais classificacoes adotadas:& geogrdjica,a etnolSgica, a morjologica e a genealogica.

a) A classificacao geogrdjica agrupa as linguas pelas regioesdo globo, em que sao faladas: linguas da Europa, da Asia, da Africa,da America e da Oceania. Diante das migracoes e entrelacamentosdos povos, tal classificacao nao tem valor cientifico.

b) A classificacao etnolSgica as distribue pelas racas, queas falam. Visio que, atualmente, as linguas nao coincidem com asracas, tal classificacao nao leva vantagem a anterior.

c) A classificacao morjologica reune-as pela estructurade seus vocabulos. Tem esta classificacao uma base mais estavele racional. Sao tres os grupos morfologicos, correspondentes a"

triplice base evolutiva: o monossildbico, o aglutinante e o flexivo.

1) primeiro grupo e formado pelas linguas chamadasmonossildbicos, uolantes ou radicals, em que as palavras sao monossi-labos isolados denominados raizes, que muitos giotologos supoemserem o ponto de partida de todas as linguas.

2) segundo grupo e constituido pelas linguas chamadasagluhnahies ou aglutinativas, em que as raizes se aglutinam paraformar a palavra, guardando, entretanto, sua integridade silabica.

3) terceiro grupo e constituido pelas linguas chamadasflexivas, orgdnicas ou amalgamantes, em que os elementos agluti-nados se flexion.am ou se modificam para exprimirem os acidentesda ideia.

d) A classificacao genealogica agrupa as linguas em familiaspelas relacoes de parentesco, em virtude de se derivarem de urntronco comum. Nesta classifica9ao existe uma base estavel e cienti-

fica. De acordo com ela, adrnite a generalidade dos giotologos asoito familias abaixo especificadas:

m

1 — Indo-europeia

2 —- Semitica

3 — Camitic.

4 — Cafre ou b.nu 1 -

Gramatica Latina, 25

5 — Uralo-altaica

6 — Malaio-poliuesica7 —: Dravidica

8 — Indo-chinesa.

Page 378: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 378 —

-Destes oito tipos da Imguagem humana, que encerram, segundo se presume, todas as Imguas faladas fpela famfKnumana, sobressai o grupo Indo-Europeu.

A lingua latina nao se deriva do grego, nemlde aIKumaoutra lingua^ histoncamente conhecida. Provem, como outros idiomas, de uma'Umgua desde muito tempo desaparecida, que nao (eveescrita e foi falada por umfpovo, do qual nem se sabe a residentprimihva. l

Essejidioma, que nao^'se pode reconstruir, a'nao'serTpelisiormas gramahcais dele procedentes, recebeu a designate convenClonal de indo-europeu. Assemelha-se a uma arvore gigantescacu;os galhos extremos tocam na India e na Europa ocidental.

A familia indo-europeia compreende duas grandes divisoes: o ramo asiatico ou arico e o europeu.

499.—Q ramo asiatico, por sua vez, subdivide-se em dobsub-ramos: o indico e o iranico.

o sub-ramo indico compreende:

a) o sanscrito.

b)i as linguas pracriticas que, muitos seculos antes da nossaera, substituiram o sanscrito na linguagem corrente.

c) os idiomas modernos que ainda hoje se falam em muitaspartes do Indostao.

500.— O sub-ramo iranico compreende:

a) o zenda ou avesta, lingua tao antiga como o sanscritoconseryada nos livros sagrados do legislador Zoroastro.

b) o persa antigo.

c) as Imguas iranicas modernas, das quais a mais impor-tante e o persa, assaz corrompido pela introducao de vocabulosarabes e turcos.

O ramo europeu compreende sete sub-ramos:

a). O armenio d) O celtico

b) O helenico e) Q germanicoc) O italico j) O letico-slavo

g) O albanes.

Ocupar-nos-emos exclusivamente dos dois sub-ramos: hele-| •. . NICO e ITALICO.

501. — No sub-ramo helenico podem-se distingmr dois eru-pos diaietais: o grupo nao jonico e o grupo jonico.

O grupo nao jonico compreende:

_

a) Os dialetos doricos: o laconico, o ddrico da Ma™Lrrecia, etc. °

Page 379: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

fit

— 379 —b)_ Os dialetos da Grecia setentrional, chamados tambem

pseudo-doricos: focidio, etolio, etc.

c) O tessalico

d) eleano

e) arcado-Cipriense

j) O tesbico ou eo/cco.

g) O beocio

//) O panfiliano (da Asia Menor).

O grupo jonico, mais importante do que o precedente,abrange as seguintes variedades:

a) antigo jonico, que serviu de base para os poemashomericos.

/;) O neo-jonico.

c) O jonico das illias (Cicladas, Eubeia, etc.).

d) O jonico de Atenas ou atico.

Mais tarde, em forca da influencia politica de Atenas, oatico se espalliou por toda a Grecia, donde formou-se uma linguaartificial, a xoine di&lectos (xoivt) oi«Xe-/.To<;) que, a partir de Alexandre,suplantou

xos diversos dialetos locais.

_A primeira vista parece que o sub-ramo itdlicp mostra

uma unidade dialetal mais compata do que a helenica. E, porem,simples ilusao que se explica pelo fato de ter, entre as linguas italicas'uma so se elevado a dignidade literaria, sendo as outras unicamenteconhecidas pelos epigrafistas, e estudiosos.

5Q2.—'0 sub-ramo Italico abrange as seguintes linguas egi'upos dialetais:

(a,partir do norte):

a) O gaules cisalpino, pertencenteao grupo celtico.

b) O etrusco, lingua de uma civilizacao que, certamente.ioi brilhante e esmagou a barbaria romana. Deixou numerosas ins-cricoes indecifravels. Provavelmente o etrusco, longe de pertencerao grupo italico, nao e uma lingua indo-europeia.

c) O umbro, lingua italica do planalto apenino.

d) Os dialetos da Italia central que representam o tipode transicao entre o umbro e o latim.

e) O Latim, que domina ainda na Europa ocidental, sobos nomes de_ italiano, frances, provencal, espanhol, portugues,rumeno e retico. Estas linguas denominam-se linguas romanicas,neo-latmas, novo-latinas ou novidatinas. Conhece-se o latim nassuas particukridades mais intimas, por meio de uma literatura,que conta de oito para nove seculos de existencia, por meio de nu-

Page 380: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

380 —

merosas inscribes recolhidas em todas as partes do mundo romanoe pelo testemunbo dos gramaticos cujos estudos chegaram ate n6s

'

J) O osco ou grupo osco-samnita, na Italia meridionalDeste grupo so ficam umas duzentas inscribes.

Observacao. - E impossivel determinar, na hist6ria da,Iinguas, a epoca exata em que se deixou de falar uma lingua parTstcontmuar com outra, portanto, cientificamente, sao menos exata!as frases esta kngua denva desta outra, por exemplo, o portuoulden Va do laUm; na verdade, o portugues, o frances, o italiano etce sempre a mesma hngua latina, modificada, porem, de idade cmadade, por mudancas das quais as geracoes sucessivas nao tinhamnenhuma conciencia.lnam

II. — O HABITAT DA LINGUA LATINA

*• u kv°3°,~

JA

Tn^a ktina foi na sua or'9em faladapelos an-tigos habitantes do Lacio, isto e, naquela parte da Italia central quese acha entre o mar Tirreno, a margem esquerda do Tibre, os Ape!nmos e os monies Albanos. ,

os Ape-

III. DlFUSAO

.

50^' ~ Seguiu a foriuna guerreira do povo romano e comoeste se unpos antes em foda a Italia e, em seguida, em grande partedo mundo antigo, po1S nela se fundiram os idiomas dos povos limit"!ies, e o osco, o volsco, o samnita, o umbro, etc.- deixando ap6s siquasi nerJium- vesfagzo. Mas aquela lingua primitiva {prlsca laLta,)que se extendi acompanhando as conquistas territorials e o contain

u™ °"-Tma

1 T°S

;6ra md

1'.e mais d° ^ue lln

fi'ua ^preseniava

nShV fr'% net°S qUe

,flmitava a UnS P°ucos conhecimenios

praticos da iamiba, agncultura pastoricia e a aigumas maximase preceitos religjosos e morals. Ouando, porem, os Romanes aprecia-ram na propria Roma a civilizacao dos Etruscos e, em seguid-conqmstaaa a Magna Grecia ja bastante culia, e mais tarde a cul-

em'Zf /eCm

'mae

.

e.

1

raes!ra

jle todas as belas artes, acharam-se

rnais^- t ^ * T^T9&° ^ 9^os e conheceram uma linguamais Wmomosa e fluente que a propria, comecaram imediatametite

HZ AC a Pr

,

efen"la PeIas suas Perfeicoes. Sentiram quasidesgosroda sua aniiga e rude simplicidade e desejaram o estudoe aperfelcao artefacae literaria do povo vencido. Homens ilustrados,

RouZZ AT' °S dlretam^"e da Gr&ia

'foram os testes ^SrX^,ram"Se

<

eSCf

)IaSdC^im e degreg° n3° s6freguentadas

nt™ H -°mr°

tambem P^sPersonagens da melhor sociedade

Jr^ni i °,mVOr qUC enC0I

}traran* es*as escolas que no sexto

5Sa(

!w.Cle 20

°^ aRteS * J C>

e!~ • -te na

Page 381: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

381

IV— Periodo aureo

505.— Ja nao se julgavam suficientes as escolas patrias

para completar a instrucao da mocidade e comecaram as viagens ao

Oriente, e muitos iam aperfeicoar-se nas escolas de Atenas, Mitile-

ne, Rodes, focos da cultura grega, donde voltavam para a patria eles

mesmos mestrcs de nobre cultura. Dest'arte, desbastava-se a indole

e a inteligencia do povo romano e faziam-se grandes progressos nas

letras e na civilizacao. Aqucla lingua antes inculta e quasi barbara,

pelos estudos e esforcos de tantos homens de taiento, progredia

extraordinaria e rapidamente e breve, eievava-se a dignidade de

lingua literaria e, ao findar do setimo seculo, alcancara tao alto

<rau de excelencia e de perfeicao,, que quasi nada se Hie podia acres-

centar. Este periodo passou na historia como o seculo de ouro da

lingua latina.

V. — Decadencia

506. — O periodo aureo nao teve, porem, longa duracao. So

abrange oprimeiro seculo antes de Cristo e parte do seculo que se se-

gue. Depois da morte de Augusto (a. 14 depois de Cristo) comecaram

a manifestar-se os sinais precursores da decadencia que se acelerou

de tal modo que, poucos seculos depois da queda do imperio (a. 476),

a lingua latina que civilizara o mundo, ditando leis e costumes aos

povos, vencida por sua vez pelas linguas vulgares, cessava de ser

lingua i'alada para ser considerada lingua morta.

VI. DlSTINCAO ENTRE O LATIM CLASSICO E O VULGAR

507.—Como explicar de-saparecltnenlo tao rapido e precoce ?

Infelizmente o desenvolvimento e o aperfeicoamento da

lingua latina extendeu-se unicamente as classes cultas, preferindo

o vulgo conservar o seu falar rude e inculto, descuidando de procurar

ou ao menos acompanhar passivamente o cultivo da lingua.

Breve rormaram-se no meio do mesmo povo cluas linguagens:

a da plebe, sermo plebeius, ruslicus, vulgaris ou coti.dia.iius e a da nobre-

za, sertno urbanus. A separacao e a distancia que se tormara entre"

os dois sermones fora acentuando-se cada vez mais, e, se rapicia-

mente marchava para a perfeicao a lingua literaria, nao menos

rapidamente o sermo da plebe deteriorava-se pela introducao cons-

tante de eleraentos estrangeiros e dialetais das pessoas que das

provincias iam a Roma. A propria expansao territorial de Romafavoreceu a decadencia da sua lingua, pois nas longinquas

provincias entravam no lexico romano novos elementos e as necessi-

dades locais forjavain novas formas e construcoes sintaticas.

Ja Cicero em seus tempos pressentira os perigos da deca-

dencia e procurou domina-los com todas as suas energias. Advertiu

que, procedentes de diversas partes, entravam em Roma pessoas

Page 382: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

382 —

is-

:

lo

:e.

II) segimdo periodo se extende do ano ?50 a ^»r <

Kcou dilo, o period, do m=ri„„\SLt S"£i mS"^'""'*

vai d» J2uS do"'" '°° f'T 0''l-C""'!" »» * ''<""««.

r , •p e do Pnmeir0 secti o deoois do CrrifA a <ri ~ '•

ros Anton.nos (a. 138 d. de C). Nesta ^1 t^rati T„!

que falavam incorretamente e que estraneei'n'sm™ » I

latinas polulavam na pr6pria Roma ZtTos porerT" D&esforcos do grande filosofo e orador. Bern ced desSuXe IT ?ga elegancia urbana; nao mais se observe ^

"7 ? antl"

dade dos vocabulos; adotara^seLk^T, ,

eXatamente a ProPrie-se romano qualquer Jdi0ma Ttalano "^^ e -nsiderou-

A hnguagem nobre que vencera os idiomas vuleire,bahda por esies mesmos idiomas, que de um dia nov-Tl f j"1 '

nam nova preponderant, donnnada pclTelemS , «£ ^^e dialetais das provincias nrV,rl a nilelC!"cn

.

tas es^ange.rosd«se„vo1?„m „£ diveS ^dt SSS , SoSa'pet .'"* "civis e pelas invasoes dos barbaros fm ™,vJ

lb'corioldd pelas guerras

influencia, ate que, coipkt^'t "sS^^tSt * f™^u-seautesno^aassalasdossabLrt^

idiomas diversos, desenvolvendo-se u°Tn^ T f T tantos

originassem as denoxuinada t-S ^£2^,?* ^^Provencal, espanhol, portuguSs, rumeno e !£ ^ ^^

VII.— Periodos da lingua latina

_508. —A lingua latina, desde as suas orkens > te ,-, «*„ A

'

Page 383: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 383 —cano, Persio, Juvenal, Marcial, Stacio, Valerio Flaco entre os poetas;Veleio Paterculo, Tacito, Floro, Ouinto Curcio, Suetonio, Justino,Valerio Maximo, os dois Senecas, os dois Plinios e Ouintiliano enfcreos prosadores.

V) quinto periodo ou epoca da dccadencla, se exten.de desdeo reino dos Antoninos ate uns anos depois cla queda do imperio(a. 476). Aulo Gelio, Petronio, Apuleio, Araiano Marcelino, SextoPompeu, alguns Padres cia Igreja, entre os quais Tertuliano, S.Ambrosio, S. Jeronimo, S. Agostinho, e alguns escritores cristaosMirmcio Felix, Latancio, Simaco, Sulpicio Sevcro, Paulo Orosio,Boecio e mais alguns pertencentes a esta epoca.

VI) A cstes cinco periodos costumam alguns acrescentarurn sexto que abrange os ultimos esforcos, que a lingua latina sus-tentou contra a prevalencia das Iinguas vulgares, ate o momento emque cessou de ser lingua falada.

VIII.— O LATIM LINGUA DOS SABIOS

509.— A lingua latina teve poucos seculos de existencia, re-fulgiu,^ porem, de tantas prerrogativas, especialmente no periodo doseu maximo esplendor, e foi tida em tanta Iionra entre todos os povos,que, embora cessasse de ser lingua falada, continuou, contudo,a ser cultivada com muita dedicacao e carinho especialmente pelossabios, e entre as Iinguas mortas e a que mais foi estudada e maisconhecida em todo o mundo Teve a honra def'se tornar a linguaoficial da Igreja, como na idade media o fora do*

!

Estado e das cien-cias, e, nao obstantes todos os acontecimentos politicos, as invasoesdos barbaros e a confusao trazida no campo literario pela misturade tantos idiomas diferentes, o estudo desta lingua nunca foi oblitera-do ou iriterrompido.

Nao somente a estudavam sacerdotes e magistrados, mastodo homem mediocramente culto. As escolas de latim que ficaramcomo sendo privilegio de Roma e das principals cidades do imperio,foram-se espalhando em iodas as partes; nos palacios reais, nos epis-copais, nos conventos, nos seminarios os classicos latinos'foramsempreciosamente guardados, estudados e admirados. O seu estudo foisempre considerado como o fundamento de qualquer cultura nacio-nal e como o melhor dos meios para desenvolver, elucidar e agucara mteligencia dos j ovens, para Ihes fazer adquirir bom gosto e deli-cadeza de sentir, exatidao de pensamentos, forca de concepcaoe franqueza na expressao. Nos classicos latinos inspiram-se sempree os estudaram nao so os melbores escritores da nossa literaturaportuguesa, como tambem quantos das outras nacoes quiseramadquirir renome nas letras.

Page 384: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

384

IX. — O LATIM EM NOSSOS DIAS

510.— Tambem hoje em dia o estudo da Imgua latina constitue um dos estudos principals das escolas classicas, que se propoemuma nobre mstrucao, e nao tanto porque se tornou a lingua dos sabiose por isso necessana para o conhecimento das ciencias mais subli'mes: teologia Mosoba, jurisprudencia, medicina, etc., mas tambemporque ioi a lingua de um povo glorioso na Mst6ria pelos seus feitospelas conquistas, pelas suas col6nias, pelas suas Ieis, pelas suasinstitutes espalhadas em quasi todo o mundo antigo. Mas naobasta. tsta nngua teve parte preponderate na constituicao denovos povos, de novas li'nguas, e sobretudo porque nas obras'classicas que nos res tarn dos seus escritores. homeus de Estado, filosofosiegisiadores, oradores e poetas, ela nos deixou um imenso tesourode sabedona e de arte e nos legou naqueles docuraentos da anti-asabedona granaes ensinamentos para a vida, exemplos magnani-mos de virtude e de Fortaleza aptos a vivificar sentimentos nobrec '

a atear nos aminos o amor da beleza e da verdade.

lij

v

•v:'-

Page 385: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

CAPITULO II

O LATIM BIBLICO

1. — A BlBLIA E SUAS FORMAS LITERARIAS

511 _/) A Biblia,na parte que se chama Antigo Testamento

(1) k urn dos maiores momimentos literarios da antiguidade. Re-

flete, num modo complexo e elevado, o genio, os costumes, as tradi-

coes do povo que, entre os povos de raca semihca esta era relacoes

mais nitlmas com a historia e com o pensamento do Ocidente grego-

romano; equivale a dizer do povo hebreu. Entre os povos semitas,

nao foram so os Hebreus os que produziram uma grande literatura;

os A«sirios, e os Arabes principalmente, foram nao menos tecundos

nas suas producoes literarias; mas da literatura assma conhecemos

ainda pouco; e da arabe ficou-nos muitissimo, mas o mteresse que,

em nos, ela suscita e, por razoes etnicas e histoncas, inferior ao que,

em nos, produz a literatura hebraica (2).

2) — A producao literaria dos Hebreus nao chegou ate

n6s na sua plena integ'ridade; perderam-se varias partes especial-

mente do genero narrativo, e alguns cantos epicos populares e.so

nos restam os sens titulos, ocasionalmente mencionados nos livros

OVA palavra Tegmentum aqui significa lei, pacto, alianca. Os Hebreus

chamava^\'Ui%ehv. Thorn) aos 5 livros mosaioos Pentateuco) e era esta a parte

maST important da Mblia hebraica. Por consegumte a palavra Testamentum,

™m„ ImnVaiente a Lei referhi-se a toda a colecSo hebraxca e em seguxda, foi, por2JaSa coleio chrlsta (Novo Testamento) Para os Hebreus a Lex*Z o testamento (testemunho) dado por Jahve (Deus) ao sen povo

(Tsraefos Hebreus) de que lograriam a sua protecao e conseguxram a efetuacao

das suas srrandes promessas de futura grandeza. . ,.- , •

Jalwi e nao Jehovah, pronuncia inexata que- tern contra si a etimologw

e os testemunhos antigos. Nao^e este o lugar para umaiscussaoem proposxto e

trazer os valiosos arguments em avor da nossa propoa,rfP*^^^' ™r,assa"-em aue esta e a opin ao acexta em todas as escolas de critica bibiica. torque

FcarmoTcoTxuna forma que nao resiste a mesma crftxea? Quebramos com uma

tradicao menos. feliz e exacta. (Esta observacao e nossa).

(2) 4 literatura assma foi revelada pelas descobertas mais recentes, e &

conhecida s6 em parte e em fragments. Compendia ° gfnero h^tori^o-

Jmscnco

s

historicasV a prosa didatico-cientifica; o poema mxtologxco (enuma eiish, espc-ie

de teo'onia, dicicla da deusa Istar aos inferos etc.); o poema eplco (epopeia de

Gn-amesn especie de Hercules assirio); a poesia linco-religxosa especialmente num.,

formrcarateSTca de composicSo que apresenta analogies 'f^mTliWurada lirica hebraica (Salmos babilonicos). Particular relevo tern tarnbem

^>teraW

jurfdica assiria, da qual a inscricao descoberta em Susa em 1902 <=°"h°c^"™-mente com o nome de C6digo do rei Hammurabi (cerca de 2200 a. C), oiuxce urn

iraP°rtatl^^abe, muito mais recente, 6 menos variada nas.uasJ=

Nesta prevaleceu a lirica, a novelesca e a prosa lustonca e cicn .hca.

O >e iodo

mais genuine e em parte anterior ao Islamismo (desde as ongcns ate o 7o0 A e

voluclo relkioso-social de Maome deu o Alcorao, livro sagrado dos Arabes,. noSSos Arabes herdaram a cultura dos povos sub, ugados, maxime

Sos Persas fnesta 6poca (a partir dos Alxissidas), a sua literatura e producao

grandementc ecletica.

Page 386: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 386 —da colecao bfblica cheeada ate nm m P,f i ~de variado genero, a compos Jo dj quatabrTca" ^^ ob"»um periodo de tempo longo 'e d^o^^J^^^Unharam o surgir, o subir e o decair da nacao hX? ^ f

acomPa-que vai de um ,poca incerta e

-md

o

a -?ao eb, xc^Neste pei,od0)hebreu teve mexos para desenvolver todas as

™as L,' S ^ ° P°v°

doras lmpnmindo fortemente os traces dasuafZ ^ Cria "

sua m,ssa~o pobtica nas paginas em^^es^X^ * daera com palavras do entusiasmo na™n a ]

aescrevendo a Sl niesmo,dado duma cronica, ora cZTl^^toZVoZ: P^T^deste aspeto, o povo hebraico foi urn dos ™ )

° hriC°.\DeWo

complexo desenrolar-se das sL vSiScH a^l^ ^ense,o de se provar em todas as fo^A^^^"£?,^

eram ma ,s cspecificamente consentaneas com n ncf f

ht,

erar,a'

cJ«ee com a indole de sua estetica. Es"e povc cWat ?* "^propria evolucao hist6rica- °' encontr°u na

&ado Jo ZnFollt-SlOri0S

° C maraVi,h°SO di^ de <*r magn,

o dual falZ,^edm^^^S^ **". ^agios,

aPocailPUca, forma Llusiva d*° li^Stb*^ ?0e"a "">&<* <

poesia **. (SaIm ) de^^^^rr:^ eS^T.4) uma suficiente organizacao curia! m" ?"S dade;

o desenvolvunento da „**,« gnSmlca ' ^ auxdlou

c!eStai ;teraturaE

e:

b

pl%rni^tftTr'

daS8ificar M >»"

'

conbecidos que per^canTTS*u^^1^ ** "*»"

de eiemel^S^tS^rTLEsT^e as mais remotas mem6rias hist6ricas deT DOV fJ T T°

!!P!!!!

ntam, sem duvida, as tradesg^^aff^Sdo SenfcK

S£^S^ifeft^S^ °UtrOS' °

r-

L- *»™

Page 387: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

387 —nos primeiros tempos, subsistiram atraves das geracoes e foram, a seutempo, recolmdas e conservadas com solicitude, como uma herancapreciosa. Estes elementos epicos nao formam um todo continue-estao dissemmados nos diversos Livros de carater narrative mor-mente nos que se relacionam com as vicissitudes mais vetustas danacao, com as suas lutas sustentadas contras as tribus semiticascontiguas, com as suas primeiras conquistas. Assim, para tracerum exemplo dos menos antigos, depois da narracao do assedioe^hbertacao duma cidadc da Palestma (1) (Betulia), refere-sc umcantico popular no qual se relaia o fato com as cores e com entu-siasmo do recordo epico. Elementos de colorido epico estao, ."gual-mente, dissemmados na exposicao das primeiras vicissitudes da hu-mamdade (Livro do Genesis); da imigracao dos Hebreus na SiriaMeridional, por exemplo, o cantico de Moises (Exodo): das lutas dastribus entre si, por exemplo, o Cantico de Debora (Juizes); na his-tona dos feitos de Saul, de Jonatas, de Davi (Livro I e II de Samuel),

b) PoESIA PROFETICO-APOCALIPTICA. Quando, ap6s O apo-geu politico do remo de Davi, a pequena monarquia hebraica divi-dida e discorde, foi rapidamente declinando, o pressagio duma inva-sao assina ou egipcia que absorvesse a sua minuscula autonomiasuscitou mmtos « V.dentes » (em hebraico nebi'jim), patriotascultos e ferventes que contrariaram a politica dos reis sucessoresde JJavi, iaceis as aliancas comprometedoras e as rendicoes humi-ibances no mevitavel equilibrio politico que se impunha a nacaooprimida como estava pelos poderosos monarcas do setentriaoe do me,o-dia. Eram estes videntes inspirados por Jalive^ e erampoetas robustos, duma fantasia ardente e duma palavra vibrantee fascinadora. Sustentadores solicitos da religiao mosaica, dirigiamiiaoitualmeme a palavra ao povo, reprovando-lhe rijamente a ten-dencia para os cultos idolatricos estrangeiros. As mais das vezes,os seus discursos sao poeticos no so no assunto, mas tambem naestrutura; cem a forma de visao, na qual fala o vidente em nome dejanve,_ de quern refere as palavras, exprobando ao povo as suaspreyancacoes, e predizendo-lhe as futuras invasoes inimigas as des-venturas immentes para a patria, a perda da liberdade e a remote.mas certa restauracao por um Messias conquistador. Esta esperado Messias nos Profetas maiores, como Isaias, se cobre duma corespintual bastante viva, J'azendo descortinarem-se os motiveslunoamentais dum rei.no messianico, estabelecido sobre uma reno-vacao, mais moral e intima que nao exterior e politica; nisto precisa-

—^Ll^16 6Sta a ma!0r eleva<?So dos cantosMe Isaias. Na poesia des-

sedes o rimo?!^3

^! P" l"a

- T'^imi

P'a™ !n os Hebreus, seguindo das primitivas

ca^oes do Ubano e Anteiibano ate o mar xMorto e o deserto. Nesta n-rtc one se

"cduzido^a tSL^Sct C!"ma^ P™M-VCrdadc!ros jardins, foe

yb

Page 388: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

tes videntes, a palavra e excitada e comovida e conserve n „ l•

,

poetico, nitido e fulgente; a sua Knguagexn c^ va a lmn ' ~°v.va dos fates interferes e espirituaisf^ susriSCnel^uS

°-'

mente com o conhecimento s61ido duma missao dlvina fan Luma fortissima comocao estetica. Destes videntes um e urn Hot • "1

res Jerennas, presenciou a destruicao extrema Tj^lZ "T ^dade santa de Jabve, e do seu templo, destruicao japoTele^eL V'

tid.i e anuncada; e por sobre os escombros da patrb eJut Tmesmo em nome do Israel um sublime grfto de dor' (ZW ^La,neatagoe, de Jeranias). Nao eram so as calamines do

°

que os profetas narravam, mas tambem, mvte^t^fcj?™para os mumgos que vinham invadindo ameacadores 7^1a colossos poh'facos, como Nmive e Babil&nia, a sua q da^ K™do Onnootente que teria emfim, olbado Israel 1 oL^tp'sboTgenero profehco e geralmente Krico; nao Ihe falt^m po^nf En°

trechos intercalados de prosa narrativa ou preSpffvo Jno^Grande e a mvportancia dos videntes na bistdri Tdo Jovo f Z {porque despertando-Ihe a fe na restauracaom^t^ZL^rpXili^::. aUt0n°mia POlltiC^ ^ncar^-iam as^

Os profetas mais recentes deram aos seus discursos a '„™partxcular de « a/W^ » (revelacao), a qual "p^t carY^um pouco distintos da poesia dosVand«Tvid^^^S^^Xrs

m,i

a

sLo

r^tIca pre

TfIece °-^^x^

nJT^uT inS^reiS^a^ £eq5eT fT f°^° 5*

de S. Joao (1).-Lzequiei; Daniel, apocahpse

da poesia^ifSvf4 HEBHAICA

fdum genero perfeitamente diverse

deinspiacirT- I

'COm a 3ual iem

'^davia, um fundo comumde inspxracao. Tinham os Hebreus uma forma de canto Krico fsalmn

antiiosTa f^ I"6 SS aSS6meIha a ode -S cVdos Gr "os

ee S;s

q™ a-r

rUtUr1

SXieri0r (2)

- ° SaImo co^a ^ v2oe estrotes, e.a em ritmo acentuado, composto para o canto e de a«nn<

n

especxaimente rebgfeso. Antes que, nas pratkas litu^as do temo oe das Smagogas, se usasse essa poesia brica, eia foi a exoressSonZdo ent mistico _ insp.

rado TOnvkcSoTo" TaSrr^tdSf*6 a

° lad°i

da SUa,

na?a° P-dileta,Xse e- aetouo nd^zduo em particular, tutelando-Ihes a sorte aliviando

? mimigos. A umlormidade que predomina i liVica 1« que se torne, as ve.es, um tanto monotona e no coVPle"o".neno^gorcsa que a poesia proletica; mas tambem ek, nT™da coMo Wbliia isto *. dos Kado/afefe^ 6 ^ nS° faaem ^^Davf _

(2)A colecao dos salmos (150) e pela antiga tradi 52o atribmda ao re!

Page 389: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 38$ —vezes, se eleva as culminancias das maiores e mais elevadas inspi-

•'I racoes. Embora se conserve constantemente nos tons da efusao

'J mistico-religiosa, tem em si motivos e passagens diversas que lhe

if_ dao bastante variedade de movimento e de feicoes. Assim o salmoi

'*

ora e uma invocacao a Jahve; ora Hie engrandece o poder, descreven-

; ^do a tracos semiticamente incisivos as maravilhas do universo;

\i ora, emfim, decanta alegoricamente a futura gloria de Israel por'

obra do Messias; algumas vezes ainda, b poeta dos salmos entre-ga-se a uma serie de exclamacoes exortativas, o que se aproximado genero gnomico.

d) A poesia gnomica teve grande desenvolvimento entreos Hebreus. Reflete uma parte notavel do carater semitico, amante

Jde aforismo e de anedota. Varias colecoes gnomicas (Proverbios

-

§ de Salomao; Sabedoria; Eclesiastes; Livro de Jesu filii Sirach, che-

j garam a nos na colecao biblica do Antigo Testamento e oferecemif num vasto complexo todo o corpus gnomico que foi patrimonio do

povo bebreu. Esta literatura se refere aos deveres para com o Senhor•1 (pratica da « Lei » e dos preceitos rituais, veneracao, etc.); os de-

-i veres reciprocos (hospitalidade, justica distributiva, beneficencia);

% as virtudes morais (prudencia, temperanca, piedade, etc.);

I- e) Um genero especificamente hebraico e o poema ale-

GORICO, de materia variada e de vastas proporcoes, algumas vezes- i repleto de vivissima poesia lirica ou informado dos tracos mais

Jsolenes da epopeia. Duas grandes amostras deste genero estao

I compreendidas na colecao biblica: o Canto dos Cdnticos, de graciosainspiracao pastoril; e o Livro de Jo, potente e vasta concepcao

:i poetica, que, por vezes, assume os ares dum tragico cheio de paixao.Jj profunda; algumas partes deste poema tem qualidades tais que o

ij levain ao nivel das maiores obras-primas de toda literatura.

I f) Ao genero narrativo pertencem as formas de prosa.

|Longos trechos de narracao historica acham-se nos cin-

.5 co Livros mosaicos (Pentateuco ou « Lei », em hebraico — tkorah)

I e em outros Livros afins pelo conteudo Quizes, Josue), e nos Livros

I mais recentes de Esdras e dos Macabeus. Particular mencao merecej o GENERO ANALiSTico, de que se compoem, na maior parte, os Livros

' dos Reis (2 Livros de Samuel e 2 des Reis) e os Livros chamados.' Paralipomenos ou Cronicas: este genero proveio aos Hebreus doV uso de registrar em livros apropriados os principals acontecimentos

I- de todo seculo e de todo reinante. Os pequenos monarcas de Isra.el

? c de Juda (I) tinharn os seus historiografos de oficio e de corte.

;i Enquanto os antigos reis assirios e os posteriores Aquemenidasgravavam as suas pomposas inscricoes hisioricas nas roclias e nos

1 templos, para perpetuar os proprios feitos, os reis hebreus confiavami. aos seus cronistas o encargo de redigir os anais do seu governo.

I (1) A rnorte de Salomao, filho e sucessor de Davi (cerca de 930 a. C.)

Io reino hebraico dividiu-se em duas partes uma ao norte, tendo por capital Samaria

I (reino de Israel), e outra ao sui, tendo por capital Jerusalem (reino de Juda). OsJ

descendentes de D.avi reinavam em Jerusalem.

Page 390: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 390

Assmvfoi que nos fizeram chegar a crdnica do periodo que vai Amorfe de Salomao ate a destruicSo de Jerusalem e ao JSo bitmco, qua* quatrocentos anos de existencia politica duma nt~cu;a his ona tanto se entretece com a de outros povos e IT°'dos quais nao ha muitas noticias procedentes el ITT'Esta analfatea hebraica e arida, concisa e mon6iona, So 6 en^meada, ca e la de alguns trechos epico-Ifricos auando $tl 1 c TJonatas e Davi (Livro de Samuel),^ dea^^ netSo'f 'S

00' ^and° deSCreve a hist««a de alguns proSS'maturgos (Elias, Eliseu, I e II dos Reis).

Protetas tau-

mn -

;.

g).

CI

0rpoJ

dospEECEiTOSLEGAiSE RITUAisdosHebreusesf^S£ 7,eClaIme"ie^os Livros intitulados EXodo (em part^£ '

ANume™> Deu*™>"*ni°- E uma exposicao pormeporizadt icodxfxcada em vanos micleos, de todas as regrasdesociedade edWfno pnnefpio que Jahve era chefe suorLo d nlcZ (Jac^ ,e que o re, os profetas, os capitaes, os sacerclofes e os malaf^nao eram senao mensageiros e ministros debaixo d" sua o dem fcissc

,

a maiona dos preceitos tern por fim o culto que se dev pmticano Templo; os ntos que aos sacerdotes compete observar osTsacnfob„gatorIOS ou voluntaries, as observances sablcat os frnposSen Sdtl S

-

PreCeit? d™. ali« -timamente 'aos e%S

"cm

i

viitude do.pnnrapio teocratico aludido; por conseeuinte o „~dote parhcxpa do poder judiciario e executive. EsTEt™ fcThsta tern miportancia exclusivamente historicailteraUlra leSa"

h) Deve-se fmalmente fazer aiusao a algumas formas namSamTr: que se n deparam na coie^ ^t*^lestamento e que, pela forma exterior, tern akume semeiS!com o nosso genero novelesco (Livro de Ester; LivroTe~ Rute Livrnde Tofaas) e que, embora narrando fatos e circunsScts reaTs

r T AIT™™ D°S LIVROS DO Antigo TestamentoCLASSIFICADOS CONFORMS O GENERO LITERARIO A QUE

PERTENCEM.

aENERO NARRATIVO

/Livro do Genesis / Estes livros contem tam-

Historia (com e- I* do ®xodo I

hem Srande Parte dos

lementosdeen-/ * doS,N*m««w (genea- )

Precutos legaUsicu;

toacao epica) J* ^

Las) \ ?7?

corPus se coni"

|dej osue |

pleca com o Levitico e' * dos Juizes F ° do livro do Deutero-

1 ndmio (segunda lei)

Page 391: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 39l —1 , , l

2 1Ivros de Samuel (Vulgaia, I e II dos Reis)

;Ahaustica 2 , dosReis(Vulgata,IIIeIVdosReis)

#\ l » dos Paralipomenos ou Cronicas)

^ / Livro de Ester

^ i'ORMAS NARRATIVAS MENORES / * de Rute\ » de Tobias'

» de Judite

i Profetas Maiores (Isaias, Jeremias, Ezequiel, Daniel). ?

Profetas Menores (Qs6ias, Joel, Amos, Abdias,' Miquet, Jonas,JNaum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias)

i Genero Lirico

JSalmos Davidicos

J GENERO alegorico-simbolico

Cantico DOS CanticosPoema de jo

Genero Gnomico

ProverbiosSabedoriaEclesiastesEcLESIASTICO

4\~~ Ufla °utra Parte da Biblia e de feitura e de origem

71 T T t fei?S° n3° exclusi™»™te semitica. E a oufs^chama Novo Tesiamento e contem- y

narrado^ dlv^;' " diSCUrS°S ^ ^' eXP°St°S P» *»*">

tolos);^ ^ VidssitudeS dos P»meiros disripulos de- Jesus (Apos-

anos da hisSL^^T ^ E^isiolas(21 ) Que, nos primeiros

Slat t to": SSta

' " tr°Caram eniTe aS—idades dos que

(Apocallol T 7 ~ ?de 1y°Ie 6 Conteud° Profetico-apocallpticoKOpocaLpse de Joao), que descreve simbolicamente a persesuicao

£>Sr re

C

u°ntoa).°

S SeqUa26S ^ JeS- <** <*** *?K£,. ff ?f

KTj°

S qUG C°ntem a Vida e os discursos de Jesus chamam-sejvanjelko, (do Sregoz6?r{aw boa nova, fellz anuncio). ("TwoPauloT^tihV"^

08^^8^ ap6st°loS (especialmente de S!1 auloj, intitula-se Atos dos Ap6stoLos. As cartas do grapo espistolarque seguem o hvro dos Atos recebem o noma o o tigffda^S-

Page 392: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

392 —

dade ou da pessoa privacla a que se dirigiam, p. ex.: Carta de $1 auto aos Romanos, Cartas a Timoteo, etc.

5) — Os autores dos livros do Antigo Testamento nao saotodos conhecidos, enquanto do Novo Testamento o sao. Assim osquatro Evangelhos foram escritos: o primeiro, por Mateus (apostolo-o segundo, por Marcos (discipuio do apostolo Pedro); o terceiro'por Lucas (discipuio e companheiro de viagens do apostolo Paulo)'e o quarto, por Joao (apostolo) (1). Os Atos dos Apostolos foramescritos por Lucas, autor do terceiro Evangelho; as Eplstolas saona maior pa_rte,_ obras cle Paulo (catorze, se bem que um antigo autorniio Hie atribuisse a enderecada « aos Hebreus »); duas de Pedro-tres de Joao; uma de Tiago e uma de Judas, ambos apostolos- oApocalipse (Revelacao) e, por tradicao comum, referido a Joao6)~ Os livros do Novo Testamento, com excecao doApocalipse de Joao, sao de indole exclusivamente narratlva, exortali-two-preceptlva e didascdllca; pertencem as seguintes formas Hterarias:

a) Historica (Evangelhos, Atos dos Apostolos);b) Epistolar (Cartas);

c) Profetico-apocaliptica (Apocalipse de Joao).

7) ~ Formas poeticas propriamente ditas nao aparecemno Novo Testamento.

APoesia dos Evangelhos, tao simples e tao profunda,aquela fascmacao que suas paginas tern sempre exercitado nao so'nas mentes cultas mas tambem parvas, procedem nao da grandezacie concepcao e finura de Knguagem, mas tao so da novidade e subli-rnidade do. moral, em confronto com a ingenuidade primitiva daexposicao. Evangelho, como todos os livros que nao estao na lite-ratura, mas sim na vida, tern em si o segredo duma poesia sem prece-dentes e megualavel. Nos Evangelhos, particular" atrativo tem ouso semitico de representar plasticaraente a substantia dum preceitomoral positivo ou negative mediante uma ou mais « parabolas ».

contos breves e vivos de acontecimentos ficticios, nao, porem, forada reahdade, antes, tirados geralmente do ambiente e das usancascontemporaneas.

8)—

- Antigo Testamento e de origem semitica e foiredigiclo quasi totaimente em lingua hebraica, mais ou menos puraconiorme a_ idacle de cada uma das partes, enquanto o Novo Tes-tamente foi, na sua forma originaria, redigido em grego; nao nogrego classico literario, mas no grego vernacuio do secuio I da era

j_yiugar

;tipo dialetal mais afim a lingua grega do Novo Testamento

"J e ":los rornecido pelos numerosos documentos descobertos ultima-mente nos papiros egipcios.

(I) Os tr£-s primeh-os Evangelhos, a saber, os dc Mateus, Marcos e Lucas,chamam-.se hvangdhos -nnopt.cos pela afinidadc de conteudo e de proccdimentoque neles se mamfesta. Evar.gelho de Joao tem ditercneas notaveis na feicaogeral, na dispos.cao dos iatos c no estilo da narracao .Este costuma-se desi-iiarcom o tiiuio de quarto livanijcllin.

Page 393: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

393

.$,

to

lo

ar

2. — A BfBLIA VULGATA

E OS SEUS PRINCIPAIS CARACTERES|LINGUISTICOS

512.— 2) — Guando os Hebreus se dispersaram pelas varias

partes do mundo helenico-romano, sentiram necessidade de verier

para o grego o Antigo Testamento; e essa traducao se fez no maior

centro de cultura helenica, em Alexandria, sob os auspicios dos

Tolomeus. Alii os Hebreus constituiam urn nucleo fortissimo e reli-

glosamente bem organizadd; por isso, a versao que all se empreendeu,

no curso do terceiro seculo, para uso da litiirgia das sinagogas,

recebeu o nome de Versao Alexandria (1). No entanto o Novo

Testamento saia num idioma bastante afim ao grego; e a difusao

do Cristianismo, que relacionava historica e espiritualmente as suas

origens com a Revelagao que se continha na Biblia hebraico-alexan-

drina, fez que as duas colecoes, antiga e nova, formassem urn linico

complexo: a Biblia crista.

2) — Esta Biblia crista difundiu-se com o Cristianismo

em todos os paises do Ocidente romano, onde o grego ou nao era

conhecido ou o era muito pouco, como na Galia, naEspanha e na

Bretanha; por isso, bem depressa (ja no correr do seculo II da era

vulgar), apareceram numerosas traducoes parciais latinas,rmais

ou menos extensas, e provavelmente, nalgum centro (p. ex. na Africa

Romana), se elaborou, nos primeiros tres seculos, uma versao latina

de quasi toda a Biblia grega (2). Estas varias versoes em latim arcaico

vieram-nos so por fragmentos notaveis separados e pelas numerosissi-

mas citacoes dos escritores cristaos latinos anteriores ao seculo

IV. Mas nao se deve confundi-las com a atual Biblia latina chamada

Vulgata, que e do fim do seculo IV e foi obra de S. Jeronimo (3).

Este personagem, que a tal empresa dedicou quasi a vida toda, o

seu engenho grande e poderoso, a sua erudicao vastissima, propos-se

dar uma tradu^ao latina, fiel quanto possivel, do texto oficial que

corria pelas maos dos Hebreus do seculo IV (o atual texto hebraico

foi fixado mais tarde pelos Rabinos). Com esse intuito, trasladou-se

de Roma a Palestina, onde aprendeu, de viva voz, o hebraico, e

(1) Chama-se iambem Versao dos setenta (comumente: LXX) interpretes,

pois, segundo uma tradi?ao, fora este justamente o numero dos tradutores.

(2) Em Roma e nos principals centros da Africa Romana, cor.hecia-se

uniyersalmente e falava-se o grego jimtamente com o latim; mas o vulgo, ao qual

chegava a nova do Evangelho, dificilmente participava dessa cultura bdingue;

nao entendia senao o proprio idioma vulgar, a linguagem dos seus humildes minis-

terios e da sua vida cotidiana. Para esses incultos fazia-se mister a versao do grego

para o latim italico e provincial; e tal era a urgencia, que nao so uos paises exclusi-

vamente latinos, mas tambem nas cidades grego-latinas e em vivo contato aimohelenismo, como Cartage, ja existia elaborada, no fim do seculo II, parte da Biblia

latina e era amplamente usada na didascalia cotidiana das comunidades cristas.

(3) Dentre as varias versoes, prejeronimianas foi muito difundida, no

seculo III e IV, a que S. Agostinho designou com o nome de Itala, provavelmente

feita pela comunidade crista- de Roma e usada pela cristandade antiga da Italia.

Sobre esta versao, o mesmo S*. Agostinho proferiu urn juizo breve e smtetico (de

doctrina christiana, 11, 16); in ip.r'u autem itvterprdationibus Itala ceteris praefera-

iur: nam est verborum tendcior cum perspicuitate sententiae.

Gramatica Latina, 26

Page 394: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

394

assim refez a maior parte do Antigo Testamento (1). No Novo corr'giu apenas as antigas versoes latinas, afim de as polir e assim tor"na-las menos desagradaveis aos ouvidos enfastiados dos retorico"e dos doutos cristaos. De fato este foi o fim que se propos S Jeronimona sua traducao: de apresentar a Biblia num latim mais poUdo Imenos tosco que o das versoes.

5) — latim destas versoes nao era o literario, mas r>vulgar, sermo vulgaris, plebeius, cotldianus, rusticus, dos quais no,dao nohcias copiosas os escritores latinos, como Varrao {De Linoullahna, VIII), Cicero {Fam, I, 1; II, H etc), Ouintiliano (I, 5 Iff?Seneca e outros (2). Os caracteres deste idioma patenteiam-se muitonuma passagem dum autor cristao do comeco do seculo IV, Arnobio-« Quid officit, o quaeso... utrumne quid grave an hirsuta cum aspe'ntete promatur, inflectatur quod acui, an acuatur quod oportebatmiiecti / aut qm minus id quod dicitur verum est si in numero pecetur, aut casu, praepositione, participio, conjunctione ? (AdversusRentes, I, 15) ». Tambem S. Agostinho proclama a necessidade deexpor a catequese crista e a Biblia na linguagem mais acessivelao povo: « Plerumque ioquendi consuetudo vulgaris utilior est sieni-ticandis rebus quam integritas litterata » (de dotrina christianaill, 3); e noutro lugar: « vulgi autem more sic dicitur (verbum)ut ambigmtas obscunasque vitetur; non sic dicatur ut a doctissed potius ut ab mdoctis dici solet. Si enim non piguit, dicere inter

'

pretes (3) nostros » (Psal. 15. 4); « Non congregabo conventiculaeorum de sanguineus > quoniam senserunt ad rem pertinere ut eoloco plurahter enuntiaretur hoc nomen quod in latina lingua tan-tummodo smgulanter dicitur, cur pietatis doctorem pigeat imperitisloquentem, ossum potius quam os (Psal. 158, 15) dicere? »

4) — Contudo a linguagem das versoes latinas preieroni-mianas aiastava-se da jiria cotidiana pelo colorido semitico que ogrego alexandrmo conservava em muitos pontos e, por conseguintetambem o latim da traducao feita sobre o texto grego. Portanto^

. « ,(P ° trabalh° d

_e traducao e correcao executado por S. Jeronimo abrac-itres penodos: no ano 383, por encargo do pontffice S. Damaso, revfu e corritfa versao latma do Salteno assim se chama o Iivro dos salmos com respeL ao seuuso liturgico) dos Evangelhos e dos outros livros do Novo Testamento No an"segumte (384), depois da morte do papa Damaso S. Jeronimo dcixou Rom

llfT wviv i°°"ent- Chegado a Cesareia, all permaneceu e efetuou, nZ'el

'

celebre:

Biblioteca, acurada revisao dos livros do Antigo Testamento fundando se

TpafetLT60 d°S ^TPl

°?<(BiU

f £m SeIs lf»8"-) ^ Origene, Da tendoifoa Palestma e aprendido a lingua hebraica, pelo ano 390, meteu maos a versaodo hebraxco para o latim de todos os livros do Antigo Testament™ fexecao dealguns que sao: Saberform, Baruc, Eclesiastico, I e if dosMacabeus dos qua s elimitou provavelmente a retocar o antigo texto latino.

q

(„) Chamaya-se tambem lingua vulgaia, donde veio o nome de vukabidado a traducao latma da B blia. Portanto esta denominacao compete mais Iretamente aos extos pre;eronIm ianos. Com efeito, S. Jer6nimo dtfcom o nome

tettt'l^T' f-'°'°S tCKtaS » nti^ l»«„os e, ivc«™.Z

nimianaP

' °deS,Sn;l ?a° P'«sou por analogia para a versao jero-

(3) Isto e, os tradutores anonimos latinos prejeronimianos.

Page 395: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 395 —.muitas vezes, ao giro de frase e ao vocabulo se mesclava tambem,

lea. e acola, a construcao de cunho hebraico; alem disso, a conexaoparatatica, por si mesma tao comum, em maior ou menor escala,

j,a todo idioma vulgar, resultava certamente mais acentuada peladependencia, indireta, mas palpavel, de um texto semitico, no quala parataxis e o carater dominante. Estas circunstancias davam aolatim da Biblia prejeronimiana uma fisionomia toda propria.

5) — S. Jeronimo procurou ainda afinar o latim biblico,

mas, neste trabalho, nao foi alem de certos limites assaz restritos.

E bem errados andariamos se supusessemos que este grande ger.io

ise deixasse iludir pensando de rtos dar uma Biblia na linguagem: de Cicero ou de Seneca. Muito bem conhecia o hebraico e, no seucontinuo trabalho de critica textual, penetrara bem a fundo a vitali-

dade estilistica e o ambiente de ideias de que regorgitava a linguagembiblica nas suas varias epocas. E, como Tertuliano, S. Cipriano,Arnobio e S. Agostmho, tambem ele via a necessidade de se conser-var no nivel da mentalidade popular, pois a nova do Evangelhonao era um privilegio de raca ou de academia, mas heranca comume vastissima de povos e patrimonio de toda idade e toda cultura.

Por isso e que a Biblia latina vulgata jeronimiana tern no seu comple-xo quasi os rnesmos caracteres e a mesma fisionomia linguistica dostextos prejeronimianos, embora se tenham eliminado muitos dosmais crassos barbarismos e solecismos, onde era possivel, sem pre-judicar a clareza, a fidelidade de interpretacao e, especialmente,a popularidade.

6) — Uma exposicao metodica, se nao completa, das pro-priedades lexicas, morfologicas e sintaticas da Vulgata latina naoe possivel nem oportuna nesta breve noticia. Apraz, todavia, apontarum niimero de formas e fenomenos gramaticais carateristicos, bas-tante, ao menos para dar um conceito aproximativo desse latim,

mandando para ulteriores conhecimentos atrabalhosmais extensos(l).

7) — Ouanto ao fundo lexico, o latim da Vulgata, como osermo vulgaris, abunda em formas mais cheias e sonoras, preferindonos substantivos e adjetivos sufixos como -inento, -monio, -ario,

-orto, -bill, e semelhantes, em lugar de outros usados na linguagemliteraria. O substantivo vem amiude plasmado sobre o verbo, ouvice-versa. Nos verbos e comum o uso de preposicoes sos ou tambemaglutinadas, sem, contudo, modificar o significado do verbo. Elu-cidaremos, com alguns exemplos, o que aca-bamos de dizer:

a) Substantivos:

em -tnentum.

adjuramentum — aeramentum — assumentum (satura:

nos textos prejeronimianos tambem: insumentum) — deliramentum

(1) Alem dos trabalhos estrangeiros mais conhecidos (Ronsch, Burktt,Kaulen), indicamos o trabalho do Dr. Dalpane, revisto por Felice Ramorino;i-Nuovo lessico della Bibbla Volgaia com osservazlonl morjoloyiche c sinlatiche. Flo-renca, Livraria Editora Florentina, 1911.

Page 396: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

Hto-

i

IS

— 396 —

-

— figmentum—inqumamentum —involumenfi.moperimentum - tutamentum etc.

nV°IUmentum ~ ^rameiltum _

em -men.

cogitamen — genimen — linteamen „ •

Iamen (rebanho), boiada, Sabed IV 3)~ SPlrame* -vitn_

em -woflw, -monium, -lum, -eum.

18) - ™™°n1/~ Sa^onium - capitium (collar- T6 vwIS) — cremmm (sarmentos secos para arder Ps CT 'A •?'cium - calcaneum - cellarium - cucumSum "

„' 1

} T^"xxSop

2e

2lum ~rMseri™ ~ ^oi^jt^ttrXXXIX, 22) emenctonum - propitiatorlum _ reclSokumet"em -cuium, -bulum.

habitacnlum — offendiculum — pinnaculnmlum - spiraculum - fundibulum.P^naculum — Slgnadu .

em -ura.

tura ,

ape:iura ~ capillatura - creatura - fixura -tura - bgatura _ paratura _ praedatura - pressur-— tomatura — torfura.

pressm<xincastra-

— rasura

• Nos textos prejeronimianos encontra-

fraudulentia — honorifi-

em ela.

loq.uela — medela.se monela, suadela.

em -ntia,

concupiscentia — extoi.entiacentia — sufficiehtia.

em -tas.

Iongiturnitas — mmietas — nu^arlhs „r •,

bihlas - praeclaritas sospitas - sooc.wl ~" °ilOSlt?s ~P°a»-

giositas.P s-pociositas — supervacuitas —reli-

em -tor, -sor, -irlx.

acceptor — adnuntiator — adoratnr _ ->„„ , „gerator — clusor — ™m™ • *

aGOra toi — ascensor — belh-o_

i.iu.sor communicator — donnfor „ a ,— inventor — salvator — anostitnvaonat°r ~~ exterminator

vocatrixetc.apostatnx—adversatnx— docirix— pro-

Page 397: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

397 —

- grossitudo — liabitudo — nigredo — pi-

putredo — tabitudo — aurugo — alburgo

em -do, -go.

disertitudo -

^redo — reciitudo —— similago etc.

em -lo.

abbreviatio — absconsio — abominatio — acquisitio —

-

adapertio — adinventio — compunctio — confractio— corrogatio

— coruscatio etc.

em -a.

externa (exlenslo) — catta (gato, Baruch, VI, 21), calvaria

.•— refuga — polenta— torta— sporta etc.

carrus— grossus — qualus — binatus — ducatus etc.

Sao frequentes as formas diminutlvas, por exemplo: hume-

rulus — leimculus — linteolum — mergulus — auricula — casula

- - catenula — domuncula — mansiuncula — sorbitiuncula — buc-

cella — areola — genicuhim etc.

Sao frequentes os adjetivos substantivados, p. ex.: infernus

— salutaris {salvator) — vernum — subjugate — salutare (salus) —spiritate — arida — ficulnea — natatoria — pascua — altilia etc.

h) Adjectivos:

sufixo -bill {-III) e caracteristico pelo grande ntirnero de

adjetivos que forma. Nao apresentamos exemplos porque facilmente

se encontram em qualquer pagina do texto. Outros sufixos se encon-

tram com certa frequencia, por ex.:

Sufiixos -ario, -orio.

scenofactonusavietarius -— armen.tarius — auricularius

— deprecaterius etc.

c) Adverbio:

Nos adverbios e mais frequente a forma com o sufixo emter, por exemplo: fiducialiter — duriter — jugiter — mendaciter

— sinceriter — indesinenter etc.

d) Verbo:

Sao frequentes as formacoes verbais derivadas de substan-

tivos, adjetivos e adverbios, por ex.: aeruginare— buccinare— sagit-

tare — sponsare — subKmare — vivificare etc.

Page 398: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

398

I-'

Na Vulgata jeronhniana, porem.. foram quasi todas .Vnadas^as mais caracteristicas se encoutram ^t^"^-Posic^can.dua, preposicoes, por exempt n^^t^t^08**segomtes formas: adimplere - adincrcscere - dnS~i"narc - condelectan - conresuscitare - insufflare -- pertrW

U*

supermduere - supereievare - subinferre etc.

pcrha»s^ ~~

r < 4

fl T Wa.

i%& wresentavam muitas c graves •mom-,]'os textos pre,eronmuanos. em cujos fragmcntos (che'ados ate

M

nao raro se nos antolha a mudanca de gSnero de °decHn^~'

j^nero e n? verbo, semelhantesSrregulXles de coD u^JNa Vulgata jeronimiana, estes idiotismos do sermo w?/3 '?r ftressaiam, foram elididos; de modo qL, sot J e^etc^Vulgata aparece sufidentemente correta e pol da Nisto oodeq"Jerommo exeratar um rigor bem maior que no substitmr os °oc£lporque, enquanto o elemento lexico Jo podia,1 veLs Zdar o"'alterar-se sem dano para o significado, as anomalias de fkxao Dod;«

"

r^iTdTss-fr que a expressa~°^te£scaraC^Los^eb^™=^^^^tSTS Jerommo elumnou um certo ruimero de palavras gre

i™dos Wn

"

Sfgrta^Stf8

' ^ na~°- trat°U d-^stitugWoS

aS

t

d

od

S ^vulgata alem dos grecismos ma1S comuns, como- chaos — r,r™W- prophetxssa - pythonissa - pksmare etc., ocorrem- aooZcollynda - shb nus - apostatare - cataplasm!^~Z qu d L7em grego. ,w T {) - ago ; brabium _ ^ __£jg£^Uuanto aos hebracsrnos, excetuando o« ™™ ' •

iip:rru de lusar' os te™^Ss^r^ vSieduzem-se a: geenna — sicera — amen — liallelma U„

lgata

racha-chodchod (especie de pedra J^J^^X??^nemi'eram ma.s numerosos nas versoes latino ™'" •' } '

Os outros hebraismos pertencem todoTfsLS P^™—i#) Finalmente, com resneifn ^ ,-;„f„ j

ve.es, ;„£CS!qUC °S "0meS hebraiTOS d;

' V»>S«ta latina sac, as mais das

Page 399: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 399 —especial, ao influxo do texto hebraico. Justamente por este motivo,a parataxis, no npsso caso, torna, muitas vezes, dificil a inteleccao

do texto, porque as relacoes e os nexos entre uma e outra serie depensamentos nao se tornam evidentes com a subordinacao sintatica:

com uma simples conjuncao, passa-se sem preparacao e de chofre

*i duma ordem de ideias para outra inteiramente oposta. Mas tal proce-

;dimento de puxtaposicao nao depende so da simplicidade da sintaxehebraica: deriva tambem dum carater estetico proprio desta lingua,

que, mormente no estilo poetico, nao cura das passagens intermedias e

| salta rapidamente para pensamentos de feicao contraria, a relacao

I dos quais mm vagamente se percebe ou antes se ve, em forca da

| comocao estetica suscitada pela robustez da poesia. Outro fato

sintatico, notadamente popular, e o uso da conjuncao quod {quia,

.jquoniain) para a proposicao dependente no discurso indireto, em

5' iugar da construcao com o infinito. E nisto, alem da tendencia

j| vulgar, pode ter influido tambem o testo grego, em cuja sintaxe e

comum esta construcao e os exemplos de tal fenomeno sao inumeros.Digna de mencao especial e a desconexao vulgar (anacoluio)

em virtude da qual as partes do periodo carecem de nexo, naopor parataxis, mas porque inadvertidamente, conforme a indole do

A linguajar vernaculo, se passa duma construcao para outra, no curso;: da mesma proposicao ou do mesmo periodo. Ha exemplos tipicos

como este: « Aid quit ex vobis homo, quern si petierit jilius suuspartem, numquid Lapidem porriget ei? (Math., VII, 9) ».

Page 400: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

APENDICE II

.CALENDARIO ROMANO

I

513. — O ano romano originariamente comecava comMarco, denomma?ao tirada de Marte, deus da guerra, pai e proteWdos Romanos Osfmeses chamavam-se: Martius, Aprilis, Ma/usJunius, Quinhis, \Sextdis, September, October, November, DecemhZ'Januanuslebruarius. Os nomes dos quatro primeiros meses oririnavam-se de divmdades e de festas especiais, os outros do Iufiar nf,~ocupayam na serie: Quintilis, o quinto mes, October, o oitavo etcQuintdis foi depo1S chamado Julius em honra de Julio Cesar; SextiltAugustus em honra de Otavio-Augusto. '

514. — Os latinos nao contavam os dias dos meses comonos numa sene continue desde o primeiro dia ate o fim; mas tinhamtres datas fixas com nome proprio, das quais, com calculo regressivetiravam a designacao dos outros clias.

As datas fixas erani:

a) Kalendae, no primeiro dia de cada mes.

b) Nonae {no

<jja 5 J

< no dia 7 nos meses de Marfo, Maio, Jutho, Ouhibroc) Idus \

no <Jia 13;

i no cha 15 nos meses de Mango, Maio, Julho, Oulubro.

515. — Para indicar o dia que precede cada uma destasdacas fixas usa-se pridie com o acusativo da data fixa, p. ex.

:

Kalendis Januarys = 1 de Janeiro.Pridie Kakndas Jamiarias - 31 de Dezembro.JNoms Jamuariis = 5 de Janeiro.Pridie Nonas Januarias = 4 de Janeiro.Idibus Januariis = 13 de- Janeiro.Pridie Idus Januarias = 12 de Janeiro.

,,. 4 - — °s ^s compreendidos entre as calendar e as nonasdeternunavam-se contando para irks, a partir das nonas, incluindo

Znus°fd° ° Tp Ck PMt?

a 6 ° ^ Ch6gada ^™"' « ^ "t-menus ad quern). Por exemplo:

J afe /«««>*• ^- „<,„*, caem no d ;a 5; portanto dia 3 ^ tercdrQantes das **««s: die iertio ante nonas Januarias ou, suben-tendendo-se die ante : tertio nonas Januarias.

4 de Outubro: As nonas caem no dia 7; portanto o dia 4 e o quartoantes das nonas: die quarto ante nonas Octobres ou quartononas Octobres.

Do mesmo modo indicam-se os dias compreendidos entre asnonas e os tdos; entre os idos e as calendar sucessivas. Porexemplo:

9 de Janeiro: Os idos caem no dia 13; portanto o dia 9 e o quintoantes dos tdos de Janeiro: die quinto ante idus Januariasou quinto idus Januarias.

L

Page 401: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 401 —19 de Junho: As calendar sucessivas caem no primeiro de Julho;

portanto 19 de Junho e o decimo terceiro dia antes dascalendar de Julho, die decimo iertio ante Kalendas Juliasou decimo iertio Kalendas Julias.

10 de Margo: Os idos caem no dia 15; portanto 10 de Marco e o diasexto antes dos idos de Marco: die sexto ante idus Martiasou sexto idus Martias.

516. — Por estes exemplos ve-se que em latim o nome dosmeses e sempre um adjetivo que concorda com o substantivo niensis

ou com os nomes que indicam as tres datas fixas: Kalendae — Nonae— Idus (cf. pag. 57 observacao 2).

517. — A expressao die sexto ante idus Martias e agramaticalmente certa mas nao e a forma mais usada. Geralmentefaz-se preceder ante e o resto poe-se no acusativo: ante diem sextumidus Martias, 10 de Marco; ante diem decimum tertium Ka-lendas Julias, 19 de Junho; ante diem quartum Nonas Gctobres,4 de Oulubro etc.

Observacao. A forma ante diem era considerada como urna palavra so,razao por que, as vezes, se lhe antepunham as preposicoes in ou ex, dando origeraa algumas frases, p. ex.: differre aliquid in ante diem XV Kalendas Novem-bres, adiar qualquer cousa para o dia 18 dc Ouiubro; ex ante diem III NonasJimias usque ad pridie Kalendas Septembres, desdc 5 dc Junho ale 31 de agoslo.

518. — Regra pratica. — Se o dia que se deve determinaresta entre as calendas e as nonas ou entre as nonas e os idos, au-menta-se de uma unidade o numero das nonas e dos idos, e dasoma subtrai-se o do dia determinado, p. ex.:

J de Abril=5-\-l—6; 6—3 = 3: ante diem, tertium nonas Apriles.

10 de Maio = 15+ 1 = 16; 16—10 = 6: ante diem sextum idus Majas.

8 de Setembro =13+ 1 = 14; 14—8 = 6:ante diem sextum idus Septembres.

Se o dia que se deve determinar esta entre os idos e ascalendas, aumentam-se de dois os dias do mes, e subtrai-se da soma onumero do dia determinado, p. ex.:

19 de JW/w? = 31 +2 = 33; 33—19=14: ante diem decimum quartumKalendas Augustas.

20 de Agosto — 5\ Jr2 = '5Z; 33—20 = 13: ante diem decimum tertium

Kalendas Septembres.

21 de Setembro = 30+2 = 32; 32—21 = 11: ante diem decimum primumKalendas- Octobres.

8. — No ano bissexto, o dia, que se deve intercalar,

nao se insere como nos fazemos depois do dia 28 de Fevereiro, masdepois do dia 24, e como o dia 24 era o sextus dies antes das calendasde Marco, aconteceu que o dia a intercalar fosse chamado bis sextus

dies, donde a denoininacao de ano bissexto.

Page 402: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

402

(Augustus hmtikt]

7

II.

Februarius

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

Kalendis Januariis, etcQuarto (subent. die) ante

Nonas.Tertio ante" Nonas.Pridie Nonas.

Nonis Januariis, etc.

Octavo ante Idus.

Septimo —Sexto —Quinto —Quarto —Tertio —Pridie Idus.

Jidibus Januariis, etc.

Undevicesimo ante KalendasFebruarias, etc.

Duodevicesimo a. Kal. Feb.Septimo decimo a. Kal. Feb.Sexto decimo a. Kal. Feb.Quinto decimo a. Kal. Feb.Quarto decimo a. Kal. Feb.Tertio decimo a. Kal. Feb.Duodecimo a. Kal. Febr.Undecimo a. Kal. Febr.Decimo a. Kal. Febr.

Kalendis FebruariisIV a. Nonas.

Ill

Pridie Nonas.

Nonis Februariis,,

VIII ante Idus.

VII —VI —V —IV

III —Pridie Idus.

Idibiis Februariis.

XV'i'a. Kal. Martias.

24 Nono a. Kal. Febr.25 Octavo a. Kal. Febr.26 Septimo a. Kal. Febr.

Sexto a. Kal. Febr.

Quinto a. Kal. Febr.Quarto a. Kal. Febr.Tertio a. Kal. Febr.

Pridie Kalendas Februarias.

27

28

29

30

31

Page 403: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

403

III. IV.

Martins (Majos, Julius, Oetohar} Iprilii (taiiis, Siptinkir, Honnliir)

] Kalendis Martiis, etc. 1 Kalendis Apriiibus, etc.! Sexto ante Nonas. 2 IV ante NonasOuinto — 3 III —

4 Quarto — 4 Pridie Nonas.5 Tertio 5 Nonis Apriiibus, etc.6 Pridie Nonas. 6 VIII ante

f

Tdus.7 Nonis Martiis, etc. 7 VII —8 Octavo ante Idus. 8 VI —9 Septimo — 9 V —

10 Sexto — 10 IV. —11 Ouinto — 11 III —12 Quarto — 12 Pridie Idus.13 Tertio — 13 Idibus Apriiibus, etc.14 Pridie Idus. 14 XVIII a. Kal. Majas, etc.15 Idibus Martiis, etc. 15 XVII — —16 Septimo decimo ante Kalen-

das Apriles. etc.

16 XVI — —17 Sexto decimo a. Kal. Apr. 17 XV —18 Ouinto decimo a. Kal. Apr. 18 XIV — —19 Quarto decimo. a. Kal. Apr. 19 XIII — —20 Tertio decimo a. Kal. Apr. 20 XII — — ..

21 Duodecimo a. Kal. Apr. 21 XI — —22 Undecimo a. Kal. Apr. 22 X — —23 Decimo a. Kal. Apr. 23 IX — —24 Nono a. Kal. Apr. 24 VIII — —25 Octavo a. Kal. Apr. 25 VII — —26 Septimo a. Kal. Apr. 26 VI27 Sexto a. Kal. Apr. 27 V — —28 Ouinto a. Kal. Apr. 28 IV — —29 Quarto a. Kal. Apr. 29 III — —30 Tertio a. Kal. Apr. 30 Pridie Kal. Majas, etc.

31 Pridie Kalendas Apriles, etc.

Page 404: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

II

DATAS MEMORAVEIS DA HISTORIA KOMAMA

519.— Antes de Cristo

753 — Fundacao de Roma. (Comemorada aos 21 de Abril). Pri.meiros Rets.

509 — Expulsao de Tarquinio, o Soberbo. iNSTiTuigXo da Re-PUBLICA. CRIACAO DOS CoNSULES.

496 — Tito Larzio, 1." ditador, ganha a batalha do Lago Recib494 — Apologo de Menenio Agripa. Criacao clos Tribunos do Povo'457 — L. Ouincio Cincinato e feito ditador.451 — Criacao do Decenvirato.450 — Leis das XII Taboas.396 — Oueda da cidade de Veios.390 Os Gauleses, sob o comando do Breno, invadem Roma.

( Vac victis!)

340 338 — Guerra Latina: Roma domina o centro da Italia.321 — A humilhacao das Forms Caudinas.280 — Derrota em Eracleia, frente a Pirro, rei do Epiro.276 — Os Romanes derrotam completamente a Pirro, em Beneventn260 — PRIMEIRA GRANDE VITORIA NAVAL ROMANA: C. DuiLIO ANI-

QUILA A ESQUADRA CARTAGINESA EM MlLAZZO {Mylae).255 — Expedicao de Atilio Regulo a Africa.218 — Anibal vence as margens do Ticino e do Trebia.217 — Batalha junto ao lago Trasimeno.216 —- <3 GRANDE DESASTRE DE CANAS (2 de Agosto).207 — Vitoria contra Asdrubal, no Metauro.202 — A GRANDE VITORIA DE PuBLIO CoRNELIO CiPIAO CONTRA

Anibal, em Zama.190 — Os dois irmaos Lucio e Piiblio C. Cipiao vencem o rei An-

tioco, em Magnesia.183 — Morrem os ires grandes generais: Anibal, P. C. Cipiao, o

Africano, e Filopemenes.146 A Grecia e reduzida a provincia romana.146 —

Destruicao de Cartago. Predominio absoluto de Romano Mediterraneo.

133 Oueda de Numancia e conquista final da Espanha.153 Conquista da Asia Menor.121 — Morte de Caio Graco.Ill -- 105 — Guerra contra Juguria, rei da Numidia (Norte da

Africa).

106 — Em Arpino nasce Marco Tulio Cicero, o grande orador.101 — Caio Mario bate os Cimbros em Vercelli (30 de Julho).l

o^~~ NaSCC Cai° ^" l:° Cesar

' ° fu^uro conquistador das Galias.88 — 86 — Guerra civil entre Cila e Mario.85 — Urn recenseamento atribue a Roma 463.000 cidadoes.

Page 405: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

jj

— 405 —I 82 — 79 — Cornelio Cila ditador.

73 — 71 —.Revolta dos gladiadores sob a chefia de Espartaco.70 — Perto de Mantua nasce Vergil 'o Marao, 8 grande poeta

I (15 de Novembro).:

t

63 — Fim da guerra contra Mitridates, rei do Ponto. Pompeu\ Magno entra em Jerusalem. Conjuracao de Catilina.

62 — Batalha de Pistoia e morte de Catilina.

60 — • Primeiro Triunvirato: Cesar, Crasso e Porapeu.59 — O historiador Tito Livio nasce em Padua.58 — 51 — Caio Julio Cesar conquista as Galias.

r

53 — Derrotado pelos Partos, morre em Carrhes, na Asia, LicinioCrasso.

| 52 — Lutas partidarias entre Clodio e Milao.

)49 — Julio Cesar atravessa o Rubicao (13 de Janeiro. — « Alea

i jacta est»).

448 — Em batalha decisiva, Julio Cesar vence Pompeu em Farsalia.

] (9 de Agosto).

'I45 — Cesar vence Farnaces, filho de Mitridates. {Vent, vidi, vici!)

) 45 — Reforma do Calendario.

| 44 — Morte de Julio Cesar (15*de Marco).

| 43 — Morte de Marco Tiilio Cicero (7 de Dezembro).

| 31 — Batalha de Actium (2 de setembro). Fim da Republica.

|30 — Morrem Marco Antonio e Cleopatra; o Egito e feito provincia

m romana.

3 17 — Festas centenarias em Roma; Carmen saecu.La.re de Horacio.J 8 — O imperador Otaviano Augusto fecha o templo de Jano,

| anunciando a paz ao mundo sob o domlnio de Roma.— Nascimento de N. S. Jesus Cristo

520.— Depois de Cristo

9 — Exilio de Ovidio — Derrota de Varo.13 —

f

Novo recenseamento da 4.137.000 habitantes a Roma.14 — Morte do imperador Augusto.17 — Morre Publio Ovidio, poeta lirico.

37 -— Fim do reinado de Tiberio Cesar: sob seu governoENSINOU, MORREU E RESSUSCITOU NoSSoSeNHOR JeSTJSCrISTO.A POPULACAO DA CAPITAL DO ImPERIO ROMANO E CALCU-LADA EM 6.844.000 HBS.

Primeira perseguicao geral aos Cristaos, sob Nero. Marliriode Sao Pedro, primeiro Papa.

70 — Assedio e destruicao de Jerusalem.79 — Terrivel erupcao do Vesuvio destroi Pompeia e outras

CIDADES.106 — O imperador Trajano ocupa a Dacia.161 — 180 — Governo de Marco Aurelio, o imperador filosofo.

247 — Milenario de Roma, solenizado com grandes festejos.303 — Decima perseguicao geral aos Cristaos, sob "Diocleciano.

1^_

46

67

Page 406: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

312313324325361

39442943045 i

452

476

527

406 —

— 337 Constantino Magno, primeiro imperador cristao— Edito de Milao: triunfo do Cristianismo.— Rempdelacao do imperio.— Concilio de Niceia.— 363 —- Breve reinado de Juliano, o Apostata.— Teodosio, o Grande, reune novamente o Imperio— Genserico, rei dos Vandalos, invade a Africa.— Morre Santo Agostinho, insigne latinista cristao.— Ultimo brilho guerreiro da Historia Romana: o patricio

Ezio derrota Atila, rei dos Hunos, nos Campos Cvrvlaunicos.

— Sao Leao Magno, papa, salva Roma da destruicao pelosBarbaros.

— RSmulo Augusto, ultimo Imperador do Ocidente, e deposto.Desde sua fundacao ate Romulo Augusto (1229 anos) foiRoma governada por 7 Reis, 483|pares de Consules e 73Imperadores.

— 565 —- Justiniano, no Imperio do Oriente, revivendo asglorias de Roma na capital fundada por Constantino, re-chassa os Barbaros e lega a posteridade dois grandiososmonumentos: a igreja de Santa Sofia e o Corpus JurisCivilis.

,

Page 407: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

APENDICE III

521. — Prosodia (palavra grega que significa acento) e aparte da gramatica que ensma a conhecer bem a quantidade ou oacento das silabas nas palavras, nao s6 em relacao a pronuncia, comoem relacao aos versos latinos

Dividiremos este estudo em dois capitulos: no primeirotrataremos da quantidade das silabas nas palavras; no segundo tra-taremos do verso latino, e por ultimo exporemos as principais esp£-cies de versos e os principais generos de composicoes poeticas

CAPITULO I

1. — Da quantidade das silabas.

522. Chama-se quantidade das silabas o maior espaco detempo gasto na prolacao de umas silabas em relacao a outra's dovocabulo. As silabas dividem-se em duas classes principais: brevese iongas. A.diferenca fundamental destas duas classes de silabasconsiste em que a longa era considerada como o duplo da breve,amda que a proporcao nab fosse sempre absolutamente rigorosa'.A breve valia uma umdade de duracao {mora), isto e, 1/8 de compassooramano, a longa normalmente duas.

A breve marca-se com o sinal -—p. ex.: bonus ;A longa com o sinal— p . ex . : navis, quase naavls

.

Algumas silabas podem ter uma ou outra quantidade edizem-se cornuns.

^ A silaba comum marca-se com o signal ^ ou ^, por exemplo:tenebrae e tenebrae.

^]nW°bSerVaSg°' ~ iiem

.

aS s!labas IonSas iinham a mesma duracao, espe-ciaimente nos versos que deyam ser cantados. Havia .silabas Iongas que valiam

vam%e ™VUa-r°'

,

CmC° U"fdSd6Jdf ^Ura?SO -

As S"abas de doIsDtempos indica-:,yam-se com o signal -; a silaba de tres tempos com o sinal - ;a silaba de quatrotempos com o smal - ; a silaba de cmco tempos com o sinal >-.-,.

Page 408: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 408 —E se atribuirmos a silaba breve o valor de 1 /8 <ie compasso ordinario

longa de dois tempos tera o valor de 2/8, a longa de tres tempos tera o valor d*3/8, a longa de quatro tempos de 4/S, e a longa de cinco tempos de 5/8.

e

Todas as silabas na palavra tem a sua quantidade; algumas, porem s~obreves ou longas por natureza e isto aprende-se pelo uso, e conhece-se pelos dicionVi-rios e fraseologias poeticas; as outras sao ou podem ser breves ou longas sen-undoalgumas regras que passamos a expor.

2 — sgras gerais.

523. — a) Todo ditongo e todas as siiabas eompostasde duas vogais sao sempre longas por natureza, p. ex.:;aui i,npraeda, paena, etc.

Excetua-se o ditongo prae, que se torna breve quando for seguido deoutra vogal, p. ex.: praeire, praeest, etc., e o ditongo na palavra Maeotis, quee comum.

b) A vogal resultante de contracao e sempre longa por nature-za, p. ex.: (cogo de coago), nil (de nihil), nemo (de ne homo),malo (de mavolo), etc.

c) A vogal seguida de duas consoantes ou das duplas x ou zou da consoante j (i) e sempre longa por posicao, por exemplo : carmenhostis, nox, maximus, gaza, majus, pejus, etc.

Observagoes. — 1) Ouando das duas consoantes a primeira e muda,e a segunda 1 ou r, se a vogal que precede e breve, no verso pode temtem tornar-selonga, como volucris e volucris, tenebrae e tenebrae, assecla e assecla-mas nunca se podera fazer breve se ;a for longa por natureza ou se a muda fazsilaba com a primeira vogai, assim sempre matris, aratrum, abluo, abradoobrepo, etc. ';':

2) Ouando uma palavra termina em vogal breve, esta nao se faz lon^aainda que ajpalavra seguinte comece por duas consoantes ou por uma dupla, comop. ex.: terra procul, mollia strata, alta Zacinthos, etc., mas, se termina porconsoante^ e aj>alavra seguinte cornea por cosoante, torna-se longa, como: (ad)ad te, (per) per freta, etc.

5) O i e vogal e faz silaba em tenuia, lens, (cf. n. I, a, excepcao, pag. 9).

d) Vogal antes de vogal, na mesma palavra, e sempre breve,

"nda mesmo que seja interposto um h, como em Deus, piier,traho, etc

Excepgoes. -- 1) E^ longo o e posto entre dois ii nos nomes da quintadeelinacao, p. ex.: diei, speciei (cf. nota, pag. 45).

2) Sao longas o a e_o e no vocativo e genitivo dos nomes proprios em aiuse eius, p.^ex.: Cai, pompei ; assim como no dativo plural Clrceis.

3) E' longo o a no genitivo arcaico em ai da primeira deelinacao, p. ex.:aulai, pictai,_ terra! (Cf. n. 20, a, pag. 26).

4) O i e longo nas vozes do verbo fio, quando este nao tem r, exceto emfit, p. ex.: fio, flebam, fiara ; mas fieri, fierem, etc.

5) E' longa a primeira vogal em aer, dius, eheu.6) E' comum o_i nos genitivos em ius, menos era alterms que e quasi

sempre breve (cf. nota, pag. 81), e em alms e neutrlus, que e sempre longo.7) E' ainda comum a primeira vogal em ohe, Diana, lo (nome proprio).Nas palavras gregas a vogal seguida de outra vocal conserv-i a quantidade

que tem em grcgo, p. ex.: heroes, Aeneas, Darius.

Page 409: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 409 —e) As silabas radicals nas palavras derivadas conservam as

Hiais das vezes a quantidade que tern a palavra de que derivam,como se ve em amor, amicus, amicitia de amo ; liber, llbertas,

liberalis, etc.

Excecoes. — Algumas silabas mudse breves ou de breves tornam-se longas, p. ex.. ». — .-..- -~ ««!.«, *»„^o ^». nui,,lucerna de lueeo, humanus de homo, huvnor de humus, regis e regula derego, vocis de voco, etc.

an a quantidade e de longas tornam-ex.: duels de diico, fides de fido,

f) As palavras compostas conservam quase sempre a quan-tidade das simples, mesmo quanda se da mudantja na vogal, p. ex.:

adscribo de scrlbo, occido de cado, occldo de caedo.

Excecoes. — Todavia sao breves dejero e pejero, pronubus, nihi-iun«, maledlcus, veridicus, ainda que vindos de juro, nubo, nc-hilum, dico ;

assim cognitum, agnitum de notum ; pelo contrario e longa e silaba be emimbecillis, proveniente de baculus; comum em connubium de nubo.

Observacpes. — i) Ouando as preposicoes e as particulas inseparaveisentram em composicao, conservam a sua quantidade, a nao ser que a devam mudarpor efeito da posicao ou compensacao, como em: (ab) abigo, (ad) adeo, (ob) obeo,(in) ineo, (de) demitto ; averto, educo, dmiitto, (ab, oc, dis alongaram-se porcompensacao da consoante final); (ob) ornitto.

2) Pro (prod) antes de consoante e quase sempre longo, e todavia breve

em Prometheus, prologus, propheta, profaraus, profari, profecto, profestus,proficiscor, profiteer, profugio, profugus, profundus, procella, pronepos,propinquus e protervus, etc.

5) Re (red) e breve, p. ex.: redeo, refero; mas re em refert, importa,e sempre longo, porque ablativo de res.

4) A particula negativa ne e breve em nee, nefas, neque, nequeo, nisi,nihil; longa em neve, nedum, nequis.

3. — Regras particulares. — Quantidade dosmonossilabos

.

).

le

mmm4

I

524. — a) Todos os monossilabos que terminam em vogalsao longos : si, tu, me, te, ne ( = que nao) a, e, de, o, etc.

Contudo sao breves as particulas encKticas que, ve, ne (visrae), ce (hice),te (tute), pte (suopte).

b) Sad longos os substantivos monossilabos terminadosem consoante: jus, lac, os (oris), sol, tus, vas (vasis), ver, vis,

etc.; semelhantemente os substantivos que tern o radical breve;

bos (bovis), pes (pedis), sal (sails), lar (laris), mas (maris), sws(s«is).

Excetuam-se apenas: vir, mel, £el, cor, os (ossis), vas (vadis).

c) Os monossilabos nao substantivos que terminam emconsoante sao em geral breves, como: ab, ob, sub, in, per, ad, eis,

sed, St, an, et, ut, vel, nee, is, id, quid, quis, quod, quot,tot, dat, stat, it, scit.

Todavia sao longos : en, quln, non, eras, cur, sic, hac, hoc, hue,es( = tu es) 6 breve; es( = edis e longo); hie pronome, e comum, hie, adverbio, longo.

Gramatica Latina, 27

Page 410: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

I— 410 —

4. — Silabas finals que'terminam em vogal.

525. — a) O a final e longo

:

- ^_N° abktivo singular da primeira declinacao, p ex .mensa, vita, poeta, etc.v

, t> ex.:

- ,

7^_

No imperative ativo da primeira coniugacao n Pvama, lauda, etc. ' B v' P- ex -:

III) No vocativo dos nomes gregos em as, genitivo a«ou antis, p. ex.: Aenea, giga de gigas, gigantis.

• A.- -

7r-

NaS PreP°si<?Ses'

n°s numerais e adveVbios- circSinfra, intra, supra; triginta, quadraginta, qumq„agh\S*etc.; interea, postea, frasira. fe ta»

E' pelo contrario breve :

cao:meniNp^trtltt

Ve°tc

e V°CatiV° ****** ^^^ dedi-

pora, cornut^r^ **"** d°^^"^ P "

«' : »"»*' te-Nerea ^ N° aCUSativo dos nomes Sre§os em e&> P- ex.

: Grphea,

IV) Em quia, ita, heia.

re, etc. ^ *"^^^ *^^ P "^ altarg>facilS

> temP°-

E' longo todavia:

die, faciiN° abktiV

° SinSUkr da qUinta decIina?So, p. ex.: re,

. 77) Na segunda pessoa do singular do imperative ativo dasegunda conjugacao: doce, vide, inone, etc.

rWl.w//7) N°S adv"'1

2ios em e derivados dos adjetivosda segunda

!™e;f' ~ P°rem

'

e bl'eve em oeng>maIg

> te'mere, inferne

Niobe, Te2Ps""""^ SK!g<* ^ terminam Cm 6S ^^

dici, etc

C)° i "na) 6 ordinariamente Iong°- audi, fill, noli,

E' breve:

(mas cuq^oSsSo).qU3S

"^ «~MV^ - ^silabo

Daphrf/^iir^d °S n°meS SreS°S ^ "' P eX : A1^

Page 411: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

;

— 411 —

III) Nos dativos singulares e plurais dos nomes gregos:Palladi, heroisi.

E' comum em mibi, tibl, sibi, ibi, ubi.

d) o final e ordinariamente longo, p ex : domino,ideo, sero, ergoj sempre longo nos dativos e ablativos singularesda segunda declinacao: — e breve em ego, duo, cit6, Ulico, imo,modo (adverbio), quando, quomodo, octo. E' comum na pri-

meira pessoa do indicativo presente: amo, peto, volo, etc , e nonominativo das palavras dissilabas, p ex : homo, leo, sermo,etc.; as mais das vezes e breve em virgo, orlgo, ordo.

e) u final e sempre longo : curru, noctu, auditu,lectii, dm, etc.

/)0y final e breve: moly.

5. — Silabas finals de palavras polissilabas

terminadas em consoante.

526. — Oueremos aqui falar da ultima silaba de uma pala-vra que termina por uma so consoante; pois, se terminar por duas oumais consoantes ou por uma dupla e por natureza longa ; assim

I e sempre longa a silaba final que termina por uma linica consoante,

I ainda que breve por natureza, se a palavra seguinte comecar porconsoante, como ficou dito no niimero 416, c, obs. 2, pag. 300.

1 a) Todas as silabas finais das palavras polissilabas que ter-

:] minam em consoante, que nao seja s, sao breves ', apud, illud,J exsulj semel, procul, carmen, puer, caput, audit, laudat, etc.

•:'3 Excetuam-se os compostos de par: compar, dispar, impar; alguns!j nomes gregos: aer, aether, Titan, Amphion e alguns nomes estrangeiros, p. ex.:

Jacob, David, Daniel.

b) Relativamente as palavras terminadas em s, pode-se

J>, estabelecer que:

I) A final as e longa.

Excetuam-se anas, anatis, adem, e o nominativo dos nomes gregos emadis ou ados : Areas, Pallas, Ilias, e o acusativo plural dos nomes gregos da ter-

"! ceria declinacao: Troas, heroas, Arcadas.

IT) A final es e longa, p ex : Anchises, decies.

• '''„'. Excetuam-se o nominativo e vocativo dos nomes em es, genitivo itis ouetis ou idis: dives (itis), seges (etis), praeses (idis), (sao sempre longos abies,

v aries, paries) ; o nominativo e vocativo plural dos nomes gregos: Arcades, Trca»des, daemones, a preposi?ao penes e as vozes compostas de es (sum) : abes,ades, potes.

Page 412: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 412 —

III) A final is e breve, p ex : patris, legis, satis.

_Excetuam-se todos os casos plurais em. is: rosis, arrais virTs u-omms (por omaes), forls, gratis (por gratiis) ; os nomes gregos em is 41- 3'

mis, itis e entis : Sa amis, Quirls, Simois (entis) j a segunda pesso doi^trro presente dos verbos da quarta cornugagao: audls, venis, e os suhWem is: sis, possis, veils, malls; e vis, quamvls, mavis. — A final v - -. s

dos nomes gregos, e ordinariamente breve. ' P roP«a

IV) A final os e longa s flos, honas, miseros.

Excetuam-se compos, impos, c os nomes gregos terminados em n,

pXdIsTenftfvo;:™S

'^^^^^^^^ Arcad6s (sen,?ti™°

V) A final us e breve s Deiis, bonus, tempus.

E' longa no nominativo singular dos nomes da tercemi declim-rto „,conservam o u no genitivo singular, p. ex.:palus (paludis), virtus (virtutJOtellus (telluns), mas nao em pecus (pecudis) ; no genitivo singular, nominationvocativo e acusativo plurais dos nomes da quarta declinacao, p ex • s»nsCi - •

no nome Jesus, e nos nomes gregos que terminam em us, genitivo untis ou odi-Opus (untis), tnpus (odis). ° •

1

6. — Quantfdade nos perfeitos.

•;527.— a) E' longa a primeira silaba dos perfeitos dissilabos

,je das vozes que o mesmo tempo forma, p ex : Ivi, veni, legi

I ivero, venissem, legeram.'

! ^ ^'^reV.e

,

ef1,^i',scJdi' £idi (de findo), dedi (de do), steti (de

% sto), stiti (de sisto), tuli (de fero).K

ib) Sao breves as duas primeiras silabas dos perfeitos que

}tem reduphcagao: cecidi (de cado), peperi, tetigi, pepuli.

S A segunda silaba em pepedi (de pedo) e em cecidi (de caedo) e lon-a-v na seguiiaa silaba e tambem longa naqueles verbos em que se Ihes seguem duas: consoantes, p. ex.: fefelli, momordi, tetendi, spopondi.

"

;

.

c) ^ primeira silaba dos perfeitos polissilabos conserva| a quantidade ^da primeira silaba do presente: voeavi (de voco),

|

monui (de moneo), clamavi (de clamo).

Excetuam-se genui (de glgno), posui (de pono).

I

- 7. — (Juaratidade nos supines.

J

j

528. — a) A primeira silaba dos supinos dissilabos e das

[

vozes que se derivam dele e longa s visum, casum, motum,||

visus, vlsurus. *,

i

! ia i- ,E '

brev<r»os seguintes supinos: citum (de cieo), datum (de do), litum

i| (de lino), itum (de eo), qmtum (de queo), ratura (de reor), rutum (de ruo).;|

satu n.1 (de sero), situm (de smo), staturn (de sto), stiium (de sisto)

I

Page 413: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 413 —

b) A primeira silaba dos supines polissilabos e igual a primei-

ra do presente, p ex : amatum (c!e amo), momitum (de moneo),

clamatum (de clamo).

Excetuam-se genitum, positum, solutum e volutum, de gigno, pono,

soivo e volvo.

c) A penultima silaba dos supinos polissilabos e longa

:

amatum, deletum, petltum, auditum, minutum.

Excetuam-se os supinos em itum dos verbos que nao tern o perfeito em

ivi, p. ex.: monitum, taciturn, pcrditum; mas e longa em recensitum que

no perfeito faz recensui.

8. — Quantidade das silabas de aumento.

529. — a) Aumento e o acrescimo de silabas que uma pala-

vra sofre. na sua flexao, isto e, na sua conjugacao^ se for um verbo;

ou na sua declinacao, se for um substantivo ou adjetivo

b) Para contar este aumento de silabas, nos verbos, parte-se

da segunda pessoa do indicativo presente ativo (ou suposto ativo,

se for de forma passiva), e nos nomes parte-se do nominativo singu-

lar, p ex : nas vozes amat, amant, que contain tantas silabas

como na segunda do singular amas, nao ha aumento; assim nao ha

aumento em musis,, musam, porque tern tantas silabas quantas

o nominativo nrasa, pelo contrario ha aumento de uma_ silaba

em amamus, de duas em amabamus, de tres em amabimim;assim ha aumento de uma silaba em musarum e em sermonis

(do nominativo sermo), de duas em sermordbus.

c) Note-se, contudo, que nao e considerado como aumento

a silaba final, e que a sua quantidade e dada pelas regras ou leis

sobre as silabas finais. Consideram-se, porem, como silabas de aumento

a vogal temdhca (ou copulativa nos verbos da terceira conjugacao)

e a silaba ou as silabas de sujixo postas entre esta vogal e a silaba

final, p. ex.: em amamus a silaba ma, em amabamus as silabas

ma-ba, em. amabamini as silabas ma-ba-mi sao aumento.

Obse'-vacao. — A quantidade das silabas de sufixos e marcada nos

paragrafos de declinacao e conjugacao; e a quantidade da vogai tematica (ou copu-

lativa nos verbos da terceira conjugacao) e dada por certas leis sobre os aumentos,

que aqui vamos exxjor.

9. Aumento nos verbos.

53Q_ » _ a ) aumento em a nos verbos e sempre longo

:

amabaia, creabat, stabat, amabamus.

iVIas e sempre breve todo o primeiro aumento de do e dos seus compostos,

p. ex.: dabam, dabamus, circumdabSmus, circumdabo, circumdabit.

Page 414: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

- 414 —

etcb) O aumento em e e longo : amemus, tacemus, fe^

c) aumento em i e breve, p. ex, perpenditis, legitis

««™«fet^^-^^^^a quarta eon^acao:.^aumento dos perfeitos em ivi,m™.^^^ ^-Postos; no prf^

d) O aumento em o e longo : estote, legitote, etc.

voluxnj ° aUment° Sm U

* We^ P- «•: siimus, Possumus,

E' contudo longo no par ticfpio em urus s an»t5ru,, lecturus, etc

10. — Aumento nos substantives.

tern slUbS;^L1oP^sTn^lL9N^,

e*,^ ^^o nao

o seu aumento em a, p. . rossL£' * P"meira tem lon§°o seu em I ou em „',S^dSSTJiSfcl^J^^em e : rebus, diebus.

P DUS'a

<3uilita longo o seu

~ , , ^ ° aumento dos nomes em er, ir e ur da «eo.„„,^ J r?ao e breve .- puer, pueri . vir, vIri .^^^ sJ^a declxna-

:

|Wuam-se Iber e Celtiber que o t&n longo = Iberi e Celtiberi.

<0 Nos nomes da terceira declinacao, em regra e:

• J_'

. ^ Long» o aumento em a n «- . „„„pietatis, ferax, feracls.

P ' paX'pacis

' Piefas>

A^^^S;^r,mSrS

os^CIfLe

1f: Han™H' Hannibalis;

nectar, arls; jubar, aris ; e anas%St s W I—***' &As; baccb^, Srismas vas, vasis)

;- ass™ iambe^e b -™ no ^if"''

mS3' "f?,™/

Vas> vSdis

trabs, trabisj arabs, arabis; e nos n^cTem av t™1 Sprc<^,dodcconsoonfe:

e|r ,, cl! ,nacis;dropa ,, di.opSds;fe-X:^^.^^

^s!;S:«S^S:.ft^ «en. renis;

regis; sops, sepis; Ser, Seris • ver vtr^t P ' qulGS> <J«ie«s; rex-,

p. ex.: Michael, Michaelis; crater crat§H°- IT**CSt™".Sei™ «* el, es, er

thens;lebes, lebetis , mas aor, aSri^a^

Page 415: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 415 —III) Breve o aumento em I ; calix, calicis ; stipes, stipitis ;

chlamys, chlamydisj homo, hominisj vfrgo, virginis; car-men, carminis.

_ Excetuam-se dis, ditis ; glis, gliris ; lis, litis ; Quiris, Quirltis ; Samnis,Sarnnitis ; e os nomes gregos em in, genitivo mis : delphin, delphinis ; Salamis,Salaminis ; assira tambem perdix, perdlcis j felix, felicis,

/ V) Longo o aumento em o s sermo, sermonis, sol,solisj vox, vocisj ferox, ferocis j iepor, leporisj dos, doiis.

^X(Le ''.uarn"se os "eui:ros com o genitivo cm oris, p. ex.: decus, decoris;

frigus, frigoris; tempos, temporis, etc., (mas nao os, oris); os nomes arbor,arboris; iepus, ieporis ; bos, bovis; compos, compotis; meiaor, memoris;ops, opis; assim tambem os nomes de origem grega: Hector, Hectoris ; rhetor,rhetoris, etc.

V) E' breve o aumento em u ; consul, consulis ; dux,diicis ,• murmur, murmurls, turtur, turturis.

Excetuam-se os nomes fur, furis; frux, frugis; lux, lucis; os nomesque tei-minam o_nominativo em us com o genitivo em udis, uris on utis; palus,paludis; jus, juris; tellus, telluris; salus, salutis; virtus, virtutis; — Toda-via e breve em pscus, pecfidis; Ligus, ligisris.

CAPITULO II

1) Teoria do verso.

532. — a) Metrica e a ciencia da versiricacao grega elatina Chama-se metrica porque entre estes povos a versificacaofunda-se sobre a medida do tempo (meiron = medida), ao passo queentre os modernos funda-se sobre uma serie regular de silabas acen-tuadas.- A poesia dos Gregos e dos Romanos chama-se quantitativa,a dos povos modernos baseia-se na aceniuacao. A metrica compreendeo complexo das regras que ensinam distinguir os versos latinos,estudar-lhes a estrutura, os caracteres distintivos e as diferentescombinacoes que resultam do emprego das suas varias especies.

b) Os versos latinos por conseguinte nao tern rima, nem secompoem de um numero determinado de silabas, mas resultam decombinacoes especiais de silabas breves ou longas de cuja ordenadasucessao resulta um ritmo, isto e, um motivo musical.

c) Estes membros ou estas combinacoes de silabas longas,ou breves chamam-se pes (*) ou medidas, e os versos dizem-se dlmetros

('*') verso latino, como ficou dito, nao abvange uma serie regular de sila-bas acentuadas; mas encerra uma serie de compassos, que em linguagem metricase chamam pes, talvez assim chamados porque antigamente na danca marcava-secom os pes a divisao dos compassos.

Page 416: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 416 —:

ou de duas medidas, se compostos de dois pes; trlmetros, se compos^de tres; tetrametros, se de quatro; pentdmetros, se de cinco; fcmW,,,

«Q Com relaeao ao numero das silabas e dos pes, os vers™'*

dividem-se em acatalicticos ou completes, se tern o numero eXi£i,j'de silabas, isto e, se faverem todas as suas silabas; caialecticofZcarecerem de uma, tendo o ultimo pe incomplete; braquicatalictlcZ *

se carecerem de urn pe; hipercalalecticos, se tiverem urn pe ou un£ =

silaba a mais. — D1Zem-se ainda versos simples, se constam de nekou medidas do mesmo r*V«M, (cadencia); compostos, se constam de D2 i

de rdmo diverso, p ^..;

2) Dos pes.

_

533. — a) O ^e' e uma parte do verso composta de duas ou Imais silabas. uIf

Os pis dividem-se em prdprios e. improprios. Prdpriorsao os pes que constam de silabas de diversas especies (breves elongas) corao o ;ambo(—-), o troqueu (—~), datilo (—•~w) etc"'

— Improprios os que constam de silabas da mesma especie, como oespondeu ( ).- "

Os pes improprios nao formam uma especie determinadade versos, mas substituem os prdprios da mesma duracao, podendo-sesubstitmr em lugar de uma silaba longa duas breves e vice-versap. ex.: o espondeu ( ), p^ impteprio, pode substituir um datilo $

r1

' PC VTOP™>,Porque a segunda silaba longa do espondeueqmvale as duas silabas breves do dactilo, p. ex.: nobls^ponereJN os pes propnos a j-ta-fo Longa, que, como a mais importante

se prommcia com uma elevacao de voz mais forte do que nas outras'chama-se arsis; a silaba breve (ou as silabas breves) na qual a vozsoire umadepressao, chama-se tesis, p. ex.: no infinito pdnerea silaba po e a arsis as duas breves nere a tesis — em regunt, rea tesis, gunl a arsis — em tnatre, ma a arsis e tre a tesis (*).

Os pes.que procedem cla arsis para a tesis chamam-se descen-denles, p. ex.: tempora; os que procedem da tesis para a arsis cha-mam-se ascendentes, p. ex.: sonltu.

Comparem-se estes dois versos e na leitura sentir-se-ao ntmo diverso: ;3

Arma virumque cano, Troiae qui primus ab orisBeatus ille qui procul negotiis.

rio Entri lforc°Zi ?"/ '""I"a^tnea laiina. Na.grega era o contra-

In I„ rr! fundamental das duas partes do compasso metrico era

ronu^ava at §1 K, A°" aWar d

-° ?*" ~ Abaixava-se quando o coroXDlc? que deviam .ser maa fojWnte entoadas levantava-se™e C!Z^ »s silabas do acente secundario, razao por que as palavras

Romanes X^„L. GrTS SISKli,

lcam exatamente o contr&o do que litre osZS mZ- nnq" S era

<°tem

?° fraCX>'&"' ° temP° forte; *° Passo quepara estes (Komanos) arsis era o tempo jortc, e &j/j o tempo fraco.

Page 417: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 417 —Observacoes. — 1) Em algumas edicoes a arsis marca-se com o acento

ao-udo ('), P- ex.: arma viriimque cano, Troiae qui primus ab oris. sinal da tesis e o

acento grave C), mas menos usado do que o agudo rias silabas em arsis.

2} Para conhecer-se sobre qual silaba caia a arsis e sobre qual a tesis

num pi improprio e preciso ver qual dos pes proprios ele substitue, porque, se por

exemplo, um espondeu ( ) faz as vezes de um datilo ( -^—-)_tera a arsis naprimeira silaba; mas se substitue um anapesto (—--_-—) a arsis caira na segunda.

b) Muitas sao as especies de pes que foram usados nos versos

latinos; os mais importantes sao:

1) Espondeu = duas longasJomnes.

2) Troqueu/ou Coreu = uma longa e uma breve arma.

3) Dactilo = uma longa e duas brevesj corpora.

4) Jambo = uma breve e uma longa viros.

5) Pirr£quio= duas breves

j

,: bene.

6) Anapesto ou Aratidactilo = duas breves e

||!uma longa capiunt.

7) Tribaco = tres breves| timidus.

8) Molosso = tres longasJf

legerunt.

9) Coriambo = uma longa, duas breves e uma^g:gg| ^:longa (*) commemoras.

10) O Proceleusmatico = quatro breves abiete.

c) Escandir um verso e decomp6-lo em seus pes; por exem-

plo, leiam-se os versos a seguir apoiando a voz na arsis com uma pe-

quena pausa depois de cada pe.

arma vi|rumque ca

[

Itali |am fa

|to pro fu

no Tro|iae qui

|

primus ab|oris

' ' r

|

gus La |vmaque

|venit

| ( Verg.)

3) Da cesura.

534. — a) Escandindo-se um verso ve-se que as mais das

vezes o fim de um pe nao coincide com o fim da palavra, mas esta

divide-se e parte fica com o pe antecedente e parte com o pe seguinte.

Este corte da palavra toma o nome de cesura, de caedere, cortar.

b) Mas a cesura propriamente dtta e a cesura do verso que

consiste em uma pausa ou divisao que se deve fazer no mesmo verso.

c) Esta pausa pode cair no fim de um pe ou no mesmo pe.

Se a pausa cair no verso coincidindo o final da palavra como fim do pe diz-se dieresis s

Die mibi, Damoeta, cujum peciis? ||anMellboei?

(*) Pe composto de um trofeu ou coreu (-

igual a um coriambo; —-_—^—

,

-•) e de um jambo {--'—),

Page 418: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 418 —

Se cair no pi, e depois da arsis (sflaba Ionsa) rl™,,forte ou masculina:°aiongaj chama-se cesura

Incidlt in Scyllam|| qui vult vitare Charybdim.

na ou Walt f^ ^ ^^ brew

>~ *•«, femini .

Obstupuitsimulipse|j, simul percussus Achates.

d) As cesuras coni'erem muita elpflnrla « U~

pesado. Comparem-se, por «empIo, os seguintes sem cest t

°

Auraj

scribis|cannina

|Juli

| xnaxhne| vatan (Marciaf)

Sparse|

hastis|

longis|campus

| splendet et| horrei (&,<„)

com os seguintes de Vergilio que tem cesura:

Untae molis e rat Ro| manam

| condere I gentem?Grahor|

est pul|chro veni

| ens in| corpori fvtus'

t«n em i %rgu

ritL7: aircairtre uma sikba l0^a: ^

OmiuaIvincit a

|mor

|| et| nos ce

| damus a| morL

4) Das figuras ou licencas po&icas.

a^, a sistole, a ^fo/J ,W/0fi e^l "^ & "«***•-

a) Da-se a e&rao quando a sflaba final rU „ m itermma em m pncontr^rln *« „ w ama Palavra, queda pakvra se^nfe ™^' * /°f

&1 (mesmo Precdi^ de%)por%xempk,iTig5n^;sr esca Wando uma Wa >m*

curas homing quantu^lst in rebus inane! fiV,

)

villus argentum est auro, virtutibus aurum! (Hor.)

mode ,TO.^ /flW/w. pronunck_se^^ J^™

a* coraolL;;TdfPef;;st^° t y^v7- 1 de— ?**—rviaa peia vogai lmCial da pakvra Seguintej p _ ex _

Page 419: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

p. ex.: :

— 419 —

C5nticuere omnes intentique ora tenebant.

Observagao. — As interjeicoes ah, lieu, o, nao estao su;eitas a sinalefa,

O pater, o hominum, divumque aeterna potestas.

Ah ego non possum tanta videre mala.

c) A sinerese da-se quando duas vogais, que formariam umasilaba, se contraem em uma, p. ex.:

Seu lento fuerint alvearla vlmine texta ( Verg.)

onde na palavra alvearia as duas vogais se contam por uma so.

d) A dierese d a-se quando uma silaba ou um ditongo se divi-

de em duas silabas, p. ex.: vitae em vital; insuetu-s em Insuetus; silvae

siluae.

Aulai in medio libabant pocula Bacchi ( Verg)

e) Da-se a slstote quando, por necessidade do metro, se faz

breve uma silaba longa, p. ex.: steterunt por steterunt; tuterunt portulerunt.

Matri longa decern tulerunt fastidia menses ( Verg.)

/) Da-se a diastole quando se faz longa.uma silaba breve pornatureza, p. ex.: Priamides por Prlamides.

Tanto a sistole como a diastole sao figuras rarissimas e porisso nao se devem imitar.

Entre as licencas poeticas recordamos ainda a sincope

que consiste na eliminacao duma vogal breve no meio da vocabulo.,

p. ex.: caljacio em vez de calefacio, e a tmese que decompoe as pala-

vras coiiipostas nos seus elementos, p. ex.: quo me cunique rap it

tempestas por quocumque me.

A ultima silaba de um verso tanto pode ser breve como longa.

5) Principals especies de versos.

536. — A denominacao dos versos latinos faz-se pelo numerodos metros que tem, acrescentando-se-lhe uma especificacao relativa

ao genero dos pes que neles dominam, p. ex.: trlmeiro jambico; le-

trametro trocaico ou anapestico; hexdmelro e pentametro dactilico,

etc.; — outros distinguem-se pelo nome do autor o asclepiadeu,

o alcaico, o arquiloquio, o alcmdnio, o jaleucio, o jerecrdcio, etc.

Aqui trataremos so dos versos principals e especialmenledo liexametro e pentametro porque foram os que tiveram maisemprego na lingua latina,

Page 420: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 420

de p. ex2) Em geral nos hexametros muitos dactilos exprimem rapidcz e vivacida-

Quadriipedante putrem sonitu quatft unguis campum( Vera.);amque faces et saxa volant, furor arma mtnlsirat.

ci,„

J) Ao inv&<muitos espondeus exprimem gravidade, lentidao ou dU'Icul-

Illf Inter sese magna vl brachia tollunt ( Vert).).

Apparent rarl nantes in gurgite vasto.

4) O hexametro nao termina bem com um monossilabo, rqueira exprimir cousa inesperada ou harmonia imitativa, p.ex.:

Parturiunt montes, nascetur ridiculus mus (Hordcio).Stermtur, exanimisque tremens procumblt hum! bos ( Verg.).

<• ^ xtS}^S VeZ£S

?,hexametro tern no fim.uma silaba a mais (verso hipercatale-

t.co). Neste caso a silaba a mais termina em vogal breve ou em m, e a primeira

duassilabaTT ITC°me?a P° 1

'V°gal °U P° r '''' dando "se " <^sao entre as

Omnia Mercurio similis, vocemque coloremque.Jit crines flavos et membra decora juventa.Impreeor, arma armis: pugnent ipsique p.epotesque.Jiaec ait et partes animum versabat in omnes.

a nao ser que se

PSINCIPAIS CESURAS MASCUUNAS DO VERSO HEXAMETRC

I) A Iriemlmero. ou tercidria ( = 3 meias partes ou 1cai clepois da arsis do segundo pe:

•ro

pee y2 .

Hie autem|| "Causas nequiquam nectiscis manes

II) A peiilernbnera ou qulnaria (cinco meias partes ou 2 pese Yz), cai depois da arsis do terceiro pe:

His amor unus erat|| pariterque in belia ruebant.

a) Do Hexametro. — O hexdmetro diamado tambemepico ou heroico, porque proprio da poesia epica, consta de seis PfV "*dactilos ou espondeus, exceto o quinto, que deve ser um dactiloe o sexto espondeu ou troqueu:

Dum vl|

res an|

nique si|nunt, tole

|rate la

| bores (Ovldid) '?

Conscia mens recti famae mendacia ridet (idem).Gutia cavat lapidem, consumitur anulus iisu (idem). ;;

Qui studet optatam cursu contlngere metam,Multa tfillt fecitque puer, sudavlt et alsit (Hordcio).

rUy 1

0l>Se"as35?l.r

r> AsyeZes "° quinto P6 h£ um espondeu em lugar de umdaWo, mas entao o datilo encontra-se no quarto pe, e o verso diz-se espondajco^

Constitit, Stque ociilis phrygia agmmS circumspcxlt ( Vctg.).

Page 421: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 42i —

III) A heftemlmera. ou setenaria (7 raeias partes ou 3 pese 1

/2), cai depois da arsis do quarto pe:

Nisus erat portae custos]|| acerriraus armis.

IV) A cesura Jetnituna ou trocaica nao tem valor no versohexametro, salvo se cair depois da primeira breve do terceiro pe:

Oderunt peccare|| boni virtutis amore.

Accolet imperiumque||pater romanus habebit.

A cesura mais importante do verso liexametro e a penteral-mera; se faltar,em geral, compensam-na a triemimera e a heftemimera.

b) Do Pentametro. — O pentdmetro consta de cinco pes.isto e, de quatro pes e de duas cesuras, e divide-se em duas partes:a primeira consta de dois dactilos ou espondeus e de uma "cesuralonga; a segunda de dois dactilos e de uma cesura livre. — Segundooutros, o pentametro consta de seis pes e carece da tesis no terceiroe no sexto pe. A cesura e a quinaria:

Candida|

pax Iioml|nes,

|| trux decet|Ira fe

|ras {Ovid.)

Floret o|d5ra

|tis || terra be

|nigna ro

|sis {Tib.)

Vmcun|tur mol

|li

||pectora

|dura pre

jce {idem).

Dlstico elegiaco. — O pentametro nao se usa so, masalternado com o hexametro, e esta combinacao forma o dUtico elegiaco,porque usado na elegia, forma simples e primitiva da poesia lirica.

O distico elegiaco tornou-se em seguida a expressao mais apropriadados pensamentos simples e dos sentimentos ternos e afetuosos.Enio foi o primeiro que se serviu do distico elegiaco; em seguidafoi aperfeicoado por Catulo, Propercio' Tibulo, e com Ovidio alcan-cou a perfeicao ja pela espontaneidade, )k pela harmonia, p. ex.:

Pnnclpils obsta, sero medlclna paratur,Cum mala per longas Invalviere moras {Ovid)

Donee eris felix, multos numerabis amicos,Tempora si fuerint nubila, solus eris {idem).

Dum vires annique sinunfc, tolerate labores;

Jam veniet tacito curva senecta pede {idem).

pentametro para ser verdadeiramente harmonioso deveterminal- por palavra dissilaba ou tetrassilaba, raramente trissilabaquase nunca em monossilaba, exceto se for es ou est em elisao.

c) O Asclepiadeu, cle Asclepiades, poeta alexandrino, divide-scem maior e menor:

I) menor ou comum consta de um espondeu, de dois cori-

ambos e de um pirriquio:

Maece|nas atayls

|edite re

jgibiis {Hordcio)

Page 422: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

;.

— 422 —

Outros dizem-no composto de um espondeu, de um dactilode uma cesura Ionga e de dois dactilos no fim:

Maece|nas ata

|vis

| ed?te| regibus.

II) malor e semelhante ao menor, tendo, porem, mais umconambo; ou, como outros querem, consta de um espondeu, de doisr-aetilos cada um com cesura Ionga, e de dois dactilos no fim:

lu n5Jquaesieris

|scire nefas

|quem mlhi,

|quem

| tibi {Hor.)

ou

Tu ne|

quaesie|rls

|scire ne

|fas

|quem mihi,

|quem tibi.

d) Alcaico, de Alceu, pode ser maior ou hendecassltaboe consta de dois jambos, uma cesura Ionga e dois dactilos, por exemplo:

Vides ut aljta stet nive candidfim (Hordcio)

e pode ser decassilabo, e consta de dois dactilos e dois troqueus:

Flumma|constlte

|rint a

|cuto {Hordcio)

e) ArquilSquio, de Arquiloco, poeta grego, pode ser menorse constar de dois dactilos e uma silaba no fim, como a segundaparte de urn pentametro. p. ex.:

Pulvis et|umbra su

jmus {Hordcio)

aO maior consta de quatro dactilos e de tres troqueus- mas

os tres primeiros dactilos podem ser substituidos por espondeus, p. ex.:

S5lvitur|

Serfs hi|ems gra

|ta vice

j veris|et fa

|voni {Hor.)

j) O Alcmanio, de Alcman, consta de quatro pes: dois dacti-los ou espondeus, o terceiro e dactilo, o quarto urn espondeu:

Aut Ephe|sum bima

|risve Co

|rlnthi.

Sic trljstis af

|fatiis a

|mlcos,

f)^erecrdcio, de Ferecrates, poeta grego, consta de tres

pes; um dactilo entre dois troqueus ou espondeus, p. ex.:

Grato|Pyrrha sub

| antro.Quamvls

|

ponticajplnus {Hordcio)

h) Faleucio, de Faleuco, composto de cinco pes, um es-pondeu, um dactilo e tres troqueus, p. ex.:

Passerjmortuus

|est me

|ai pfl

| ellae {Catub)

i2ste verso se diz tambem hendecassilabo.

Page 423: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 423 —i) O Sajico, assim chamado de Safo, poetisa, e o Adonio,

assmi chamado porque usado nas festas de Adonis as mais das vezescombmam entre si de modo que depois de tres saficos se encontraum adonio, formando deste modo as odes saficas, p. ex.:

Inte|

ger vi|tie scele

|risque

|piirus

Non e|get Mau

| i-is jacu|lis ne

|

que arcuNee venenatis gravida sagittis.

fj,; Fusee, pha|retra.

Sive per Xyrtes iter aestuosasSive facturus per inhospitalemCaucasum vel quae loca fabulosus

Lambit Hy|daspes (Hordcio, I'wro primeiro, ode

viges. seg.)

O sajico consta de cinco pes: de um troqueu, um espondeu,um dactilo e dois troqueus, e o adonio de um dactilo e um espondeu!

j) Jambico, assim chamado porque composto especial-mente de jambos, tern sempre os pes em mimero par. E' quase semprequaterndno, sendrio e octondrio, e usa-se so ou unido com outros,especialmente com hexametros e trocaicos. — Diz-se puro se cons-tar unicamente de jambos; mixto, se houver tambem outros pes.

I) quaterndrio ( = duas dipodias) pode ter outro pe noprimeiro e terceiro lugar:

ut pri|sea gens

|morta

|lium (Hordcio)

Toma o nome de anacreontico se carecer da ultima silaba,por exemplo:

5 ter|

quater|

que fe|lix

11)0 sendrio ( = tres dipodias) pode ter outro pe (espondeu,dactilo, anapesto ou tribraco) nos lugares pares e impares,' mas deveterminal- com um jambo, tais sao os versos das fabulas de Fedro,

Aj2so|

pus aujctor quam

|materl

jam rep

|

perit,Mane ego

|

poll|vi ver

I sibus|sena

|rils {Fedro)

Os senanos puros sao mais harmoniosos e fluentes, p. ex.:

Bea |^tus il|le, qul^| procul

|nego

|tils (Hordcio)

Phase|

lus il|IS, quem

|vide

|tis ho

|spites (Catulo)

A cesura ordinaria e a quinaria.

Page 424: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

-- 424 —

O jambico senano foi usado por Catulo, Horacio Fedrnmas espeaalmente pelos c6micos. E estes seryiram-se dele com tauthberdade que muitas vezes do jambo so ficou o ultimo pe.

Na poesia burlesca em lugar do ultimo jambo usa-se umtroqueu ou espondeu, tomando entao o verso o nome de jamKescazonte ou coliambo. seu esquema e pois o do jambo senarique termma num troqueu ou espondeu em vez de urn jambo; o quint,pe, porem, e sempre um jambo. M

Stiffe Ijifis I|ste, Va

|re, quern

|probe

| nosti,liono est

|

venu|stus et

|dicax

|et ur

| banus (Catul.)

Chamava-se escazonte ou coliambo, isto e, claudicanteporque a repentina mutacao de ritmo no sexto pe lembrava alguemque tropecasse de modo que o verso tinha efeito comico e so se usavanas poesias satiricas e burlescas. Catulo e Marcial deixaram-nosvarios exemplos.

Ill) Qj&mbico octonarlo pode ter outros pes (dactilo, espondeuanapesto), e pode-se dividir em dois quaternaries, por exemplo:

Pecu|

niam In [loco|neglege

|| re ma| ximum in

| terdumest

|lucrum (Teren.)

k) O Trocaico, assim chamado porque composto especial-mente de troqueus, pode admitir espondeus ou dactilos nos pespares, e pode ser quatern&rio, sen&rio e octonarlo, puro ou mistoperfedooujalto de uma silaba. — O octonario pode-se escrever todonuma imha ou em duas, por exemplo:

Appe|tente

|

vere|

primo|cum te

|ner vi

| rescit | annus:

ou

e

Appetente vere primoCum tener virescit annus.

i• P 9 Gllc°nl° e composto de tres pes, um espondeu ou troqueu

e oois dactilos; ou, segundo outros, de um espondeu, um choriamboe um jambo, e diz-se chorldmblco trimetro acatalectlco; ordinariamentecombma-se com o asclepiadeu, p. ex.:

Sic tejDiva po

|tens Cypri;

Sic te|diva pot ens

|Cypri;

Sic fra|

tres Helenaej fulgida si

] dera.

Page 425: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

425 —

6) Generos de composigoes poeticas.

537. — Uma compcsicao poetica latina, comumente chama-da carmen, pode ser composta de uma unica especie de versos ou demais esjjecies. Se for composta de uma unica especie de versos, diz-se

carmen, monocolon; se de duas,, carmen dlcolon; se de tres, tricohn;

se de quatro, tetracolon.

A umao ou agrupamento de dois, de tres, ou de quatroversos, ordirtariamente de especie diversa, alternando-se com a raesmaordem, forma a crlroje e chama-se distico, se . for de dois versos;

trUtico, se de tres; tetrdslico, se de quatro.

Uma composicao ou uma estrofe que consta de dois versos

e de diferente especie diz-se carmen disticon dicolon; se de tres versos

e de duas especies, carmen, truhcon dicolon; se de tres especies,

iri.rti.con trlcolon; se de quatro versos e de tres especies, letrasticon

iricolon.

I) Composigoes ou estrofes de uma so especiede versos.

538. — As composicoes ou estrofes de uma unica especie

(monocolon) sao geralmente compostas:

a) So de hexametros, como os poemas heroicos, p. ex.:

a Eneida de Vergilio:

b) So de jambicos sendrios, por exemplo, o epigrama quartode Catuio, que comeca:

Phaselus ille, quern videtis, hospites,

e todas as fabulas de Fedro.

c) So dejambicos escazontes, por exemplo, o epigrama vigesi-

rao segundo de Catuio, que comeca;

Suffenus iste, Vare, quem probe nosti.

d) So de jaleucios, por exemplo, o epigrama terceiro de

Catuio:

Lugate, o Veneres Cupidinesve.

e) So de asclepiadeus, por exemplo, a odeprime ira do livro

primeiro de Horacio, que comeca do seguinte inodo:

Maecenas atavis edite regibus.

Gramatica Latina, 28

Page 426: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 426

II) Composigoes de duas especies de versoscom estrofes de dois versos.

539. — As composicoes com estrofes de dois versos poder-,constar:

^ ''

?}^e um hex&metro c um pcnidmetro, e o distico de que nialamos. Tais, por exemplo, sao as muitas elegias de Ovidio.

b) De um hexdmelro e um jambceo senario, p. ex.: a odedecima sexta do livro quinto de Horacio:

Altera jam teritur beliis civilibus aetas,Suis et ipsa Roma viribus ruit.

c)De um hexametro e um jdmbico qualemdrio, p. ex.: a odedecima quinta do livro quinto de Horacio:

Nox erat\et caelo fulgebat luna serenoInter minora sidera.

d) Deam hexdmelro e um arquiloquio menor, p. ex.: em Ho-racio a ode setima do livro quarto:

Diffugere nives, redeunt jam gramina campisArboribusque comae.

^

e) De um hexametro e um alemdnio, p. ex.: em Horacio a odesetima do livro primeiro:

Laudabunt alii claram Rhodon aut MitylenenAut Epheson bimarisve Corinthi.

, J) De um. jdmbico senario e um quaterndrio, p. ex.: Horacio,epodo segimdo:

Beatus ille, qui procul negotiis,

lit pnsca gens mortalium.

J})De um Irocaico e um jdmbico calalecticos, p. ex.; Horacio,

ode decima oitava, livro segimdo:

Non ebur neque aurumMca renidet in domo lacunar.

//) De um gliconio e um asclepiadeu, p. ex.: Horacio, odeterceira, livro primeiro:

Sic te Diva potens CypriSic i'ratrcs Helenae fulgida sidera.

Page 427: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

I — 427 —]

I III) Composicoes de varias especies de versos comI estrofes de tres on quatro versos.

.4. 540. — As composicoes de varias especies de versos com

f estroies de tres versos sao raras; em Horacio so se encontra uma< especie,, composta de um j&mbico sendrio, de um arquiloquio manor

'lc de urnj&mbico quaterndrio, p. ex.: o epodo decimo primeiro:

4 Petti, nihil me sicut antea juvat

3 Scribere versiculos

jAmore perculsura gravi.

I Pelo contrario, as compostas de estrofes de quatro versos

"; sao muitas e geralmente compreenclem:

i a) Tres saficos e um adonio, como em muitissimas odes de

5 Horacio, entre as outras a que acabamos de mencionar a pag. 423, i,

I b) Tres asckpiadeiur e uniffliconio, p. ex.: em Horacio a ode

I vigesima quarta, livro primeiro:

I Quis desiderio sit pudor aut modus

I Tam cari capitis? Praecipe lugubres

I Cantus, Melpomene, cui liquidam pater

ij Vocem cum cythara dedit.

c) Dois asclepiadeus, um jerecrdcio e um gliconio, p. ex.:

em Horacio a ode decima quarta do livro primeiro:

O navis, referent in mare te no-vi

Fluctusl Oh! Quid agis? Fortiter occupa

Portum: nonne vides ut

Nudum remigio latus 1

d) Dois alcaicos maiores, um. jdmbico arquiloquio e umalcaico men or, p. ex.: em Horacio a ode primeira do livro terceiro:

Odi profanum valgus et arceo:

Favete Unguis; carmina non prius

Audita Musarum sacerdos

Virginibus puerisque canto.

6) — Metros classicos usadas pela Igreja na suahinoiogia.

541. — a) So hexdmetros, p. ex.: na antifona:

Alma Redemptoris Mater, quae pervia caeli.

b) Disticos dact'dicos, p. ex.: nas antifonas:

Fac nos innocuam Joseph, decurrere. vitam

Sitque tuo semper tuta patrocinio.

Hie vir despiciens mundum et terrena, triumphans

Divitias caelo condidit ore, manu.

Page 428: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

ii

— 428 —

c) Jdmblcos quaterndrios, p. ex.: nos hinos

O gloriosa Virginum (B. Mariae Virg) a-Caelestis urbs Jerusalem (Dedic. Eccl.)

Quicumque certum quaeriiis (SS. Cord. Jes) i

Veni, Creator Spiritus {Pent) ~\

Vexilla regis prodeunt (Im>. S. Cruets)

d) Jdmbtcos sendnos, p. ex.: nos hinos:

Beate pastor, Pet re, clemens accipe (SS. Ap. Petri e i 'i

Pauli).

Opus decusque regium reliqueras (S. Elisabeth Reg.)

e) Trocalcos octonarios catalectlcos. Estes versos podem-se

SlcSct"; "Z.S guafemirios:

° P™^ I-feito, organic

quot undis lacrymarum — quo doiore volvitur (B. /)/.

Virg. DoL)Pange lingua gloriosi — lauream certaminis (S. Cruel?)

:

\

de so tres pes: •|

Ave maris stella (B. M. Virg.) 4

j) Odes sdjicas: tres sdjicos e urn. adonio, p ex •

'

J

Iste Confessor Domini colentes (Comm. Confess.)Vt queant laxis resonare fibris (S. Joan. Bapt.)

'-

Plaude festivo, pia gens, honore (B. 31. Virg. Cons.)|

Virginis proles, opifexque matris {Comm. Virg) ->

esemplo:^^ ^/v"M^'ajv Ms ^ckpiadeus e um gliconio, por

'?

Te, Joseph, celebrent agmina caelitum (S. Joseoh) J-Custodes horninum psaUimus Angelos (SS. Zing, ciisl)

doIs asclcpladeus, um jerecrdcio e um gliconio, p. ex.:

Regali solio fortis Iberiae (S. Hermeneglldl) -'\

Daulitma™ r'8^ m" triCa dC U?° d*Ssico

'Wada na qu^ntidade, \

J ~ ?aSS°U

"f

e " P°CS,a C°m asson^cias e rimas, como, Maoenf„r~

P'° ^ maitaS

'T*' 1"*' da 1Jt*^ em seguida a com i

dZ JT '

9Ue" °ngr a P°esia modcma baseada ™ numero

"'

das silabas e na sucessao dos acenios. •

Page 429: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

w

APENDICE IV

PEQUENAS NOTAS FILOLOG1CAS SOBREa AS DECLINAQOES E O VERBO LATINO4

CAPITULO I

NOTAS FILOLOGICAS- SSBiE AS DECLINAQOES

Introducao.

542. — Ficou dito no numero 16, b, pag. 21 que todo subs-

tantivo e adjetivo consta de dois elementos: tenia e desinencia.

A parte final variavel de qualquer substantivo e adjetivo charaa-se

desinencia ; a outra parte fixa e invariavel chama-se tema. Acha-se

o tema eliminando-se a desinencia do genitivo que lhe corresponde.

Do exposto se deduz que em rosa, rosae da primeira declinacao; emdomin us, domini, da segunda; em virtus, virtutis e vidpes, vulpis

da terceira; em sensus, sensus da quarta; em dies, diei da qumta,

os temas sao respectivamente: ros-, domin-, virtut-, vulp-, sens-, di~.

Este metodo e exclusivamente pratico. De acordo, porem,com os principios cientificos deve-se dizer que o tema so se achaeliminando-se a desinencia do caso genitivo plural -ram nos substan-

tivos da primeira, segunda e quinta declinacao e -urn nos da terceira

e quarta: rosa-vum, domino-xixm., virtui-vLtn, vu(pi-um, jructu-xim,

die-rum, assim os temas serao: rosa domino, virtut, vulpi. jructu.,

die. Razao por que

a l.a declinacao compreende os temas em a, gen. -ae;

a 2. a " » » » » o, gen. -i;

a 3. a » » » s consoante e em i, gen.

-is;

a 4. a * » » » u, gen, -us;

a 5." •'> '' '''" e, gen. -ei;

PRIMEIRA DECLINACAO

543. — A primeira declinacao compreende todos os subs-

tantivos cujo tema termina em a, por exemplo: rosa.

a) Esta vogal a, que originariamente era longa, e breve no

tiom. e vocativo sing, rosa, ao passo que e longa no ablat. sing, rosa,

no genitivo e ac. pturais: rosarum, rosas.

b) gen. sing, terminava em as, desinencia que no latim

classico so se encontra no substantivo jamiiia com os nomes pater,

Page 430: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 430 —

mater,jellus e J Ilia {paler jamilias, mater famllias, etc., ri n 2f1pag. 26).

' ~ ' ^u - «>

Em seguida a vogal tematica a acrescentou-se a desinence ;da segunda declmacao: ai em lugar de <K, por ex.: vosd-l nor rosXA vogal i tomou-se posteriormente e, formando corn a vogal teraaf,V,'a o duongo ae por ex.: rosa*, nos casos ^«. e rf«£ Ang° nam *Z?/7/«ra^ (c f. n. 20, segunda alinea, pag- 26).'~

c) No <zc. j-m^. acrescentou-se a vogal tematica breve a a ™„soante m ; rosa-m. on~

mr-f , f

} 9 a/;/a/- '^ fermmava em d: rosa-d, consoante

,, Ueincus tarde desappareceu. donde rosa.J

e)i A desmencia do ,^/z. /?W/ era sum (antigamente <r<7Wi .

rosa-.r«/«. O s entre duas vogais tomou-se r (rotacismo) rosa-W*

../) Ooc. /7/wra / formava-se acresceiiiando-se s ao acusativosingular: resa-m-s; cam o m, donde rosa-.r, com o a (Iongo) alorgamento cie compensacao.

g) No <£rf. e «./,/. plurab acrescentou-se a desinencia is :rosa-/Ve por contracao rosZ.c '

0s mesmos princfpios que acabamos de expor aplicam-seiambem aos adjehvos feminities da primeira classe em a

.

Esquema

Tern a rosa, f., a rosa.

Singular

iNorn. fOSR

Gen. wc-f-i = w/ite = /waeDat. mra -f- i = n?<fw.+ c = /wae

Voc.

Abl.

/wa/wa+ci=/wa.

Plural

Nom.Gen.Dat.

rosa+ i ~ rosa-[-c = ros&crosa+sumrosa -\- is

= waruin= /wis

Ac.

Voc.A 1 I

/wa-fm+s = /wasrosa -\-

\

= rosa -f-e = mraeAbl. rosa-\-is = /wis.

Page 431: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

I ;•:•

— 431

SEGUNDA DECLINACAO

544. — A segunda declinacao compreende todos os substan-

tivos com o tenia em o : discipulo, piro, pralo.

a) Para a formacao do twin, e ac. sing, masculinos ejemininosacrescentaram-se as consoantes s e m : norn.: discipular, piroV;

ac: discipulo-m, piro-/w; acrescentou-se m ao mesmo tema para

formar os casos nomin., ac. e voc. sing, neutro: pva.io-m. Em seguida

a vogal o tornou-se u s discipular, discipul«-/w, discipulo; pirt?.-,,r,

pira-ra, pereira; prata-m, prado.

b) gen. e <afa;f. jv'rt^. formara-se acrescentando-se ao temaa vogal i : discipulo-Z, piro-Z, prato-Z. No genitivo as vogais c-/ deram Z:

no daiivo, por causa da queda do /', 5: discipuIZ, discipulo, pirZ, piro;

pratZ, prat J.

c) No voc. sing. masc. ejeminino a vogal tematica o abrandou-se em e : discipule, pire.

d) abl. sing, terminava em d, consoante que desapaceceumais tarde: discipulo^, discipulo, piroa:, piro; pratcxaf, prato.

e) nom. e voc. plur. inasc. e feminmos formaram-se acrescen-

tando-se a vogal tematica o a vogal i, contramdo-se em i como nogenitivo singular: discipulo-/ = discipuiZ; , piro-Z = pirZ. nom., ac.

e voc. plurals neulros formaram-se acrescentando-se a vogal a e as

duas vogais d-d produziram a: pra-td-a — pr&ta.

/) ac. plural rnasc. e jemmino rormou-se acrescentando-se

a consoante s ao acusativo singular, desaparecendo em seguidaa consoante m: discipulo-/re-j'=discipulo>, piro-/«-,r= piro./, em quea vogal o e longa (o) para compensar a queda do hi.

g) No gen. plural a desineneia era sum : discipulo-j'w/«,

piro-<r«/M, prato-sum. s entre duas vogais tornou-se r (como naprimeira declinacao): discipulo>«/?z, yArorum, pratorum.

li) dal. e abl. plur. formaram-se comdiscipulo-^r, pivo-ise por contracao: discipuIZj; psrZ,,\

a desmencia is :

oraiZj*.

HI

545. — Com respeito aos substantivos terminados em er, ir

note-se que tambem estes terminavam em os^, logo: pu&ros, agroV,

viroV, com os temas puero, agro, viro. Em seguida ,por causa daqueda da vogal o de os, teve-se no nominative puers, donde puer,

em que se conservou a vogal c, como parte integral do tema (e tema-tico); vir, em que ficou a vogal /, e assim em seus compostos duumvir,

duiinviro; triumvir, triunviro; decemvir, decenviro; levir, cunhado;ao passo que nos substantivos em que a vogal e se oblitera adiante de/•, acrescenta-se e tao somente no nom. e voc. sing., como, por exem-

Page 432: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 432 —

.

plo, em ager, porque o r, precedido da consoante (agr) teria dificultadoa pronuncia, neste caso o e chama-se eufonico (1).que se diz dos substantivos' em us, er, urn aplica-se tarnbem aos adjehvos em us, er, um. A estes acrescenta-se o adietivosatur{m iarto, saciado), sativum (n.,) (satura, f., que segue aprLir

declmacao) que denva de saluros, saturom.

Esquema

Teema discipulo, m., o discipulc

Nora.

Gen.Dal.

Ac.

Voc.

Abl.

Non.Gen.Dat.Ac.

Voc.

Abl.

Singul

discipulo +sdiscipulo + i

discipulo+ i

discipulo+mdiscipulo

discipulo + d

Plural

discipulo+ i

discipulo+sumdiscipulo+ is

discipulo+m+sdiscipulo+i

discipulo+ is

= discipu/us

— discipuli

= discipulo

= discipulum= discipule

— discipulo

= discipuli

= discipulorum= discipulls

— discipulos

= discipull

— discipulls.

Tenia prato, n., o praclc

Singular

Norn. prato+m = pratuxaGen. prato +i = prafiDat. prato+ i = pratoAc. prato+m = pratum.Vov. prato+m = pratumAbl. prato+cl = pratio

Mom.Gen.Dat.

Ac.

Voc.

Abl.

Plural

prato+ a = prats.

prato+sum =/?/-«/orumprato +is = pratis

prato+ a = prats.

prato+ a =prat&prato+is =pratis.

rente.1) Ontros an tores explieam este mesmo fato mofologico de maneira dife-

Page 433: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 433 —

TERCEIRA DECLINACAO

546. — A terceira declinacao compreende duas especies de

substanhvos:

A) fcodos os que ierminam o tenia em consoante,

B) todos os que terminam o tenia na vogal i, e a estes se

acrescentam dois temas em u: su, gru, nom. sus (m. e f.), po.rco,

porca; grus (f), grou.

A) TEMAS EM CONSOANTE

547. — Os temas em consoante podem termmar : I) emrauda ou II) em semivogai.

I) Os temas em consoante muda \ H d^'-al; c, g j

subaivictem-se em temas em \'

, ,,*,','\5) dental: X, cL

II) Os temas em semivogal \ J.l"

,' ' '

i j •i , \Z) nasal: in, n.

;

subcuvidem-se em temas em j i .. .. '

\6) sibilante: s.

I) TEMAS EM CONSOANTE MUDA

1) Temas em gutural : c, g.

Singular

548. — a) nom. e voc. sing, dos temas em gutural formam-se acrescentando-se aos temas a desinencia s, que, unindo-se as gutu-

rais c, g, produzem a consoante dupla x3 por exemplo: tema reg,

nom. e vo.: reg+ s = rex ; tema voc, nom. e voc: voc+s —vox.

b) Genitive Forma-se acrescentando is : voe-isfreg-is.

c) Dativo. Acrescenta-se i : voc~\, reg-L

d) Acusativo. Forma-se acrescentado a consaonte in. que se

une ao tema por meio da vogal unitiva e j wc-e-m, reg«e~ra,

e) Ablativo. Acrescenta-se a vogal e (do antigo caso instru-

mental que se perdeu): voc~e, reg-e.

Plural

a) Nom. e voc. Formam-se acrescentando es : voc-es, reg~es.

b) Genilivo. Forma-se com a desinencia urn. : eflc-um, reg-urn

c) Dat. e abl. acrescenta-se a desinencia bus, precedida davogal unitiva i : coc-i-bus, rc^-i-bus.

Page 434: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

434 —

d) Acusatlvo. Acrescenta-se ao acus. sing, a desinenceque provoca, corao na primeira e segunda declmacao, a qued, Aconsoante m: voc-e-m-s, reg-e-m-s = i>oc-e-s, reg-e-s.

Observagoes. — 1) Todo o substantive que iermina o nomimtivngular em x tera o gemtxvo em cu ou yir c todo o substantive que adi uITa ?"'nencas dos casos apresenta as consoantes a ou,, tera se, nominat.Vo em\

daS deS":) i\os temas polisxi ubos a vo"-al t^mafir- / ,-,,,„

s,nS . adiante da guh.ral! lorua-se e no nom. sl^Ur:U "is^n^T"ju.z; rcra*s-i S = nora. remJx, rc-.nador. E.xeetua-se o Jiutb-ocSic'^ "" '"^cance. substanhvo nir-ir, ge!, fa2 nominative, X neve (fc^ ^i

2) Temas cm labial : p, b.

549. — nom. c voc. sing, dos temas em labial formam-ooacrescentando.se ao tema a desinencia s : temas prln.cep (princhS -nom e voc. /,/w^-s • tema^ (trave) = nom. e voc. //Us. A form7

-£^t^. CaS0S 6 idSntiCa k d °S *""» - Suturai: gem^-nogSo^ia^d^ - *-*-gen.=nom princ.ps; eael ?b-is, gen.=„om. caS™™' "^''^ ^'"^de aves.

SUi>S^nt'™ «UC«P". Sen. ia, o nominative sing, auc^ps, caeado,

3) Temas em deantal : t, d.

550. — «o/w. e voc. sing, dos temas em dental formam-se

as onsaontes t, d: tema vt.rlut= nom. e voc. eirtut-s = „irtua, virtude-

d^ai"^T r ™Y"f^ =«"*«> 8uarda. A formacao £

gen. =„o™ eq«& cavaleiro; obsrdis.gen^^s"'™ S"1SU,ar:"^^j Us substantivos neutros fac /^c// r n l ;<-=. ^

'

rx^^of^ ekconsoantes o.e nao podep setS^^fefe^.^V?#*»omi„a«vo. per »4£»'M-den^^l^f^^ "

se e iongo no

II) TEMASJEM SEMIVOGAL

1) Temas an liqulda x I, r.

551. — nom. e uoc. smg. dos temas em liqulda sao ,>,*;<=ao pr0pr10 tema: consul, m„ o consul (tema e nom.) St m a do(tema « nom.). A formacao dos demais casos e ideatkaTdos^mas Hestudados: gen. consul-is, dolor-is, etc.7

Page 435: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

1

435

I -^Obserrafoes. -- 1) Alpns iemas em «/•, para formarem o nom. mudamJ o o em " : ebons, gen.=eb<ir, nom., o marfim; roboris, gen. = rob£r, nom., a forca.

j ,

l> Us telnas em tr (ongmanamente tcr) inserem entre as consoantes tera

•3 v°Sa !' Para a formacao do nom. e roc: /rafrvV, gen. = pater, nom. e voc o n-i"

.-| «'™. gen. -mater nom. e voc, a mae; Jralris, gen. = frater, nom. e voc, o'irmao'3 — Assira o tema /mir, gen. unbr-is, faz o nominativo imbcr, a chuva. Ao passo on-'. alguns opmam que /«£«/-, /m/,,v>, chuva; titer, utris, odre; //«&r, //«/r,> barco~- tern o tenia em vogal r. imbr/', utr/, lintr/'.

.

i

2) Tanas cm nasal : m, n.

552. O nom. e voc. sing, dos temas que terminam emI

nasal n formam-se eliminando a dita nasal: tema sermon = nom.; sermo; tema legion =nom. legio. Para a formacao dos demais casos

J

acrescentam-se as mesmas_ desinencias, logo: 'gen.: sermon-is, /o•; gwn-xs; dat.: sermon-i, legion-i-, ac: sermon-em, legion-em, etc.

|Observagoes. — i) Os temas em Jh (<7 longo) conservam em todos os

;;casos a vogal o,_ ao passo que os em on {o breve) mudam a vogal S em X, tema /iomos- -Iiomm, genitive

.homm-is, nom. homo, o homem; tema ordon = ordin, genitivo

ordm-is, nom. ordo, a ordem; tema virgon- virgin, genitivo virgm-is, nom. virgo,a virgem. Notem-se ca.ro. earn is (por carlnis) a came e ^nio, dnilnis. o Anieno(no).

2) Os temas em en (com o e longo) tern o nominativo igual ao tema: temae nom. ren, gen. rents, o rim; os em en (com e breve) tem tambem o nominativoigual ao tema, mas nos outros casos mudam o e em i: tema nomen= nom. nomen,n., o nome, gen nomm-is; tema tubIcfti = nom. tubicen, m., trombeteiro, gen'tubicm-is; tema flumen =nom. flumen, n., o rio, gen., flum?n-is; tema pecten =nompecten, m., o pente, gen. pectm-is.

, • ,?) 9s «mc?s tema-s em nasal que recebem o s no nominativo sing, saohiem-s, niem-is, t, o mverno e sanguis, sanguln-is, m., de sanguin-s, o sangue.

3) Temas em sibilante : s.

553. — O nom. sing, dos substantivos que terminam em se igual ao tema: tema mos=nom. mos, m., o costume; tema os=nom.os, n., a boca; tema mas= nom. mas, m., o macho; tema Jus= nom.jus, n.,o direito.^ Nos demais casos, excetuando-se naturalmenteo voc. sing, masculine e feminino e o nom., ac. e voc. neutro, a con-soante s, achando-se entre duas vogais, torna-se r : mor-is, or-is,mar-is jur-is.

*'!'"' '

* Observagoes. — 1) Alguns temas terminados em os, que se torua or,.1 tazem o nominativo em us: tema corpos= corpor=nom. corpus, n., o corpo "en

corpor-is;tema./riffas=/ngor=nom. trigus, a. o frio, gen. frigor-is.•j 2) Alguns temas terminados em is tern o nominativo igual 'ao tema en-1 quanto nos demais casos, alem da mudanca do s em r, mudam a vogal ? em S-• tema pulvis- nom. pubis, m., o "p6 gen. pulveV-is; tema cm/j-= nom. cinXs. m.s (e t.), cinza, gen. cmeV-is.

3) Alguns temas terminados em es, que se torna er, fazem o nominativoem us: tema genes=gener=nom. genus, n., genero, gen. gener-is; tema opesopcr— nom. opuj-, n., obra, gen. oper-is.

4) Os temas terminados em ss, rr, 11 perdem no nominativo uma coiisoante:tema oss-nom. os, n. osso gen. oss-is; tema }arr- nom. far. n., escandea, gen.Jarr-u; tema mell = nom.. met, n., o mel, gen. mell-is.

Page 436: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

436 —

B) TEMAS EM YOGAL

Vogal : i

Singular:

b) gen. e dat. formam-se acrescentando-sei - a . . —-'>«u ov. ao tenia asae^nencias is, ,, com as quais se contrai a vogal tematica i: teniacalk, gen colL+ v-collU; dat. colU+i -colli, tenia aw", gen. «£,clat flW - temaw;, gen. fflOT>, dat. „;«,-/; tema <WW/, gen. ,„/mw, dat. animah. °

c) ac. masc. e/em. forma-se com a consoante m. mudandoquase todos a vogal tematica 1 em e, poucos sao os substantivesque a conservam: tema colli= *c . colle-m; tema aw = ac. ave-m-

r?dVtlTaC

-

S

; T' "Sede

''tSma bun=&C

-bur-"' a -bica doarado. Note-se do tema wi o ac. ui-rn, com o tema abreviado e onommafavow, a forca. Nos substantives «eM*w o acusativo e i<,ua Iao nommativo. °

aQ abl. formou-se acrescentando-se a consoante <L quesc obliterou em seguida, e nos substantives masculines e femminosa vogal tematica i muaou-se em e, coniinuando inalterada nos outros •

|tema ,.& = ColLd= coKe ; tema cW^ = vulpe; tema ttw =aw (e <Stema «-< = mar(; tema «™W, = animab> tema ™.p/a/Y = exempla-

Plural:

do se es

alZ

n0m'

6 "°c:mascuU^ ^eminino formam-se acrescentan-

in4o 7W™C°

'ai C°m° * j

em*tico-Este« -esmos casos do

toe ISl0

;ram

;

Se C°m a desi*™ a, tema «,& = nom. evoc. ^olU-es^colles, tema w = avW, tema vulpi ^vulpes temaW'~marM' tema «"'««/. = animali.^ tema ra^/a^exempIarL?.

colli ur ,^ ° genitiv° f°™a-se com a desinencia um : tema co/// =

animah-M/w, exemplar/. = exemplari-w/M.

c) ac. m«. ejem. forma-se acrescentando-se ao ac. singulara desmenaa s, o que provoca a queda da consoante m; nos substan-

_554. — a) «*/«. e VOc. dos temas em i formam-se nos subs-

"'

tancivosmascuUnos ejemmmos acrescentando-se-lhes a des^nda V-*

tema colU = nom. colli*, m., oiteiro; tema 4K = nom. m," f JVVAlgumas vezes a vogal abranda-se em e, razao por que o nominati^em alguns substantives termina em es : tema ^=nom. ,«C S

Hello-"^ C°nSlderar Uma exCe?So ° substantive «««:, LJ

Os /w«//w mudam sempre o i em e: tema mari-nommare, n., o mar. Nos temas polissilabos em alte art elide-se a vogal , donom. c o a longo abrevia-se em * breve: tema animall, exempli

Page 437: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

437 —tivos neulros acrescenta-se a deslnencia a: tema colli = colle-m-s=^olW, mari = ma.ri-a. O acusativo plural pode tambem terminarem is

^collis, host is, i'mis. Q substantive, vis faz no nom. ac. e voc.

plur. vir-esde vis-es do tema vis por virde viri com. rotacismo.

a) O dat. e abl. formam-se com a deslnencia bus % temacolli = colli-bus, avi = &vi-bus, i'ulpi = vxihpi-bus, mari= man-bus, ani-inali = animali-£«j-, exemplari = exempiari-iaj-.

Os mesraos principios aplicam tambem aos adjetivos dasegunda classe.

555. — So dois substantivos pertencem aos temas termi-nados em u : sus (m. e £.), porco, porca, tema su ; grus (f.) grou, ternagnu.

Formam o nom. sing, acrescentando-se-lhes s ao tema:sus, gru-s. A formacao dos demais casos e igual a que acabamos deestudar: gen. su-is, gru-is; dat. su-i, gru-i; ac. su-em, gru-em, etc.Notem-se o dativo e ablativo plur.: su-bus, melhor que su-i-bus.

Esquema

Tema colli, m.., o oiteiro.

Singula

Nom . colli+ s = collis

Gen. colli+ is = collis

Dat. colli+i = colli

Ac. colli+m = collem.

Voc. colli+s = collis

Abl. colli -(-d = colls.

Pk

Nom. colli+ es = colles

Gen

.

colli+um = colliumDat. colli+bus = collihus

Ac. colli+m = colle+m+s == colles

Voc. colli +es = colles

Abl. colli+ bus = collihus.

Tern,a man, n., o mar.

Singular

Nom. mari = mare-

Gen, mari-j-is = marisDat. mari+i = marlAc. mari = mare.Voc. mari = mareAbl. mari+d = marl

Nom.Gen.Dat.Ac.

Voc.

Abl.

Plural

mari+

a

mari+ummari -\-busmari+ a

mari+ a

mari+bus =maribus.

= marm= marium= marihus= maris.

= maria

Page 438: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

438

556. — OUADRO ESOUEMATXCOdas principals terminates do nominative e genitivo singular d

terceira declinacaoa

,dux, m.

5 judex, in.

1 radix, f.

\calix, m.il!iMl . pax, j.

Ifalx, j.

| rex, m.

I remex, in.

nix, j.

mm

Denial

liuaiog

[ trabs, j

.

[princeps, in.

f auceps, in.

. virtus, j.' equcs, in.

Icaput, n.

|lac, n.

|civitas, /'.

Iobses, in., f.

. poetna, n.

\ nox, j.

tcor, n.

Irnons, in.

' dens, in..

|

fl/v, f

.

'jrons, /.

fconsul, in.

sol, in.

met, n.

doctor, in.

scriptor, m.mar/nor, n.

gullur, n.

ebur, n.

\cadaver, n.

pater, in.

unbcr, m.far, n.

duejudicradiecalic

pacfalc

reg_

remigniv por nigi>

trabprincipaucap

duasjudicis

radicis

calicis

padsjaleisregis

remigis

nivis

trabis

principis

auciipis

virtuf virtutis

equitcaplt

lact

equitis

capitis

lactis

civitat

obsidcifitdtis

obsidis

poemataoct

poematLnoctis

cord cordis

mon (monti)

dent (denti)

montis

dentisart (arti) artis

frond(frondi) jrondis

consulsol

melldoctorscriptor

maimerguttiir

eborcadaverpairirn.br

fair

consults

soils

mellis

doctoris

scriptoris

marmorisgutluris

ebonscadaveris

patris

irnbris

Jam's

comandanfejuiz

raiz

calice

pazfoice

rei

remadorneve

trave

principe

cacador de

avesvalor

cavaleiro

cabecaleite

cidade

refem

poemanoite

coracao

montedentearte

fronde

consul

sol

melmestre

escritor

marmoregarganta

marfimcadaverpai

chuvaescandea

Page 439: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 439

sermo, m.

Basal

Sibilants

ifogal

Iordo,in.

caro, f.

ratio, j.

\ nomen, n.

I splen, m.\pecten, in.

I sanguis, in.

hlems, j.

jinos, in.

arbor, j.

os, n.

labor, m.robur, n.

mas, m.\ pubis, m.

Jcrus, n.

I corpus, n.

I genus, n.

jos, n.

as, in.

ipills, j.

[ cacdes, f.

| callls, f.

1 tribunal, n.

I lacunar, n.

Bmonlle, n.

\grus,j.

sus, m. f.

TEH

sermonordlnearnrationnominsplenpectensanguenhiem

mosarbososlabosrobosmaspulviscruscorposgenesOSS

ass

viti.

caedivalli

tribunal!lacunar!mom

GE8ITIV0

sermonisordlnIs

carnls

rationls

nomlnissplenIs

pectlnls

sanguinishi emis

morlsarborisoris

laboris

roboris

marls

pulsteris

cruris

corporis

generis

ossis

assls

vltls

caedls

vallls

trlbundlis.

lacundrls

monllls

SlCtllFICJ

discurso

ordemcamerazao

nomebacopentesangueinverno

costumearvore

bocatrabalho

forca

machoPOpernacorpo

genero

osso

videira

matancavale

tribunal

teto

colar

grouporco, porca

QUARTA DECLINACAO

_557. — A quarta declinacao compreende todos os substanti-

ves cu;os temas termmara em u.

Singular:

a) Nominative. Forma-se acrescentando-se ao tema a con-soante s para o masc. c Jem.; o nom. neutro nao recebe desinSncia,

Page 440: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 440 —

mas alonga o u breve em u longo: temzjructu nom. fructiW oWtenia manii = nom. manu-,r, tenia cornu = nom. corn/7.'

'

-, „ -

b) Genlti™:Acrescenta-se a vogal tematica a desinencia k-

«Tw = us: rructu-/.r= iruct«,r; mamwV=ma,w; cornu-Tj- = corrX.'

. .

c)_Pf^-

Acrescenta-se i aos substantives mcuculinor PJenunuios. O dativo «««/>« e igual ao nominativo: fruciP-Z mwconn?. "'

ld™-',

//)^W,^/w. Forma-se com a consoante m nos substantives,«<W„W ejemmtnos. O ac. «M/ra e igual ao nominitivo: fructi

T

manu-m, corm7.w""z'

<0 Vocative E' sempre igual ao nominativo- fVuct/7 <maniw, com;!.l "<-i«-,.r,

./) Ablative. Origiriariamente acrescentava-se a desinencia Hque desapareceu ao depois: fruchW=iTuct<7, manu-d^manu'corn«-rf = corn/7.

du"'

Plural:

a) AW e rac. ywanc. e>«. A terminacao us do nominativee voc e o resultado da contracao da vogal tematica a com a desinencia

!^cornST=

*' man"^= man«- A desinencia do neutro

b) Genitive, A desinencia do genitivo e urn: huctu-um

c) Dativo e ablative. Formam-se estes dois casos com o sufixobus, abrandando-se quase sempre a vogal tematica u em r huctu-bur-iructi-buj; manu-bus^mnnt-bus, comu-bus = comi-bus.

d) Acusativo. Com os substantivos masc. e fern, acrescenta-sea consoante s ao ac. sing, o que provoca a queda do m, Forma-seo ac. neutro plural acrescentando-se ao tema em u a vogal & fructfi-M-j'-tructM-j-, man£-/?z-<r, =mani7-,r, cornw-a.

Esquema

Temafc««(f«,|m.,|p canto.

Singular

Nom. cantu -J-s =cantusGen. cantu+is = cantusDat. cantu -j- i — canlulAc. cantu-j-m = canturnVoc. cantu -fs = cantiis

Abl. cantu -f-d = cantu

Page 441: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

441

Sf-

Plural

Norn. cantu+ es = cantos

Gen. cantu+um = cantuumDat. cantu+bus =cantihusAc. cantu+m+s —cantosVoc. cantu+ es —cantosAbl. cantu+bus =canBbus.

Tema genu, n., o joelho.

Singular

Norn. genuGen. genu+ is=^e«us ou genuDat. genuAc. genuVoc. genuAbl. genu+ d —genu.§%

Plural

Nom. genii+a —genua.

Gen. genu+um =^e«uumI Dat. genu+bus =^enibus

jAc. genu+

a

=genua.

I Voc. genii+a =genuaA Abl. genu+bus =,^enibus

j OUINTA DECLINACAO

4 558. — A quinta declinacao compreende todos os sub-

-; stantivos cujo tenia termina em e.

| Singular:

a) Nom. e Voc. Formam-se acrescentando-se a vogali, tematica e a consoante s : tema die = nom. dies, tema re nom. reV.

b) Genitivo e dativo. Estes dois casos formam-se com a desi-

i nencia Z: die-Z, re-Z.

| c) Acusativo. Acrescenta-se a desinencia in : die-w, re-/?;.

jd) Ablativo, Formamva-se com a desinencia d, que desapa-

receu em seguida: die-d=die, re-d=rc.

Plural:

a) Nominatico e vocative Acrescenta-se a desinencia es,

que se contrai com a vogal tematica em es: die-es — Axes, re-es— ves.

Gramatica Latina, 29

Page 442: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 442

b) Genitivo. A desinencia era sum. O s entre duas vogais tornou-se r (rotacismo): die-sum = die-rum, re-sum — re-rum.

c) Acusativo. Acrescenta-se s ao acusativo sing, o que provona queda da consoante m : die-m-s= di es, re-m-s= res. j

d)Dativoe ablative Forma.m-seacrescent&ndo-se bus kvo^}temahca e: die-bus, re-bus. b l

Esquema

Teraa die, m., o dia.

SingularNorn. die+s —dies NomGen. die+i =diei Gen.Dat. die-j-i =diei Dat.Ac. die+m =&m Ac.Voc. die+s =dies Voc.Abl. die+d =die Abl.

Plural

die+es =diesdie+sum =^'erumdie+bus = diehusdie+m+s = diesdie+es = dies

die+bus = diehus

Tenia re, {., a cousa

Singular

Nom. re+s =resGen. re+ i =reiDat. re+i =reiAc. re+m =remVoc. re+s = res

Abl. re+d = re

Plural

Nom. re+es = resGen. re+sum = /'erumDat. re+bus =/'ebusAc. re+m+s — resVoc. re+es = /'es

Abl. re+bus = rebus

Observacac — Antigamente havia urn easo especial que so servia parao complemento de Lugaroade, que se chamava locativo e outro para o complementodc cnslrpicnto, que se chamava instrumental. Do antigo locativo, que terminavaem .., ticaram uns poucos exemplos, p. ex.: domi, em casa; humi, em terra- runno campo. O locativo fimdiu-se com o genitivo, o outro com o ablativo Ci n 179 //pag. 18a; n. 181, pag. 186; n. 295, 2, pag. 238. ' '

CAPITULO II

mik% F1LPL0SICAS SOBBE VERBO LATINO

Introdugao.

559. — Diziamos no numero 84 pag. 91 que os tempos pri-mdwos ou principals do verbo sao quatro, a saber; i) o presente doindtcativo, 2) o perjedo do indicative, J) o supino e 4) o infinite pre-sente._ Observamos agora que este ultimo se considera como tempoprincipal umcamente por razoes praticas, cientificamente tambemele rorma-se do tenia do presente.

Page 443: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

443 —

Elementos constitutivos do verbo.

560. — Em todo o verbo latino deve-se distinguir: 1) o

radical ou tema verbal geral; 2) o lema temporal; 3) a desinencia pessoal.

1) RADICAL OU TEMA VERBAL GERAL

O radical ou tema verbal geral (que em toda a conjugacao

fica inalterado ou quase), indica a ideia generica e indeterminada do

verbo; e as mais das vezes forma-se do infinite presente, tirando-se

are na primeira conjugacao, ere (longo) na segunda, ere (breve) na

terceira e ire na quarta, p. ex.:

de lauaare forma-se o tema verbal geral laud; de monere,

mon; de legere, leg; de audlre, aud.

2) TEMA TEMPORAL

O tema temporal une a ideia generica do verbo uma deter-

minacao de tempo; e forma-se do tema verbal geral acrescentando-se-

lhes uns sufixos que pelas suas funcoes chamam-se sufixos lemporau.

Todo tempo tem seusufixo particular.

1) O tema temporal do presente.

561, _ O tema temporal do presente forma-se do tema

verbal geral, acrescentando-se a na primeira conjugacao, e na segun-

da e 7 na quarta. Estas vogais chamam-se vogais caracteristicas das

mesmas conjugacoes. .

A vogal a na primeira pessoa do mdicativo presente da pri-

meira conjugacao com a desinencia o se contrai em o, p. ex.:

do tema v. geral lau+a forma-se o tema temp, lauda e o pres.

laudo( = laudao);

» » raon+e * » mone e o pres.

moneo;

» aud+i » » audi eo pres. audio.

N ta — 1) A terceira conjugacao nao tem vogal caraterislica, mas tem uiria

vogal unilwa — i, e, o, u, — que uue o tema a desinencia p. ex.:_

tie le" forma-se o presente ativo leg-o, leg-i-s, kg-i-t, kg-i-mus, Ug-i-lu,

kg-u-nt; o passivo: kg-o-r, kg-e-ris, kg-i-hu; kg-i-mur, kg-i-muu, kg-u-ntur.

Nota. — II) Em muitos verbos da terceira conjugacao, o tema do pre-

sente forma-se do tema verbal geral:

1) acrescentando-se, /, n, t, a, sc, i.sc ou esc, p. ex.:

do tema v. geral pel+1 forma-se o tema do pres. pell e o pres. pello

;

tem+nflec+tdisting+uno+scingem+iscflor+esc

temnfleet

distingunoseingemiscfloresc

temno ;

flecto

;

distinguo

;

nosco

;

ingemisco

;

floresco.

Page 444: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 444

2) Antepondo-se n ou m a ultima consoante, p. ex.:

do tenia v. geral vie forma-se o tema do pres. vi-n-c e o pres. vmco;\ Vup " ru-m-p :> rumpo.

3) antepondo-se a primcira con.wanle do tema e a voiral / (redokm dn „•rente), p. ex.: & \t^uumo cio pre-

do tema v. geral st forma-se o tema do pres. si-st e o pres. sisto

;

'.fiS'n > gi-gn » gigno.'

Observacao. -- Praticamente o tema do presente l*o;-uia-v> do !nf;„-<

7

2) O tema temporal do perfeito.

,

5,

62- ~ *) ° iema temporal do perfeito as mais das vezestorma-se do tema verbal geral.

,

T) acrescentando-se a vogal caracteristica e a consoante p(isto e, av, ev, a>), ou u ou j-*, por exemplo, do tema verbal geral:

laud forma-se o tema do perf. laud-a-v e o per.' laudavi;del

aud »

mon »

man »

scrib »

due •<

regclaud »

quat »

concut »

del-e-v

aud-i-vmon-uraan-sscrib-s

duc-sreg-s

claud-squat-sconciit-s

delevi ;

audivij

raonui;

mansi

;

scripsi ;

duxi;rexi ;

clausi

;

quassi ;

concuss!.

II) alongando-se a udtima vogal do tema (que, se for a, podemudar-se^em e), p. ex.

:

de video tema vid forma-se o perfeito vldi;» lego » leg » » iggij» capio ». cap » » Cepij* ago ag >

egi.

///) antepondo-se o redobro, que consta da primcira con-soante do tema e da vogal e, ou da pnmeira consoante e primelra vogaldo tema p. ex.:

de cado tema cad forma-se o perfeito ce-cidi

;

» tango :> tag .•> y te-tigi;'

> mordeo » mord » > mo-mordi;» curro >- cur » cu-curri.

(*) A labial b antes de s muda-se em p ; as denials ted elidem-se antes de sou -.re a vogal que precede for breve - mudam-se em s.'

Page 445: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 445 —b) Em alguns verbos o tema do perfeito c igual ao tenia verbal

geral, p. ex.:

vert e o tema do presente verto e do perfeito vlrli;

metu » » metuo * metui.

3) O -tema temporal do supsmo.

563. — tema temporal do supino forma-se do tema geral,

acrescentando-se o sufixo turn ou sum. — Os verbos da primeira,segunda e quarta conjugacao antepoem a turn a vogal caracteristica,e os da segunda com o perfeito em ui antepoem l em lugar de e.

Antes de I, b muda-se em p, e g e h em c j as consoantested elidem-se antes de s, p. ex.:

de laudo tema lauddeleo del.

moneo mon (perf. monui)audio audscribo scrlb

lego leg

traho trail

evado cvad

forma-se o supino laud-a-tum;» » del-e-tum;'" » inon-t-lum;» > aud-l-luni;

» » scrip-turn;

» » lec-turn;

» » trac-luin;

» » ei'a-sum.

4) O tenia temporal do infinito.

564. — tema temporal do infinito forma-se do tema dopresente, acrescentando-se re na primeira, segunda e quarta conjuga-cao, e ere na terceira, p. ex.:

de laudo, moneo e audio o tema do presente e lauda,rnone, audi, e o infinito e lauda- re, mone-re, audi-re; de lego, o temae leg, e o infinito leg-ere.

Nota. — T) Os sufixos para a formacao ctos outros tempos e modes saoos seguintes:

_ 1) ^Indicative : imperfeito ba; mais que perfeito er-a; future imperfeitobo na primeira a segunda, a (e e) na terceira e quarta coivjugacao; ftituro perfeito er-o.

2) Subjuntivo : presente e na primeira, a nas outras conjtigacoes; imper-feito re; perfeito er-l; mais que perfeito «.

5) Imperative} : presente sem sufixo, futuro to.

4) Participio presente at, que no nominative se muda em iu\

5) Gerundivo e gerundio, ndo: o gerundivo no uominativo muda o o em«, toma j- e termina em ndus, nda, nduin; o gerundio no genitivo termina em ndi.

Nota. — //)0s verbos da Icrceira e i/uarta conjuyacao recebem e antes deba do imperfeito do indicative, do nl do participio presente e de ndus do gerundivo.Todos os verbos recebem i antes da desinencia ssc do mais que perfeito do subjun-tivo, p. ex.:

de lego, tema ley, fonuam-se legebam, legens, legendus, legissem;de audio, tema audi, formam-se audiebam, audiens, audiendus, audivissem.

Page 446: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

5) DESINENCIA PESSOAL

565. — A desln&ncia pessoal indica a pessoa que nP»«nou padece a acao ou se acha no estado que o verbo exprime*

-C/is o quadro das desinencias pessoais:

Noia. -O Perfel/o aiho do indicative tern a desinS..^ ,„:a segunda do plural e era/./ou e« 11a terceira do plural

pessoa do singular, sli-s na :smencia. ,r// na segunda

Page 447: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

L_i^

APENDICE V

ABREVIATURAS EPIGRAFICAS — MOEDASPESOS E MEDIDAS DOS ROMANOS

a) Principals abreviaturas latlnas.

566. — As principals abreviaturas que os Romauos cha-

mavam nolae e mais tarde sigla, clizem respeito:

a) Aos nomes proprios de pcssoa;

b) as formulas publicas das atas civis e dos cargos;

c) ao estilo epistolar;

d) as medidas;

e) as inscricoes ou epigrafes, as dedicatorias e certas locu-

coes particulares.

Quanto as abreviaturas dos nomes de moedas, cf.n. 567, 3,

pag. 448.

1) As princiapais abreviaturas das formulas publicas das

atas civis e dos cargos sao as seguintes: Aed.=aedilis; Cos. = consul:

Coss. = consules; Cur.=curulis; D.=divus; Des.=designalus; Eq.

R. = eques romanus; F.=jilius; Imp. = imperator; Leg.= legatus ou

legio; N.=nepos; P. R.= populus romanus; P. S.ou Ps. = plebiscdum;

P. 6. = patres conscripti; Pont M.= pontijex maximus;^ Praej. =prae-

jeclus; Prae.= praetor; Proc. = proconsul; Ouir.=Qquiriies; Q. B. F.F.

S.=quod bonum faustum felixque sit; Resp. ou R .P.=respublica;

S.=senatus; S. C.=senatus consultum; S. P. Q. R.=senalus populus-

que romanus; S. P. P. Q. R.=senatus polulusque plebsque romana;

Trlb. PL=tribunus plebls.

2) As do estilo espistolar sao: D. data "(subent. epislula);

S. D.=salutem dicit; S. P. D.=salutem plurimam dlclt; S. V. B. E. E.

V.=si vales, bene est; ego valeo; S. V. B. E. E. Q. V. = si vales, bene est;

ego quidein valeo; S. V. G. = si vales, gaudeo.

3) As abreviaturas das epigral'es, dedicatorias e de outras

locucoes usadas mais tarde, sao: A. = anno; A. c.-anni currents; A.

pr.=anni pracleriii; A. D.=anno Domini; A. M.=anno mundi;

A. U. C.=anno urbis condilae; A. (P.) C. n.=ante {post) Christum

naturn; D. 0. M. = Deo optinio maxima; Ictus =Jurisconsultus; L. S.

= loco sigilli; L. B. = lectori benevolo; I. c. = loco citato; D. D. = dono

dedit; D. D. D.=dono dedit, dicavil; D. S. P.=de suo posuit; D. S.

P. P.=de sua pecunia posuit; J. 0. M.=Jovi oplimo maximo; D. M.

S. = Dus Manibus sacrum; F. F. F.=Jelix, jaustum, jorlunalum;

F. C.=jaciendum curavit; A. 0. F. C.=amico optimo jaciendum

curavit; F. S. el S. =jecii sibi el suis; H. S. E. S. T. T. L.=hic situs

est, sit tibi terra levis.

Page 448: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

_ 448 —

b) Moedas, pesos e medidas.

I. — Medidas de valor ou moedas.

567. — uso clas moedas entre os Romanos remonta segundo alguns, a epoca dos Decenviros (aproximadamente em 303 doRoma); segunao outros a Servio Tulio que teria amoedado cobreou bronze do peso de uma libra com o cunho de um animal (pecufdonde o nome de pecunia).\h^u.->,

_/) A unidade de medida das moedas era o asse {as, assls m )que originariamente pesava uma libra {as llbralls ou llbrarlus)'

era de cobre donde aes grave.''

Os submultiplos eram:

Sextans =10 oneas .

semis ou semlssis ou semiassls = 6 oncas ou ]/2 libra.

2) asse sofreu em seguida varias reducoes: de uma libracerca de xxx reis (cambio da Caixa de Conversao 16 dmheiros)de nossa moeda, toi reduzida a Y2 libra ou a 6 oncas; em seguidaa -A, e, ao termmar a pnmeira guerra punica, equivalia a 2 oncase depois, pelo ano 587 de Roma, a uma onca; na epoca de Ciceroa meia onca e o seu valor era de 30 reis, pouco mais ou menos.

J) Depois da introducao das moedas de prata (cerca de 268anos antes da vmcla de Cristo), as quantias de dinlieiro computaram-seem sestercios ==-sestertii. O nununus sestertius era uma moeda de pratado valor de 2^ asse,:ou de 2^ libras, pouco mais ou menos, e mar-cava-se com a sigla HSkh.LLS, quase libra libra semis) e equivaliaa pouco mais de 120 reis. Ouatro sestertii formavam o dinheiro

denarius, igual a 498 reis, tambem ele de prata. .

amneir°'

.^)Tambemas grandes quantias exprimiam-se por sestertiidiziam: nulle sesterh, ou mllle ses/ertlum (por se.stertloruni) = 1 000

sestercios = 122$700; duo nulla sesterilum, 2.000 LScios, etc

,

Ben.

1 c.

edo' P° rem, a palavra Mkrlium tornou-se um substan-tive neutro .indicando a quantia de 1.000 sestercios, e dizia-se duosesterha, tria seslerlca, em lugar de duo mllla sesterilum, etc. Neste

caso, mais irequentemente, usavam os distributivos: blna, tenia,centena sescerha, etc., 2.000, 3.000, 100.000 sestercios, etc • dealercentena mdia sesterilum, ou simplesmente decks centena e tambemseslertium denes 1.000.000 de sestercios; sesterilum vlcles 2 000 000-qumquies centena ou sesterilum qulnqul.es, 5.000.000. etc.

,-,W • TT

AS m°ed? dC °Ur0 nS° foram 3uase usadas antes do

!2$270'""""" (""m'":"'j e3uiva^ a 25 dmheiros, cerca de

Page 449: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 449

3€) Eram tambem usadas as seguintes moedas gregas:

Obolus cerca de $090 Philippus cerca de 11$010Drachma cerca de $558 Mina cerca de 54$960

Talenlum cerca de 3:300$

2. — Medidas de compiimento, superficie,

capacidade e peso.

a) Medidas de cosnprimento.

568. — As medidas de comprimento eram as seguintes:

Pes (unidade de medida), igua! a 4 psfmos, valia cerca rla metres 0,29

Digitus, 1/16 do pe » » 0,018

Uncia, 1/12 do. pe. » » 0,024

Palmus, l/i do pe.. » » 0,066

Cubitus, 6 palmos » » 0,44

Passus, 5 pes » » 1,49

Deceinpeda, 10 pes » » 2,97

Stadium, 125 passes, 1/8 de miilia. • » » 184,37

^cfo.f, 120 pes » » 354,00

Miliarium, 1000 passos » » 1475,00

A beira das estradas, fora da cidade, a cada mil passos

colocavam-se colunazinhas ou pedras, inarco miliaria {lapis miliarias),

que marcavam a distancia da cidade, p. ex.: ad tertium lapidem

ab urbe ou ad tertium miliarium ab urbe = ao terceiro marco, isto e,

a tres milhas da cidade (cf. n. 226, b, pag. 206).

b) Medidas de superficie.

569. —Jugerum (unid. de medida) =28,800 pes mi- valia csrea lis ares 24,68

Clima » 3,08

Actus, Yi jeira » » 12,34

lieredium 2 jeiras » » 49,36

Centuria 100 heredias » '» 4936,00

Saltus, 4 centurias»

'

»

19774,00

s) as de capacidade.

570. — Das medidas de capacidade abaixo algumas Ser-

vian! para liquidos outras para solidos:

Page 450: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 450 —

Cyathus.^q&tcs.

Quartariuss

Hcrriina, 6 ciatos,

Sextarius, 2 eminas..,

Cngius, 12 eminas;>

Modius, 32 eminass>

Semodius, J/£ modio a

Amphora, 8 conjos>,

Urna, y% anfora.>

Cadus, \y% anfora7/

Medinms, 2 anforas \Culleus, 20 anforas

sis"*1

de litros 0,045

0,137

0,275

0,55

3,25

8,70

4,35

26,00

13,00

39,00

52,00

520,00

d) Medietas de peso.

571. Principais medidas de peso:

&(

?h rfi-12 oneas' valla

'

cerca de sts-

327' 187

Sextans, 2 oncas '.'.'.'.[" ** ?

7,265

Qudrans, 3 oncas..

' '

'

* * or'^Triens, 4 oncas '"' '

->

,„*'797

&««*««*, 5 oncas .' .'

.'

\ \ \ \ \ \ \ \ ..

'

.1* ^,062

Semissis ou semi assis, 6 oncas » .'.' ^'^Septunx, 7 oncas » " ,£no™iW ou */, triens, 8 oncas.... .':.'::

, ! ^?DodraruridemptoquadranteiSoa.^....

f , 4?wn/tetfe/w (afwnyofo warfanfe), 10 oncas... » » 979 rrrDeunxidempta uncia), 11 oncas.'. ..... , , ^/tyw/wfe, 2 libras f'f2>e/Wo, 2 libras .'

.'

!* 654,374

QMadrussis, 4 libras I.';.'.'""

*

*lYns

Quincussis, 5 libras '

** !^

Decussis, 10 libras*

"i™!)

-Talentum, 80 libras !

*^fir

Centussis 100 libras '

" ""..

" fli^T'

» 6Z718—

^ one,-S^aST °S^^f1" dfon?a, a saber: semiuncia,si onu.

; «af« 61:

1/6 da onca; drachma, 1/8 da onca- semhexttifoV12 dz oncn; jcripMla, 1/24 da onca.' iemuexlula,

Page 451: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

APENDICE VI

572. — Os Romanos tinham tres nomes proprios para dis-

tinguir a pessoa, a saber: Prenome, Nome e Cognome. Acrescentavam

as vezes um quarto: o Agnoine.

Para compreender exatamente o uso destes varios nomes,

tornam-se necessarias as seguintes premissas:

A sociedade Romana dividia-se em tribus, curias, e gentes.

As tribus, em numero de tres, eram formadas dos povos

incorporados no principio a familia romana: os Romanos ,os Sabinos

e os Etruscos. Cada tribu estava subdividida em dez distritos, clia-

mados curias. Essa divisao era politica, militar e religiosa. As

curias constavam de certo numero de gentes ou grupos de familias

patricias que reconheciam um antepassado comum.

Cada gens, p. ex.: gens Cornelia, gens Julia, gens Fabca,

constava por sua vez de mais familias, p. ex.: a gens Cornelia compre-

endia a familia dos Cipioes, dos Lentulos, dos Cetegos, dos Cinas,

dos Dolabelas, dos Silas; a gens Claudia compreendia as familias dos

Neros, dos Pulcros, dos Marcelos, e cada individuo de cada familia

tinha um nome que servia para distingui-lo dos outros da mesmafamilia, p. ex.: Gaius, Lucius, Titus, etc. Dai:

2) prenome (posto antes do nome) servia para distinguir

entre si os diversos membros da mesma familia; corresponde, no

papel que desempenhava, ao nosso nome de batismo.^

prenome precedia a todos, e conforme o dizer de Varrao,

os prenomes eram pouco mais de trinta, e portanto conhecidos de

todos, escreviam-se quasi sempre abreviados, alguns com uma so

letra, outros com duas e outros com tres, p.ex.: A. = Aulus; C. = Gaius;

D.^Decimus; K.=Kaeso; L.= Lucius; M.= Marcus; M.=Marius;

N. =Numerius; P. = Publius; Q. =Quintus; T. = Titus; Ap. = Appius

Cn.=Gneus; Sp.=Spurius; Mam. =Mamercus; Ser. - Servius; Sex. =

Sextus.

2) nome (nomen) servia para designar a gens a que pertencia

o individuo; assim os membros da gens Julia foram chamados Julu.

Estes nomes sao propriamente adjetivos e terminam em -ius p. ex.:

Corneilius, Fabius, Tullius, Octavius, etc. Punham-se depois do pre-

nome, e indicavam que o individuo pertencia a gens Cornelia, Fabia,

Tullia, Octavia, etc.

5) cognome {cognomen quia nomini conjungitur) distinguia

as diversas familias de uma mesma gens. Punlia-se em terceiro lugar,

p. etf.: Publius Cornelius Scipio designava um individuo da gente

Cornelia, da familia dos Cipioes, chamado Publio; do mesmo

modo Gaius Caesar indicava uma pessoa da gente Julia, da familia

dos Cesares, chamado Caio,

Page 452: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 45;

4) O ^no^ (quase «Wm<r „owe„) exprimia aneHHr,tornado de algum sucesso ou orcunstancia especial, p. ex • pllfCornelius Scipco Ajncanus, porque se celebrizou por seus feitot

(temponzador) pela sua tatica especial contra Anibal."

conservou o seu cogUme de familiaC.fchA^Tse C?^- cT' 'f*"

£/«&«•; ao mves, Otavio, adotado por Julio Cesar chimo..' « C J ,

XZpio/*0«loOctainanus, trocando Octavhu en OcLiaL*

chamou-se C. ,/«/,„, C„,.,v,,

r I i

"jAs mutllcres usavam urn prcnotne erne tinha a sua razao de *..,• »„, 1quahdade das mesmas ou na analogia com o do mwi r O WT T als'UIna

^=- -x- e

-m3

srfedl? - -ri^^-name (nomen) com dlsinencS eminina e c cons pv^UmT'T ^ ti

,

nham °mento. p. ex, ZWtt, (diminutiveM^SrSa^ ^ «-

Quando numa familia havia so duas filhas, a mais veil,, „U

"Pru^KH? "TV* b*t Tis

'd"«»s™™ pefo numt J TCSSIVO

ihu-

com o acJ) Os cscravos, pelos seus senliores eram chain iHn<: „„,.,/ „ i

acrescirno do prenoxnc do done, p. ^l^r^U^i puclTIi^( r ///era puer), ou com urn nome que recordava o lua4- do Jls PT '' /,lar?'P°rcrcunstanda da vida, p. ex,^C&Tfc ° U^^

Forros ou Hbertos, tomavam o prenomc e o nome do nmnvio -,o liberto de Cicero, cu;o nome era Tyro, foi cixamado Ma^ZTuSi^ T^rtamo, p. ex.:

Page 453: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

APENDICE VII

573.— ALGUNS NAMES DE ORTGGRAFIA NQTAVEL

f '

AM Adolescens, participio de adoiesco.

i Adulescens, substantivo nao adolescens, participio.

*i Adulescentia, adulescentulus, nao adol.

i Aetherius, nao aethereus.

'I Aliquotiens, melhor que aliquohes.

Amoenus, nao amenus.Appenninus, melhor que Apenninus.

Arbor, nao arbos.

Auctor, nao autor.

Auctoritas, nao auioritas.

a B~'\ Baliares, Baliaricus, melhor que balear,

Jl Belua, nao betLua.

', Benedicere e bene dicere.

m Benefacere e bene facere."•'; Bosporus, nao Bosp/wrus.

;j Britannia, Britannus, nao Britt.'''• Brundisium, nao Brundusium.

K Bucina, bucinator, nao bucc.

j

Ci Caecus, nao coecus.

38 Caelebs, nao coelebs.

*}x Caeles, caelitis )

•5 Caelicola, caelifer / nao cod.

•» Caelum 1

j Carthago e Kartago.Causa, melhor que caussa.

Cena, nao coena.

3 Ceteri, nao caeteri.

Clipeus, melhor que clupeus.

i Condicio, (rad. die.), nao conditio.

Contioj, (contracao de conventio), nao concio.

Conubiuna, nao connubium.

\Cotidie e cottidie, nao quohdie.

< Cum (conjunccao e preposicao), nao quum.

Cumque = et cum, nao cunque.

DDanuvius, nao Danubius.

Dareus, melhor que Darius,

"ft' Dicio, nao ditto.

Drachma, nao dracma.

Elegea e elegia.

Elephas, nao elephans.

Epistula, melhor que epistola— por causa da modificacao latina do

som 6 em u.

Page 454: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

t,

h-

— 454 —

FFaenerator, faeneratrix, nao foen-.

Faenero, nao foen-.

Faenum, nao joenum oujenum.Faenus, oris, nao Joenus, encontra-se tambem jenus.

Fames, nao jamis, nominativo singular.

Formidulosus, melhor que jormidolosus.

Futtilis, melhor que jutilis.

GGenetrix, nao genitrix; mas genitor.

HHadria, Hadriaticus, Hadrianus, adr-.

Halicarnasus e Alicarnasus, mas sempre com um so s.

Hamilcar, nao Ain'dcar.

Hannibal nao Annibat.

Hice,fhaece, hoce, nao hicce, kaecce, kocce. (Cf. n. 70, d, pag. 75)I

li, iis plural de is. (Cf. n. 70 (pag. 77) pronome is, ea, Id).

Hico, melhor que illico.

Inclitus ou inclutos, nao inclytus.

Indutiae, melhor que iuduciae.

Infitiae, infitiatio, inficiator, infitior, riao in/ic-.

In primis e imprimis.Intellegentia, iniellego, nao inieUigentia, inielllgo

J

Juppiter, melhor que Jupiter.

Juri daiivo de jus, mas a antiga desinencia em e eonserva-se aindana idade imperial na formula Jure dicundo =juri dicendo. (Cf.

n. 105, c, pag. 106).

LLittera, melhor que Litera.

MMagno opere e magnopere.Marmor, nao marmur, genitivo marmoris.Masinissa, e Massinissa.Mauretania, nao Mauritania.Mercennarius, nao mercenarius.

Mille, singular; plural milia, melhor que mlUla (Cf. n. 63, a, b,

pag. 70).

Multa, nao mulcta.

Multare, nao mulctare.

NNomisma, nao numi.rma.Nubes, nao nubis, nom. sing.

Nummus, nao nutnus.

Nunquam, melhor que numquam.Nunquis, como nunquam.Nuntio, nuntius, nao nuncio, nuncius.

Page 455: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

4 — 455 -^

i

i °M Oboedio nao obedia.

•| Obscenus, melhor que obscaenxrs, nao obsceenus.

IP

f Paene, nao pene, nern poene.

\ Paenitet, nSo poenitet

i| Parricida, parrlcidium, nao pari', (forma arcaica),

Patricius, nao patritius,

Paulus, paulura, paulultsm, paulisper, paulatina, melhor quepaulL-.

Paullus, melhor que Paulas, nome proprio.

Percontatlo e percontator, nao percunct-.

Percontor, nao percunctor,

1 Preiium, nao precium, nem praetium.Pubes, melhor que pubis, nom. sing.

j

'

Qj

Quattuor, melhor que quatuor.'; Quern ad inodum ou quemadmodum

Quicumque, melhor que cunque.< Quintius, Quintia, Quintus, Quintills, Quintiliaims, formas

mais recentes, Qidnct, formas da idade republicana.; Quotiens, melhor quoties.

Quotienscumque, melhor que cunque.

1. Rj Recipero e recupero, e preferivel a primeira forma.

;j Redemptor, nao redemtor.•' Refero, perfeito rettuli, nao retuli.

: Renuntiare, nao renunciare.

\Repello, perfeito reppuli, nao repuli,

I Reperlo, perfeito repperri, nao reperi.

Res publica, melhor que respublica.-:' Robur, roboris, nao robor.

S-. Saeculum, nao seculum.

jSardanapallusj melhor que Scu-dunapalus.

Satura e sattra, a primeira e forma mais aniiga, esta mais recente,!

; nao satyra.-; Seaema, scaenlcuss nao seen-.

-t

Sepulcrum, melhor que sepulckrum.

Secutusj nao sequutus.

\Sequuntur^ nao secuntur.

| Solacium, n&o solatium.

j Sollemnis, nao sollennis, nem solennis.

if Sellers, soilertia, nao soler-.

Stilus, nao stylus.

Suebl, nao Sued.Sulpicius, nao Sulpitius.

Sumptus, nao sumtus.

Page 456: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 456 —

Supellex, nao suppellex.

Supplex, supplicium, supplico, nao supl-.Syllaba, nao siIfaba:

TTabes, nao tabu; nom. sing.

Taeter, nao tcter, nem taetrus ou tetrus.Tamquam e fanquam'.Tanto opere e tantopere.Tantundem, nao tantumdem.Totlens, melhor que Mies.Trasumennus, Tarsumennus. Trasimenmis, melhor que 7W

menus, Trasu.tne.nus.±'asi-

Treceni (=300 cada urn), melhor que *«W.—Triceni ( = 30 cad,urn).

^ <~rtua

Tribumcius, nao -llus.

Tricesimus e trigesinius.Triumpho, triumphus, nao triumpo, trlumpus.Tropaeum e trophaeum.

Ubicumque, nao ublcunque.Ulixes, nao Ulysses.Umerus, nao humerus.Umidus, nao humidus.Umor, nao humor.Utcumque, nao utcunque.Utrimque, nao utrinque.Utrumque, nao utrunque.

VVaies, nao vails, nom. sing.Venum. do e venundo. (Cf. n. 6. observacao 2°- pag 1?)Venum eo e veneo. (.Cf n. 132, pag. 138, nota IV, pag 141) -

Vergiliae, Vergilius, Verginius, nao Vlrg-.Vicesimus, melhor que vlgeslmus.Villous, nao villlcus. ainda que se diga villa.Volcanus, nao Vulcanus.Volsci, Volscus, Volsmiensis, Voltumno, Voltumus, melhor

que Vul-.

Vulgus, vulnus, vu!tur5 vultus, nao vol-.

Page 457: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

APENDICE VIII

Noi stimiamo al massimo grado il disegno di invitare chi

e soggetto alia vostra giurisdizione a pronunziare il latino all'uso roma-

no. Non contenti quindi di imitare l'esempio dei nostri Predecessori

di felice memoria Pio X e Benedetto XV, approvando la pronuncia

romana del latino, Noi esprhniamo il desiderio vivissimo die tutti

i vescovi a qualunque nazione appartengono, abbiano a cuore di

adottarla nel compimento delle Cerimonie Liturgiche ».

Pio XI em carta ao Cardial Dubois, de Paris.

574. — Vogais e ditongos s

Todas as vogais se pronunciam sempre qualquer que seja

a posicao que ocupem na palavra.

o a como na palavra protuguesa pa, p. ex.: altdre, dmxaa;

o e quase como na palavra portuguesa credo, p. ex.: Deus, oremus;

oieoy como na palavra portuguesa tnira, p. ex. : an«ma,butf/rum;

o o como na palavra portuguesa opera, p. ex.: oremus, hora;

o u como na palavra portuguesa uva, p. ex.: Dominas, lux.

Nos ditongos, cada vogal conserva o som que lhe e proprio,

menos em ae e oe, que, com relagao a pronuncia, equivalem a. vogal

e, p. ex.: caelum = celum, poena = pena (cf. n. 2, obs. 1, pag. 10).

Qbservagao. — Evite-se cuidadosamente o defeito de dar, como se faz

em portugues, as vogais atonas, som fechado ou mudo, especialmente ao e e ao

o, p. ex.:

Domino, nao dominu.Virtute, nao virtuti.

575. Consoantes

;

As consoantes pronunciam-se sempre, qualquer posicao

ocupem na palavra.

Ao contrario do que se da. no portugues, as duplas devempronunciar-se ambas: stella, nao stela; qffero, nao q/ero.

As consoantes e grupos de consoantes pronunciam-se comoem portugues, menos nos seguintes casos:

a) o c diante dos sons e e i tern o som do c italiano diante de

e e i,e quivale quase a tcht Cicero = fchifcliero.

b) O grupo cc soa itch. : ecce = etfche.

c) O grupo ch soa sempre como k; brachium= bra.kium.

Gram&tica Latina, 30

Page 458: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

458 —

2.

a) g antes de e e i prommcia-se dg s genu =^enu; asit = a<foif"*; gn soa sempre nh: agnus=a/zAus.

" *

3.

., .

h^'|f£

a muda'nunca aspirada. Nao se prommcia, rnenosem: mifai, nihil, e compostos em que ohtemo som de k mi!,;!

milti nihil =ni1rM ' ""U

miki nihil = nikil.

j para os efeiios de proniincia vale sempre I. Nunca nortanto, tern o som de/ portugues: ejus = e-/uss.'

a) s soa sempre como dois ss : nos = noss e naonoz.b) entre vogais e ligeiramente sibilante brando quase z ; Jesus

= l = ezussc) sc ante de e e i e igual a ch (chapeu): descendit = decAendit.

6.

ti precedido de uma Ietra qualquer, que nao seia s.xoute segmdo de uma vogal, soa tci : patientia = pafcienfcia (cf. n. 1 dII, pag. 9).

v

7.

a) x clepois de vogal (que nao seja o e) soa k C : aXis = ak«ss.b) x depois de e vale kz s exaudi = ekzaudi.c) xc diante de e e i vale kch : excelsis = ekcAelsiss.

8.

z = dz t zelus = ^/zeluss.

romana:°hSQ™&o. - Evite-se todo o som nasal, que nao existe na pronunda

ll 7£%l °^ final nS° deV?S°a

I'C0?° n

,

a 3 -°l5ess

'do Pl"™l: eles amam.

ej vitutem: nao como em portugues: eles devem.<'.) magntu = ma—nhuss e nao ma -nhuss.

Page 459: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

APENDIOE IX

^

(*)

pelo DR. JOAO MASERA,

professor no R. Ginasio M. D'Azeglio de Turim

(*) Turim— Sociedade Editora Intemacional

Page 460: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci
Page 461: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

inlin I

INTRODUCAO

Os romanos nao eram um povo inclinado a. cultura dasletras e das artes; nao possuiam a flexibilidade e versatilidade dopensamento, nem o poder de imaginacao tao propria dos antigosgrcgos; a virtude deles consistia especialmente na moderacao viril,

na energia pratica, na constancia, as quais os tornaram capazesue se fazerem grandes, conio estadistas, como legisladores e comoguerreiros. A arte e as letras nao exerceram nos romanos atrativoalgum, ate que o contato definitivo como os gregos despertou neles

o espirito de emuiacao, excitando o desejo artistico. A mesma religiao

era por natureza simples e primitiva, incapaz de encher a imagina-cao de lindos mitos e de lendas que, ao inves, eram a vida e o fun-damento da poesia grega. Na verdade nao tiveram os romanosmitologia enquanto nao adotaram a dos gregos. As unicas forrnas dosaber, que tem algum valor aos olhos dos antigos habitantes deRoma, sao o conliecimento das Ieis, as tradicoes lendarias e a faci-

lidade de falar em publico. E e por isto que os primeiros escritores

latinos foram na maioria estrangeiros (nao nascidos em Roma)e escravos libertados que lutavam com a pobreza; como sao os seustrabalhos bem se pode calcular, tendo-se em conta que se deviasatisfazer o gosto primitivo e rudimentar de cultura dos ouvintese dos leitores.

Toda a producao literaria dos primeiros 500 anos aposa fundacao da cidade foi exclusivamente de carater nacional e naosofreu o- influxo estrangeiro. Faltam-nos meios para julgar em quecondicao de desenvolvimento se achou a lingua de Roma na epocageralmente aceita da fundacao da cidade. Restarn-nos poucas oracoesou formulas deprecativas de data remotissima, expressas em lin-

guagem dificil de entender; nao e possivel, porem, clizer quantas e

quais alteracces tenham s.'clo introduzidas por quern as Iranscreveuposteriormcnte. Semente dcpois de 513 encontramos algum vestigio

da htcratura que mais tarde foi (icia como tal no seu verdadeirosiginfzcs.do, e que se expand iu completa e livrementes so quando asletras gregas tinham passado a idade brilhante e perdido quasetoda a forca de producao original.

DIVISAO CRONOLOG1CA EM PERIODOS

Dividimos a historia da literatura latina nbs seguintesperiodos, a saber:

Page 462: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

I PERIODO

(Ate 240Da°

S

Ce

)

mP°S ""^ rem°t0S* "^ ^ L'vi° Andron^o.

II PERIODOO sexto seculo depois da fundacao de Roma. (240-150 a. C )

III PERIODOO setimo seculo depois da fundacao de Roma. (150-80 a.C

)

HV PERIODOIdade de Cicero e de Augusto (80 a. C.-14 p C )

Idade de Cicero (80-43):

a) ate o consulado (80-63).b) ate sua morte (63-43).

Idade de Augusto (43 a. €.-14 p. C.)

V PERIODO (IMPERIAL).Da morte de Augusto a morte de Justiniano (14-565 p C

)

1°. beculo— Da morte de Augusto ao advento de Nerva (14-96)*-° ;> — Do advento de Nerva a Caracala (96-211).* ^P° advento cle Caracala a abdicacao de Deocleciano

(211-305).4.°

» — Da abdicacao de Deocleciano ao definitive, desmembra-mento do imperio (305-395).

5.° » —-Do definitivo desmembramento do imperio a queda do

imperio ocidental (395-476).6, °

* —Da queda do imperio ocidental a morte de Tustiniano(476-565).

PRIMEIRO PERIODO

Dos tempos mais remotos k idade de Livio Andronico(Ate 240 a. C.)

.

O pouquissimo que deste periodo existe mal se pode con-siderar como pertencente a literatura propriamente dita. Sao escassosu-agmencos^alguns em prosa, outros em verso, que tern certo inte-resse, prmcipalmente sob o aspecto glotologico.

RKSfDUOS LITER ARIOS EM FORMA METRICA. Foram todoscompostos no verso chamado saturnino, metro muito antigo, queesteve por mmto tempo ainda no uso popular dos romanos depois quese tornaram xamihares aos metres gregos. Cada verso saturninose divide em duas partes, tendo cada uma ritmo diferente. Os estu-Uiosos nao concordam ainda sobre as regras que regiam a formacaoclo saturnino, de que se costumacitar geralmente o seguinte exemplo

:

« Dabunl malum MeLelli Naevio poeiae ».

Osmais antigos tracos de literatura poetica consistemnuma especie de poesia religiosa, isto e, em oracoes ou formulas

I os

Page 463: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

wsm

462

faSS

'i :

deprecatorias dirigidas a alguma divindade. Os que chegaram ate

nos sao: 1.°) o carmen SaUorum, 2.°) o carmen Fratrum, 3.°) os carnuna

Vakun, 4.°) as formas rituais contidas nas tabulae Eugubinae.

Producoes sem carater religioso: os carmina^convivalia,

triumphalia, as neniae, etc._ _

As outras tentativas poeticas dos primitivos Romanos

tern o carater de representacoes cenicas ou dramaticas. Sao os

Fescennini versus, as Fabulae Altellanae e as saturae. Estas ultimas

aperfeicoadas e elevadas em cena, mais tarde serviram para encerrar

o espetaculo.

Residuos literArios em prosa. A prosa entre os Romanos,

como entre os outros povos, desenvolveu-se depois.da poesia e nao

se conhece nenhum escrito em prosa ate o Km deste periodo. Tudo

o que conhecemos dos seculos anteriores se reduz a simples cro-

nicas, listas de magistrados e sacerdotes, tratados com os povos li-

mi trofes e leis. Mas desde que (excetuadas as leis que na realidade

nao passavam de antigos costumes), todo o resto deve tambem ter

sido escrito desde aquele tempo, apresenta-se espontanea a pergunta

de quern tenham os Romanos aprendido a arte de escrever, em que

epoca'tera sido introduzida entre eles.

Admitem todos que os Romanos esta arte a aprenderam

dos Gregos estabelecidos na Italia meridional e na Sicilia. Os alfabe-

tos latino e grego sao quase identicos. Mas quanto ao tempo em que

se introduziu a escritura variam as opinioes. Alguns afirmam que

foi levada a Italia pelo mitico Evandro de Arcadia, e lembram-se

documentos escritos da idade de Romulo. Tais informacoes^ sao,

porem, erradas, quanto sao fabulosas as historias de Evandro e

Romulo, e nada provam. Mas uma cousa e certa e e que no remo

de Servio Tulio o censo nao se poderia ter feito sem a escritura,

e pode-se pois com bom fundamento deduzir que ela era conliecida

e praticada em Roma muito tempo antes da instituicao dajRepublica.

E igualmente certo que no principio e por certo tempo nao foi usada

para fins literarios, mas somente para as necessidades comuns da vida,

para conservar a memoria de acontecimentos importantes, para

lazer tratados com povos vizinhos; coisas todas que em rigor nao

se podem considerar producoes literarios, mas que senao devem

tambem desprezar quando se quer fazer a_historia da literatura da

qual foram de certo modo substractum vudimentar.

O primeiro trabalho literario em prosa dcve-se considerar

uma oracao'de Apio Claudio Ceco, pronunciada por ele no Senado

em 280 a. C.

Ouanto ao que foi escrito antes desta data, para guardar

lembranca do passado temos noticia dos

1.°) Annates maximi, assim chamados porque eram com-

pilados'pclo pontifice maximo, e por isto tambem se chamaram

Annates Pontijicutn.

2°) Commentarii magistratuum (tambem ch'amdos^

lion

Unlet porque escritos em pano de linho), listas anuais dos magistra-

Page 464: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

464

dos, que provavelmente depois da instituicao da Republica semnrPse compilaram. "«t>ie

3.°) P/vWa monumenta, cronicas de familias privadi*escntas para recordar acontecimentos de interesse privado e i

'

vczcs de mteresse publico; para tal fim serviam tambem as laudattones (discursos funcbres).

4.°) Tratados, entre os quais se distinguem os concluidoscom Cartago nos pnmwros tempos, da Republics com Porsenareis dos Estruscos, com a cidade dc Ardea, etc.

_

5°) Leges regiae, ordens e decisoes dos reis de Roma recollndas por Sexto Papirio, de quern a colecao recebeu o nome dejus Papin.an.um. ae

6.°) Leis das doze tabuas.7.o) Legls aciiones, chamadas em conjunto jus Flavianum

por causa de Gneo Flavio, escrivao de Apio Claudio, que as ttoharecoihido. x lld

SEGUNDO PERIODO

O sexto seculo depois da fundacao de Roma'"'"150 a. C.)

_

E este o periodo no qual os Romanos comecaram a ter umaverdaaeira hteratura, mas esta esteve no principio e continuoua hear sob a influence da Grega, que assim retardou o desenvolvi-mento de formasliterarias nacionais. Apos a sujeicao dos Gregosda Itaha, e mas ainda depois da conquista da pr6pria Grecia, a reli-giao antiga e sunples dos Romanos foi substituida pela mitologiagrega, mais artraente, e caiu no esquecimento. As divindades gregasWin rdenhficadas com os deuses de Roma, e os mitos de uma reh-giao passaram para a outra. Foi talvez neste tempo que os numerososGregos vindos a Roma dc todas as partes afagaram tanto a vaidadedos conquistadores, a ponto de Ikes fazer crer serem descendentes"de algum dos nerois da Made, e inventar a lend a de Eneias e dasua vmda a Itaha, tao zelosamente mantida e acreditada' pelosKomanos.

loclos os Romanes cultos deste periodo escreveram e fa la-ram grego; os pnmeiros historiadores escreveram em grego s histo-

,SVla ten

:a

.'<3uer Porque achavam o proprio idioma ainda muito

ruae e imperxeito quer porque sentiam orgulho em fazer conheceraos gregos a grandeza da patria.

Considerando tudo isto, nao nos devemos admirar se,maUermmada apnmeira guerra punica, se fizeram traducoes e adap-tacoes de dramas gregos para o teatro romano, e se foram recebidoscom gran.de entusiasmo.

A influencia da Hteratura grega comecada assim, continuoupara sempre e os romanos nunca mais conseguiram livrar-se dela.A lingua iatma e_ sua ortografia se fixaram definitivamente nesteperiodo, apos varias tentativas para se introduzir a uniformidade

Page 465: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 465 ~

systematica. Cada escritor seguia, antes, urn metodo particular ao

por a linguagem escrita em correspondencia com a falada. Assim se

diz que Enio foi quem por primeiro usou as consoantes duplas e que

L. Acio indicou as vogais longas duplicando-as segundo o sistema

encontrado tambem em algumas inscricoes arcaicas. mais impor-

tante monumento literario dcste periodo, do ano 186 a. C. descoberto

em 1640 perto de Catanzaro e conscrvado em Viena: ha. tambem al-

gumas das descricoes sobre os tumulos dos Cipioes, que foram des-

cobertas nas redondezas de Roma nos anos de 1616 e 1780, perten-

cem provavelmente a este periodo.

POETAS DO SEGUNDO PERIODO

Livio Andronico. Foi certamente o maior dos poetas

de seu tempo. Grego" de nascimento, foi feito prisioneiro na tomada

de Tarento, no ano de 272. Parece que foi levado a Roma como es-

cravo de Livio Salinator que, ao descobrir-lhe o talento, Ihe confiou

a educacao dos proprios filhos e lhe deu a liberdade. Viveu ensinando

grego e latim e para uso dos discipulos traduziu a Odisseia em metro

saturnine Esta traducao foi por muito tempo um dos livros comu-

mente usados nas escolas de Roma, embora, se julgarmos pelos

poucos fragmentos chegados ate nos, pecasse por defeito de elegancia

e ate por falta de esmero. Entre os versos saturninos ocorrem alguns

hexametros que demonstram que o poeta tentou ocasionalmente

imitar o original.

Traduziu tambem do grego e publicou dramas, partici-

pando tambem das representagoes.

Gneo Nevio. Era natural da Campania, mas provavel-

mente latino, se bem que nao fosse cidadao romano;

Combateu

na primeira guerra piinica e representou o seu primeiro trabalho

dramatico em Roma, no ano 235 a. C.

Como poeta, seguiu em geral o exemplo de Livio Andronico,

mas preferiu a comedia a tragedia; como Campanio parece que foi

de certa altivez e independencia de carater, indiferente e^ pouco

se importanto com os que ele poderia melindrar com a argucia do

seu engenho. Por isto granjeou a inimizade dos orgulhosos pratricios

romanos, principalmente dos Metelos que ofendeu com o seguinte

verso:

Fato Metelll Romal cotxsulas jiunc.

Foi, por isto, antes ^encarcerado, clepois manclado para o

exilio e morreu em Utica, na Africa, no ano 199. a. C.

Nevio, animado do espirito nacioi^al, introduziu na htera-

tura'dramatica o genero das tragedias, e influiu tambem mais tarde

sobre o das comedias, conhecidas respectivamente cpm os nomes de

pretextas e togatas, em que os caracteres eram romanos, isto e, nacionais,

sendo chamdas em oposicao as comedias pallalas^ (chamadas tambem

rlntonlcas quando davam desenvolvimento comico a sujeitos tragi-

cos), onde os caracteres eram gregos e se reduziam o mais das vezes

Page 466: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

466 —

a tradueoes ou adaptacoes do grego, (contamuiaUones). Por cam,deste sentanento de nacionalidade, difundido tambem nas oEdramahcas denvadas do grego, suas obras conservaram-se popular!e com mmta razao, se julgarmos pelos fragmentos que chegaram SbSa?°feTe

em"Se "^ ^ ?^^ 6 ™" ^ <^fc» a£Nos ultimos anos Nevio escreveu um poema eniro c~k

dido ma 1S tarde pelos gramaticos em 7 livros, dos quais os dois Zl

humdde. Indo a Roma, esteve primeiro adido ao service do tea£odepo1S, entregando-se a especulacoes comerciais, perdeu tod as

'

economms e trabalhou por certo tempo aum moinL Narrate quedesde tao esc com ,

di a cuja c ge «^ e

para dof!rme

f'

C^ ^5 fiTandiss;mo-Esforcou-se s^bretelopara dotar caracteres gregos do teatro romano (paliatos), maccime

F lot. Ma ^^anova em q™ se tinham clistinguidoSi^iiomao e Menandro. Morreu em Roma em 184 a C

de ISO rliai

!!"°S'

6 69n

reT COm «dias/q^ diz-se, nao foram menosde

>130, das quais 20 chegaram ate nos, algumas incompleteConhecemos, porem, os tftulps de um ndmero muito maio, masmesmo entre os antigos muitas eram consideradas espdrias.

As 20 comedias de Plauto que ainda subsistem sao:1.°) Amphiturno, a unica de assunto mitologico.

c\<\»A, ^ ddnaria-de carater burlesco, chela de brio e de viva-cidade connca.

3.°) Aulularla, representa o carater de um avarento nis

tw« l

4 ' 0) B°cchides>

UI»a das melhores comedias plautinas

cenaS .

P enred°' C°m° Peloscaracte-s. Faltam, porem, I2rpccQ ^ •" ) Ca

f'/W

'c°media sentimental com belas cenas e mt<-ressantissima pelo carater de parasita.

6.°) Curculio, assim chamda pelo nome do parasita.

hlt-i o fil;? n"vna

'

C°m&!

ia Um,

tanfo cxtravaganlef da qualtalta o imal. Behssimo o retrato do velho enamorado.

,| TC 1

8-'0) Clfieilaria

<da qual se perdeu quase a met.desenvolvimenio semelhante ao do

complicad^olSr ^ 'entretant

° ""^ "^ ^ ~™^ade e

be» definyi^'^'"' ^ vivacidftde exuberante. con, caracteres

nos

tern um

Page 467: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 467 —

11.°) Menaechmi, talvez a mais brilhante de todas; mostra

os equivocos divertidissimos a que da lugar a semelhanca quase

perfeita de dois irmaos.

12.°) Miles glorlosus, caricatura do soldado fanfarrao.

13.°) Mercator, desenvolve urn argumento semelhante ao

da Casina.14.°) Pseudolus, comedia agradavel e bastante correta

no desenvolvimento e na forma.

15.°) Poenulus, nao e isenta de defeitos graves, mas ^e

notavel porque entre as personagens e introduzido um cartagmes

falando fenicio.

16.°) Persa, comedia interessante, em que o protagonista

e um escravo.

17.°) Rudetu; mais atraente pela vivacidade das cenas do

que pelo enredo.

18.°) Stlchus, imitacao rigorosa de uma comedia de Me-

nandro.19.°) Trinummus, descreve cenas familiares, sem caracteres

femininos; e moderada no enredo e no colondo.

20.°) Truculentus, cheia de situacoes estranhas e vivas;

uma coretesa representa a parte mais importante.

Pelo que sabemos, quase todas estas comedias foram es-

critas em Roma, entre 200 e 189 a. C, mas de algumas nao conhe-

cemos exatamente a data, e podem ter sido escritas antes ou depois.

Plauto tern todas as boas qualidades e todos os defeitos

que se podem esperar de um poeta popular daqueles tempos e daque-

le povo. E verdade que tomou os sujeitos da comedia nova dos

gregos, mas poe a agir e a falar suas personagens como verdadeiros

romanos. A linguagem das comedias plautinas esteve em grande

admiracao entre os antigos Romanos, mas no tempo de Augusto

aqueles caracteres de feicao arcaica, tinham cessado de atrair os

homens de fina cultura. Na « vis comica » Plauto nao foi mais

superado, e suas comedias por muito tempo predominaram no teatro

de Roma; a maior parte, porem, dos prologos que temos, foram com-

postos para a representacao durante o xiltimo seculo da Republica.

O. Enio. Nasceu no ano 239, em Rudias, na regiao dos Peu-

cecios, onde se falava tanto grego como osco.

Durante a segunda guerra punica, quando M. Porcio

Catao era pretor na Sardenha, Enio militou sob suas ordens, como

soldado, e ao voltar Catao para Roma em 204 a. C, levou consigo

Enio, que dai por diante viveu, pareee, numa pequena casa ^sobre

o Aventino, consagrando-se ao ensino do grego e a. traducao do

grego para o teatro romano. Com tais meios gran^eou a amizade

de alguns nobres, e principalmente de Cipiao o Africano, o Maior.

Em 189 a. C. acompanhou o consul M. Fulvio Nobilior na guerra

contra os Etolios, e mais tarde celebrou-lhe a vitoria num poema.

Algum tempo depois o filho de Fulvio Nobilior, nomeado « Trium-

vir » coloniae deducendae », ®bteve para Enio o direit© de cidadao

Page 468: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 468

romano e lhe doou urn fundo em Potencia no Piceno. O poetaque mmto sofria de gota, morreu em 169 a. C, foi sepultado „ntumulo dos Cipioes, e representado no marmore.

•4 i

Podrse cllamar ° verdadelro fundador da iiteratura lat'V-a mtroducao do hexametro e obra sua, e nao ha poeta da antipuidad-que tenha mostrado poder de engenho de modo tao variado cor-o

*'IUD',e

'em mmtos casos, com resultado mais feliz. Gozou em V>daeta aamiracao dos concidadaos e ate os ultimos tempos do imp^'n

ioi reconhecida a singular excelencia da sua mente vigorosa. or6 ,7ioJaoracio reconhecia-lhe os grandes meritos.

'" l

As obras de Enio sao em parte originals, em parte imiJaeo-ou craducoes de escntos gregos. Eis as principals: '

""

1.°) Annate, que e a maior e talvez a ultima em ordem chtempo Era este urn poema em 18 Kvros nos quais, em hexamet-o"se celebrava a hist6ria de Roma, segundo a tradicao, desde a chc-adade iimeias a Italia ate os tempos do poeta. Os fragmentos erne c%j\possmmos (cerca de 600 entre versos e hemistiquios) eiverrPm d^ssTgens de grande valor.

_

2.°) Tragaediae, em grande parte traducoes livres de Euri-pides, o qua! por sua natureza filosdfica e uela maneira r-toricaparece tenha exercido sobre Anio urn atrativo* maior do que Esqui^oe boiocles. " '^

_Conhecemos' os titulos de umas 26; eram ainda Jidas eaclmiradas nos tempos de Cicero, mas sobram apenas poucos l-ty,.mentos Escreveu tambem duas outras prelexlas, e algumas toatdamas neste genero foi menos feliz e tambem dessas pouco nos resta'

xi ,Z °\. S

.

at"

rae'

coIe?ao de composicoes variadas em metrosdiferentes, divididas em 6 livros. Uma de tais composicoes tmhapor titulo Scipio. ^

'

_

As satiras de Enio foram, sem duvida, diversas das \kmencionadas, que hnham forma dramatica. E desde que e Iemb>xidopor Horacio como inventor da satira, deve-se dizer que este generotenha sido por elc cu tivado do mesmo modo aue mais tardeal^ucilio e por horacio mesmo.

,m <,?n

M^ {,Vl °- FUho de uma irmS de Enio, nasceu em Brmdes.em 220 a. u. icnao acompaahado ate Roma seu tio, adomKu *!granae repuiacao como pintor c ainda mais como escritor de tra«e-o.as. .ornou-se amigo de Ledio e de Cipiao Africano, o Menor^ e

a avancad! "e

f ?e- traduzir ^mposicao dram4ticas gregas ate

ref r,, ^ T *,80^ qUMldo & Saude PrCCa»a ° ^COU aretuawe em Tarento onde morreu, pcrto dos 90 anos. Ainda

1£X&a po gozr da fama de nm dos mei{iores ^.^

C ;,,~ quase^ que exclusivamente d<S6focles, e restam-nos '

originals^traSechas'

alSumas das quais sao talvez composicoes

ou meno^L91°Q

ESTACI°- ContemPOTa*eo de Pacuvio, nasceu maisou menos em 219 a. C. na reg.ao dos Insubrios e foi conchmdo a

Page 469: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 469 —

Roma como prisioneiro de guerra ou como^escravo la pelo ano 200.

Depois cle libertado, tornou-se amigo de Enio, a quern sobreviveu

por poucos anos, pois faleceu em 116 a. A.

Que educacao tenha recebido nao sabemos, nem como tenha

chegado a aprender o grego. Devia, porem, conhecer-lhe bem a li-

teratura, porque muito traduziu da comedia atica de Menandroprincipalmente seguindo no principio o estilo e o modo de Plauto.

Cicero que cita muitas vezes versos dele diz que foi o mais

insigne dos poetas comicos, mas embora o estime grandemente

chama-lhe inalus auctor latinitatis, pela iinguagem pouco correta

por causa do lugar de nascimento, nao sendo Cecilio, nem grego,

nem romano,P. Terencio. Nasceu em Cartago (dai o sobrenome de

Ajer, Africano) e foi para Roma em tenra idade, comprado ou cap-

turado. senador Terencio Lucano, seu patrao, fe-lo adotar e educar

como se tivesse nascido livre, e depois lhe concedeu a liberdade.

Deveu provavelmente a. sua origem africana a familiaridade que

teve com Cipiao Africano, o Menor, com C. Lelio e com outros

ilustres romanos. Estas relacoes de amizade deram origem a voz

espalbada por seus rivais (especialmente pelo poeta Lucio Lanu-VINo) que Cipiao ou Lelio tenha sido o verdadeiro autor das comedias

que levam o nome de Terencio. Apos ter composto suas comedias,

ultimadas quais foram os Adelphos, foi a. Grecia com o escopo eviden-

te de estuclo, mas durante a viagem de volta morreu em 159 a. C-.

tendo completado apenas 25 anos. O lugar da morte e incerto:

segundo alguns ele pereceu num naufragio; segundo outros faleceu

na Arcadia, de doenca, agravada pelo pesar da grave perda, sofrida

num naufragio, de inumeras traducoes de comedias gregas.

As comedias compostas por ele sao:

1.°) Andria, representada nas « Ludi Megalenses » no

ano 166 a. C, que e reducao de uma comedia de Menandro, com o

acrescimo de outra do mesmo autor. O edil que presidia aos jogop,

quando Terencio apresentou esta comedia, quis le-la para Cecilio

Estacio, afim de conhecer-lhe o parecer. Cecilio manifestou grande

admiracao, e assim o trabalho foi bem aceito.

2.°) Eunuchus, composta tambem com duas comedias de

Menandro, e representada nas festas Megalenses de 161.

3.°) Heaulontlmorumenos, o punidor de si mesmo. E imi-

tacao de uma comedia de Menandro de mesmo titulo.

4.°) Phormio, imitando uma comedia grega de Apolodoro

de Caristo, e tern por titulo o nome de um parasita, protagonista. Aacao e viva, os caracteres tern muita variedade e estao bem tratados.

Foi representada no mesmo ano em que o Eunuchus, nos « Ludi

Romani ».

5.°) Heci/ra, a sogra, imitacao de uma comedia de Apolo-

doro, representada em 165 a. C. Mais que um verdadeiro enredo

encerra um estudo de caracteres bem definidos. Foi a menos feliz

Page 470: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

470

das comedias de Terencio, pois, a representacao foi interrornpidaduas vezes^e so na terceira vez, em 160, poude ser realizada.

6.°) Adelphos, os irmaos, derivada da homonima comediade Menandro, com introducao de uma cena de Dffilo. Foi represen-tada em 160, e marca sem duvida o maior sucesso de Terencio

enredo e simples mas gracioso, os caracteres bem delineados, etodo o trabalho e cheio de vivacidade e argiicia.

Estas 6 comedias de Terencio sao paliaias, e o fato de terele as vezes fundido numa duas comedias de outro autor (pela con-taminate ja mencionada) ou introduzido nos seus traballios algumascenas de outros pareceria demonstrar nele certa deficiencia de fa-

culdade inventiva. Soube contudo, unir tao habilmente entre sios varios originais gregos, que, sem o auxilio de sen comeniadorDonato nao conseguiriamos distingui-los. Usou particularmente deprplogos para defender-se dos alaques dos mal intencionados; sao,porem, nele notaveis a correcao e a elegancia; de fato os caracteresde suas_ comedias se nao possuem por um lado nem a forga e nema vivacidade das que Plauto, nao Ihes tern, por outro, a rudeza.Enfim parece que tinha em vista agradar o grupo mais elevado dasociedade romana, de preferencia a. grande multidao: a linguagem edoce e suave, como podemos crer a empregassem os romanos declasse mais elevada, e a versificacao mais correta e regular.

Alem de Titinio, que cultivou somente a togata, e Turpilio,que nao escreveu senao pallatas, cita-se L. Lacio, nascido em 170 emPesaro (onde se fundara uma colonia no ano 174) de pais libertos.Viveu em Roma em relacoes intima com D. Junio Bruto (consul em138), que adornou entradas de templos e monumentos com versosde seu Acio. Levam este nome ao menos 37 tragedian, na maiorparte reducoes do grego, mas parece que duas eram originais efeitas sobre cenas da Iliada. Descreveu ainda caracteres romanoscomo o sacrificio do jovem Decio Mure e o episodio de Bruto, vin-gador da tirania real. Compos finalmente:

DidascaLca, especie de historia da poesia grega e romanaem tetrametros trocaicos.

Pragmaticon Llbr't, no mesmo metro relativo a historia dearte.

Parerga, de assunto relativo a. agricultura.Annates, em nao menos de tres livros e em metro tragico.Parece que usava de todo o cuidado na parte formal da

lingua, empregando frequentemente a aliteracao, rejeitando o usoclo Y e do z, indicando a duracao das vogais duplicando-as, etc.

PROSADORES DO SEGUNDO PERlODO

Ja. notamos que os primeiros historiadores romanos escre-veram suas obras em grego.

Os mais importantes entre eles sao: O. Fabio Pictor eL. Cincio Alimento.

~~

Page 471: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 471 —

tG. Fabio Pictor. Floresceu no tempo da segunda guerra

punica e depois cla batalha de Canas, no ano 216 foi enviado comoembaixador a Delfos para consultar o oraculo. Escreveu uma historiade Roma, desde Eneias ate os seus dias, contendo a narracao dasegunda guerra punica. E varias vezes mencionado por Polibio,como iambem por Livio e outros, e sua veracidade nao deixa duvidas'^esde que os trechos de sua obra sao citados em latim, e provavelque mais tarde se tenha feito uma traducao latina, sendo poremdimdoso que a tenha realizado ele mesmo; talvez se deva atribuira 1"

.Maximo Serviliano, consul em 142 a. C.

L. Cincio Alimento. Contemporaneo de Fabio Pictorfm pretor em 210 a. C. Deixou escrito que foi prisioneiro de Aniballa pelo ano 208.

Como Fabio Pictor, compos em grego « os anais deRoma » (citados frequentemente por historiografos posteriores).Tratou do periodo primitivo muito brevemente, mas foi rauitommucioso em expor os acontecimentos contemporaneos.

No meio das tendeneias helenisticas que amea?avam abafartoda tentativa de espontaneidade surgiu, M. Porcio Catao, omais estrenuo defensor de tudo o que tivesse caracter de nacionalna vida e na Iiteratura romana.

E geralmente chamado censor ou Censorio para distingui-lode Catao Uticense, contemporaneo de Cesar. Pertencia a. gentePorcia, plebeia: nasceu em Tusculo, em 234 a. C, obteve a questuraem 204, a edilidade em 184. Viveu ate idade muito avancada emorreu em 149.

Catao era verdadeiro tipo do romano antigo, e em politicaninguem possuia patriotismo mais sincere do que ele. Embora apnncipio mostrasse pouco respeito pelos literatos de qualquer genero,mais tarde ele mesmo tornou-se o escritor mais fecundo dos contem-poraneos; tornou-se ate o verdadeiro criador da prosa latina. Se-gundo Quintiliano foi ao mesmo tempo grande general, filosofo,orador, historiador, jurista e muito versado em agricultura.

Compos por primeiro e em grande mimero obras em prosa.^onvem ate notar ^que o ardente defensor do espirito nacionallevou para Roma a Enio que difundiu entre os romanos o gostopelas letras gregas.

Catao interessou-se sumamente por todos os negociospiiblicos ate o fim da vida; e, apesar de ser opositor irredutivel dohelemsmo, aprendeu o grego em idade avancada, e teve de mostraro seu talento oratorio. Suas obras literarias sao:

Oracoes. Se nao se levar em conta a celebre oracao de ApioClaudio contra Pirro e uns poucos elogios funebres, as'oracoes deCatao foram as primeiras escritas e publicadas.

Cicero conhecia mais de 150: nos temos noticia de umas80,parte por fragmentos ainda existentes, parte pela ocasiao em queforam pronunciadas. Delas algumas sao juridiciarias, outras poll-

Page 472: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

. _ 472 —

ticas, e o que resfca demonstra uma eloquencia natural sempre opor-tuna, cheia de vida, de forca, de sarcasmo.

Orlgenes. £ o titulo da mais notavel entre as obras de Cataoem 7 livros, dos quais o primeiro compreendia a historia dos reis deRoma, o segundo e o terceiro a narracao das origens das cidadese populacoes da Italia, o quarto a primeira guerra punica, o quintoa segunda, e os restantes livros narravam as guerras sucessivas ateo ano 149 a. C.

Orlguies, intitulavam-se provavelmente os tres primeiroshvros quando foram publicados, mas a denominacao foi estendldaa todos os outros, acrescentados mais tarde. A obra, conhecidatambem com o nome de historia ou de annates, continha ainda algu-mas oracoes do autor.

Os Praecepta ad Jilium foram escritos para educacao dofilho.

A rica e variada experiencia punha Catao em condicoesde daruteis ensinamentos e conselhos sobre a agricultura, a saude,a milicia, as coisas legais. Visavam a guiar o jovem romano em tod asas contingencias da vida; com o mesmo intento dirigiu Catao aofilho varias cartas e um carmen.

Facete dicta, colecao de ditos chistosos e mordazes.De re rustica, sobre a agriculture, com consideracao especial

pek cultura de videira e da oliveira. E a linica das obras que chegoumteira ate nos. A primeira parte encerra ensinamentos sistematicossobre a plantacao da videira e da oliveira, mas e seguida de uma seriede preceitos dados desordenadamente sobre a administracao dacasa, alguns dos quais saojinteressantissimos, por exemplo, quanto amaneira de fazer as compras, sobre as entradas, os sacrificios, a curadas doencas. estilo e conciso e aforistico, mas a linguagem com di-ficuldade e. que se sente o carater arcaico que se esperaria encontrarno escrito de Catao: por isso cre-se geralmente que o texto, comoo temos, tenha sido modificado original.

Os oradores mais celebres, contemporaneos de Catao sao:A. Fabio Maximo, o Temporizador, O. Cecilio Metelo,

Cipiao Africano, o Maior, etc.

Tambem o estudo das leis comecou a ser cultivado nesseperiodo.

Entre os juristas mais eminentes merece citacao S. HelioPeto, o primeiro autor de um livro sobre leis, intitulado Tripertita,que continha entre outras cousas, um comentario das leis das dozestabuas.

A historia continuou a ser escrita em grego ate os temposde Sila, que, diz-se, narrou nesta lingua as memorias de sua vida.

Os historiadores dignos de nota sao:C. Acilio, cuja narracao foi traduzida em latim e continua-

da por Claudio Ouadrigario, ate as guerras civis, A. PostumioAlbino e P. Cipiao Na^ica.

Page 473: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 473 —_

Pelo ano 230 o Iiberto Sp. Carvilio foi um dos primeirosa ^abnr uma escola publica em Roma, e parece ter introduzido aletra g re;eitandp definitivamente o z. O alfabeto, modificado assim,contmha 21 letras.

TERCEIRO PERIODO

O setimo seculo depols da fundagao de Roma.(150-80 a. C.)

Durante este periodo a literatura latina alcancou seu com-pleto desenvolvimento.

Cartago fora destruida e a Grecia submetida. Os Gre°osque foram em grande mimero para Roma contribuirampara fazertrmnfar seus costumes, pensamentos e sentimentos sobre a antiaavida nacional romana.

« Graecia capta jeruin victoran cepit », disse^Horacio.Aumentou a imoralidade e mostrou seus efeitos perniciosos

na guerra contra Numancio e na outra contra Jugurta. O rudeMario podia ufanar-se de nao compreender o grego, que naqueletempo era geralmente conhecido; de sorte que as representacoesdramaticas em grego se realizavam em Roma com frequencia.' Osescntores, reconhecendo a superioridade daquela literatura esfor-cavam-se para imitar-lhe a correcao, a elegancia; pouqmssimos,apenas, como Lucilio, recusaram-se seguir os gregos nestas quali-dades hterarias.

Ja desde 145 a. C. erigia-se anualmente um teatro gre°'ocomplete de madeira: o primeiro teatro estavel de pedra foi construidopor Pompeu em 55 a. C.

_No campo da poesia predominam ainda as composicoes

dramaticas; mas, como as pallatas foram substituidas cedo pelastogatas, atelanas pelos mimos, evidente e que os espetaculos popu-lares assumissem, cada vez mais, o caraier de farsas vulgares; asoutras formas poeticas ficaram quase abandonadas, mas a prosaparticularmente na historia, na jurisprudencia, na oratoria fezprogressos extraordinarios.

POETAS DO TERCEIRO PERIODO

. , A .

T- QuiNCiO AtA, de cuja vida nada sabemos, e, com

Airanio, o mais importante escritor de togatas, e os titulos de onze,que conhecemos, sao todos genuinamente romanos. Os antigosapreciavam nele especialmente a pericia em tratar os caracteresprmcipalmente os femininos.

L. Afranio, superior mesnio a Ata, nasceu perto de^-144a. C, de modo que^a maior operosidade de sua vida, se pode colocarpelo ano de 160. E notavel nao so pelo mimero das composicoes,mas tambem pelo valor artistico das mesmas. Conhececem.se titulos

Gramatica Latina, 31

Page 474: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

_ 474 —

de mais de 40 dc suas comedias, que foram repfesentadas nos teatrosde Roma ate aos tempos de Nero. Afranio estava enfartado de cul-tura grega, mas tern, evidentemente dos gregos tambem a depra-vacao moral: tomou por modelo a Menandro, restringindo~se,porem, a sujeitos romanos, refletindo de maneira mais peculiar a*

vida da classe media.C. Lucilio. Nasceu em Sessa Aurunca, na Campania,

em 148, de familia equestre: uma sua irma foi avo de Pompeu'.Muito jovem acompanhou a Cipiao Africano, o Menor, na guerracontra Numancia, e em seguida teve com ele e com Lelio relacoesde grande familiaridade, o que exerceu grande influencia sobre o'seudesenvolvimento intelectual. Viveu em Roma numa casa construidapara o filho do rei Antioco, que ai fora deticlo como refem.

Foi muito versado na literatura grega e romana e tomoubastante interesse nos acontecimentos contemporaneos.

Que tenha tido muitos inimigos e amigos percebe-se pelosfragmentos de seus trabalhos poeticos, chegados ate nos; soube,porem, manter a independencia do carater, tambem em meio a. cor-rupcao do seu tempo.

Morreu em Napoles no ano 103 a. C, aos 46 anos e'tevea honra de um funeral feito a expensas publicas.

_

A unica obra escrita por Lucilio era uma colecao de Saturaeem 30 Hvros, a maior parte em hexametros, algumas tambem emmetro jambico e trocaico.

Espressou com a maior liberdade seu pensamento sobretudo que via, ouvia e Ha, e exercitou o espirito critico sobre a poli-tica, os costumes, a literatura, com tanto desfcemor como nenhu'moutro escritor de satiras antes e depois dele; porquanto atacou muitosdos seus contemporaneos, nomeando-os e nao teve escrupulos deagredir todos os cidadaos.

Os fragmentos que possuimos revelam profunda educacaoae mente, perspicacia e agudeza de engenho, moralidade neoros

e•esmero, ordem, mas ,'untamente muita negligencia de estilo e d.versifieacao, clefeiios notados por Horacio, que nele entretanto reconheceu um grande mestre.

Os outros poetas desta idade (Porcio Licinio, O. LutacioCatulo, ^etc.),_ sao geralmente autores de epigranias eroiicos, depouco memo, imitados dos Iivros alexandrinos.

;%io f™' porem, dois poetas L. Pomponio de Bolonha ejNovio adquiriram fama, dando a antiga ateiana, uma verdadeiraforma Uterana.

prmieiro, que foi talvez mais original ou ao menos maistecundo, viveu pelo ano 90 a. C: temos fragmentos dc 65 de suasatekuas, enquanto 43 apenas nos rcstam de Novio. Tanto uns comooutros fazem supor que frequentemente se descia a uma linguagerntrivial e obscena, contanto que se conseguisse popularidade.

.

Podem ainda ser lembrados Ostio, autor do noema BellumHistricum; Levio, de um Carme erolico, c algum outro.

Page 475: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

475

PROSADORES DO TERCEIRO PERiODO

A) Durante "os primeiros 20 anos nao houve abundanciade bans oradores, embora alguns (Sergio Sulpicio Galba, M.Lepido) fossem lidos e admirados por Cicero, e uma oracao de O.Metelo Macedonico tenha sido recitada por Augusto no Senado.

B) No tempo dos Gracos, de 133 a 119 a. C, pelo con-trario, a oratoria teve grande oportunidade de mostrar o seu podernas lutas de partido, mas niiigueno. se distinguiu mais do que^CAloGraco, dc cuja eloquencia poucos cxemplos ainda existentes rnos-tram quanto fosse justificada a admiracao que tiveram por eleos contemporaneos. Entretanto nao foi ele o unico orador. Entre seusamigos e adversaries havia homens de autoridade nao comumque sabiam fazer-se ouvir.

A) Os bistoriadores dos primeiros 20 anos seguiram osexemplos dos antigos analistas, escrevendo, porem, ern latim, como;a fizera Catao; sao conhecidos:

CAssio Hemina, autor de Hlstorlae, chamadas tambemAnnates, em nao menos de 5 livros.

L. Calpurnio Pisao Frugi, que, comoHemina, comecoudos primeiros tempos e continuou a historia de Roma ate os seus dias

.

O. Fabio Maximo Serviliano, eminente jurista e escritorde Annates, de que e lembrado o primeiro livro.

Enquanto a historia estava ainda, pode-se dizer, na suainfancia, o estudo e o comentario das leis faziam grandes progresses

.

Os mais importantes juristas do tempo foram: M. Junio Bruto,P. Mucio Cevola (que, diz-se, aboliu o antigo costume pelo qua!o pontifice maximo realizava os publicos anais), o filho OuiNTOC. P. Licinio Crasso.

B) Ceclo, porem, o rapido progresso ern cada rarao daciencia pratica teve influencia tambem sobre os historiado.res, demodo que, nesta epoca, algumas personagens doutas escreveramsobre historia contemporanea.

C. Fanio, discipulo do filosofo grego Paniclo, narrou (comgrande elegancia, a juizo de Cicero, e com grande veracidade) os.

acontecimentos do seu tempo, em oito livros.

L. Celio Antipatre, contemporaneo dos Gracos, escreveuas vicissitudes da segunda guerra punica, de que parece tenha feiiolargo uso T. Livio.

P. Sempronio Aseliao, que fora tribune militar sob Cipiaona guerra numantina, deixou 14 livros de historia, dos quais o quintocon.tinha a narracao da morte de T. Graco.

C. Sempronio Tuditano, consul em 129, uma das inteli-

gencias mais cultas, foi escritor elegante de assuntos contemporaneos.Ainda merece ser lembrado Otavio Lampadiao, como

comentador do poema historico de Nevio.C) Os anos entre a violenta surpressao dos Gracos e de seu

partido ate- o 100 a. C, sao aqueles durante os quais C. Lucilio

Page 476: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

476

e Afranio desenvolveram a malor atividade literaria. Outros esc,-tores contemporaneos sao: %cu"

P. Rutilio Rufo, que deixou uma relacao da vida passad,no exiho, em Smiraa, ePosada

Q. Lutacio CAtulo, ji citado, autor de uma Autobioqrafiae de uma Communis tustona.

uwajia

Os estudos gramaticais tiveram um grande cultor em THelio Precocino Estilao, de Lamivio, seguidor da filosofia estL.

"

Si"T ^ DaS£S° ° CStud

° regular da Kusua IatIna'com exempgtirados dos mais anhgos monumentos. y

Temos noticia de seus Comenldrios ao « Carmen saUorum >e as lets das doze tdbuas.

D) Nos 20 anos decorridos de 100 a ditadura de Sila, ch^osdc comococs pohhcas, surgiram cultores insignes tanto da oratorhcomo da jurisprudence: a hist6ria assume um carater ret6rico e servea escopos de partidos.^

A orat6ria e a jurisprudencia sao representadas, alem depor C Lelio, por M. Antonio e Por L. Licinio Crasso; oprkd?capaz de conqmstar os ouvintes com a veemencia natural, com a do'derosa imagmacao, e com eficaclssima expositiva; Grasso, homemde talento pnvdegiado, mas nao feito para dominar com certo podero auditono. F uEntre os historiadores merecem nota, os seguintes-

_ Q. v.laudio Quadrigario, nascido pelo ano de 150 sobrevivendo, parece a morte de Sila (ano 78 a. C). Da vida nadasabemos, mas sua lustona lembrada com o nome de Annates demstonae ou de Serum Romanorum, em 23 livros, comecando datomada de Roma por obra dos Gabs, ate os tempos do autor Esteconciso na pnmeira parte, extendia-se em particularidades oue s«aproximamvam dos acontecimentos contemooraneos. E dtado

'

mmtas vezes por Livio.

_

Valerio Anciate, e o historiador mais extenso antes cieW>, pois sua obra em 75 livros, remonta ate" aos tempos nriisanhgos e vai corn narracao minuciosa ate Sila. Temos dela no-cida pelos iragnientos e frequentes citacoes feitas por Livio, quepara os primeu-os hvros, parece tenha aceitado sem contestacaoa autcridade do Anciate, nao assim, porem, para os ultimos.

v,ORNELio Sisena, nascido mais ou menos em U9 hvpretor em /o e morreu em Creta em 67 a. C, lugar-tenente de Ponmcudurante a guerra contra os piratas. Fildsofo, orador, distmeuiu-sam.-us como hisionador, e nas lustorias, cm 12 livros, descreveu .-.

guerra social e a civil entre Sila e Mario, mserindo cartas e oracoes.'

f. .

~' lJCinio Macrao, pai do poeta e orador Licinio Calvo,loi contemporaneo e amigo de Sisena. Sua hist6ria, criticada por Cice-ro, pcia vcrbosidaae, comeca dos tempos mais remotes, mas nao s;>-bernos nem oe quantos livros constasse, nem ate ondc tenha chegado.U Cornelio Sila, escreveu cm latim (outros clizem queem gregoj a sua biograjia, dedicada a Luculo.

Page 477: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 477 —

L. Licinio Luculo, famoso pelas riquezas, escreveu em-.| grego uma historia sobre a guerra Marsica.

'ft Como se sabe, no principio do seculo primeiro a. C, em'&•; Roma e em outras partes da Italia, foram instituidas escolas para'a o ensino da gramatica, da retorica e da filosofia. Esta contudo nao

era ainda muito cultivada, embora em geral os oradores adotassemos priacipios da nova academia e da cscola peripatetica, e os juristas

professassem a doutrina estoica. Mas quern tomava parte na vidapublica preferida o epicurismo.

7 Ha enfim uma obra de retorica que por algumas alusoesparecc ter sido escrita durante a ditadura de Sila, ou pouco depois

j de sua morte. Leva o titulo RhetorLea ad HerennLum, em 4 livros,

! e contem um sistema complete de retorica. Costumou-se imprimi-laj com as obras retoricas de Cicero, mas um trecho de Ouintiliano faz'j ao inves supor que seja de O. Cornificio.

QUARTO PERIODO

Idade de Cicero e de Augusto.(80 a. C. — 14 p. C.)

Pode-se chamar a idade aurea da literatura latina, tantopela forma como pela substantia.

Durante a primeira metade deste perlodo, caraterizado

j por Cicero, a prosa atingiu a maxima perfeicao, ao passo • que apoesia teve a maior florescencia nos tempos de Augusto.

Da ditadura de Sila a batallia de Acio os acontecimentospoliticos sucederam-se com uma frequencia e gravidade maior doque no passado. Por consequencia a literatura de indole politica

continua a predominar, mas em particular a oratoria toma formamais acentuada sob a influencia da literatura grega. O numerodaqueles que, com Varao procuram manter vivo o espirito nacionalna vida e nas letras vai-se rareando sempre mais; a corrente da influ-

encia torna-se agora irresistivel. Os grcgos encontram-se em cadacasa como mesires, como leitores, como secretarios ou como compa-iiiieiros >' e vida, que su csforcavam por granjear a benevolencia dossous patrocs, para conseguir certa comoclidade e fartura no viver;

de ai o nomc cie Grego « Graeculus » foi usado como termo de des-

prezo.

Aos poucos tornou-se o costume dos jovens romanos, passar-ccrto tempo em Atenas, Roc'es, Mitilena, para estudar retorica

•i c filosofia.

'

jGrande quantidade de obras literarias gregas, como tambem

jde obras de arte, fora ja introduzida na Italia, depois da submissao

;| da Grecia, e quando Atenas foi tomada por Sila em 86, a preciosa

biblioteca de Apeiico, contendo a colecao completa 'das obrasaristotelicas, foi transportada para Roma,

m

Page 478: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

478

Mas tambem, entao, como precedentemente, os Romansnaoescolheram para imitar os grandes modelos antigos, estanrlnrascmados peia producao literaria mais recente. Assim, os oradoresnao tomaram por guia Demostenes, mas os retoricos da Asia Menoros poetas segmram os Alexandrines em vez de os modelos classico,porque se deixavam atrair pelas finuras da lingua e do estilo

A) itadhura ie icero.

tornou-se intano de Pompeu, c!e Atico, de Cicero, obteve o tribunatoe curul, e a pretura. Serviu como legado sob o

urante as duas_ guerras contra os piralas

Sila ao consulaclo-63 a. C.)

A° mais importante e fecunclo escritor deste tempo e MTerencio Varkao Reatxno, nascido em Rieti, na Sabina, no anolib de antiga ramilia senat6ria, mas educado em Roma na escolade L. Relio Preconino Estilao. Sendo do partido clos otimatPs

da plebe, a ediliclad

comando de Pce contra Mitridates, na primeira das quais~se distingukTao^Dontod^ser condecoraao por Pompeu com a « corona navalis » Em''49 a Cmihtou na Espanha com Afranio e Petreio, lugares-tenentes ' deiompeu, mas quando uma das legioes se revoltou, ele se entreeoua Cesar e pelo seu grande saber foi posto a frente da biblioteca pubr-ca, que uistamcnte entao era instituida em Roma. Desde esta epocanao tomou mais parte ativa na vicla publica. M. AntSnio que lbeanna conhscado parte das propriedades foi por Cesar obrigadoa lnas restitmr; mars tarda as retomou e fez inserir na lista dos pros-cntos o nome de Varrao que teve salva a vicla, mas perdeu muitode sua rica biblioteca e de suas vastissimas propriedades. Viveurefarado os ultrmos anos, dedicando-se inteiramente as pesquisasiiteranas, ate 27 ^a. C, quando morreu quase nonagenario. Varraoueve urn pmkdo sentimento da patria, integridade de carater e feztoQO o possivel para preservar o espirifo nacional.

4

.Como escritor foi de uma fecundidade maravilhosa, tendoiracado cie argumentos os mais variados. De suas 74 obras, em 620uvros, os que iios podenam dar uma ideia exata do liomem e dos=>eas tempos, mrehzraente se perderam, e de muitas anenas os tituloscoxxliccemos. IJossuimos apenas 2, mas estas tambem apresentamnumas lacunas e rauiiiaeoes.

_ ^

As obras poeticas foram quase toclas compostas na juven-mde; poaem-se mencionar bs pseudo-iragiditu, em 6 livros, e as sdtlras.iimipeias, mujto mordaaes, em 150 livros, escritos em nrosa eparte em verso, e assun mhtuladospor serem uma imitacSo do clnicogrego Lienipo; tambem 4 livros de sdtlras a maneirk de LuclUo.As ooras em prosa abrangem todos os ramos do saber e podem seroivicliaas em auas grandes categorias: 1\, de hlstorla e de antlguidades;i ., de literature, e de hlstorla llterdrla.

, . ,

En%,

umf .com o titulo Disciplinarian librl IX; era uma

especie cie encyclopedia, o primciro trabalho de tal genero aparecidoenire os aomanos.

Page 479: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

479

As honras que ainda subsystem por inteiro ou parcialmentesao, pois:

1.°) De lingua lallna, escrita em 25 livros, dos quais restam,porem, incompletos, os livros do 5° ao 10°, tentem nao so o resultadodos estudos de Varrao sobre o material iinguistico arcaico, mas aindaas investigates dos autores.

2.°) Be re ru.rllca ou rerum rusticarum libri ires, conservadainteira, salvo uma lacuna no principio do 2° livro. O primeiro livrotrata de agricultura, o segundo da criacao do gado, o terceiro dospassaros e dos peixes. A obra tern a forma dialogica, e nos lernbra osescritos filosoficos de Cicero. O estiio e clcsordenado,. como tambemo do livro De lingua lalina.

3.°) Uma colecao de sentencas em numero de 160, intituladamais ccmumente Senientiae Varronis.

orador mais celebre entre os contemporaneos cle Cicero foi

Q. Hortensio Hortalo, nascido em 114 a.C.Dotado de extraordina-ria memoria, por isto, e pela elegancla da forma, foi consideradocomo orador principe, ate quando apareceu Cicero, oito anos mais;ovem, de quem ele reconheceu a superioridade. Pronunciou umnumero de oracoes sem conta, algumas das quais foram por elepublicadas.

Durante o primeiro periodo da vida de Cicero, nao se conne-cem escritores insignes, nem de historia nem de filosofia. Contudoentre aqueles que se entregaram aos estudos historicos, o mais co-nhecido e o amigo de Cicero, T. POiMPONio Atico, de familia equestre.Nao tomou parte ativa na vida publica e deixou, alem de brevissimahistoria de Roma com o titulo Aitnalij; uma narracao em gregosobre o consulado de Cicero.

mais eminente cultor da jurisprudencia foi, neste tempo,S. Sulpicio Rufo, que exercitou em tal genero de estudos uma influ-encia sentida por muitos seculos e teve por discipulo muito estimadoA. Ofilio'.

M. Tulio Cicero, nasceu em 106 a. C, em Arpino, defamilia equestre. Com o irmao Ouinto foi educado em Roma, ondena pnmelra adolescencia teve ocasiao de ouvir os mais ilustres ora-

fn rw Na idade de 17 anos cornecou i

nsulto, o insigne Q. Miicio Ctvola,

ire-

para

aores, retores

qu.er.vcar um habil juris

preparar-se a vida publica, e depois da- morte do augure, tomou-seassiduo do pontifice Q, Jlucio Ccvola. Alem do estudo das leis e daretorica atendeu ao da filosofia, e taivez as relacoes com o poetagrego Arqulas despertaram nele o sentido poetico. Aos 25 anos entrouno cerfcame oratorio defendendo P. Ouincio numa causa privada;aos 26 defendeu S. Roscio Amerino, acusado de parricidio. Todosos amigos o dissuadiam de assumir tal tarefa, temenclo o poderosissi-mo ditador L. Sila, de cuios favorites um estava implicado no pro-cess©, mas Cicero corajosamente aceitou a defesa e salvou o seaciiente. A oracao, embora apresente muitas imperfeicoes, 'e contudouma nobre prova de coragem civica. Em seguida viajou 3 anos na

Page 480: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

$

— 480

Grccia e na Asia Menor, talvez por motive de saude, mas procurand^em toaa a parte aumentar a Pr6pria cultura, ouvindo oradoresrecores e filosofos. Os estudos realizados por ele durante aauet'viagem exercitaram grande infiuencia sobre toda a sua carrriroracoria, pois ele soube unir a elegancia da eloquencia asiatica h soonedade e simplicidade dos oradores e filosofos atenienses

Depois de sua volta para Roma, foi eleito questor no

i'

n°f u %?" C ?m ^ ° ilCl° !

'°; ma «dado para a Sicflia; em 69td leito edil curu

, em 66 pretor urbano, em 63 obteve o consuladoa mais alta cugmdade a que o quis elevar a patria, embora fosse el*« homo novus ».

le

A repressaojda conjuracao de Catilina, tramada durantesen consu.ado, iorneceu aos adversaries pretexto eficaz para acus-i 1apor meio de P Clodio, em 58, e fazS-Io mandar para o exilio que2passou espeaalmente em Tessalonica. No ano seguinte, porem lheioi concedxdo voltar para a patria onde seus concidadaos o acolheramcom as maiores honras. Em 51 foi enviado como proconsul a administrar a provmcia de Cilicia, e quando voltou a Roma no ano seguingviu que estava immente a luta entre Cesar e Pompeu. Depois de terem vao aconselhado a paz, alcancou Pompeu em Dirraquio ondepermaneceu enquanto se combatia a batailia decisiva de" ^arsaliaem 48; d ai passou para Brindes a espera de Cesar vencedor, confiandome iosse permitido entrar de novo em Roma. Alcancada tal permissaopos-se a levar vida pnvada, empregando os anos 46 e 45 em escrevermmtas e vanadas obras, com atividade realmente maravilhosa'U assassmio de Cesar, em 44, arrastou de novo Cicero a vida publica'

buas investidas contra Antonio nas oracoes, ditas « filiPicas » atrairam-me 6dio implacavel do triunviro/ que em 43 man-dou colocar o nome dele nas listas de proscricao. Foi morto a 7 dedezembro daquele ano.

,~ ,

Poucos homens foram como Cicero, de um modo estranhotao louvados e censurados; pois, enquanto alguns criticos recentesparecemconiprazer-se em negar-llie todo o merecimento, salvo o domagisteno da lingua, os criticos passados, alraidos pelas belezase peias gracas ao seu*est;io,jp colocaram acima de Platao e de D-mos-tenes,

t^ Cicero era por natureza clotaclo de grancles e variadas

apuaoes que soube cultivar com admiravel constancia. Ele mirousempre o bom e o honesto, e tern certamentc direito ao nosso res-peuo e admiracao, tanto mais se o compararmos com a maior partedos nomens do seu tempo, que a outra cousa nao aspiravarn senaoa salislazer ao amor proprio e ao desejo de acumular tesouros. Masera tambem oc indole excessivamente sensivel e sentia-se profunda-mente olcndido quando encontrava o obstaculo da oposicao imere-cida e oa ingrahdao. Por isto nao podia ser justamente um grandetiomem de estado, nao tendo suficiente conhecimento de si mesmo,para mostrar-se sagaz, nem suficiente flexibilidade para agir deconiormidade com a sua propria indole.

Ill

Page 481: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 481 —

Todavia, se nao podemos considera-lo como urn forte

-| caracter, devemos tambem admitir que muitas circunstancias_ e

4 muitas razoes concorreram para faze-lo julgar com benevolencia.

?| Possuia a maravilhosa faculdadecle reproduzir em lin-

$ guagem facil e ornada tudo o que aprendia, de modo que pode

enriquecer a literatura latina de muitas novas formas, e tornar-se

o criador da prosa, a qual em beleza e correcao nao foi mais superada.

Teve o talento do verdadeiro orador e a este genero literario per-

tencem suas melhores producoes. Alem disto o absoluto dominio

da lingua, a forca da memoria, a voz sonora, a expressao nobre lhc

granjearam reputacao de orador grandissimo, apenas segundo

a Demostenes. As suas obras devem assim classificar-se:

"^j a) ORAQOES

s. Possuimos 57 e alguns fragmentos de mais umas 20. Restam

I as seguintes, dispostas em ordem cronologica:

•? 1.°) Pro Quinctio, 2.° Pro S. Roscio Arnerino, 3.°) Pro Q.

ij Roscio Comoedo, 4°) Pro M. Tullio,_ 5.°) Divinatio in Caecilium,

3 6.°- 11.° seis oracoes in Verrem, divididas em duas action.es; destas

I a primeira e como uma introducao a acusacao; a actio secunda contem

-i! cinco oracoes escritas mas nao pronunciadas, isto_ e, <sfe praetura

';• urbana, de jurisdictions sicitiensi, de jrumento, de signis, de suppli-

J ciis;7 i2.°) Pro L. Fonteio, 13.° Pro Caecina, 14.° de imperto

3 Pompei, {Pro Lege Manilid), em defesa da proposta de lei feita pelo*

tribuno Manilio, para que o comando da guerra mitridatica fosse

i conferido a Pompeu; 15.°) Pro A. Cluentio, 16."-18.°) tres oracoes

% de lege agraria;. _ .

a i9.o) pro C. Rabirio, 20.°-23.°) quatro oracoes in L. Lati-

'1 linatn, das quais a primeira foi pronunciada no senado, a segunda no•*

dia seguinte diante do povo, para irnforma-lo da partida improvisa

•fde Catilina, a terceira e dirigida ao povo sobre a captura dos con-

I jurados, a quarta, recitada no senado a 5 de dezembro, trata da

S oena a infligir-se a estes; 24.°) Pro L. Murena, 2.5.°) Pro P. CorneLo

X "Silla, 26.°) Pro Archia, acusado de ter usurpado a cidadania romana;

-t 27.°) Pro L. Valerio Flacco, 28.°)31.°) quatro post reditum, com a pri-

; - meira das quais Cicero agradece ao senado, com a segunda ao povo"

por ter sido chamado do exilio, com a terceira {pro domo sua),-'"

reivindica a posse de sua casa, coin a quarta retoma a questao ja

tratada na precedente;

32.°) Pro P. Seslio, 33.°) in. P. Vatinium, 34.°) Pro M.

Caelio, 35.°) De propinciis consularibus, 36.°) Pro L. Cornelia Balbo,

37.°) in L. Pisonem, 38.°) Pro Cn. Plancio, 39.° Pro C. Rabirio Pos-

tuino, 40.°) Pro T. Annio Milone, assassino de Clodio, 41°) Pro M.

Marcello, 42.°) Pro Q. Ligario, 43.°) Pro rege Deiotaro, 44.°-57.°) qua-

torze orationes PhUippicae contra M. Antonio, pronunciadas nos

anos 44 e 43 no senado e diante do povo.

Page 482: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

:!

.

— 482 —

b) OBRAS RET6RICASRestam-nos as seguintes, ordenadas cronolosicamer^

e na major parte em forma de dialogo:«noio&icamente,

1.°) Rhciorlca ou afe itwentione, em 2 livros-

c„l

2i

0)^1 °ra

f°re

' T 3 livros'dos

"3uais ° Primeiro cliscute'

sobre a educacao do orador, o segundo diz respeito ao modo £tratar os varies argumentos; o terceiro considera a forma da ora^e o modo de pronuucia-Ia.°racao

romana; ^ ^"^ °U ^ ''^ °ratorlbu*> hIst6«* da oratoria

4.o)

grafor ad M. Brutum, o ideal do orador;'

/{ Parldl0nes oratoriae ou de partitione oratoria'

do mesmo nofef^ ^ ^'^^ eXP°Sl9SO ^ °W ^^ca,1 -j

]-°)De optimo gcnere oralorum, introducao a ore-o^s triduzidas de Dem6stenes, de Esquines e de outros.'

c) OBRAS FILOSQFJCAS('qUaSe todas em forma dialogic?)

4 d / rfPLlbUca'era de 6 livros mas se coaservou aoen-«urn terco. Parte do sexto Iivro, isto e, o.chamado .W^ Sctb««•, cliegou-nos por meio de Macr6bio; toclo o resto e cK-ido \descoberta leita pelo cardial Angelo Mai em 1822;

'

2°) #e %^, em 6 livros; dos quais apenas os 3 primeiro*e nao sem lacunas, chegaram ate nos;" U0"

sofia estoica;^^^'eXpKca?ao ret6rica de 6 sentences de filo

filha Tdlt?Co 'U0lalio °U de luct0 ^nuendo, escrita pela morte da

5.°) Hortensius, ou de phibsophia;6.°) Dejinibuj- bonorum et malorum, em 5 livros-

mas rJ^t^T'^^^ em 2 6 d<*°» «" 4 «vros,

8.°) Tu-sculanae disputationes, em 5 livros;

^ Ti"meus

>traduSao do dialogo hom&iumo d- PK-kr

lo.°J /,« naiura deorum, cm 3 livros;11.°) Cato major ou r/e JWerf«&, dedicada a Atico;

obra <fc ;^ra d:onZWne

'"*^ "^ de C°^ie—fo a

I^>.°) De Jab, num so Iivro;14.") Zae//W .j- ou ^ amiciiia, dedicada a Atico

lo.») Z>e o/y/c«>, em 3 livros;por hm as segmntes, boje perdidas:

16.") Be gloria, em 2 livros;17.°) Z>e virtuiibus, quase suplemento a Z>e o///«Y,r-

f,antraaucao do Econdmico de Xenoforte e do

19.°) Protagoras, de Platao;20.° De auguriis, em ojpartes.

Page 483: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

483 —d) OBRAS HISTORICAL

(perdidas ou de que restam . raros fragmentos)Foram comecados o Commentarius consulatus sui, escrito

antes em grego, Anecdota e Miranda,

e) CORRESPONDENCE EPISTOLARDurante o periodo mais importante de sua vida, Cicero

teve uma ativa correspondencia com Atico, e com uma longa fileirade amigos politicos e literarios. E uma fonte inexaurivel de infor-macoes sobre a historia do tempo, e, em mnitas cartas enviadas aosmais intimos, Cicero abre sem reservas sua alma. Restam 5 colecoesdas cartas:

1.°) Ad Atticum, em 16 livros, que abrangem o periodode 68 a 43.

2°) Ad Famitiares, em 16 livros, de 63 a 43.

3.°) Ad Oulnlum Fratrem, em 3 livros, de 60 a 54.4.°) Alem disso a correspondencia entre Cicero e M, Bruto,

em 2 livros.

f) OBRAS POETICAS

Parece que Cicero terma^ adquirido certo gosto poetico,estudando sob a direcao do poeta Arquias. Suas tentativas, porem,ncste campo, nao passaram de exercicios juvenis de versificacao,na qual teve facilidade pouco comum.

Conliecem-se entre outros os seguintes poemas epicos, deque possuimos poucos fragmentos:

De meo consulatu, em 3 livros, De meis iemporibus, tambemem 3 livros, alem da traducao dos Phoenomena de Arato.

Resta-nos falar de Ouinto, irmao de Cicero, mais jovemdo que ele, e de Tirao, seu Iiberto, ambos de certo talento literario.

O. Tulio Cicero, nascido em 102, foi legado de Pompeu naSardenha, de Cesar na Galia, na Bretanha, e de seu irmao na Cilicia.

Escreveu uma obra historica Annates e muitas tragedias, traducoes,talvez, do grego. Nad a, porem, ou muito pouco resta.

Como tambem de M. Tulio Tirao, Iiberto e amigo deCicero, que a este sobreviveu muitos anos e mostrou seu afeto pelogrande orador, escrevendo-IKe a biografia em 4 livros, ao menos, epublicando-llie as cartas. Compos, alem disso, outras obras originais,e conquistou grande fama pela invencao de uma especie de esteno-grafia, conliecidafpela denominacao de Notae Tironianae.

Decimo Laberio, cavaleiro romano, nascido em 105, fez

dos memos um genero de literatura comica, unindo todas as formasantigas de comedias, a grega, paliata, a romana togata, e as licenciosasatelanas. Conhecemos titulos e possuimos fragmentos de tais mimos,cujo sujeito era tornado da vida comum, e a Iinguagem era a vulgar,da plebc, embora Laberio tivesse adquirido na Grecia uma fina

cultura.

Page 484: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

C. Melisso, de Espoleto, teniou a antiga comedia togata referindo-se a ordem dos cavaleiros, e chamando-a irabeata, por causa de suaveste (trabes).

Publilio SlRO, liberto de origem siriaca, distinguishcomo escritor de mimos, e no ano 45 venceu com estes todos oscompetidores, inclusive Liberie Os seus mimos eram celebrados pelanqueza de maximas formosas: perderam-se todos, mas resta umacolecao de sentenliae extraidas deles.

M. Furio Bibaculo, de Cremona, nascido em 103, aiemdo poema de bello galico, escreveu invetivas em versos jambicoespecialmente contra aqueles que estavam nas gracas dos governa'dores.

B) Do consulado de Cicero ate sua morte(63—43 a. C.)

A mais eminente figura depois de Cicero, e C. Julio Cesarfilho de C. Cesar, nascido a 12 de julho do ano 100.

Perdeu, aos 16 anos o pai, e sendo parente de Mariogrande adversano de Sila, esteve em perigo de vida. Em 75 foi aKodes, aperfeicoar-se na oratoria, sob Apolonio Molao; em 67obteve a questura naEspanha ulterior, 2 anos mais tarde,a edilidadee em 63 o pontificado maximo. Foi eleito consul em 59, apos terconcluido o triunvirato com Pompeu e Crasso e consumido todos osseus bens para por-se a frente do partido popular.

Entre 58 e 50 teve, como proconsul, a administracao daUaha que submeteu completamente, granjeando ao mesmo tempoo aieto do exercito: com este atingiu o sumo poder do estado, do qualse tornou senhor absoluto com o oficio de ditador; mas uma terrivelcon;uracao tramada contra ele, Ihe tirou a vida no Senado a 15 d-*margo do ano 44.

Julio Cesar e um dos maiores homens lembrados na historiagrande nao so como general, mas outrossim como orador e comoestadista. Como orador foi inferior a Cicero, contudo ele so se valeudesta faculdade para alcancar seus fins politicos. Acesar da extensaodas empresas a que pos mao, encontrou ainda tempo para ocupa-see escrever sobre argumentos gramaticais e astronomicos.

^De suas oragoes, apenas restam fragmentos, como tambem

da oora De analogic-, em 2 livros, escrita durante seu proconsuladona Gaiia e aecucacta a Cicero, e do De astru, ao qual ele muitasvezes se reporta.

_

Quando da morte de Catao Uticense, Cicero Hie publicouo eiogio, mas Cesar me oP6s 2 livros, que nao possuimos mais, inti-tuiados Anhcatones. Nao resta igualmente o poemeto descritivoIter, composto enquanto se dirigia a combater os Pompeanos naiispanha.. i:

Rcstam-nos pelo contrario inteiros:1.°) Commenlaril de bello galllco, em 7 livros, contendo a

lustona dos pnmeiros sete anos da guerra galica, no fim da qua),

Page 485: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 485 —

em 51, foram publicados. Sao uma especie de memorial, nao se

podendo chamar verdadeira historia, diligentemente composta; mas,apesar de ser a forma simples e isenta de qualquer artificio, cadaexpressao e cuidadosamente ponderada. O autor, sem jamais adulterar

os fatos, os dispoe de modo a serem vistos sempre sob um aspectoprovavel, e, onde tal nao c possivel, passa alem.

2.°) Commentarii de betlo civ'di, em 3 livros, inspirados nomesmo principio. Contcem a narracao da guerra civil entre Cesar e

Pompeu, ate a guerra alexandrina.

Morto Cesar, os amigos puseram-se a narrar os fatos deque ele nao deixara nenhuma lembranca: os relativos ao ultimo

ano do seu governo nas Galias, as 3 guerras: Alexandrina, Africana

e Iiispanica. Daquele e da guerra alexandrina, a narracao e devida a

um homem culto, A. Ircio, amigo e legado de Cesar, de quem tentou

e conseguiu imitar bastante o estilo.

As historias De hello Ajricano e De bello Hispanico, queforani por muito tempo atribuidas a C. Opio, nao podem ter saido

da mesma pena. Nao e improvavel tenham sido esbocadas a pedido

de Ircio, por algum oficial de grau inferior, que em tais guerras

tinha tornado parte, e de tal material se tenha servido depois o

proprio Ircio.

Cornelio Nepos, oriundo da Italia "superior, viveu emintimidade com Cicero, Atico e Catulo; nasceu provavelmente

pelo ano 94 e morreu durante o governo de Augusto, mais ou menosem 24 a. C. Dele nao conliecemos outros particulares, a nao o de

ter perdido em 44 um filho, ainda crianca. Intelectualmente inferior

aos seus grandes contemporaneos, sabe-se que compos carm.es ero-

ticos, uma chronica, exempla, a vida de Catao, de Cicero, e tambemuma obra historica, em 16 livros, de que subsiste apenas um, conlie-

cido comumente sob o titulo Vitae excellentium imperatorum. Saobiografias de capitaes gregos, breves tracos dos reis persas, mace-donios, de liamiicar, Anibal, Catao, e com alguns particulares,

a vida de Atico. A obra, julgando do que iDossuimos, nao corresponde

a um piano preestabeleciclo, mas parece feita as pressas, e escrita

com pouca preparacao. autor gosta de narrar o que e apenas.

anedotico, em vez do que tem real importancia historica.

P. Nigidio Figulo, nasceu em 90 a. C, pretor em 58, foi,

conio partidario ardente de Pompeu, exilado por Cesar, e morreu

em 45. Em filosofia seguiu a escola pitagorica e era reputado !i.omem

de grande saber. As obras de que sc possuem fragmentos sao:

Commenlarii graminalici, talvez em 30 livros, que tratavam

de questoes gramaticais.

De exits, sobre o significado das visceras nos sacrificios.

De diis, em, ao menos, 19 livros, de ventis, etc.

Por primeiro escreveu sobre zoologia e ciencias fisicas.

De gramatica e de poetica, ocupou-se tambem Valerio

Catao, que e tambem autor dos carmes eroticos e mitologios Lidia,

Diana, e talvez das agressivas Dirae.

Page 486: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

486

T. Lucrecio Caro. As unicas noticias que dele temos sao— que nasceu em 95 e foi por uma pogao amorosa reduzido a loucura'

que compos o sen grande poema durante algum intervalo de tocicW'se smcidou aos 44 anos, em 51. Ele mesmo declara ter nascido enRoma, mas nao se sabe onde recebeu a educacao que Hie fez concebp*tamanho entusiasmo pela filosofia epicuristica, exposta depois nopo„

l

ma. JJiz-se. que Cicero corngiu este poema, mas se isto fosse verdariVCicero nao tena aeixado de fazer mencao, ao Dasso que rararwlmenciona a Lucrecio, e ernbora admitindo que e homem de tal" nV,o juiga de culiura artistica deficiente.

"

Lucrecio escreveu apenas o poema didascalico De rerunf

ifiU ''.a

'^ , Ht ?'cIle

S'ados completes ate n6s e dedicados a CMemo Cremelo. Nele expoe as teorias de Epicure, sobre a natureza'sobre a psicologia, sobre a etica, com muiio maior exatidao do queo hzeram outros escritores; o escopo do poema e ate o de convene-.-os feitores da verdade das doutrinas epicureias e assim, bbertadosdo temor absurdo dos deuses e da morte. A materia do poema etomada de Epicure, mas no desenvolve-Ia, Lucrecio segue a Emoedocks e, na forma, os Anais de Enio. O estiio e a lingua sao um tantocia idaae arcaica, talvez porque o modo de escrever da sua idade Iheparecia pouco adatado ao sujeito. Apesar da aridez do argumentooengenho poetico de Lucrecio soube traia-lo com o interesse maisvivo, ao ponto de nao so deixar uma profunda impressao nos -ontemporaneos, mas tambem exercer grande influencia sobre os poetasda geracao seguinte. Assim, diz-se que Vergilio tomou frases e ateversos mteiros, e Horacio mostra em muitos pontes a grande familia-ndade com a obr'a de Lucrecio.

C. Salustio Crispo, nascido em Amiterno, em 87 foitribune da plebe em 52, depois teve parte no Senado, do qua! 2 anosdepois ioi expuiso, por intrigas de partidos.

Cesar portanto, de quern Salustio era sequaz, contribuiiipara iazer elege-lo questor.

Em seguida obteve a pretura e/ sempre por obra de Cesaro proconsulado na Africa, onde se sabe que acumulou gi-r ,, ,

-™--., ^^ ov. cau^. yuc cieuinuiou grandes rique-zas. voltando para Roma adquiriu uma Vila perto de Tivol'i econstruiu ;arams esptendidos sobre o Ouirinal {Hortl SallusUalii)Depois da morte de Cesar, retirando-se a vida privada. ded^ou-s--todo a Iiteratura e a liistoria em particular: morreu c-n 35 O -n'-ln><-escntores que falam de Salustio salientam unanimente o coP<Ta°st-'entre os pnncipios expostos em suas obras e a vida levada por de.

l.°)_Ve Catdinae conjurahone, e taivez a orii^eira por -Icescnta e publicada depois da morte de Cicero. Nela esforca-s- oautor para ser imparcial, mas nao consegue ocultar sua simoatiapor Uesar. -

_

2.°) Bellum Jugurthinum. Salustio pos-se a narrar esteacontecimento peios conbecimentos que tinba dos lugares, porem,mais porque me oterecia ocasiao de mostrar a imoralidack dos oti-mates, os quais desde a morte dos Gracos, tinliam alcancado o niaximo

Page 487: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 487 —grau demsolencia e de arrogancia. Este proposito manifesttse emloda a oora e com maior evidencia nas oracoes de Memio e de Mario-campeao da parte democratica. Trata-se, enfim, de uma bela eimparc al monografia, composta com grande diligencia, pois anarracao e compieta o estilo mais fluente e elegante do que na« Conjuracao de Catilina ».

3.°) Historiae. Comecavam de 78, ano da morte de Sila eloram contmuadas ate 67; parece que fossern em 5 Iivros, mas apenaspossuimos iragrnentos, isto e, 4 oracoes (de Lepido, L. Filipe C-ota, U Macrao) e 2 cartas (uma de Pompeu, e outra de Mitridates).'

r,n hrRestam

.

2 outras cartas dirigidas a Cesar, de ordinandaicpublica, que pelo conteudo nao se pode classificar de Salustio aquern to ram atribuidas.

Salustio tomou por modelo a TWdides, e, como ele, escreveusobre iatos de seu tempo, pelo que havia perigo se deixasse arrastarpor vistas e sentimentos pessoais. Convem contudo reconhecerem geral, soube manter-se afastado da injusta parcialidade.Foi de fate o primeiro a tratar a liist6ria como genero dearte hteraria, e, sem adotar o estilo corrente, formou para si umpropno,segumdo o modo de escrever de Catao Censor, de prefere-nciaao dos contemporaneos; de ai o colorido arcaico que carateriza

suas obras.

Q. Helio Tuberao, adquiriu maior fama como historiadorque como orador. Uma obra sua intitulada Historiae, em 14 Iivrosno mmimo, conservada em fragmentos, extende-se dos tempos maisantigos ate o nm das guerras civis entre Cesar e Pompeu.Entrf os poeias desta epoca, os quais se conservaram afas-

tados aa policica parfadana, ou ao menos disto nao deixaram tracosno que aeies nos resta, merece nota:

i/.?" x

T?R^?,

10 Varrao ' Atacino, assim chamado peloiugar (Atax) da ^aha meridional onde nasceu e provavelmentemorreu. E autor do poema de Bella Sequanico, de uma traducaohvredo « Argonauhca » de Apolonio RSdio, e anda de sdtiras, queno Qizer de Horacio, nao obtiveram grande favor.

.

N° niimero dos opositores de Cesar alguns conseguimmreal import ancia hteraria.

_

O mais insigne foi talvez M. Junio Bruto, um dos assassinosdo munviro, que obteve grande reputacao pela liabiiidade orat6riae como autor de alguns escritos filosoficos De Virtude, De patlentla.

Seguidor de identicas idcias politicas era:

„ ' 4 j

C™ELrV? 9 I

,

NA '

T

am,

iS° de C?-tulo, que parece ter morridoentre 44 e 39. Dele e lembrado um pocma epico intitulado Smyrna.

Muito molhor pooia foi C. Lici'nio Calvo, nascido emo2 e mono antes de 47 a. C. Filho do anallsta Licinio Macrao mere-ceu a esuma de Cicero pcla facilidade na orat6ria, que, se tivessevivido mmto, ine term alcancado um posto eminente entre os grandes

Page 488: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 488 -—

romanos. Em poesia procurou conciliar a excelencia da forma dosAlexandrinos com a paixao e veemencia de Catulo, com quern separece sob varios aspectos.

O maior Iirico deste periodo e de toda a literatura latina eValerio Catulo.

Nasceu em Verona em 87 e morreu com pouco mais de 30anos. Tendo recebido a educacao literaria em Roma, tornou-se ultimode Cicero, Cornelio Nepos e outros, mas nao tomou parte nos ne°o-cios politicos, embora possuisse uma discreta fortuna. (Alem da vilade familia na peninsula Sirmiao, sobrc o lago de Garda, possuiaoutra perto de Tivoli).

Amou, chamando-a Lesbia, uma mulher cujo nome ver-dadelro era Clodia, irma do famigerado Clodio, a. qual dirigiu ascomposicoes poeticas mais quentes e apaixonadas, ate que compreen-deu que o seu ideal de amor era urn ser viiuperavel. Parece quea principio nutria rancores contra Cesar, amigo de seu pai; mais tarde,porem, tambem ele cultivou essa amizade. Possuimos 116 composi-coes de Catulo, nas primeiras das quais, especialmente no poemetode natureza epica para as nupcias de Peleu e TetU, seguiu o exemplodos Alexandrinos; depois a multiplice experiencia da vida e amorpor Lesbia desenvolveram nele a genialidade do pensamento que semanifestou em forma diferente ao tratar os mais variados argumentos.Ele nao viveu bastante para atingir a perfeicao maxima, e revelaimpeto e entusiasmo juvenil, tanto no amor como no odio; mas soubeexprimir com simplicidade e expontaneidade de linguagem os sen-timenios mais profundos e delicados; dando as suas Iiricas uma fas-

cinacao que nao se encontra em outros poetas.Por todo este periodo, enquanto o estado se achava divi-

dido em dois campos hostis, os partidos nao se agrediam com pu-blicas arengas, mas ainda com um genero de composicoes politicasem que os escritores davam livre curso as suas ideias. Fomecia pcasiaopropicia a tais declaracoes o uso de se pronunciarem discursos (lau-.

dahones) nos funerais e de publica-ios. Assim quanclo Catao Uti-cense se suicidou para nao viver sob o regime monarquico, muitasiaudationes loram publicadas por Cicero, M. Bruto e outros; da mesmaforma, a morte ele Cesar proporcionou aos amigos a oportunidadepara exaltar-lhe a politica.

Um ramo especial ele literatura, comparavel aos nossosjor-nais, come con a ser cultivado em 59, quando, por proposta de J.Cesar, o senado decretou que todas as suas deliberacoes {acta se.na-

hi.r) e aquclas tomadas pelo povo (populi acta diurnd) fossern publi-cadas. As primeiras continuaram a ser escritas ate a idade mais a^'an-

cacia do imperio; foi-lhes so proibida a publicacao por Augusto.Os acta popult diuma eram ditos mais simplesmente acta dlurna,acta urbana, acta urbir, diuma (de ai jornal), ou simplesmente acta.

Esta instiluicao que, como dissemos, contunuou por largotempo, era de grande utilidade para aqueles romanos que, vivendofora da cidade se interessavam por quanto ai se fizesse. As acta

Page 489: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

a

•i eram publicadas sob direcao oficial e numerosos escrivaes eramencarregados de tirar c6pias a serem. enviadas as varias partes do• / - .

• i-ict-victo cio vctticto pell t-CS UOimpeno e a serem deposrfadas no arquivo (tabu fare urn). Nao possui-mos iragmentos genumos senao dos acta senatu-s.

C) Da morte de Cicero k morte de Augusto.(43 a.. C. — 14 .p. C.)

A j 4 Pf^^^republica para o regime monarquico,realizadadepcus da batalha de Ado, exerceu grande influencia sobre a literaturae sobre toda a vida politica e social dos Romanes. A liberdade des-apareceu e aqueles que experimentaram fazer valer no senadoou no .oro os antigos direitos, correram perigo de exilio ou de mortee loram considerados pela maioria dos cidadaos como utopistas.

A literatura que costumava ser uma distracao para o espiritodos homens que tinbam consagrado suas energias a vida publicatornava-se agora urn artificio. O favor gozado pela poesia na classemais alta da sociedade romana gera urn verdadeiro exercito de poetase poetastros; o mesmo se pode dizer da fiiosofia. Os espiritos nobresprocuravam um confer to na doutrina dos estoicos, enquanto osdemais segmam, mas deformadas, as leorias de Epicuro que pare-c.am oierecer, como maior bem, uma vida de prazeres e de apzosA prosa ktma, apos ter conseguido a perfeicao com Cicero, poucoa pouco vaj degenerando numa forma de declamacao reiorica.

_

Entre os represeniantes da literatura neste psriodo abmnsque assistiram a ruins da Republica, mostram nos seus escritos umsentimento de tristeza pela liberdade perdida, outros, nascidos iasob- a nova rorma de governo, gozam sem saudades a paz e pros-pendade de que e ela portadora.

.^ _Augusto. Alem de ter sido urn orador excelente por ele-

gancia, clareza e conclslo, ocupou-se da poesia. Escreveu um ooemaem nexametros mtitulado Slcilla e uma colecao de epigrams. Ma. .

as obras mais unpoi-tantes foram por eie escritas em prosa, e consistedem o hvros (yohunuia): o primeiro, das disposicoes dadas para o seuiimerai; o segundo, relative as suas empresas (Index rerun a ,e aesla-rum},

ao qual fo.i encontrada em 1544 uma traduoao em areP-o-o erceno contem, entre outras cousas, uma estatistica dos homensaptos para as armas, o montar do tesouro publico, etc.

C Cilnio Mecenas, conseliieiro de Augusto, caio nomepor antonomasia, veio a significar protetor das letras, nasceu emoy a. C.. e morreu no ano 8 a. C.

^Augusto servia-se dele frequentemente para as missoesdiplomatic^,- quando era necessaria a acao conciliative de um in-termedia™, pois Mecenas foi homem de exquisita gentileza e incli-nado a paz; nunca tomou parte ativa nos negocios oublicos, e sualama e cievida mais a sua intimidade com Augusto e com os maiore*poetas da epoca, que aos seus meritos literarios.

Gramatica Latina, 32

Page 490: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 490 —

M. Vipsanio Agripa, nasceu em 63 a. C. e foi, desdea juventude, amigo de Augusto, cuja filha desposou. Habilissiniogeneral, tanto de terra como de mar, dirigiu a medicao geral dasterras do imperio e morreu em 13 a. C; tinha escrito os comentdrlosda distribuicao das aguas em Roma e a propria biografia, em 2livros, ao menos.

AsiNio Poliao, defensor de Cesar durante as guerrascivis, depois da morte deste ultimo, uniu-se a Antonio. Era consulem 40, mas, caindo Antonio, sendo urn espirito por demais indepen-dente para aproximar-se de Augusto, retirou-se da vida publicaentregando-se todo as letras c a oratoria (na qual seguiu o « genu'smedium », isto e, o rodio, entre o asiatico; e o atico), e morreuem 5 p. C, numa vila perto de Tusculo.

Compos: 1.°) Tragedian que foram consideradas dienase boiocles.

2.°) Historiae, sua obra maior, que narrava em 3 livrosas guerras civis, desde o primeiro triunvirato a batalha de Filipos.

3.°) Oracoes, de carater judiciario e politico. Sobre seuvalor como orador discutiu mais tarde o filho AsiNlO Galo em Decomparatione patris et Ciceronis.

4.°) Crlticlsmo. Recorda-se deste escrito um trecho em queo autor censura a Salustio e acusa Livio de « patavinitas ».

Instituira em Roma uma biblioteca publica, sob cujomodelo Augusto fundou duas, uma dita Otaviana pelo portico deOtavio, a outra, palatina, anexa ao templo de Apolo sobre o Pala-tino.

_M. Valerio Messala Corvino, nasceu no ano 58, e, em-bora estivesse ausente de Roma quando Cesar foi morto, tambemo seu nome foi posto na lista de proscricao do ano 43. Apos a batalhade Filipos aproximou-se de Antonio, em seguida passou-se para Au-gusto que o recebeu com benevolencia, e Ihe obteve o consulado em31, em substituicao a Antonio. Foi celebrado como orador, composbucolieas do genero vergiliano, e escreveu sobre assuntos gramaticais.

L. Vamo Rufo, verdadeiro poeta, admirador de Cesare^de Augusto, e autor de poemas epicos sobre a morte de Cesar(de morte Caesaris), sobre as empresas de Augusto e de Agripa, comotambem de uma tragedia Tteste. Apresentou Horacio a Mecenas,e publicou com Tuca a Eneida de Vergilio.

De Emilio Macrao, de Verona, amigo tambem elc tie

^ergilio, conhecemos os titulos de alguns poemas didascalicos,Orndhogoma, Thcrriaca, Be herbis.

Desse mesmo tempo e conhecido Rabirio, por causa deum poema epico sobre as lutas civis entre Otaviano e Antonio,que tiveram epilogo na batalha de Acio.

P. Vergilio Marao nasceu em Andes, vila perto deMantua, a 15 de outubro do ano 70. Recebeu a primeira educacaocm Cremona, e recebida a toga viril, passou para Milao, depois paraRoma e Napoles, onde foi instruido no grego por Partenio. Tendo-se

Page 491: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 491 —

dedicado intelramente aos estudos de filosofia, junto com Vario,aplicou-se ao epicurisrao sob Siro, embora o sistema epicureu naoo atraisse muito, e preferisse a doutrina de Platao e dos estoicos.

Um dos seus primeiros ensaios poeticos desse tempo foi, sem duvida,o Culex. •>•

Morto Cesar, voltou a terra natal, e no sossego da vidacampestrc, concebeu o designio de imitar os idilios de Teocrito; nomeio, porem, dessas tranquiSas ocupacoes, foi molestado pelas

conscquencias da gnerra civil. Com el'eito, depois da batalha deFilipos (42 a. C). querendo Otavia.no compensar os seus veteranoscom entrega de terrenos, fez ocupar uma grande porcao de territorio,

na regiao de Mantua, que nao o tinha sustentado durante a guerra.

Em tal circunstancia, Vergilio perdeu sua pequena herdade; quei

xando-se desse tratamento, rehouve os poucos bens, por intercessao

de Asinio Poliao, governador da Galia transpadana, e exprimiu suagratidao a Augusto com a primeira egloga.

Novas perturbacoes, porem, surgiram por causa da guerrade Perusa, e Vergilio correu novo perigo de ser despojado dos bens.

Foi entao forcado a ir a Roma, onde compos a nona egloga, e obtevea restituicao das terras, gracas a interposicao de Mecenas.

Desta epoca em diante parece que tenha vivido sernpre emRoma, entrando na intima anrzade de Mecenas, a quem apresentouHoracio; dois anos depois acompanhava a Mecenas na viagem a

Brindes.

Ja antes tinha determinado escrever as Georgicas, queterminou em Napoies no ano 30 a. C, depois de sete anos de trabalho.

Apos longa preparacao p6s-se a escrever a Eneida, no ano25, e em 23 pode ler a Augusto o 2.°, o 4.° e o 6.° livro.

Em 19 decidiu ir a Grecia e a Asia, e empregar tres anos narevisao e publicacao do poema. Mas tendo encontrado em Atenasa Augusto que voltava do Oriente, quis acompanha-io ate Roma;quando> durante a viagem por mar, se agravou o mal de que sofria e

morreu poucos dias depois da ciiegada a Brindes.

Pressentindo o seu fim, queria destruir a Eneida, por naoter podido reve-la completamente; mas, apesar desse desejo expli-

cito, Augusto nao permitiu a destruicao, e encarregou Vario e Tuca,amigos de Vergilio, de publicar o poema sera acrescimos e sem ai-

teracoes.

Vergilio manifestava a voutacle de ser ertterrado em Napoies,

onde ainda lioje se le o epitafio, a ele atribuido, sobre um tumuloque se presume ser o dele.

Era de estatura aita, dc aspecto um tanto rude, e de saudeprecaria. A nobre e tranquila suavidade difundida em todas as suas

obras e um reflexo da alma pura e serena do poeta; isto nos explica a

perfeicao alcancada por ele no idilio e na poesia sentimental em quedescreve o amor, a vida domestica e campestre.

Nao era por tempcramento apto para compqr um poemaepico, da grandeza da Eneida, a que pos mao somente por insistencia

LikS

Page 492: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

492

de Augusto; possuia, porem, a inteligencia e a arte de sunnY a A rcxencxa dos grandes dotes naturais^Aates dele os ^ZloJ^'consxderavam a veste de suas obras como cousa de imVorSTsecundaria; ao mv&, Vergflio, e mais tardetX fi^sideraram a poesia como arte que nao admite ofensanemTf*~

nem as

^s d , pJ ^^£--^ a eutoni

mooU'' S Ser7a^ dG model° a°S P°etas Posteriores, do mesrao

CWudo Ve TV-6 C ' Cr°

a°S eSC"toreS das ^ades seguTnSUMiiuao, Vergilio deixa a dese;ar quanta a originalidade ao?„?'cnanvo, ao trescor, e a simplicidade, c, seja qual for a dout n °f'arhhcxo usados cm sua obra principal nos sltiJos heqZZZltla ialta de veza poefaca e genuina. Escreveu-^entemente

trata r'

&^f' em 4 Iivros

' compostos entre 37 e 30. O primeirouata oa agncultura o segundo das arvores, o terceiro da Sfoao gadc, o quarto das abelhas. Nao se sabe se a obra £ Z Ta pedxdo de Mecenas, ou se foi eoncebida espo^atane^SgOio soube" r;ST

m' ^^^ d* e«dadedo argumen£, Ver!gilio soube traia-Io com calor e entusiasmo, que derivavam de «,»expenencxa pessoaU do grande amor pelo ^p o^ argument O

euVrn,s:dior

s

opraTte ensraar aa^-^s Q

°scus concidadaos a mteressar-se por ea o oue fml,, „ m ' •

vastadas e desoladas pela guerra civil

nao ter^Sd?;P°em

f T I2I"

7™5'Come?ado *° ano 30 e ainda-*io ternim^do, na morte do poeta, q«e nao teve o tempo de 'ims In

ce --i de F " •

t1

'

S°bre lurno'nS° Contem ° definitive esiabde-cci s. Qe fcieas ao Lacio, ou a sua morte,. que deviam evidentemen te

:azer_ parte do scyexto. Sste fora tratado antes por So e fet^sS"^ : P." -^.^o todos os etcritorerd: S^w£ d^S£T^ por fundir a

-

cren?a ds ^ue os Romanosfilho^ Ep?J w d

X V°ian0S

' ?M

,

!i£Mr gente ^Iia a JuWo,

par° a rlia d A , ^ estabeiec^o assim origem divina

oa i?T-nte t f » *?' P°I

iaft0 fadI a V«8iKo tirar disto

pmLI dfS I a?" de

^culdfde "iaiiva, suprir com o estudo

oi P"oXz dVa X ' antlgaS tFadi?5eS i£aKcas"Por esfe medo

cedenteleTeve i"Pnma

iTe "^ tod°S °S P°emas epicos pre-cedents, e ccvesempre cal iavor que nenhuma critica pode dimi-

metros- £^n ?T°™^^^ a °tavi°' em 4i2 hexa "

um pastox X;ndn .

COna ^ "m mOSquit° qUS punSe e desperta.

en^SrpJdtdoSLmola^S^ *» ^ ^^^

Page 493: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 493 ~Cirls, descreve em 540 hexametros a transformacao de

Uia pnncesa de Megara, no passaro Ciris, por ter atraicoado opai Niso.

Moreium, gracioso idflio, em 124 hexametros; encerra adescricao do campones que se levanta, prepara o pao, uma torta{moreium), e vai para o trabalho.

Copa (a estalajadeira), breve elegia em, forma e estilo intei-ramente vergilianos.

Caialecta, colecao de 12 poemetos em verso jambico e ele-giaco, sobre assuntos variados.

i

Q. Horacio Flaco. Nasceu em Venosa, a 8 de dezembroao ano 65 a. C, de pai liberto, possuidor de uma pequena lierclade.£01 levado para Roma e educado pelos melhores mestres (ele mesmorecorda o gramatico Orbilio). Em 45 foi a Atenas completar acultura sob os filosofos Teomnesio e Cratipo. Em 44, apos o assa-simo de Cesar, chegou a Atenas, Bruto que atraiu para a nropriacausa todos os jovens romanos que ai estavam estudando, e tarnbema liorado que o acompanhou na guerra com o grau de « iribunusnulitum. -k Em 42, apos a derrota dos republicanos em Fihoos,Horacio lugm com todos os outros, mas nao se uniu a nenlium par-tido.

Aproveitando-se da anistia, voltou a Roma, e quando,pela distnbuicao das terras aos verteranos, ficou privado de suaspropnedades, pediu e obteve o oficio de secretario, junto ao questor.A remuneracao mesquinha deste emprego, como ele mesmo afirmadetermmou sua carreira po^tica. Vergilio e Vario o apresentarama Mecenas, que no prmcipio de 38 o admitiu no circulo dos amigose o qmscomo companheiro em sua viagem a Brindes. Alguns anosdepois Horacio obteve de Mecenas uma vila perto de Tivoli, e como apoio, delete de Asmio Poliao tornou-se familiar de Augusto. Estedese;ava faze-lo seu secretario, mas Horacio recusou a oferta e assimnao perdeu a independencia pessoal. Sua amizade com Mecenasdurou ate o fim da vida do mum'fico protetor dos liters tos que aomorrer o recomendou com afeto a Augusto. Mas o poeta' worreuquase imediatamente depois, no ano 8 A. C, tao improvisamento queteve apenas o tempo para declarer que deixava tudo a Augusto.roi sepultado no Esquilmo, perto do tumulo de Mecenas.

Horacio era de estatura baixa, tinha os ollios e cabelos es-curos, e durante os ultimos anos esteve com frequencia adoentadoe as vezes hipocondrfaco. Nao se casou e nas saiiras nos informa sobreo seu modo de viaa. Ouanto ao carater, podemos resumi-lo dizendoque era homem conhecedor do mundo e da propria natureza e nao sedeixando nunca dommar pelo sentimento, soube constantementemanter aquela moderacao por ele expressa na frase « Nihil admirari ».

Amou a propria independencia e por isso nao se sentia a.gosto entre

Page 494: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

e

— 494 —

o tumulto da ciclade; evitou toda incumbencia oficial que pudesseobstacular-lhe a liberdade, e por isso mesmo preferiu o celibato aomatrimonio. A acusacao de imoralidade com frequencia levantadacontra ele nao e so a ele que se aplica mas ao tempo em que viveuNao foi nem heroi nem um gran.de homem, new. mesmo se preocunoupara ser tal. Nos primeiros anos seguiu a teoria filosofica de Epicuro;no ultimo pen'odo da vida inclinou-se para o estoicismo, o qual lheden a principio apenas argumento de riso e motcjo, e acabou pornao adotar nonhum dos dois sistemas.

Iniciou a carreira literaria coma escriior de satiras, masos acontecimentos politicos nuiito recentes e a parte que neles tomaraimpediram-ihe trata-los direiamente, por isso preferiu fixar-se emquestoes socials e literarias. As vezes desenvolve argumentos denatureza diferentes que na aparencia nenhuma relacao tern entre si;um exame mais atento, porem, demonstra que a cornposicao res-poncle a um desenho beni deiinido. Muitas das satiras do segundolivro estao escritas em forma dialogica e revclam uraa grande fi-neza artfstica superior a encontrada no primeiro.

Os epodos parecem ter sido escritos quase ao mesmo tempoque as satiras, as quais se aproximam peia juvenil veemencia e agres-siyidade; enquanto, porem, esses tem em mira ferir pessoaa, as satirasatmgem uma classe toda ou uma condicao de cidadaos.

lioracio adota nos epodos os metros liricos gregos, mostran-do-se livre imitador de Arquiloco; mais tarde, quando tinha adquiridomaior pericia tecnica resolveu tornar conhecida a seus concidadaosa metnca de Alceu e de Safo nas odes (Carmina); este proposito eleo realizou em 7 anos de trabalbo, que tiveram por fruto os primeirostres livros das odes. Nessas encontramos a mesma reflexao, o mesmocnticismo ja notado nas satiras, come tambem a intencao de censurarde varios modos a avareza, as extravagancias, a licenca desenfreadado tempo e vemos que o poeta goza moderadamente dos prazeres davida.^ O quarto livro das odes acrescentado mais tarde, e o maisperfeiio e mostra no poeta uma genialidade suma.De restoj toda a ati-viciade lirica de lioracio,. pode ser dividida em tres estadios: do exer-cicio sobre modelos gregos; da imitacao destes; do desenvolvimentooriginal dos argumentos tornados da vida qua o cerea, ou mesmo doseu modo de pensar e de sentir.

/ _

As epistolas cbamadas, por Horacio sermones, corno assatiras, sao semelhantes a essas na metrica (hexametros) e no nuraenaos livros (2), na substantia, na forma; pertencem, porem, a uma idaclemais madura, revelam maior seriedade e esmero no estilo e na vers;-hcacao, e contem o fruto de uma longa experiencia aciquirida corna calma e serena percepcao da vida. A mais longa e importante episto-la e a dirigida aos irmaos Pisoes e intitulada por Ouintiliano liberde arte poetica. Nek lioracio, sem pretender dar uma teoria compietada cornposicao poetica, discute um grande numero de questoeshtcranas, sobretudo em relacao ao drama.

1;Si

Page 495: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 495 —Domicio Marso, — outro amigo de Mecenas, pode ser

consederado como o precursor de Marcial por nma colecao de et>i~gramas.

Albio Tibulo, — o mais celebre escritor de alegias naidade de Augusto, era de ordem equestre e natural de Roma, mas emcerto o ano do nascimento. O que sabemos com certeza e que morreujovem, logo depois de Vergilio. Era intimo de Valerio Messala Corvi-no, a quem, parece, seguiu na batalha de Acio, e certamente acom-panhou na guerra contra os Aquitanos, porem, depois do ano 27,e provavel que nao mais se tenha movido da Italia? E-nos descritopor Horacio como homem generoso e amavel, possuidor de grandesbens de fortuna.

Mas elegias (quatro livros, dos quais so os dois primeirossao tidos inteiramente genuinos) seguiu os poetas alexandrinos,tratando exclusivamente de assuntos eroticos. Com profundidade,calor de sentimento, em linguagem simples e espontanea. As melhoressao dirigidas a amante Delia; as outras o poeta nao as poudeevidentemente retocar como queria, porque a morte o surpreendeude improviso.

Sexto Propercio, quase contemporaneo de Tibulo, es-creveu como este_ elegias. Nascera na Umbria pelo ano 50 e emboraem suas composicoes nenhuma alusao exista a- fatos acontecidosdepois do ano 16, isto nao nos autoriza a fixar o ano da morte.

Tendo na infancia perdido o pai, e ficando entregue aoscuidadoscla mae que Ihe secundava os instintos frivolos, chegadoapenas a juventude, abandonou-se aos prazeres e a moleza da capital.Ai dedicou-se inteiramente as musas, aos amigos e aos amores porCincia e outras mulheres; depois da publicacao de alguns ensaiospoeticos conquistou a amizade de Mecenas e viveu perto dele noEsquilmo, embora, sendo mais jovem, nao estivesse na sua intimi-dade como Horacio e Vergilio.

Foram longamente cliscutidas a ordem cronologica e a di-visao das poesias de Propercio, em 4 em vez de 5 livros (como preferi-ria hoje a critics.).

U amor e elemento dominante da sua natureza: abandona-seao seiitimenialismo mesmo onde o amor o nao exige, e disto podemostalvez encontrar a razao na sua fraca saude, de que faz frequencesaccnos. Tomou como modelos os Alexandrinos, mas os superou nocarater passional.

Publio Ovidio Nasao — nasceu em Sulmona, cidade dosPehgnos no ano' 43 antes de Cristo e era o segundogenito de um paiabastado. Em companhia de sen irmao estudou em Roma commsignes mestres e por vontade do pai atendeu aos estudos retoricos,tendo tambem grande inclinacao para a poesia. Foi tambem a Atenase a Asia para completar a cultura; depois de voltar deveu por algumtempo dedicar-se aos negocios publicos e teve o oficio de « triumvircapdalis », tornando-se conhecido ainda jovem pelos seus escritos

Page 496: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 496 —

afirma, « car^m rf OTW xm- causes, como ele

conhmda, mas do v(; rL, s fe«

, S« corf. , ",™° " b<!m

snrpiesndido nek m „rf, „ „.. fa A 1,™ . -A? "' """ Ioi

•a**.£ ^

p]; Jo» »-• ^,0, <

?6„ , d

.

O^dio foi um dos mais fecundos po^as d°\- p Vil ^possum em grau maravilboso a facilidade" df^Sciar F P°

profundos; per islo mais c^o tod2 ^Sbo ~ ^™?*»rervida ima°inacao.

^"-^- espomanea de um;

Suas obras, em ordem provaveWnte cronol6gica , sao!

l.

l J dmores, cm ires Kvros, serie d<- m-,,',.™ ^'rJ

*** que se relacionam com o nome de ctina * *"« ?mor rie

2?''^' tambCm cKamadas JWVfe,-, 23 car^ de,

-mo. que se supoem escntas por antics berr^-,* ./^ ,

Ique estao Ion=-e-

««^o^s Lcro.aas aos seus amanies

i -^ ~t

'

\ , ?) Medicamina faciei, iraemen tos de ''OPI

o toucado feminine;J ac LUU

4) J./v amatoria, ou <z/v awan^; em 3' J,Vros: "«-ra os amantes de ambos os sexos;

"

Remedia anions, o bvro de ron^if,,,-, , i

r a r. aiV^ J,. 'consemos sobre os meios

a

5)par;., acaimar a paixao do amor;

VMetamorfoses,.^ 15 Kvros, narrativa fauias&a dasiransformacoes do seres' do uah,r~ I T^& Was&a <^r in &uitb ua nalureza. desd« o pant afn „ „,„/Jose de Cesar em constelacao celeste;'

metamor-

durante a viagem e a lor^ J - • ^lS ein metro eleS^. »™«nfraa:d^ 1r:as» c

"ildtr ; as 2 raaisw

Page 497: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

_ 497 —8) Episiolae ex Ponto, em 4 livros, da mesma natureza

que os Tristia, sendo que as pessoas as quais se dirigem sSo nomeadasno principle de cada carta, ao passo que nos Tristia nao se men-eionam;

9) Ibis, composicao elegiaca em que o poeta investe contraum mimigo seu. (Durante a relegacao Ovidio escreveu versos, hojeperdidos, sobre o trsunfo de Tiberio, e o poema didascalico Halieu-hca, de que restam_ 130 hexametros).

10) Fastos, que deviam ser compostos em 12 livros; aoinves apenas uma metade foi deixada em condicoes tais de se poderpublicar depois da morte do poeta. Sao uma especie de calendarioem que se descrevem os fenomenos celestes de cada mes e as festashistoricas e arqueologicas do poema, ao contrario das astronomi-cas, foram tratadas com o maximo cuidado e tem por fundamentoas obras de Varrao e de outros. Alguma indicacao e tambem tomadade tradicoes populares.

Alguns amigos de Ovidio cultivaram com exito a poesiaepica.

Podem ser lembrados:Pontico, que compos uma Thebaur;

Macrao (que pode talvez ser identificado com PompeuMacrao preposto por Augusto a reorganizacao das bibliotecas),

que contou os acontecimentos anteriores a ira de Aquiles {Anteho-merica) e os fatos sucessivos a Iliacla (Posthomericd)

;

Cornelio Severo, de'cujo poema Be belio Siculo existemfragmentos;

Julio Antonio e Pedao Albinovano, que celebraram uma Diomedes, o outro a Expedigao maritima de Germdnico e a Teseida.

Merecem ainda mencao os poetas didascalicos:

Gracio Falisco, autor do poema Cynegetica e M. Maniliodo Astronomicon em cinco livros.

Entre os prosadores do periodo de Augusto, tem maiorimportancia os historiadores: e de todos o mais insigne e

Tito Livio, nascido em Padua em 59 a. C, quando estacidacle ja gozava do privilegio da cidadania romana, e m'orto no ano17 p. C, quarto do reiao de Tiberio. Sua juventude coincide com asguerras civis e seus anos melhores com o governo de Augusto. En-tregou-se antes aos estudos de retorica e filosofia, mas os da historiao atrairam de um. modo todo especial.

Parece que entre os anos 27 e-25 tenha posto maos a. grandeempresa de narrar a historia de Roma desde as origens ate a mortede Druso, em 142 livros, e e ate provavel que pretendesse continua-laate a morte de Augusto em 150 livros, a serem divididos em 15decadas.

Sua narracao leva o titulo Annates e tambem Res rornanaeab urbe condita, ou mais sirnplesmente ab urbe condita libri. So 35destes livros cliegaram a nos, isto e, os da primeira decada, aquelesque vao de 21 a 45; de alguns outros possuimos fragmentos. (A todos

Page 498: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 498

os livros perdidos procurou suprir no seculo XVII o professor I*reinsheun de Ulma imitando o estilo de Tito Livio) Temos emcompensacao urn breve sumario devido a um autor desconliecidomas geralmente atribuido a Flora. A grande reputacao gozada porUvio em vida e atestada pelo fato de um estrangeiro ter ido a Romade Cadiz, so para conhecer o famoso historidgrafo, e Augusto, embor-.o chamasse Pompeano, teve por ele sentimentos de verdaddr-,"amizade. «-"«.

A historia no conceito de Livio tern a tarefa nao tanto derecordar os fatos, quanto de fornar-se um meio de ilustracSo e deemulacao e ele narrou os acontecimentos de Roma justamenteporque entre todos he pareciam os mais ricos de exemplos d-gnosde mutacao Poucos historiadores tiveram a visao dos grandes carac.eres como Livio que se revela ao mesmo tempo narrador fasci-nante e orador eficacissimo. O escopo de escrever uma historiaagradavei e mstruhva ioi pelenamente alcancado; mirando so istoo autor nao atendeu muito a laboriosas pesquisas e ao estudo dosdocumentos, nem teve o cuidado de visitar os lugares onde tinhamacontecido os fatos Contentou-se com aceitar e repetir as assercoesdos predecessors Fabio Pictor, Polibio e outros de menor autoridade-mas e megavel que se propusera dizer sempre a verdade e nunca aviolou propositadamente. Na lingua e no estilo dele encontramosalgumas vezes falta de classicismo pure, todavia a expressao eammada e adatada ao assunto. Que fosse a- « patcwinitas » que lhecnticava Asmio Pohao nao nos e dado saber.

^Pompeu Trogo, descendia de uma familia da tribo galicados Voconcios, mas sen av6, tendo militado com Pompeu, receberaa altoma tomando o nome deste, e o pai recebera de Julio Cesarmmtas mcumbencias.

Nada mais sabemos de P. Trogo, que escreveu em 44 livrosuma historia com o titulo Hlstorlae PhiUppicae em que se narravamespeaalmente as vicissitudes da Maced6nia e dos sucessores deAlexandre Magno. Tambem esta obra se perdeu, mas subsiste umcompendio oe Justing que viveu no tempo dos Antoninos pelametade do seculo 2.° p. C.

Os outros historiadores da epoca sao:Fenestela, cuidadoso indagador de historias e antkuidades

romanas; escreveu Annates.

,. . , .

M- Verio Flaco, que compos os Pastes e uma especie de

cUcionario De verborum slgnijlcatlone em ordem alfabetica, rica fontede noteias para o que se refere a lingua e as antigas mem6riaS deKoma. Possuimos um compendio parcial feito por Pompeu Festodo 6. seculo p C., e outrossim, dos Pastes foram clescobertos impor-tantes iragmentos em Preneste em 1770.

RlKnOcuparam-se igualrnente de lexicografia Santra e Gavio

BASSO, de arqueologia Sinio Capitao.Julio Higino liberto de Augusto, que viveu entre o 64

e o 1/ a. L., era natural da Espanha e julga-se ter sido levado a Roma

Page 499: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

_ 499 —por J. Cesar depois da tomada de Alexandria: foi posto a. frente dabiblioteca palatina instituida em 28. De suas numerosas obras his-

tdricas, como De urbibiur italicis, De famillur troianur etc., restamfragmentos; temos ainda, atribuidas a ele, as Fabulae (livro escolas-

tico contendo 277 fabulas) e Poellcon astronomicon itbri quatuor.

Resta-nos falar dos escritores dc materias cientificas, embo-ra esses dessem maior import ancia ao assunto que ao estilo e as

qualidades literarias. O mais eminente arquiteto foi

Vitruvio Poliao, que dedicou a Augusto a obra De ar-

ch itectura em 10 livros, cada qual precedido de urn prefacio em queo autor se dirige ao imperador com muita deferencia. A obra aindasubsiste, mas se perderam as plantas que lhe estavam anexas.

Entre os juristas merecem registo, alem de C. Helio Galo(autor da obra De significahone verborum quae adjus civile pertinent):

M. Antistio Laeeao, discipulo de C. Trebacio Testa

(autor do De religionibus). Foi jurisconsulto ilustre e recusou o con-

suiado oferecido por Augusto, preferindo viver seis meses do anoem Roma entre as consultas legais e outros seis meses na vila ocupadointeiramente na composicao especialmente de obras legais. Os se-

quazes de sua cscola chamaram-se Proculianos, de Proculo, prin-

cipal fautor.

C. Ateio Capitao, consul no ano 5 p. C. e em seguida« curator aquarum », isto e, superintendente dos aquedutos, conser-

vou este oficio ate a morte. Brilhou na jurisprudencia civil, sobre

a qual deixou 10 livros, nao menos consultados que os de Labeao.Foi tambem ele chefe de uma escola, e de Masurio Sabino, ou deCaSSIO Longino discipulo deste, chamaram-se Sabinianos ou Cassi-

anos os seus sequazes.

Os estudos filosoficos, especie de epicureismo, eram culti-

vados pela classe mais elevada de Roma, por diletantismo maisque com intencoes serias e profundas. A oratoria no ultimo periodo'

da vida de Augusto se dedicaram:

T. Labieno, o qual nao somcnte foi grande orador segundoo conceito'antigo, mas histbriador de preco, e como tal demonstroutanta liberdade e independencia de pensamento que o Senado de-

cretou a supressao de suas obras. A oposicao audaz a Augusto e aos

amigos do imperador lhe mereceram o alcunha de Rabieno.

Cassio Severo, orador atrevido e violento, e por isso mesmoexilado.

Os unicos retoricos, dos quais possuimos os escritos, sao:

P. Rutilio Lupo e M. Aneu Seneca. Este nascido emCordova na Espanha, foi a Roma, durante o imperio de Augustopara \k ouvir os melhores oradores. Voltando a patria, casou-se

com Elvia da qual teve tres filhos: L. Aneu Seneca, o filosofo, AneuMela, pai do poeta Lucaiio, e Aneu Novate Pertencia a. familia

abastada de ordem equestre e foi homem da velha tempera de ro-

mano, admirador dc Cicero. Nos ultimos anos publicou uma co-

lecao de Con.lrover.nae em dez livros e destes, com algurnas lacunas,

Page 500: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 500

possuimos o primeiro, o segundo, o setimo, o nono en^'e uma obra mtitulada Suasoriae. Estas obras escrlTs nl I n°

porquanto era possivel, Ciceroniano, constitue^TmaTonTe prS°'

«* .« ,m de sua vida; m

a

-fZ^^SS,QUINTO PERIODO (IMPERIAL)

Da morte de Augusto a morte de Justimano.(14 — 565 p. C.)

Morto Augusto, a monarquia instituida por ele torna *»urn verdaaeiro despohsmo, que gradualmente sufoca, tanto eTZhlica como em lzteratura, tocla a aspiracSo de R.erd-dc 1 tU jpendens Par isto se apaga a iaculdade invent e as m 1W

O primeiro seculo da era cristaDa morte de Augusto ao advento de Nerva(14 — 96 p. C.)

servilismo e a adulacao para com o imnpmrW Ineste seculo os meios unicos para'tornar seguras a X" a 'oprtdade. Vespas^no e Tito pareceu que prometessem dks meETmas era tarde; o feroz unperador Domiciano voltou a atirar o esSEem plores conduces, que o brando governo de Nerva e de Trahnoapenas consegmu tornar mais sensiveis. Ninguem podia avenW sea csprmur impunemente os Pr6prios sentimentos e o sei modo dcpensar: em hteratura tudo que era simples e espontaneo se^onsedi

ri^^^^rar 1-^ a afeta-—™^feram cS^^foram eles mesmos mcapazes de evita-los. As escolas e o«eros£Imos mes-res podenam ser indicios de cerio desenvolW: t da

So Z la;*.r

t**'? P0rem de COUSa de *«**<> superficial. I Zrrt^ao metnca seguida ;a nos tempos de Augusto, comanuou e levconsiderada indispensavcl, mas a lingua se ia corrompendo asfo ma

e sc aescmdava o vigor smtatico das construcoesDurante o imperio de Tiberio (14-37) as declamacoes

o™s rrh-r^ reais ou imai™»w^ 1dssoiaioua

,

aos hislonadores so era Koto narrar sem perieo os fatos

So r^^Tdrt C°m S Vlda -^-Po-ueo^l^enos quenao se pe;&ssem de avdtar-se com a mais vulgar bajula-ao So os"

£Z,SStaS P°diam afendCT a°S S^ -tuiossem-te'lrcnquanto as iontes da poesxa se lam tornando quase exaustas.

Page 501: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

sol

,Ip A, t^u- memhros da famflia imperial imitando o exemploe Augusto cuihvaram as letras: Txberxo (que escreveu os comentf• zz^tti GrAwco (d°/^ 1 tefos ainda uma ^-inexamctro* dos -, benomenos » de Arato).

mas p^StSdoEM

nCI°-CORD° tin1^ eSCrit0 ^^'^ de hIst6ria «mana

orSm'T&ldoP m>

'

SmCldOU -Se C n °bra fol ^dmada P«

civis ao ato'lz'n^ V"'^V™^^ 9™ ™i das guerrasciy,s ao ano -.7 p. C, contmuada depois por PLiaio o Vetho Nao «.

i se

s

P\:ard

a

eio°d

da sut com?

Ger~^^iscio. separada de todo o resto ou se iazia parte da obra- os trae-mo-nhd

r:!eZicmvou sSneca mostram <-«**>-^ss

?0 i C W yEKEI° PA

rfRCULO

"Nasdd° P'ovavelmente no ano

Ficando ';0r o to ann" "^ ***T «^V^oa Tib&£>,iicando por oito anos quase sempre com ele durante as expedlcoesna Germania, Pan6ma e Dalmacia.

^pecncoes

Z-nfv * de3t^^° S Cal^go. O segundo, complete! Ifunde ^em particulars a medida que se aproxima aos tempos do autor

Lk&A„^rr;r-i

da hist6r romana-^^

,1

^gusto ou de Tibeno e exagerado nos elogios ou para fd-,,-melhor, nao esta isento da adulacao servilP l

rior a ele^f° ^l^™ 'COntemP°^° do precedente mas infe-

n°V aeng

1nho

' ° suPera na adulacao a Tiberio. Eser-veupara uso dos oradores e das escolas de retorica, uma cS^ao de

d vidkS eTd*"1*'

.

aedlCado?ao

.™P«ador. Cada capftulo estaiv dido un daas partes: a primeira contem os exemplos tlrado-da nisrona romana, a segunda os de outros p cnises

P °

mentos e

urn dos escntores mais notaveis peSa variedade dos a-u-

-»A - AA\^°RNELI° Celso

> coiihecido especialmente oor um traado de mechcina, mas escreveu tambem sobre retorica, leis fifosoff-,eagncultura. A grande obra em que se descorria de todasSasSenas parece que era uma esp&ie de enciclopedia em 20 llvros intitulad

h

t^ziz^r qu->

is os ol(? que ainda ficam -^VmSc i

d

romana ° ^^ U° gener°' ^ nos oferece a literatura

iambicos, com provaveis alus6^a£ ±£1^^^^?

Page 502: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 502 —

Os imperadores Claudio, Nero e Agripina, niae deNero, sao dignos de lembranca como culiores de estudos literarios.

Claudio, antes da ascensao ao trono e tambem depoisocupou-se ativamente de questoes gramaticais e de historia; mas naotemos dele senao um fragmento de oracao pronunciada no Senadopara recomendar que fossem admitidos aos altos cargos do estudoos nobres da Galia.

Agripina cscrcveu comentarios, e Nero cultivou com ver-dadeiro entusiasmo a poesia, lendo os seus trabalhos nao so aosamigos na corte, mas no teatro publico. Compos, entre outras coisas,

um poema epico sobre a guerra troiaua.

L. Aneu Seneca, nasceu no ano 4 a. C. e morreu em 65p. C, de modo que, o tempo melhor de sua atividade literaria coin-

cide com os anos de Tiberio, Galigula, Claudio, Nero. Tendo acoin-

panhado o pai a Roma, entregou-se aos estudos de oratoria e fiio-

sofia, nao descurando a vida publica.

No principio do reino de Claudio, quando Julia Livila,

por ele amada, foi relegada para Corsega, tocou-llie a mesma sorte,

e somente em 49, por desejo de Agripina, voltou a Roma para encarre-

gar-se da educacao de Nero. Sob o imperio deste, Seneca foi por certo

tempo o governador virtual do estado; mas em 65, acusado de ter

tornado parte na corrjuracao de Pisao, foi condenado a morte, e

como fora deixada a sua escolha a execucao da sentenca, abriu-se

as veias no banho e morreu com a calma e resignacao realmentedignas de um filosofo. Possuia facilidade grandissima para a compo-sicao, mas demonstrou as vezes va ambicao e servilismo, vicios

que estao em aberto contraste com as opinioes que confessa nas suas

obras.

Desenvolveu muitos e variados argumentos em prosa e

em versos com tendencia marcadamente contemplativa: sua base

filosofica e o estoicisrno, porem corrigido e temperado nor outros

sistemas.

Entre as prosas de indole filosofica conservadas, merece

um aceno especial: 1° De Ira em ires livros; 2° os^tres distintos escritos

De consolatione a Polibio, a Marcia, a mae Eivia; 3° Quare bonis

viris mala accidanl cum sit procidentia, em que se recomenda o sui-

cidio como remedio para os males da vida; 4° De constantia sapienhs;

5° De animi iranquiUitate; 6° De benejiciis em sete livros compostos

nos ultimos anos; 7" Epistolae ad Lucilium, colecao de 124 cartas

disiribuidas ora em 20 e ora em 22 livros; 8° Quaestionum naturaiium

libri VII, nmito populares na idade media, onde o auior segue as

teorias dos estcSicos, valendo-se tambem de Aristoteles e de Teo-

frasto.

Ouintiliano fala ainda de oracoes escritas por Seneca o qua!

certamente tera composto algumas para Nero. Seus trabalhos poeti-

cos mais importantes sao: Lucius de morie Caesaris, satira menipeia

bem amarga contra o imperador Claudio; as tragedias: Hercules

jureus, Tliyesl.es, Phoedra, Oedipus, Troades (ou Hecuba), Medea, Ago.-

Page 503: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

rS

;S

/.'

.-

i-

d

i-

a

:•/

i'r.f

— 503 —memnon, Hercules Oetaeus e duas cenas duma Thebais. (A pretextaOctavia cujo sujeito pertence a historia recente e que traz o nomede Seneca e geralmente considerada de idade posterior). Hesitou-sopor certo tempo em atribuir essas tragedias a Seneca, o retorico"mas a critica demonstrou que nem pelo estilo nem pelo pensamentosao incompativeis com o que conhecemos do filosofo. Existe aia mesma verbosidade, o raesmo fundamento retorico e sentenciosodas obras em prosa, sendo que todos estes defeitos aparecem exage-rados. A versihcacao e correta, mas monotona.

\f•*-

_O. CuRCiO Rufo, escreveu a historia de Alexandre Magno

(Hcstoriae Alexandri Magni)em 10 livros, dos quais se perderam os doisprimeiros. Nada mais se sabe do autor, o que proporcionou largocampo para conjecturas relativas ao tempo em que a obra foi com-posta; mas o estudo cuidadoso de alguns passes revela bastante cla-ramente que e posterior a morte de Caligula. O estilo e a lingua saomodelados sobre os de Livio, porem o trabalho tem algo de retorico,e possue a aparencia mais de romance que de verdadeira historia.

L. Junio Moderado Columela, coetaneo e compatriotade Seneca, nasceu em Cadiz e compos Be re rustica em 12 livros.

escrito De arboribus, que nos resta, parece que era partede um outro trabalho sobre o mesmo argumento e serve de explicacaoao quinto livro De re rustica. Columela, bem compenetrado da impor-tancia do sujeito, esforca-se para trata-lo dignamente; escreveu ateo 10° livro em excelentes hexametros, a imitacao das Georgicasde Vergilio, ao qual contudo ficou muito inferior.

Q. Asconio Pediano, natural talvez de Padua e viveu,parece, durante o imperio de Claudio e foi contemporaneo do famosogramatico_ O. Remio Palesmao. Escreveu as biografias de Salustioe cle Persio alem de um discurso contra os detratores de Vergilio.zVem destes trabalhos de valor, porem, preparou um comentariohistonco precioso a todas as oracoes de Cicero, que subsiste aindaparcialmente. Todavia o comentario que leva o nome dele, comoilustracao das Verrinas, nao possue nem o estilo e nem a importanciahistorica para poder ser atribuido a ele, e talvez pertenca a algumgramatico do quarto seculo.

Pomponio Mela, espanhol de Tingentera, fez em treslivros a descricao do mundo antigo, dando-lhe o titulo De situ orbis.E um breve manual, conservado inteiro, que comecando da Africa(prqvincia), se ocupa sucessivamente do Egito, da Arabia, da Siria,da Asia Menor, etc., isto e, de todos os paises da costa do Mediterra-neo. O autor nao se limita as noticias de indole geografica, mas acres-centa, interessantes indicacoes sobre os usos e costumes dos variospovos^ em forma um tanto retorica, que nos faz lembrar o estilode Seneca.

Parece estranho que os Romanos, apesar de suas grandesconquistas nao tenham antes de entao produzido obras geograficas,e, embora mais tarde nao tenham faltado, Pomponio Mela passana literatura latina pelo melhor e mais perfeito geografo. '

Page 504: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 504 —

Eruditissimo entre os gramaticos foi M. Valerio Probode Berito, o qual parece que tenha vivido ale o tempo 'de Domiciano.Fez por Vergilio o que os Alexandrinos fizeram por Homero, isto e,proposse, estabelecer a correcao dos poemas Vergilianos. Publicou'alem disso, os textos de Horacio, de Lucrecio, de Terencio,' com osrespectivos comentarios.

Os filosofos deste periodo adotaram geralmente o sistemaestoico, sendo conviccao dos melhores engenhos que so ele ensinassea viver honesta e corajosamente, mas o estoicismo foi raramentepelos Romanos de qualquer epoca cultivado na sua forma genuina.Entre os mais ilustres sequazes sao lembrados:

A. Persio Flaco, nascido em Volterra de familia equestreno ano 34 p. C. Ainda crianca, tendo perdido o pal, foi com a mace uma irma para Roma onde foi instruido em gramatica, retoricae no estoicismo por Cornuto. Este deixou um vestigio muifco profundono^ ammo jovem de Persio que ficou afeicoado a ele como a um paiate a morte que o colheu aos 28 anos apenas. Entre seus escritosteem particular importancia seis satlras, chegadas ate nos; so a pri-mena, porem, se pode considerar como tal e e dirigida contra o maugosto dos poetas e do publico de seu tempo: as outras sao declamacoespoehcas sobre os preceitos da filosofia estoica que ele recomenda'aosleitores como meio de vida feliz. Os caracteres, as Imagens e mesmoo fraseado se ressentem com frequencia. Todavia, como homem,Persio mereceu ser admirado por seriedade, gentileza e moralidadede costumes.

M. Aneu Lucano, sobrinho do filosofo Seneca, nascidoem Cordova, no ano 39, foi instruido tambem ele por Cornuto etornou-se amigo de Persio. Como havia cativado a admiracao univer-saH-ecitando em publico (segundo o uso do tempo) suas composicoespoefacas Nero por inveja proibiu-lhe continuar tais recitacoesUeclarado cumplice na conspiracao de Pisao e condenado a morrerabnu as veias em 65, na idade de 26 anos. Depois de Vergilio e o maisemmente poeta epico da Iiteratura latina. Sua faculdade creativadeveu ser poderosa, se se considera o niimero dos obras compostasdurante sua brevissima vida; infelizmente perdeu-se tudo, salvoum eplgrama e o grande poema epico, Farsdlia, em 10 livros, 'incom-pleto porque evidentemente o livro 10° nao esta terminado. Desen vol-ve a guerra civil entre Cesar e Pompeu, da qual sao expostos nao socronoiogicamente, mas com fidelidade bistorica, todos os aconteci-mentos desde o principio ate o cerco de Alexandria. As qualickdespoeticas aparecem sobretudo nas cenas sentimentais e na descricaodos caractercs; alem disso o poeta, como verdadeiro estoico, evitandotoda vulgandade, demonstra ter escolhido aquelj assunto porque meoierecia ocasiao de expor scu pesar pelo desaparecimento da liherdade.U estilo e vigoroso, nao sem colorido retorico, porem Ouintilianoconstdera a <-• Farsaha >, uma historia mais que um verdadeiro noema.

Cesio Basso, que se diz ter perecido na erupcao do Vesiiviono ano 79, e lembrado por Oumtiliano como autor 'de liricas: sen

Page 505: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 505 —nome esta intimamente iigado ao de Persio de quern publicou assatiras. Escreveu provavelmente um poena didascalico sobre osmetros.

C. Petr6nio Arbitro. Suas satiras (conhecidas'tambem sobo nome de Satiricon) sao uma especie de romance comico, em 20livrps,_ dos quais o mais longo fragmento contem a descricao da ceiade Trimalciao. A obra e em prosa, intercalada ,porem,' dc mintapoesia a imitacao d'as antigas satiras menipeias e contem preclosasnoticias sobre os costumes, a moralidade e sobre a lingua do tempo.Admite-se geralmente que o autor viveu no tempo de Nero, ja queTacito fala de um famoso cortesao, C. Petronio, grande amigo deNero, dizendo dele coisas que parecem aponta-lo como apto para com-por um tal genero de trabalho. De onde Hie tenha advindo a C. Pe-tronio o sobrenome de Arbitro, nao e bem conliecido.

Do imperio de Nero sao ainda, o poeta bucolico T. Cal-PURNIO SiCULO, do qual nos restam sete eglogas compostas a imitacaode Teocrito^ e de Vergilio; e o poeta didascalico Lucilio Menor,amigo de Seneca, ao qual pertence provavelmente o poema Aetna.

O imperador Vespasiano, promoveu em certo modoas letras fixando um estipendio aos mestres de retorica gregos elatinos, mas expulsou de Roma os filosofos porque os julgava repu-bbcanos e nocivos a paz interna do imperio. Durante seu governoe no de Tito se assinalaram:

C. PlInio Segundo, chamado comumente Plinio o Velho.Tinba 56 anos quando morreu na erupcao do Vesdvio e era naturalde Como. Em 52, interrompido o servico militar, alternou a suaestada^entre Roma e a cidade natal, dedicando-se todo aos estudos.Em 57 o encontramos procurador na Espanha, antes da morte e .

recordado como comandante da frota em Miseno, e foi vitima doamor pela ciencia durante a erupcao vulcanica de 79.

Entre os muitissimos escritos o unico que ficou e a NaturausIhstoria em 37 livros, o primeiro dos quais contem o sumario detoda a obra, como tambcm uma dedicatoria ao imperador Tito.Esta gigantesca compilacao de mais de 2.000 volumes e uma especiede enciclopedia em que Plinio recolheu com o escopo de culturatudo aquilo que julgava digno de ser conliecido. Seu sobrinlio (Plinioo Jovem) chamou-a «Opus diffusum, eruditum nee minus variumquam ipsa natura », embora em alguinas partes o autor se revelemais diletante que verdadeiro cientista.

De C. Valerio Flaco, autor do poema epico Argonautica,sabe-se apenas que morreu la pelo ano 89. poema chegou ate nos em 8iivros, mas nao se pode dizer complete e e considerado como imitacaolivre do grego de Apolonio Rodio, sem ostentacao de doutrina, commaior elaboracao das cenas efetivas e dos caracteres dos herois.

Outros poetas, que se dedicaram, porem, ao drama, foramPomponio Segundo, Curiacio Materno, de cujas tragedias Medea,ThycsLcs, Cato e Domitius se conhecem so os titulos, como tambcmdas tragedias de Fausto Tereus, Tkebae, Aireus.

Gramatica Latiaa, 33

Page 506: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 506 —

OS

r

O imperio de Domiciano e sua brutal tirania SUM ;m ;„.foda nobre aspiracao na vida moral e infelectual dos Romans™

Us principals escntores do tempo sao-C Silio Italics de famllia distinta, nascido no anr 9-que adqmriu reputagao como orador e como ooeta F^IT '

Nero A dignidade_ consular exn 68, foi maiXdo^g^al^mstrar a provincia da Asia. Apos a volta, redrou-se os ne-tlpubhcos e go.ou de suas riquezas na crancuiiid de dT "? °'

•?luxuosa, consagrada ao culto da poesia; mas ei Si c-r^d ^de

s°i r° • i

deIxou "se<

erecer de in'clia- *^£ ^o po.ma iW* Sobre a segunda guerra punica, em 17 livrOS , rcua.s servem de lundamento a historia de T. Liv o: contud" anesdisto, abundam os acenos mitologicos.contudo, apesa

P. Papino EstAcio, filho do insigne gramalico nannKf^•io mcsmo nome, pelo qua! foi cuidadosamente edu^do Spelo ano 45. Mesmo.anies da morte do pai (ano 80 tot™ coTh?

scu poema«. Teba.de ». Sempre que acena a Domiciano mostri

narreviS?'

Vel-

a~dula?S° ;^ Send° de Carater «mid° e fra Jnao revela com precisao seu pensamento: com efeito enauanfn ~sura Caligula e Nero, morios, adula a Domiciano aS vto Tmode

>mdigno. Na lingua como na versificacao iu como mod^a Vergmo e escreveu: Thebals, que trata epicamente a J»fp JS

dois irmaos Eteodo e PoliniciJ em 12E^Tt^s^sSAcMLv, „m 2 Iivros, outro poema epico, inacabado, que se Interrom

MivS cowiT ^'l!A^iIeS 6 d^herto por UlSes^ ^em"

ocSes? eVSS C°mP°S1?3es P°^cas escritas em varias

,

**. JAIfRIo Marcial, nasceu em Bilbiles na Esnanh*pelo ano 40. Tendo ido para Roma na idade de 22 ano\ podtftS tassegurado uma vida honrada e independente; preferiu tornar seadulador dos ,icos e solicitor dons dos"poderosc^ FrequenWnSaude a propria pobreza e implora auxilios dos amigos malguma vez fale corn desprezo daqueles que adotam taliSDe Domiciano, que foi segundo ele, urn modelo de sabedori* Zebeu

e TrieTpete A' T^"^T XWando muifo * Arriae irasea Fefo, de modo pessoal dele. Como noeta ocuoa poremurn lugar eminente, escrev-u 15 !ivm- ,U »^

ucu? cl'P°iem,

itTSeu letiSmo SL2r"^ «»*»P«*-^.^ P-ta Jto o inme?V,TT

d°reS'fre9ucnt

fm

.

ent° --eptos abuadaram duran-

uso a c "o s PoT""10

'qUand

-° ^ UStamente estavam em grandeuso as citacocs poehcas nas reumoes privadas e publicas Poucosmerecem_lembranca, entre os quais:Puoncas. Poucos

U Arruncio Stklla napoliiano, escritor de elegiaseroticas.

MlSI

Page 507: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

"m

— 507 —Entre os prosadores tern o primado M. FabIo Ouintiliano

nascioo em Calaorra da Espanlia no ano 55, e educado em Roma ondeteye oportumdade de ouvir excelentes oradores e ret6ricos insi^nesentre os quais Domicio Afro, Julio Segundo, etc. Em 61 acompa-nhou Sergio Gaiba na Espanha, tendo voltado com ele em 68pos-se a exercitar a eloquencia forense (subsisiem ainda os seus en-saios otatonos); sooretudo conseguiu fama como mestre dc retSJca.e loi o pnmeiro ft receber com tai oii'cio estipendio do estado. Tevecomo disapuo Plmio o jovem, e o sobrinho de Domlciano que lhcconienu tambem a dignklade consular. Com o ensino conseguiuuma iortuna consideravel, pelo que poude retirar-se depois de 20anos e morreu antes de 106. Para nao ialar do Kvro De Causis corruptee'loquenttac vque nao se deve coafundir com o Dialogus de oratoribasae lacito; perchoo, a sua obra maior, em 12 livros, chegada ate nos

.

levno titulo ae De instduttone oratorio,. Escrita depois do sen retiroem 8 anos, compreende o resuitado de uma longa esperiencia di-datica e e um complete sistema de preparacao para o futuro oradorcom preceitos exemplificados e com acenos sobre a educacao em geral'is recomendado de modo particular o estudo diligente d'os escritoresgregos e latinos, o que mduziu o autor a fazer no 10° livro um breveresumo das duas Iiteraturas. No Hxar os principios da oratoria serve-seessencialmente de Cicero, mas sobre essa base ele sabe construiruma teona mdependente, ampliada pelos seus conhecimentos Drati-cos. leye percepcao clara do mau gosto de sua idade e mpenhou-separa evitar-lhe os defeitos, nao conseguindo, porem, escapar inteira-mente ileso; com efeito se o seu estilo esta livre de exageros e adornosretoncos comuns, resente-se da influencia do tempo na dureza daexpressao, na construcao complexa e pouco elegante do periodo.

A * jSIJ^

L1?Frontin°' nascido em 40 foi o mais nobre caraterde toda esta idade, pois coube Ievar-se as maiores honras unicamente

pelos seus mentos._ Em 70 era pretor urbano, em 74 procunsul natfretan.ha, em seguida tomou parte na guerra contra os Catos naGermama. Depo1S de voltar viveu tranquilamente numa cropriedadenas costas da Campania, ocupando-se de letras e de ciencias. Nervatomou a chama-lo a vida pubiica em 97, promovendo-o aoconsuiadoe conhando-ine contemporaneamente o oficio de « Curator aquarum »Morreu provavelmente em 103. Sua autoridade e limitada a assuntosde indole tecmca e profissional em que tinba adquirindo muita praticaJSscreveu:

L° ~~ De agrorum qualitate, De controversiis, De limitibus:2-\~ ®e re mititari Romanorum (expunnam-se os preceitos

de tatica e discorna-se de outros assuntos militares);

,

3 -° — Strategematon libri IV (inclusive um apendice ono-masfaco), colecao de estratagemas militares: a obra subsiste inteiraembora com mmtas mterpolacoes, como tambem o

4 -° ~ ®e actui 'r url)'<r Rornae num so livro, que trata detudo o que diz respeito aos pianos, a construcao e a manutencao

Page 508: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

508 —dos aquedutos, e esta escrito num estilo simples e claro TV»te mmta unportinda na Wst&ia da argu^u^^^ P° 1

'

-de,**^rsz^^^^^medico do imperador CMudio, que nos deLn ^™ ? ^ARGO'

medunna: ^W//,WW/«™ ™ reCeitua^ de

O segundo'seculo da era cristaDo advenfo de Nerva a Caracala(96— 211 p. C.)

govemo t-i deSs^t^z^z:^T -

{

i'-rs -

ve1S:o sucessor Trajano, ocupado^£1*^^** n

°fexercer grande acao sobre a literaiura S^ „exteinas

>nao poude

imperadores seguintes, parece oue ££> n f ^ g°^.mo 6 ° dosperde, pois, na^^naio^^X^d^r^S^T^ se

urn estilo que e, pode-se dizer, uma m Za dp fn/°' ^^

procuram avidamente tudo o m,iTbtUra

.

de todos °s estilos e

aoonfeceu sobretTdo no Tempo" de IT'*"*""' a

?ificioso- Assim

do iipo de Frontaofoi^&t^'jSt^ f^<?So torna-se comum e nara fariKt^ -™ W,

eratura- A erudi-

fazem-se sumarios e^omSio, ™ a<f^ao de facil doutrina,

aptidao para esSdar ^PoftSLaT^r "5°^^ °U

mais em declamacao pomposa ^^SL^fe^"^dicma e as leiS, coniinuam a ser cultivadas comSdalT *^

po* que os escritores se conservam nesta "I i™ 5successo,

estih'sticos do tempo. P lmunes dos efextos

e se opunham a noJ^ Has « fo^TT- 3 Rd^&0 *"**»monstrar que nada haviHe^ one ," ~ ' ^

dustriara«>-se para de-

to os adVogados doSSSs^ i"^T 7°^' ^T*'para promover-Ihe a difusaoesl°r?0 e sa«i«cio

mente n/pfe^ *£ que f™ aife^e3 notaveis especlal-

i -preseaLa^^eStS?^,^^^^ "**"»

e efa filio de amSX^*«^J^^ go aao 54

meira educacao d'-ii"™,, o„ " / '-LVl--eoiaa em Kama a pn-

„ T-. .^"V'W» Qv-viicou-se a retorica,

. mas em 94 f^^U „r jr ra Doimciano, fcve que diri-dr-se io T?Jf\i

oxendlcl°

militar, de onde Ihc foi perSdo volH r"f T alS'Um comand°

imperador.P^rmitido voltar depo.s do assassfmo daquele

aenhuma^6

:^; SSs "t^r °U ^ ""^ nS° recitou

e Adriano. 'C]UC conhnu°« a compor sob Trajano

Page 509: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 509 —

,=jNao conliecemos a data exata de sua morte, mas parece

I que sobreviveu ao advento de Antonino Pio (138 p. C), morrendoj

com cerca de 80 anos. Foi amigo de Estacio e conheceu Ouintiliano.;]

As satiras de Juvenal sao 16, distribuidas em 5 livros, mas as duasultimas nao possuem nem a forca nem o frescor das outras e deixama impressao de um trabalho senil. Foi Ievado a escreve-las, como elemesmo afirma, pela indignacao contra o vicio e a atrocidade deque fora testemunha durante o imperio de Domiciano, cmboraentao estivesse constrangido ao silencio. Os sujeitos sao cscolhidosde modo a apresentar o lado mais sombrio da vida social e politica,

a e ° a«ior manifesta um amplo conhecimento do mundo, da natura-r« za humana, ou antes da parte pior desta. Ocasionalmente encontra-

';': se algum gracioso quadro da vida privada, mas e, em geral, descrita;•;

senl contraposicoes a triste realidade. Ouanto a forma e a estrutura; poetica, Juvenal nao se pode dizer sumo: e ainda as numerosas alusoesI

ao tempo do autor deixam a custo compreender o pensamento dopoeta.

;" O primeiro lugar entre os prosadores da IDADE DE Nervae^de Trajano cabe a Cornelio Tacito, nascido em Interamna(Term), ou em Roma, em 54, do cavaleiro romano de mesmo nome.Tambem Tacito, como Juvenal, passou o melhor de sua vida em um

3 foread o silencio sob o imperio de Domiciano. Em 78 desposou a filha'"'

J- Agricola, e talvez acompanhou o sogro na Bretanha, pois destepais_revela um conhecimento que nao podia adquirir sem oter visita-

i go. Em 88, quando foram celebrados em Roma os « jogos seculares »,

) Tacito era pretor e investido do oficio sacerdotal do quindecenviro^»] mas no ano seguinte teve que abandonar Roma com a mulher, talvez

para subtrair-se a inveja de Domiciano; voltou em 94 depois damorte de Agricola.

No ano 97, primeiro do imperio de Nerva, foi elevado aoconsulado em substituicao ao defunto Vergilio Rufo, do qual pronun-

=?.

ci°u um eloquentissimo elogio funebre. Incerta e a data de sua morte,j mas se esta, como parece, deve ser colocada no tempo de Adriano'i teria acontecido em 120.

^ _

Como outros pensadores, ele estava convencido que a mo-'; narquia fosse entao a unica forma possivel de governo para os Roma-

•jl nos contemporaneos: apesar disto em ieoria e idealmente almejava4 uma republica aristocratica.

\Ilistoriador, teve o maximo cuidado de acertar-se dos fatos

• com o auxilio das fontes mais autorizadas, exercitando o espiritocritico da escolha e expondo-lhe sem reserva os resultados. Refere

ii:; concienciosamente os acontecimentos as causas, mas na analisepsicologica dos bomens nem sempre e sereno; na narracao se mostraserio,, triste, algumas vezes amargo; sabe, porem, evitar'todo exagero

u:-:

retorico^ e passional, pouco convenient^ a dignidade de bistoriador.

J;A principio pareceu que seguisse o.-estilo dos classicos predecessores;

;..;. .mais tarde adotou o estilo do tempo, nao sem colorido poetico e

I,argucia de antitese; a qual unida a concisao epigramatica, a certa

Page 510: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

510 —

novidade e ousadk, induz o ieitor a pensar, a refietir. A di&uldad-da lerturade Tacito depends sobretudo da brevidade, nao tendo «lusado nunca palavras amais que as absolutamente necess^rin,ism rehgiao pensa que os Deuses sao indiferentes as «>^dos homens ou indignados com clcs. e que o muado. esteja a meSdo destmo. Nem parece que professasse urn sistema KIosoKco ^Hc«lar por ma.s que em moral penda para o estoicismo. As obr£de Tac.to, na ordem em que foram compostas, sao as segubtsi. Ihahgus de oralonbux. Nele se confrontara as conducesda oratona contemporanea com a do tempo passado, e se fixam tcausas da dccadenc.a desde a instilmcao do imperio. O estilo e i^taal e Huente que n.os escntos posteriores sem traco daquela amagura ;a menaonada para a historia, quer por ser obra juveniMoautor quer por representor a transcribe de urn dialogo realment°havido e por ele ouvicio quando eraJuvems admodum.

_

2.o De vita at moribus Julii Agricolae liber. O autor escrev-uesta b.ograha quase prenuncio de uma obra hist6rica maior, destinacha conter as lembrancas da servidSo passada e a atestar a fehadadepresente. O verdade.ro estiio Tacitiano nao estaaindabem des-nvolvido, mas encontramos equammidade e um quente afeto

ma -e •

2f°

DC°<r

'

l3Ane

'SllM

'™ribus

>ac P°PuK* Germanorum, oumais smiplesmente Germania: e um tratado etnografico da G-rmanhe dos seus haktantes, que Tacito se induziu a compor pelo ^ndcmteresse que o argumento despertava entre os Romanes tendo'tidoprovave mente ocasiao de visitor uma parte daquela regiao quandoo pai estava myestido na Belgica dum cargo oficial. PSe em con-

de

a

Re

omarUde Slmplicidade d°S Ger™nos com o luxo e a deeadencia

4° Hlstorlae. Compreendiam em 14 iivros as vicissitudespohtxeas do tempo de Galba, Otao, Vitelio, Vespasiano, Tltttmiaano isto e, a historia romana contemporanea de 69 a 96 Em id->d»adiantada o autor queria acrescentar as noticias relativas ao imperii

4 li™ ?maS 6

*

mFedm

tm0rfe

'

ReStam apenas os PrimeJros4 hvios e uma parte do qmnto, correspondentes aos anoS 69 e 70„. .

5 '° 4'wte-r ou ab excefsu dad August!. Tcrminadas asAisionae empreendeu a narracao dos acontecimentos de Roma desdea inorte de Augusto ao prmcipio daquelas, abrangendo os imPerios

tmassT CaI >Su,a '

1.

UIa«dl°' Nero, de maneira q«e as duas obraso.massem uma conhnuacao ate a morte de Domiciano Dos 16Iivros de que so compunha a obra, subsistem os primeiros qnatrocom parte do o° e do 6", e os uirimos do 11" ao 16", mas doH'"pSse o prmcipio, do 16" o Km. ~ P

Vem depoJs de Tacito, C. Plinio Cecilio Sego^docomumente chamado Plinio o Jovem, filbo de L. Cecilio qu- tinbadesposado uma™ de Pludo o Velho. Nasoeu em Como em 62!

SS n,^ °"C n

ueS

,

C°la ^Q-^^^o, serviu como tribunem.War na S.na, e, voitando para Roma, teve sucesslvamente o ob'ciode questor, de tribune da plebe, de pretor. Sob Nerva obteve a

Page 511: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

511

iSi*

« praefectura aerarii v em 100 o consulaclo, e nesta oeasiao composo panegirico: dez ou onze anos depois foi encarregado dogovemo de Bitinia, e, neste cargo, manteve ativa correspondenciacom Trajano. Nao sc sabe com exatidao nem quando, riem on.de

morreu.

Foi em vida amigo das mais ilustres personagens do seutempo, mostrando-se ue aainio generoso especialmcnte para coma sua terra natal, Como, ondc fundou uma blblioteca c banhos pu-biicos. Tcvc o defeito da vaidade e dele se disse ;ustamente que naofoi grandc em iiada, embora amasse tudo o que era bom e nobre.

Eserevcu aos 24 anos uma tragedia e mais tardc uma elegia: publicou16 oracoes, mas nao nos chegou inteiro senao o panegirico dirigido

a Trajano para agradecer-lke o consulado. Encontra-se nele uma des-

cricao do governo imperial, que tern historicamente grande importan-cia, mas a forma e pesada pelo estdo afetado, e pelos estranhos elo-

gios prodigalizados ao soberano.

Apos o advento de Nerva, Plinio escreveu uma serie decartas com a intencao que fossem publicadas: chegaram ate nosem nove livros aos quais foi acrescentado am decimo. para a corres-

pondencia corn o imperador Trajano. O estilo, no qual o autor pro-

cura imitar a Cicero, e simples e correto; falta-lhe contudo e inteli-

gencia e a genialidade de Cicero.

Pela correspondencia de Plinio chegamos a conbecer muitosoradores do tempo, alguns dos quais publicaram as suas oracoes.

Resta-nos um interessante fragmento da dissertacao VergUlus orator

an po'eta devida ao retorico P. Anio Floro. Como tambem subsistemdois tratados De orlhographla dos gramaticos Flavio Capro e

Velio Longo.O Imperador Adriano, que reinou de 117 a 138, foi

cultor apaixonado de todo o genero literario e seu reino teve

alguma influencia sobre a literatura, embora seja dificil determinarse para vantagem ou para dano. Pouquissimos cultivaram a poesiae so por diletantismo, nao excluindo Aniano a quern se devemas tentativas dramaticas Ludlcra carmina e Fescennini.

E deste periodo C. Suet6nio.-Tranq.uilo, nascido prova-velmente antes do 75. Advogado durante o reino de Trajano, pareceque era amigo de Plinio o Jovem em cujo epistolario e repetidas vezes

mencionado. Numa carta escrita j)elo 105, Plinio o estimula a publi-

car seus livros, e algum aiao mais tarde lhe obtem de Trajano o tri-

bunato militar. Em seguida foi por Adriano feito seu secretario

particular, mas pelo procedimento moralmente suspeito foi despedido.

Entao comecou a dedicar-se exclusivamente as letras.

E autor de muitas obras, em parte conbecidas so por extratos

e sumarios:1.° De viris illustrious, ampla colecao biografica de poetas,

oradores, historiadores, filosofos, gramaticos, retoricos, desde o:s

tempos mais antigos ao fim do reino de Domiciano. Temos desta

obra um sumario;

Page 512: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

512

.

2 -°^^ 3.° De reglbus, 4.° i?e /-^ uarlis; destes escntosexistem iragmentos; ~=*-utos

\w- nu Vltae Caesarara em oJ{° Kvros, a unica obra conservadamle.ra; (falta porem o prmclpio da vida de Cesar). A vida dos ttpnmeiros imperadores, de Cesar a Nero, e narrada respetfvamen,nos pnm e iro? 6 livros, a de Gaiba, OfSo e Vitelio. no7-^^S?Tito e IWmno no 8.'. Suetonio buscou imWcoesn^m,S a«^zadas, usando diligencia e discemimento; mas deCi'

a cronologm c reveia pouco conhecimcnto da natureza hum, Tn^ve '

1CaS - C°mp-^1? C"ra «>«^ e™ cuja escolha „em set-pc reveia gosto rmnto imo; nunca aconfece, porem, qua alteTeou cale a verdade, nem se faz adulador de Domiciano ou de alCoutro tirano desprezivcl. °

Fn 7 l^Y°FLORO

'-de CUJa vida nada sabemos, e o autor de umi^/« e ^&r«/» ™„m annorum DCC, em dois livros, que se exiendem dos tempos mais remotos a paz concluida com os Partes

t! imP™/e ATto-A °bra P°de Ser deMa uma apo ogkos Romanes tendo por fim nao tanto descrever as guerras combatJdas quanto exaltar as suas vlrtudes. Num estilo transbordante deartuWs retoncos deplora-se a crescente decadfincia do povo atrtbmnuo-se a culpa a permciosa influencia dos tribunes da pleb-JW osjuristas do tempo de Adriano sao dignos de nota-OALVIO Juliano, que escreveu urn Edito Perpetuo e Diacsta

* JustmllS.mUlt0S d°S ^ fOTam '™*™& - 4^

Sexto Pomp6nio, que publicou, entre outras coisas umahistona do du-edo romano e varios tratados juridicos frequenw£ecitados na mesma colecao.-y^nccmcnic

Os mais celebrados gramaticos foram-Q. Terencio Scauro, compllador de uma e-ramaticaIatma que nfo chegou, ate nos, e de comentarios, tambem'perdSos^alpurnio Flaco, sob cujo nome existe urn trotadonnhode ortograM que e reducao do uma obra major do ScauroMenciona-se ainda Celio Aureliano da Numidia norcausa de dots tratados sobre as doencas

^urmau., poi

rentcmen?1'^810 f^ntonio Pto de 138 a 161 teria sido emi--cnicmente xavoravel as ietras, mas os Romanes Wain nerdidoiocla a faculdade creafava. Havia tal perversSo no gosto que'as a£

St elo,3uencia, e eie considerado fundador de uma escola

recoil T25£ PvT'-

W™*™™ P° r t0d°S °S ^uais bastareco.aar C. Aujidio Vitonno, genro de Frontao).

for-, c\J\l S°RNELI

?. fRONTAO, geralmente indicado pelos escri-

«SrtftfP ^n^porAncos come, segundo so a Cfcero,n^sccu em Urta Jla Africa, peio ano 90

foi D ,,-i £rPleta.

d

a

afdl

!

CaP° liter«ria

'^.Ivea em Alexandria,ioi paia Roma onde produzau logo profunda impressao como orador

Page 513: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 513 —forense, vivendo ainda Adriano, o qual formou logo um altissimoconceito de suas habilidades. Antonino manteve esta confiancaelevando-o ao consulado e encarregando-o da instrucao deMarco Aure-Jio e Lucio Vero. Nao poude Frontao aceitar o governo da provin-ce da Asia por sofrer de gota; parece contudo que mesmo estando emRoma chegou a posse de muitas riquezas: era com efeito dono dos;ardms de Mccenas e de varias vilas; gastou ainda grandes somaspara edificar esplendidos banhos. Morreu provavelmenie no ano 168durante o imperio de M. Aurelio, porque nenlmma de suas cartas'c ae data posterior; c o afeto amigavel, que nunca cessou entre omestre e o discipulo, demonstrou a brandura de ammo de ambosiTontao Ira adrmrador de M. Aurelio, quase ate a adulacao, emboraas vezes nao deixasse de dizer-lhe com franqueza verdades poucoagradaveis.

Os escritores, que ele tinha em maior consideracao pelahngua e recomendava, eram arcaicos ou arcaicizantes: comoEnio,Plauto, Catao, Lucrecio, Graco, Laberio, Salustio. Louva a Ciceropnncipalmente quando precisa de sua autoridade para demonstraras vantagens da oratoria; de outra forma, dele fala com um meioencoberto desprezo, e declara preferir as cartas as oracoes deleAte o seculo passado conhecia-se por inteiro de Frontao so o tratado-zmho De difjerenha vocabulorum, mas em 1814 A. Mai descobriu umpahmpsesto contendo parte cla correspondencia com Antonino Pio,M. Aurelio, L. Vero, e outros amigos. Posteriormente foi encontradauma outra parte, editada em 1823, e essas descobertas fizeram conbe-cer tamoem muitos fragmentos de obras i'rontonianas sobre sujeitosvanaaos: porem, tais escritos sao de conteudo tao frivolo e de estilotao afetado que os doutos ficaram desiludidos nas suas expectativasFis os titulos das principals: De Bella Parthico, De eloquentla, Deoratwnibus, Pnncipia hlrioriae, alem das Epldolae a M. Cesarem 5 hvrqs, a Antonino Imperador em 2 livros, a Vero imperador,num so livro, aos amigos em 2 livros.

Oshistoriadores geralmente escreveram em grego, excetodois, os quais e incerto se pertencem a esta epoca:

_ L. Ampelio e C. Cranio Liciniano, autor, o primeiro deum Liber memorlalis, o segundo duma hlstoria de Roma republicana.

A producao poetica e quase insignificante: ha todavia umpoema com o titulo Pervigilium Veneris de 93 elegantes versos tro-caicos, talvez do tempo de Antonino Pio. Venus e descrita como forcavivificadora, honrada nas festas florais da primavera.

_

As doutas disquisicoes gramaticais, feitas em publico eem pnvado comecaram a divulgar-se e a estar por assim dizer, namoda entre os Romanos.

Alguns gramaticos, como C. Sulpicio Apolinario, umdos mestres de A. Gelio, ocuparam-se tambem de'questoes metricas,outros dissertaram so sobre gramitica, Entre esses o mais importantee A. Gelio, romano.

Page 514: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 514 —

Sua vida, parece, durou de 115 a 165: foi educado em -tiomaonde poude^proveitar-se dos maTi^s meS™% s „ ,demorado nao menos de dois anos em Atenas, voltou a o£rt"^™ rtUo nao menos de dozs anos em Atenas, voltou a oatri-> Vr„dendo aos estudose a escola. Nos ultimos anos voltou a £'„ '

pos mao a compos,^ da obra Noctcr Atlicae em 20 livras n^ ,-

'

recolheu dihgenfe e concienciosamente tudo o que a^Xa*^I vxos e das conversacoes com os doutos, sobre a lingua ; a Ktertfdos scculos passados, sobre fibsofia, direito, ciencias

"liteiatura

A obra foi talvez compilada antra 150 c 160 e - D ., r . „/, ,

grand.ssnno mteresse, dando-nos da uma ideia c™t~\i£T r -^mlclcctuaJs do tempo, embora nao escrlta por uT^l ^Vc nao 1Senta de preconceitos ^dantescos/^^pTtuk^Sa traducao daquele sujeito que ao antor pareceu digno de S?mas a ordem e puramente acidental, sem nenluun tram de m? ~

'

a forma, s ,mp Ies, esta interpolada de arcaismosXa° :

,,,, nFa!t

f° 1Ivro 8-°'- h» Porem urn fndice para os vanos can,'

e ;° ?Ue

,

toi™i

a?N^Attlcac tab preciosas sao os^3crates ae obras ho;e perchdas, feitos com o maxirno cuidado" p

°

isto mesmo rnuito dignos da atencao. ~ P

_

Juristas insignes e escritores de obras tomadas nor mnrl,^nas idades sucesslvas, sao:S ?ot m°deio

rr.o.n P TER^NCI° CfMENTE

>Volusio Marciano, UlpioM.rCElo; nentium, porem tern a importancia de Goto da i,: «

Este estabeleceu morada definitiva em Roma no^0^fee deAcou-se excluavamente ao ensinamento e a escrever sote as u,tos juncW Temos ainda dele (descobertos por Nieluk™""Ctam tldr

a) /rt

^f——^ .-W qTem

io

Ps;

JusWno' "" S na COmEnacao clas institutes de

«. J-f ]°S estudos

1

fiIos6ficos especialmente o sistema est6ico

por eSr11

;^ s ™° °/°-vfm Mi-

AuriKo come?ou a - ap~por ei^ mas loi urn estoicismo bem diverso daquilo erne for* noongem. Tomou-se cada veZ mais, uma forma de abedor 7 VAS^Tc^6

fC PenSTTfo

'e — -^-stVecef m^^drSLr as declama?5es

-faltand

° ™teJ—

*

mais amp^UKbS

EJi

IMp£WO°E ^ AUR*U° aS ietras S°™ de

tac?o fFronSf ' T&^^ efaparam da maMfka orien-lacao de x^ontao; mmtos sao recordados comb grandes oradoi-sos quais nao produziram entretanto cousa digna de menSo'

retorico Z^ZT.w AV™LI°'- ^^ n°S estudos P™ aquele

toi rssersp.

pofTu °s conseih°s deie-fazend° e^«-tos c colecoes de sentenca, de figuras ret6ricas, etc • mas ouando

hlo^oiia esioica, fruto da qual sao os 12 Uvros de neditacocs e recor-

Page 515: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 515 —dacoes, escritos em grcgo segundo o costume clos filosofos do tempo,onde se rovela um dos mais nob res carac teres, digno omamentodo tro.no.

A producao poetica continuou a ser escassa e mesquinhacomo no passado: o unico escritor digno de nota e um africano L~Apuleio de Madaura, na Africa. De uma sua oracao De rriagiase deduz que nasccit cntre o 125 e 130 de familia abasiada. Passoupara Atcnas para adquirir sollda cultura e depois de uma viagemdispendiosa no Oriente e uma estadia em Roma de data incerta,voltou a Africa, onde conbeeeu a viuva Pudentila e a desposou!Este matrimonio causou-lhe muitas aflicoes, porque Ihe foi movidoum process© sob a acusacao de ter causado a morte do enteado Pon-ciano, embora fosse notorio que Apuleio o tinha sempre tratadocom extrema iiberalidade. Foi ainda acusado de magia ao qua! delitoestava cominada a pena de morte, mas obteve absolvicao tambemdcsta, como ja obtivera da outra acusacao.

Os discursos pronunciados em defesa propria foram por elemais tarde elaborados e publicados com o titulo Apologia ou Proseapud Claudium Maximum Proconsulem de magia liber. Em seguidafoi a^Cartago, onde adquiriu grande fama com suas oracoes e decla-macoes. Outra coisa nao nos e dado saber, dele a nao ser/ que,, dotadode maravilhosa fecundidade literaria, tratou grandissima variedadede sujeitos em prosa e em verso, em grego e em latim. Suas obrasconservadas mteiras ou em parte, sao: 1.° A Apologia ja mencionada,2° Florida em 4 livros, 3° De deo Socratis, 4° De Platone ejusquedogmate libri III, 5° De mundo, 6° Melamorphoseon Ubri XI, o maiscelebre.

E uma novela satirica, protagonista e um jovem grego,Lticio de Patras, cuja curiosidade de aprender algo das artes magicaso induziu a visitar a Tessalia, onde por engano e transformado emasno, conservando contudo a faculdade cognoscitiva do homem.Refere mui graciosamente as vicissitudes passadas na sua naturezabestial ate o dia em que reconquistou a forma kmana. argumenioe tomado_ todo do « Lucio » de Luciano, menos a conclusao que ede Apuleio. Na narracao sao interpoladas aventuras de ladroes,de espiritos, e a conhecidissima historia do Amor e Psique constitueo episodio mais divertido.

estuo e frequentemente rebuscado e retorico, mas asvezes^ tambem fluente e animado; a lingua, que o auior deveu apren-der, e usada scm dextreza e sera nenhum dominio das suas belezas.Como quer que seja, tal novela gozou de muita popularidade nostempos posteriorcs.

imperador Comodo, o indigno filho de M.. Aurelio,nao teve o menor sentimento do belo e do bom; o breve IMPERIO dePertinax e de Didio Juuano nao poude exercitar nenhuma influ-encia sobre a literatura, nao assim, porem, o do valoroso e ativoSetimio Sevicro, que compos uma autobiografia em que se defendeda acusacao de crueldadc. (Notaremos de passagem que o seu com-

Page 516: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

516

pefador Clodio Albmo escreveu novelas miUslas de carater graceiadorquase Iubnco).Sob seu governo a jurisprudSncia continuou sen cwnho ascendente e o Cristianisxno teve sens primeiros defensores"

TLSsT^ direit0' conquistando

• ^^SSImportantissimas sao as suas Ouaesiiones ^m ^7 I,\r-™^» 19

-S— entrcgou a soul caidados o^s dols fc Ge?

5

c Caracala, masapenas eleilo imperador, cste Ultimo o Jim™ *

porque sc mantivera fiel a Geta.P morte

os dialogos de Ocero e sao prindp^t^te^C^S: fee Otavio Jamiano, o primeiro, aposlata da religiao de^l!como acusador dos Cristaos, o segundo como defensor e'f^T'da supenoridade do Cristianismo sobre o politeismoal'™^or

Encontram-se trechos de verdadeira eloquent- e emho™o esfalo apareca as vezes retorico, revela em complexc>mX eScore naturahdade que outras obras do tempo.

. Q Setimio Florente Tertuluno, o grande apolo-sli'

do Cnstiamsmo, tmha, antes da conversao, tratado aSm^tos;undicos nas Questioner, no Liber de castrensi peculio ITZhnos escntos Pol^micos denatures teoI6giea a^ufpe" 1 de hotmde leis e evxdentfesuna. DiZ-se que morreu em 217 na avancadaiSde 80 anos. Nascera em Cartago e era filho de urn centurSolomtlertulmno e escrltor imaglnoso e digno de nota especial

ZtZt%£*~" es" t° em 199 e *•&-> - SOveSt0s ataques aos adversarios sao severos e acres, o estiloe retonco mas onginal e ressente-se muito da latinidade africana

n -ot^ntr

^os Sramaticos, os seguintes perfencem ao imperiode Setimio Severo:

.

Helenio Acrao, comentador de TeSndode horacxo e talvez tambem de Persio; Pomponio PoreTriaoescoliaste de Horace; Dositeu, autor de uma gramatica com Ser'cicios latinos e gregos e alguns outros.

O terceiro seculo da era cristaDo aavenfo de Caracala a.abdicacao de Blocleciaxio

Italia e f\wf""iaUiec

^al

\maior ™» Provincias do que na

na Africa na^l, ^ \P^S eScrifores naScidoS »°Griente,

banWna Pa

'6 COrromPIda e recheada de bar-

Mod™ SeTeminenteS ;Uri5taS deste Periodo'

al<™ ^ ERENIO

Page 517: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 517 —

c , 9 ™ 1? Ulpiano, de Tiro, onde sob Caracala e Alexandreijevero foi pretext© do pret6rio e nesse cargo foi morto por havercentado restabelecer a disciplina militar. Recordam-se dele os Re.gu.laru.rn hoer singulars e os Institutiones existences ainda hoje.

_

Julio Paulo tambem prefeito do pretorio, muito inl'lueniesobreviveu talvez a Ulpiano e deixou cyico livros da sentencas dosquais se conserva um resume

Da primeira metade do seculo merecem mencionados aleunsgramahcos. Censorino, Atilio Fortunaciano, e um historiadormuito verbose, mas veraz, dos imperadores desde Nerva ate Helio-gabaio Mario Maximo ao qual se segue mais tarde una longaliieira de contmuadores e imitadores conhecidos com o nome de« benptores ^historiae augustae » (Esparciano, Volcacio, Gali-cano, irebelio, Poliao, do tempo de Diocleciano, Flavio Vopisco

tinoj°AMPRIDI°' ]{,UO Capitolino, durante o impeYio de Constan-'

Escritores cristaos dignos de nota sao considerados:1." T. Cecilio Cipriano, nascido na Africa, antes mestrede retonca depois sacerdote cristao e por fim bispo de Cartago.

Admirador de fertuliano, nao teve nem a originalidade, nem a ver-satmdade dele; esereyeu porem as suas obras apologeticas em estilomais claro, mais calmo, e desapaixonado embora nao isento dearfrhcios retoncos.

2.° Novaciano, que reduziu e abreviou alguns escritos deI ertuliano.

Entre os versejadores bastante numerosos, que nao merecemcontudo o nome de poetas, podem ser lembrados: O. Sereno Samo-Nico autor de uma composicao didascalica De mediclna praecepta;M Antonio Gordiano, que compos imitando a Eneida vergilianaAntonuuas; Comodiano, autor de dois trabalhos poeticos Instructio-ns^ e carmen apologehcum adversus ludaeos el gentes, compostosme.mcamente segundo o acento tonico; M. Aurelio Olimpio Ne-mesiano, carfagmes o qual cantou a caca {Cynegetica) com muitesremimscencias de poefcas antigos e especialmente de Vergi'lio A todosestes se podem acrescentar Reposiano pelo De concubitu Mortiset Veneris, e Vespa pelo Judicium, coci et pistorsis judice Vulcano.

Da ultima metade do seculo os ret6ricos e os gramaticosassaz notayeis, sao: Aquila Romano, a quern se deve um brevee superficial tratado Dejiguris senlenllarum et elocutionum ,completa-do depois por Julio Rufiniano; Mario Pl6cio Sacerdoteque desenvolveu em tres livros z Ars gramatica; Juba de Mauritania'autor de um tratado de metrica em 8 livros, E ainda C. Julio Solinoa quem e deviaa uma colecao de noticias geograficas e historical{Collectanea rerum mernorabilium) expostas com muita afetacao deesfalo; Monio Marcelo talvez africano, autor de um .confusa edesordenada compilacao {Compendia doctrina per litteras) divididaem 19 partes.

Page 518: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 518 —

A estes escritores cle indole tecnica podera-se acrescentar:Gargilio Marcial, a quem se atribue urn fratado de agri-

cultura e veterinaria, cujos fragmentos tiveram o iitulo de De oleribuset pomur; Terenciano Mauro, compilador de am breve tratadoDe Uteris, .n/llabi.r, pedibus et mctris; Arnobio da Numidia, retoricobastante ilustrc do imperio cic Diocleciano, do qual so conliecemosque i'oi nicslre de Latancio <c escreveu Adversus naiiones para jus-tihcar sua passagem para o Cristianismo.

Latancio Firmiano, nascido talvez mi Italia/ professouantes retorica, demorando-sc em Nicomedia, contemporanearuente'a Diocleciano; depois convcrtendo-se a religiao crista passou paraa Galia onde foi preceptor de Crispo filho de Constantino. Distino-ue-se de todos os outros correligionarios pela pureza e fluidez de estilolormado sobre os exemplares classicos, especialmente sobre Ciceropelo que foi chamado o Cicero Cristao. Seus escritos sao em parteretoricos (aos quais nada nos resta), em parte poeticos (aos quaispertence o Phoenix), em parte teologicos e entre estes tiltimos tern'grandissima importancia os iibri VII Institutionum dwinarum.

A arte retorica e declamatoria era cultivada em toda aparte do imperio, mas nesta epoca muito mais na Galia que em outraparte. Por fluidez e maior correcao de estilo a escola galica superaa africana; alem disso, por causa do cerimonial de corte introduzidopor Diocleciano, ai a oratoria florescia sobretudo nos panegiricosdirigidos ao soberano, procurando aproximar-se de Cicero.

A estes devem sua fama no fim do seculo e no principio doseguinte os retoricos Eumenio, Nazario. Claudio Mamertino,Drepanio Pacato.

O quarto seculo da era crista

Da abdicacao de Diocleciano ao definitive desdobramentodo imperio.

(395 — 395 p. C.)

Dois grandes acontecimentos o caraterizam: o Cristianismotornando religiao do estado, e Bizancio feita capital do imperiocom o nome de Constantinopla. Roma teria por mais tempo conser-vado as antigas institui^oes se as relacoes com o Oriente nao tivessemvmdo faltar; contudo por todo o seculo, Cristianismo e Paganismovivem um ao lado do outro em igualdade de condicoes.

Apesar dos esforcos feitos pelos defensores do antigo culto,este perdera toda a popularidade e a nova religiao ganhava sempremaior terreno. A vida do pensamento se enrobustece no conflitodas duas crencas, rnas com pouca vantagern para a producao literariaque se recluz cada vez mais a comentarios ou a analises das grandesobras antigas. A retorica continua a ser geralmente. cultivada, massem produzir notaveis frutos; a gramatica segue os caminhos do

Page 519: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 519 —passado; a liistbria (feiias pouquissimas reservas) e todo um intense-trabaiho de compendios e de epitomes, a poesia um artificio, tornadomais dihcil pela ardua necessidade de unir as formas antigas asicleias novas.

.'.

:

/

'

, . 9 impekador Constantino, em nada contrario a culturaiiterana, iez-se ate sen protetor, mas somente com intentos dinasticose por ambioosos ims politicos, escutando com Draper os nanecririco^dos retoncos que Jhe exaltavarn as virtudcs e as empresas.

"

Citam-se entre os retoncos Sulpicio Vitor pelas Institu-twnes oratoriae, C. Julio Vitor por urn ars rhetorica chegada ate nos.

Os ultimos juristas, eitados nos Digesta de Justiniano,sao do tempo de Constantino, mas, corno todos os outros escritores'ocuparam-se geralmente era eompendiar dos seus predecessores'.

_

Assim fez Hermogeniano no seu Epitome juris, maisconhecido sob o nome de Codex Hermogenianus. Firmico Maternonascido na Sicilia, exercitou primeiro o patrocinio forense, deoois'aborreodo com a profissao, se dedicou aos estudos de astrologia e es-creveu Matheseos libri VII que encerram um sistema comoleto deastrologia, segundo os principles do misticismo neopiatonico^ e reve-iam no autor o esforco de dar a sua ciencia uma base etica em formasoiene, quase rehgios'a. Temos tambem de um certo Firmico Mater-

porNO uma obra de caracter cristao, absolutamente oposta aquelaisso mesmo nao pode ser atribuida a mesma pessoa.

_

A filosofia predominante e o neoplatonismo, que tev<-sede principal em Atenas, mas teve sequazes tambem em Romasendo considerado o meihor meio para suster o desenvoivimento doCristianismo.

Os Romanos eram de engenho ciemasiado pratico oara abra-car principles tao fantasticos, e em filosofia permanecerarn os mesmosecieticos dos tempos de Cicero.

j i ^ ™^ Materno cIeve ser contado entre os neooiatSnicostamoem C Mario Vitorino.

j j-^asceu ila Africa; assinalou-se como retorico e gramatico

dedicando-se em Roma ao ensinamento, e tornou-se cristao em idademmto avancada. Hornem de extensa cultura, na sua juventude es-crevera sobre retorica, filosofia e metrics : depois da conversao dedi-

.

cou-se a comentar as cartas de S. Paulo e a defender a ortodoxiaDele nos restam:

1.° Be orthographia et de metrica ratione.

, ., . V2 "° Tris tratados de argumentos afins ao precedente, talvez

atribuiaos sem razao a ele.

3.° Um comentario do « De inventione » de Cicero (dev^do;

talvez a M. Fabio. Vitorino).

4 J PaT^^"°

DoNATO'

clue ensinou retorica e gramatica pelametade do IV seculo, so sabemos que teve entre os discipulos S.jeronimo. Escreveu:

Page 520: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

m1.° Ars grammaUca chegada ate nos era duas formavuma mais breve (ars minor) que trata s6 das partes do d'iscZn'a outra mais ampla em tres livros.

u-i>curso,

_

Entre os antigos a gramatica cle Donate divukou-se mu iiissirno embora sob cartes aspecios, seja inferior aquek decXe peDloMEDES (os dois melhores gramaticos do imperio de JutS?a^z.-r" sujeIto a° modo quase idlntic

°' a«nS

inn?»tretanl» f

?lta a P«ie que se rcfere ao « HfeautonSSmenos ,. comentano, como o tcmos, nao esta conservado na terraaongmal, mas revela o trabalho dc tres compikdores, dos Lais !melhor, sera duvida, e Donate. q °

3.° Urn comenidrio de Vergllio, em parte perdidoAo seculo de Constantino pertencem igualmente 14 iwr0fde agncutiura e Paladio Rutieto; uma Gramddca, consentem parte, de Flavio Carisxo; e varios itineraries como-

nrm/n - K •

d?

J?

I*1'*™* Anlonini (das estradas atraves dasprovmcias do imperio).2.o Itinerarium Burdlgajense (de Bordeus a Jerusalem)

aaAnabaliscf'lST2 ^^' deSC^> J- com auxilio

tinha divtdidot dSadS^ ^'^ "*" *"""' ""^ A^°5.° Descricao da cldade de Roma

Inst6ricos

Efotm-

S ^ k^™ ^ *"*^ mdhor'de Indies

Sexto Aurelio Vitor, que, recorrendo aos historiadore*antigos, compos breves biografias dos imperadores de Au^o*Constancy (Z>* CaeW^), as quais fpi mais tarde acrescenla lanum estio pobre, a histeria biografica da republica, com. t tubBe nru dtuslnbus, epor ultimo, para tornar a narracac mais compKla

'nu

.

ma f°™? n™^° desleixada, tambem urn Origo popull ronSnl.

mn ll~^^OWO

'.con

fmPoraneo do IMPERADOR Valento, cledi-cou-lL, urn Bremanujn fusionae romanae, compiiado com acerb docnteno e imparcialidade, escrito em lin-uaa-_ „.j,„..uUUWl,, «,unto em nnguagem simples e

>do que se chiunchu raniri."imr>nfp n-..c -.<-™,l,„ „ j- : v.... i • ;

il«o «. f~^:iacil ck

^grSo8" difundiu raPida™nte nas escolas e foi tradu^do tambem

aestarun^r * S?XTO .,

Ru.

F° ^mos urn Brcuiarium rerun,gestarum popuk romani, mmio inferior ao de Euttepio e * T^ioObsequente uma colecao De proHiqUr -dr-d^ A?°'k ' - ^

de T T n,iA i

/u-tig-ui -.\uaiaa aa oora originalde l. Uvio, on de urn epitome. A retorica florescente n» GsiHa

br nainP'm

UZ11' emIn£f6S P^esiristas, dos quais o mads cele^br,, L.LAUDIO Mamertino, teceu o ologio do imperador Tuliano

£rZ^tZ Cm K?T Srega) ^^ di— de ^SicnWopeia assuncao ao consuiado.

Na segunda metade do seculo, surge, apos tanta o-nuriade gemos, «m verdadeiro Poeta, Rupio Fe^to A«^ p£S

Page 521: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 521 —

-

da Africa em 366 e da Acaia em 372. Em Roma, onde viveu (tinha

nascido na Estriiria em Volsinio), compos poemas, quase todos deindole didascalica, animando, porem, a aridez dos sujeitos com o soproda inspiracao, quanto ihe foi possivel subtrair-se a influencia dotempo.

Sao eles:

1.° Tradupao dos « Pliaenomena » de Arato em hexametros,superior a todas as precedentes por fidelidade e por estarem incluidos

passos interessantes de outros astronomos e filosofos;

2.° Orbis terrae ou Descrlptio orbis terrae, tambem em hexa-

metros, imitacao do grego tn'metros jambicos, de que restam 703versos contendo a descricao das costas do Mediterraneo, do estreito

de Gibraltar a Marselha, enquanto na obra completa estavamdescritas as costas de todo o Mediterraneo, do Euxino, e do Caspio.

De Avieno existem ainda alguns poemetos menores.

Outro poeta de merito consideravel foi D. Magno AuSONIOde Bordeus, que nasceu no principiojdo seculo e viveu ate perto de390. Mestre de gramatica e de retorica na cidade natal, foi pelo im-perador Valentiniano escolhido como preceptor do filho Gracianocom muitas honras. Do mesmo Graciano, quando imperador, recebeu

a prefeitura da Galia com o consulado, e lhe dirigiu de Treves,

onde residia,lum panegirico de agradecimento, que^ainda subsiste.

Morto Graciano, voltou a Bordeus para entregar-se com ardor as

letras. A sua producao, exceto o panegirico mencionado, e toda

poetica e excelente quanto a forma, embora a versificacao se apre-

sente em algum ponto defeituosa.

De Ausonio, portanto, alem de 146 epigramas, e 26 epitafios

restam: 1.° Idylla, 20 poemetos episodicos; celebre o que descreve

a viagem sobre o Mosela; 2.° EgLogarum liber, de assunto astronomico;3.° Eplstolae (25); 4.° Parentalla, 30 poemetos elegiacospor ocasiao

da morte de parentes e de amigos; 5.° Commemoratlo projessorum

Burdlgalenslum; 6.° Ludus septem saplenllum, porfia filosofica ougnomica dos sete sabios.

Registamos por ultimo C. Vecio Aquilio Juvenco,sacerdote espanhol, que reduziu era hexametros os quatro Evange-lhos.

No findar-se do seculo o imperador Teodosio esforcou-se

corn todo o empenho para destruir os ultimos restos do paganismoe da heresia ariana, para consolidar a ortodoxia estabelecida noconcilio de Niceia; o que teve por efeito a circunscricao sempre maiordo culto da religiao e da literatura antiga; pelo que, feita excecao

de dois ou tres nomes ilustres, os escritores sao agora todos cristaos.

De aqueles poucos foram:

a) O. Aurelio Simaco, nascido pelo 350 e morto depois

de 420. Apesar de sua grande ai'eicao pelo paganismo, foi elevado

a altos cargos, e ao consulado no ano 391. O nobilissimo carater

granjeou-lhe estima dos proprios opositores cristaos: foi igualmente

reconhecida a sua eloquencia facil, elegante, modelada sobre os clas-

Gramatrica Latina, 34

Page 522: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

,22 —sicos Possuimos fragments, descobertos por A Mai A* nn

'"* «»**» P»« «*em publico^, revel,™ T ill™, T,

ANO (q,,e fa er?11i 'rb",Cl °S " '""'T Qufero F<™-*ci-

<We, em 31 Ws, (Serum gestarum tibri XXXj\ A^

pnmeiros 13, talvez brevfssimosf se p rderat • osSfos S^n?""8 ^

?^VpC

°C)tnfoS C

°tmrane0S

'd° ^" « e

18

dePVa

C

S;

x^fs~-«s™ss £3srI' £™ DONAT° gUE d61X0U tambem <™ conunttrio k Z12

VEGEcro R^nSo8

en?"8^^ %."***** especiais; FLAVIO

ao menos

Ao hm «io secuio pertencem ainda, entre os pagaos-

formas SLZZZ^™^*?^^ familia»dade com as

com li^fa^^tt^^' S m°d° ^apKc^iOS

amigos, especialmente Estillcao e HoZ T! •

&-

°S SCUS.<-au e rionono, e a depnmir os immigos

Page 523: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 523 —

como Rufino e Eutropio. Alera de 15 poemetos de tal natureza,

compos alguns outros de indole mitologica {De raptu. Proserplnae

e Glgantomachla).

b) AviANO, fabulista, compos 42 fabulas esopicas dedicadas

a Teodosio. Tem a linguagem e o estilo puros, metrica correta e as

vezes ate elegante.

c) Marciano Mineu Felix Capela de Madaura. Compi-lou uma especie de enciclopedia em 9 livros, intitulada De nuptiis

Philologiae el Mercurii, parte em prosa e parte em versos, que trata

das sete artes liberais. O centro do desenvolvimento e o matrimoniode Merciirio com a virgem Filologia, em que intervem as artes for-

mando o cortejo de Merciirio.

d) Macrobio Ambrosio' Teodosio. Nada de certo sabemossobre as suas vicissitudes pessoais, a nao ser que descendia de familia

ilustre e que nao era natural da Italia. As tres obras que ainda pos-

suimos com seu nome sao:

1.° Commentarlus in •romnium Scipionis, onde antes de

tudo destaca a relacao em que se acham o « De republica » de Cicero

e a « Politica » de Platao, e se fazem as glosas do ponto de vista

neoplatonico.

2.° Saturnatium conviviorum Ubri septem, dialogos que se

supoe acontecerem nos tres dias das saturnais, parte antes e parte

durante os banquetes. conteudo lembra o das « Noctes atticae >

de A. Gelio, mas se refere sobretudo as qualidades de Vergilio.

3.° De dljjerentlis el societatibus graecl latlnique sermonts,

de pouco valor.

Passando para os autores cristaos, nos encontramos primei-

ro com S. Ambrosio, bispo de Milao, natural da Galia. Viveu de 340a 397 e e considerado o maior carater cristao da epoca, habil, energico

e afavel ao mesmo tempo. No promover e firmar o triunfo do Cristi-

anismo foi incansavel e e designado com razao como o general daIgreja militante, porque trabalhou em grau eminente. Alem de suas

Cartas e pelas Oragoes funebres, na morte de Valentiniano e de Teo-

dosio, adquiriu celebridade pelos Hinos Sagrados (ja. tentados combom exito pelo Papa Damaso) onde se aproximou o mais possivei

das formas classicas. Estes, em ntimero de 12, sao compostos emdimetros jambicos e muitas vezes rimados; as outras obras tem i'ina-

lidades teologicas e forma polemica.

S. Jeronimo, doutissimo defensor do Cristianismo, pen-

sador e dialetico profundo, nasceu em Stridao no limites entre a

Dalmacia e a Panonia e foi instruido por Mario Vitorino, Donato,e em Constantinopla por Gregorio Nazianzeno. Muiio versado emgrego, Kebraico e latim, escreveu num convento perto de Belem, onde

se retirara e morreu, una mimero extraordinario de obras das quais

transparece a sua atividade realmente excecional. Muito notaveis

entre elas:

Page 524: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 524 —

1." Tradugao do antigo e novo Testamento.2° Tradugao e continuacao para outros 50 anos, isto e,

ate 378, da crdnica de Eusebio.•'"•:,., 3.° Be vtris dlustrlbus, biografias dos escritores cristaos> - %. 4.° Cartas.

Turanio Rufino, contemporaneo e amigo do precedente,nsceu em Aquileia e ocupou-se sobretudo em traduzir do grego parao latim as obras teologicas.

_ Aurelio Prudencio Clemente, espanhol, o mais emi-nenteipoeta cristao da epoca. Teve completo dominio da lingua, e,alem dos hinos religiosos, tratou sujeitos abstratos com tal peri'ciae arte ao ponto de torna-los cheios de movlmento e infceresse.

, w t. Meropio Poncio Anicio Paulino, bispo de Nola. Antesde'^converter-se ao cristianismo foi panegirista e versejador, tendorecebido uma esmerada educacao retorica. Temos dele muitas cartase um grande niimero de composicoes em varios metros.

lif Aurelio Agostinho (S.) Nasceu em Tagaste da Numidia.Foi educado nas letras em Madauro e Cartago, onde levou vidabastante dissipada; em seguida foi mestre de retorica em Cartago,em Roma, de onde foi mandado para ensinar em Milao, entao sedeepiscopal de^S.Ambrosio. Por influencia deste abracou a ortodoxia;voltando a. Africa, tornou-se bispo de Ipona e morreu nesse cargodurante o sitio feito a ciclade pelos Vandalos. Nele encontramos unidaa imaginacao viva do poeta ao acume do filosofo, o impeto do oradoras subtilezas do gramatico, a grandeza do sentimento ao zelo doapostolo. _Deu a teologia um impulso mais pratico, ao mesmo tempoque com inexoravel severidade combateu as heresias predominantes.Entre suas obras chamam especialmente a atencao: . Conjessionese De cwitate Bel. Esta ultima, diz-se que foi composta para refutaras assercoes dos pagaos, segundo as quais as calamidades acontecidasa Roma durante a invasao Gotica eram efeito da adoracao do Cristi-anismo.

• Sulpicio Severo, sacredote; contemporaneo de S. Agos-tinho, natural da Aquitania, na Galia, e conhecido particularmentepor uma cronicazinha com o titulo A mundi exordio Libri II Perce-be-se na lingua a imitaeao de Salustio e sobretudo de Tacito, decuja autoridade o autor se valeu para narrar a guerra judaica; e,se nao se pode dizer uma bistoria critica, e toclavia um livro de leituraagradavel.

O quinto seculo da era cristaDo definltivo desdobramento do imperio a queda

do imperio ocidental(395 — 476 p. C.)

^Representa o esfacelo progressive do imperio do ocidente:

as provmcias, uma apos outra, caem em poder dos barbaros, e, naoso a Italia mas a propria Roma e campo do- suas invasoes, ate que

Page 525: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

:•., •

.

IP*:

— 525 —

*j Qdoacre assumiu o governo da Italia. A lingua latina, continuousendo falada, corrompendo-se, porem, cada vez jmais, e a literatura

':\ cultrvada, ao menos ate certo limite; mas desde que a cultura intelec-

tual se torna agora um privilegio do clero, que dela se servia para osseus fins particulares, quase todas as producoes literarias assumemum carater teologico. Algumas cortes teutonicas, como a dos Visi-

':] godos, dos Burgundios e mais tarde a dos Francos sao o unico refugio

para o que resta do espirito e da literatura de Roma antiga. A unicadisciplina que conscrva tracos da vitalidade e a jurisprudencia, a qualdava renovado impulso a constituicao das novas nacionalidades, e

se manifesta na colecao das !eis antigas e na sua adaptacao ao novo.{§ estado de coisas.

,4 Entre os poetas lembraremos:

{,Rutilio Namaciano, de quern subsiste o poema Itine-

a rariurn ou De reditu suo in palriam libri 11, descricao de sua viagemfj de volta de Roma a terra natal na Galia, com muitos e variados

vj episodios. Merobaude, retorico espanhol, autor do poema Laus,i Chrisli. — M. ClAudio Vitor, versificador do Genesis. Sedulio,

^ que escreveu em hexametros a historia do antigo e novo Testamento.

-j Entre os Iiistoriadores: o sacerdote Paulo Orosio, espanhol,

,-]que em sete livros Adeersus Paganos, para dissipar a opiniao de

Jj que o Cristianismo fosse causa de calamidades, escreveu uma histo-

•1 ria da criacao do mundo, valendo-se tambem da autoridade de T.

ft Livio e de S. Jeronimo, historia que se tornou popularissima na idade

j media.

M Entre os teologos e moralistas:

£]Prospero de Aquitania, admirador e sequaz de S. Agos-

linho, que, alem de continuar a historia de S. Jeronimo, compos106 epigramas incluindo sentencas dogmatieas de seu mestre, e umpoema didatico moral De ingraiis. Leao I, Papa, fundador da jerarquiaromana, o qual se revela pensador profundo e escritor castigado,

nos Sermdes e nas Eplstolas.

Entre os juristas: os compiladores e comentadores do codigoteodosiano. O ano 438 e memoravel na historia da iurisprudenciapela publicaeao feita em Constantinopla desse codigo, a que atendeupor oito anos uma comissao de doutos juristas. Antes ainda da mortede Teodosio II, imperador do Oriente (450) foi tambem publicada,com o titulo Consultatio, a colecao das con.sultas legais e dos pare-

cercs expressos a tal proposito pelos juristas do tempo.Entre os retoricos: G. Solio Apolinarict Sid6nio, que,

nascido em 430 de familia ilustre, bispo de Clermont nos liltimos

tempos de sua vida, pertenceu a escola galica e deixou 24 composi-coes poeticas, escritas algumas cm hendecassilabos (metro que come-cava entao a ser preferido), alem de 9 livros de cartas. :.'.'*

Entre os gramaticos: Fabio Planciade Fulgencio.Floresceu pelo ano 500 e deixou: 1.° Mythologicon (libri III) absurrla

e arbitraria explicacao dos mitos antigos: 2.° Virgiliana eonlinenliaalegoria da Encida vergiliana, 3.° De abstrusis sermoaibus, expKca.-

Page 526: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

526

gao de 63 palavras desusadas ou raras. Houve tamW ,Fulgencio bi de R ^ Aouve ^umoato

teologzcos amda ententes, com o nome do qualT! 4 V Tuma hISt6na Be aetatibus mundl, Pek setnelhanc, do Jtn™* ?gramafaco FulgZncio, fei poralguis aupoTdK^ &° °

n* j j ? sexto s&ulo da era cristaqUCda d° lmP^oc;dental a morte de Jurturiwo(.476 — o65 p. C.)

Sob Teodorico, sucessor de Odoacre a TfiK-, „ )

£ tl,;C-' ~VerSaMOSde ex«*ar contra ele a suspeita do ref

femn^ P Sia C nUma 1Jngua nao de todo «enta de maneirismo'

loci 1 ^Boldof1'U" jr

t0 C;it&i°- A filosofia

>*ue™

c°e

te fdoSfioL r V ?°nt0rta

?a desvent^a, aduz razoes puramen-

^i^s^itoiss

no passado *^;-4&-Paneatri^t

°*°^ P*60^ bisp02de Pa^ e autor de una

em fSZs at^ d^m */>«^« e de trabalhas poetico"- nvios, de conteudo e de metro variado

da iVlaurit£h™;gramatiCO^ celeb«d«> "asceu em Cesareia

Institution* aranmiaiiL oil r VUa obra ma.or, mtitulada

Hco iratado VhZT <> ^ e ° mais comPkto e sistema-jI*. S

p?bie a materia que tenha chegado a nos, de antieui-t^r; fir

1™, 6 drdoL sobre tod- - ?-dos classic? P r ;

t

-l

CSFCCiaI VaIor Pdas freq^entes citacSes

latino^So^e3

"pXeS^^g- ^ ~»^™•jjicicrencia ao„ gramahcos gregos ,e em par-

Page 527: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 527 —

ticular a Apolonio Discolo. Por toda a idade media a sua gramaticafoi julgada um modelo no genero, frequentemente copiada e resu-

mida. Sao ainda tratados gramaticais de Prisciano: 1.° De duodecimversibus Aeneados principalibus; 2.° De accentibus, que talvez se

deva atribuir a autor mais recente; 3.° De Jiguris numerorum el de

nanus vel ponderibus; 4.° De metris Terentii aliorumque comicorum;5.° De Praeexercilamentis rhetoricae, traducao do grego de Hermoge-nes. Finalmente citamos dele uma traducao de Dionisio, com o ti-

tulo De orbis situ em 1086 hexametros, e um Paneglrico ao imperadorAnastacio.

Eutiques, discipulo de Prisciano, e conliecido por algunstrabalhos de indole gramatical, compostos, durante a vida do mcstrc,

um dos quais, Ars de verba, ainda subsiste.

M. Aurelio Cassiodoro. Nasceu de ilustre e abastadafamilia de Briicio em 480 e assinalou-se nao so pelos grandes meritospessoais e por sua cultura, mas tambem pelos cargos publicos aosquais foi sucessivamente elevado por varios soberanos. Obteve oconsulado de Teodorico <z, como seu ministro, teve por certo tempoa admmistracao de todos os negocios politicos. Apos a queda de Vi-

tige, retirou-se mim mosteiro de Brucio (Vivarium) que ele mesmofundara e onde morreu em 757 em idade muita avancada. A producaoliteraria de Cassiodoro deve ser dividida em dois periodos, conformepertencer ao tempo anterior ou posterior a. sua vida publica. Doprimeiro periodo sao:

1.° Chronica, historia do mundo desde as mais remotasorigens; 2." Historia Gothorum, da qual infelizmente apenas possui-

mos um epitome feito por Jordanis (historiador godo da metadedo 6.° seculo); 3.° Variorum (livri XII) onde se encontram documentose atos oficiais do reino de Teodorico e o espitolario do autor. E dosegundo periodo: 1.° Lectiones dicinae; 2." Institutiones divinarumel saecularium literarum; 3.° alguns tratados de gramatica e de orto-

grajia.

Varios escritores, seguindo o exemplo de Cassiodoro, com-puseram historias especiais; entre esses Gregorio de Tours, (nobreda Alvernia que morreu bispo de Tours em 594), a Historia dosFrancos(libri X) Gildas (Bretao), da segunda metade do seculo, a Historiada. Bretanha. desde a chegada dos Saxoes.

Venancio Fortunato, bispo de Poitiers, cultivou a Kricae a epica sacra, o paneglrico; o Papa Gregorio I (Magno) deixouhinos e promoyeu o canto eclesiastico.

Isidoro de Sevilha. E o ultimo escritor do qual faremosmencao pois que nasceu talvez nos ultimos anos do imperio de Jus-tiniano, se nao depois, e mesmo nao possuindo vastos conhecimentose profundo espirito critico, fez, contudo, muito para a conservagaoe difusao da antiga literatura. Dos seus numerosos escritos o maisimportante e o intitulado Origin.es (libri XX) espccic de enciclopeclia

que trata de muitos e variados argura.entos e que supre, com seu

Page 528: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

I-

— 528 —

conteudo, as obras perdidas. Com Isidoro, portanio, se enc'erra onosso breve estudo da literaiura laiina, a qual cessa quando a lingua-gem falada difere substancialmente da escrita.

Resta-nos lancar um olhar as condicoes da jurisprudencia,que fora ja fulgidissima gloria de [Roma, como tambem ao codigojustiniano. A necessidade de recolher um corpo de leis fizera-se sentirnos paises do ocidente mesmo antes que nos do imperio do Oriente;nao so porque no Ocidente, apesar das invasoes barbaras, a juris-prudencia sempre tivera cultores, mas ainda porque as condicoesdos vencedores e dos vencidos deviam ser definidas em via legal.

E foram tentativas o Edi.to de Teodorico, a Lex romana VLsigothorum,a Lex Burgundiorum.

No Oriente no ario 528 o imperador Justiniano encar-regou uma comissao de eminentes jurisconsultos, presidida pelo cele-bre Triboniano, de compilar o que foi chamado Corpus juris,do qual o Codex Justinianeus contem as disposicoes imperials, osDigesia (Pandetas) o espirito da legislacao romana antiga; as Ins-htuttones encaminbam para o estudo das leis as Noveltae compreen-dem os acrescimos. Justiniano teve em mira tomai- imortal o seunome, e por termo as controversias dos juristas, com uma legislacaoabsolutamente uniforme.

Page 529: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

INDICE ALFABETJCO DOS AUTORES

Aciio (C.) 472Acron (Helcnio) 516Acio (L.) 470Afranio (L.) 473Agostinho Aurelio (S.) 524Agripa v. Vipsanio 490Agripina 502Ambrosio (S.) 525Amiano Marcelino 522Ampelio 515Anciate (Vaierio) 476Andronico (L.) 465Aneu (L.) Seneca . 502Aneu (M.) Lucano 504Aneu (M.) Seneca 499Aniano.

. 511Amo (P.) Floro 511Antfpatro (L. Celio) 475Antistio (M.) Labeao 499Antonio (M.) '. 476Antonio (M.) Gordiano. 517Apolinario v. Solio 525Apuleio (L.) 515Aquila Romano 51.7

Aquilio Juvenco (C. Vecio) 521Arnobio 518Arruncio (L.) Stela 506Arrusiano (Mesio) 522Ascanio (O.) Pediano 503Aspro (Emflio,) 508Ata v. Oufncio (T.) 473Ateio (C.) Capitao 499Atico v. PompSnio (T.) 479Aufidio (C.) Vitorino 512Augusto (C. Cesar Otaviano) 489Aureliano Celio 512Aurelio (M.) Imperador 514Aurelio (M.) Cassiodoro 527Aurelio (O.) Sfmaco 521Aurelio (S.) Vitor 520Ausonio (D. Magno) 521Aviano. . . . ............ .-.'..;...'.. 523Avieno (Rufio Festo) 520

B

Basso (Aufidio) 501

Boecio (Anicio M. Torquato Se-

verino) :.^... ..:... ... , 526Bruto v. Junior

P

Calpurnio Flaco 512Calpurnio (L.) Pisao lu-ugi 475Calpurnio (T.) Siculo 505Capitao v. Ateio 499Capro ('Flavio') 511Carisio 520Carvilio (Sp.). . . . 475Cassiodoro v. Aurelio (M.)Cassio Hemina 475Cassio Severo 499Catao CM. Porcio) , 471Catulo (Vaierio)

,488

Cecilio Estacio 468CeciKo (T.) Cipriano 517Cesar v. Juiio (C.) 484Cesio Basso ; . 504Censorino 517Cicero v. Tulio 483Cipiao (P. Cornelio) Africano. . ... 472Cipriano v. Cecilio (T.) . .517Cincio (L.) Alimento 471Claudiano (Clfiudio) . . . 522Claudio imperador . 502Claudio (A.) Ceco. .463Claudio Mamertino 520Claudio (M.) Vitor ; 525CLaudio (T.) Donate 522Clernente (TerOTcio) . .514Clodio Albino 516Comodiano 517Cornelio (A.) Celso ; 501Cornelio (M.) Frontao . 512Cornelio Galo . 492Cornelio Nepos . 485Cornelio Ssvero 497Cornelio Sisena 476Cornelio Tacito 509Cornificio (Q.) 477Crasso v. Licinio (P.) 475Cremucio (A.) Cordo 501Curcio (O.) Rufo ... 503

©

Damaso 523Diomedes 520Domicio Afro 507Domicio Marso 495Donato v. Helio, Claudie. . . 522Dositeu 516

Page 530: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 530

E

Elvio (C.) Cina 407Enio (Q.j ; f^Enodio (Magno Felix) 596Esparciano )-7yEstacio v. Papinio (P.) Cec.'iio'. '.

''.

468liumcmo..

.

rioEutiSU?s ::::::::::::::;; 527fcutropio

520

P

!-Mb -° <Q-) Maximo Serviliano 471-475

r*k f° ?M M "xirao Temporizador 472I'abio (Q.) Pictor 470

r'\n-° &°. 8.

uJnt«^"o ': 507W'bio (A!.; Vitorino 51 gI'anio (C.) ' * '

Fausto . . .

FedroFenesiela

.

Firmiano Lafancio " "515

Fumico Materno 519Hav.o Carisio .' .'

520jav.o (Gn.) 464

J lavio Vopisco 5J7- (Julio)•.-.• .,... .'.'498-512

Ircio (A.)

Isidoro de Sei ilha.485527

J

475505501498

Flore

Kortunacianb (Atilio) W ""*517!• rontao v. Cornelio (M. I

' ' 519l-mntino v. Julio (S.) WW 507;nlgencio v. Planciade ... <5?5I'uno(M.)n;b /

iCll io '.'.'.':'::484

Jeronimo (S.) ,- 9 »

Tordanis .... %iiliuba .'.'.'.'.'.'; 2?£Julio Antonio 2q~Julio Capitulino WW t\iJulio (C.) Cesar %'[uiio (c ) HigWo ::::;:;• g|Juho Obsequente.. ' r™Julio Paulo ; ?20Julio Rufiniano 'W~Julio Segundo ~n7Julio (S.) Frontino ." ' ?07Julio (C.) Vitor 2?oJunio (D.) Juvenal .... ™Junio (M.) Bruto, jurista .'. 47?Jump (M.) Bruto, orador .

" " 487Justmp ' "

498Justiniano imperador. 590Juvenal v. Jurnio (D.) ~

G

Gaio r-t a

Galo (Asinio) dc.nGaio (c Heiio)

: ; ;

;

%lGargiho Marcial 510Gavio BassoGelio(A..) WW WW!Germanico (Cesar)

.'.'''

Gildas.

Graco(o ..;;:;;;;;;;;; ^Granio (C.) Liciano . ... '513Gracio Falisco ' ' '

497Gregorio 1, papaGregorio dc Tours. ....

49851350127

527527

H

Helio Donato..

~ 1QHeiio (Q.) Tuberao". :

.'

.'

' °Ailie ,0 (S.) Peto flHeJio (L.) Estilao Prcconino.'.' 476-478Hermogemano.

. . . -inHigmo, v. Julio (C.) . 40cHoracio (O.) Flaco %%Hortencio (A.) Qrtalo . . I79

Labeao v. AntisiioLaberio (Decimo).

. a rxLabieno(T.) .WW; %.Lampadiao (Otavio)

"47->

Lampridio (Helio) 517Lanuvino (Lucio) .' ,'

459Latancio v. Firmiano. . sisLelio(C) WW"" 476-Leao 1 papa. -o~LePkio(M.)....WWW tikf?vio ; %\Licimo (C.) Calvo. ... 487Licinio (C.) Macro. ... "476Licimo (P.) Crasso 475picinio (L.) Crasso. ... 475Licimo (L.) Luculo. . .

'477LivioCT.) ; %'

7-Longmo (Cassio) 409.Longo (Velio) 5 jjLucano v. Aneu (M.) 504Lucilio (C.) Menor '"474Lucrecio (T.) Caro.

. .

" '

486t-.uta.ao (O.) Catulo. . .

.

474-476

M

Macro (Pompeu ?).... 497Macro (Emiiio). ... 4goMacrobio (Ambr6sio TeodoskWW 525Mamertmo (Claudio).

. . . S18

Page 531: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

531

Manilio (M.)Marcelo Empu-icoMarcelo (Nonio)Marcelo (Ulpio)Marciano (Volusio)Mario MaximoMario (C.) Vitorino. . . .

Mario (F.) VitorinoMarcial v. Valerio (M.'J. .

Mareiano (M.F.) Capela. .

Masiirio SabinoMaterno (Curiacio)Mauro (Servio) Honorato

vio

Meccnas (C.) CilnioMela v. PomponioMelisso (C.)

Merobaude . . .

Metelo (O. Cecilio)Metelo (O. Macedonico)Minucio (M.) FelixModerate (L.) Junio Coluraela. . .

Modestino (Erenio)Miicio (P.) CevokMiicio (O,) Cevola

Ser-

497522517514514517519519506523499505

522489503484525472475516503516475475

N

Namaciano (Ru tilio) 525Nasica (P. Cipiao) 472Nazario 518Nemesiano (M. A. Olimpo) 517Nero, imperador. 502Nevio (GN.) 465Nigidio (P.) Figulo 485Novaciano 517Novio 474

Oftlio (A.) 479tJpio(C) 485Orbfiio 493Orosio (Paulo) 525Ostio 474Oviclio (P.) Nasao 495

Pacato (Drepanio) 518Pacuvio (M.) 468Palaclio Rutilio 520Paulino (S.) Merop-io Poncio 524Papiniano (Emilio) 516Papinio (P.) Estacio • 506Papirio (Sexto) 464Pedao Albinovar.o 497Persio (A.) Flaco 504Petronio (C.) Arbitro 585

Planciades (F.) Fulgencio 525Plauto Maeio (T.).T 466plinio (C.) Cecflio Scgundo 510Plinio (C.) Segundo 505Plocio (Mario) Sacerclote 517Poliao (Asinio) 490Porapeu Festo 498Pompeu Trogo 498Pomponio (L.) Bolonhcs 474Pomponio Mela 503Pomponio Porfiriao 516Pomponio Segundo 505Pomponio (T.) Atico 479Pontico 497Porcio (Licinio) 474Porfiriao v. Pomponio 516Postumio (A.) Albino 472Prisciano 526Procolo 499Propercio (Sexto) 495Prospero da Aquitania 525Prudencio (A.) Clemente 524Publilio Siro 484

Q

Ouadrigario (Claudio) 476Quintiiiano v. Fabio CO.) 507Ouincio (T.) Ata 473

R

Rabu-io 490Remio (O.) Patemao 503Reposiano 51 7Rufino (Turanio) 524Rufio Festo Avieno v. Avicno. . . . 520Rufo (Sesto) 520Rutilio (P.) Lupo 499.Rutilio (P.) Rufo 476

Salustio (C.) Crispo 4S6Salvio Juliano 512Santra 498Scribonio Largo 508Sedulio 525Sempronio (P.) Asseliao 475Sempronio (C.) Tuditano 475Seneca v. Aneu 475Sereno (O.) Samoruco 517Servio Mauro Honorato 522Sesto Pomponio. . 512Setimio Severo, imperador 516Simaco v. Aurelio (O.) 52

1

Silio (C.) Italico. . .

~.' 506Sila (L.) Cornelio 476Sinio Capitao : 498Soliuo (C. Julio) 517

Page 532: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

p

-— 532 —Selio (G.) Apolinario Sidonio ..... 525Sulpicio (C.) Apolinario 513Sulpicio (Ser.) Rufo

'

479Sulpicio (S.) Galba 475Sulpicio Severo 524Sulpicio Vitor ' 5J9Svetonio Tranquilo 511

Tacito v. Cornelio 509Terenciano Mauro 51sTerencio (P.) Afro 469Terencio (M.) Varrao 478Terencio (p.) Varrao Atacino : 487Terencio (O.) Scauro 512Tertuliano (Q.) Setimio Fl 516Tibeno mperador 501libulo Albio 495Titinio 47QTrebacio (C.) Testa. .......... . . . 499Trebelo Poliao 517Triboniano 528Trogo v. Pompeu 498Tuberao v. Helio 487Tuca '

' '

490Tulio (M.) Cicero 479Tulio (O.) Cicero 435Tulio (M.) Tirao

[ 483Turpilio 47Q

Ulpiane (Domicio)

.

Valerio Anciate v. Anciate"Valerio Catao iq-Valerio (C.) Falco '.'.'.'.'...'.'.

505Valerio Maximo cmValerio (M.) Marcial .....'".".'"'

506Valerio (M.) Messala Corvino. 490Valerio (M.) Probo .'

] 504Vario (L.) Rufo. .

.

' 499Vegecio (Flavio) Renato

. . 522Vegecio (P.) Veterinario 599Veleio (M.) Patercolo 501Venancio Fortunato 5)7Vergilio (P.) Marao .

...." 490

Verrio (M.) Flaco ' 495Vespa 5J7Vipsanio (M.) Agxipa 490Vitor v. Aurelio, Claudio 520Vitorino v. Mario, Fabio 519Vitruvio Poliao 499Volcacio Galicano. 517Vopisco v.' Flavio

at

Page 533: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci
Page 534: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci
Page 535: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

INDICE MORFOLOGIC0

DOS

ill::iflr

i

SUBSTANTIVOS E ADJETJVOS QUE APRESENTAMALGUMA PARTICULARIDADE NA DECLTNACAO

E DOS

PRONOMES

O primeiro algai-ismo indica o numero marginal progressive) dos garagxa-tos. A abreviacao pat/., que as vezes o precede, por excecao, designa a pdainaque deve ser consultada.

' '

Os outros algarismos ou as letras do alfabeto assinalam as subdiviseesdos paragrafos.

Abraham, 42.

Abrandamento, 163, a.

Abreviacao, 163, a.

Accipiter, pag. 35.Acer, 56, a.

Acus, 38.

Adam, 42.Adjetivos, primeira calsse,

52; segunda classe, 53;adjetivos em x e is,

quando nomes proprios,obs. 1, pag. 57; osnomes dos meses verda-deiros adjetivos, pag.57, obs. 2; observancessobre as desinencins dosadjetivos em ns, pag.59, observacpes. — Ad-jetivos numerais: esque-ma geral, 61; cardinais,62; ordinais, 64; dis-tributives, 69; adver-V)ios numerais, 70; mi-meros fracionarios, 67.— adjetivos possessi-vos, 69.

Abreviacao, 163, a.

Admodum 57,' VII, os.

Adulescens, 30, c; 57, V.Adverbios (comp. e sup.

dos adverbios, 58; ad-verbios numerais, 66;adverbio em geral 141;de lugar 142; de tempo,143; modo e qualidade144; comp. e super!,dos adverbios, 1 44, d, c.

Aedes, 56.

Aeque... ac, 59, a.

Aeque... atque, 59, a.

Agnus, 22, a.

Alacer, 57, V.Ales, pag. 57.

Aliquis, 76, //.

Alius, 76, c.

Alongamento, 163, a.

Alter, 76, b.

Alteruter, 76, a.

Ambo, 62, b.

Amphora, 20, b.

Amussis, 29, 3.

Analitica (morfologia) 153-

163.Anceps, pag. 58.Anterior, 57, IV.Antiquus, 56, c.

Aferese, 163, b.

Apis, 30, c.

Apocope, 163, /;.

Arcus, 38.

Artus, 38.

Assiduus, 56, c. obs.

Assimilacao, 165, b.

Auxilium, 26.

Balneum, 46.

Betlileem, 42.

Bonum, 26.

Bonus, 57, I.

Bos, 33.

Buris, 29, 3.

Caelebs, pag. 57.

Caelicola, 20, c.

Caelum, 46.

Canis, 30, a.

Carbasus, 46.

Career, 36.

Caro, 53.

Castrum, 26.

Cera, 21.

Cetera, pag. 54.

Ceteri, 76, d.

Chorus, 22, a.

Cicur, pag. 57.Civitas, 30, c.

Cliens, 30, c.

Comitium, 26.

Comparativo e superla-tivo — parte morf.:55—58. — parte sinta-tica: 59-60; 306-319.

Compos, pag. 57.Conjuncoes coodenativas

150;subordinativas, 151.Contracao, 163, a.

Copia, 21.

Cor, 38, obs.Credibilis, 57, V.Cum pospoe-se aos pro-

nomes, 68, c.

Darius, 22, b.

David, 42.

De, 60, a.

Dea, 19.

Declinacao grega, 47-49Degener, pag. 57.

Deses, pag. 57.

Deus, 22, a; 25, d.

Dexter, 57, III.

Dicio, 34.Dicus (adjetivos em dicus,

jicus, volus), 56, d.

Difficilis, 56, /;.

Digitus, 25, c.

Ditongacao, 163, a.

Dis, pag. 58.

Dissimilis, 56, b.

Dies, 40.Dives, pag. 57; 56, e.

Domus, 57.

Dos, 30, c.

Page 536: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

=— 536 —Drachma, 20, k.

Duo, 62, b.

E, ex, 60, a.

Ecquis, 74.

Egenus, 56, d.

Ego, 68.

Elisao, 163, b.

Epentese, 163, b.

Epulum, 46.Ex, e, 60, a.

Exiguus, 56, c, obs.Exlex, 54, /;.

Expers, 54, b.

Extera, pag. 54.Externus, 57, III.Faber, 25, d.

Facilis, 56, b.

Facultas, 36.Falsus, 57, V.Familia, 20, a.

Fas, 42.Fauces, 30, c.

Febris, 29, 4.

Festas, era -alia, 45.Ficus (ad;, emjicu.y, dicus

e t'olus), 56, d.Filia, 19; 20, a.

Filius, 20, a/ 22; 25, a.Finis, 56.Fors, 54.Fortima, 21.Fracoes, 67.

Frater, pag. 55.Fraus, 30, c.

Fretum, 39, e.

Frugi, 54, a; 56, /.

Frux, 54.Genitive, partitive, 60, a.Genius, 22, b.

Glis,_30, c. .

Gracilis, 56, b.

Gratia, 21.Hie, pron. 70; adverbio.

de lugar, 142.Hortus, 26.

Humiiis, 56, /;.

Idem, 70.

Idoneus, 56, 6-.

Ille, 70.

Imbecillis, 56, b, obs.Immemor, pag. 57.Impedimentum, 26.Impetus, 39, /.

Impos, pag. '37.

'mpubes, pag. 57.Inclitus, 57, V.Incremento, 163, a.Inferos, 57, III.

Infitias, 43.Inops, pag. 57.Instar, 42.

fnterjeicoes, 152.Interior, 57, IV.Ipse, 70.

Ipse e met reforcativosdos pronomes pessoais68, d.

Is, 70.

Isaac, 42.Iste, 70.

Iter, 35.

Jacob, 42.

Jecur, 33.

Jerusalem, 42.

Jesus, 37.

Jocus, 46.

Joseph, 42.Jubar, 32, a.

Jugerum, 45.

Jupiter, pag. 55.

Jus, 35.

)uvenis, 30, a; 57, V.Lacus, 38.Laus, 30, c.

Liberia, 19.

Lis, 30, c.

Littera, 21.Locuples pag 58.Locus, 46.Longe, 60, c.

Longinquus, 57, V.Ludus, 26.

Macte, 54, a.

Magis, na formacao docomparative 56,' c: 57,VII, obs.

Magnus, 57, I.

Malus, 57, I.

Mane, 42.Manna, 42.Mas, 30, c.

Mare, 35.

Mater, 20, a; pag. 35.Maturus, 56, ./.

Maxime, na formacao dosuperlative 56, c; 57VII, obs.

Meme, 68, d.

Memor, pag. 57.Mensis, 30, c.

Met e ipse reforcativosdos pronomes pessoais,68, d.

Metatese, 163, b.

Meus, 22, c; 69.Milia, 63, b.

Mille, 65. a.

Minus... quain, 59, ti, 2.

Modius, 25, _.

Morl'ologia analitica, 153--163.

Multo, 60, c.

Multus 57, II.

Munus, 33.

Mus, 30, c.

Naris, 56.

Nauci, 45.

Xecesse, 54, a.

Nectar, 52, a.

Nefas, 42.Nemo, pag. 84.Nequam, 54, a; 56, /.

Neuter, 76, a.

Nihil, Nil, 77, a.

Nihilum, 77, b.

Nix, 30, c.

Nomes gregos, 47-49Nonnullus, 76, e.

Nos, 68.

Noster, 69.

Nostras, 69.

Nostrum, nostri 68, /;

Novus, 57, V.Nullus, 62, a; 76, d.Nummus, 25, c.

Numquis, 74.Ocys, 56, h.

Omnium, 60, c.

Opera, 21.

Ops, 34, 36.Optimates, 30, c.

Os, 35.Panis, 30, c.

Paragoge, 163, b.

Parens, 30, c.

Pariter... ac, 59, a.Pars, 36.Particeps, pag. 57.Partus, 38.Parvus, 57, I.

Pascha, 42.Pater, 20, a; pag. 35.Pauper, pag. 57.Pecu, 38.

Pelagus, pag. 30, 3.

Penates, 50, c.

Per, prae indicando super-lativo, 56, j.

Permutacao, 163, b.

Pessum, 43.Prius, 56, c, obs.Plebs, 45.

Plurimus, 57, II.

Plus, pluris, 57, II.

Pondo, 42.Portus, 38.

Postera, pac 54.

Posterus, 57/ III.

Potis, 56, g.Praeceps, pag. 58.

Praecipue, 57, VI i, obs.Prcposicoes que rcgem o

ac. 146; que regem oablativo, 147; que regemo ac. e o ablativo, 148.

Prex, 54.

PrinceDS, ]iag. Cu.Prior, 57, IV.Probabilis, 57, V.Propinquus, 57, V.Prosperus, 56, J.Protese, 165, b.

Page 537: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

537

Providus, 56, d.

Pulcher, 56, a.

Quadrupes, pag. 57.Quaestus, 39, b.

Qualiscumque, 78, a.

Qualis, 75.

Quam, 59, a, b; 66,Quantus, 75; 77, c.

Quantuscumque, 7<S,

Quercus, 3S.Qui, 71.

Quicumque, 76, g, II.

Quidam, 76, g, j.

Quilibet, 76, g, IV.Quis, 72.

Quisnam, 74.

Quispiam, 76, J, IV.Quispiam, 76, J, III.

Quisque, 76, _/, I.

Quisquis, 76, J, V.Quivis, 76, g, III.

Quod, 71.

Ravis, 29, 5.

Renes, 30, c.

Requies, 45.

Res, 40.

Reses, pag. 57.

Respublica, 50.

Rostrum, 26.

Rus, 35.

Sacer, 57, V.Sal, 32, a; 36.

Saiur, 52, obs.Sedes, 30, b.

Semis, 42.

Senatus, 39, b.

Senex, 33; 57, V.

Sescenti, 62, c.

Sese, 68, d.

Sestertius, 25, c.

Similis, 56, /;.

Sitis, 29, 5.

Solus, 62, a; 76, d.

Sors, 36.

Sospes, pag. 57.

Specus, 38.

Spons, 54l.

Strenuus, 56, c, obs.

Substantivosgregos, 47-49Sui, 68.

Sumptus, 39, b.

Supellex, 33.

Superlativo cf. compara-tive

Superstes, pag. 57.

Superus, 57, III.

Supplex, pag. 57.

Sus, 33.

Suus, 69.

Sincope, 163, /;.

Talis... qualis, 79.

Tarn... quam, 59, a.

Tantus, 77, c.

Te, reforcativo de lit,

68, d.r

Teres, pag. 57.

Terraemotus, 50.

Terrigena, 20, c.

Tete, 68, d.

Tonitrus, 39, a.

Tot... quot, 79.

Totus, 62, a; 76, d.

Tribtis, 38.

Tu, 68.

Turmi!tus, 539, b.

Tussis, 29,,5.

Tuus, 69.

Uber, pag. 57.

Ullus, 62, a; 76, d.

Ulterior, 57, IV.Unus, 62, a; 76, d.

Unus (omnium), 60, c.

Unusquisque, 76, /, IIUter, 73.

Utercumque, 76, a.

Uterlibet, 76, a.

Uterque, 76, a.

Utervis, 76, a.

Vacuus, 56, c, obs.Valde, 57, VII, obs.Vas, 45.Vates, 30, b.

Vel, 60, c.

Verram, 43.

Versicolor, pag. 57.Veru, 38.

Vester, 69.

Vestras, 69.

Vestrum, vestri, 68, b.

Vetus, pag. 58; 57, V.Vigil, pag. 57.

Vigilia, 21.

Virus, 27, 2.

Vis, 29, J; 30, c; 34.Vix, 34.

Volucris, 30, c.

Volus, (ad;, em volus,

dicus, jicus), 56, </.

Vos, 68.^

Vulgus, pag. 30, 2.

Gramatica I,atino, 35

Page 538: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci
Page 539: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

II

INDICE VERBAL

MORFOLOGICO E SINTATICO

I. MORI'OLOCICO

primciro algarismo indica a pdgina, o segundo o ninucro progressiva dos

pardgrajos marginals ou da lisla verbal dos vcrbos irregularis; as letras do atjabclo

indicant as suas subdivisocs.

* ABREV.: C. = {vcrbo) romposto.

II. — SINTATICO

As citacoes cm grijo, que vcem dapois da lelra. S. {=Sintaxe), rejerem-se ds

construcoes sintdticas. primciro algarismo indica o numcro marginal progressiva

dos pardgrajos. /Is letras do alfabeto ou os algarismos as suas subdivisoes.

Abeo, 138, 132 e nota III,

pig. 141.

Abigo, 122, 57, c.

Abdo, 120, 3, c; 122, 53.

—*S. 192, obs. 2.

Adjicio, 125, 105, c.

Abluo, 120, 7.

Abnuo, 122, 54, c.

Aboleo, 120, 15.

Abscido, 123, 54, c.

Absolve, S. 234; 356, b.

Abstergeo, 122, 45, c.

Abstineo, S. 223, c.

Absum, 89, 82. — S. 186,

c; 284, b.

Abundo, S. 251.

Abutor, 132, 241, c.

Accedit,.?. 450, obs./.

Accedo, 123, 68, c.

Accidit, 149, 140, III.

S. 461, a.

Accio, 121, 21, c.

Accipio, 123, 66. — S.

209, b; 222; 379, a.

•iccurro, .124, 78, c.

Accuse, S. 234.

Acquire, 127, 136, c,

Accubo, 119, 2, c.

Acuo, 122. 54.

Addo, S. 450, obs. /.

Adduco, 106, 104, /; 453,

b. III.

Adco, 138. 152, nota ///,

IV. — S. 250.

Adbeieo, 121, 28, c.

Adhibeo, 121, 27, c.

Adimo, 124, 84, c.

Adjicio, 107, 107; 125,

105, c. — S. 450, obs. /.

Adjunco, 125, 106. c.

Adjuvo, 120, 6, c. — S.

247, a.

Adipiscor, 110, 110, obs.;

131, 220. — S. 453, b,

III.

Admiror, S. 379, c.

Admoneo, 121, 35, c. —S. 252; 274; 381, d, IV.

Adnuo, 122^54.Adorior, 133, 254, c.

Adsentio, 130, 207, c.

Adsequor, 132, 239, c.

Adsum, 89, 82. — ,9. 284,

a, obs. 1; 401, b, II.

Advenio, S. 192.

Adverser, S. 285, a.

Aestimo, S. 212.

Affero, 106, 104, /; 135,

129.

Afficio, 107, 107; 124,

g7^ c ._ -c. 200, d.

Affic'ior, 124, 87, c.

AHirmo, S. 379, a.

Affligo, 122, 56.

Affluo, S. 231.

Ago, 122, 57. — S. 379,

c; 453, /', /.

Aggredior, 131, 225, c. —,V. 250; 360, a.

Agnosco, 129, 190.

Aio, 144, 136. — S. 485.

Algeo, 120, 16.

Ailicio, 125, 102, c.

Alo, 122, 58. — S. 207.

Amo, 98, -96; 99, 97;

116, 116; 116, 117.

Ambio, 138, 132, nota ///.

Ambulo, S. 191; 215, obs.

1.

Amicio, 130, 194.

Amitto, 126, 116, c.

Amplector, 131, 221.Ango, 126, 114, c.

Antecedo, S. 288. .

Anteeo, S. 288; 311.

Animadverto, 129, 178, c.

—S. 379, a; 391.

Antecelio, 122, 59. — £.

288; 311.

Antepono, 127, 133, c.

Antisto, 120, 12. c.

Aperio, 130, 195.

Appareo, 1.9. 236, a.

Apparet, tS1

. 377, a.

Appello, as, avi, are, 258,

b: S. 259, a.

Appello, is, appuli, ere,

126, 126, c. — S. 192;

356.

Appeto, 127, 129, c.

Arbitror, c9. 364, obs. 2.

Arcesso, S. 234.

Ardeo, 120, 17.

Areuo, 122, 60. — LV. 234.

Ampio, 107, 107.

Ascisco, 129, 183.

Aspergo, S. 257.

Aspicio, 107, 107; 123, 61.

— S. 391.

Assentior, 132, 245. — .S\

216, d.

Assuefacio, 124, 87, c.

S. 375, b.

Assuesco, S. 375, /).

Assuefio, 124, 87, c.— .9.

375, b.

Assentior, S. 216, d.

Assequor, S. 455, /<, ///.

Attendo, 128, 165, c.

Attlnet, S. 282, b; 375, a.

Page 540: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 540

Attingo, 128, 163, c.

Attollo, 129, 169, c; 135,129, c.

Audeo, 133, 255.— S.375, b.

Audio, 104, 102; 105, 103;S. 222, b; 379, a; 392;406, obs. 2.

Aufero, 135, 129.Aufugio, 107, 107; 5 25

97, c.

Augeo, 120, 18.

Auxilior, S. 283.Ave, 148, 139, b.

Bello, ^S". 216, d.

Benedico, 106, 104, j.—S285.

Bibo, 123, 62.Blandior, 132, 244, S. 283.Cado, 123, 63.Caedo, 123, 64.Calefacio, 106, 104,/; 124,

87, c; 136,?J130, obs, 1

Calefio, 124/87, c: 136130, obs, /"

Cano, 123, 63. — S. 209-292, obs. 2.

Capio, 107, 107; 108, 109,103, ,5". 123, 375, b.

'

Careo, S. 231.Carpo, 123, 67.Caveo, 120, 19. — .9. 286;

374, c.

Cedo, 123, 68.Cedo, 148, 139, cCelo, S. 254.Ceno, 120, 9. — S. 214Censeo, 121, 20. — S.

236 c; 381, d, II.

Cerno, 123, 69. — S. 391.Certo, S. 216, d.

Cieo, 121, 21.

Cingo, 123, 70.Circumago, !22, 57, c.

Circumdo, 119, 3, c. — S257.

Cifcumsisto, 128, 153, c.

Circumsto, 120, 12, c.128, 153, c.

Circumvenio, S. 250.Clamo, S. 485Claudo, 125, 71.Coanruo, 122, 60, c. — .V

234.

CoSmo, 124, 84, c.

Coepi, 146, 13S. — £.257;283, obs. 2; 575, b; 362.

Cogito, S. 209, b; 375, b-379, a.

Cogo, 122, 57, c. — S192; 237; 279,^; 587,c; 453, b, III. "

Cognosce 129, 190. — S222; 236, c; 375, obsa, b; 579, a; 406, obs. 2.

Cohaereo, 121, 28. c.

Colligo, 126, 108, c. —

5

192.

Colloco; S. 191.Colloquor, 131, 228, c

S. 216, d.

Colo, 123, 72.Combui-o, 129, 175, c.

Comedo, 124, 83, c.

Comitatus (par. de comi-tor) S, 227, obs. 4.

Comitor, 110, 110, obs.Commoneo, S. 274.Commoveo, 121, 37, c.

Committo, 126, 116, c.

Communico, S. 216 dComo, 124, 84, c.

Comparo, S. 216, d.Comperio, 130, 201, c— S. 379, a.

Compingo, 125, 103, c.

Complector, 110, 110, obs.;131, 221, c.

Compleo, S. 231.Concedo, S. 379, b; 382,

g; 453, b, III.

Concino, 125, 65, c.

Concio, 121, 21, c.

Conclamo, S. 379, a.

Concoquo, 123, 76. c.

Concupisco, 129, 185.Concurro, 124, 78, c.

Concutb, 107, 107; 127,137, c.

Condemno, S. 234; 235Condo, 119, 3, c; 122, 53 cConduco, 124, 83, c.

Conducit, tS1

. 577, a.Confercio, 130, 197 cConfero, 106, 104, /,• 135

129, — S. 216, d.

Conficio, 107, 107; 12487, c; 136, 130.

Confido, 115, 1 15; 155,256, c. — S. 258, b-381. c.

Confiteor, Ii0, 110. obs •

131, 212, c.

Confiigo, 122, 56, c.

Contango, 125, 95, cConfugio, 107, 107.Congero, 125, 100. c.

Congredior, 131, 225, c.

Congrego, S. 192.Conjicio, 125, 105, c.

Conjungo, 125, 106, c— S. 216, d.

Connecto, 126, 118 oConor, S. 375, b; 433, obs.

Conscendo, S. 556, a.Consequor, 132, 239 c— S. 453, b, . IllConsentio, 130, 207 c

S. 216, d.'

'

Consero, rui, 128, 149, c .

Consero, sevi, 128, 15o' c.

Concedo, S. 379, b.

Consido, 123, 73. — .9

186, d.

Consisco, 129, 194.Consisto, 128, 153, c.

Conspicio, 123,61.-^9.391.Constat, S. 377, a.

Constituo, S. 191; 375,b; 379, b; 3S2, j; 453,b, III.

Consto, 120, 12, c. — S211.

Construo, 128, 161, c.

Consulo, 123, 74. — S256, c; 286; 453, b, I.

Consumo, 124, 84, c.

Consurgo, 127, 140, c.

Contemno, 123, 75.Contendo, 128, 165, c—S

375, b; 453, b, I.

Contero, 129, 166, c.

Contexto, 129, 167, cContineo, S. 209, bContingit, S. 461, a.Contingo, 128, 163, c.Contorqueo, 122, 47 cContraho, 129, 170 'c —

S. 192.Contundo, 129, 173, c .

Convenio, 130, 210' cS. 192, obs. 1. '

Convenit, S. 377, a.Converto, 129, 17S, c.

Convinco, S. 234.Convoco, S. 192.Cooperio, 130, ]95 cCogo, 122, 57, c. — S

379, b; 587, e.

Conficio, 106, 104, /•

Conjicio, 107, 107.'

Conor, S. 375. b.

Consequor, 132, 239, c.

Consnicio, 107, 107.Coquo, 125, 76.Corrigo, 127, 140, c.

Corriiiio. 107, 107.Corrumno, 127, 145, c.

Credo, 122, 53, c. — S.242; 236. c; 364, obs.2; 379, a.

Creo, S. 236, c.

Crepo, 119, 1.

Cubo, 119, 2.

Cumulo, S. 231.Cupio, 107, 107; 124, 77.— S. 237; 375, b; 379,

b; 582, a.

Page 541: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

:1

1

»

§&$%i

Curo, S. 257; 387, c;

404; 453, b, I.

Curro, 124, 78, — S. 191;

250.

Damno, S. 234; 235.

Debeo, 121, 27, c. — S.

257; 283, obs. 5; 561;

375, b; 478, obs. J; 479,

obs. 2.

Decedo, 123, 68, c. — .S1

.

223, a.

Decerno, 125, 69, c. — S.

379, b; 382,/; 453, b.III.

Deccrpo, 123, 67, c.

Decet. 149, 140, II. — S.

248, a; 375, a; 377, «.

Decipio, 123, 66, c.

Declare, 6'. 236, c; 379, «.

Dedecet, 149, 140, II. —S. 24S, a; 377, a.

Dedisco, 129, 187, c.

Dedo, 122, 55, c.

Dedoceo, iS. 254.

Defendo, i5>\ 223, c.

Deficio, 124, 87, c; 156,

130. — S. 233; 247, kDefit, 148, 139, d.

Deflecto, 125, 92, c.

Defleo, £..249.

Defungor, 131, 224, c.

Dego, 122, 57, c.

Dejicio, S. 223, c.

Delectat, S. 375, a.

Delcctor, S. 204.

Deleo, 100, 98; 101, 99.

Deligo, 126, 108, c.

Delinquo, 126, 110, c.

Demetior, cf. dimetior.

Demo, 120, 4; 124, 84, c.

Demolior, 132, 249, c.

Depello, 126, 126, c.

Dependeo, 121, 38, c.

Deposco, 130,' 192, c.

Depromo, 124, 84, c.

Derideo, 121, 41, c. — S.

249.

Deri-o, 127, 140, c.

Descisco, 129, 186.

Describe, 128, 148. c.

Descro, I2S, 149. c.

Designo, £. 256, c.

Dcsif. -V. 562, ,-.-.

Desiiio, 130, 203. c.

Desino, 12S. 152, c. — S.

257; 375, l>.

Desipio, 107, 107; 127,

Desisto, 12S, 155, c. — S.

223, c; 362, a; 565, b;

Despicio, 107, 107; 125,

61, c.

Desti-inso, 1.28, 160, c.

Desura,~89, 82. — S. 284;401, /;, 2; 475, d.

Detego, 128, 164, c.

Detendo, 128, 165, c.

Deterreo, S. 419.

Detineo, S. 419.

Detorqueo, 122, 47, c.

Devovco, 122, 52, c.

Dico, 106, 104, j; 106,

105, c; 124, 79. — S.

174, q; 229; 236, b; 240;

241; '242; 259, a; 375,

obs. a, b; 579, a; 3S1, a;

406, obs. 2; 485.

Differo, 135, 129.

Diffido, 115, 115; 133,

256, c. — S. 285, c.

Diffindo, 125, 90, c.

Dignor, S. 219, b, II,

obs.; 379, c.

Digredior, 131, 225, c.

Dilabor, 131, 227, c.

Diligo, 126, 108, c.

Diluo, 126, 112, c.

Dimetior, 110, 110, obs.;

132, 248, c.

Dimico, S. 216, d.

Dimitto, 126, 116, c.

Dirimo, 124, 84, c. — S.

223, c.

Diripio, 127, 139, c.

Diruo, 127, 144, c.

Discedo, S. 223, a.

Disco, 129, 187. — S. 222;

254, b; 291; 375, b; 409,

a, obs. 1.

Disjungo, S. 223, c.

Dispergo, 128, 155, c.

Dispertior, 132, 251, c.

Dispungo, 127, 135, c.

Dispute, S. 216, d.

Dissero, 128, 149, c. — S.

216, d.

Dissentio, 130, 207, c.

Distinguo, 124, 80. — J.

S. 223, c.

Disto, 120, 12, c. — S.

186, c; 223.

Divide, 124, 81.

Do, 119, 3. -~ S. 281;

294, />, c; 401, b, 2;

404; 452, b, II; 455, b, I.

Doceo, 121, 22. — S. 214:

254; 375, b; 579, .;.

Doctus, S. 254, b, obs.

Doleo, S. 204; 379, c;

357, a.

Dorao, 120, 4.

Dono, S. 420; 456; 457; 438Duco, 106, 104; j; 124,

82. — 6'. 212; 259, a;

236, c; 282; 294, b;

556, a; 579, a.

Edico, S. 579, a; 453, b,

III.

— 541 —Edo, edidi, ediium, 122,

53, c._

Edo, edi, esum, 124, 83;141, 134.

Edoceo, S. 254 a, b, obs.

EdGco, 106, 104, j; 124,

82, c. — S. 356, a.

Edfico, 124, 82, c.

Effero, 106, 104, }; 135,

129.

Efficio, 106, 104, /; 124,'

87, c. — S. 236, c;

259, b; 387, d.

Efficitur, £. 461, a.

Effingo, 125, 91, c.

Effodio, 107, 107.

Effugio, 125, 97, c. — £.

247, c.

Egeo, & 231.

Egredior, 131, 225, c.

Elicio, 125, 102, c.

Elido, 125, 107.

Eligo, S. 236, c.

Elucei,_ S. 377, a; 110.

Ementior, 110, 11.0, obs.;

132, 247, c.

Emetior, 152, 248, c.

Emico, 120, 8, c.

Emo, 124, 84. — S . 213;222.

Emorior, 132, 229, c.

Enitor, S. 375, b.

Eo, 106, 105, c; 138, 132e notas /, //. — 6\ 209,

b; 250; 294, c.

Eripio, 127,^ 139, c.

Erubesco, A 357, a.

Erudio, S. 207.

Esurio, 130, 196.

Evado, S. 236, a.

Evello, 124, 85.

Evenit, S. 461, a.

Exardesco, 129, 188.

Escedo, 123, 68, c.

Excello, 122, 59, c. — S.

288; 311.

Excio, 121, 21, c.

Excipio, 123, 66, c.

Excolo, 123, 72, c.

Excudo, 124,^86.Exeo. 138, 132, noia III.

Exhaurio, 130, 200, c.

Eximo, 124, 84, c.

Existimo, S. 212; 236, c;

240; 241; 242; 259, a;

379, a.

Existo, S. 256, a; 475, </.

ExoL-dior, 132, 250, c.

Exorno, A ^207,^^01)5. 2.

Exspecto, o. 433, obs.;

Exoedit, S. 577, a.

Expello, 126, 126, c. — S.

223._

Expergiscor, 131, 222.

Page 542: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

542 —LXP?

9J-HO'0110' obs.

Expeto, 127, 149, c.Expleo, S. 231.Explico, as, avi, 120, 5.isxphco, as , cui, 120, 5.txposco, 130, 192 cExprimo, 127, 134, c.Exqmro, 127, 136, cExs.sto, 128, 153, c.Extendo, 128, 165, c.Extmguo, 124, 80, c.Extollo, 129, 169, c; 155,

1 29, c.

Extorqueo, J 22, 47, cExtrudo, 129, 17'> cExtruo, 128, 161,'

c'

Exubero, S. 251.Exulto, S. 204.Exuo, LV. 231; 257.Facio, 106, 'l04, /• 107

107, 124, 87, ~'S. 212;— reum 234; 259, b;— ccrtiorem, 274- 574d; 379, a; 387, d; 406'obs. 2; 450, b.

Fallit, S. 248, /,

Fallo, 125, 88.Fai-cio, 130, 197.Fastidio, S. 375, l>.

Fateor, 131, 212'

Fatur, 146, 1377'

Faveo, 121, 23.Fcro, 106, 104, / 134

128; 135, 129. ~S 240-

„ 241; 281; 379. c.

I'erio, 150, 19S.Ferveo, 121, 24.Festiuo, S. 375, b.Fido, 115, 115; 133, 256.— S. 285, b.

tigo, 125, S9. — S 191Findo, 125, 90Fingo, 125, 91.Fio, 124, 87; 156, 130. —

-"• 236, a, c: 375, obs.<?, b; 427, obs.

Hagito, S. 255, a; 379, b-382, />.• 452, /,, /'/

Flecfco, 125, 92.Fleo, S. 249.Fiuo, 125, 93. — S. 250.i<odio. 107, 107; 125, 94(For, faris) fatur, 146, 157'

1'ormido, S. 249.Foveo, 121, 25.Frango, 125, 95.Fremo, 125, 96.Eruor, 131, 223. —- S

208; 560, a; 402, obs. /.bug ,o, 107, 107; 195, 97:f "git, S. 248. b; 575, o.I'ulcto, 130, 199.Fulgeo, 12],26;149,J40,/

Fidget, 149, 140, I.

Fundo, 125, 98.Ftingor, 113, 115; 131

224. — S. 402, 208;obs. 1.

Euro, 126, 114, c.

Gaudeo, 115, 115; 133257. — S. 204; 252-379, c.

Gemo, 125, 99. — S. 249;357, a.

Gero, 125, 100. — .V. 259d.

GJgno, 125, 101.Gignor, S. 220.Glorior, S. 204, obs. 2-

252; 379, ,:; 583, b.

Gradior, 107, 107; 131225. — S. 250.

Grandinat, 149, 140. I

Gratulor, ,9.-204, obs. j;

Incumbo, 125, 104.Incuso, S. 234.Indico, 124, 79, c.Indico, 124, 79, c .

Indigeo, S. 251.Indignor, S. 379, cIndo, <5\ 293..Induco, S. 375, b.

Indulgeo, 12], 29Induo, S. 257.Ineo. 138, 152, nota ITT~ S. 250; 375, /,.

fnfero, 155, 129.Iiificio, S. 231I"fit, 148. 159, c.

fnformo, S. 207.Ingemisco, 129. 189.Ingradior, 107. J 07- m

379, c; 383, /,.

Habeo, 121, 27. — S 21?-236, c; 259, a; 292; 294,'

b; 379, c; 381, c; 594-450, obs. j.

Habito, 5. 214.Haereo, 121, 28.Haurio, 130, 200. — S

222.

Horreo. S. 249; 575, b.

Hortor, S. 282; 452, b ITIcio, 130, 198, c.

Ico, 130, 198, c.

Ignoro, S. 379, a.

Ignosco, 129. 190, c.

Illicio, 107, 107; 125, 102lllido, 125, 107, c.

Illudo, 126, 111, c.

Imbibo, 125, 62. c — ?231; 254, /;.

Imbiro, S. 251, a; 254, bImitor, 111, 111; 116, 116,Tmpedio, S. 419.Tmpello, 126. 126, c. — S

387, c; 453, /;, III.Impertdeo, 12], 38, cImpendo, 127, 127, c.

Impero, S. 453. b, IVobs. 2.

Impertio, S. 257.Impertior, 132, 251, cImpetro, i?. 453. />.

.Impetro, t9. 453, b, litImpingo, 125, 105.Inrpleo, S. 251.Incedo, S. 216, c.

Incido, 123, 63, c.

'

Incido, 123, 64, c. — S191.

Tncipio, 125, 66, c. -- „V

257; 361, a; 37a, b.

Incito, S. 455, b, III.Incolo, 125, 72, c.

fncrepo, 119, 1, c.

Iniiaereo, 121. 28, c.

Injicio, 125, 105, 'c. — S287.

Inquam, 144, 135; 144156, obs. — S. 485.

Inquiro, 127, 136, c.

Inrideo, 121, 41, c.

Inscribo, 128, 148, c. — 6"1

191.

Insculpo, 127, 146 c— S. 191.Insero, 128, 150, c.

Insinralo, S. 234.Instituo, S. 207; 254 bInsto, 120, 12, c.

Instruo, 128, 161, c. — L?207.

Insum, 89, 82. — S '-'84

c; 292, obs. /.

lntellego, 126, 108, c.— S222; 379, a; 356, b.

Intercedo, S. 419, obs. 5.

Intercludo, 123, 71, c -S. 223, c; 419.

Interdico, 61

. 225, c: 4)9.obs. 1.

Intereo, 158, 152,' notaIII.

Interest, 149, 140, II. -

S. 275. e seg.; 375, a;577, a.

Interficio, 124, 87, c; 136,130.

Interimo, 124, 84, c.

Intermitto, 6'. 420.Interpretor, 110, 110, obs.Interrogo, S. 256, a.liitersum, 89, 82.Intexo, 129, 167, c.

fntiieor, lol, 218, c.

limm, 129, 175, c.

Invado, 129; 176, c.

Inveho, 129, 177, c.

Page 543: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

543

Invenio, 130, 210, c. — 6".

235, c; 391; 406, obs.

2; 475, d.

Invideo, 122, 51, c. — S.

283.Invito, S. 453, b, III.

Irascor, 131, 226, — S.

285, a.

Irrideo, S. 249.Ixrumpo, 127, 143, c.

laceo, ..V. 181.

Jacio, 107, 107; 125, 105.

Jubeo, 121, 30. — S. 379,b; 382, d; 387, /..

Jubeor, S. 239.

[udicor, S. 236, ;.

Jungo, 125, 106.

juro, 120, 9. — £. 581, c.

Juvat, 120, 6. — 6\ 248,/'/ 575, a. •

Juvo, 120, 6. — o. 247, a.

Labor, 131, 227.Laboro, S. 204; 453, b, I.

Lacesso, S. 209. b.

Lacio, 107, 107.

Laedo, 125, 107.

Laetor. £. 204; 379, <:.

Lambo, 126,114, c.

Lamentor, S. 249.

Lai-gior, 132, 246.Lavo, 120, 7.

Lego, 102, 100; 103, 101:

126, 108.

Libera, S. 225; 254.Libet, 149, 140, II. — S.

375, a.

Liceor, 131, 213.Licet, 149;, 140, II. — S.

575, a; 577, a.

Lino, 126, 109.

Linquo, 126, 110, c.

Locupleto, S. 231, a.

Loquor, 131, 228, — S.

209, b.

Luceo, 121, 31.

Ludo, 126, III. — S. 209.

Lucescifc, 149, 140, I.

Lugeo, 121, 52. S. 249;557. a.

Luo, 126, i 12.

M;icto, ;V. 257.

Maledicn, ^ 2S5.

Malo, 157, J5i. — S. 237;569; 375, b; 579, b; 582.

a, b, c: 452, b, II.

Mano, S. 252.

Mando, .V. 455, /., ///.

Manco, I2i. 55. — .V.

256, a.

Mature, S. 237.

.Medeor, 131, 214.

M editor, 110, 110, obs. -S. 237; 375.

Memini, 106, 104, j; 146,

138. — S. 273, a; 373,

obs. 1; 57B, b; 379, a;

381, b; 409, a, obs. 1.

Memoro, S. 406, obs. 2.

Mentior, 132, 247.

Mereor, 112, 112; 131, 215.

Metior, 110, 110, obs.;

132, 248.

Mcto, 126, 113.

Metuo, 126, 115. -- S.

575, A; 418.

Mico, 120, 8.

Minitor, S. 381, <.-.

Minor, S. 379, a; 381, ,.-.

Miror, S. 249; 579, c.

Misceo, 121, 34.

Misereor, 131, 216.

Miseret, 149, 140, III, —S. 260; 261.

Mitto, 126,-, 116, — S.

192; 281; 294, c.

Moereo, S. 204; 251.

Molior. 132, 249.

Molo, 126, 117.

Moneo, 121, 35. — S.

274; 581, a, d, TV; 452,

b, II.

Mordeo, 121, 56.

Morior, 107, 107; 132,

229. — S. 236, a.

Moveo, 121, 37, — S.

356; 453, b, III.

Multo, S. 235.

Muto, S. 192.

Mutuor, S. 222._

Nanciscor, 132, 230.

Narro, iS. 379, a.

Narror, S. 240.

Nascor, 132, 231. — S.

220, 236, a.

Nato, J?. 191.

Necto, 126, 118. .

Necubi por ne alicubi, 76,

h, obs. 2.

Neeunde em lugar de nealicunde, 76, //., obs. 2.

Ne-lego, 126, 108, c.

i\'e r:o, S. 541; 379; 485.

Ne quando uor ne ali-

quando, 76, /;, ol>!-. -.

Nequeo, 142. 155. — S.

257, 375, /•; o61

.

Nescio, 130, 206, c. ..V.

575, ,'v 379, ,?,- 456;437; 458.

Ningit, 126, 119; 149,

140, 1.

Nitor, 132, 232. — S. 209<?,- 453, b, I.

Noceo, S. 285.

Nolo, 157, 131. — S. 257;369; 374, b; 575, b; 379,/>; 3S2, a, b, c.

Nomino, S. 236, b; 259, a.

Nosco, 129, 190.

Novi, 146, 138.

Nubo, 126, 120.

Nudo, S. 231.Nuntio, S. 192; 379, a;

381, a.

Nuntior, S. 240.

Obeo, 138, 132, nota III.

Oblino, 126, 109, c.

Obliviscor, 152, 233; 126.

109, c. — S. 273, a:

575, b, 360, a; 379, a.

Obruo, 127, 144, c.

Obscquor, 132, 239, c.

Obsideo, 121,42, e.

Obsisto, 5. 419.

Obsto, S. 419.

Obsum, 89, 82.^— S. 284.

Occido, 123, 63, c.

Occldo, c; 123, 64, c.

Occulo, 126, 121."

Occulto, 126, 121, c.

Ocurro, S. 192; 283.

Odi, 146, 138. — S. 360, ,r.

Oflero, 135, 129.

Officio, 124, 87, c. — .9.

419.

Oleo, S. 251; 257, /;.

Omitto, S. 450, obs. 1.

Onero, S. 231.

Operio, 130, 195, c.

Opinor, S. 364, obs. 2;

379, a.

Opitulor, S. 283.

Oportet, 149, 140, II —S. 375, a; 377, a. obs.

1; 478, obs. J; 479,

obs. 1.

Opperior, 132, 245, c.

Opprimo, 127, 134, c.

Opto, 5. 379, b: 382, h;

452, b, II.

Orbo, S. 231.

Ordior, 132, 250.

Orior, 106, 105, c; 133,

254.—-S. 220; 221.

Orno. S. 207, obs. 2.

Oro, .S\254, rt ; 256. ,7,-152,

/'. //.

Ostendo, 128. 165. c.

Paciscor. 110, 110, obs.;

152, 254.

Paemtct, 149, 140, Hi. —.?. 260; 261: 575. a.

Pando, 126, 121.

Pango, 125, 105, c; 126,

123.

Parco, 126, 124, — S.

283.

Porio, 107, 107; 126, 125.

Paro, S. 375, b.

Partior, 110, 110, obs.;

110, 114; 132, 251.

Page 544: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

544

Pasco, 130, 191. — S.207.

Pascor, 130, 190; c.

Patefacio, 124, 87, c;

136, 130.

Patefio, 124, 87, c.

Pateo, S. 225.Patior, 107, 107; 133,

235. — S. 379, b; 382, e.

PclHcio, 107, 107; 125,102, c.

Pello, 126, 126. — S. 223,c.

Pcndeo, 121, 38. — S.209, b.

Pendo, 127, 127, -- S.212.

Perago, 122, 57, c.

Pcrbibo, 123, 62, cPercello, 127, 128.Percipio, S. 409, obs. 1.

Percontor, S. 256, a.

Percurro, J. 250.Percutio. 107, 107; 130

198, c; 127, 137, c.

Perdoceo, S. 254, a.Perdo, 122, 53, c.

Pereo, .138, 132, aota III;

453, b, III.Perficio, 124, 87, c. S. 453,

HI.Perfodio, 107, 107; 125,

94,_ c.

Perfringo, 125, 95, c.

Perfruor, 131, 225, c.

Perfundo, 125, 98, c.

Perfungor, 131, 224, c.

Pergo, 127, 140, c. — S.375, b.

Permaneo, 121, 33, c.— S.236, a.

Permitto, 126, 116, c. —A1,379, b; 382, g; 453,"

b, III.Permoveo, 121, 57, c.

Permukeo, 121, 39.Perpetior, 107, 107; 132,

235, c.

Persequor, 132, 259, c.

Perspiolo, 125, 61, c, S.

409, a, obs. 1.

Pcrsuadeo, 122, 44, c. —S. 381, d, I.

Pcrtiuet, S. 282, b.

Pervado, 129, 176, c.

Pervenio, S. 192.

Pessumdo, 6, c, obs. 2: 1193, c.

Pelo, 127, 129, — S. 184,d; 209, /,; 255, c; 452,b, II.

Piget, 149, 140, III. —£.260; 261; 375, a.

Pingo, 127, 130.

Placeo, S. 381, d, III.Placet, S. 375, a.

Plango, 127, 131.Plaudo, 127, 132.Plecto, 126, 114, c.

Pluit, S. 232.Polliceor, 131, 213, c. —

381, c.

Pono, 127, 133. — S. 191.Populor, 110, 110, obs.Porrigo, 127, 140, c. 255, a;Posco, 130,192— S. 255, a;

379, b; 382, /;; 452, /,, //.Possideo, 121, 42, c; 123,

73, c.

Possido, 123, 75, c.

Possum, 89, 83. - S.237; 283, obs. 2; 361;375, b; 427, obs.; 478,obs. -3; 479, obs. 1;480, obs. 4;- 481, obs. 2.

Pcstulo, S. 255. b; 379, b-

382/ /;; 452, b, II.Potior, 133, 252. —S

208; 402, obs. 1.

Poto, 120, 9.

Praebeo, 121, 27, c. — S259, c.

Prandeo, 120, 9.

Praecedo, S. 288.Praecipio, 123, 66. c. —

S. 453, b, III.Praedlco, 124, 79, c. —Praedlco, 124, 79, c. —

S. 453, b, III.Praeficio, 124, 87, c; 136,

130.

Praepono, 127, 133, c.

Praestat, S. 375, a.

Praesto, 120, 12, c. —6". 288; 311.

Praesum, 89, 82.— $. 284a; 401, b, 2.

Practendo, 128, 165, c.

Praetereo, 138, 132, notaIII. — S. 450, obs. /.

Praeterit,5. 248, b.

Praetermitto, 126, 116, c.— S. 420.Prandeo, 118, 9, obs. 2;

121, 40.

Premo, 127, 134.

Precor, S. 453, />, //.

Privo, S. 231.Probo, S. 227, obs. 3.

Prpcido, 123, 63, c.

Procumbo, 125, 104, c.

Prodeo, 138, 132, nota III.

Prodest, S. 377, a.

Prodo, 6". 379, a.

Proficisscor, 132, 236.

Profiteor, 131, 212, c.— S. 381, c.

Profligo, 122, 56, c.

Progredior, 107, 107; 131,225, c.

Probibeo, 121, 27. c. — S223, c; 379, b; 419.

Prohibeor, S. 239.Promitto, S. 379, a; 381, rPromo, 124, 84, c.

Propero, S. 375, /;.

Prospicio, 123, 61, c. —S. 286.

Prosterno, 128, 158, cProsum, 89, 82; — S. 284Protego, 128, 164, c.

Providco, 122, 51, c. — S453, /., /.

Pudet, 149, 140, III. —S. 260; 261; 375, a.

Pugno, S. 216, d; 251.Pungo, 127, 135.Puto, 6\ 212; 259, a;

364, obs. 2; 379, a.

Putor, S. 236, c; 240;241; 242.

Quaero, 127, 156. — S256, b.

Quaeso, 148, 139, a.

Quatio, 107, 107; 127137.

Queo, 142, 135, — A237; 575, /v361.

Queror, 132, 237, — S.249; 379, c.

Rado, 127, 138.Rapio, 107, 107; 127, 139.Recido, 123, 63, c.

Recipio, 123, 66, c. — S.209, b.

Recludo, 123, 71, c.

Recordor, S. 273, b; 379,a.

Recognoco, a. 216, d.

Recuso, S. 375, b; 419;420.

Redargue 122, 60, c.

Redeo, 138, 132, nota III.

Reddo, 1 99 &259,

Reclimo"'l24, 84, c.

Redoleo, 6". 557, /;.

Redundo, S. 23'.Refello, 125, 88, c.

Refercio, 130, 197, c. — S.231.

Refero, 135, 129,-6'. 229.Refert, 149, 140, II. — S." 276, a, II e sec; 375, ,?,•

377, a.

Reficio, 124, 87, c.

Refragor^^SS,^.Rego, 127, 140.

Relinquo, 126, 110, c.

Remaneo, 121, 33, c.

Rominiscor, 132, 238. — S.273, a.

Page 545: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

545

Renitor, S. 285, a.

Renuntior, S. 236, c.

Reor, 131, 217.

Repello, 126, 126, c.

Reperio, 130, 201. — S.

236, c; 475, d.

Repeto, 106, 105, c; 127,

129, c. — S. 184, d;

356, b.

Repleo, S. 231.

Repo, 127, 141.

Reposco, S. 255, ii.

Repugno, S. 419.

Reputo, .V. 212, b.

Resarcio, 130, 205, c.

Rescindo, 128, 147, c.

Rescribo, S. 281.

Resipio, 127, 145, c.

Resisto, 127, 153, c. —.S.419.

Respondeo, S. 281; 379,

a; 381, a; 485.

Respuo, 128, 157, c.

Restat, S. 461, a.

Resto, 120, 12, c.

Retineo, S. 420.

Retorqueo, 122, 47, c.

Retundo, 129, 173, _c.

Revivisco, 130, 193.

Rideo, 121, 41. S. 249.

Rodo, 127, 142.

Rogo, S. 252; 254, a

256, a;

452, b, II.

Rorat, S. 232.

Rumpo, 127, 143.

Ruo, 127, 144.

Sapio, S. 251.

Saepio, 130, 202. — S.

231.

Salio,'l30, 203.

Salve, 148, ,139, b.

Sancio, 130, 204.

.Sapio, 107, 107; 127, 145.

Sarcio, 130, 205.

Scalpo, 127,^146.Scateo, S. 231.

Scindo, 128, 147.

Scio, 106, 104, c; 130,

206, — i9. 373, obs.

/; 375, b; 379, a; 406,

obs. 2; 436; 457.

Sciscitor, S. 256, b.

Scribo, 128, 148. — S.

__229; 281; 379, a; 381, ,i.

Secerno, 125, 69, c. — S.

223, c.

Scco, 120, 10.

Sector, S. 247, d.

Scdeo, 121, 42.

Scjungo, 125, 106, c. — S.

223, c.

Sentio, 130, 207. — S.

;-, 379, a.

Separo, iS. 223, c.

Sepelio, 150, 208.

Sequor, 232, 239. — 6'.

247, d.

Sero, "is, serui, 128, 149.

Sero, is, sevi, 128, 150.

Serpo, 128, 151.

Sino, 12S, 152. — S. 379,

b; 382, c.

Si quando, sicubi, .sicunde

em lugar de si aliquan-

do, si alicubi, si aliunde,

76, h, obs. 2.

Sinor, ^. 239.

Sisto, 128, 153, c.

Sitio, >? 357, b.

Socio, iS1

. 216, d.

Soleo, 115, 115; 135, 258.— S. 237; 283, obs. 2;

575. /;; 361.

Solvo, 128, 154. — S. 234356.

Somnio, o. 251; 357, c.

Sono, 118, 11.

Sortior, 110, 110, obs.;

133, 253.

Spargo, 128, 155.

Specie 107, 107.

Spectat. S. 282, b.

Sperno, 128, 156.

Spero, S. 379, a; 581, c,

obs.

Spolio, ^. 231.

Spondeo, 121, 43.

Spuo, 128, 157.

Statuo, S. 191; 575, b;

379, b; 382, /; 453, b, IIISterno,.i28, 158.

Sterto, 126, 114, c.

Stillat, S. 232.

Sto, 120, 12; sto, as (com-

postos) 128, 153.

Sterpo, 128, 159.

Stringo, 128, 160.

Struo, 128, 161.

Studeo, S. 257; 283; 575,

b; 379, b: 382, a; 401,

b, 2; 453, b, I.

Suadeo, 122, 44. — S.

381, d, i; 452, b, II.

Subduco, 106, 104, J;

Subeo, 138, 132. nota, II!

— S. 250.

Subigo, 122, 57, c.

Sub;iciu, 125, 105, c.

Subrideo, 121, 41, c.

Subscribe, 128, 148, c.

Subsum, 89, 28.

Subtexo, 129, 167, c.

Subtraho, 129, 170, c.

Subvenio, 130, 210, c.

Succedo, 123, 68, c.

Succensco, S. 2S5, a, 379,

Succurro, 124, 78, c.—

S. 285.

Sudat, u?. 232.

Sul'fcro, 155, 129.

Sulfide S. 401, b, II.

Sugo, 128, 162.

Sum, 88, 82. — S. 216,

<-, d, obs. 4; 236, a;

267; 292; 295; 294; 375,

a, obs. — b, obs.; 578,

obs., 1; 450, obs. 5;

475, d.

Sumo, 124,84,0.Superbio, 130, 209. — S.

„204 -

Supcrfluo, 125, 93, >:.

Supersum, 89, S2.

Suppeto, 127, 129, c.

Supplico, S. 283.

Surgo, 127, 140, c.

Suscioio, 123, 66, c. — i?.

„4C4 -

Suspendo, 127, 127, c.

Suspicor, S. 379, a.

Taedet, 149, 140, III.—J.260; 261; 375, a; 577, a.

Tango, 128, 163.

Tego, 128, 164.

Tempero, ,?. 288; 420.

Tendo, 128, 165, — 6\

356.

Teneo, S. 192, obs. J;

209, b;o8l,b;594:;58l,c.

Tento, S. 433, obs.

Tergeo, 122, 45.

Tero, 129, 166.

Texo, 129, 167.

Timeo, S. 286; 375, h;

418.Tingo, 129, 168.

Tollo, 129, 169; 135, 129, c.

Tonat, 120, 13; 149, 140, 1.

Tondeo, 122, 46.

Tono, 120, 13.

Torqueo, 122, 47.

Torreo, 122, 48.

Trado, 122, 55, c. -V.

240; 24!.^ 404.

Traduce, i9. 258.

Trako, 129, 170.

Trajicio, S. 258; ^556.

Trj'.uscendo. S. 250.

Transso, 138. 132, nota

II F. — A 250.

Transflgo, 125, 89, c.__

Traiisgredior, 151, 22n, c.

Transmitto, iV. 258.

Transporto. S. 258.

Transvclio, 129, 177, c.

Tremo, 129, 171.

Tribuo, S. 294, b.

Trudo, 129, 175.

Tueor, 129, 218.

Tundo, 129, 173.

Page 546: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 546

Turgeo, 122, 49.Ulciscor, 110, 110, obs.;

132, 240.

Ungo, 129, 174. -

Urgeo, 122, 50.Uro, 129, 175.Utor, 132, 241. — - S

20S; 560, a; 402, obs. /.

Vnca, S.25l;2%6;4W , I, 2Vaclo, 129, 716.Varror, .S\ 191.

Vale, 148, }-.<), b.

Veho, 129, 177.Veado, 122, 55. c.

Vciic-.-, 158, 132, notaslIff, IV.

Venio, 130, 210, S. 250;273; 294, c.

Vehor, 129, 177.Vereor, 131, 219. — S

418.

Verge, 126, 114, c.

Verto, 129, 178.—S. 294, 1,

Vescor, 132, 242. — S208; 402, obs. /.

Vesperascit, 149, 140, IVestio, A 231, a.

Veto, 120. 14. — S. 379b: 382, d.

Vctor. S. 239.Vidci., 122, 51. — S. 374,

d: 579, n; 391; 406,obs. 2; 433, obs.

Videor, 122, 51, c. — S236, a: 238; 375, obs.a, (>.

Vincio, 130, 211.Vinco, 129, 179.

Vivo, 129, 180. — S. 207-236, a; 251; 357, c. '

Voco, S. 236, b; 259;375, a, b, obs.

Volo, 137, 131. — S. 237;369; 375, b; 379, b-382, «, b, c; 452, /,. //.

Volvo, 129, 181.

Vomo, 129, 182.

Vovco, 122, 52. — S. 581, <•

Page 547: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

TTI

i'NDICE ALFABETICO

P R INC] PA i S CONSTRUCOES S ! NTATICAS

CONTIDAS NESTA GRAMATICA

O orimmra alyari-rmo indica o ni'imcro pra,ir,:ssii-o do< paruqrajo-r 4'lclrasdo al/alv/o on <),.' aliiansmos as suns subitib-isocs.

A, ab, 184, c: 185; 186:220, c; 222; 223; 226, b:

227; 231, b; 264, obs. 1:598, c. obs. /. 401 b

IF, 2.

Abliinc, 200.

Abrandamento, 165, a, III.Abrcviacao, 165, a, II.Ac, atque, 312.Accommociatus, 290, c-

401, b, 2.

Ac si, 470.Ad, 182; 183; 184, b, c:

201; 230; 235, d, obs.';

250; 401, b, III.Adde quod, 353.Adjetivos e pronomes neu-

tros latinos, que emportugues se exprimempor substantivos espe-ciais, 353.

Adjuntos adverbiaias, cf.

complementos.Adverbios on adjetivos

que as vezes precedemas proposieoes consecu-tivas, 459,' a.

Adversus, 289, b.

Aeger, 204.Aegyptus, 184, e.

Aequalis, 289. ,; 290. obs.Aeque, 312.Aeque... ac si, 470.Aequi bonique, 212, obs. 4.

Affir 39,

Afflucns, 25!, ,/.

Alienus, 251, /.

AKquanto, 519.Aliquantum, 511.Aliquis, 337. a; 538.Aliter, 512.Alius. 312; 335, .:; 556,

a; 545.Aiongamento, 165, a, 1.Alter, 321, b; 555, ,;, d.

Alteruter, 333. d.

Alius, 225.

Amicus, 289, />; 290, obsAmplius, 202, obs.An. 423, c; 431; 432

434; 437, a; 458.Anacohito, 496, 27.Anadipiose, 496, ,?.

An... an, 454, obs. 5.

Anafora, 496, 6.

Anastrofe, 496, 21.

Anne, 431.An, non, 452, obs. 1;

454, obs. /,• 457, b.

Antanadase, 496, 11.Ante, 199; 200, b, '

314; 401, b, 111. ~-

Ante... quam; 199, obs. 2Anteqnam, 439, 443.Antonomasia, 496, 52.An vero, 451.Aierese, 163, b, V.

Apocope, 163, b, IX.Apodose, 476.Aptus, 290, c: 401, /;, II,

III; 475, ,:.

Apud, 182; 184, b; 212,obs. 3.

Aquele(s), .-•.quela(s), 323Assimilacao, 163, b, III.Assis, nauci, pili, flocci,

_212, obs. 4.

Assindeto, 496. 2—5.Atque, ac, 512.

Airacao, 496, 56.Airacao do relative 352.Auctor sum, 381, 4. /'•

453, b, II.

Auxilio, 206.

Avidus, 272, a.

Bene, 262, c.

Bcneficio, 206.

Bemenus. 289, b.

Capita, 171. /;.

Causa, 205, c; 264; obs. 2.

Causativo (vox ativa can-sativa) 365; 387, a.

Certioi-eni facerc. 274; 581,

/', .</.

459, A

216,

Cesura, 554,Ceteri, 556, b

Cliersonesus, 184, r.

Circa, 401, h, III.Civitas, 167.Corn a condicao de,Comitatus (subs.),

^ obs. 1.

Communis, 290, c.

Como (inter.) 427, obs. 2.

Como (Viz o nroverbio 408.Como neuhum outro, 317.Complementos; como se

dividem, 176 — com-plement) direto, 177 —de lugar onde, 17S, 179,180, 181 — proximidadede urn lugar, 182. —lugar para onde, 185,184. — proximidade dede um lugar 184, b —lugar donde, 185, 186 —proximidade de um lu-

gar 186, b — movimentopor onde, 187, 188 —Observacoes sobre oscomplementos de lugar,189 — de tempo. 193,.

194, 195, 196, 197, 198,199, 200, 201 -- de cau-sa. 203, 204, 205, 206,207, 208, 209 — demateria, 210, 211, — de.

apreciacao, 212 — de'

preco, 213, 214 — demodo ou maneira, 215—- de companhia, 216— de limitacao, 217,218, 219 — de oriaem,220, 221, 222 — de~afs-tamento, 223, 224 —de extensao e de medida,— 225, 226— agenteou de causa eficiente,

227 — de qualidade,228 - - de argumento,229 — de Km, 250 —

Page 548: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 548

de abundincia ou falta,

231, 232, 233 — de cul-pa, 234—de pena, 235

de distancia 226 — deidade, 202.Conceitos abstratos emportugues expresses emlatim por urn genitivode um subsiantivo con-crcto, 504.Concordancia do pre-dicado verba], 166, 167— do picdicado nomi-nal adjctlvo, 168, 169,

170, 171 do predicadonominal subs tan livo.

172 -— do aiributo coino substantivo, 173 — doaposto. 174 — do pro-nomc, 175, — do pro-n me com um nomeou conceito coletivo,

^175, .,7.

Condiciona! com o in-

dieativo 564.Confisus, 285, /'.

Conetivo relative e ccu-iuntivo, 350.

Conschis, 272, a.

Consecui.'o temporum oudependencia dos tem-pos, 416.

Consuetudo est, 461, a,

obs.

Consilium do, 453, b, II—(—est), 403.

Consirucao da proposicao,491, 492 — do periodo,

493, 494, 495, do acusa-tivo com o infinito nasprop. subj. 576, 577nas obj. 37S, 379, nasnas exclamacoes ou in-

terrogacoes 578, obs. J— do .'ierundio e dogerund ivo, 402.

Construtivo ad sensumo predicado verba!,

167, b, a — de um pati-cipio or, adjctlvo ouparticiple modifies i:-do

am no:ne sinjridar co'e-tivo, 167, r. — do oi'O-

dieado nominal adjetivo,J. 71.

Contentus, 204.

Contracao, 165, a, VI.Contrarius, 2S9, b.

Crassrs, 225.Cum (prep. 215, 216 —— (con;.), com o in-

dicativo, 4S3, a; como subjuntivo, 483, b— 339, c; 400, b; 410,

a, obs. passim, 412, c,

obs. /; 439; 441; 450,b; 451, a; 467,,d; 475, n.

Cumque adverbios epronomes compostosmediante o sufixo —cumque, 365, a; 474, d;— 483, a, II, obs. 2.

Cum... turn, 483, b, VI.Cupidus, 272, a.

Cur, 425, .<; 426; 427, obs.Dab.=dabam. 224.

Damnosus, 289, a.

De, 185; 186: 203, c, obs.;

225; 254, b, obs. /; 229;269, obs. /; 514; 401,b, IV.

Deditus, 401, b. II.

Dcmasiado... por, 313, a.

Dependencia dos temposou consccutio lemporuni,416.

Diastole, 535.

Dierese, 555.

Difficilis, 406, obs. 1.

Dignus, 219; 475, c.

Ditongacao, 163, a, V.

Disciirso indireto, 484;485; 486; 4S7; 488: 489;490.

Dispar, 289, c; 290, c.

Dives, 231, d.

Diz um proverbio, 408,

obs. 2.

Domus, 181; 184; 186;

188; 189, d, c.

Donee, 439, 442.

Dubsum est, 436.

Dubium non est, 420, a.

Dura, 439; 442; 466, c.

Dummodo, 466, c.

Ducli, tripli, etc., 235, d.

E, ex, 185; 1S6; 210; 211;

220, b, c; 221; 223;

269, obs. 1, 2; 314:

401, /;, IV.

Ea (hac) mente (re), 453, a.

Ecce, 262, cbs.'i.

Egcnus, 231, d.

Fiisao, 163, b, I: 555.Eiipse. 496, 1.

Era. proporcao de... 513, /'.

En, 262, obs. /.

Enalage^ 496, 25._

Ko (consilio, auhr.o) 453, a.

Eo perditnm, 405, obs. 2.

Epanalepse, 496, 12.

Epnnadiplose, 496, 9.

Epentese, 163, /;, VI.Epizeuxis, 496, 15.

Erga, 264, obs. /.

Esforco, (nnperf. de )

410, d.

Estou tao longe de... queantes, 461, b.

Etico (dativo —) 291, b.

Etiam, 319.Etiamsi, 466, b.

Etsi, 389, obs. 1; 466, a.Expers, 231, d; 272, a.

Extremus, 307.Facilis, 406, obs. 1.

Factum est ut, 461, a.

Facultas est, 403.Familiaris, 289, b.

Fas, 406.Fazer ou mandar seguidos

dc um infinito portumies

^387.

Ferax, 231, d.

Fertilis, 231, d.

Fessus, 204.Figuras (sintaxe fi<*iu'ada),

496.Flocci, r.auci, etc., 212,

^obs. 4.

Fore ut, 461, c; 480, b,

II, obs. 1.

Fore ut ou futurum esse

ut, suprindo o infinito

futuro, 385.

Formas arcaicas do verboesse, 82, obs. — Formasdo subjuntivo presenteem im, is, it, 106, a.—Infinito presente arcaicopassivo em ier, 106, b.— Imperfeito e futuroindicativo ativo e pas-sivo da quarta conju-gacao que termina as

vexes em Ibam, ibar emlogar de icbam, iebar eem ibo, ibor nor iam,tar, 106, c. — Impera-tivo futuro passivo e

depoente da segunda e

terceira pessoa do sin-

gular em ntino e minorpara a seeunda pessoado plural, 106, d. —— Futuro perfeito ar-

caico em -ef.to, -<.' i'.'i; en:

logar de uvcro e ucro,

106, •-• — Aljjiir.s perfei-

los do subjuntivo for-

mados com o mesmocriterio, 106, e— O per-

feito do subjuntivo an-si:>i, is, ii em logar tie

ausus sini de um per-

feito arcaico ausi —Contracoes' e sincopesnos varies modos doperfeito, 106, _/.

Formas temporals dosperfeito em avi, ec/e ivi,

Page 549: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

104, a, b, c. — terceirapessoa do plural emere em logar tie erunl,104, d.

Fretus, 204.Futurum esse ut, 461, c-

480, obs. /.

Futurum est (erat, erit)...

ut, 461, a, c.

Futurum fuisse ut, 480,b, II, obs. 2.

Futurum sit (esset) ut,416, B, obs.; 422, segun-

s&sSoljcasoJffi/ftvfv:

Generatus, 220.Genitus, 220.Gerimdio, 401 — constru-

cao com o gerundio e ogerundive, 402.

Gnarus, 272, a.

Gratia, 203, c; 264, obs, 2.

Gratias ago (habeo) 583, bGratus, 289, a.

Gravis, 231, d.

Habere nomen ou cogno-men, 174, d.

Haud, 367.Helenismo, 496, 35.

Hendiadis, 166, d, obs.;

496, 26.

Honestus, 406.Humus, 181; 186; 189, d.

Hipaiage, 496, 28.Hiperbato, 496, 19.

Histerojoeia, 496, 29.Idade, 202.Idcirco, 453,c.

7: Idem, 329; 333, a.-* Idep; 453, a.

"

sld est ou hoc est, quandoune o aposto a um subs-tantivo,<174, a.

Idoneus, 290, c; 401, b, III;.

': 475, c.

Ignarus, 272, a.

Ignotus, 289,c..Ille, 324.

:;ulnimemor,; 272, a.

i:,i:> ,. -1 ":".. .'. ///'.

Tmmunis, 231, b.

Impar, 289, a 290, b;

^ 401, b, II.

;Ipiperativo- "; . afirmativo

Imnei icifo iu-j.r. 7. .... 41".:

: c; de esforco, 410, d;

.. . descritivo, 410, ^-infi-nito lii'storico em logar

iv;;j, do' . imperfeito, 410, a,

-iS'Odbs. -.

.'

..!'.';

dTlmgeritus, 272, a.

Impotens, 272, a.

imus. 3<>7.

In, 178; 183; 193, b; 197;

198; 264, obs. 1; 269,

obs. 2; 314; 401, b, II!,

IV.Inanis, 231, d.

Incertus sum, 438.

Inconscius, 272, ..a...

Incredibilis, 406.Incremeato, 163, a, IV.Indicativo (uso do — ),

364; 36S.

Indignus, 219; 475, c.

:InWIed5SesfeK(erat). . . ut,

461, c.:'

Irifensiis; 2897 b.

Infinito perfeito com os

verba voluntatis, 382,

b; subjetivo e objetivo,

375 — tempos. 384.— como se supre o infi-

nito futuro, 385 — his-

torico, 410, a, obs.

Inimicus, 289, b; 290, obs.

In longitudinem, in lati-

tudinem (patere), 215.

Inops, 231, d; 272, a.

Inscius, 272, a.

Instar, 264, obs. 2.

Insuetus, 272, a.

Inter, 269, obs. 2; 314;321; 401, b, III.

Intervallo, 226, a.

Intra, 194.

Inutilis, 289, a.

Inveniuntur qui, 475, d.

Ipse, 327; 328.Iratus, 285, a, obs.; 289, b.

Is, ea, id, 325; 531.Is qui, 474, b:.

Isto e, 351.

Ita...ut, 459, b.

Iterative (imperf.—), 410, c.

Jucundus, 289, a; 406,obs. 1.

Laetus, 204.

Lapis, lapidis, 226.

Latus, 225.

Lemos em, 408, obs. 2.

Lex est, 461, a, obs;

Liber, libera, liberum, 231,b.

Liber, libri, 180, e."

Licet (con;.), 372, b; 399,c; 467, a.

Loco (locus, i), 220.

Locus, i, 180, /;.

Longe, 186,_c; 319, b.

LongUS, 225. "/

Magni, magno, 212; 213.Mais... dp

;que, \ 513, a.

Mais; que perfeito logico e-". historico, 411, a, b..

— 549 —Major, 202, obs.Mandar ou fazer seguidosde um infinito nortu-gucs, 3S7.

Medius, 307.Memor, 272, a.

Men = mene, 428, obs. 5.Metalepse, 496, 55.Metafora, 496, 30.Metatese, 163, b, A".

Mctonirnia, 496, 34.Metus est, in metu sum,

418.

Millc, milia, 171, /;; 346.Minimi, 212 — miniino,

213.

Minor, 202, obs.Minoris, 212; 214; 235, d.

Minus, 202, obs.Mirabilis, 406.Missum (missam) facere,

389, obs. 2.

Modo, 215, d, obs. 2;475, K; — modo ut,ne 466, c.

Moestus, 204.Momenti (esse), 212, obs. 4.

Mos est, 403; 461, a, obs.Multo, 319.

Multum, 253; 311.Multus, 269, obs. 5.

Nauci, flocci, Dili, assis,

212, obs. 4. "

Nao hesito, 420, b.

Nao = nuUus, 339, a; nao,plenasmo, 339, b.

Natus, 220; 290, c.

Ne, 369; 371; 372; 374;418; 419; 423, <.•; 428;429, obs. I; 432; 433, a;

434; 438; 455; 466, c.

Ne (negaclto do subjun- ;;J

tivo optative), 369; (dosub; . exortativo), : 571 ;

;

(do sub;, concess.), 372;(do imper. negat.), 374.

Ne... an, 432; 434; 438.Necessariu:;, 289, a.

Necesse est, 575, .•:•: 377, '

ob:-.. 1; 478, obs. 5.

Necne, 452, obs. 1; 454,obs. I

.

Nefas.. 406.Nemo (nullus, nihil) est,

475, c.

Ncque, 374, d, obs.; 455,obs. 2.

Neu, 374, d, obs.; 455,obs. /, 2.

Neve, 574, d, obs.; 455,obs. I, 2.

Nihil, 253. '

Nihil abest, 420.

Page 550: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 550 —Ninili, 212 — nihiio, 213

r "——pro nihiio, 212;

Nisi, 482, a.

Non, 367; 370.

Non anteposto ou pos-posto em algumas locu-

eoes, 344.

Non desunt qui, 475, d.

Non dubito, 420.

Non est (ou est) quod,450, obs. 1.

Nonae, 425, c; 429; 433, b.t

jSonSKquddt^^f^eosSqiiod^i-quo; quod; no:

/>; :?quo" non; Squill)./. sed'

quia, 449.Nonnulli, 259, obs. .5.

Notus, 289, c.

Noxius, 289, a.

Nullus, 215, d, obs. 5.

Nam, 423, c; 430; 433, a;

438, f.

Nudus, 25i, b.

Nuptum do (colloco), 405,obs. 2.

O, 369.

O, a; os, as, 323.

Ob, 203, b; 401, b, III.

Occasio est (datur) 403.Omnium, 519, b.

Oneri ferendo sum, 402,obs. 7.

Onustus, 231, c.

Opera, 206; operam do,

401, b, II; 454, b, I.

Oppidum, 167, a.

Opus esse, 233, 375, 377, a.

Ol-atio oblioua. 484-400,reta, 484; 485.

:Orbus, 231.

.OriunJus, 220.

Omatsi, 207, c.

Ortus, 220.Paene, 365, ;-.

Par, 2S9. --.•

401, b, II.

/Para usar a

290, />, 312;!

45P f,

too, obs. <.

; 163 b, VIII.Parenomasia, 496, 1 !LParatus, 401, b, Uf.Pareauesis, 496, 15.

Parentese, 496, 25.

Pariter, 3i2.Pai-s,-,.partis, 380, d.

parteSt:s8(arrigiiam, :/"raaxi-;

mam—), 253.

Particeps, 272, a.

Participios presentes queSSSxjgemjOjeaso/genitiyo,:Sj§iijdii:aSdQ!;qualqueK'itia«:

lidade permanente; re.^e

&isp^|G^sQT?db//> ;seuoy\'erbo;

!ilSI8iS3pj|exBEimes|gga0/

momentanea, 272, b: —participios r>erfeitos como dativo em lugar doablativo (complementoagente), 227, obs. 2.— Participios perfeitos

de alguns verbos de-

poentes que conservama signiiicacao passivajaatamente com a ativa,

i 10, obs.; 360, r. — Es-quema do participio,

388. — a que correspon-de o participio latino

,

389. — Substituimlo\

um substantivo portu- \

guc-s, 390 — usa-se!

o adverbio com os subs- !

tantivos que correspon-dem a um participio,

393 — participios per-feitos em uniao predica-tiva com habeo e lenco,

394 — participios per-feitos de alguns verbosdepoentes com valor departicipio presente, 395— participios que su-prem ma proposicaocoordeuada, 397 — Usodo participio futuro, 398— correspondente latinoao participio portugues,599, 400.

Paucus, 269, obs. 5.

Paulurn, 311.

Parvi, 212, !>; — parvo213.

Peloponnesus, 184, e.

•x'eritus, 272, a.

Per, 187; 188, b; 195;206; 215, c.

Pergratum (bene, iiuma-niter, etc.) iaeere, 450, b.

Periculum est, 41 S.

Permde, 312 — perindeac si, 470.

Podocio, y.<y.fU\ 414; (e;:-

dincia d;i periodo !a-

tiao, -i'.Vj.

Periods) id'i;;lci!cu, 476— - pdnie'do tip;-.. 477

se.::un(io tipo. 478- lercedo tipo, 479

peivi'-.:-) hipotetico de-pendence, 480.

i'criirase, 4io, //.

Fermar.ni. 212, //.

Per;autn,ao, i65. !-, //.

Fr;iseo!6:,'icos ( verbos-),

Plenus, 272, n; 253,Pleouasmo, 496, -'/.

Picrique, 269, obs. 5.

d.

Plurimi, 212; plurimo, 213,Plurimus, 269, obs. 5.

Pluris, 212; 214; 235, dPlus, 202, obs.

Pili, nauci, assis,. flocci

212, obs. 4.

Pode ser que, 368,?obs.Poliptoto, 496, 16.

Polissindeto, 496, 5.

Ponderis (esse), 212, obs. 4.

Por demais... em compa-raeao de, 513, b.

Porque (interrog.) 426;(causal), 445.

Post, 199; 201; post...quam, 199, obs. 2.

Posteaquam, 439; 440.Postquam, 439; 440.Potiusquam, 471.Prae, 203, d.

Praeditus, 207, c.

Presente (literario), 408,c*; presente historico,

408, d*.

Perfeito (logico ou presen-te) 409, a; perfeito (his-

torico, narrativo ou ao-risto), 409,, b; perfeito(gnomico ou sentencio-so), 409, a, obs. 2.

Prior, 347.Priusquam, 439; 443.Pro (interjeicao) 152, a;

262, b; preposicao 291,/;; 474, c, obs.

Procul, 186, c.

Prognatus, 220, 6-.

Proinde, 312.

Proinde quasi, proinde acsi, 470.

Proletico (valor—), 326Pronomes e adverbios ne-

gativos, precedidos deel: ou uti 540.

Prope, 186, c; 365, 6'.

Propensus, 290, c~.

Propinqaus, 289, c.' : ;

Propior, 290, :.•'.'

PrOj>ius, 290. d.

I'roposiciic. Eiemeiiio.-, quea compoem, 3 64. Pro- :

ijosicoes s'.ibjetivas, 376;577;— objetivas depoisdu\. verba sentiendi,

declarandi, voluntatis e

affectuum, 37S-384; .—

objetivas depois dosverba timendi, 418; —objetivas depois dos yer-

ba impediendi, 419;svaS:419; — objetivas cons-

truidas com quin, 420p^— interrogativas, 423—434;— dubitativas, 436-

mmm

m

m

Up

m

Page 551: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

458; — temporais, 439-444; — causais, 445 -451; — finals, 452-456;—correltativas ou con-secutivas, 457-463; con-cessivas, 464-467; -mo-dais ou comparativas,468-472; — relativas,473-475; — condicio-nais, 476-482.

Propter, 203, 6.

Propterea, 453/ a.

Protase, 476.Protese, 163, b, IV.Pro tua prudentia, 474,

c, obs.

Prout, 469.Prudente como es, 333, b.

Purus, 231, b.

Qualis, 423, c.

Quam, 306, etc. (todo ocomparativo) — 312;471, b. Ouam multi,424, e.

Quamobrem, 426, 427.Quamquam, 389, obs. 1:

465.Quam regendo uma pro-

posicao consecutiva, 462Quam, substituindo an,

432, obs. 2.

Quam ut ou quam quiou quam pro, 313, a, b.

Quamvis, 389, obs. 1;467, b, c; quamvis licet,

467, a.

Ouando, 423, c; 425.Quaudoquidem, 446.Quanti, 212; 214; 235, d;

424, e.

Quanto mais... tanto mais317.

Quantos, 424,»e.

Quantuluscumci ue, 565.Quantum, 311; 423, c;

475, K, obs.Quantus, 423, c.

Quao grandes, 424, e.

Qua prudentia, 474, c.

Quare, 423, c; 426; 427,V obs. -\

Quasi, 470; 472.Quatenus, 475, K, obs.Quemadmodum, 427; 469.Qui, 427. .:Quia, 446; 447; 448; 450.Quiasmo, 496, 20.

Quicumque, 474, ci.

Ouid. 424. ./.

ttQuidamp335pij/; 338;/ f >s

Quidefife'475, Kr:Quin, 419; 420; 421; 449.•Quippe, 450, obs. 4; 451;

475, /, obs. 1.

Qui, quae, quod, 535.Quiquid, 365.Quis, 423, <•, I, II; 424,

a, b.

Quispiam, 337, a.

Quisque, 167, c; 342.Quisquis, 365; 474, d.

Quo, 423, c; 454.Quoad, 475, K, obs.Quod, 439; 442.Quocumque, 365; 483, a,

II, obs. 2.

Quod, 446; 447; 448; 450;quod depois dos verbaaffectuiim, 383, d.

Quominus, 419.Quomodo, 427; 469.Quoniam, 446; 450.Quo quisque est, 318.Quoquo,«365.Quot, 424, e.

Quotiens, 483, a, II, obs. 2Quotienscumque, 365.Quotquot, 474, d.

Quotusquisque, 342, b;

475, d.

Re (segunda.pessoa do sin-gular da voz passiva),105, a.

Refertus, 231, c.

Relacao (acusativo de —

)

218.

Relativamente a, 313, b.

Reliqui, 336, c.

Reliquus, 307.Reperiuntur qui, 475, d.

Resposta latina, 435.Rudis, 272, a. : y

Rus, 181; 184; 186; 188;189; d.

Sabe-se, 408, obs. 2.

Sacer, 290, d.

Sane (quidem), 372, a;435, a, III.

Satin = satisne, 6, obs. 1.

Secus, 312.

Sem (como se exprime),

^ 386; 421, b.^

.

Sem (a particula sem se-

guida de um. infinito),

387.Sessum recipio, 405, obs.

::' 2 : '

SiJ:'369;: 399, c: 477-480.Sicut>469.Silepse, 496, IS.

Similis, 290, a; 312.Simploce, 496, 7.

Simuliac ; (flft ut ou atque)439; 441.

Sinalefa, 535.Sincope, 163, b, VII; 535.Sine, ;337.

:; ;

Sinedqque, 496, 31. '.''

pag.

402,

— 451 —Sineresc, 535.Singuli, 349.Si non, 482, b.

Sinonimia, 496, 10.Siquidem, 446, r.

Sinquese, 496, 24.Si quis, si quid,

82, obs. 2.

Siye... sive, 565, /;.

Sistole, 535.Sollicitus, 204.Solvendo non est,

obs. J.

Spatio, 226, a.

Spes, me tenet (liabeo),381, c.

Studiosus, 272, a.

Subjuntivo futuro (comose supre o — ), 422.Subjuntivo potencial,367, 368 — optativo,369. —_ dubitativo-in-tert-ogativo, 370 — exor-tativo, 371 — concessi-sivo, 372.

Sujeito, 165. Sujeito dasproposicoes objetivas,380.

_

Sui, sibi, se; suus, a, um,320.

Summum, 253.Summus, 307.Sunt qui (est qui), 475, d.

Super, 229.

Supino ativo, 405 — pas-sivo, 406.

Supra citado, 408, obs. 2.

Talvez, 368, obs.Tametsi, 466, a.

Tanquam, 472.Tanquam (si), 470; 472.Tanti, 212: 214; 235, d.

Taritidem, 212; 214.Tanti est, 212, obs. 4.

Tantum, 311.Tantum abest ut. 461, //.

Tempos (uso dos — ),

esquema do;; tempos,407;— presente literario

408, c; historico, 408, ,/;— perfeito logico onpresente, 409, ,j; perfeitognomico ou perfeito scn-tencioso, 409, a, obs.

2; perfeito historico onperfeito narrativo onaoristo, 409, b; — per-feito passivo, 409, c;— iinperfeito, 410; deesforco, 410, d; — mais

• que perfeito historico

, e logico, 411; —:futuro

imperfeito e perfeito nasS proposicoes principals e

Page 552: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

- 552 —

depcndcntes, 412: —os tempos no estiloepistolar, 415.

Tempus est, 403.Te:i = tene, 428, obs. >.

Tonus, 190, „•.

Terni, 349.Timor su'oit animum, 418Tmese, 496, 22; 535.Totus, 180, c.

Trim, 349.Ti-isti, 204.Turpis, 406.Tun = rune, 428, obs. 3.

Ubi, 423, <•; 459; 441;— ubi primism 439; 441.L'bicumque, 565; 474, d;

485, a, II. obs. :-".

LTlus, 357./Um (indefinite), 333, a;

numeral, 333, /;.

Unde, 425, c.

uni... alteri, 345.Unus, 269, obs. 2: 319, b.

Urbs, 167, a.

Usque, 190, a, b.

Ut, 219, b, 2; 418; 427:439; 441; 450, obs. 1;455, a; 458;. 466, c; 469.Finai, 453; concessivo.

466, c; temporal, 441;eonseeutivo, 45S, com-parativo, 469; ut precc-

dcndo o relativo qui,

475, /, obs. 1; negacaodo ut I'ina!, 455; negacao<lc ut consecutive), 458.— Ut non dicam, nedicaiu, 455, obs. 3.

Uter, 269, obs. 4; 425, c;

424, c.

Uterque, 167.

Utills, 289, a; 290, c;

401, /;, //; 406.Utpote, 450, obs. 4: 451;

475, /, obs. I.

Utrum, 423, c.

Utrum... an, 452, 434:_43S.Utrum... anne, 434, obs. 2.

Utrum... an non, 434,obs. 3.

Utrum... nee ne, 434,obs. 3.

Utut, 365.

Vacuus, 231, b.

Vae, 262, obs. 2.

Vel, 319, b.

Velut, 469; 472.

Verba sentiendi, 379, a, I;,?81 —Verba deelarandi379 a, II; 381 — Ver-ba voluntatis, 379, b;382; Verba affectuum579, c; 583; Verbatimendi, 418; Verbaimpediendi, 419;Verbos que indicam naoduvidar, nao pensar di-versamente, 420.

Verbo causa tivo, 363; 387,"

Verbos auxiliares ou ser-vis, 361.

Verbos que indicam umacontecimento ou con-sequencia, 461, a.

Verbos, fraseologicos, 359.Versus, 190, c.

Vestitus, vestis, vestidura,216, obs. .

Vicinus, 289, c.

Videsne, 6, obs. 1; 428,obs. 3; videmusne, vi-

detisne, 428, obs. 3.

Vix, 365, c.

Voz ativa causativa, 363.Zeugma, 496, 2-3, obs.

Observagao firs siE' a primeira vez que nossa gramatica se apresenta na orto-

grafia oficial. Com relacao a mesma devemos lamentar tao somenteilp desliaiguns desuzes aqui e an.

Com relacao ao Latlm propriamente dito, ate o presente so en-contramos os seguintes erros tipograficos que merecam reparos.

Ultima linha do n. 256, a, pag. 221; onde se le

te interrdga leia~,se te inierrogabo.Ultima linha da pag. 240, n. 297, d; onde se le

o substantive indo lela-se indo o substantive

Esse mesmo n. e letra deveriam terminar (pag. 241) com as pala-vras Fythagoras In Italiam yen.it. Aspalavras que vena em seguida:depots de ter enviado etc., e a continuacao da traducao- da observacao1 do n. 29S ...ires paries, depots de. ier enviado na jrente... etc. Foiuma infeliz transpesicao pela qual autor e corrctores pedem abenevolencia dos boas amigos.

N. 409, a, obs. /, onde se !c

A citacao do n. 526, pag. 411;

cognovi = con licci-me leia-se conliecl.

onde se le n. 416, c, obs. 2,

pag. 300, leia-se n. 523, c, obs. 2, pag. 408.Os nossos agradecimentos a quantos nos foram generosos de

suas luzes e auxilios.

Page 553: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

I

DEIPARAE VIRGINI

CHRISTIANORUM ADJUTRICI

TOT BENEFXCIORUM MEMORET Q.UAS

PRO HIS

DEBEO GRATIAS.

PERSOLVO

ET HUNGTIBI

OUALEMCUMOUE LIBRUMDEDICATUM VOLO

' Qramktlca. Lalina, 36

Page 554: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

i

ADULESCENTIUMPATRI ET MAGISTROSANCTO. JOANNI BOSCO.

lorenae, in brasilia

sancti pauli, Anno mil-

lesimo nongentesimo

tricesimo nono, ante

diem sextum idus de-

CEMBRES.

Page 555: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

PRIMEIRA PARTE— FONOLOGIA

CAPITULO I — Alfabeto latino.—-Escrita e pronuneia 9

CAPITULO II — Sons 10

CAPITULO III— Divisao clas silabas e quantidade. . . 11

CAPITULO IV— Acentuacao • 12

SEGUNDA PARTE— MORFOLOGIA

CAPITULO V— Partes do discurso. — Genero c aumero 15

CAPITULO VI— Proposicao-Anaiise logica da proposicao 17

CAPITULO VII— Tenia — Desinencia Declinacao.

.

21

Primeira declinacao 24

Segunda declinacao -*"

Terceira declinacao 31

Quarta declinacao 42

Ouinta declinacao 4o

Declinacao irregular 4/

Declinacao dos nomes gregos. 49

Declinacao dos nomes compostos 51

CAPITULO VIII— Declinacao dos adjetivos 52

Dos graus positive, comparativo e superlativo 59

Adjetivos numerals oo

CAPITULO IX — Declinacao dos pronomes 72

CAPITULO X — Conjugacao dos verbos 85

Conjugacao do verbo ESSE e seus compostos 87

Conjugacao do verbo possum 89

Forrnacao dos tempos 91

Primeira conjugacao 98

Segunda conjugacao 100

Terceira conjugacao 10^-

Quarta conjugacao •_

10i

Observacoes sobre algumas formas temporais da voz ativa. . . . 106

Observacoes sobre algumas formas temporais da voz passiva. .

. 106

Formas arcaicas 10b

Verbos da terceira conjugacao em IO 107

Conjugacao dos verbos depoentes HOConjugacao dos verbos semi-depoentes 115

Esquema comparativo dos nomes verbais 1 16

Conjugacao perifrastica latina HoCAPITULO XI —Verbos irregulares.... 119

Verbos que tern o preterito perfeito e o supino irregulares. ... 119

Primeira conjugacao 11"

Page 556: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

556

Segunda conjugacaoTerceira conjugacaoQuarta conjugacaoVerbos depoentes -— Segunda conjugacao.Terceira conjugacaoOuarta conjugacaoTerceira e quarta. conjugacaoVerbos semidepoentesVerbos irregulares propriamente ditos ....

Fero e seus compostosFlo e seus compostosVolo — nolo — tnalo

Eo c seus compostos .

Queo — nequco

lido '

Verbos defectivqs —InquamAio

: .

For, jari.y

Coepi — niemini. — odi — aovi. .

Quaero - ape - salve — vale — cedoVerbos impessoais

CAPITULO XII — Palavras ir.decliiuiveis -

de lugar — tie modo — de qualidadc .

Prcposicoes que regem o acusativoPreposicoes que regem o ablativoPrcposicoes que regem o acusativo e o ablativo. . .

Conjuncoes coordenativas .:."

Con;uncoes subordinativasInterjeicSo

CAPITULO XIII— Morfologia analitica.V.

defit in-fit

- Adverbios

TERCEIRA PARTE— SINTAXEElementos que compoem a proposicao

CAPITULO I — SlNTAXE DAS CONCORDANCIASO caso do sujeito da proposicaoConcordancia do predicado verbalConcord ancia do predicado nominal adjetivoConcordancia do predicado nominal substantivoConcordancia do atributo com o substantivoConcordancia do apostoConcordancia do pronome

CAPITULO II— SlNTAXE DOS COMPLEMENTOSComplement© direto ou objetivoComplementos indiretos

Complementos de lugar — lugar ondeLugar para ondeLugar donde

120122130

131

131

132

133

133

133134136

137

138-

142

143

144

145

146

146

148

149

151

154

156

157

159

161

162

163

175

176

176

178

180

181

181

183

184

184

184

186

187

Page 557: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 557 —1 QQ

Movimento por onde • • • • ••

Observacoes sobrc os complementos de iugar 180

Complemento de tempo '

Indicacao da idade

Complemento de causa°

Complemento de instrument ou meio ^Complemento de materia

^Complemento de apreciacao

9Q0Complemento de preco

~

Complemento de modo ou maneira •

^QlComplemento de companlna

202Complemento de limitacao

2Q4Complemento de origem

?Q5Complemento de afastamento ~ *

Complemento de extensao e de medida -

Complemento agente ou de causa eficiente ~Ug

Complemento dc qualidade2Q8

Complemento de argumento2Qg

Complemento de fim. . .

^-. • • • •

^99Complemento de abundancia ou falta

Complemento de culpa212

Complemento de pena

CAPITULO III— SlNTAXE DOS CASOS

213Nominative) 9 ,gNominativo nas invocacoes ^VoCatlVO <yyj

Acusativo •

'.

-

Acusativo com os verbos transitivos ^

'

Acusativo com os verbos intransltivos ^«Acusativo adverbial

^Dur>lo acusativo: da pessoa e da cousa *&>

Duplo acusativo: do complemento objetivo e do de ^lugar •. "

"

Duplo acusativo: do complemento ob;etivo e do

preclicado _9_

Verbos impessoais-

Acusativo nas exclamacoes -

~ ... 22bCjemuvo •_ 99^

Genitivo determinative^

Genitivo declarativo

Genitivo possessivo

Genitivo partitivo

Genitivo complemento dos adjetivos • j#>

Genitivo depois dos verbos lz -

r\ ,• Zo£Dativo 9,9

Dativo do objeto indireto ; £>*

Dativo complemento dos adjetivos. ^5b

Page 558: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

— 558 —

Dativo de interesse. .............Dativo de' posse ^Duplo dativo .

' 237

Ablativo ;

• 237

Ablativo absolute''.'. '

' ' ' '23

^Observacoes particulars sobre o use de alguns" substantives ?42

CAPITULO IV- SINTAXE DOS ADJETIVOSSintaxe dos adjetivos ......Comparativo •. ' 242

Supet'lativo .

.••••• 244""""

''• '•-••• •••-.. .. 248

CAPITULO V— Sintaxe dos pronomesPronomes Pessoais .'

."J.

Acao reciproca9^oPronomes possessivos " '.' "J^L

Pronomes demonstratives ..." '

T'JiPronome relative ..." •

'

' ~^Pronomes indefinitos

•••• 255'',''' 256

CAPITULO VI— Sintaxe dos numeraisSintaxe dos numerais. . ..

.

Outras particularidades sintaticas da 'lingua ' latina. ;

.'.' .'.'.'" ''

261CAPITULO VII- Sintaxe do verbo

Voz'es,

Modos — Indicativo! ..'.'....'.'.'.'.'.'.'.'.'.'.'."""%¥.

Subjuntivo potencial .'

'

.' .,—Subjuntivo optativo ' ' ?%

-. Subjuntivo dubitativo-interrogativo .....'" 9goSubjuntivo exortativo "....;

'

9™Subjuntivo concessive ... .

••-•-..... -

Imperative — Mandado afirmativo. /. .

.

' %[[.'.'.""'"""

970_ Mandado negative .......

••••••,..... -.

Infinito — Infinito subjetivo e objetivo. ':'.'..'.'. ','.][[

[' " " "272Natureza das proposicoes subjetivas '

'"":

'""9??

-

Construcao do acusativo com o infinito nas'

propo:

sicoes sub;etivas 074Natureza das proposicoes objetivas..

••••... ^.Construcoes do acusativo com o infinito nas' propo-

sicoes ob;etivas97(

-

O^ sujeito da proposicao objetiva .... 977Observacoes sobre alguns verba sentiendi 'e 'declarandl 277

^

: ^ -;:..:27g

Observacoes sobre alguns verba ajjeciuum. .

' " '

98tempos do infinito"

^oqComo se supre em latim o infinito future . .

." ' ' " " '

280A particula scm seguida de urn infinito 281

o

o

1

Page 559: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

HP

f

Si

I W^:°:-[ :

v;,:;

:.:.;."., ...

' —'559' — .

*fe ;...,*:-.;:"...' .• . ..

,

' .'.:'":

Modo de traduzir o verbo mandar ou fazer seguido

1 • de um infinite) 282

I Participle /;.... 283

Uso do participio futurq passivo 287

Correspondente latino ao participio portugues 288r> ' v ?89(jerundio . ;

io;7

Construcao com o gerundio e com o gerundive... 290v ' 992

1 oupmo i-7i"

I ' Uib dos tempos — Presente • • • • 294

Perfeito . . : 295

Imperfeito . . 29o

1 Mais que perfeito : 296'[ Future, .

" 296

I Uso dos tempos no estilo epis.tolar 298

1 ' CAPITULO VIII SlNTAXE DAS PROPOSigOES DEPENDENTES

1 Nocao do periodo 299

Jj O periodo latino .•.- •300

Dependencia dos tempos ou consectdio temporum. 300

Proposicoes subjetivas 305

Proposicoes objetivas 305

Proposicoes objetivas depois dos verba timendi

,

306

Proposicoes objetivas depois dos verba i/npedtendi .... 307

iS:

;

.

: Proposicoes objetivas construidas com a conjuncaoi;w!

''"" '>

..•'.• zc\7'-if. quin. .

ou/

fl A particula quin substituindo o pronome relativo .... 308

is Como se supre em latim o subjuntivo future) . . 309

d§| Proposicoes interrogativas •• olo

...'38h... Resposta latina •

322

'S Proposicoes dubitativas 323

?;% Proposicoes temporais 32o

:)!$. Proposicoes causais 328

?;ii Proposicoes finais . . .331

!

lfj Proposicoes consecutivas ou correlativas 334

.|| Proposicoes concessivas -oo/

Proposicoes modais ou comparativas . . .3o9

;,s|i; i Proposicoes relativas • • • • J41

; fr#K Relativas no indicative ,341

% Relativas no subjuntivo : 343

.+;j::; Proposicoes condicionais • ........ • • • .«?4o

| Periodo liipotetico dependence 349<

~!fj'..i;".."'.. Sobre o uso de niri e non. oo2

iiijt; A conjuncao cum .'.. °°3

CAPITULO. IX — Discurso indireto . 355

CAPITUL X— A construcao da proposicao. . ... 363

A construcao do periodo. . ..................... .... . ; 368

CAPITULO XI — Sintaxe figurada .370

sipIII

Page 560: latim.paginas.ufsc.br¡tica-Latina.-Ravizza.pdf · , . , •••W »«r. ^..._„......-.....-....m....,..-..»—-—.......-....•...»-(..-* • rACI'D _UALeolivrodidaticoqueemqualquerdi.sci

"':- :

---H- 560 —...

APENDICES

APENDICE I— Origera e difusao da lingua latina—Distincao entre o latim classico e o latim vulgar. . . 37

7

Classificacao da lingua latina. 377

latim biblico gg-APENDICE II — Calendario Romano. 400

Datas 'memoraveis da historia Romana 404

r

APENDICE III— Prosodia e Metrica— Prosodia . ... 407Metrica.-. :

. . . . . . . . •••••-................. 415APENDICE i\'— Pt'OUl-NAS KUTAS FlLOLoCICAS SOURK AS

"fe? ;!*:'; DEGLINacoes E o verbo latino. SobrV^as^eclinacoes: 429Sobre o verbo' /

. . . .... .......... 442APENDICE V — Abreviaturas epigraficas".

. . ......... 447Moedas, pesos e medidas 443

APENDICE VI—Dos nomes proprios dos Romajios. . 451APENDICE VII— Alguns nomes de ortografia notavel 453APENDICE VIII— Pronuncia romana do latim.. 457APENDICE IX— Compendio da historia da Literatura

Latina ^—. Introducao . . . .

... 461Primeiro periodo— Dos tempos mais remotos a idade de

Livio Andronico (ate 240 a. C:) .

' 452• Segundo period© -^ sexto seculo da fundacao de Roma_ (240-150 a. C.),. '

464Terceiro periodo - -• O setimo seculo depois da fundacao de

Roma (150-80 a. C). ,....' 473Quarto periodo— Idade de Cicero e de Augusto (80 a C

-.-- lgp C.) , 477G^nnto- periodo— (imperial) Da morte de iVugusto a morte

de Justiniano (14-565 ..p. C.) . -.500

Lidice alfabetico dos autores 529

INDICES

:.V.;T.'^r{ndice/;inprfol6giGo' dos substantives e adjetivos que' apresentam alguma irregularidade na

:declinacao e dos

< pronomes 535:

II. —;Ihdice: verbal morfologico e sintatico . ... . . 539

:III-~ Indices alfabetico das principals constr.ucoes sintaticas v

.contidas nesta gramatica. ..;... . . ..... ... ;547Indice geral . 555