Bio�tica e Psicologia.ppt

BIOÉTICADisciplina: Ética profissional – Profa. Thaís

Grupo: Graziela, Fernanda, Lydia, Kamilla

e Vinícius

1. BIOÉTICA: CONCEITO

BIOÉTICA: BIOS, palavra grega que significa vida + ÉTICA, precisamente a parte da Filosofia que questiona as atividades do ser humano para possibilitar-lhe a realização (o fazer) do Bem.

Etimologicamente= Bioética significa uma Ética que tem como preocupação fundamental as manifestações de vida (Bio).

1. BIOÉTICA: CONCEITO• → Segundo Potter, o primeiro a colocá-la como um tema

necessário a ser desenvolvido, a Bioética seria a ciência que garantiria a sobrevivência do planeta.

• → Segundo Clouser, a Bioética não é direcionada para a busca de princípios, pois ela busca antes a resposta da ética aos novos casos e situações originados no âmbito da saúde.

• • → A Bioética ocupa-se principalmente dos

problemas éticos referentes ao início e fim da vida humana, aos novos métodos de fecundação, à seleção do sexo, à engenharia genética, à maternidade substitutiva, às pesquisas em seres humanos, ao transplante dos órgãos, aos pacientes terminais, à eutanásia, entre outros temas atuais.

• → O desenvolvimento da Bioética exige a atitude reflexiva que descobre se é o ser humano que usa a ciência ou se, contrariamente, é usado por ela.

• A Bioética precisa de um paradigma de referência antropológico-moral: o valor supremo da pessoa, da sua vida, liberdade e autonomia.

•→ Constitui uma tarefa da Bioética fornecer os meios para fazer uma opção racional de caráter moral referente à vida, saúde ou morte, em situações especiais, reconhecendo que esta tarefa terá que ser dialogada, compartilhada e decidida entre pessoas com valores morais diferentes.

•→ A Bioética deve ser compreendida, no momento atual da nossa cultura e civilização, dentro da linguagem dos direitos. (Já existe hoje o Movimento dos Direitos do Enfermo!)

2. BIOÉTICA: ONDE ESTÁ?

Bioética: está relacionada de forma transdisciplinar com a Biologia, o Direito, a Ética, a Medicina e até mesmo com questões religiosas. É uma importante área do conhecimento, pois visa discutir limites e parâmetros éticos e morais para o avanço das pesquisas científicas.

ATUALMENTE A PRÓPRIA COMUNIDADE ESTÁ LIGADA DIRETAMENTE A QUESTÃO DA BIOÉTICA!


PRINCIPAIS TEMAS ABORDADOS: Pesquisas com células-tronco Clonagem Fertilização artificial (in vitro) Aborto Eutanásia Produção de transgênicos Ética médica e científica


Relações médico-paciente Transplante de órgãos Tratamentos da dor crônica Doação de órgãos Uso de drogas ilícitas em tratamentos

médicos Engenharia genética humana


IMPORTANTE REFLETIRMOS QUE...

Os profissionais da área da saúde mental enfrentam situações que suscitam dúvidas sobre qual atitude tomar em seus atendimentos.

Para a Psicologia a Bioética preocupa-se em explicitar que toda a prática da saúde, antes de técnica, é invariavelmente um ato ético que necessita ser justificado e supõe uma responsabilidade moral.

3. CONTEXTO HISTÓRICO

Antecedentes: Ação hipocrática, 460-370 a.C. ("Aplicarei os

regimes para o bem dos doentes, segundo o meu saber e a minha razão, nunca para prejudicar ou fazer mal a quem quer que seja"), escritos e documentos decisivos em tal sentido;

Aristóteles, 384-322 a.C., Ética; John Rawls, professor de Filosofia Política,

Harvard, princípio da justiça; Royal College Of Phisicians, 1518, uma das

primeiras instituições médicas a instituir o desejo de proteger a vida e o bem-estar dos enfermos sob um controle ético;


Alemanha Nazista, 1933-1945, tecnologia médica a favor de métodos de destruição humana (paradoxalmente as primeiras normas, 1931, forma promulgadas na mesma Alemanha);Artigo da jornalista Shana Alexander, Revista Life, 1962. Seu título era, apropriadamente: “Eles decidem quem vive e quem morre” (comitê de Seattle, que decidiria quem poderia fazer hemodiálise);Henry Beecher, 1966, professor de Harvard, publica na revista médica New England Journal of Medicine uma pesquisa afirmando que 12 de 100 trabalhos de um importante periódico continham graves transgressões à ética;


National Institute of Health (NIH), 1967, criou comissões para avaliar os procedimentos empregados nos estudos com humanos fianciados com recursos governamentais;

M. H. Papworth, Inglaterra, 1967, Human Guinea Pigs (Cobaias humanas, em alusão ao mais típico dos animais usados na experimentação biológica);

Hastings Center, 1969, instituição pioneira no exame da ética e dos valores em relação com a medicina e os avanços tecnológicos;

Beecher, 1970, publica Research and the Individual (A pesquisa e o indivíduo).

Aparecimento do termo “Bioética” ampliação do número de interlocutores válidos (profissionais, pesquisadores, especialistas...) nestes assuntos.

Oficialmente, atribui-se a Potter, 1971, EUA, autor de Bioethic: Bridge to the Future, a introdução do termo na literatura científica;

Caso Tuskegee, Alabama, EUA, “história natural” da sífilis, 1972 corroborou para a criação em 1974 da Comissão Nacional para a Proteção dos Sujeitos Humanos na Pesquisa Biomédica e Comportamental;

Relatório Belmont é o nome dado ao resultado do trabalho realizado por essa comissão criada pelo governo (via Congresso), em 1974, para identificar os princípios éticos básicos que deveriam nortear a experimentação em seres humanos nas ciências do comportamento e na biomedicina (P e B, 56). Este trabalho, deveria durar alguns meses, durou quatro anos;

Warren T. Reich (org.) e 285 autores, 1978, publicam Encyclopedia of Bioethics;

Posteriormente, também nos EUA, 1979, cria-se a Comissão Presidencial para o Estudo dos Problemas Éticos em Medicina e na Investigação Biomédica e Comportamental.

HOJE:

Pode-se considerar a bioética tanto como um movimento ou processo social como uma disciplina em busca de reconhecimento acadêmico;

Existem regulamentos em quase todos os centros de pesquisas conceituados;

Uma “clandestinidade” bastante camuflada por laboratórios e indústria farmacêutica testam medicamentos / novas drogas em e com humanos (ex.: filme O Jardineiro Fiel, 2005);

Há exigências contraditórias de difícil harmonização prática reflexão permanente.

NESTE SÉCULO XXI, EXEMPLOS DIVULGADOS, QUE LEVANTAM QUESTIONAMENTOS:

2001, Norwich Union Life, Inglaterra. Seguradora empregou técnicas genéticas para detectar doenças potencialmente fatais;

2003, Vincent Humbert, francês de 22 anos, tetraplégico, solicita o direito de morrer;

2004, Itália, senhora de 61 anos com broncopneumonia e pé gangrenado por diabete aguda recusa-se à amputação;

2005, drama da americana Terry Schiavo; 2005, Brasil, a Câmara dos Deputados

aprovou um projeto de Lei sobre biossegurança.

INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS

Sociedade Brasileira de Bioética (SBB) Comissão de Bioética do Hospital das Clínicas – FMUSP Conselho Federal de Medicina (CFM) Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) Instituto Oscar Freire - Faculdade de Medicina da Universidade de

São Paulo (FMUSP) Núcleo Interinstitucional de Bioética - Universidade Federal do Rio

Grande do Sul Núcleo de Estudos de Bioética da Pontifícia Universidade Católica

(PUC) - Porto Alegre (RS) Cátedra UNESCO de Bioética da Universidade de Brasília (UnB) -

Brasília – DF Centro Universitário São Camilo - São Paulo (SP) Núcleo de Ética Aplicada e Bioética/ Escola Nacional de Saúde

Pública/FIOCRUZ Núcleo de Bioética da Universidade Estadual de Londrina (UEL) -

Paraná Anis - Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero

4. BIOÉTICA E ÉTICA: UMA PONTE REFLEXIVA

• A importância da Bioética

• Inteiramente ligada à humanização

• A ideia de humanização em Saúde... • O QUE SERIA DA BIOÉTICA SEM A ÉTICA ?

• A "ÉTICA" = CONJUNTO DE REGRAS, PRINCÍPIOS OU MANEIRAS DE PENSAR

4. BIOÉTICA E ÉTICA: UMA PONTE REFLEXIVA

• A Bioética está assentada em três princípios:

• BENEFICÊNCIA• AUTONOMIA • JUSTIÇA

Beneficiência:

• Caracteriza-se pela obrigação da promoção do bem-estar dos outros. É essencial levar em conta os desejos, necessidades e os direitos de outrem.

•

• AUTONOMIA

• O Psicólogo, o médico e outros profissionais, devem respeitar a vontade, a crença e os valores morais do paciente.

• Kant= “ as pessoas nunca devem ser tratadas como meios para fins de outras pessoas”

• Devem os homens ter direito às suas autonomias. Deve-se deixar claro que o direito à autonomia é limitado quando entra em conflito com o direito de outras pessoas, inclusive os dos próprios profissionais.

• JUSTIÇA

• Nos dias em que se passam a bioética, apresenta-se como algo a procura de uma conduta responsável da parte de quem deve decidir o tipo de tratamento e de pesquisas com relação à humanidade. Como conhecimento novo, a contribuição da bioética deve caminhar para respostas equilibradas ante os conflitos atuais e os do próximo século. Conflitos estes, relativos aos pacientes, psicólogos, médicos e profissionais afetos na assistência, que estão sendo debatidos na atualidade são tratados pela bioética, como o início e fim da vida, etc.

5. APLICAÇÃO DA BIOÉTICA NA PSICOLOGIA: A QUESTÃO DA MORTE


Segundo DRAWIN (1991 apud PASSOS, 2009): “as pessoas estão desamparadas e sem modelos éticos a serem seguidos.”

Então, cabe pensarmos...

Como os psicólogos devem se posicionar principalmente na questão da morte?

FUNÇÃO DO PSICÓLOGO EM UMA UTI:

•Proporcionar ao paciente a auto compreensão, aceitação e o alívio da angústia de estar doente, permitindo que ele responda positivamente ao tratamento;

•Minimizar o grau de ansiedade, medo e angústia em relação à internação e aos procedimentos realizados dentro da UTI;

•Promover o equilíbrio psíquico durante a internação na UTI;

•Acompanhar os familiares durante a visita ao seu parente na UTI, favorecendo um posicionamento positivo e menos sofrido frente a si mesmo e ao paciente;

• Atuar como agente integrador e modificador junto à equipe de saúde


“Em todas essas situações, ele precisa se questionar acerca do seu fazer, do papel das instituições públicas [...] A ele compete oferecer oportunidades para o crescimento do indivíduo [...] e estabelecer novos vínculos sociais.” (PASSOS, 2009).

ASSIM...

REFERÊNCIAS: CLOTET, J; FEIJÓ, A; OLIVEIRA, MG. Bioética:

uma visão panorâmica. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2005.

LOLAS, F. Bioética: o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 1998.

PASSOS, E. Ética e Psicologia: teoria e prática. São Paulo: Vetor, 2009.

Sociedade Brasileira de Bioética. Disponível em: < http://www.sbbioetica.org.br/> Acesso em: 15 de mar. 2013.

Bio�tica e Psicologia.ppt

Documents

Transcript of Bio�tica e Psicologia.ppt