Curso online: relato de experiência em Leishmanioses nas Américas em diagnóstico e tratamento
LEISHMANIOSES
-
Upload
jonatas-fernando-cavalini-de-moraes -
Category
Documents
-
view
212 -
download
0
description
Transcript of LEISHMANIOSES
Leishmania sp.
Classificação:
Reino Protista
Filo Sarcomastigophora (flagelados)
Ordem Kinetoplastida (cinetoplasto)
Família Trypanosomatidae
Gênero Leishmania
Subgêneros: Leishmania e Viannia
O PARASITO
Subgênero Leishmania: Parasitos do homem e de
outros mamíferos encontrados no Velho e Novo
Mundo
América, Europa, África e Ásia
Exemplo:
Leishmania (Leishmania) donovani → agente
responsável pela Leishmania Visceral.
O PARASITO
Subgênero Viannia: Parasitos do homem e de
outros mamíferos encontrados na América
Tropical e Subtropical
Exemplo:
Leishmania (Viannia) braziliensis → agente
responsável pela Leishmania Tegumentar
Americana.
O PARASITO
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Protozoários flagelados
Duas formas de vida durante seu ciclo
Dois hospedeiros obrigatórios → heteroxeno
O PARASITO
CARACTERÍSTICAS GERAIS
HABITAT:
HOSP. INVERTEBRADO → Vetor
trato digestivo
O PARASITO
HOSP. VERTEBRADO:
células do sistema mononuclear
fagocitário (SMF).
MORFOLOGIA
FORMAS AMASTIGOTAS
arredondada
flagelo curto não exteriorizado
aflagelada e imóvel
Encontrada parasitando células (tecidos)
dos hospedeiros vertebrados.
O PARASITO
MORFOLOGIA
FORMAS PROMASTIGOTAS
alongada
cinetoplasto anterior ao núcleo
forma flagelada e móvel
O PARASITO
Encontrada no tubo digestivo
dos hospedeiros invertebrados
FORMA INFECTANTE
HOSPEDEIROS VERTEBRADOS
Mamíferos (silvestres e domésticos)
HOMEM E OUTROS ANIMAIS → ZOONOSE
Leishmanias (amastigotas) parasitam
histiócitos → macrófagos teciduais
reprodução → divisão binária simples
rompimento da célula hospedeira
INFECÇÃO
OS HOSPEDEIROS
HOSPEDEIROS INVERTEBRADOS
INSETO VETOR → flebotomíneo
Leishmanias evoluem no tubo digestivo
tornam-se alongadas e com flagelo
PROMASTIGOTAS
reprodução → divisão binária simples
INOCULAÇÃO
promastigotas (metacíclicas)
OS HOSPEDEIROS
Picada do inseto vetor → fêmeas
Pequenos Dípteros hematófagos
cor amarelada (palha)
mosquito-palha, birigui, tatuquira, etc
asas levantadas quando pousam
2 Gêneros principais:
Lutzomyia → Américas
Phlebotomus → África, Europa e Ásia
TRANSMISSÃO
Acidentes de laboratório
Transfusão sanguínea
Drogas injetáveis
Reservatórios → fontes de infecção
Cães
Raposas
Preguiças
Gambás
Roedores em geral
TRANSMISSÃO
Definição → LEISHMANIOSE
Infecção causada por protozoários
flagelados do Gênero Leishmania que
afetam o SMF
Devido às diferenças clínicas e
epidemiológicas da doença foram
estabelecidos padrões diferentes
4 grupos
FORMAS CLÍNICAS
LEISHMANIOSE CUTÂNEA (LC)
formas que produzem exclusivamente lesões
cutâneas, ulcerosas ou não, porém limitadas
LEISHMANIOSE CUTANEOMUCOSA (LCM)
lesões ulcerosas destrutivas na mucosa do
nariz, boca e faringe
FORMAS CLÍNICAS
FORMAS BENIGNAS
LEISHMANIOSE VISCERAL (LV)
lesões no baço, fígado, medula óssea
LEISHMANIOSE CUTÂNEO DIFUSA (LCD)
formas cutâneas não-ulcerosas
aparecem em pacientes que não respondem
aos antígenos do parasito
FORMAS CLÍNICAS
Úlcera de Bauru
Lesões ulcerosas cutâneas
Base eritematosa, infiltrada e de
consistência firme
Bordas bem-delimitadas e elevadas
Fundo avermelhado e com granulações
grosseiras
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA - LTA
No Brasil já foram identificadas sete espécies:
6 → subgênero Viannia
L. (V.) braziliensis
L. (V.) guyanensis
L. (V.) lainsoni
L. (V.) naiffi
L. (V.) lindenberg
L. (V.) shawi
1 → subgênero Leishmania
L.(L.) amazonensis
Regiões Norte
e Nordeste
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA - LTA
Distribuição de espécies de Leishmania responsáveis pela
transmissão da leishmaniose tegumentar americana,
Brasil – 2005.
FORMA CUTÂNEA
lesões ulcerosas e indolores, únicas ou múltiplas
tendência à cura espontânea e boa resposta ao
tratamento
L. (V.) braziliensis, L. (V.) guyanensis, L. (L.)
amazonensis, L. (V.) lainsoni
Regiao Norte → L. (V.) guyanensis e parecem
estar relacionadas as múltiplas picadas de L.
umbratilis
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA - LTA
FORMA CUTANEOMUCOSA
MUCOCUTÂNEA
Nariz de Tapir
lesões mucosas agressivas
região nasofaríngea
causada pela L. braziliensis
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA - LTA
FORMA CUTÂNEA DIFUSA (LCD)
causada pela L. (L.) amazonensis
lesões nodulares não ulceradas
disseminação via hematogênica
forma clinica rara, porém grave
ocorre em pacientes com anergia e deficiência
especifica na resposta imune celular a antígenos
de Leishmania
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA - LTA
EPIDEMIOLOGIA
OMS → estima que 350 milhões de pessoas
estejam expostas ao risco
Aproximadamente de 2 milhões de novos casos
das diferentes formas clinicas ao ano
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA - LTA
Três perfis epidemiológicos:
1. Silvestre: em que ocorre a transmissão em áreas de
vegetação primaria (zoonose de animais silvestres);
2. Ocupacional ou Lazer: transmissão esta associada a
exploração desordenada da floresta e derrubada de
matas para construção de estradas, extração de
madeira, desenvolvimento de atividades
agropecuárias, ecoturismo;
3. Rural ou periurbana: em áreas de colonização ou
periurbana, em que houve adaptação do vetor ao
peridomicilio.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA - LTA
EPIDEMIOLOGIA
No Brasil, a LTA e uma doença com diversidade
de agentes, de reservatórios e de vetores que
apresenta diferentes padrões de transmissão e um
conhecimento ainda limitado sobre alguns
aspectos, o que a torna de DIFÍCIL CONTROLE.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA - LTA
FORMA MAIS SEVERA DE LEISHMANIOSE
Agente etiológico:
complexo Leishmania donovani
formas clínicas e biologicamente distintas com
diferentes distribuições geográficas:
L. (L.) chagasi → Américas
L. (L.) donovani → Índia
L. (L.) infantum → Europa, África e China
Principal vetor:
Lutzomyia longipalpis
LEISHMANIOSE VISCERAL - LV
LEISHMANIOSE VISCERAL - LV
O PARASITO
formas amastigotas e promastigotas
semelhantes às outras Leishmanias
HABITAT
HOSPEDEIRO VERTEBRADO
formas amastigotas
interior de células do SMF
células de Kupffer do fígado
baço, medula óssea, linfonodos
LEISHMANIOSE VISCERAL - LV
HOSPEDEIRO INVERTEBRADO
formas promastigotas
trato digestivo do inseto
LEISHMANIOSE VISCERAL - LV
RESERVATÓRIOS
no Brasil, os mais importantes
reservatórios são o cão (Canis familiaris) e a
raposa (Dusycion vetulus), que agem como
mantenedores do ciclo da doença.
LEISHMANIOSE VISCERAL - LV
TRANSMISSÃO
PICADA DO L. longipalpis
promastigotas metacíclicos
ACIDENTES DE LABORATÓRIO
TRANSFUSÃO SANGUINEA
DROGAS INJETÁVEIS
LEISHMANIOSE VISCERAL - LV
EPIDEMIOLOGIA
doença infecciosa de grande importancia
ZOONOSE
Presente em quase todos os continentes