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MPCS – Turma VIII
Prof. Dr. Paulo Ivo Koehntopp
Leitura 3
Glossário
Adaptação*: refere-se ao ajustamento de sistemas naturais ou humanos , em resposta
às mudanças climáticas reais ou esperadas, ou seus efeitos , o qual regula ou
explora oportunidades benéficas. Alguns tipos de adaptação podem ser
distinguidos:
Adaptação antecipatória: é a adaptação que ocorre antes que os impactos das mudanças
climáticas sejam observados. Também referida como adaptação pró-ativa.
Adaptação autônoma: trata-se da adaptação que não se constitui numa resposta
consciente aos estímulos climáticos, mas é desencadeada por mudanças ecológicas nos
sistemas naturais e por mudanças no mercado e no bem-estar nos sistemas humanos.
Também referida como adaptação espontânea.
Adaptação planejada: refere-se à adaptação que é resultado de decisões e políticas
deliberadas, baseadas na consciência de que ocorreram mudanças ou que essas
mudanças podem vir a ocorrer, sendo a ação necessária para que o estado desejado das
coisas retorne ou se mantenha.
Capacidade de adaptação: é a capacidade de um sistema de se ajustar à mudança
climática (inclusive à variabilidade climática e aos eventos extremos de tempo e clima),
moderando possíveis danos, tirando vantagem das oportunidades ou lidando com as
consequências.
Governabilidade**: “Corresponde à capacidade de governar, ou seja, de um governo
atingir objetivos estabelecidos. Neste sentido o conceito de governabilidade é
subsidiário ao conceito de governança”.
Governança**: “não corresponde a governo nem a governabilidade. Governança global
pode ser explicada como ‘um sistema de ordenação’ e implica reconhecer a importância
crescente de atores não-estatais, inclusive do mercado, seja na participação ativa nos
processos decisórios e de engenharia legislativa, seja como destinatários de políticas
públicas mais transparentes”.
Impactos*: referem-se aos efeitos das mudanças climáticas nos sistemas naturais e
humanos. Dependendo do nível de adaptação, podem-se distinguir dois tipos de
impactos:
Impacto potencial: todos os que podem ocorrer devido às mudanças projetadas, sem
considerar a adaptação.
Impacto residual: os impactos das mudanças climáticas que podem ocorrer após a
adaptação.
Mitigação*: refere-se a uma intervenção antropogênica para reduzir a própria forçante
antropogênica no sistema climático. Incluem-se nesse conceito estratégias para
redução das fontes de emissões de gases do efeito estufa e também para o
aumento dos sumidouros desses mesmos gases.
Mudança climática*: o termo mudança do clima usado pelo IPCC refere-se a qualquer
mudança no clima ocorrida ao longo do tempo, devida à variabilidade natural ou
decorrente da atividade humana. Esse uso difere do da Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em que o a expressão se refere a uma
mudança no clima atribuída direta ou indiretamente à atividade humana, alterando
a composição da atmosfera global, e seja adicional à variabilidade natural do
clima observada ao longo de períodos comparáveis de tempo (IPCC, 2008).
Vulnerabilidade*: é o grau de susceptibilidade ou incapacidade de um sistema para
lidar com os efeitos adversos da mudança do clima, inclusive a variabilidade
climática e os eventos extremos de tempo e clima. Trata-se de uma função do
caráter, da magnitude e do ritmo da mudança climática e da variação a que um
sistema está exposto, sua sensibilidade e sua capacidade de adaptação. A
vulnerabilidade social aos efeitos do clima pode ser definida como “conjunto de
características de uma pessoa ou grupo que determina a sua capacidade de
antecipar, sobreviver, resistir e recuperar-se dos impactos dos fatores climáticos
de perigo” (BLAIKIE et al., 1994 apud PARCERIAS ESTRATÉGICAS, 2008).
O IPCC a define como “o grau de suscetibilidade de indivíduos ou sistemas ou de
incapacidade de resposta aos efeitos adversos da mudança climática, incluindo-se
a variabilidade climática e os eventos extremos”.
Fontes:
*PARCERIAS ESTRATÉGICAS. Mudança no clima do Brasil: vulnerabilidade,
impactos e adaptação. n. 27, Brasília – DF, p. 1-360, dez 2008. ISSN 1413-9375.
**VIOLA, E.; BARROS-PLATIAU, A. F.; LEIS, H. R. Governança e segurança climática na América do Sul . FHC/CIEPLA, 2008. Disponível em: <http://wwwplataformademocratica.org/publicacoes.aspx?idregistro=788>. Acesso em: 2009-2010.