Lendas e Mitos da Região Nordeste

4
Lendas e Mitos da Região Nordeste - Vaqueiro Misterioso - Negro D’Água - Cabra Cabriola - Cuca - O Diabinho da garrafa - Quibungo - Lobisomen - Saci-Pererê - Capelobo - Mula- Sem- Cabeça - Origem da Mandioca - Caipora e Curupira - Bicho- Papão - Bicho-Homem - Cabeça de Cuia Alamoa Conta a lenda que Alamoa ou dama branca é a aparição de uma mulher branca, muito bonita, loura e que anda nua, aparece dançando na praia iluminada pelos relâmpagos de tempestade próxima. Dizem que ela atrai os pescadores ou caminhantes que voltam tarde e depois se transforma em um esqueleto, endoidecendo o namorado que a seguiu. Aparece também como uma luz ofuscante, multicor, a perseguir quem foge dela. Sua residência é o Pico, elevação rochosa de 321 metros na ilha de Fernando de Noronha. Bicho Homem Diz a lenda que o bicho-homem está presente em várias regiões do Brasil, onde a sua figura, com pequenas variações é descrita como sendo a de uma criatura alta, quase um gigante, com um olho só no meio da testa, também um só pé redondo e enorme, que quando caminha vai deixando pelo chão pegadas redondas. Os dedos de suas mãos são compridos e disformes, as unhas longas e afiadas, e os gritos que costuma emitir assombram os moradores da região onde habitualmente ele se oculta. Quem já o viu diz que ele é muito grande, forte, e

Transcript of Lendas e Mitos da Região Nordeste

Page 1: Lendas e Mitos da Região Nordeste

Lendas e Mitos da Região Nordeste- Vaqueiro Misterioso

- Negro D’Água- Cabra Cabriola

- Cuca - O Diabinho da garrafa

- Quibungo - Lobisomen- Saci-Pererê

- Capelobo- Mula- Sem- Cabeça- Origem da Mandioca- Caipora e Curupira

- Bicho- Papão- Bicho-Homem- Cabeça de Cuia

Alamoa

Conta a lenda que Alamoa  ou dama branca é  a aparição de uma mulher branca, muito bonita, loura  e que anda nua, aparece dançando na praia iluminada pelos relâmpagos de tempestade próxima. Dizem que ela atrai os pescadores ou caminhantes que voltam tarde e depois se transforma em um esqueleto, endoidecendo o namorado que a seguiu. Aparece também como uma luz ofuscante, multicor, a perseguir quem foge dela. Sua

residência é o Pico, elevação rochosa de 321 metros na ilha de Fernando de Noronha.

Bicho Homem

Diz a lenda que o bicho-homem está presente em várias regiões do Brasil, onde a sua figura, com pequenas variações é descrita como sendo a de uma criatura alta, quase um gigante, com um olho só no meio da testa, também um só pé redondo e enorme, que quando caminha vai deixando pelo chão pegadas redondas. Os dedos de suas mãos são compridos e disformes, as unhas longas e afiadas, e os gritos que costuma emitir assombram os moradores da região onde habitualmente ele se oculta. Quem já o viu diz que ele é muito grande, forte, e extremamente feroz.

É capaz de derrubar a socos e unhadas  uma montanha, beber rios e transportar florestas. Vive escondido em locais de muitas serras e vales e é devorador de homens

Cabeça de Cuia

A lenda do cabeça de  cuia trata da história de Crispim, um jovem garoto que morava nas margens do rio Parnaíba e de família muito pobre. Conta a lenda que certo dia, chegando para almoço, sua mãe lhe serviu, como de costume, uma sopa rala, com ossos, já que faltava carne na sua casa frequentemente. Nesse dia ele se revoltou, e no meio da discussão com sua mãe, atirou o osso contra ela, atingindo-a na cabeça e matando-a.

Antes de morrer sua mãe lhe amaldiçoou a ficar vagando no rio e com a cabeça enorme no formato de uma cuia, que vagaria dia e noite e só se libertaria da maldição após devorar sete virgens, de nome Maria. Com a maldição, Crispim enlouquecera, numa

Page 2: Lendas e Mitos da Região Nordeste

mistura de medo e ódio, e correu ao rio Parnaíba, onde se afogou. Seu corpo nunca foi encontrado e, até hoje, as pessoas mais antigas proíbem suas filhas virgens de nome Maria de lavarem roupa ou se banharem nas épocas de cheia do rio. Alguns moradores da região afirmam que o Cabeça de Cuia, além de procurar as virgens, assassina os banhistas do rio e tenta virar embarcações que passam pelo rio. Outros também asseguram que Crispim ou, o Cabeça de Cuia, procura as mulheres por achar que elas, na verdade, são sua mãe, que veio ao rio Parnaíba para lhe perdoar. Mas, ao se aproximar, e se deparar com outra mulher, ele se irrita novamente e acaba por matar as mulheres. O Cabeça de Cuia, até hoje, não conseguiu devorar nem uma virgem de nome Maria.

Cuca

A Cuca é um dos principais seres mitológicos do folclore brasileiro. Ela é conhecida popularmente como uma velha feia na forma de jacaré que rouba as crianças desobedientes. A origem desta lenda está em um dragão, coca das lendas portuguesas, esta tradição foi trazida para o Brasil na época da colonização. A Cuca dorme uma noite a cada 7 anos, e quando fica brava dá um berro que dá pra ouvir à 10 léguas de distância. Pelo fato da Cuca praticamente não dormir, alguns adultos tentam amedrontar as crianças que resistem dormir, dizendo que se elas não dormirem, a Cuca irá pegá-las.

Negro d'água

Conta a lenda que o Negro D'água ou Nego D'água vive em diversos rios. Manifestando-se com suas gargalhadas, preto, careca e mãos e pés de pato, o Negro D'água derruba a canoa dos pescadores, se eles se negarem de dar um peixe. Em alguns locais do Brasil, ainda existem pescadores que, ao sair para pescar, levam uma garrafa de cachaça e a jogam para dentro do rio, para que não tenham sua embarcação virada. Não se há evidências de como

nasceu esta Lenda, o que se sabe é que o Negro D'Água só habita os rios e raramente sai dele, seu objetivo seria como amedrontar as pessoas que por ali passam, como partindo anzóis de pesca, furando redes dando sustos em pessoas a barco, etc. Suas características são muito peculiares, ele seria a fusão de homem negro alto e forte, com um anfíbio. Apresenta nadadeiras como de um anfíbio, corpo coberto de escamas mistas com pele.

Quibungo

Segundo a lenda o Quibungo é uma espécie de Bicho-Papão negro, um visitante africano inesperado que acabou por se domiciliar na Bahia, onde passou a fazer parte do folclore local. Trata-se de uma variação do Tutu e da Cuca, cuja principal função era disciplinar, pelo medo, as crianças rebeldes e relutantes em dormir cedo. O Quibungo faz parte dos contos romanceados, sempre com um episódio trágico ou feliz, mas sem data que o localize no tempo. É um Velho

Page 3: Lendas e Mitos da Região Nordeste

do Saco para os meninos, um temível devorador de crianças, especialmente as desobedientes. Sem dúvida um meio eficaz de cobrar disciplina pela imposição do medo. Não há nenhum testemunho ocular de sua existência, mas, em meio ao universo infantil, existe como concreto. Dentro dessas histórias tradicionais, contadas para as crianças inquietas ou teimosas, ele se arrasta como um fantasma faminto, como um feroz devorador de meninos e meninas que distanciam dos seus pais. É personagem da literatura oral afro-brasileira, com cruel voracidade, enorme feiúra, brutalidade e inexistente finalidade moral. O Quibungo é ao mesmo tempo homem e animal. Espécie de lobo ou velho negro maltrapilho e faminto sujo e esfarrapado, um verdadeiro fantasma residente nos maiores temores infantis.

Vaqueiro Misterioso

Esta lenda é muito comum por todo o interior do Brasil, principalmente nas localidades que tem fortes tradições no Ciclo do Gado. Esta lenda relatada por muitos vaqueiros, onde o Vaqueiro Misterioso sempre aparece para participar das competições de derrubada de boi, corrida de argolinha, entre outras competições de montaria. Ele sempre é descrito como um vaqueiro velho mal vestido com um cavalo fraco e velho participa e ganha todas as competições e quando alguém procura por ele para saber de onde ele veio, ele acaba sumindo sem deixar nenhuma pista.