Lendas,Tradições

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lendas e tradições - trabalho de alunos do 8B

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Lendas & Tradições

Trabalho realizado por:Bruno Oliveira nº3 8ºBFábio Cunha nº8 8ºBLuís Fernandes nº12 8ºBRicardo Fernandes nº20 8ºB

Escola Prof. Amaro Arantes

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A Ponte de Prado, que muito tem já de antiga, evoca célebres amores de

um Rei Leonês com uma ilustre dama natural desta vila.

Depois de uma enorme cheia que quase havia destruído a ponte e

verificando o monarca o mau estado da mesma, enviou imediatamente

ordens para a sua reconstrução.

Consta desde então que o motivo que levara o rei Leonês, residente em Braga, a tomar tal atitude, fora o

facto de ter obrigatoriamente de atravessar a ponte aquando das suas visitas à tão amada dama.Pensa-

se, no entanto, que os célebres amores de D. Branca Guterres com o monarca Leonês não são

lendários, aconteceram mesmo, do que aliás nos dá notícia uma inscrição que apareceu numa pedra

na referida vila.

Assim, o rei Leonês podia visitar D. Branca de dia ou de noite, acompanhado da sua polícia ou

disfarçado em homem do povo, sem ter sequer de admitir que seus amores fossem prejudicados por

uma ponte que causava pânico a quem sobre ela passava.

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No lugar de Borges, na freguesia de Aboim da Nóbrega, onde

ainda hoje existe uma fonte com alminhas, ladeando uma casa

(fonte do Dente-Santo), vivia um homem de nome Manuel

António Martins (1920), que possuía um dente de S. Frutuoso -

abade de Constantim (Vila Real), o qual tinha poderes

excepcionais para curar mordedelas de cão raivoso. Este Dente foi

referido já no séc. XVII e a tradição diz que o dente tinha mais de

oitocentos anos.Manuel António pertencia à família de "Os do Feitor", ou "Dentes-Santo", a qual teria

recebido o dente dum fidalgo solteiro, que à hora da morte o deixou a um criado. O Dente Santo ou Dente de

São Frutuoso, teria igualmente sido oferecido directamente pelo Santo ao Fidalgo, antes de morrer, dizendo-

lhe: Quem possuir este dente não será rico, mas será sempre remediado, e nunca passará necessidades. Só

poderá ser possuído por um varão. O dente foi assim passando de geração em geração.Conta-se que muitas

pessoas vinham procurar, a Borges, as benzeduras do Dente-Santo, e que ninguém do lugar teria morrido com

a doença da "raiva". A benzedura era feita com o dente (que estava pendurado numa corrente de prata)

acompanhada da seguinte reza: "Em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo / E de S. Frutuoso / Eu te

benzo / E tocado por mim nunca serás raivoso".

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Conta-se que, certo dia do ano de 1818, um emigrante português residente

no Brasil caminhava pelas estradas brasileiras, quando se sentiu cansado

e resolveu sentar-se no que lhe pareceu um tronco de árvore.

Então, subitamente, o tronco começou a movimentar-se e, olhando, o

emigrante viu que se tinha transformado numa cobra gigantesca. Nessa

hora de aflição, o homem apelou para a boa vontade da Senhora do Alívio, prometendo-lhe a pele da

cobra, caso a santa a matasse.Com a força da Senhora, o emigrante conseguiu pegar na faca de mato

que levava à cintura e lutou muito com a possante criatura, até a matar. Em agradecimento e

cumprimento da promessa, trouxe a pele da cobra para Portugal, oferecendo-a à Nossa Senhora do

Alívio, no seu santuário. Aí estão hoje expostas outras peles de cobra, vindas de diversas partes do

Mundo, de lugares onde portugueses passaram apuros e apelaram à ajuda da Nossa Senhora do

Alívio, como por exemplo os soldados que foram defender a pátria, em África, durante a guerra

colonial.

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Coucieiro é uma das 58 freguesias que compõem o concelho de Vila Verde. Esta

freguesia apresenta um facto histórico e lendário, passado à volta dum fidalgo,

dono de uma quinta que, ainda hoje, é conhecida pela quinta de D. Sapo. Este

fidalgo dominador das suas terras e daqueles que as trabalhavam representava o

Rei e tinha todos os privilégios reais ou por El-Rei concedidos, mais aqueles

privilégios que, estando tão longe o Rei, o tal fidalgo inventou, ou seja, dormir

com a noiva, após o casamento, quando essa noiva fosse dos seus domínios.

Certo dia, um alfaiate encantou-se por uma dessas noivas condenadas ao tal privilégio e, quando foi avisado

do que ia suceder, pensou na aceitável vingança - apresentar-se ao fidalgo (disfarçado de noiva) e liquidá-lo.

Se bem pensou, melhor o fez e na noite, após o casamento, apresentou-se ao D. Sapo, disfarçado de

noiva, e, com a sua arma (a tesoura) matou D. Sapo. Começaram todos e todas a temer a sua sorte e o próprio

alfaiate, temendo a justiça que de El-Rei viria por homicídio do seu representante e (...) pensou ir ao Rei

confessar o seu crime, o que fez desta forma: -Venho apresentar-me a Vossa Majestade, pedindo que me

absolva, pois lá para a região dos Senhores de Regalados matei um Sapo.

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Das mouras que viviam antigamente no Monte do Castelo (...), havia uma que costumava muitas vezes vir

de noite, sozinha, beber da água daquela fonte.

Numa época de excessiva estiagem foi-se a água reduzindo a ponto tal que desapareceu e a moura não

deixava de prantear a ausência da sua água favorita. Volvido enfim o Inverno e restituída à fonte e à

moura a deliciosa água continuou ela no seu inalterável hábito.

Um frade do convento de Santo António, que estava situado na margem do Castelo para a

Fonte, recolhia-se uma vez muito tarde de regresso de uma aldeia muito longínqua onde fora

missionar com outro companheiro que, morrendo no caminho, deu causa a tanta demora; avistando

um vulto estranho de mulher, fora de horas e desacompanhada, pôs logo em observação toda a sua

curiosidade de frade-confessor e foi seguindo à distância e em silêncio o objecto que tanto o

espantava.

Chegada à fonte a moura que era formosa na sua cor (...) deu pela presença do frade que se

aproximava demais e perguntou-lhe com que direito e para que fim a espreitava; ao que o frade

respondeu: que vendo uma mulher tão formosa, só, a horas tão remotas e em lugares tão ermos, vinha

protegê-la contra qualquer eventualidade perigosa que porventura lhe sucedesse. A moura agradeceu

penhoradíssima.

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A Corrida e o Testamento do Galo assumem a figura de sátira social, que remonta - segundo a memória dos mais antigos - a meados do século XIX.

Esta começou por ser uma festa da comunidade com o propósito de reunir a população numa actividade lúdica e recreativa em pleno Domingo Gordo.Várias localidades assinalavam o momento com a leitura do Testamento do Galo, que anunciava o seu triste destino e

regozijava por poder ser comido pelos seres humanos em vez de acabar debaixo da terra: Deixo, e é minha vontade/Seja a minha sepultura/Dentro dos corpos humanos, /Que é melhor que terra dura. Após a leitura do testamento, o Galo era lançado à população - que se reunia, por norma, no local mais amplo e central da freguesia -, que se precipitava na tentativa de agarrá-lo e poder desfrutar da sua deliciosa carne. A maioria das localidades acabou por abandonar esta prática, mas a comunidade escolar da escola EB 1 de Francelos, na Vila de Prado, mantém-na bem viva e animada. Trajadas com a indumentária tradicional minhota (nada de máscaras e outras indumentárias contemporâneas), as crianças reúnem-se, pela manhã, no dia que antecede a partida para as férias escolares de Carnaval, para aí cumprirem, mais uma vez, a tradição.

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Na noite de 30 de Abril para 1 de Maio o "demónio“ anda de porta em porta para

descobrir as moças

preguiçosas e estas revelam-se por não fazer as lindas coroas de flores para porem às

portas ou nas fachadas das suas casas como sinal de "aqui há moça casadoira".

Toda a rapariga deve dizer "não" à visita do demo e

automaticamente dá o sinal de que ali há um bom partido para o futuro lar. Se não tem tempo para fazer um

maio artístico, um simples ramo de giesta em flor tem o mesmo significado. Durante a noite as raparigas

escondem-se atrás das janelas para ver os seus pretendentes.

Os rapazes por sua vez procuram "roubar" o maio àquela que já lhe tocou na alma. Assim, noite fora, uma

juventude cheia de alegria e coragem vai procurar o maio da sua amada, o que por vezes não é fácil, pois, de

propósito, o maio, é atado com artimanhas ou colocado em lugar de difícil acesso. É neste simples acto que se

vê a coragem do seu pretendente.

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