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  • ENADE - 2005EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO DOS ESTUDANTES

    INSTRUES

    01 - Voc est recebendo o seguinte material:a) este caderno com o enunciado das questes de mltipla escolha e discursivas, das partes de formao

    geral e componente especfico da rea, e das questes relativas a sua percepo sobre a prova, assim distribudas:

    b) 1 Caderno de Respostas em cuja capa existe, na parte inferior, um carto destinado s respostas das questes de mltipla escolha e de percepo sobre a prova. O desenvolvimento e as respostas das questes discursivas devero ser feitos a caneta esferogrfica de tinta preta e dispostos nos espaos especificados nas pginas do Caderno de Resposta.

    02 - Verifique se este material est em ordem e se o seu nome no Carto-Resposta est correto. Caso contrrio, notifique imediatamente a um dos Responsveis pela sala.

    03 - Aps a conferncia do seu nome no Carto-Resposta, voc dever assin-lo no espao prprio, utilizando caneta esferogrfica de tinta preta.

    04 - No Carto-Resposta, a marcao das letras correspondentes s respostas assinaladas por voc para as questes de mltipla escolha (apenas uma resposta por questo) deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espao compreendido pelo crculo que a envolve, de forma contnua e densa, a lpis preto nmero 2 ou a caneta esferogrfica de tinta preta. A leitora tica sensivel a marcas escuras, portanto, preencha os campos de marcao completamente, sem deixar claros.

    05 - Tenha muito cuidado com o Carto-Resposta, para no o dobrar, amassar ou manchar. Este Carto somente poder ser substitudo caso esteja danificado em suas margens - superior e/ou inferior - barra de reconhecimento para leitura tica.

    06 - Esta prova individual. So vedadas qualquer comunicao e troca de material entre os presentes, consultas a material bibliogrfico, cadernos ou anotaes de qualquer espcie.

    07 - As questes no esto apresentadas em ordem crescente de complexidade. H questes de menor, mdia ou maior dificuldade, seja na parte inicial ou final da prova.

    08 - Quando terminar, entregue a um dos Responsveis pela sala o Carto-Resposta grampeado ao Caderno de Respostas e assine a Lista de Presena. Cabe esclarecer que voc s poder sair levando este Caderno de Questes, decorridos 90 (noventa) minutos do incio do Exame.

    09 - Voc ter 04 (quatro) horas para responder s questes de mltipla escolha, discursivas e de percepo sobre a prova.

    A C D E

    Diretoria de Estatsticase Avaliao da Educao

    Superior - DEAES

    Instituto Nacional de Estudos ePesquisas Educacionais Ansio

    Teixeira - INEP

    L

    E

    T

    R

    A

    S Exemplo:

    OBRIGADO PELA PARTICIPAO!

    PartesNmero das

    questesPeso de

    cada parteNmero das pginas

    neste caderno

    Formao Geral / mltipla escolha

    Formao Geral / discursivas

    Componente Espec[ifico / mltipla escolha

    Componente Especfico / discursivas

    Percepo sobre a prova

    01 a 07

    01 a 03

    08 a 32

    01 a 09

    04 a 10

    02 e 03

    04 e 05

    06 a 25

    36

    26 a 35

    55%

    45%

    70%

    30%

    Ministrio daEducao - MEC

  • 24/10/05 - 09:55

    2 ENADE-05-F.Geral

    FORMAO GERAL

    1. Est em discusso, na sociedade brasileira, a possibili-dade de uma reforma poltica e eleitoral. Fala-se, entreoutras propostas, em financiamento pblico de campa-nhas, fidelidade partidria, lista eleitoral fechada e votodistrital. Os dispositivos ligados obrigatoriedade de oscandidatos fazerem declarao pblica de bens e presta-rem contas dos gastos devem ser aperfeioados, osrgos pblicos de fiscalizao e controle podem ser equi-pados e reforados.

    Com base no exposto, mudanas na legislao eleitoralpodero representar, como principal aspecto, um reforoda

    (A) poltica, porque garantiro a seleo de polticosexperientes e idneos.

    (B) economia, porque incentivaro gastos das empresaspblicas e privadas.

    (C) moralidade, porque inviabilizaro candidaturas des-preparadas intelectualmente.

    (D) tica, porque facilitaro o combate corrupo e oestmulo transparncia.

    (E) cidadania, porque permitiro a ampliao do nmerode cidados com direito ao voto.

    _________________________________________________________

    2. Leia e relacione os textos a seguir.

    O Governo Federal deve

    promover a incluso digi-

    tal, pois a falta de acesso

    s tecnologias digitais

    acaba por excluir social-

    mente o cidado, em es-

    pecial a juventude.

    (Projeto Casa Brasil deincluso digital comeaem 2004. In: MAZZA,Mariana. JB online.)

    Comparando a proposta acima com a charge, pode-seconcluir que

    (A) o conhecimento da tecnologia digital est democra-tizado no Brasil.

    (B) a preocupao social preparar quadros para odomnio da informtica.

    (C) o apelo incluso digital atrai os jovens para ouniverso da computao.

    (D) o acesso tecnologia digital est perdido para ascomunidades carentes.

    (E) a dificuldade de acesso ao mundo digital torna ocidado um excludo social.

    3. As aes terroristas cada vez mais se propagam pelomundo, havendo ataques em vrias cidades, em todos oscontinentes. Nesse contexto, analise a seguinte notcia:

    No dia 10 de maro de 2005, o Presidente de Governo daEspanha Jos Luis Rodriguez Zapatero em confernciasobre o terrorismo, ocorrida em Madri para lembrar osatentados do dia 11 de maro de 2004, assinalou que osespanhis encheram as ruas em sinal de dor e solida-riedade e dois dias depois encheram as urnas, mostrandoassim o nico caminho para derrotar o terrorismo: ademocracia. Tambm proclamou que no existe libi parao assassinato indiscriminado. Zapatero afirmou que noh poltica, nem ideologia, resistncia ou luta no terror, sh o vazio da futilidade, a infmia e a barbrie. Tambmdefendeu a comunidade islmica, lembrando que no sedeve vincular esse fenmeno com nenhuma civilizao,cultura ou religio. Por esse motivo apostou na criaopelas Naes Unidas de uma aliana de civilizaes paraque no se continue ignorando a pobreza extrema, aexcluso social ou os Estados falidos, que constituem, se-gundo ele, um terreno frtil para o terrorismo.

    (MANCEBO, Isabel. Madri fecha conferncia sobreterrorismo e relembra os mortos de 11-M. (Adaptado).Disponvel em:http://www2.rnw.nl/rnw/pt/atualidade/europa/at050311_onzedemarco?Acesso em Set. 2005)

    A principal razo, indicada pelo governante espanhol, paraque haja tais iniciativas do terror est explicitada naseguinte afirmao:

    (A) O desejo de vingana desencadeia atos de barbriedos terroristas.

    (B) A democracia permite que as organizaes ter-roristas se desenvolvam.

    (C) A desigualdade social existente em alguns pasesalimenta o terrorismo.

    (D) O choque de civilizaes aprofunda os abismosculturais entre os pases.

    (E) A intolerncia gera medo e insegurana criandocondies para o terrorismo.

    _________________________________________________________

    4.

    (Laerte. O condomnio)

    (Laerte. O condomnio)

    (Disponvel em:http://www2.uol.com.br/laerte/tiras/index-condomnio.html)

    As duas charges de Laerte so crticas a dois problemasatuais da sociedade brasileira, que podem ser identifica-dos pela crise

    (A) na sade e na segurana pblica.(B) na assistncia social e na habitao.(C) na educao bsica e na comunicao.(D) na previdncia social e pelo desemprego.(E) nos hospitais e pelas epidemias urbanas.

  • 24/10/05 - 09:55

    ENADE-05-F.Geral 3

    5. Leia trechos da carta-resposta de um cacique indgena sugesto, feita pelo Governo do Estado da Virgnia (EUA),de que uma tribo de ndios enviasse alguns jovens paraestudar nas escolas dos brancos.

    (...) Ns estamos convencidos, portanto, de que ossenhores desejam o nosso bem e agradecemos de todo ocorao. Mas aqueles que so sbios reconhecem quediferentes naes tm concepes diferentes das coisase, sendo assim, os senhores no ficaro ofendidos aosaber que a vossa idia de educao no a mesma quea nossa. (...) Muitos dos nossos bravos guerreiros foramformados nas escolas do Norte e aprenderam toda avossa cincia. Mas, quando eles voltaram para ns, erammaus corredores, ignorantes da vida da floresta eincapazes de suportar o frio e a fome. No sabiam caar oveado, matar o inimigo ou construir uma cabana e falavamnossa lngua muito mal. Eles eram, portanto, inteis. (...)Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e,embora no possamos aceit-la, para mostrar a nossagratido concordamos que os nobres senhores de Virgnianos enviem alguns de seus jovens, que lhes ensinaremostudo que sabemos e faremos deles homens.

    (BRANDO, Carlos Rodrigues. O que educao. SoPaulo: Brasiliense, 1984)

    A relao entre os dois principais temas do texto da cartae a forma de abordagem da educao privilegiada pelocacique est representada por:

    (A) sabedoria e poltica / educao difusa.(B) identidade e histria / educao formal.(C) ideologia e filosofia / educao superior.(D) cincia e escolaridade / educao tcnica.(E) educao e cultura / educao assistemtica.

    _________________________________________________________

    6.

    (La Vanguardia, 04 dez. 2004)

    O referendo popular uma prtica democrtica que vemsendo exercida em alguns pases, como exemplificado, nacharge, pelo caso espanhol, por ocasio da votao sobrea aprovao ou no da Constituio Europia. Na charge,pergunta-se com destaque: Voc aprova o tratado da Cons-tituio Europia?, sendo apresentadas vrias opes,alm de haver a possibilidade de dupla marcao.

    A crtica contida na charge, indica que a prtica do refe-rendo deve

    (A) ser recomendada nas situaes em que o plebiscitoj tenha ocorrido.

    (B) apresentar uma vasta gama de opes para garantirseu carter democrtico.

    (C) ser precedida de um amplo debate prvio para oesclarecimento da populao.

    (D) significar um tipo de consulta que possa inviabilizaros rumos polticos de uma nao.

    (E) ser entendida como uma estratgia dos governospara manter o exerccio da soberania.

    7.

    (Coleco Roberto Marinho. Seis dcadas da arte modernabrasileira. Lisboa: Fundao Calouste Gulbenkian, 1989.p.53.)

    A cidade retratada na pintura de Alberto da VeigaGuignard est tematizada nos versos

    (A) Por entre o Beberibe, e o oceano

    Em uma areia sfia, e lagadia

    Jaz o Recife povoao mestia,

    Que o belga edificou mpio tirano.

    (MATOS, Gregrio de. Obra potica. Ed. James Ama-do. Rio de Janeiro: Record, 1990. Vol. II, p. 1191.)

    (B) Repousemos na pedra de Ouro Preto,

    Repousemos no centro de Ouro Preto:

    So Francisco de Assis! igreja ilustre, acolhe,

    tua sombra irm, meus membros lassos.

    (MENDES, Murilo. Poesia completa e prosa. Org.Luciana Stegagno Picchio. Rio de Janeiro: NovaAguilar, 1994. p. 460.)

    (C) Bembelelm

    Viva Belm!

    Belm do Par porto moderno integrado na

    equatorial

    Beleza eterna da paisagem

    Bembelelm

    Viva Belm!

    (BANDEIRA, Manuel. Poesia e prosa. Rio de Janeiro:Aguilar, 1958. Vol. I, p. 196.)

    (D) Bahia, ao invs de arranha-cus, cruzes e cruzes

    De braos estendidos para os cus,

    E na entrada do porto,

    Antes do Farol da Barra,

    O primeiro Cristo Redentor do Brasil!

    (LIMA, Jorge de. Poesia completa. Org. Alexei Bueno.Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 211.)

    (E) No cimento de Braslia se resguardam

    maneiras de casa antiga de fazenda,

    de copiar, de casa-grande de engenho,

    enfim, das casaronas de alma fmea.

    (MELO NETO, Joo Cabral. Obra completa. Rio deJaneiro: Nova Aguilar, 1994. p. 343.)

  • 24/10/05 - 09:55

    4 ENADE-05-F.Geral

    FORMAO GERAL

    QUESTES DISCURSIVAS DE 1 A 31.

    (JB ECOLGICO. JB, Ano 4, n. 41, junho 2005, p.21.)

    Agora vero. Deu na imprensa internacional, combase cientfica e fotos de satlite: a continuar o ritmoatual da devastao e a incompetncia poltica seculardo Governo e do povo brasileiro em cont-la, aAmaznia desaparecer em menos de 200 anos. Altima grande floresta tropical e refrigerador natural donico mundo onde vivemos ir virar deserto.

    Internacionalizao j! Ou no seremos mais nada.Nem brasileiros, nem terrqueos. Apenas umalembrana vaga e infeliz de vida breve, vida louca,daqui a dois sculos.

    A quem possa interessar e ouvir, assinam essadeclarao: todos os rios, os cus, as plantas, osanimais, e os povos ndios, caboclos e universais daFloresta Amaznica. Dia cinco de junho de 2005.Dia Mundial do Meio Ambiente e Dia Mundial daEsperana. A ltima.

    (CONCOLOR, Felis. Amaznia? Internacionalizao j! In: JBecolgico. Ano 4, no 41, jun. 2005, p. 14, 15. fragmento)

    A tese da internacionalizao, ainda que circunstan-cialmente possa at ser mencionada por pessoaspreocupadas com a regio, longe est de ser soluo paraqualquer dos nossos problemas. Assim, escolher a Amaz-nia para demonstrar preocupao com o futuro da huma-nidade louvvel se assumido tambm, com todas as suasconseqncias, que o inaceitvel processo de destruio dasnossas florestas o mesmo que produz e reproduzdiariamente a pobreza e a desigualdade por todo o mundo.

    Se assim no for, e a prevalecer mera motivao dapropriedade, ento seria justificvel tambm propordevaneios como a internacionalizao do Museu do Louvreou, quem sabe, dos poos de petrleo ou ainda, e nestecaso no totalmente desprovido de razo, do sistemafinanceiro mundial.

    (JATENE, Simo. Preconceito e pretenso. In: JB ecolgico. Ano 4, no 42,jul. 2005, p. 46, 47. fragmento)

    A partir das idias presentes nos textos acima, expresse a sua opinio, fundamentada em dois argumentos sobre a melhor maneirade se preservar a maior floresta equatorial do planeta. (valor: 10,0 pontos)

  • 24/10/05 - 09:55

    ENADE-05-F.Geral 5

    2. Nos dias atuais, as novas tecnologias se desenvolvem de forma acelerada e a Internet ganha papel importante na dinmica docotidiano das pessoas e da economia mundial. No entanto, as conquistas tecnolgicas, ainda que representem avanos,promovem conseqncias ameaadoras.

    Leia os grficos e a situao-problema expressa atravs de um dilogo entre uma mulher desempregada, procura de umavaga no mercado de trabalho, e um empregador.

    Acesso Internet Situao-problema

    mulher: Tenho 43 anos, no tenho curso superior completo, mas tenho certificado de concluso desecretariado e de estenografia.

    empregador: Qual a abrangncia de seu conhecimento sobre o uso de computadores? Quais aslinguagens que voc domina? Voc sabe fazer uso da Internet?

    mulher: No sei direito usar o computador. Sou de famlia pobre e, como preciso participarativamente da despesa familiar, com dois filhos e uma me doente, no sobra dinheiro paracomprar um.

    empregador: Muito bem, posso, quando houver uma vaga, oferecer um trabalho de recepcionista. Paratrabalho imediato, posso oferecer uma vaga de copeira para servir cafezinho aos funcionriosmais graduados.

    Apresente uma concluso que pode ser extrada da anlise

    a. dos dois grficos; (valor: 5,0 pontos)

    b. da situao-problema, em relao aos grficos. (valor: 5,0 pontos)

    3. Vilarejos que afundam devido ao derretimento da camada congelada do subsolo, uma exploso na quantidade de insetos,nmeros recorde de incndios florestais e cada vez menos gelo esses so alguns dos sinais mais bvios e assustadores deque o Alasca est ficando mais quente devido s mudanas climticas, disseram cientistas. As temperaturas atmosfricas noEstado norte-americano aumentaram entre 2 C e 3 C nas ltimas cinco dcadas, segundo a Avaliao do Impacto do Clima nortico, um estudo amplo realizado por pesquisadores de oito pases.

    (Folha de S. Paulo, 28 set. 2005)

    O aquecimento global um fenmeno cada vez mais evidente devido a inmeros acontecimentos como os descritos no texto eque tm afetado toda a humanidade.

    Apresente duas sugestes de providncias a serem tomadas pelos governos que tenham como objetivo minimizar o processo deaquecimento global. (valor: 10,0 pontos)

  • 31/10/05 - 11:24

    6 ENADE-Letras-05

    COMPONENTE ESPECFICO

    Instrues: Leia o texto abaixo e responda s questes denmeros 8 e 9.

    Poema do beco

    Que importa a paisagem, a Glria, a baa, a linha do

    horizonte?

    O que eu vejo o beco.(Manuel Bandeira, Antologia Potica)

    8. No ltimo verso, o poeta

    I. desdobra a orao em duas partes, valendo-se deuma construo relativa.

    II. privilegia, com base na relao tpico/comentrio, aviso do beco, considerados os elementosfornecidos pelo co-texto.

    III. utiliza uma construo em que no h correspon-dncia entre estrutura sinttica e efeito semntico.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) I.(B) III.(C) I e II.(D) I e III.(E) II e III.

    _________________________________________________________

    9. No primeiro verso, a seqncia de sintagmas nominais aGlria, a baa, a linha do horizonte exemplifica o uso deque recurso lingstico?

    (A) Arranjo por contigidade, que, ao excluir o sintagmanominal antecedente a paisagem, resulta emconstruo sinttica pouco adequada aos padrescultos da lngua, sugerindo o desconforto do eu lricoem relao ao espao que ocupa.

    (B) Coordenao que, incluindo um vocativo e doiscomplementos verbais, se refere ao sintagmaantecedente a paisagem e cria uma gradao domais especificado para o menos especificado.

    (C) Justaposio, em que a combinao de um nomeprprio com nomes comuns rompe com os padresnormativos, segundo os quais s se coordenampartes da orao que tenham funes equivalentes.

    (D) Seqncia resumitiva, em que a orao predicativacomea por uma designao individual e segue comdefinies descritivas at produzir a relao deantonmia entre o primeiro e o ltimo elementos daseqncia.

    (E) Enumerao, que, incidindo sobre o sintagmanominal antecedente a paisagem, apresenta, emcada um dos seus elementos e no seu conjunto,uma particularizao do sentido, o que permiteclassific-la como um aposto.

    Instrues: Com base no texto abaixo, responda s questesde nmeros 10 a 12.

    O trecho parte da transcrio de uma entrevista oral,concedida por uma senhora de 84 anos, moradora de BarraLonga (MG). Pertence ao corpus de uma pesquisa realizada nacidade, envolvendo pessoas idosas com pouca ou nenhumaescolaridade e que no habitaram outros lugares. A entrevis-tada fala sobre a existncia da figura folclrica do lobisomem.

    ... eu veju cont qui u... a mulher tava isfreganu ropa....i quanu ea istendeu ropa nu secad veiu um leitozim... i peg afu a ropa dela... ea foi... cua mo chuja di sabo ea deu umtapa assim nu... nu... nu... nu fucim du leito... u leito sumiu....quanu ea veiu i cheg dentru di casa... ea tinha dexadu u mininunu beru... quanu ea cheg u mininu tava choranu... eli tava cuamarca di sabo

    [Obs. Nessa transcrio, as reticncias indicam pausas]

    (Adaptado de E. T. R. Amaral. A transcrio das fitas:abordagem preliminar)

    10. O procedimento de insero, comum na construo dotexto falado, vem exemplificado, nesse trecho, por ... ea[ela] tinha dexadu u mininu nu beru... . Do ponto de vistada produo desse texto, a insero caracteriza

    I. um movimento tpico de autoria, realizado por meiodo retorno ao prprio discurso para dar ao ouvinteinformaes que direcionam a interpretao daseqncia narrativa, de modo semelhante ao queocorre com os ndices que solucionam ou anteci-pam fatos pendentes nas narrativas escritas.

    II. um acrscimo que, assinalado por uma quebra defronteiras prosdicas, fornece informao indispen-svel para a explicitao da relao entre aspersonagens leito e menino e se constitui emuma marca de autoria.

    III. um truncamento que, no aceitvel em textos escri-tos, impede que essa produo oral seja associada noo de autoria.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) I.(B) II.(C) III.(D) I e II.(E) II e III.

    _________________________________________________________

    11. O conhecimento de categorias e processos fonolgicospode ser til para o professor conduzir a alfabetizaoporque alguns desses processos se refletem na escrita.Sempre que o estudante toma como referencial a suavariedade de fala, formas como cont e fu podem surgirtanto nas fases iniciais como em momentos maisavanados da alfabetizao. Qual a categoria fonolgicaafetada no fenmeno que essas formas exemplificam?

    (A) A slaba e, no seu interior, o fonema de travamento,cuja queda resulta no padro silbico CV.

    (B) O vocbulo fonolgico e, no seu interior, as fricativasem posio de travamento.

    (C) O fonema, mais precisamente, os que ocupam o cen-tro de slaba tona, resultando no padro silbico CV.

    (D) O fonema, mais precisamente, as semivogais de di-tongos decrescentes, cuja reduo resulta no padrosilbico V.

    (E) A slaba e, no seu interior, o fonema que ocupa ocentro da slaba tnica, cujo enfraquecimento resultano padro silbico V.

  • 31/10/05 - 11:24

    ENADE-Letras-05 7

    12. Quanto aos aspectos fnicos e seu estatuto sociolings-tico, correto afirmar que o falar da senhora entrevistada

    (A) exemplifica processos como a supresso desegmentos em tava, cont e peg que sofreqentes em localidades rurais isoladas, mas rarosnas variedades lingsticas contemporneas deoutras localidades do Brasil.

    (B) registra alteraes presentes em distintas varie-dades do Portugus do Brasil como aharmonizao voclica em mininu e uma alteraoespecfica a assimilao de ponto de articulaoem chuja, freqentemente estigmatizada na lngua.

    (C) apresenta processos caractersticos das variedadesurbanas cultas como o apagamento de segmentosem leitozim e ea.

    (D) concentra traos de arcasmo lingstico condicio-nados pela idade avanada da senhora como anasalizao da vogal tnica sucedida por consoantenasal (quanu, isfreganu).

    (E) inovadora quanto reduo do ditongo /ow/ cheg, peg, ropa , pois esse processo emerge nalngua a partir da segunda metade da dcada de1980.

    _________________________________________________________

    Instruo: Texto para as questes de nmeros 13 a 16.

    Leia o depoimento de um artista pertencente Orga-nizao no governamental Doutores da Alegria. Nessa ONG,que defende a aproximao entre arte e cincia, palhaos simu-lam ser mdicos para crianas e adolescentes hospitalizados.

    1 2 3 4 5 6 7 8 910111213

    No to simples assim me despir do dr. Lambada. So quasedez anos nos Doutores da Alegria, duas vezes por semana nohospital, fora as aulas paralelas, este ano de canto emalabares, e as rodas de estudo na sede. O personagem ficaintrojetado, s vezes desembesto a falar em casa, minhamulher diz chega, mas assim que . No basta comprar umaroupa (...) e distribuir bala no nibus. No adianta estar vestidose no se est preenchido. Muitas vezes somos a nicareferncia de palhao para uma criana, ou o respiro emocionalpara uma me ou um pai, e aquilo precisa ser bem feito.

    DR. ZAPATTA LAMBADA acredita em doentes saudveis,duendes mentais no tringulo das ber-mudas, roucas eafnicas e na inocncia do Romrio.

    (M. Manir, Entre brancos e augustos. De hospital em hospital,eles quebram o protocolo atrs de uma nova performance dianteda dor)

    13. Considere as seguintes afirmaes acerca de aspectosdiscursivos do texto.

    I. Itens lexicais como introjetado, roupa, vestidopreenchido, (linhas 5 a 8) sugerem oposiosemntica entre essncia e aparncia.

    II. Os modos de projeo da categoria de pessoaajudam a distinguir o enunciador e o Dr. Lambada.

    III. O local em que se apresenta o perfil do Dr. ZapattaLambada (linhas 11 a 13) gera estranhamento, jque, normalmente, se reserva tal espao paraidentificar com preciso o autor do depoimento.

    IV. A alterao na forma e no contedo de expressescristalizadas (dtournement) empregada comfinalidade ldica no trecho em que o Dr. ZapattaLambada apresentado.

    Destas afirmaes so corretas:

    (A) I e II, apenas.(B) I e III, apenas.(C) II e III, apenas.(D) III e IV, apenas.(E) I, II, III e IV.

    14. Considerando que a poca de recolha de um depoimentoe a de sua publicao em jornal podem no coincidir,conclui-se que a expresso este ano (linha 3)

    (A) ditica PORQUE o tempo a que faz referncia spode ser localizado em relao instncia daenunciao.

    (B) ditica PORQUE a localizao temporal a que fazreferncia aponta para um momento preciso.

    (C) ditica PORQUE aponta para uma outra refernciatemporal j feita no texto, a saber, duas vezes porsemana.

    (D) anafrica PORQUE o tempo a que faz referncia spode ser localizado em relao instncia daenunciao.

    (E) anafrica PORQUE retoma uma outra refernciatemporal j feita no texto, a saber, duas vezes porsemana.

    _________________________________________________________

    15. O discurso citado o discurso no discurso, a enunciao

    na enunciao, mas , ao mesmo tempo, um discurso

    sobre o discurso, uma enunciao sobre a enunciao.

    (M. Bakhtin, Marxismo e filosofia da linguagem)

    Consideradas as afirmaes acima, correto apontar,como marca do discurso de outrem no depoimento do Dr.Lambada, o uso de

    (A) pronome demonstrativo como em e aquilo precisaser bem feito , por meio do qual um outro contrapesua viso depreciativa do trabalho da ONG visodefendida pelo enunciador.

    (B) argumentos de autoridade como os fornecidos pa-ra compor o perfil do Dr. Zapatta Lambada , queconferem maior veracidade s impresses pessoaisdo artista.

    (C) discurso direto como em minha mulher diz chega ,em que a citao de um outro enunciado expe umadivergncia para dar veracidade ao depoimento doenunciador.

    (D) formas de incluso como em Muitas vezessomos... , que instauram a cumplicidade entreenunciador e enunciatrio por meio da inclusodeste ltimo no enunciado.

    (E) ndices de ironia como em Acredita em doentessaudveis, que deve ser lido como Duvida daexistncia de doentes saudveis , pois oenunciador critica crenas ultrapassadas dosDoutores da Alegria.

    _________________________________________________________

    16. Considerada a negao seguida da expresso correlativato... assim em

    No to simples assim me despir do dr. Lambada,

    correto afirmar que, no texto, esse enunciado contradiz asuposio de que

    (A) difcil se desfazer das roupas que compem apersonagem.

    (B) a vida de mdico mais difcil do que a vida depalhao.

    (C) a vida de palhao to difcil quanto a de outrostrabalhadores.

    (D) fcil se desfazer da personagem.

    (E) a vida familiar de um mdico to difcil como a deum artista.

  • 31/10/05 - 11:24

    8 ENADE-Letras-05

    Instrues: Leia o texto para responder s questes denmeros 17 e 18.

    Na produo das primeiras palavras e frases (incorpo-

    radas como um bloco do discurso do interlocutor bsico), (...) a

    criana incorpora, junto com a seqncia fnica, o contexto

    especfico que deu origem quele enunciado, como se v no

    exemplo a seguir, selecionado da fala de uma criana de 1 ano

    e 7 meses:

    Tatente (t quente) para denotar caf.Assim, as formas maduras aparecem, num primeiro

    momento, em contexto de especularidade imediata de algum

    item da fala adulta. Num momento posterior, ou a forma

    desaparece para reaparecer adaptada ao sistema fonolgico da

    criana muito tempo depois, ou sua forma menos madura,

    varivel, percorrer vrios meses de mudana at se tornar

    estvel. A forma desviante indica reorganizaes que a

    criana empreende na sua trajetria lingstica.

    (Adaptado de E. M. Scarpa, Aquisio de linguagem)

    17. correto afirmar que o texto

    (A) descreve o desencadeamento natural de diferentesfenmenos, nos quais a interferncia da criana edos interlocutores mnima, j que o afloramentodas habilidades lingsticas depende da faculdadeinata da linguagem.

    (B) confere ao sujeito um papel passivo diante daprpria linguagem, na medida em ele permanece,nas diferentes fases de sua aprendizagem, atreladoaos modelos oferecidos por seus interlocutoresbsicos.

    (C) concebe o processo de aquisio da linguagemcomo mecanismo no linear, j que as fasesprevistas admitem variantes decorrentes da atuaoda criana como reorganizadora de formasanteriormente copiadas.

    (D) equipara a linguagem infantil adulta, pois, emboramenores, as mesmas dificuldades articulatrias dofalante maduro so vivenciadas pela criana queinicia sua trajetria lingstica.

    (E) condiciona o desenvolvimento da linguagem aoprovimento de informaes corretas por parte dosadultos, porque os usos paternos, de toreproduzidos pelo aprendiz, fixam-se como padro.

    _________________________________________________________

    18. Considerando o exemplo oferecido no texto, afirma-secorretamente que a criana

    (A) reconhece t e quente como unidades morfolgicasdistintas.

    (B) produz uma reorganizao lingstica (comotatente) que exemplifica uma divergncia com ascategorias da linguagem adulta.

    (C) emprega um item lexical que, embora distinto doprevisto, no apresenta divergncia com as catego-rias que a ele correspondem na linguagem adulta.

    (D) interpreta uma estrutura verbal como nominal, ba-seando-se unicamente na vogal temtica.

    (E) empreende uma reorganizao da linguagem adultaque se deve exposio a certas palavras desco-ladas de seu contexto de uso.

    Instrues: Para responder s questes de nmeros 19 e 20,considere o fragmento do romance Os Maias, deEa de Queirs.

    Pobre Alencar! O naturalismo; (...) essas rudes anlises,apoderando-se da Igreja, da Realeza, da Burocracia, daFinana, de todas as coisas santas, dissecando-as brutalmentee mostrando-lhes a leso, (...) apanhando em flagrante (...) apalpitao mesma da vida; tudo isso (...), caindo assim dechofre e escangalhando a catedral romntica, sob a qual tantosanos ele tivera altar e celebrara missa, tinha desnorteado opobre Alencar (...). O naturalismo, com as suas aluvies deobscenidade, ameaava corromper o pudor social? Pois bem.Ele, Alencar, seria o paladino da Moral (...); ento o romancistade Elvira que, em novela e drama, fizera a propaganda doamor ilegtimo, representando os deveres conjugais comomontanhas de tdio, dando a todos os maridos formasgordurosas e bestiais, e a todos os amantes a beleza, oesplendor e o gnio dos antigos Apolos; ento Toms Alencar,que (...) passava ele prprio uma existncia medonha deadultrios, lubricidade, orgias (...) de ora em diante austero,incorruptvel, (...) passou a vigiar atentamente o jornal, o livro, oteatro.

    19. No trecho acima, quem relata o narrador em terceirapessoa que se aproveita, dentre outros recursos, dodiscurso indireto livre. Considerado o contexto cultural emque a obra foi produzida, correto afirmar que, nesserelato, o uso da ironia

    (A) permitiu que o narrador, aderindo aos sentimentosde Toms Alencar, criticasse a esttica realis-ta/naturalista, traduzindo a viso de Ea de Queirs.

    (B) produziu uma inverso: o narrador, caracterizando oRealismo/Naturalismo sob a perspectiva de TomsAlencar, deixa transparecer as convices dorealista Ea de Queirs sobre o Romantismo.

    (C) criou um discurso de natureza metalingstica: o tema a arte de Toms Alencar, que, embora romntico,procura compor segundo o estilo das obras de Zola.

    (D) propiciou que fossem citadas, pela voz da perso-nagem, as razes do juzo desfavorvel de Ea deQueirs acerca das propostas da gerao dasConferncias do Cassino Lisbonense.

    (E) criou referncias (tdio no casamento, maridos comofiguras bestiais, amantes apolneos) que aproximamToms Alencar do autor de Madame Bovary, o quejustifica sua averso ao Realismo/Naturalismo.

    _________________________________________________________

    20. O crtico Jos Guilherme Merquior, ao analisar a questoda literatura na Modernidade, afirma:

    ... a partir de Flaubert e Baudelaire, instala-se nas letras osenso da vacuidade do ideal; emerge a tradio modernacomo literatura crtica.

    O ideal esvaziado de contedo, assinalado pelo crtico, notexto de Ea de Queirs,

    (A) constitui a busca do paladino da moral.

    (B) considerado causa da ao de celebrar missadurante tantos anos.

    (C) pode ser associado a escangalhada catedral ro-mntica.

    (D) est tomado como sinnimo de palpitao mesmada vida.

    (E) tido como conseqncia da propaganda do amorilegtimo.

  • 31/10/05 - 11:24

    ENADE-Letras-05 9

    21. O texto abaixo, de Antonio Candido, exemplifica o trabalhodo crtico.

    Em Gonalves Dias, sentimos que o esprito pesa as

    palavras, em Castro Alves, que as palavras arrastam o

    esprito na sua fora incontida. Situado no apenas

    cronologicamente entre ambos, lvares de Azevedo um

    misto dos dois processos. Na melhor parte de sua obra, as

    palavras se ordenam com medida, indicando que a

    emoo logrou realizar-se pelo encontro da expresso

    justa. Infelizmente, porm, (...) se na sua obra

    propriamente lrica existe no raro uma serena conteno,

    a que lhe deu fama e definiu a sua maneira prpria se

    caracteriza pela tendncia digresso e prodigalidade

    verbal, que o tornaram, com o passar do tempo, o poeta

    desacreditado de nossos dias.

    (Formao da literatura brasileira: momentos decisivos)

    Considere as afirmaes que seguem.

    I. A crtica implica uma valorao, resultante dasrelaes que o crtico estabelece entre os ele-mentos constitutivos da obra analisada e a srieliterria.

    II. Em cada situao especfica, a crtica incide naanlise independente de um dos trs aspectos dofenmeno literrio: ou o produtor, ou a obra, ou opblico.

    III. tarefa do crtico prescrever leituras que, aosuprirem certas necessidades do ser humano,atendam s expectativas do pblico.

    Confirma-se no texto de Antonio Candido o que se declaracorretamente sobre a crtica APENAS em

    (A) I.

    (B) II.

    (C) III.

    (D) I e II.

    (E) II e III.

    Instrues: Considere o texto abaixo para responder squestes de nmeros 22 e 23.

    clebre a escultura de Laocoonte, em que esto repre-

    sentados pai e filhos envolvidos por serpentes. Nela est tema-

    tizada a dor de um pai que v os filhos serem devorados. O cr-

    tico alemo Lessing sentiu-se intrigado pela seguinte questo:

    como entender que a personagem principal do grupo represen-

    tado mal abra a boca, apesar de sofrer de modo to intenso?

    Para explicar a composio moderada da dor, assinala:

    que as leis da escultura impem a figurao da dor de

    modo totalmente diverso do da poesia. A escultura e a pintura

    no podem representar seno um nico momento de uma ao;

    preciso ento escolher o momento mais fecundo; ora, s

    fecundo aquilo que deixa campo livre imaginao; no

    preciso, pois, escolher o momento do paroxismo [o momento

    mais intenso], mas o que o precede ou segue.

    22. O que se pode deduzir corretamente do texto acerca darepresentao artstica?

    (A) Na arte, o modo como se retratam certas emoesdepende do conhecimento da sua natureza peloartista, pois o seu ideal reproduzir o mundonatural.

    (B) Numa obra de arte, a expresso no determinadapela natureza do objeto representado, mas estrelacionada aos princpios que regem a modalidadeartstica adotada.

    (C) Em algumas formas de expresso artstica, a repre-sentao corresponde necessariamente diminui-o da intensidade das emoes experimentadas.

    (D) Na composio artstica, a escolha de traos de umobjeto que podem ser mais produtivos para a criaodepende mais da percia do artista em lidar com elesdo que da linguagem da arte em que ele se ex-pressa.

    (E) Em qualquer expresso artstica, mais importantea capacidade que o artista tem de apontar, no serhumano representado, a grandeza e a serenidadeda alma, do que retratar o vigor de um sofrimento.

    _________________________________________________________

    23. Quanto arte literria, correta a seguinte inferncia:

    (A) a literatura distingue-se da escultura porque, nela,em todos os gneros literrios (lrico, pico edramtico), predomina a expresso de tempossimultneos.

    (B) uma obra de arte bem realizada (um romance ou umconto, por exemplo) renuncia ao clmax da situaonarrada, em busca do ideal de preservar o imagi-nrio do leitor.

    (C) o processo de criao artstica, em qualquer gneroliterrio que se considere, representa as paixessegundo modelos historicamente prestigiados.

    (D) a brevidade do poema lrico o aproxima da pintura eda escultura, pois o eu potico s tem tempo para odesenrolar de uma nica ao.

    (E) os discursos literrios, graas natureza da lingua-gem verbal, podem retomar uma mesma ao emdistintos momentos, diferentemente do que ocorrena escultura ou na pintura.

  • 31/10/05 - 11:24

    10 ENADE-Letras-05

    Instrues: Considere os textos abaixo para responder squestes de nmeros 24 e 25.

    24. Em meados do sculo passado, o pintor brasileiro Candi-do Portinari fez uma srie de desenhos para ilustrar umaedio nacional do Dom Quixote, de Cervantes. Poste-riormente, o poeta Carlos Drummond de Andrade compsuma srie de poemas, referidos a cada um desses de-senhos de Portinari.

    Atente para este desenho de Portinari e os versos deDrummond que o interpretam.

    Antefinal noturno

    Dorme, Alonso Quejana.Pelejaste mais do que a peleja(e perdeste).Amaste mais que amor se deixa amar.O mpetoo relentoa desmesurafbulas que davam rumo ao sem-rumode tua vida levada a tapae a coice darmas,de que valeu o tudo desse nada?Viles discutem e brigam de braoenquanto dormes.Neutras esttuas de alimrias velama areia escura de teu sonodespido de todo encantamento.Dorme, Alonso, andantepetrificadocavaleiro-desengano.

    Analisando-se as relaes entre o desenho, o poema e aobra Dom Quixote de Cervantes, correto afirmar:

    (A) na situao representada, em que o heri repousa, odesenho e o poema realam o cansao do triunfalcavaleiro andante.

    (B) no desenho e no poema, o plano da realidade brutado cotidiano contrasta com o do sacrifcio final docavaleiro idealista de Cervantes.

    (C) na situao representada, pela qual se inicia anarrativa de Cervantes, o pintor e o poeta prevemas violncias que Dom Quixote dever enfrentar.

    (D) no desenho e no poema, encontram-se interpre-taes diferentes da cena final de Dom Quixote: noprimeiro lamenta-se a derrota, e no segundo seenaltece a vitria do cavaleiro.

    (E) no desenho e no poema, refora-se o sentido finalda obra de Cervantes, que o de resgatar osvalores da nobreza medieval.

    25. Os versos do poema Antefinal noturno, transcrito naquesto anterior, tm fortes pontos de contato com estesversos de um outro poema de Carlos Drummond deAndrade, Consolo na praia:

    A injustia no se resolve.

    sombra do mundo errado

    murmuraste um protesto tmido.

    Mas viro outros.

    Tudo somado, devias

    precipitar-te de vez nas guas.

    Ests nu na areia, no vento...

    Dorme, meu filho.

    (A rosa do povo)

    Entre os poemas, h em comum a expresso dossentimentos

    (A) da impotncia do indivduo e do malogro do ideal.

    (B) da amargura amorosa e da vingana reparadora.

    (C) do ideal religioso e da perseverana intil.

    (D) da hipocrisia social e da culpa pessoal.

    (E) da indignao intil e do consolo na f._________________________________________________________

    26. Como lhes disse, fui guia de cego, vendedor de doce e

    trabalhador alugado. Estou convencido de que nenhum

    desses ofcios me daria os recursos intelectuais neces-

    srios para engendrar esta narrativa. Magra, de acordo,

    mas em momentos de otimismo suponho que h nela

    pedaos melhores que a literatura de Gondim. Sou, pois,

    superior a Mestre Caetano e a outros semelhantes. Consi-

    derando, porm, que os enfeites do meu esprito se

    reduzem a farrapos de conhecimento apanhados sem

    escolha e mal cosidos, devo confessar que a superio-

    ridade que me envaidece bem mesquinha.

    No trecho acima, de So Bernardo, de Graciliano Ramos,o narrador reflete sobre questes que dizem respeito dire-tamente sua competncia para desenvolver uma nar-rativa autobiogrfica. Essa competncia explicitamenteposta em dvida em outras passagens do romance, como,por exemplo, em:

    (A) As pessoas que me lerem tero, pois, a bondade detraduzir isto em linguagem literria, se quiserem.

    (B) Comeo declarando que me chamo Paulo Honrio,peso oitenta e nove quilos e completei cinqentaanos pelo So Pedro.

    (C) Joo Nogueira queria o romance em lngua deCames, com perodos formados de trs paradiante. Calculem.

    (D) E eu vou ficar aqui, s escuras, at no sei quehoras, at que, morto de fadiga, encoste a cabeana mesa e descanse uns minutos.

    (E) Reproduzo o que julgo interessante. Suprimi diver-sas passagens, modifiquei outras.

  • 31/10/05 - 11:24

    ENADE-Letras-05 11

    27. A designao de Realismo, dada a esse movimento, inadequada, pois o realismo ocorre em todos os tempos como um dosplos da criao literria, sendo a tendncia para reproduzir nas obras os traos observados no mundo real (...). Sob vriosaspectos, o romance romntico foi cheio de realismo, pois a fico moderna se constituiu justamente na medida em que visou,cada vez mais, a comunicar ao leitor o sentimento da realidade, por meio da observao exata do mundo e dos seres.

    (Antonio Candido e Jos Aderaldo Castello, Presena da literatura brasileira)

    Aceitando-se o que diz o trecho acima, correto afirmar que so fortes os pontos de contato entre o romance romnticobrasileiro ocupado com a vida urbana e burguesa e o romance Esa e Jac, de Machado de Assis?

    (A) Sim, pois em ambos os casos a motivao essencial a da consolidao do sentimento nacionalista.(B) No, j que o anti-romantismo de Machado de Assis desviou-o do drama urbano e burgus.(C) No, j que Machado de Assis, em sua fase madura, circunscreveu sua fico anlise psicolgica.(D) Sim, pois em ambos os casos o quadro histrico e social tem peso decisivo para a criao romanesca.(E) Sim, pois em ambos os casos o estmulo inicial a expresso otimista do processo de formao de uma sociedade.

    28. Atente para os textos I e II, abaixo:I

    O universo (que outros chamam a Biblioteca) compe-se de um nmero indefinido, e talvez infinito, de galerias hexagonais, comvastos poos de ventilao no centro, cercados por balaustradas baixssimas. (...) A Biblioteca existe ab aeterno. Dessaverdade, cujo corolrio imediato a eternidade futura do mundo, nenhuma mente razovel pode duvidar. (...) Em alguma estantede algum hexgono (raciocinaram os homens) deve existir um livro que seja a cifra e o compndio perfeito de todos os demais:algum bibliotecrio o consultou e anlogo a um deus.

    (Jorge Lus Borges, A biblioteca de Babel, Fices)

    II

    Serto velho de idades. Porque serra pede serra e dessas, altas, que o senhor v bem: como que o serto vem e volta.No adianta de dar as costas. Ele beira aqui, e vai beirar outros lugares, to distantes. Rumor dele se escuta. Serto sendo dosol e os pssaros: urubu, gavio que sempre voam, s imensides, por sobre... Travessia perigosa, mas a da vida. Sertoque se alteia e se abaixa. Mas que as curvas dos campos estendem sempre para mais longe. Ali envelhece vento. E os brabosbichos, do fundo dele...

    (Joo Guimares Rosa, Grande serto: veredas)

    Encontram-se, nesses textos, dois espaos ficcionais bastante representativos, respectivamente, das obras de Borges e deGuimares Rosa. Apesar das fortes diferenas entre esses espaos, eles apresentam uma caracterstica essencial em comum.Qual ela?

    (A) O sentido de uma totalizao: a biblioteca e o serto so apresentados como universos de mxima abrangncia.(B) O sentido de um anacronismo: a biblioteca e o serto expressam valores ultrapassados.(C) O sentimento de superioridade do homem em relao natureza.(D) O sentimento de auto-suficincia do indivduo, confiante na razo.(E) O sentido de uma insuficincia: o espao explorado no estimula o pensamento metafsico.

    29. Associe a gravura abaixo ao texto I, de Borges, transcrito na questo anterior.

    O espao descrito no texto e o espao representado na gravura tm em comum

    (A) a rejeio do irreal e o engajamento poltico.(B) a emotividade e a negao da simetria.(C) o efeito de claro-escuro e o sentimento da natureza.(D) a vida idealizada e o sentimento do provisrio.(E) a fantasia intelectual e a composio geomtrica.

    http://www.mcescher.com/Gallerv/back-bmp/LW389.jpg

  • 31/10/05 - 11:24

    12 ENADE-Letras-05

    Ateno: Para responder s questes de nmeros 30 a 32, escolha a rea de sua formao.

    LICENCIATURA EM LNGUA PORTUGUESA

    30. Em qual das alternativas abaixo um argumento favorvel ao registro documental do planejamento escolar est focalizandoespecificamente a prtica do professor de lngua portuguesa?

    (A) A definio de pontos de partida e de chegada da ao educativa pode significar perda de tempo. H um divrcio entreaquilo que aparece escrito no planejamento e o que realmente acontece em sala de aula.

    (B) Cada professor, ao assumir sua classe, deve se apoiar na reflexo coletiva para organizar seu planejamento. A escolanecessita de documentos que permitam exercer algum controle sobre o que acontece em sala de aula.

    (C) O planejamento orienta-se pelo diagnstico do que os alunos j sabem. No registro, o professor explicita os usos dalinguagem que, associados s prticas sociais, sero tratados segundo seqncia didtica que mais favorea aaprendizagem.

    (D) O planejamento flexvel ser modificado ao ser posto em prtica. Mediante a funo de reificao da escrita, o professortem a possibilidade de distanciar-se criticamente do prprio plano e refletir sobre ele e sua prtica.

    (E) O registro do planejamento facilita a comunicao entre os educadores da escola e desses com a comunidade envolvidadireta ou indiretamente no processo.

    31. Leia o seguinte relato.

    Silncio, 2a B! aula de leitura e escrita.Os alunos quietos nas carteiras defrontam-se com os livros. Acabaram de ouvir a ordem para ler e, quando for o tempo indicadopela professora, ho de escrever, reproduzindo o que foi lido. (...) Todos devem ficar quietos, ler com ateno e escrevercorretamente, sem perturbar a professora que precisa corrigir o dever do dia anterior.

    (Mary Julia Martins Dietzsch e Maria Alice Setbal S. e Silva, Itinerantes e itinerrios na busca da palavra)

    No relato, o processo de aprendizagem de leitura se caracteriza

    (A) pela prtica de decodificao da lngua escrita, sustentada pela legitimidade atribuda ao texto, tomado como base para areproduo.

    (B) pela compreenso da escrita, articulada com a possibilidade de transferncia de hipteses para construir um sentido parao texto.

    (C) pelo reconhecimento dos gneros textuais, regulado por um sistema de expectativas que ancoram o discurso nas esferasda atividade humana.

    (D) pela possibilidade de livre fruio do texto, associada ao interesse da comunidade de leitores.

    (E) pela abertura do sentido do texto no momento da recepo, considerado o contexto de leitura.

    32. Leia a seguinte proposta de Paulo Freire (A importncia do ato de ler) sobre a funo do professor.

    A questo da coerncia entre a opo proclamada e a prtica uma das exigncias que educadores crticos se fazem a si

    mesmos. que sabem muito bem que no o discurso que ajuza a prtica, mas a prtica que ajuza o discurso. Nem sempre,

    infelizmente, muitos de ns, educadoras e educadores que proclamamos uma opo democrtica, temos uma prtica em

    coerncia com nosso discurso avanado. Da que o nosso discurso, incoerente com a prtica, vire puro palavreado.

    Considere os trechos transcritos abaixo, adaptados de Prez Gmez (A funo e a formao do professor/a no ensino para acompreenso: diferentes perspectivas).

    I. Perspectiva enciclopdica: de acordo com a concepo de ensino como transmisso de contedos da cultura e daaprendizagem como acumulao de conhecimentos; prope a formao do professor como especialista num ou vriosramos do conhecimento, quanto mais conhecimento ele possua melhor poder desenvolver sua funo de transmisso.

    II. Perspectiva tcnica: a qualidade do ensino evidenciada na qualidade dos produtos e na eficcia e economia de suarealizao; forma-se o professor como um tcnico que domina as aplicaes do conhecimento cientfico produzido poroutros e transformado em regras de atuao.

    III. Perspectiva de reconstruo social: o professor reflete criticamente sobre a prtica cotidiana para compreender tanto ascaractersticas dos processos de ensino-aprendizagem quanto as do contexto em que o ensino ocorre; a formao doprofessor pressupe o ensino como uma prtica social saturada de opes de carter tico cujos valores se traduzemcoerentemente em procedimentos que facilitem o desenvolvimento emancipador dos que participam do processo.

    Contempla a prtica pedaggica recomendada por Paulo Freire o que evitaria a crtica feita pelo pedagogo APENAS o quese afirma em

    (A) I.(B) III.(C) I e II.(D) I e III.(E) II e III.

  • 31/10/05 - 11:24

    ENADE-Letras-05 13

    LICENCIATURA EM LNGUA ESTRANGEIRA

    30. Dentre os trechos transcritos dos Parmetros Curriculares Nacionais Lngua Estrangeira ensino fundamental, aquele querelaciona diretamente a aprendizagem de Lngua Estrangeira com a aprendizagem de Lngua Portuguesa :

    (A) No Brasil, tomando-se como exceo o caso do espanhol, (...), o de algumas lnguas nos espaos de imigrantes (...) e o degrupos nativos, somente uma parcela da populao tem oportunidade de usar lnguas estrangeiras como instrumento decomunicao, dentro ou fora do pas.

    (B) Mesmo nos grandes centros, o nmero de pessoas que utilizam o conhecimento das habilidades orais de uma lnguaestrangeira em situao de trabalho relativamente pequeno.

    (C) A aprendizagem de leitura em Lngua Estrangeira pode ajudar no desenvolvimento integral do letramento do aluno. Aleitura tem funo primordial na escola e aprender a ler em outra lngua pode colaborar no desempenho do aluno comoleitor em sua lngua materna.

    (D) As condies na sala de aula da maioria das escolas brasileiras (carga horria reduzida, classes superlotadas, poucodomnio das habilidades orais por parte da maioria dos professores, material reduzido ... etc.) podem inviabilizar o ensinodas quatro habilidades comunicativas.

    (E) Pode-se antever que, com o barateamento dos meios eletrnicos de comunicao, mais escolas venham a ter acesso anovas tecnologias, possibilitando o desenvolvimento de outras habilidades comunicativas.

    31. Os Parmetros Curriculares Nacionais Lngua Estrangeira ensino fundamental fazem um alerta aos professores sobre ossoftwares disponveis para o ensino de Lngua Estrangeira que reproduzem, muitas vezes, um tipo de instruo programada,incompatvel com viso de linguagem e de aprendizagem proposta nos PCN. Qual a caracterstica apresentada por umsoftware tpico de instruo programada que o torna incompatvel com a proposta dos PCN?

    (A) uma srie subordinada de exerccios lingsticos, sem contextos definidos, com base em uma nica resposta certa doaluno.

    (B) uma srie de atividades especficas de uso da linguagem, em que se estabelece relao entre a lngua e o mundo socialdo aluno.

    (C) uma srie de propostas de inferncia lingstica, com base no pr-conhecimento do aluno sobre gneros textuais.

    (D) uma srie de perguntas sobre as expresses de um texto, que o aluno no conhece, com destaque para pistascontextuais.

    (E) uma srie de hipteses sobre o sentido do texto a serem aferidas pelo aluno, com base em ndices contextuais.

    32. Leia a seguinte notcia.

    O ensino de lngua espanhola para os alunos do ensino mdio nas escolas das redes pblica e privada de todo o Pas passou a

    ser obrigatrio a partir de agosto, quando o presidente Luiz Incio Lula da Silva sancionou a Lei 11.161/2005. Pela lei, o ensino

    de espanhol deve ser includo gradativamente nos currculos, no prazo mximo de cinco anos. Entre os maiores desafios para a

    aplicao da lei esto a formao de professores para atender demanda e o oferecimento s escolas de estrutura e material

    didtico-pedaggico.

    (Fbia Assumpo. Espanhol obrigatrio em Alagoas s em 2007)

    A notcia remete seguinte constatao encontrada nos Parmetros Curriculares Nacionais ensino mdio Linguagens,Cdigos e suas Tecnologias Lnguas Estrangeiras Modernas:(A) a Lngua Estrangeira predominante no currculo o ingls, o que reduziu em muito o interesse do estudo de outras

    lnguas, e, em conseqncia, a formao de professores de outros idiomas.

    (B) o ensino das Lnguas Estrangeiras, na escola regular, prioriza, quase sempre, o estudo de formas gramaticais, amemorizao de regras e a lngua escrita, ignorando as indicaes da legislao.

    (C) o ensino mdio deve organizar seus cursos de lnguas objetivando torn-los teis e significativos, em vez de as LnguasEstrangeiras representarem, apenas, uma disciplina a mais na grade curricular.

    (D) a competncia comunicativa supe o desenvolvimento das seguintes dimenses que a integram: gramatical,sociolingstica, discursiva, estratgica.

    (E) os objetivos prticos do ensino de Lnguas Estrangeiras entender, falar, ler e escrever a que a legislao eespecialistas fazem referncia so importantes, devido ao carter formativo intrnseco dessas habilidades.

  • 31/10/05 - 11:24

    14 ENADE-Letras-05

    BACHARELADO

    30. Considere a seguinte reflexo.

    Uma terceira chave conceitual de estudos sobre a recepo na Amrica Latina refere-se leitura (...). Penso que nos livros de

    Bakhtin (...) h uma proposta de mudana de lugar do texto como eixo da investigao que coloca a interao dialgica como o

    verdadeiro objeto da investigao cultural, chegando-se leitura como interao-comunicao.

    (Jess Martn-Barbero, Amrica Latina e os estudos recentes: o estudo da recepo em comunicao social)

    Qual o foco investigativo proposto por Martn-Barbero para o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre o ato de ler?

    (A) O texto e, a partir dele, a compreenso do leitor.

    (B) A recepo passiva do significado do texto.

    (C) Os meios de comunicao e o seu controle sobre a opinio do leitor.

    (D) A interao acionada pelo texto em determinada situao comunicativa.

    (E) O leitor-indivduo que atribui um significado pessoal para o texto.

    31. Segundo Martn-Barbero, preciso falar sobre o estudo dos gneros, a histria social e cultural dos gneros. Os gnerosaparecem no como propriedades dos textos. O gnero no algo que passa ao texto, mas algo que passa pelo texto. (...) ognero uma estratgia de comunicao ligada aos vrios universos culturais.

    Leia os trechos abaixo adaptados de Gneros ficcionais: materialidade, cotidiano, imaginrio, de Silvia Helena S. Borelli:

    I. O gnero considerado como um agrupamento ou filiao de obras literrias a uma classe ou espcie, subordinadas porsua vez a artifcios de normatizao e classificao.

    II. O gnero uma categoria abrangente, e serve como elo entre os diferentes momentos da cadeia que une espao deproduo, anseios dos produtores culturais e desejos do pblico receptor.

    III. O gnero um modelo dinmico, com repertrio variado de estruturas resultantes de conexes entre um ou mais gnerose da relao com novos recursos que, introduzidos, transformam ou recriam padres mais ou menos abertos.

    Identifica-se com a posio de Martn-Barbero SOMENTE o que se afirma em

    (A) I e II.

    (B) II e III.

    (C) I e III.

    (D) I.

    (E) II.

    32. Leia a seguinte advertncia de Jess Martn-Barbero.

    No podemos estudar a recepo (na Amrica Latina) sem analisar os processos de excluso cultural. Somente vou

    lembrar trs modos de deslegitimao e de desqualificao do gosto popular atravs da pecha de ausncia de gosto ou mau

    gosto: (...) o que agrada aos receptores populares, quase sempre, seria aquilo que de mau gosto (...); a deslegitimao dos

    gneros narrativos; (...) a deslegitimao dos modos populares de recepo.

    A advertncia do autor sugere a necessidade de estudos e pesquisas na Amrica Latina que considerem o processo decomunicao como

    (A) um espao de construo de culturas heterogneas.

    (B) um meio de transmisso de conhecimento.

    (C) uma forma de explorao comercial do receptor.

    (D) um desvio de comportamento da opinio pblica.

    (E) uma normatizao do gosto popular.

  • 31/10/05 - 11:24

    ENADE-Letras-05 15

    Questo 4

    Nem preciso ser especialista para verificar que as condies da variao lingstica no esto sujeitas ao acaso, nem ao livrearbtrio do falante. Muito pelo contrrio, acham-se fortemente marcadas por motivaes emanadas do prprio sistema lingstico que ofalante constrangido a seguir sem escolha.

    (Adaptado de R.G. Camacho, Sociolingstica Parte II)Ilustre, com dois exemplos extrados dos enunciados abaixo, a afirmao de que o sistema impe direes para a

    variao lingstica. Justifique a sua escolha.

    i) Pinch fora po traiz misria e ergu o que cai no se deve: das arma.[Jogar fora po traz misria e apanhar o que cai no se deve: das almas.]

    ii) Junt pauzinho de forfe que cai no cho d a disga.[Apanhar palito de fsforo que cai no cho resulta em desgraa.]

    (Adaptado de Cornlio Pires, Abuses) (Valor: 10,0 pontos)

    Questo 5

    Leia o texto e analise os dados lingsticos que o seguem.

    Estar e andar + gerndioNo perodo arcaico esses verbos seguidos de gerndio podem ocorrer semanticamente plenos, com significado lexicaletimolgico: estar (lat. stare) estar de p; andar (lat. ambitare) deslocar-se com os ps. Na documentao arcaica, em muitoscontextos, fica-se na dvida se nas seqncias desses verbos com gerndio se tem uma locuo verbal ou duas oraes com umdesses verbos como principal e o gerndio como uma subordinada reduzida temporal.

    Exemplos:1. No dia da sa morte estando os homens bs da cidade onde el era bispo fazendo gram chanto sobre el...

    [No dia da sua morte, estando de p os homens bons da cidade onde ele era bispo, fazendo... ou No dia de sua morte, estando os homens bonsda cidade onde ele era bispo fazendo...]

    2. Andava per muitas cidades e per muitas vilas e per muitos castelos e pelas ruas e pelas casas dos homs dizendo muitas santasparavoas.[Caminhava por muitas cidades e por muitas vilas e por muitos castelos e pelas ruas e pelas casas dos homens dizendo.... ou Estava dizendopor muitas cidades e por muitas vilas e por muitos castelos e pelas ruas e pelas casas dos homens...]

    (Adaptado de R. V. Mattos e Silva, O portugus arcaico)

    A dvida sobre o Portugus Arcaico, explicitada por Mattos e Silva, mantm-se nas construes com estar e comandar seguidos de gerndio do Portugus Contemporneo do Brasil? Explique e d um exemplo de construo com cada umdesses verbos para confirmar sua hiptese. (Valor: 10,0 pontos)

  • 31/10/05 - 11:24

    16 ENADE-Letras-05

    Questo 6

    O crtico Hugo Friedrich comenta que Baudelaire considerava a fantasia (equiparada ao sonho) como capacidade criativa que realizauma operao mgica: decompe o real (o que se percebe sensorialmente), recolhe e rearticula as partes, criando, assim, novasformas, irreais, que instituem um mundo novo. Para o poeta francs, a fantasia, em caso algum, procede confusa e arbitrariamente,mas, sim, de maneira exata e sistemtica.

    O poema infncia, de Oswald de Andrade, abaixo transcrito, pode exemplificar o que o poeta francs afirma sobre afantasia. Explique como poderia ser reconhecido, nesse poema, cada um dos aspectos assinalados por Baudelaire:

    a. decomposio do real;b. criao de um mundo novo;c. procedimento exato e sistemtico da fantasia.

    infnciaO camisoloO jarroO passarinhoO oceanoA visita na casa que a gente sentava no sof

    (Hugo Friedrich, Estrutura da lrica moderna)(Oswald de Andrade, Poesias reunidas) (Valor: 10,0 pontos)

    Questo 7

    I. Poema do beco

    Que importa a paisagem, a Glria, a baa, a linha do horizonte? O que eu vejo o beco.

    II. Manuel Bandeira faz a seguinte declarao a respeito de si mesmo: Sou poeta menor, perdoai. Tal declarao injustaem relao ao valor de sua poesia, mas indica a vocao de sua lrica vocao que tambm est indicada nestesversos do poema Belo belo (Lira dos cinquentanos):

    III. No quero o xtase nem os tormentos (...)

    As ddivas dos anjos so inaproveitveisOs anjos no compreendem os homens.

    A leitura conjunta dos trs textos aponta para um trao fundamental da potica de Manuel Bandeira.

    Identifique e comente esse trao. (Valor: 10,0 pontos)

  • 31/10/05 - 11:24

    ENADE-Letras-05 17

    Ateno: Responda questo de nmero 8 somente se sua rea de formao for Licenciatura em LnguaPortuguesa.

    Questo 8

    Leia o seguinte relato de um professor de Lngua Portuguesa sobre o ensino-aprendizagem de leitura em uma classe de 5a srie.

    Num primeiro momento, os alunos liam silenciosamente o conto. Antes que iniciassem a leitura, lamos a biografia do

    respectivo autor e discutamos suas declaraes, o que despertava bastante interesse. Os dados biogrficos estavam contidos em

    textos de entrevista com os autores. Tentvamos vincular esses dados biogrficos vida dos aprendizes, sugerindo a possibilidade de

    que qualquer um pudesse vir a se tornar escritor. Esses eram os nicos conhecimentos prvios relacionados leitura dos contos.

    Embora o ambiente na sala de aula tivesse tendncia a certa descontrao, criasse uma possibilidade de trabalho associada ao

    direito de ir e vir, as nossas aulas de leitura transcorriam em absoluto silncio. Conforme tnhamos combinado, era o silncio

    necessrio hora da nossa biblioteca.

    Aps a leitura silenciosa, fazamos uma pergunta a todos: Quem gostou deste conto? Nesse momento, podamos observar a

    reao causada pela leitura.

    (Harry Vieira Lopes, A leitura e a escrita ficcional na 5a srie)

    Qual foi o contrato didtico estabelecido entre professor e aprendizes e qual metodologia de leitura foi adotada?

    (Valor: 10,0 pontos)

  • 31/10/05 - 11:24

    18 ENADE-Letras-05

    Ateno: Responda questo de nmero 9 somente se sua rea de formao for Licenciatura em LnguaEstrangeira.

    Questo 9

    Em um material didtico para o ensino de Lngua Estrangeira, observa-se o procedimento que segue.

    Apresenta-se como estmulo um convite de casamento em ingls e, em seguida, algumas questes:

    Convite d

    e casam

    ento

    escrito

    em lngu

    a inglesa

    .

    a. Voc j viu umtexto semelhante?

    b. Em que situao?

    c. Qual a finalidadedo texto apresen-tado?

    d. Como esse texto denominado? (...)

    Considerando a proposta dos Parmetros Curriculares Nacionais lngua estrangeira ensino fundamental ... sugere-se umpadro geral que enfatiza o conhecimento de mundo do aluno (...) e a organizao textual com a qual esteja familiarizado (...). O

    objetivo envolver o aluno desde o incio do curso na construo do significado ,

    quais perguntas presentes no material didtico podem ser associadas:

    a. ao conhecimento de mundo do aluno?

    b. ao conhecimento de organizao textual do aluno?

    c. Explique as razes de sua escolha. (Valor: 10,0 pontos)

  • 31/10/05 - 11:24

    ENADE-Letras-05 19

    Ateno: Responda questo de nmero 10 somente se sua rea de formao for Bacharelado.

    Questo 10

    Leia os textos para responder questo proposta.

    No se tem dado a devida importncia imensa maioria dos cidados que nunca entram numa livraria e que compram tudo o que

    lem nas bancas. O livro no tem o valor de prestgio, de status, que tem para ns. outra relao com a leitura, outra cultura.

    (Jess Martn-Barbero, Amrica Latina e os anos recentes: o estudo da recepo em comunicao social)

    sempre com atraso que o amplamente vivido torna-se objeto de anlises ou at de observaes da parte dos que fazem profisso

    teorizar sobre a vida social.

    (Michel Maffesoli, No fundo das aparncias)

    Consideradas as opinies dos autores quanto ao objeto de estudo e quanto ao distanciamento do pesquisador, comopoderia ser desenvolvida uma pesquisa sobre leitura? (Valor: 10,0 pontos)

  • 31/10/05 - 11:24

    20 ENADE-Letras-05

    FONTES BIBLIOGRFICAS (segundo ABNT. NBR 6023. Agosto, 2000)

    AMARAL, E. T. R. A Transcrio das fitas: abordagem preliminar. In: MEGALE, H. (org.) Filologia bandeirante.. So Paulo: Humanitas;FAPESP, 2000. p.195-208. (Estudos, 1)

    ANDRADE, Oswald de. Poesias reunidas: obras completas. 3 ed. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1972. v.7, p. 98.

    ANDRADE, Carlos Drummond de. As Impurezas do branco. Rio de Janeiro: Jos Olympio; INL/MEC, 1973. p.77-78.

    ________. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967.

    BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do Mtodo Sociolgico na Cincia da Linguagem. So Paulo:Hucitec, 1979.

    BANDEIRA, Manuel. Antologia potica. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

    ________. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Jos Aguilar, 1967. p.249: Libertinagem.

    BARROS, D. L. P. de. Teoria semitica do texto. 4.ed. So Paulo: tica, 2003.

    BORGES, J. Lus. Obras completas. So Paulo: Globo, 1999. v.1: p.517-521; A Biblioteca de Babel.

    BORRELLI, S. H. S. Gneros ficcionais: materialidade, cotidiano, imaginrio. In: SOUSA, Mauro Wilton de (org.). Sujeito, o lado ocultoreceptor. So Paulo: Brasiliense; ECA/USP, 1995. p.71- 85.

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    ________. Parmetros Curriculares Nacionais: ensino mdio: linguagens, cdigos e suas tecnologias; Lnguas Estrangeiras Modernas.Braslia: MEC/SEMTEC, 1999.

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    CANDIDO, Antonio. Formao da literatura brasileira: momentos decisivos. 5ed. So Paulo: Universidade de So Paulo; Itatiaia, 1975. v.2:p.187.

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    CUNHA, A. G. Dicionrio etimolgico Nova Fronteira da lngua portuguesa. 2.ed. ver. e acrescida suplem. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1998.

    DIETZCH, Mary Jlia Martins; SILVA, Maria Alice Setbal S. Itinerantes e itinerrios na busca da palavra. Caderno de Pesquisas, So Paulo,n. 88, p. 55-63, fev. 1994.

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    MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. Introduo lingstica: domnios e fronteiras. So Paulo: Cortez, 2001. v.1/2

    PREZ GOMZ, A. J. A Funo e a formao do professor/a no ensino para a compreenso: diferentes perspectivas. In: SACRISTN, J.;

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    PIRES, C. Conversas ao p-do-fogo. Itu (SP): Ottoni Edit., 2002. p. 82-3: p Abuses.

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    TFOUNI, L. V. Perspectivas histricas e a-histricas do letramento. Campinas: IEL/Unicamp, 1994. p.49-62 (Cadernos de EstudosLingsticos 26: Psicolingstica).

    TODOROV, Tzvetan. Os Gneros do discurso. So Paulo: Martins Fontes, 1980. p.27.

  • 31/10/05 - 11:25

    Quest. Percep.-Prova-Letras 21

    QUESTIONRIO DE PERCEPO SOBRE A PROVA

    As questes abaixo visam a levantar sua opinio sobre a

    qualidade e a adequao da prova que voc acabou de realizar.

    Assinale as alternativas correspondentes sua opinio

    nos espaos prprios (parte inferior) do Carto-Resposta.

    Agradecemos sua colaborao.

    1. Qual o grau de dificuldade desta prova na parte deFormao Geral?

    (A) Muito fcil.

    (B) Fcil.

    (C) Mdio.

    (D) Difcil.

    (E) Muito difcil.

    _________________________________________________________

    2. Qual o grau de dificuldade desta prova na parte deFormao Especfica?

    (A) Muito fcil.

    (B) Fcil.

    (C) Mdio.

    (D) Difcil.

    (E) Muito difcil.

    _________________________________________________________

    3. Considerando a extenso da prova, em relao ao tempototal, voc considera que a prova foi:

    (A) Muito longa.

    (B) Longa.

    (C) Adequada.

    (D) Curta.

    (E) Muito curta.

    _________________________________________________________

    4. Com relao aos enunciados das questes, na parte deformao geral, voc considera que:

    (A) Todas as questes tinham enunciados claros eobjetivos.

    (B) A maioria das questes tinha enunciados claros eobjetivos.

    (C) Apenas cerca da metade das questes tinhamenunciados claros e objetivos.

    (D) Poucas questes tinham enunciados claros eobjetivos.

    (E) Nenhuma questo tinha enunciados claros eobjetivos.

    5. Com relao aos enunciados das questes, na parte deformao especfica, voc considera que:

    (A) Todas as questes tinham enunciados claros eobjetivos.

    (B) A maioria das questes tinha enunciados claros eobjetivos.

    (C) Apenas cerca da metade das questes tinhamenunciados claros e objetivos.

    (D) Poucas questes tinham enunciados claros eobjetivos.

    (E) Nenhuma questo tinha enunciados claros eobjetivos.

    _________________________________________________________

    6. Com relao s informaes/instrues fornecidas para aresoluo das questes, voc considera que:

    (A) Eram todas excessivas.

    (B) Eram todas suficientes.

    (C) A maioria era suficiente.

    (D) Somente algumas eram suficientes.

    (E) Eram todas insuficientes._________________________________________________________

    7. A maior dificuldade com a qual voc se deparou aoresponder prova foi:

    (A) Desconhecimento do contedo.

    (B) Forma diferente de abordagem do contedo.

    (C) Espao insuficiente para responder s questes.

    (D) Falta de motivao para fazer a prova.

    (E) No tive qualquer tipo de dificuldade para responder prova.

    _________________________________________________________

    8. Considerando apenas as questes objetivas da prova,voc percebeu que:

    (A) No, estudei ainda a maioria desses contedos.

    (B) Estudei alguns desses contedos, mas no osaprendi.

    (C) Estudei a maioria desses contedos, mas no osaprendi.

    (D) Estudei e aprendi muitos desses contedos.

    (E) Estudei e aprendi todos esses contedos._________________________________________________________

    9. Tempo gasto para concluir a prova:

    (A) Menos de uma hora.

    (B) Entre uma e duas horas.

    (C) Entre duas a trs horas.

    (D) Entre trs a quatro horas.

    (E) Quatro horas e no consegui terminar.