Levanto os meus_olhos_para_lisboa

3
Uma poesia sobre o Tejo Levanto os meus olhos para Lisboa, Para o seu relevo acidentado, Um olhar que me magoa: Ver afundar o Tejo tão amado. Vejo o céu, Que termina quando começa o mar As cores e sonhos presentes no seu véu É necessário entendê-lo para o amar… Sabores, odores e cantos: Percorro os cafés, as avenidas. Toda a superfície é de primor, Só existe uma maneira de viver Lisboa: É vivê-la com amor.

Transcript of Levanto os meus_olhos_para_lisboa

Page 1: Levanto os meus_olhos_para_lisboa

Uma poesia sobre o Tejo

Levanto os meus olhos para Lisboa,

Para o seu relevo acidentado,

Um olhar que me magoa:

Ver afundar o Tejo tão amado.

Vejo o céu,

Que termina quando começa o mar

As cores e sonhos presentes no seu véu

É necessário entendê-lo para o amar…

Sabores, odores e cantos:

Percorro os cafés, as avenidas.

Toda a superfície é de primor,

Só existe uma maneira de viver Lisboa:

É vivê-la com amor.

Page 2: Levanto os meus_olhos_para_lisboa

Ouvir o sino tocar,

Lá no alto do castelo lisboeta.

Lembra-me do velho tempo,

Lembra o ser poeta.

“Pousa um momento, Um só momento em mim,

Não só o olhar, também o pensamento. Que a vida tenha fim

Nesse momento!

No olhar a alma também Olhando-me, e eu a ver

Tudo quanto de ti teu olhar tem. A ver até esquecer

Que tu és tu também.

Só tua alma sem tu Só o teu pensamento

E eu onde, alma sem eu. Tudo o que sou Ficou com o momento E o momento parou.”

Traz as memórias às palavras,

O ser de Fernando Pessoa.

Caminhava pela imensa cidade,

À procura de Lisboa.

Lisboa procura-se no senhor do Adeus,

No pulmão verde onde não existe solidão.

Ao alto do monte encontramos Deus,

De Fernando Pessoa a sua paixão…