LEVITICO 15

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A santidade (Lv 15:1-33) A palavra-chave neste capítulo é "fluxo" e aparece vinte e três vezes. Significa, simplesmente,a eliminação de um líquido, quer seja da água na natureza ou de um fluido do corpo humano. A eliminação de fluidos no corpo humano pode ser normal (vv. 16-18, 25-30) ou anormal (vv. 1-15, 19-24), mas de qualquer modo era considerada imunda e devia ser tratada de acordo com a lei de Deus. Essas prescrições certamente incluem a preocupação de Deus com a higiene pessoal e com a mulher, mas tudo indica que a motivação central é o dever da santidade pessoal. Nem todos somos leprosos, mas todos temos nossos "fluxos" ocasionais que nos contaminam e podem contaminar a outros. Fluxos masculinos anormais (w. 1-15). Podia ser qualquer coisa, desde diarréia até doenças venéreas, como gonorréia. Qualquer coisa que o homem acometido desse mal tocasse ou sobre a qual cuspisse seria imunda. Além do mais, aqueles que fossem contaminados ao tocar nele deviam lavar a si mesmos e suas roupas e eram considerados imundos até o pôr-do-sol. Os vasos de barro que

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CONSELHO

A santidade (Lv 15:1-33)

A palavra-chave neste captulo "fluxo" e aparece vinte e trs vezes. Significa, simplesmente,a eliminao de um lquido, quer seja da gua na natureza ou de um fluido do corpo humano. A eliminao de fluidos no corpo humano pode ser normal (vv. 16-18, 25-30) ou anormal (vv. 1-15, 19-24), mas de qualquer modo era considerada imunda e devia ser tratada de acordo com a lei de Deus. Essas prescries certamente incluem a preocupao de Deus com a higiene pessoal e com a mulher, mas tudo indica que a motivao central o dever da santidade pessoal. Nem todos somos leprosos, mas todos temos nossos "fluxos" ocasionais que nos contaminam e podem contaminar a outros.

Fluxos masculinos anormais (w. 1-15). Podia ser qualquer coisa, desde diarria at doenas venreas, como gonorria. Qualquer coisa que o homem acometido desse mal tocasse ou sobre a qual cuspisse seria imunda. Alm do mais, aqueles que fossem contaminados ao tocar nele deviam lavar a si mesmos e suas roupas e eram considerados imundos at o pr-do-sol. Os vasos de barro que tocasse deviam ser quebrados, e os de madeira, lavados. A possibilidade de infeco era levada extremamente a srio.Pela bondade do Senhor, o homem com esse fluxo podia ser curado. Quando isso acontecia, deveria esperar uma semana e, como o leproso purificado, deveria lavar a si mesmo e suas roupas. No oitavo dia, ofereceria um sacrifcio pelos pecados e um holocausto, mas no precisava levar sacrifcios caros, uma vez que um fluxo corporal no era to grave quanto um caso de lepra. Depois disso, o homem estava livre para adorar ao Senhor e viver normalmente no acampamento.

Fluxos masculinos normais (w. 16-78). Este pargrafo nem sequer sugere que a relao sexual dentro do casamento seja impura ou contaminadora. Conforme as palavras da cerimnia tradicional de casamento, "Deus instituiu o casamento para ser bno e benefcio para a humanidade". Dentro dos laos santos e amorosos do casamento, o marido no contamina sua esposa, nem a esposa o marido. "Digno de honra entre todos seja o matrimnio, bem como o leito sem mcula; porque Deus julgar os impuros e adlteros" (Hb 13:4).Nessa passagem, Moiss est tratando da imundcia cerimonial e no moral. Uma vez que a relao sexual envolve fluidos corporais e que estes tornam uma pessoa imunda, o marido e a esposa deveriam tomar cuidado para lavar-se e manter a pureza cerimonial. Talvez o Senhor esteja nos dizendo que, mesmo numa experincia bela como o amor conjugal, existe a oportunidade de a natureza pecaminosa agir de modo a contaminar essa relao. O casal israelita devia levar Deus em considerao bem como seus prprios desejos, o que os ajudava a santificar seu relacionamento. No era necessrio realizar qualquer sacrifcio para a purificao do casal, apenas a lavagem com gua. Assim, nenhum pecado precisava ser expiado.

Fluxos femininos normais (vv. 19-24). Mais uma vez, Deus no est condenando nem castigando a mulher por ter seu fluxo menstruai normal, pois foi ele quem a fez desse modo a fim de poder ter filhos. Essa prescrio declara, apenas, que o fluxo da mulher a tornava imunda e, portanto, ela podia contaminar outros. Raquel usou desse artifcio quando enganou seu pai sobre os deuses do lar (Gn 31:26-35).Durante o tempo de sua menstruao e uma semana depois, a mulher era considerada imunda e deveria ter cuidado com o lugar onde se assentava e dormia e com aquilo que tocava. No entanto, esse confinamento trazia implcita, em si, uma bno, uma vez que a mulher desfrutava de tranqilidade e de descanso quando mais precisava. Se seu marido fosse sexualmente ativo demais, essa lei impedia que se aproveitasse da esposa num perodo em que a relao sexual no seria especialmente agradvel a ela. Se ele a forasse, tanto ele quanto o leito matrimonial ficariam imundos por uma semana, e isso os separaria de todos da famlia e do acampamento! No valia a pena.

Sem dvida, Deus criou o sexo para o prazer bem como para a procriao, mas o prazer no disciplinado transforma-se logo em escravido e em tormento. Aqueles que no so casados devem usar de autocontrole a fim de no ter relaes ilcitas, atraindo para si o juzo de Deus (Hb 13:4), mas aqueles que so casados tambm precisam de autocontrole, para no se aproveitarem um do outro e deixarem Deus de fora de seu relacionamento mais ntimo. Deus criou o sexo, e sbio aquele que permite ao Criador determinar as regras.

Fluxos femininos anormais (w. 25-33). Uma hemorragia prolongada podia ser tanto fisicamente dolorosa como religiosamente desastrosa, pois com isso a mulher ficaria continuamente imunda. A mulher desconhecida que procurou a ajuda de Jesus sofria desse mal havia mais de vinte anos (Mc 5:25-34; Lc 8:43-48). Em termos mais estritos, todos os que tiveram contato com aquela mulher na multido foram contaminados por ela, quer soubessem quer no. Quando ela tocou a veste de Jesus, ele tambm foi contaminado. Quanta bondade da parte dele cur-la e devolver-lhe a vida normal que ela tanto almejava! O ritual para sua purificao nos faz lembrar do ritual para a restaurao de uma me depois de dar luz (Lv 12:6,7).Essas prescries para a santidade pessoal no eram apenas sugestes piedosas dos lderes religiosos do povo. Eram mandamentos sagrados do Senhor, e lhes desobedecer constitua uma ofensa grave (Lv 15:31-33). Uma pessoa imunda que fosse ao tabernculo e que o contaminasse estaria atraindo juzo para si (v.31). Deus advertiu os israelitas de que a transgresso lei dada em Levtico 15:24 faria com que o casal fosse "[eliminado] do meio do seu povo" (Lv 20:18). No existe um consenso entre os estudiosos a respeito de se o termo "eliminado" significava a morte (o termo usado dessa forma em Gn 9:11) ou a excomunho, mas, de qualquer modo, a penalidade era grave.

O povo de Deus, nos dias de hoje, no vive sob a ameaa de tais juzos, apesar de haver "pecado que para a morte" (1 Jo 5:16; 1 Co 11:30). No entanto, no deve existir em nossa vida qualquer rea da qual o Senhor seja excludo, e todo relacionamento deve estar sob o controle dele. As palavras do Senhor para ns ainda so: "Sereis santos, porque eu sou santo"!

Alegria da comunho Diariamente perseveravam unnimes no templo, partiam po de casa em casa e tomavam as suas refeies com alegria e singeleza de corao (Atos 2.46).

O texto nos mostra a histria de um povo feliz, alegre. Eles so o exemplo perfeito de um povo que tinha prazer na comunho. A Koinonia (comunho, participao conjunta, partilha, intimidade) era um estilo de vida, e ela acontecia em meio a muita alegria. A comunho alegre se manifesta em trs direes:

H alegria quando a comunho acontece com Deus. Diariamente perseveravam unnimes no templo... louvando a Deus (Atos 2.46-47). O resultado da unidade era o louvor a Deus. Em cada alma havia temor; e muitos prodgios e sinais eram feitos por intermdio dos apstolos (Atos 2.43). Seus coraes eram gratos e reconheciam quem era o autor dos sinais e prodgios. Perseveravam na doutrina dos apstolos e na comunho, no partir do po e nas oraes (Atos 2.42). A doutrina era sadia porque vinha da fonte, vinha das testemunhas oculares de Jesus. A participao da ceia era um acontecimento almejado por todos e, nas oraes, eles se fortaleciam estreitando seus relacionamentos, e se preparando para enfrentar as perseguies e lutas que viriam com o tempo. A comunho perfeita comea em Deus.

H alegria quando a comunho acontece com os irmos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum (Atos 2.44). Tudo o que eles tinham pertencia a todos, tudo era comum. Nenhum necessitado havia entre eles (Atos 4.34). Eles eram sensveis, a proximidade os fazia perceber quando algum estava passando por necessidades: Se um irmo ou uma irm estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vs lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessrio para o corpo, qual o proveito disso? (Tiago 2.15-16). Paulo ensina a seu discpulo: Ora, se algum no tem cuidado dos seus e especialmente dos da prpria casa, tem negado a f e pior do que o descrente (1Timteo 5.8). Entre irmos a comunho se concretiza de maneira real.H alegria quando a comunho causa impacto nos incrdulos.

E contando com a simpatia de todo o povo (Atos 2.47). A comunho genuna que eles experimentavam com Deus e entre eles contagiava aqueles que eram de fora. A alegria era to espontnea que eles contavam com a simpatia dos no crentes. Os descrentes ficavam admirados como eles se amavam e queriam fazer parte daquele grupo. O Imprio Romano no se importava com os pobres e os que tinham necessidades especiais. Eram os cristos que atendiam os abandonados, assim como em nossos dias, as instituies religiosas que tm feito grande parte do trabalho que deveria ser do estado. Ganhamos a simpatia dos de fora pela forma como cuidamos dos esquecidos. A comunho com Deus e com os irmos beneficia os de fora.O que havia de especial naquela comunidade? Era a comunho genuna, verdadeira. Os de fora olhavam para eles e diziam: vejam como eles se amam. Em Joo 17.21 lemos: a fim de que todos sejam um; e como s tu, Pai, em mim e eu em ti, tambm sejam eles em ns; para que o mundo creia que tu me enviaste. A comunho do povo com seu Deus, e entre os irmos impacta a sociedade e a transforma.

Orao exige persistncia - Lucas 18.1-8Ento Jesus contou aos seus discpulos uma parbola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Ele disse: "Em certa cidade havia um juiz que no temia a Deus nem se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: Faze-me justia contra o meu adversrio. "Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: Embora eu no tema a Deus e nem me importe com os homens, esta viva est me aborrecendo; vou fazer-lhe justia para que ela no venha me importunar ". E o Senhor continuou: "Ouam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus no far justia aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuar fazendo-os esperar? Eu lhes digo: ele lhes far justia, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrar f na terra? "

Nesta narrativa do evangelho de Lucas, Jesus contou uma parbola para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Alm do amigo insensvel (Lucas 11.5-10), do pai que d pedra para o filho comer (Lucas 11: 11-13), agora a vez da figura chocante de um juiz que no temia a Deus, mpio, injusto, sem compaixo, que se aborrecia de cumprir sua funo de ofcio, no se importava com as pessoas e detestava ser importunado.A parbola torna-se, em certo sentido, escandalosa, pois o Mestre compara esse juiz ao prprio Deus. E nesse contexto que Cristo ensina a importncia da orao persistente. Mas qual a razo da persistncia?

1.A persistncia nos aproxima de Deus (v 3a: uma viva que se dirigia continuamente a ele... - NVI)

Exatamente por no ser atendida, aquela mulher tinha que permanecer diante da presena daquele injusto juiz. Percebia cada movimento da corte, cada pessoa que se aproximava. Tudo mudava ao seu redor, mas no sua splica e clamor. Ao contrrio do que se imagina, quando perseveramos na orao, no fazemos Deus presente, mas nos tornamos presentes. Nossa conscincia de Deus cresce, nossa percepo se dilata. Quando queremos alguma coisa na vida, insistimos, brigamos, lutamos, colocamos tudo o que somos e temos naquela direo. esse mesmo carter que Deus quer ver em nossa orao. Esse deve ser o esprito da orao (Lucas 11.9-10 - Por isso lhes digo: Peam, e lhes ser dado; busquem, e encontraro; batam, e a porta lhes ser aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e quele que bate, a porta ser aberta. Joo 16.23-24 - Naquele dia vocs no me perguntaro mais nada. Eu lhes asseguro que meu Pai lhes dar tudo o que pedirem em meu nome. At agora vocs no pediram nada em meu nome. Peam e recebero, para que a alegria de vocs seja completa.). Quando insistimos, nos aproximamos, interagimos, concentramos toda nossa ateno em Deus, focalizamos nosso corao no Senhor. A orao que exige persistncia nos conduz presena do Eterno. A boa surpresa que, na orao persistente, procuramos a ddiva, mas encontramos o Doador.

2.A persistncia indica a seriedade do assunto (v 3b: Faze-me justia contra o meu adversrio - NVI)Aquela viva resiste a tudo e a todos, rompe as barreiras discriminatrias e intimidadoras, porque tinha um pedido muito srio a fazer. Sejamos sinceros que muitas de nossas oraes tratam de assuntos sem importncia, passageiros, fteis, inteis e superficiais. Em s conscincia, no insistimos nestes. Alis, que bom que Deus no nos atende em tudo o que passou por nossa mente e corao e se transformou em um pedido. A perseverana depura e aperfeioa (Tiago 1.2-4 Meus irmos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provaes, pois vocs sabem que a prova da sua f produz perseverana. E a perseverana deve ter ao completa, a fim de que vocs sejam maduros e ntegros, sem lhes faltar coisa alguma.), traz discernimento e conscincia, forjando nosso carter e gerando esperana (Romanos 5.3-4 No s isso, mas tambm nos gloriamos nas tribulaes, porque sabemos que a tribulao produz perseverana; a perseverana, um carter aprovado; e o carter aprovado, esperana.). Porque nos aproximamos de Deus, medida que persistimos, somos influenciados pelo Senhor na maneira como enxergamos o mundo ao redor, nosso contexto, nossa vida, nossas motivaes e nossos prprios pedidos. Percebo que Deus v minha necessidade mais claramente que eu mesmo. A boa surpresa que, na orao persistente, queremos mudar o corao de Deus, mas temos o nosso transformado.3.A persistncia alcana resultados poderosos (v 5: ...vou fazer-lhe justia... - NVI)

Finalmente o injusto juiz atende ao clamor da viva. No aguentava mais ser importunado, golpeado, socado. Esse o sentido da expresso que Jesus usou: o juiz foi nocauteado. Uma pobre viva nocauteando o poderoso juiz. Que contraste! Mas isso que Jesus nos ensina a respeito do poder da orao persistente. Em toda a Bblia encontramos os heris da f em suas lutas na orao, tantos salmos importunos e tantos lamentos profticos. Ao comentar essa parbola, Helmut Thielicke conclui que Deus est oferecendo igreja em orao uma parte do governo do mundo, nada menos que isso. A orao persistente sempre ter resultados poderosos mesmo que nem sempre o que esperamos. s vezes, como Pedro, oramos por alimento, e somos curados de racismo (Atos 11.5-18), ou, como Paulo, oramos por cura, e recebemos humildade (2 Corntios 12.7-9 Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelaes, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satans, para me atormentar. Trs vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim. Mas ele me disse: "Minha graa suficiente para voc, pois o meu poder se aperfeioa na fraqueza". Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim.). A boa surpresa que, na orao persistente, quando tudo parece inerte, liberamos a ao de Deus.

Devemos persistir em orao contra a persistente tentao, injustia social, opresso, crimes hediondos, trfico sexual, aborto, terrorismo e incontveis outros motivos. Ao verem tanta maldade, muitos tm enxergado Deus como esse juiz distante e sem compaixo. Mas o Senhor diz claramente que Deus far justia aos que clamam a ele dia e noite. A orao persistente o caminho que devemos trilhar para que, quando o Filho do homem vier para implantar definitivamente seu reino, ele encontre f na terra.

CONSOLAO NA SOLIDO

Ento, Jezabel mandou um mensageiro a Elias a dizer-lhe: Faam-me os deuses como lhes aprouver se amanh a estas horas eu no fizer tua vida como fizeste a cada um dos profetas de Baal. Temendo, pois, Eli as, levantou-se, e, para salvar sua vida, se foi... (I Reis 19.2, 3).

A histria do Profeta Elias tem incio no captulo 17 de I Reis, quando este ousado servo do Senhor anunciou a longa estiagem que teria lugar em Israel. O nordeste brasileiro, no presente, se acha ressequido, no h colheita, o gado morre de inanio, e a populao se encontra mngua. Todos os brasileiros esto orando para que chova no serto, ao contrrio de Eli as, que era o porta-voz da seca.

O Profeta enfrentou a hostilidade do povo, a perseguio dos religiosos e a afronta do rei Acabe (I Reis 18.17). O ponto culminante se deu no Monte Carmelo, no memorvel encontro com os 400 profetas de Baal (I Reis 18.20-46), no qual Jav, em nome de quem Elias lutava, foi reconhecido como Deus.

Foi um momento ureo, inigualvel; depois de 3 anos, sofrendo todo o tipo de assdio moral, o Profeta podia proclamar o nome do Senhor sem ser molestado; podia afirmar que o Senhor soberano sobre a natureza, que faz secar a terra e, tambm, envia a chuva. Va leu toda a resistncia; no foi em vo o es foro de um testemunho fiel; chegara o tempo da vi tria.

No en tan to, quan do se gui mos

para o ca ptu lo 19, to ma mos co -

nhe ci men to da ameaa da per ver -

sa ra i nha Je za bel, e nos de pa ra -

mos com um Eli as en co lhi do, in ti -

mi da do, fu gin do de tudo e de to -

dos, com medo da prpria som -

bra. O que te ria acon te ci do com o

ar ro ja do Pro fe ta? Ha via en fren -

tan do qua tro cen te nas de ho -

mens e su cum biu di an te de uma

nica mu lher? Te ria so fri do um re -

pen ti no ata que de de presso?

No po de mos fa zer o di ag -

ns ti co cl ni co de Eli as, mas po de -

mos aprender li es de como

Deus nos con so la na crise.

Deus ouve a ora o do afli to,

mas a aten de em con so nn cia

com a sua pr pria von ta de. Ali s,

nos sas oraes no se pres tam a

tor cer a von ta de de Deus, e, sim,

a que a von ta de do Se nhor se

faa em nos sa vida. Eli as, em sua

solido, pe diu a mor te (v. 4); Deus

ou viu sua orao, mas no aten -

deu o seu pe di do, pois, man te -

ve-o vivo.

O pon to aqui : como Deus

pa ci en te co nos co; che ga ao pon -

to de to le rar nos sas to las pa la -

vras, s ve zes, in gra tas pa la vras, e

con ti nua sen do o nos so amo ro so

Deus.

Deus su pre cada uma de nos -

sas ne ces si da des, mes mo quan do

ima gi na mos que es ta mos por

con ta pr pria. Uma das ca rac -

tersti cas do qua dro de pres si vo

o sen ti men to de aban do no; o de -

pres si vo pen sa: no te nho nin -

gum por mim. Eli as teve jus ta -

men te este pen sa men to (v. 10).

No en tan to, em todo o seu ca mi -

nho, Deus re ve lou pro vi dn cia a

cada eta pa da jor na da (v. 5-8).

Por ven tu ra, tem sido di fe ren te

co nos co? Na ma i or cri se nos tem

fal ta do o sus ten to di vi no?

Deus se faz pre sen te, mu i tas

ve zes, da ma ne i ra mais ines pe ra -

da. No foi no ven to, no foi no

ter re mo to, no foi no fogo, foi na

bri sa, no ci cio tran qui lo e su a ve

(v. 11-12). Alguns es to es pe ran do

o con so lo di vi no no lu gar em que

ele no se en con tra, de tal ma ne i -

ra que quan do ele se re ve la, che -

ga a pas sar des per ce bi do. pre ci -

so aju star me lhor o foco e vis lum -

brar a boa mo do Se nhor que

sem pre se gue co nos co, pois um

Deus sem pre pre sen te.

VINDE E ADOREMOS

Vamos at Belm para ver o que aconteceu, para ver aquilo que o Senhor nos contou. (Lc.2.15)

Chegou o Natal. E, mesmo em meio ao comrcio intenso, s reunies de famlia, aos passeios e feriados, ao cansao dos preparativos e s correrias de ltima hora, no devemos nos esquecer de Jesus.

Nossos olhos e nosso corao devem se voltar para uma pequena vila na Palestina, a cidade de Belm. Belm da Judia era mais que uma cidade, era um lugar especial na histria do povo de Deus. Vamos at Belm!

Se procurar nos lugares ricos da cidade, nas casas amplas e bem cuidadas, entre os hspedes vindos de diferentes lugares, no vai encontrar nada. Os magos viriam mais tarde cidade e indagariam por todos os cantos o paradeiro do menino, nascido para ser Rei. A indagao deles chegou aos sacerdotes e a Herodes, mas tambm no sabiam onde O encontrar.

Os pastores foram depressa a Belm, encontraram Maria e Jos e viram o menino deitado na manjedoura.

Quem os guiou? Os olhos da f, a luz da esperana, o sonho de um novo tempo, a convico da Palavra de Deus em seus coraes: Glria a Deus nas maiores alturas do cu! E paz na terra para as pessoas a quem Ele quer bem!

Irmos, com f, esperana e a convico que encontramos na Palavra do Senhor, celebremos o Natal do Senhor Jesus. Sejamos gratos pelo Seu nascimento e Sua salvao.

Congregao Presbiteriana parque das naes

LITURGIA DO CULTO DE NATAL

25 DE DEZEMBRO DE 2011

NATAL, DDIVA DE AMOR!

ENTRANDO NA CASA, VIRAM O MENINO COM MARIA, SUA ME, PROSTRANDO-SE O ADORARAM... Mateus 2.11

Preldio Chamada Adorao Lucas 2:13-14

E subitamente apareceu com o anjo uma multido da milcia celestial louvando a Deus e dizendo: Glria a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele quer bem.

Louvor NC 240 Louvor Angelical

1. Eis dos anjos harmonia! 2. Cristo, eternamente honrado,

Cantam glria ao Rei Jesus Do seu trono se ausentou.

Paz aos homens! Que alegria! Cristo, entre os homens encarnado,

Paz com Deus em plena luz. Deus conosco se mostrou.

Ouam povos exultantes, Quo bondosa Divindade,

Ergam salmos triunfantes Quo gloriosa humanidade!

Aclamando seu Senhor. Salve Cristo, Emanuel.

Nasce Cristo, o Redentor! Luz do mundo, Deus fiel!

3. Cante o povo resgatado CORO

Glria ao Prncipe da paz; Exalta, terra e cus

Deus em Cristo revelado, Dando glria ao Homem - Deus!

Vida e luz ao mundo traz!

Nasce a fim de renascermos,

Vive para revivermos,

Rei, Profeta, Intercessor.

Louvem todos ao Senhor!

Orao de Adorao e Louvor

Louvor NC 237 Jesus nasceu!1. Vinde, cantai! Jesus nasceu! 2. Sim, proclamai em derredor

terra a Luz desceu! Que foi por grande amor

A graa infinda ao mundo vem, Que terra veio o Sumo Bem,

Na gruta de Belm! Na gruta de Belm! Na gruta de Belm! Na gruta de Belm! Jesus o amado, o Sumo Bem, Jesus, humilde, ao mundo vem.

A MINHA ALMA ENGRANDECE AO SENHOR E O MEU ESPRITO SE ALEGROU EM DEUS, MEU SALVADOR. Lucas 1.46

Leitura Bblica Responsiva Lucas 2.8-11

Dirigente: Havia naquela mesma regio pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as viglias da noite.

Congregao: E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam e a glria do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.

Dirigente: O anjo, porm, lhes disse: No temais: eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que ser para todo o povo:

Todos: que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o salvador, que Cristo, o Senhor.

Momento Especial JogralOrao de Gratido

Louvor NC 230 Adorao

1. Oh! Vinde, fiis, triunfantes e alegres,

Sim, vinde a Belm j movidos de amor;

Nasceu vosso Rei, l do Cu prometido, Coro

Oh! Vinde, adoremos! Oh! Vinde, adoremos! Oh! Vinde, adoremos a nosso Senhor!

2. Olhai, admirados, a sua humildade,

Os anjos o louvam com grande fervor

Pois veio conosco habitar, encarnado,3. Por ns, das alturas celestes baixando,

Em forma de servo se fez, por amor,

E em glrias a vida nos d, sempiterna. 4. Nos Cus adorai-o, vs, anjos em coro,

E todos na terra lhe rendam louvor! A Deus honra e glria contentes rendamos.Louvor Equipe de LouvorPORQUE O PODEROSO ME FEZ GRANDES COISAS, SANTO O SEU NOME. Lucas 1.49

Momento Especial CrianasMensagem Rev. Luiz Fernandes Louvor NC 243 Noite de Paz

1. Noite de paz! Noite de amor! 2. Noite de paz! Noite de amor!

Tudo dorme em derredor. Nas campinas ao pastor,

Entre os astros que espargem a luz Lindos anjos, mandados por Deus

Proclamando o menino Jesus, Anunciam a nova dos cus;

Brilha a estrela da paz! Nasce o bom Salvador.

3. Noite de paz! Noite de amor!

Oh! Que belo resplendor

Ilumina o menino Jesus! No prespio do mundo, eis a luz.

Sol de eterno fulgor!

Orao Final

Beno Apostlica

Trplice Amm

Posldio Texto: Joo 3:16-18

Introduo: Como voc explica o significado do Natal em poucas palavras? Bem, a melhor maneira que conheo esta: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unignito, para que todo aquele que nele cr no perea, mas tenha a vida eterna Ningum pode superar o que Deus fez. Ningum pode dar um maior presente que Deus j deu. Eu gostaria que nos considerssemos o significado do Natal esta noite, o que deve significar para todos e cada um de ns aqui reunidos hoje.

Natal significa um monte de coisas para um monte de pessoas diferentes. Para alguns, : - Um tempo de compras e gastos; - Um tempo de beber e farrear; - Um tempo de viagem e entretenimento; - Um tempo de dar e receber presentes.

Mas, qual o verdadeiro significado do Natal? Que mensagem deveria transmitir a cada um de ns?

O Natal ...

I. Um tempo de lembrar A lembrana do grande amor que Deus teve para todos e cada um de ns. Ele nos amou tanto, que Ele no poupou Seu Filho nico para que pudssemos ser salvos.

A lembrana da singularidade de Sua vida: Seus ensinamentos; Seus milagres; Suas profecias; Sua morte; Sua ressurreio

- Lembrar-se de todas aquelas pessoas humildes, mas grande em torno da histria de Natal as pessoas como Jos e Maria, Zacarias e Elizabeth, Ana, Simeo, os pastores, os sbios, etc.

O Natal ...II. Um tempo de amar

As pessoas fazem um esforo especial para serem um pouco mais bondosas, um pouco mais atenciosas com os outros, e um pouco mais generosas na poca do Natal. Eles se envolvem em coisas como recolher brinquedos para os necessitados, refeies para os mendigos, etc.

um tempo para chegar aos outros com amor e preocupao. Deus amou o mundo nunca nos esqueamos de que! Em todos os da nossa pregao, ensino, evangelizao, etc lembremo-nos sempre que a motivao para tudo isto o amor de Deus para os pecadores perdidos. Ele realmente se preocupa conosco. Ento, devemos nos preocupar como Ele se importa.

Ento, devemos amar como Ele ama.

O Natal ...

III. Um tempo de dar

Porque Deus amou o mundo, que deu... O amor no pode olhar com indiferena os famintos, e doentes, e os solitrios, as almas perdidas deste mundo. O amor deve dar.

Deus deu tudo o que Ele pode dar. Ele deu o Seu Filho unignito. Este dom foi dado gratuitamente, amor dado, dado graciosamente para todos ns, que eram pecadores indignos.

Cristo participou de nossa natureza humana para que pudssemos receber a Sua natureza divina. Dia a dia, aqueles que O recebem esto sendo transformados em Sua imagem, at que todos cheguem plena estatura de filhos aperfeioados de Deus, lavado no sangue do Cordeiro.

O Natal ...IV. Um tempo de perdoar

Deus estava disposto a nos perdoar. Ele estava disposto a mostrar misericrdia a um mundo pecaminoso e perdido, e morrendo. Possumos Seu esprito de perdo?

Ou, o nosso esprito um julgamento, que olha para os outros? H algum que precisamos perdoar hoje?

O Natal ...V. Um tempo de resgatar

Deus nos resgatou por seu amor e misericrdia. Ele nos salvou de perecer.

Sem Cristo, somos, sem vida, e se dirigindo para uma eternidade sem Deus para sempre separado de Deus, que nos fez e anseia para nos salvar.

Ele quer que ns herdemos a vida eterna. Somos todos descendentes de uma raa em extino. Mas pela graa de Deus, estaramos todos de igual modo perecereis.

O Natal ...

VI. Um tempo de mudana

O Cristo do Natal nos muda. Ele nos faz novas criaturas.

Tudo se fez novo para ns. Temos novas metas, novas ideias, nova direo, uma nova esperana.

Cristo muda as pessoas para melhor.

O Natal ...VII. Um tempo de alegria

- Alegria na graa imerecida de Deus;- Alegria na liberao de perdo; - Alegria em uma nova vida com uma nova misso.

Concluso: Eu tentei compartilhar com vocs esta noite o que o Natal significa para mim. O que significa a vinda de Cristo a este mundo para voc? Voc o recebeu como Senhor e Salvador? Se no, eu o encorajo a vir a Ele agora.Amor Constrangedor 2 Corntios 5.14

Introduo: Poucas coisas podem tocar to profundamente a alma humana como a percepo da intensidade do amor que Deus tem por ns. Essa no uma percepo que acontece em toda a sua profundidade no momento de nossa converso, antes, quanto mais se aprofunda a nossa f e quanto mais Deus trabalha em ns, tirando as travas de bossas olhos, mais e mais ficamos surpreendidos e atnitos com a intensidade com que Deus nos ama.

Paulo tinha esta percepo aguada do amor de Deus, a ponto de dizer com segurana: o amor de Cristo me constrange... Com humildade, peamos a Deus que Ele abra os nossos olhos enquanto estudamos o texto de hoje.

1. O AMOR DE CRISTO NOS CONSTRANGE A AM-LO

- A nica maneira de respondermos positivamente ao amor de Deus dedicar-lhe todo o nosso amor.

. O amor unilateral (v. 5). O verdadeiro amor no espera a iniciativa por parte do outro para ento se por a caminho..

A mgoa mtua tem assassinado o amor, especialmente entre os casais. Por razes diversas, um acaba fazendo o mal ao outro. E o que diz o apstolo? Que o verdadeiro amor no se ressente do mal de que vtima (v. 5).

Em outras palavras, se voc quer estancar a produo do rancor, tome a iniciativa de parar. Seja unilateral. Ser unilateral significa fazer algo sem esperar algo em troca. Quando isto acontece, e no h correspondncia, voc desiste. Ento, seja unilateral. Ame, sem esperar reciprocidade. Esta pode ser a sua nica chance.5. A PERENIDADE DO AMOR

Nos versculos 8 a 13, o autor torna o amor o nico sentimento que ultrapassa a dimenso do tempo.

O dom maior, a profecia, vai desaparecer (v. 8). O dom mais espetacular, a glossolalia, vai desaparecer (v. 8). O dom mais racional, a cincia, vai desaparecer (v. 8). A f, que salva, vai desaparecer (v. 13).

A esperana, que nos faz olhar para a frente e para o Alto, vai desaparecer (v. 13). O amor no vai acabar, sob hiptese alguma.

Mesmo quando Cristo se manifestar e a perfeio se estabelecer (v. 10), o amor estar presente.

6. CONCLUSO

O amor a condio essencial para que os dons espirituais sejam exercidos. Os dons, que devemos buscar cessam, mas o amor permanece.Se voc quer amar, ame a Deus. Ele capacitar voc a amar.

APRENDENDO A AMAR - 1Corntios 13

1. INTRODUO

O poema paulino acerca do amor, registrado em 1Corntios 13, um interldio ao tema teolgico dos dons espirituais. Com ele, Paulo, na mesma orientao de Tiago (1.19-27), mostra o sentido da verdadeira religio, que no se esgota em prticas litrgicas inesquecveis, nem em espetculos grandiosos, nem em estratgias de conquista do mundo.

Ao faz-lo, Paulo escreveu o mais lindo captulo do Novo Testamento, podendo ser colocado ao lado do Salmo 23, no Antigo Testamento, como um patrimnio insuperado da literatura universal. O sentido da religio o amor, esta palavra indefinvel e de cujo sentido s a poesia pode nos aproximar. A falta de palavras que o exprima levou o escritor apostlico Joo a declarar que Deus amor (1Joo 4.8), na mais curta e mais precisa informao acerca da Trindade divina.

No entanto, o amor no Deus. O amor um sentimento que Deus inspira. No se pode idolatrar o amor, nem aqueles a quem amamos. As pessoas so para serem amadas, no veneradas, pois a adorao uma atitude exclusiva para Deus.

O amor descrito pelo apstolo o amor que as pessoas devem ter umas pelas outras, mas tambm o sentimento modelado no amor de Deus para conosco.

Desta descrio podemos derivar um estilo de vida, capaz de nos permitir a viver o Cristianismo com plenitude e a vivenciar os relacionamentos com maturidade.

2. PRESSUPOSTOS DO AMOR

O amor o mais divino dos sentimentos humanos, um sentimento "sobremodo excelente" (no dizer do apstolo). Na hierarquia da vida santa, ele mais importante que a f, pela qual somos salvos, e que a esperana, pela qual nos mantemos vivos; ele o sentimento mais importante, porque o que d qualidade f e esperana. F sem amor algo morto, como ensinou Tiago. Esperana sem amor no tem a disposio essencial, de enxergar concretamente o que se apresenta alm do plano visvel da realidade.

O apstolo se refere ao amor como sendo um caminho. A aplicao da idia do caminho ao amor muito feliz. O amor um caminho, e isto indica uma de suas caractersticas: aprende-se a amar. Nenhum de ns sabe amar. No versculo 11, o apstolo nos lembra que, quando crianas, s sabamos ser amados; quando adultos, devemos saber amar. O natural ser amado; amar um dos sinais da espiritualidade crist. No por acaso o apstolo Paulo relaciona o amor como um fruto do esprito (Glatas 5.22-23).

Muitas vezes, ficamos felizes em ter avanado um pouco e conseguirmos retribuir o amor que recebemos. Esta, no entanto, ainda no uma condio de maturidade. Portanto, no ache estranho que voc tenha dificuldade de amar a partir de sua prpria iniciativa.Para amar de fato, voc precisa de duas atitudes.

. A primeira reconhecer que amado por Deus. Deus j o ama, mas seu amor universal (expresso na criao e na encarnao) pode se tornar pessoal, quando voc se sente particularmente querido por Ele. A vida crist, que produz amor, comea com a experincia da cruz e da ressurreio de Cristo, que nos coloca inteiramente no Reino do Pai.

. A segunda atitude amar a Deus. Se voc amar a Deus, voc vai amar ao outro. Se voc no ama seu prximo, voc pode cantar louvores a Deus, mas voc no ama a Deus; antes, torna-o e torna-se mentiroso. Como diz Joo, amamos os filhos de Deus quando amamos a Deus e praticamos seus mandamentos (1Joo 5.2), j que se algum disser "Amo a Deus" e odiar seu irmo, mentiroso, pois aquele que no ama a seu irmo, a quem v, no pode amar a Deus, a quem no v (1Joo 4.20). Quando voc ama a Deus, voc capacitado a amar as pessoas (Ray Stedman). Quando voc ama a Deus, Ele lhe ensina a amar.

Por isto, qualquer tentativa de amar sem a presena do Esprito de Deus resulta em eros e filia, nunca em gape. Eros o amor-posse, que quer o amado para si, nem que tenha que destru-lo para no perd-lo. Filia o amor-amizade, cujo resultado a fraternidade. Quem tem o Esprito Santo reproduz o carter de Cristo, descrito por Paulo como tendo renunciado sua prpria divindade como expresso do seu amor-gape para com a humanidade (Fp 3.1-11).

3. O VALOR DO AMOR

Uma de nossas dificuldades em relao ao amor confundi-lo com a perfeio. O apstolo nos adverte acerca deste perigo. Nenhum de ns consegue ser perfeito, mas todos conseguimos amar. Como diz Paulo, o amor convive com a nossa imperfeio (v. 10).

O amor, portanto, no tem a ver com perfeio, mas com motivao. No incio do poema, aprendemos que amar as pessoas mais importante do que falar todos os idiomas da terra e dos cus. Comunicao sem amor no tem valor.

Podemos alcanar o mximo em termos de espiritualidade, mas se nossa espiritualidade no for motivada pelo amor, no nos aproximar de Deus. A religio deixar de ser rotina quando for permeada pelo amor. A religio deixar de ser espetculo quando for motivada pelo amor.Amar as pessoas mais importante do que conhecer a Bblia e ter capacidade de exp-la. Conhecimento sem amor no tem valor.Ns podemos impressionar as pessoas com nossos gestos e nossas bandeiras a seu favor, mas nossas aes s faro sentido efetivo para elas se as amarmos (sem qualquer interesse alm do amor-pelo-amor). Mesmo a ao social mais competente e mais sacrificial, visando a transformao das pessoas e das comunidades, no ter valor, se no tiver o amor como razo essencial.

Se a motivao de nossos compromissos for o amor, nossas aes sero de grande valor.

4. AS MARCAS DO AMOR

Nos versculos 4 a 7, o poeta-apstolo um retrato vivo do amor, que no uma disposio vaga, mas uma atitude concreta.

Das marcas do amor, vou destacar apenas duas, cuja ignorncia tem matado o amor entre pais e filhos, entre irmos, entre cnjuges e entre amigos.. O amor generoso (v. 4). O verdadeiro amor no obsessivo, no ardendo de cimes.

H pais que requerem obsessivamente o amor dos seus filhos, impedindo que amem em outras pessoas, que namorem e que se casem. Para alguns pais, nunca os candidatos a namorados prestam. A obsesso se torna insegurana e estorva a felicidade. Os pais que amam verdadeiramente tm prazer em ver seus filhos crescendo, mesmo que longe de suas "asas". H filhos que querem os pais s para si, no se impondo qualquer sacrifcios para que tenham momentos de lazer. H filhos que "sugam" os pais no s financeiramente como tambm afetivamente. H cnjuges que no permitem ao outro o menor espao para a individualidade, como se no pudessem ter gostos e interesses particulares e exclusivos. H amigos que cortam os relacionamentos quando seu amigo sai com outro ou d ateno ao outros, como se seu amigo lhe pertencesse.

O amor generoso no quer o outro s para si, mas capaz de reparti-lo com os outros. . O amor unilateral (v. 5). O verdadeiro amor no espera a iniciativa por parte do outro para ento se por a caminho..

A mgoa mtua tem assassinado o amor, especialmente entre os casais. Por razes diversas, um acaba fazendo o mal ao outro. E o que diz o apstolo? Que o verdadeiro amor no se ressente do mal de que vtima (v. 5).

Em outras palavras, se voc quer estancar a produo do rancor, tome a iniciativa de parar. Seja unilateral. Ser unilateral significa fazer algo sem esperar algo em troca. Quando isto acontece, e no h correspondncia, voc desiste. Ento, seja unilateral. Ame, sem esperar reciprocidade. Esta pode ser a sua nica chance.5. A PERENIDADE DO AMOR

Nos versculos 8 a 13, o autor torna o amor o nico sentimento que ultrapassa a dimenso do tempo.

O dom maior, a profecia, vai desaparecer (v. 8). O dom mais espetacular, a glossolalia, vai desaparecer (v. 8). O dom mais racional, a cincia, vai desaparecer (v. 8). A f, que salva, vai desaparecer (v. 13).

A esperana, que nos faz olhar para a frente e para o Alto, vai desaparecer (v. 13). O amor no vai acabar, sob hiptese alguma.

Mesmo quando Cristo se manifestar e a perfeio se estabelecer (v. 10), o amor estar presente.

6. CONCLUSO

O amor a condio essencial para que os dons espirituais sejam exercidos. Os dons, que devemos buscar cessam, mas o amor permanece.Se voc quer amar, ame a Deus. Ele capacitar voc a amar.

TENDE CUIDADO DE VS MESMOS E DE TODO O REBANHO

(ATOS 20.28)

Introduo - 27 e 28 -

feso (18.23-19.40): Achou ali alguns discpulos. Trs anos. Grande confuso, no final.

Fim da 3a Viagem. Macednia Grcia Macednia.

FF Trade Asss Mitilene Quios Samos MILETO - Lderes de feso!

A partir do 18 - mensagem de Paulo (18-24: testemunho pessoal)

ltimas palavras de Paulo (25 e 26) - sobremodo importantes "no vereis, mais o meu rosto"

Portanto - declaro ter cumprido minhas obrigaes - que isso fique claro.

Porque - "jamais deixei":

I - Paulo considerava sua obrigao anunciar "todo o Conselho de Deus" (v.27)

V. 28 (5 pontos - O anunciar "todo o Conselho de Deus" inclui lembranas):

A lembrana de que existem perigos - "atendei [cuidai]". A lembrana das responsabilidades:

Pessoais: "por vs" - A Timteo, diz, "tem cuidado de ti mesmo", depois "da doutrina". Muitos querem cuidar da doutrina sem cuidar de si mesmos.

Corporativas - "o rebanho sobre o qual o Esprito Santo vos constituiu bispos" - No uma indicao meramente humana. No o seguimento de uma inclinao natural prpria. um comissionamento de Deus.

A lembrana das funes: pastoreardes [apascentardes]"A lembranas das origens e propriedade - "igreja de Deus"A lembrana do alto preo pago - "comprou [adquiriu] com o seu prprio Sangue". Aqui deixamos para trs qualquer dvida sobre a divindade de Cristo. Aqui deixamos para trs qualquer dvida sobre a expiao limitada. O sangue "comprou", no simplesmente "possibilitou" a salvao. II - No exemplo de Paulo, como lder, a indicao ao que deve ser imitado...)1. Admoestar, exortar, ensinar constantemente - "noite e dia... no cessei de admoestar" v. 31. No descansar na tarefa. No abrir mo das responsabilidades.Joo 10.11-13 - "Eu sou o bom pastor; o bom pastor d a sua vida pelas ovelhas. Mas o que mercenrio, e no pastor, de quem no so as ovelhas, vendo vir o lobo, deixa as ovelhas e foge; e o lobo as arrebata e dispersa. Ora, o mercenrio foge porque mercenrio, e no se importa com as ovelhas" .

2. Envolver-se pessoalmente, com intensidade - "com lgrimas, a cada um" v. 31. Observe tambm 19 e 20 - "com humildade e lgrimas... publicamente e de casa em casa"3. Confiar...: "Agora" - Paulo vai chegando concluso1. Na Pessoa de Deus - "encomendo-vos a Deus" v. 32 - mesma palavra encontrada em "Pai, em tuas mos entrego o meu esprito". .

2. Na Palavra de Deus - " palavra de sua graa" v. 32. Paulo no estaria mais com eles, mas a Palavra, sim (v. 24 - "evangelho da graa"). Contraste, confiar nos ensinamentos de homens.

3. No Poder de Deus [e da Palavra]- "que tem poder[dunamein] [quele que poderoso]" v. 32 - Zc. 10.2. Contraste, confiar no seu charme e persuaso - em algum lder carismtico, no poder da psicologia [tendncia moderna de pastores se formarem em psiclogos].

4. Nas Promessas de Deus - "para vos edificar e dar herana" v. 32 - Contraste, confiar nos mtodos modernos de crescimento; no espetculo para atrair multides.

5. Na Purificao de Deus - "entre todos os que so santificados" v. 32 - Povo de Deus. Contraste, confiar na ddiva do que o povo quer; na nfase prosperidade; na aceitao de formas de vidas que desonram a Deus.

6. Na Providncia de Deus - "de ningum cobicei prata nem outro nem vestes..." - [falar na mordomia do tempo]. Contraste, confiar nos bens materiais, ter a cobia (por dinheiro, por fama, por aceitao, por conforto, por autoridade) que um dos grandes perigos aos lderes do Povo de Deus. Paulo, apresenta o seu exemplo de um lder que no se concentra no que pode obter do povo.

Concluso : Que Deus tenha misericrdia de nossa gerao e que nos mande pastores de acordo com o Corao de Deus, que verdadeiramente apascentem o seu rebanho.