LIBERDADE. QUESTÕES FUNDAMENTAIS 1)Podemos realmente ser livres? 2)Como somos livres, se não...
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LIBERDADE
QUESTÕES FUNDAMENTAIS
1)Podemos realmente ser livres?2)Como somos livres, se não podemos fazer
tudo o que queremos?3)A liberdade é sempre algo limitado? 4)É possível ser livre com limites?5)Existe mesmo um destino para cada um?6)Afinal, o que é liberdade?
OS LIMITES DA LIBERDADE
Os Limites da liberdade1)As condições criadas e não criadas pelo homemCriadas (evitáveis): a prisão, o vício das drogas, doenças causadas pelo descuido com a saúde.Não criadas (inevitáveis): o lugar onde nascemos, a idade, a distância, a morte2) A crença no destino: achar que os fatos de nossa vida dependem, não do exercício de nossa liberdade, mas da vontade de forças sobrenaturais.Problema desta crença: se o nosso destino já está predeterminado, para que lutar por justiça? Como responsabilizar os desonestos, os ladrões e assassinos, uma vez que estariam destinados a cometer crimes?
3) O determinismo: tendência da ciência que consiste em buscar as causas e os efeitos dos fatos ou das ações sociais, como se as mesmas pudessem ser previstas ou calculadas. Nesta perspectiva, o homem é visto como uma máquina previsível e controlável, sem autodeterminação ou liberdade.
SOMOS REALMENTE LIVRES?
Resposta determinista: a liberdade não existe, pois o homem é sempre determinado, seja por sua natureza biológica (necessidades, instintos), seja por sua natureza histórico-social (leis, normas, costumes). Nossas ações são sempre determinadas pelos fatores acima, portanto, a liberdade é uma mera ilusão.
Resposta existencialista: o homem é sempre livre. Embora existam determinismos sociais ou biológicos, o indivíduo possui uma liberdade moral que está acima dessas determinações. Ou seja, apesar de todos os fatores sociais e subjetivos que atuam sobre o indivíduo, ele sempre possui uma possibilidade de escolha e pode (e deve) agir livremente a partir de sua autodeterminação.
Resposta dialética: o homem é determinado e livre ao mesmo tempo. Nessa perspectiva, não existe uma liberdade absoluta nem uma negação absoluta da liberdade. Embora nossa liberdade seja restringida por fatores que cercam a nossa existência concreta, podemos sempre tomar consciência (isto é, compreender) desses fatores e, a partir desta compreensão, é possível alargar nossas possibilidades de liberdade.
A liberdade com os outros (co-liberdade)
A co-liberdade ou liberdade-com-os outros
O homem é um animal social. Desta forma, não podemos esperar que a realização de sua liberdade não ocorra dentro de um contexto de convivência social. A sua liberdade é na verdade uma co-liberdade, ou seja, uma liberdade que se constrói em espírito de comunidade, dentro de um sentimento de co-participação.