Lição 4 a necessidade universal de salvação

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Justiça e Graça Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos Lição 4 24 de Janeiro de 2016 A necessidade universal Da salvação

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Justiça e Graça

Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos

Lição 424 de

Janeiro de 2016

A necessidade universal

Da salvação

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MOSTRAR que os judeus e

gentios necessitam de um meio eficaz para salvação;

RECONHECER que a humanidade

necessita encontrar o caminho da paz;

EXPLICAR que a humanidade necessita

da solução para o pecado.

Objetivos

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Texto Bíblico

Romanos 3.9-20.

9 — Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado,10 — como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.11 — Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus.12 — Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.13 — A sua garganta é um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;14 — cuja boca está cheia de maldição e amargura.15 — Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.16 — Em seus caminhos há destruição e miséria;17 — e não conheceram o caminho da paz.18 — Não há temor de Deus diante de seus olhos.19 — Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.20 — Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.

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INTRODUÇÃO

Nas lições anteriores vimos que nem os gentios com seu conhecimento natural e racional, nem os judeus com a Lei e a circuncisão, foram justificados diante de Deus. Como o conceito de mundo judaico se divide entre judeus e gentios, o apóstolo apresenta a realidade de que todos são indesculpáveis e precisam de um meio eficaz de salvação. Para isso, ele primeiro reforçará o conceito de que tanto judeus como gentios eram indesculpáveis, em seguida demonstrará o estado pecaminoso do ser humano no sentido universal e esclarecerá que a Lei era insuficiente para justificação e salvação de qualquer ser humano, apontando para Cristo como a saída.

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I. OS JUDEUS E GENTIOS NECESSITAVAM DE UM MEIO EFICAZ PARA SALVAÇÃO (Rm 3.9)

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A filosofia humana não apresentou o caminho da salvação.

“Pois que?”, o início do versículo demonstra que o apóstolo está dandocontinuidade a um assunto anterior, a indesculpabilidade dos gentios ejudeus. Os gentios, influenciados pela filosofia grega, buscaram chegar aoconhecimento de Deus e da salvação por meio do raciocínio humano. Osfilósofos trouxeram grandes contribuições tanto para a ciência como para ateologia, basta ver a influência destes nos Pais da Igreja. Entretanto, arevelação divina está acima do raciocínio humano, que apenas consegueobter “lampejos” da revelação maior, que somente é possível por meio doEspírito Santo. A filosofia levou muitas pessoas a acharem que o ser humanopudesse, por meio de sua competência intelectual, entender Deus e suaobra. Por exemplo, no século passado um movimento que sobressaiu foi ocientificismo que, influenciado pelo avanço da tecnologia, entendia quepoderia resolver o problema da humanidade. Infelizmente, a resposta foi asduas guerras mundiais.

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A lei e a circuncisão não libertaram o judeu.

Conforme visto na lição anterior, os judeus se achavam superioresaos gentios por serem os receptores da Lei e que mantinham suaidentidade e exclusivismo por meio da circuncisão, um ritualobrigatório e que apenas aumentava mais a arrogância e a hipocrisiados judeus. Eles também não obtiveram êxito na justificação diantede Deus. A religiosidade não salva. Algumas pessoas buscam areligiosidade, a manutenção de uma aparência de pureza,espiritualidade e santidade, ou seja, uma vida hipócrita que nãoliberta ninguém. A Bíblia recomenda que congreguemos e quevivamos uma vida de amor, com objetivos comuns, a não termosuma vida de religiosidade baseada no legalismo. Jovem, você é umreligioso ou um verdadeiro discípulo de Cristo?

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Sentença igual para todas as pessoas.

O apóstolo continua o versículo com uma pergunta interessante: “Somosnós mais excelentes?”. Ele agora se dirige a Igreja de Cristo, formada porum único corpo e vários membros, coloca todas as pessoas “no mesmobarco”, debaixo da mesma sentença (Rm 2.1). A pergunta chama todas aspessoas que se dizem discípulas de Cristo a refletir. Ele mesmo responde:“De maneira nenhuma!”. Nós, como membros da igreja, não somosmelhores ou piores do que os gentios e judeus da época de Paulo, masestamos na mesma condição, humanamente falando, indesculpáveisdiante de Deus. O apóstolo vai desenvolvendo, cuidadosamente, umaabordagem para que os membros da igreja reconheçam sua condição depecadores e dependentes da graça de Deus, por meio de Jesus. Elesprecisam aprender que, mesmo salvos, precisam manter o “velhohomem” sob controle.

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Não adianta recorrer às filosofias humanas nem à religiosidade ou ao legalismo para alcançar a paz.

Não adianta ter pressa para apresentar a solução sem antes analisar o problema.

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II. A HUMANIDADE NECESSITA ENCONTRAR O CAMINHO DA PAZ (Rm 3.10-18)

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Não há nenhum justo sequer (vv.10-12).

A partir deste versículo o autor faz vários recortes do Antigo Testamento,chamando assim, a escritura judaica para testemunhar a culpa universal,tanto de judeus como dos gentios. Inicia citando Salmo 14 para demonstrarque toda humanidade estava corrompida pelo pecado. Conforme já vimos,ninguém consegue ser justo por si mesmo, pois nossa natureza é má. Porisso, devemos entender que ninguém é melhor do que o outro e adotarmosuma posição de humildade e misericórdia. O único justo por mérito própriofoi Jesus. Postura de superioridade por se considerar espiritualmente menosfalível, como os judeus, conduz à ruína. Jesus, em diversas ocasiões, criticoua hipocrisia dos mestres da lei e fariseus, e se colocou ao lado dos excluídosda sociedade. Como discípulos de Jesus, devemos compreender que oevangelho é boa nova de salvação e não de hipocrisia e superioridade.Jovem, você tem se considerado superior ao seu próximo?

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O ser humano, sem Deus, não consegue vencer o poder da carne (vv.13-16).

O autor prossegue citando os Salmos 5.10 e 140.4 para falar sobre o perigo dalíngua e das trapaças. Para discorrer sobre este assunto, Tiago 3.1-12 é leituraobrigatória. Tiago destaca como um membro tão pequeno pode causar tantosmales. O ser humano que consegue domar tantos animais, tecnologias, entreoutras coisas não consegue domar sua língua, pois o autor diz que quemconsegue é perfeito. O apóstolo continua citando o Salmo 10.7 e Isaías 59.7 parafalar sobre a boca cheia de maldições e de amargor e os pés velozes paraderramar sangue e causar ruína e desgraça. Por isso, o cuidado que temos queter com o que dizemos, em vez de amaldiçoar que sejamos fonte de bênçãospara as demais pessoas. Assim, como também com as atitudes de impiedade einjustiça, denúncia que o autor cita aqui e que perpassa toda a epístola. Comessa exortação fica claro que todos necessitamos constantemente nos submeterao Espírito Santo para vencermos o poder da carne.

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A humanidade não alcança a paz a não ser em Cristo (vv.17,18).

Paulo fazendo referências ao Antigo Testamento (Is 59.8; Sl 36.2),destaca a busca sem sucesso da humanidade pela paz por não teremaprendido a temer a Deus. O livro de Provérbios tem como um dostemas centrais o temor do Senhor como o princípio de toda asabedoria. Esta vida de sabedoria é possível somente com a fé deCristo, aprendendo com o exemplo que Ele deixou. Não é servir aDeus por ter medo de ir para o inferno, mas sim ter umconhecimento experiencial tão profundo com Ele, que o ser humanonão se vê vivendo de outra forma, a não ser servindo a Ele. Este é ocaminho da paz, que não significa uma vida sem conflitos, mas a pazapesar dos conflitos e aflições (Jo 16.33). Quando sou questionado:“tudo tranquilo?”, eu costumo dizer: “tranquilo não, mas em paz. Atranquilidade não depende de mim, mas a paz sim”.

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Você tem vivido em paz? A paz que excede todoentendimento, que prevalece mesmo nas

tempestades?

Os judeus davam muito valor aos escritos do Antigo Testamento, onde se apegavam para justificar suas crenças e

atitudes.

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III. A HUMANIDADE NECESSITA DA SOLUÇÃO PARA O PECADO (Rm 3.19,20)

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A lei tem a função de mostrar ao ser humano sua condição de pecador (v.19).

No versículo 19, o autor justifica o porquê da utilização dos textos doAT: “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixoda lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo sejacondenável diante de Deus” (v.19). Fica evidenciado qual o propósitoda epístola até este momento, ou seja, demonstrar que toda ahumanidade, judeu ou gentia, tem uma dívida pelo pecado que éimpagável. Dessa forma, abre-se o caminho para apresentar agrande revelação de Deus para a humanidade que é apresentada naepístola, as boas novas da salvação para uma humanidade empecado e que não têm como pagar sua dívida. Aqui é apresentada afunção específica da Lei que é conscientizar todo ser humano de queele é um pecador e carece da graça e misericórdia de Deus.

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O ser humano não pode se justificar pelas suas próprias obras (v.20a).

O apóstolo, então apresenta o motivo da culpabilidade dahumanidade citada anteriormente: “Por isso, nenhuma carne serájustificada diante dele pelas obras da lei”. O ser humano pode segloriar de suas obras perante as demais pessoas, mas perante Deusnão encontrará justificativa, pois nem mesmo Abraão alcançou porméritos (Rm 4.1-3). Se houvesse um só ponto ou característica doser humano que o pudesse justificar, existiriam outros caminhospara se alcançar a justificação além do caminho da morte e cruzapresentado por Jesus, e certamente os homens escolheriam ocaminho mais simples. Paulo descarta qualquer possibilidade de oser humano se gloriar diante de Deus e, semelhante à prática usualde Jesus, usou da autoridade da Escritura para esta afirmação. Mas,como se dá a justificação será assunto da próxima lição.

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Jovem, se todas as pessoas são iguais perante Deus, com tendências a pecar e não tendo como se justificar pelas suas obras, porque existem tantas pessoas nas igrejas, dizendo-se

discípulas de Cristo, que se vangloriam e agem como se fossem melhores e mais santas do que as outras?

O fato de a Lei não ser suficiente para justificar o ser humano, não quer dizer que ela

não teve uma função específica. Segundo Paulo,ela serviu como “aio” para conduzir o pecador

até Cristo.

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Nesta lição aprendemos que toda humanidade esta na mesma situação de culpabilidade diante de Deus, pois nem

a Lei, circuncisão nem a filosofia puderam justificar o ser humano.

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1. Conforme a lição, somos melhores ou piores do que os judeus e os gentios da época do apóstolo Paulo?Estamos na mesma condição. Nós, como membros da igreja não somos melhores ou piores do que os gentios e judeus da época de Paulo, mas estamos na mesma condição, humanamente falando, indesculpáveis diante de Deus e dependentes da graça de Deus, por meio de Cristo Jesus.

2. Quem foi alvo de crítica de Jesus por hipocrisia religiosa?Jesus, em diversas ocasiões, criticou a hipocrisia dos mestres da lei e fariseus.

3. Quais os textos do Antigo Testamento utilizados pelo autor para falar sobre o perigo da língua e trapaças e qual leitura do Novo Testamento, segundo o comentarista da lição é obrigatória?O autor cita os Salmos 5.10 e 140.4 para falar sobre o perigo da língua e das trapaças. Para discorrer sobre língua, Tiago 3.1-12 é uma leitura obrigatória.

4. Qual o versículo que o autor da Epístola aos Romanos utiliza para justificar a utilização de textos do Antigo Testamento?O versículo 19: “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus” (Rm 3.19).

5. Qual era a função da Lei?A função da Lei era dar consciência tanto a judeus como gentios de sua culpabilidade e conduzi-los à Cristo, a solução para o pecado da humanidade.