Licao4 O Eu Psicologico. correcao - Gnosis Brasil · 2020. 10. 15. · 04 Instituto Gnosis Brasil...

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    Introdução

    Querido leitor, temos estudado a psicologia gnóstica, que nos ensina as chaves para Despertar a Consciência e para o Autoconhecimento, mas temos que enfatizar que todos os estudos de psicologia que se deram através da história, por muito respeitáveis que sejam seus autores, estão condenados ao fracasso se não ensinam a forma precisa de eliminar o Ego, o Eu, o Mim Mesmo; ou seja, não se trata de reprimir, nem de mudar um comportamen-to, se trata de conhecer o Ego e eliminá-lo em sua raiz para assim poder Ser verdadeiramente livre!

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    Sabemos que o Ego é um conjunto de vícios, erros, defeitos. O certo é que está formado por milhares de eus e todos estão vivos dentro de nossa psique, engarrafando e roubando nossa consciência, alimentando-se de nossa vida e nossa energia.

    Nos referimos ao Eu Psicológico ou, também chamado, Eus, Mim Mesmo, Si Mesmo, cujo conjunto forma o que em psicologia se conhece com o nome de Ego (do latim egus, que quer dizer Eu).

    O Ego é o mesmo subconsciente de que falam os psicólogos modernos. A origem do Eu se remete a idades imemoráveis. Se diz, em inumeráveis literaturas míticas e religiosas de todas as latitudes, que a humanidade permaneceu em estado divinal, alheia ao mal enquanto teve sua vida paradisíaca no Éden. A humanidade nessa época estava mais além do bem e do mal e suas almas eram puras e inocentes.

    O Eu teve um princípio e terá inevitavelmente um fi m. Tudo o que tem um princípio tem um fi m. O Ser Íntimo (o Deus Interno) de cada um de nós não teve princípio e não terá fi m. Ele é o que é, o que sempre foi e o que sempre será. O Eu sim teve um princípio e continua repetindo acontecimentos para satisfazer paixões e inevitavelmente deverá pagar seu próprio karma ou consequências de suas ações. O Ser Íntimo não continua porque não teve princípio. Só continua o que pertence ao tempo, o que teve um princípio. O Ser não pertence ao tempo. O que continua está submetido à decrepitude, degeneração, dor, paixão. Nossa vida atual é o efeito de nossa vida passada, continuação de nossa vida passada, o efeito de uma causa anterior.

    Toda causa tem seu efeito, todo efeito tem sua causa, toda causa se transforma em efeito, todo efeito se converte em causa. Como em um filme, os Eus passam em ordem sucessiva pela tela da nossa existência, para representar seu papel no drama da vida. Cada Eu do trágico fi lme tem sua mente própria e suas ideias e critérios próprios, o que um Eu gosta, outro Eu não gosta. Em matéria de psicologia devemos fazer uma diferenciação entre o Eu e o Ser.

    O Eu não é o Ser, nem o Ser é o Eu. Todo mundo diz “meu Ser”, pensando em seu Ser, mas não sabe o que é o Ser e o confunde com o Eu. Quando batemos em uma porta, se alguém interroga dizendo: “quem bate?”, nós respondemos sempre dizendo: “Eu”; nisto não cometemos erro e a resposta é exata, mas quando dizemos: “todo meu Ser está triste, enfermo e abatido”, então sim erramos torpemente, porque o humano todavia não possui o Ser. Só o Ser pode fazer, enquanto tenhamos o Ego tudo simplesmente nos acontece. Batem em nós e reagimos batendo, nos acusam, reagimos gritando, alguém

    Formação, manifestação e alimentaçãodo Eu Psicológico

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    nos fere o amor próprio e reagimos cometendo loucuras.À medida que se desenvolve a personalidade na criança, começa a

    manifes tar-se através dela o Ego ou Eu Psicológico, o qual constitui uma segunda natureza de tipo inferior, animalesca, em nós. A presença em nossa psique desta multiplicidade egóica é o que determina a falta de individualidade e integridade do homem máquina. Por tal razão, não existe uma vontade única no indivíduo, senão múltiplas vontades diferentes e contraditórias entre si.

    Devido a esta constituição egóica, a humanidade atual nada pode fazer, o ser humano moderno está manejado pelo Eu Pluralizado, o qual gasta torpemente suas energias, determinando o funcionamento desequilibrado do homem.

    Uma vez desenvolvida, a personalidade fi ca totalmente a serviço do Eu Psicológico, o qual é o fator de discórdia no ser humano e o causador de nossos pesares, sofrimentos e angústias. O Eu é um obstáculo para que o homem seja realmente consciente, já que ao manter a consciência fracionada, engarrafada, nos sujeita a uns 97% de sonho e inconsciência.

    O Ego, o Eu, o Mim Mesmo, os agregados psicológicos, são entidades que se desenvolveram através de várias existências e durante a formação de nossa personalidade (0 aos 7 anos), começam a se expressar, tomando força até chegar a dominar de forma total todas as funções do corpo humano.

    Esses defeitos ou Eus se manifestam através dos Centros da Máquina Humana: emocional, intelectual, sexual, motriz e instintivo; por meio das impressões.

    A personalidade joga um papel muito importante no transcurso de nossa vida física, devido a que é o instrumento através do qual se manifestam os dife rentes Eus que criamos. Nossa personalidade manifesta nossos Eus, sem ela não podem manifestar-se na terceira dimensão (mundo físico). Os Eus são os “Demônios Vermelhos” citados pelo Livro dos Mortos do antigo Egito ou também conhecidos como o “Dragão das Sete Cabeças” do Apocalipse; eles representam os Sete Pecados Capitais, ou seja, a ira, a cobiça, a luxúria, a inveja, a gula, o orgulho e a preguiça.

    Devemos transformar esses pecados capitais nas virtudes do coração. Então a ira converteremos em amor. A luxúria em castidade científi ca. A cobiça em caridade universal. A inveja converteremos em alegria pelo bem alheio. A gula em temperança. O orgulho em humildade e a preguiça em diligência.

    A mente humana não é o cérebro. O cérebro está feito para elaborar o pensamento, mas não é o pensamento. A mente é energética e sutil, mas nós cometemos o erro de autodividir-nos em milhares de pequenos fragmentos mentais, que em seu conjunto, compõem isso que é a Legião do Eu pluralizado. Todos os seres humanos são imperfeitos, todos têm o Eu Psicológico. Este gasta torpemente dito material psíquico em explosões de ira, inveja, cobiça, ódio, ciúmes, fornicações, apegos, vaidades, etc.

    O Eu se fortifi ca quando cometemos erros e continuamos a cometê-los. Se suprimirmos os defeitos que sabemos que temos, eles continuam nos outros terrenos da mente e o Eu se fortifi ca negativamente.

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    Há pessoas dedicadas aos estudos espirituais que de hoje para amanhã suprimem a ambição violentamente, esse tipo de repressão é uma classe de ambição. É apenas outra forma de ambição, que ambiciona desenvolvimento espiritual, e acaba fortifi cando o Eu. Existem certas escolas que ensinam a reprimir. Esse sistema acaba fortifi cando mais ainda os Eus.

    O Eu sempre é perverso. Às vezes se veste de santo e faz obras de caridade e deixa sua herança antes de morrer a um hospital ou a uma escola à qual pertenceu, com a ambição de ganhar o céu ou de que lhe levantem uma estátua.

    O Eu é a origem do erro e de suas consequências. Enquanto exista o Eu, existirá a dor e o erro. Toda ideia, paixão, afeto, desejo, vício, etc., têm seus correspondentes Eus e o conjunto de todas essas entidades é o Ego. Todas essas entidades metafísicas, todos esses Eus que constituem o Ego, não têm verdadeira ligação entre si, não têm coordenação de nenhum tipo, cada uma destas entidades depende das circunstâncias, mudanças de impressões, etc.

    Uma das representações bíblicas mais famosas da conquista do Ser e da ani quilação do Ego é a luta entre David e Golias. A ilustração deste mito bíblico, a seguir, mostra a decapitação dos defeitos psicológicos e a morte do Eu.

    Gustave Doré (1832 – 1883)

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    Classifi camos as mensagens do Eu Psicológico de duas formas:

    1. Mensagens Fotográfi cas.2. Mensagens Fonográfi cas.

    A medicina ofi cial tem avançado muito sobre este tema e criou uma ciência que é a Eletrofisiologia. Esta ciência tem permitido fotografar os impulsos elétricos que se manifestam no cérebro e que acionam o ser humano. Eles plasmaram o que se chama paisagens elétricas, situações mentais que se apresentam no interior de nossa psique.

    Autoridades da Medicina de diferentes países afi rmam que o que faz o corpo atuar e realizar certos tipos de ações são as chamadas vozes elétricas. Isto é o mesmo Ego que nós carregamos em nosso interior.

    Se começamos a observar-nos nestes instantes, perceberemos que nestes momentos estamos emitindo imagens.

    Observando por um momento a mente, vemos que cada pensamento tem uma forma ou uma representação e cada representação é, em si mesma, o Ego. Mas se colocamos um pouco mais de atenção em nós mesmos, percebe remos também que existem vozes em nosso interior. Cada uma delas nos dizem diferentes coisas: “faz isto”, “faz aquilo”... Esses são os vários Eus. Cada pensamento tem seu Eu pensador.

    Observe a conversa que se processa no interior da mente, e busque o lugar de onde ela provém. Essa conversa interior equivocada é a causa de muitos estados desarmônicos e desagradáveis no presente e no futuro.

    Muitos calam exteriormente mas com a língua interior esfolam vivo ao próximo. A conversa interior produz confusão. Ela está feita de meias-verdades ou de verdades que se relacionam entre si, de um modo mais ou menos incorreto ou com algo que se expressou ou se omitiu.

    A medida que alguém trabalha sobre si mesmo, vai compreendendo, cada vez mais, a necessidade de eliminar radicalmente de sua natureza interior tudo isso que nos faz tão abomináveis. As piores circunstâncias da vida, as situações mais críticas, os fatos mais difíceis, resultam sempre maravilhosos para o auto-conhecimento íntimo.

    Nestes momentos inesperados e críticos afloram sempre, e quando

    A Conversa Interior

    Trabalho sobre si mesmo

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    1. Descobrimento: Após descobrir um defeito psicológi-co, devemos propor-nos a não expressá-lo mais, não dar-lhe alimento. Assim lhe tiramos energia.

    2. Compreensão: Se com-preendemos um defeito em sua totalidade, recuperamos a consciência que ele tinha aprisionado. É necessário muito estudo, análise, refl exão e meditação. Com isto com-preenderemos os defeitos em todos os níveis da mente. Para a compreensão total de um defeito é necessário meditar diariamente.

    3. Acusação: É quando se dita uma sentença, ou seja, quando somos conscientes de todos os danos que esse defeito tem causado a nós mesmos e a outras pessoas. Ou seja, um arrependimento real. Tam-bém é bom exercício imaginar como seríamos sem esse de-

    menos esperamos, Eus secretos; se estamos alertas, incontestavelmente, nos desco brimos. As épocas mais tranquilas da vida são precisamente as menos favoráveis para o trabalho sobre si mesmo.

    O sentido da auto-observação íntima se encontra atrofi ado em todo ser humano, trabalhando seriamente, auto observando-nos de momento a momento, tal sentido se desenvolverá de forma progressiva. À medida que o sentido da auto-observação se desenvolve mediante o uso contínuo, seremos cada vez mais capazes de perceber de forma direta aqueles Eus sobre os quais jamais tivemos nenhuma informação.

    Aproveitando os momentos críticos, as situações mais desagradáveis, os instantes mais adversos, se estamos alertas, descobriremos nossos defeitos sobressalentes, os Eus que devemos desintegrar urgentemente.

    Passos para a morte do Eu

    O Ego se alimentando das paixões

  • 08Instituto Gnosis Brasil · www.gnosisbrasil.com · fb.com/gnosisbrasilInstituto Gnosis Brasil · www.gnosisbrasil.com · fb.com/gnosisbrasil

    feito, para sentir a verdadeira necessidade de não tê-lo mais.4. Eliminação: É necessário compreender que com os passos anteriores

    tiramos a energia do defeito, a consciência que ele aprisionou. Agora necessitamos também tirar-lhe a matéria. A eliminação dessa matéria se produz quando despertamos em nós uma energia superior à mente, que é de natureza feminina; essa energia é chamada no Oriente de Kundalini e é capaz de desintegrar a matéria do Eu ou agregado psicológico.

    Não existindo uma verdadeira individualidade, resulta impossível ter continuidade de propósito. Se não existe indivíduo psicológico unitotal, se em cada um de nós vivem muitas pessoas, se não há sujeito responsável, seria absurdo exigir de alguém continuidade de propósitos. Bem sabemos que dentro de uma pessoa vivem muitas pessoas, então o sentido pleno da responsabilidade não existe realmente em nós.

    O que um determinado Eu afi rma em um instante dado, não pode expressar nenhuma seriedade, devido ao fato concreto de que qualquer outro Eu pode afi rmar exatamente o contrário em outro momento. Por isso, é urgente com-preender que só trabalhando com verdadeira continuidade de propósitos e sentido completo de responsabilidade moral, podemos consagrar a totalidade de nossa existência ao trabalho esotérico sobre nós mesmos. É urgente com-preender a necessidade de permanecer localizado, em recordação constante de si mesmo, para poder ir acrescentando consciência.

    É necessário que façamos diariamente um balanço de consciência. Mediante esta avaliação, poderemos dar-nos conta perfeitamente se em verdade estamos sendo sérios em nosso trabalho ou se, pelo contrário, seguimos vivendo uma vida mecânica. O balanço de consciência é uma autoavaliação que a pessoa deve realizar diariamente, de forma justa, para conhecer e compreender o que é o bem e o mal do trabalho que está realizando. A prática do balanço de consciência e da auto-observação nos mostra nossas falhas.

    A pessoa que se propõe a fazer um trabalho de regeneração e de transformação forma seu centro de gravitação no coração, permitindo assim que a Luz a compreensão e o amor do Ser lhe dêem a clareza do que deve fazer para consigo mesmo e para com a humanidade.

    O Centro de gravidade permanente

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    Querido leitor, este folheto foi uma introdução à constituição do Ego, que, como vemos, não é uniforme, mas sim um aglomerado de diferentes energias-matérias autônomas em nosso interior que, sem dar-nos conta, nos dominam. Os “Demônios Vermelhos” no Egito, os “Agregados Psicológicos” no Budismo, o “Dragão das Sete Cabeças” do Apocalipse, em última instância são todos representações do Ego em nós mesmos. O Ego é um conjunto de agregados psíquicos que podem e devem ser eliminados, pois não fazem parte de nossa verdadeira natureza, nosso Ser Íntimo, nosso Deus Interno, que quando se expressa em nós, nos confere Paz, Amor e Felicidade autênticos.

    Epílogo

  • As lições da Primeira Câmara vão nesta ordem de desenvolvimento:

    01. O que é Gnosis

    02. Personalidade, Essência e Ego

    03. O Despertar da Consciência

    04. O Eu Psicológico

    05. Luz, Calor e Som

    06. A Máquina Humana

    07. O Mundo das Relações

    08. O Caminho e a Vida

    09. O Nível do Ser

    10. O Decálogo

    11. Educação Fundamental

    12. A Árvore Genealógica das Religiões

    13. Evolução, Involução e Revolução.

    14. O Raio da Morte

    15. Reencarnação, Retorno e Recorrência.

    16. A Balança da Justiça

    17. Os Quatro Caminhos

    18. Diagrama Interno do Homem

    19. Transformação da Energia

    20. Os Elementais.

    21. Os Quatro Estados de Consciência

    22. A Iniciação

    Ciclo de Conferências

    Primeira Câmara