Liderança Excelente – Excelência Vocacional

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Um material simplesmente instigante e desafiador. Começe agora mesmo e transforme a sua igreja e seu ministério. Como manter uma liderança excelente diante de circunstâncias adversas?Tendo a atitude correta. Autor: Josadak Lima. Formato: 14x21. Preço: R$10,00. Número de páginas: 80. ISBN: 85-7459-193-3

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Copyright2009 porJosadak Lima.Todos os direitos em LínguaPortuguesa reservados por:

A. D. SANTOS EDITORA

Al. Júlia da Costa, 21580410-070 - Curitiba -Paraná - Brasil+55(41)[email protected]

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

LIMA, Josadak

EXCELÊNCIA VOCACIONAL – Descubra uma nova dimensão de liderança –Série Liderança Excelente/Josadak Lima – Curitiba: A.D. Santos Editora,2009.80 páginas.

ISBN – 978.85.7459-193-3

1. Liderança Cristã 2. Discipulado

CDD – 253-2

1ª Edição: Outubro / 2009: 2.000 exemplares.

Proibida a reprodução total ou parcial,por quaisquer meios a não ser em citações breves,

com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:

Capa:Igor Braga

Diagramação:Manoel Menezes

Impressão e acabamento:Gráfica Exklusiva

APRESENTAÇÃO

EXCELÊNCIA VOCACIONAL – Descubra uma nova dimensão deliderança – foi elaborado visando o discipulado de líderes, no contexto daigreja local.

Quando falamos de discipulado, não estamos pensando em umcurso de semanas ou meses para novos convertidos, e, sim, em uma pro-funda formação da liderança da igreja para que se reproduzam nas vidasde outros, assim como Jesus fez no discipulado com os doze.

Esta é uma ferramenta para ajudar neste processo e terá maisimpacto se for utilizada como parte de um treinamento dos líderes emsua igreja, e não como uma matéria ou curso avulso.

Este primeiro livro da série “Liderança Excelente”, reflete sobre avida e ministério de Moisés, no livro do Êxodo, antes da passagem peloMar Vermelho, onde aprendemos que a legítima busca por excelênciaespiritual na vida de um líder envolve paixão, empenho, renúncia, reso-lução de conflitos, sofrimentos e entrega sem trégua. Do contrário, nossaexistência vira mero ativismo.

A partir de oito estudos práticos, esperamos que você faça o cami-nho, como Moisés, rumo a excelência espiritual.

Depois deste, outros três módulos da série, dão sequência aodesenvolvimento das demais áreas na vida de um líder: Atitude Pessoal,Maturidade Emocional e Legado Espiritual.

Que Deus nos abençoe e inspire nesta aventura, ajudando-nos aalcançar a excelência espiritual.

Josadak Lima

i.

ii.

ÍNDICE

Introdução: Em Busca da Excelência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

1. A excelência vocacional não tem raízes na excelência humanaÊxodo 2.11-15. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5

2. Sendo transformado de dentro para foraÊxodo 2.16-22. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

3. Marcado por um encontro divinoÊxodo 3.1-5. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21

4. Construindo uma nova imagem pessoalÊxodo 3.10-15. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29

5. Vencendo os “bloqueios” interioresÊxodo 4.1 e 10-13. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35

6. Passos para a excelência espiritualÊxodo 4.14-25. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45

7. Ganhando uma motivação duradouraÊxodo 4.28-31. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51

8. O que fazer quando não se sabe o que fazer?Êxodo 14.10-14. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59

iii.

iv.

INTRODUÇÃO

O capítulo 11 de Hebreus, retrata não o que o líder cristão podefazer pela fé, mas o que a fé pode fazer com o líder. O tema central deHebreus 11 é fé/perseverança, nos conclamando a viver firmes emCristo, diante das circunstâncias difíceis.

Os feitos heróicos mencionados em Hebreus 11 podem, a priori,nos tirar a percepção do tema perseverança deste capítulo. A primeiraparte (vv. 1-32) pode até ter um enfoque na fé, mas não é isto que é real-çado na segunda metade do capítulo (vv.33-38).

Na conclusão (vv. 39-40) o autor afirma que todos os heróis men-cionados - os que aparentemente são bem ou mal sucedidos - tinham omesmo tipo de fé. Não havia um tipo de fé que levava ao SUCESSO eoutro que terminava em FRACASSO. Ou seja: eles não tinham uma féque simplesmente produzia feitos extraordinários, mas era uma fé que oslevava a perseverar independente das circunstâncias.

Parece-nos que este capítulo quer nos ensinar que, o que importanão são os atos externos produzidos por esta fé, mas a realidade interior,de uma PERSEVERANÇA MOTIVADORA.

O texto de hebreus 11 não nos permite outra leitura. Estes heróisnão temiam fazer a vontade de Deus, embora também soubessem que,talvez, morreriam por causa disto. Eles tinham fé centrada na soberaniade Deus... por isto se tornaram símbolos de toda história de fé na Bíblia.

O traço predominante nestes homens é que, em face às piores cir-cunstâncias, eles não perderam o foco, não ficaram presos àquilo que erameramente físico e temporal. No fim de suas vidas foi a PERSEVE-

1.

RANÇA que lhes garantiu um bom testemunho de Deus. É exatamenteo que veremos, agora, a respeito de Moisés.

MOISÉS E A BUSCA DA EXCELÊNCIA ESPIRITUAL

Lendo Hebreus 11.23-29, podemos perceber os valores internali-zados no coração de Moisés:

23 Pela fé Moisés, recém-nascido, foi escondido durante três meses por seus

pais, pois estes viram que ele não era uma criança comum, e não temeram o

decreto do rei. 24 Pela fé Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha do

faraó, 25 preferindo ser maltratado com o povo de Deus a desfrutar os prazeres

do pecado durante algum tempo. 26 Por amor de Cristo, considerou sua desonra

uma riqueza maior do que os tesouros do Egito, porque contemplava a sua

recompensa. 27 Pela fé saiu do Egito, não temendo a ira do rei, e perseverou,

porque via aquele que é invisível. 28 Pela fé celebrou a Páscoa e fez a aspersão

do sangue, para que o destruidor não tocasse nos filhos mais velhos dos israeli-

tas. 29 Pela fé o povo atravessou o Mar Vermelho como em terra seca; mas,

quando os egípcios tentaram fazê-lo, morreram afogados.

Observe que nesta parte específica sobre a fé de Moisés, o primeiroato de fé não é diretamente dele, mas de seus corajosos pais (v. 23). Moi-sés foi criado, pelo menos até os 3 anos, num ambiente permeado de fé.Os pais de Moisés passaram a tocha da fé para ele. É bom começar assim.

Depois, já grande, Moisés toma suas próprias atitudes de fé, assimcomo aprendeu com os pais. A escola de fé dos pais, levou-o a desenvol-ver convicções e experiências de uma fé extraordinária.

A descrição da espiritualidade de Moisés indica que sua fé foiintencional e mensurável; teve conteúdo e relevância. Vejamos algumascaracterísticas da fé de Moisés:

1. Pessoal – suas experiências de fé sucederam-se independente-mente de seus pais. Ele tinha fé por si mesmo. (Convicções pessoais).

2. Transcendente – de forma convicta Moisés olhou para a recom-pensa da fé e não para demandas imediatas – conforto, segurança, luxo.

2.

EXCELÊNCIA VOCACIONAL

Sua decisão foi baseada no fato de que Deus estava chamando-o(At 7.27).

3. Voluntária – Moisés através de um ato específico de escolhamoral, independente e responsável, “recusou ser chamado filho da filhade Faraó”.

4. Arriscada – para Moisés, assim como para todos os heróis da fé,ter fé e correr riscos é sinônimo.

Mas a fé de Moisés não foi um “pulo no escuro”. Uma fé cega, semreflexão. Ele ponderou bem antes de tomar a decisão. Foi um ato de boaconsciência.

A privilegiada posição aristocrata de Moisés fazia dele um herdeiroreal. Então, por que Moisés fez esta opção tão arriscada de deixar o Egitocom todo seu “glamour”?

➻ Os valores espirituais estavam bem alicerçados em sua alma.

➻ Sua visão era além dos limites humanos – via o invisível, realida-des não vistas pelos olhos humanos (v. 27)

3.

SÉRIE LIDERANÇA EXCELENTE

APLICAÇÃO PESSOAL

1. O que mais lhe impressiona nos aspectos da fé de Moisés?

2. Você se vê longe de manifestar este tipo de fé? Como você poderiamelhorar nesta área?

4.

EXCELÊNCIA VOCACIONAL

1.

A EXCELÊNCIA VOCACIONAL

NÃO TEM RAÍZES NA

EXCELÊNCIA HUMANA

11 Naqueles dias, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos e viu os seus labo-

res penosos; e viu que certo egípcio espancava um hebreu, um do seu povo.12 Olhou de um e de outro lado, e, vendo que não havia ali ninguém, matou o

egípcio, e o escondeu na areia. 13 Saiu no dia seguinte, e eis que dois hebreus

estavam brigando; e disse ao culpado: Por que espancas o teu próximo?14 O qual respondeu: Quem te pôs por príncipe e juiz sobre nós? Pensas

matar-me, como mataste o egípcio? Temeu, pois, Moisés e disse: Com certeza o

descobriram. 15 Informado desse caso, procurou Faraó matar a Moisés; porém

Moisés fugiu da presença de Faraó e se deteve na terra de Midiã; e assentou-se

junto a um poço.

Êxodo 2.11-15

Neste primeiro capítulo, refletiremos sobre o episódio onde Moi-sés tentou cumprir o plano de Deus, a seu próprio modo, matando umegípcio. “Sua tentativa de exercer poder de política e então de pacifica-dor, sendo que ele foi rechaçado nessa última”.1

O nome “Moisés” significa “tirar para fora”. Como diz Hamilton,“assim como acontece com Jacó, Moisés não é apenas quem ele é, mastambém o que ele é. Seu nome é sua missão. Todavia, Moisés fazia parteda engrenagem divina, de um plano maravilhoso de Deus. A pergunta

5.

1 HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 158

então é a seguinte: o que uma pessoa chamada por Deus precisa fazer?Nada! Pelo menos no tocante ao seu chamado. Aliás, ele precisa apenasde uma coisa: esperar Deus agir no Seu tempo.

Todavia, Moisés não estava preparado para ser o libertador dopovo de Deus. Estudando a vida de Moisés, na perspectiva de sua voca-ção divina (especialmente neste início), aprendemos que a vida dealguém que é chamado por Deus não é construída por coincidências, aci-dentes ou acasos, mas por um propósito divino. O nosso senso de cha-mado do líder não pode ser determinado pelas circunstâncias.

A “CORTE EGÍPCIA” É O BERÇODA EXCELÊNCIA HUMANA

Em Atos 7.22-23, no maravilhoso sermão de Estevão, constatamosMoisés sendo apresentado como um homem da mais alta qualificação -um homem da corte, do poder - um líder competente e inspirador, queconstruiu um nome para si e ganhou o respeito dos egípcios. Ele tinhaacesso aos fabulosos tesouros (riquezas) do Egito.

Certamente, Moisés se considerava e, de certo modo, era exce-lente. Pois era príncipe! Ainda mais para os judeus que eram escravos.A “corte”, como o berço da excelência humana é um ambiente que geraarrogância, altivez, soberba.

E mais: as “cortes” são lugares onde as mentiras se tornam verda-des; onde há falsidade, hipocrisia e bajulações; são os ambientes de mani-pulações e concessões – e do “jogo sujo” do poder; são, também, lugaresde orgulho, independência e autoconfiança.

Todavia, a Bíblia diz que Moisés não se deixou enredar pelos víciosda corte: “Pela fé Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha dofaraó, preferindo ser maltratado com o povo de Deus a desfrutar os prazeres dopecado durante algum tempo. Por amor de Cristo, considerou sua desonrauma riqueza maior do que os tesouros do Egito, porque contemplava a suarecompensa” (Hb 11.24-26).

6.

EXCELÊNCIA VOCACIONAL

Lembre-se, Moisés nasceu sob uma sentença de morte, mas oSenhor o livrou, pois ele era o “homem de Deus” para o cumprimento dapromessa. Após quatrocentos anos de escravidão no Egito, Israel alcan-çaria, através de Moisés, o livramento. Por ocasião do seu nascimento, jáhaviam passado cerca de trezentos e cinquenta anos. Era o auge do sofri-mento do povo.

Até aos dois ou três anos Moisés foi criado por sua mãe Joquebede,mas depois passou a residir na corte, como filho adotivo da princesa,onde permaneceu até os quarenta anos de idade. Lá ele cresceu e se mol-dou aos costumes e ciência do povo egípcio, sendo treinado na diploma-cia e instruído na arte de guerra da maior potência do mundo da época.

Uma das lições que aprendemos aqui é que princípios aplicados,dificilmente são esquecidos. Moisés havia sido educado por sua própriamãe, Joquebede, nos princípios divinos (Ex. 2.9). Outra grande lição éque as influências do mundo, não são capazes de anular os propósitos deDeus para nossa vida.

Na corte, Moisés, como o filho privilegiado da filha de Faraó, rece-beu a mais excelente educação em toda ciência egípcia (matemática,física, astronomia, etc.). Ele recebeu todo preparo para ser um faraó,porém o plano de Deus para sua vida consistia em torná-lo um poderosolibertador. A obra e a liderança de Deus não são para os príncipes doEgito, mas para os príncipes do Reino de Deus. Como sabemos, liderançaé influência. “Tudo se edifica ou se2 derruba conforme a liderança”.

A excelência no Reino de Deus não está ligada a excelência doEgito! Nem é resultado desta. Quando um líder, assim como Moisés temapenas uma teoria ministerial, corre o risco de agir baseado apenas nasensação (emoções) da necessidade; ao ponto de tentar desenvolver umaliderança auto-imposta, se denominar líder dos outros! Resultado: naprimeira crise, ele fugiu.

7.

SÉRIE LIDERANÇA EXCELENTE

2 WARREN, Rick. Liderança com propósito. São Paulo: Vida, 2005, 10

De fato, todo o preparo de Moisés na corte não era suficiente paratorná-lo o libertador que Deus tinha em mente.

Alguns cuidados que o líder precisa ter:

➻ O nosso histórico de sucesso (currículo, experiências) não nosautoriza a agir sem ouvir a Deus. Como diz Rick Warrem: se vocêé um verdadeiro líder, não precisa lembrar isso a ninguém.

➻ Agir na hora errada resulta em desastre, tanto para nós quantopara as pessoas que lideramos – todos sofrem.

➻ Não basta conhecer a “cultura” dos egípcios, temos que conhe-cer a cultura do Reino de Deus.

MOISÉS AGIU BASEADO EMSEUS IMPULSOS

A declaração do versículo 11, “saiu a seus irmãos e viu os seus laborespenosos”, é significativa. Mostra empatia de Moisés para com seu povo.Todos nós desejamos realizar grandes coisas para Deus, mas quando ten-tamos fazer isto mediante a imposição, manipulações, concessões ou ape-nas no impulso da carne, temos que lidar com as consequências amargasde nossos atos (1 Tm 5.24-25). Foi o que sucedeu com Moisés após termatado o egípcio. O “egípcio” aqui é uma figura do nosso próximo, e oegípcio morto é símbolo de nossas imprudências e precipitações.

Há “egípcio” que tem que morrer mesmo, mas não sou eu quemdetermina a hora que ele tem que morrer, só Deus tem esta prerrogativa.“O mais importante, contudo, é que aquilo que Moisés fez a um egípcio,Deus iria fazer a todos os egípcios (Êxodo 3.20;12.12)”.3

O líder cristão não pode agir como Moisés neste episódio, segundoseus instintos naturais, fazendo justiça com as próprias mãos. Quandoerramos, devemos evitar um segundo erro: enterrar o egípcio na areia.Que problemão para Moisés! O pecado gera cegueira. Quando agimos às

8.

EXCELÊNCIA VOCACIONAL

3 HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, 158

escondidas, sempre irá existir algo para esconder. Quem de nós não temegípcios mortos escondidos na areia da consciência? O pior: quando“enterramos” os egípcios que matamos, apenas adiamos nossas frustra-ções. Ou seja: um erro não justifica o outro. Os fins não justificam osmeios.

Como outras pessoas ficam sabendo dos nossos “egípcios” mortos?A razão é uma só: não conseguimos esconder bem nossos pecados. Nin-guém consegue esconder bem. Um dia a casa cai. O que fazer depois que“matamos” um egípcio?

Devemos ser coerentes em nosso ouvir, ver, crer e dizer. Viver umestilo de vida que corresponda à fé que professamos, e implica em:

➻ Ser digno de confiança – não ter duas caras, não ser volúvel.

➻ Estar seguro de si e de seus valores – a partir daí ser resoluto edecidido.

➻ Ser honesto, sem hipocrisia, fazer o jogo limpo.

➻ Praticar a justiça – agir como Deus agiria.

O modelo seguro de coerência que aprendemos com Deus é oideal! Deus não faz as coisas com segundas intenções, com interessesegoístas, nem muda de comportamento ou altera o Seu SER em funçãodas circunstâncias, ou novas propostas.

A EXCELÊNCIA HUMANA É “NADA”DIANTE DA EXCELÊNCIA ESPIRITUAL

Os versículos 14 e 15 deixam transparecer que Deus havia colo-cado na mente e no coração de Moisés que, um dia, ele seria o libertadorde Israel, mas esse “dia” e “modo” Deus não lhe havia revelado. Foi aíque Moisés “tropeçou”. Ele foi rejeitado pelo seu próprio povo (v. 14),uma antecipação da rejeição que sofreria por 40 anos no deserto(Atos 7.35).

9.

SÉRIE LIDERANÇA EXCELENTE

O egípcio morto é a besteira resultante de tentar realizar a obra naforça do ego. Depois de matar o egípcio e ser descoberto, nada mais res-tava para Moisés, a não ser fugir da presença de faraó a fim de salvar aprópria pele. Nesta hora, nada poderia ser feito em favor de Moisés.Ele tinha que arcar com as consequências do seu próprio pecado.

Ninguém paga pelo nosso pecado. Ninguém é culpado pelas nossastransgressões. Quais as consequências concretas que Moisés sofreu, porter matado o egípcio? Sentimento de fracasso (“temeu”); perda da autori-dade, da herança, status, desapontamento (frustrações); ele foi confron-tado com o seu próprio pecado. E, por fim, isolamento e solidão.O versículo 15 declara: “... Moisés fugiu da presença de Faraó e se detevena terra de Midiã; e assentou-se junto a um poço”.

Agora “Moisés teve de esperar o tempo de Deus para receber maisinstrução de uma Autoridade superior”.4 A lei da semeadura e da colheitatem sua própria dinâmica. A Bíblia diz que “tudo que o homem semear,isso também ceifará” (Gl 6.7). Toda semeadura tem um tempo certo paracolher: se você semear bondade na vida de alguém, certamente colherá ofruto da generosidade! Colhemos aquilo que semeamos.

Não importa o quão bom alguém seja, diante de Deus isto é nada.Pois a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria dos homens. E a fra-queza de Deus mais forte que a força dos homens.

10.

EXCELÊNCIA VOCACIONAL

4 COX, G. Leo. Comentário Bíblico BEACON – Livro de Êxodo. Rio de Janeiro: CPAD, 2005,p.144

APLICAÇÃO PESSOAL

1. Marque o item abaixo com o qual você mais se identifica nomomento:

( ) Eu tenho grandes planos, mas pouco discernimento quanto aotempo de Deus para realizá-los.

( ) Eu tenho muito zelo, mas pouca sabedoria quanto ao modo detratar com as pessoas ao meu redor.

( ) Eu tenho grandes aspirações, mas pouca habilidade para lidarcom o fracasso.

2. Às vezes gastamos nossa vida, tempo, energia e potencialidade, sim-plesmente resolvendo crises internas e problemas pessoais que nósmesmos contraímos. Que “egípcio” você sente que precisa desen-terrar?

11.

SÉRIE LIDERANÇA EXCELENTE

12.

EXCELÊNCIA VOCACIONAL