Lições 5º ano · Monteiro Lobato em A reforma da Natureza . Le ia o texto O reformador da...
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Semana de 2 a 6 de março de 2020.
Lições 5º ano
Segunda-feira - Português
Curitiba, 2 de março de 2020.
Leia:
[…] Emília estava com a ideia que lhe veio pela primeira vez quando ouviu a fábula do Reformador
da natureza. Fazia já meses que Dona Benta havia contado essa fábula assim:
O reformador da natureza
Américo Pisca-Pisca tinha o hábito de botar defeito em todas as coisas. O mundo para ele estava
errado e a Natureza só fazia tolices.
— Tolices, Américo?
— Pois então?!... Aqui neste pomar você tem a prova disso. Lá está aquela jabuticabeira enorme
sustendo frutas pequeninas e mais adiante vejo uma colossal abóbora presa ao caule duma planta
rasteira. Não era lógico que fosse justamente o contrário? Se as coisas tivessem de ser reorganizadas por
mim, eu trocaria as bolas — punha as jabuticabas na aboboreira e as abóboras na jabuticabeira. Não
acha que tenho razão?
E assim discorrendo Américo provou que tudo estava errado e só ele era capaz de dispor com
inteligência o mundo.
— Mas o melhor — concluiu — é não pensar nisso e tirar uma
soneca à sombra destas árvores, não acha?
E Américo Pisca-Pisca, pisca-piscando que não acabava mais,
estirou-se de papo para cima à sombra da jabuticabeira. Dormiu.
Dormiu e sonhou. Sonhou com o mundo novo, inteirinho reformado
pelas suas mãos. Que beleza!
De repente, porém, no melhor do sonho, plaf! uma jabuticaba
cai do galho bem em cima do seu nariz.
Américo despertou de um pulo. Piscou, piscou. Meditou sobre o
caso e afinal reconheceu que o mundo não estava tão mal feito
como ele dizia. E lá se foi para casa, refletindo:
— Que espiga!... Pois não é que se o mundo tivesse sido
reformado por mim a primeira vítima teria sido eu mesmo? Eu,
Américo Pisca-Pisca, morto pela abóbora por mim posta em lugar
da jabuticaba? Hum!... Deixemo-nos de reformas. Fique tudo como
está que está tudo muito bom.
E Pisca-Pisca lá continuou a piscar pela vida em fora, mas desde então perdeu a cisma de corrigir a
Natureza.
Ao ouvirem Dona Benta contar essa fábula todos concordaram com a moral, menos Emília.
— Sempre achei a Natureza errada — disse ela — e depois de ouvir a história do Américo Pisca-Pisca, acho-a mais errada ainda. Pois não é um erro fazer um sujeito pisca-piscar? Para que tanto “pisco”? Tudo que é demais está errado. E quanto mais eu “estudo a natureza” mais vejo erros. […] Por que dois chifres
na frente das vacas e nenhum atrás? Os inimigos atacam mais por trás do que pela frente. E é tudo assim. Erradíssimo. Eu, se fosse reformar o mundo, deixava tudo um encanto, e começava reformando essa
fábula e esse Américo Pisca-Pisca.
A discussão foi longe naquele dia; todos se puseram contra a reforma, mas a teimosa da criaturinha
não cedeu. Berrou que tudo estava errado e que ela havia de reformar a natureza.
Monteiro Lobato em A reforma da Natureza.
Leia o texto O reformador da natureza e, no caderno de Português, copie e responda:
1– Qual foi a mudança que Américo faria caso a natureza fosse reorganizada por ele? Por que ele faria
isso?
2– Pisca-pisca mudou de ideia quando percebeu:
que o mundo estava realmente errado.
que é bom dormir embaixo das jabuticabeiras.
que ele próprio seria a primeira vítima.
que as abóboras estavam fora do lugar. (anexo)
3– O texto que O reformador da natureza é uma fábula. Nessa fábula, o personagem critica o mundo e acredita ter as soluções para tudo que está errado na Terra. Qual foi a lição aprendida por Américo
Pisca-Pisca ao final da história?
4– O texto nos informa que Emília acredita haver diversos “erros” na natureza — tal qual Américo Pisca-Pisca, antes de acordar de um sonho. Por essa razão, a boneca realizaria algumas mudanças. No trecho apresentado, quais foram as duas reformas que Emília disse que realizaria?
Terça-feira – Matemática
Curitiba, 3 de março de 2020.
O dinheiro brasileiro
Em 1500, quando os portugueses chegaram às terras que hoje fazem parte do território brasileiro, eles fizeram várias trocas com os indígenas. Antes disso, os indígenas não conheciam o dinheiro.
Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500, de Oscar Pereira da Silva, 1922. Óleo sobre tela. 330 cm x 190 cm. Museu Paulista da USP.
Aos poucos, a moeda portuguesa, conhecida
como Real, começou a ser utilizada. Mesmo depois da independência, a moeda que circulava no Brasil
continuou com esse nome até 1942.
Cédula de 500 réis.
Em 1942, houve uma mudança na economia: foi
instituído o Cruzeiro como unidade monetária brasileira.
Cédula de 5000 cruzeiros.
Após 25 anos, o Cruzeiro foi substituído pelo
Cruzeiro novo (NCr$). Essa mudança de nome e as mudanças seguintes foram resultado das
desvalorizações sofridas pelo nosso dinheiro.
Cédula de 10 cruzeiros novos.
Em 1970, o nome do nosso dinheiro passou novamente a ser chamado Cruzeiro (Cr$). Depois de 16 anos, o dinheiro brasileiro passou a ser chamado de Cruzado (Cz$).
Cédula de 100 cruzeiros. Cédula de 100 cruzados.
Outras mudanças econômicas alteraram a moeda de nosso país. Em 1989, o dinheiro passou a ser o Cruzado novo (NCz$). No ano seguinte, mais uma vez o dinheiro brasileiro passou a ser o Cruzeiro (Cr$).
Cédula de 100 cruzados novos. Cédula de 50000 cruzeiros.
Em 1993, o Cruzeiro virou Cruzeiro real (CR$) para, em julho de 1994, transformar-se em Real (R$).
Cédula de 1000 cruzeiros reais. Cédula de 5 reais.
Fonte dos dados: Banco Central do Brasil.
Leia o texto O dinheiro brasileiro e, no caderno de Matemática, copie e responda:
1– Usando as informações do texto, complete as frases abaixo:
(anexo)
2– Com o tempo de uso, as cédulas podem se tornar inadequadas para circulação. Você já viu cédulas
do Real riscadas, desenhadas ou até mesmo rasgadas?
3– Será que esse tipo de cédula ainda tem valor?
4– O que você acha que os bancos fazem com as cédulas danificadas ou muito gastas?
Quarta-feira - Português
Curitiba, 4 de março de 2020.
No livro A reforma da Natureza, de Monteiro Lobato, Emília tem
a sua chance de reformar o mundo enquanto Dona Benta, Tia
Nastácia e o Visconde de Sabugosa são convidados a participar
de uma conferência de paz na Europa. A boneca decide ficar no
Sítio porque tinha outros planos… A Marquesa de Rabicó e sua
amiga Rã decidem reformar a natureza à sua maneira. Acham
que “o mundo é uma grande trapalhada” e resolvem colocar
torneiras nas tetas da Vaca Mocha e criaram o leite que
assobiava quando estivesse fervido e desligava automaticamente
o fogo, para não derramar. Também criam percevejos cheirosos,
pernilongos que cantam e o fabuloso “livro comestível”, entre
outras ideias. Na segunda parte da aventura, Visconde retorna da
Europa, e ele e a boneca fazem experiências em animais como
formigas, grilos e centopeias, e acidentalmente criam monstros
gigantes e assustadores. A confusão é imensa!
No caderno de Português, copie e responda:
5– O livro A Reforma da Natureza foi publicado pela primeira vez no ano de 1939. A Turma do Sítio viaja à
Europa, menos Emília, que resolve reformar os “erros da natureza”. Assinale a opção que contém o fragmento do texto que confirma o desejo de Emília.
Aqui neste pomar você tem a prova disso.
[…] eu trocaria as bolas — punha as jabuticabas na aboboreira e as abóboras na jabuticabeira.
Se as coisas tivessem de ser reorganizadas por mim, eu trocaria as bolas [...]
Por que dois chifres na frente das vacas e nenhum atrás?
Meditou sobre o caso e afinal reconheceu que o mundo não estava tão mal feito [...]
(anexo)
6– Leia o trecho abaixo:
Américo Pisca-Pisca tinha o hábito de botar defeito em todas as coisas. O mundo para ele estava errado e a Natureza só fazia tolices.
As formas verbais destacadas estão em que tempo verbal? Pretérito (passado), presente ou futuro?
7– E você, se tivesse a oportunidade de reformar o mundo como Emília, o que faria primeiro? Ilustre sua
ideia.
Quinta-feira – Matemática
Curitiba, 5 de março de 2020.
Você sabia?
Devem ser retiradas de circulação as cédulas manchadas, sujas, desfiguradas, gastas ou fragmentadas; com marcas, rabiscos, símbolos,
desenhos ou quaisquer caracteres a elas estranhos; com cortes ou rasgos em suas bordas ou interior; queimadas ou danificadas por ação
de líquidos, agentes químicos ou explosivos etc.
Leia o texto “Você sabia?” e, no caderno de Matemática, copie e
responda:
5– Escreva o valor total formado por: 3 cédulas de 100 reais, 4 cédulas de 50 reais, 3 cédulas de 20 reais, 5 cédulas de 10 reais e 8 cédulas de 2 reais.
6– Escreva por extenso o valor registrado em cada etiqueta:
(anexo)
7– Escreva com o símbolo do Real e com algarismos os valores abaixo:
a) Mil, cento e trinta reais
b) Mil e treze reais
c) Três mil, cento e trinta e três reais
Sexta-feira – Ciências
Curitiba, 6 de março de 2020.
O céu noturno Observe a imagem abaixo:
Noite estrelada sobre o Reno (óleo sobre tela, 1888), pintura de Vicent van Gogh (1853 – 1890).
A obra de Van Gogh mostra uma noite estrelada sobre um rio europeu chamado Reno. Nela, as estrelas estão pintadas como se fossem pequenos pontos luminosos no céu, que se refletem no rio.
Agora, que tal você ser um artista?
Observe o céu à noite e pense numa cena noturna que você gostaria de registrar.
Você pode fazer uma pintura usando lápis, tinta, giz de cera, cola colorida, ou, ainda, fazer uma colagem. Inspire-se no céu e dê asas à sua imaginação.
Sexta-feira – História
Curitiba, 6 de março de 2020.
O papel das lendas e mitos na cultura indígena
Os índios vivem em aldeias no meio da floresta e são rodeados por muitos bichos. No seu cotidiano, realizam tarefas como a caça, a pesca, a lavoura, além de participarem de festas e rituais em homenagem aos seus deuses: a chuva, o Sol, a Lua e outros seres inanimados da natureza. E por falar em
Sol e Lua, como você já sabe, o céu tem um papel muito importante para os índios: é usado como referência para planejarem as atividades do dia a dia. Por isso, desde pequenos os índios já sabiam como
funcionam os ciclos solar e lunar e a posição de certas estrelas no céu. E não é a geometria,
a física nem a matemática que os ajuda a identificar o movimento e a posição dos astros.
São as lendas e os mitos de cada tribo que ensinam aos índios tais conhecimentos!
À noite, as crianças sentam ao redor de uma fogueira e ouvem as histórias contadas
pelos mais velhos. As lendas são divertidas e temperadas de muita imaginação — índios
que falam com animais, estrelas que caem na Terra, guerreiros que vão para o céu. Numa delas a Lua e o Sol, que eram irmãos, se apaixonaram e como castigo, nunca mais puderam se encontrar. Por isso, até
hoje quando a Lua sai o Sol se esconde. Se você reparar, nessa lenda há mais do que uma simples explicação para o dia e para a noite. Ela ensina aos pequenos índios como devem se comportar na tribo,
em outras palavras, ensina que é errado o namoro entre irmãos. Legal, não é mesmo?
As lendas também falam da origem da posição de algumas estrelas no céu. Os índios identificaram principalmente aquelas que são visíveis a olho nu, localizadas na Via Láctea. As duas constelações mais
importantes para os indígenas são a da Ema Branca e a do Tinguaçu. Têm esses nomes porque suas figuras lembram dois grandes pássaros formados por um conjunto de estrelas da Via Láctea — a faixa
branca que parece uma nuvem de estrelas no céu. Os índios notaram que eles nunca estão juntos no céu. Pois quando é verão no hemisfério Sul, a constelação do Tinguaçu fica visível. Já no inverno, é a Ema
Branca que aparece. Ou seja: pelas constelações podem também identificar as principais estações do ano.
Vale lembrar que os índios não possuem registros escritos e, em geral, são os mitos e as lendas de cada tribo que repassam a cultura desse povo ao longo dos anos. Como são contadas de geração a geração, certamente essas histórias se transformaram com o tempo. Lembra da brincadeira do telefone
sem fio? Então, é algo parecido: sempre há quem mude um pouquinho a história, que termina bem diferente da original. Ainda assim, a partir dessas lendas podemos imaginar como viviam os índios há
cerca de 4 mil anos.
Mas quem nos contou as lendas? Ora, os próprios índios! Saiba que hoje cerca de 180 tribos habitam o
nosso país. E que essas tribos estão cada vez mais preocupadas em preservar a sua cultura. Por isso, para elas é muito importante que as pessoas conheçam seus hábitos e costumes. Afinal, os índios são tão
importantes para a história do Brasil quanto os nossos ancestrais portugueses e africanos! Matéria publicada em 17.10.2002
1– Observe as imagens a seguir:
2– Copie e responda: Todas as imagens acima representam lendas indígenas. Você conhece algumas dessas lendas?
Complete a tabela abaixo com os nomes dos mitos representados nas imagens:
1
2
3
4
5
6
(anexo)
Aqui neste pomar você tem a prova disso.
[…] eu trocaria as bolas — punha as jabuticabas na aboboreira e as abóboras na jabuticabeira.
Se as coisas tivessem de ser reorganizadas por mim, eu trocaria as bolas [...]
Por que dois chifres na frente das vacas e nenhum atrás?
Meditou sobre o caso e afinal reconheceu que o mundo não estava tão mal feito [...]
que o mundo estava realmente errado.
que é bom dormir embaixo das jabuticabeiras.
que ele próprio seria a primeira vítima.
que as abóboras estavam fora do lugar.
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