Limites Do Humor

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Nome:_______________________________________________________ Nota:__________ Proposta de Redação: Os limites do Humor A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo (de até 30 linhas) na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Qual o limite entre liberdade de expressão ou preconceito?, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Qual o limite do humor? por HENRIQUE SUBI em 4/nov/2013 8:59 Fazer rir é uma arte e como em toda arte há bons artistas e maus artistas. Há bons músicos e maus músicos, há bons pintores e maus pintores, há bons humoristas e maus humoristas. O estranho é que, mesmo assim, quando publicam uma música de mau gosto, que transforma a mulher em objeto sexual, por exemplo, não se fala em proibí-la, retirá-la de circulação; quando o artista elabora uma pintura obscena, que ofende os bons costumes, às vezes vira vanguardista, transgressor, e faz sucesso. O humorista, por outro lado, é o alvo da vez. Talvez porque haja exageros. No pretexto de fazer humor, piadistas chegam a extravasar essa esfera e atingir a dignidade, a reputação e a imagem alheia, causando danos sociais muitas vezes irreparáveis. Tome-se, por exemplo, o caso recente no qual Danilo Gentili satirizou uma grande doadora de leite materno. Sua graça fez com que a mulher se sentisse tão mal e ridicularizada que, por força dessa questão psicológica, sua produção de leite já está diminuindo. O banco de leite que ela ajudava está, com toda razão, desesperado. Muitas crianças que têm sua vida garantida pelos grandes atos dessa mulher agora estão com seu futuro indefinido. Enfim, uma péssima piada gera, nos dias de hoje, mais do que um dano moral: gera um desserviço para a sociedade. Há um forte argumento que diz que a piada com base em diferenças físicas, de sexo, de orientação sexual e congêneres reflete o preconceito das elites e das maiorias em desfavor dos oprimidos. Será? Sei que um erro não justifica outro, mas é fato que o humor sempre foi assim e, até pouquíssimo tempo atrás, ninguém processava humoristas por piadas de mau gosto. “Os Trapalhões” era recheado de piadas infâmes e racistas por meio do Mussum e contra os calvos tendo como alvo Zacarias. E Renato Aragão é, até hoje, embaixador da ONU. O acesso à justiça e a luta por direitos representa um enorme avanço social que o Brasil conseguiu nos últimos anos, mas algo mudou de lá para cá na sociedade em si? A própria natureza humana age como um “sabotador íntimo” nessas discussões. Afinal, tomando ainda como exemplo o erro de Danilo Gentili, as pessoas riram. Muita gente riu. Muita gente que agora o condena, com toda razão nisso. Mas por que riram?

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Nome:_______________________________________________________

Nota:__________

Proposta de Redação: Os limites do Humor

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao

longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo (de até 30 linhas) na modalidade

escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Qual o limite entre liberdade de expressão ou

preconceito?”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione,

organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de

vista.

Qual o limite do humor?

por HENRIQUE SUBI em 4/nov/2013 • 8:59

Fazer rir é uma arte e como em toda arte há bons artistas e maus artistas. Há bons músicos e

maus músicos, há bons pintores e maus pintores, há bons humoristas e maus humoristas. O estranho

é que, mesmo assim, quando publicam uma música de mau gosto, que transforma a mulher em

objeto sexual, por exemplo, não se fala em proibí-la, retirá-la de circulação; quando o artista elabora

uma pintura obscena, que ofende os bons costumes, às vezes vira vanguardista, transgressor, e faz

sucesso. O humorista, por outro lado, é o alvo da vez.

Talvez porque haja exageros. No pretexto de fazer humor, piadistas chegam a extravasar

essa esfera e atingir a dignidade, a reputação e a imagem alheia, causando danos sociais muitas

vezes irreparáveis. Tome-se, por exemplo, o caso recente no qual Danilo Gentili satirizou uma

grande doadora de leite materno. Sua graça fez com que a mulher se sentisse tão mal e

ridicularizada que, por força dessa questão psicológica, sua produção de leite já está diminuindo. O

banco de leite que ela ajudava está, com toda razão, desesperado. Muitas crianças que têm sua vida

garantida pelos grandes atos dessa mulher agora estão com seu futuro indefinido. Enfim, uma

péssima piada gera, nos dias de hoje, mais do que um dano moral: gera um desserviço para a

sociedade.

Há um forte argumento que diz que a piada com base em diferenças físicas, de sexo, de

orientação sexual e congêneres reflete o preconceito das elites e das maiorias em desfavor dos

oprimidos. Será? Sei que um erro não justifica outro, mas é fato que o humor sempre foi assim e,

até pouquíssimo tempo atrás, ninguém processava humoristas por piadas de mau gosto. “Os

Trapalhões” era recheado de piadas infâmes e racistas por meio do Mussum e contra os calvos

tendo como alvo Zacarias. E Renato Aragão é, até hoje, embaixador da ONU. O acesso à justiça e a

luta por direitos representa um enorme avanço social que o Brasil conseguiu nos últimos anos, mas

algo mudou de lá para cá na sociedade em si?

A própria natureza humana age como um “sabotador íntimo” nessas discussões. Afinal,

tomando ainda como exemplo o erro de Danilo Gentili, as pessoas riram. Muita gente riu. Muita

gente que agora o condena, com toda razão nisso. Mas por que riram?

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Leandro Hassum, um dos meus humoristas preferidos, disse certa vez em uma entrevista: “O humor

nasce do diferente”. Ele tem razão. Alguém conhece um famoso comediante norueguês? Deve ser

difícil fazer um stand up na Noruega, onde todos são física, social e economicamente iguais. Tenho

curiosidade de saber como funciona.

Instigado o debate, deixo minha contribuição: penso que o limite do humor é a

individualidade. Não se pode tolher o humorista de fazer graça com diferenças genéricas,

atribuíveis a pessoas indeterminadas. Há abuso a ser coibido, contudo, a partir do momento em que

o comediante aponta especificamente o “Fulano de Tal” e, com base em uma característica que lhe

é própria, tira sarro, diminui, ridiculariza aquela pessoa determinada. Aí cabe ao Poder Judiciário

impor as sanções cabíveis para desincentivar condutas desse tipo. De resto, que se permita o humor

para alegrar nossas vidas.

Fonte: http://www.estudeatualidades.com.br/2013/11/qual-o-limite-do-humor/

Luis Lobianco: Limites do humor

A pergunta é recorrente e fatal: quais os limites do humor?

O DIA

Rio - A pergunta é recorrente e fatal: quais os limites do humor? Nós, atores comediantes,

normalmente temos uma boa resposta pronta para o lugar-comum da indagação. Tudo muito justo, o

público quer saber o que pensamos, e o jornalista não deve deixar de perguntar. Mas hoje, como

colunista convidado, resolvi aproveitar o espaço para refletir a respeito por conta própria. O humor

deve ser livre e soberano, seja inofensivo, seja maldito!

Nós que fazemos o humor de hoje somos resultado expresso dos grandes gênios do riso.

Uma vez perguntei em casa se o Chico Anysio era meu avô. Luiz Fernando Veríssimo fez minha

geração acreditar que poderíamos fazer graça com dramaturgia de qualidade, nas saudosas aulas de

teatro. Quando dividi o palco com Dercy Gonçalves em 2007, ela me disse na coxia do Teatro dos

Quatro que palavrão não é feito pra qualquer um dizer, depende da boca e da inteligência de quem

fala. Todos esses já inventaram o humor e já romperam qualquer tipo de limite. Não há nada novo,

não existe moral intocada. Existe bom gosto ou péssimas escolhas.

Não tem spray de pimenta ou bomba de efeito que imponha mais moral que o humor. Na

política, expor o ditador ao ridículo lhe é devastador. O humor é essencialmente oposição; na

ditadura, duramente perseguido, agonizou e não morreu. Por outro lado, há limites para quem não

têm nenhuma graça e aponta no outro um traço frágil e indefeso. Rir de alguém sem que este

participe é ato covarde! Se não houver um bom texto ou pelo menos um comediante tão astuto

quanto generoso, não se iluda, não tem motivo pra rir. Não desperdice o seu riso, invista-o no que

você achou engraçado e não no que te convenceram que é. Portanto, não existem limites para o

humor, o que não tem graça nem sequer o é.

Não deve haver palavra que o artista não possa dizer. O artista é o guardião do verbo, da

história e do sagrado. Limites para o humor ou limites para as correntes moralistas e os

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exploradores da miséria da cidade? Censura é para os „donos‟ do Estado que te reprimem quando

você exige dignidade nas ruas. Questionemos os senhores dos templos que esbravejam como

detentores da palavra de Deus e só propagam preconceito e intolerância. O real artista do riso exige

transformação, seu dever é provocar. O mundo está careta e um pouquinho de atrevimento é

posicionamento político. Pergunto eu: qual o limite para a falta de humor?

Luis Lobianco é ator e integrante do ‘Porta dos Fundos’

Fonte:http://odia.ig.com.br/noticia/opiniao/2013-09-11/luis-lobianco-limites-do-humor.html

“Segundo Chico Anysio, um dos maiores humoristas brasileiros de todos os tempos, o humor deve

visar á crítica, não à graça. Mas após várias polêmicas envolvendo humoristas e personalidades,

cabe a pergunta: Qual o limite entre liberdade de expressão ou preconceito?”

Competências avaliadas

Item Nota

Adequação ao Tema Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema

favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada.

Adequação e Leitura

Crítica da Coletânea

Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como

fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência.

Adequação ao Gênero

Textual

Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual

e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto

de texto.

Adequação à

modalidade padrão da

língua

Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica

o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico.

Coesão e Coerência

Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal,

paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e

dos elementos de articulação textual.

NOTA FINAL:

Saiba como é feito a classificação da notas

0.0 - Ruim

0.5 - Fraco

1.0 - Bom

1.5 - Muito bom

2.0 - Excelente

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Comentários a cerca da produção textual

Pontos Positivos

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Pontos Negativos

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