LINGUAGEM CORPORAL

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VI Congresso Brasileiro Científico de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas – “VI Abrapcorp 2012 – Comunicação, Discurso, Organizações” São Luiz/MA – 26 a 28 de abril de 2012 MESAS TEMÁTICAS ABRAPCORP A Linguagem Corporal como Estratégia de Comunicação: A Atuação das Relações Públicas como Personal Branding Resumo O presente artigo se volta à análise da importância da linguagem corporal enquanto estratégia de comunicação. A proposta visa examinar a linguagem do corpo como meio revelador de pensamentos e sentimentos dos indivíduos de modo a ser utilizada como estratégia para o sucesso das Relações Públicas atuando como Personal Branding. O estudo se voltou à análise de vídeos que possuem apresentações públicas da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Usou-se uma metodologia feita por meio de quadros em que imagens dos presidentes foram inseridas. Foi possível, por meio desta análise, identificar a importância da comunicação não verbal como estratégia de comunicação para as Relações Públicas atuarem como Personal Branding. Palavras-chave Comunicação; Linguagem corporal; Relações Públicas; Personal Branding. Introdução Existem duas linguagens que permitem a relação entre pessoas: a linguagem verbal, constituída de palavras e, simultaneamente, a linguagem não verbal, com a qual se dá vida às palavras pronunciadas, a que exprime as emoções mais profundas e verdadeiras. Estudos aprofundados calculam que, numa comunicação interpessoal, a mensagem é transmitida em apenas 7% pelas palavras, em 38% pela voz e 55% por meio da linguagem corporal (GUGLIELMI, 2010). 1

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TRATA SOBRE O MEIO DE COMUNICAÇÃO DA LINGUAGEM CORPORAL

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VI Congresso Brasileiro Científico de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas – “VI Abrapcorp 2012 – Comunicação, Discurso, Organizações” São Luiz/MA – 26 a 28 de abril de 2012 MESAS TEMÁTICAS ABRAPCORP

A Linguagem Corporal como Estratégia de Comunicação:A Atuação das Relações Públicas como Personal Branding

Resumo

O presente artigo se volta à análise da importância da linguagem corporal enquanto estratégia de comunicação. A proposta visa examinar a linguagem do corpo como meio revelador de pensamentos e sentimentos dos indivíduos de modo a ser utilizada como estratégia para o sucesso das Relações Públicas atuando como Personal Branding. O estudo se voltou à análise de vídeos que possuem apresentações públicas da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Usou-se uma metodologia feita por meio de quadros em que imagens dos presidentes foram inseridas. Foi possível, por meio desta análise, identificar a importância da comunicação não verbal como estratégia de comunicação para as Relações Públicas atuarem como Personal Branding.

Palavras-chave

Comunicação; Linguagem corporal; Relações Públicas; Personal Branding.

Introdução

Existem duas linguagens que permitem a relação entre pessoas: a linguagem verbal,

constituída de palavras e, simultaneamente, a linguagem não verbal, com a qual se dá

vida às palavras pronunciadas, a que exprime as emoções mais profundas e verdadeiras.

Estudos aprofundados calculam que, numa comunicação interpessoal, a mensagem é

transmitida em apenas 7% pelas palavras, em 38% pela voz e 55% por meio da

linguagem corporal (GUGLIELMI, 2010).

A comunicação não verbal ou linguagem corporal é uma forma vital de comunicação,

pois tem o propósito de fechar o sentido das mensagens e contribuir no processo

comunicacional. Essas mensagens são emitidas através de ações, gestos, expressões

faciais e posturas, que podem ser interpretadas de forma diferente, conforme a

influência da cultura de cada pessoa. E a leitura desses sinais é uma ferramenta de

comunicação estratégica devido ao fato de esta habilidade ajudar o comunicador a ser

mais estrategista, um negociador e pensador.

Este artigo visa examinar a importância de um profissional de Relações Públicas para

assessorar, administrar e potencializar a imagem de marca pessoal de personalidades,

tendo como objetivo o bom desempenho dos mesmos em público. Esse profissional

pode receber o nome de Personal Branding, ou seja, pode ser mais uma área de atuação

que vem beneficiar às Relações Públicas.

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Comunicação e Linguagem

A comunicação é entendida como um processo no qual estão envolvidos um emissor,

um código, um canal, uma mensagem, um contexto e um receptor. E todo esse processo

de transmissão de estímulos e de troca de mensagens entre os seres humanos se dá

através da linguagem. A linguagem se manifesta através de signos verbais e não verbais

ligados aos nossos sentidos. Verbal vem do latim verbu, e quer dizer palavra. Através

dela o homem pode compreender tudo que ocorre a sua volta. Criando palavras,

submetendo-se a regras e códigos, os homens conheceram a lógica da comunicação

verbal. Enquanto as comunicações não verbais são sinais produzidos, gestos praticados,

imagens criadas ou percebidas. Elas ocorrem por meio das mãos, da cabeça, do rosto, da

boca, ou seja, pela expressão de todo o corpo. Para Rector e Trinta (1999), a linguagem

não verbal incide sobre as formas de relação interpessoal, regulando a interação e

propiciando o contraste de atitudes e personalidades individuais. Os autores afirmam

que:

Os elementos não verbais da comunicação social são responsáveis por cerca de sessenta e cinco por cento do total das mensagens enviadas e recebidas. A “construção” possível de uma “imagem social” requer consciência e controle de gestos e posturas. E a expressão gestual serve tanto a uma intenção cognitiva, expressiva ou descritiva, quanto as referências de ordem afetiva (RECTOR e TRINTA, 1999, p. 21).

Assim, o homem é um ser em movimento e, ao mover-se, põe em funcionamento

formas de expressões completas e complexas, que são socialmente partilhadas. Portanto,

ao exprimir-se com o corpo, ele o faz de maneira tão clara, que não há como desdizer-se

ou voltar atrás.

A leitura dessas atitudes e pensamentos expressos pelo comportamento das pessoas foi o

primeiro sistema de comunicação usado pelo ser humano (PEASE e PEASE, 2005). O

início do estudo da linguagem corporal se deu através de análises na comunicação entre

os animais. Segundo Cohen (2010), os chimpanzés e gorilas usam sinais complexos de

comunicação não verbal que as pessoas possuem em comum com eles. O autor afirma

que parte do comportamento das pessoas é muito parecida com o dos macacos, pois eles

faziam gestos repetidamente:

[...] com isso ele pediu a cientistas do mundo todo para enviarem exemplos interessantes dessa “linguagem animal”. Darwin queria ver se havia alguma relação entre os gestos humanos e animais. Recebeu

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centenas de respostas, especialmente descrições de dentes à mostra, gargalhadas e demonstrações de triunfo, quando os macacos tendiam não apenas bater no peito, mas também pular, correr e uivar (COHEN, 2010, p. 27).

Através de pesquisas realizadas por Darwin, foi possível verificar que realmente

existem semelhanças entre o comportamento humano e o dos animais, pois assim como

os macacos, podemos citar como exemplo, os jogadores de futebol que, ao marcarem

um gol, correm freneticamente, saltam e abraçam seus companheiros.

Atualmente, a procura por conhecimento sobre a linguagem corporal continua

importante, pois se vive em um mundo de rápidas mudanças. É preciso conhecer

pessoas novas o tempo todo e ter uma ideia a respeito delas muito rapidamente.

O gesto é uma ação corporal, pela qual certo significado é transmitido por meio de uma

expressão voluntária. É um processo desenvolvido através de múltiplos canais e suas

mensagens reforçam umas às outras, em um contexto de permanente controle. Assim, o

comportamento gestual é um produto social e culturalmente diferenciado. Cada gesto ou

movimento revela uma informação sobre a emoção que se está sentindo num

determinado momento (PEASE e PEASE, 2005; PIERRE e TOMPAKOW, 2010).

Dessa forma, é preciso entender alguns gestos usados no dia a dia das pessoas.

Raramente as pessoas têm consciência do efeito das mensagens não verbais

aparentemente simples que enviam. A maioria dos observadores supõe que o ‘tapinha’

nas costas ao final de um abraço é um gesto carinhoso. A verdade sobre o ‘tapinha’ nas

costas é que sua finalidade é dizer a outra pessoa para concluir o abraço e soltar

(PEASE e PEASE, 2005). Outros gestos fáceis de notar são os com a cabeça. A cabeça

erguida mirando o alto com o queixo projetado para frente sinaliza superioridade,

destemor e arrogância. Já a cabeça inclinada para o lado é um sinal de submissão porque

expõe o pescoço e faz com que a pessoa pareça menor e menos ameaçadora, ao

contrário do queixo abaixado, que indica uma atitude negativa (PEASE e PEASE,

2005). Portanto, aprender a interpretar o significado de cada único gesto não é uma

maneira de violar a intimidade alheia, de julgar ou analisar os outros, em vez disso, já

que se trata de um conhecimento recíproco, é o início de uma maior compreensão que,

por sua vez, é a base por uma comunicação melhor (GUGLIELMI, 2010).

Para que isso ocorra é preciso entender a comunicação sob o ponto de vista estratégico,

ou seja, traçar objetivos adequados para transformar a imagem atual em uma imagem

ideal para cada tipo de público. Para Costa (1999 apud RAMOS, 2007, p. 59) “[...] a

comunicação estratégica reivindica a necessidade de recuperar a confiança do maior

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número possível de públicos, afirmando que o valor da ação-comunicação deve ser

sustentado pela coerência das ações comunicativas”.

Nesse aspecto, é importante ressaltar que o trabalho de um profissional de comunicação

visa, sobretudo, evitar problemas e dificuldades no relacionamento com os diversos

públicos, com os quais deve manter contato a fim de fortalecer a sua imagem, desfazer

uma imagem estereotipada e facilitar os processos rotineiros em sua comunicação

(GARCIA, 2004). E como o profissional de Relações Públicas é o responsável por zelar

a boa imagem da organização e das pessoas, ele se torna importante nesse processo de

transformação da imagem através de uma diferenciação que é a linguagem corporal.

Para Neves (1998, p. 17), a imagem pode alavancar a carreira “[...] ganhar eleições,

potencializar qualidades e virtudes, suprir deficiências, fazer a diferença, encurtar

caminhos, aumentar a produtividade, [...] fazer a vida mais fácil, agradável e lucrativa”.

E é nesse ponto que entra o desafio que o profissional de Relações Públicas tem ao lidar

com a construção ou manutenção da imagem. A atividade de RP começou como uma

extensão dos negócios. Hoje, a necessidade é generalizada, desde a grande empresa à

pequena; do governo ao profissional liberal. O indivíduo, qualquer que seja a sua

atividade, não pode prescindir de RP. Para Neves (1985, p. 168), “[...] tamanha é a

extensão dessa área de ação e tantos os desafios da comunicação existentes ou a

caminho, que os estudiosos acreditam ser esta uma das atividades de maior crescimento

nos próximos anos”.

Sendo assim, é possível inserir no arcabouço de ações e atividades que o profissional de

Relações Públicas executa o de ser um Personal Branding, ou seja, a pessoa capaz de

transformar ou criar uma marca pessoal. Nesse contexto, o seu papel será o de resolver e

transformar a imagem do assessorado, aquele que irá transmitir a mensagem em uma

imagem positiva, fazendo com que essa mensagem chegue ao receptor de forma clara e

precisa. O RP tem o feeling1 de identificar quais os problemas da linguagem corporal do

comunicador.

Dessa forma, entende-se que o profissional de Relações Públicas tem aptidões para ser

aquele que consegue assessorar indivíduos que precisam melhorar a performance usada

em apresentações públicas. Esse deve objetivar formas adequadas de uso da linguagem

corporal, procurando as forças e eliminando as fraquezas da pessoa a ser treinada.

Segundo Bender (2009, p. 19), “[...] o objetivo é administrar e potencializar sua imagem

de marca pessoal, ampliar o seu valor no mercado e construir aquilo que é mais sagrado

1 Percepção – visão própria sobre um certo assunto com base na experiência ou no conhecimento de certos fatos que podem influenciar sua evolução (LEWIS e LITTLER, 2001).

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no mundo das marcas: reputação”. A atuação daquele que cuida da marca pessoal

precisa ser focada em formas que visam à interação pessoal, tanto os elementos verbais

como os não verbais, importantes para que o processo de comunicação seja eficiente.

Logo, esta atribuição é de quem atua como um controlador da gestão da marca: um

Personal Branding.

Essa nova forma de instrumentalizar pessoas e gestores vem a ser uma estratégia

diferente, e é isso que o Relações Públicas, como Personal Branding, precisa ter em

mente. A linguagem do corpo é repleta de significados e é através desses que esse

profissional deve buscar a diferença, pois aquilo que se faz tem tanto impacto como

aquilo que se diz. São os sinais não verbais que fazem diferença no impacto, pois eles

são lembrados mais tempo. Ou seja, o que é visto fica registrado no imaginário do ser

humano por mais tempo do que aquilo que é ouvido/escutado. A palavra é esquecida

com mais rapidez do que a imagem registrada pelo olho humano.

Linguagem Corporal: Comunicação Intangível

Para Davis (1979, p. 45), “o corpo é a mensagem”. Através dessa afirmação, é possível

dizer que a própria forma do corpo pode ser uma mensagem. Para Rector e Trinta, 1999,

“[...] mesmo sem a intenção deliberada de comunicar, nosso corpo é uma mensagem que

anuncia ou denuncia o que somos e pensamos”.

Com isso, em uma apresentação pública o orador precisa sempre estar atento aos seus

ouvintes, pois é através deles que o orador irá detectar se estão agindo de acordo com a

sua vontade. Tendo essa afirmação, o tamanho e a intensidade do gesto devem atender

ao tipo de público que se enfrenta. Como, por exemplo, o cuidado que precisa se ter

com a postura. Um dos componentes da postura correta são as formas como as pernas

tomam uma posição que dão sustentação ao corpo. Segundo Polito (1996), os erros mais

comuns são a movimentação desordenada, o apoio incorreto, cruzamento dos pés,

rigidez, o cruzar e o descruzar de maneira rápida, espreguiçadeira e vaivém. Através

desses erros, é possível dizer que a postura correta para quem está de pé, é estar

posicionado sobre as duas pernas, para possibilitar bom equilíbrio ao corpo. Quando se

tornar cansativo ficar nessa postura, é aconselhável jogar o peso do corpo ora numa

perna, ora sobre a outra. Essa postura é indicada principalmente quando se está falando

com um microfone de pedestal. Já, quando se está falando com um microfone sem fio e,

é possível a movimentação das pernas, o indicado é que o seu deslocamento siga o ritmo

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da fala. E quando se está sentado, uma dica é colocar os dois pés no chão, para

demonstrar firmeza; e outra dica é cruzar uma perna sobre a outra, deixando as coxas

encostadas e o pé da perna que fica por cima sem apoio. Para as mulheres, nesse caso,

existe um posicionamento especial, pernas juntas, puxadas para trás, inclinadas para o

lado, com um dos pés levemente sobreposto ao outro (POLITO, 1996).

Outro componente importante são os movimentos dos braços e das mãos. Para uma boa

postura, os braços devem ficar naturalmente ao longo do corpo para proporcionar

equilíbrio e elegância (GUGLIELMI, 2010). E quando um orador falar na tribuna, o

ideal é se apoiar sobre ela. Para Polito (1996), as mãos são colocadas com os dedos

polegares na parte superior e os demais depositados na lateral. Isso confere um ar de

segurança e convicção do orador. Já para James (2008), as mãos desempenham um

papel importante na demonstração de poder. Para o autor, usar os dedos para unir as

mãos serve para demonstrar maior status, além de parecer racional e com total controle.

Em se tratando de mãos e braços, também podemos citar o aperto de mão. Segundo

James (2008), o ideal em um aperto de mão é o aperto entre iguais, o cumprimento entre

duas pessoas que se respeitam se estimam e entre as quais não existe nenhum desejo de

dominar. Esse aperto se dá estendendo-se as palmas verticalmente, sem apertar com

força de mais ou de menos (GUGLIELMI, 2010). Já para Pease e Pease (2005), o ideal

é tocar uma pessoa com a mão esquerda quando lhe aperta a mão com a direita,

principalmente, se tocar no cotovelo. O sucesso dessa técnica se explica pelo fato de o

cotovelo ser um lugar aceitável, por estar distante das partes íntimas do corpo, e porque

o toque por três segundos não é inconveniente, mesmo num estranho, e que assim passa

confiança e credibilidade (PEASE e PEASE, 2005). Existe também o aperto de mãos,

onde uma pessoa coloca a mão sobreposta a de outra pessoa. Este tipo de cumprimento

aumenta a intensidade do contato físico oferecido por quem toma a iniciativa e

proporciona o controle sobre o recebedor. Esse pode ser chamado de “aperto de mão de

político”, e permite a quem inicia transmitir a impressão de que é confiável e honesto

afirma Pease e Pease (2005).

Assim como a postura, os braços e as mãos o tronco ajuda efetivamente na interpretação

e no transporte da mensagem. Dessa forma, segundo Polito (1996), o correto é inclinar

levemente o corpo para frente, pois ele passa a dar mais ênfase nas informações e

demonstra uma convicção na defesa de uma ideia, além de provocar maior aproximação

com os ouvintes.

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A movimentação da cabeça também se torna importante. Para Polito (1996), ela precisa

acompanhar o ritmo e a cadência da fala e corresponder à ênfase da informação,

contribuindo para melhor eficiência da comunicação. Pode-se utilizar dos movimentos

da cabeça, principalmente quando se está em uma tribuna que fica acima da cintura,

onde os demais movimentos do corpo ficam escondidos. Juntamente com a

movimentação da cabeça os olhos possuem importância relevante na expressão do

orador. Para Polito (1996), eles são importantes não somente para observar a reação da

plateia, mas para valorizar a presença de cada indivíduo na plateia, pois, aquele que não

for olhado pelo orador, se sentirá marginalizado no ambiente e começará a se

desinteressar pelo assunto, ou seja, todos precisam passar pelo ângulo do comunicador.

E para Pease e Pease (2005), encarar as pessoas é sinal de dominação. Assim como os

olhos, os lábios também transmitem muitas mensagens. Como exemplo, quando se está

bravo, a primeira coisa que as pessoas fazem com os lábios é apertá-los, diferentemente

de quando ocorre uma pequena queda no canto da boca, que costuma ser o primeiro

sinal de pesar ou desapontamento.

Linguagem Intercultural e Transcultural

Toda interação social tem situações definidas por características culturais. Para Rector e

Trinta (1999), a cultura de uma comunidade traduz-se em seu estilo de vida, seus

hábitos, seus modos de pensar e perceber fatos do mundo, formas usuais de

comunicação social, normas e convenções que regulam comportamentos e valores

morais. Os aspectos da cultura afetam nexos, laços e formas de interação social.

O comportamento visual varia de acordo com o ambiente no qual uma pessoa aprende

as normas sociais. Para Knapp e Hall (1999 p. 309), “às vezes, os padrões do olhar

mostram diferenças entre culturas de “contato”, como exemplo os árabes, e de “não-

contato”, os do norte da Europa”. Em outras, as diferenças estão na duração do olhar

mais do que na frequência. Citam-se os suecos, que olham com menos frequência, mas

por períodos mais longos que os ingleses. Segundo James (2008), a saudação também

revela diferenças de culturas. Por exemplo, os norte-americanos que usam saudações

efusivas e o aperto de mãos pode ir além do comum, em que um toque no braço ou no

ombro é considerado adequado, dependendo da circunstancia.

Não há somente uma influência de cultura, mas diferença da expressão corporal dos

gêneros masculino e feminino. Pois desde o nascimento, as pessoas dizem aos bebês

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que são meninos ou meninas de maneira sutil e não verbal. A maioria dessas, na

verdade, segura o menino e a menina de forma diferente. Esta afirmação vem de Davis

(1979) quando diz que os meninos, mesmo novinhos, costumam ser cuidados de um

modo mais bruto. Porém, à medida que vão crescendo, as pessoas deixam de

recompensar os comportamentos, pois em determinado estágio de desenvolvimento, os

meninos começam a se movimentar como homens, e as meninas como mulheres.

Muito pouco se sabe com que idade as crianças aprendem esses gestos, mas há indícios

de que os meninos absorvem os gestos por volta dos quatro anos. Esta observação foi

feita no Sul dos Estados Unidos, sendo que no último os meninos incorporam estes

gestos mais tarde. Para Birdwhistell (1985 apud DAVIS, 1979), os movimentos

corporais masculinos e femininos, apreendidos na infância, são ditados pela cultura.

Como exemplo, quando se observa um inglês ou um latino cruzar as pernas, sente-se

constrangimento por um momento. E poucos percebem que o homem americano cruza

as pernas com os joelhos um pouco distantes entre si ou apoiando um tornozelo sobre o

outro joelho; enquanto os ingleses e os latinos tendem a conservar as pernas e os pés

mais ou menos em paralelo como fazem as mulheres norte-americanas.

Metodologia

A presente pesquisa buscou mostrar como as técnicas estudadas possuem aplicação

prática e podem ser uma forma de o profissional de Relações Públicas vir a ser aquele

que assessora personalidades públicas; ou seja, ser o Personal Branding. O propósito

foi verificar os sinais gestuais usados pelos presidentes e identificar como são relevantes

para uma boa comunicação. Assim, a técnica para coleta de evidências para realização

da pesquisa foi feita através de registros das posses, das entrevistas e das visitas de

Dilma à China e de Barack Obama ao Brasil em formato de vídeos retirados da internet.

A análise desses vídeos se deu através da observação da linguagem corporal de Dilma

Rousseff e Barack Obama, como análise dos movimentos dos braços, da cabeça, das

pernas, assim como as expressões faciais e posturas.

As imagens a seguir foram extraídas dos vídeos que registraram a posse da presidente

brasileira, Dilma Rousseff, e do presidente americano, Barack Obama. E a análise

realizada, nas imagens a seguir, foi feita sob a ótica dos sinais não verbais utilizados

pelos respectivos presidentes nos atos de suas posses, ocorridas em 20 de janeiro de

2009 (Obama) e 1º de janeiro de 2011 (Dilma), respectivamente.

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Dilma Rousseff Barack Obama

Braços – quando de pé, os braços ficavam sempre ao longo do corpo.

Para Guglielmi (2010), uma boa postura indicada é com os braços ao longo do corpo para proporcionar equilíbrio e elegância.

Cabeça – sempre se movendo para os dois lados da plateia, assim como o olhar.

Quando se está em uma tribuna que fica acima da cintura, onde os demais movimentos do corpo ficam escondidos, o ideal, segundo Polito (1996), é que a movimentação da cabeça acompanhe o ritmo e a cadência da fala, além de acompanhar a todos da plateia.

Sinais não verbais iguais usados pelos presidentes durante a posse

As imagens a seguir foram também extraídas de vídeos que registraram a posse da

presidente brasileira, Dilma Rousseff e do presidente americano, Barack Obama.

Porém, essas imagens captadas mostram sinais diferentes que foram optados por eles

durantes suas posses e analisadas para explicitar o uso desses sinais.

Sinais não verbais Dilma Rousseff

Mãos - apoiadas sobre a bancada inclinando o tronco para frente.

Ao inclinar levemente o tronco para frente, o orador passa a dar mais ênfase às informações e demonstra convicção na defesa de uma ideia, além de provocar maior aproximação com os ouvintes, afirma Polito (1996).

Sinais não verbais Barack Obama

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Expressão facial – olhar fixo para todos da plateia.

Para Pease e Pease (2005), encarar as pessoas é sinal de dominação.

Mãos – Obama junta as mãos e cruza os dedos na tribuna.

Usar os dedos para unir as mãos serve para demonstrar maior status, além de parecer racional e com total controle, afirma James (2008).

Sinais não verbais diferentes usados pelos presidentes

As imagens que se mostram a seguir foram extraídas de vídeos os quais registraram as

visitas da presidente brasileira, Dilma Rousseff, à China e do presidente americano,

Barack Obama, ao Brasil. Foram selecionadas imagens com sinais não verbais,

igualmente usadas pelos presidentes, para serem analisadas dentro do contexto da

cultura.

Sinais não-verbais Dilma Rousseff Barack Obama

Mãos – apoiadas sobre tribuna, sendo que o polegar direito para dentro da mesma.

O ideal para falar na tribuna, segundo Polito (1996) é se apoiar sobre ela com as mãos, sendo que os dedos polegares na parte superior e os demais depositados na lateral, para conferir um ar de segurança e convicção do orador.

Sinais não verbais iguais usados pelos presidentes durante a visita

As imagens a seguir foram igualmente extraídas de vídeos que registraram as visitas da

presidente brasileira, Dilma Rousseff, à China e do presidente americano, Barack

Obama, ao Brasil. Porém, essas imagens mostram sinais diferentes, pois, em se tratando

de países diferentes, com culturas diferentes, entende-se que estes sinais foram

elaborados a partir de orientações de profissionais que trabalham a comunicação

transcultural, aquela que transcende a cultura interna de um país. Primeiramente, foram

analisados os gestos da presidente Dilma e após do presidente Obama.

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Sinais não verbais Dilma Rousseff

Tronco – Dilma balançou diversas vezes o tronco durante o pronunciamento.

Para Polito (1996), esse movimento de “vaivém” não é aconselhável, principalmente, com microfones de pedestal, pois atrapalha a audição da fala e dispersa os ouvintes. Assim, o ideal seria jogar o peso do corpo ora numa perna, ora sobre a outra, para possibilitar o bom equilíbrio.

Expressão facial – terminava as frases com um olhar fixo.

O olhar do orador precisa valorizar a presença de cada indivíduo na plateia, ou seja, todos precisam passar pelo ângulo do comunicador, afirma Polito (1996).

Aperto de mãos – Dilma cumprimentou o Primeiro-Ministro Chinês, Wen Jiabao, com um aperto de mãos entre iguais.

Esse aperto é o ideal, pois o significado do aperto de mãos é o cumprimento entre duas pessoas que se respeitam, se estimam e que entre os quais não existe nenhum desejo de dominar, afirma James (2008).

Pernas – Dilma sentou com as pernas entrelaçadas.

A postura sentada ideal para as mulheres, quando sentadas, é com as pernas juntas, puxadas para trás, inclinadas para o lado, com um dos pés levemente sobreposto ao outro, afirma Polito (1996).

Sinais não verbais Barack Obama

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Aperto de Mão – Com uma das mãos, Obama cumprimenta Dilma e, com a outra, toca o braço dela.

Segundo James (2008), os norte-americanos usam saudações efusivas e o aperto de mão vai além do comum, em que um toque nos braços ou no ombro é considerado adequado, dependendo da circunstância.

Sinais não verbais diferentes usados pelos presidentes

A seguir, as imagens mostram os sinais não verbais utilizados pelos presidentes nos

momentos que concederam entrevistas para as televisões de seus respectivos países.

Foram selecionadas imagens durante a entrevista com Dilma Roussef no Jornal

Nacional e de Barack Obama em um programa de televisão inglesa. Os sinais feitos

pelos mesmos foram considerados diferentes e analisados separadamente.

Sinais não verbais Dilma Rousseff

Aperto de mãos – Dilma coloca uma das mãos sobre a do entrevistador.

Este tipo de cumprimento aumenta a intensidade do contato físico oferecido por quem toma a iniciativa e proporciona o controle sobre o recebedor. Esse pode ser chamado de “aperto de mão de político”, e permite a quem inicia transmitir a impressão de que é confiável e honesto afirma Pease e Pease (2005).

Sinais não verbais Barack Obama

Pernas – Obama cruza as pernas durante a entrevista.

Os norte-americanos quando sentados ficam com os joelhos um pouco distantes entre si.

Sinais não verbais diferentes usados pelos presidentes durante a entrevista

Durante uma segunda análise dos diversos vídeos, foi possível verificar mais alguns

sinais que foram por Pease e Pease (2005). Assim, seguem imagens captadas desses

vídeos com a explicação dos gestos realizados pelos presidentes.

Sinais não-verbais Dilma Rousseff

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Aperto de mão – com uma das mãos, Dilma cumprimenta Obama e com a outra segura o cotovelo dele.

Para Pease e Pease (2005), um aperto de mãos ideal é tocar uma pessoa com a mão esquerda quando lhe aperta a mão com a direita, principalmente, se tocar no cotovelo. O sucesso dessa técnica se explica pelo fato de o cotovelo ser um lugar respeitável e que passa confiança e credibilidade.Sinais não-verbais Barack Obama

Expressão facial – Obama utiliza os lábios no final de sua fala.

Segundo Pease e Pease (2005), lábios apertados significam sinal de braveza ou desaprovação e atitudes secretas.

Outros sinais identificados durante os vídeos

A partir das análises realizadas, foi possível concluir que os políticos, hoje em dia, se

voltam para a busca de formas de comunicação que possibilitem um maior

entendimento, por parte de seus públicos-alvo, do que eles querem transmitir, uma vez

que a intenção de quem se envolve com o mundo político é não apenas comunicar, mas

de persuadir, sensibilizar o receptor a tomar ou assumir determinada atitude ou uma

reação. Para Pease e Pease (2005, p. 16), essa é a “razão pela qual a maioria deles

recorre a consultores de linguagem corporal para ajudá-los a criar imagens sinceras,

honestas e responsáveis”. Dessa forma, pode-se identificar que existem campo e espaço

na política para a atuação do profissional de Relações Públicas como Personal

Branding.

Dessa forma, através de todos os gestos analisados nos vídeos foi possível perceber que

a linguagem corporal pode influenciar na imagem como marca pessoal, contribuindo

para o sucesso pessoal e profissional, não somente de um político, como de qualquer

pessoa que queira buscar um diferencial.

Ao se finalizar este estudo, vários foram os conhecimentos obtidos. Foi possível

identificar que o sucesso de uma pessoa pública somente será alcançado se houver

aceitação para um treinamento com um Personal Branding experiente, uma vez que este

profissional saberá como modificar essa imagem como uma marca pessoal positiva.

Além disso, abre-se mais espaços para serem explorados pelos profissionais da área das

Relações Públicas.

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Considerações Finais

Comunicar é traduzir em linguagem os conceitos e os anseios do emissor, de modo que

o ouvinte receba e entenda a mensagem com clareza. A partir disso, foi possível

evidenciar que a linguagem corporal é uma forma de interação interpessoal, da qual se

tem pouca consciência, mas que pode ocorrer à margem do controle de cada indivíduo.

Ela tem como função expressar os sentimentos, as emoções e manifestar reações. Além

de manifestar-se de forma natural, intuitiva e contínua, a comunicação gestual pode ser

influenciada pelo contexto e pela cultura.

Ter consciência da linguagem corporal pode mudar muitas coisas na vida, tanto pessoal

quanto profissional, como exemplo, pode mudar o humor, a confiança no trabalho,

pode-se tornar mais simpático, convincente e até mesmo persuasivo. Querer mudar ou

aprender essas técnicas fará com que cada indivíduo possa interagir de outro modo com

outros em sua volta e esses, por sua vez, reagirão de outra maneira quando na presença

desse indivíduo.

O corpo fala e é através dele que a imagem, assim como a marca pessoal é construída e

projetada. A imagem é um valor estratégico, pois é através dela que as pessoas buscam

a percepção e logo já possuem uma ideia para fazer o juízo ou uma avaliação a partir

dessa imagem. Dessa forma, a imagem precisa ser credível e compreensível, além de

inscrever-se na própria cultura para emitir confiança. Assim, com esta visão e com este

propósito, foi possível mostrar a importância do profissional de Relações Públicas para

atuar como Personal Branding e se tornar um estrategista, através da linguagem

corporal na área da comunicação, área essa que precisa se renovar a cada dia. E

reconhecer a importância dessa linguagem pouco conhecida, porém, muita usada,

contribui para entender melhor os sentimentos próprios e do outro, sendo possível evitar

mal-entendidos e melhorar as interações interpessoais. Além disso, ela pode se tornar

um elemento de persuasão que sofre interferência da cultura, da situação e dos gêneros,

pois passa mensagens sobre o outro, o qual pode interpretá-las para que haja uma

melhor comunicação, mas podendo contar com o auxílio do profissional de Relações

Públicas como Personal Branding.

Dessa forma, através do estudo e da análise dos vídeos, foi possível mostrar a boa

técnica da postura e da gesticulação que precisa principalmente ser usada com

naturalidade, visando sempre atender as características do orador. Além disso,

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constatou-se que esse conhecimento pode ser adquirido através do auxílio de um

profissional de Relações Públicas capacitado, que visa ensinar o aprendiz a sentir o

próprio corpo, saber do que esse é capaz, tendo consciência de sua força para identificar

o pensamento e o sentimento para descobrir suas possibilidades de expressão e obter

sucesso pessoal e profissional, assim como o das personalidades estudadas. E esse

profissional pode ser chamado de Personal Branding.

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RECTOR, Mônica; TRINTA, Aluizio R. Comunicação do Corpo. São Paulo: Editora Ática, 1999.

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