Estratégias do projeto neoliberal, aplicadas no Brasil:

A disciplina fiscal (teta equilibrar as contas públicas);

A abertura comercial e a desregulamentação do setor financeiro;

A abertura para os investimentos externos diretos;

A política de privatização para diminuir os gastos públicos e aumentar a eficiência do setor produtivo;

A flexibilização da legislação trabalhista;

A reforma nos sistemas de segurança social, diminuindo a participação do Estado.

A necessidade de equilibrar os gastos públicos diminuiu os investimentos em infra-estrutura;

as mudanças na legislação trabalhista não foram suficientes para diminuir o desemprego;

a abertura da economia não foi suficiente para atrair os investimentos externos que acelerariam o crescimento da economia;

as taxas de crescimento econômico têm sido muito baixas quando comparadas às que vêm sendo observadas no cenário internacional;

a diminuição do papel do Estado vem agravando as condições sociais da população.

Fundo Monetário Internacional (FMI);

Banco Mundial ou Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD);

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A atuação do Fundo Monetário Internacional (FMI) tem sido a de administrador das contas nacionais brasileiras, visando garantir o pagamento da dívida externa, de modo a não causar prejuízos aos investidores/especuladores estrangeiros. Para garantir esse fluxo de capital, o FMI impõe ao país uma ―cartilha‖ com várias medidas: controle do déficit público, obrigando o Estado a cortar gastos, principalmente na área social (Saúde e Educação), diminuição do quadro de servidores, com a dispensa e a não contratação de novos funcionários, retirada de conquistas sociais, tais como previdência social; aumento das receitas do Estado com aumento de impostos e venda de empresas estatais. Essas medidas provocam um quadro de grave recessão no país, aumentando o desemprego e as crises sociais.

Retrata a divisão internacional do trabalho (DIT), na qual os países do Sul destacam-se como produtores de matérias-primas minerais e vegetais, enquanto os países do Norte são os industrializados.

Fonte: QUINO, Mafalda, inédita. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

Países do Primeiro, Segundo e Terceiro Mundos, desenvolvidos, subdesenvolvidos, países do Norte e do Sul, países ocidentais e orientais, entre outras, são tentativas de agrupar os países segundo características comuns. Contudo, com o processo de globalização, são estabelecidas interconexões sociais, econômicas e políticas, que cobrem todos os espaços do planeta.

Há certa dissolução das fronteiras nacionais, em especial no que se refere às relações econômicas;

As necessidades imateriais ocupam na vida do homem moderno um espaço muito abrangente: são os chamados serviços, que vão desde os mais elementares, como saúde, educação e segurança, até outros, como os serviços de lazer;

A revolução técnico-científica reforçou a incrível e infindável criação de novas atividades econômicas nas sociedades modernas. Referimo-nos não só à invenção de novos produtos industriais, mas também ao fenômeno da mercantilização de todas as relações humanas;

O mercado passa a ser mundial, dissolvendo os mercados nacionais num todo maior. A concorrência também é global;

“A guerra fiscal é, na verdade,

uma guerra global entre os lugares.”Milton Santos

Estados e municípios competem entre si praticando a guerra fiscal: oferecem incentivos e, muitas vezes, isenções de impostos — estaduais, como o ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços), ou municipais, como o IPTU (imposto predial e territorial urbano).

O exemplo mais recente de guerra fiscal no Brasil envolvendo indústrias automobilísticas foi o incidente entre o Rio Grande do Sul e a Bahia, quando da instalação da nova fábrica da Ford. Outro exemplo foi a disputa entre São Paulo e Rio de Janeiro para atrair a nova unidade da Volkswagen.

Na ―guerra global entre os lugares‖, há ainda a doação de terrenos para as empresas transnacionais que lideram a globalização, a implantação de infra-estrutura (como o fornecimento subsidiado de água e luz) e, em alguns casos, até mesmo o treinamento de pessoal.

A economia brasileira ocupa uma posição de liderança na América Latina, mas se sujeita às exigências e sanções de órgãos internacionais que atuam no controle das finanças internacionais.

A economia industrial brasileira é diversificada e mesmo avançada em alguns setores, mas dependente de capitais produtivos e capitais financeiros internacionais.

A economia brasileira está aberta à nova ordem internacional, mas tem dificuldades com a alta competitividade e o protecionismo dos países de economia mais avançada.

A economia brasileira está entre as dez maiores economias do mundo, mas exclui grandes parcelas da população dos benefícios da modernização.

Os indicadores que colocam o Brasil como a principal economia da América Latina, por exemplo, o PIB brasileiro corresponde, aproximadamente, a 54% da riqueza gerada n a América Latina.

Crescimento de 7,5% em 2010 – IBGE

PIB 3,675 trilhões US$.

7ª economia mundo segundo a CIA.

Na economia globalizada, a posição brasileira é secundária , embora numerosos centros de pesquisa e alguns centros de excelência industrial possam ser competitivos em escala global.

-Transformações sócio-espaciais:

Industrialização e aumento percentual dos empregos nos setores secundário e terciário da economia, com redução no setor primário; urbanização e, especialmente, metropolização; modificação gradativa, com a urbanização do tipo de mentalidade (idéias, valores) dominante – de ‗tradicional‖ para ―moderna‖; progressiva queda dos índices de analfabeto, de natalidade e de mortalidade.

Elementos do subdesenvolvimento:

a subordinação econômica e as desigualdades sociais nesses países – dois elementos básicos do subdesenvolvimento –vêm se agravando, assim como vários outros aspectos que caracterizam uma nação subdesenvolvida, como o desemprego, a baixa qualidade da educação e da saúde pública, a fome etc.

Características positivas: o aumento da entrada de capitais externos,

seja na forma de investimentos de risco ou diretos no contexto produtivo, seja na forma de crédito, para ampliação e modernização de inúmeros setores de atividade.

Entre as características negativas, pode-se citar: o aumento do volume de envio de valores monetários para o exterior, tanto na forma de remessa de lucros, como na forma de juros.

O Globo, 08/06/2008

Dois dos problemas de segurança nacional: • contrabando de armas e drogas • fluxos ilegais de produtos industriais • atuação de grupos islâmicos na tríplice fronteira • atuação do crime organizado em comunidades binacionais • atuação das Forças Revolucionárias da Colômbia e outros

grupos guerrilheiros na fronteira amazônica Dois dos problemas sócio-ambientais: • biopirataria • pesca e caça ilegais • queimadas e desmatamento • contaminação de recursos hídricos • incursões de empresas estrangeiras para extrativismo ilegal • tráfico de animais silvestres, peixes, aves e de produtos do

garimpo