Literatura Informativa e Jesuítica no Brasil 1º B 2013

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ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ Assunto: Movimento Literário da Literatura Informativa e Jesuítica no Brasil. Tema: A Chegada da Literatura Informativa e Jesuítica no Brasil. Alunos e números: Gabriel dos Santos Oliveira nº 10 Gabriel Nunes Rosa nº 12 Henrique da Mota Ribeiro nº 14 Ítalo Delavechia do Carmo nº16 Letícia Gabrielly Glimm Chaves nº 40 Ronaldo Corrêa de Mesquita nº33 Série: 1º ano do Ensino Médio B Professora: Maria Piedade Teodoro da Silva Disciplina: Língua Portuguesa

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Trabalho de Pesquisa dos alunos da Escola João Cruz sob orientação de profe Piedade Teodoro

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ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ

Assunto: Movimento Literário da Literatura Informativa e Jesuítica no Brasil.

Tema: A Chegada da Literatura Informativa e Jesuítica no Brasil.

Alunos e números: Gabriel dos Santos Oliveira nº 10

Gabriel Nunes Rosa nº 12

Henrique da Mota Ribeiro nº 14

Ítalo Delavechia do Carmo nº16

Letícia Gabrielly Glimm Chaves nº 40

Ronaldo Corrêa de Mesquita nº33

Série: 1º ano do Ensino Médio B

Professora: Maria Piedade Teodoro da Silva

Disciplina: Língua Portuguesa

Jacareí, 11 de novembro de 2013

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I. INTRODUÇÃO

Esta pesquisa consiste em coletar informações sobre “A Literatura Informática e Jesuítica no Brasil “.O

objetivo então , apresentar o que é Literatura Informativa e Jesuítica no Brasil, qual é a sua origem e a

sua finalidade e quais são suas características, com intuito de atingir os seguintes objetivos: buscar

explicar como e quando a Literatura Informativa e Jesuítica surgiu no Brasil, além de quem representou

o movimento e para quem foi apresentado.

A Literatura Informativa e Jesuítica surgiu no Brasil durante o Século XVI (ano de 1500), na época das

Grandes Navegações, em que o Brasil foi colonizado pelos portugueses. A Carta de El rei D. Manuel é

o primeiro de uma série de textos sobre o Brasil. São obras escritas quase sempre sem intenções

artísticas, mas de especial importância por registrarem as condições de vida e a mentalidade dos

primeiros colonizadores e habitantes da terra. A esses textos juntamente com textos de cunho

religiosos, como, poemas e peças teatrais, se convencionou chamar “Literatura Informativa sobre o

Brasil e Jesuítica”.

Grande parte de todos os escritos informativos descrevem o Brasil, pois retratam a riqueza da fauna e

da flora e sobre os índios e sua cultura. Esses documentos foram elaborados a partir de diários de

bordo, roteiros de navegação, Cartas a Coroa e crônicas históricas, são registros de grande importância

história, mas pouco relevantes como obras literárias.

A carta a El- Rei D. Manuel sobre a descoberta do Brasil, de Pero Vaz de Caminha, membro da

esquadra de Pedro Álvares Cabral, é um dos primeiros textos escritos em terras brasileiras que relatam

acontecimentos e também o encontro com os índios; como é um dos poucos documentos que existem,

já que quase todas se perderam em um incêndio em Lisboa, Portugal, em 1755, consequência de um

terremoto a Carta de Caminha é o mais conhecido apontamento que sobreviveu ao tempo.

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II. INFORMAÇÕES E ENSINAMENTOS RELIGIOSOS INAUGURAM A LITERATURA

BRASILEIRA

1. Literatura Informativa

A literatura informativa, reflexo que é das Grandes Navegações, empenha-se em fazer um

levantamento da “terra nova”, sua flora, sua fauna, sua gente. Daí ser uma literatura descritiva e, como

tal, de valor literário relativo. Seu valor histórico, no entanto, deve ser valorizado, pois esses

documentos são a única fonte de informação sobre o Brasil do século XVI. A seguir, se apresenta

alguns fragmentos representativos do documento considerado pela crítica como a “Certidão de

Nascimento do Brasil”:

O primeiro trecho da Carta se relaciona à descrição dos índios, suas características físicas. Nesse

trecho, descreve alguns indígenas e como se comportavam:

[...] Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem moças e bem gentes com

cabelos muito pretos compridos pelas espáduas, e suas vergonhas tão altas, tão

cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as muito bem olharmos não

tínhamos nenhuma vergonha.[...] (MAIA, 2003).

O segundo trecho também descreve alguns indígenas: seu comportamento e características:

[...] E daí houvemos vista d’homens, que andaram pela praia, de 7 ou 8,segundo

os navios pequenos disseram, por chegarem primeiro .A feição deles é serem

pardos, maneira d’ avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem

feitos .Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobriu

nem mostrar suas vergonhas .E estão acerca disso com tanta inocência como têm

em mostrar o rosto[...] (MAIA, 2003).

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O terceiro trecho relata o comportamento dos portugueses ao chegarem ao Brasil:

[...] O capitão, quando eles veiam ,estavam assentado em uma cadeira e uma

alcatila aos pés por estiado, e bem vestido, comum colar d’ ouro mui grande ao

pescoço. Um deles, porém, pôs o olho no colar do capitão e começou d’ acenar

com a mão para a terra e depois para o colar,como que nos dizia que havia em

terra ouro. E também viu um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a

terra e então para o cortical, como que havia também prata. [...] (MAIA, 2003).

O quarto trecho relata o comportamento e características de mulheres indígenas:

[...] E uma daquelas moças era toda tinta, de fundo a cima, daquela tintura, a

qual, certo, era tão bem feita e tão redonda a sua vergonha, que ela não tinha, tão

graciosa, que a muitas mulheres de nossa terra, vendo-lhes tais feições, fizera

vergonha, por não terem a sua como ela [...] (MAIA, 2003).

O quinto trecho relata o que os portugueses achavam sobre o que achavam sobre as riquezas do Brasil:

[...] Nela até agora não pudemos saber que haja ouro ,nem prata ,nem nenhuma

cousa de metal, nem de ferro; nem vimos .A terra ,porém ,em si ,é de muito bons

ares, assim frios e temperados como os d’ Antre Doiro e Minho ,porque nesse

tempo ´d’ agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas, infindas.

E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar,dar-se-á nela tudo por

bem das águas que tem.Mas o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que

será salvar esta gente.E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em

ela deve lançar [...] (MAIA, 2003).

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2. Literatura Jesuítica

O melhor da produção literária do Quinhentismo surge na metade do século XVI, com a chegada dos

padres jesuítas no Brasil. Os textos desses religiosos, com fortes traços na cultura medieval,

representam manifestações de uma literatura mais organizada, seja pela cultura dos membros da

Companhia de Jesus, seja pelo cultivo de gêneros como a poesia e o teatro. É uma literatura

pedagógica, voltada à catequese, principalmente, por meio da produção escrita de José de Anchieta

nascido na ilha Tenerife Arquipélago das Canárias em 1534, que veio para o Brasil em 1553. Faleceu

no litoral do Espírito Santo.

Anchieta mostrou a primeira gramática do tupi-guarani; produziu poesias com o verso medieval, textos

para teatro, também de natureza, misturando a moral religiosa católica aos costumes indígenas.

Anchieta escreveu poemas de caráter religioso e com a estrutura clássica (verso de cinco ou sete

sílabas). Seus poemas eram fáceis de serem contados em cerimônias da Igreja. ”Trata – se de uma

poesia essencialmente indígenas, de conteúdo simples, direito e sem complexidade”. Com o objetivo de

catequizar os índios, Anchieta escreveu vários textos em língua tupi.

A seguir temos um exemplar da poesia religiosa de Anchieta.

Santa Inês

Cordeirinha

linda, 

como folga o

povo 

porque vossa

vinda 

lhe dá lume

novo! 

Cordeirinha

santa, 

de Jesus querida, 

Vossa santa vinda 

o diabo espanta 

Por isso vos

canta, 

com prazer, o

povo, 

porque vossa

vinda 

lhe dá lume novo. 

Nossa culpa

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escura 

fugirá depressa, 

pois vossa cabeça 

vem com luz tão

pura. 

Vossa formosura 

honra é do povo, 

porque vossa

vinda 

lhe dá lume novo. 

Virginal cabeça 

pola fé cortada 

com vossa

chegada, 

já ninguém

pereça. 

Vinde mui

depressa 

ajudar o povo, 

pois com vossa

vinda 

lhe dais lume

novo. 

Vós sois,

cordeirinha, 

de Iesu formoso, 

mas o vosso

esposo 

já vos fez rainha, 

Também

padeirinha 

sois de nosso

povo, 

pois, com vossa

vinda, 

lhe dais lume

novo. (MAIA,

2003).

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III. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A chegada dos portugueses, no Brasil, pode ser comparada com outras descobertas históricas para a

humanidade, como a chegada do homem à lua: de um lado, uma grande descoberta e outras

culturas,costumes e de outro um grande passo para a ciência e para a humanidade.

O fragmento a ser representado abaixo, mostro o estranhamento entre os indígenas e os portugueses, e

compara com a primeira vez que o homem pisou à lua.

Abril De 1961. “A Terra É Azul” !. Essa Frase, Dita Pelo Astronauta Russo

Yúri Gagárin, Soou Como Uma Revelação. Jamais Havíamos Imaginado Morar

Num Planeta Azul. O Azul, De Alguma Forma, Nos Dava Nossa Identidade:

Terráqueos.

Julho De 1969. O Astronauta Norte-Americano Armstrong Prepara-Se Para

Pisar No Solo Lunar. Milhões De Pessoas Acompanhar Pela Tevê A Fantástica

Aventura. Antes De Por O Pé Na Lua, O Astronauta Diz Uma Frase Histórica:

“UM Pequeno Passo Para O Homem E Um Gigantesco Salto Para A

Humanidade”. E, Antes De Voltar Para O Planeta Azul, Ele Deixou No Solo

Lunar Esta Inscrição: “VINHEMOS Em Paz Em Nome De Toda A

Humanidade”. Ao Escrever “TODA A Humanidade”, Ele Esquecia A Velha

Competição Entre Russos E Norte-Americanos. Aquele Era Um Momento De

União Das Forças Humanas Para Superar Os Limites Do Mundo Conhecido.

A Emoção Desses Momentos Talvez Possa Ser Comparado Ao Espanto E Ao

Êxtase Vividos Pelos Espanhóis Ao Descobrirem A América E Pelos

Portugueses Ao Chegarem Ao Brasil Em 1500.

Você Já Imaginou? O Contato Com Os Nativos Nus, De Língua E Costumes

Estranhos, As Belezas Naturais, Os Animais, As Plantas E Os Frutos

Exóticos,Os Mistérios Da Terra Descoberta, A Possibilidade De Encontrar

Riquezas Tudo Isso Encantou E Assombrou Os Primeiros Europeus Que

Estiveram Em Nosso Continente. (CEREJA & MAGALHÃES, 2010)

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Apesar desse episódio, a herança religiosa dos jesuítas ainda se encontra

manifesta em vários setores da nossa sociedade. Muitas escolas tradicionais do

país, bem como várias instituições de ensino superior espalhadas nos mais

diversos pontos do território brasileiro, ainda são administradas por setores

dirigentes da Igreja Católica. Somente no século XIX, foi que as escolas laicas

passaram a ganhar maior espaço no cenário educacional brasileiro. (Disponível

em http://www.mundoeducacao.com/ >Acesso em 20 de novembro de 2013).

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IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOSI, Alfredo, História Consista da Literatura Brasileira. São Paulo: Pensamento - Cultrix, 1994

CEREJA, Willian Roberto, Português - Linguagens 1. São Paulo: Saraiva, 2010.

MAIA, João, Português Maia, São Paulo: Ática: 2003

BARRETO, Português – Ser Protagonista. São Paulo: Edições SM, 2010

TERRA, Ernani. NICOLA, José de. Língua, Literatura e Redação. São Paulo: Scipione, 1997

Enciclopédia Wikipedia. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_de_informa

%C3%A7%C3%A3o >Acesso em 20 de novembro de 2013

Revista online Mundo Educação. Disponível em http://www.mundoeducacao.com/ >Acesso em 20 de

novembro de 2013.