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UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE LIUSVA LÓPEZ MORALES PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE TEFÉ-AM 2018

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UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE

LIUSVA LÓPEZ MORALES

PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS NA

ESTRATÉGIA DE SAÚDE

TEFÉ-AM

2018

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LIUSVA LÓPEZ MORALES

PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE

Trabalho referente a conclusão do curso de Especialização em Saúde da Família apresentado para UNASUS /UFCSPA com o objetivo parcial para finalização do

curso.

PROFESSOR-ORIENTADOR: FABIO FRANCHI QUAGLIATO

TEFÉ-AM

2018

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………….4

2 ESTUDO DE CASO CLÍNICO……………………………………………...6

3 PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS……………..13

4 VISITA DOMICILIAR ………………………………………………...……18

5 REFLEXÃO CONCLUSIVA………………………………………………..20

REFERÊNCIAS……………………………………….……………………….22

ANEXO I – PROJETO DE INTERVENÇÃO ………..…..………………….23

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INTRODUÇÃO

Meu nome é Liusva López Morales, tenho 38 anos, sou de nacionalidade cubana,

do Estado do Granma, onde cresci e terminei meus estudos. Me graduei com o título de

médica em 13 de agosto de 2002, pela Filial de Ciências Médicas de Baiamo, pertencente

à Universidade de Santiago de Cuba. Iniciei minha carreira profissional como médico da

família em Atenção Primária de Saúde, em uma área rural do meu município, onde prestei

serviço durante 4 anos.

Neste período iniciei minha residência médica na Policlínica Guilhermo

González Polanco¨ e no dia 7 de janeiro de 2007 me graduei como Especialista de

Primeiro Grau em Medicina Geral Integral. Em agosto de 2007 fui chamada a cumprir

missão internacional na República Bolivariana da Venezuela, onde trabalhei por um

período de 4 anos. Em agosto de 2011 retornei a meu país e voltei a trabalhar novamente

em Atenção Primária.

Em dezembro de 2015 foi solicitada minha disposição para cumprir novamente

missão internacional e no dia 23 de julho do 2016 comecei a fazer parte do Programa

Mais Médicos para o Brasil e desde então atuo na cidade de Tefé, Estado do Amazonas.

Estou lotada na Unidade Básica de Saúde (UBS) Abial, localizada na Rua Beira Mar,

Bairro Abial. É uma zona ribeirinha à qual o acesso só é possível atravessando o rio,

através de uma catraia.

A unidade conta com duas Equipes de Saúde da Família (ESF), equipes números

8 e 17. Eu trabalho na equipe número 8, cuja área de abrangência atende o centro do bairro

e uma parte da população que mora na beira do rio. A maioria das famílias apresentam

baixo nível socioeconômico, algumas moram em casa de alvenaria no centro do bairro,

mas a grande maioria mora em casas de madeira na beira do rio, em condições estruturais

desfavoráveis, as ruas são asfaltadas no centro e sem asfalto próximo ao rio, com ausência

de saneamento básico adequado.

Há duas escolas estaduais e uma escola municipal, um Frigorífico, Associação

Colônia de Pescadores/fabrica de gelo, um Mercado Municipal, um Centro de Referência

de Assistência Social (CRASS II), duas drogarias, uma Unidade Básica de Saúde, várias

igrejas fundamentalmente evangélicas e pequenos comércios.

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A população atendida abrange um total de 3747pacientes, as doenças mais comuns nos

atendimentos são: hipertensão arterial sistêmica, lombalgia, parasitoses intestinais,

infecções das vias aéreas superiores, infeções do trato urinário baixo e lesões nas mamas.

A população atendida, em sua maioria, não tem acesso à água tratada e à rede de esgotos.

O projeto de intervenção foi sobre câncer de mama com o título: ¨Intervenção Educativa

nos Fatores de Risco do Câncer de Mama na Unidade de Saúde Abial do Município Tefé-

AM ¨ (vide ANEXO 1).

Este projeto foi direcionado às mulheres acima dos 20 anos, acompanhadas pelo

Equipe de Saúde da Família 8, com a proposta de fornecer informações relevantes quanto

a fatores de riscos sobre o câncer de mama e à importância de fazer o autoexame de mama

de forma periódica para garantir o diagnóstico precoce desta doença, tendo em vista que

não temos em nosso município os equipamentos necessários para fazer a mamografia e a

ultrassom de mamas.

A escolha desta temática foi devido a um número considerável de consulta às

mulheres com lesões nas mamas. A metodologia foi realizada através da identificação

deste público-alvo e a um convite pessoal feito pelos Agentes Comunitários de Saúde

(ACS), seguindo o cronograma determinado.

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2 ESTUDO DE CASO CLÍNICO

Anamnese

Paciente M.D.R.D.S, 49 Anos, gênero feminino cursou ensino Médio incompleto não

pertence a nenhuma religião, casada agricultora natural de Manaus, residente em Tefé, bairro

do Abial.

Queixa principal

Presença de nódulo na mama direita.

História da doença atual.

Consulta Médica (03/01/2017)

Paciente que procurou a unidade porque faz aproximadamente 3 meses apresenta

aumento de volume a nível do quadrante superior externo da mama direita, de

consistência dura e indolor sem secreção pelo mamilo. Trouxe o resultado de uma

mamografia feita há 3 anos, com resultado negativo, refere estar muito preocupada, não

consegue dormir porque sua mãe faleceu aos 50 anos de câncer de mama. Há várias

semanas que não vai a seu trabalho e no lar está apresentando conflitos com seu esposo e

acha que perdeu peso.

Interrogatório sintomatológico

Sintomas gerais: BEG, hipocorada e eupneica, Perda ponderal (+/- 7 kg).

Cabeça e Pescoço: Nega cefaleia e outras queixas.

Tórax: Refere aumento de volumem a nível da mama direita, nega tosse, dificuldade

respiratória e dor torácico.

Abdome: Nega epigastralgia, vômitos.

Sistema Geniturinário: nega disúria, polaquiuria, leucorreia, dor baixo-ventre.

Sistema endócrino: nega alterações.

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Coluna vertebral, ossos, articulações e extremidades: sem alterações.

Sistema nervoso: ansiedade e insônia, nega amnésia, paresia, paralisia, desmaios e

convulsões.

Antecedentes pessoais

Fisiológicos

Nascida de um parto normal é a quarta filha de quatro filhos

Menarca: 10 anos

Telarca: 12 anos

Sexarca: 14 anos

Menopausa: Ativa

História Obstétrica G2 P1 (Normal) A 1(Espontâneo)

Patológicos

Doenças da infância: Varicela

Antecedente Cirúrgico: Apendicectomia

Alergia a medicamentos: Nega alergia

Nega doenças crônicas (Hipertensão Arterial, Asma Bronquial, Diabetes Mellitus, entre

outras)

Medicamentos em uso: Nenhum

Antecedentes familiares

Pai vivo: Osteoartrose generalizada

Mãe falecida: Câncer de mama.

1ro Irmão: Tratamento cirúrgico por câncer de próstata.

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Genograma

(Nomes fictícios)

Simbolos doGenograma

Relacionamentos Familiar Relacionamentos Emocionais

3 1 Desacordo/Conflito

7

3 Câncer

1 Artrite

1957

JOSE DOREY

60

1929

JOSE DOSSANTOS MORAES

88 1939 - 1984

CONCEIÇÃODO REY DE LIMA

45

1959

JULIODO

REY

581963

ROBSONDO

REY

54 1968

MARIADO

REY

49

1963

LUIZ LIMA

54

1994

SUSANNYGONZALES

22

2016

MELISSAGONZALVES

1

1998

ROBSONDOREY

19

2016

1

Masculino Feminino Falecimento

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Condições de vida

Habitação: Morando com seu esposo, seu único filho que está casado e tem uma filha.

Vive em uma casa de madeira perto da beira do rio, com dois quartos, uma sala cozinha

e um banheiro. Água encanada.

Alimentação: Fundamentalmente carboidratos, peixe e poucas verduras.

História ocupacional: Trabalha na agricultura desde os 20 anos.

Atividade física: Sedentária.

Vícios: Nega tabagismo, alcoolismo, drogas.

Condições Socioeconômicas: a renda familiar é de um salário-mínimo (só ela e seu esposo

trabalham).

Vida conjugal e ajustamento familiar: está casada e nestes momentos têm conflitos com

seu esposo devido às preocupações pela sua doença.

Exame físico

� Somatoscopia:

Paciente consciente, orientada em tempo e espaço, bom estado geral, fáces normal, fala e

linguagem um pouco ansiosa, biótipo normolíneo, atitude voluntária, mucosa hipocorada

(1+/4+), anictérica, acianótica, hidratada, afebril ao toque.

� Sinais vitais:

Temperatura: 36.6ºC

PA: 110/70 mmHg

FC: 78 bpm

FR: 18 irpm

� Medidas Antropométricas

Peso: 49 kg

Altura: 1.54 cm

Estado nutricional: Índice de massa Corporal (IMC): 20.6 (Peso normal)

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� Cabeça e pescoço

Simétricos, sem deformidades aparentes, ausência de linfonodomegalia retroauricular e

cervical, tiroide de consistência e tamanho normal, orofaringe normal, sem sinais

inflamatórios.

� Tórax

Inspeção: Tórax simétrico, respiração torácica normal, não retrações, abaulamento,

cicatrizes e tiragem.

Palpação: Expansibilidade torácica normal.

Percussão: Sem alterações.

Ausculta Pulmonar: Murmúrio vesicular normal, sem ruídos adventícios, Ausculta

cardiovascular: Ruídos cardíacos rítmicos, audíveis, sem sopros cardíacos.

� Mamas

Inspeção: Simétricas, não alterações da pele nem retrações, observa-se mama direita

aumentada de tamanho.

Palpação: Mama esquerda, sem alterações.

Mama direita: Apresenta nódulo palpável a nível do quadrante superior externo, indolor,

de aproximadamente 4x3 cm, de consistência firme, não aderida a planos profundos, sem

secreção pelo mamilo.

Região axilar esquerda: Sem alterações.

Região axilar direita: Presencia de adenopatia axilar de aproximadamente 3 cm, movível

e indolor.

� Abdome

Inspeção: Plano, cicatriz de aproximadamente 4 cm pela apendicectomia, não circulação

colateral.

Ausculta: Ruídos hidroaéreos normais.

Percussão: Normal.

Palpação: Não doloroso, não visceromegalia.

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� Extremidades

Simétricas, sem alterações.

Hipóteses diagnósticas: Nódulo de mama direita.

Conduta: Solicito ultrassom de mama e mamografia.

Encaminhamento a psicologista.

Evolução

Consulta Médica (Dia 20/1/2017)

Paciente em regular estado geral, assiste a consulta com seu esposo, referem estão

assistindo a consulta com psicologista, está preocupada pôr o resultado de seus exames,

só logrou realizar o ultrassom particular, mamografia foi agendada para Manaus mas a

data é muito longa, manifesta que continua perdendo peso e muitas vezes não logra se

alimentar bem. O ultrassom de mama demostra a presencia de uma masa sólida, de 4 cm

de diâmetro, em quadrante superior externo da mama direita. Conduta: Encaminhamento

a ginecologista e orientações gerais.

1/3/2017

La Agente Comunitária de Saúde comunica nos que realizou visita `a Sra Maria e

seu filho lhe comunicou que sua mãe foi encaminhada pela ginecologista para Manaus,

para um serviço de Mastologista. Um mês depois o esposo da Sra Maria chega à consulta

e comunica nos que a senhora foi diagnosticada com câncer de mama e já foi operada,

que passará vários meses em Manaus até sua recuperação.

Consulta Médica (19/6/2017)

Paciente que chega a consulta com bom estado geral, refere sentir-se melhor,

apresenta cicatriz em quadrante superior externo da mama direita que mostra com um

pouco de timidez, durante a conversa chorou em várias ocasiões, tem retorno marcado

pelo Oncologista para tratamento (quimioterapia).

Conduta: Acompanhamento com psicologista.

Visita domiciliar em conjunto com a equipe do NASF.

Orientações gerais.

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Plano

Depois da conversa com a paciente vemos a necessidade de compartilhar nosso

conhecimento para oferecer lhe uma melhor atenção e podermos melhorar sua qualidade

de vida. Sua situação foi discutida em reunião da equipe elaborando um plano terapêutico

que inclui a participação de uma equipe multiprofissional que vai lhe acompanhar para

uma melhor recuperação. Foram planejadas várias ações que incluem: visita domiciliar

da equipe de saúde, ativação do NASF do município, dessa forma foi realizada uma visita

conjunta com uma equipe multiprofissional integrado pelo nutricionista, fisioterapeuta,

psicólogo e assistente social.

A paciente foi acompanhada junto com seu parceiro em consulta de psicologista,

recebeu orientações pela nutricionista, tratamento de fisioterapia em nossa unidade de

saúde, o assistente social, através da parceria intersetorial, encaminhou a ela para o

CRAS, aqui recebeu acompanhamento de vulnerabilidade social, foi dado para ela a cesta

básica até o mês de agosto que começou a receber benefício social. Atualmente é

acompanhada em nossa unidade de saúde e acompanhamento pela oncologista em

Manaus. Já não é mais acompanhada pelo psicologista, tem uma boa aceitação de sua

doença e participa nas atividades feitas na unidade e em nossa área.

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3 PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

O ingresso ao Brasil e especificamente no interior do Amazonas foi um grande

desafio, uma vez que, se trata de uma população com costumes, hábitos, cultura e crença

muito peculiar. Completamente diferente da realidade de minhas origens. Porém tomei

essas diversidades como um incentivo profissional e pessoal tendo como objetivo

melhorar a qualidade de vida e diminuir a vulnerabilidade dos riscos à saúde de nossos

usuários da Unidade Básica de Saúde. Nos norteamos pelos princípios do SUS

universalidade, integralidade, igualdade e equidade coordenando sempre o cuidado com

formação de vínculo e dando continuidade à assistência de forma humanizada com

participação social (Brasil, 2006).

Há mais de um ano atuo na Unidade Básica de Saúde Abial, situada no município

de Tefé Amazonas, através do trabalho continuado e organizado temos melhorado a

qualidade dos serviços prestados, fazendo com que a população tenha ampla facilidade

para cobrir suas necessidades, pois a atenção primaria de saúde representa o primeiro

contato dos indivíduos com a saúde, ou seja, a porta de entrada. A abrangência do cuidado

tem se preocupado em levar saúde o mais próximo possível do paciente em lugares onde

as pessoas vivem e trabalham constituindo assim o primeiro elemento de um processo de

assistência à saúde (Opas/OMS,1978).

Na minha prática diária sempre me deparei com o trabalho organizado. A falta de

organização de um serviço afeta negativamente o desempenho da unidade e do

profissional. A organização é peça chave para uma maior produtividade. Minha equipe

trabalha de forma organizada com os programas de prevenção à saúde, desta forma

realizamos atendimentos como pré-natal, puericultura e Saúde Mental dentre outros

dentro da Estratégia de Saúde da Família.

Atualmente contamos com um número significativo de novas gestantes, muitas

delas adolescentes, consequentemente ocorre um aumento de recém-nascidos e um

aumento na demanda de consultas de pré-natal e puericultura. Nosso trabalho tem que ser

direcionado ao planejamento familiar, que é o conjunto de ações que auxiliam às pessoas

que pretendem ter filhos e também quem prefere adiar o crescimento da família, em um

contexto de escolha livre e informada, com incentivo a dupla proteção (prevenção da

gravidez e prevenção das doenças de transmissão sexual) nas consultas médicas e de

enfermagem, nas visitas domiciliares, durante as consultas de puericulturas, puerpério e

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nas atividades de vacinação, assim como parcerias com as escolas e associações de

moradores para a realização de atividades educativas (BRASIL, 2012).

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, é reconhecida a importância de se ter

um acompanhamento abrangente no pré-natal, que inclua não só as questões biológicas,

mas, também, outros aspectos relevantes ao desenvolvimento infantil, como a saúde

emocional da mãe, o apoio que ela encontra nos familiares, no trabalho, na escola e na

comunidade, bem como orientações sobre a importância da construção do vínculo com o

bebê e da participação do pai. Assim, se deve tratar com igual atenção e importância os

aspectos relacionados à vida psíquica da gestante, sua família e seu ambiente social direto

e indireto, pois, o impacto que se tem com essa abordagem ampliada no pré-natal,

trabalhando os aspectos físicos, emocionais e sociais da gestante e seu ambiente

potencializa o desenvolvimento infantil em suas múltiplas dimensões: motora, intelectual,

de linguagem, social e emocional.

Vale ressaltar que a promoção à saúde com destaque ao pré-natal tem como

objetivos:

• Reduzir o número partos prematuros e de cesáreas desnecessárias, de crianças

com baixo peso ao nascer, de complicações como hipertensão arterial na gestação ou

diabetes gestacional, bem como da transmissão vertical de patologias como HIV, Sífilis

ou Hepatites.

• Realizar o maior número possível de captação precoce, quanto antes a gravidez

for diagnosticada e a gestante receber os cuidados da equipe, mais precocemente poderão

ser detectados problemas passíveis de controle o de cura.

• Cumprir com a frequência e periodicidade adequada das consultas, é necessário

garantir que a gestante assista e receba o atendimento necessário em seis consultas, no

mínimo, durante a gravidez.

• Alcançar a maior cobertura, é fundamental que a assistência atinja o 100% das

gestantes de nossa área de abrangência.

• Buscar qualidade em nossos atendimentos, que causem impactos positivos da

saúde perinatal, fortalecendo a integralidade.

Entre as atividades que realizamos encontram-se:

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• Rodas de gestantes com orientações relacionadas a: dieta saudável, higiene,

vacinas, sono, exercícios, sexualidade, hábitos de fumo, álcool e drogas.

• Grupos de gestantes específicos, por exemplo, dividindo as futuras mães em

faixas etárias e período de gestação para oferecer um atendimento diferenciado a cada

uma delas (gestantes adolescentes e mães tardias, gestantes do terceiro trimestre e

gestantes de primeiro trimestre, por exemplo).

• Projeto Flor do dia, nossas grávidas são levadas à maternidade, o que favorece seu

relacionamento com o local onde vão realizar o parto e são oferecidas uma série de

informações relacionadas com o acolhimento, parto e o puerpério.

A puericultura é a arte de promover e proteger a saúde das crianças, através de

uma atenção integral, compreendendo a criança como um ser em desenvolvimento com

suas particularidades, que leva em conta a criança, sua família e o entorno, analisando o

conjunto biopsicossocial (SÃO PABLO,2015).

Nossa equipe seguindo o protocolo do Ministério da Saúde fazemos sete

consultas de rotina no primeiro ano de vida (na primeira semana, no 1º mês, 2º mês, 4º

mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês) e duas consultas no 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês)

e, a partir do 2º ano de vida, consultas se tornam anuais.

Atualmente o Ministério da Saúde qualificou as Redes de Atenção Materno

Infantil em todo o País com o objetivo de reduzir as taxas de morbimortalidade materna

e infantil no Brasil. Trata-se da Rede Cegonha que traz um conjunto de iniciativas no

modelo de cuidado à gravidez, ao parto/ nascimento e à atenção integral à saúde da

criança, com foco nos dois primeiros anos de vida da criança.

A promoção da puericultura tem como principais objetivos:

• Promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável.

• Garantir o acesso às vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde.

• Prevenção de acidentes, violência.

• Orientações sobre saúde bucal

• Garantir o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança na

atenção básica.

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• Fortalecer o vínculo familiar com a UBS.

• Orientação e oferta de métodos contraceptivos

Realizamos atividades como:

• Atividades educativas durante a etapa pré-natal (rodas de gestante e atividades

individuais) orientando sobre aleitamento materno, cuidados com recém-nascido, teste de

Pezinho e teste da Orelhinha, esquema de vacinação e consultas de puericultura entre

outros.

• Rodas de lactantes com a participação dos pães e outro parente que more no

domicílio fundamentalmente as avós.

• Busca ativa de recém-nascidos de risco e de crianças em situação de

Vulnerabilidade através das visitas domiciliares.

• Atividades educativas coletivas juntamente a equipe de trabalho na escola,

realizando ações de promoção da saúde da criança através do Programa de Saúde da

Escola (PSE).

A saúde mental também está inserida no atendimento assistencial e preventivo

realizamos promoção de saúde, este tema foi mais difícil de tratar, nossos pacientes não

estavam acostumados a serem atendidos pelo médico de sua unidade, eram assistidos pelo

posto de saúde só para renovar sua receita e seu acompanhamento era feito pelo psiquiatra

do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Segundo o Caderno de Atenção Básica de

Saúde Mental (CAB Nº 34, 2013) “os generalistas podem compartilhar o cuidado do

transtorno mental com o psiquiatra, diminuindo o número necessário de visitas ao

psiquiatra”.

A primeira ação que fizemos foi o registro de todos os pacientes com transtornos

mentais de nossa área, em seguimento ou não pelo CAPS e os medicamentos que utilizam.

Foram agendadas consultas para estes pacientes, visitas domiciliares, atividades

educativas individuais, na sala de espera e assim fomos identificando outros pacientes

que também precisavam de ajuda, por exemplo minha paciente do caso abordado na

atividade 2 do portfólio, paciente de 49 anos com diagnóstico de câncer de mama, uma

cirurgia definitiva e tratamento com quimioterápicos.

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Este caso foi analisado em reunião da equipe e foi elaborado um Projeto

Terapêutico Singular (PTS), que é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas

articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma

equipe interdisciplinar, com apoio matricial se necessário”, segundo o Ministério da

Saúde. Nós traçamos várias ações como interconsulta com psicólogo, ativação do Núcleo

de Assistência de Saúde da Família (NASF) do município, realizamos visita domiciliar

conjunta integrada por psicólogo, fisioterapeuta, assistente social e nutricionista. Toda

uma equipe que ajudou à recuperação da saúde mental da paciente.

REFLEXÃO

Para meu critério pessoal em saúde mental estamos trabalhando, mas ainda temos

muitos itens a que melhorar, o apoio matricial quando é adequadamente implantado ajuda

na articulação da rede dos serviços de saúde e na integração entre as equipes de saúde

mental e de Equipe de Saúde Familiar, portanto deve existir maior articulação entre o

médico da ESF e o psiquiatra do CAPS, ter a oportunidade de consultas em conjunto para

casos de maior complexidade, de capacitação que permita nos lidar com as demandas

mais frequentes de saúde mental do território, ter contra referência sobre os diagnósticos

e conduta de nossos pacientes, o apoio matricial está resolvendo os casos mais agudos

que vêm sendo atendidos a tempo, mas considero que falta capacitação nesse aspecto,

para poder abordar e atender melhor esses pacientes, assim diminuiria o número de

pacientes encaminhados para o CAPS e poderia melhorar o impacto no seguimento e

continuidade de cuidados.

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4 VISITA DOMICILIAR

Na Unidade Básica de Saúde Abial onde eu atuo a visita domiciliar era feita

conforme as demandas dos familiares ou dos Agentes Comunitários de Saúde e existiam

muitas reclamações dos cuidadores de que as visitas demoravam muito em acontecer ou

que uns pacientes eram visitados mais que os outros, e assim constava nos prontuários.

Após de minha chegada fiz um abordagem da importância das visitas domiciliares na

reunião de equipe e da importância de um trabalho organizado para oferecer uma atenção

com melhor qualidade onde recebi o apoio de todos.

Conforme a isto os Agentes Comunitários de saúde fizeram um levantamento dos

pacientes que necessitavam visita domiciliar contínua e aí planejamos quais pacientes

seriam atendidos e a prioridade do atendimento. As visitas são realizadas uma vez por

semana de 5 a 6 visitas em cada período, em conjunto com o Agente Comunitário de

Saúde, o Técnico de Enfermagem e as vezes a enfermeira, de acordo as necessidades dos

pacientes. Nossa agenda tem planejado um dia de visita para a médica e um dia para a

enfermeira, dessa maneira logramos maior número de atendimentos durante a semana.

Quando é necessário, acordo as necessidades dos pacientes, é feita a visita em conjunto.

Quando trata se de alguma doença aguda o familiar solicita uma visita e realiza-

se de imediato, avalia se a situação e tomam se a conduta correta com ajuda da equipe de

saúde.Como metodologia básica para a visita domiciliar, é empregada a entrevista com

os integrantes da família e a observação sistematizada do ambiente e sua dinâmica

(TAKAHASHI,2001).

Atenção às famílias e à comunidade é objetivo de nossas famílias, desse modo

podemos nos inserir e conhecer a realidade de nossa população, favorecendo o

estabelecimento de vínculos com a mesma e a compreensão de aspetos importantes da

dinâmica das relações familiares.

Existem pacientes que necessitam de uma avaliação especializada, por exemplo

minha paciente do caso abordado na atividade 2 do portfólio, com ela realizamos visita

domiciliaria em conjunto com a equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF),

integrada por psicólogo, fisioterapeuta, assistente social e nutricionista. Toda uma

equipe composta por profissionais de diferentes áreas do conhecimento que atuam de

maneira integrada apoiando nosso trabalho na Atenção Básica. Um aspecto muito

positivo nesta visita foi a atuação da assistente social que conseguiu ajuda de custo para

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o tratamento da paciente, garantiu seu traslado até a capital para o acompanhamento com

oncologista e recebeu benefício social.

Segundo o Ministério da Saúde, na avaliação da visita domiciliaria, a equipe pode

definir a necessidade de intervenção da equipe matricial presente no NASF ou de outros

níveis de assistência. A atenção integral ao indivíduo e/ou sua família deve ser garantida

por essa equipe responsável pela articulação da referência a da contra referência

(BRASIL,2006).

Durante as visitas realizam se orientações relacionadas à terapêutica a ser

instituída, ações de promoção e prevenção de saúde, vigilância epidemiológica,

oferecemos uma série de orientações para os cuidadores em relação à conduta, possíveis

complicações e aclaramos suas dúvidas de ser necessário. Além disso, realizamos

procedimentos como a toma de coleta de sangue para exame, neste caso o familiar agenda

no laboratório municipal o dia do exame, o técnico de enfermagem é o responsável pela

toma da amostra e a entrega no laboratório. Os exames são trazidos pelo ACS, então eu

registro em prontuário o resultado e procedo à conduta imediata. Na próxima visita ao

usuário, eu apresento o resultado dos exames ao mesmo e ao cuidador e reforço a

orientação. Outros procedimentos também são feitos como a aferição da pressão arterial,

da glicemia capilar em diabéticos, curativos, lavagem de ouvido, troca de soda uretral,

sobre todo em pacientes acamados, deficientes ou debilitados.

O adequado planejamento das visitas domiciliares garante maior vínculo entre

usuário-cuidador-profissional, as maiores dificuldades apresentam se quando o paciente

precisa de avaliação pelo especialista, dadas as características geográficas do território,

mas contamos em nosso município com consultoria de Teles saúde que permite nos

ampliar as intervenções.

O domicílio é considerado o espaço privilegiado para as ações de promoção de

saúde e prevenção das doenças, visto que constitui o cenário onde ocorrem as relaciones

sociais geradoras de risco à saúde e de adoecimento dos indivíduos (ABRAHÃO,2007).

De modo geral as visitas são gratificantes quando logra se melhorar a atenção à

saúde de nossos pacientes assim como sua qualidade de vida e logra se incrementar a

participação e responsabilidade da família em o processo de cuidado.

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5 REFLEXÃO CONCLUSIVA

A experiência que adquiri durante o curso de especialização foi extremamente

gratificante, pois fortalece meu crescimento profissional no dia a dia durante as condutas,

possibilitando me relembrar conhecimentos e atualizar procedimentos visto na graduação

médica. Além de proporcionar afinidade para trabalhar os protocolos de atuação no

Brasil, uma vez que, apresentam diversificação aos protocolos do meu país. A

metodologia usada pelos professores e orientadores é eficaz, levando em consideração a

dedicação, a ética e o respeito com uma cultura diferente.

O curso vigente é minha primeira experiência com a modalidade de Educação a

Distância, na minha concepção há muitos pontos positivos principalmente pelo fato de o

curso conseguir abranger profissionais, como eu, que se encontram em lugares remotos

do interior do Amazonas, onde não há polo universitário para estas especializações. Nos

permitindo organizar e planejar nossas atividades sem prejuízo ao trabalho. Todavia, uma

de nossas maiores dificuldades têm sido o acesso à internet, as redes tecnológicas não

suprem as necessidades do município, sendo lentificada e causando atraso em nossas

atividades.

O método da disponibilização do material em mídia CD foi uma resolução que

veio de encontro a esta dificuldade de acesso, um pouco da experiência com a internet

pode ser relatada nos casos de acesso à plataforma e interação com meus colegas de turma

e tutor nos fóruns em horários importunos durante a madrugada.

Ao início do curso, no Eixo 1 foram abordados temas muito interessantes como a

história da política do Sistema Único de Saúde do Brasil, a Vigilância Epidemiológica,

aspetos relacionados com Atenção Básica e Atenção Primaria de Saúde, aprendi mais

sobre o trabalho em equipe a organização da agenda profissional o que fez com que

mudasse minha postura nas questões de organização e planejamento de ações.

No Eixo 2 chegou a parte clínica que gostei mais, foi de extrema relevância as

aulas sobre doenças crônicas que permitiu modificar as condutas de acordo com os

protocolos deste país, por exemplo, iniciar tratamento para Diabetes Mellitus com a

Metformina como hipoglicemiante de primeira escolha, após tentar o abordagem não

medicamentoso com dieta e atividade física saudável por, pelo menos, três meses,

algumas iniciativas foram feitas procurando mudanças no modo e estilo de vida de

pacientes com doenças crônicas não transmissíveis, tais como rodas de HIPERDIA

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(pacientes diabéticos e hipertensos), com a participação de fisioterapeuta, profissional de

educação física, nutricionista e a equipe de saúde, realizando atividades como exercícios

físicos, baile terapia, palestras sobre importância de adesão ao tratamento, dieta saudável,

entre outras.

A conscientização de métodos não farmacológicos dentro da Atenção Básica

como iniciativa do profissional médico foi algo muito relevante para minhas condutas

diárias, onde o cuidado também faz parte da consulta médica. Outro aspecto que

considero importante foi aprender a preencher as fichas do Sistema de Informações de

Agravos de Notificação (SINAM), prática que era negligenciada, com preenchimento de

forma errada. Após as orientações tenho as fichas em uma pasta de fácil acesso no meu

consultório.

Achei interessante a forma como foram abordados os programas da Estratégia de

Saúde da Família com uso de tecnologia leve foi nos mostrado como trabalhar estes

aspectos nas ESF sem muitos recursos com a construção de cartazes sobre as opções de

métodos anticoncepcionais disponíveis na unidade, sendo esta uma forma prática para

que após a orientação a paciente possa escolher o método que deseja e ser avaliado para

o início de planejamento familiar adequado. A maioria das crianças não recebiam sua

consulta de puericultura após o primeiro ano de vida, cada Agente Comunitário de Saúde

fez um levantamento de todas as crianças de suas micro áreas e foram planejadas as

consultas de puericultura sempre garantindo o retorno. Realizamos palestras, rodas de

gestantes, rodas de lactantes, para o desenvolvimento de atividades educativas. Gostei

muito do programa de saúde na escola (PSE), uma experiência maravilhosa o intercâmbio

com nossas crianças e adolescentes, realizando sempre ações de promoção e prevenção

de saúde. Foi gratificante puder criar vínculos com a comunidade, pois eles não estavam

acostumados, a visitas domiciliares pôr os médicos, isso fez com que eles sentissem

confiança de falar os problemas e tirar as dúvidas.

Desta forma acredito que o curso cumpriu com o objetivo que foi aproximarmos

aos temas médicos que mais enfrentam os pacientes nas consultas. Foram etapas muito

interessantes e bem colocadas de situações vivenciadas nas unidades de saúde.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAHÃO. AL, Lagrange V. A visita domiciliar como uma estratégia da assistência no domicílio. In: Morosini MVGC, Corbo ADA. Modelos de atenção e a saúde da família. Rio de Janeiro: EPSJV: Fiocruz; 2007.p.151-72. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série E. Legislação em Saúde). ________. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da Criança: Crescimento e Desenvolvimento: Cadernos de Atenção Básica, n° 33. Brasília, 2012. ________. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde mental / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 176 p: il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 34). ________. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção Básica à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde bucal. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. _________. Ministério da Saúde. Manual de Enfermagem. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.P.43-6. ________Clínica Ampliada. Equipe de referência e projeto terapêutico Singular. Ministério da Saúde. 2017 ________. Portal do Ministério da Saúde e do SUS (Sistema Único de Saúde): http//portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.htlm. ________. Portaria n.648, de 28 de março de 2006. Brasília: Ministério da Saúde 2006. OPAS/OMS. Declaração de Alma Ata. Conferência Internacional sobre cuidados primários em saúde. 1978. PUERICULTURA: A atenção integral à saúde das crianças. Sociedade de Pediatria de São Paulo. São Paulo, 2015. TAKAHASHI RF, Oliveira MAC. A visita domiciliária no contexto da Saúde da Família. In: Brasil. Instituto para o Desenvolvimento da Saúde. Universidade da São Paulo.

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ANEXO -PROJETO INTERVENÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAUDE PORTO ALEGRE

UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS – UNASUS

INTERVENÇÃO EDUCATIVA NOS FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE

MAMA NA UNIDADE DE SAÚDE ABIAL DO MUNICÍPIO TEFÉ-AM.

DISCENTE: LIUSVA LÓPEZ MORALES.

PROFESSORA-ORIENTADORA: CAREN BAVARESCO

TEFÉ-AM

2017

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................…..…...4

2 PROBLEMA.........................................................................................…...…...5

3 JUSTIFICATIVA.................................................................................…...…...06

4 OBJETIVOS....................................................................................………......07

4.1 OBJETIVO GERAL.........................................................................….........07

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .........................................................….........07

5 REVISÃO DA LITERATURA..............................................................……..08

6 MATERIAIS E MÉTODOS ..…..............................................................…...11

6. 1 PACTUAÇÃO DAS ACÇÕES ...........................................................…....11

6. 2 ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO SERVIÇO ........................................11

6.3 EXECUÇÃO DAS ACÇÕES..............................................................….....12

6.4 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO......................…...................…..…12

7-CRONOGRAMA...................................................................………….……..13

8-RECURSOS NECESSÁRIOS…………………………...............…..............14

9-RESULTADOS ESPERADOS ..............……………………...........…...........15

REFERÊNCIAS ………………...................................................................…...16

APÊNDICE...........................................................................................…............17

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RESUMO

O presente projeto aborda sobre os fatores de risco do câncer de mama, apresentando como problema o incremento de mulheres com lesões nas mamas em consultas da UBS Abial, tendo como justificativa para o estudo a necessidade de mudar o diagnóstico do câncer de mama para níveis mais precoces. O projeto busca conseguir educar, ensinar, incrementar nas mulheres, a conscientização sobre os fatores de riscos e a importância da realização do autoexame de mama de forma periódica para garantir o diagnóstico precoce desta doença. O objetivo geral é implantar uma ação de intervenção educativa para elevar o nível de conhecimento sobre o câncer de mama. Métodos: trata se de uma pesquisa intervenção educativa onde participarão as mulheres maiores de 20 anos, do ESF 8 da UBS Abial que aceitem participar no projeto e com estado mental adequado para oferecer dados. As ações serão feitas em várias etapas, inicialmente após identificar o total de pacientes que participarão no estudo, se aplicará um questionário verificando variáveis como idade, escolaridade e nível de conhecimento sobre câncer de mama. A estratégia será feita em torno a 6 seções com atividades específicas acorde com as deficiências encontradas na fase diagnóstica. O desenvolvimento do projeto será monitorado de forma semanal na reunião de equipe. Ao finalizar os 6 meses da execução do projeto, será aplicada novamente a avaliação do conhecimento sobre câncer de mama feita no início, com o objetivo de avaliar o nível de aceitação do programa verificando se houve mudança no conhecimento e posteriormente será realizada uma apresentação dos resultados na reunião semanal de equipe. Os resultados esperados são que as pacientes do grupo alcancem maiores conhecimentos sobre o câncer de mama, poderão identificar sinais de alerta, também aprenderão a fazer o autoexame de mama de modo correto, sua importância, periodicidade, e conduta em caso de achar algum tipo de alteração. Espera-se uma mudança nos estilos de vida das mulheres incrementando a percepção dos riscos através dos conhecimentos adquiridos com o projeto de intervenção.

Palavras chaves: Câncer de mama, Fatores de risco, Autoexame de mama

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INTRODUÇÃO

Tefé é um município brasileiro do estado do Amazonas pertencentes a

Mesorregião do Centro Amazonense e Microrregião de mesmo nome, sua população de

acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estadística (IBGE) em

2016, era de 62.230 habitantes. Sua área territorial é de 23.808 km2, sendo o

quadragésimo oitavo maior município do Brasil em área e o vigésimo terceiro do

Amazonas (IBGE, 2008).

Os serviços de saúde disponíveis no município são: um hospital, 8 Unidades

Básica de Saúde (UBS), com 16 equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), um

Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) modalidade 1 e um Centro de Atenção

Psicossocial (CAPS) Tipo I. Abial é um dos 22 bairros localizados nesta cidade, conta

com uma (UBS), que tem duas equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), cada equipe

é composta por dez agentes comunitários de saúde (ACS), uma enfermeira, dois Técnicos

de enfermagem e um médico, a ESF 8 na qual atuo cobre uma população de 3.747

usuários de saúde.

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2 PROBLEMA

Em nossa área de abrangência nos últimos tempos temos observado um

incremento considerável em consulta de mulheres com queixa de lesões nas mamas, uma

vez que são difíceis de estudar de forma rápida, porque não contamos no município com

o equipamento necessário para fazer mamografia, exame que nos ajuda a fazer

diagnóstico de câncer de mama no estágio inicial pois, de acordo com o protocolo todas

as mulheres, a partir dos 40 anos de idade deve realizar o exame a cada anos.

Além desse temos três pacientes com diagnóstico de câncer de mama e sem

possibilidade de tratamento cirúrgico, porque o diagnóstico foi feito no estágio avançado.

A maioria destas mulheres apresentam fatores de riscos para sofrer de câncer de mama,

muitos deles não modificáveis como idade e sexo, entretanto, outros podem ser abordados

para evitar a doença como o consumo de bebidas alcoólicas, hábito de fumar, obesidade

após menopausa, entre outros. Durante o interrogatório feito a estas pacientes em consulta

temos comprovado que as mesmas não têm conhecimentos necessários para atuar sobre

eles de maneira positiva e não conhecem o que é autoexame de mama e sua importância.

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3 JUSTIFICATIVA

Considera se importante a implementação de um programa de intervenção

educativa para minimizar os riscos das mulheres da UBS Abial de sofrer câncer de mama,

fazendo ações de promoção e prevenção em conjunto com todo a equipe de trabalho que

inclui médico, enfermeira técnica em enfermagem e ACS no território. Há necessidade

de mudar o diagnóstico do câncer de mama para níveis mais precoces e a possibilidade

de ações de saúde que aumentem a conscientização sobre os fatores de riscos e a

importância da realização do autoexame de mama de forma periódica para garantir o

diagnóstico precoce desta doença, é a razão para realizar este trabalho.

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4 OBJETIVOS

4.1. Objetivo geral

� Implantar uma ação de intervenção educativa para elevar o nível de conhecimento

sobre o câncer de mama.

4.2 Objetivos específicos

� Classificar as mulheres de acordo com variáveis sociodemográficas, idade e

escolaridade.

� Determinar o nível de conhecimento das mulheres antes da intervenção.

� Avaliar o conhecimento das mulheres após a aplicação do programa de

intervenção.

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5 REVISÃO DE LITERATURA

O câncer, também chamado neoplasia, se caracteriza por um crescimento rápido

e desordenado de células que adquirem a capacidade de se multiplicar e são muito

agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos, que podem

se irradiar para outras regiões do corpo. O câncer de mama, como o próprio nome diz,

afeta as mamas, que são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas

menores chamadas lóbulos e ductos mamários (NCCN,2014).

Conforme estudos feitos em Estados Unidos (USA, 2016), o câncer de mama é

mais frequente em mulheres, uma de cada oito teve, tem ou terá a doença. Cada ano são

diagnosticados ao redor de 220 000 paciente e morrem cerca de 40 000. Segundo a

Organização Mundial da Saúde (OMS) esta doença muda sua incidência acordo com os

países. Nos países ocidentais tinham uma incidência muito alta, já a partir dos anos 2000

houve uma estabilização nos números de casos, entretanto em países muito desenvolvidos

como Japão a proporção de mulheres afetada é muito melhor, considero possa estar

influenciado pelo clima, hábitos alimentares ou a genética (BRASIL, 2016).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde milhões de casos novos são

diagnosticados cada ano no mundo, sendo o sexo feminino o mais afetado com uma

proporção de 1:100, ou seja, para cada 100 mulheres com câncer de mama um homem

terá a doença (BRASIL,2014).

Estudos feitos no Brasil pelo Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de

Mastologia demostram uma alta incidência no país. Segundo o INCA, representou em

2016, o 28,1% do total dos cânceres da mulher (GOBETTI,2016).

Conforme a literatura o câncer de mama classifica se em carcinoma ductal,

carcinoma lobular, carcinoma inflamatório, sarcoma de mama e tumores raros de mama.

Geralmente quando iniciam não apresentam sintomas. Quando o tumor já e perceptível à

palpação é sinal que já é uma lesão muito grande e podem aparecer outras alterações como

vermelhidão na pele, alterações no formato dos mamilos e das mamas, nódulos na axila,

secreção escura saindo pelo mamilo e pele arrugada como casca de laranja (PRETO,

GOMES, 2004).

No Brasil, conforme as Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama,

publicada em 2015, a mamografia é o método preconizado para rastreamento na rotina da

atenção integral à saúde da mulher, é o único exame cuja aplicação em programas de

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rastreamento apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade desta doença. É

recomendada para as mulheres de 50 a 69 anos a cada dois anos. Em outras faixas etárias

e periodicidade, o balanço entre riscos e benefícios do rastreamento é desfavorável (RIO

DE JANEIRO,2015).

O risco elevado de câncer de mama inclui: história familiar de câncer de mama

em parente de primeiro grau antes dos 50 anos ou de câncer bilateral ou de ovário em

qualquer idade; história familiar de câncer de mama masculino, e diagnóstico

histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ

(RIO DE JANEIRO,2004).

A prática frequente de atividade física, alimentar se de forma saudável, manter o

peso corporal adequado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e amamentar são práticas

que podem ser adotadas para diminuir o risco de sofrer câncer de mama. O mais

recomendável para esta doença é que seja diagnosticada em estágios iniciais, porque isso

aumenta as possibilidades de cura e tratamento, por isso é importante que cada mulher

aprenda a conhecer seu corpo, aprenda a conhecer que é normal e que não é normal em

suas mamas.

Existem momentos da vida cotidiana em que cada mulher pode observar suas

mamas, como são o momento do banho, momento do troca de roupa, sem técnica

específica, solo para olhar a presença de alguma alteração. O câncer de mama pode ser

descoberto pelas próprias mulheres (INCA, 2015). Existe uma técnica simples, que não

requere tecnologia sofisticada, incentiva ao autocuidado e deve ser feita pelas mulheres

uma vez por mês, todos os meses, é o autoexame de mama, o qual permite detectar

endurecimentos ou outras alterações.

A data recomendável é de 3 a 5 dias após menstruação e em uma data fixa para

aquelas mulheres que já não menstruam (SEDICIAS,2015).

Conforme estudos epidemiológicos feitos em Cuba demostrou se que a maioria das

mulheres desconheciam os principais sintomas de câncer de mama, identificaram como

principiais fatores de risco a idade a partir dos 40 anos e o histórico familiar de câncer,

além disso a maioria não conhecia a técnica para fazer o autoexame de mama. Depois da

aplicação do programa educativo encontrou se que a totalidade respondeu de forma

positiva aumentando o conhecimento (FERNÁNDEZ,2006).

Têm se demostrado que o diagnóstico precoce é a melhor opção para o câncer de

mama, já que não pode ser prevenido. Hoje em dia são muitos os avances da oncologia

preventiva que permite nós o diagnóstico precoce, recebendo uma cirurgia simples e

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conservadora sem necessidade de chegar a radioterapia ou quimioterapia e bom

prognóstico de cura (HBC,2014). A realização do autoexame de mama de forma

sistemática e adequada é fundamental no prognostico e durabilidade da doença, porque

um diagnóstico precoce evita os tratamentos invasivos e tem melhor prognóstico

(HANCHI Z, BERRADA,2009).

Espera-se que ao finalizar este projeto de intervenção existam melhoras no

conhecimento e mudanças no estilo de vida, visando modificar fatores de riscos dessa

doença em mulheres de minha área de abrangência.

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6 MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa intervenção educativa, que incluirá todas as mulheres

acima os 20 anos acompanhadas pelo Equipe de Saúde da Família 8 da UBS Abial do

município de Tefé Amazonas, em consentimento informado que aceitem a participar do

projeto e com estado mental adequado para oferecer dados.

As ações a serem realizadas nessa pesquisa, serão descritas a seguir,

contemplando as seguintes etapas: pactuação das ações, organização e gestão do serviço,

execução das ações e monitoramento e avaliação.

6.1 Pactuação das ações

O projeto será apresentado pela equipe de saúde # 8 da UBS Abial, esclarecendo

todas as etapas de trabalho e os profissionais que estarão envolvidos. Posteriormente o

projeto será apresentado na reunião mensal do Conselho Local de Saúde para

esclarecimento do trabalho à população e alterações se necessárias.

6.2 Organização e gestão do serviço

Será realizada uma oficina pela ESF que inclui médico, enfermeira, técnico de

enfermagem e as ACS. O objetivo é identificar o total de pacientes que participaram no

estudo. Serão verificadas as variáveis: Idade (20-30 anos, 31-40 anos, 41-49 anos, 50 anos

ou mais), Escolaridade (Fundamental, médio, Superior completo e/ou incompleto),

através de um questionário preenchido pelas ACS. (Anexo 1)

Também será verificado o nível de conhecimento relacionado ao câncer de mama

e realização do autoexame de mama o qual será classificado segundo a pontuação a

seguir: Conhecimento alto – 10 pontos; Médio – 6 pontos; Baixo 3 pontos. Preenchido

por médico e enfermeira. (Anexo 1)

Será realizada uma estratégia de intervenção em torno de seis seções com

atividades específicas de acordo com as deficiências encontradas na fase diagnóstica.

6.3 Execução das ações

Será realizado um plano educativo para esta fase a traves de palestras, os

encontros serão feitos quinzenalmente com duração de 45 minutos, e se acontecerão da

seguinte maneira:

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ATIVIDADES TEMA PALESTRANTE

1º encontro Acolhimento e introdução do

projeto.

Equipe de saúde

2º encontro Conferência sobre o câncer de

mama, anatomia da mama

Médico

3º encontro Fatores de riscos e Sinais de alerta

do câncer de mama.

Médico e enfermagem

4º encontro Técnica sobre autoexame de

mama

Médico e enfermagem

5o encontro Particularidades do exame de

mama.

Equipe de saúde

6º encontro Resumo da atividade. Equipe de saúde

Será utilizada linguagem clara, coerente, sem uso de terminologia médica para

melhor compressão das pacientes.

6.4 Monitoramento e avaliação

As pacientes serão estimuladas, durante as reuniões, a expressar seus pontos de

vista, experiências vividas com o grupo, aspectos positivos e negativos vivenciados com

a intervenção, para avaliação constante da efetividade do projeto pela equipe. (Anexo 1)

Durante as reuniões semanais que serão realizadas com toda a equipe de saúde da

unidade, será discutido o desenvolvimento do projeto para possíveis intervenções

necessárias, caracterizado como monitoramento.

Ao final da execução do projeto, aplicarei novamente a avaliação de

conhecimento feita ao início com o objetivo de avaliar o nível de aceitação do programa

verificando se houve mudança no conhecimento e posteriormente será realizada uma

apresentação dos resultados na reunião semanal de equipe para avaliação da intervenção.

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7 CRONOGRAMA

O cronograma de atividades abrange um período de seis meses e está apresentado

no quadro abaixo.

Atividades. Jun.

2017

Jul.

2017

Ago.

2017

Set.

2017

Out.

2017

Nov.

2017

Dez.

2017

Apresentação do trabalho para Equipe da UBS

Abial.

X

Apresentação do trabalho para Conselho Local de

Saúde

X

Oficina com ACS X

Realizar o levantamento de pacientes pelos ACS X X

Coleta de dados e preenchimento do formulário X X

Execução do Plano de Intervenção X X X

Análise dos resultados X

Apresentação dos resultados e avaliação do trabalho X

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8 RECURSOS NECESSÁRIOS

Recursos Humanos

Equipe de saúde da família composta por 1 médico, 1 Enfermeira, 1 Técnico de

Enfermagem, 10 Agentes Comunitários de Saúde.

Recursos Materiais

Computadores

Data show

Fichas de Acompanhamento

Folha A4

Impressora

Caneta

Sala para realização de grupos

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9 RESULTADOS ESPERADOS

Ao final dessa intervenção espera se, através de atitude ativa, persistente e

duradoura de toda a equipe, as pacientes do grupo alcancem maiores conhecimentos sobre

o câncer de mama, poderão identificar sinais de alerta, também aprenderão a fazer o

autoexame de mama de modo correto, sua importância, periodicidade, e conduta em caso

de achar algum tipo de alteração.

Espera-se uma mudança nos estilos de vida da população incrementando a

percepção dos riscos através dos conhecimentos adquiridos com o projeto de intervenção,

sobre o câncer de mama.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Incidência de Câncer. Estimativa 2014. _______. Instituto Nacional de Câncer. Controle do câncer de mama: documento de consenso. Rio de Janeiro,2004. . BRASIL. Prevenção e sintomas do câncer de mama. Hospital de câncer de Barretos.2015.Acesso em 3 setembro 2017. BRASIL. Unidades da Federação com data de referência. 2016. Estimativas da população residente no Brasil. GÓMEZ J, Carrera MC.La mama paso a paso, Madrid: Editorial Ergón. 2004. HANCHI Z, Berrada R. Bilateral breast cáncer. Incidence and risk factors. Gynecologic Obstetric fertil. 2009;32(2):34-128. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2016. NCCN National Comprehensive Cancer Network Clinical Practice Guidelines for Breast Cancer Screening and Diagnostic, Versão 1. 2014. PIÑEIRO. F. J. ¿Debe el paciente conocer que tiene un cáncer? Nuestra experiencia en las pacientes con cáncer de mamas. Rev Cubana Cir. 2006; 43(3):6-34. RODRÍGUEZ. Sintomas de câncer de mama. 2017. SEDICIAS.S. Como fazer o autoexame da mama. 2015. SILVA. J.A.G Instituto Nacional de cancer. Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil. Rio de Janeiro, 2015. USA. División de Prevención y Control del Cáncer. Centros para el Control y la prevención de Enfermedades. USA.2016.

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APÊNDICE

Projeto de Intervenção: Intervenção Educativa nos fatores de risco do Câncer de Mama.

A sua participação no projeto é muito importante e faz necessário a cooperação e que as

respostas sejam a mais correta possível.

Obrigado.

a. Identificação pessoal:

b. Nome e sobrenome________________________________________

c. Idade___________

d. Ocupação:

( ) Estudante

( ) Trabalhadora

( ) Dona de casa

e. Nível educacional:

( ) Fundamental

( ) Médio

( ) Universitário

2. Entrevista

a. Você conhece o que e câncer de mama?

Sim ( ) Não ( )

no caso de resposta sim, escreva qual é sua definição

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

b. Conhece quais são sinais de alarma do câncer de mama?

Sim ( ) Não ( )

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No caso de reposta (sim) escreva algumas delas.

_____________________________________,

______________________________________

c. Identifique com uma (X) quais dos seguintes elementos, você considera que

constituem fatores de risco do câncer de mama?

( ) antecedentes familiares ( ) Nuliparidade

( ) Traumatismos Prévios ( ) Multiparidade

( ) Uso de medicamentos hormonais ( ) Abortos

( ) Não aleitamento materno ( ) Menopausa tardia

( ) Menarquia precoce ( ) Alcoolismo e droga

3. Você acredita ser importante o autoexame de mama nas mulheres?

( ) sim ( ) não

4. Com qual frequência você realiza o autoexame de mama?

( ) Mensal ( ) Duas vezes ao ano

( ) Cada três meses ( ) Uma vez ao ano.

( ) Nunca

5. No caso de detectar alguma anormalidade durante o autoexame, a quem

inicialmente você vai?

( ) A ninguém ( ) Hospital

( ) Médico da Unidade