Livro de roteiros para contos fantásticos

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Livro de roteiros para contos Fantásticos!

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Confira trecho do livro de roteiros para contos fantásticos, produzido pela editora Entre Aspas.

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Livro de roteiros para contos Fantásticos!

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Livro de roteiros para contos Fantásticos!escrito por crianças

AutoresContando Sonhos

Organização e seleção de contosEditora Entre Aspas

ColaboradoresSonhar Acordado e Mão Amiga

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Copyright da edição © 2015 Editora Entre AspasCopyright dos textos © ONG Sonhar Acordado e Colégio Mão Amiga

Essa obra não tem fins lucrativos e é de uso exclusivo da ONG Sonhar Acordado, do Colégio Mão Amiga e da Editora Entre Aspas. Proibida a venda parcial ou total da obra.

Projeto gráfico de miolo e capa, diagramação e revisãoEditora Entre AspasAurora GuimarãesAymée MeiraFranciane BataginJuliana Cury Rodrigues.

Ilustração de capaRegina Barros

Esse livro é o resultado da parceria entre a Editora Entre Aspas e a ONG Sonhar Acordado. Todos os roteiros foram escritos por crianças participantes do projeto Contando Sonhos, realizados pela ONG em parceria com o Colégio Mão Amiga.

www.sonharacordado.org.brwww.colegiomaoamiga.org.brwww.entreaspaseditora.wix.com/entreaspas-oficial

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Sumário

O PALHAÇO DE NARIZ VERMELHO 9

OS SUPERFRUTAS 15

EM BUSCA DA ESTRELA MÁGICA 21

ALANA E A FLORESTA MÁGICA 28

OS NINJAS DO DRAGÃO 35

A VIAGEM AO ESPAÇO 42

EM BUSCA DA MAIOR NOZ DO MUNDO 48

O MENINO E O ORNITORRINCO 52

À PROCURA DOS ANIMAIS 57

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“O Contando Sonhos tem o objetivo de inspirar crianças a descobrir o poder de sua própria voz, desenvolvendo sua alfabetização através da arte de contar histórias.Mas sem dúvida o grande valor de tudo isso não é o resultado, e sim o processo. Ao expor suas ideias, cada criança expõe um pouco de si mesma, se abre para o mundo e, talvez pela primeira vez, sente que tem uma voz. Mais do que isso: sente que alguém quer ouvi-la.”

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O PALHAÇO DE NARIZ VERMELHO

INT. CIRCO DA FELICIDADE - DIAO PALHAÇO CAREQUINHA, baixo, cabelos laranja, barrigudo e engraçado, conversa com seu amigo, o PALHAÇO FREDY, alto, cabelos vermelhos e bravo.CAREQUINHA: Fredy, vamos brincar de bola?FREDY: Não! Não brinco com palhaços que não têm o nariz vermelho.CAREQUINHA: Vamos! Vai ser legal, não importa se eu tenho ou não o nariz vermelho.FREDY: Não, Carequinha, eu não quero, você é uma vergonha para os palhaços!Carequinha sai chorando de tristeza pelo circo. Pensativo, vai em busca de um conselho com o mágico.O MÁGICO MISTER M, tem bigode, alto e é francês.CAREQUINHA: Com licença, posso entrar?MÁGICO MISTER M (sotaque francês): Claro, Care-quinha, entre.CAREQUINHA: Preciso de um conselho.MÁGICO MISTER M (sotaque francês): Pode falar.

Escrito por Maria Maravilha e mentorado por Danilo Dan Dan Dan

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CAREQUINHA: Quero ter um nariz vermelho!!!MÁGICO MISTER M (sotaque francês): Como?CAREQUINHA: Você consegue fazer uma mágica em mim para eu poder ter um nariz vermelho?MÁGICO MISTER M (sotaque francês): Sinto mui-to, mas não posso fazer esse tipo de mágica. Procu-re, na floresta, pela Alice. Ela sim poderá te ajudar.EXT. FLORESTA - DIAMontado em seu ELEFANTE TOMBALHÃO, gordo e muito grande, Carequinha sai à procura da fada Alice.Pelo caminho, encontra um velho caçador de va-galumes.ZÉ, baixo, de chapéu, magro, alegre e que fala sem-pre cantando.CAREQUINHA: Senhor, estou perdido!ZÉ (cantando): Perdido? Acho que posso lhe aju-dar. Está procurando algo? Está indo para onde?CAREQUINHA: O senhor conhece a Alice?ZÉ (cantando): Alice? Aquela do país das maravi-lhas?CAREQUINHA: Não!ZÉ (cantando): Já sei! A Alicia Keys, aquela cantora em chamas?CAREQUINHA: Não! A Alice, a fada de vestido rosa brilhante.ZÉ (cantando): Ah! Aquela Alice! Sei, sim onde ela mora.CAREQUINHA: Ótimo! Me ensina como chegar lá,

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por favor, Zé?ZÉ (cantando): Ela mora em uma casa na maior árvore da floresta. Você vai reto até a montanha, vira a direita, desce a montanha, atravessa o rio nadando, dá 3 pulinhos, mais 3 cambalhotas e gri-ta: “Fada maravilha, apareça em minha vida. Um pedido vou lhe fazer, meu nariz aparecer.”De repente, surge uma árvore enorme!Carequinha supera seu medo de altura e sobe pela árvore enquanto seu elefante assiste a tudo.Carequinha abre uma porta e entra.INT. CASA DE ALICE NA ÁRVORE - DIACarequinha vê ALICE, uma fada loira, alta, magra, de asas e vestido rosa brilhante, deitada, com o rosto cheio de lama e duas rodelas de pepino tam-pando os olhos.Ela ouve um barulho estranho e se levanta, dando e levando um susto.ALICE: Ahhhhhhh!CAREQUINHA: Buuuuhh!!ALICE: Que susto! Oh my God!CAREQUINHA: Eu que o diga!ALICE: Quem é você, baby?CAREQUINHA: Oi, eu me chamo Carequinha.ALICE: Você está interrompendo o meu momento da beleza!CAREQUINHA: Me desculpe.ALICE: O que faz aqui, baby?CAREQUINHA: O seu amigo Mister M me mandou.

O Palhaço de nariz vermelho

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ALICE: Mister M? Oh my God, baby! Aquele fran-cês lindo, o homem dos meus sonhos!CAREQUINHA (ri): Eu preciso de um favor! Sou um palhaço e sou o único que não tem o nariz verme-lho. Meus amigos não querem brincar comigo.ALICE: Baby, que coisa mais chata isso, vou lhe ajudar! Coloque seu rosto dentro desse balde e conte até dez.CAREQUINHA: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10.ALICE (cantando): Carequinha, Carequinha, pa-lhacinho, palhacinho, um nariz vermelhinho, vai aparecer sozinho. Bum, bum, bum!Carequinha tira seu rosto do balde e se depara com sua imagem no espelho.CAREQUINHA: Meu Deus, muito obrigado fada Alice, agora sim sou um palhaço de verdade! Te-nho o nariz vermelho mais bonito do mundo. Nem sei como te agradecer!Carequinha dá pulos de felicidade.ALICE: Imagina, baby! Mas vou lhe pedir um favor em troca, meu caro palhaço.CAREQUINHA: Favor?ALICE: Sim! Poderia me passar o telefone do gato do Mister M? Aquele francês maravilhoso me deu um perdido.CAREQUINHA (ri): Claro que passo! É 0800 LIGUE LIGUE LIGUE.ALICE: Obrigada! Uhuuul!Alice dá um pulo e um beijo no rosto de Carequi-

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nha. Ele escorrega pela árvore e sobe em seu ele-fante Tombalhão.EXT. FLORESTA - DIACarequinha segue rumo ao circo cantando.CAREQUINHA (cantando): Eu sou, o palhaço Ca-requinha, alegre todo dia, até com a visita da tia. Com meu nariz, grandão igual a um chafariz, obri-gado Alice, com isso fico mais feliz.INT. CIRCO DA FELICIDADE - DIACarequinha chega e vai de encontro a Fredy. Fredy leva um susto quando vê Carequinha.FREDY: Carequinha! Você conseguiu o seu nariz vermelho! Que legal! Como? Agora sim você é um palhaço de verdade.CAREQUINHA (orgulhoso): Sabe, Fredy, finalmen-te consegui ter um nariz vermelho. Mas com toda essa aventura, aprendi que somos todos diferen-tes, ninguém é igual a ninguém. Devemos respei-tar as diferenças e amar o próximo como ele é.FREDY: Nossa, Carequinha, me desculpe por não aceitar você do jeito que era. Me envergonho por isso.Fredy abraça Carequinha.FREDY: Você gostaria de jogar bola comigo?CAREQUINHA: Com certeza, vamos lá!Fredy e Carequinha saem.O telefone toca. Mister M atende.MISTER M (sotaque francês): Alô!Alice está do outro lado da linha.

O Palhaço de nariz vermelho

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ALICE (ao telefone): Hello, baby, adivinha quem está falando?MISTER M (gagueja): A A A Alice?ALICE: Oh my God! Isso mesmo baby! Você lembra de mim, que romântico!MISTER M: Quem te passou meu telefone?ALICE: O palhaço Carequinha, baby.MISTER M (bravo e gritando): Carequinhaaaaaa!

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EXT. FLORESTA DO TERROR - DIAO MACACO SUPER BANANA, pequeno, marrom com listras amarelas, peludo e muito rápido, brin-ca pela floresta pulando de galho em galho, a ca-minho da casa de seu amigo.INT. CASA DO SUPER ABACATE - DIASuper Banana encontra o MACACO SUPER ABACA-TE, grande, verde com listras marrons, e gosta de histórias.SUPER BANANA (empolgado): Super Abacate, va-mos para uma aventura na floresta do terror?SUPER ABACATE (ansioso): Sim! Deixa eu só pegar as minhas bananas da sorte e já vamos.Super Abacate parte e demora para voltar. Super Banana acha estranho.Super Abacate volta correndo.SUPER ABACATE (nervoso): Pegaram as minhas bananas da sorte! E agora, o que vou fazer sem elas?SUPER BANANA: Mas por que essas bananas são

OS SUPERFRUTASEscrito por Guilherme Gatão e mentorado por Isabel Inteligente e Marcelo Mudo

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tão especiais?SUPER ACABATE (muito triste): Porque elas são mágicas, elas multiplicam outras frutas.SUPER BANANA: Calma, podemos ir atrás das suas bananas. Não se preocupe, vamos achá-las! Eu vou chamar o Super Melancia para nos ajudar a pegar as bananas!Super Banana e Super Abacate saem a caminho da casa do Super Melancia.INT. CASA DO SUPER MELANCIA - TARDESuper Banana e Super Abacate batem na porta. O MACACO SUPER MELANCIA, vermelho com listras brancas, bom em encontrar coisas, abre a porta.SUPER BANANA: Super Melancia, precisamos da sua ajuda para achar as bananas da sorte mágicas do Super Abacate!SUPER MELANCIA (mal-humorado): O que acon-teceu com as bananas do Super Abacate?SUPER BANANA: Achamos que algum macaco da gangue dos legumes pegou!SUPER MELANCIA: Então vamos que vou ajudá--los. Posso chamar meu irmão, que conhece muito sobre essa gangue dos legumes.SUPER ABACATE: Quem é esse seu irmão? Não sa-biámos que você tinha um irmão.SUPER MELANCIA: É o Super Tomate. Ele já foi da gangue dos legumes, mas agora é da nossa gangue dos macacos frutas.EXT. FLORESTA DO TERROR - TARDE

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Super Banana, Super Acabate e Super Melancia saem pulando de galho em galho em direção a casa do Super Tomate, gritando pelo seu nome.OS TRÊS MACACOS: Super Tomateeee!INT. CASA DO SUPER TOMATE - TARDEO MACACO SUPER TOMATE, vermelho com litras cinzas, bom lutador e forte, abre a porta para eles.SUPER MELANCIA (mal-humorado): Super Toma-te, precisamos muito da sua ajuda para achar o su-per vilão da gangue dos legumes.SUPER TOMATE (feliz): Sim, eu ajudo! Sei muito sobre essa gangue. Podemos ir no esconderijo dos legumes, mas precisamos tomar cuidado, porque lá tem muitas armadilhas.SUPER BANANA: Mas onde fica esse esconderijo?SUPER TOMATE (aterrorizado): Esse esconderijo fica em cima de algumas árvores, perto do lago as-sassino, aquele em que quem se molhar, perde a cabeça.SUPER ABACATE: Como vamos chegar lá?SUPER TOMATE (rindo): Com os pés, né?!Todos os macacos começam a rir.EXT. FLORESTA DO TERROR - TARDEOs 4 macacos saem em direção ao esconderijo da gangue dos super legumes, à procura das banana.SUPER TOMATE: Precisamos passar pela primei-ra armadilha do nosso caminho, que é logo ali na frente, naquelas grandes árvores, com um cami-nho bem pequeno no meio delas.

Os Superfrutas

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SUPER MELANCIA (com medo): Mas como vamos passar por essa armadilha?SUPER TOMATE: Temos que passar pelo Macaco Super Cenoura que está com um machado na mão e vai nos acertar. Temos que lutar com ele.Um atrás do outro, com o Super Tomate na fren-te, os quatro macacos-frutas entram pelo caminho estreito em baixo das árvores.De repente, avistam o MACACO SUPER CENOURA, laranja com listras pretas e meio podre, alto, forte e com um machado na mão.SUPER CENOURA (voz de mal): Vocês não vão pas-sar por aqui sem eu morrer!SUPER BANANA: Super Tomate, você pode cuidar dele para nós?SUPER MELANCIA (empolgado): Super Tomate versus super Cenoura! Tomate 100 quilos, força de 40 macacos e gordinho. Cenoura 200 quilos, força de 30 legumes. E que comece a luta!Super Tomate dá um gancho de direita na cabeça do Super Cenoura, que fica zonzo. Super Tomate da outro soco na barriga dele. Super Cenoura bate no galho e cai no chão.Super Melancia abre a contagem:SUPER MELANCIA: 1, 2, 3 e pode acabar com esse legume!Super Tomate dá uma sequência de socos no Su-per Cenoura e ele vira suco. Tomos tomam o suco e ficam mais fortes.

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Os quatro macacos frutas atravessam o caminho estreito, com o Super Tomate ainda na frente.Mais adiante, encontram a segunda armadilha: o MACACO SALADA, verde com listras pretas, segu-rando um serrote, e cortando uma árvore cada vez que alguém passa.SUPER MELANCIA: Super Banana, você cuida dele para nós? Porque você é superveloz!Super Banana sai correndo antes que as árvores caiam, corre bem rápido em volta do Macaco Sala-da, que fica zonzo e cai.SUPER TOMATE: 1, 2, 3, vamos dividir essa salada e comer para ficar muito, muito mais fortes.Eles comem a salada.EXT. FLORESTA DO TERROR - NOITEOs quatro macacos frutas chegam no lago assassi-no e avistam os macacos legumes:SUPER RABANETE, cinza com listras pretas e mal-doso; o SUPER CHUCHU, verde com listras mar-rons e matador; SUPER PEPINO, amarelo com lis-tras laranjas e cozinheiro; e o SUPER ABOBRINHA, vermelho com listras pretas, que canta muito alto e pode deixar alguém surdo.Super Tomate quebra uma árvore, que cai sobre o lago, para atravessarem.SUPER ABACATE: Onde vocês esconderam as mi-nhas bananas?SUPER PEPINO: Não vamos te contar!Super Banana sai em velocidade batendo no Super

Os Superfrutas

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Chuchu, que cai no chão.Super Tomate bate no Super Pepino, que também cai no chão.Super Melancia monta uma armadilha com uma banana afiada que cai em cima do Super Abobri-nha, que desmaia.Super Abacate conta uma história para o Super Ra-banete, que fica tonto e cai também.SUPER RABANETE: As suas bananas estão em cima da árvore grande com frutos. Mas não me ba-tam mais!SUPER MELANCIA: Eu pego essas bananas para você, Super Abacate.Super Melancia pega um abacaxi e joga na árvore grande com frutos. A árvore quebra e as bananas caem. Super Abacate pega suas bananas da sorte e todos voltam para o outro lado do lago assassino.Super Melancia joga uma bomba dentro do lago que faz com que a água caia nos macacos legumes, e eles perdem as cabeças.SUPER ABACATE: Perdeu playboy.Os quatro macacos comemoram a vitória e desco-brem que para vencer é preciso unir forças.

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INT. SALA DE ESTAR CASA DA JULIA - NOITEJULIA é loira, de olhos azuis, branca, estatura me-diana, gosta de usar vestidos e saias bem delicadas. Sua AVÓ, seu AVÔ, sua mãe FERNANDA e sua irmã STEFANI montam a árvore de Natal e conversam.JULIA (empolgada): Mãe, este ano eu vou procurar o mapa para encontrar a estrela mágica.FERNANDA (preocupada): É muito perigoso para você ir sozinha.AVÔ: Pode deixar ela ir, Fernanda.FERNANDA (brava): Você não vai e ponto final!JULIA (Brava): Eu vou, com você deixando ou não deixando!Julia, muito chateada, corre para o seu quarto.INT. CASA DE JULIA - DIA E NOITEJulia procurou o mapa por dois dias, por toda a casa, até que...JULIA: Vou procurar o mapa no quarto do meu avô, o único lugar que ainda não procurei.INT. QUARTO DO AVÔ - NOITE

EM BUSCA DA ESTRELA MÁGICAEscrito por Yasmim Flor de Jardim e mentorado por Daniel Doce

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Julia procura o mapa com muita calma e cuidado para que ninguém perceba sua presença no quarto do avô.FERNANDA: Julia, cadê você?JULIA: Estou aqui, mãe!FERNANDA: Julia, eu e sua irmã vamos ter que viajar amanhã cedo e você terá que ficar com os seus avós.JULIA: Tudo bem, mãe. (sussurrando para que sua mãe não escute) Vou continuar procurando o mapa. O que será que tem nesta gaveta?Julia abre a gaveta da escrivaninha do avô e encon-tra um mapa.JULIA (feliz): Eba! Achei o mapa! Vou arrumar mi-nhas coisas e logo depois que minha mãe sair, vou procurar a estrela.INT. COZINHA - CASA DE JULIA - MANHÃJulia acaba de acordar e vai tomar café da manhã com seu avô.JULIA: Vou à floresta procurar a estrela mágica.AVÔ: Tudo bem, Julia.EXT. FLORESTA - DIAJulia sai para a floresta a fim de procurar a estrela mágica, levando uma mochila com uma barraca de dormir, água, uma lanterna, alguns lanchinhos e, é claro, o mapa.O mapa está um pouco apagado, pois é bem antigo, o que dificulta um pouco.Julia anda pela floresta à procura da estrela até que

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encontra uma BRUXA.Ela fica um pouco assustada, mas ao mesmo tem-po entusiasmada.JULIA: Olá, bruxa. Você pode me ajudar a encon-trar a estrela mágica?BRUXA: Olhe para as coisas de outro jeito. A natu-reza tem formas de vários objetos diferentes, pres-te atenção que você irá encontrar.JULIA: Muito obrigada pela dica, vou continuar procurando seguindo o seu enigma.Julia continua procurando até o anoitecer, acampa e dorme.EXT. FLORESTA - DIAJulia acorda, apanha suas coisas e anda mais um pouco em busca da estrela, até que encontra uma linda cachoeira. Lava seu rosto e descansa um pouco.De repente, aparece uma COBRA.JULIA: Por favor, não me pique! Só estou procu-rando a estrela mágica.COBRA (animada): Você disse estrela mágica?JULIA: Sim, por quê? Você sabe de alguma coisa?COBRA (feliz): Me disseram que ela está disfarçada de alguma coisa...JULIA: Que legal! Você quer vir comigo procurá-la?COBRA (animada): É claro que sim!Julia e a cobra caminham por algum tempo.COBRA: Já estou cansada, vamos parar um pouco?JULIA: Tudo bem, vamos parar um pouco naquele

Em busca da estrela mágica

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rio, pode ser?Julia e a cobra encontram um COELHO.COBRA (animada): Olhe, Julia! Meu amigo coelho! (para o coelho): Oi, coelho!COELHO: Oi cobra, quem é a sua amiga?COBRA: Aquela é Julia, estou ajudando ela a pro-curar a estrela mágica.COELHO (animado): Posso lhe dar uma dica?JULIA: Mas é claro que sim!COELHO (feliz): Me disseram que ela está em um lugar secreto!JULIA: E você sabe onde é?COELHO (triste): Não sei...JULIA (chateada): Então tá... Você quer vir com a gente procurar a estrela?COELHO: Vou sim!JULIA: Então vamos continuar a caminhar.COELHO: E você, Julia, sabe alguma coisa sobre a estrela?JULIA: Sei, sim! A bruxa me deu uma pista!COELHO E COBRA (curiosos): Qual é?JULIA (misteriosa): É assim... olhe para as coisas de outro jeito. A natureza tem formas de vários objetos diferentes, preste atenção e você irá en-contrar.COBRA: Que legal! Agora fica mais fácil de achar-mos a estrela.Eles continuaram a caminhada, até que...COELHO: Eu estou muito cansado Julia, e você?

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JULIA: Eu também, e você cobra, não está can-sada?COBRA: Eu estou tão cansada que meu corpo está formigando. Mas olhe, Julia! (apontando) Um bri-lho muito forte, vamos ver o que é?Julia e seus amigos correm para ver o que é. Ao se aproximarem, descobrem ser um SAPO.JULIA (triste): É só um sapo que engoliu um va-galume e agora está brilhando.COELHO: Vamos perguntar para ele se sabe algo sobre a estrela?JULIA: Oi, sapo, você sabe de alguma coisa sobre a estrela mágica?SAPO: Você disse estrela mágica?COBRA: Disse sim, por quê? Você sabe alguma coi-sa sobre ela?SAPO: Sei sim. Me disseram que a estrela mágica tem um brilho muito forte!JULIA: Que legal! Quer vir com a gente procurá-la?SAPO: É claro que sim.Julia e seus amigos continuam a caminhada em busca da estrela mágica até que...SAPO: Olhe Julia, uma porta, o que será? Vamos ver?Julia e os amigos correm até a porta.JULIA (desapontada): A porta está trancada, va-mos procurar a chave por aqui.Eles procuram nas árvores, arbustos, nos buracos do chão, nos buracos da porta, até que...

Em busca da estrela mágica

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COBRA: Olha! Achei a chave em um buraco!JULIA: Vamos abrir a porta e ver o que tem aí dentro!SAPO: Olha! Um campo cheio de flores em forma de luas e estrelas.JULIA: A bruxa falou deste campo florido! Vamos começar a procurar nas partes onde as flores tem formato de estrelas.COELHO: Olha, Julia, um brilho muito forte, va-mos ver o que é.Eles se aproximam e enfim encontram A ESTRELA MÁGICA!Julia e os amigos se abraçam e ficam muito con-tentes em achar a estrela. Julia a pega com cuidado e a guarda em sua mochila.INT. SALA DE ESTAR CASA DE JULIA - NOITEJulia e seus amigos entram em casa. Logo em se-guida, sua mãe Fernanda e sua irmã Stefani retor-nam da viagem para a festa de Natal.FERNANDA: Quem são esses, Julia?JULIA: São meus novos amigos!FERNANDA: Você não foi procurar a estrela mági-ca, foi?JULIA: Não, mãe, eu comprei uma estrela de últi-ma geração!FERNANDA (desconfiada): É verdade?JULIA: Tudo bem, mãe. Eu fui procurar a estrela, mas não aconteceu nada de mal comigo.FERNANDA: Tudo bem, Julia, não vou te dar ne-

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nhum castigo, porque você foi sincera e me contou a verdade.Julia coloca a estrela no topo da árvore e comemo-ra o Natal com sua família e seus amigos.

Em busca da estrela mágica

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EXT. CASA DE LÍVIA - TARDELÍVIA, alta, cabelos lisos, olhos castanhos, gosta de teatro e música, senta-se em um galho de árvo-re ouvindo música.Ao seu lado está seu amigo LUCAS, alto, cabelos loiros lisos, olhos azuis.Eles estão preocupados com sua amiga Alana.LÍVIA (ansiosa): Faz dois dias que a Alana não apa-rece!LUCAS: Vamos encontrá-la!Eles saem em busca de Alana.LÍVIA: Quando ela sumiu, ela deixou uma carta dizendo que ia para a floresta. Ela deve ter se per-dido.LUCAS: A Alana precisa de nós.LÍVIA: Vamos até sua casa pegar algumas coisas para ajudar na nossa busca.INT. CASA DO LUCAS - TARDELívia e Lucas pegam uma bússola, uma lanterna, uma corda, água e comida e chamam um táxi.

ALANA E A FLORESTA MÁGICAEscrito por Isabelly Inspiradora e mentorado por Helvio Hilário

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O taxista LEÔNCIO, feio, careca, com sotaque ita-liano, bigode castanho, para na frente da casa do Lucas.LEÔNCIO (sotaque italiano): Olá! Para onde va-mos, crianças?LÍVIA E LUCAS: Para a floresta!LEÔNCIO: Eu não posso levar vocês lá!LÍVIA: Mas por quê?LEÔNCIO: Por que além de assustador, tem um oceano que nos separa da floresta! Posso deixar vocês perto do barco que leva até a floresta.INT. TÁXI - A CAMINHO PARA O OCEANO - TARDELívia e Lucas em direção ao oceano, mas o táxi atola.LEÔNCIO: Ah, não! O carro entalou!LUCAS (rindo): Não, Leôncio, “A”-tolou!Lívia e Lucas saem do carro e correm até a margem do oceano.EXT. MARGEM DO OCEANO - TARDELívia e Lucas chegam até um barco. O barqueiro é um ESQUELETO muito esquisito.LÍVIA (surpresa): Você é um esqueleto!ESQUELETO (bravo): Sim. Para onde vocês que-rem ir?LUCAS: Para o outro lado, na floresta.O esqueleto leva Lucas e Lívia para o outro lado.EXT. FLORESTA - NOITEA floresta tem o formato de uma caveira e as crian-ças ficam com medo.

Alana e a floresta mágica

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Lívia e Lucas descansam até o dia seguinte.EXT. FLORESTA - MANHÃLívia, assustada, acorda Lucas rapidamente.LÍVIA: Lucas, acorde! Vamos logo! Alana precisa de nós!LUCAS (com sono): Só mais cinco minutinhos...LÍVIA (irritada): Você só pensa em você!Eles se levantam rapidamente e vão em busca da amiga.INT. CAVERNA - MANHÃALANA, altura média, cabelos lisos e pretos, olhos castanhos, gostava de teatro, mas não de música, chora dentro da caverna.ALANA (chorando): Saí em busca de aventura e acabei me perdendo... Será que alguém está me procurando?EXT. FLORESTA - TARDELívia e Lucas seguem assustados com os animais.LÍVIA: Será que um dia vamos encontrar a Alana?Os dois sentam-se em um tronco caído para comer duas maçãs que Lívia levou na mochila.LUCAS: Calma Lívia, eu acho que estamos perto de encontrar a Alana.LÍVIA: Como você sabe?LUCAS: Eu sinto que ela está perto porque eu te-nho esperança de encontrá-la.LÍVIA: Então vamos continuar procurando!Lívia e Lucas avistam uma ÁRVORE estranha, com muitos galhos quebrados e escuros, folhas secas e

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caídas e com um buraco no meio.LUCAS: Essa árvore é muito esquisita! Tem um bu-raco no meio dela.LÍVIA: Vamos chegar mais perto para ver melhor o que tem dentro do buraco.LUCAS: Dá pra ver a floresta inteira!LÍVIA: Que esquisito! Tive uma ideia! Vamos tentar encontrar a Alana nesse buraco.Eles veem uma caverna sombria perto da árvore.LUCAS: Então vamos tentar achar a caverna.Eles saem em busca da caverna, mas se assustam com um ANIMAL MUITO ESQUISITO, de olhos vermelhos, pêlos escuros, rabo comprido, cabe-ça virada como se estivesse olhando para o céu e banguela.Lívia e Lucas saem correndo. O animal corre atrás, até que Lucas encontra um rio.LUCAS: Você sabe nadar?LÍVIA: Sim, e você, sabe?LUCAS: Não...LÍVIA: Então vem na minha cacunda que eu te levo!LUCAS: Vem aonde?LÍVIA: Nas minhas costas! Vem logo!Lucas sobe nas costas de Lívia e eles atravessam o rio. O animal vem atrás, mas cai na água e se afoga.INT. CAVERNA - TARDEAlana percebe que sua comida acabou.ALANA: Nossa, toda a comida que eu trouxe

Alana e a floresta mágica

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acabou! Estou com muita fome, vou ter que procu-rar mais comida fora da caverna.Alana sai em busca de comida e deixa sua mochila dentro da caverna.Lucas e Lívia encontram a mochila de Alana.LUCAS (surpreso): Se encontramos a bolsa da Ala-na, estamos mais perto do que imaginávamos!LÍVIA (feliz) Vamos esperar até ela chegar.EXT. FLORESTA - NOITEAlana fala consigo mesma.ALANA: Já está escurecendo, é melhor eu voltar para a caverna.INT. CAVERNA - NOITEAlana entra na caverna e encontra Lívia e Lucas já adormecidos e, muito feliz, decide deixá-los dor-mir e surpreendê-los no amanhecer.INT. CARVERNA - DIALívia e Lucas acordam e ficam felizes ao ver a ami-ga já acordada.ALANA: Vamos para casa!LÍVIA: Vamos!LUCAS: Estou ansioso para chegar em casa para você nos contar o que aconteceu.EXT. MARGEM DO OCEANO - DIALívia, Lucas e Alana encontram o esqueleto.ESQUELETO: Assim como antes, levarei vocês até o outro lado do oceano, mas em troca peço a vocês que arranquem as raízes da árvore negra que é o coração da floresta.

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LÍVIA: Por que devemos arrancar a raiz da árvore?ESQUELETO: Poque assim retomarei o domínio da floresta que o meu irmão tirou de mim.ALANA: Por que ele fez isso?ESQUELETO: Porque ele era muito invejoso, hoje ele ja virou pó, mas quando estava com a gente não queria que eu herdasse a floresta da família. Ele decidiu plantar uma semente de inveja no meio da floresta. Quando a semente brotou fez com que to-dos os esqueletos que entrassem na floresta viras-sem pó. De toda a minha família eu fui o único que sobreviveu, por isso quero que vocês arranquem esse mal pela raiz!ALANA: Então concordamos com a sua proposta!O Esqueleto emprestou um machado para as crianças.EXT. FLORESTA - DIALucas, Lívia e Alana arrancam a raiz da árvore ne-gra com o machado.EXT. MARGEM DO OCEANO - DIALívia, Lucas e Alana voltam ao barco.ESQUELETO: Conseguiram fazer o que eu pedi?ALANA: Conseguimos, a floresta é sua outra vez, cuide bem dela!ESQUELETO: Agradeço a vocês pela coragem. Ago-ra irei fazer o que vocês me pediram.O Esqueleto leva os três para o outro lado.INT. CASA DE ALANA - TARDEAlana entra correndo e abraça SEUS PAIS com

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força. Eles fazem um grande almoço para a filha e seus amigos.LUCAS: Agora você vai contar porque você foi para a floresta sozinha?ALANA: Sim, eu queria realizar meu sonho de ir para a floresta e descobrir se ela era sombria e o que tinha dentro dela. Mas nesse tempo descobri que nossos pais só nos dizem o que temos que fa-zer para que não nos prejudiquemos. Por isso ago-ra eu peço desculpas por desobedecê-los.Sem palavras, os pais de Alana a abraçam e agrade-cem aos dois heróis.

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INT. CASA - DIAKAU, camisa verde, calça jeans, tênis, óculos, é um adolescente que está completando 18 anos.Ele senta-se com seu pai MAX na mesa de jantar.KAU: Pai, quando eu vou conhecer o meu avô?MAX: Filho, seu avô está morto.KAU: Eu sei, mas eu ainda sinto que ele está vivo.MAX: Mas seu avô está morto e ponto final.Kau sai de casa triste em direção à escola.EXT. ESCOLA - SALA DE CIÊNCIAS - DIAKau encontra seus amigos: MARÍLIA (camisa rosa, jeans e sapato rosa) e IGOR (camisa preta, jeans e tênis)KAU (feliz): Oi pessoal, tudo bem?IGOR: Tudo bem.MARÍLIA: Comigo está tudo bem!O PROFESSOR FERNANDO entra na sala.PROFESSOR FERNANDO: Bom dia, alunos.TODOS OS AMIGOS (alegres): Bom dia, Professor Fernando!

OS NINJAS DO DRAGÃOEscrito por Lucas Land Rover e mentorado por Rosane Risonha

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Os alunos se sentam e o professor começa a aula. Kau olha para a janela e vê uma FIGURA PRETA segurando uma espada. De repente, quando ele olha de novo, a imagem some e o sinal de fim de aula toca.INT. CASTELO - NOITEUm SAMURAI, segurando uma espada, fala para uma SOMBRA.SAMURAI: Senhor, o garoto já completou a idade. Devemos atacá-lo.SOMBRA: Não. Devemos esperar até o momento certo.INT. LOJA - DIAKau, Igor e Marília entram numa loja de artefatos antigos. A loja está toda bagunçada e eles não en-contram ninguém.De repente, a figura preta com uma espada pula pela janela, fugindo.Os amigos encontram ESTEVAN, dono da loja, um homem de bigode e cabelos pretos, caído no chão. Eles o ajudam a se levantar.ESTEVAN: Kau, você é neto do Charles?KAU: Sim.ESTEVAN: É seu aniversário hoje?KAU: Sim.ESTEVAN: Então a profecia estava certa!KAU: Que profecia?ESTEVAN: A profecia dos ninjas, Kau.KAU: E como é a profecia?

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ESTEVAN: A profecia começou com uma guerra entre ninjas e samurais. Os ninjas queriam pro-teger as pessoas enquanto os samurais queriam escravizar todos, então o combate começou. Os samurais estavam vencendo, e aí chegaram, à ci-dade, três ninjas. O ninja verde, o ninja preto e a ninja rosa. Eles lutaram contra o samurai, conse-guiram vencê-lo e o aprisionaram para sempre. Mas ele disse que iria se vingar: quando o neto do ninja verde fizesse 18 anos, ele iria se libertar e o mundo cairia nas trevas de novo. Kau fica confuso.ESTEVAN: Venham comigo.Estevan os leva para um lugar de treinamento.INT. LUGAR DE TREINAMENTO - DIAEstevan, Kau, Igor e Marília encontram professor Fernando.PROFESSOR FERNANDO: O que vocês fazem aqui?ESTEVAN: A profecia está se cumprindo. Temos que treiná-los. Começaremos o treinamento amanhã.INT. LUGAR DE TREINAMENTO - DIA SEGUINTEO lugar de treinamento é cheio de bonecos e ar-madilhas, mais ao fundo é possível ver dois bone-cos e uma bandeira.Kau, Igor e Marília tentam juntos pegar a bandei-ra, mas não conseguem.ESTEVAN: Vocês têm que trabalhar em equipe, porque senão nunca conseguirão pegar a ban-deira.

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De repente, muitos SAMURAIS PRETOS surgem e atacam o lugar de treinamento. Kau, o professor Fernando e seus amigos fogem por uma passagem secreta.INT. OUTRO LADO DA PASSAGEM SECRETA - DIAEstevan entrega roupas a Kau, Igor e Marília.ESTEVAN: Rápido! Vistam essas roupas! Não te-mos tempo!Sem entender, eles vestem as roupas e descobrem que são roupas de ninjas, cada uma com uma cor diferente. Kau é o ninja verde, Marília é a ninja rosa e o Igor é o ninja preto.ESTEVAN: Eu era o ninja preto! Fernando, leve eles para um lugar seguro. Eu atraso os samurais, agora vão! Vão!Os samurais pretos invadem o local.SAMURAI: Onde estão eles?ESTEVAN: Eles quem?SAMURAI: Você sabe muito bem!Aparece o sombra.SOMBRA: Vocês podem ter me vencido naquele dia, mas não vão vencer agora.Os samurais aprisionam Estevan.EXT. FLORESTA - DIAKau, seus amigos ninjas e o professor continuam a correr, fugindo.De repente, um samurai ataca os ninjas com uma espada.Kau dá um chute no samurai e a espada gruda em

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uma árvore. Igor joga o samurai contra a árvore.SAMURAI: Aproveitem enquanto podem, ninjas. O fim está chegando.O samurai foge, pulando em cima das árvores como um macaco. Os ninjas correm atrás dele, mas o perdem de vista.INT. CASTELO - NOITEEstevan está aprisionado pelos samurais. Sombra está afiando a espada.ESTEVAN: Você nunca vai conseguir!SOMBRA: Você acha? Atacar!Os samurais saem para atacar a cidade.EXT. CENTRO DA CIDADE - NOITEOs samurais destroem casas, prédios e carros. Os ninjas Kau, Igor e Marília assistem a tudo.KAU: Não vou ficar aqui vendo a minha cidade ser destruída.Kau, Igor e Marília pegam suas espadas e vão ao combate, assim, conseguem derrotar os samu-rais.Eles olham para o prédio mais alto e vêem o som-bra, que tira o capuz e se revela: usa uma armadu-ra preta, máscara branca e tem olhos vermelhos.SOMBRA: Eu sou o mestre samurai sombrio!Os ninjas tentam lutar contra ele, mas não conse-guem detê-lo.ESTEVAN: Vocês têm que dar o ataque do dragão nele!Os ninjas correm para cima do mestre samurai.

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Marília pega a espada e começa a lutar com o mestre.Todos pegam suas espadas e as chocam contra a do mestre samurai, destruindo sua espada e der-rubando-o no chão.ESTEVAN: Vocês conseguiram! Aprenderam o va-lor do trabalho em equipe e que a união faz a força.Sombra faz sinal com o braço esticado e a mão aberta para que Kau pare.SOMBRA: Espere Kau! Espera Kau!KAU: Como você sabe meu nome?SOMBRA: Eu tenho uma revelação a fazer. Eu não sou a entidade do mal. Veja meu rosto. Sombra tira máscara.SOMBRA: Eu sou o seu avô.KAU (emocionado): Vovô?Max aparece.MAX: Pai, você está vivo?SOMBRA: Sim, meu filho. Me desculpe viver todo esse tempo escondido. Não apareci todos esses anos em proteção a vocês. Eu sou o ninja verde! Peguei a armadura do Samurai Sombrio, para que os samurais não atacassem vocês. Só que a arma-dura tem poderes e me fez ficar fora de controle, por isso mandei atacar vocês. Me desculpem.MAX: Eu te perdôo, pai.KAU: Também te perdôo, vô. Você fez tudo isso para me proteger dos samurais e eu te amo.

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Max e seu pai se abraçam. Kau vê os dois se abra-çando e também abraça eles dois. E todos vivem felizes para sempre.

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A VIAGEM AO ESPAÇOEscrito por Camille Comilona e mentorado por Raíssa Risadinha

EXT. QUINTAL DA CASA DE PLUTÃO - DIAO cachorro PLUTÃO, pequeno porte, branco com manchinhas marrons e um pouco gordinho, bem pouquinho, lembra-se do sonho que teve.INT. FOGUETE - NO ESPAÇOPlutão viaja pelo Espaço, conhecendo os planetas, um a um.EXT. QUINTAL DA CASA DE PLUTÃO - DIAPlutão está pensando no sonho quando seu amigo MICHAEL, um cachorro de médio porte, amarelo queimado e com uma grande faixa branca no pes-coço, aparece.MICHAEL: O que você tá fazendo?PLUTÃO: Estou pensando em um sonho que tive.MICHAEL: Que sonho?PLUTÃO: Eu viajei para o Espaço, conheci muitos planetas. Tive a sensação que seria bom tentar rea-lizar meu sonho.MICHAEL (preocupado): Achei legal, Plutão, mas seu pai não vai gostar da ideia.

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PLUTÃO (conformado): Talvez ele não goste, mas eu vou enfrentrar ele.INT. COZINHA DA CASA DE PLUTÃO - TARDEESTRELA, a mãe de Plutão, toda branquinha e pe-quena, chama ele para o almoço.ESTRELA (gritando): O rango tá na mesa!!!Plutão, Estrela e SR. TERRA, o pai de Plutão, mar-rom, pequeno porte e um pouco sério, saem cor-rendo em direção da mesa.PLUTÃO: Quero contar uma coisa muito impor-tante!ESTRELA (curiosa): Que coisa tão importante?PLUTÃO: Tive um sonho que queria muito reali-zar, mas preciso da ajuda de vocês. Quero ir para o Espaço conhecer os planetas.SR. TERRA (rindo): Filho, você tem umas ideias muito malucas.PLUTÃO: E você, mãe? O que você acha?ESTRELA: Acho legal, Plutão! Sua imaginação é di-vertida.SR. TERRA (sério): Ah, Plutão, não tem como você viajar para o Espaço. Nem um humano conseguiria.PLUTÃO: Eu vou tentar até conseguir.EXT. QUADRA DO BAIRRO - TARDESr. Terra faz uma reunião secreta com o clube dos Vira-latas, um gupo de VÁRIOS CACHORROS que mandam na cidade, entre eles:MAX, um cachorro cinza, de grande porte, forte e brincalhão, bem amigo de Sr. Terra está sempre

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disposto a ajudá-lo; e DUNGA, preto, de pequeno porte, brincalhão e muito desastrado.SR. TERRA: Chamei todos vocês para essa reunião porque meu filho, Plutão, sonhou que vai ao Espa-ço, e acho que ele pode tentar realizar esse sonho. Não quero que isso aconteça e preciso de dois vo-luntários para vigiá-lo.MAX (pulando e levantando a pata): Eu posso ser um deles. Sempre estou disposto a ajudar.DUNGA: Eu também posso ser um dos voluntários, e posso fingir ser amigo do Plutão.SR. TERRA: Tudo bem, sempre fiquem de olho quando ele sair para brincar, por volta das duas horas da tarde.INT. CASA DE PLUTÃO - DIAPlutão acorda decidido a construir uma nave para ir ao Espaço.Ele sai de casa para ir ao mercado comprar o mate-rial para construir a nave.INT. CASA ABANDONADA - DIAPlutão chega com as compras em uma casa aban-donada onde ele vai construir a nave e começa o grande trabalho.INT. CASA ABANDONADA - NOITE - 10 DIAS DEPOISPlutão está finalizando a nave quando Max e Dun-ga o descobrem.INT. SALA DE REUNIÃO DA CASA DE PLUTÃO - NOITEMax e Dunga contam ao Sr. Terra que Plutão cons-truiu uma nave. Eles vão embora.

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Sr. Terra fica furioso e decide que no dia seguinte irá seguir o filho.INT. QUARTO DE PLUTÃO - NOITEPlutão chama sua mãe no quarto.PLUTÃO (gritando): MÃÃÃÃÃÃEE, VEM AQUIII!!!ESTRELA(gritando): PARA DE GRITAAAR! JÁ TÔ INDO!!!Mãe de Plutão chega no quarto.PLUTÃO: Mãe, você pode preparar uma roupa de astronauta? Amanhã farei minha viagem ao Es-paço.ESTRELA (surpresa): Como você vai para o Es-paço?PLUTÃO: Construí uma nave e estou partindo ama-nhã, mas por favor, não conte nada para o meu pai.ESTRELA: Que legal, filho! Então vou preparar sua roupa.PLUTÃO: Obrigado, mãe! Me deseje sorte.ESTRELA: Vai dar tudo certo!Plutão e Estrela se despedem.INT. CASA DE PLUTÃO - DIAPlutão veste a roupa que sua mãe preparou e vai em direção a casa abandonada.Quando sai, seu pai o segue.INT. CASA ABANDONADA - DIAPlutão entra na nave quando seu pai aparece.SR. TERRA (gritando): PLUTÃO, SAIA JÁ DAÍ!!!PLUTÃO: O que você está fazendo aqui?Max e Dunga chegam a casa abandonada.

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SR. TERRA (furioso): Os dois, tirem o Plutão dessa nave já!Max e Dunga se dividem:Dunga vai desligar a nave, mas de repente, se lem-bra de algo e decide ajudar Plutão.Max tenta pegar Plutão, mas quando está quase al-cançando, Dunga finge que vai desligar a nave e dá a partida.A nave começa a subir e Max cai para fora.Dunga vai junto com Plutão para o Espaço.EXT. ESPAÇO - DIA OU NOITE, NÃO IMPORTAPLUTÃO: Por que você me ajudou?DUNGA: Eu te ajudei porque uma vez também precisei de ajuda para realizar um sonho e gostaria que alguém tivesse feito isso por mim.PLUTÃO: Foi muito legal o que você fez. Antes eu não gostava de você porque achava que você só queria me prejudicar, mas agora eu percebi que é diferente dos outros.DUNGA: Mas por que você achava isso de mim?PLUTÃO: Porque você faz parte do clube do meu pai, e eu achava que todo mundo que faz parte do grupo só queria me prejudicar, mas agora vejo que você não era como eu pensava.DUNGA: Que bom que você mudou de ideia. E ago-ra? Vamos ver os planetas que você tanto queria?PLUTÃO (muito animado): Então vamos!Dunga e Plutão passeiam pelo Espaço e encontram o SOL, grande, enorme, amarelo, brilhando, sorri-

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dente e quente.SOL: Que bom que vocês vieram visitar o Espaço!PLUTÃO: Nossa, Sol, você é muito brilhante!SOL (envergonhado): Muito obrigado! Ninguém nunca me disse isso! Boa sorte na viagem.PLUTÃO E DUNGA: Muito obrigado!Plutão e Dunga continuam a viagem até chegar à LUA, cinza, não tão grande quanto o Sol, vaidosa e muito bonita.DUNGA E PLUTÃO (impressionados): Nossa, que linda!LUA: Muito obrigada! Todos me dizem isso.DUNGA: É porque é verdade.PLUTÃO: Vamos continuar a viagem. Foi um pra-zer te conhecer! Até logo.LUA: Até logo.Plutão e Dunga continuam a viagem, conhecem todos os planetas que queriam conhecer e apren-dem a importância de correr atrás de seus sonhos.

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EM BUSCA DA MAIOR NOZ DO MUNDOEscrito por Ryan Rápido e mentorado por Mayara Maravilhosa

INT. BURACO DA ÁRVORE - NOITEFLIP FLOP é um esquilo um pouco reclamão, de pelo marrom claro, com rabo comprido e fino.Ele janta com sua esposa SARA e seu filho JOÃO.FLIP FLOP (tenso): Família, irei procurar a maior noz do mundo.SARA (chateada): Quem irá te ajudar a pegar a noz?FLIP FLOP (entusiasmado): Amanhã irei ver com meus amigos se eles topam me ajudar.JOÃO: Como eles irão ajudar?FLIP FLOP: Nós iremos nos dividir e procurar em toda a floresta.EXT. FLORESTA - DIAFlip Flop vai buscar comida para o café da manhã e encontra seus amigos: o esquilo PEDRO, o tucano BICUDO e o rato ROBERTO.FLIP FLOP: Me ajudem a procurar a maior noz do mundo?AMIGOS (felizes): Sim!

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Flip Flop e seus amigos se dividem para procurar a noz.Bicudo vai procurar a noz voando. Flip Flop e Ro-berto procuram na floresta. Pedro procura nas ca-sas de humanos.EXT. CASA DA SENHORA ENCREnQUEIRA - TARDEBicudo chega à casa da senhora encrenqueira e en-contra a maior noz do mundo na casinha do GATO.BICUDO (animado): Amigos, amigos... Encontrei a noz!!!Todos vão em direção à casinha do gato.ROBERTO (preocupado): Teremos problemas com o gato.PEDRO (pensativo): Precisamos de um plano! Tive uma ideia.Todos se juntam e começam a cochichar.EXT. CASA DA SENHORA ENCRENQUEIRA - MAIS TARDEEnquanto o gato dorme, bicudo come a comida do gato. O gato acorda.BICUDO (assustado): O gato saiu da casaaaa!O gato corre atrás de bicudo.Flip Flop, Pedro e Roberto entram na casinha do gato, pegam a noz e a empurram para conseguir carregar. O gato escuta o barulho da noz.GATO (irritado): Vou pegar vocês.BICUDO (desesperado): Cuidadoooo!!!Todos soltam a noz e saem correndo. O gato corre tão rápido que pega o rabo do Roberto.ROBERTO (desesperado): Socorro.

Em busca da maior noz do mundo

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Pedro volta e morde o rabo do gato, que grita.GATO (raivoso): Aaaaaaiii!!!Todos saem correndo e vão para casa de bicudo.INT. COZINHA DA CASA DE BICUDO - NOITETodos bolam um novo plano. A esposa do bicudo, SRA. BICUDA ouve o plano.SRA. BICUDA (alegre): Posso ajudar com o plano?BICUDO: É perigoso!SRA. BICUDA: Não ligo.Todos concordam.SRA. BICUDA: Tenho uma ideia. Vou costurar uma rede para jogar em cima do gato. Eles saem para o quintal.EXT. QUINTAL DA CASA DE BICUDO - NOITETodos se despedem para executar o plano na ma-nhã seguinte.FLIP FLOP: Amanhã nos encontraremos no jardim do bicudo.Todos vão para suas casas.EXT. JARDIM DA CASA DO BICUDO - DIAFlip Flop, Pedro e Roberto aguardam Bicudo e sua esposa.FLIP FLOP (ansioso): Chame sua esposa!BICUDO: Tudo bem!Todos vão para a casa da senhora encrenqueira.EXT. CASA DA SENHORA ENCRENQUEIRA - DIAFlip Flop, Pedro e Roberto vão atrás do gato para distraí-lo.FLIP FLOP: GATOOO, gatinhooo...

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O gato sai em direção de Flip Flop, Pedro e Rober-to. Nesse momento, a Senhora Bicuda, que está em cima da casinha do gato, joga sua rede em cima dele. O gato fica se debatendo enrolado na rede.GATO (muito bravo): VOU PEGAR VOCÊÊÊÊÊÊÊS!Flip Flop, Pedro, Roberto, Bicudo e Sra. Bicuda pe-gam a noz.FLIP FLOP (radiante): Vamos todos para minha casa comemorar!Todos vão para a casa de Flip Flop. INT. CASA DO FLIP FLOP - TARDETodos se sentam e repartem a noz.FLIP FLOP: Vamos repartir a noz.Flip Flop e seus amigos percebem que em conjunto podem conseguir muitas coisas e que a verdadeira amizade é para sempre. Felizes, eles se abraçam e comemoram.

Em busca da maior noz do mundo

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O MENINO E O ORNITORRINCOEscrito por Luana Levada e mentorado por Isa Incrível

INT. QUARTO DE GUSTAVO - NOITEGUSTAVO, bonito e aventureiro, tem a ideia malu-ca de sair à noite para a floresta. Ele se troca, pega a lanterna e sai de fininho para não acordar sua MÃE.EXT. RUA - NOITEGustavo anda pela rua e encontra JOSÉ, amigo de sua mãe.JOSÉ (surpreso): O que você está fazendo na rua a essa hora?GUSTAVO (gaguejando): Então...É que... eu vou... à padaria.JOSÉ (desconfiado): Hmmm, tá bom.José vai embora.GUSTAVO (aliviado): Ufa!EXT. FLORESTA - NOITEGustavo chega à floresta e vê uma sombra. Ele a segue. De repente, ele cai num buraco e desmaia. Trinta minutos se passam. Ele acorda desesperado.

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GUSTAVO (gritando): Socorro! Socorro!Gustavo grita tanto que fica rouco. Ele para de gri-tar e então ouve BARULHOS.GUSTAVO (amedrontado): Alguém está aí?O BARULHO fica mais forte e de aparece uma JI-BOIA em cima do buraco.JIBOIA: Sssss... Ora, ora, ora meu café da manhã chegou mais cedo.A jiboia vai mordê-lo, mas aparece um ORNITOR-RINCO que se joga em cima dela, impedindo que ela morda o garoto.O ornitorrinco empurra a cobra de lado e ajuda Gustavo a sair do buraco.Depois que Gustavo sai do buraco, a jiboia se joga em cima do ornitorrinco, e o entrelaça.ORNITORRINCO (para Gustavo): Corre! Corre logo!Gustavo sai correndo e vai para casa.INT. QUARTO DA MÃE DE GUSTAVO - NOITEGustavo verifica que sua MÃE está dormindo.Ele toma banho e vai dormir.EXT. RUA - DIANo dia seguinte, Gustavo encontra o ornitorrinco perto da floresta.GUSTAVO: Você matou a cobra?ORNITORRINCO: Não, nós nos acertamos.GUSTAVO (curioso): Vocês eram inimigos?ORNITORRINCO: Sim, eu já estou imaginando que você vai perguntar o por quê. Éramos amigos e ela me traiu.

O menino e o ornitorrinco

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GUSTAVO (mais curioso): Ela era alguma coisa sua?ORNITORRINCO (triste): Sim, ela era minha namo-rada. E ela me traiu com um cachorro.GUSTAVO (rindo): Puxa, que má sorte você tem! Já vou indo... Até mais, foi bom te ver.INT. CASA DE GUSTAVO - DIAGustavo chega em casa e vai assistir TV. Sua mãe está lavando o chão e percebe pegadas de barro no tapete.MÃE (desconfiada): Você foi pra algum lugar on-tem? GUSTAVO: Não, não fui não.MÃE (séria): As pegadas têm o mesmo tamanho do seu pé. Se as pegadas não são suas são de quem? Só moramos eu e você aqui.GUSTAVO (bravo): Mãe, não fui eu!MÃE: Te deixo sem internet por um ano! Se você falar a verdade, pode usar a internet...GUSTAVO (desanimado): Fui eu...MÃE: Onde é que você foi, então?GUSTAVO: Fui na floresta.MÃE (surtando): O que você foi fazer lá a noite!? Tá maluco?GUSTAVO (quase chorando): Eu sabia que se eu contasse isso pra você, você ia gritar comigo.A mãe respira fundo.MÃE: Me conta, o que você foi fazer lá?GUSTAVO (enrolando): Eu fui lá, sabe...MÃE (séria): Você foi lá fazer o quê?

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GUSTAVO (sussurrando): Fui me aventurar!MÃE: Fala mais alto! Senão vai ficar sem internet!GUSTAVO: Eu queria saber como era a vida de um aventureiro, mas não deu muito certo... Enquan-to você estava dormindo eu aproveitei e fui para a floresta. No meio do caminho eu encontrei o seu amigo José, que me perguntou onde eu ia e eu lhe disse que estava indo na padaria, porque se eu contasse que eu ia para a floresta, ele ia contar pra você.MÃE: hmm, continua...GUSTAVO: Depois que o José foi embora eu fui até a floresta. Quando eu cheguei na floresta vi uma sombra de um animal, então eu a segui e no meio do caminho caí num buraco e desmaiei. Quando acordei eu fiquei desesperado e ouvi barulhos, pensando que era alguém, nesse momento apare-ceu uma jiboia em cima do buraco. A cobra ia me morder, mas apareceu um ornitorrinco, que me salvou da mordida da cobra e me ajudou a sair do buraco. Nessa hora eu saí correndo. Quando eu cheguei em casa percebi que você ainda estava dormindo, então eu fui tomar banho e dormi.MÃE: O que você aprendeu com isso?GUSTAVO: Como assim?MÃE: Você tem noção do que poderia ter aconteci-do com você? Você poderia ser mordido por aque-la jiboia ou você poderia ser sequestrado. E eu? Como eu ficaria? Você é tudo que eu tenho!

O menino e o ornitorrinco

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Gustavo fica de cabeça baixa, arrependido pelos seus atos.GUSTAVO (triste): Desculpa mãe, eu nunca mais vou fazer isso, eu não quero ver você triste!A mãe e o Gustavo se abraçam e Gustavo aprende a pensar antes de agir.

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À PROCURA DOS ANIMAISEscrito por Luiz Legal e mentorado por Isabel Inteligente

INT. SALA DE ESTAR - DIABETO, veterinário, alto, moreno, forte e corajoso, quer evitar a extinção dos animais.Ele recebe uma mensagem anônima em seu e-mail e resolve ligar para seu assistente FRED, baixo, loi-ro e forte.BETO (ao telefone): Fred, recebi um e-mail dizen-do que o caçador Max está na Floresta Amazônica tentando sumir com os animais.FRED (preocupado): Nossa, Beto! Precisamos fa-zer alguma coisa.BETO: Me encontre na minha casa e nós iremos para o aeroporto pegar o primeiro voo até a flo-resta!EXT. FLORESTA AMAZÔNICA - NOITEBeto e Fred chegam à floresta escura.BETO: Fred, melhor montarmos nosso acampa-mento para quando amanhecer nós procurarmos os animais e o caçador.FRED: Vamos procurar um lugar escondido!

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EXT. FLORESTA AMAZÔNICA - DIAAo amanhecer, Beto e Fred acordam dentro da barraca.Beto sai e encontra tudo destruído: as árvores, o acampamento, a fogueira...BETO (grita): Freeeeddd, venha ver isso!Fred sai da barraca correndo.FRED (desesperado): O que foi Beto!? O que acon-teceu aqui?BETO (preocupado): Não sei, Fred, precisamos ver se quem fez isso deixou alguma pista. Vamos procurar!Beto e Fred saem pela floresta atrás das pegadas deixadas por quem destruiu o acampamento.FRED (surpreso): Beto, venha ver isso aqui perto dessa pedra. Acho que achei alguma coisa!BETO: É um chapéu, Fred! E parece que não são pegadas de uma pessoa só, são de duas!FRED: Já desconfiava, que o caçador Max não es-taria sozinho!BETO (preocupado): Precisamos salvar esses ani-mais, Fred! Vamos atrás destas pegadas!Beto e Fred correm pela trilha, seguindo as pegadas.BETO: Fred, olhe para o chão. Está cheio de pelos de animais!FRED (surpreso): E no galho daquela árvore há um papel!Beto recolhe os pelos e coloca em um saquinho plástico para utilizar como pistas, enquanto Fred

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tenta subir na árvore para tirar o papel do galho.FRED (voz de cansado): Beto! Consegui! E parece que tem um recado para a gente: “Saiam daqui ou eu me vingarei de vocês!”BETO (preocupado): Parece que o Max já sabe que somos nós que estamos aqui. Acho que quem deve estar com ele é o seu capanga Tico.FRED: Também acho, Beto! Mas vamos continuar atrás deles! Precisamos deixar que eles achem que nós desistimos.BETO: Isso! Vamos salvar os animais! É o mais im-portante.EXT. FLORESTA AMAZÔNICA - TARDEO sol está quente. Beto e Fred estão com sede e suas pernas doem. Mesmo assim, eles continuam a andar para salvar os animais.BETO: Acho que estamos perto, Fred. Estou ou-vindo alguns barulhos.FRED: Também estou escutando alguns choros de animais.BETO: Ao mesmo tempo que fico feliz por estar-mos perto, imagino o quanto esses animais estão sofrendo.OS SONS DOS ANIMAIS CHORANDO faz com que o calor, a dor nas pernas, o cansaço vão embora.Beto e Fred têm ainda mais determinação para en-contrar os animais.EXT. FLORESTA AMAZÔNICA - NOITEBeto segue por entre as árvores, seguindo O SOM

À procura dos animais

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DOS ANIMAIS.BETO (voz baixa): Fred, venha aqui, rápido! Acho que encontrei o esconderijo!FRED (voz baixa): Estou indo!O esconderijo é uma casa velha, com janelas que-bradas, paredes sujas e cheiro ruim.O SOM DOS ANIMAIS aumenta.BETO (voz baixa): Vamos olhar pela janela, Fred, e tentar saber o que esta acontecendo lá dentro.Os dois se aproximam do esconderijo, vão até a ja-nela e vêm o caçador MAX, forte, alto, bravo, e seu capanga TICO, ruivo, corcunda e gordinho, dor-mindo.FRED (voz baixa, surpreso): Olha Beto! Eles estão dormindo!BETO (voz baixa, triste): Olha os animais ali presos naquelas gaiolas...FRED (voz baixa, com medo): Vamos entrar em silêncio para não acordá-los e tentar resgatar os animais.BETO (voz baixa): Precisamos tomar muito cuida-do! Se Max e Tico acordarem, estamos fritos!INT. ESCONDERIJO SECRETO - NOITEBeto e Fred entram lentamente no esconderijo se-creto. Mas quando os animais reparam que há pes-soas se movimentando do lado de dentro, ficam com medo e começam a fazer BARULHO.FRED (muito medo): Betoooooo, acho que eles vão acordar com esse barulho!

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Nesse momento, Max e Tico acordam muito bravos.MAX (fala alto): Vocês acharam que iam conseguir? Mas não! Vou pegar todos os pelos desses animais e ganhar muito dinheiro com eles.TICO (rindo): É isso aí, chefe!Beto levanta sobrancelha.BETO: Acho que você está enganado, Max!Enquanto Beto distrai Max e Tico, Fred tira de seu bolso duas seringas com um líquido sonífero e in-jeta nos dois vilões.MAX (bravo): Seus...Antes que Max conseguisse terminar a frase, já es-tava caído em cima de Tico, dormindo.BETO (feliz): É isso aí, Fred! Conseguimos!FRED (feliz): Vamos amarrá-los para quando acor-darem não terem como escapar da polícia.O veterinário Beto e seu assistente Fred chamam a polícia, resgatam os animais capturados pelo ca-çador e seu capanga, e os levam de para a floresta.Assim, Beto consegue cumprir com seu dever de sempre cuidar e proteger os animais.

FIM

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Contando Sonhos é um projeto baseado no programa Script-to-Stage da The Young Storytellers Foundation. No Brasil, o projeto é desenvolvido pela ONG Sonhar Acordado desde 2013 e visa transmitir valores huma-nos e desenvolver a alfabetização através da arte de contar histórias.

ONG Sonhar Acordado foi fundada em 1998, em Monterrey e é uma organização internacional, sem fins lucrativos, que compromete jovens líderes com o de-senvolvimento da sociedade, formando elos de cons-ciência e responsabilidade social, em favor de crianças e adolescentes de baixa renda. Presente no Brasil desde 2000, o Sonhar Acordado atua atualmente em 12 cida-des brasileiras, envolvendo mais de 5 mil jovens volun-tários todos os anos, através de projetos contínuos e esporádicos.

Colégio Mão Amiga criado em 2002, faz parte da Fe-deración Mano Amiga (Internacional), uma instituição cujo objetivo é construir centros de desenvolvimento comunitário em áreas de escassos recursos, onde se formem pessoas em três dimensões: individual, fami-liar e comunitária, com a finalidade de garantir o acesso a um ensino de qualidade a crianças e adolescentes.

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Essa obra foi composta em Guardian pela Editora Entre Aspas para uso exclusivo da ONG Sonhar

Acordado em junho de 2015.