Livro DMBelém 16.indd 1 3/8/16 6:40 PM · 211 pLanta do reCInto dIas da mÚsICa a ProGramaçÃo...

107

Transcript of Livro DMBelém 16.indd 1 3/8/16 6:40 PM · 211 pLanta do reCInto dIas da mÚsICa a ProGramaçÃo...

Livro DMBelém 16.indd 1 3/8/16 6:40 PM

3

>

5 Introdução

7 Informações Preçário ⁄ concertos ⁄ recinto ⁄ salas ⁄ sala júlio verne/conversas

Para os mais novos⁄ comPras e restaUraçÃo/ BenGaleiro/ estacionamento

12 resumo da programação

sábado 12 PúBlico jovem

13 PúBlico Geral

domIngo 14 PúBlico jovem

15 PúBlico Geral

17 ConCertos informaçÃo soBre os ProGramas de todos os concertos

19 fILme ConCerto pré-InauguraL qUinta-feira ⁄ 21 aBril

21 ConCerto de abertura sexta-feira ⁄ 22 aBril

22 ConCertos de sábado 23 aBril

23 Às 14h30 Às 16h37 Às 18h43 Às 20h49 Às 22h

55 ConCertos de domIngo 24 aBril

55 Às 13h62 Às 15h68 Às 17h75 Às 19h 80 ConCerto de enCerramento

83 ConCertos projetar o futuro Com arte concertos dados Pelos PeqUenos-Grandes músicos das nossas escolas de música

84 sábado90 domIngo

Livro DMBelém 16.indd 2 3/9/16 4:54 PM

5

em 1873, júlio verne descreve a tentativa do inglês Phileas fogg em dar a volta ao mundo em apenas 80 dias – uma verdadeira proeza para a época, só possível graças à determinação do protagonista e do seu fiel ajudante Passepartout. com este livro, não foi apenas Phileas fogg a viajar, mas todos os que se deixaram levar pela imaginação indo com ele até paragens nunca antes pensadas pela maioria dos leitores. também a música, pela sua universalidade, teve um papel fundamental nesta descoberta. em 1862, para a exposição Universal de londres, Giuseppe verdi compunha um Hino das Nações; em 1889, as sonoridades do gamelão de java vinham para influenciar toda uma geração de compositores, a começar por claude debussy; em 1900, Paris era inundada de músicos da ilha de madagáscar com os seus ritmos tribais. a verdade é que a música é para muitos a mais universal das linguagens, aquela que mais une e, simultaneamente, uma das melhores formas de caracterização identitária de um povo e de uma cultura. Por esse motivo, o ccB propõe para estes dias da música que se aceite o desafio de júlio verne e que se parta numa viagem à volta do mundo, não em 80 dias, mas em 80 concertos. Pretendemos trazer o mundo até nós, seja através da música de raiz popular, seja através de todos aqueles compositores cuja obra reflete todo um povo, toda uma região, toda uma maneira de ser. Um tema tão natural num país como Portugal que ao longo dos séculos, através da sua diáspora, influenciou e deixou-se influenciar por tantas culturas, do Brasil a macau, passando por áfrica e pela Índia. são 80 concertos que representam países, povos, culturas e músicos que há muito já deixaram de ser daqui ou dali, e passaram a pertencer a todos e cada um de nós. Bem-vindos aos dias da música e boa viagem.

95 ConCertos InformaIs concertos Para toda a famÍlia, de entrada livre no coreto (dentro do recinto, Piso 2)

96 sábado97 domIngo

99 saLa jÚLIo Verne

ProGramaçÃo qUe decorre na sala júlio verne (na Praça do ccB) com ProGramaçÃo Para crianças e adUltos

101 aquI há ConVersas nos intervalos dos concertos decorrem interessantes

conversas ⁄ conferências com os artistas na sala de leitUra do ccB (no Piso 1)

103 mInI dIas da mÚsICa Um minifestival de música Para os mais novos

109 para os maIs noVos

oficinas ProGramadas Pela fáBrica das artes e Pelo serviço edUcativo da GaraGem sUl (sitUadas no jardim das oliveiras)

111 BaBysitting Um esPaço Para os seUs filhos mais PeqUenos

115 Intérpretes Para comPlementar as notas ao ProGrama,

consUlte nesta secçÃo todas as informações soBre os ParticiPantes dos concertos

116 orquestras e maestros138 ensembLes161 pLuraIs179 soLIstas

209 passear peLo CCb lojas, esPaços de restaUraçÃo e jardins Para freqUentar ⁄ descansar dUrante o festival

211 pLanta do reCInto dIas da mÚsICa

a ProGramaçÃo destinada aos mais novos e famÍlia

dIas da mÚsICa em beLém

a volta ao mUndo em 80 concertos

77

Informações

DIREÇÃO ARTÍSTICA E PEDAGÓGICA

F I L I P E P I N T O - R I B E I R O

A segunda edição da Academia Internacional de Música de Lisboa VERÃO CLÁSSICO irá decorrer no Centro Cultural de Belém, entre 30 de Julho e 6 de Agosto de 2016,

e engloba Masterclasses de Instrumento e de Música de Câmara, orientadas por professores das mais importantes instituições musicais do panorama mundial, prémios para os melhores

participantes, e concertos diários (entre 30 de julho e 6 de agosto) no Festival de Música de Câmara, com a presença dos participantes e dos músicos mais conceituados da actualidade.

CALENDÁRIO GERAL

DIA 30 JUL Receção aos participantes das Masterclasses e Concerto de Abertura

ENTRE 31 JUL E 6 AGO Masterclasses VERÃO CLÁSSICO

ENTRE 30 JUL E 6 AGO Festival de Música de Câmara VERÃO CLÁSSICO

PROFESSORES / MÚSICOS

B E N J A M I N S C H M I D Á U S T R I A V I O L I N OPROFESSOR DA UNIVERSIDADE MOZARTEUM DE SALZBURGO E DA UNIVERSIDADE DE BERNA

J A C K L I E B E C K R E I N O U N I D O V I O L I N OPROFESSOR DA ROYAL ACADEMY OF MUSIC DE LONDRES

I S A B E L C H A R I S I U S A L E M A N H A V I O L APROFESSORA DA UNIVERSIDADE DE LUCERNA E VIOLETISTA DO QUARTETO ALBAN BERG

G A R Y H O F F M A N E . U . A . V I O L O N C E L OPROFESSOR DA CAPELA MUSICAL RAINHA ELISABETE DA BÉLGICA

M A T T H E W M c D O N A L D A U S T R Á L I A C O N T R A B A I X O1.ª CONTRABAIXO SOLO DA ORQUESTRA FILARMÓNICA DE BERLIM E PROFESSOR DA ESCOLA SUPERIOR DE MÚSICA “HANNS EISLER“ DE BERLIM

S I L V I A C A R E D D U I T Á L I A F L A U T A1.ª FLAUTA SOLO DA ORQUESTRA SINFÓNICA DE VIENA E PROFESSORA DA ESCOLA SUPERIOR DE MÚSICA “HANNS EISLER“ DE BERLIM

O L I V I E R P A T E Y F R A N Ç A C L A R I N E T E1.º CLARINETE SOLO DA ORQUESTRA CONCERTGEBOW DE AMESTERDÃO

E L D A R N E B O L S I N R Ú S S I A P I A N OPROFESSOR DA ESCOLA SUPERIOR DE MÚSICA “HANNS EISLER“ DE BERLIM

F I L I P E P I N T O - R I B E I R O P O R T U G A L P I A N ODIRETOR ARTÍSTICO E PEDAGÓGICO

INSCRIÇÕES JÁ ABERTAS [email protected]

TODA A INFORMAÇÃO EM WWW.CCB.PTSIGA-NOS NO FACEBOOK

V E R Ã O C L Á S S I C OA C A D E M I A I N T E R N A C I O N A L

D E M Ú S I C A D E L I S B O A

3 0 J U L H O > 6 A G O S T O 2 0 1 6

2 . ª E D I Ç Ã O

C E N T R O C U L T U R A L D E B E L É M A P R E S E N T A

P A R C E I R O S I N S T I T U C I O N A I S A P O I O S P A R C E I R O M E D I A

Livro DMBelém 16.indd 3 3/8/16 6:50 PM

99

preçárIoFilme/concerto Pré-inaugural (Parceria com indie lisboa, cinema são jorge, 21h30) 5€ Concerto de abertura A1 e Concerto de encerramento C5 11€ (galerias 6€) Concertos no Grande Auditório 9,50€ (galerias 6€)Concertos no Pequeno Auditório / Sala Sophia de Mello Breyner / Sala Almada Negreiros / Sala Fernan do Pessoa / Sala Luís de Freitas Branco 7,50€. Concertos na Sala Amália Rodrigues 6€. Sexta-feira dia 22- Concerto Orquestra “Ensemble“ 4€Sala Júlio Verne 4€Bilhete de recinto 4€ (atividades de entrada livre a decorrer dentro do recinto dias da música).

no festival não se aplicam descontos e não é possível efetuar reservas de bilhetes. Para além da Bilheteira ccB, situada no caminho Pedonal, durante o festival e no interior do recinto, funciona uma bilheteira alternativa na receção principal, junto ao balcão de informações (Piso 1). Para adquirir mais bilhetes para concertos não necessita de sair do recinto.

ConCertostodos os concertos com bilhete têm um número de referência (letra + número). Para facilitar a compra, utilize esta designação para identificar os concertos a adquirir. consulte na secção “Concertos” as notas aos programas e outras informações sobre o/s concerto/s. na secção “Intérpretes” vai encontrar as informações sobre orquestras, maestros, ensembles, grupos vocais e solistas participantes.os mini dias da música decorrem na sexta-feira, dia 22 de abril, tendo como alvo principal o público escolar. A programação pode sofrer alterações por motivos imprevistos. Consulte o programa atualizado do festival em www.ccb.ptno espaço coreto (Piso 2), nos intervalos dos concertos principais, decorrem concertos informais de entrada livre. consulte a programação na secção “Concertos Informais”.

reCIntodurante o festival, no sábado e domingo, a circulação no ccB é condicionada. os espaços interiores são reservados aos portadores de bilhetes para concertos ou de recinto. o bilhete de recinto dá acesso às atividades complementares que acontecem nas zonas de circulação, como os concertos no Coreto e no Espaço da Antena 2, os debates Aqui

há Conversas e os espaços comerciais fnac, intermúsica, imprensa nacional-casa da moeda. Sábado e Domingo, o recinto abre às 12h. no exterior do recinto decorrem concertos na sala Júlio Verne (Praça CCB) e oficinas na fábrica das artes e Garagem sul. também pode circular pelo mercado e pelos vários espaços comerciais existentes no ccB. Pode entrar e sair do recinto sempre que o desejar, apresentando o seu bilhete à entrada.

saLasSó os concertos que decorrem no Grande Auditório têm lugares marcados. nas restantes salas, a ocupação faz-se por ordem de chegada. Para ter mais opções, antecipe a sua chegada. Não é possível a entrada nas salas após o início dos concertos. nas salas de concertos não é permitido comer, beber ou efetuar qualquer tipo de gravação de som ou de imagem. Não se esqueça de desligar o seu telemóvel. alguns dos concertos dias da música serão gravados ou transmitidos em direto – agradecemos antecipadamente a sua compreensão e colaboração.

saLa jÚLIo Vernenesta terão lugar concertos informais dirigidos a famílias. realizar-se-ão ainda momentos de dança, com a presença de dois bailarinos que vão ensinar todos os interessados a dançar ao som dos ritmos cubanos, do tango e das sonoridades africanas. ConVersasAqui há Conversas, um espaço moderado por nuno Galompim, acontece no intervalo dos concertos e tem entrada livre (limitada à capacidade da sala). espaço para conversas centradas no tema deste ano dos dias da música, moderado por nuno Galopim. jornalista, radialista, dj e crítico musical, escreve regularmente no Expresso, nas revistas Blitz, Time Out e Metropolis e é um dos autores da webzine máquina de escrever e do blogue sound + vision. foi durante 20 anos editor de cultura no Diário de Notícias, passou pelo Independente e foi correspondente português da Billboard. consulte a secção “Conversas”.

para os maIs noVosexiste uma programação de oficinas de entrada livre. Para participar é necessário efetuar uma marcação prévia à entrada do espaço Fábrica das Artes ou da Garagem Sul – Exposições de Arquitetura (ambas no jardim das oliveiras).

>

11

as crianças até aos 7 anos devem estar acompanhadas por um adulto portador de bilhete. crianças até aos 3 anos têm entrada livre. crianças a partir dos 4 anos deverão ter um bilhete de concerto ou recinto. As marcações são limitadas à capacidade das salas onde decorrem as oficinas. consulte a secção “Para os mais novos”.

BaBysitting o ccB disponibiliza um serviço de babysitting para crianças até aos 6 anos de idade no espaço Cócegas nos Pés (sala amadeu de sousa cardoso, Piso 2). este serviço tem o custo de 2€/hora e funciona no sábado, das 12h às 23h e, no domingo das 12h às 20h. as inscrições poderão ser feitas no local ou em [email protected] o espaço tem uma lotação limitada.

Compras ⁄ restauração há diversos bares e restaurantes do piso 1 em funcionamento durante o festival. no interior do recinto, o restaurante do piso 1, o Bar terraço e o sanduiche Bar e no exterior o restaurante este-oeste. o mercado do ccB vai ter uma edição especial (na Praça do ccB) e os habituais espaços comerciais estarão em funcionamento. no interior do recinto pode contar com os espaços da fnac, imprensa nacional casa da moeda e intermúsica.

bengaLeIro deixe o seu casaco ou chapéu em segurança. Utilize gratuitamente o serviço de bengaleiro, junto à entrada para o Pequeno auditório.

estaCIonamento o ccB dispõe de dois parques de estacionamento com acessos pela rua Bartolomeu dias (Parque a) e pela Praça do império – à av. da Índia (Parque B). As máquinas de pagamento situam-se à entrada dos parques, piso 0. no parque B (à av. da Ìndia), piso 0, encontra lugares de estacionamento reservados a pessoas com mobilidade condicionada.

Anúncio PJM_prog DIAS DA MUSICA_105x210.pdf 5 3/8/16 5:04 PM

Por motivos imprevistos a programação poderá ser alterada. consulte a programação atualizada em www.ccb.pt ou contacte-nos para linha atendimento dias da música, das 11h às 20h — tel: 213 612 627.

13

PáG.110

10h

15h

11h

16h

12h

17h

13h

14h

0-5 anos

Ba

By

sitt

ing

13h

-23h

ofI

CIn

a

Ka

Ô: em

ba

Lo

do

mu

nd

o

12h-23h

ofI

CIn

aa

Lum

br

a L

un

a

sábadoprogramação para os maIs noVos para os maIs noVos

abertura do reCInto dIas da mÚsICa

13

resumo da programaçãosábado 23 aBril

b1PáG.23

b6PáG.24

b11PáG.26

b16PáG.27

b21PáG.28

b26PáG.29

b31PáG.84

V2PáG.100

b2PáG.30

b7PáG.30

b12PáG.32

b17PáG.33

b22PáG.35

b27PáG.35

b32PáG.86

V4PáG.100

b3PáG.37

b8PáG.38

b13PáG.39

b18PáG.40

b23PáG.41

b28PáG.42

b33PáG.87

V6PáG.100

b4PáG.43

b9PáG.44

b14PáG.45

b19PáG.46

b24PáG.47

b29PáG.48

b34PáG.88

b5PáG.49

b10PáG.50

b15PáG.50

b20PáG.52

b25PáG.52

b30PáG.53

grandeaudItÓrIo 1

| 14h

| 13h

| 16h

| 17h

| 18h

| 22h

| 20h | 22h

pequenoaudItÓrIo

saLa LuÍs de freItas branCo

saLa sophIa de meLLobreYner

saLa aLmada negreIros

saLafernando pessoa

projetar o futuro Com arte sala amália rodriGUes

saLa jÚLIo Verne

Coreto foYer do Grande aUditÓrio, Piso 2

Calendário de ConCertos e das outras atividades a deCorrer durante o dia de sábado Para mais informações Consulte a Página indiCada

1 sÓ o grande audItÓrIo tem Lugares marCados nas restantes salas, a oCuPação faz-se Por ordem de Chegada

>

V3PáG.100

| 15h

V5PáG.100

| 19h

PáG.96

| 15h

PáG.96

| 17h

PáG.96

| 19h

0-6 anos

m/6 anos

m/7 anos

6-12 anos

ofI

CIn

aV

oLt

a a

o m

un

do

em

80

son

s

ofI

CIn

a

Ca

sa

mu

nd

o

(80 m

Inu

tos)

18h

PáG.110

PáG.110

PáG.113

PáG.111

PáG.111

PáG.111

PáG.111

PáG.111

PáG.112

PáG.112

151515

resumo da programaçãodomIngo 24 aBril

C1PáG.55

C6PáG.56

C10PáG.57

C14PáG.56

C18PáG.59

C22PáG.60

V7PáG.100

PáG.97

C2PáG.62

C7PáG.63

C11PáG.63

C15PáG.64

C19PáG.65

C23PáG.67

C26PáG.90

V8PáG.100

PáG.97

C3PáG.68

C8PáG.69

C12PáG.70

C16PáG.71

C20PáG.73

C24PáG.73

C27PáG.91

V9PáG.100

C4PáG.75

C9PáG.75

C13PáG.76

C17PáG.77

C21PáG.78

C25PáG.79

C28PáG.92

C5PáG.80

grandeaudItÓrIo 1

| 13h

| 14h30

| 14h

| 15h

| 16h30

| 16h

| 17h

| 18h30

| 19h | 21h30

pequenoaudItÓrIo

saLa LuÍs de freItas branCo

saLa sophIa de meLLobreYner

saLa aLmada negreIros

saLafernando pessoa

projetar o futuro Com arte sala amália rodriGUes

saLa jÚLIo Verne

Coreto foYer do Grande aUditÓrio, Piso 2

Calendário de ConCertos e das outras atividades a deCorrer durante o dia de domingo Para mais informações Consulte a Página indiCada

1 sÓ o grande audItÓrIo tem Lugares marCados nas restantes salas, a oCuPação faz-se Por ordem de Chegada

>

PáG.110

10h

15h

11h

16h

12h

17h

13h

14h

0-5 anos

Ba

By

sitt

ing

12h

-20h

ofI

CIn

a

Ka

Ô: em

ba

Lo

do

mu

nd

o

12h-20h

ofI

CIn

aa

Lum

br

a L

un

a

domIngo programação para os maIs noVos para os maIs noVos

abertura do reCInto dIas da mÚsICa

0-6 anos

m/6 anos

m/7 anos

6-12 anos

ofI

CIn

aV

oLt

a a

o m

un

do

em

80

son

s

ofI

CIn

a

Ca

sa

mu

nd

o

(80 m

Inu

tos)

18h

PáG.110

PáG.110

PáG.113

PáG.111

PáG.111

PáG.111

PáG.111

PáG.111

PáG.112

PáG.112

PáG.98

| 18h

PáG.98

| 20h

1717

C o n C e r t o s

6ª EDIÇÃO

© PAT KEPIC

Livro DMBelém 16.indd 4 3/11/16 4:37 PM

19

fILme-ConCerto pré-InauguraL IndIe LIsboa

quINtA-FEIRA 21 aBril 21h30 cinema sÃo jorGe 5€ rondÓ da CarpIdeIra

o Rondó da Carpideira é um espetáculo multidisciplinar de homenagem ao trabalho de michel Giacometti com base nas suas recolhas etnomusicais em Portugal, apresentadas no programa de televisão Povo que Canta. criado pelos músicos mário marques (saxofonista), daniel Bernardes (pianista) e conta com a edição de imagens e conceção visual de Gonçalo tarquínio. o conceito do espetáculo é a interação destes músicos com os cantares e tocares registados por Giacometti, desenvolvendo os temas melódicos ou rítmicos apresentados nos registos.

Livro DMBelém 16.indd 5 3/8/16 6:55 PM

2121

ConCerto de abertura

a1

SExtA-FEIRA 22 aBril 21h30 Grande aUditÓrio Piso 1 | 11€ / 6€

Claude debussy Iberia manuel de falla Noches en los Jardines de España nikolai rimsky-Korsakov Scheherazade orquestra sInfÓnICa metropoLItana Pedro Amaral direção musical Josep Colom piano A Representação do Outro quando remete para contextos distantes, a obra artística é mais persuasiva no convite que faz à apreciação contemplativa. desde logo, porque suspende os compromissos da vida quotidiana e liberta instintos de evasão. entre os propósitos de cada viagem esconde-se sempre este tipo de vontade, que anseia por outros lugares, outros conhecimentos, diferentes “pontos de vista”. resta adivinhar os motivos que levam compositores de matriz clássica a aventurarem-se em universos que, à partida, não lhes pertencem. talvez, então, se revelem maiores interesses em torno da sedução do exótico e dos efeitos de encantar. exemplo emblemático do exotismo em música, em frança cultivou-se o arquétipo de uma espanha idealizada, divisória subliminar entre centro e periferias europeias. Bastou a debussy uma curta viagem por san sebastián para compor o tríptico que preenche o núcleo da obra orquestral Images. ouvem-se castanholas, fragrâncias noturnas no oboé, “rasgueados” guitarrísticos em clima de festa. com igual exuberância, falla evoca em Noches en los Jardines de España o jardim de alhambra, o espírito andaluz de uma “danza lejana” e uma festa cigana de córdova. o compositor autorretrata a sua cultura, num bilhete-postal endereçado à internacionalização da carreira. e, ainda, o russo rimsky-Korsakov, que tão bem conhecia as sonoridades espanholas. em Scheherazade, porém, deslumbrou--se pelo orientalismo das Mil e uma noites, um verdadeiro festim de sensações, e de oportunidades para a orquestra brilhar. r U i c a m P o s l e i t à o

c o n c e r t o G r a v a d o P e l a r t P

2323

sábado 14h

B1 sábado 23 aBril 14h Grande aUditÓrio Piso 1 | 9,50€ / 6€ entre portugaL e as amérICas gershwin abertura Cubana Luís de freitas branco suite alentejana n.º 1 arturo márquez Danzón n.º 2 Pedro Andrade direção musical este é um programa que faz uma ponte entre Portugal e as américas. George Gershwin é célebre pelos standards do Grande cancioneiro americano, mas o compositor norte-americano também abraçou músicas de outras latitudes. É o exemplo desta abertura cubana, originalmente intitulada Rumba, composta em 1932, pouco depois do músico ter passado uma temporada em havana. a peça é dominada por ritmos caribenhos e percussões típicas de cuba. esta é uma obra de uma grande riqueza e sofisticação, que ilustra a influência da música cubana. de cuba (e dos estados Unidos) parte-se para Portugal, mais concretamente para o alentejo, com a suite alentejana n.º 1, de luís de freitas Branco. o compositor tinha um especial apreço por esta região, que chegou a definir como “a sua terra de eleição”, tendo, por isso, composto esta suite que recorre ao folclore alentejano. esta primeira suite foi estreada pela orquestra sinfónica de lisboa, a 8 de fevereiro de 1920, no teatro Politeama, sob a direção do pianista e compositor vianna da motta. o final deste programa marca o regresso à américa, mais precisamente ao méxico, com Danzón n.º 2, de arturo márquez, obra que resultou de uma encomenda da Universidade autónoma do méxico e que vai beber ao danzón, uma dança tradicional cubana, mas que ficou mais popular no méxico. Parceria anqeP/ccB

n U n o c o s t a

2525

B6

sábado 23 aBril 14h PeqUeno aUditÓrio Piso 0 | 7,50€

fusão orIentaLClaude debussy Quarteto de cordas em sol menor, op. 10 i. Animé et très décidé / ii. Assez vif et bien rythmé / iii. Andantino, doucement expressif / iv. Très modéré - Très mouvementé et avec passion elizabeth davis O Deus do Vulcão música tradicional da Ilha de java Swara Suling música tradicional da Ilha de bali Hujan Jepun arranjo de Gilbert stoeck nuno Côrte-real Cycles Para gamelão e quarteto de cordas

ensembLe darCosEmanuel Salvador violinoAna Madalena Ribeiro violinoReyes Gallardo violaFilipe quaresma violoncelo

YogIstragongElizabeth Davis direção musicalCarlos ReisMaria Miguel LucasCláudio OliveiraSara SantosJoão LuísDomingos Marreirostânia MendesSimão LealDiana GasparJorge Mendonça OliveiraSandra Pérez

Orientalismo Musicalo oriente tem fascinado desde sempre o homem ocidental. lugar de mil maravilhas, de sumptuosas riquezas e irresistíveis seduções, o oriente representou para o imaginário europeu uma terra prometida, um espaço de evasão, uma região estagnada numa idade dourada, onde os sonhos e os anseios permanecem intactos, onde todas as esperanças se podem cumprir. no domínio da música as referências ao oriente são muito antigas mas, na verdade, até ao final do século xix a europa

desconhecia quase totalmente as músicas orientais. aquilo que se tomava por estilo oriental reduzia-se a uma série de clichés sonoros e estereótipos. o orientalismo desenvolveu-se significativamente a partir do século xix, a época dos grandes impérios coloniais. enquanto fenómeno musical encontra-se estritamente ligado ao exotismo e ao folclorismo. nesta medida, o orientalismo musical aparece sobretudo ligado à ópera ou ao poema sinfónico. ignorantes da verdadeira música oriental, os compositores recorrem a escalas exóticas, intervalos invulgares, modos pentatónicos, ritmos assimétricos, isto é, material étnico estranho à norma ocidental, mas que é domesticado e integrado na sintaxe tonal e assimilado nas estruturas formais tradicionais. esse estado de coisas só mudou no século xx, quando as viagens mais frequentes e os meios de comunicação mais eficazes permitiram um verdadeiro conhecimento e compreensão da riqueza e diversidade das músicas orientais. a mudança de perspectiva começa na exposição internacional de Paris, em 1889, quando pela primeira vez é apresentado ao mundo ocidental a música do gamelão javanês. Para os músicos da época trata-se de uma verdadeira revelação que terá consequências duradouras na evolução da música ocidental, e no modo de se pensar a música oriental. o que surpreendeu e suscitou tanto interesse em 1889 não foi simplesmente a invulgaridade e a riqueza do instrumental, mas também o facto de que uma tal variedade de timbres dava origem a uma complexa trama polifónica, realizada através da sobreposição heterofónica, com diferentes densidades, revelando um sistema harmónico muito sofisticado. Uma descoberta desconcertante, se pensarmos que a harmonia era, à época, considerada um apanágio exclusivo da música erudita europeia. o profundo e duradouro impacto que a descoberta do gamelão javanês provocou em claude debussy (1862-1918) é bem conhecido.Personalidade irreverente e anticonformista, debussy procurava romper com a hegemonia musical germânica e com as formas estabelecidas. Para ele, a descoberta das músicas do extremo-oriente constitui um momento decisivo na tomada de consciência da possibilidade de quebrar o espartilho da tradição. esta será a primeira etapa de uma aliança íntima entre as tradições oriental e ocidental, o início de uma estética de “fusão” que, sob diversas formas, se disseminará por todo o século xx, de messiaen a john cage, dos Beatles à world music.e x c e r t o d e t e x t o d e a f o n s o m i r a n d a

[ o a U t o r e s c r e v e s e G U n d o a a n t i G a o r t o G r a f i a ]

2727

sábado 23 aBril 14h sala lUÍs de freitas Branco Piso 1 | 7,50€ beLLe époque no tempo de phILeas fogg Charles gounod Petite Symphonie antonín dvorák Serenáda meLLeo harmonIa Joaquim Ribeiro direção musical Anabela Malarranha flauta transversal Ricardo Lopes oboé Joel Vaz oboé Francisco Ribeiro clarinete Cândida Oliveira clarinete David harrison fagote Carolino Carreira fagote Luís Vieira trompa Ricardo Alves trompa António Augusto trompa Ana Raquel Pinheiro violoncelo Pedro Wallenstein contrabaixo inspirados no tema lançado para os dias da música 2016, o melleo harmonia, grupo residente da aParm – academia Portuguesa de artes musicais, elaborou o programa Belle Époque, com direção do maestro joaquim ribeiro. a Belle Époque corresponde no nosso imaginário a um período de cultura cosmopolita, particularmente rico em manifestações artísticas, cuja essência alterou para sempre o sentido quotidiano europeu: um tempo em que as inovações tecnológicas eclodiam a cada momento. foi o momento do impressionismo, da Art Nouveau, da arte urbana e do desenvolvimento de um conceito de cidadão do mundo como nunca tinha existido. Pela primeira vez, invenções como o telefone, o telégrafo sem fio, o cinema, a bicicleta, para além do desenvolvimento sem precedentes das linhas ferroviárias interestaduais, permitiram ao indivíduo deslocar-se e comunicar de forma fácil e rápida. nunca como antes a informação e tendências circularam. senão vejamos: já em 1857, compositores como antonín dvorák tocava em Praga, cidade onde viria a falecer, obras de génios tão variados como mendelssohn, schumann, raff, ou Wagner, que chegou mesmo a dirigir programas na capital checa, em 1863.

muito embora Paris represente a capital da Belle Époque, o movimento foi vivido à escala europeia de forma intensa. foi mesmo este o ponto de partida para a elaboração do programa proposto. assimilando as sonoridades da época, o maestro joaquim ribeiro selecionou duas obras orquestrais para formação essencialmente de sopros de dois dos compositores mais paradigmáticos deste período: dvorák e Gounod, este último por nos reconduzir à velha Paris do final do século xix. abraçou, desta forma, três premissas: dois compositores, duas cidades, uma mesma época: a Belle Époque.

B16

sábado 23 aBril 14h sala sofia de mello BreYner Piso 2 | 7,50€ o mundo a 4 mãos antónio Victorino d’almeida Balada op. 126 Yoshinao nakada A primavera chegou e flores de cerejeira floresceram Yoshinao nakada Do início do outono até meados do outono maurice ravel Ma Mère L’Oye i. Pavane de la Belle au bois dormant / ii. Petit Poucet / iii. Laideronnette, Impératrice des Pagodes / iv. Les entretiens de la Belle et de la Bête / v. Le jardin féerique Camille saint-saëns Danse Macabre musICorba tomohiro hatta e Ricardo Vieira piano a quatro mãos desde a chegada dos primeiros portugueses às costas do japão, no início do século xvi, que se criaram laços de uma profunda curiosidade e admiração entre japão e Portugal. Uniam-se os extremos da eurásia. cerca de cinco séculos depois, em Paris, dois talentosíssimos pianistas repetem o feito. o português ricardo vieira e o japonês tomohiro hatta vêm contribuir mais uma vez para este encontro, recorrendo à mais universal das linguagens que é a música, capaz de unir culturas, povos e países, independentemente das suas raízes, do seu idioma e das suas tradições, num exercício de tornar próximo e familiar o que é aparentemente tão distante. o resultado é o projeto musicorba, em que se pode ouvir

>

^

B11

^

^

2929

ricardo vieira a juntar-se a tomohiro hatta à interpretação de duas peças do japonês Yoshinao nakada. ainda nesta viagem através da música podemos encontrar outros olhares sobre Portugal, com a Balada de antónio victorino d’almeida. a frança, país que uniu estes dois pianistas, surge-nos através da música para quatro mãos de maurice ravel.a n d r É c U n h a l e a l

B21 sábado 23 aBril 14h sala almada neGreiros Piso 2 | 7,50€ a rÚssIa romântICa piotr Ilich tchaikovsky trio com piano, op. 50 À memória de um grande artista tatIana samouIL violinopaVeL gomzIaKoV violonceloeLdar neboLsIn piano em março de 1881, em nice, tchaikovsky é informado da morte do seu amigo nicolai rubinstein (irmão de anton rubinstein), músico de grande valor e fundador do conservatório de moscovo (1866). em Paris, na igreja ortodoxa da rua daru, tchaikovsky recolhe-se diante do cadáver do seu amigo; esta visão gerou nele um pavor psíquico da morte, que nunca mais o abandonará, e cuja expressão podemos encontrar na ópera Dama de Espadas e na Sinfonia Patética. foi em roma, em finais desse ano, que tchaikovsky decidiu compor aquela que seria uma das suas maiores obras primas da música de câmara: o trio À memória de um grande artista. terminada em roma no mês de fevereiro de 1882, o compositor enviou a partitura para moscovo, com o título meio em francês meio em italiano, À la mémoire d’un grand artiste, Gennaio 1882, encarregando os seus “intérpretes ideais” de levarem a cabo as revisões. estes “intérpretes ideais” eram o seu aluno sergei taneyev, para o piano, o violinista hrimaly e o violoncelista fitzenhagen (dedicatário das Variações Rococó). o trio foi estreado no conservatório de moscovo, a 2 de março de 1882, pelo aniversário da morte de rubinstein.a n d r É c U n h a l e a l

B26

sábado 23 aBril 14h sala fernando Pessoa Piso 2 | 7,50€ os sons da ÍndIaraga Charukeshi Alap / Jod / Jhala / Vilambit Gat / Madhya Laya Gat / Drut Gat tema instrumental popular Dhun pauLo sousa sitarfranCIsCo CabraL tablas Paulo sousa, etnomusicólogo, é um dos músicos portugueses que mais tem divulgado o sitar e a música hindustânica em Portugal, através dos muitos concertos a solo e colaborações que realizou na última década. destacam-se os trabalhos LisGoa, com antónio chaínho, e Krishna – O Amante Divino com a bailarina de bharat natyam tarikavali. foi aluno do mestre de sitar e rudravina Pandit hindraj divekar, na cidade de Puna, Índia, onde permaneceu cerca de um ano, ao abrigo de uma bolsa da fundação oriente. Para além das atuações, tem sido convidado para conferências sobre o sitar e a música hindustânica em várias instituições académicas e culturais. a sua abordagem a este instrumento revela um perfil eclético, resultado do seu percurso por diferentes géneros musicais. neste concerto será acompanhado por francisco cabral, tablista discípulo de raimund engelhardt e arvind Kumar, ambos da Benares Gharana.

3131

16h

B2 sábado 23 aBril 16h Grande aUditÓrio Piso 1 | 9,50€ / 6 €

o norte da europa jón Leifs Geysir edward elgar Variações Enigma joVem orquestra portuguesa Pedro Carneiro direção musical jón leifs (1899-1968), compositor, pianista e maestro islandês, compôs a obra Geysir já na reta final da sua vida. Geysir ou, em português, géiser, é o nome de uma nascente eruptiva em haukadalur, na islândia. esta obra com a qual se iniciará o programa da jovem orquestra Portuguesa, dirigida pelo maestro Pedro carneiro, faz precisamente uma trajetória pela imprevisível explosão geotérmica de um géiser, resultando num poderoso poema musical. Por sua vez, Variações Enigma é uma das obras mais célebres de edward elgar, tendo sido composta em 1899. a peça caracteriza-se por uma série de 14 variações musicais, cada uma delas traçando um retrato emotivo de algumas das suas relações sociais mais próximas. daí que o compositor tenha dedicado a obra aos seus amigos. a obra foi estreada ao vivo em londres, a 19 de junho de 1899, sob a direção de hans richter. B7

sábado 23 aBril 16h PeqUeno aUditÓrio Piso 0 | 7,50€

anIma dI marealfio antico Bangulussinu tema tradicional da apúlia / g. de Vittorio Sona a battenti tema tradicional da apúlia Tu bella... adriano Willaert Vecchie letrose giovane da nola Cingari simo, donne!

joan ambrosio dalza Piva adriano Willaert O bene mio alfio antico Anima di Mare texto de francesco spinello Como senza la vita poi campare tema tradicional da apúlia Alla Carpinese fabio accurso & stefano rocco Compendium Tarantulae alfio antico ‘Ntra li muntagni alfio antico Luna Lunedda severino Corneti Fararirorella

marCo beasLeY cantoVIto de LorenzI percussãostefano roCCo archlute (*1), guitarra barroca fabIo aCCurso alaúdeLeonardo massa colascione (*1) (*1) instrumento da família do alaúde

o mar da ligúria, mar tirreno, mar jónico, mar adriático: nomes geográficos que pertencem a um mar rodeado por muitas terras – o mediterrâneo – mas que tem no seu centro um longo pedaço de terra, tão estreito que parece uma ilha: itália. de ventimiglia a trieste, a longa viagem ao longo da costa deste mar de muitos nomes leva à descoberta de lugares maravilhosos e pessoas extraordinárias. e mais a sul a história ainda está mais presente. aqui continuam a ser contadas lendas antigas com milhares de anos e os rituais ainda sobrevivem, mesmo nesta era da globalização. as histórias destas terras são antigas, “antico”, como o nome do poeta e músico que nos acompanha nesta viagem. alfio antico é um poeta da natureza, um poeta de mil palavras que canta e toca o tamburi a cornice (instrumento de percussão) que lhe foi dado pela sua avó e cuja origem é ainda mais longínqua. destas canções fazem parte histórias de crianças e de amores passados, da dor da perda e da felicidade de uma nova amizade. alfio é isto e muito mais. com ele, os sons de stefano e fabio acompanham-nos na sua arte antiga disfarçada de simplicidade: o archlute e a guitarra, instrumentos eternamente viajantes que se juntam na estrada a este príncipe dos instrumentos napolitanos, leonardo. na sua busca por uma canção que pertença a mil vozes, este programa não segue um só caminho. em vez disso, a ordem das peças varia conforme o momento, num diálogo estabelecido com o público.

3333

B12

sábado 23 aBril 16h sala lUÍs de freitas Branco Piso 1 | 7,50€

turquerIe: deVaneIos barroCos de uma fantasIa orIentaLjean-baptiste Lully suite de La Cérémonie des Turcs andré Campra suite de La Turquie johann-joseph fux sinfonia à 3 Turcaria K331 marin marais Marche Tartare – Marche à la Turque george frideric handel ouverture di Tamerlano hWv18 jean-philippe rameau suite de Le Turc Généreux LudoVICe ensembLeFernando Miguel Jalôto cravo e direção artística Baltazar Molina percussões do norte de áfrica e médio oriente

Joana Amorim traverso e flautaPedro Lopes e Castro oboé e flauta Lilia Slavny violinoKatya Polin violinoSofia Diniz viola de gambaDaniel Zapico tiorba e guitarra entre a queda de constantinopla, em 1453, e o cerco de viena, em 1683, o império otomano inspirou na europa ocidental um geral sentimento de pavor. os turcos eram o principal inimigo da cristandade, o infiel ou mesmo o anticristo. o século xvii viu despontar uma crescente curiosidade – que já se vinha a manifestar desde o renascimento – e que eclodiu no século xviii numa verdadeira obsessão pela turquia. esta “mania” forma uma das principais orientações estéticas do período, a “turquerie”, que viria, à semelhança da “chinoiserie”, a influenciar de forma decisiva o novo estilo rococó. o crescente número de visitantes europeus a istambul, a aliança política entre a frança e a turquia e as embaixadas otomanas às cortes ocidentais proporcionaram um maior conhecimento dos hábitos e tradições orientais, e fizeram com que tudo o que fosse “alla turca” ou “façon de turquie” se tornasse moda: tecidos, cerâmicas, mobiliário, jóias, roupas, artigos decorativos, etc.no mundo do espetáculo, compositores e dramaturgos não ficaram indiferentes. ainda que houvesse um real desconhecimento – e mesmo desprezo – da música turca, as evocações sonoras do oriente, sobretudo associadas na

música cénica, ao luxo excessivo, à sumptuosidade, ao langor e à ociosidade – numa visão paradisíaca mas decadente sobretudo associada à corte do sultão e ao seu harém – passaram a ser uma constante nos palcos, sobretudo em frança, mas também na itália, alemanha e inglaterra. histórias vagamente baseadas em narrativas turcas (como as vidas de tamerlano, Bajazet ou scanderberg) passaram a servir de base a libretos de Ópera séria e tragédie-lyrique, enquanto as comédie-Ballet e a opéra-Ballet preferiram pantomimas cómico-sentimentais passadas em cenários orientalizantes em que figuras típicas da cultura turca são frequentemente ridicularizadas ou reduzidas a tipos comportamentais (os Paxás, as sultanas, as odaliscas, os Bostangis ou guardas do serralho, os eunucos, os janízaros...). ainda assim, é graças a estes espetáculos que estes personagens hoje fazem parte do nosso imaginário, moldando a nossa visão da turquia, e ajudando-nos a aceitá-la como a fronteira difusa entre a europa e o oriente.o ludovice ensemble propõe assim com este programa não tanto uma viagem à turquia enquanto realidade geográfica e histórica, mas antes uma jornada a uma terra de devaneio e de sonho, em que a elegância e o refinamento da música barroca se combinam com acentos cómicos, ritmos vigorosos, e algumas sugestões étnicas, de forma a construir um idílio sonoro, uma paisagem ideal que corresponde às maravilhas recriadas e encenadas por salões turcos, tendas de jardim, falsas mesquitas e a um infindável número de “turqueries” que recamavam os palácios europeus setecentistas, e que hoje ainda nos deliciam pela sua surpreendente mistura caprichosa de exotismo e fantasia.

B17

sábado 23 aBril 16h sala soPhia de mello BreYner Piso 2 | 7,50€ a espanha aquI tão perto... enrique granados dança espanhola n.º 5, Andaluza seleções da suite Goyescas – Los majos enamorados i. Los Requiebros / ii. Quejas o la maja y el ruiseñor /

iii. El fandango de candil / iv. El amor y la muerte

danIeL Cunha piano neste ano de 2016 assinala-se o centenário da morte do compositor enrique Granados (1867-1916), grande figura do nacionalismo espanhol. a espanha de enrique Granados está intimamente associada à espanha do pintor francisco Goya.

>

3535

nas palavras do próprio Granados, “Goya é o génio representante de espanha. as suas maiores obras celebram e exaltam a nossa vida nacional. eu submeto a minha inspiração àquele homem que tão perfeitamente expressou as características e a história dos espanhóis.” a suite Goyescas para piano é fruto da influência de Goya. obra maior do nacionalismo espanhol, tem como subtítulo Los majos enamorados, contando uma história de amor trágica entre majo e maja. obra de intensa sensualidade, tem um caráter quase improvisatório e combina a influência de Wagner, do piano romântico do séc. xix, com os sons característicos de espanha. no final do século xix Granados visita o museu do Prado, em madrid, pela primeira vez, e apaixona-se pelas pinturas de Goya que representavam os majos e majas, figuras boémias e coloridas do proletariado madrileno do século xviii. a este fascínio por estas personagens chamou-se majismo. algumas Goyescas são inspiradas por alguns dos Caprichos (coleção de gravuras) de Goya em particular, como são o caso de duas das seleções desta suite que temos no programa: Los requiebros e Amor y la muerte, obra intensamente dramática, talvez a obra-prima do ciclo. Por sua vez, Quejas o la maja y el ruiseñor, uma das páginas mais populares de Granados, e o Fandango de candil, dança plena de espírito e virtuosismo, não têm inspiração direta em nenhuma obra de Goya, mas partilham o espírito do majismo. o programa é completado com a obra mais célebre de Granados, a Dança Espanhola n.º 5, que se tornou tão popular na sua transcrição para guitarra que é difícil de acreditar que não foi escrita originalmente para esse instrumento.

B22

sábado 23 aBril 16h sala almada neGreiros Piso 2 | 7,50€ uma tarde num jardIm persa temas populares da pérsia Kuchalara / Sari Gelin / Aziz joon / Gole pamchal / Lay lay Saghiname / Simaye janan / Dokhtare Boyerahmadi / Bulbular akhor aIda sIgharIan asL piano

negar KharKan kamancheh (1)

nasIm saad violoncelo (1) instrumento de cordas originário da região da Pérsia Uma tarde num jardim persa e um encontro entre instrumentistas iranianas. Uma fusão entre música iraniana com instrumentos clássicos e tradicionais e poesia. Uma viagem musical e poética por diversas raízes e culturas – azerbaijão, curdistão, Khorasan, fars, Gilan e Baluchistão –, na interpretação e improvisação dos músicos, sobre temas populares que transitam entre províncias do irão, intercalados com poesia persa, de poetas como hafez, shamloo, forough farokhzad, nima Youshij. Uma partilha cultural e artística de sons de outros tempos e de sons de outras terras…

B27

sábado 23 aBril 16h sala fernando Pessoa Piso 2 | 7,50€ VoLta ao mundo em 40mIn - o que aConteCe quando 4 CLarenIstas e 1 perCussIonIsta se juntam? Luís de freitas branco Fandango Isaac albéniz Cádiz eric satie Je te Veux giacomo puccini Quando me’n vo mike Curtis Bulgarian Bat Bite sem autor Olhos Negros eino Kettunnen Levan Polkka george W. botsford Black and White beatriz Lockhart Estampas Criolas

>

3737

darius milhaud Brazileira astor piazzolla Soledad Luís morais Mindelo Vítor de faria Fado a 4

quarteto VIntage Iva Barbosa / João Moreira / José Eduardo Gomes / Ricardo Alves clarinetes

Com Luís Arrigo percussões Mário João Alves conceção cénica e textos revivendo o imaginário infantil de cada um, e inspirados por júlio verne, cinco amigos decidem partir numa viagem musical à volta do mundo. esta viagem do quarteto vintage e de luís arrigo ilustra a alma de cada um dos países que visitam, contando memórias e sensações. este concerto, com a conceção cénica de mário joão alves, desafiará o ouvinte a interagir com os músicos num ambiente bem diferente do tradicional, onde os elementos cénicos e teatrais terão um grande destaque. mais uma vez, o quarteto vintage procura novas formas de expressão e sonoridades que conduzirão o ouvinte numa viagem inesquecível.

i v a B a r B o s a

18h

B3

sábado 23 aBril 18h Grande aUditÓrio Piso 1 | 9,50€ / 6€ por terras da esCÓCIa felix mendelssohn - bartholdy As Hébridas / sinfonia Escocesa orquestra XXI Dinis Sousa direção musical vivendo uma infância privilegiada no seio de uma abastada família que atribuía especial importância à educação, felix mendelssohn-Bartholdy (hamburgo, 1809 – lípsia, 1847) revela desde cedo prodigiosas capacidades na música como na literatura e na pintura, traduzindo habilmente do grego para o alemão. Para além de encorajamentos tão extraordinários como o de, no seu 12.º aniversário, ver levado à cena o seu primeiro singspiel em casa dos mendelssohn, e da permanente aposta na sua formação, também a “viagem” constitui, já em tenra idade, uma experiência de máxima influência na construção da sua personalidade. se em criança viajara pela alemanha e visitara Paris com a família, travando contacto com personagens tão incontornáveis como j. W. Goethe, aos 20 anos mendelssohn sente o forte apelo da viagem, planeando percorrer itália, frança e inglaterra com o intuito de “cultivar o gosto”. chegado a londres, em abril de 1829, o jovem mendelssohn abre oficialmente a sua visita dirigindo a sua primeira sinfonia, numa temporada em que, entre outras, apresenta ainda a sua bem recebida abertura de Sonho de uma Noite de Verão. viajando seguidamente para a escócia, aí descobre a inspiração, tanto para a abertura As Hébridas como para a sinfonia n.º 3, conhecida como Sinfonia Escocesa. só em 1842 é esta última concluída, sendo publicada no ano seguinte com dedicatória à rainha vitória. não evocando qualquer narrativa, a atmosfera escocesa reflecte-se pela influência de algum material melódico, consistindo esta obra na experiência mais ambiciosa de mendelssohn a nível formal (sendo os quatro andamentos tocados sem interrupção). a lenta introdução ao primeiro andamento reaparece por momentos no final do mesmo

>

3939

para o ligar ao scherzo; o andamento lento começa com uma passagem que afecta uma transição da tonalidade do scherzo (fá maior) para a sua própria tonalidade (lá maior), havendo uma familiaridade temática que liga algumas das principais ideias da obra. d i a n a f e r r e i r a [ a a U t o r a e s c r e v e s e G U n d o a a n t i G a o r t o G r a f i a ]

B8

sábado 23 aBril 18h PeqUeno aUditÓrio Piso 0 | 7,50€

noVa orLeães paul barbarin Paul Barbarin Second Line tema tradicional Mardi Gras in New Orleans tema tradicional Just a Closer Walk paul barbarin Bourbon Street Parade james p. johnson, Cecil mark The Charleston jerry herman Hello Dolly Louis armstrong Corner Chop Suey tema tradicional Saint James Infirmary jack palmer, spencer Williams I’ve Found a New Babytom deLaney Jazz Me Blues Clarence Williams, spencer Williams Royal Garden Blues nick La rocca Tiger Rag tema tradicional When The Sain’t Go Marching in bobby Womack, shirley jean Womack It’s All Over Now

desbundIXIeManuel Sousa trompeteFlávio Cardoso clarinete César Cardoso saxofone tenorRicardo Carreira trombonePedro Santos banjo e vozDaniel Marques tubaJoão Maneta bateria

Uma cidade singular. cativante, marcante, sedutora em seu espírito risonho. tudo próprio de uma terra que é uma encruzilhada de diferentes mundos que se colidiram para se transformar numa cidade multicultural. nova orleães, capital da luisiana, é uma américa um tanto diferente. das raízes francesas, com toques caribenhos e forte influência negra,

floresceu uma cultura que nos brinda com uma cozinha espirituosa e familiar e uma musicalidade pouco vista noutros lugares do mundo.nova orleães é conhecida por outros nomes que descrevem diversas características da cidade. os mais conhecidos são The Crescent City (pelo seu formato ao longo do rio mississippi), The Big Easy (uma referência feita por músicos) e The City that Care Forgot (associada com a natureza amigável dos habitantes da cidade). o lema de nova orleães, não-oficial mas muito citado na cidade, é Laissez les bons temps rouler (“deixa os bons tempos rolarem”).É um reconhecido centro musical nos estados Unidos, com a sua mistura de culturas europeias, latino-americanas e afro-americanas. nova orleães é conhecida pelo papel que os músicos afro-americanos da cidade tiveram na formação do jazz. Por isso é atualmente considerada a capital mundial do jazz. Berço do rhythm and blues, que contribuiu para o surgimento e o crescimento da popularidade do rock and roll. além disso, as áreas rurais próximas à cidade são casa da música cajun, da música zydeco, e dos blues.Uma banda no estilo dixieland ou a batida swingada de uma jam session de jazz, o calor da Bourbon street ou do Preservation hall, tudo por aqui segue um ritmo único. a animação é constante, seja no peculiar festival do mardi Gras, no new orleans jazz & heritage festival ou nos inúmeros bares e clubes de jazz do french quarter.

B13

sábado 23 aBril 18h sala lUÍs de freitas Branco Piso 1 | 7,50€ InspIração grega pavlos Carrer Gero-dimos (A velha cidade) versão para quarteto de cordas de níkos skalkóttas dmitri shostakovich Canções gregas para voz e piano i. Fperiod! / ii. Pentozalis / iii. Zolongo / iv. Gimn Elas

mikis theodorakis sexteto para flauta, quarteto de cordas e piano i. Prélude et Coral / ii. Scherzo / iii. Finale

maurice ravel Cinco melodias populares gregas para voz e piano i. Chanson de la mariée / ii. Là-bas, vers l’église / iii. Quel galant m’est comparable / iv. Chanson des cueilleuses de lentisques / v. Tout gai!

>

4141

níkos skalkóttas Cinco danças gregas para quarteto de cordas i. Epirotikos / ii. Kretikos / iii. Tsamikos / iv. Arkdikos / v. Kleftikos

ensembLe medIterraIn Bruno Borralhinho violoncelo e direção artística Karolina Gumos meio-soprano Matthieu Gauci-Ancelin flautaGabriel Adorján violino Laura Volkwein violinoMadeleine Przybyl viola Dunja Robotti piano em correspondência com a missão fundamental do ensemble mediterrain de divulgação da música de países de cultura mediterrânica, este programa singular alia obras de alguns dos compositores gregos mais destacados dos últimos séculos e do presente – provavelmente desconhecidos para a generalidade do público – com momentos de “inspiração grega” de compositores que dispensam apresentações no contexto da história da música do século xx. o teor folclórico e intrinsecamente tradicional das obras de carrer e skalkóttas contrasta certamente com o estilo mais contemporâneo de theodorakis, ele próprio um actor importante do palco político grego da actualidade e cujo percurso musical se caracteriza por uma grande diversidade de estilos. o contexto histórico das Canções gregas de shostakovich – também elas uma raridade nos programas de concerto – e a alusão a um típico casamento grego das Cinq mélodies populaires grecques de ravel, completam esta invulgar viagem sonora por terras helénicas.B r U n o B o r r a l h i n h o [ o a U t o r e s c r e v e s e G U n d o a a n t i G a o r t o G r a f i a ]

B18 = c19

dominGo ⁄ sala almada neGreiros ⁄ 15h

sábado 23 aBril 18h sala soPhia de mello BreYner Piso 2 | 7,50€ uma parCerIa IsraeLo-paLestInIana paul ben haim Canzonetta samir odeh tamimi AMAL Wissam joubran A piece for piano solo Canção tradicional judaica Hava Nagila avner dorman Karsilama Canção clássica israelita Jerusalem of gold* Canção popular árabe Bint al Shalabiya* *arranjo de duo amal

duo amaL Bishara haroni pianoYaron Kohlberg piano Paul Ben haim é um dos principais compositores israelitas de sempre. nasceu na alemanha e emigrou para israel antes ainda do eclodir da segunda Guerra mundial. a sua música combina influências dos compositores clássicos alemães e um sabor a médio oriente. a Canzonetta sabe a deserto, que é uma grande parte do cenário de israel. este é o último andamento da sua Sonatina e é uma dança rítmica com influências orientais.odeh tamimi é compositor, mas também pintor, descrevendo-se, por vezes, que o próprio “pinta” abstratamente com a sua música. esta peça contém camadas de acordes e sons, recorrendo ainda abundantemente às cordas interiores do piano e aos diferentes pedais.Wissam joubran é um jovem compositor palestiniano. ele compôs esta peça num estilo moderno, tentando explorar os diferentes efeitos sonoros que se podem extrair do piano.a célebre canção tradicional judaica Hava Nagila era originalmente uma música hassídica, sendo que no século xx foram-lhe acrescentados versos. Hava Nagila significa, em hebreu, “vamos ser felizes”.Karsilama, de avner dorman, é uma dança turca com variações compostas em 2011 para o duo amal. Jerusalem of Gold é uma canção clássica israelita originalmente composta pela reconhecida poeta naomi shemer. a canção é sobre a beleza da cidade de jerusalém. a versão para piano foi desenvolvida por alexey Kurbatov.Bint al Shalabiya é uma canção popular árabe da cantora fairuz. É conhecida por todo o mundo árabe como uma das mais populares canções árabes de todos os tempos. a transcrição foi feita por alexey Kurbatov.

B23

sábado 23 aBril 18h sala almada neGreiros Piso 2 | 7,50€ mÚsICa da guIné bIssau josé galissá kora as histórias, canções e danças da Guiné-Bissau, em língua mandinga, em crioulo e em português interpretadas por um mestre de kora, o instrumento de 21 cordas que se aprende nas famílias de músicos da Guiné, do senegal e do mali, na áfrica ocidental. >

4343

B28

sábado 23 aBril 18h sala fernando Pessoa Piso 2 | 7,50€ a LatInIdade Luigi boccherini Quinteto para guitarra e Quarteto de cordas n.º 4 em ré maior, Fandango I. Pastorale / ii. Allegro maestoso / iii. Grave assai – Fandango armandinho Meditando / Maldito Fado / Fado Armandinho pedro jóia Variações sobre fado corrido / Tangos Flamencos paco de Lucía Ziryab quarteto arabesCo Denys Stetsenko violinoRaquel Cravino violino Lúcio Studer violetaAna Raquel Pinheiro violoncelo Com Pedro Jóia guitarra o guitarrista Pedro jóia e o quarteto arabesco apresentam um programa onde se redescobre e reinventa de forma ousada um apaixonante e vasto repertório de origem ibérica, apresentadas aqui num jogo intenso entre a guitarra e o quarteto de cordas. interpreta-se de luigi de Boccherini o quinteto para guitarra e quarteto de cordas Fandango, composto em madrid, durante a sua longa estadia neste país. ao estilo galante do século xviii, encanta pelas suas melodias cheias de charme e emoções tempestuosas, assim como pela variedade de ritmos sincopados típicos das danças espanholas. armando freire salgado, conhecido por armandinho, foi um exímio instrumentista da guitarra portuguesa, um inovador e iniciador da escola de guitarra que hoje conhecemos. compositor de fados que hoje todos conhecemos e variações para guitarra, a suavidade e subtileza das suas melodias são icónicas. Pedro jóia foi vencedor do Prémio carlos Paredes 2008 pelo seu trabalho À Espera de Armandinho. apresentam-se várias composições de armandinho, em arranjos para guitarra e quarteto de cordas. Para finalizar, apresentam-se temas de Pedro jóia e Paco de lucía, onde brilha a linguagem característica da guitarra flamenca, em arranjos de absoluto brilhantismo.

20h

B4

sábado 23 aBril 20h Grande aUditÓrio Piso 1 | 9,50€ / 6€ eLogIo da amérICa antonin dvorák sinfonia n.º 9, Do Novo Mundo joVem orquestra portuguesa Pedro Carneiro direção musical quando antonín dvorák foi convidado pela fundadora do conservatório nacional de música de nova iorque, jeanette thurber, para abandonar a velha europa, a fim de dirigir aquela instituição, pairava a expectativa do surgimento de uma escrita musical genuinamente americana. a semelhança do desígnio que então orientava a escrita musical de tantos compositores espalhados pelos países do mundo ocidental, era o nacionalismo musical que aí ditava a moda e que servia como um dos principais propósitos legitimadores da produção artística. a música era entendida como uma linguagem que teria de assumir uma identidade própria em função de cada cultura. Paradoxalmente, era essa mesma tendência estética, a qual procurava os seus fundamentos nos umbigos das nações, que se revelava como o movimento artístico mais internacional da época. só assim se explica que tenha sido possível conceber a possibilidade de ser um músico imerso na cultura da Boémia, essa região histórica da europa central, a protagonizar a criação de semelhante paradigma no “novo mundo”. o compositor checo instalou-se em nova iorque, em setembro de 1892. tinha então 51 anos de idade e já era um autor com grande prestígio internacional. Poucas semanas mais tarde, começou a escrever esta sinfonia. estaria terminada em maio do ano seguinte, muito embora sucessivas alterações fossem sendo feitas pelo compositor até à estreia, que teve lugar no dia 15 de dezembro de 1893, no carnegie hall, sob a direção do maestro anton seidl e com a orquestra da sociedade filarmónica de nova iorque. trata-se de pouco mais de 40 minutos de música trespassada por melodias autóctones, algumas baseadas em canções escutadas por dvorák junto dos seus alunos, outras inspiradas por referências idealizadas das culturas dos negros e dos

^

^

^

4545

índios americanos. são, por isso, recorrentes as escalas pentatónicas e os ritmos sincopados. ainda assim, tudo o resto – a orquestração, a harmonia, o contraponto... – é, como não poderia deixar de ser, música europeia na sua essência. ao longo dos seus quatro andamentos apresenta-se um tema melódico que unifica toda a sinfonia, estabelecendo uma estrutura cíclica bastante própria da segunda metade do século xix. são nove notas que se ouvem de início pelas trompas e que vão surgindo espaçadamente como elemento agregador. Para além disso, ouvem-se várias outras melodias, sendo que grande parte delas reconhecemos de imediato, tal é a popularidade de que goza hoje esta sinfonia. É uma obra plena de entusiasmo pelo “novo mundo”, mas que não abdica de todas as referências do passado. É música que desperta para novas formas de estar, mas sem nunca esquecer a tradição centenária que esteve na origem do universo orquestral. r U i c a m P o s l e i t à o

[ n o t a G e n t i l m e n t e c e d i d a P e l a o r q U e s t r a m e t r o P o l i t a n a d e l i s B o a ]

B9

sábado 23 aBril 20h PeqUeno aUditÓrio Piso 0 | 7,50€ entre tangos Y boLeros astor piazzolla Libertango Carlos gardel Por una cabeza mariano mores Uno augustín Lara Solamente una Vez josé antonio mendez garcia La gloria eres tú ernesto Lecuona La comparsa héctor stamponi Flor de Lino Consuelo Velásquez Bésame Mucho augustín Lara Noche de Ronda Italo pizzolante Motivos astor piazzolla Oblivion Carlos gardel El día que me quieras Isolina Carrillo Dos Gardenias alberto domínguez Perfidia arranjos de efraín oscher exclusivos para a camerata atlântica Camerata atLântICa Ana Beatriz Manzanilla direção artística e primeiro violino Carlos Silva tenor

Maria José Laginha primeiro violinoJoão Andrade primeiro violinoPaula Carneiro segundo violinoNariné Dellalian segundo violinoFrancisca Fins segundo violinoPedro Saglimbeni Muñoz violaBárbara Pires viola Nuno Abreu violoncelo Jeremy Lake violonceloManuel Rêgo contrabaixo José Coronado piano (1)Inês Vaz acordeão (1) (1) músicos convidados o programa Entre Tangos y Boleros que a camerata atlântica apresenta nos dias da música 2016 é uma perfeita apresentação da alma latino-americana, com a sua música mais romântica e representativa.o estilo dos tangos difere bastante do estilo dos boleros, mas contém a mesma poesia que os grandes cantores do passado e dos nossos dias nos habituaram.na voz do imortal carlos Gardel, os tangos viverão para sempre. recordemos o famoso bolero Bésame mucho, que já foi cantado até por artistas da música erudita ou da ópera, como angela Georgiu. estas são músicas que pela sua qualidade sobrevivem ao passar dos tempos.os intérpretes deste programa, a camerata atlântica e o tenor venezuelano carlos silva convidam o público a seguir esta volta ao mundo em 80 concertos com uma paragem na américa do sul.

B14

sábado 23 aBril 20h sala lUÍs de freitas Branco Piso 1 | 7,50€ mantra: uma ConVersação musICaL peLo oCeano ÍndICo Canto Encounter pedro de escobar Absolve Canto/bollywood Veni Bahara donald greig Bhangra Limo francisco guerrero Quae est ista Kuljit bhamra / jonathan mayer / shahid Khan Karam

>

4747

Kuljit bhamra Tabla talum angus smith / Kuljit bhamra Henna Night the orLando Consort Matthew Venner alto Ruairi Bowen tenor Angus Smith tenor Donald Greig barítono Com Kuljit Bhamra tabla Jonathan Mayer sitarShahid Khan voz

o encontro dramático e evocativo entre os missionários portugueses e os indianos de Goa no início do século xvi destaca-se como um capítulo entusiasmante na história da fusão musical. nos dias da música os músicos premiados que formam o the orlando consort, exploram os extraordinários sons miscigenados na europa histórica e da ásia e aplicam as suas experiências enquanto coletivo para criar um diálogo radical e desafiante para o século xxi.

B19

sábado 23 aBril 20h sala soPhia de mello BreYner Piso 2 | 7,50€ mÚsICos VIajantes scarlatti sonata em lá menor, K.54/l.241 mozart sonata n.º 9 em ré maior, Kv311 i. Allegro Con Spirito / ii. Andante Con Espressione / iii. Rondo: Allegro

beethoven sonata n.º 23 em fá menor, op.57 Appassionata i. Allegro Assai / ii. Andante Con Moto / iii. Allegro Ma Non Troppo

Chopin scherzo n.º 2 em si bemol menor, op.31

Young-Choon parK piano

nascido em nápoles, filho de alessandro scarlatti, domenico viveu até aos 36 anos em itália (tendo-se mudado depois para Portugal e, mais tarde, para espanha), compondo óperas e música sacra, mas, durante anos, manteve-se ofuscado pelo seu muito mais célebre pai. muita da sua música acabou por desaparecer, o que não aconteceu

com esta sonata em lá menor, K.54/l.241, que integrou o livro Essercizi, o único publicado ainda sob a supervisão do compositor, integrando um conjunto de sonatas estilisticamente muito diferentes entre si. já a sonata nº 9 em ré maior, Kv311, de mozart, foi composta quando o compositor vivia em mannheim. esta foi a segunda de sete sonatas para piano que mozart escreveu entre o outono de 1977 e o verão de 1978, fase que também é conhecida como o “período mannheim-Paris”. a escola de mannheim é reconhecida por uma música de grande dinamismo e por dar enfase a contrastes imprevisíveis, características que não só influenciaram este período do percurso de mozart, mas esta sonata, em particular o terceiro andamento. deste programa faz ainda parte a sonata n.º 23 em fá menor, op. 57, Appassionata, composta por Beethoven entre 1804 e 1805, tendo sido dedicada ao conde franz von Brunswick, irmão de theresa, que foi, possivelmente, a “amada imortal” do compositor, daí que esta sonata tenha sido apelidada de Appassionata. esta é, por isso, uma obra que evidencia uma grande paixão, sendo uma das peças mais expressivas do compositor. o recital termina com o scherzo n.º 2 em si bemol menor, op. 31, o mais popular scherzo composto por chopin. a obra foi escrita em 1837 e espelha várias qualidades que fazem de chopin um compositor único, caracterizando-se pela sua melodia impetuosa e momentos de tensão e drama, próprios da poética do autor.

B24

sábado 23 aBril 20h sala almada neGreiros Piso 2 | 7,50€

rota do suLjoão alvarez Rota do Sul joão alvarez, tiago Inuit Cais das Colunas joão alvarez, tiago Inuit El Kebir Carlos paredes Mudar de Vida (Música de Fundo) joão alvarez Tormenta joão alvarez, tiago Inuit, maria ana bobone Perdida de Mimtiago Inuit Sr. Zaid joão alvarez, tiago Inuit Célticas joão alvarez, tiago Inui Suão

>

4949

joão aLVarez & tIago InuIt João Alvarez guitarra portuguesa tiago Inuit baixo Otto Pereira violino Ramon Barrera guitarra flamenca Marco Santos percussão Rota do Sul é a representação duma viagem musical, onde joão alvarez e tiago inuit nos guiam através de sonoridades distintas, desde o flamenco andaluz à música árabe, tendo como base a herança de um repertório dedicado à guitarra portuguesa.

B29

sábado 23 aBril 20h sala fernando Pessoa Piso 2 | 7,50€ um trompete brasILeIro – o enContro feLIz entre o trompete e a guItarra no profundo som do brasIL gileno santana & tuniko goulart Pout Pourri Marchinhas de Carnaval / Espinha de Bacalhau / Ando Preocupado / Carinhoso / Dom Balanço / A Escolha / O Errante / Baião Nosso / Anjo da Guarda / Peguei a Reta / Minha Bahia / Malaco / Dorme Neném / Sonoroso / Na Glória gILeno santana trompete

tunIKo gouLart guitarra dois talentosos músicos brasileiros juntam-se em torno da raiz profunda da sua música e temperam-na com um sabor muito especial. o trompete de Gileno santana cria um som único, onde notas, ora intensas, ora suaves, se fundem em tons líricos de rara beleza. tuniko Goulart dedilha a sua guitarra com uma mestria, um ritmo e uma delicadeza própria dos grandes músicos. o encontro feliz entre o trompete e a guitarra no profundo som do Brasil.

22h

B5 sábado 23 aBril 22h Grande aUditÓrio Piso 1 | 9,50€ / 6€ na IbérIa sérgio azevedo Concerto para piano manuel de falla El Amor Brujo orquestra metropoLItana de LIsboa Peter tilling direção musical António Rosado piano Emoções Fortes a música espanhola viu-se, nos últimos dois séculos, entre duas orientações estéticas contrastantes: por um lado a assimilação das influências predominantes na cultura europeia, por outro o tratamento artístico dos costumes folclóricos, num processo de revalorização da identidade própria. no caso de manuel de falla, esta segunda vertente revelou-se no seu interesse pela música da andaluzia, particularmente em El Amor Brujo, um bailado com partes cantadas do qual ouvimos aqui uma versão orquestral. a história deste bailado baseia-se numa lenda popular que relata o regresso de um espírito do mundo dos mortos com a ideia de impedir que algum homem lhe ocupasse o lugar junto da mulher que amou, a jovem e bela cigana candelas. o novo pretendente, carmelo, vê-se assim aterrorizado pelas aparições do espírito daquele cigano, que em tempo de vida teria sido alguém de conduta pouco recomendável. carmelo consegue todavia convencer uma amiga de candelas a fingir estar apaixonada por aquele espírito, de maneira a conseguir de candelas o “beijo do amor perfeito”. o espírito é desta forma exorcizado e vencido pelo amor. a segunda parte deste programa preenche-se com o mesmo concerto para piano que, por encomenda do ccB, sérgio azevedo fez estrear nos dias da música em 2010. Uma vez mais, estará ao piano antónio rosado para explorar o frenesim de emoções que atravessam os três andamentos desta obra. sugestão aparente: somos convidados a participar num filme mudo imaginário em que acontece “de tudo”. sustenha-se a respiração, do primeiro ao último compasso. r U i c a m P o s l e i t à o

>

5151

B10 = c21

dominGo ⁄ sala almada neGreiros ⁄ 19h

sábado 23 aBril 22h PeqUeno aUditÓrio Piso 0 | 7,50€

fusão de CuLturas rabIh abou-KhaLIL trIo Rabih Abou Khalil oud (1)

Luciano Biondini acordeão

Jarrod Cagwins bateria e percussões

(1) alaúde árabe

rabih abou-Khalil afirmou-se como um compositor original, não apenas porque se encontra à frente do seu tempo, mas também porque questiona os caminhos pelos quais outros podem seguir sem uma grande reflexão. com a sua técnica composicional original, caracterizando-se por uma abordagem sem restrições, que ousadamente aborda a música clássica ocidental e a música árabe, rabih abou-Khalil encontrou uma linguagem musical complexa rítmica e melodicamente, que apenas lhe pertence, soando, paradoxalmente, estranha e familiar. esta linguagem parece quebrar com quase todos os idiomas musicais existentes. como instrumentalista, abou-Khalil explora continuamente novas formas de tocar o seu instrumento. recorrendo a técnicas adquiridas pelos seus estudos de música clássica, assimilando-os no seu crescimento musical árabe, abou-Khalil alcançou um nível de mestria instrumental sem precedentes. o seu virtuosismo deslumbrante levou a que vários críticos musicais recomendassem para estudo, por parte dos guitarristas de jazz, a sua forma de tocar. Por sua vez, as suas baladas reavivam o carácter poético da cultura árabe, sem nunca soarem tradicionalistas ou pouco aventurosas. e x c e r t o d o t e x t o d e j e r r Y B a U e r

B15 sábado 23 aBril 22h sala lUÍs de freitas Branco Piso 1 | 7,50€ dIáspora anónimo (séc. XVI) Na fonte está Lianor tradicional (macau) Bastiana anónimo (séc. XVI) Senhora del mundo filipe faria e sérgio peixoto, s/ texto de

vilancico anónimo (s. XVI) Parto triste saludoso joaquim antónio da silva Calado Flor amorosa anónimo (séc. XVII) Olá plimo Bacião tradicional (timor) Mai fali é anónimo (s. XVI) Minina dos olhos verdes eugénio tavares A força de cretchen filipe faria e sérgio peixoto s/ texto anónimo (séc. XVI) Triste vida vivyre contrafactum textual sobre salmo la terre au seigneur appartient artur ribeiro Rosinha dos limões anónimo (séc. XVII) Olá zente que aqui samo manuel machado Dos estrellas le siguen filipe faria e sérgio peixoto s/ texto Lope de Vega El pesebre tradicional (áfrica do sul/moçambique) Yamukela (s/ arr. Pe. arnaldo taveira araújo ofm (n. 1929))

romance sefarad Mosé salió de Misraim sete LágrImas Filipe Faria voz Sérgio Peixoto voz Pedro Castro flauta de bisel e oboé barroco tiago Matias tiorba, vihuela e guitarra barroca Mário Franco contrabaixo Rui Silva percussão histórica Denys Stetsenko violino barroco (1) Flávia Almeida Castro cravo (1) (1) músicos convidados Para lá de caravelas e de Boa-esperança a relação de Portugal com o mundo nasce de uma vontade de mudança... com a expansão portuguesa do século xv inicia-se um período de aculturação e miscigenação que influencia mutuamente as práticas musicais dos países dos descobrimentos e de Portugal e muda a configuração do nosso “adn” coletivo para sempre... o projeto diáspora conta já com três títulos: Diaspora.pt (2008), Terra (2011) e Península (2012) e mergulha nos géneros e formas musicais dos cinco continentes de ontem e de hoje, arriscando novas fórmulas interpretativas de repertórios populares e eruditos do século xvi ao século xx, do vilancico ibérico ao fado, dos vilancicos “negros” do século xvi/xvii ao chorinho brasileiro, passando pelas mornas africanas e pelas canções tradicionais de timor, macau, Índia, Brasil, etc... Uma vertigem experimental pela viagem, caminho, peregrinação, terra, água, saudade e pelo que ficou hoje depois de todos os ontem... f i l i P e f a r i a

>

5353

B20

sábado 23 aBril 22h sala de soPhia mello BreYner Piso 2 | 7,50€ peregrInação: I ano, suÍça franz Liszt Anos de Peregrinação: i ano, suíça LouIs LortIe piano É o liszt viandante, observador e admirador da paisagem, de um quadro, de um livro, mas também cristão e, como o título indica, peregrino, que encontramos nas três Années de pèlerinage, cadernos escritos durante um longo período de tempo (1836 -1883), testemunhos de uma vida sempre em viagem, sempre à descoberta. liszt não só foi o mais famoso pianista de todos os tempos, como foi também um dos compositores mais importantes e inovadores do final do século xix. esta obra, monumental, é de certa forma o seu diário gráfico musical. louis lortie interpreta aqui o primeiro caderno desta obra.

B25

sábado 23 aBril 22h sala almada neGreiros Piso 2 | 7,50€ dsCh na rÚssIa piotr Ilitch tchaikovsky: Souvenir d’un lieu cher, op. 42, para violino e piano i. Méditation / ii. Scherzo / iii. Mélodie

sergei rachmaninov: duas Peças (Romance e Valsa), para piano a 6 mãos i. Romance / ii. Valsa dmitri schostakovich: trio n.º2, op. 67, para piano, violino e violoncelo i. Andante / ii. Allegro con brio / iii. Largo / iv. Allegretto

dsCh – sChostaKoVICh ensembLe Filipe Pinto-Ribeiro piano e direção artística Corey Cerovsek violino Adrian Brendel violoncelo Rosa Maria Barrantes piano

nesta viagem musical pela rússia, o dsch encontra três dos seus maiores compositores: Piotr ilich tchaikovsky, serguei rachmaninov e, claro, dmitri schostakovich, homenageado no nome do ensemble desde o ano da sua fundação, em 2006, precisamente no ano do centenário do seu nascimento. de tchaikovsky, interpretaremos Souvenir d’un lieu cher (recordação de um lugar querido), op. 42, um conjunto de três peças muito inspiradas para violino e piano, compostas em Brailovo, na sumptuosa propriedade da mecenas do compositor, a sra. von meck. Brailovo é o “lugar querido” onde tchaikovsky terminou a convalescença do seu casamento frustrado. de rachmaninov, escolhemos uma raridade: as duas peças para piano a seis mãos, compostas em 1890-91 e dedicadas às três irmãs skalon. a enérgica Valsa foi composta sobre um tema da autoria de uma das três irmãs, natalia, e o inspirado Romance contém uma belíssima introdução que viria a ser utilizada pelo compositor no famoso início do segundo andamento do seu concerto n.º 2 para piano e orquestra. Para encerrar a viagem, uma obra-prima de schostakovich: o poderoso trio op. 67, composto durante os anos da ii Grande Guerra. É uma obra profundamente associada ao sofrimento pessoal causado pela morte de um amigo muito próximo, o musicólogo ivan ivanovich sollertinsky, a cuja memória é dedicado este trio, que vem na linha dos trios elegíacos de tchaikovsky e rachmaninov. sabendo da morte súbita e inesperada do seu amigo, schostakovich começou de imediato a compor o trio e escreveu numa carta a i. Glickmann: “não tenho palavras para expressar a dor que me atormenta. ivan ivanovich não está mais entre nós... É muito difícil ultrapassar este sofrimento…” f i l i P e P i n t o - r i B e i r o

B30 = c25

dominGo ⁄ sala fernando Pessoa ⁄ 19h

sábado 23 aBril 22h sala fernando Pessoa Piso 2 | 7,50€ sons da amérICa james “bLood” uLmer voz e guitarra james “Blood” Ulmer está a comemorar 75 anos de vida da forma mais pessoal possível: a sós com a sua guitarra. Para todos os efeitos, é uma das mais idiossincráticas figuras da história do jazz. como ele não há mais ninguém, ainda que muitos o tentem imitar. este é um homem que se foi

>

55

reinventando – e à sua música – ao longo de um percurso de décadas em que viu o seu estatuto único como guitarrista ser confirmado uma vez e outra. segundo o crítico Greg tate, o estatuto de quem surgiu como o “elo que faltava entre Wes montgomery e jimi hendrix e entre os P-funk e mississippi fred mcdowell”. Ulmer desdenhou da segurança e do conforto de cada sucesso para mudar tudo. aderiu ao método harmolódico de ornette coleman com o fito de ir mais além, estabelecendo uma nova forma de afinar o seu instrumento. encheu o jazz de funk, de rock e mesmo de folk e até na cena norte-americana dos blues está a deixar marcas. nenhum dos idiomas musicais da diáspora afro-americana sai incólume dos seus dedos: misturam-se, confundem-se e ficam profundamente renovados. É um gigante da música do século xx e deste início do xxi, independentemente de géneros e tendências.

domIngo 13h

c1 domIngo 24 aBril 13h Grande aUditÓrio Piso 1 | 9,50€ / 6€ destInos Cruzados serguei prokofiev abertura sobre temas hebraicos aaron Copland A Primavera dos Apalaches darius milhaud La Création du Monde orquestra aCadémICa metropoLItana Jean-Marc Burfin direção musical Caminhos que Nos Levam...este programa leva-nos aos eUa, ainda que não o faça pelos caminhos mais evidentes. em 1918, Prokofiev obteve autorização para se deslocar para fora da União soviética e atravessou o atlântico. no ano seguinte, já em nova iorque, foi desafiado por um grupo de músicos russos judeus para escrever uma peça baseada em melodias hebraicas. denominado Zimro, este agrupamento, composto por seis músicos, pretendia angariar fundos para a construção de uma escola de música em jerusalém através das receitas dos seus concertos. Prokofiev escreveu esta obra, que mantém na versão orquestral, datada de 1934, a afetação lírica e o humor jocoso que caracterizam aquela tradição musical.de cariz bastante mais americano é a música de bailado assinada por copland. A Primavera dos Apalaches é uma coreografia que martha Graham fez estrear em 1944. o enredo desenvolve-se numa festa de primavera em torno de uma casa recém-construída para ser habitada por um jovem casal. estão presentes a noiva, o agricultor seu noivo e, ainda, as figuras mais emblemáticas da tradição popular norte-americana: os crentes puritanos, o reverendo, a matriarca, o pioneiro, o cidadão e o abolicionista.Por fim, junta-se a música de um outro bailado, este

>

57

estreado em Paris em 1923, com coreografia de jean Börlin. La Création du Monde desenrolava-se a partir de uma história mitológica africana, mas milhaud optou por fazer nela ecoar as sonoridades jazzísticas que havia escutado no ano anterior no bairro de harlem, em manhattan.r U i c a m P o s l e i t à o

c6

domIngo 24 aBril 13h PeqUeno aUditÓrio Piso 0 | 7,50€ a Canção da terra gustav mahler A Canção da Terra, versão de câmara de a. schönberg e r. riehni. Das Trinklied vom Jammer der Erde / ii. Der Einsame im Herbst / iii. von der Jugend / IV. Von der Schönheit / v. Der Trunkene im Frühling/ vi. Der Abschied

ensembLe medIterraIn Bruno Borralhinho direção musical Karolina Gumos meio-soprano Fernando Guimarães tenor*

Gabriel Adorján violino Laura Volkwein violino Madeleine Przybyl viola Marco Pereira violoncelo* hiroaki Aoe contrabaixo Matthieu Gauci flauta Fabian Schäfer oboé Iva Barbosa clarinete* Ricardo Ramos fagote* Luís Vieira trompa* Dunja Robotti piano Rui Sul Gomes percurssão* Marco Fernandes percurssão* *músicos convidados A Canção da Terra foi composta numa fase especialmente delicada da vida de Gustav mahler, coincidindo com a morte de uma filha com apenas quatro anos e com a sua demissão da Ópera de viena por pressões externas e com motivação supostamente antissemita. Baseada em textos da antologia A flauta chinesa, de h. Bethge, sobre poemas populares chineses, a obra é por muitos considerada a

principal do compositor, de certo modo autobiográfica, e a sua nona sinfonia, justificando assim o subtítulo original de Symphonie für eine Tenor – und Alt-Stimme und Orchester. esta fascinante versão para orquestra de câmara, iniciada por a. schöenberg, em 1921, e concluída em 1983 por r. riehn, ocupa entretanto um lugar destacado no repertório camerístico: “a ambição de schöenberg [...] não tinha como objectivo uma nova interpretação, mas sim uma tentativa respeitosa, humilde e de grande dificuldade técnica de preservar o som original com uma incomparável economia de meios” (riehn). o lugar passageiro que o homem ocupa no mundo eterno, a solidão, a juventude, a beleza, a ilusão e, por fim, a despedida, são os temas dos seis maravilhosos andamentos desta obra que anton Webern descreveu como “o percurso da vida e de quem a viveu, na alma de quem enfrenta a morte. B r U n o B o r r a l h i n h o [ o a U t o r e s c r e v e s e G U n d o a a n t i G a o r t o G r a f i a ]

c10 domIngo 24 aBril 13h sala lUÍs de freitas Branco Piso 1 | 7,50€ À VoLta do mundo Com phILeas fogg Ludwig van beethoven 5 variações sobre Rule, Britannia, Woo 79 giuseppe Verdi / franz Liszt dança e dueto final de Aida Ignace Leybach fantasia sobre Aida, op. 158 / Aouda, op. 274 Claude debussy Nocturne / Pagodes, de Estampes edward macdowell Sea Pieces, op. 55 / To the sea / Starlight / Song / Nautilus [a propósito de outra obra de verne] / In mid-ocean Ludwig van beethoven 7 variações sobre God Save the King, WoO 78 LuÍsa tender piano o programa deste recital inspira-se na aventura do misterioso Phileas fogg em Le Tour du Monde en Quatre-Vingts Jours, de júlio verne. É extraordinário o que mr. fogg viu em oitenta dias. mas mais notável é aquilo que conseguiu não ver, e aquilo que quase não viu, porque o herói de verne é “de cette

>

59

race d’anglais qui font visiter par leur domestique les pays qu’ils traversent”. fogg pára em suez e não quer ver o egipto, onde um ano antes desta aventura (passada em 1872) estreou Aida, de Giuseppe verdi. curiosamente não é aida, mas sim aouda – também princesa, mas indiana e do seu tempo – que capta a atenção do cavalheiro inglês. depois de a salvar de uma morte brutal, aouda acompanha o aventureiro até ao fim da viagem. mas fogg, aparentemente inacessível em matérias de amor, parece nunca se aperceber dos sentimentos de auoda, nem mesmo nas passagens românticas em que contemplam juntos a calma da noite no Pacífico. Phileas fogg não visita o japão porque perde o barco de hong-Kong para Yokohama. atravessa a américa com grande pressa e turbulência, sem tempo para apreciar o que macdowell tão bem descreve na sua obra musical. ao chegar ao seu país, depois de uma agitada travessia do mar, quase perde a aposta que o levou à volta do mundo: - “vous êtes bien le sieur Phileas fogg?” - “oui, monsieur.” - “au nom de la reine, je vous arrête.” felizmente, no fim de tudo, mr. fogg é um vencedor. talvez não tenha visto suez ou Yokohama, mas ganhou a aposta e ganhou aouda, que o fez feliz. “en vérité, ne ferait-on pas, pour moins que cela, le tour du monde?” l U Í s a t e n d e r

c14 domIngo 24 aBril 13h sala soPhia de mello BreYner Piso 2 | 7,50€ anos de peregrInação: III ano franz Liszt Anos de Peregrinação: iii ano LouIs LortIe piano É o liszt viandante, observador e admirador da paisagem, de um quadro, de um livro, mas também cristão e, como o título indica, peregrino, que encontramos nas três Années de Pèlerinage, cadernos escritos durante um longo

período de tempo (1836-1883), testemunhos de uma vida sempre em viagem, sempre à descoberta. liszt não só foi o mais famoso pianista de todos os tempos, como foi também um dos compositores mais importantes e inovadores do final do século xix. esta obra, monumental, é de certa forma o seu diário gráfico musical. louis lortie interpreta aqui o terceiro caderno desta obra.

c18

domIngo 24 aBril 13h sala almada neGreiros Piso 2 | 7,50€ portugaL e goa tradicional de goa Farar far / Tsoiai rê / Yaya Mayaya / Tuká / Kaiboreló manuel freire; arranjo Carlos garcia Eles tradicionais portuguesas Rapsódia Portuguesa maria Virginia braz gomes/jerónimo silva Canções de embalar tradicionais de goa Chintun Fuddar / Dulpodas/ Surya/ Cheddua-gô torquato de figueiredo Adeus portugoesas Verónica Milagres soprano Carolina Figueiredo meio-soprano Carlos Garcia piano o trio PortuGoesas leva-nos numa viagem até Goa, o mais pequeno estado da Índia. onde o concanim é a língua que se fala, mas onde a língua portuguesa também é trocada, em conversa casual, de cada vez que se sabe que o viajante fala português. afinal de contas, foram mais de quatrocentos anos de ocupação e as marcas ainda são visíveis. na paisagem, nas gentes e nos costumes. nas canções. esta é uma viagem às origens das cantoras. Um passeio pela música que ainda hoje é cantada pelo povo, pelas famílias goesas, seja em cerimónias ou festas populares. canções numa língua longínqua, pontuada também pela apropriação do vocabulário português. Uma herança que resiste e se faz de mnemónicas musicais e que o PortuGoesas se honra de perpetuar.

61

c22

domIngo 24 aBril 13h sala fernando Pessoa Piso 2 | 7,50€ VoLta ao mundo em 20 fLautas e 1 VIoLonCeLo sören sieg African Suite / Ka go sale moso / Noka ee tona / Borakalano andreia pinto Correia Sobre um quadro de Júlio Pomar benjamin thorn The Voice of the crocodile (excerto) markus zahnhausen Fantasia all’unisono j. m. Leclair Badinage michael Colquhoun Charanga (excerto)

tema tradicional Irlandês (séc. XIX) Birthday Jig tema tradicional nativo-americano (séc. XX) Winter snows maki Ishii black Intention (excerto)

johannes Ciconia Una panthera pixinguinha Um a zero sYrInX: XXII António Carrilho flautas de bisel barrocas e renascentistas, eagle recorders e flauta irlandesa Katharine Rawdon flautas transversais, flauta irlandesa, traverso e flauta nativo-americana Catherine Strynckx violoncelo e violoncelo barroco a invocação de uma viagem por paisagens do mundo e por mundos cronologicamente distantes, syrinx: xxii convida o público a fruir de diferentes culturas e sonoridades, escolas e estilos. o objetivo primordial neste espetáculo é dar a conhecer tradições dos quatro cantos do mundo numa interpretação original e repleta de liberdades artísticas, numa atitude de “carte-blanche” e dando azo às mais atrevidas e inovadoras combinações. os arranjos são da autoria de syrinx: xxii.tal como a própria humanidade, a nossa viagem inicia-se a partir do continente africano, com músicas de inspiração africana, primeiro de sören sieg, e segundo com a compositora portuguesa andreia Pinto-correia, que se inspira no magrebe.da austrália chega The voice of the crocodile, de Benjamin thorn, uma paráfrase dum excerto de Song of Songs (a voz da tartaruga ouvida em terra), mas nesta obra com uma troca de

réptil, sendo o crocodilo o objeto da escrita rítmica e rápida da obra e muito sugestiva.chega-se à europa com o seu rigor das técnicas de composição que datam da barroca. Primeiro com markus Zahnhausen e a sua Fantasia all´unissono. depois, num salto quântico, vamos até à frança do século xviii com j. m. leclair, compositor da época de ouro da flauta traverso.voltando ao século xx, a Charanga, de michael colquhoun, brinca com a música folclórica urbana cubana – salsa. também em espírito folclórico, segue-se a Birthday Jig, música tradicional para pífaros irlandeses. e voltando à américa, terminamos este grupo com uma música tradicional dos americanos nativos, Winter Snows. da paz e das vistas abertas desta américa quase mítica, saltamos para o japão, com a sua realidade moderna: a ideia fulcral desta obra de maki ishii é retratar a reação das pessoas aos problemas do quotidiano. a adversidade e desigualdade na vida trazem consequências negativas.de johannes ciconia, mestre compositor flamengo que viveu em Pádua, chega-nos um madrigal a três vozes alusivo à fundação da cidade de lucca por uma pantera armada e na companhia do deus da guerra, marte. Para festejar o fim do concerto, vamos até ao Brasil e à música de Pixinguinha. mestre da música popular brasileira e do choro em particular, escreveu Um a Zero em conjunto com Benedito lacerda. o nome refere-se a um jogo de futebol famoso de 1919, para comemorar o primeiro campeonato internacional de futebol no jogo ganho pelo Brasil ao Uruguai.e tudo isto à distância de 20 flautas e dois violoncelos, intimamente a três vozes.

63

15h

c2

domIngo 24 aBril 15h Grande aUditÓrio Piso 1 | 9,50€ / 6€ a esCandInáVIa Carl nielsen Helios edvard grieg Peer Gynt suite n.º 1 jean sibelius En saga jean sibelius Valse triste orquestra guLbenKIan Frédéric Chaslin direção musical helios é a personificação do sol na mitologia grega e foi esta figura que inspirou carl nielsen a compor esta obra. a peça foi escrita aquando de uma visita a atenas, que então se juntou à sua mulher, anne marie carl-nielsen, que foi uma das primeiras escultoras que teve a permissão de criar cópias de baixos-relevos e estátuas no museu da acrópole de atenas. a obra, dedicada ao compositor germano-alemão julius röntgen, um entusiasta pela música escandinava, foi concluída a 23 de abril de 1903 e teve a sua estreia a 8 de outubro do mesmo ano em copenhaga, sob a direção do norueguês johan svendsen.o programa prossegue com Peer Gynt suite n.º 1, de edvard Grieg. Peer Gynt consiste num vasto conjunto de excertos musicais, originalmente destinados à representação cénica da peça homónima escrita por henrik ibsen e estreada em 1876, na cidade de oslo. no seu todo, é uma obra particularmente representativa da peculiaridade expressiva que caracteriza o legado do compositor, imensa na sua riqueza melódica e harmónica. todavia, também ilustra exemplarmente a dificuldade histórica com que se depara a música lírica escandinava para se impor internacionalmente, em grande medida devida à dimensão filosófica dos seus textos.o concerto termina com duas obras de jean sibelius. En saga foi originalmente composta em 1892, mas o compositor fez várias revisões à obra ao longo da década seguinte, tendo a versão final ficado concluída em 1902. Um ano depois surge Valse triste, uma pequena peça

>

orquestral, composta inicialmente para o espetáculo teatral Kuolema, da autoria do seu cunhado arvid järnefelt, ainda que tenha ficado muito mais conhecida como uma peça independente.

c7

domIngo 24 aBril 15h PeqUeno aUditÓrio Piso 0 | 7,50€ este/oeste Luigi boccherini Concerto para violoncelo em ré maior, g. 479 toru takemitsu Requiem para Cordas gioacchino rossini Une Larme orquestra de Câmara portuguesa Pedro Carneiro direção musical Pavel Gomziakov violoncelo este é um programa essencialmente de cordas, primordialmente focado no violoncelo. o compositor e violoncelista italiano luigi Boccherini tem uma vasta obra focada neste instrumento. dos 12 concertos para violoncelo que o italiano compôs, um dos que mais se destaca é o concerto para violoncelo em ré maior, G. 479, que casa harmoniosamente com o caráter nostálgico do Requiem para cordas do japonês toru takemitsu. Grande compositor erudito da segunda metade do século xx, takemitsu é também conhecido pelas bandas sonoras de vários filmes de akira Kurosawa. este seu Requiem para cordas é uma obra caracteristicamente dramática e que foi descrita por igor stravinski como uma obra-prima. o programa termina com Une Larme, peça que Gioacchino rossini compôs já numa fase mais tardia do seu percurso, mas sem renunciar a sua sagacidade teatral.

c11

domIngo 24 aBril 15h sala lUÍs de freitas Branco Piso 1 | 7,50€ CamInhando na saudade radamés gnattali Canção e Dança ronaldo miranda Soneto da Separação ronaldo miranda Cantares

65

heitor Villa-Lobos Melodia Sentimental heitor Villa-Lobos Canção de Amor astor piazzolla O Grande Tango heitor Villa-Lobos Bachianas Brasileiras n.º 5 César guerra-peixe De Viola e Rabeca (mourão) ana pauLa russo soprano

josé staneCK harmónica

jed barahaL violoncelo

ChrIstIna margotto piano Uma aposta na busca de diferentes sonoridades e novas formas de expressão é a razão para a formação deste inusitado quarteto. a expressividade marcante da voz da soprano ana Paula russo, enlaçada pelo som da gaita de josé staneck, transfere à música de heitor villa-lobos, Guerra-Peixe, radamés Gnattali, ronaldo miranda e astor Piazzolla toda a energia das músicas tradicionais do Brasil e da argentina; o violoncelo de jed Barahal reproduz o calor da voz humana das canções mais intensas; e christina margotto, no piano, estabelece a ponte que integra a diversidade tímbrica de cada obra, e é neste contexto que o quarteto apaixonadamente se passeia pelo repertório escolhido. a arte destes compositores assemelha-se por uma identidade nacionalista, inspirada na música tradicional dos dois países. villa-lobos nos cantos populares, na cultura indígena e no folclore brasileiro, Guerra-Peixe no folclore nordestino, radamés Gnattali na música urbana (o choro, por exemplo) e astor Piazzolla no tango, caracterizando-se pela potência estética e um traço único, impactante e sempre fascinante. com um olhar extremamente crítico, tanto das suas obras como de tudo o que acontecia, e participando nos movimentos culturais mais importantes das suas épocas, estes compositores deixaram-nos um importante legado artístico.

c15 domIngo 24 aBril 15h sala soPhia de mello BreYner Piso 2 | 7,50€ aLemanha reVIsItada Ludwig van beethoven/franz Liszt An die Ferne Geliebte robert schumann Fantasia, op. 17

eLdar neboLsIn piano

An die ferne Geliebte foi composto por Beethoven em 1816 e é considerado o primeiro exemplo de um ciclo de canções da autoria de um grande compositor. este ciclo de canções foi dedicado ao príncipe joseph franz von lobkowitz. as canções expressam uma certa saudade e resignação, sendo estes uma reflexão dos sentimentos de liszt quando fez a transcrição para piano em 1849. e, segundo escreveu misha donat na BBC Music Magazine, robert schumann considerava An die ferne Geliebte um símbolo da separação forçada da sua amada. Por sua vez, a Fantasia, op. 17, do próprio r. schumann, tem a sua origem numa peça intitulada Ruines, que expressa a sua angústia por se ter visto forçosamente separado da sua amada clara Wieck (que mais tarde de tornaria a sua esposa). Posteriormente, esta peça tornou-se o primeiro andamento desta Fantasia. a obra foi primeiro composta em 1836 e revista em 1839, aquando da sua publicação, tendo então sido dedicada a franz liszt. É muitas vezes considerada uma das mais importantes obras para piano solo de schumann e um dos trabalhos centrais do período inicial do romantismo.

c19 = B18

sáBado ⁄ sala soPhia de mello BreYner ⁄ 18h

domIngo 24 aBril 15h sala almada neGreiros Piso 2 | 7,50€ uma parCerIa IsraeLo-paLestInIana paul ben haim Canzonetta samir odeh tamimi AMAL Wissam joubran A piece for piano solo Canção tradicional judaica Hava Nagila avner dorman Karsilama Canção clássica israelita Jerusalem of gold arranjo de duo amal Canção popular árabe Bint al Shalabiya arranjo de duo amal duo amaL Bishara haroni piano Yaron Kohlberg piano Paul Ben haim é um dos principais compositores israelitas de sempre. nasceu na alemanha e emigrou para israel antes ainda

>

67

do eclodir da segunda Guerra mundial. a sua música combina influências dos compositores clássicos alemães e um sabor a médio oriente. a Canzonetta sabe a deserto, que é uma grande parte do cenário de israel. este é o último andamento da sua Sonatina e é uma dança rítmica com influências orientais. odeh tamimi é compositor, mas também pintor, descrevendo-se, por vezes, que o próprio “pinta” abstratamente com a sua música. esta peça contém camadas de acordes e sons, recorrendo ainda abundantemente às cordas interiores do piano e aos diferentes pedais.Wissam joubran é um jovem compositor palestiniano. ele compôs esta peça num estilo moderno, tentando explorar os diferentes efeitos sonoros que se podem extrair do piano.a célebre canção tradicional judaica Hava Nagila era originalmente uma música hassídica, sendo que no século xx foram-lhe acrescentados versos. Hava Nagila significa, em hebreu, “vamos ser felizes”. Karsilama, de avner dorman, é uma dança turca com variações compostas em 2011 para o duo amal. Jerusalem of Gold é uma canção clássica israelita originalmente composta pelo reconhecida poeta naomi shemer. a canção é sobre a beleza da cidade de jerusalém. a versão para piano foi desenvolvida por alexey Kurbatov.Bint al Shalabiya é uma canção popular árabe da cantora fairuz. É conhecida por todo o mundo árabe como uma das mais populares canções populares árabes de todos os tempos. a transcrição foi feita por alexey Kurbatov.

>

c23

domIngo 24 aBril 15h sala fernando Pessoa Piso 2 | 7,50€ uma tarde Com a mÚsICa hÚngara béla bartók Romanian Folk Dances / Evening in Transylvania / Allegro Barbaro arranjo Katona twins peter Katona Meditation and Passacaglia/ The Brothers Karamazov zoltán Kodály Dances of Galánta arranjo Katona twins Katona tWIns Peter Katona guitarra Zoltan Katona guitarra Béla Bartók e Zoltán Kodály estão entre os mais célebres compositores húngaros do século xx. os seus estudos profundos das canções tradicionais não só revolucionaram o conhecimento neste campo mas também lhes deu fontes muito ricas para o seu próprio trabalho criativo. o estilo composicional homogéneo de Kodály mistura-se com a música camponesa húngara e com a música ocidental. Bartók foi mais influenciado pelos elementos progressivos da linguagem musical contemporânea e o seu interesse estendeu-se ao folclore musical dos países vizinhos da europa de leste e até aos territórios árabes e turcos. o material utilizado em Romanian Folk Dances foi recolhido por músicos romenos e ciganos da transilvânia, enquanto os temas de Evening in Transylvania são as próprias criações de Bartók no estilo das músicas populares húngaras. Allegro Barbaro é característico do seu estilo, repescando sons da música camponesa húngara e romena, cruzando-os com a experimentação avant-garde. Dances of Galánta, de Kodály, é baseado na música tradicional de Galant, que agora faz parte da eslováquia, onde Kodály viveu durante vários anos. a maioria das peças utilizadas são próprias do estilo verbunkos, criado como música de recruta militar, tornando-se parte da tradição popular húngara no início do século xix. o legado musical de Bartók e Kodály deixa uma marca em cada músico húngaro. sinto que é praticamente impossível escapar à utilização subconsciente de temas musicais tradicionais, ainda que eles surjam nas minhas composições de forma inteiramente não intencional. Meditation & Passacaglia é baseado numa sequência harmónica com uma melodia recorrente e The Brothers Karamazov é uma descrição musical de personagens antagónicas do célebre romance de dostoiévski.P e t e r K a t o n a

69

17h

+c3

domIngo 24 aBril 17h Grande aUditÓrio Piso 1 | 9,50€ / 6€ a rÚssIa ImperIaL anatol Lyadov 8 Canções Populares russas alexander glazunov Concerto para violino alexander borodin danças Polovtsianas orquestra sInfÓnICa portuguesaCoro do teatro naCIonaL de são CarLosJan Wierzba direção musical tatiana Samouil violino este programa começa com 8 canções tradicionais russas arranjadas para orquestra por anatol lyadov em 1906. o compositor anatol lyadov tinha como uma das suas grandes paixões a recolha de melodias populares russas, fazendo uso frequente desse material em muitas das suas obras. em 1906 decide então compor uma suíte com fortes raízes nas tradições russas e o ponto de partida foi precisamente essa recolha de melodias populares.dois anos antes, em 1904, alexander Glazunov compôs o seu concerto para violino, uma das suas composições mais populares. dedicada ao violinista leopold auer, a obra teve a sua estreia na russian musical society, em são Petersburgo, a 15 de fevereiro de 1905. o programa termina com as danças Polovtsianas de alexander Borodin, também elas das músicas mais conhecidas do compositor russo. estas danças Polovtsianas fazem parte da ópera Príncipe Igor, que Borodin deixou inacabada aquando da sua morte, tendo sido posteriormente completada por alexander Glazunov e nikolai rimsky-Korsakov.

>

c8

domIngo 24 aBril 17h PeqUeno aUditÓrio Piso 0 | 7,50€ noVÍssImo CanCIoneIro nuno Côrte-real Novíssimo Cancioneiro – livro primeiro, op. 12 I. Muineira de Callobre / II. Oliveiras, Oliveiras / III. Nana, nana, meu menino / IV. Ó Laurinda, linda, linda / Interlúdio Alentejano / V. Oh! Bento Airoso / VI. Nana, nana, meu menino / VII. Bendita e louvada seja / VIII. Muineira de A Paínza / IX. Ai, ó divina Santa Cruz / X. Vou-me embora para Lisboa / XI. Nana, nana, meu menino / interlúdio transmontano / XII. Ai, tu é que és o meu rapaz Coro rICerCarePedro teixeira maestro do coro ensembLe darCosNuno Côrte-Real direção musical Nuno Inácio flauta Emanuel Salvador violino Filipe quaresma violoncelo Duncan Fox contrabaixo helder Marques piano Música Popular vs. Música Eruditadesde sempre que os compositores se sentiram atraídos pela música popular e foram beber à sua fonte, procurando nela saciar uma imensa nostalgia pela terra, pelo povo ou pela imagem idílica de uma idade dourada irremediavelmente desaparecida. Podemos dizer que o fascínio provocado pela música popular levou à sua assimilação pelas formas eruditas, e a influência dessa intersecção acabou por ser um dos factores determinantes para a evolução da música ocidental. É sobretudo no século xix, com a afirmação crescente das identidades nacionais, que se desenvolve o interesse pelas culturas populares. acreditava-se que a cultura popular, bem como a língua, reflectia a identidade e a alma dos povos. do cruzamento entre música popular e erudita o carácter da linguagem musical, que até aqui era homogéneo e universal, começa a fragmentar-se em dialectos nacionais. o característico, o pitoresco e o exótico contaminam e refrescam as formas da tradição clássica vienense, contribuindo para a sua renovação. este movimento é levado mais longe no século xx quando o fascínio pela música popular, tornando-se

>

71

mais pragmático e sistemático, ultrapassa os limites estreitos do nacionalismo. os compositores procuram nas músicas primitivas e exóticas soluções para os problemas estéticos do seu tempo. com o modernismo a arte derruba fronteiras políticas e geográficas, e torna-se global.É neste contexto de pluralidade e abertura que se inscreve nuno côrte-real (n.1971) compositor da nova geração que melhor traduz o afastamento das poéticas radicais e académicas das pós-vanguardas, e que assume a música como um exercício de liberdade criativa e expressiva, que resulta da síntese de vários universos sonoros. no trabalho do compositor é possível verificar um interesse recorrente pela palavra e pela cultura portuguesa, bem como pela sua música tradicional, como é o caso da obra aqui apresentada, inspirada em melodias populares portuguesas. no entanto, deve-se salientar, que não se trata de uma mera colecção de música tradicional. os materiais tradicionais servem como matéria-prima bruta, sujeita a um tratamento rigoroso através de técnicas e de uma construção formal típica da música erudita. côrte-real compôs o Novíssimo Cancioneiro, op.12, em 2001, num período de grande profusão criativa. se num nível emocional a obra é ditada pela nostalgia, num nível mais técnico e musical é marcada por um desejo de ruptura com os dogmas académicos e pela vontade de afirmação de uma linguagem musical livre. construído a partir de melodias tradicionais portuguesas, o ciclo, constituído por doze peças, inclui também duas danças galegas, as Muiñeiras, e dois exercícios originais de inspiração popular, os Intermezzi instrumentais. a organização e construção formal do ciclo obedecem a princípios rigorosos. a canção de embalar Nana nana, meu menino funciona como uma espécie de motivo condutor, sendo apresentado três vezes mas trabalhado de três maneiras distintas. e x c e r t o d e t e x t o d e a f o n s o m i r a n d a

[ o a U t o r e s c r e v e s e G U n d o a a n t i G a o r t o G r a f i a ]

c12

domIngo 24 aBril 17h sala lUÍs de freitas Branco Piso 1 | 7,50€ the rIghts of man john playford excertos de The English Dancing Master Bobbing Joe / Rights of Man / Black and Grey / An Italian Rant / Prince Rupert’s March & Prins Robbert Masco / Wallom Green

>

henry purcell suite extraída de The Fairy Queen Symphony of the swans / Dance for the green men / Rondeau / First act tune – Hornpipe / Third act tune – Hornpipe / First Act Tune: jig / Chaconne (Dance for the chinese man and woman)

johann sebastian bach Prelúdio instrumental à cantata dos camponeses Mer hahn en neue Oberkeet, BWv 212

georg philipp telemann Concerto para traverso e flauta de bisel, tWv 52:e1 Largo - Allegro - Largo - Presto os mÚsICos do tejo Adriana Ferreira flauta transversal António Carrilho flauta de bisel Marta Araújo cravo e direção artística Marcos Magalhães cravo e direção artística tera Schimizu violino Álvaro Pinto violino César Nogueira viola Ana Raquel Pinheiro violoncelo Pedro Wallenstein contrabaixo Um programa que demonstra várias ligações entre música popular e música erudita, mas também entre música totalmente escrita e música que apela à imaginação e capacidade de improvisação dos músicos. nas danças que Playford recolheu e editou – unicamente sob a forma de melodia sem acompanhamento – encontramos algumas Jigs e Hornpipes que ainda hoje são tocadas pelos músicos populares irlandeses e cujos padrões rítmicos e ambiente melódico também reconhecemos nas peças, contrapontisticamente luxuriantes, de Purcell. no concerto de telemann e no prelúdio instrumental à cantata dos camponeses de Bach sentimos a influência viva da música das franjas da europa, neste caso, possivelmente, os violinos ciganos da transilvânia, tão próximos daquelas paragens germânicas.

c16

domIngo 24 aBril 17h sala soPhia de mello BreYner Piso 2 | 7,50€ À VoLta de ChopIn em doIs mundos mozart fantasia em ré menor, K397 Chopin escocesa em ré maior, op. 72, n.º 1

73

mozart rondó em ré maior, K485 Chopin valsa em lá menor, op. 34, n.º 2 Chopin Prelúdio em lá maior, op. 28, n.º 7 mozart rondó em lá menor, K511 bach Prelúdio em dó maior n.º 1 (Cravo Bem Temperado I) Chopin estudo em dó maior , op. 10, n.º 1 bach Prelúdio em mi menor n.º 11 (Cravo Bem Temperado I) Chopin estudo em mi bemol menor, op. 10, n.º 6 bach Prelúdio em ré maior nº 5 (Cravo Bem Temperado I) Chopin estudo em fá maior, op. 10, n.º 8 bach Prelúdio em dó menor n.º 2 (Cravo Bem Temperado I) Chopin estudo em dó menor, op. 25, nº 12 josep CoLom piano a ideia deste programa é mostrar as afinidades da música de chopin com a dos seus modelos passados, mozart e Bach, num diálogo musical constante. os pontos em comum entre mozart e chopin são muitos: o seu amor pela ópera com a consequente veia melódica inesgotável, a sua modéstia e equilíbrio em expressar sentimentos ou estados de humor, a sua ousadia e originalidade com modulações cromáticas que, por vezes, são de uma grande complexidade analítica, e, por fim, a sua capacidade em ser acessível ao público mais generalista, sem perder qualidade ou profundidade. talvez a obra que melhor ilustre esta comunhão espiritual entre mozart e chopin seja o rondó em lá menor, que é, sem dúvida, a obra mais chopiniana composta antes ainda do nascimento do próprio chopin. quanto a Bach, sabemos que chopin o admirava profundamente e estudava frequentemente a sua obra magna para teclado, o Cravo Bem Temperado. É, portanto, natural que haja semelhanças de desenho, progressões e técnica composicional entre muitos dos prelúdios de Bach e os estudos de chopin. Pode parecer arbitrário separar os prelúdios das fugas às quais Bach os associou, mas desta forma as correspondências entre os compositores soam mais claras. este programa a solo mostra somente alguns exemplos entre muitos outros que se poderia encontrar.

>

c20

domIngo 24 aBril 17h sala almada neGreiros Piso 2 | 7,50€ ConCerto das três CuLturas eduardo ramos Princesa do Arade tema tradicional árabe L´Aman Bada tema tradicional galaico-português Três Moças tema tradicional sefardita Fel Shara Canet eduardo ramos Jasmim em Flôr tema tradicional sefardita Hija Mia Cantigas de santa maria do século XIII Strela do Dia eduardo ramos Salam eduardo ramos e ConVIdados Eduardo Ramos canto, alaúde árabe Carlos Mendonça flauta Baltazar Molina darbuka e tar

o programa musical será concerto das três culturas, no qual eduardo ramos cantará e tocará com os seus convidados cantigas galaico-portuguesas, sefarditas e peças de música árabe. esta é uma abordagem à época medieval, quando as culturas cristã, árabe e judia sefardita conviviam ao nível da música e da poesia.

c24

domIngo 24 aBril 17h sala fernando Pessoa Piso 2 | 7,50€ estétICa romântICa anton Webern Langsamer Satz bedrich smetana Quarteto de cordas em mi menor Da minha vida quarteto de Cordas de sIntra Nelson Nogueira violino Romeu Madeira violino Eurico Cardoso viola d’arco

Abel Gomes violoncelo o quarteto de cordas de sintra apresenta um programa com uma das obras fundamentais do romantismo

75

europeu, o quarteto de cordas em mi menor Da minha vida, do compositor checo Bedrich smetana. a obra, considerada como um dos expoentes máximos na escrita para quarteto de cordas, apresenta-nos uma linguagem densa e tecnicamente complexa, mas simultaneamente contida e emocional, retratando autobiograficamente a vida do compositor. como introdução ao concerto, será interpretada outra obra que, embora já escrita no século xx, ainda se encontra dentro da estética do romantismo: Langsamer Satz, de Webern. anton Webern, compositor austríaco e um dos percursores do atonalismo, juntamente com schöenberg, regressa nesta obra escrita em 1905, ao tonalismo puro, numa escrita que se desenvolve de forma fluida, refletindo o estado de alma do compositor que, neste período, realizava uma idílica viagem às montanhas austríacas com Wilhelmine mörtl, com quem viria a casar. Langsamer Satz é uma verdadeira ode musical ao amor.

>

19h

c4

domIngo 24 aBril 19h Grande aUditÓrio Piso 1 | 9,50€ / 6€

por terras de frança maurice ravel Concerto para mão esquerda maurice ravel Concerto em sol maior orquestra guLbenKIan Frédéric Chaslin piano e direção musical este programa começa com o célebre concerto para mão esquerda de maurice ravel, composto entre 1929 e 1930. a obra foi interpretada pela primeira vez em viena, a 5 de janeiro de 1932, pelo pianista austríaco Paul Wittgenstein, tendo-a ainda interpretado em Paris, a 17 de janeiro de 1933, sob a direção do próprio ravel. maurice ravel compôs este concerto para mão esquerda sob o desafio de Wittgenstein, que tinha perdido o braço direito durante a Primeira Guerra mundial mas que, mesmo assim, não quis dar por terminada a sua carreira, tendo proposto a ravel que compusesse para si uma obra tendo em conta estas limitações. nesta altura, ravel encontrava-se a trabalhar numa outra obra, o concerto em sol maior, altamente influenciada pelas harmonias e idiomas do jazz, o que resulta de uma digressão que o compositor deu nos estados Unidos em 1928.

c9

domIngo 24 aBril 19h PeqUeno aUditÓrio Piso 0 | 7,50€ europa: o noVo e o antIgo Wolfgang amadeus mozart abertura do Rapto do Serralho miguel azguime Illuminations [estreia absoluta] Wolfgang amadeus mozart Concerto para violino n.º 5 em lá maior, K. 219, Turco

77

orquestra de Câmara portuguesa Pedro Carneiro direção musical tatiana Samouil violino este programa começa com a abertura do Rapto do Serralho, célebre ópera de mozart, com libreto de johann Gottlieb stephanie der jüngere. a sua estreia deu-se no Burgtheater, em viena, a 16 de julho de 1781. a sua composição coincide com o período em que mozart decidiu fixar-se permanentemente em viena, de forma a chegar a um público mais vasto, sendo, de facto, a obra com que o compositor teve maior reconhecimento popular em vida. o concerto termina com outra obra de mozart, o concerto para violino n.º 5 em lá maior, K. 219, Turco, composta em 1775, quando o compositor ainda residia em salzburgo, tendo como apelido Turco uma vez que, no rondó final, mozart integrou na composição um interlúdio em lá menor, adaptado de uma peça composta por si em milão, o que lhe dá um caráter próprio da música turca. entre estas duas obras de mozart, a orquestra de câmara Portuguesa, dirigida por Pedro carneiro, vai ainda estrear uma obra de miguel azguime, compositor, poeta e percussionista português, também conhecido por ter fundado o miso ensemble, um dos mais importantes agrupamentos portugueses de música contemporânea.

c13

domIngo 24 aBril 19h sala lUÍs de freitas Branco Piso 1 | 7,50€

dsCh na amérICa george gershwin suite de Porgy and Bess (arr. heiffetz), para violino e piano i. summertime and A Woman is a Sometime Thing / ii. My Man’s Gone Now / iii. It Ain’t Necessarily So / iv. Bess, You is My Woman Now / v. Tempo di Blues

samuel barber Souvenirs, op. 28 (seleção), para piano a 4 mãos I. Waltz / II. Hesitation – Tango / III. Galop

astor piazzolla Grand Tango, para violoncelo e piano

Leonard bernstein trio para piano, violino e violoncelo I. Adagio non troppo – Più mosso – Allegro vivace / II. Tempo di

marcia / III. Largo – Allegro vivo e molto ritmico >

dsCh – sChostaKoVICh ensembLe Filipe Pinto-Ribeiro piano e direção artística Corey Cerovsek violino Adrian Brendel violoncelo Rosa Maria Barrantes piano Gershwin, Barber, Piazzolla e Bernstein estão, sem dúvida, entre os mais importantes e reconhecidos compositores do continente americano. escolhemos começar esta viagem musical do dsch na américa com uma suite de canções da ópera Porgy and Bess, obra-prima de George Gershwin, aqui num excelente arranjo para violino e piano da autoria de jascha heifetz, considerado por muitos o maior violinista do séc. xx. a herança de Gershwin é fortíssima, como denota a sua influência na música que o sucedeu, da erudita ao jazz. de samuel Barber, interpretaremos uma seleção de peças de Souvenirs, obra original para piano a quatro mãos, composta em 1952 e que viria a ser orquestrada para um bailado. o compositor propõe-nos imaginar um cenário reminiscente do hotel Plaza, em nova iorque, em 1914, época dos primeiros tangos, evocados no seu Hesitation-Tango. ora, com astor Piazzolla foi aberto um novo capítulo na história do tango argentino, o chamado “nuevo tango”. Le Grand Tango, para violoncelo e piano, foi composto em 1982, para o grande violoncelista russo mstislav rostropovich, e é uma obra emblemática do novo tango de Piazzolla, em que mistura ritmos tradicionais do tango com elementos da música erudita e do jazz. Para terminar a nossa viagem pela américa, escolhemos o trio de leonard Bernstein, uma obra que compôs com apenas 19 anos e em que inclui já muitas das características intrínsecas da sua linguagem musical: elementos de blues e jazz, motivos populares, virtuosismo, humor, energia exuberante… o trio data de 1937, precisamente o ano da morte de Gershwin, ídolo musical de Bernstein que viria a reconhecer que esse acontecimento trágico foi o momento crucial em que se tornou verdadeiramente compositor. f i l i P e P i n t o - r i B e i r o

c17 domIngo 24 aBril 19h sala soPhia de mello BreYner Piso 2 | 7,50€

anos de peregrInação: II ano, ItáLIa franz Liszt Anos de Peregrinação: II Ano, Itália LouIs LortIe piano

79

É o liszt viandante, observador e admirador da paisagem, de um quadro, de um livro, mas também cristão e, como o título indica, peregrino, que encontramos nos três anos de Peregrinação, cadernos escritos durante um longo período de tempo (1836-1883), testemunhos de uma vida sempre em viagem, sempre à descoberta. liszt não só foi o mais famoso pianista de todos os tempos, como foi também um dos compositores mais importantes e inovadores do final do século xix. esta obra, monumental, é de certa forma o seu diário gráfico musical. louis lortie interpreta aqui o segundo caderno desta obra.

c21

domIngo 24 aBril 19h sala almada neGreiros Piso 2 | 7,50€ fusão de CuLturas rabIh abou-KhaLIL trIo Rabih Abou Khalil oud (1)

Luciano Biondini acordeão

Jarrod Cagwins bateria e percussões

(1) alaúde árabe

rabih abou-Khalil afirmou-se como um compositor original, não apenas porque se encontra à frente do seu tempo, mas também porque questiona os caminhos pelos quais outros podem seguir sem uma grande reflexão. com a sua técnica composicional original, caracterizando-se por uma abordagem sem restrições, que ousadamente aborda a música clássica ocidental e a música árabe, rabih abou-Khalil encontrou uma linguagem musical complexa rítmica e melodicamente, que apenas lhe pertence, soando, paradoxalmente, estranha e familiar. esta linguagem parece quebrar com quase todos os idiomas musicais existentes. como instrumentalista, abou-Khalil explora continuamente novas formas de tocar o seu instrumento. recorrendo a técnicas adquiridas pelos seus estudos de música clássica, assimilando-os no seu crescimento musical árabe, abou-Khalil alcançou um nível de mestria instrumental sem precedentes. o seu virtuosismo deslumbrante levou a que vários críticos musicais recomendassem para estudo, por parte dos guitarristas de jazz, a sua forma de tocar. Por sua vez, as suas baladas reavivam o caráter poético da cultura árabe, sem nunca soarem tradicionalistas ou pouco aventurosas. e x c e r t o d o t e x t o d e j e r r Y B a U e r

.c25

domIngo 24 aBril 19h sala fernando Pessoa Piso 2 | 7,50€ sons da amérICa james “bLood” uLmer voz e guitarra james “Blood” Ulmer está a comemorar 75 anos de vida da forma mais pessoal possível: a sós com a sua guitarra. Para todos os efeitos, é uma das mais idiossincráticas figuras da história do jazz. como ele não há mais ninguém, ainda que muitos o tentem imitar. este é um homem que se foi reinventando – e à sua música – ao longo de um percurso de décadas em que viu o seu estatuto único como guitarrista ser confirmado uma vez e outra. segundo o crítico Greg tate, o estatuto de quem surgiu como o “elo que faltava entre Wes montgomery e jimi hendrix e entre os P-funk e mississippi fred mcdowell”. Ulmer desdenhou da segurança e do conforto de cada sucesso para mudar tudo. aderiu ao método harmolódico de ornette coleman com o fito de ir mais além, estabelecendo uma nova forma de afinar o seu instrumento. encheu o jazz de funk, de rock e mesmo de folk e até na cena norte-americana dos blues está a deixar marcas. nenhum dos idiomas musicais da diáspora afro-americana sai incólume dos seus dedos: misturam-se, confundem-se e ficam profundamente renovados. É um gigante da música do século xx e deste início do xxi, independentemente de géneros e tendências.

81

ConCerto de enCerramento

c5

domIngo 24 aBril 21h30 Grande aUditÓrio Piso 1 | 10,50€ / 6€ a VIagem de phILeas foggedward elgar marcha de Pompa e Circunstância n.º 4 giuseppe Verdi Cena triunfal de Aida – Coro, marcha, ballet e Coro Léo delibes abertura e dueto das Flores de Lakmé giacomo puccini Gira la Cote!... Perchè tarda la Luna! e Tu che di gel sei cinta de Turandot giacomo puccini Il Cannone del Porto!... Dueto das Flores e Coro à boca fechada de Madama Butterfly aaron Copland Hoe-down de Rodeo Leonard bernstein abertura de Wonderful Town edward elgar marcha de Pompa e Circunstância n.º 1, Land of Hope and Glory orquestra sInfÓnICa portuguesaCoro do teatro naCIonaL de são CarLosDomenico Longo direção musical Cristiana Oliveira sopranoCátia Moreso meio-soprano

neste concerto traça-se através da música a rota de Phileas fogg, o protagonista da Volta ao Mundo em 80 Dias, de júlio verne. Partimos da londres vitoriana de edward elgar, cidade onde Phileas fogg aposta que consegue dar a volta ao mundo em apenas 80 dias, e vamos rumo ao egipto, palco da ópera Aida, de Giuseppe verdi. do egipto vamos

81

para a Índia, cenário da Lakmé de léo delibes, famosa pelo seu Dueto das Flores. da Índia chegamos à china, onde se desenvolve a história de Turandot, de Giacomo Puccini, compositor que se apropriou da tão característica escala pentatónica para dar o colorido local. o mesmo Giacomo Puccini que nos retrata igualmente o destino seguinte de Phileas fogg, o japão da Geisha cio-cio san em Madama Butterfly. nesta ópera ouvem-se os acordes do hino dos estados Unidos, terra natal do comandante B. f. Pinkerton, com quem rumamos para a costa oeste da américa do norte. aí chegados, assistimos a um Rodeo, com o Hoe-Down de aaron copland. É de comboio que avançamos para nova iorque, essa Wonderful Town retratada por leonard Bernstein no seu musical. e com isto a grande dúvida: será que Phileas fogg consegue voltar a londres antes do fim do prazo? a rotação do planeta dá-lhe uma ajuda e… em londres vence a aposta com a apoteose dum Land of Hope and Glory, de edward elgar.

8383

ConCertos p r o j e t a r o f u t u r o C o m a r t e

Livro DMBelém 16.indd 8 3/8/16 7:02 PM

85

o evento Projetar o Futuro com Arte marcará a sua presença no festival dos dias da música 2016 pelo terceiro ano consecutivo, dando assim continuidade e cimentando a parceria entre a agência nacional para a qualificação e o ensino Profissional, i.P. e o ccB e divulgando e promovendo a educação e formação musical. esta edição contará com a presença de jovens alunos de cursos de música do ensino artístico especializado e do ensino Profissional, de escolas públicas, particulares e profissionais de todo o país. estes jovens intérpretes executarão algumas obras de compositores clássicos, oriundos de todo o mundo, ao sabor do tema deste ano: a volta ao mundo em 80 concertos.

sábado

B31

sábado 23 aBril 14h sala amália rodriGUes Piso 2 | 6€

prImeIra traVessIa da amérICa aCademIa de mÚsICa e beLas artes LuÍsa todI SExtEtO DE GuItARRAS Inês Saraiva Gonçalo Mendes João Rosado Patrícia Borba Pedro teixeira Sarah Ramtula astor piazzolla Libertango arranjo de aurelien stab

Celso machado Danças Populares Brasileiras / Cateretê / Xote / Ciranda ConserVatÓrIo de mÚsICa de ourém e fátIma ENSEMBLE DE CORDAS Mariana Marto violino Samanta Crispim violino Sílvia Amado violino Patrícia Santos violoncelo Carlos gardel Por una cabeza

85

Ana Lúcia Filipe canto Filipe Oliveira guitarra heitor Villa-Lobos Melodia Sentimental aCademIa de mÚsICa de eLVas Daniel Bruno Lima guitarra Leo brouwer Danza caracteristica ConserVatÓrIo d’artes de Loures Pedro Pinto vibrafone ney rosauro Two Reflections for Solo Vibraphone – Brazilian Landscape, Reflections on the New World aCademIa de mÚsICa de eLVas João Maria Carvalho piano heitor Villa-Lobos Ciranda n.º 10, O Pintor de Cannahy, W220 aCademIa musICaL dos amIgos das CrIanças Maria Vilela violino

Prof.ª Margarida Prates piano Carlos de almeida Dança brasileira ConserVatÓrIo de mÚsICa do ChoraL phYdeLLIus Duarte Calado Almeida piano

alberto ginastera três peças, op. 6, I Cuyana ConserVatÓrIo de mÚsICa de sIntra quARtEtO DE SAxOFONES DO CONSERVAtóRIO DE MúSICA DE SINtRA Daniel Matias José Maria Gonçalves Rafael Pereira Rodrigo Domingos astor piazzolla Ressurreccíon del Ángel / La Muerte del Ángel arranjos de luís cardoso

>

87

aCademIa de mÚsICa de paços de brandão telmo Costa clarinete Prof.ª Isabel Castro piano francis poulenc sonata para clarinete e Piano, op. 184

B33

sábado 23 aBril 18h sala amália rodriGUes Piso 2 | 6€

da amérICa LatIna ao eXtremo orIente aCademIa de mÚsICa de ÓbIdos Olavo Filipe Mesquita piano Carlos Reis clarinete darius milhaud Scaramouche suite, III – Brasileira InstItuto de mÚsICa VItorIno matono José Pedro Ralo saxofone Prof.ª Lali Asanashvili piano

jean françaix Cinq Danses Exotiques esCoLa de mÚsICa do Centro de CuLtura pedro áLVares CabraL ENSEMBLE DE CLARINEtE, VIOLINO, FLAutA tRANSVERSAL E VIOLONCELO Rodrigo Bernardo clarinete Maria Laura Simão violino Sofia Gomes violino Carolina Costa flauta transversal Ana Almeida violoncelo tema tradicional Persian Theme

arranjo m docherty, ad. dulcineia Guerra ENSEMBLE DE VIOLINO, VIOLONCELO E CLARINEtE Maria Laura Simão violino Sofia Gomes violino Ana Almeida violoncelo Alexandra Palmeirão clarinete Rodrigo Bernardo clarinete tchaikosky Arabian Dance

arranjo daniel Barrios, ad. dulcineia Guerra

B32

sábado 23 aBril 16h sala amália rodriGUes Piso 2 | 6€

dos pIrenéus aos uraIs aCademIa de mÚsICa e dança do fundão José Miguel Dias piano sergei bortkiewicz Prelúdio n.º 2, op. 40 armando josé fernandes Prelúdio n.º 3 aCademIa de mÚsICa de eLVas Joana Mateus Fonseca guitarra miguel Llobet Canco del lladre aCademIa de mÚsICa e dança do fundão Margarida Monteiro Pacheco piano roger quilter Estudo n.º 2 Luís de freitas branco Prelúdio n.º 2 aCademIa de mÚsICa de VILar do paraÍso Francisco Osório contrabaixo Prof. Pedro Ludgero piano giovanni bottesini elegia em ré aCademIa de mÚsICa de ÓbIdos ENSEMBLE DE PIANO, VIOLINO E FAGOtE Ana Rita Russo piano Ana Catarina Sobreiro violino João Paulo Augusto fagote max burger Jugend Piano Trio, op. 66 aCademIa de mÚsICa de VILar do paraÍso Inês Lopes piano João Santos piano Maria Lourenço piano Pedro Carvalho piano

albert Lavignac Galop-Marche à huit mans

89

ConserVatÓrIo de mÚsICa de CoImbra Beatriz Cortesão harpa mikhail glinka Nocturne tchaikowsky / e. Walter-Kune tema da Ópera Eugene Oneguin esCoLa de artes do norte aLentejano quARtEtO DE VIOLINOS “ALMAS” Carolina Varela Inês Pascoal Vera Soares Prof. ª tamara torres

Charles dancla três peças para 4 violinos, op.178, I – Departure aCademIa de mÚsICa de LIsboa ENSEMBLE DE VIOLINOS Ana Carvalho Joana Mendonça José Carvalho Lourenço Entrudo Mariana Veloso Susana Reis

sergei rachmaninoff Hopak edward William elgar Chanson de Matin, op. 15 ConserVatÓrIo de mÚsICa de aVeIro CaLouste guLbenKIan Ricardo Carvalho flauta Manuel Nunes oboé Rodrigo Neves clarinete Mariana tiago fagote José Pedro Bola trompa jacques Ibert Trois Pièces Brèves

ENSEMBLE DE VIOLINO, VIOLONCELO, SAxOFONE E CLARINEtE Maria Laura Simão violino Sofia Gomes violino Sandro Almeida saxofone Ana Almeida violoncelo Alexandra Palmeirão clarinete Rodrigo Bernardo clarinete

tema tradicional Asian Folk Songs arranjo Wendy K., ad. dulcineia Guerra

ConserVatÓrIo regIonaL de paLmeLa Andreia Silva saxofone Miguel Polido saxofone Marta da Mata piano

jun nagao Paganani Lost aCademIa de mÚsICa de CasteLo de paIVa ENSEMBLE DE CLARINEtES DA AMCP helena Branco Inês Castro José Silveira Manuel Pinheiro Mara queirós Marco Pereira Rafael Pinheiro Rui Soares tânia queirós telmo Perpétua Vitor Costa

jan Van der roost Rikudimm (Four Israeli Folkdances) tema tradicional arranjo de josef Bönisch

B34

sábado 23 aBril 20h sala amália rodriGUes Piso 2 | 6€

peLos romantIsmos da europa ConserVatÓrIo de mÚsICa do porto Catarina Rebelo harpa

felix godefroid Carnival of Venice

9191

>

domIngo

c26

domIngo 24 aBril 15h sala amália rodriGUes Piso 2 | 6€

sonorIdades da europa do suL ConserVatÓrIo regIonaL de éVora eborae mVsICa quARtEtO DE GuItARRAS Joana timóteo Maria Sabino Raquel Eustáquio Vasco Prates

Vincenzo torrentino It’s for you ConserVatÓrIo de mÚsICa de santarém João Limeiro guitarra portuguesa Margarida Lázaro viola dedilhada

pedro Caldeira Cabral Balada da Oliveira aCademIa de mÚsICa de santa CeCÍLIa Sofia Brito canto Sara Ferreira guitarra

Canciones españolas antíguas Los Pelegrinitos / La Tarara rec. e harmonização de federico

García lorca ConserVatÓrIo de mÚsICa de s. josé da guarda Gonçalo Caetano guitarra

mauro giuliani Grande Overture, op. 61 esCoLa de mÚsICa nossa senhora do Cabo Beatriz Saglimbeni violino Prof. Daniel Bento piano

manuel de falla suite Popular espanhola, Jota e Canción

ConserVatÓrIo regIonaL sILVa marques Beatriz Ventura canto Prof.ª tatiana Baliuk piano joaquín rodrigo Cuatro Madrigales Amatórios esCoLa de mÚsICa do ConserVatÓrIo naCIonaL Catarina Rodrigues violoncelo Frederico Ribeiro piano Maria Martinez flauta transversal anne Victorino d’almeida O Dia Seguinte

c27

domIngo 24 aBril 17h sala amália rodriGUes Piso 2 | 6€

sons quentes da amérICa do suL aCademIa de mÚsICa VaLentIm moreIra de sá Pedro Afonso Reis clarinete Ana Cláudia Mendes flauta transversal

heitor Villa-Lobos Chôros n.º 2, W197, 198 aCademIa de mÚsICa josé ataLaYa quARtEtO DE CORDAS Leonor Cunha violino Maria Inês Fernandes violino Inês Andrade violoncelo Luís Cruz violoncelo

Carlos gardel Tango por una cabeza ConserVatÓrIo de mÚsICa de santarém Cristiana Mexieiro violino João Limeiro guitarra portuguesa Flávio Bolieiro acordeão Filipa Vaz piano astor piazzolla Chiquilin de Bachin arranjo flávio Bolieiro

93

epabI - esCoLa profIssIonaL de artes da CoVILhã Bruna Costa flauta transversal José Almeida guitarra

maxim diego pujol suite Buenos Aires aCademIa de mÚsICa de Lagos José Nuno Matias violino Francisco Monteiro acordeão astor piazzolla Tango pour Claude / Libertango ConserVatÓrIo regIonaL de mÚsICa da CoVILhã ENSEMBLE DE ACORDEãO, GuItARRA, PIANO, VIOLINO E VIOLONCELO Afonso Loureiro acordeão Nuno Pinheira guitarra Margarida Bettencourt e Rita Russo piano Ana Almeida violino Maria Eduarda Dias violino Esther Branco violino Iara Sousa violino Beatriz Moura violino Mercês Sousa violoncelo g. W. Lotzenhiser Trombumba arranjo Paulo mota

astor piazzolla Adiós Nonino arranjo Paulo mota ENSEMBLE DE GuItARRA, SAxOFONE, FLAutA tRANSVERSAL, PIANO E VIOLINO João Machado guitarra Pedro Belizário saxofone Maria Conceição flauta transversal Inês Cabral piano Ema Ferreira piano Esther Branco violino Maria Eduarda Dias violino Beatriz Moura violino gustavo santaolalla The Last of Us ConserVatÓrIo de mÚsICa e artes do dão ENSEMBLE DE CLARINEtES DO DãO Ana Martins Inês Coelho

ConserVatÓrIo regIonaL de paLmeLa Alice Castelhano violoncelo

Maria Emília Veloso violoncelo Mónica Martins violoncelo Inês Ferreira contrabaixo Ivan Doujak piano Prof. Maxim Doujak violoncelo astor piazzolla Oblivion / melodia em lá menor arranjos de Uwe rössler

ConserVatÓrIo de mÚsICa da jobra Mathilde Martins piano Joana Carvalho violoncelo

David Bento violino Francisco Pereira acordeão Daniela Fonseca guitarra clássica Miguel Santos guitarra clássica astor piazzolla Milonga del Angel / Invierno Porteño aCademIa de mÚsICa josé ataLaYa ENSEMBLE DE CLARINEtES Ana Lúcia Silva tânia teixeira Guilherme Oliveira João Paulo Freitas Ana Sofia Freitas Andreia Soares Isabel Rocha astor piazzolla Contrabajeando / La misma pena / Adios Noniño arranjos de florent héau

c28

domIngo 24 aBril 19h sala amália rodriGUes Piso 2 | 6€

segunda traVessIa da amérICa aCademIa musICaL dos amIgos das CrIanças Rosa Lousan guitarra clássica

Leo brouwer Estudo XX

9595

C o n C e r t o s I n f o r m a I s

Inês Antunes Maria Margarida Gomes Prof. David Machado Prof. Edgar Silva Prof. Sérgio Neves

astor piazzolla Mi exaltacion / Oblivion / Villeguita ConserVatÓrIo de mÚsICa da jobra ENSEMBLE DE SAxOFONES Catarina Silva Francisco Ferreira Paulo Almeida Pedro Ribeiro Salomé Barbosa

astor piazzolla Bordel 1900

97

sábado

15hsábado 23 aBril

15h Coreto Piso 2 | entrada livre

os VIoLonCeLInhos

W. h. squire Humoresque e. elgar Salut d’ Amourp. I. tchaikovsky suite Quebra Nozes arranjos rui Pinheiro

I. Dança Russa / II. Valsa das Flores

Cinesuite África Minha; 007 arranjos rui Pinheiro

17hsábado 23 aBril

17h Coreto Piso 2 | entrada livre

estÚdIo de Ópera da aCademIa de amadores de mÚsICa Margarida Marecos direção musical

sete peCados CapItaIs e musICaIs W. a. mozart Ah, guarda sorella antónio Caldara Che gusto e mai questo tom jobim Desafinado gershwin Summertime Kurt Weill Dueto da Inveja L. bernstein I am easily assimilated Kurt Weill A balada da boa vida

19hsábado 23 aBril

19h Coreto Piso 2 | entrada livre

bIg band jÚnIor

Claus nymark Mr. AB arranjos claus nymark

oliver nelson Stolen Moments arranjos Paul jennings

97

>

Charles mingus Goodbye Pork Pie hat arranjos de sy oliver

george gershwin summertime arranjos de claus nymark

josef zawinul Birdland arranjos de michael sweeney

Lee morgan sidewinder arranjos de mark taylor

domIngo

14hdomIngo 24 aBril

14h Coreto Piso 2 | entrada livre

Coro da Casa pIa a casa Pia de lisboa é um instituto público que tem como missão a promoção dos direitos e a proteção das crianças e jovens, sobretudo dos que se encontram em perigo e em risco de exclusão e com necessidades educativas especiais, de forma a assegurar o seu desenvolvimento integral, através do acolhimento, educação, formação e inserção social e profissional.

16hdomIngo 24 aBril

16h Coreto Piso 2 | entrada livre

esCoLa de mÚsICa do CoLégIo moderno VIoLonCeLos do moderno C. Webster Scherzo s. suzuki Andantino h. purcell Rigadoon VIoLas do moderno g.p.telemann Concerto em sol maior, iv andamento g.f.handel Bourrée VIoLInos do moderno a.Vivaldi Concerto para dois violinos em lá menor, i andamento ervin t. rouse Orange Blossom L.anderson Plink, Plank, Plunk

99

VIoLas, VIoLInos e VIoLonCeLos do moderno C.m. von Weber O Coro dos Caçadores

18hdomIngo 24 aBril

18h Coreto Piso 2 | entrada livre

esCoLa de mÚsICa de nossa senhora do Cabo dmitri schostakovich Cinco Peças para dois violinos e piano arranjo de levon atovmyon i. Prelude: Moderato / ii. Gavotte: Tranquillo, molto leggiero / iii. Elegy:

Anadantino / iv. Waltz: Tempo de Valse, Moderato / v. Polka: Allegro

eugène bozza Andante et Scherzo astor piazzolla Four for Tango

20hdomIngo 24 aBril

20h Coreto Piso 2 | entrada livre

aCademIa de musICa de santa CeCÍLIa trIo de saXofones duke ellington Solitude tema tradicional Londonderry Karen steet Subway quarteto de CLarInetes j. s. bach Gigue Wendell hobbs Summer shadows scott joplin Rag zequinha abreu Tico tico

99

Charles mingus Goodbye Pork Pie Hat arranjos sy oliver

george gershwin Summertime arranjos claus nymark

josef zawinul Birdland arranjos michael sweeney

Lee morgan Sidewinder Arranjos Mark Taylor

21hsábado 25 aBril

21h Coreto Piso 2 | entrada livre

aCademIa de mÚsICa de santa CeCÍLIa

Iniciação à orquestra de sopros da amsC

Prof. Fernando Marinho direção

james swearingen Excalibur

oscar navarro Jumper Clarinet

orquestra de Cordas da amsC

Prof. Vasco Brôco direção

gustav holst St. Paul´s Suite ⁄ jig ⁄ finale

john Williams Star Wars

s a L a j Ú L I o V e r n e

101

Um espaço, um músico, um instrumento e uma cadeira. concertos informais dirigidos a famílias. convidamos músicos a tocar durante 20 minutos e, no final, a responder às perguntas do público curioso. aqui, a música é um “momento” intimista que aposta na proximidade com a performance e em que o conhecimento e a experiência dos músicos são oferecidos a crianças e a adultos. realizar-se-ão ainda momentos de dança, com a presença de bailarinos que vão ensinar todos os interessados a dançar ao som dos ritmos cubanos, do tango e das sonoridades africanas.

seXta 22 aBril sala júlio verne | Praça ccB

21h00 espaço Cuba:

eXpresso LatIno

sábado 23 aBril sala júlio verne | Praça ccB

13h00 josé gaLIssá 15h00 desbundIXIe 17h00 pauLo sousa e franCIsCo CabraL 19h00 espaço tango: La IdeaL – orquestra tÍpICa de tango argentIno 22h00 espaço áfrICa: b’Leza

domIngo 24 aBril sala júlio verne | Praça ccB

14h30 eduardo ramos & ensembLe _____.._ _moçárabe 16h30 josé staneCK, jed barahaL & _______ _ChrIstIna margotto 18h30 sYrInX: XXII

101

a q u I h á C o n V e r s a s

v1

v2

v3

v4

v5

v6

v7

v8

v9

103

espaço para conversas centradas no tema deste ano dos dias da música, moderado por nuno Galopim. jornalista, radialista, dj e crítico musical, escreve regularmente no Expresso, nas revistas Blitz, Time Out e Metropolis e é um dos autores da webzine máquina de escrever e do blogue sound + vision. foi durante 20 anos editor de cultura no Diário de Notícias, passou pelo Independente e foi correspondente português da Billboard.

m o d e r a ç Ã o N u N O G A L O P I M

sábadosábado 23 aBril sala de leitUra Piso 1 | entrada livre 15h15 LusofonIas 17h15 o enContro de CuLturas 19h15 mÚsICa, uma eterna dIgressão

domIngodomIngo 24 aBril sala de leitUra Piso 1| entrada livre 16h15 estrangeIros em portugaL 18h15 portugueses no estrangeIro

103

m I n I d I a s da mÚsICa

105

este ano está de regresso o minifestival dias da música em Belém, com orquestras sinfónicas, música de câmara e solistas, nas áreas da música erudita sempre de jovens para jovens. esta ação testemunha a excelência da educação musical desenvolvida pelas instituições participantes, responsáveis por um acesso à música cada vez mais transversal na sociedade. contaremos com a presença da orquestra sinfónica “ensemble”, da academia musical dos amigos das crianças, da escola de música do colégio moderno e do conservatório de lisboa. .os concertos mini dias da música são de entrada livre e vocacionados para as escolas. É necessário efetuar uma inscrição prévia: tel 213 612 899 ou [email protected] concertos de escolas, para escolas...

seXta 10h30

e2

seXta-feIra 22 aBril 10h30 sala lUÍs de freitas Branco Piso 1 aCademIa musICaL dos amIgos das CrIanças orquestra de guItarras Duarte Lamas direção musical António Barbosa violino solo

Karl jenkins Concerto grosso Palladio: I. Allegretto andrew forrest Joropo

orquestra de sopros Ana van Zeller direção musical dmitri shostakovich Gavotte / Melancoly ditty / Valsa das Flores autor anónimo (séc. XVI) Gaillarde de la Bataille orquestra de Cordas juVenIL Alexandre Delgado direção musical Ana Carolina Silva violino solo

105

alexandre delgado Pequena Suite Laurissilva: A Levada - A Floresta - O Pombo Trocaz Christoph Willibald gluck três danças do Bailado Don Juan: III. Allegretto joseph-hector fiocco Allegro, op. 1, n.º 10 arranjo fernando costa

a academia musical dos amigos das crianças – escola de música vecchi-costa (amac) é uma escola de ensino vocacional de música, com autonomia e paralelismo pedagógicos, situada em lisboa, na zona de santos. a amac foi criada por adriana de vecchi em 1953, com o apoio de diversas personalidades, das quais se destacam o seu marido, fernando costa, professor e violoncelista, sofia abecassis e ricardo espírito santo. da orquestra de cordas da escola saíram, na década de 1960, os primeiros jovens para os quadros da antiga orquestra sinfónica da emissora nacional. outros alunos da amac seguiram carreiras musicais com reconhecido mérito artístico, muitos são solistas, compositores, professores e membros da orquestra Gulbenkian e da orquestra sinfónica Portuguesa. em 1985, a amac foi agraciada pelo governo português com a medalha de mérito cultural e em 2013 comemorou os seus 60 anos de atividade. atualmente, a amac conta com quatro orquestras de alunos: uma orquestra de sopros, constituída por instrumentos do naipe das madeiras, com flautas e oboés; uma orquestra de Guitarras e duas orquestras de cordas: a de iniciados, para os alunos mais novos, e a orquestra juvenil, formada pelos alunos mais adiantados dos cursos de violino, violeta, violoncelo e contrabaixo.

e3

seXta-feIra 22 aBril 10h30 sala almada neGreiros Piso 2

esCoLa de mÚsICa do CoLégIo moderno VIoLas do moderno g.p.telemann concerto em sol maior, iv andamento h. arlen Over the Rainbow VIoLonCeLos do moderno t.h. bayly Long, Long Ago

>

107

s. suzuki Andantino VIoLas e VIoLonCeLos do moderno g.f. handel Bourré C.m. von Weber O Coro dos Caçadores s. suzuki moto Perpetuo / Allegro temas tradicionais Canção de Maio / Canção das Crianças / Tia Rosa / Os Patinhos / O Balão do João s. suzuki Canção Francesa a escola de música do colégio moderno nasceu em setembro de 2012, concretizando assim um velho sonho de dar à música toda a sua importância. a escola, aberta a todos os jovens entre os 3 e os 18 anos, é dirigida pela professora inês saraiva e pelo maestro césar viana, e tem a pianista jill lawson como coordenadora dos professores de piano.

e4

seXta-feIra 22 aBril 10h30 sala soPhia de mello BreYner Piso 2

ConserVatÓrIo de LIsboa s. suzuki Balancé tema tradicional Estrelinha e Variação A s. suzuki Lá Descemos Para o Ré p. hekimian Canção dos Piratas tema tradicional Barquinho C. anacleto Pizza C. anacleto Macaquinho tema tradicional Pop Goes the Weasel tema tradicional Canção Francesa tema tradicional Balão do João tema tradicional Tia Rosa s. suzuki Allegro tema tradicional Long, Long Ago j.s. bach minueto em dó j.s. bach minueto n.º 1 j.s. bach minueto n.º 2 j.s. bach minueto n.º 3 j.s. bach marcha tema tradicional Canção Russa tema tradicional Canção Espanhola edward elgar Salut d’Amour

107

Pelo terceiro ano consecutivo o conservatório de lisboa apresenta-se no mini dias da música, desta vez, com um programa que privilegia sobretudo o violoncelo. em apenas 30 minutos de música, estes pequenos violoncelistas que se baseiam no método suzuki irão fazer uma pequena viagem pelo repertório para o instrumento, com a aprazível ajuda de uma cantora solista. mostrando-nos um pouco da história do violoncelo e evolução das suas técnicas esboçam-se linguagens que nos transportam para épocas, abordagens e contextos sociais distintos.

12h00

e1 seXta-feIra 22 aBril 12h00 Grande aUditÓrio Piso 1 | 4€ orquestra sInfÓnICa “ensembLe” Cesário Costa direção musical franz von suppé abertura Cavalaria Ligeira joly braga santos sinfonia n.º 1 I. Molto Sostenuto / II. Allegro Energico / III. Andante Molto Tranquillo / IV. Allegro Assai franz von suppé já era um compositor reconhecido quando compôs, em 1866, a Cavalaria Ligeira, opereta em 2 atos, que estreou nesse mesmo ano em viena. os seus acordes iniciais, facilmente reconhecíveis, sugerem uma alvorada e remetem de imediato para um universo militar. a opereta é raramente executada, contudo, a sua abertura é uma das composições mais populares de suppé, integrando o repertório de várias orquestras em todo o mundo e sendo o seu tema principal frequentemente utilizado como suporte musical em diversos media. joly Braga santos, compositor, maestro e crítico, um dos grandes nomes da cultura e figura ímpar na música portuguesa do século xx, deixou mais de 100 obras, entre as quais se destaca a sua música para orquestra. enquanto jovem compositor inspirou-se na música tradicional portuguesa, nomeadamente no folclore e na polifonia renascentista, cujas influências estão bem patentes nesta primeira sinfonia, composta aos 22 anos de idade. a sinfonia n.º 1, dedicada “aos heróis e mártires da ii Guerra mundial”, foi estreada logo após a sua conclusão no teatro nacional de são carlos, sob a batuta de Pedro de freitas Branco.P a r c e r i a a n q e P / c c B

>

109109

p a r a o s maIs noVos

111

a fábrica das artes / Projeto educativo e a Garagem sul programam uma série de atividades, desde oficinas até miniconcertos, onde pode participar com os mais novos ou, a partir dos sete anos destes, deixá-los a divertir-se enquanto assiste a um concerto. a participação nas oficinas da fábrica das artes e da Garagem sul é gratuita, mas exclusiva a portadores de bilhetes de concerto/recinto.

sábado ⁄ domIngoFÁBRICA DAS ARtES

sábado ⁄ domIngo 23 ⁄ 24 aBril 10h30 ⁄ 11h45 / 15h 0 – 5 anos esPaço fáBrica das artes jardim das oliveiras

dUraçÃo 35 minUtos | entrada livre

KaÔ: embaLos do mundo espetáculo de teatro / música tudo começa com a primeira respiração aquando do nascimento, ao encher de ar os pulmões que batem pela vida fora. Percorremos sete vias, avenidas coloridas que nos levam para qualquer lugar, encontrando a terra-mãe, de nome maria, que nos embala, surpreende, inspira e desafia. Kaô: Embalos do mundo é um espetáculo de teatro/música com melodias de “acalantar” lusófonas, ibéricas ou árabes que pertencem a todos os que se deixam levar no balouço-balanço do mar. três cantoras exploram a força do canto polifónico, a relação com objetos e simples instrumentos musicais, deixando secar e “corar” ao sol poemas e canções sobre os primeiros passos e compassos na vida. a palavra “Kaô” dá as boas vindas a quem acaba de chegar, num concerto encenado para escutar e sentir ao colo, sobre a nitidez do olhar da criança ao relacionar-se com o mundo que a rodeia. “sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo” in alberto caeiro, O Guardador de Rebanhos. criaçÃo e interPretaçÃo SOFIA PORtuGAL, SuSANA quARESMA, tâNIA CARDOSO

adaPtaçÃo cÉnica tâNIA CARDOSO

arranjos vocais SOFIA PORtuGAL E SuSANA quARESMA

cenoGrafia CELSO PORtuGAL

fiGUrinos LILIANA SANtOS

ProdUçÃo A MONDA tEAtRO-MúSICA ASSOCIAçãO CuLtuRAL

aPoio à criaçÃo SEA PALÁCIO MARquêS DE POMBAL – C.M.OEIRAS

aPoio à residência artÍstica CENtRO DE ANIMAçãO CuLtuRAL DE MORtÁGuA

111

sábado / domIngo 23 / 24 aBril 12h30 ⁄ 16h maiores 6 anos esPaço fáBrica das artes jardim das oliveiras

dUraçÃo 45 minUtos | entrada livre

aLumbra Luna dIVertImento para três Vozes e muItas LÍnguas Alumbra Luna é um regresso intimista a canções de várias partes do mundo por onde passámos em espetáculos como Peixe Lua, Nana Nana e Canções Nómadas. Um divertimento musical em várias línguas que envolve o público na criação de espaços sonoros. Um bilhete de ida para lugares imaginários. criaçÃo ⁄ interPretaçÃo CARLA GALVãO / FERNANDO MOtA / RuI REBELO

sábado ⁄ domIngo 23 ⁄ 24 aBril 10h30 / 14h00 / 17h00 maiores 7 anos e famÍlias esPaço fáBrica das artes jardim das oliveiras

dUraçÃo 90 minUtos | entrada livre

VoLta ao mundo em 80 sons oficina de música Uma viagem sonora pelo mundo fora: nesta oficina vamos tocar instrumentos e músicas vindos dos quatro cantos do planeta. timbres pouco usuais, ritmos intensos, melodias com escalas a que estamos menos habituados, diferentes formas de fazer música. no início, um concurso informal mostra-nos algumas das muitas músicas que se fazem pelo mundo fora. os participantes testam assim o seu conhecimento da música do mundo ao mesmo tempo que tomam contacto com toda a riqueza tímbrica, rítmica e melódica que estas músicas têm. em seguida iremos viajar por alguns continentes, conhecendo os seus instrumentos e tocando ritmos e canções que fazem parte da identidade de cada povo. sem sair da sala, uma volta ao mundo em, pelo menos, 80 sons. ANtóNIO-PEDRO E NAtANIEL MELO nas oficinas da fábrica das artes as crianças até aos 7 anos devem estar acompanhadas por um adulto portador de bilhete. crianças até aos 3 anos têm entrada livre. crianças a partir dos 4 anos deverão ter um bilhete de concerto ou recinto. a participação nas oficinas é sujeita a inscrição prévia através do telefone 213 612 899, e-mail [email protected] ou diretamente no espaço fábrica das artes, no jardim das oliveiras, e é limitada à capacidade das salas.

>

113

GARAGEM SuL / ExPOSIçõES DE ARquItEtuRA

sábado ⁄ domIngo 23 ⁄ 24 aBril 11h ⁄ 15h45 6 – 12 anos GaraGem sUl jardim das oliveiras

dUraçÃo 80 minUtos | entrada livre máximo 10 ParticiPantes

Casa mundo (em 80 mInutos) oficina de arquitetura, música, representação e sonoplastia a partir do tema do festival, e inspirada na obra literária Volta ao Mundo em 80 Dias, de júlio verne, esta oficina pretende abordar tradições e costumes dos países que surgem nesta ficção, revelando modos de uso e formas de ocupação das casas destas diferentes culturas. em 80 minutos daremos a volta ao mundo através das diferentes casas, onde a música e os sons têm um papel principal e onde os participantes, depois de criado o cenário, darão vida às personagens que as habitam. acompanhados pelo músico português, Benjamim (luís nunes), os participantes irão preparar esta viagem. no final convidamos os pais e amigos a assistir. cocriaçÃo, arqUitetUra e cenoGrafia FILIPE ARAúJO, ANA CuStóDIO

cocriaçÃo e sonoPlastia BENJAMIN

obrigatória inscrição prévia para tel.: 213 612 614/5 / [email protected]

113

babYsIttIng criámos um espaço de babysitting em parceria com a equipa cócegas nos Pés, a pensar nas crianças com menos de três anos (que não podem entrar nas salas de concerto). É uma sala tranquila, no centro de reuniões (piso 2), com uma equipa profissional que recebe crianças dos zero aos seis anos. aqui brinca-se, contam-se histórias, dorme-se, muda-se a fralda, dá-se a papa, e até se ouve música. assista aos concertos tranquilo e deixe as crianças bem entregues à cócegas nos Pés. os pais podem deixar os filhos (dos 0 aos 6 anos) no espaço cócegas nos Pés, que estará inteiramente preparado para o efeito, no dia 23 (das 13h às 23h) e no dia 24 (das 12h às 20h). as inscrições poderão ser feitas antecipadamente por email ou sms e, excecionalmente, por telefone das 19h às 20h, ou no próprio dia com os técnicos da cócegas nos Pés. o espaço tem lotação limitada e um custo, por criança, de 2€ por hora.a cócegas nos Pés desenvolve atividades especializadas para bebés, crianças e famílias, cuidados básicos, animação infantil e intervenção terapêutica. saiba mais informação sobre estes e outros serviços especializados no espaço da Grow Up with cócegas nos Pés.

tel 934 257 [email protected] www.cocegasnospes.com

115115

criámos um espaço de babysitting em parceria com a equipa

cócegas nos Pés, a pensar nas crianças com menos de três

anos (que não podem entrar nas salas de concerto). É uma

sala tranquila, no centro de reuniões (piso 2), com uma

equipa profissional que recebe crianças dos zero aos seis anos.

aqui brinca-se, contam-se histórias, dorme-se, muda-se a

fralda, dá-se a papa, e até se ouve música.

assista aos concertos tranquilo e deixe as crianças bem

entregues à cócegas nos Pés.

os pais podem deixar os filhos (dos 0 aos 6 anos) no espaço

cócegas nos Pés, que estará inteiramente preparado para o

efeito, no dia 23 (das 13h às 23h) e no dia 24 (das 12h às

20h). as inscrições poderão ser feitas antecipadamente por

email ou sms e, excecionalmente, por telefone das 19h às

20h, ou no próprio dia com os técnicos da cócegas nos Pés.

o espaço tem lotação limitada e um custo, por criança, de

2€ por hora.

a cócegas nos Pés desenvolve atividades especializadas para

bebés, crianças e famílias, cuidados básicos, animação infantil

e intervenção terapêutica. saiba mais informação sobre estes

e outros serviços especializados no espaço da Grow Up with

cócegas nos Pés.

tel 934 257 356

[email protected]

www.cocegasnospes.com

I n t é r p r e t e s

ConseLho de admInIstração Presidente ANtóNIO LAMAS voGal DANIEL SILVA voGal MIGuEL LEAL COELhO secretariado coordenaçÃo MARIA JOãO PODGORNY secretários/as RICARDO CERquEIRA / LuÍSA INêS FERNANDES motorista do Presidente PEDRO CERquEIRA

dIreção de espetáCuLosProGramaçÃo ANDRÉ CuNhA LEAL / FERNANDO LuÍS SAMPAIO / dePartamento de oPerações coodenadora PAuLA FONSECA / ProdUçÃo INêS CORREIA / PAtRÍCIA SILVA / huGO CORtEZ / VERA ABREu / JOãO LEMOS / SOFIA SANtOS (PrestaçÃo de serviços) / direçÃo de cena PEDRO RODRIGuES / PAtRÍCIA COStA / JOSÉ VALÉRIO / tâNIA AFONSO / CAtARINA SILVA (estaGiária) / secretariado SOFIA MAtOS / dePartamento tÉcnico coordenador SIAMANtO ISMAILY / chefe tÉcnico de Palco RuI MARCELINO / chefe de eqUiPa de Palco PEDRO CAMPOS / tÉcnicos PrinciPais LuÍS SANtOS / RAuL SEGuRO / tÉcnicos execUtivos F. CâNDIDO SANtOS / CÉSAR NuNES / JOSÉ CARLOS ALVES / huGO CAMPOS / MÁRIO SILVA / RICARDO MELO / RuI CROCA / huGO COChAt / DANIEL ROSA / chefe tÉcnico de aUdiovisUais NuNO GRÁCIO / chefe de eqUiPa de aUdiovisUais NuNO BIZARRO / tÉcnicos de aUdiovisUais EDuARDO NASCIMENtO / PAuLO CAChEIRO / NuNO RAMOS / MIGuEL NuNES tÉcnicos de aUdiovisUais / eventos CARLOS MEStRINhO / RuI MARtINS / tÉcnicos de manUtencÃo JOãO SANtANA / LuÍS tEIxEIRA / VÍtOR hORtA / secretariado IOLANDA SEARA / fábrICa das artes coordenadora MADALENA WALLENStEIN ProGramaçÃo tâNIA PEREIRA / MANuEL MOREIRA receçÃo/ administrativa FILOMENA ROSA

ConferênCIas, bIbLIoteCa, gestão de arquIVo de reserVascoordenadora MARIA PINtO BAStO / tÉcnica de arqUivÍstica ISABEL ROChA / atendimento ZItA CuStóDIO / PAuLA LOPES aPoio administrativo JOSÉ SILVA

dIreção de desenVoLVImento e ComunICaçãodiretora MADALENA REIS / assistente de direçÃo MANuELA ALVES / secretariado CONCEIçãO PINhEIRO / dePartamento de GestÃo de eventos coordenadora RItA CORREIA / Gestoras de eventos MARIA JOãO MARquES / CAtARINA PINtO / SOFIA FERREIRA / PAuLA CAtItA / SARA DuARtE (estaGiária) / GestÃo mercado ccB MADALENA CAStRO / dePartamento de comUnicaçÃo coordenadora SOFIA MâNtuA / assessoria de imPrensa SOFIA CARDIM editora de conteúdos ANA DuARtE / Plataformas diGitais SANDRA GRILO / GaBinete Gráfico sUPervisora PAuLA CARDOSO / desiGners PAuLO FERNANDES /MARISA LOuRENçO / FLÁVIO PEREIRA / ProdUtora Gráfica SANDRA SALGuEIRO / dePartamento de relaçÃo com PúBlicos coordenadora ISABEL ROquEttE / relações PúBlicas INêS MAIA / relações PúBlicas - oUtsoUrcinG ANtóNIO CARDOSO PINtO / GestÃo da Base de dados e cartÃo amiGo VERA MEStRINhO / receçÃo/Bilheteiras CLÁuDIA ROSADO / SANDRA MENDES / MARGARIDA MARquES / ISA BAStO / ANA ARNAut / RICARDO MARIA / ANA MARGARIDA SILVA / VANDA MARtINS / VERA RIBEIRO / LuÍS FELICIANO / sUPervisora Bilheteiras MARIA JOSÉ BEStEIRO / GaraGem sUl INêS MAuRÍCIO / DIOGO NuNES (PrestaçÃo de serviços)

reCursos humanos coordenadora DALILA BIDEt / tÉcnicas de recUrsos hUmanos ISABEL ALEIxO / CARLA PINtO / consUltor jUrÍdicoMENDES MARtINS

CoordenaCão de segurançacoordenador tItO BOuçAS / adjUnto de seGUrança RuI PEREIRA

téCnCoLogIas de Informação e ComunICaçãocoordenador CARLOS SANtOS / tÉcnicos de informática PEDRO tOMÉ / RuI MOtA / CARLOS DANIEL / GONçALO ARAúJO (volUntário) tELMO MARtINS (estaGiário)

dIreção de edIfÍCIos e InstaLações téCnICasdiretor ANtóNIO RIBEIRO / secretariado PAtRÍCIA SALEIRO / dePartamento de manUtençÃo e GestÃo tÉcnica coordenador JOSÉ NASCIMENtO / eletricistas CARLOS MARtINS / MARCO GOMES / LuÍS VIEIRA / LuÍS GRAçA / PAuL SPIRIDON / instrUmentista JOSÉ MARtINS / avac LEANDRO FRANGOuLIS / MIGuEL SILVA / constrUçÃo civil JOAquIM VIDIGAL / ALExANDRE REIS / JOãO CARVALhO / CARLOS ANtuNES / sala de GestÃo sUPervisor SÉRGIO CAEIRO / tÉcnico da sala de GestÃo FRANCISCO SERRANOdePartamento de Projetos e GestÃo de oBras coordenador JOãO PIMENtEL / sala de desenho ORLANDO CAIRES / dePartamento de amBiente, qUalidade e acessiBilidades coordenador NuNO GAMBOA / tÉcnico assistente ÁLVARO LEMOS / tÉcnicos de esPaços ARtuR SEquEIRA / CARLOS ALVES / ANtóNIO BEStEIRO / CARLOS RIBEIRO / DOMINGOS FERNANDES / JOAquIM COELhO

dIreção fInanCeIra e admInIstratIVadiretor FRANCISCO SACADuRA / secretariado MIGuEL SANtOS / GestÃo fiscal e contaBilidade coordenadora LuRDES GASPAR EquIPA / CRIStINA PINhO / SANDRA GOMES / NuNO FERNANDES / SARA REIS / serviços Gerais sUPervisora MARIA JOãO ALMEIDA / motoristas NELSON MENDES / RuI CARVALhO / tesoUraria coordenador JOSÉ RODRIGuES / contrataçÃo PúBlica e aProvisionamento coordenadora ADOSINDA AFONSO / eqUiPa CÁtIA ADRIANO / VANDA PENEDO / CARLOS JOAquIM /ANA PAIS

restauraçãocoordenador ANtóNIO MESquItA / chefe BanqUetes ANDRÉ LOuRENçO / atendimento ABÍLIO GONçALVES / FÁtIMA ChANtRE / CONCEIçãO PIçARRA / ZÍLIA CARNEIRO / VERA NOGuEIRA / BRuNO SOuSA / JOANA FERREIRA / chefe de coZinha CAtARINA SILVA / sUB-chefe de coZinha ZhIVKO SLAVOV / EquIPA COZINhA PEDRO ABREu / INêS GuARINhO / IZABEL OLIVEIRA / ROMANA DOMINGOS / CARLOS COStA / MARIA LuIZA RAMOS / JACINtA SEMEDO / economato / restaUraçÃo VItOR ASSuNçãO / controler restaUraçÃo JOãO COStA

GuIA DIAS DA MúSICA EM BELÉM 2016

EDIçãO FuNDAçãO CENtRO CuLtuRAL DE BELÉM ABRIL 2016

APOIO À PRODuçãO, EDIçãO E REVISãO DO GuIA DIAS DA MúSICA JOãO MOçOILuStRAçãO DIAS DA MúSICA 2016 PAuLA CARDOSO

tIRAGEM 1000 ExEMPLARES ⁄ IMPRESSãO GRIFOS DEPóSItO LEGAL 391630/15 ⁄ ISBN 978-972-8944-24-7

PREçO DE VENDA AO PúBLICO 2€

PAGINAçãO RAFAELA CARVALhO

117117

oj.Com a orquestra de jovens dos conservatórios oficiais de música – oj.com é formada integralmente por alunos de escolas públicas do ensino artístico especializado da música e tem vindo a participar no festival dias da música em Belém, no âmbito dos mini dias da música. os jovens instrumentistas, selecionados anualmente por um júri da responsabilidade do maestro convidado, reúnem-se num estágio, que decorre anualmente desde 2002, organizado em regime de rotatividade por cada uma das escolas intervenientes no projeto. a oj.com é constituída, no presente ano, por 111 alunos oriundos dos conservatórios de açores, aveiro, Braga, coimbra, lisboa, madeira e Porto, constituindo um marco importante na aprendizagem musical de todos os que a integram. o estágio de 2016 foi organizado pelo conservatório de música do Porto, sob a direção do maestro Pedro andrade que rege a oj.com no presente concerto.

PEDRO ANDRADE o maestro Pedro andrade iniciou o seu percurso musical na escola Profissional artística do vale do ave-artave, onde estudou violino com alberto Gaio lima. entre 2001 e 2005, estudou como bolseiro da fundação Gulbenkian na Universidade de artes em Berlim, onde concluiu a licenciatura em violino com a classificação máxima. apresenta-se como membro fundador do trio.pt com o pianista Paulo Pacheco e com o violoncelista Paulo Gaio lima. entre 2010 e 2013, estudou direção de orquestra na classe do maestro Georg christoph sandmann na escola superior de música carl maria von Weber, em dresden. Pedro andrade dirigiu a orquestra clássica da madeira, a landesbühnen sachsen orchester, a Zwickau-Plauen Philharmonie orchester, a elbland Philharmonie, a erzgebirgische Philharmonie aue, a mdr symphonie orchester, a staatsoperette dresden, a nordböhmische Philharmonie teplice, entre outras orquestras. desde 2012, é presidente da associação cultural europäische musikförderung dresden e. v., instituição organizadora da

orquestras e maestros joVem orquestra portuguesa a jovem orquestra Portuguesa (joP) é uma iniciativa da orquestra de câmara Portuguesa (ocP). em 2010, o diretor artístico, Pedro carneiro, maestro e solista internacional, em conjunto com a equipa da ocP e o apoio da linklaters lançaram a joP, primeiro designada ocPzero, dedicada aos jovens músicos de todo o país. além da linklaters, em 2016, a joP conta com o apoio privado da vieira de almeida e associados e do deutsche Bank. em 2013, a joP tornou-se no primeiro representante português na federação europeia de jovens orquestras nacionais (efnYo), com sede em viena, para promover o intercâmbio dos jovens músicos portugueses com orquestras congéneres europeias. em Portugal, a escola superior de música de lisboa e a escola superior de música e artes do espetáculo têm sido as anfitriãs das audições e estágios da joP, e outras instituições educativas, conservatórios e escolas profissionais, têm aprofundado cada vez mais a sua relação institucional com a joP. a joP é composta por mais de 100 jovens músicos de todo o país, participando regularmente nos dias da música. em 2014, internacionalizou-se no festival de Kassel, onde regressou em 2015. também em 2015, estreou-se com extraordinário sucesso no festival Young euro classic, no mítico Konzerhaus de Berlim, de que é testemunha a receção da crítica da imprensa alemã. em 2016, a digressão internacional inclui concertos na roménia: em Bucareste e na estância de sinaia.

>

n U n o c o s t a

P a t r Í c i a a n d r a d e

119119

europäische Kammerphilharmonie dresden, ensemble formado por músicos europeus em que Pedro andrade é diretor artístico e maestro titular. É membro da association of melody among civilizations da Unesco, em Paris, e da jeunesses musicales e landesmusikrat thüringen, em Weimar. desde setembro de 2014, leciona violino e direção de orquestra na escola de música e artes de jena, onde também é diretor de orquestras e maestro titular da orquestra sinfónica juvenil de jena, na alemanha.

orquestra aCadémICa metropoLItana a orquestra académica metropolitana (oam) estreou-se em 1993, na sequência da criação da academia nacional superior de orquestra – uma instituição única no país, destinada a formar músicos profissionais nas áreas de instrumento e direção de orquestra. desde o seu início, a oam é orientada por jean-marc Burfin, seu maestro titular. constituída inicialmente por menos de 30 elementos, a oam é hoje uma formação sinfónica englobando cerca de 70 músicos. com uma temporada que se estende ao longo de cada ano letivo, a oam mantém uma atividade regular de ensaios e concertos, apresentando-se não só na área metropolitana de lisboa como também noutras localidades do país. com largas centenas de concertos realizados, abarcando um repertório que vai do barroco à música do século xx, a oam tem executado obras de compositores tão representativos como Bach, haydn, mozart, Beethoven, Brahms, schubert, mendelssohn, mahler, ravel, debussy, milhaud, Bartók, hindemith, stravinsky e varèse, entre outros. Para além do seu maestro titular, a oam é habitualmente dirigida pelos alunos do curso superior de direção de orquestra. muitos dos concertos contam com a presença de maestros convidados, tais como jean-sébastien Béreau, Pascal rophé, robert delcroix e Brian schembri.

>

a oam possibilita ainda aos alunos da academia a apresentação regular a solo com orquestra. teve, ainda, o privilégio de tocar com vários solistas de renome como antónio rosado, Gerardo ribeiro, Paulo Gaio lima, liliane Bizineche, francine romain, miguel Borges coelho, artur Pizarro, françois leleux e, num concerto humorístico, o quarteto italiano Banda osíris. entre as suas deslocações, a oam participou no Porto 2001 capital da cultura, num encontro internacional de orquestras de jovens onde tocou o War Requiem de Britten. fez várias digressões pelos açores e esteve no vii ciclo internacional de orquestras Universitárias, em saragoça, e subiu ao palco do theâtre de la monnaie, em Bruxelas. na presente temporada tem agendados seis programas diferentes, participando ainda nos concertos da orquestra sinfónica metropolitana, nomeadamente nos dias da música em Belém.

JEAN-MARC BuRFIN depois de ter concluído os seus estudos nos conservatórios de nancy, metz, estrasburgo e reims (frança) – em piano, música de câmara, harmonia, contraponto, análise e direção de orquestra – jean-marc Burfin entra no conservatório nacional superior de Paris, onde obtém, em 1987, o 1.º Prémio de direção de orquestra por unanimidade do júri. durante as masterclasses que frequenta, é encorajado pelos seus mestres franco ferrara, charles Bruck, Pierre Boulez e vitaly Kataev. diplomado pela academia de verão do mozarteum de salzburg em 1981/82/84, é convidado para dirigir a orquestra m.i.t. de Boston ao lado de lorin maazel. selecionado para participar no seminário internacional de fontainebleau (frança), em julho de 1987, é notado por leonard Bernstein que o convida para dirigir a orquestra de Paris na salle Pleyel na primeira parte do seu concerto. em 1990, o ministério da cultura atribui-lhe uma bolsa de estudo para aperfeiçoar os seus conhecimentos do repertório russo com mariss janssons. tem aulas com alexandre dmitriev e frequenta a classe do lendário professor ilya musin, no conservatório rimsky-Korsakov, em são Petersburgo.

P e d r o a n d r a d e

121

em 1991, jean-marc Burfin é finalista laureado do prestigiado concurso internacional de jovens diretores de orquestra de Besançon (frança) e vencedor do Prémio especial da orquestra da rádio televisão de moscovo, entregue pelo seu diretor e presidente do júri vladimir fedosseiev. dirigiu numerosas orquestras em frança e no estrangeiro (alemanha, espanha, itália, rússia, Portugal). na temporada 2003/2004 ocupou o cargo de diretor artístico da orquestra metropolitana de lisboa. jean-marc Burfin dedica uma grande parte das suas atividades à pedagogia. desde 1992 assume a direção artística e musical da orquestra académica metropolitana de lisboa que atingiu um grau de excelência louvado pelo mundo musical português. Professor reconhecido, jean-marc Burfin é um dos raros maestros a ensinar direção de orquestra e formou toda uma geração de jovens diretores no âmbito do curso da academia nacional superior de orquestra de lisboa. É também professor de mestrado em direção de orquestra na escola superior de música de lisboa. orquestra de Câmara portuguesa a direção artística da orquestra de câmara Portuguesa (ocP) é assegurada por Pedro carneiro, que lidera a mais recente e virtuosa geração de instrumentistas. o ccB acolheu a ocP, primeiro como orquestra associada e, desde 2008, como orquestra em residência, desafiando-a para o concerto inaugural das temporadas 2007/08 e 2010/11 e com presença anual nos dias da música de Belém, abrindo espaço a novos solistas e maestros. a ocP já trabalhou com os compositores emmanuel nunes e sofia Gubaidulina e tocou com solistas internacionais como jorge moyano, cristina ortiz, sergio tiempo, Gary hoffman, filipe-Pinto ribeiro, carlos alves, heinrich schiff, artur Pizarro e antónio rosado, entre outros. a internacionalização deu-se em 2010, no city festival of london, com 4 estrelas no The

>

Times. a ocP tem como visão tornar-se numa das melhores orquestras do mundo, afirmando-se como um projeto com credibilidade e pertinência social e cultural, que nasce de uma ação genuína de cidadania proativa, promovendo diversos projetos sociais inovadores: a ocPsolidária, a ocPdois e a jovem orquestra Portuguesa - primeiro representante português na federação europeia das orquestras nacionais juvenis. a ocP conta com o apoio de vários parceiros, entre os quais a linklaters, a fundação calouste Gulbenkian, a Pwc e os municípios de lisboa e de oeiras.

PEDRO CARNEIRO considerado pela crítica internacional um dos mais importantes percussionistas e dos mais originais músicos da atualidade, Pedro carneiro toca, dirige, compõe e leciona. apresenta-se regularmente como solista convidado de algumas das mais prestigiadas orquestras internacionais: los angeles Philharmonic, BBc national orchestra of Wales, vienna

chamber orchestra, – sob a direção de maestros como Gustavo dudamel, oliver Knussen, john neschling e christian lindberg. É cofundador, diretor artístico e maestro titular da orquestra de câmara Portuguesa (ocP), e da jovem orquestra Portuguesa (joP), que dirigiu, respetivamente, no city of london festival, e no festival Young euro classic, em Berlim. foi bolseiro da fundação Gulbenkian na Guildhall school

P a t r Í c i a a n d r a d e

m a r i o Z G o l l

123

(londres), em percussão e direção de orquestra, e seguiu os cursos de direção de emilio Pomàrico, na accademia internazionale della musica de milão. recebeu vários prémios, destacando-se o Prémio Gulbenkian arte 2011.

orquestra guLbenKIan em 1962 a fundação calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. no início constituído apenas por 12 elementos, foi originalmente designado por orquestra de câmara Gulbenkian. na temporada 2012-2013, a orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) celebrou 50 anos de atividade, período ao longo do qual foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de 66 instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências dos programas executados. esta constituição permite à orquestra Gulbenkian a abordagem interpretativa de um amplo repertório, desde o barroco até à música contemporânea. em cada temporada, realiza no Grande auditório Gulbenkian um ciclo regular de concertos, colaborando com alguns dos mais reputados maestros e intérpretes a nível internacional. atuando igualmente em diversas localidades do país, tem cumprido uma significativa função descentralizadora. no plano internacional, por sua vez, a orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na europa, na ásia, em áfrica e nas américas. ao longo da sua história, gravou diversos discos que receberam importantes prémios internacionais. Paul mccreesh é o atual maestro titular da orquestra Gulbenkian, sendo susanna mälkki a maestrina convidada Principal e joana carneiro e Pedro neves os maestros convidados. claudio scimone, titular entre 1979 e 1986, é maestro honorário, e lawrence foster, titular entre 2002 e 2013, foi nomeado maestro emérito.

FRÉDÉRIC ChASLIN frédéric chaslin é o atual maestro titular e diretor musical da orquestra sinfónica de jerusalém. maestro, pianista, compositor e autor, frédéric chaslin nasceu em Paris e estudou no conservatório de Paris e no salzburg mozarteum. iniciou a sua carreira de maestro em 1989, como assistente de daniel Barenboim em Paris e Bayreuth. foi também assistente de Pierre Boulez no ensemble intercontemporain, em Paris, em 1991. durante quatro temporadas chaslin foi

maestro titular e diretor musical no santa fe opera festival, onde fez a sua estreia na santa fe opera, em 2009, dirigindo La Traviata, de verdi. entre as principais instituições e festivais com os quais frédéric chaslin trabalhou contam-se grandes salas em nova iorque, Berlim, munique, leipzig, madrid, Barcelona, roma, veneza, escócia e Gales. o maestro também já dirigiu as mais reputadas orquestras parisienses, bem como a sinfonia e a filarmónica de viena, a manchester hallé ou a london symphony. chaslin, que durante três anos foi diretor musical da rouen opera, teve a sua estreia internacional no Bregenz festival, na áustria, em 1993. a partir de 1997 tornou-se maestro residente da vienna staatsoper, dirigindo mais de 110 concertos. foi ainda nomeado diretor musical da instituição alemã nationaltheater mannheim, em 2005. o maestro estreou-se na metropolitan opera em 2002, dirigindo a obra Il Trovatore, para grande aclamação do público e da crítica. desde então, já dirigiu importantes produções do met, como The Tales of Hoffman, Sicilian Vespers, The Barber of Seville e La Bohème. entre os seus concertos como pianista, destacam-se as interpretações do concerto para piano n.º 5, de Beethoven, ao lado da vienna Philharmonic, ou do concerto em sol maior, de ravel, no japão, itália e israel. enquanto compositor, frédéric chaslin também já compôs peças orquestrais, bandas sonoras para diversos filmes e óperas.

125

orquestra metropoLItana de LIsboa a orquestra metropolitana de lisboa estreou-se no dia 10 de junho de 1992. desde então, os seus músicos asseguram intensa atividade na qual a qualidade e a versatilidade têm presença constante, permitindo abordar géneros diversos, a criação de novos públicos e a afirmação do carácter inovador do projeto amec | metropolitana, de que esta orquestra é a face mais visível. nos programas sinfónicos, jovens intérpretes da academia nacional superior de orquestra juntam-se à metropolitana, cuja constituição regular integra já músicos formados nesta escola, sinal da ponte única que aqui se faz entre a prática e o ensino da música. este desígnio, que distingue a identidade da metropolitana, singular no panorama musical internacional, complementa-se com a participação cívica em concertos de solidariedade e eventos públicos relevantes. cabe-lhe, ainda, a responsabilidade de assegurar programação regular junto de autarquias da região centro e sul, além de promover iniciativas de descentralização cultural por todo o país. desde o início, a metropolitana é referência incontornável do panorama orquestral nacional. apresentou-se em estrasburgo, Bruxelas, itália, Índia, coreia do sul, macau, tailândia e áustria. em 2009, tocou

em cabo verde; ocasião histórica em que, pela primeira vez, se fez ouvir uma orquestra clássica no arquipélago. no final de 2009 e início de 2010, efetuou uma digressão pela china. mais recentemente, por ocasião do 20.º aniversário, regressou à capital belga. tem gravados 11 cd – um dos quais disco de platina. ao longo destas duas décadas colaborou com inúmeros nomes de grande reputação no plano nacional e internacional, de que são exemplos os maestros christopher hogwood, theodor Guschlbauer, michael Zilm, arild remmereit, nicholas Kraemer, lucas Paff, victor Yampolsky, joana carneiro e Brian schembri ou os solistas monserrat caballé, Kiri te Kanawa, josé cura, josé

carreras, felicity lott, elisabete matos, leon fleisher, maria joão Pires, artur Pizarro, sequeira costa, antónio rosado, natalia Gutman, Gerardo ribeiro, anabela chaves, antónio menezes, sol Gabetta, michel Portal, marlis Petersen, dietrich henschel, thomas Walker e mark Padmore, entre outros. a direção artística da orquestra metropolitana de lisboa é, desde julho de 2013, assegurada pelo maestro e compositor Pedro amaral.

PEtER tILLING Peter tilling é um dos mais importantes maestros alemães da sua geração, tendo ganho aclamação internacional quando dirigiu Tannhäuser, de Wagner, no Bayreuth richard Wagner festival, em 2011. o maestro já dirigiu Die Frau ohne Schatten (richard strauss) na Zurich opera (em 2010 e 2014), Die Fledermaus (johann strauss), na stuttgart

state opera, The Rakes Progress (igor stravinsky), no theater an der Wien, Dionysos (Wolfgang rihm) na nederlandse opera amsterdam, La Clemenza di Tito (mozart) no teatro real madrid, e L’Incoronazione di Poppea, na opéra de montpellier. em 2014 dirigiu a estreia mundial de The Sacrified Life, de hector Parra, no munich Biennale festival, com o ensemble recherce e a freiburger Barockorchester. já dirigiu formações como a Philharmonia orchestra london, munich symphony orchestra, orquestra Gulbenkian, Gothenburg symphonic orchestra, entre outras orquestras. como diretor musical da nuremberg state opera já dirigiu Arabella, Tristão e Isolda, Tosca, As Bodas de Figaro, A Flauta Mágica, Judas Maccabeus, entre outras obras. em nuremberga já dirigiu concertos sinfónicos com música de schubert, nikodijevic, cantatas de Bach, passando por peças de samuel Barber. Peter tilling dá tanto enfânse à música antiga, como à contemporânea ou aos repertórios clássico-românticos. como maestro assistente já trabalhou com nikolaus harnoncourt, franz Welser-möst, sylvain crambreling, thomas hengelbrock, ingo metzmacher e Peter eötvös. tilling fundou ainda o ensemble risonanze erranti, estabelecido em munique, e estreou obras de Wolfgang rihm, johannes motschmann, jens joneleit e ernst Krenek.

127127

orquestra sInfÓnICa “ensembLe” em 2014, a ensemble – associação Portuguesa de instituições de ensino de música decidiu criar a orquestra sinfónica “ensemble” destinada, exclusivamente, a alunos das escolas do ensino artístico especializado de música, independentemente destas serem ou não suas associadas. assim, promoveu e organizou dois estágios: em 2014, no conservatório de música de ourém e fátima e, em 2015, na academia de música e dança do fundão, congregando 35 escolas do país. no final destes ocorreram vários concertos: em 2014, no cine-teatro municipal de ourém e sala suggia na casa da música no Porto, e em 2015, na igreja matriz do fundão, teatro viriato, em viseu, e claustros do mosteiro de são Bento da vitória no Porto. com a orquestra sinfónica “ensemble” apresentaram-se, como solistas, o pianista mário laginha (2014) e a violinista inês marques, aluna da academia de música valentim moreira de sá (2015). a orquestra é constituída por 78 jovens estudantes de músicos, cuja média de idades é de 16 anos, e tendo o mais novo 13 anos. oito alunos frequentam ainda o curso básico de música, o que não os impediu de, à semelhança dos colegas, serem selecionados através de provas nacionais para integrar a orquestra. a direção artística do projeto está a cargo da professora teresa rocha. a direção do estágio e dos concertos está a cargo do maestro cesário costa.

CESÁRIO COStA cesário costa tem vindo a distinguir-se como um dos mais ativos maestros portugueses da sua geração. vencedor do iii concurso internacional fundação oriente para jovens chefes de orquestra, em 1997, foi desde então convidado para dirigir inúmeras formações nacionais e estrangeiras. o seu reportório estende-se do barroco ao contemporâneo, incluindo mais de cem obras em estreia absoluta. Para além da direção de orquestras, tem exercido funções de docência e de programação musical em várias instituições. foi Presidente da metropolitana/associação música, educação e cultura, instituição que gere a orquestra metropolitana de lisboa (da qual foi também diretor artístico), a academia nacional superior de orquestra, a escola Profissional metropolitana e o conservatório da metropolitana. foi diretor artístico e maestro titular da orquestra do algarve e da orquestra clássica do sul e atualmente é maestro titular da orchestrUtopica. orquestra sInfÓnICa metropoLItana espelho da mais-valia que representa a transversalidade do projeto da amec / metropolitana, a orquestra sinfónica metropolitana (osm) é a formação constituída pelos músicos da orquestra metropolitana de lisboa e pelos melhores elementos da orquestra académica metropolitana, juntos em concerto para dar corpo ao grande reportório sinfónico. esta formação vinha já obtendo resultados visíveis, aplaudidos quer pela crítica especializada quer pelo público que assistia às apresentações, mas assumiu em 2010 o nome que lhe é merecido: orquestra sinfónica metropolitana. desde então, vem sendo escolhida pelo centro cultural de Belém como orquestra residente do festival dias da música em Belém, estatuto que representa um desafio e também uma importante plataforma de exposição a novos públicos que sempre acorrem a esta iniciativa. em março de 2010, a orquestra sinfónica metropolitana desafiou-se com a 5.ª sinfonia de Gustav mahler, num concerto dirigido por michael Zilm, uma das presenças importantes e habituais nas programações da metropolitana.

a n d r É n a c h o

>

129

no seguinte mês de maio, apresentou uma nova produção de A Sagração da Primavera, de stravinsky, com coreografia de olga roriz e direção musical de cesário costa. em 2011, a osm voltou a mahler, para tocar a sua nona sinfonia, entre outros programas. haydn, mozart, Beethoven e Poulenc foram os compositores escolhidos para as temporadas seguintes, em concertos que tiveram as participações do coro sinfónico lisboa cantat, e de solistas como anna samuil, antónio rosado, raquel camarinha, valérie Bonnard, joão rodrigues e job tomé. no final de 2013, sob a direção do maestro emílio Pomàrico, a osm juntou-se às celebrações que assinalaram o centenário do nascimento do compositor britânico Benjamin Britten, no palco do Grande auditório do ccB.

PEDRO AMARAL nascido em lisboa, em 1972, Pedro amaral, compositor e maestro, é um dos músicos europeus mais ativos da nova geração. iniciou os seus estudos em composição como aluno privado de lopes-Graça, a partir de 1986, ao mesmo tempo que prosseguia a sua formação musical geral, no instituto Gregoriano. ingressa em seguida na escola superior de música de lisboa, onde conclui o curso de composição na classe do Prof. christopher Bochmann. instala-se depois em Paris, onde estuda com emmanuel nunes no conservatório superior de Paris. quatro anos mais tarde, graduar-se-ia com o Primeiro Prémio em composição, por unanimidade do júri. estudou ainda direção de orquestra com Peter eötvös (eötvös institute, 2000) e emilio Pomarico (scuola civica de milão, 2001). durante a sua primeira estadia no instituto francês ircam, em 1998/99, Pedro amaral compôs Transmutations, para piano e eletrónica em tempo real, estreada em Paris, em 1999. a obra foi em seguida escolhida para representar Portugal na tribuna

internacional de compositores da Unesco, e no festival World music days, no japão. nesse mesmo ano, a cidade do Porto, capital europeia da cultura 2001, encomendar-lhe-ia Organa, para ensemble e eletrónica em tempo real ad libitum. em maio de 2010, Pedro amaral estreou em londres a sua ópera O Sonho, a partir de um drama inacabado de fernando Pessoa. Unanimemente aplaudida pela crítica, a obra foi interpretada por um prestigioso elenco de cantores portugueses, acompanhados pela london sinfonietta, sob a direção do compositor, tendo sido sucessivamente apresentada em londres e lisboa. como compositor e/ou maestro, Pedro amaral trabalha regularmente com a orquestra Gulbenkian, a orquestra sinfónica juvenil, a orquestra metropolitana de lisboa, a orquestrUtopica, a orquestra sinfónica Portuguesa, a orquestra de câmara Portuguesa, a orquestra sinfónica de são Paulo, o ensemble intercontemporain, a london sinfonietta, entre outras. como maestro, Pedro amaral foi maestro titular da orquestra do conservatório nacional (2008/09) e do sond’ar-te electric ensemble (2007/10). no seu repertório avultam as obras de música mista (ensemble instrumental e meios eletrónicos), a ópera contemporânea e, em particular, a música de stockhausen, cujas obras dirigiu com numerosas orquestras em diversos países da europa e américa do sul. em 2007, a nova editora Gulbenkian/UK lança o primeiro cd monográfico de Pedro amaral, com quatro das suas obras – Textos, Spirales, Organa, Paraphrase – interpretadas pela london sinfonietta sob a sua direção. o quarteto de cordas com eletrónica em tempo real Pagina Postica foi gravado pelo smith quartet na sequência de uma série de concertos, e editado pela miso records. as gravações de Pedro amaral como intérprete incluem obras de autores portugueses com o sond’ar-te electric ensemble (miso records), bem como um cd monográfico dedicado à compositora germano-americana Ursula mamlok, com o ensemble musikfabrik.

a n d r e c a m e r o n

131

>

orquestra sInfÓnICa portuguesa criada em 1993, a orquestra sinfónica Portuguesa (osP) é um dos corpos artísticos do teatro nacional de são carlos e tem vindo a desenvolver uma atividade sinfónica própria, incluindo uma programação regular de concertos, participações em festivais de música nacionais e internacionais. no âmbito de outras colaborações destaque-se também a sua presença nos seguintes acontecimentos: 8.º torneio eurovisão de jovens músicos transmitido pela eurovisão para cerca de quinze países (1996); concerto de encerramento do 47.º festival internacional de música e dança de Granada (1997); concerto de Gala de abertura da feira do livro de frankfurt; concerto de encerramento da expo 98; festival de música contemporânea de alicante (2000); e festival de teatro clássico de mérida (2003). colabora regularmente com a rádio e televisão de Portugal através da transmissão dos seus concertos e óperas pela antena 2, designadamente a realização da tetralogia O Anel do Nibelungo, transmitida na rtP2 e da participação em iniciativas da própria rtP, tais como o Prémio Pedro de freitas Branco para jovens chefes de orquestra, o Prémio jovens músicos-rdP e a tribuna internacional de jovens intérpretes. no âmbito das temporadas líricas e sinfónicas, a osP tem-se apresentado sob a direção de notáveis maestros, tais como rafael frühbeck de Burgos, alain lombard, nello santi, alberto Zedda, harry christophers, George Pehlivanian, michel Plasson, Krzysztof Penderecki, djansug Kakhidze, milán horvat, jeffrey tate e iuri ahronovitch, entre outros. a discografia da osP conta com dois cd para a etiqueta marco Polo, com as sinfonias números 1, 3, 5 e 6, de joly Braga santos, as quais gravou sob a direção do seu primeiro

a l f r e d o r o c h a

maestro titular, álvaro cassuto, e Crossing Borders (obras de Wagner, Gershwin, mendelssohn), sob a direção de julia jones, numa gravação ao vivo pela antena 2. no cargo de maestro titular, seguiram-se josé ramón encinar (1999/2001), Zoltán Peskó (2001/2004) e julia jones (2008/2011); donato renzetti desempenhou funções de Primeiro maestro convidado entre 2005 e 2007.

DOMENICO LONGO depois de estudar violoncelo no conservatório n. Piccinni de Bari, graduou-se com distinção em direção de orquestra pela academia superior de música de Pescara com donato renzetti. É finalista do concurso internacional mario Gusella. dirigiu, entre outras, as seguintes orquestras: Pomeriggi musicali de milão, teatro Petruzzelli de Bari, orquestra de câmera delle marche, filarmonica marchigiana, teatro comunale de Bolonha, mozart sinfonietta, sinfónica de Pescara, sinfónica metropolitana de Bari, comunidade de madrid e cidade de Granada. refira-se, também, a sua colaboração no Prémio nobel a dario fo por Misterio buffo. dirigiu as óperas Pagliacci com a orquestra magna Grecia, Werther com a filarmonica marchigiana, La traviata no teatro comunale de Bolonha, Black el payaso e Pagliacci, no teatro de la Zarzuela e no festival internacional de música e dança de Granada; e os cantores Yolanda auyanet, cinzia forte, nicola martinucci, antonio Gandia, j. jesus rodríguez e fabián veloz. mantém uma intensa colaboração com a orquestra sinfónica metropolitana de Bari, destacando-se o concerto final do festival notti sacre com dimitra theodossiu. É professor de violoncelo no conservatório G. Paisiello de tarento.

133

JAN WIERZBA nascido na Polónia, mas vivendo desde cedo em Portugal, jan Wierzba é considerado um dos mais promissores maestros do atual panorama musical português. entre os recentes e próximos projetos do maestro estão concertos com a orquestra Gulbenkian, orquestra sinfónica Portuguesa, ensemble mPmP, ensemble síntese, nottingham Youth orchestra e o seppia ensemble, da Polónia, além de estarem planeadas estreias com a orquestra sinfónica do Porto casa da música e a orquestra metropolitana, em 2017. jan é o fundador e diretor musical do ensemble mPmP, com o qual se tem dedicado à música portuguesa. como maestro assistente, jan já assistiu sir andrew davis, juanjo mena, jac van steen, vassily Petrenko, marc tardue, Pedro carneiro, christian lindberg e joana carneiro, com orquestras como a BBc Philharmonic orchestra, royal liverpool Philharmonic orchestra, orquestra sinfónica Portuguesa, orquestra de câmara Portuguesa, rncm symphony orchestra e orquestra Gulbenkian. em diferentes contextos, jan Wierzba já dirigiu as seguintes orquestras e ensembles: orquestra Gulbenkian, orquestra sinfónica do Porto casa da música, royal liverpool Philharmonic orchestra, orquestra sinfónica Portuguesa, jena Philharmonic orchestra, remix ensemble, north east Wales sinfonia, ensemble mPmP, Baltic Youth Philharmonic, orquestra clássica do sul, Parnu city orchestra, Grupo de música contemporânea de lisboa e orquestra de câmara Portuguesa. como intérprete de nova música, jan já teve a oportunidade de estrear obras de compositores como daniel moreira, nuno Peixoto da costa, Gonçalo Gato, filipe melo, rui Paulo teixeira, tiago derriça, filipe lopes, Óscar rodrigues, aled smith, artur Kroschel, lucy hale e adam stafford, bem como a ópera de câmara Ainda não vi-te as mãos, de edward d’abreu. já participou em numerosas masterclasses com personalidades como neeme jarvi, Peter rundel, leonid Grin, jorma Panula, johannes schlaefli, jean-sebastien Béreau, mark stringer, nicolas Pasquet, sir mark elder e Paavo jarvi.

Coro do teatro naCIonaL de são CarLos criado em condições de efetividade em 1943, sob a direção de mario Pellegrini, o coro cumpre uma fase intensiva de assimilação do grande repertório operístico e de oratória. entre 1962 e 1975 colaborou nas temporadas da companhia Portuguesa de Ópera, sediada no teatro da trindade, deslocando-se com a mesma à madeira, aos açores, a angola e a oviedo (1965), a convite do teatro campoamor, e obtendo o Prémio de música clássica conferido pela casa da imprensa. Participou em estreias mundiais de autores portugueses, casos de fernando lopes-Graça (D. Duardos e Flérida) e antónio victorino d’almeida (Canto da Ocidental Praia). em 1980 foi criado um primeiro núcleo coral a tempo inteiro, sendo a profissionalização do coro consumada em 1983, sob a direção de antonio Brainovitch. a plena afirmação artística do conjunto é creditada a Gianni Beltrami, que assumiu a direção em 1985 e beneficiou de condições de trabalho até então inéditas em Portugal. nesta fase assinalam-se as seguintes intervenções: Oedipus Rex (stravinski); Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny (Weill); Kiu (luis de Pablo); L’ Enfant et les Sortilèges (ravel); e Dido e Eneias (Purcell). registe-se a participação na Grande Missa dos Mortos (Berlioz), em turim, a convite da rai. depois da morte de Gianni Beltrami, joão Paulo santos assumiu a direção, constituindo-se como o primeiro português no

a l f r e d o r o c h a

>

135135

cargo em toda a história do teatro de são carlos. sob a sua responsabilidade registam-se vários êxitos, tais como: Mefistofele (Boito); Blimunda e Divara (corghi); a sinfonia n.º 2 de mahler, com a orquestra da juventude das comunidades europeias; A Criação (haydn); a cantata Faust e o Requiem de schnittke; Perséphone e Le Rossignol (stravinski); Evgeni Onegin (tchaikovski); Les Troyens (Berlioz); Missa Glagolítica (janácek); Tannhäuser e Os Mestres Cantores de Nuremberg (Wagner); e Le Grand macabre (ligeti). com o Requiem de verdi o coro deslocou-se a Bruxelas, por ocasião da europália (1991). no âmbito da expo-98 apresentou-se no concerto de encerramento. o conjunto tem atuado sob a direção de algumas das mais prestigiadas batutas, tais como antonino votto, tullio serafin, vittorio Gui, carlo maria Giulini, oliviero de fabritiis, otto Klemperer, molinari-Pradelli, franco Ghione, alberto erede, alberto Zedda, Georg solti, nello santi, nicola rescigno, Bruno Bartoletti, heinrich hollreiser, richard Bonynge, García navarro, Wolfgang rennert, rafael frühbeck de Burgos, franco ferraris, james conlon, harry christophers, michel Plasson e marc minkowski, entre outros. também foi dirigido em óperas e concertos pelos mais importantes maestros portugueses, com relevo especial para Pedro de freitas Branco

orquestra XXI estabelecida em 2013, a orquestra xxi é um projeto que reúne perto de uma centena de jovens músicos portugueses residentes no estrangeiro com o duplo objetivo de manter uma forte ligação entre estes jovens e o seu país de origem e de levar momentos musicais de excelência a um público o mais diversificado possível. desde a sua estreia, em setembro de 2013, a orquestra tem-se apresentado regularmente nos mais prestigiados palcos nacionais, como a fundação calouste Gulbenkian, a casa da música e o centro cultural de Belém, mas também em locais mais improváveis, como os mosteiros de tibães e da Batalha, conquistando o público português e a crítica especializada. característica da orquestra xxi é a pluralidade de experiências dos seus elementos, espalhados por cidades como londres, Paris, Berlim, Zurique, Perm, madrid e amesterdão, alguns desenvolvendo a sua atividade profissional em organismos como a orquestra sinfónica de londres, orquestra nacional de frança, filarmónica de dresden e Ópera de Zurique, ou estudando em escolas como a hoschule für musik hanns eisler, Zürcher hoschule

>

der Künste ou a royal academy of music. foi esta ideia, de criar uma plataforma que promova oportunidades para que os músicos que têm saído de Portugal possam partilhar as suas experiências com o seu país de origem, que mereceu à orquestra xxi o 1.º Prémio no concurso de empreendedorismo social “ideias de origem Portuguesa”, promovido pela fundação calouste Gulbenkian, no âmbito da iniciativa faZ, realizada em parceria com a cotec Portugal, bem como o alto Patrocínio da Presidência da república.

DINIS SOuSA dinis sousa vive atualmente em londres, onde exerce a fellowship em direção de orquestra na Guildhall school of music and drama. completou o mestrado e licenciatura em piano na mesma escola, com distinção, estudando com Philip jenkins e martin roscoe, enquanto bolseiro da leverhulme trust, countess of munster trust e musician’s Benevolent fund, entre outras instituições. atualmente, estuda direção de orquestra com sian edwards e timothy redmond. foi premiado em diversos concursos enquanto pianista e participou em várias masterclasses com professores como sequeira costa, angela hewitt, ronan o’hora, richard egarr e jean-sébastien Béreau, entre outros. tem-se apresentado em instituições como a fundação calouste

m á r c i a l e s s a

137137

Gulbenkian, casa da música, Barbican hall e Wigmore hall e gravado para a rdP-antena 2 e BBc radio 3. É fundador e diretor musical da orquestra xxi, com a qual se apresenta regularmente em Portugal. em londres, dirigiu recentemente a encenação de Down by the Greenwood Side, de harrison Birtwistle (silk street theatre), e a Paixão Segundo S. João, de Bach (milton court concert hall), apresentando-se, esta temporada, à frente da southbank sinfonia (cadogan hall). foi maestro em residência da orquestra de jovens de southampton e foi recentemente convidado para dirigir um projeto educativo da orquestra sinfónica de londres. durante as últimas temporadas foi assistente do maestro nicholas collon, em concertos nos festivais de aldeburgh e BBc Proms, e tem assistido de perto ao trabalho de sir john eliot Gardiner, tendo tido recentemente a oportunidade de o acompanhar em digressão pela europa com a orquestra sinfónica de londres. a 10 de junho de 2015, foi condecorado pelo antigo Presidente da república, dr. aníbal cavaco silva, com o grau de cavaleiro da ordem do infante d. henrique.

f r a n s c i s c o r i v o t t i

ARTE NA SUA CARTEIRA.

* TAEG de 16,7%, para um montante de € 1.500, com reembolso a 12 meses, à TAN de 14,80%.

Novos Cartões da Caixa

TAEG de 16,7%*

Os novos cartões da Caixa são uma homenagem à Cultura e ao melhor do Património Português.

www.cgd.pt | 707 24 24 24 | 24h todos os dias do ano | Informe-se na Caixa.

HÁ UM BANCO QUE AJUDA A DAR CERTEZAS AO FUTURO.A CAIXA. COM CERTEZA.

CartoesPessoa_IMPRENSA_105x210.indd 1 08/03/16 14:58

139

ensembLes Camerata atLântICa a camerata atlântica é um projeto musical idealizado pela violinista venezuelana ana Beatriz manzanilla, sua diretora artística. constituída por excelentes músicos profissionais, que se dedicam a interpretar com a maior fidelidade e dedicação os diversos estilos e épocas musicais através das sessões de trabalho individual e ensaios coletivos, a camerata tem a flexibilidade de poder ser alargada em número de instrumentistas, dependendo do repertório que seja planificado interpretar. a escolha dos seus elementos tem sido feita através duma rigorosa seleção de músicos das melhores orquestras do país que reúnam não só a qualidade instrumental e artística como a entrega a um projeto que exige deles a melhor preparação e disponibilidade, uma entrega total dos músicos para alcançar a melhor música. depois do seu concerto inaugural em novembro de 2013, a camerata atlântica gravou um dvd promocional com obras de compositores da américa latina. apresentou-se com grande sucesso nos dias da música 2014 e 2015, no centro cultural de Belém, no festival internacional de música de leiria, no festival de música de ourique, na festival experience da Universidade de lisboa e no Grande auditório da fundação Gulbenkian, no marco dos Prémios jovens músicos 2014. convidou como solista para atuar em lisboa o afamado contrabaixista edicson ruiz, e organizou masterclasses para jovens contrabaixistas. na temporada de música Gulbenkian 2015-16 apresentou-se no Grande auditório, junto ao trompetista Pacho flores. a camerata atlântica é criadora do concurso nacional de cordas “vasco Barbosa”, o qual teve a sua primeira edição em 2015.

ANA BEAtRIZ MANZANILLA a violinista venezuelana ana Beatriz manzanilla tem realizado uma variada atividade musical, atuando em recitais e concertos, sendo acompanhada pelas orquestras mais importantes do seu país, como a sinfónica simón Bolívar e a orquestra municipal de caracas, além da orquestra nacional do Panamá, da orquestra da juventude de munique, da filarmónica rhodanien de frança e, em Portugal, a orquestra Gulbenkian, orquestra sinfónica Portuguesa, orquestra do norte, orquestra do algarve e sinfonietta de lisboa. apresentou-se também em países latino-americanos como colômbia, costa rica, chile e argentina e, na europa, itália, espanha, noruega, alemanha, inglaterra, hungria, Bélgica, Polónia e república checa. nascida em Barquisimeto, na venezuela, foi formada no el sistema da orquestra juvenil da venezuela, com o professor josé francisco del castillo. a partir de 1989 estudou com rony rogoff e, em 1995, realizou estudos na european mozart academy, em cracóvia, na Polónia, onde participou numa diversificada atividade em festivais europeus. durante vários anos fez parte da orquestra sinfónica de lara (venezuela), como concertino adjunto. reside em Portugal desde 1996, onde atualmente é violinista da orquestra Gulbenkian. foi concertino da orquestra do norte. Gravou dois cd com duos para violino e viola com Pedro saglimbeni muñoz. com a orquestra Gulbenkian gravou em cd o concerto em sol maior de mozart no ano das comemorações dos 50 anos da orquestra. em 2012, obteve o título de especialista em música pelo instituto Politécnico de lisboa. Participou no projeto orquestra Geração como fundadora e coordenadora pedagógica. desde 2013 tem sido convidada como tutora do estágio Gulbenkian

>

141

para orquestra e participou como professora no quarto curso para cordas em steinen, na alemanha. em 2013, fundou a camerata atlântica, da qual é a sua diretora artística, e em 2015 criou o concurso nacional de cordas “vasco Barbosa”, da qual é a sua diretora. É professora de violino na escola superior de música de lisboa.

Coro rICerCare o coro ricercare é constituído por cerca de 30 jovens, muitos dos quais estudantes de música, tendo sido dirigido desde a sua fundação por Paulo lourenço e carlos caires. a partir de 1998, Pedro teixeira assume as funções de maestro adjunto, tornando-se maestro titular em 2002. na sequência da sua política de incentivo à divulgação de repertório português através da encomenda de obras inéditas, o coro ricercare tem vindo a apresentar em concerto, e de uma forma sistemática, música de compositores portugueses dos séculos xx e xxi, obras que são, na sua grande maioria, interpretadas em estreia absoluta. neste contexto, e desde 2006, tem organizado anualmente o certame jovens compositores Portugueses, tendo interpretado, em primeira audição, obras para coro a capella e para coro e orquestra, em conjunto com a orquestra sinfonietta de lisboa. até hoje, no contexto do certame, apresentou composições inéditas de ana seara, andré miranda, anne victorino d’almeida, antero ávila, carlos Garcia, fernando das neves lobo, francisco Gonçalves tavares, Gonçalo lourenço, joão manuel de Barros, joão nascimento, josé luís ferreira, lea Brooklyn, manuel durão, miguel teixeira, Pedro faria Gomes, sara claro, sofia sousa rocha, tiago derriça e vasco Pearce de azevedo, num total de 28 obras. o coro ricercare tem também uma larga experiência na realização de música a capella de outros autores como arvo Pärt, György Órban, Peter aston, morten lauridsen, Pawel lukaszewski, Gabriel jackson, john tavener e eric Whitacre, entre outros. de 2006 até hoje, o coro ricercare tem interpretado, para além de repertório a capella, diversas obras para coro e orquestra: Requiem de mozart, Messa di Gloria (Puccini), Requiem em ré menor (fauré), In Paradisum (eurico carrapatoso), Missa Nelson (j. haydn) e Requiem à memória de Passos manuel (eurico carrapatoso), em conjunto com a orquestra da associação musical ricercare – sinfonietta de lisboa, sob a direção de vasco Pearce de azevedo – e também com a orquestra do algarve, sob a direção de osvaldo ferreira. das estreias absolutas que realizou no passado, são de destacar In Paradisum (coro, orquestra de cordas e quarteto vocal masculino – 1994) e Timor et non Tremor (coro a cappella – 1995) de eurico

>

carrapatoso, e também de Novíssimo Cancioneiro, de nuno côrte-real (coro e orquestra de cordas – 2001). no que se refere à discografia, o coro ricercare tem tido uma atividade regular e sistemática de gravação e lançamento de vários cd, maioritariamente dedicados à música vocal contemporânea portuguesa: em 1996 participou na gravação do 2.º cd de rodrigo leão e o vox ensemble; em 1998 grava em cd para a etiqueta rca/dhm, em conjunto com o ensemble luso-alemão arte real, a primeira audição contemporânea do Te Deum (1769) de joão de sousa carvalho; em 2001, o coro ricercare editou o seu segundo cd para a etiqueta Portugal som/strauss, com repertório de jovens compositores portugueses; em 2005 lançou um cd de música tradicional açoriana por jovens compositores portugueses; finalmente, em 2006, grava a convite da antena 2 um cd dedicado a fernando lopes-Graça, com obras para coro a capella e também para coro e piano (Canções Heróicas), no âmbito das comemorações do centenário do nascimento do compositor.

dsCh – sChostaKoVICh ensembLe o dsch – schostakovich ensemble foi criado por filipe Pinto-ribeiro, em 2006, ano do centenário do nascimento do compositor dmitri schostakovich, e proporciona o encontro de músicos excecionais, mestres nos seus instrumentos, que se movem pelo prazer de fazer música de câmara e por uma profunda cumplicidade artística. apresentou concertos em países como Portugal, alemanha, rússia, frança, suécia, estónia, espanha ou Bélgica, obtendo excelente recetividade do público e da crítica musical. Gravou para a rdP antena 2 e para o canal de televisão francês mezzo. agrupamento de geometria variável, o dsch tem contado com a participação de alguns dos maiores nomes do panorama internacional como os violinistas

143143

renaud capuçon, corey cerovsek, Benjamin schmid, jack liebeck, Philippe Graffin, tatiana samouil, liza ferschtman e Karen Gomyo, os violetistas Gérard caussé, lars anders tomter, isabel charisius, vladimir mendelssohn e natalia tchitch, os violoncelistas Gary hoffman, christian Poltéra, adrian Brendel, marc coppey e nicolas altstaedt, os clarinetistas michel Portal e Pascal moraguès, o oboísta ramón ortega, os percussionistas juanjo Guillem e Pedro carneiro, os cantores josé van dam, anna samuil e maria Gortsevskaya, o contrabaixista tiago Pinto-ribeiro, o bandoneonista marcelo nisinman e os pianistas eldar nebolsin, rosa maria Barrantes e filipe Pinto-ribeiro, entre outros. aborda um vasto repertório, com obras de diversos compositores, de Bach a schumann, de Brahms a ravel, de Beethoven a Gubaidulina, compositora com a qual o ensemble estabeleceu uma estreita colaboração, destacando-se ainda colaborações com artistas de outras áreas como Paolo nozolino ou Beatriz Batarda. o dsch – schostakovich ensemble tem a direção artística de filipe Pinto-ribeiro.

FILIPE PINtO-RIBEIRO Um dos músicos portugueses de maior prestígio nacional e internacional, filipe Pinto-ribeiro é considerado um “poeta do piano” e as suas interpretações musicais, caracterizadas por profunda emoção e inteletualidade, são reconhecidas como ímpares pelo público e pela crítica especializada. nasceu no Porto e, após estudos em diversos países, foi discípulo de l. roshchina no conservatório tchaikovsky de moscovo, onde se doutorou com as mais elevadas classificações em 2000. É frequentemente convidado como solista pelas principais orquestras portuguesas e de outros países, como rússia, espanha, cuba, eslováquia, arménia ou Bélgica, tendo colaborado com os maestros j. nelson, d. liss, e. Pomàrico, m. agrest, c. olivieri-munroe, r. Gökmen, m. tardue e m. rachlevsky, entre outros. apaixonado

>

r i t a c a r m o

pela música de câmara, tem-se apresentado em parceria com alguns dos maiores nomes do panorama internacional, como r. capuçon, G. hoffman, B. schmid, l. tomter, m. Portal, j. liebeck, c. Poltéra, c. cerovsek, P. moraguès, e. nebolsin, G.caussé, a. Brendel, a. samuil e j. van dam. É fundador e diretor artístico do dsch – schostakovich ensemble. Gravou diversos cd que obtiveram excelente recetividade por parte do público e da crítica musical. o seu último álbum, Piano Seasons, gravado em frança para a Paraty e distribuído mundialmente pela harmonia mundi, tem recebido excelentes críticas, em Portugal e no estrangeiro. É frequentemente solicitado como diretor de vários projetos, destacando-se atualmente o verão clássico – academia internacional de música de lisboa. foi professor durante a última década em algumas universidades portuguesas e orienta frequentemente masterclasses, em Portugal e no estrangeiro. É steinway artist.

ensembLe darCos

o ensemble darcos foi criado em 2002, pelo compositor e maestro nuno côrte-real. o repertório do ensemble tem como propósito a interpretação dos grandes compositores europeus de música de câmara, como Beethoven, Brahms ou debussy, e a música de côrte-real; esta relação confere-lhe contornos de projeto de autor. em termos instrumentais, o ensemble darcos varia a sua formação consoante o programa que apresenta, de duos a quintetos, até à típica formação novecentista de 15 músicos, tendo como base os músicos filipe quaresma, reyes Gallardo, helder marques e Gaël rassaert. Para o efeito, convida regularmente músicos de excelência oriundos de várias regiões do globo, destacando-se, entre outros, o violoncelista mats lidström (solista e professor na royal academy of london), os violinistas massimo spadano (concertino da orquestra sinfónica da Galiza), Giulio Plotino

145145

(concertino da orquestra do teatro la fenice, em veneza), Giulio rovighi (primeiro violino do quarteto de cordas italiano Prometeo), a violetista ana Bela chaves, ou o percussionista miquel Bernat. interpreta regularmente programas líricos, onde tem convidado alguns dos maiores cantores portugueses da atualidade, tais como eduarda melo, luís rodrigues, dora rodrigues, lara martins, job tomé ou sara Braga simões. desde 2006 o ensemble darcos efetua uma residência artística no concelho de torres vedras, tendo iniciado em 2008 a temporada darcos, série de concertos de música de câmara e sinfónicos. da sua atividade concertista, destacam-se os concertos na sala magnus, em Berlim, em outubro de 2007, na interpretação do triplo concerto para violino, violoncelo, piano e orquestra de Beethoven, na igreja de st. john’s smith square, em londres, com direção musical de nuno côrte-real, e a participação regular nas últimas edições dos dias da música, em Belém. no verão de 2014, apresentou-se no festival internacional de música de Póvoa de varzim. em janeiro de 2010, o ensemble darcos gravou para a rádio e televisão de Portugal uma série de canções de cole Porter com os cantores sónia alcobaça e rui Baeta, programa apresentado em lyon, frança, em parceria com a camerata du rhône. o cd VOLUPIA, primeiro trabalho discográfico do grupo e inteiramente dedicado à obra de câmara de nuno côrte-real, foi lançado em outubro de 2012, pela editora numérica. está previsto para maio de 2016, o lançamento do seu segundo cd, com obras de vários compositores portugueses, pela editora internacional odradek records. NuNO CôRtE-REAL

nuno côrte-real tem vindo a afirmar-se como um dos mais importantes compositores e maestros portugueses da atualidade. das suas estreias destacam-se 7 Dances to the death of the harpist, na Kleine Zaal do concertgebouw, em amesterdão, Pequenas músicas de mar, na Purcel room, em londres, Concerto Vedras, na st. Peter’s episcopal church, em nova iorque, Novíssimo Cancioneiro, no siglufirdi festival, em

reiquejavique, e Andarilhos – música de bailado, na casa da música, no Porto. dos agrupamentos e orquestras que têm tocado a sua música destacam-se o remix ensemble, royal scottish academy Brass, orquestra sinfónica Portuguesa, orquestra metropolitana de lisboa, orquestra do algarve, orquestra do norte, orchestrutopica, e solistas e maestros como lawrence renes, julia jones, stefan asbury, ilan volkov, Kaasper de roo, cristoph Konig, david alan miller, Paul crossley, john Wallace, mats lidström, Paulo lourenço, rui Pinheiro e cesário costa. a sua discografia inclui canções tradicionais portuguesas nas editoras Portugal som e numérica, Pequenas Músicas de Mar, na editora deux-elles, o bailado Andarilhos, na editora numérica em coprodução com a casa da música, e Largo Intimíssimo, na austríaca classic concert records. em outubro de 2012 teve o seu primeiro cd monográfico, VOLUPIA, editado pela numérica. no mundo da ópera e do teatro, nuno côrte-real trabalhou com, entre outros, michael hampe, maria emília correia, Paulo matos e margarida Bettencourt. em junho e setembro de 2007 apresentou com grande sucesso as óperas de câmara A Montanha e O Rapaz de Bronze, encomendas da fundação calouste Gulbenkian e casa da música, respetivamente. em março de 2011, apresentou no teatro nacional de são carlos a ópera Banksters, com libreto de vasco Graça moura e encenação de joão Botelho, espetáculo que obteve um êxito inaudito na história recente da música contemporânea portuguesa. como maestro, nuno côrte-real tem dirigido regularmente orquestras como a real filharmonía de Galicia, orquestra fundación excelentia (madrid), orquestra metropolitana de lisboa, orquestra do norte, orquestra do algarve, orquestra filarmonia das Beiras, orchestrutopica, orquestra sinfónica i maestri (londres), ensemble darcos, e camerata du rhône (lyon). em junho de 2015, apresentou-se pela primeira vez na sala sinfónica do auditorio nacional de madrid. É fundador e diretor artístico do ensemble darcos, grupo de música de câmara que se dedica à interpretação da sua música e do grande repertório europeu, e assina artisticamente a temporada darcos. tem participado em vários festivais internacionais de música, onde se destacam o festival de sintra e de Póvoa de varzim, e dirigido solistas tais como artur Pizarro, nicola Ulivieri, ana quintans, alexey sychev, domenico codispoti, filipe Pinto ribeiro, adriano jordão, Giulio Plotino, luís rodrigues, filipe quaresma e dora rodrigues, entre outros. no ano de 2003 foi-lhe atribuída a medalha de mérito Grau Prata da câmara municipal de torres vedras.

147

ensembLe medIterraIn

o ensemble mediterrain foi fundado em Berlim em 2002 e tem como diretor artístico o português Bruno Borralhinho. o objetivo essencial é a divulgação da música dos países de cultura mediterrânica, combinando-a nos seus programas com grandes clássicos da música centro-europeia. o grupo conta na sua trajetória com apresentações em países como alemanha, frança, itália, espanha, Portugal, suíça, turquia, Bósnia herzegovina, chile, Peru, Uruguai, argentina, Brasil ou coreia do sul. do Konzerthaus de Berlim ao Palau de la música de Barcelona, do teatro oriente de santiago do chile ao festival de sarajevo, do theatro municipal de são Paulo à salle Gaveau de Paris, os seus concertos foram unanimemente aclamados pelo público e pela crítica. É formado por músicos de orquestras profissionais alemãs de grande qualidade e prestígio: Berliner Philharmoniker, dresdner Philharmonie, münchner Philharmoniker, staatskapelle dresden, ndr hamburg, staatskapelle Berlin, Komische oper Berlin, sWr stuttgart, entre outras. o formato do grupo permite uma abordagem flexível e diversificada, tanto em termos de repertório como de instrumentação: conta já com mais de 120 obras interpretadas, entre as quais nove foram dedicadas ao próprio grupo, e apresenta-se com formações desde o trio até à orquestra de câmara. Gravou para os selos discográficos ccr e dreyerGaido, assim como para a deutschlandradio, rádio nacional de españa, catalunya musica, antena 2, orf, Usm chile e União europeia de radiodifusão. BRuNO BORRALhINhO Bruno Borralhinho é membro da orquestra filarmónica de dresden e fundador e diretor artístico do ensemble mediterrain. apresenta-se regularmente como solista com orquestra, em recitais a solo, com piano e de música de câmara. orientou até ao presente masterclasses no Brasil, espanha e Portugal. estudou com luis sá Pessoa, na covilhã,

>

B r U n o B o r r a l h i n h o

sua cidade natal, com markus nyikos, em Berlim, e com truls mørk, em oslo. enquanto solista, tocou acompanhado pela orquestra Gulbenkian, orquestra metropolitana de lisboa, orquestra do norte, orquestra clássica da madeira, orquestra clássica de espinho, orquestra de câmara cascais e oeiras, orquestra de câmara Portuguesa, orquestra clássica do sul e orquestra xxi. em 2009 grava o cd duplo Página Esquecida, com a pianista luísa tender, e este ano será lançado pela naxos o cd Portuguese Music for Cello and Orchestra (orquestra Gulbenkian/Pedro neves), ambos inteiramente dedicados à música portuguesa. concluiu um mestrado em Gestão cultural na Universitat oberta de catalunya (Barcelona), em 2011, e é atualmente doutorando em humanidades da Universidad carlos iii (madrid). a sua diversificada atividade artística inclui também a direção de orquestra, tendo-se apresentado até ao presente como maestro à frente da orquestra clássica do sul, da orquestra clássica da madeira, da orquestra clássica do centro, do ensemble mediterrain, da filharmonie Bohuslava martinu de Zlin e da Berliner symphoniker. Katona tWIns aclamado pelo Daily Telegraph como “o mais conhecido duo de guitarras do mundo da música clássica”, Peter e Zoltán Katona naturalmente transitam do mundo estrito da música clássica para géneros musicais mais populares. já deram recitais nalgumas das maiores salas de concerto, incluindo atuações no carnegie hall, Wignmore hall,

B r U n o B o r r a l h i n h o

149

concertgebouw, em amesterdão, Konzerthaus, em viena ou o suntory hall, em tóquio. em 2009, como solistas da night of the Proms, atuaram para meio milhão de pessoas em salas de toda a europa. os dois irmãos gémeos já ganharam mais de dez prémios em diversas competições, em nova iorque, londres, alemanha, frança ou hungria. entre 2007 e 2011, foram artistas residentes do san francisco Performances. o vasto repertório do duo vai de Bach ao tango de Piazolla, passando pelos seus próprios arranjos clássica à da música pop. os seus programas também incluem concertos para duas guitarras e orquestra de vivaldi, Piazzolla e tedesco. vários compositores contemporâneos compuseram e dedicaram obras suas aos Katona twins. o duo estudou em Budapeste, frankfurt e londres. os Katona twins têm sido convidados para gravar para a BBc e outras estações de rádio e televisão. já atuaram com reconhecidos músicos, como Yo-Yo ma, bem como com ensembles como a BBc concert orchestra e a london sinfonietta. os seus discos incluem obras de scarlatti e handel, rodrigo, albéniz, Piazzolla e manuel de falla. Peter e Zoltán nasceram na hungria, são cidadãos alemães e vivem atualmente em liverpool, no reino Unido.

La IdeaL orquestra tÍpICa de tango argentIno

la ideal – orquestra típica de tango argentino do Porto é uma orquestra que se formou em setembro de 2013 com o duplo propósito de recriar a música de baile das milongas tradicionais e a música de concerto de compositores contemporâneos como Piazzolla e rovira. com uma formação simultaneamente típica e original (bandonéon, piano, flauta, violino e contrabaixo) esta orquestra tem uma sonoridade única e uma paleta tímbrica ampla. apoiada no bandonéon tradicional e constituída por músicos de excelente qualidade, que também são bailarinos de tango, os seus concertos unem a dança à música argentina num espetáculo completo que recria o ambiente íntimo e expressivo das típicas casas de tango de Buenos aires. na sua curta carreira já deram diversos concertos em Portugal (Porto, lisboa, aveiro, caminha, etc.) e espanha (santiago, vigo, corunha, salamanca, etc.).

LudoVICe ensembLe

o ludovice ensemble é um grupo especializado na interpretação de música antiga, sediado em lisboa, e criado em 2004 por fernando miguel jalôto e joana amorim, com o objetivo de divulgar o repertório de câmara vocal e instrumental dos séculos xvii e xviii através de interpretações historicamente informadas,

r e B e c a a . c s a l o G

>

151

usando instrumentos antigos. o nome do grupo homenageia o arquiteto e ourives alemão johann friedrich ludwig (1673-1752), conhecido em Portugal como ludovice. o grupo trabalha regularmente com os melhores intérpretes portugueses especializados e também com prestigiados artistas estrangeiros. o ludovice ensemble apresentou-se em Portugal em praticamente todos os festivais nacionais (viana do castelo, Braga, Porto, Gaia, leiria, alcobaça, Óbidos, lisboa, Évora, Beja, loulé, tavira e funchal) e é uma presença regular nas duas principais salas de lisboa: o ccB e a fundação calouste Gulbenkian. o ludovice ensemble apresentou-se no estrangeiro no festival laus Polyphoniae, na Bélgica (amUZ, antuérpia), no festival oude muziek de Utrecht (Países Baixos); nos festivais de la chaise-dieu, musiques en vivarais-lignon, e festes Baroques (frança); no festival de música Barroca de Praga (república checa); nos festivais camiños de santiago de jaca, música antiga de daroca, Peñíscola, ciclo de las artes de lugo, febrero lirico do real coliseo carlos iii de san lorenzo del escorial, e semana de musica antigua de vitoria-Gasteiz (espanha). Gravou ao vivo para a rdP-antena 2, a rádio nacional checa (cro) bem como para o canal de televisão francês mezzo. em 2015, o ludovice ensemble comemorou os seus 10 anos com um concerto no ccB, onde apresentou também uma ópera em colaboração com o grupo belga huelgas ensemble. em 2016 viaja até israel para concertos em tel-aviv e jerusalém, e apresenta-se de novo em espanha, desta vez no festival de aranjuez, com a soprano espanhola maria hinojososa; regressa ao ccB para dois concertos com o famoso violinista italiano enrico onofri, e apresenta-se ainda no museu Gulbenkian, no festival cistermúsica, em lagos e em castelo Branco, entre outros concertos. FERNANDO MIGuEL JALôtO fernando miguel jalôto concluiu os diplomas de Bachelor of Music e de Master of Music no departamento de música antiga e Práticas históricas de interpretação do conservatório real da haia (Países Baixos) com jacques ogg. frequentou masterclasses com Gustave leonhardt, olivier Baumont, ilton Wjuniski, laurence cummings e Ketil haugsand. estudou órgão barroco e clavicórdio e foi bolseiro do centro nacional de cultura. É mestre em música pela Universidade de aveiro e presentemente frequenta o doutoramento em musicologia histórica da Universidade nova de lisboa. É fundador e diretor artístico do ludovice ensemble. É membro da orquestra Barroca da casa da música do Porto e colabora com grupos especializados internacionais como la Galanía, capilla flamenca, oltremontano, e la colombina. toca

regularmente com a orquestra Gulbenkian, orquestra sinfónica do Porto e coro casa da música. trabalhou já sob a direção de ton Koopman, roy Goodman, christina Pluhar, christophe rousset, fabio Biondi, antonio florio, harry christophers, andrew Parrott, rinaldo alessandrini, chiara Banchini, enrico onofri, alfredo Bernardini, laurence cummings, jaap ter linden, elizabeth Wallfish, christophe coin, jacques ogg, dirk snellings, Wim Becu e Paul mccreesh. Gravou para as editoras Glossa, ramée, dynamic e Brilliant. apresentou-se em vários festivais e concertos em Portugal, espanha, frança, Bélgica, holanda, reino Unido, áustria, Polónia, Bulgária e japão.

meLLeo harmonIa melleo harmonia constitui o grupo residente da aParm – academia Portuguesa de artes musicais. tendo como diretora vocal a conceituada soprano rute dutra e diretora de cordas a reconhecida violoncelista ana raquel Pinheiro, o melleo harmonia permite abraçar uma paleta de repertório musical muito ampla, uma vez que ambas direções são asseguradas por especialistas, quer em música moderna, quer em música antiga. trabalhando sempre com o intuito de apresentar concertos com programas profundamente trabalhados, não apenas sob o ponto de vista técnico-musical, de elevada performance, mas também com a maior seriedade histórica e interpretativa, o grupo opera sob a direção artística de dois especialistas: para a dita música antiga – dos séculos

m i c h a l n o v a K

>

153153

xvi a xviii – jenny silvestre; para o repertório posterior, o maestro joaquim ribeiro. a assunção desta flexibilidade tem revelado os melhores resultados, contando o melleo harmonia com um percurso musicalmente reconhecido, desde a sua formação, em 2011.

JOAquIM RIBEIRO o maestro joaquim ribeiro iniciou a sua formação musical, em clarinete, com apenas seis anos. desde então não mais parou, tendo sido galardoado com diversos primeiros prémios, entre os quais, o Prémio jovens músicos, na categoria de clarinete, em 1988, instrumento com o qual concluiu a sua licenciatura, na escola superior de música de lisboa, com as mais altas

classificações, assim como diversos primeiros prémios na categoria de música de câmara. hoje em dia detém o mestrado em direção de orquestra pelo instituto Piaget, tendo estudado em dijon, no conservatório de música j. Ph. rameau, com o reconhecido maestro jean-sébastien Béreau, período em que o seu empenho e sensibilidade lhe valeram a médaille de l’argent. ao longo dos anos investiu igualmente na formação em direção coral e vocal com especialistas como edgar saramago, lúcia lemos e vianey da cruz. concilia ainda a sua atividade de maestro com a de clarinete

solista da orquestra sinfónica Portuguesa e da Banda sinfónica da Guarda nacional republicana. conta com uma longa carreira sob a batuta de maestros como carlo maria Giulini, mstislav rostropovich, lukas foss, George hurst, michel tabachnik, alain lonbard, arturo tamayo, michael Zilm, Wolfgang rennert, michel Plasson, de entre muitos outros, com os maiores elogios. É o diretor artístico e maestro do grupo melleo harmonia nos repertórios posteriores à primeira metade do século xviii, contando com a apresentação de obras tão variadas como a Missa Grande do compositor português marcos Portugal, a sexta sinfonia de ludwig van Beethoven, a Petite Symphonie de charles Gounod, a Sérenada de antonín dvorák, entre várias outras obras. musICorba

musicorba é o projeto musical dos pianistas ricardo vieira (Portugal) e tomohiro hatta (japão), ambos residentes em Paris, frança. depois da aliança em 2010 – ano em que subiram ao palco para a celebração dos 150 anos de cooperação entre os dois países –, os pianistas continuam a imortalizar as obras para piano a quatro mãos, formação considerada por muitos como a mais sublime da música de câmara. desde então, o duo já pisou os mais conceituados festivais do mundo, tendo tocado em frança, alemanha, Portugal, japão, Índia, eslovénia, cabo verde, entre muitos outros países. estrearam obras de variadíssimos compositores, na qual a sua maioria lhes são dedicadas, dos quais se destacam donald Yu (hong Kong), mark Yeats (inglaterra) e stéphane Blet (frança). não só musicorba é admirado pelos mais importantes compositores, como recebe o convite de colaboração das maiores vozes do fado, tais como mísia e Kátia Guerreiro.

^

155

os mÚsICos do tejo Projeto musical no campo da música antiga fundado e dirigido por marcos magalhães e marta araújo. os músicos do tejo tiveram a sua primeira apresentação em setúbal, em dezembro de 2005, e na sua curta existência como grupo especializado em música antiga já desenvolveram uma parceria com o ccB que os levou a produzir três óperas, editaram dois discos, apresentaram-se em inúmeros concertos em Portugal e no estrangeiro e foram objeto de diversos apoios institucionais e mecenáticos. as duas óperas, La Spinalba, de f. a. de almeida, e Lo Frate Nanmorato, de G.B. Pergolesi, estreadas no ccB, foram recebidas com grande sucesso. a ópera La Spinalba foi objeto de uma digressão em Portugal e espanha e já vai na sua 10.ª apresentação. também no ccB, estrearam em maio de 2011, a ópera Le Carnaval et la Folie, de a.c. destouches, e em janeiro de 2013, a serenata Il Trionfo d’ Amore, de f.a. almeida. em 2010 colaboraram com o teatro Praga no espetáculo Sonho de uma Noite de Verão, estreado no ccB, e apresentado no festival facyl, em salamanca, em 2011, e no festival le standard idéal, em Bobigny, Paris, em 2012. em 2012 apresentaram-se no festival das artes em coimbra e no âmbito dos concertos rota dos mosteiros, em tomar, alcobaça, Batalha e jerónimos. os músicos do tejo também já se apresentaram em locais tão variados como mafra, vigo, Brest, Paris, Goa na Índia, sastmala na finlândia e Praga na r. checa. em novembro de 2012 foi editado pela naxos a sua gravação da ópera La Spinalba, com apoio da dGartes, cml e do iseG. em abril de 2013 tiveram a sua estreia no Grande auditório da f.c. Gulbenkian com a ópera Dido e Eneias, de h. Purcell. o seu mais recente cd para a editora naxos, Il Trionfo d’Amore, de f.a. almeida, tem tido um excelente acolhimento por parte da crítica.

quarteto de Cordas de sIntra o quarteto de cordas de sintra surge em 2007 e desde então tem vindo gradualmente a afirmar-se como uma das formações mais dinâmicas e consistentes a nível nacional. têm-se apresentado em diversos concertos e festivais um pouco por todo o país, destacando-se, entre outros, o Palácio nacional de sintra, centro cultural olga cadaval, Palácio da independência, em lisboa, Palácio nacional da ajuda, cine teatro avenida, castelo Branco e centro cultural de Belém. durante a temporada 2013 o quarteto de cordas de sintra apresentou no centro cultural olga cadaval, em sintra, a integral dos quartetos de cordas de mendelssohn, numa série de três concertos gravados pela antena 2. em setembro de 2013 gravou também para a antena 2 a estreia moderna dos quartetos de júlio antónio avelino soares (compositor português do século xix) num concerto realizado no centro cultural de Belém. Para além da sua atividade profissional, o quarteto de cordas de sintra participou em sessões de trabalho com o violoncelista Pavel Gomziakov, alexandra mendes (quarteto de cordas de lisboa) e trabalha regularmente com o violoncelista Kyril Zlotnikov (quarteto jerusalém). em agosto de 2014 o quarteto de cordas de sintra deslocou-se à holanda para participar no 25th Zeist music days, onde trabalhou com o quarteto Borodin, quarteto Pavel haas, quarteto jerusalém e com o violoncelista Gary hoffman. na holanda apresentou-se em concerto no hermitage de amesterdão e gravou um concerto para a nPo radio 4. futuros compromissos incluem a deslocação ao rio de janeiro para participação no rioharpfestival e o regresso ao centro cultural olga cadaval.

s a r a c o r r e i a

157

quarteto VIntage o trabalho do quarteto vintage é aclamado e distinguido, tanto pela excelência técnica e musical, como pela capacidade criativa e inovadora dos seus projetos. são exemplo disso várias estreias mundiais e obras dedicadas ao grupo: Ostinando, de Bruno ribeiro, Fado a Quatro e Tributo a Zeca, de vítor de faria, Polyglot, de mike curtis, a adaptação para quarteto de clarinetes, marimba e vibrafone da peça de luís tinoco, Short Cuts, a ópera Serrana-Fragmentos, de vítor de faria, a primeira versão para quarteto de clarinetes e solista do Quinteto “Stdaler”, K581 em lá maior de W.a. mozart, a primeira versão para quarteto de clarinetes e eletrónica de New York Counterpoint, de steve reich, e a estreia da primeira obra portuguesa para quarteto de clarinetes solista e banda sinfónica, Drone Variations, de carlos azevedo. mantendo sempre uma atividade intensa e dinâmica, o quarteto gravou os discos Art Vintage e Clair de Lune, e conta com apresentações nas mais importantes salas e festivais do país, assim como no japão, canadá, itália, espanha, Bélgica e suíça.

sete LágrImas fundado em 1999 por filipe faria e sérgio Peixoto, sete lágrimas assume o nome da inovadora coleção de danças sobre o tema do compositor renascentista john dowland (1563-1626), publicadas por john Windet, em 1604, quando o compositor era alaudista de cristiano iv da dinamarca. Profundamente dedicados aos diálogos da música antiga com a contemporaneidade bem como da música erudita com as tradições seculares, sete lágrimas juntam músicos de diferentes horizontes musicais em torno de projetos concetuais animados tanto por profundas investigações musicológicas como por processos de inovação, irreverência e criatividade em torno dos sons, instrumentário e memórias da música antiga.

s U s a n a n e v e s

desde a sua fundação, o grupo desenvolve uma intensa atividade concertística, com mais de 250 concertos em 12 países da europa e ásia, de onde se destacam: Portugal, Bulgária, itália, malta, espanha, china, suécia, frança, Bélgica, noruega, república checa, luxemburgo, etc. colabora, regularmente, com músicos convidados das áreas da música antiga como maría cristina Kiehr, Zsuzsi tóth ou ana quintans, e da música tradicional, jazz e do mundo como mayra andrade, antónio Zambujo ou adufeiras de monsanto. no contexto dos projetos de diálogo entre a música antiga e a contemporânea, sete lágrimas estreia obras, especialmente dedicadas ao consort, dos compositores ivan moody, joão madureira, andrew smith e christopher Bochmann. em 2011 sete lágrimas apresentou, em estreia mundial, a encomenda da obra Lamento ao escritor josé luís Peixoto, vencedor do Prémio literário josé saramago, e ao compositor joão madureira. tanto em Portugal como no estrangeiro, as temporadas de concertos e a sua extensa discografia é consistentemente elogiada pela crítica e pelo público. os seus dez títulos recebem frequentemente o número máximo de estrelas (5 em 5), escolha do editor, melhor do ano, etc, nos principais jornais, rádios e revistas de Portugal. internacionalmente destacam-se as críticas discográficas na international record review, doce notas, Goldberg, ou as críticas aos concertos na europa e na ásia. em 2011/2012 sete lágrimas é convidado para assumir o estatuto de ensemble associado da temporada do centro cultural de Belém, tendo apresentado o Tríptico da Terra em três concertos esgotados. sete lágrimas tem o apoio do Governo de Portugal e da direção-Geral das artes desde 2003. É representado pela produtora arte das musas e editado pela etiqueta mU/arte das musas.

r e n a t o s i l v a

159159

sYrInX: XXII

este agrupamento de reconhecidos músicos surge da vontade de conquistar novos mundos e paletas de cores, de seguir por ambientes de eras distintas, e de explorar musicalmente liberdades artísticas. desta forma, numa atitude de “carte-blanche”, dá azo às mais atrevidas e inovadoras combinações, apresentando obras do século xvi até à música do nosso tempo, século xxi. estreou-se em abril de 2014, em nova iorque, na formação de trio, recebendo logo convites para regressar aos eUa para concertos, desta vez realizados em março de 2015. em Portugal, atuou em trio nos dias de música 2015 no ccB, num programa dedicado ao cineasta Woody allen, intitulado Woody Allen, o Ecléctico, com entrevista e gravação pela antena 2, e logo um convite para atuar nos dias de música de 2016. apresentou-se na formação syrinx: xxii orquestra, com catherine strynckx, no violoncelo, e Paulo jorge ferreira, no acordeão, com o programa Piazzolla & Amigos, em sesimbra, e em formação de duo em concertos para famílias com o título Volta ao Mundo em 20 Flautas, para a fábrica das artes do ccB e para o festival da casa da cerca em almada. em novembro de 2016 este projeto apresenta-se no teatro nacional de são carlos.

YogIstragong dirigido por elizabeth davis, Yogistragong foi fundado em 2008, na sequência do primeiro curso de escola de gamelão de java, na fundação oriente. a intenção do grupo é a de divulgar a música tradicional da ilha de java e dar concertos inéditos de fusão, para conseguir uma aproximação entre Portugal e a indonésia, através da fusão das suas culturas. entre as atividades deste agrupamento destacam-se concertos promovidos em 2009, 2010 e 2011 na fundação oriente, incluindo o concerto inaugural do primeiro festival de cultura da indónésia, em conjunto com o grupo de gamelão do instituto seni da indonésia, de Yogyakarta. em 2009, o Yogistragong participou no espetáculo Exotica, um concerto inédito de fusão com a orchestrUtopica, organizado por elizabeth davis, no centro cultural de Belém. em abril de 2011 voltou ao ccB durante os dias da música, concerto que foi gravado pela rádio e subsequentemente editado pela associação european classical radios. em 2011 encerrou o festival lisboa mistura com um espetáculo único de música, dança e imagem, numa fusão entre o ocidente, a indonésia e a Índia, tendo estreado uma peça de césar viana. em julho de 2012 o Yogistragong apresentou um espetáculo no festival ao largo. em novembro de 2013 participou em dois concertos no festival rota de oriente, na fundação oriente, no concerto noite da indonésia, em conjunto com o grupo de dança e gamelão tjakrawasita e, na última noite, num concerto de fusão entre indonésia, china, japão, Índia e Portugal, no qual o elemento de coesão era o gamelão.

161161

ELIZABEth DAVIS de nacionalidade inglesa, licenciada pela Universidade de nottingham, estudou com os professores james Blades e alan cumberland. Ganhou uma bolsa de estudos para a hochschule de hamburgocom e licenciou-se, com distinção, em tímpanos e percussão, na royal academy of music. as suas atividades musicais abrangem vários domínios, mas dedicou muito da sua carreira à música de câmara e contemporânea. tem desempenhado um papel relevante na divulgação da música contemporânea em inglaterra, frança, itália e austrália, executando obras importantes, a solo e em duo, encomendadas a alguns dos principais compositores ingleses, australianos e portugueses. foi percussionista principal e timpaneira da orquestra do Porto (1989-1993). desde 1993, ocupa o lugar de chefe de naipe de percussão da orquestra sinfónica Portuguesa. destacam-se também as suas atividades com a orquestra sinfónica da BBc, a orquestra de câmara da europa, a orquestra de covent Garden, e como solista, as apresentações com a orquestra sinfónica Portuguesa e a orquestra nacional de Porto. colaborou ainda com vários agrupamentos, como lontano, music Projects, Koenig ensemble, sinfonietta e, desde 2003, colabora com a orchestrUtopica. É fundadora, com Katharine rawdon (flauta), do duo machina mundi. em 2007, foi convidada pela fundação oriente para se deslocar a Yogakarta para frequentar um curso de gamelão no instituto indonésio de arte, com o objetivo de formar uma futura escola de Gamelão em Portugal.

pLuraIs DANIEL BERNARDES daniel Bernardes é um jovem pianista e compositor. recebeu o Prémio de instrumentista na festa do jazz 2010 e já tocou nas principais salas portuguesas. tem recebido encomendas enquanto compositor para variados contextos musicais, como o Prémio jovens músicos, orquestra de sopros esml e Big Band do hot club.

desbundIXIe desbundixie é um projeto que tenta reviver o estilo jazzístico denominado de dixieland, buscando inspiração nas sonoridades nascidas em nova orleães no princípio do século xx para os dias de hoje. É também uma viagem pela história do jazz e da sua génese, sendo uma vertente importante para a compreensão deste estilo. composto na sua base por sete elementos, este projeto apresenta temas escritos de época, orquestrados por estes músicos. deste modo é feita uma abordagem ao estilo dixieland, com uma linguagem específica da banda, marcada pelo improviso e pela irreverência que a caracteriza. o gosto pelo dixieland motivou o aparecimento deste projeto que durante todos estes anos permaneceu vivo e cada vez mais enriquecido pela adesão que tem tido da parte do público. deste modo, este projeto tem o objetivo de divulgar e dar a conhecer este estilo e fomentar o gosto pelo jazz. em resumo, desbundixie é um projeto que visa proporcionar ao público um concerto divertido, de forma a colocar o jazz no contexto onde foi criado, como sendo uma música essencialmente popular e aberta a todas as classes sociais.

>

163163

desbundixie é muito mais que um nome, é um modo especial de viver a música. É imagem de marca desta banda, que quer sobretudo animar-se e animar quem nos ouve.

duo amaL Protegidos do maestro Zubin mehta, os pianistas Bishara haroni e Yaron Kohlberg uniram forças em 2011, formando o projeto israelo-palestiniano duo amal. a colaboração começou num concerto para a paz na opera house, em oslo, e daí surgiu uma parceria permanente que se tornou num dos grandes destaques do panorama da música clássica atual. os concertos do duo em grandes salas de espetáculo de todo o mundo, como o Beijing concert hall, o melbourne recital centre, o mushashino center, em tóquio, ou o Goyang center, na coreia do sul, bem como os concertos na elbphilharmonie, em hamburgo, ou no Beethoven festival, em Bona, receberam uma grande aclamação por parte da crítica e do público. entre os concertos planeados para o futuro estão recitais no metropolitan museum, em nova iorque, na salle Gaveau, em Paris, no london city festival, no Zagreb international festival, no Kravis center, no estado norte-americano da flórida, entre outros. o duo amal vai ainda andar em digressão com a israel Philharmonic e com a teatro del maggio musicale fiorentino orchestra, na itália, sob a direção do maestro Zubin mehta e do maestro christoph von dohnanyi. estão ainda entre os seus planos futuros digressões pela europa, eUa, américa latina, ásia e austrália. como solistas, Yaron Kohlberg e Bishara haroni têm sido bastante aclamados, com prémios em várias competições e concertos em importantes salas. Kohlberg é o vencedor de dez competições internacionais de piano. haroni já atuou sob a batuta de maestros como lorin maazel, daniel Barenboim ou Zubin mehta, além de já ter tocado com a orquestra filarmónica de londres. Kohlberg e haroni têm feito recitais desde muito cedo, tendo tocado no carnegie hall, em nova iorque, no

Kennedy center, em Washington dc, entre outras salas. haroni e Kohlberg têm também unido esforços com o intuito de juntar o povo palestiniano ao israelista, tendo criado um clube cultural israelo-palestiniano em Berlim.

EDuARDO RAMOS

É cantor e alaudista, tocando também flauta, gambry de marrocos e zukra da tunísia. É um músico autodidata e multi-instrumentista e também compositor. tem nove discos gravados e já realizou concertos em Portugal, Bélgica, malta, alemanha, Bulgária, itália, espanha e marrocos, nomeadamente no festival internacional des cordes Pincées, em rabat, e no festival internacional das músicas sagradas do mundo de fez. atualmente toca música medieval galaico-portuguesa, música árabe, sefardita e cantigas portuguesas tradicionais. FRANCISCO CABRAL nascido em lisboa a 23 de novembro de 1983, francisco cabral recebeu ainda muito novo aulas de violino no Palácio anjos, em algés, mas foi a percussão que veio a desenvolver. em 2002 iniciou o estudo da tabla, instrumento clássico hindustânico, com o Professor Pradip, na comunidade hindu de lisboa. continuou o seu estudo regular durante os anos seguintes e é desde 2005 aluno de raimund engelhardt, discípulo de Pandit Badri maharaj, que em vida representou a escola

>

165

de Benares, estabelecida pelo ilustre mestre Pandit Kanthe maharaj. em 2007, viajou para lucknow, no norte da Índia, para aprender com o mestre ravinath misra, filho de Pandit Badri maharaj. de dezembro de 2011 a janeiro de 2012 regressou à Índia (Pune), onde teve aulas com o mestre de tabla Pt. arvind Kumar azad. em outubro de 2013, francisco regressou a Pune para desenvolver a tabla e o Pakhawaj com os professores arvind K. a. e manik munde, respetivamente. É aluno destes ilustres mestres desenvolvendo a complexa linguagem rítmica do Pakhawaj e da tabla. tem aprofundado a sua prática na música clássica hindustânica acompanhando os sitaristas Paulo sousa, josé neves, mark Planells, o violinista stephen Bull e a flautista joana amorim, tendo realizado concertos e espetáculos de música e dança por todo o país. faz parte do grupo de música e dança inspiradas na tradição clássica da Índia de mark e diana rego (anaidkram) e tem vindo a desenvolver gradualmente a vertente da tabla no acompanhamento das danças clássicas indianas Kathak e odissi. Para além da música clássica indiana, tem vindo a desenvolver outras sensibilidades musicais rítmicas e melódicas de inspiração étnica, trabalhando também em projetos de fusão. Paralelamente à música, francisco é mestre em astrofísica e cosmologia e desenvolve investigação nestas áreas. com um profundo interesse nas

165

pontes entre a arte e a ciência e na multiculturalidade, procura discernir os invariantes físicos, bio antropológicos, culturais e psicológicos na diversidade da família humana e usar a arte como veículo para valorizar essa mesma diversidade.

GONçALO tARquÍNIO licenciado em artes Plásticas, Gonçalo tarquínio participa em exposições com instalações, vídeo arte e projetos multidisciplinares. É também professor de artes visuais, desenho e história da cultura e das artes. mentor e produtor do rabiscuits – Bienal de arte experimental, tarquínio é artista residente da fundação armazém das artes e cria a produtora de vídeo olho de Boi. GILENO SANtANA

Gileno santana é um trompetista brasileiro que vive em Portugal desde 2006. o músico é lead trumpet da orquestra jazz de matosinhos, com a qual ele teve a oportunidade de trabalhar com músicos como jim mcneely, chris cheek, mark turner, ohad talmor, andy sheppard, lee Konitz, joshua redman, maria schneider, carla Bley, steve swallow, maria rita, maria joão, mayra andrade, steven Bernstein, darcy james argue, Guillermo Klein, julian arguelles, florian ross, Pierre Bertrand e michael mantler. como líder, também trabalhou com tony allen, amp fiddler, munir hossn, sara tavares, james morrison, edmar castaneda, andy hunter, marshall Glikes, Bob stewart, thomas Gansch, Gregory Porter e hermeto Pascoal. no início de 2011 gravou seu primeiro álbum, Início, no qual

>

167

contou com a participação do bandolinista hamilton de holanda. recentemente Gileno santanha ganhou o concurso internacional de bandas no festival jazz- Bejazz14, com o seu egli-santana Group. em 2015, lançou seu segundo álbum, Metamorphosis, pela editora italiana caligola, tendo sido muito bem recebido pela crítica e público.

JAMES “BLOOD” uLMER james “Blood” Ulmer está a comemorar 75 anos de vida da forma mais pessoal possível: a sós com a sua guitarra. Para todos os efeitos, é uma das mais idiossincráticas figuras da história do jazz. como ele não há mais ninguém, ainda que muitos o tentem imitar. este é um homem que se foi reinventando – e à sua música – ao longo de um percurso de décadas em que viu o seu estatuto único como guitarrista ser confirmado uma vez e outra. segundo o crítico Greg tate, o estatuto de quem surgiu como o “elo que faltava entre Wes montgomery e jimi hendrix e entre os P-funk e mississippi fred mcdowell”. Ulmer desdenhou da segurança e do conforto de cada sucesso para mudar tudo. aderiu ao método harmolódico de ornette coleman com o fito de ir mais além, estabelecendo uma nova forma de afinar o seu instrumento. encheu o jazz de funk, de rock e mesmo de folk e até na cena norte-americana dos blues está a deixar marcas. nenhum dos idiomas musicais da diáspora afro-americana sai incólume dos seus dedos: misturam-se, confundem-se e ficam profundamente renovados. É um gigante da música do século xx e deste início do xxi,

167

independentemente de géneros e tendências. nascido na carolina do sul, james “Blood” Ulmer tem bem a noção de quanto pesa e vale a tradição. filho de pregador batista, as suas raízes estão no gospel, que aprendeu a cantar na igreja, e também no rock‘n’roll e no country que ouvia na rádio. já os blues eram considerados em sua casa como a música do diabo, mas foram sempre eles que estiveram na base do seu “som”. até que, recentemente, os deixou ganhar o primeiro plano. mas como em tudo o resto que fez, há os blues e há os blues como são tocados por si. não é, pois, um regresso à tradição que se trata, porque na verdade o músico nunca saiu dela. o que distingue este também cantor cuja voz parece adivinhar “os muitos quilómetros de má estrada que estão por diante”, como também disse a crítica, é o facto de entender a tradição como vanguarda e a vanguarda como tradição.

JOãO PEDRO ALVAREZ & tIAGO INuIt joão Pedro alvarez iniciou o estudo da guitarra portuguesa em 1992. desde então realizou diversos recitais em Portugal, com destaque entre 1997 e 2001 para as salas do teatro são luiz, centro cultural de Belém e fundação calouste Gulbenkian, e também no estrangeiro, com especial incidência no canadá, sempre acompanhado à viola por durval moreirinhas, interpretando os repertórios de carlos Paredes, de artur Paredes e de Pedro caldeira cabral, com o cantor de coimbra luís Góis. tiago inuit concluiu a licenciatura em música no ano 2000, pela Universidade de concordia em montreal, canadá. desde então dedica-se à música enquanto compositor, músico, produtor e professor. em 2005 é editado o seu primeiro trabalho discográfico, Funami, com o cantor carlos alexandre desilets, pela editora transformadores. dos inúmeros trabalhos realizados destacam-se, entre outros, as músicas para as séries de documentários do cirque du soleil, para a gala de filmes em montreal em 2002, para a aljazzera english, em londres, em 2006 e 2008, e as músicas para as peças de teatro Solum, Dias

>

169169

de Espuma e A Travessia. Participou como guitarrista no álbum Em Busca das Montanhas Azuis, de fausto Bordalo dias. em 2012, o projeto Rota do Sul, levado a cabo por estes dois músicos, foi chancelado pelo comissariado do ano de Portugal no Brasil (2012/2013) – ministério dos negócios estrangeiros. em 2013, Rota do Sul obteve o reconhecimento de pertinência cultural pela secretaria de estado da cultura. Rota do Sul representa para joão alvarez e tiago inuit a procura dum novo repertório para a guitarra portuguesa com o enriquecimento do seu património solístico através da composição de novas obras. É um trabalho que reflete uma lisboa viva, eterno porto de cruzamentos e assimilações culturais e simultaneamente espelho de um Portugal cosmopolita e culturalmente dinâmico. a guitarra portuguesa torna-se o fio condutor entre as ambiências musicais do fado, do flamenco, da música celta e do norte de áfrica, contando estórias através dos sons e dos ritmos onde se invoca a alma lusitana pelos quatro cantos do mundo.

JONAthAN MAYER filho de john mayer, compositor e cofundador dos indo-jazz fusions, jonathan mayer começou cedo a estudar música e aos 16 anos já tinha encontrado o instrumento ao qual se viria a dedicar, o sitar. teve como professores clem alford (o primeiro instrumentista de sitar europeu) e Pandit subroto roychowdhury. jonathan estudou composição com o seu pai e, mais tarde, com andrew downes, no conservatório de Birmingham, onde obteve o Bacharelato em música pelo estudo de sitar e composição. ao longo do seu percurso já tocou com artistas

como dave stewart, the smith string quartet, the Bingham string quartet, Kathryn tickell, Kumar Bose, shiv shankar ray, Kuljit Bhamr, erich Gruenburg, rohan de sarem, the dub Pistols, john Wilson, Bombay dub orchestra, swati natekar, sarah Brightman, i musici fiamminghi orchestra e Paul mccartney. as composições de jonanthan mayer já foram interpretadas

por erich Gruenburg, joji hattorie e pela banda do seu pai. o músico é também membro dos the teak Project, um entusiasmante trio que lançou o seu álbum de estreia pela first hand records. mayer já atuou um pouco por todo o mundo, tendo feito duas digressões muito bem-sucedidas pela Índia, além de já ter tocado em frança, alemanha, emirados árabes Unidos, austrália, estados Unidos, Bangladesh, sri lanka e das atuações para a BBc, no reino Unido.

JOSÉ GALISSÁ josé Braima Galissá nasceu em 1964 em Gabú, no leste da Guiné-Bissau, capital do antigo império de Gabú, no seio de uma família mandinga, uma das etnias do país. Galissá é o nome de uma família de djidius que tocam kora. foi compositor do Ballet nacional da Guiné-Bissau, responsável instrumental do mini ballet nacional e professor de kora na escola nacional de música josé carlos schwarz, durante 11 anos. reside em Portugal, desde 1998, onde divulga a cultura musical mandinga, que tem entre os seus mais importantes representantes músicos como salif Keita e mory Kante. começou a aprender kora com 5 anos de idade pela mão do seu pai, abudu Galissá, na sua região natal e, em meados de 1979, iniciou a sua carreira com o pioneiro abel djassi. com ele participou em acampamentos da juventude na Guiné e no estrangeiro. nesses eventos realizavam-se intercâmbios culturais com jovens de cabo verde, senegal, Guiné-conacri e até com jovens de Portugal e de outros países europeus. em 1988, esteve em Portugal onde participou no fitei e, no ano seguinte, na antiga fil. em 1997, participou no encontro cena lusófona, em Évora. realizou vários cursos para alunos da escola superior de educação de lisboa e da escola superior de teatro e cinema de lisboa sobre música, literatura africana, cultura guineense e sessões musicais para crianças do 1.º e 2.º ciclo do ensino básico. em 1999, trabalhou com

>

171171

o teatro são joão do Porto e, no ano em que coimbra foi a capital da cultura, foi contratado pela companhia de teatro teatrão. realizou concertos com o músico português Gil nave, em Évora, Beja, Guarda, covilhã, famalicão, Proença-a-nova, caldas da rainha e alpedrinha. Participou em programas de rádio e televisão, nomeadamente na antena 2, rtP internacional, rádio renascença, rta (rádio televisão de angola, no programa Kandando) e rdP áfrica. Participou em concertos realizados por iniciativa da exPo ‘98, e Porto 2001, e em trabalhos discográficos de joão afonso, amélia muje, herménio meno, na coletânea Mon na mon, Blasted mechanism, chac, sara tavares e outros artistas guineenses. KuLJIt BhAMRA

Kuljit Bhamra é um dos músicos, compositores e produtores mais inspiradores e influentes do atual panorama da música britânico-asiática. Um pioneiro do fenómeno musical Bhangra, Kuljit Bhamra combina ritmos tradicionais indianos com instrumentos e técnicas de gravação ocidentais, transformando a música Punjabi numa nova forma de música para as pistas de dança. desde os 18 anos que Kuljit já compôs mais de duas mil canções e é responsável pela ascensão à fama de numerosas estrelas de Bhangra e Bollywood. Um instrumentista virtuoso e um compositor e improvisador altamente especializado, Kuljit já trabalhou, tanto independentemente como em colaboração, ao longo de uma década, em várias bandas sonoras para cinema e produções para o West end de londres. Kuljit também trabalha ativamente como compositor e instrumentista dos seus próprios trabalhos (como os duos com shan chana, alwynne Pritchard e a popular banda de dança taala), e com um grupo de aclamados músicos de vários géneros, nomeadamente mike lindup, riccardo del fra, john mccoy e,

>

mais recentemente, Bobby mcferrin. tem ainda mantido um frutífero diálogo com o saxofonista britânico andy sheppard. com joanna macGregor e com a Britten sinfonia gravou o projeto inovador que foi Bach Meets Moondog. recentemente Kuljit foi eleito diretor artístico da society of the Promotion of new music, sendo também responsável pela programação dos seus eventos. como parte desta aventura, Kuljit Bhamra irá colaborar com alex Wilson num novo projeto de dança, latin Bhangra, e com várias orquestras, com o intuito de criar novos trabalhos baseados nas escalas da raga.

MÁRIO MARquES mário marques é saxofonista com larga experiência em diversos palcos e projetos nacionais. orquestra Gulbenkian, the Gift, amália hoje, deolinda, Bernardo sassetti ou a Big Band do hot club de Portugal são alguns dos quadrantes musicais com que tem trabalhado. É também professor de saxofone na Universidade de Évora e produtor musical de diversos discos.

the orLando Consort

constituído em 1988 a partir da early music network, do reino Unido, os orlando consort rapidamente alcançaram reputação como um grupos europeus mais consistentemente especializados e desafiantes na interpretação de repertório dos anos 1050 a 1550. já atuaram em vários dos mais importantes festivais britânicos e nos últimos anos deram concertos em países como frança, holanda, Bélgica, alemanha, itália, suécia, Polónia, república checa, estónia, estados Unidos, canadá, japão, Grécia, rússia, áustria, Portugal e espanha. têm uma discografia impressionante, com discos editados na saydisc, metronome, linn, deutsche Grammophon e harmonia mundi Usa. The Call of the Phoenix foi eleito, em 2003, disco de música antiga do ano pela Gramophone Magazine. Popes and Anti-Popes, Saracen and Dove e Passion também já foram

>

173

nomeados como melhores do ano. já o trabalho Scattered Rhymes, que inclui uma nova obra pelo jovem compositor britânico tarik o’regan e a presença do coro de câmara da filarmónica da estónia esteve nomeado, em 2009, para o BBc music magazine choral award. cada vez mais os projetos dos orlando consort abraçam espaços da música contemporânea e da improvisação. o projeto Extempore, uma colaboração com o quarteto de jazz Perfect houseplant, foi muito aclamado pela crítica e foi distinguido com 31 prémios em todo o mundo. o concerto dos orlando consort no Boston early music festival, dedicado à música francesa dos séculos xii e xiii, foi eleito como concerto do ano de música antiga pelo The Boston Globe. PAuLO SOuSA

Paulo sousa, sitarista nascido em lisboa, mestre em etnomusicologia pela Universidade nova de lisboa, tem tido um percurso eclético ao longo da sua vida musical. tem procurado conviver com o que de melhor encontrou nos diferentes géneros musicais que experimentou. após ter-se iniciado na música como guitarrista na década de 1980, foi no início dos anos 90 que ingressou no conservatório regional de setúbal, tendo concluído o curso geral de guitarra clássica. integrou posteriormente uma banda de blues, frequentando simultaneamente a escola de jazz do Barreiro. foi no final da década de 1990 que se começou a interessar pela Índia e pela sua música. em consequência disto, adquire o seu primeiro sitar e inicia o seu estudo, paralelamente ao estudo do jazz e à sua atividade como guitarrista. na primavera de 2005 gravou o seu primeiro trabalho com sitar, fundando o grupo alap. em outubro do mesmo ano, partiu para Puna, na Índia, após ter

173

ganho uma bolsa de estudo da fundação oriente. aí esteve até agosto de 2007, com o seu professor Pandit hindraj divekar, mestre de rudravina e sitar. teve ainda oportunidade de aprender com outro sitarista, swanand arole, discípulo de Ustad rais Khan. desde que regressou da Índia, iniciou a divulgação desta música com uma série de concertos de sitar por diversos pontos do país, onde se destacou o importante concerto realizado a 11 de outubro de 2007 no centro cultural de Belém, intitulado Sitar para o anoitecer. Um ano depois a gravação desta atuação seria editada em cd. outro importante concerto foi o realizado no museu do oriente, a 18 de janeiro de 2009, acompanhado pelo tablista raimund engelhardt, que daria igualmente origem a outro cd, Ao vivo no Museu do Oriente. em 2008 foi convidado a integrar o grupo de antónio chaínho, com vista à produção, gravação e divulgação do disco Lisgoa. todo o processo que envolveu a conceção, gravação e concertos deste álbum serviu de tema para a sua tese de mestrado, intitulada Lisgoa: A introdução do Sitar num contexto musical português. desde então colaborou com a bailarina indiana de Khathak, radicada em Portugal, lajja sambhavnath, como sitarista no espetáculo Soil to Soul, e esteve envolvido na criação do espetáculo de sitar e dança Krishna, o Amante Divino, com a bailarina tarikavalli. além do ccB e do museu do oriente, já atuou por várias vezes no festival de músicas do mundo de sines, mas bem como em palcos internacionais, como madrid, Belgrado, na sérvia, e em maribor, na eslovénia.

PEDRO JóIA Pedro jóia nasceu em 1970. iniciou, aos sete anos, estudos de Guitarra clássica na academia dos amadores de música, com o Professor Paulo valente Pereira. no ano de 1985 transferiu-se para o conservatório nacional, onde estudou com o Professor manuel morais e concluiu o curso de Guitarra clássica, em 1990. a partir de 1986 iniciou-se no estudo de Guitarra flamenca, primeiro como autodidata e, posteriormente, através de cursos e de masterclasses em espanha, com os guitarristas Paco Peña e manolo sanlúcar. a relação de aluno com o segundo manteve-se até 1998. de 1990 a 1994 foi professor de Guitarra clássica no conservatório regional de loures. de 1998 a 2003 foi professor de Guitarra clássica na licenciatura em música da Universidade de Évora. a atividade concertista foi iniciada em 1992, apresentando-se como solista ou em formações de duo ou de trio. tem participado em inúmeros festivais de música tais como: festival internacional de música de macau (tendo

>

175

atuado como solista acompanhado pela orquestra chinesa de macau e hong Kong), festival ibero-americano de Guitarra de marrocos, festival de Guitarra de córdova, festival Kammoro em Praga (república checa), festival de Guitarra de Beckrrich (luxemburgo), festival de música de espinho, festival de Guitarra de oeiras, festival de Guitarra de aveiro, festival de música de leiria, tendo atuado também em países como Índia, Brasil, moçambique, angola, cabo verde, costa do marfim, finlândia e holanda. vem exercendo frequentemente atividade de direção musical em projetos diversificados, desde a música, teatro e cinema. tem gravados seis cd em nome próprio: Guadiano (1996); Sueste (1999); Variações Sobre Carlos Paredes (2001, disco de homenagem a carlos Paredes com obras deste compositor); Jacarandá (2003, disco em que colaborou com artistas brasileiros como ney matogrosso, elba ramalho, daniela mercury, Zeca Baleiro, Zélia duncan): À Espera de Armandinho (2007, com transcrições para guitarra clássica de obras para guitarra portuguesa do guitarrista compositor armando augusto freire, conhecido como armandinho). com este último trabalho ganhou o Prémio carlos Paredes de 2008, por unanimidade. lançou em 2015 o disco Pedro Jóia Ao Vivo com a orquestra de câmara meridional, aclamado pela crítica musical.

portugoesas

Por herança cultural e étnica, duas cantoras, uma soprano e uma mezzo, decidiram dar vida à música de Goa. esta antiga colónia portuguesa na Índia possui um repertório de uma riqueza ainda por descobrir, tanto na música tradicional, como na erudita e religiosa. É essa miscigenação bebida das culturas ocidental e oriental, com temas portugueses e indianos, que lhe confere a riqueza e originalidade.

175

da investigação das duas cantoras, verónica milagres da silva e carolina figueiredo, resultou um repertório pontuado pela interpretação de temas tradicionais goeses, transmitidos sobretudo pela tradição oral, como o mandó, o dulpod e o dekni, entre outros. essa busca inclui também temas de cariz religioso e a divulgação de peças eruditas, de autores goeses, como uma missa inédita, em concanim. as PortuGoesas são a soprano verónica milagres da silva e a meio-soprano carolina figueiredo, acompanhadas pelo pianista carlos Garcia. cantoras de formação clássica, trabalham juntas há mais de 15 anos e conheceram-se no âmbito do trabalho que desenvolvem no coro Gulbenkian. É a paixão de manter a continuidade da tradição familiar musical (os seus pais chegaram a tocar juntos em Goa), que as faz reviver e reinterpretar estes temas de um cancioneiro cada vez mais enriquecido pela pesquisa de autores e obras espalhados pela diáspora goesa à volta do mundo. no seu espetáculo, as PortuGoesas interpretam com uma sonoridade única, a sua leitura da música goesa tradicional e erudita, respeitando a essência da raiz. do cancioneiro tradicional de Goa, as PortuGoesas fazem ouvir o mandó, o dekni e o dulpod, onde pontuam temas como Tucá, Kaiboreló, San Francisco Xavierá (Patrono de Goa), Farar Far e o incontornável Adeus. diferente das abordagens de outros grupos que procuram perpetuar a herança do reportório musical originário de Goa, como os ekvat ou Gavana, o trio PortuGoesas, propõe uma “voz” original para um dos cancioneiros menos conhecidos da lusofonia. a par da recuperação e divulgação da música de Goa, as PortuGoesas incluem no seu reportório a música sacra portuguesa e um outro programa onde interpretam temas do cancioneiro português, que inclui fados e canções tradicionais, como Oliveira da Serra, Vou dar de beber à dor, entre outros.

quarteto arabesCo de forma pioneira em Portugal, o quarteto arabesco tem-se revelado um agrupamento versátil e multifacetado. É composto por denys stetsenko e raquel cravino (violino), lúcio studer (violeta) e ana raquel Pinheiro (violoncelo). Procura uma interpretação autêntica do mais variado repertório, tendo disponível um alargado leque de propostas de concerto. em instrumentos da época, dedica-se a interpretações historicamente informadas de música dos períodos barroco e clássico. em instrumentos modernos,

>

177

aborda o mais variado repertório de música portuguesa dos séculos xx e xxi, desde o fado e o jazz à música contemporânea. colabora regularmente com solistas e agrupamentos de destaque. o seu trabalho tem recebido reconhecimento dos mais variados quadrantes. tem-se igualmente apresentado em formações mais alargadas como ensemble arabesco. desde a sua estreia, em 2006, realizou mais de 150 concertos nos principais festivais e salas de Portugal (fundação Gulbenkian, casa da música e ccB, entre outras), assim como na rádio, tendo participado em mais de 30 gravações discográficas. são de destacar, em 2013, um recital na fundação calouste Gulbenkian com uma versão do Requiem de mozart para quarteto de cordas, um ciclo de concertos no Pavilhão de Portugal, Trafaria-Praia, de joana vasconcelos, na Bienal de veneza, itália. em 2014, apresentou-se a convite do instituto camões no Palau de la música catalana, em Barcelona, com Pedro jóia e, em madrid, apresentou a Camarón Suite, em homenagem a camarón de la isla. em maio de 2015 apresentou-se com Pedro jóia no ccB. RABIh ABOu-KhALIL

nascido e criado no ambiente cosmopolita de Beirute, nos anos 1960 e 70, rabih abou-Khalil aprendeu a tocar o oud, o alaúde árabe, aos quatro anos. no mundo árabe este instrumento é tão popular quanto a guitarra ou o piano no ocidente, sendo o instrumento de composição por excelência. a guerra civil do líbano forçou-o

P e d r o j Ó i a

177

a deixar o seu país em 1978 para estudar flauta clássica em munique, onde teve como professor Walther theurer, na academia de música de munique. a sua preocupação analítica com a tradição clássica europeia permitiu-lhe compreender ainda mais profundamente a música árabe e a sua posição teórica, abrindo-lhe os olhos para a possibilidade de poder operar simultaneamente dentro de sistemas musicais divergentes. recusando-se a fazer compromissos artísticos, rabih abou-Khalil decidiu cedo no seu percurso produzir e lançar a sua música por si mesmo. em 1982, abou-Khalil gravou e produziu o seu primeiro álbum, Compositions and Improvisations, seguido de Bitter Harvest e Between Dusk and Dawn, o qual incluiu um naipe de aclamados músicos internacionais. o inesperado sucesso comercial destas produções chamou a atenção das editoras discográficas. abou-Khalil gravou Nafas para a reputada ecm e pouco depois começou a sua longa colaboração com a enja. o premiado Al-Jadida, com a sua capa elaborada e musicalidade intransigente foi o primeiro cd lançado por esta editora. seguiram-se uma série de álbuns inovadores e premiados, como o aventuroso Blue Camel, o mais tradicional Tarab ou Arabian Waltz, gravado com o Balanescu string quartet, perfazendo um total até hoje de mais de 20 cd. comissariado pelo südwestfunk (rádio do sudoeste alemão), abou-Khalil escreveu duas composições para quarteto de cordas no seu estilo rítmico e melodicamente apurado. a interpretação das peças com o Kronos quartet foi o grande destaque do stuttgart jazz summit, em 1992. Para a BBc concert orchestra abou-Khalil compôs obras que estrearam com grande sucesso em londres e chichester. num outro projeto para a cidade alemã de duisburg decidiu colaborar com o ensemble modern, uma das reputadas orquestras de câmara especializadas em música contemporânea. o seu entusiasmo por trabalhos orquestrais manteve-se, tendo trabalhado com orquestras internacionais da alemanha, áustria, macedónia ou estados Unidos. a música visualmente evocativa de abou-Khalil parece predestinada ao cinema. entre muitas bandas sonoras, abou-Khalil compôs a música para o premiado filme Yara, realizado por Yilmaz arslan. em 2009 foi desafiado pelo canal televisivo alemão Zdf e pelo arte a compor música orquestral para o filme mudo alemão Nathan der Weise, de 1922. as exibições deste filme, acompanhadas pela German Youth symphony orchestra, receberam ovações de pé e críticas muito elogiosas, tendo o projeto resultado na produção do cd Trouble in Jerusalem. j e r r Y B a U e r

179179

ShAhID KhAN shahid Khan, nascido e criado em londres, vem de uma família de reconhecidos intérpretes de tabla e de cantores clássicos pertencentes ao sistema de organização social Patiala Gharana, estabelecido no Paquistão. começou a cantar aos três anos e aos dez teve as suas primeiras aulas com Pandit vishwa Prakash e, mais tarde, rauf mehndi. desde os 16 anos que o guru de shahid é Ustad hussain Baksh Gulu, responsável por o levar a dar novos saltos no seu percurso, sendo que uma das suas maiores influências tem sido Ustad nusret fateh ali Khan. É o vencedor da competição asian starsearch e recentemente lançou o seu primeiro cd, Yaaro.

tuNIKO GOuLARt Guitarrista, baixista e violonista, tuniko Goulart é oriundo de uma família de músicos, nascido na cidade de Pelotas, no rio Grande do sul, no Brasil. em 1978, então com 11 anos, tornou-se o primeiro e único menor de idade reconhecido pela omB (ordem dos músicos do Brasil). radicado em Portugal desde 1991, tem colaborado com grandes nomes do panorama musical nacional e além-fronteiras, como produtor, arranjador e instrumentista.

>

soLIstas ADRIAN BRENDEL

adrian Brendel é um dos mais versáteis e originais violoncelistas da sua geração, apresentando-se como solista e músico de câmara nos principais palcos europeus, americanos e japoneses. trabalha frequentemente com artistas como i. cooper, P. lewis, K. armstrong, a. madzar, a. marwood, l. Power ou t. horton e é convidado pelos principais festivais e ensembles mundiais. os dois anos de parceria com o seu pai, afred Brendel, tocando por todo o mundo e gravando, para a Philips, a obra completa de Beethoven para violoncelo e piano, resultaram num tremendo sucesso do público e da crítica especializada, tendo a interpretação da sonata em lá maior de Beethoven sido considerada como recomendação de topo da BBc Building a library Programme. tem trabalhado com m. Kagel, t. ades, j. anderson, K. saariaho e G. Kurtág. a paixão e o interesse pela improvisação e outros géneros musicais levaram a encontros com Patti smith, root 70 e músicos de áfrica, Índia e da europa de leste. orienta frequentemente masterclasses de violoncelo em detmold, darlington e Bremen, e workshops de música de câmara em Prussia cove, Bloomington e no conservatório de Bruxelas, onde deu palestras sobre interpretação e humor na música. assistiu G. takacs-nagy, f. helmerson e alfred Brendel. adrian Brendel estudou no Winchester college, na Universidade de cambridge e com f. helmerson no

181181

conservatório de colónia. outros professores importantes na sua formação foram a. Baillie, m. Perenyi e W. Pleeth. também frequentou masterclasses com o quarteto alban Berg e com G. Kurtág. entre 2002 e 2004, foi membro do lincoln centre chamber music society. É fundador e diretor artístico do festival de Plush, no reino Unido. ADRIANA FERREIRA

a flautista adriana ferreira é solista da orquestra nacional de frança desde 2012. obteve o 1º Prémio, o Prémio da orquestra e o Prémio do jovem júri no concurso internacional de flauta carl nielsen (dinamarca), bem como o 3.º Prémio no concurso internacional de flauta de

Kobe (japão). apresentou-se a solo com a orquestra metropolitana de lisboa, orquestra Gulbenkian, orquestra sinfónica de odense, orquestra de câmara de Kobe e orquestra de câmara do Kremlin, entre outras. o seu primeiro cd – Danse des Sylphes, com a pianista isolda crespi, foi lançado em 2011, pela numérica. foi solista em diversas convenções de flauta e festivais internacionais de música em Portugal, espanha, frança, suíça, inglaterra, alemanha, holanda, dinamarca, finlândia, noruega, rússia e estados Unidos. foi premiada em diversos concursos, obtendo, entre outros, o 1.º Prémio e o Prémio do Público no concurso de interpretação do estoril | Prémio el corte inglés e o 1º Prémio no concurso nacional do jovem flautista em frança. estreou obras de vários compositores, como o concerto para flauta e orquestra, de joaquim dos santos, e [p][k][t] para flautim e eletrónica, de diana soh (ircam), a si dedicados. natural de cabeceiras de Basto, adriana ferreira obteve um Prémio de mérito do ministério da educação e o Prémio dra manuela carvalho pelos seus estudos na escola Profissional artística do vale do ave (artave), na classe de flauta de joaquina mota. ex-bolseira da fundação calouste Gulbenkian, concluiu o mestrado no conservatório nacional superior de música de Paris na classe de sophie cherrier e vincent lucas, tendo ainda estudado durante um ano na escola superior de música hanns eisler de Berlim (erasmus), na classe de Benoît fromanger. Paralelamente, é licenciada em musicologia pela Universidade Paris-sorbonne.

AIDA SIGhARIAN ASL natural de teerão, irão, aida sigharian asl começou a estudar piano aos seis anos de idade. em 2001 foi aceite na classe de piano de m. Baudet no conservatório de amesterdão e, posteriormente, na classe de Willem Brons com quem obteve o seu diploma. frequentou o mestrado no conservatório de Utrecht com Paolo Giacometti e ralph van raat. teve aulas com professores como h. austbo, t. hartsuiker, W. Banfield, n. Grubert. i. Parkany, d. ferschtman, Udo reinemann, rudolf

jansen, Gary hoffman, i. Grubert, toby hoffman, r.Gariud, vitaly margulis, Paul Badura skoda, luís de moura castro e Galina egyazarova. aos 17 anos tocou a solo com a orquestra de teerão. em 2006, venceu o concurso Piano Bienal, em teerão. em 2010 gravou para antena 2 e realizou um concerto aberto transmitido pela mesma rádio. aida sigharian asl apresenta-se regularmente em concerto em Portugal, holanda, irão e inglaterra. das atuações do ano de 2015 destacam-se o recital com o trombonista dawid seidenberg, para o programa televisivo Grande Valsa, o filme-concerto com o mesmo músico incluído no ciclo lotte reiniger, no teatro rivoli, e também o recital a solo com obras de leos janácek na última edição dos dias da música, no ccB. em dezembro de 2015 tocou por três vezes em teerão – um recital e dois concertos com orquestra. atualmente, é pianista acompanhadora no conservatório de música do Porto. ANA PAuLA RuSSO ana Paula russo completou o curso superior de canto do conservatório nacional e o mestrado em canto pela escola superior de música de lisboa. como solista tem atuado em inúmeros concertos de “lied”, ópera e oratória, no país e no estrangeiro, incluindo estreias mundiais. obteve o 1.º prémio de canto nos concursos da juventude musical Portuguesa e olga violante, foi finalista no concurso f. viñas, foi laureada nos

>

183

concursos internacionais de oviedo e “luísa todi”. realizou diversas gravações em cd, destacando-se os autores ibero-americanos. É professora de canto na escola de música do conservatório nacional de lisboa e da academia de música de almada.

ANtóNIO CARRILhO antónio carrilho desenvolve uma intensa carreira enquanto solista num reportório que vai da idade média até aos nossos dias. o seu gosto pelo ecletismo leva-o a conceber projetos pluridisciplinares, envolvendo músicos, atores, bailarinos e apresentações multimédia. foi solista com as orquestras Gulbenkian; sinfónica Portuguesa; orquestra metropolitana de lisboa; orchestrUtopica;

183

den norsk Katedralenensemblet (noruega); sinfonietta de lisboa; divino sospiro; sinfónica da Póvoa de varzim; orquestra Barroca de nagoya (japão); orquestra de cascais e oeiras, concerto Balabile (holanda) e premiado nos concursos internacionais recorder moeck solo competition (inglaterra), assim como recorder solo competiton of haifa (israel). trabalha regularmente com os mais variados agrupamentos de música antiga, contemporânea e world music em Portugal, espanha, holanda, japão, estados Unidos da américa e Bélgica. atua regularmente com la Paix du Parnasse (espanha); com syrinx: xxii (eUa); com ciudate (holanda), em conjunto com o tenor marcel Beekman; mudançÆnsemble; duo Borealis ensemble, com a fortepianista helena marinho; trio dois cravos e uma flauta, com marcos magalhães e marta araújo, e transfiguratiØensemble, com catherine strynckx. É professor adjunto na esart – escola superior de artes aplicadas –, lecionando flauta de bisel e música de câmara. ministra cursos nas Masterclasses internacionais de música antiga de Urbino (itália) e nos cursos internacionais de música antiga de arija, tendo orientado cursos e estágios em países como Portugal, holanda, alemanha, itália, Índia, japão e Brasil. Gravou para a etiqueta encherialis; para a numérica; para a naxus; para a secretaria de estado de cultura do estado do amazonas; dGartes/mPmP, entre outros. dirigiu Dido and Aeneas, de Purcell, La descente d´Órphée aux enfers, de charpentier, La Serva Padrona, de Pergolesi, La Dirindina, de scarlatti, Don Quijotte chez la Duchese, de Boismortier, Venus and Adonis, de john Blow, Arlechinatta, de salieri, cantatas de Bach e telemann.

ANtóNIO ROSADO dele disse a revista francesa Diapason que é um “intérprete que domina o que faz. tem tanto de emoção e de poesia, como de cor e de bom gosto.” antónio rosado tem uma carreira reconhecida nacional e internacionalmente, corolário do seu talento e do gosto pela diversidade, expressos num extenso repertório pianístico que integra obras de compositores tão diferentes como Georges Gershwin, aaron copland, albéniz ou liszt. esta versatilidade permitiu-lhe apresentar, pela primeira vez em Portugal, destacadas obras como as sonatas de enescu ou paráfrases de liszt, sendo também o primeiro pianista português a realizar as integrais dos Prelúdios e estudos de debussy. estudou no conservatório nacional de música de lisboa, partindo aos dezasseis anos para Paris onde foi discípulo de aldo ciccolini no conservatório superior de música e nos cursos de aperfeiçoamento em siena e Biella (itália).

>

185

já tocou inúmeras vezes com orquestras nacionais e internacionais sob a batuta de maestros tão notáveis como: michel Plasson, Georg alexander albrecht, moshe atzmon, franco caracciolo, Pierre dervaux, arthur fagen, léon fleischer, silva Pereira, claudio scimone, david stahl, marc tardue e ronald Zollmanm, entre outros. também na música de câmara tem atuado com prestigiados músicos como aldo ciccolini, maurice Gendron, margarita Zimermann, Gerardo ribeiro ou Paulo Gaio lima. a sua discografia contempla obras marcantes do repertório para piano solo e de música de câmara de enescu, vianna da motta, liszt, schumann, Brahms, mozart, rachmaninov, fernando lopes-Graça, armando josé fernandes e luís de freitas Branco. laureado pela academia internacional maurice ravel e pela academia internacional Perosi, antónio rosado foi ainda distinguido pelo concurso internacional vianna da motta e pelo concurso internacional alfredo casella de nápoles. em 2007 foi distinguido pelo Governo francês com o grau de chevalier des arts et des lettres.

CARLOS SILVA tenor nascido em valera, venezuela. inicia os seus estudos musicais no conservatório superior de música simón Bolívar, na cidade de caracas. obtém o primeiro prémio no concurso de canto lírico “alfredo hollander”. Prossegue a sua formação na áustria, no conservatório da cidade de viena, durante cinco anos. durante a sua estadia em viena participa no festival Wiener festwochen, na celebração dos 200 anos do nascimento de franz schubert, sob a batuta de nikolaus harnoncourt na ópera Alonso und Estrella, no papel de anführer der leibgarde. realiza vários recitais, interpretando obras de j. strauss e f.

185

lèhar. durante anos também teve a oportunidade de atuar em diversos países, tais como frança, Grécia e chipre. viaja até à cidade de caracas em 2001 para interpretar o papel de tamino na Flauta Mágica (W. a. mozart) com a orquestra sinfónica Bolívar, sob a batuta de manuel hernández silva, no teatro teresa carreño. entre as suas atuações destacam-se a gravação de diversas canções venezuelanas para a rádio televisión española com o coro da dita agrupação; a missa em mi maior de f.

schubert, ao lado da orquestra sinfónica de vallés e do coro de câmara de Palau de la música, no Palau de la música de Barcelona; a Messa di Gloria de Puccini, sob a direção de víctor Pablo Pérez e com a orquestra sinfónica da Galiza. carlos silva participou da nona sinfonia de l. v. Beethoven com a orquestra sinfónica das ilhas Baleares. também digno de nota é a estreia de Requiem, de j. García román, nos festivais internacionais de santander (junho de 2006) e Granada (agosto de 2006), com a orquestra nacional de espanha; a celebração do 15.º aniversário da orquestra sinfónica da Galiza com a ópera Das Rheingold, de r. Wagner, interpretando o papel de froh. interpretou ainda o papel de alfredo na ópera La Traviata, de G. verdi, na Ópera de salónica, na Grécia, ao lado da soprano fiorella Burato e do barítono Yanis Yanissis. também a destacar o concerto realizado para numen foundation, no auditório nacional em madrid, e interpretações recentes de vários papéis, nomeadamente: Pollione (Norma, de vincenzo Bellini); manrico (de Il Trovatore); riccardo (de Un ballo in maschera, de Giuseppe verdi); turiddu (de Cavalleria Rusticana, de mascagni) e don jose (da ópera Carmen, de Bizet).

CÁtIA MORESO deu início aos seus estudos musicais no ano de 1996, na classe de guitarra clássica no conservatório de música d. dinis, em odivelas. dois anos depois iniciou técnica vocal com a professora margarida marecos até 2001, prosseguindo os seus estudos com a professora isabel Biú. no ano de 2002, ingressou no conservatório nacional de música de lisboa, na classe de canto

>

al

va

ro

he

rn

an

de

Z

187

da professora larissa savchenko e, no ano letivo de 2006/2007, na classe de canto da professora filomena amaro. fez diversas masterclasses com mercè obiol, vianey da cruz, margarida marecos, elisabete matos, mara Zampieri, tom Krause, susan mcculloch, dame Kiri te Kanawa, Paul Kiesgen, malcolm martineau, sarah Walker, Graham johnson, Yvonne minton, loh sien-tuan, entre outros. como solista participou no Gloria e Magnificat de vivaldi, no Stabat Mater, Magnificat de Pergolesi, Magnificat de Bach, na estreia mundial de Cícero Dixit de christopher Bochmann e nas Aventures de ligeti. fez os papéis de pajem em Salomé, de strauss, na temporada lírica de 2008/2009, e de eva, em Comedy on the Bridge, projeto do estúdio de ópera do teatro nacional de são carlos. vencedora do 2.º lugar no 1.º concurso de canto lírico da fundação rotária Portuguesa e do Prémio Bocage no concurso nacional luisa todi em 2007 e do 1.º lugar no 2.º concurso de canto lírico da fundação rotária Portuguesa em 2008. licenciada em 2005 em design de interiores pelo iade, e, em 2009, em canto na classe de susan Waters pela Guidhall school of music and drama.

COREY CEROVSEK considerado um dos maiores violinistas da atualidade, corey cerovsek nasceu em vancouver, canadá, e começou a tocar violino com cinco anos. Graduou-se aos 12 anos, na Universidade de toronto, com medalha de ouro e as mais altas classificações. nesse mesmo ano, foi aceite como aluno pelo lendário josef Gingold na Universidade de indiana, onde se graduou aos 15 anos, em matemática e em música, fez os mestrados em ambas as áreas aos 16 e concluiu os doutoramentos com apenas 18 anos. Paralelamente, estudou piano com enrica cavallo,

187

apresentando-se frequentemente em concerto tocando ambos os instrumentos. como solista, tem-se apresentado com maestros como Zubin mehta, charles dutoit, michael tilson thomas, neeme järvi, andrew litton, Yoel levi, e jesús lópez-cobos, e com orquestras como as de Boston, filadélfia, são francisco, detroit, cleveland, st. louis, atlanta, Baltimore, montreal, vancouver e toronto, filarmónicas de israel e de hong Kong, residentie orkest de haia, as sinfónica de Praga, Berlim, irlanda, sydney, melbourne e Bournemouth, orquestra de câmara de viena, etc. realizou digressões na austrália, canadá, dinamarca, japão, china, áustria, holanda, Brasil e espanha. em recital, cerovsek tem atuado por todo o mundo, nas principais salas de concerto e festivais. os seus cd têm recebido as melhores críticas e distinções, incluindo o Prémio midem para a melhor gravação de música de câmara e uma nomeação para os Grammy awards. corey cerovsek toca no lendário “milanollo” stradivarius de 1728, um violino que foi tocado, entre outros, por christian ferras, Giovanni Battista viotti e nicollò Paganini. CRIStIANA OLIVEIRA natural de Braga, é licenciada em canto pela escola superior de música e artes do espetáculo do Porto. integrou o estúdio de Ópera de nova iorque onde interpretou o papel de Yaroslavna na ópera Prince Igor, de Borodin sob a direção de nico castel. apresentou-se em vários recitais de lieder em Portugal, espanha, itália e estados Unidos da américa, destacando-se neste campo com a interpretação das quatro últimas canções de richard strauss. estreou o ciclo “quatro canções para inês” de antónio chagas rosa. em oratória foi solista no Requiem de mozart, oratória de natal de saint-saens, Requiem de Bomtempo, Requiem de verdi, Stabat mater de dvorák e Stabat Mater de rossini e Requiem de dvorák. em ópera interpretou violetta valery, em La Traviata, de verdi no festival de música de sant Pere sallavinera, em Barcelona,

>

j B m i l l o t

^ ^

189189

no coliseu do Porto e na north ireland opera; marie em La Fille du Regiment de donizetti, no teatro nacional de são carlos; madame cortese, em Il Viaggio a Reims, de rossini, no teatro nacional de são carlos; micaela em Carmen de Bizet no coliseu do Porto; sophie, em Werther, no teatro nacional de são carlos; Gilda, em Rigoletto, de verdi, no coliseu do Porto e na aula magna em lisboa. vencedora de vários prémios, entre eles o 1.º Prémio no xiv concurso internacional de interpretação do estoril e o prémio especial “concerto a milano” no concurso internacional de canto maria malibran em milão. ChRIStINA MARGOttO detentora de vários prémios em concursos no Brasil, concluiu o bacharelato em são Paulo, na faculdade santa marcelina, e a licenciatura na escola superior das artes e do espetáculo do Porto. entre outros, tem realizado concertos no Brasil, estados Unidos, Portugal, espanha, inglaterra, itália, alemanha, frança e Bélgica, participado como membro de júri em diversos concursos de música e gravado em cd obras de autores portugueses. com o

violoncelista jed Barahal mantém um duo há 20 anos e é responsável pela 1.ª audição de várias obras para violoncelo e piano em Portugal. É professora do quadro do conservatório de música do Porto.

DANIEL CuNhA natural do Porto, obteve em 2011, com distinção, o grau de doutor em artes musicais com especialização em piano pela Universidade do Kansas (eUa), onde trabalhou com sequeira costa e onde já obtivera antes, em 2006, o grau de mestre em música. recebeu de sequeira costa (aluno de vianna da motta, mark hamburg, edwin fischer, marguerite long e jacques février) os mais valiosos conhecimentos pianísticos na tradição da era dourada do piano. iniciou os estudos de piano aos 4 anos na associação Gambozinos, prosseguindo-os posteriormente com norma silvestre. concluiu o curso complementar de Piano, em 2000, no conservatório regional de Gaia, na classe do Prof. luís filipe sá, com 20 valores, e em 2004 a licenciatura em Piano na esmae, na classe do mesmo professor, com as mais elevadas classificações. tendo recebido vários prémios, quando muito jovem, em vários concursos nacionais, foi premiado na xvi edição do concurso internacional de Piano vianna da motta. tem-se apresentado em público com regularidade, em salas e festivais de reconhecida relevância cultural, em Portugal, nos eUa e pela europa, em recitais a solo, música de câmara, e com orquestra, muitos deles radiodifundidos no nosso país e no estrangeiro. apresentou-se recentemente a solo no teatro helena sá e costa, onde interpretou a suite Goyescas, de enrique Granados, num recital incluído no programa Euroclassical. nos meses de fevereiro e março do mesmo ano esteve nos estados Unidos em digressão com o pianista grego evangelos spanos, com o programa a dois pianos From Fado to Tango – A Musical Journey from the Iberian Peninsula to South America. tocaram no festival encuentro colombiano (Universidade da califórnia – riverside) e no lied center of Kansas. esta digressão veio em seguimento de outra

>

191191

efetuada em 2014 no mesmo país. além dos concertos a dois pianos foi entrevistado e tocou um recital a solo em direto para o Kansas Public radio, dando também uma masterclass na Universidade do Kansas. mais recentemente, em setembro de 2015, apresentou-se com a cantora ana Barros no festival Gaia World music, no auditório municipal de Gaia, com o projeto Severa – O fado de um fado, repetindo o concerto em outubro e novembro no museu da música Portuguesa (lisboa) e na igreja da misericórdia de tavira, sendo este último concerto inserido no 9.º colóquio interdisciplinar sobre Provérbios. tem orientado masterclasses de piano tanto em Portugal como nos estados Unidos. já foi professor de mestrado no instituto Piaget, em viseu. atualmente é professor de piano na academia de música de espinho e na escola de música Guilhermina suggia. alguns dos seus alunos têm sido premiados em concursos nacionais e internacionais. ELDAR NEBOLSIN descrito pela Gramophone Magazine como “um virtuoso de força e poesia”, eldar nebolsin é considerado um dos músicos mais versáteis e interessantes da sua geração. antigo estudante do reconhecido pianista e professor russo dmitri Bashkirov, atualmente eldar grava para a editora naxos. o seu álbum de estreia, com os Prelúdios op. 23 e 32 de rachmaninov, foi descrito pela ClassicsToday como “uma incursão excecional pela música de rachmaninovk”, enquanto o seu segundo álbum, lançado no ano seguinte, com os

concertos para piano n.º 1 e n.º 2 e a peça Totentanz, de liszt, gravado com a liverpool Philharmonic e vasily Petrenko, manteve-se no topo da lista de vendas digitais da naxos durante seis meses consecutivos. entre os mais importantes concertos de eldar nebolsin nos últimos anos estão os concertos com a royal liverpool Philharmonic orchestra, sob a batuta de vasily Petrenko e de alexander shelley, uma noite em lisboa dedicada a liszt, com jaime martín, o concerto com a helsinki Philharmonic,

sob a direção de ralf Gothoni, atuações com janine jansen e amigos, em Utrecht, a atuação nos spectrum concerts na Philharmonie, em Berlim, uma digressão pelos eUa e canadá com maxim rysanov (viola), o concerto com a mdr symphony orchestra e jun markl no Gewandhaus leipzig e uma digressão por espanha ao lado da real orquestra filarmónica de sevilha. eldar tem ainda atuado regularmente com a royal Philharmonic orchestra, em londres, tendo recentemente partilhado o palco com josep caballé-domenech. no campo da música de câmara, eldar colabora com alguns dos músicos mais reconhecidos a nível mundial, nomeadamente julian rachlin, maxim rysanov, alexey ogrintchouk, ilya Grintgolts ou Gustav rivinius. entre alguns dos seus compromissos recentes estão atuações com o leipziger streichquartett, Barnabas Kelemen, miklos Perennyi, alexander melnikov e Wolfgang emmanuel schmidt. de lembrar que em 2005 eldar nebolsin foi premiado com o Prémio sviatoslav richter, na primeira edição da competição internacional de Piano de moscovo, onde recebeu ainda a distinção especial pela melhor performance de concerto clássico. os primeiros concertos de eldar levaram-no a partilhar o palco com algumas das mais célebres orquestra mundiais – new York Philharmonic orchestra, chicago symphony orchestra, deutsches symphonie orchester, vienna chamber orchestra, orchestre de Paris, orquestra Gulbenkian, orchestra di santa cecilia, em roma, tokyo metropolitan orchestra, sydney symphony orchestra, sankt Petersburg Philharmonic orchestra e moscow Philharmonic orchestra, com maestros reputados como mstislav rostropovich, ricardo chally, Yuri temirkanov, leonard slatkin, charles dutoit, vladimir ashkenazy, vasili Petrenko, nikolaj

>

Kir

ill

Ba

sh

Kir

ov

193

alexeev, vladimir spivakov ou lawrence foster, entre outros. desde 2012 que eldar é professor na hanns eisler musik hochschule, em Berlim, onde vive atualmente. FABIO ACCuRSO fabio accurso aprendeu a tocar alaúde no conservatório de

verona, onde se licenciou. desde há muito tempo que toca com vários ensembles de música antiga, entre os quais: accordone, janas, al qantarah, sarband e dramsam. a sua atividade enquanto concertista levou-o a viajar por toda a europa, eUa, japão e austrália. já atuou em diversos festivais internacionais, como por exemplo accademia chigiana, istanbul festival, tokyo summer festival, flanders festival, Utrecht early music festival, resonanzen, tage alter musik regensburg ou festival de sablé. também participu em várias gravações de alguns dos grupos já mencionados. como solista gravou as obras integrais do alaudista do renascimento italiano hyerolamo ferrutio e ainda as peças integrais de domenico Bianchini.

FERNANDO GuIMARãES licenciado em canto pela escola das artes da UcP-Porto na classe de antónio salgado, o tenor português fernando Guimarães foi galardoado com o Prémio jovens músicos 2007 da rdP e com o 2.º Prémio no concurso luísa todi. como vencedor do concurso internacional de canto “l’orfeo” em verona, cantou o papel principal desta ópera de monteverdi em mantova, Berlim e Budapeste. obteve ainda o 3.º prémio do concurso internacional “Pietro antonio cesti” de ópera barroca, em innsbruck. É convidado habitual de l’arpeggiata, Pygmalion, les muffatti, al ayre español, orquesta Barroca

193

de sevilla, cappella mediterranea e clematis, apresentando-se regularmente como solista nas melhores salas e festivais europeus. Gravou para as editoras virgin, ricercar, ramée, naxos e ambronay editions. em Portugal, é presença assídua na Gulbenkian e no ccB, e trabalha frequentemente com as principais orquestras e grupos de música antiga: os músicos do tejo, divino sospiro e ludovice ensemble. êxitos recentes incluem as estreias na

Philharmonie de Berlim com a freiburger Barockorchester, no queen elizabeth hall de londres com a orchestra of the age of enlightenment, como teseo (Elena de Cavalli) no festival d’aix-en-Provence, alidoro (L’Orontea de antonio cesti) no festival de innsbruck, fenton (Falstaff) na Gulbenkian, o papel principal de Il Ritorno d’Ulisse in Patria de monteverdi com a Boston Baroque, e o papel principal de La Descente d’Orphée aux Enfers com Les Arts Florissants na Ópera de versailles e cité de la musique. JED BARAhAL

concertista com mais de 25 anos de carreira, jed Barahal é mestre em música pela Universidade de Yale e licenciado pela juilliard school, em nova iorque. nas suas atuações em Portugal, estados Unidos, Brasil e outros países, registam-se dezenas de concertos a solo com orquestra, recitais com piano, a solo e de música de câmara. foi violoncelo solo da

orquestra sinfónica do estado de são Paulo, orquestra do capitólio de toulouse e da régie sinfonia do Porto. tem igualmente gravado obras em cd e participado como

fe

rn

an

do

GU

ima

es

>

195

elemento de júri em concursos de música. É professor adjunto da escola superior de música, artes e espetáculo do instituto Politécnico do Porto. JOSÉ StANECK apelidado de “david oïstrakh da harmónica” pelo crítico francês oliver Bellamy, e comparado aos músicos andrés segovia e mstislav rostropovich pelo seu trabalho no desenvolvimento e divulgação do seu instrumento pelo crítico luiz Paulo horta, josé staneck tem um estilo próprio onde elementos tanto da música de concerto quanto da música popular brasileira e do jazz se fundem ao serviço de uma sonoridade e expressividade marcantes. É mestre em música pela Universidade federal do estado do rio de janeiro – Unirio. foi diretor, durante 15 anos, da musiarte, onde desenvolveu um importante trabalho na área do ensino, e atualmente viabiliza um trabalho social de inclusão cultural, atendendo a comunidades carentes e projetos sociais, levando o ensino de música através da harmónica para crianças em diversos locais do Brasil. atua com diferentes formações camerísticas, e como solista tem participado nos mais importantes festivais de música do Brasil, em concertos com orquestra sinfónica, de cordas e de câmara.

195

JOSEP COLOM josep colom nasceu em Barcelona, em 1947. a música sempre foi muito importante no seu quotidiano e no seio da sua família, o que não era comum nesta época em espanha. o facto de os seus pais não serem músicos de profissão mas, desde cedo, o terem apoiado incondicionalmente a nível emocional e económico, permitiu-lhe dedicar-se a este ofício durante toda a sua vida.

durante a sua juventude ganhou diversos concursos, alguns deles internacionais, como o de jaén, em 1977, e o de santander, em 1978, que o ajudaram a ganhar reconhecimento em espanha. mais tarde, foi distinguido pelo ministério da cultura de espanha com o Prémio nacional de música. nos anos 1980 a sua atividade pública ganhou maior exposição e atualmente toca com praticamente todas as orquestras espanholas e alguns dos mais importantes maestros, além de fazer recitais e participar em concertos de música de câmara nos principais festivais e auditórios. fora de espanha mantém também bastante atividade, particularmente em frança, onde viveu durante vários anos na década de 1970, tendo estudado na École normale de musique, fundada por alfred cortot, e onde gravou a maior parte da sua discografia para a editora mandala, com música de compositores como Brahms, franck, Blasco de nebra, mompou ou falla. recentemente a rtve editou um dvd com o terceiro concerto de Prokofiev e um cd com obras de chopin, debussy e ravel, onde constam as interpretações de josep colom. as edições fazem parte da série Grandes Pianista Españoles. muitos músicos têm influenciado, e continuam a influenciar, a sua evolução musical. entre alguns dos nomes que mais o marcaram no início do seu percurso enquanto compositor, joan Guinjoán foi o que mais o influenciou na forma de abordar a música e execução pianística com uma abordagem racional e estruturada.

>

197

a pedagogia tornou-se algo muito valioso no seu percurso e, graças ao contacto com músicos mais jovens, tem renovado o seu entusiasmo e redescoberto grandes repertórios. É, desde a sua fundação, professor na Universidade de alcalá de henares, além de já ter colaborado com o conservatório superior de saragoça. em setembro de 2012 iniciou uma nova etapa pedagógica no conservatori superior del liceu, em Barcelona. KAROLINA GuMOS

a meio-soprano Karolina Gumos nasceu na Polónia e realizou a sua formação musical em Poznan e em Berlim com anneliese fried, além de masterclasses com fedora Barbieri e helena lzarska. no ano 2000 obteve o prémio para a melhor interpretação mozartiana no concurso internacional “ada sari”. como solista das óperas de dortmund e Braunschweig destacou-se nos papéis

de Zerlina (Don Giovanni), fenena (Nabucco), cherubino (Figaro), olga (Eugen Onegin), dorabella (Cosi fan tutte), nicklausse / la muse (Contes d’ Hoffmann), ottavia (L’incronazione di Poppea) e sextus (La Clemenza di Tito). obteve grandes êxitos na semperoper de dresden, teatro maestranza de sevilha, staatsoper de hamburgo e Ópera Beseto de seul, para além de ter realizado digressões na Polónia, itália, espanha, suíça, letónia, Bélgica, noruega e china e aparições em festivais tão importantes como a edimburgo, ruhrtiennale, münchener opernfestspielen, händel-festspielen, Kammeroper schloss rheinsberg e festival lutoslawski de varsóvia. trabalhou com artistas como Willy decker, stefan herheim, heiner Goebbels, hans neuenfels, Barrie Kosky, marco arturo marelli, Beverly Blankenship e sebastian Baumgarten. É desde 2006/2007 solista do ensemble da Komische oper de Berlim, onde tem interpretado personagens como oktavian (Der Rosenkavalier), idamante (Idomeneo), Princesa estrangeira (Rusalka), arsamenes (Xerxes), donna elvira (Don Giovanni), rosina (Il Barbiere di Siviglia), Prince charmant (Cendrillon) e carmen (Carmen).

Ka

ro

lin

a G

Um

os

197

LEONARDO MASSA nascido em nápoles, em 1972, leonardo massa especializou-se no estudo e prática do violoncelo barroco e clássico, tendo integrado diversos ensembles de música de câmara. também se dedicou à pesquisa e aperfeiçoamento de instrumentos antigos de cordas pinçadas, tendo com este trabalho recebido reconhecimento muito significativo no âmbito institucional. leonardo massa ganhou competições nacionais e internacionais e tem participado em vários festivais na itália e no estrangeiro. além disso, regularmente faz parte de vários ensembles com o seu violoncelo e o alaúde barroco, não esquecendo, ainda assim, a sua paixão pelo violoncelo clássico. tem realizado concertos para as instituições e teatros de grande prestígio, como o teatro san carlo de nápoles. É diretor artístico da accademia mandolinistica napoletana e professor de violoncelo no i.c. “socrate-mallardo” e no centro studi mousikè di Gragnano, ambos em nápoles. Professor de musicoterapia, há muito que se tem empenhado no diálogo social e cultural, desenvolvendo a sua atividade como formador de professores na mesma especialidade em scampia, nápoles. LOuIS LORtIE o brilhante pianista franco-canadiano louis lortie tem estendido a sua voz interpretativa a um vasto repertório em vez de optar por se especializar num só estilo. o London Times escreveu que o artista “combina a total espontaneidade com uma maturidade ponderada, o que só os grandes pianistas têm”. recentemente atuou com a chicago symphony, a sydney symphony, osesP/são Paulo, a royal Philharmonic, andou em

>

199199

digressão com a leipzig Gewanhaus, a la scala orchestra e a Beethoven orchester Bonn. lortie já atuou com alguns dos maiores maestros mundiais, incluindo riccardo chailly, jaap van Zweden, Kurt masur, seiji ozawa, charles dutoit, neeme järvi, sir andrew davis, emmanuel Krivine, sir mark elder, andres orozco-estrada e osmo vänskä. já fez mais de 45 gravações para a editora chandos, interpretando repertório que vai de mozart a stravinsky, incluindo as sonatas completas de Beethoven ou os Anos de Peregrinação de liszt, que foi considerado um dos melhores discos de 2012 pela revista New Yorker. a sua gravação do concerto para piano de lutosławski, com edward Gardner e a BBc symphony, foi bastante aclamada, bem como a recente gravação de chopin, que foi eleito um dos melhores discos do ano pelo New York Times. tem ainda planeado gravar a peça Africa, de saint-saens, as obras completas para dois pianos de rachmaninov, com helene mercier, as obras para piano e orquestra de Poulenc, com a BBc Philharmonic, as obras para piano de fauré e as peças para piano de scriabin. Para a editora onyx, gravou dois aclamados cd com o violinista augustin dumay. louis lortie estudou em montreal, com Yvonne hubert (pupila do lendário alfred cortot), em viena, com dieter Weber, um especialista em Beethoven, e subsequentemente, com leon fleisher, discípulo de

schnabel. em 1984, venceu o primeiro prémio da competição Busoni, tendo ainda sido distinguido na competição de leeds. desde 1997 que vive em Berlim, tendo também residências no canadá e em itália.

LuÍS ARRIGO luís arrigo nasceu em rio claro, são Paulo, no Brasil. começou o seu percurso musical aos 12 anos como baterista nas escolas de samba samuca e Grasifis voz do morro. ingressou no conservatório dramático e musical dr. carlos de campos de tatui, em são Paulo, onde estudou percussão com os Professores marcos caldana, eduardo Gianesela e rui carvalho. em 1996 ingressou no curso superior da Universidade estadual Paulista, na classe dos Professores john Boudler e eduardo Gianesela, onde integrou o Grupo PiaP de Percussão. trabalhou em várias orquestras do Brasil e Portugal. É membro do duo sonâncias com a pianista cristiane Blóes, com quem venceu o terceiro prémio no x concurso eldorado de música. de 2002 a 2004 foi bolseiro da fundação vitae, estudando com o Professor miguel Bernat na escola superior de música e das artes do espetáculo, no Porto, onde concluiu a licenciatura. Possui o grau de mestre pela Universidade de aveiro. desde abril de 2003 é membro do grupo drumming, com direção de miguel Bernat, e percussionista do quarteto vintage. desde 2007 ministra o workshop de percussão nos serviços educativos da casa da música. atualmente é professor da academia de música de vilar do Paraíso. LuÍSA tENDER luísa tender nasceu no Porto, em 1977. nesta cidade estudou com anne-marie mennet (conservatório do Porto), Pedro Burmester (escola superior de música do Porto, cujo curso concluiu com a máxima classificação) e helena sá e costa.

>

201201

entre 1997 e 2000 estudou com vitalij margulis em los angeles; continuou os seus estudos com irina Zariskaya, no royal college of music, em londres, onde obteve o grau de master of music em Performance studies. Posteriormente, obteve o diplôme supérieur d’exécution na École normale de musique de Paris. em 2011, obteve, em Portugal, o título de especialista em Performance de Piano. foi durante dois anos letivos professora convidada de Piano e música de câmara na escola superior de música e das artes do espetáculo do Porto. atualmente, é professora-adjunta na escola superior de artes aplicadas de castelo Branco, onde leciona as disciplinas de Piano e música de câmara, e onde é responsável pela disciplina de análise musical. nesta instituição é também docente e membro da comissão científica do mestrado em ensino de música. o seu primeiro cd (Bach and Forward), gravado em 2008, nos royal college of music studios, foi uma das escolhas do mês do abril de 2009 da prestigiada revista britânica Classical Music. o seu segundo trabalho discográfico, um cd duplo com obras portuguesas para violoncelo e piano, foi lançado pela editora alemã dreyer & Gaido (Berlim) e recebeu os melhores elogios da crítica (Fanfare, Strings Magazine, Das Orchester). luísa tender foi bolseira da fundação calouste Gulbenkian e do royal college of music. É atualmente doutoranda em ciências musicais na faculdade de ciências sociais e humanas da Universidade nova de lisboa e membro do cesem/centro de estudos de sociologia e estética musical da Universidade nova de lisboa. realiza regularmente concertos e recitais em Portugal e no estrangeiro. MARCO BEASLEY marco Beasley nasceu em Portici, próximo de nápoles, em 1957. durante os seus estudos musicais na Universidade de Bolonha aprofundou o seu conhecimento de dois eixos

estilísticos do final do renascimento – recitar cantando e a polifonia secular. começou então uma carreira concertística ativa que rapidamente o levou às mais prestigiadas salas, do mozarteum, em salzburgo, ao concertgebouw, em amesterdão, passando pela accademia di santa cecilia, em roma, ou pelo lincoln center, em nova iorque. como cantor, ator e escritor, marco Beasley abraça o espírito despreocupado de nápoles, a “joie de vivre” de fazer

música, e o desejo de confrontar o mundo da poesia e da literatura. a sua pesquisa pessoal em torno da produção vocal e da inteligibilidade dos textos cantados garantiu-lhe muitos elogios por parte de um público cada vez maior. em 2009 a holandesa vscd – vereniging van schouwburg – en concertgebouwdirecties (associação do teatro e das salas de concerto) nomeou-o para melhor intérprete do ano. marco Beasley tem uma ampla e variada discografia. a maioria das gravações foram feitas com o ensemble accordone, o qual ele fundou juntamente com Guido morini e stefano rocco, em 1984. em 2013 lançou o cd Il Racconto di Mezzanotte, no qual o canto é mais do que nunca o som de uma narraçao, um conto íntimo e contemplativo guiado inteiramente por uma só voz. Um ano depois decidiu abandonar os accordone de forma a aventurar-se num caminho mais pessoal e indepedente do ensemble.

NASIM SAAD nasim saad graduou-se no conservatório de música e na Universidade de teerão. obteve uma bolsa para jovens artistas do governo italiano para continuar os seus estudos no conservatório santa cecilia, em roma, onde se graduou com as mais altas distinções. algumas das suas maiores influências sugiram após os estudos

>

203203

com thomas demenga, na Basle music academy, na suíça. já deu vários concertos de música de câmara e a solo na europa e regularmente anda em digressão com diversas orquestras, incluindo a West-eastern divan orchestra de daniel Barenbouim e a orchestra del teatro alla scala. nasim saad integra ainda o projeto musicians for human rights, atuando com solistas desta formação. NEGAR KhARKAN

negar Kharkan é uma virtuosa do kamancheh (instrumento tradicional de cordas), compositora e autora. o seu trabalho é reconhecido no irão e na diáspora como uma das mais talentosas instrumentistas de música clássica persa da sua geração e por ser a única artista no irão a ter trabalhado com os mais aclamados maestros e ensembles de música clássica persa, nomeadamente os

maestros m. r. shajarian, ardeshir Kamkar, sh. nazeri e hossein alizadeh. negar Kharkan já atuou nalgumas das salas de concertos mais prestigiadas do globo e levou a cabo várias digressões mundiais. em 2015 lançou o álbum Sayeh ha, pela noufe recordings, enquanto que o livro An Analysis of the Teaching of Ali Akbar Shekarchi’s Preliminary Methodology of Kamanche será publicado pela Pishahang. entre as suas atuações mais marcantes estão concerto com o shahnaz ensemble, molavi ensemble, shams ensemble ou hamavayan ensemble. em janeiro deste ano lançou o seu último álbum, intitulado That Bewitching Black.

PAVEL GOMZIAKOV descoberto por maria joão Pires, Pavel Gomziakov gravou com a pianista, para a deutsche Grammophon, uma obra de chopin. juntos deram inúmeros concertos nalgumas das mais importantes salas de espetáculo do mundo. em abril de 2010 teve a sua estreia nos estados Unidos, com a orquestra sinfónica de chicago, tendo sido uma vez mais convidado para atuar com a orquestra em junho de 2012. além de Portugal, Pavel Gomziakov atua em países como inglaterra, frança, itália, holanda, Brasil, canadá, estados Unidos da américa, japão ou rússia. os seus mais recentes compromissos incluem concertos com a

orquestra de câmara finlandesa, sob a direção do maestro jukka-Pekka saraste, com a orquestra nacional de toulouse, sob direção do maestro tugan sokhiev, com a orquestra nacional russa, com a orquestra sinfónica de seattle, com a orquestra Gulbenkian, com a südwestdeutsche Philharmonie Konstanz ou com a filarmónica nacional da rússia. também já atuou no festival White nights, em são Petersburgo, convidado por v. Gergiev, nos festivais internacionais de música de Póvoa do varzim e de colmar, no centro cultural de Belém, em lisboa, e no concertgebouw, em amesterdão. o seu próximo disco será dedicado a haydn e será lançado este ano pela onyx.

ROSA MARIA BARRANtES a pianista luso-peruana rosa maria Barrantes nasceu em lima, Peru, onde iniciou os estudos de piano e, desde muito cedo, se apresentou em diversas salas de concerto. estudou no conservatório tchaikovsky de moscovo, sob a orientação da professora natalia troull, tendo concluído com as mais altas classificações o doutoramento em

Performance musical – Piano. em moscovo, estudou ainda música de câmara com alexander Bakhchiev.

f e l i x B r o e d e

le

on

el

de

ca

st

ro

>

205205

anteriormente, graduou-se na Pontifícia Universidade católica do chile, concluindo com distinção a licenciatura em música – Piano, na classe de maria iris radrigán. como solista ou integrada em agrupamentos de música de câmara, tem atuado em vários países europeus e americanos, participando frequentemente em festivais internacionais de música e colaborando com músicos como filipe Pinto-ribeiro, anna samuil, marcelo nisinman, ramón ortega quero, tatiana samouil, natalia tchitch, Yuri Kissin, lara martins, tiago Pinto-ribeiro, justus Grimm, Zlata rubinova, chen halevi, entre outros. colabora frequentemente com o dsch – schostakovich ensemble e tocou recentemente como solista com a orquestra camerata romeo, em cuba. Gravou um cd em duo com filipe Pinto-ribeiro, interpretando obras de Gabriel fauré, eric satie, claude debussy, francis Poulenc e maurice ravel (numérica 1119), obtendo excelentes criticas. rosa maria Barrantes foi Professora de Piano e música de câmara na licenciatura em música do instituto Piaget, em almada. foi ainda pianista acompanhadora na Universidade das artes, em Berlim, e na escola superior de música de lisboa. atualmente é docente de Piano e música de câmara no conservatório metropolitano e na escola Profissional metropolitana, em lisboa.

StEFANO ROCCO stefano rocco aprendeu a tocar alaúde renascentista no conservatório de verona, e obteve uma licenciatura em musicologia na Universidade de Bolonha. já atuou nos principais festivais de música antiga, trabalhando com vários ensembles (accordone, Barocchisti di lugano, trio com marco Beasley e fabio accurso, oberon, orchestra Barocca di Bologna, accademia degli astrusi, entre muitos

outros). o músico também participou em diversas gravações discográficas, para rádio e televisão, nomeadamente para o arte, BBc, radio della svizzera italiana, orf (radio Österreich), deutschlandfunk, esPace 2 (suisse romande), rai, sky classica, alpha, sony classica, oPUs 111, arcana, emi/virgin, cypres, tactus, Bongiovanni.

tAtIANA SAMOuIL

a violinista russo-belga tatiana samouil nasceu em são Petersburgo, no seio de uma família de músicos. desde muito cedo começou a aprender a tocar paino, com a sua mãe, e aos seis anos começou a aprender violino, que se tornou a sua paixão. com nove anos tatiana já tinha dado o seu primeiro recital e feito a sua estreia com a orquestra sinfónica, tocando o concerto para violino de haydn, sob a batuta do seu pai, o maestro alexandru samouil. a partir dos 14 anos, tatiana passa a viver em moscovo, onde estuda com o professor fatkulin e, mais tarde, com a professora maia Glezarova, no conservatório de moscovo. depois de integrar o programa “novos nomes”, dedicado a excecionais jovens talentos, tatiana samouil começa a andar em digressão pela rússia, tendo também tocado no vaticano, para o Papa joão Paulo ii, bem como na sede da Unesco, em Génova, e na alemanha e frança. depois de obter o diploma de solista no conservatório de moscovo, tatiana torna-se uma estudante do professor igor oistrakh, no conservatório de Bruxelas. sob a sua orientação ganha prémios em sete competições internacionais, abrindo-se-lhe assim as portas dos palcos internacionais, dos maestros e das orquestras. atualmente, tatiana é uma aclamada solista e pedagoga, estabelecida em Bruxelas, dando aulas no queen elisabeth

>

207207

music college e no conservatório real da antuérpia. sendo uma apaixonada pela música de câmara, tatiana é, desde 2008, membro fundador e primeiro violino do malibran string quartet. mantendo ainda uma ligação intensa com a rússia, tatiana samouil é uma das professoras do Programa educacional Yuri Bashmet, que organiza uma série de masterclasses em 15 cidades da rússia, destinados a crianças talentosas. este trabalho resultou na atuação da violinista na cerimónia de encerramento dos jogos olímpicos de sochi, com Yuri Bashmet, acompanhada pela all russian Youth orchestra. Graças a um mecenas anónimo, tatiana toca um violino antonio stradivari, que pertenceu ao lendário fritz Kreisler. VItO DE LORENZI

vito de lorenzi foi professor de percussão na escola de música Popular do conservatório tito schipa, em lecce, itália. já colaborou com artistas reconhecidos internacionalmente, nomeadamente teresa de sio, matteo salvatore, raiz, Giovanni sollima ou rolf liislevand. além disso, já trabalhou em projetos como a Pizzica Sinfonica, do maestro Piero milesi, e Arteteka, do maestro ivan fedele. também já trabalhou com a orchestra ico della magna Grecia, de lecce, a orquestra rai, de turim, a orchestra di santa cecilia, em roma, com o ensemble notte della taranta, e com os agrupamentos de música antiga la confraternita de’ musici e accordone. o percussionista italiano colaborou com o professor Gianfranco salvatore, bem como com vários etnomusicólogos da Universidade de lecce, ensinando sobre a percussão da região do mediterrâneo. além disso, vito de lorenzi estudou tabla com o maestro federico sanesi e participou em vários seminários do maestro Pandit sankha chatterjee.

n i c o s U m m a

YOuNG-ChOON PARK a pianista sul-coreana Young-choo Park começou a estudar piano aos quatro anos e deu o seu primeiro recital quando tinha sete. aos nove anos interpretou o concerto para piano n.º 1 de Beethoven com a orquestra sinfónica de seul. anda constantemente em digressão, dando mais de 50 concertos por ano entre a europa, escandinávia, áfrica do sul e estados Unidos. já atuou nalgumas das maiores salas de espetáculo, nomeadamente a Birmingham symphony hall, st. david’s hall, em cardiff, Belfast Waterfront hall, alice tully hall e lincoln centre, em nova iorque, de doelen, em roterdão, frits Philips saal, em eindhoven, athenaeum hall, em Bucareste, tivoli Koncertsalen, em copenhaga, Gasteig, em munique, musikverein, em viena, e o troldhaugen, em Bergen. entre os concertos em festivais internacionais de música contam-se presenças no Piano festival aux jacobins de toulouse; the choregies d’orange; Piano à riom; les flaneries musical de reims; haydn festival no esterhazy Palace, em eisenstadt; o festwochen Gmunden: the schleswig-holstein musik festival; Kultur sommer nordhessen; cesky Krumlov festival; Kuhmo chamber music festival; flanders festival; st. olav festival; estoril festival; varna festival; aarhus festival; festival Wiltz luxembourg e no cork midsummer festival. Young-choon Park já atuou em diversos programas de rádios e televisão de muitos países e, de momento, encontra-se a gravar os concertos de mozart para piano, para a duchesne World records, editora sediada na Bélgica.

p a s s e a r peLo CCb

Livro DMBelém 16.indd 7 3/9/16 4:58 PM

211

durante o festival, no intervalo ou no fim dos concertos e das outras atividades, existem inúmeros vários espaços no interior ⁄ exterior do ccB onde poderá passear, descontrair e descansar.

espaço fnaCa fnac disponibiliza um espaço comercial informal onde pode encontrar grande parte das obras interpretadas durante o festival. situa-se à entrada do recinto dias da música (na foyer do Grande auditório, piso 1).

espaço InCma imprensa nacional – casa da moeda participa nos dias da música com um espaço onde comercializa uma seleção das suas edições.

espaço IntermÚsICaespaço onde pode encontrar partituras, instrumentos e acessórios. situa-se no corredor de acesso ao coreto dias da música, piso 2.

restaurantePara refeições mais requintadas, num espaço recentemente remodelado. dispõe de esplanada sobre o rio tejo. junto à receção do centro de reuniões, piso 1.

bar terraçositua-se no piso 3 do centro de reuniões. É um espaço calmo, ideal para fugir à agitação da azafama festiva. destingue-se dos restantes espaços pela sua fantástica esplanada com vista sobre o rio tejo. serviço de cafetaria e de restaurante self-service.

sanduÍChe barexcelentes saladas e sanduíches para refeições rápidas. situa-se junto à receção do centro de reuniões.

merCado do CCbna Praça do ccB, funciona a edição especial dias da música do mercado ccB (que se realiza habitualmente nos primeiros domingos de cada mês). É uma oportunidade para conhecer e adquirir excelentes produções de uma seleção de artesãos nacionais. do design aos produtos alimentares, várias bancas envolverão este espaço durante o fim de semana.

fora do recinto pode ainda contar com o conjunto de lojas e espaços de lazer habituais: restaurante este oeste, museu coleção Berardo, doce arte, jardim das oliveiras, livraria Bertrand, centro Português de serigrafia, Portugal essential, margarida Pimentel, arte Periférica – loja e Galeria de arte, mercadores de memórias, espaço Georgette, coisas do arco do vinho, estética susana, são rocha cabeleiros, casa de chá de Belém, alex – a arte do divertimento e a hangar design store.

BABYSITTING

GRANDE AUDITÓRIO

BALCÕES

BALCÕES

BarCORETO

SALA SOPHIA DE MELLO BREYNER

SALA ALMADA NEGREIROS

EspaçoINCM

Zona de Descanso

EspaçoIntermúsica

piso 1

BAR TERRAÇO (PISO 3)

pisos 1 ⁄ 1A ⁄ 2 ⁄ 3

piso 1

piso 1

SALA FERNANDO PESSOA

Esplanada

PRAÇA DO MUSEUJARDIM DAS OLIVEIRAS

OFICINASMERCADO DO CCB

ESPAÇO MÚSICA LIVRESALA JÚLIO VERNE

EspaçoAntena 2 Espaço

Amigo CCB

InformaçõesBilheteira

pisos 1A ⁄ 2 ⁄ 3

pisos 2 ⁄ 3 piso 2

piso 2

piso 2

GRANDE AUDITÓRIOPISO 1

PISO 2

ENTRADASAÍDA

SAÍDAENTRADA

AQUI HÁ CONVERSAS

SanduícheBar

Bar

WC

WC

WC

WC

WC WC

WCWC

WC

WC

BENGALEIRO

RESTAURANTE

WC

WC

pisos 2 ⁄ 3SALA SOPHIA DE MELLO BREYNER

SALA FERNANDO PESSOA

piso 2 SALA ALMADA NEGREIROS

PEQUENO AUDITÓRIO

SALA LUÍS DE FREITAS BRANCO

Espaço Fnac

Sala de Leitura

piso 1

reCInto dIas da mÚsICa