Livro Fisiologia Cardiovascular

download Livro Fisiologia Cardiovascular

of 606

Transcript of Livro Fisiologia Cardiovascular

FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR APLICADA Otoni Moreira Gomes

VERDADE JESUS - So Joo 14.6JESUS ES LA VERDAD - San Juan 14.6TRUTH IS JESUS - St. Jonh 14.6Coordenador e Orientador de Ps-Graduao Estrito Senso em Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular (Parecer CFE-MEC 576/91 )DiretorCientficodaFundaoCardiovascularSoFranciscodeAssis ServCorProf. Titular / Cirurgia Cardiovascular - Departamento de Cirurgia da FM. UFMGPresidentedoDpto.deCardiologiadaSociedadeBrasileiradeCirurgia CardiovascularPresidente do Departamento de Pesquisas Experimentais da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (DEPEX - SBCCV)PresidentedoDepartamentodeFisiologiaCardiovasculareCardiologia Experimental da Sociedade Brasileira de Cardiologia (DFCVR-CEX-SBC)ExecutiveDirectoroftheInternationalAcademyofCardiovascular Sciences( South American Session )...O Homem o oe e em o oe e em oe e em oe e em e em e em em bem qe o te meo ecebo e Des...So oo tst em So oo . oo tst em So oo .FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR APLICADAVERDADE JESUSSO JOO 14.6F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc4VERDADE JESUSSO JOO 14.6Editora Corao Ltda.Centro de Processamento de Dados da Fundao Cardiovascular So Francisco de Assis / ServCorAv. Sanitria Dois, n 12 - Sta. Mnica - BH/ MGCEP: 31.530.000/Tel./Fax: (31) 3439-3004E-mail: [email protected] de CPD:Elton Silva GomesTodos os direitos reservadosImpresso no BrasilG633f Gomes, Oto Moe. Fsoogcovscc Oto c OtoOto Oto MoeGomes. eo Hoote DO, . eo Hoote DO, . Hoote DO, . 66 . . ;9 cm .SN 8-9919--1 1. Fsoog. . oog. 3. g covsc. g covsc. covsc.. to. to.. DD 615DedicatriaCom amor, para minha esposa Maria Aparecida e nossos filhos Eros, Elaine Maria e Elton, equipe inabalvel, minha estrada e meu porto.Com amor para Michelle, Marcella, Joana, Henrique e Fernando, luzes em nossas vidas e futuro de nossos sonhos e ideais.Na certeza de que todo Amor vem de Jesus. F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||ccccAgradecimentos EspeciaisAos autores e colaboradores, cuja competncia, amizade e confiana incondicional definem o valor erealizamo pioneirismo desta Edio. preciosa equipe de Editorao da Fundao Cardiovascular So Francisco de Assis, Sr. Elton Silva Gomes, Sra. Maristela de Cssia Santos Xavier, Sr.. Fbio Costa e Sr. Odlcio Jnior Rogrio M. Jnior pela competncia ededicaoinestimveis, tornando possveltambm esta realizao. Dra. Elaine Maria Gomes de Albuquerque (OAB), Diretora - Presidente da Fundao Cardiovascular So Francisco de Assis / ServCor, pela competncia, dedicao e enlevo que agregam, motivam e viabilizam o trabalho constante e a diferenciao da qualidade na assistncia, ensino e pesquisa. Reconhecimento/Reconocimiento/ TributeNARANJAN S. DHALLAPhD, MD (Hon), DSc (Hon), Distinguished Professor and DirectorInstitute of Cardiovascular SciencesSt. Boniface General Hospital Research CentreFaculty of Medicine, University of Manitoba, Winnipeg, CanadaFounder and CEO International Academy of Cardiovascular SciencesPROFESSOR MUNDIAL DE CINCIAS CARDIOVASCULARESPROFESSOR DE CINCIAS CARDIOVASCULARES EN EL MUNDOPROFESSOR OF CARDIOVASCULAR SCIENCES ALL OVER THE WORLDF|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc8COLABORADORESAlberto J. CrottoginiUniversidadFavaloro:ProfesorTitularyDirectordelDepartamentode Ciencias Fisiolgicas, Farmacolgicas y Bioqumicas. CONICET: Investigador Clnico Categora Independiente. PEDECIBA: Investigador grado 5.Alfredo Incio FiorelliProfessor Colaborador e Doutor de Cirurgia Cardiopulmonar da Faculdade de Medicina da Universidade de So PauloCoordenador da Equipe de Transplante Cardaco e Diretor da Unidade de Perfuso e AssistnciaCardiorrespiratriadoInstitutodoCoraodoHospitaldasClnicasda Faculdade de Medicina da Universidade de So PauloAlicia MattiazziCentrodeInvestigacionesCardiovascularesProf.Dr.HorcioCingolari, FacultaddeCienciasMdicas,UniversidadDirectordelNacionaldeLa Plata, La Plata 1900, ArgentinaInvestigadordelConsejoNacionaldeInvestigacionesCientficasyTcnicas (CONICET), ArgentinaAmanda de Paula Freitas CardosoMdica Formada pela Faculdade de Medicina de TerespolisAndrzej LoeschDepartmentofAnatomyandDevelopmentalBiology,UniversityCollege London, Gower Street, London WC1E 8BT, UKCecilia Mundia-WeilenmannInvestigadordelCentrodeInvestigacionesCardiovasculares,Facultad deCienciasMdicas,UniversidadNacionaldeLaPlata,LaPlata1900, ArgentinaInvestigadordelConsejoNacionaldeInvestigacionesCientficasyTcnicas (CONICET), ArgentinaCristina Kalls HuebChefedoServiodeGinecologiaeObstetrciadoHospitalGeralde Guarulhos SPDoutora em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de So PauloDaniel Bia SantanaAsistente del Departamento de Fisiologa. Facultad de Medicina. Universidad de la Repblica. Montevideo. Uruguay. Prof. Adjunto. DIBA (ESFUNO). Instituto Nacional de Enfermera. Universidad de la Repblica. Montevideo. Uruguay. Domingos S. RSouzaDepartment of Cardiothoracic Surgery3, rebro University Hospital, S7-701 85 rebro, Sweden.Edmundo I. Cabrera FischerMdicoDoctorenMedicina.InvestigadordelConicet.Universidad FavaloroEduardo R. MigliaroProf.TitularyDirectordelDepartamentodeFisiologadelaFacultadde Medicina-Montevideo URUGUAYErnesto Misael Cintra Osterne Mdico Formado pela Faculdade de Medicina de TerespolisEros Silva GomesDiretor Clnico do Servio do Corao - ServCorEspecialistaemCardiologiapelaSBC.EspecialistaemTerapiaIntensiva- AMIBEvandro Csar Vidal Osterne Mestre e Doutor em Cardiologia pela FCSFA. Professor do Curso de Medicina daUniversidadeCatlicadeBraslia.ResponsvelTcnicopeloInstitutode CoraodeTaguatinga-DF,CentrodeTratamentoCardiovasculardoHospital Braslia, Chefe do Setor de Hemodinmica do Hospital de Base de BrasliaGustavo L. Vera Janavel Investigador,DepartamentodeCienciasFisiolgicas,Farmacolgicasy Bioqumicas - Universidad Favaloro, ArgentinaIvan BerkowitzMBAHarvard-DirectorofDevelopment,InternationalAcademyof Cardiovascular SciencesInstitute of Cardiovascular Sciences, St. Boniface Hospital Research CentreJos Ildevaldo de CarvalhoMestreemCardiologiapelaFundaoCardiovascularSoFranciscode Assis / ServcorJulieta PalomequeCentro de Investigaciones Cardiovasculares, Facultad de Ciencias Mdicas, Universidad Nacional de La Plata, La Plata 1900, ArgentinaInvestigadoradelConsejoNacionaldeInvestigacionesCientficasyTcnicas F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc!0Larissa de Oliveira de Lima Coutinho Assistentedo Departamento de Fisiologia - Prof. Osvaldo Sampaio Netto- Universidade Catlica - DFLeticia Vittone Centro de Investigaciones Cardiovasculares, Facultad de Ciencias Mdicas, Universidad Nacional de La Plata, La Plata 1900, ArgentinaInvestigador del Consejo Nacional de Investigaciones Cientficas y Tcnicas (CONICET), ArgentinaLuiz Ricardo GoulartPHD em Gentica e docente do Instituto de Gentica e Bioqumica da Universidade Federal de Uberlndia MGMarclio FarajMestreemCardiologiapelaFundaoCardiovascularSoFranciscode Assis / ServCorProf.AdjuntodeClnicaMdicadaFaculdadedeMedicinadeBarbacena da FUNJOBCoordenador e Preceptor da Residncia Mdica de Clnica Mdica da Santa Casa de Misericrdia de Barbacena -MGMarta Del Riego CuestaMdicaVeterinria-Ps-Grad.LatuSensuClnicaMdicadePequenos Animais - PUC MinasMartn DonatoBecaria de la Facult. de Med. de la Univer. de Buenos Aires, Beca Prof. Dr. Alfredo LanariMartin G. Vila PetroffCentrodeInvestigacionesCardiovasc.,Fac.CienciasMd.,Univ.Nac.La Plata, ArgentinaInvestigador del Consejo Nacional de Investigaciones Cientficas y Tcnicas (CONICET), ArgentinaMauro Ricardo Nunes PontesCardiologista - Instituto de Cardiologia - IC/FUC - RSMestreemFisiologia-LaboratriodeFisiologiaCardiovascular-ICBS/UFRGSMdico Assistente da Clnica de Insuficincia Cardaca - Complexo Hospitalar ULBRA/RSSupervisordoProgramadeResidnciaemClnicaMdica-Universidade Luterana do Brasil - ULBRA/RS!!Melissa R. DentDepartmentofPhysiology,FacultyofMedicine,UniversityofManitoba, Winnipeg, Manitoba, CanadaMessias Antnio ArajoDoutor em Gentica e docente do departamento de Clnica Mdica da Universidade Federal de Uberlndia MGMichael R DashwoodDepartmentofClinicalBiochemistry,RoyalFreeandUniversityCollege Medical School, Royal Free Campus, Pond Street, London NW3 2QGNoeme Maria A.C.OsterneMdica Residente do Hospital das Foras Armadas de BrasliiaOsvaldo Sampaio NettoProf.TitulareCoordenadordoDepartamentodeFisiologiadaPontifcia Universidade Catlica do Distrito Federal Otoni Moreira GomesOrientadordePs-GraduaoEstritoSensoemCardiologiaeCirurgia Cardiovascular(ParecerCFE/MEC576/91)-FundaoCardiovascularSo Francisco de Assis / ServCorProfessor Titular do Departamento de Cirurgia da FMUFMGPaola ContrerasDepartamento de Fisiologa. Facultad de Medicina. Montevideo. URUGUAYPatricia Cabeza MeckertInstituto de Cardiologa y Ciruga Cardiovascular, Fundacin FavaloroComisin de Investigaciones Cientficas de la Provincia de Buenos Aires2, ArgentinaPatrcia deMoura SilvaFisioterapeuta Bacharel em Fisioterapia pela FCMMG. Especialista em fisioterapia respiratria pela UFMGPaulo Antnio Marra MotaMdicoCardiologistaIntervencionistadoHospitaldeBase,Institutodo CoraodeTaguatinga,HospitalSantaLciaeCentrodeTratamento Cardiovascular do Hospital de BrasliaRadhi AnandDepartmentofClinicalBiochemistry,RoyalFreeandUniversityCollege Medical School, Royal Free Campus, Pond Street, London NW3 2QGF|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc!2Rafael Diniz AbrantesMembrodoGrupodeEstudoePesquisaemCardiologiaeCirurgia Cardiovascular(GEPESCFCSFA/ServCor).Ac.daFaculdadedeCincias Mdicas de Minas GeraisRicardo L. ArmentanoProf. Titular . Coordenador de Pesquisas Cardiovasculares - ArgentinaRicardo J. GelpiProf.TitularyDirectordelCentrodePesquisasCardiovascularesdela Universidad de Buenos Aires - Argentina, Presidente de la Session Sul Americana de la Academia Internacional de Cincias Cardiovasculares, Investigador del Consejo Nacional de Investigaciones Cientficas y Tecnolgicas (CONICET)Rubn P. LaguensProf. Titular y Director del Departamento de Anatomia Patolgica - Instituto de Cardiologa y Ciruga Cardiovascular, Fundacin FavaloroRolando A. AgramontMdico Cardiologista do ServCor. Especialista em Cardiologia pelaSBCSandra J. PereiraEspecialistaemCardiologiaPeditricapelaSoc.Bras.dePediatriaepela SociedadeBrasileiradeCardiologia.ChefedaCardiologiaPeditricado Hospital dos Servidores do Estado.Thomas Edson CintraOsterne Acadmico do Curso de Medicina da Universidade Catlica de BrasliaUbirajara Fernandes ValladaresMdico Clnico - Mestrando de Medicina pelaF.C.S.F.A. ServCor.Vernica DAnnunzioBecaria de la Fac. Med. de la Universidad de Buenos Aires, Beca Prof. Dr. Alfredo LanariVictor MuradProf. Titular de Cardiologia da EMESCAN!3Contedo1- A EVOLUO DA FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR....................17Otoni M Gomes2- ANATOMIA TORCICA E CARDIOVASCULAR..............................37Otoni Moreira Gomes3- PRINCPIOS DA PESQUISA EXPERIMENTAL, BASES ANATMICAS E FISIOLGICAS......................................................57Otoni Moreira Gomes, Marta Del Riego Cuesta4- FISIOLOGIA CARDACA FUNDAMENTAL.....................................90 OtoniMoreira Gomes, Rafael Diniz Abrantes5- CICLO CARDACO............................................................................119Evandro Csar Vidal Osterne, Thomas Edson CintraOsterne, Noeme Maria A.C.Osterne6- FISIOGIA APLICADA DOS MSCULOS PAPILARES..................125Otoni Moreira Gomes7- PULSO ARTERIAL............................................................................132Evandro Csar Vidal Osterne, Thomas Edson Cintra Osterne8- PULSO VENOSO.....................................................................147Evandro Csar Vidal Osterne, Ernesto Misael Cintra Osterne, Amanda de Paula Freitas Cardoso9- FLUXOCORONRIO.......................................................................157Paulo Antnio Marra Mota10- FENMENO DE DERIVAO FLUXO VENOSO CORONARIANO .............................................................................168 Otoni M. Gomes, Marclio Faraj,Alfredo Incio Fiorelli, Eros Silva Gomes F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc!411- FISIOLOGIA APLICADA DA CIRCULAO MATERNO FETAL..............................................................................178Sandra J. Pereira12- FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR NA GRAVIDEZ.........................192Cristina Kalls13- SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA..................199Marclio Faraj14- FISIOLOGIA BSICA DA MEMBRANA MITOCONDRIAL...........220 Ubirajara Fernandes Valladares 15- FISIOLOGA APLICADA DE LOS TBULOS EN T Y DEL RETCULO SARCOPLASMTICO...................................................230Alicia Mattiazzi, Cecilia Mundia-Weilenmann, Leticia Vittone16- CANAIS DE CLCIO: ULTRA-ESTRUTURA, FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA APLICADA..........................................................250Osvaldo Sampaio Netto, Larissa de Oliveira de Lima Coutinho17- METABOLISMO DO CLCIO E DOENA DA DISCINESIA MIOCRDICA DE ESTRESSE..........................................................261Otoni Moreira Gomes, Eros Silva Gomes, Rolando A. Agramont18- FISIOLOGIA APLICADA DA APOPTOSE........................................276Jos Ildevaldo de Carvalho19- REPLICACIN DE LOS MIOCITOS EN EL CORAZON ADULTO NORMAL Y PATOLGICO..............................................................283 Rubn P. Laguens, Patricia Cabeza Meckert20- METABOLISMO MIOCRDICO DIASTLICO: O FATOR ENDOTELIAL E O PARADOXO DO ATP NA PARADA CARDACA..........................................................292Otoni MoreiraGomes!521- BASES FISIOLGICAS DE LA VARIABILIDAD DE LA FRECUENCIA CARDACA...............................................................304 Eduardo R. Migliaro, Paola Contreras22- ADAPTAESFISIOLGICASCARDIOVASCULARES AO EXERCCIO.......................................................................................316 Patrcia de Moura Silva23- EXERCISE FOR HEART HEALTH ...................................................324 Ivan Berkowitz, Melissa R. Dent24- ENDOTLIO VASCULAR: DA FISIOLOGIA DISFUNO ....................................................................................332Mauro Ricardo Nunes Pontes25- FISIOLOGIA APLICADA DAS VLVULAS VENOSAS DE MEMBROS INFERIORES..........................................................347 Otoni MoreiraGomes, Eros Silva Gomes26- VASA VASORUM APPLIED PHYSIOLOGY ..................................357 Michael R Dashwood, Otoni M. Gomes, Radhi AnandAndrzej Loesch,Domingos S. R. Souza27- FISIOLOGA APLICADA DE LA PROLIFERACIN VASCULAR........................................................................................371Alberto J. Crottogini, Gustavo L. Vera Janavel28- BASES PARA EL ESTUDIO CLINICO DE LA FISIOLOGIA ARTERIAL PULMONAR............................................382Daniel Bia Santana, Ricardo L. Armentano, Edmundo I. Cabrera Fischer29- FISIOLOGIA ARTERIAL PULMONAR DURANTE ESTADOS DE HIPERTENSION AGUDA..........................................................406 Daniel Bia Santana, Ricardo L. Armentano,Edmundo I. Cabrera FischerF|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc!30- MECANISMOS DE PROTECCIN MIOCRDICA EN LACARDIOPATA ISQUMICA...........................................................431 Martn Donato, Vernica DAnnunzio, Ricardo J. Gelpi31- PR E PS-CONDICIONAMENTO ISQUMICO MIOCRDIO..............................................................459 Otoni MoreiraGomes, Ubirajara Fernandes Valladares, VictorMurad32- FENOMENO DE LA ESCALERA: ALTERACIONES EN EL CORAZON INSUFICIENTE........................................................468 Martin G. Vila Petroff, Julieta Palomeque, Alicia Mattiazzi Julieta Palomeque,Alicia Mattiazzi Alicia Mattiazzi 33- FISIOLOGIA APLICADA DA RESPIRAO.....................................482Rafael Diniz Abrantes,Otoni Moreira Gomes34- APNIA DO SONO: FISIOPATOLOGIA E IMPLICAES CARDIO VASCULARES....................................................................514Mauro Ricardo Nunes Pontes35- FISIOTERAPIA, O STIMO CORAO .........................................525Otoni Moreira Gomes36- FISIOLOGIA DO CORAO TRANSPLANTADO...........................536Alfredo Incio Fiorelli 37- FISIOLOGIA APLICADA DA COAGULAO E ANTICOAGULAO SANGNEA................................................565Otoni Moreira Gomes38- MECANISMOS GENTICOS POTENCIAIS NA DOENA ARTERIAL CORONARIANA..........................................578 Messias Antnio ArajoLuiz Ricardo Goulart!A EVOLUO DA FISIOLOGIA CARDIOVASCULAROtoni Moreira GomesAs primeiras noes da humanidade referentes ao sistema circulat-rio, remontam aos trs primeiros milnios antes do nascimento do Senhor JesusCristo,econstamdeescritasegpciasemhierglifos,descrevendo asartriascomoosvasoscontendoar.Estainterpretao,possivelmente, prende-se ao fato de que nos cadveres as artrias ficam vazias, enquanto que no leito venoso o sanguepermanece coagulado. A destruio da Bi-blioteca de Alexandria, em 391 da nossa era, (1) criou um hiato sombrio na cultura mdica, por sepultar um milnio, precisamente o ltimo, da cultura egpcia clssica, ficando uma impresso injusta de que os conhecimentos fundamentais tiveram origem na cultura greco-romana. Porisso,osregistrosseguintes,maisprximosdocumentados, datamdosculoIVa.C..Hipcrates(350a.C.),consideravaocorao comoocentrodavidaedasemoes.Erasistratos(310a.C.),descreveu fundamentosimportantesdaatividadedocoraocomobomba, identificando alteraes da freqncia cardaca e sedimentou o conceito de quecorao d origem ao esprito vital que levado pelas artrias a todas as partes do corpo. Herfilo (300 a.C.), que tambm como Erasistratos era mdico em Alexandria, sendo anatomista e clnico, descreveuas pulsaes econsiderou ser o pulso um fenmeno intravascular. (2)Relata-sequeErasistratosrealizavaexperinciasdedissecaoem prisioneiros humanos vivos, os quais pediam a execuo sumria para no serem dissecados. (3)Com o advento do cristianismo, as dissecaes em humanos foram primeiro abandonadas e posteriormente proibidas, porque no havia outra atitude possvel, para proteger seres humanos da dissecao e eviscerao, em vida, sem nenhuma anestesia. Este motivo no tem sido suficientemente ensinado,paraexplicaraproibiodaIgrejaparaestudosemhumanos naquela poca. Captulo1F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc!8No primeiro sculo de nossa era, a importncia clnica da circulao j era to sedimentada, a ponto de Lucius Annaeus Seneca (4 a.C. - 65 d.C.) afirmarqueOmdiconopodeprescreverporcarta,nsprecisamos sentiropulso.(4)Nosculoseguinte,Galeno,emRoma,desenvolveu estudosimportantesdecorrelaoentreanatomiaefisiologia,combase unicamenteemdissecaesdeanimais.importantecreditarmosa Galeno um esprito humanitrio notvel, porque sua opo pela medicina experimental, poupando o ser humano, foi voluntria, j que o cristianismo salcanariaforadeadministraomaisdeduzentosanosaps,coma opo doimperador Constantino (300 d.C.) pela f crist e, posteriormente, em 350 d.C., com o estabelecimento do cristianismo como religio oficial do imprio romano, pelo imperador Teodsio.Galeno,fundamentadoemsuasexperinciascomanimais, estabeleceu pioneiramente o corao como massa muscular com finalidade debombearosangueparaospulmes,saindodoventrculodireitoe retornando ao ventrculo esquerdo, e o fato de que as artrias e veias eram preenchidascomsangue.Assim,corrigiuoconhecimentoegpcio,grego eromano,queafirmavaqueosvasosscontinhamar,equeocorao era apenas um rgo depositrio de espritos. Seus ensinamentos, quanto circulao, foram recusados porque era fantasiosa a idia de que os animais pudessem ser semelhantes aos homens.E Galeno, que era supervisor mdico de gladiadores (os quais deve ter atendido tambm moribundos, ou mortos) na antiga Prgamo, nuncaassociou ou comparou ou relatou semelhanas entreseusachadosemanimaiscomosobservadosemhomens.Para Galeno, o sangue misturava-se com o ar nos pulmes, para ser esfriado, o corao possua trs ventrculos, existiam poros de comunicao entre os ventrculos,ofgadogeravaosangueeoteropossuavriascavidades, conceitos que persistiriam incontestveis, por mais de 1400 anos.(5)O conceito de uma circulao completa pulmonar, ou pequena circulao, independentedacirculaosistmica(sepultadonaobradeGaleno),foi exposto por Ibn an Nafis (1210 - 1280), entre os rabes, e Miguel Servet, na Itlia,em1553.Servet,deorigemespanholaeprofundoconhecedorda obradeGaleno,realizouestudosdeanatomia,atestouedefendeuque pelaartriapulmonaroventrculodireitobombeavatodoosanguedo retorno venoso e no apenas pequena parte dele para a nutrio pulmonar; defendeu que no existiam poros entre os dois ventrculos e que o pulmo poderia modificar o sangue . MiguelServet,publicousuasdescobertasanatmicasem1546, ocupando apenas poucos pargrafos de um manuscrito, escrito mais para !defenderconceitospoltico-religiosostidoscomoherticos.Enviouseu manuscrito para o lder protestante Joo Calvino, que o repudiou e execrou. Servetdesconsiderouaadvertnciaepagoupelaimpressodeseulivro, em janeiro de 1553. Nove meses depois, durante uma visita a Genebra, terra de Calvino, foi preso e queimado na fogueira.No dia 27 de outubro.(6) Leonardo da Vinci(1452 - 1519),por volta de 1500, realizou desenhos da anatomia cardaca e ilustraes alegricas, sugerindo o funcionamento de vlvulas cardacas como portas unidirecionais , que no foram superados naobraprimadeAndreasVesalius(1514-1564)Dehumanicorporis fabrica,libriseptem,de1543,quemarcouorenascimentodaMedicina como cincia.Willian Osler, citado como o pai da medicina americana, definiu o Fabrica como o melhor livro da Medicina de todos os tempos. Vesalius tinha conscinciadovalorde seus estudose providencioutodasas ilustraes, acores,feitaspelogenialpintorJohnOporinus,deBasilia,naSua.O Fabricacontinha700pginasdeexcepcionalqualidadetipogrfica,em sete volumes, encadernados em veludo de seda purprea oriental, com letras de ouro mascapas. Para uso dos alunos, na sala de dissecao, o Fabrica foicondensadoemumvolume,denominadoEptome,intensamente utilizado por professores e alunos nos sculos seguintes.Foi Leonardo da Vinci quem primeiro definiu a anatomia cardaca contendoapenasdoisventrculos,contudo,comoseusdesenhos anatmicos no tiveram a mesma divulgao de suas pinturas einventos, coube a Berengario da Carpi, titular de anatomia em Bolonha, na Itlia, em 1521, publicar seu livro Comentrios Anothomia, corrigindo o conceito tri-ventricular de Galeno.(3,5)O sucessor de Vesalius na ctedrade anatomia em Pdua foi Realdo Colombo (1512 - 1559), quedemonstrou e ensinou a anatomia da pequena circulao,semalusoaosseusantecessoresnadescoberta.Emsuaobra pstuma(Dereanatmica,LibriXV,1559),(7)Colomboreveloutambma existncia de vlvulas na aorta e artria pulmonar, conceituou o movimento coordenado de contrao e relaxamento cardaco - a sstole e distole - e estabeleceu o conceito de que as veias pulmonares indo dos pulmes para o corao, levavam apenas sangue e no sangue misturado com ar.O sucessor de Realdo Colombo na ctedra de anatomia em Pdua foiGirolamoFabrici,tambmconhecidocomoFabrcioAcquapendente, que, pioneiramente, em 1603, descreveu as vlvulas venosas,(8) preocupando seudiscpuloWillianHarvey(1578-1657)quantoexplicaodesua utilidade. Em 1628,Harvey com base em estudos experimentais publicou F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc20seulivrohistricoExercitacioanatmicademotucordisetsanguinis inanimalibus,(3,9) conhecidouniversalmentecomoDemotocordis, conceituando definitivamente a seqncia da contrao atrial antecedendo aventriculareofatodequeamesmamassasanguneacirculava constantemente.Atele,todooconhecimentomdicofundamentava-se no estudo do corpo inerte. Aps Harvey a anatomia e a fisiologia ganham movimento e vida e com elas toda a medicina se revitaliza. Seu livro, que mudou o mundo, tinha 72 pginas, com dezessete captulos mal impressos, com 126 erros na primeira edio, com cerca de 200 exemplares, dos quais possivelmente ainda restem 53(informao de Geoffrey Keynes, citado por Friedman e Friedland). Harvey no chegou a entender a drenagem linftica, e no aceitou a descoberta de Caspare Aselli (1627) de que a linfa ou quilo deixava os intestinos por vasos linfticos, drenando para o ducto torcico. Harvey no soube que os pulmes oxigenavam o sangue, e tambm nunca mencionouadiferenadecorentreosanguevenosoeoarterial,mas anatomistas predecessores j o haviam notado. No conheceu a existncia da circulao capilar, nem como o corao podia bater, e acreditava que as artrias se esvaziavam diretamente nas veias. Mas esses conhecimentos no poderiam preced-lo, porque seriam incompreensveis sem a evidncia de que o sangue circulava, como ele demonstrou. Harvey era mdico de grande prestgio na corte e amigo particular do Rei Carlos I. Esta amizade est perenizada na pintura de Robert Hannah (Museu de Londres) mostrando Harvey ensinando sobre o corao para o rei, na presena de seu jovem filho Jorge, que optou pela advocacia e foi o instituidor do Habeas Corpus.Harvey, j aposentado em 1649, recebeu a visita do jovem Dr George Ent, seu amigo e admirador, que organizou os conhecimentos e escritos de Harvey sobre embriologia, publicados por Harvey em 1651, no livro Excitaciones degerationeanimalium,ondeafirmaquetodavidatemincioporum vuloouovo,edaprossegueoseudesenvolvimento.Estainformao, contudo, no teve nenhum impacto em sua poca, at porque ainda no existia microscpio nem a microbiologia. Robert Hook, em 1664, apresentou na Sociedade Real de Londres (London Royal Society) seu microscpio, que s permitia viso mais acurada de superfcies j visveis a olho nu, e Antoni van Leeuwenhoek, s em 1673, apresentou seu microscpio, que embora sendo menos complexo do que o modelo de Hook, possua lentes polidas, comresoluoincrivelmentemaior,abrindoparaamedicinaouniverso da microbiologia. E foi, exatamente Regnier de Graaf, mdico e anatomista holands, altamente conceituado, descobridor do pontogerador de vulos 2!pelos ovrios, quem, poucos meses antes de morrer aos 32 anos de idade, recomendouoinventodeseuamigoLeewenhoekSociedadeRealde Londres.Adescoberta,definitivadovulonoovriohumanoaconteceu em 1827, por Karl von Baer.(3)RichardLower,em1669,(10)demonstrouqueosangueaopassar ospulmesmudavaacorazul-escuraparaescarlatevivoporcausada exposioaoar.Inclusivecomprovouofatoagitandoosangueemvaso aberto, mudando a cor violeta escura para vermelho brilhante. Foi tambm RichardLower,quemdefinitivamentedemonstrouoautomatismoda contraomiocrdica:Emreuniocomrepresentantesdasociedade cientfica da poca, Lower retirou um corao de animal, esvaziou todo o sangue, cortou os ventrculos em vrias partes e mostrou que os pedaos deventrculoscontinuavampulsando.Masosopositoresdisseramque eraovapordesanguequentedentrodospequenosvasosdomiocrdio que fazia o miocrdio pulsar. Richard Lower, ento, fez uma demonstrao experimental, perfundindo a veia de um animal com cerveja e deixando o sangue sair pela cartida cortada, at no haver mais sangue e vazar apenas cerveja. Como o corao continuasse batendo, o experimento foi aprovado comodemonstraosuficientedequeocoraobatiaporautomatismo! Conversa parte: Que cerveja fantstica! Umadasconseqnciasdoconhecimentodequeosangue circulava,foioinciodateraputicatransvenosa,tendoJohannDaniel Major,dePdua,injetadodrogaemveiadeanimalpormeiodetubos muitofinosdeprata.FoiRichardLower,quempioneiramenterealizoua primeira transfuso de sangue, de um animal para outro, por meio de tubos introduzidosemvasossanguneos.Tambmaprticadetransfusesde sangue de animais para homens descrita por Lyons e Petrucelli-II(5) como iniciada pelo prprio Richard Lower, que transfundiu sangue de ovelha para um jovem procurando melhorar seu carter. Jean-Baptiste Denis, em 1667, repetiuestaexperincia,comomesmopropsitoemoutrojven,maso pacienteteveumareaoviolentaemorreu.Denisfoiinocentado,mas os governos italiano e francs proibiram todas as transfuses de sangue. O Parlamento ingls proibiu a transfuso de sangue animal para humanos,mas manteve a permisso da transfuso do sangue homlogo. A soluo para o problema da incompatibilidade sangunea veio apenas em 1901, quando Karl Landesteiner descreveu os tipos A,B, AB e O, e Landsteiner e Wienner, em 1940, descreveram o sistema Rh de compatibilidade.Marcelo Malpighi, em sua obra Opera Omnia, de 1686,(11) foi quem descreveu a circulao capilar completando a monumental obra de William F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc22Harvey.NosculoXVIIIdestacaram-seascontribuiesdomdicoalemo AdamChristianThebesius(1685-1732),quedescreveuadrenagem venosacardacaparaascavidadesatrialeventriculardireitasporveias mnimas (Veias de Tebsio) e de Raymond Vieussens, em 1706, na Frana, descrevendoadrenagemarterialparadentrodascavidadesventriculares (SistemaarterialdeVieussens).(12)Foramtambmimprescindveisparaa modernaestimulaocardaca,ascontribuiesdeLuigiGalvani(1737 -1798),demonstrandoqueosmsculospodiamserestimuladospor corrente eltrica (mimetizando a ao do sistema nervoso), e de Alessandro Volta (1745 - 1827)desenvolvendo a armazenagem da energia eltrica em pilhas, originando as baterias eltricas.No final deste sculo, Karl Wilhelm Scheele (1742 - 1786) conseguiu separar o oxignio do ar, e Joseph Priestley (1733 - 1804) conseguiu produzir o oxignio a partir do xido de mercrio, mascoubeaAntoine-LaurentLavoisier(1743-1794)darconsistncia cientfica aos estudos de Scheele e Priestley, inclusive introduzindo o termo oxignio. Lavoisier estabeleceu ainda, como teoria, que seria necessria a reao de oxidao do oxignio nos tecidos. Foi guilhotinado na revoluo francesa.(4,5)

Em1733,oreverendoinglsStephenHales(1677-1761),feza primeiramediodapressoarterial(PA)deumanimal.(13)improvisando um longo tubo de vidro como manmetro. Assim descreveu, em 1733, seu primeiro experimento: Em dezembro, eu imobilizei uma gua, com 1,4m de altura e cerca de 14 anos, que tinha uma fstula na sua virilha. No era nemforte,nemfraca.Tendoabertosuaartriacruralesquerdaemcerca de7,6cmapartirdeseuventre,euinseriumtubodecobrecom0,4cm decalibree,atravsdeumoutrotubodecobrequeestavafirmemente adaptado ao primeiro, eu fixei um tubo de vidro de, aproximadamente, o mesmodimetro,com2,7mdecomprimento.Ento,soltandoaligadura daartria,osanguesubiua2,5mnotubodevidro,acimadoventrculo esquerdo do corao. Este experimento est muito bem representado em um dos afrescos de Diego Rivera, de 1945, que se encontra no Instituto de Cardiologia do Mxico, feito por encomenda do Dr Ignacio Chvez, quando procurou ilustrar a histria da cardiologia.(14,15) Jean Lonard Marie Poiseuille (1799-1869), melhorou o manmetro de Hales, substituindo o longo e frgil tubo de vidro por um tubo em U, com 20cm,parcialmentecheiodemercrio(Hg)eapresentounasuatesede doutoramento, em 1828, o aparelho que chamou de hemodinammetro ganhandoamedalhadeourodaRealAcademiadeMedicinadaFrana. 23J.Hrrison(mdico)eP.Gernier(engenheiro),em1834,construiramum aparelhosemelhanteaumtermmetro,comreservatriodeHgnasua parte inferior, e coluna graduada em mm. Colocado sobre o pulso, o peso do Hg comprimia a artria, cuja pulsao movimentava a coluna de Hg.Foi o primeiro aparelho a receber o nome de esfigmomanmetro (do grego, sphygmos = pulso).O cirurgio J. Faivre fez a primeira medio acurada daPAemumhomem,em1856.Duranteumatocirrgico,cateterizoua artriafemoral,ligando-aaummanmetrodeHgedetectou120mmHg; na artria braquial, encontrou 115 a 120mmHg.(16-18) Em dezembro de 1896, Scipione Riva-Rocci (1863-1937) construiu um novo esfigmomanmetro, modelo precursor dos aparelhos modernos.(19)NicolaiSegeivichKorotkoff(1874-1920),cirurgiogeral,foiquem sistematizouatcnicadeaferiodapressodiastlica.Apresentou,na AcademiaImperialMdicaMilitardeSoPetersburgo,emdezembrode 1904,suadescobertadomtodoauscultatriodopulso,descrevendo: Baseado nas observaes de que, sob completa constrio, a artria no emite sons, o aparelho de Riva-Rocci colocado no brao e sua presso rapidamente aumentada at bloquear completamente a circulao abaixo do manguito, quando no se ouve nenhum som no estetoscpio de criana (manoauricular). Ento, deixando a presso do manmetro de Hg cair at certaaltura,umsomcurtoefracoouvido,oqueindicaapassagemde parte da onda de pulso sob o manguito, caracterizando a presso mxima. Deixando a presso do manmetro cair, progressivamente, ouve-se o sopro da compresso sistlica, e que se torna novamente, som. Finalmente, todos ossonsdesaparecem,oqueindicalivrepassagemdofluxosangneo ou,emoutraspalavras,aPAmnimaultrapassouapressoexercidapelo manguito.EstemomentocorrespondeaPAmnima.Asexperincias mostraramtambm,queoprimeirosomaparece10a12mmHgdopulso radial.(20,21) JnoinciodosculoXIX,em1800,HumphreyDavy,cirurgioe qumico descobriu a analgesia com xido nitroso e os ons sdio e potssio. Ringer,(22) quase um sculo depois, em 1882, demonstraria a importncia do clcio na contrao cardaca. Em 1812, o corao perdeu definitivamente seu significado degerador de emoes, quando Julien Jean CesarLe Gallois apresentouparaaacademiadeMedicinadeParis,oresultadodesuas pesquisas com perfuso de partes do corpo de pequenos animais,utilizando seringas de vidro. Le Gallois postulou: Se fosse possvel manter a perfuso sangunea, seria possvel manter viva por tempo indefinido qualquer parte isoladadocorpo.(23)Em1816,RenT.H.Laennecviabilizouoestudoda F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc24ausculta cardaca, introduzindo o estetoscpio.Foram fundamentais tambm as contribuies de Charles Edouard Brown-Squard(24),em1845,estabelecendosolidamenteaimportnciada oxigenao sangunea pulmonar para a preservao da vida. de Brown-Squardademonstraoexperimentaleaadvertnciadequeocrebro submetido a mais de cinco minutos de isquemia arterial fica definitivamente lesado.Aindanestesculo,ClaudeBernard,(25)em1865,comseulivro Introduo ao estudo da Medicina Experimental, estabeleceu o conceito demeiointerno-millieuinterieuredeuconsistnciaaoconceitode homeostasia, introduzido por Cannon em 1839.(26) Igualmente importante foi a demonstrao por Walter,(27) em 1877, que a acidose induzida em coelhos produziabradicardia,depressorespiratriaechoque,reversveiscom Bicarbonato de Sdio. Estudou tambm a importncia do C02 e da Reserva Alcalina.Foramessasconquistasquepossibilitarammanterocorao isolado vivel, como na preparao divulgada por Oscar Langendorff,(28) em 1896, na Alemanha, descortinando as fantsticas conquistas subseqentes.OttoFrank,(29)fisiologistaalemo,divulgouseusestudos,em1895 mostrando em corao isolado de r resposta ao estiramento progressivo (conceitodetensoinicial),concluindoqueaintensidadedarespostade contrao tudo- ou - nada depende do volume e da presso pr-sistlica -oudiastlicafinal.Wiggers,(30)em1914demonstrouessefenmeno emcoraesdecesematividadenormal,insitu.ErnestStarling,(31) fisiologistaingls,em1912,estudouempreparaocorao-pulmoa contrao ventricular no aumento de volume infundido. Isto possibilitou o estabelecimento dos conceitos inerentes ao que se consagrou como Lei de Frank - Starling, que Schlant e Sonnemblick(32) propem seja denominado como Princpio de Frank-Straub-Wiggers-Starling, incluindo a contribuio de Straub(33) para elucidao do fenmeno.Osconceitossobreacontraomiocrdica,emergiramquase emavalancheintelectual,nofinaldosculoXIX.(34-37)Considerandoas informaesexistentessobreasinflunciasdoestiramentodiastlicona capacidade de contrao sistlica ventricular, Guz(38) props que as relaes deFrank-StarlingpassassemaserchamadasrelaesdeHales-Haller-Mller-Ludwig-Roy-Howell-Donaldson-Frank-Starling.Hales,em1740, estudando a influncia da musculatura abdominal sobre a presso arterial de guas, teria sido o primeiro a fazer referncia associao entre retorno venoso e fora de contrao. Posteriormente, de alguma forma, os autores subseqentesfizerammenosrelaesentreenchimentodiastlico-desempenhosistlico.Contudo,comoafirmaramTuccieDecourt,(39)o 25conjuntodaspublicaesdeStarlingrepresentaamaiorcontribuio pessoalparaoentendimentodafunomecnicadocorao.Comoo trabalhodeOttoFrank,desenvolvidoemcoraodesapoepublicado em1895,inquestionavelmente,foioquemaisinfluenciouostrabalhos de Starling, existe acerto histrico na conceituao da lei com o nome de Frank - Starling.Foi posteriormente, no trabalho publicado em 1914, em colaborao com Sydney W. Patterson,(40) que Starling divulgou pela primeira vez as curvas consagradas com o seu nome, mostrando que a presso de enchimento e o dbito cardaco se elevam, em conjuno, at um limite, alm do qual uma elevaoadicionaldoretornovenosoreduzaejeoventricular. Entre ostextosquetratamdasleisdocorao,odemaiorrepercusso(The RegulationoftheHeartBeat)resultoudetrabalhocolaborativoanglo-germnicoeincluiu,pelaprimeiravez,umahiptesequefoipossvelser confirmada mais tarde, com o advento da microscopia eletrnica: ... the mechanicalenergysetfreeonpassagefromtherestingtothecontracted statedependsontheareaofchemicallyactivesurface,i.e.,onthelenght ofthemusclefibers.Emmeadosdadcadade1960,valendo-seda microscopia eletrnica, Gordon, Huxley e Julian(41) elaboraram a teoria dos miofilamentos deslizantes, que permitiu compor a conceituaro atual da contrao miocrdica.As avaliaes histomtricas possibilitaram analisar o comprimento do sarcmero, dos filamentos grossos e dos filamentos finos. Com base nas medidas ultramicroscpicas, Gordon, Huxley e Julian puderam considerar que o desempenho sistlico do miocrdio depende do estiramento diastlico porqueocomprimentoemrepousoregulaadisposioespacialdos filamentos de actina e de miosina, e determina o nmero possvel de pontos de interao qumica entre estas protenas. Esta concepo morfofuncional de Gordon, Huxley e Julian a respeito da contrao miocrdica abrange as fases ascendente e descendente da curva de Frank-Starling: estiramentos do sarcmero at 2,1 so acompanhados de elevao da capacidade em gerar fora; estando os sarcmeros estirados entre 2,1- 2,3 bloqueiam esta propriedade, e estiramentos superiores a 2,3 resultam em deteriorao da capacidade contrtil.(42,43) Esses conceitos eqivalem interpretao proposta pelo grupo de Starling 50 anos antes.Contribuiomarcanteparaoestudodadinmicaventricular,veioda aplicaodosestudosdePierre-SimonLaplace(1749-1827),(44)gnioda matemticaeconsagradotambmemclculosdeequilbriodoscorpos F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc2celestes, que estabeleceu que a tenso nas paredes de uma cavidade igual ao produto da presso interna vezes o raio da cavidade, divido pela espessura da parede (T=PxR/M). Esta condio adquiriu grande valorizao com os estudos de Randas Batista, em 1995,(45) provando que mesmo coraes em estado de falncia refratria recuperam funo eficaz quando submetidos ao remodelamento por ventriculectomia parcial. Laplace tambm contribuiu para estudos sobre a respirao junto com Lavoisier, em 1780, quando por meio de um calormetro de gelo, que eles mesmo inventaram, concluram que a respirao tambm basicamente um processo de combusto.Outrareadecontribuiesmemorveisnesseperodoforamos estudos de Etienne Jules Marey, usando o Eletrmetro Capilar de Lippmann (1872)nocoraodosapo,em1876.AugustusDesirWallerintroduziu, pioneiramente o uso do ECG, aplicando o Eletrmetro capilar de Lippmann emhumanos,em1887,possibilitandoamonumentalcontribuiode WillenEinthoven(1860-1927),fisiologistadinamarqus,definidadesde 1889econsagradaem1903,quandointroduziuoeletrocardigrafo.Foi tambm muito importante para o estudo da fisiologia cardaca a inveno doquimgrafoporCarlFriedrichWilheimLudwig(1816-1895).(46,47) Interessante, que neste final do sculo XIXteve incio a descoberta do sistema de conduo cardaco, literalmente em sentido retrgrado, ou ascendente, com o anncio, primeiro, da rede intramiocrdica, por von Purkinje,(48) em 1895,edoFeixeatrioventriculardemonstradoporHis,(49)nomesmoano. Emseguida,Aschoff-Tawara(50)descobriramoNAtrioventricular(1906), Bachmann(51) o Feixe interatrial (1906), Keith e Flack(52) o N sino-atrial (1907), Kent(53)ofeixeanmaloatrioventricular(1913)eWenckebach(54)oFeixe internodal mediano (1916). O Feixe anmalo para-septal, s foi descoberto em 1940, por Mahaim.(55) Thorel(56)em1909,foioprimeiroaconceituaraexistnciados Fascculosinternodaisnotriodireito,demonstrandoprecariamente oramointernodalposterior,quehojesabemospercorrenaprojeoda crista terminal, mas na poca chegou a ser ridicularizado. Paes de Carvalho (1957)(57)eJames(1963)(58)completaramadefinioantomo-fisiolgica dessefascculodeconduointernodalposterior.interessante,associar tambm o relato de duplicao (desdobramento) do n sino-atrial, feito por Bruni e Segre,(59,60) em 1925, condio que pode originar entalhe da onda P no eletrocardiogramaO Sculo XX presenciou o avano fantstico dos conhecimentos de fisiologia cardiovascular aplicada na construo e aplicao dos dispositivos de circulao artificial.2Paraestesucesso,foramfundamentaistambmascontribuies de Mc Lean e Howell,(61,62) descobrindo a heparina em 1916 (possibilitando anticoagulao eficaz para que o sangue circulasse em superfcies artificiais), edeAlexCarrel(1873-1944)(1)sistematizandoassuturasvascularese iniciando estudos experimentais com transplantes de rgo, fazendo juz ao prmio Nobel de 1912.Em 1931, Hyman(63) construiu e demonstrou a eficcia do primeiro marcapasso artificial, e logo a seguir, em 1937, John Gibbon Jr.(64) construiu e realizou com sucesso, a primeira circulao extracorprea experimental comexclusofuncionaltotaldocoraoedospulmes.Empregouum aparelhocorao-artificialequipadocomoxigenadordetelasebombas de roletes, reproduzindo com sucesso o modelo de bomba patenteado por Porter e Bradley, em 1855, na Alemanha, e tambm utilizado por De Backey, em 1934, para transfuses sanguneas. Dogliotti e Constantini, em 1951,(65) naItliarealizamoprimeiroprocedimentodecirculaoextracorprea em humanos, com uma derivao cava-pulmonar e Gibbon Jr.,(66) em 1953, realizoupioneiramenteaprimeiracirculaoextracorpreacompleta empacientehumano,comacorreodecomunicaointeratrial.Nesta mesma dcada, Liotta e De Backey(67) constroem e empregam os primeiros modelos de ventrculos artificiais.SarnoffeBerglund,(68)em1954,desenvolveramascurvasde desempenhoventricular,demonstrandoapossvelindependnciade trabalhodosventrculosdireitoeesquerdo,eofatodeque,estandoo pericrdio intacto, o aumento da presso diastlica no capaz de estirar o miocrdio at um ponto de falncia, como previamente demonstrado por Starling.Em1956,oprmioNobelemmedicinafoiatribudoaWerner Forssmann (1904 - 1979), que em 1929, num pequeno hospital de Eberswal, Alemanha,comojovemmdicoresidente,anestesiousuaprpriaprega cubital, introduziu um cateter na veia mediana baslica (antecubital), e com ocateterbalanandodirigiu-separaasaladeRaios-X,documentandoo cateter posicionado no trio direito, provando que um cateter poderia ser introduzido com segurana dentro do corao, para injeo de drogas na ressuscitao cardaca. Foi demitido do hospital e humilhado pela sociedade mdica de seu tempo. Abandonou a Cardiologia e dedicou-se Urologia. CournandeRichards,tambmforamlaureadosjuntocomForssmann, por terem empregado pela primeira vez, em 1941, o cateterismo cardaco para diagnstico hemodinmico, com medida do dbito cardaco.(69) Logo aseguir,em1958,MasonSones(70)cardiologistapeditriconaCleveland F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc28Clinic,iniciouatcnicadeangiografiacoronriapercutneaseletiva, permitindo toda a evoluo subseqente nos conhecimentos da fisiologia, fisiopatologiaeteraputicaintervencionistacoronariana.Foicontudo Claude Bernard,(71) na Frana, em 1844, quem cunhou o termo cateterismo cardaco,registrandopressesintracardacasemanimais,pormeiode cateteres.Fleckenstein e Godfrain,(72,73) nos anos 60, estabeleceram as bases para a descoberta dos canais de clcio, fundamentais para todas as conquistas obtidas na farmacocintica cardiovascular. Foi tambm muito importante nesteperodoacontribuiodeLowereShumway,(74)sistematizando experimentalmenteostransplantescardacos,possibilitandoaChristian Barnard,(75) ex-assistente de Shumway, em 1967, realizar no Hospital Groote Schuur da Cidade do Cabo, na frica do Sul, o primeiro transplante cardaco emhumanos,comsucesso.Nocontextodostransplantesapossibilidade deimplantesemparalelocomduasouquatrocmarasfuncionantes,foi proposta no Brasil, em estudos experimentais realizados em 1968 e 1969(76-77)e,nosltimosanos,empregadosclinicamenteemvrioscentros,com modificaes.DentonCooley,(78)emHouston,implantouaprimeiraprtese cardaca total artificial, como suporte pr-transplante cardaco. O primeiro coraoartificialtotalclinicamenteeficaz,permitindovidasocialativa paraopaciente,foiomodeloJarvik,desenvolvidoporRobertK.Jarvik, implantando por William J. De Vries, em Seatle, 1982. O paciente, Barney Clark,sobreviveu112dias.(79)TofyMussivand,(80)noCanaddesenvolveu modelo avanado de corao artificial possibilitando recarga transcutnea de baterias totalmente implantveis.Indubitavelmente,dentreosavanosmaisnotveisdafisiologia cardiovascularnoltimosculo,estoascontribuiesdeFurchgot (1980),(81,82) descobrindo a influncia do xido ntrico na angiocinese, e de Srgio Ferreira, expondo o papel da Enzima Conversora de Angiotensina nos mecanismos de controle da presso arterial, o que possibilitou a Crushman, em1977,definirasntesedocaptopril,revolucionandootratamentoda hipertenso.(83) Todasasconquistas,fascinantes,dafisiologiacardiovascular expem, em nossos dias conceitos de limitaes tecnolgicas e de profunda sedimentao evanglica.Quanto s limitaes, notvel, que um dos maiores impedimentos ao sucesso pleno do corao artificial ainda seja a formao de trombos no interior da prtese, com embolias fatais subseqentes. Isto, provavelmente, 2porque toda a riqueza da contrao cardaca ainda no pode ser imitada. De fato, o corao, em cada sstole, renova todas as camadas de sangue em contato com o endocrdio, impedindo a estase e a agregao plaquetria. Isto, porque existe movimento de torso, como espremendo a cavidade, e no somente de aproximao das paredes, como no corao artificial, ou nocoraoparcialmenteinfartado,ondeaparedelimitadanacontrao propicia a trombose.QuantomaravilhadapresenadoSenhorJesus,DeusUnoe Trino,na nossa criao, tambm o prova o metabolismo cardaco, contra teoriasevolucionistasagnsticas.CharlesDarwin,(84)em1859,evoluindo osestudosdeWallace,emseumemorvellivroAOrigemdasEspcies (OriginoftheSpecies)conceituouaevoluodasespcies,comoainda muitoadotadahoje,segundoaqual,apartirdasadaptaesaomeio, osorganismos,desdeosmaissimplessofreriammutaesgenticases osrenovadosemestruturasecomplexidadesobreviveriam.Em1871,no seu livro The Descent of the Man (A Formao do Homem),(85) Darwin, que tambm adotara a lei biolgica Natura non facit saltum, inclui a formao do homem no mesmo princpio. Entretanto, na pagina 158 de Origem das Espcies,Darwin estabelece o seguinte desafio:Sefossepossveldemonstraraexistnciadequalquerrgo complexo,quenotenhasidoformadoporseqncianumerosade pequenasmodificaesaminhateorianoteriasentido.Eistoocorreu com o metabolismo cardaco, que tem como substrato energtico a Glicose (18 %), os cidos Graxos (67%) e oLactato(15 % ). Este padro s ocorre namusculaturaesquelticanarespostaaotrauma,porqueemcondies basais a Glicose responsvel pela quase totalidade do insumo energtico.A resposta do organismo ao trauma caracterizada pelas seguintes fases:Retenohdrica,alteraoenergtica,ediminuiocelular. Fundamentalmente, a reteno hdrica devida ao aumento da liberao de hormnio antidiurtico pela hipfise. A modificao do perfil energtico para o metabolismo de trauma, determinada pela estimulao simptica com aumento da concentrao de adrenalina circulante, que, por conseguinte, bloqueia o efeito da insulina na membrana celular, dificultando o consumo da glicose. A diminuio celular depende do acentuado estmulo corticide. Por isto, os pacientes sob estresse, desenvolvem hipotonia muscular, perda de peso corpreo e tendncia para o edema. Se o miocrdio respondesse no mesmo padro, o corao entraria em falncia, com morte resultante. Mas ao contrrio, durante o estresse, as alteraes neuro-humorais e energticas aumentam o aporte nutricional e o desempenho cardaco, para sustentar a F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc30recuperao de todo o corpo. O desenvolvimento do corao, a partir de seres monocelulares, passando por peixes primitivos com tubos cardacos de estrutura contrtil elementar, no poderia ocorrer por estmulo do meio, porque todos os indivduos do grupo primitivo morreriam de insuficincia cardaca, e no veramos sobreviventes dos grupos primitivos, como esto a, em quantidades incrivelmente maiores do que o prprio homem, e at mesmo muito mais numerosos do que todos os mamferos.Houve um salto inexplicvelporleisnaturais.OCorao,nospeloseumetabolismo detrauma,especial,mastambmpelaorganizaogeomtricadesua estruturamiocrdica,justificandoametforadacordaenrolada,de Torrent-Guasp,(86) estabelece uma diferena evolutiva marcante entre seres deReino,atOrdens,Famlias,Gnerosemuitasespciesdiferentes.A mudanadomiocrdiodemsculolongitudinalparacircunferencial mltiplonopodesersporestmulodomeio.Todososintermedirios, inexoravelmente,morreriamdeICC,impedindoaevoluo.Dianteda evidncia, na humildade que edifica, conveniente recordar as palavras do Esprito Santo do Senhor Jesus emSo Moiss: O Verbo estava com Deus, o Verbo era Deus.Todas as coisas foram feitas por seu intermdio e nada do que foi feito semEle se fez ( So Joo 1, 1).O corao um dos rgos especiaisdaCriao,noobedeceuaevoluomodelodarwinismo.O nosso corao de Jesus!

3!REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS1. Alex Carrel - In http://educaterra.terra.com.br/voltaire/antiga/2002/10/31/001.htm2.Castiglioni A - Histria de la Medicina. Barcelona: Salvat, 1941; p.180, 181, 722. 3.FriedmanM,FriedlandGW-Asdezmaioresdescobertasdamedicina.So Paulo,Companhia das Letras, 20004. Introcaso L - Histria da medida da presso arterial-100 anos do esfgmomanmetro Arq Bras Cardiol 1996; 67 (5)5.LyonsAS,Petrucelli-IIRJ-HistoriadelaMedicina.Barcelona,EdicionesDoyma, 19876. Servet M. - Christianismi restitutis - Viena, Balthasar Amoullet, 15537. Colombo R. - De re anatomica, libri XV - veneza, Nicolai Beullacquae, 15598. Fabrici G. De venarum osteolis - Padua, Lorenzo Pasquati, 16039. Harvey W. - Excitaciones de geratione animalium - Londres, O. Pulleyn, 165110. Lower R. - Iractatus de corde - Londres, J. Allestry, 166911.MalpighiM.-Operaomnia-Londres,R.Scott,1686DorlandMedicalDictionary/W.Saunders/ www.msn.com.br12.DorlandDiccionariodeCienciasMdicas.BuenosAires:Ateneo,1966;p.1112, 1138.13.Booth J - A short history of blood pressure measurement. Proc Roy Soc Med 1977; 70:739-9914. Dominguez RC, Michel A - Evolucion de la esfgmomanometria. Arch Inst Cardiol Mx 1994;34: 315-23. 15. Major RH - The history of taking blood pressure. Ann Med History 1930; 2: 47-50. 16. Lewis C - Historical notes: Early measurement of blood pressure. Md Med J 1985; 34: 640-1. 17. Parati G, Pomidossi G - La mizzurazione della pressione arteriosa. Milano: Farmitalia Carlo Erba, 1988; 12-13. 18. Dominguez RC, Michel A - Evolucion de la esfgmomanometria. Arch Inst Cardiol Mx F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc321994;34: 315-23. 19.Riva-RocciS-Unnuovosfgmomanometro.GazzettaMedicadiTorino1896;50: 981-96. 20.SegallHN-HistoryofMedicine:HowKorotkoff,thesurgeon,discoveredthe auscultatory method of measuring arterial pressure. Ann Intern Med 1975; 83: 561-2. 21. Laher M, OBrien E - In search of Korotkoff. Br Med J 1982; 285: 1796-8. 22. Ringer S - A Further contribution regarding the infuence of the diferent constituents of the blood on the contraction of the heart. J Physiol (Lond) 1882; 4: 2923.JulienJean-CesarLeGallois(Paris,DHautel,1812)-apudinGalettiPM,Brecher GA- Heart-lung by-pass. Principles and techniques of extracorporeal circulation. New York, Grune & Stratton, 196224.BrownSequardE-Recherchesexperimentalessurproprietesphysiologiqueset usage du sang rouge et du sang noir et leur principaux lments gazeux, Oxigne et lcide carbonique. J Physiol Du Lhomme (Paris)1858; 1 : 95-122, 353-367, 729-75525. Bernard C(1859) - Apud in Olmsted JMD, Olmsted EH. Ed. Claude Bernard and the Experimental Method.New york, Henry Schuman Publishers, 195226. CannonWB - The Wisdom of the Body. New York, NW Norton & Co., 193927.WalterF-UntersuchungenuberdieWirkungderSaurenaufdenthierishen Organismus. Arch Exp Path Pharm1877; 7: 14828. Langendorff O (1895) - http://www.visibleheart.com/methods.html#langendorff29. Frank O - Zur Dynamic des Hermusckels. Ztschr f Biol, 1895; 32: 370:447. Traduzido por Chapman CB & E Wasserman - On the dynam-ics of cardiac muscle. Am Heart J. 1959; 58: 282-317.30. Wiggers CJ Some factors controlling the shape of the pressure curve in the right ventricle. AM J Physiol1914; 33:38231. Starling EH - The Linacre Lecture on the Law of the Heart.London, Longman, Green & Co., 191832. Schlant RC, Sonnenblick EH - Normal Physiology of the Cardiovascular System. In Hurst JW, Schlant RC, Rackley CE, Sonnenblick EH, Wenger NN, Ed. The Heart, 7th ed, New York. McGraw-Hill, 199033.StraubH-DynamikdesSaugetierherzens;II.MitteilungDynamikdesRechten 33Herzens Dtsch Arch Klin Med 1914; 115: 53134. Bowditch HP - Ueber die Eigenthumlichkeiten der Reizbarkeit, welch die Muskelfasern desHerzenszeigen.VerhKSachsGesWocheshrLeipzigMathPhysCl1871;23: 65235. Howell WH, Donaldson F Jr - Experiments in the heart of the dog with reference to maximum volume of blood sent out by left ventricle in a single beat. Philos Trans R Soc London Ser B 1884; 175: 13936. Wiggers CJ - Studies on the consecutive phases of the cardiac cycle: I. The duration oftheconsecutivephasesofthecardiaccycleandthecriteriafortheirprecise determination. Am J Physiol 1921; 56: 41537. Wiggers CJ - determinants of cardiac performance. Circulation 1951; 4: 48538. Guz A - Chairmans Introduction. In: The Physiological Basis of the Starlings Law of the Heart. 1974, Ciba Foundation Symposium 24, pg 1-5, Elsevier, Excerpta Medica, Amsterdam.39. Tucci PJF, Decourt LV (1992) - Ernest Henry Henry Starling o cientista, o educador, e a lei fundamental do corao. http://publicacoes.cardiol.br/caminhos/012/ 40.PattersonSW,PiperH,StarlingEH-Theregulationoftheheartbeat.JPhysiol (Lond), 1914; 48: 463-51341. Gordon AM, Huxley AF, Julian FJ - The variation in isometric tension with sarcomere lenght in vertebrate muscle fbers. J Physiol (Lond), 1966; 184: 170-85.42. Grimm AF, Lin HL, Grimm BR - Left ventricular free wall and intraventricular pressure-sarcomere lenght distributions. Am J Physiol, 1980; 239: H101-H107.43. Mac Gregor D, Covell JW, Mahler F et al - Relations between afterload, stroke volume and the descending limb of Starlings curve. Am J Physiol, 1974; 227: 884-91.44. La Place PS - In http://wwwgroups.dcs.stand.ac.uk/~history/Mathematicians/Laplace.html45. Batista R - Partial Left Ventriculectomy. Scientifc Forum IVon Cardiovascular Sciences. Fundao Cardiovascular So Francisco de Assis / ServCor . Belo Horizonte-MG, 6 de Dezembro de 1994.46. Ludwig CFN - In http://www.ecglibrary.com/ecghist.html47. Hurst JW, Schlant RC, Rackley CE, Sonnenblick EH, Wenger NN, Ed. The Heart, 7th F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc34ed, New York, McGraw-Hill, 199048.PurkinjeJEvon-Mikroskopish-neurologisheBeobachtungen.ArchAnatPhysiol 1845; 12:28149.HisW-DieThtigkeitdesembryonalenHerzensArbmedKlinLpz1895,Apud inRomanesGSEd.CunninghamsTextbookofAnatomy10thEd.,London,Oxford University Press, 196450. Tawara S - Das Reisleitungssystem des Saugetierherzens. Jena, G. Fisher, 190651. Bachmann G - the inter-auricular time interval. Am J Physiol1906; 41: 309-32052.Keith A,FlackM- Theformandnatureofthemuscularconnectionsbetweenthe primary divisions of the vertebrate heart. J Anat Physiol1907; 41: 172-18953. Kent AFS - The structure of the cardiac tissue at the auriculoventricular junction. J Exp Physiol 1913/1914; 47: 19354. WenckebachKF - Beitragezur KenntnisdermenschlichenHertzttigkeit. Arch Anat Physiol 1916; 3: 5355.MahaimI,WinstomMR-Recherchesdanatomiecompareetdepathologie exprimentalesurlesconexionshautesdufaisceaudeHis-Tawara.Cardiologia 1941; 5:189-26056. Threl Ch - Vorlaufuge Mitteilung ber eine besondere Muskelverbindung zwischen der Cava superior und Hisschen Bndel. Mnch Med Wschr 1909; 56: 21-5957.PaesdeCarvalho A,DeMelloWC,HoffmanBF-Electrophysiologyevidencefor specialized fber typs in rabbit atrium. Am J. Physiol 1959; 196: 483-48858.James TN- Theconnectingpathwaysbetweenthesynusnodeand A-Vnodeand between the right and left atrium in the human heart. Am Hearty J1963: 66; 498-50859.Bruni AC,SegreR-SdoppiamentodelnodoDelsenonelcuoreUmano. AttiSoc LombardaScienze Md Biol 1925; 13 (6): 1-3 60. Bruni AC, Segre R - Apud in Di Dio LJA - Tratado Anatomia Sistmica Aplicada. 2. So Paulo,Atheneu, 200261- Mc Lean J - The thromboplastic action of cephalin. Am J Physiol 1916; 41: 25062. Howell WH, Holt E - Two new factors in blood coagulation: heparin and proantithrombin.Am J Physiol 1918; 47: 3283563. Hyman AS. Resuscitation of the stopped heart by intracardial therapy. II Experimental use of an artifcial pacemaker. Arch Intern Med 1932; 50:283-305)64. Gibbon JH, Jr - Artifcial maintenance of circulation during experimental occlusion of pulmonary artery. Arch Surg 1937; 34: 110565- Dogliotti AM, Constantini A - Primo Caso di applicazione alluomo di un apparecchio di circulazione sanguinea extra-corporea. Minerva Chir. 1951; 6: 65766.GibbonJH,Jr.,MillerBJ,FeinbergC-Animprovedmechanicalheartandlung apparatus. Med Clin N Amer 1953; 37: 160367. Liotta D, Hall CW, Hewley WS, Cooley DA, Crawford ES, De Bakey ME Prolonged Assisted Circulation I. The Arterial Counterpulsator. J Thorac & Cardiovasc Surg 1961; 41: 44768. Sarnoff SJ, Berglund E - Ventricular function. I. Starlings law of the heart studied by means of simultaneous right and left ventricular function curves in the dogs. Circulation 1954; 9: 70669. Forssman W (1929) - http://www.ptca.org/nv/historyframe.html70. Sones M - http://www.ptca.org/archive/bios/sones.html71. Bernard C - Apud in Mueller R, Sanborn T. The History of Interventional Cardiology, Am Heart J1995;129:146-72 72. Fleckenstein. - A History of Calcium Antagonists. Circ Res 1983; 52 (Suppl.1): 3- 1673. Fleckenstein & Godfrain - Apudin in - Classifcation of Calcium Channels and the Sites of ActionofDrugsModifyingChannelFunction.PharmacologicalReviews1992;44 (3): 363-7574. LowerRR, Shumway NE - Studies on orthotopic transplantation of the canine heart. Surg Forum 1960; 11: 1875. Barnard CN - The Operation. South african M J 1967; 41: 127176. Marques EF - Transplante Cardaco Heterotpico Intratorcico. Atualidades Mdicas, 1969; Set. Pg. 1977. Gomes OM. - Transplante Cardaco Homlogo Heterotpico, Intratorcico JBM, 1970; Julho 176 - 18178. Cooley DA, Liotta D, Hallman GL, Bloodwell RD, Leachman RD, Milan JD - Orthotopic cardiac prosthesis for two-staged cardiac replacement. Am J Cardiol 1969; 24: 723F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc379. Barney Clark - In http://inventors.about.com/library/inventors/blartifcialheart.htm80. MussivandT, Masters RG, Hendry PJ, Keon WJ. - Totally Implantable Intrathoracic Ventricular Assist Device. Ann Thorac Surg 1996;61:444-7.81. Furchgott RF, Zawadski JV - The obligatory role of endothelial cells in the relaxation of arterial smooth muscle by acetylcholine. Nature 1980; 228: 373-6. 82. Furchgott RF - Studies on relaxation of rabbit aorta by sodium nitrite: the basis for the proposal that the acid activated inhibitory factor from bovine retractor penis is inorganic nitrite and the endothelium-derived relaxing factor is nitric oxide.y In: Vanhoutte PM. ed - Mechanisms of Vasodilatation, vol IV. New York: Raven Press, 1988; 401-14. 83. Luna RL -Histria da Cardiologia. http://www.cardiol.br/conheca/caminhos/0384. Darwin C - The Origen of Species (1859). New York, Bantan Books, 199985. Darwin C - Autobiografa Alianza Cien. Madrid, Alianza Editorial, 199386. Torrent-Guasp F - The Cardiac Muscle. Madri, editorial Grfcas Torroba, 19723Aparedetorcicacompostapelacolunavertebral,costelas, cartilagenscostaisepeloesterno.Aaberturatorcicasuperiorlimitada pelamargemsuperiordaprimeiravrtebratorcica,dorsalmente,borda superior do manbrio, ventralmente, e pelo primeiro par de costelas com suas cartilagens, lateralmente; mede aproximadamente 5 cm no dimetro anteroposterior e 10 cm no transverso.A abertura torcica inferior, fechada pelo diafragma, limitada pela 12 vrtebra torcica, juno xifosternal, 12 par de costelas e pelas bordas livres do ltimo par de cartilagens costais.A cavidade torcica contm os pulmes, as pleuras e o mediastino, geralmente dividido nas seguintes regies:MEDIASTINO SUPERIORSituadoacimadonveldopericrdio,apresentafeixesdetecido fibrosopoucodenso,unindoomanbrioesternalpartesuperiordo pericrdio(ligamentoesternopericrdicosuperior)egrandenmerode estruturas:oarcoarticocomseustrsramos(troncobraquioceflico, cartidacomumesquerdaesubclviaesquerda),apartesuperiorda veiacavasuperior,asveiasbraquioceflicaseaveiaintercostalsuperior esquerda;osnervosvagos,frnicos,cardacoserecorrentelarngico esquerdo; a traquia, esfago, ducto torcico e timo, ou seus remanescentes, juntamente com linfondos.Um plano longitudinal imaginrio, passando na projeo da traquia, ANATOMIA TORCICA E CARDIOVASCULAROtoni Moreira GomesCaptulo2F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc38divideoMediastinoSuperioremAnteriorePosterior.Estadivisotem interesse prtico, porque toda patologia cirrgica ocorrendo no Mediastino Anterior e Superior, exige abordagem por esternotomia ou por toracotomia ntero-lateralalta.JaspatologiasocorrendoemMediastinoSuperiore Posterior exigem acesso por toracotomia pstero-lateral alta.MEDIASTINO ANTERIORDefinido pelo espao atrs do esterno situado na frente do pericrdio, apresentapoucoslinfondos,ramosdasartriastorcicas(mamrias) internasefeixesdetecidofibrosoqueunemopericrdioaoprocesso xifideeextremidadeinferiordoesterno(ligamentoesternopericrdico inferior).MEDIASTINO MDIODelimitadopelacavidadedopericrdio,contmocorao,com aaortaascendente,otroncoarterialpulmonar,parteinferiordaveia cava superior, pores terminais das veias zigos e pulmonares, os nervos frnicos e os brnquios principais juntamente com os vasos e linfondios das razes pulmonares.MEDIASTINO POSTERIORDefinido entre o pericrdio e a coluna vertebral, apresenta a poro descendentedaaortatorcicaeseusramos,oesfago,asveiaszigose hemizigos,nervosvagoseesplncnicos,linfondosecanaislinfticos principais (ductos torcico e direito).Os msculos da parede torcica podem ser divididos em extrnsecos eintrnsecos;osprimeirosestorelacionadoscomosmovimentosda cabea, troncos ou membros superiores, e os ltimos com as variaes de dimenses da caixa torcica, influindo diretamente na respirao.Os msculos extrnsecos so: trapzio, grande dorsal, levantador da escpula, rombides maior e menor, peitorais maior e menor, subclvio e serrtil anterior.Os msculos intrnsecos so: intercostais externos, internos e ntimos, 3levantadores das costelas, subcostais, transverso do trax e diafragma.Dentreosnervosrelacionadoscomaparedetorcicatmmaior importncia o toracordorsal e o torcico longo, que inervam os msculos grande dorsal e serrtil anterior, respectivamente, podendo ser facilmente identificadosnapartesuperiordafacelateraldaparedetorcica(parede medial da axila). Dentre os vasos, merecem especial ateno, pelos riscos dehemorragiaeaplicaescirrgicas,asartriastorcicas(mamrias) internas e intercostais.Aartriatorcicainternaorigina-sedaartriasubclvia, imediatamenteabaixodotroncotirocervicaleterminaaonvelda extremidadeesternaldo6espaointercostal,dividindo-seemartrias epigstrica superior e musculofrnica. Na sua poro inicial a artria dirige-se para frente, para baixo e medialmente, situando-se sobre a pleura e atrs da veia braquioceflica; a artria direita cruzada anteriormente pelo nervo frnico, que passa de lateral para medial. Desde a primeira cartilagem costal aartriatorcicainternadesceverticalmente,cercadeumcentmetro paraforadabordaesternal,revestidapelafsciaendotorcicaepleura parietal, acima, e pelo msculo transverso do trax, abaixo. Geralmente acompanhada por vasos linfticos, pequenos linfondos e por duas que se unem da terceira cartilagem costal para formar tronco que desemboca na veia branquioceflica.As artrias intercostais originam-se anteriormente da artria torcica internaeposteriormentedaaorta.Asporesanterioresdestasartrias podem ser nicas ou duplas, nascendo como ramos superiores e inferiores; quando nicas logo se dividemem dois ramos. A poro posterior de cada artriaintercostalorigina-secomtronconicodaaorta,correndoentre apleuraeaomsculointercostalatongulodacostela.Nestetrajeto aartriaocupaapartemdiadoespaointercostal,podendoserlesada durantearealizaodotoracocenteseouduranteaberturadoespao intercostal. Ao nvel do ngulo da costela cada artria se divide em ramos superior e inferior, que se anastomosam com os ramoscorrespondentes da torcica interna; o ramo superior, do ngulo da costela para a frente, ocupa o sulco existente na borda inferior da costela adjacente (sulco intercostal), juntamente com o nervo e a veia intercostal.FSCIA ENDOTORCICAumavastamembranafibroelsticaquerevestetodaacavidade F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc40torcica.Encontra-seexternamentepleuraparietal,qualunidapor tecido conectivo delgado, infiltrado de gordura em alguns pontos.A fscia endotorcica pode ser comparada fscia transversalis do abdome;a primeira sendo limitada pela pleura e parede costodiafragmtica e a segunda pelo peritnio e parede abdominal.Napartesuperiordotrax,aonveldacpulapleural,afscia endotorcica contrai aderncias com os vasos da regio; anteriormente, ao nvel do manbrio esternal continua-se com a aponeurose cervical mdia; posteriormenteaoesterno,passaportrsdosvasostorcicosinternos (mamrios) e msculo esternocostal; inferiormente reveste a poro carnosa do diafragma e contribui para o fechamento dos orifcios diafragmticos.A fscia endotorcica delgada na criana e mais espessa no adulto. Sua espessura varia de uma para outra regio, no mesmo indivduo: mostra-semaisresistentenasparedesanterioreposteriordotrax,sendomais frgil nas paredes laterais e diafragmtica. Superiormente, sua continuao comasaponeurosescervicaismdiaeprofundanoapresentalinhade demarcao,porm,lateralmente,adere-sefirmementeaocontorno internodaprimeiracostela.Estadisposioimpedeainvasodotrax pelos processos supurativos do pescoo.Naparedetorcicaposteriorafsciaendotorcicacontornaos rgosdomediastinoposterioreseconfundecomaporofibrosado pericrdio.Em casos de fraturas, a fscia endotorcica, reforada pela pleura, contribui significativamente, impedindo a propagao de infeces, graas a sua estrutura consistente.PLEURAAmembranapleuralrecobreospulmeseacavidadetorcica internamente.Ofolhetoderevestimentopulmonardesignadocomo pleura visceral e o da parede torcica como pleura parietal. O espao entre esses dois folhetos virtual e s se torna manifesto em casos patolgicos, peloacmulodear(pneumotrax),sangue(hemotrax),pus(empiema), linfa (quilotrax) e lquidos serosos ou serofibrinosos (hidrotrax).Apleuravisceraladere-seintimamenteaopulmo,doqualno pode ser dissecada sem leso do parnquima, revestindo todas as fissuras eprojeesdoslobospulmonares.Apleuraparietalrevesteacavidade torcica, podendo ser dividida em quatro pores: pleura costal, revestindo 4!ascostelasemsculosintercostais;pleuradiafragmtica,cobrindoa superfcie torcica do diafragma; pleural mediastinal, limitando lateralmente o mediastino e pleura cervical, correspondente cpula pleural.Assuperfciesdeoposiesdaspleurasvisceraleparietalso revestidasdemesotlioquesecretapequenaquantidadedelquido seroso, que atua como lubrificante, facilitando o deslizamento durante os movimentos respiratrios. Nospontosdereflexoosfolhetosdapleuraparietalacham-se emcontatoatseremafastadospelaincursodasmargenspulmonares nainspirao.Taisespaospotenciaissoespecialmentenotados inferiormente, onde as pleuras costal e diafragmtica entram em contato ao redordodiafragma,formandoorecessocostodiafragmticos.Formaes similaresocorremnajunodaspleurascostalemediastinal(recesso costomediastinal).Apleuramediastinalreflete-seaonveldaraizpulmonarpara continuar como pleura visceral. O prolongamento desta zona de reflexo, at borda inferior do pulmo, constitui o ligamento pulmonar.Acpulapleuralprojeta-sediscretamenteatravsdaabertura torcicasuperior,semcontudoultrapassaronveldocolodaprimeira costela. Devido, no entanto, obliquidade desta costela, anteriormente, a pleura ultrapassa em 2,5-5,0 cm o nvel da incisura jugular do esterno ou 1,5-2,5 cm o nvel da articulao esternoclavicular.Inferiormente, a linha de reflexo pleural pode ser levemente mais baixa esquerda, mas no diferente para merecer designao especial.A margem inferior da pleura relativamente horizontal, sendo mais baixa ao nvel da linha axilar mdia, onde alcana a 10 costela. Prximo coluna vertebral, no entanto, pode descer abaixo do colo da 12 costela, aspecto importante a ser considerado nas incises de acesso ao rim.PULMO, TRAQUIA E BRNQUIOSDe conformidade como desenho da caixa torcica, cada pulmo possui um pice e uma base, superfcies costal e mediastinal e bordas anterior, posterior e inferior. O pice ocupa a cpula pleural, ultrapassando cerca de 1,5-2,5cmonveldaarticulaoesternoclavicular.Abase(ousuperfcie diafragmtica) ampla e cncova, moldada pela cpula diafragmtica. A superfcie mediastinal contm a raiz do pulmo, constituda pelos nervos, brnquios e vasos pulmonares; anteriormente, essa face pulmonar exibe a F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc42cncova impresso cardaca, mais pronunciada esquerda. Em torno das estruturas da raiz do pulmo a reflexo pleural delimita o hilo pulmonar.Cadapulmocortadodiagonalmenteporumafissuraoblqua queodivideemdoislobos(superioreinferior).Nopulmodireito,a fissura horizontal contribui para delimitar o lobo mdio. Em alguns casos estafissuraapresenta-serudimentar,dificultandoaseparaocirrgica doslobossuperioremdio.Noladoesquerdoaseparaoentreolobo superiorealngula,homlogadolobomdiodireito,raramentebem pronunciada,sendoaindividualizaocirrgicafeitaemfunoda distribuio brnquica.Atraquiaintratorcicasitua-seanteriormenteaoesfago,que aseparadacolunavertebral.Suabifurcaoocorreaonveldaborda superiorda5vrtebratorcica,emoposioaonguloesternal.Oarco articorelaciona-secomsuaporodistal,passandodeanteriorpara lateralesquerdo,razopelaqualosaneurismasdessesegmentoartico podem comprimi-la.Otroncobraquioceflicocruzaanteriormenteatraquiapara dividir-seemartriassubclviaecartidacomumquesobejuntoaoseu contorno lateral. Nas traqueostomias essa disposio deve ser lembrada para evitar a leso do tronco braquioceflico ao tentar prolongar inferiormente a abertura traqueal.Orelacionamentoentrevasosebrnquiosnaraizdopulmo aproximadamente igual nos dois lados; as veias pulmonares so anteriores eosbrnquiosposteriores;asartriaspulmonaressituam-seentreessas estruturas.Nosentidospero-inferior,adisposiodiferenteconforme opulmoconsiderado,sendoqueesquerdaaartriapulmonarsitua-se acimadobrnquio;nohilopulmonardireitoobrnquiolobarsuperior situa-se acima da artria pulmonar.Para diagnstico topogrfico por imagens e para programao de cirurgias, importante o conhecimento da segmentao broncopulmonar, sendo universalmente aceita a terminologia proposta por Jackson e Huber (Quadro I) (Fig. 1-1 a 1-5). ( SO AS FIG. 1-2 a 1-6 do LIVRO ZERBINI)43Quadro ISEGMENTOS BRONCOPULMONARESPULMO DIREITOPULMO ESQUERDOLobo superior Lobo superior1. Apical1 e 2. Apicoposterior2. Posterior3. Anterior3. Anterior4. Lingular superior5. Lingular inferiorLobo mdioLobo inferior4. Lateral6. Apical (superior)5. Medial7. Basal medial (cardaco)Lobo inferior8. Basal anterior6. Apical (superior)9. Basal lateral 7. Basal medial l0. Basal posterior8. Basal anterior9. Basal lateral10. Basal posterior Diferentemente da distribuio brnquica e arterial, restrita a cada segmento, as veias inter-segmentares drenam ambos os segmentos adjacentes aoplanoemquecorrem.Nassegmentectomiasesseconhecimento importante, porque as veias intersegmentares podem servir para orientar o plano de resseco. Por outro lado importante a preservao dessas veias para que a drenagem venosa do segmento adjacente no seja bloqueada. Muitastributriasdasveiasintersegmentaressotopequenasqueno exigemligaduras,outrasdevemseridentificadaseocludasantesde seccionadas.ESFAGODopontodevistaantomo-cirrgicooesfagocaracteriza-sepor F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc44noapresentarorevestimentoseroso,queinfluisignificativamentenos resultadosdasanastomosesdevscerasdigestivasintraperitoneais.Sua camada muscular frgil, consistindo principalmente de fibras longitudinais e de fibras circulares mais escassas, oferecendo pouca resistncia trao nas suturas. A mucosa, por outro lado, do tipo pavimentoso e relativamente resistente. Sua irrigao arterial do tipo segmentar na origem e predispe a problemas de isquemia tecidual quando o rgo dissecado em extenso superior a 4cm. A drenagem linftica do esfago abundante, apresentando coneces com linfondios abdominais, mediastinais e cervicais.Nas cirurgias do esfago a vida de acesso depende do segmento a ser exposto, da natureza da leso e do tipo de cirurgia a ser realizada. Geralmente asporestorcicasmdiaealtadoesfagosomelhoresabordadas atravsdetoracotomiapstero-lateraldireita.Naslesesbenignascomo as fstulas traqueosofgicas congnitas ou inflamatrias, tumores benignos e outras patologias que no necessitem de manuseio da anastomoses com oestmago,aviadireitapossibilitaacessoaorgoemqualquerporo domediastino.Poroutrolado,nasafecesdaporofinaldoesfago torcico, ou quando exista grande possibilidade de mobilizao de vsceras abdominais(estmago,jejuno)paraanastomoses,atoracotomialateral esquerda, atravs do 7 ou 8 espao intercostal, oferece melhor exposio, podendosercomplementadapelasecododiafragmaeaberturada parede abdominal(1-8). 45Figura - Segmentao broncopumonarAspecto da Segmentao broncopumonar na superfcie costal do pulmo esquerdoF|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc4Aspecto da Segmentao broncopumonar na superfcie mediastinal do pulmo direito.Aspecto da Segmentao broncopumonar na superfcie costal do pulmo direito4PERICRDIO, CORAO E GRANDES VASOSPERICRDIOO pericrdio apresenta trs folhetos, sendo que o externo, fibroso, confunde-seinferiormentecomocentrotendneododiafragmaaoqual estfirmementeaderidonafrenteedireita,ondeformaoligamento frenopericrdico;acimaeposteriormenteune-secomaadventciados grandesvasosdabase.Internamenteaopericrdiofibrosositua-seo pericrdioserosocomseusdoisfolhetos:oparietal,queseadereao pericrdio fibroso e o visceral, frequentemente denominado epicrdio.Opericrdioserosoumsacofechadoeinvaginado,sendo normalmente virtual a cavidade delimitada entre seus dois folhetos, a qual contmlquidoserosoemquantidadesuficienteapenasparadiminuiro atrito durante os movimentos do corao.A lmina parietal do pericrdio seroso reflete-se para o corao ao nvel dos vasos da base. Quando a cavidade pericrdica aberta, pode-se identificar o seio transverso, que se apresenta como um tnel, limitado na Aspecto da segmentao broncopumonar na superfcie mediastinal do pulmo esquerdoF|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc48frentepelaaortaetroncopulmonar,abaixoeatrspelotrioesquerdoe acima pela ltima poro do tronco pulmonar e artria pulmonar direita. OSeioOblquodoPericrdiooespaoemformadeUformadopelo pericrdio seroso ao revestir a face diafragmtica do corao, entre as duas veias cavas e as veias pulmonares.CORAOOcoraoestlocalizadoatrsdaporoinferiordoesternoe dastrsltimascartilagenscostais,comsuamaiorparteesquerdado planomediano.Amaiorextensodasuperfcieesternocostalformada peloventrculodireito,masocontornocardacodireitocorresponde aotriodireito.Partedoventrculodireitoprolonga-seemdireoao troncopulmonar,constituindooconearterialouinfundbulo.Oramo descendente anterior da artria coronria esquerda geralmente aloja-se no sulco interventricular anterior (realmente superior), da face esternocostal.Asuperfcieesquerdaoupulmonarconstitudaprincipalmente peloventrculoesquerdo.Asuperfciediafragmticaformadapelos doisventrculoseapresentaosulcointerventricularposterior(realmente inferior) que aloja o ramo descendente posterior da artria coronria direita (ou esquerda).Quandootrioestaumentadodevolume,osulcointeratrial mostra-sebemevidente,tangenciandoanteriormenteadesembocadura das veias pulmonares superior e inferior direitas.O trio direito formado a partir do seio venoso e do trio primitivo. A linha de unio entre estas duas partes assinalada superficialmente pelo sulco terminal, que se estende entre a desembocadura das duas veias cavas. Internamente o sulco terminal correspondente crista terminal, que separa aparedeatriallisa(derivadadoseiovenoso)daparteanterior,irregular, caracterizada pela presena dos msculos pectneos que se estendem at a aurcula.Oseptointeratrialumaestruturaformadaporduaslminas distintas. No corao normalmente desenvolvido o septum primum forma o soalho da fossa oval; a poro mais espessa do septo interatrial corresponde ao septum secundum, cuja borda inferior forma o limbo da fossa oval. No trio esquerdo os msculos pectneos confinam-se principalmente aurcula.Decadaladoacavidadeatrialesquerdaprolonga-separaos stios das veias pulmonares. Neste trio o contorno superior da fossa oval constitui a vlvula do forame oval.A cavidade ventricular direita triangular e a esquerda cnica. 4Osorifciosatrioventricularessoposteriores,masosstiosarticoe pulmonar so anteriores. Dessa forma, o sangue descreve trajeto em forma deUdeitado,ouseja,obraoinferior,querecebeosangue,acmara deenchimentooudeentradaeobraosuperiorrepresentaacmara desadaoudeesvaziamento.Umasalinciamuscularespessa,acrista supraventricular (ou infundibuloventricular) assinala a transio entre as duas cmaras.Acmaradesada,ouinfundbulo,situadaentreacrista supraventricular e a valva pulmonar dinmica, contraindo-se ativamente. Aporocorrespondentedoventrculoesquerdopredominantemente fibrosa, muito poucodistensvel e denominada vestbulo artico.Em cada ventrculo os msculos papilares anteriores e posteriores prendem-sesrespectivasparedes.Osdoladoesquerdosomais proeminentesdoqueosdodireito,principalmenteosposteriores.No ventrculodireito,pequenosmsculospapilaresoriginam-setambmdo septo. Neste ventrculo, a trabcula septomarginal (fita moderadora) mais ou menos isolada, do tipo ponte, estendendo-se do septo interventricular para a base do msculo papilar anterior, na parte mais baixa do ventrculo; contm um fascculo do ramo direito do feixe atrioventricular. Quando a trabculaseptomarginalnoexiste,omsculopapilar anteriororigina-se da juno do septo com a parede anterior.Oseptointerventricularpossuiumapartemusculareoutra Fig. 2-Corao e Vasos da Base1 - pice, 2 - Ventrculo Direito, 3 - Ventrculo Esquerdo, 4 - trio Direito, 5 - trio Esquerdo, 6 - Aurcula Direita, 7 - Aurcula Esquerda, 8 - Sulco trio Ventricular (Coronrio), 9 - Artria Coronria Descendente Anterior (DA), 10 - Tronco Arterial Pulmonar, 11 - Veia Cava Superior, 12 - Ligamento Arterial (Canal Arterial fechado), 13 - Aorta, 14 - Reflexo do Pericrdio, 15 - Tronco Braquioceflico Arterial, 16 - Cartida Comum Esquerda, 17 - Artria Subclvia Esquerda, 18 - N Sino-Atrial.F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc50membrancea.Aprimeiracompreendesuamaiorporo,aopassoque asegundaabrangepequenareaadjacentesvalvasatrioventriculares. Geralmenteainserodacspideseptaldatricspidedivideosepto membranceoacimadavalvatricspideeseparaotriodireitodo ventrculo esquerdo, sendo por isso denominado septo atrioventricular. A extremidade superior do septo membranceo continua-se com o contorno direito da aorta ascendente.Avalvaatrioventriculardireita,outricspide,possuicspides anterior,posterioreseptal.Cspidesacessriasexistemocasionalmente, sendo mais comum a diviso da cspide posterior. A valva atrioventricular esquerda foi comparada com a mitra episcopal (Vesalius) e por esse motivo denominada valva mitral. Contudo, as duas cspides so muito desiguais, sendo a anterior (ou artica mais pronunciada que a posterior (ou mural). A cspide anterior est interposta entre os stios atrioventricular e artico. Deste modo, o sangue entra no ventrculo esquerdo deslizando sob sua face atrial e retorna sobre a face ventricular, para sair na aorta. Nesta cspide as cordastendneassoconfinadasmargem,emcontrastecomacspide muralecomascspidesdavalvaatrioventriculardireitaquesolisas apenas na superfcie atrial e rugosas na face ventricular, pela implantao das cordas tendneas.Asvalvassemilunaresdaaortaedapulmonarestosituadasnas origens desses vasos. As vlvulas(cspides) articas geralmente situam-se uma na frente e duas atrs, sendo que a artria coronria direita origina-se do seio artico anterior e a esquerda do seio artico esquerdo.A valva pulmonar est situada em nvel mais alto do que a artica.Ascspidesdasvalvasarticaepulmonarsoconstitudasde tecido fibroso avascular, coberto em cada face pela ntima. A borda livre de cada cspide apresenta um pequeno espessamento, o ndulo, de onde se estende pequena lmina desprovida de tecido fibroso, a lnula. Os espaos delimitados entre as cspides e as paredes dos vasos so, respectivamente, osseiosarticosepulmonares.Cadaseiodesignadoemconformidade com a respectiva cspide (Fig. 3).Osistemadeconduoconstitudodefibrasmusculares especializadas para a transmisso de impulsos. representado pelo n sino-atrial,feixesdeconduoatrial,natrioventricular,feixeatrioventricular com seus ramos e fibras de Purkinje.Onsino-atriallocaliza-senapartesuperiordotriodireito,no contornoanterolateraldejunodaveiacavasuperior.Seusestmulos sepropagampelosfeixesdeconduoatrial(anterior,mdioeposterior) 5!Fig. 3 - Cavidades CardacasModificado de Tatarinov V. Human Anatomy and Physiology. Moscow, Mir Publishers, 1971(9,10).1 - Parede do Ventrculo Direito, 2 - Msculos Papilares Post. e Septal, 3 - Cordas Tendneas, 4 - Cspides Posterior e Septal da Valva Atrioventricular Direita (Tricspide), 5 - Artria Coronria Direita, 6 - Septo Interventricular, 7 - stio da Veia Cava Inferior, 8 - Aurcula Direita, 9 - trio Direito, 10 - Veia Cava Superior, 11 - Septo Interatrial, 12 - stios das Veias Pulmonares, 13 - Aurcula Esquerda, 14 - trio Esquerdo, 15 - Valva Mitral, 16 - Parede do Ventrculo Esquerdo, 17 - Fossa Oval, 18 - Limbo da Fossa Oval.19 - MM Papilares Ant. e PosteriorFig. 4- Complexo Estimulador do Corao(ModificadodeLossnitzerK,PfennigsdorfG,BruerH.Miocrdio,Vasos,Clcio. Mainz,Erasmusdruck GmbH, 1984(11)).1 - Nervo Vago Direito, 2 - N Sino-atrial, 3 - Feixes Interatriais, 4 - N Atrioventricular, 5 - Redede Purkinje, 6 - Ramo Direito, 7 - Ramo Esquerdo, 8 - Feixe Atrioventricular (Hiss), 9 - Feixe de Backman, 10 - Nervo Vago EsquerdoF|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc52atonatrioventricular,situadoabaixodoendocrdioatrialdireito,na parte do septo interatrial imediatamente acima do stio do seio coronrio. Ofeixeatrioventriculardirige-separaapartemembranceadosepto interventricular e em seguida se divide em ramos direito e esquerdo, que cavalgamoseptomuscular.Emcoraoapresentandocomunicao interventricularnapartemembranceadosepto,ofeixeatrioventricular ocupa o contorno do orifcio (CIV) no segmento compreendido entre 6 e 9 horas(1,2) (Fig, 4).Ocoraonutridopelasduasartriascoronrias,queem condiesnormaisoriginam-sedosseiosarticos.Acoronriaesquerda (Fig. 5) nasce do seio artico esquerdo, passando entre o tronco pulmonar eaaurculaesquerda,dividindo-seaseguiremramosinterventricular anterior (realmente superior) e circunflexo, que continua na parte esquerda do sulco coronrio onde se anastomosa com a coronria direita.O ramo interventricular anterior desce no sulco do mesmo nome, contorna a ponta do corao e sobe no sulco interventricular posterior em distncia varivel: fornece ramos septais e ramos diagonais para a poro anterolateral do ventrculo esquerdo.O ramo circunflexo vasculariza as pores adjacentes do ventrculo etrioesquerdosatravsdosramosmarginal,ventricularesposteriorese atriais.Aartriacoronriadireita(Fig.6)nascedoseioarticoventral, dirige-se para a direita, descendo na parte direita do sulco coronrio, onde se divide em ramo descendente posterior (realmente inferior), que desce no Figura 5 - Artria coronria esquerdaFigura 6-Artria Coronria direita53sulco interventricular posterior, e ramo transverso que prossegue no sulco atrio ventricular para anastomosar-se com o ramo circunflexo da coronria esquerda. Durante a primeira parte do seu trajeto a coronria direita envia ramosaoventrculoetriodireitos:oprimeirodelesaartriadocone arterial (para o infundbulo ventricular), que pode originar-se diretamente da aorta; um longo ramo decorre na margem do ventrculo direito em direo ao pice e outros dirigem-se tambm para a face posterior do ventrculo. Em aproximadamente 50% dos casos a artria do n sino-atrial origina-se da coronria direita. A artria para o n atrioventricular geralmente origina-sedaparteinicialdoramodescendenteposterior,queem90%doscasos deriva da coronria direita(11-20).Schlesinger, em 1940, props o conceito de dominncia coronariana, avaliadaemfunodaextensodasregiesventricularesirrigadaspelas coronrias. Observou que em 48% dos casos havia dominncia direita, em 18% dominncia esquerda e distribuio equilibrada nos 34% restantes.Opadrodeanastomosesentreasartriascoronriasvarivel Paula, em 1972, demonstrou que em pessoas da raa negra tais anastomoses so encontradas com mais frequncia, explicando a menor incidncia de enfarte nesses indivduos. GRANDES VASOSNaparteanteriordomediastinosuperiorencontram-seotimo, aaorta,otroncobraquioceflico,asartriascartidacomumesquerda esubclviaesquerda,aporodistaldotroncopulmonarcomseusdois ramos,asveiasbraquioceflicasdireitaeesquerda,partedaveiacava superior, os nervos frnicos e vagos.Figura 7 - 1- Veia cava superior2- traquia3- aorta4- artria pulmonar5- linfondio6- veia pulmonar7- artria coronria direita8- artria descendente anterior9- nervo frnico10- diafragmaF|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc54Otimolocaliza-senomediastinosuperior,atrsdomanbrio esternal.constitudopordoislobosunidosporumalminadetecido conectivo. A glndula atinge seu maior desenvolvimento entre 11 e 15 anos de idade, quando pesa cerca de 35 gramas. O timo de um recm-nascido pesa aproximadamente 13g. Durante a maturidade sexual a substncia da glndulagradualmentesubstitudaportecidoadiposo,atdesaparecer quase totalmente no adulto.Otroncopulmonarsitua-seinteiramenteesquerdadaaortae, emborasuaorigemestejaemplanoanterioraoartico,suabifurcao aonvelda2cartilagemcostalesquerdamaisposterioreocorreao nveldaconcavidadedoarcoartico.Otroncopulmonarrelaciona-se principalmente, com a aorta ascendente, no seu lado direito, e com o trio esquerdoatrs.Acoronriaesquerdaestintimamenterelacionadacom seu contorno posterior e a coronria direita decorre para frente entre ele e a aurcula direita. (figura 7)Aaortatorcicaapresentaporesascendente,transversa(arco da aorta) e descendente. A poro ascendente estende-se da raiz da aorta, dilatadapelapresenadosseiosarticosinternamente,ataemergncia dotroncobraquioceflicoarterial;quasetodarevestidapelopericrdio fibroso e envolvido numa reflexo do pericrdio seroso, juntamentecom o tronco pulmonar. A poro transversa continua a ascendente; inicialmente acha-se ventralmente traquia e a seguir prolonga-se para trs e para baixo contornando o brnquio esquerdo para ficar esquerda da traquia e do esfago.cruzadaanteriormentepelosnervosfrnicoevagoesquerdos, pelaveiaintercostalsuperioresquerdaeporramoscardacosdovagoe simpticohomolaterais.Cranialmenteemergemseustrsramos(tronco braquioceflico,artriacartidacomumesquerdaeartriasubclvia esquerda) cruzados ventralmente pela veia braquioceflica esquerda.Inferiormenterelaciona-secomabifurcaodotroncopulmonar. Onervolarngicorecorrenteesquerdocontorna-adafrenteparatrs, abraandonestaalaoligamentoarterial,queuneaaortacomoramo esquerdo da artria pulmonar.Aaortadescendente(geralmentedesignadacomoaortatorcica) estende-se da emergncia da artria subclvia esquerda at o diafragma e dela originam-se as artrias brnquicas e intercostais.55REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS1.dePaulaW,GomesOM AnatomiaCirrgicadoTrax.InZerbiniEJ,Ed.Clnica Cirrgica Alipio Correa Netto, So Paulo, Sarvier19742. Gardner, Gray, O`Rahilly.Anatomia. 4a Edio.Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan S.A., 19783.Netter,F.InteractiveAtlasofHumanAnatomy.Illinois,NovartisMedicalEducation-19954.Todd R. Olson,ADAM. Atlas De Anatomia Humana. Barcelona, Masson-Williams E Wilkins Espaa, S.A., 19975.KhaleW,LeonhardtH,PlatzerW. AtlasDe AnatomiaHumana,3aEdio.So Paulo, Editora Atheneu, 19976. CozenzaRM-Fundamentos de Neuroanatomia,2a Edio.Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan S. A. 1998 7. Dangelo e Fattini. Anatomia Humana Sistmica e Segmentar, 2a Edio. So Paulo, Atheneu, 20008.BruceJ,WalmseyR&RossJA.-Manualofsurgicalanatomy.E&SLivingstone, Edinburgh, 19649. Tatarinov V. Human Anatomy and Physiology. Moscow, Mir Publishers, 197110. Lossnitzer K, Pfennigsdorf G, Bruer H. Miocrdio, Vasos, Clcio. Mainz,Erasmusdruck GmbH, 198411.DupinJB,GomesOMNmina AnatmicaCardiovascular Atualizada.InGomes OM, Faraj M, Ed. Cardiologia da Famlia, Belo Horizonte, Edicor, 200512. Machado, A. Neuroanatomia Funcional, 2a Edio. So Paulo, Atheneu,200213. Nomina Anatomica. Traduzida sob a superviso da Comisso de Nomenclatura da SociedadeBrasileirade Anatomia. Aprovadapelo11oCongressoInternacionalde Anatomistas,CidadedoMxico,1980,RiodeJaneiro-MEDSiEditoraMdicae Cientfca Ltda. - 5a Edio 1987.14. PutzR,Pabst R. - Sobotta Atlas de Anatomia Humana, 20a Edio.Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan 1995 15. Di Dio LJA. Tratado de Anatomia Sistmica Aplicada, 2a. Edio, So Paulo, Atheneu, F|:|c|cg|c Cc|c|cvc:cu|c| Ap||cccc5200316.Grant,JCB&BasmajianJV-Grantsmethodofanatomy.Willian&WilkinsCo., Baltimore, 196517.LathamRA&AndersonRH.-Anatomicalvariationsinatrioventricularconduction system, with reference to ventricular septal defects. Brit. H. Journal, 34:185, 1972.18. Paula W de - Estudo estatstico sobre a irrigao coronariana no corao humano em brancos e negros. Fol. Clin. Biol., 1:18,197219.RomanesGJ-CUNNINCHAMSTestbookofanatomy.OxfordUniversitypress, Londo, 196420.TitusJL.-Normalanatomyofthehumancardiacconductionsystem.MayoClin. Proc., 48:24, 1973.5PRINCPIOS DA PESQUISA EXPERIMENTAL,BASES ANATMICAS E FISIOLGICASOtoni Moreira Gomes,Marta Del Riego CuestaO princpio primeiro da medicina humana do Senhor Jesus Cristo e no tem similar na experimentao, ou seja: Ama ao teu prximo como a ti mesmo.O princpio primeiro da pesquisa experimental nunca realizar no animal vivo o que pode ser estudado sem o seu sacrifcio. Por exemplo, em cadveres ou simuladores outros inanimados.Osegundoprincpiodapesquisaexperimentalguardarelaode muitaproximidadecomosegundodamedicinahumana,que:Ofim divinodamedicinaaliviarador.Naexperimentao:Oprimeiro compromisso do pesquisador evitar o sofrimento do animalPara aliviar ao mximo o sofrimento do animal faz-se mister sejam consideradas as trs fases clssicas