Livro Paz e Amor Bicho Sobre Alimentacao

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Nossa gratidão

Aos que ridos amigos mile naresHERCILIO MAES e ELEONORA MAES, acujo trabalho amorável, de dedicação exemplar e de absoluta de lidade, deve mos, todos os seusleitores, o reencontro com Mestre Ramatís nestaencar nação, e com as instruções que mudaramnossas vidas.

Todos os frutos das sementes que plantaram

também lhes per tencem, como este singe lo traba-lho, que com amor lhes dedicamos.

Esta publicação é uma parceria entre a Editora do ConhECimEnto e Grupo de Estudos Ramatís de Porto Alegre

Pedidos: [email protected][email protected] 

ou Av. Osvaldo Aranha, 824/134 — 90035-191 — Porto Alegre - RS

“Precisamos fazer hoje o que os outros só farãoamanhã, se quisermos ser portadores da Luz.”

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Paz e Amor, Bicho! 3

“Bem-aventurados os mansos, por que elesher darão a Terra.”

 Jesus

Há tanto que ser mudado, se quiser mos construir o mundomelhor que é necessidade impe riosa de nossas consciências,neste limiar da Nova Era...

Códigos, instituições, relacionamentos, a produção e distri-buição dos bens da Terra, a educação, a perspec tiva da ciência,a religiosidade, as artes curativas, a polí tica, as artes...

Tanto a ser mudado – e talvez um único fator, uma chave mágica nos daria entrada nesse mundo novo – cujo ter ritório,anal, jaz no inte rior de nossas consciências, sendo o mundo láfora mero ree xo.

Essa peque na chave de acesso chama-se “respeito à Vida”.Não há uma única misé ria, violência, desonestidade, injus-

tiça, dese quilí brio individual ou cole tivo, neste plane ta, que nãoresulte da ausência, em qualquer grau, desse valor essencial;come çando pelo respeito incondicional ao ser humano – qual-quer ser humano, seja como ou qual for – e estendendo-se atodas as for mas de vida.

Não nos foi ensinado, desde que nasce mos, que a Vidaé sagrada, e divinos todos os seres. Por isso, por nossa faltade reve rência ao divino que habita todas as for mas, pode mospassar indife rentes por um ser divino jogado na calçada, pode-mos conviver com a existência de crianças com fome e velhos

desamparados – todos divinos; admitimos a guer ra, a pobre za e a desigualdade, a destruição da Terra e de seus lhos menores.Em suma: assistimos iner tes ao desrespeito à Vida.

A Vida, a Vida Divina, chama sagrada que anima a todos os

Intro-du-ção

Os que her darão a Terra

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entes, não é obje to de nossa reve rência, respeito e amor. Inúteisserão todas as nossas religiões, rituais e crenças, enquanto nãoensinarem a humanidade a vivenciar essa supre ma ver dade.

Por trás de coisas a priori tão diver sas como um planta-dor de arroz enve ne nando ora e fauna com seus pesticidas,indústrias jogando metais pesados na água que vamos beber,um motorista que ignora um idoso no ponto de ônibus, umtracante com drogas à porta de uma escola, um car roceiroque espanca seu cavalo, um jovem que mata os pais, pais que matam lhos, um polí tico cor rupto desviando ver bas sociais, amutilação e matan ça dos jovens nos mata douros das guer ras

e dos animais nos matadouros civis – uma única e ver dadeiracausa: nós não respeitamos a Vida. Ela não é para nós um valor supre mo (só nos tex tos).

Sua sacralidade não basta para deter a mão dos tor turado-res, paralisar os linchadores, inibir os violentadores, coibir osassassinos passionais. Por quê?

Ninguém ensinou aos maridos homicidas que não são donosda vida; nem aos adolescentes violentados pela misé ria que uma

vida vale mais que um par de tênis alheio. Por quê?Por que nós, cole tivamente, não respeitamos essa Vida, de modo incondicional. E enquanto per mane cer mos na ilusão de que se pode pedir paz e exigir segurança num mundo sem esse respeito essencial, enquanto admitir mos a crueldade e a des-truição de qualquer forma de vida inocente, tudo que zer mosserá incapaz de mudar ver dadeiramente o mundo.

A única argamassa denitiva capaz de cimentar a constru-

ção desse Mundo Melhor será a consolidação, na consciênciacole tiva, desse princí pio simples e difí cil: A Vida é Sagrada. Umúnico artigo. Sem parágrafos. Sem exce ções.

Para as criaturas de boa vontade, que since ramente dese- jam colocar-se no rol dos ser vidores da Vida, dos seres mansos e pací cos – únicos que pode rão renascer, dentro em breve, neste plane tinha – há uma per ple xidade: por onde come çar? São tãovastas as mudanças reque ridas, de atitudes, compor tamentos e 

hábitos! O que pode fazer um único ser humano, no âmbito de sua singe la vida?Há uma sugestão simples, concre ta e acessí vel, e contudo

de alcance inimaginável: pare de matar (ou, retire a procuração

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para que o façam por você).Como? Você seria incapaz disso?Conra, por favor, no seu prato de cada dia.

Se há seres animais sendo mor tos para se transfor maremem sua refeição – sendo isso, como é, tão desne cessário quantonocivo à saúde – evidente mente o respeito à Vida não senta àmesa junto com você.

Não existem vidas maiores ou menores: existe a Vida.E onde existe sensibilidade à dor e ao sofrimento, causá-los

é incor rer no pior de todos os car mas: o da crueldade.Há uma atitude individual concre ta, possí vel e innita-

mente pode rosa, por seu alcance, que qualquer um de nós, que se diga consciente da Lei Evolutiva, pode tomar para iniciar hoje a transfor mação deste mundo violento e biocida numoutro, pací co e frater no: respeitar a Vida. Come çando por defender o direito à vida de todos os seres inde fe sos do plane ta,suspendendo a matança daque les que a humanidade intitulainde vidamente de comida.

Pode mos ensinar a nossos lhos o respeito incondicional a

todas as vidas; pode mos ensiná-los a respeitar e amar pássaros,inse tos, gatos e cachor ros, baleias, tar tarugas-marinhas, golnhose micos-leões dourados; mas não pode mos desmentir isso quandonos sentamos à mesa. Não pode mos amar e matar, respeitar e des-truir ao mesmo tempo. E se a nossa reve rência à Vida for genuí na,será contagiosa. E uma criança nossa defende rá um caracol de ser pisado, levará gentilmente um inse to per dido até a jane la – e nunca, nunca, nunca, pode rá ferir nenhum ser humano. Como

nunca admitiu ou viu admitir que nenhum ser vivo fosse ferido.Utopia? Não. Existem crianças que foram criadas assim.Se houvesse mais, nós pode ríamos sair tranqüilos pelas ruasà noite. Se houvesse muitas mais, seria impossí vel a qualquer demente com poder levar pessoas à guer ra (aliás, não have riadementes no poder). E se elas fos sem a totalidade das criançasda Terra, esta já seria aque le Mundo Melhor.

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I — Por trás da  fome do mundo 

“Detesto exce ções e privilé gios. O que nãopode ser de todos, não o quero para mim.”

Gandhi Planeta Terra: 6 bilhões de pessoas — 800 milhões com

fome crônica.Falta de alimentos? Não. Falta de consciência.Você sabia que, se numa área de terra qualquer, cultivar-

mos for rageiras para alimentar o gado, este anal irá alimentar mil pessoas: mas, se nessa mesma área plantar mos grãos, serãoalimentadas por eles quatorze mil pessoas? Essa é a propor çãoreal: 14 por 1.

Multiplique isso por milhares. Por milhões. E sabe rá para

onde vai a comida das crianças famintas do plane ta Terra.O que levou um Diretor do Conselho de Proteína da ONU

a declarar, com todas as letras: “os grãos das classes pobresestão sendo desviados para alimentar o gado dos ricos.”

Mais pre cisamente, um terço dos grãos do mundo viracomida animal!

E mais: os animais de corte são ver dadeiros “sumidourosde proteí nas”. De toda a proteí na que um boi consome —

100% — sabe quanto ele vai devolver? Dez por cento.Isso faz da carne o ali mento mais antie conômico e elitis-

ta do plane ta. Enquanto milhões de pessoas mor rem de fome,utiliza-se imensas extensões de terra, água e grãos para criar e 

Paz e amor, bicho! A Alimentação à Luz do Cosmo

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alimentar animais para suprir os consumidores de carne.Só o rebanho bovino do Brasil tem 172 milhões de cabe-

ças. Uma para cada bra si lei ro! Cada um desses bovinos rece-

be, com cer te za, melhor alimentação do que nossos milhões de crianças subnutridas e famintas.

Tomemos a soja, uma fonte magní ca e barata de proteí-nas.O Brasil está cober to de um mar de soja. A América do Sul já é o maior expor tador de soja do mundo — Brasil e Argentinaexpor taram 86 milhões de tone ladas na última safra. Um paísassim não deve ria ter desnutridos nem famintos. Mas, o que aconte ce com a nossa soja? Em vez de alimentar  pes soas, vai ali-

mentar o gado do Primeiro Mundo, para os que pagam em dóla-res aos nossos produtores. Que dor mem tranquilos, à noite, semsequer cogitarem do signicado social do alimento que plantam.

O que nos leva a uma questão igualmente nevrálgica.O alimento, que a Terra gene rosamente produz para o

sustento de  todos os seus lhos, devia ser um patrimônio de toda a humanidade. São as ener gias do Sol, armaze nadaspelos vege tais — que nos são doadas de graça. Por que razão

nós per mitimos que essa dádiva da Natureza para sustentar ahumanidade se transfor masse em obje to de lucro de uns pou-cos, em detrimento de todos?

O alimento devia ser produzido e consumido por cadacomunidade, para nutrir todos os homens; mas nós o trans-for mamos em obje to de comér cio. E de lucro! E enquantoas indústrias de alimentos — as segun das mais lucrativas domundo — enrique cem alguns, o alimento necessário é negado

às classes mise ráveis.Transformar os frutos da Terra em obje tode comér cio, espe culação e lucro, é tão imoral como pre tender-se vender a luz do sol ou o ar.

A Terra pode per feitamente produzir o suciente para ali-mentar toda sua população atual e mais ainda. Bastaria que alimentásse mos pes soas em vez de gado.

Consumir carne nos faz — mesmo a contragosto — coni-ventes com a fome, a desnutrição, e a espe culação e o lucro

daque les que ganham com esse desper dí cio ener gé tico que assola o plane ta.

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8 Mariléa de Castro

II — nosso modelo orIgInal de fábrIca 

“O conito não é entre o bem e o mal, mas

entre o conhe cimento e a ignorância.”Buda

Se comparar mos a máquina humana do Homo Sapienscom dois mode los básicos — car ní voro e her bí voro — é difí cilnão per ce ber o óbvio: nosso mode lo não é o car ní voro.

Os car ní voros rece be ram de fábrica dentes caninos frontais,aados, para rasgar a carne da presa. E não possuem molares —os dentes trituradores.(Dê uma olhada nos dentes do seu gato). Já os her bí voros e o homem não têm caninos frontais. E possuempré-molares e molares— uma eciente máquina trituradora de grãos e sementes. Bem claro, não?

Além disso, a saliva: a dos car ní voros não possui ptialina —uma substância que promove a pré-digestão, na boca, dos amidos(pre sentes nos vege tais). A dos her bí voros e do homem a possuem!

Os car ní voros não mastigam a carne. Sua digestão come ça noestômago, que possui um suco gástrico pode roso — vinte vezes

mais ácido que o dos her bí voros, para dige rir car nes e ossos.Mas o mais impor tante distintivo da espé cie humana e dos

her bí voros é o intestino.O intestino dos car ní voros se destina a dar trânsito à carne 

— uma substância reple ta de toxinas. O que fez a enge nhariada Mãe Natureza? Um conduto curto — três vêzes, no máxi-mo, o tamanho do animal — e sem reentrâncias, para que osresí duos vene nosos sejam eliminados rapidamente. Já os her-

bí voros — e o homem — têm o quê? Longos intestinos — deza doze vêzes o tamanho do corpo! E reple tos de vilosidades —reentrâncias e saliências que aumentam a super fí cie de absor-ção dos vege tais. Claríssimo, não é?

Pois não é — pare ce. O que faz o Homo-dito-Sapiens?Coloca no seu motor-a-vege tais o combustí vel inade quado e medonho da carne. Toxinas. Essas substâncias cam transitan-do lentamente pelo seu longo intestino her bí voro. E elas têm

um loongo tempo, e uma estrutura infer nalmente propí cia paraabsorvê-las — ao invés de livrar-se delas!Isso é pior do que colocar óleo die sel queimado no motor 

de uma Ferrari.

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Imagine o efeito de anos — décadas — desse processode enve ne namento lento, e é fácil entender por que as pessoasadoe cem tanto, e pade cem de prisão de ventre, colite, apendi-

cite, pele ácida e enve lhe cida, as juntas enfer ru jadas, e têmaler gias, gases, halitose e muito mais.

III — o que os olhos não  vêem ou o seu bIfe é  adItIvado

“A nature za não tem recompensas nem cas-tigos: tem conse quências.”

Você sabe que diariamente se come te o crime e a irres-ponsabilidade de cultivar lavouras com adubos e pesticidasquí micos.

Logo, aque las plantações ver dinhas de for rageiras infec ta-das vão parar — é claro! — no seu bife de cada dia, depois de terem andado sobre quatro patas durante algum tempo. E vãodire to para seu fígado, rins e intestino, mais a pele.

Mas essa é ape nas a primeira cena de um lme de ter ror —

“A Bioquímica Mortal”, infe lizmente ver dadeiro. Há um coque-tel de substâncias de que o seu bife/chur rasco é aditivado. Parator nar mais rentável a produção. Antibióticos, vacinas, hor mô-nios anabolizantes, estimulantes de ape tite, dados aos animais.

Antibióticos são uma artilharia pesada, destruidora de microor ganismos. Mas desde que os rebanhos e aves não adoe-çam, para serem lucrativos, os efeitos no consumidor dela —você — não impor tam. Quais estarão sendo as conse quências,

depois de décadas?Mais preocupante ainda é o caso dos hor mônios. Na deli-cada bioquí mica natural do corpo, bastam gotas deles paracomandar todas as reações orgânicas. Imagine doses incontrola-das absor vidas durante anos. Pense nos sintomas pós-menopau-sa que só têm feito se agravar nas últimas décadas. Nos cânce resde mama, de útero e de próstata. Ou seja: vacinas, antibióticos,hor mônios, estimuladores de ape tite — esse binho “gostoso”

é uma bomba-relógio que vai deixar estilhaços, lamento dizer,dentro de você. Mas não é tudo.A carne demora alguns dias para che gar dos abate douros

até o açougue e tende a assumir uma coloração escura e acin-

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zentada — que afugentaria os consumidores. O produtor entãoacrescenta uma bela coloração ver me lha: nitratos. Substânciascance rí ge nas — um peque no detalhe que ninguém comenta.

Ainda tem mais.— Benzopireno — é uma substância quí mica que causa

câncer de estômago e leuce mia. Em pouco mais de um quilo de carne assada, há mais benzopire no que na fumaça de seiscentoscigar ros. E também há o metilcolantre no — um cance rí ge no que se forma na alta tempe ratura, ao cozer a gor dura da carne.

Ainda mais. Um organismo sob forte stress — como umanimal prestes a ser sacricado — segre ga um monte de adre-

nalina, o hor mônio de ataque-e-defe sa. Que, junto com astoxinas metabólicas, o ácido úrico e tudo mais que cir culavano organismo animal, é armaze nado na carne e nas vísce ras,quando se inter rompe bruscamente a cir culação. Ah, e nãoesque çamos os microor ganismos — bac té rias e vírus, e ver mese protozoários. Alguns perigosamente pre sentes na carne mal-passada. Sobretudo de porco.

Sem esque cer os animais doentes. Sim, os mani  festamente 

doentes são sacricados (e os abate douros clandestinos?) Masse num ser humano a doença grave às vêzes se instala silencio-samente, o que dizer do animal, que não pode descre ver o que sente? Ou cada boi, porco, ove lha ou ave passa por um check-up comple to antes do abate?

Iv — hIPócrates sabIa  das coIsas

“Faz do teu alimento o teu remé dio”Hipócrates — O Pai da Medicina

Se o Homo-dito-Sapiens abaste cesse o seu mode lo rece bi-do zero quilôme tro da Natureza somente com o combustí velade quado, a maioria esmagadora da humanidade che gariaà velhice com uma saúde inve jável. A enge nharia da Mãe Natureza tem alto padrão de qualidade. Nós é que não segui-

mos o manual de instruções que vem embutido.Agora, tome aque le mode lo zerinho, e desde cedo, come-ce a intoxicar seu delicado motor com as toxinas da carne e agor dura animal que vem junto. Por volta dos 40-50 anos, os

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vasos san guí neos estarão como velhos canos d’água de ferro,entupidos pelos depósitos de coleste rol. A pressão do sangue sobre as pare des aumenta. Hipertensão, medicamentos. Os fan-

tasmas do enfar te e do der rame come çam a rondar a sua vida.1Não pre cisava ser assim. Na realidade, hiper tensão e coles-

te rol não são “proble mas de ido sos”. São “proble mas de idososcar ní voros” — conse quência de uma vida de consumo de maucombustí vel.

Outra falácia univer sal é a o fol clórico binômio velhinho-reumatismo (e artrite, e gota, & cia). O que ver dadeiramente aconte ce — outra vez! — é o combustí vel. Para ser mais exato,

as proteí nas da dieta car ní vora. O seu fígado não pode apro-veitar mais do que o necessário delas. O excesso, em forma de uréia e creatinina, tem que ser excre tado pelos rins. Se você insiste em bifes, chur rascos & cia, eles não conse guem maisdar conta, e despacham o excesso para armaze namento — nasarticulações e ossos.

Repetimos: reumatismo, artrite, gota & Cia não são ine vi-táveis “doenças de idoso”. São “doenças de car ní voro idoso”. A

carne contém toxinas e resí duos que, além de prisão de ventre e hemor róidas, causam uma intoxicação lenta que dete rioraa pele, afeta todo o organismo e pode levar ao câncer, colite,apendicite e outras coisas desagradáveis ter minadas em “ite”.

O Rio Grande do Sul, onde o chur rasco é ícone e o lema,aque la velha frase: “sem carne, para mim não é comida”, é oestado campeão nas estatísticas de câncer de mama do Brasil.Índices tão ele vados como os de paí ses do “Primeiro Mundo”,

também os maiores consumidores de carne.Você sabia que pesquisas médicas já comprovaram (divulgado na imprensacomum) que existe uma relação dire ta entre o consumo de carne e cânce res de mama, útero e ovário — e de próstata e intestinos? E ninguém sai por aí comentando.

Saúde é a herança natural do ser humano. Nossos desman-dos — físicos, emocionais e mentais, desta e de outras vidas— alte ram isso. Mas quem faz, pode desfazer.

1 Bem difundido já está o conse lho médico “evite a carne ver me lha”. Mas não é sóela que contêm gor dura. Em torno de todas as células musculares do tecido animalexiste um revestimento de gor dura, essencial para lubricar o músculo e possibilitar sua contração e relaxamento. Na ver dade, não existe carne sem gor dura.

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“Já tendes provas irre cusáveis de que podeisviver e gozar de ótima saúde sem recor rer àalimentação car ní vora. Para provar o vossoequí voco, bastaria conside rar a existência,

em vosso mundo, de animais cor pulentos e robustos, de um vigor extraor dinário e que,entre tanto, são rigorosamente vege tarianos,tais como o ele fante, o boi, o came lo, o cava-lo e outros.”

Ramatís

 v — é  assIm que  as coIsas realmente se Passam

“Os animais são meus amigos... e eu nãoconsumo os meus amigos. Isso é ter rí vel!Não só devido ao sofrimento e à morte dosanimais, mas também devido ao fato de ohomem se privar da mais ele vada capaci-dade espiritual, que é a de sentir simpatiae compaixão por todos os seres vivos, vio-lentando seus próprios sentimentos e se tor nando cruel.”

George Bernard Shaw 

Lembro muito bem. Por volta dos seis anos de idade, tive um momento de intensa dor e mal-estar ao pensar que a carne que comíamos exigia o sacrifí cio dos animais. E a res postaenfática dos adultos: não, a gente não podia viver sem comer carne; iria enfraque cer e mor rer. Foi um triste momento, o de ter que soter rar minha dor e compaixão naque la sentença irre-moví vel. Recordo a “acomodação” for çada que me obriguei a

fazer, tentando “esque cer” a dor e o peso na consciência, masme sentindo muito mal.Relato isso com um obje tivo: teste munhar esse movimen-

to que ocor re no inte rior da consciência das criaturas, quan dotêm que conciliar sua sensibilidade e compaixão pelos animaiscom o arraigado hábito do car nivorismo. Tentar “esque cer” oque se passa na realidade é a única forma de calar a dor daconsciência. Mas se temos coragem de fazer, temos que ter 

coragem de olhar o que faze mos.O animal sente. Não ape nas sente dor, mas tem sentimen-tos. Quando um boi, porco ou ove lha mar cha para a exe cução,eles pressentem o que vai ocor rer.

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Nós temos hoje a bênção da aneste sia até para restaurar um dente. Os infe lizes bovinos são mar cados a sangue frio comferro em brasa, tratados com brutalidade, apanham com fre-

quência, e muitas vezes sofrem fome. Para mor rer, ao ingressar no brete sinistro — quando se rebe lam, rece bem choques elé-tricos nas par tes sensí veis — são contemplados com um dis-paro de pistola de ar comprimido na testa que deixa o animaldesacor dado por “alguns minutos”. Depois ele é erguido por uma pata traseira, e cor tam sua gar ganta com um cute lo.

“O animal tem que ser san grado vivo, para que o sangue seja bombeado para fora do corpo, evitando a prolife ração

dos microor ganismos, diz um scal. Em 1997, a ativista dosdireitos dos animais ame ricana Gail Eisnitz escre veu o livroSlaughterhouse (“Matadouro”, iné dito no Brasil) no qualacusava os matadouros de sangrar muitos animais ainda cons-cientes. O abate a mar re tadas está proibido no Brasil, o que não quer dizer que não aconte ça — já que quase 50% dosabates são clandestinos. O proble ma da mar re tada é que nãoé fácil acer tar o boi com o primeiro golpe. Muitas vezes, são

necessários deze nas para desacor dá-lo.” (Superinteressante,abril/2002, p.48 ) Se é que isso aconte ce comple tamente. Equando são esfaqueados, não sentem?

 Já os por cos, “são connados do nascimento ao abate, dizo agrônomo Luis Carlos Pinheiro Machado Filho, da UFSC. Asgestantes são for çadas a parir atadas a uma ve la, aper tadasna baia. O abate é pare cido com o de bovinos, com a dife rençade que o ator doamento é feito com um choque elé trico na cabe-

ça e que o animal é jogado num tanque de água fer vendo apóso sangramento, para facilitar a retirada da pele. Gail Eisnitzar ma, em seu livro, que muitos por cos caem na água fer vendoainda vivos” (Superinteressante, idem, ibi dem).

Outros seres inde fe sos, moluscos, crustáceos, polvos e lulassão jogados vivos nas pane las em ebulição para retor naremdepois, com ape lidos requintados, para atender à gula humana.Galinhas e perus são degolados sumariamente nos quintais, ou

guilhotinados em massa nos aviários e criadouros.As infe lizes galinhas de postura são connadas em gaiolas

exí guas, mal podendo mexer-se, para não “desper diçar ener gia”,entupidas de antibióticos para não “adoe cer” e de anabolizantes

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para crescer mais rápido. Têm os bicos cor tados para que nãose matem umas às outras, nem possam escolher par tes da ração.As luzes nesses locais jamais se apagam, para que elas, desespe-

rados pelo stress, não cessem de comer e dur mam pouco, produ-zindo mais e mais. Prisioneiros de guer ra nessas condições nosdesper tariam revolta. Mas elas não falam.

Entretanto, seu desespe ro e angústia impregnam a carne e os ovos — ou você pensa que as ener gias astrais do animal sãodestruidas pelo cozimento? E ninguém associa a depressão e a síndrome do pânico de nosso tempo com nada disso. Mas osespiritualistas dizem que acre ditam em corpo astral.

Os humanos requintam na crueldade com os irmãos meno-res. Adoecem os pobres gansos, enando um funil em suagar ganta e lite ralmente entupindo-os de comida, hiper troan-do-lhes o fígado, até que mal possam se arrastar pelo chão, paraproduzir o patê de foie-gras. Submetem os pobres suinos ao regi-me de ceva for çado em chiqueiros imundos. E criam os mais ino-centes e inde fe sos animais para sacricar depois, sem pie dade.

“Quantas vezes, enquanto o cabrito domés-tico lambe as mãos do seu senhor, a quemse anizara inocente mente, rece be o infe lizanimal a facada traiçoeira nas entranhas,ape nas por que é véspe ra do Natal de Jesus!”

Ramatís - Fisiologia da Alma

Sim, sim, claro: você, pessoa sensí vel, incapaz de maltratar um animal, jamais supor taria assistir, que dirá protagonizar,

a matança de um boi, porco, ove lha ou ave. Entretanto, é ademanda de carne, por parte de mate rialistas e espiritualistas,que sustenta e expande essas car nicí nias diárias que cobrem oplane ta de rios de sangue inocente. Os car ní voros são os “acio-nistas ideológicos” da indústria da tor tura e da morte.

Se as pessoas tivessem que matar, com suas próprias mãos,o animal que fossem consumir, é óbvio que se reduziria drás-ticamente o car nivorismo. Não o fazendo, passam procuração

para outros, que se brutalizam no ofí cio da morte. Mas é amesma a responsabilidade do mandante e do exe cutor.Pense nisso. Não se violente tentando “esque cer” o que aqui-

lo realmente é; não cale o protesto de sua sensibilidade, ngindo

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ignorar que é a por ção de um ser vivo, que lhe foi arrancadacom dor e crueldade. Não renuncie ao nível humano de seu ser.

Mas — dirá você — isso aconte ce há milê nios. Não é pos-

sí vel que só agora passe a ser um crime e uma cruel dade! Masa guer ra, a tor tura, a escravidão, a per se guição religiosa e racial— tudo isso também é mile nar, não? Porém só agora — quan-do nossa consciência coletiva se sensibilizou o suciente, issopassou a nos ser inadmissí vel!

— Então a humanidade inteira está diariamente come ten-do uma chacina — e ninguém diz nada?

— Está. Por que você acha que este mundo ainda é o que é?

A mesma crueldade insensí vel que leva as criaturas a man-darem outras para mor rer ou serem mutiladas nos campos de batalha é a que autoriza a morte à distância dos animais ino-centes: é a mesma inconsciência.

Felizmente há os que estão acor dando, e cada vez emmaior núme ro. “Não em nosso nome”, gritam multidões emprotesto contra a guer ra insana. É isso que se requer paramudar o mundo: não em nosso nome, declarar mos, se que rem

matar, tor turar e maltratar qualquer ser vivo.— Mas adianta eu parar de comer carne? O resto do

mundo vai continuar. Não vai mudar nada...Não? Pense em quantos restaurantes vege tarianos exis-

tiam há 40 anos. Quantos livros ou cur sos de culinária vege ta-riana. E quantas pessoas você conhe cia que eram vege tarianos.E pense em tudo isso hoje. E na quantidade enor me de animaisque já não estão sendo consumidos.

Faz dife rença, sim. No mundo inteiro há um núme ro cres-cente de pessoas acor dando, e estendendo essa inuência: famí-lias, amigos, cole gas. Cada ener gia plantada na vibração dovege tarianismo é um pilar que for tale ce essa ponte de inofensi-vidade e paz que um dia há de conduzir a humanidade para ummundo sem sangue e sem guer ras. O mundo que nós pre cisamosconstruir — não ape nas sonhar — com nossas atitudes.

“Os corações inte gralmente bondosos e pie dosos não só evitam matar o animal ouave, como ainda não têm coragem de devo-rar-lhes as entranhas sob os tempe ros de cebola, sal e pimenta...

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16 Mariléa de Castro

Aqueles que fogem na hora cruel do massa-cre do irmão bem demonstram compreen-der a per ver sidade do ato e o reconhe cemcomo injusto e bár baro. É óbvio que, se 

depois o devoram cozido ou assado, aindamaior se lhes torna a culpa, por que omesmo ato que conde nam ca justicadona hora famé lica da ingestão dos restosmor tais do animal.”

Ramatís — Fisiologia da Alma 

 vI — o baIxo  astral  é  fatal ou v ocê  come  a   trIsteza  da   vaca 

“O compor tamento do homem para com osanimais é inse parável do compor tamentodos homens entre si.”

Herbert Spencer 

Os animais — onda de vida que vem logo depois da nossa,por tanto lite ralmente nossos irmãos menores — possuem umduplo-eté rico e um corpo astral. As ener gias cir culantes nesses

cor pos têm uma vibração densa, letár gica e agressiva, se compara-da ao campo ener gé tico humano. Quando o animal é sacricado,os resí duos ener gé ticos astroeté ricos — obviamente não destruí-dos pelo cozimento — per mane cem ade ridos à sua carne, sendoabsor vidos então nos cor pos eté rico e astral do come dor de carne.

Esses ver dadeiros “emplastos” de ener gias animais, que se colam na rede ener gé tica dos cor pos sutis do car ní voro, iniciamum processo de “rebaixamento de vibrações” e de “contamina-

ção psí quica”. É uma espé cie de “desace le ração” ener gé tica.A ener gia animal “intrusa”, que não vibra no mesmo teor dahumana, causa uma espé cie de “curto-cir cuito” ou desace le ra-ção da rede ele tromagné tica do organismo, nos níveis denso,eté rico e astral. Perturba-se o uir da ener gia cósmica de fre-quência mais ele vada, que constitui o ser humano. Está pre pa-rado o cenário para o que chamamos de “doença”.

Paralelamente, o “contágio astral” da carne ani mal desper-

ta no campo astral do car ní voro as vibrações similares às doanimal devorado. Que tal ser par ceiro das emoções do porco,do boi, do frango...? Pois, sinto dizer, é exatamente o que você 

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estará absor vendo com o astral da carne inge rida.Essas emoções primitivas vão reativar as memórias

“arquivadas” nas camadas ancestrais do nosso psiquismo

— os instintos por onde já transitamos, construindo a nossaconsciência. Todo o “lixo emocional” que estamos trabalhandoduramente para reciclar é reativado. Agressão, raiva, egois-mo, brutalidade, ciume, impaciência, crueldade, sexualidade instintiva — são as contrapar tes invisí veis inge ridas com acarne animal.

É muito difí cil resistir a essa sintonia instintiva que pressio-na o emocional humano. Não é de admirar que o embrute cimen-

to das sensações, uma certa letar gia ou indife rença bovina, umegoismo inconsciente, se alastrem e não consigam ser vencidospelo apelo da nature za humana supe rior.

Por outro lado, imagine as emoções de medo, desespe ro e dor que vibram no campo astral dos animais sacricados; e atriste za, a depressão que aco me te um animal criado em condi-ções cruéis. O astral desse infe liz animal é um pacote de emo-ções mór bidas, sombrias, desespe radas — que é inge rido pelos

humanos inconscientes.Imagine a delicada siologia de uma criança subme tida

a isso. É uma ver dadeira agressão dar carne a uma crian-ça. (Observe que muitas, atualmente, estão, desde peque nas,rejeitando-a com r me za). Esqueça os velhos e obsole tosconceitos dos séculos ante riores. Muitas novas crianças doTerceiro Milênio estão aí, algumas já adolescentes, esban- jando saúde, inte ligentes, sensiveis e criativas — sem jamais

terem sido subme tidas ao embrute cimento da ingestão de cadáve res animais.

Sim, pois a carne, vamos encarar de frente, não passadisso: é um cadáver, e comê-la transfor ma o seu estômago numcemité rio onde vai se decompor esse animal morto.

— Mas nin guém dese jaria o sofri mento dos ani mais ino- 

centes. Ninguém pensa nisso, quando come um sanduí che de

 pre sunto ou faz um chur rasco com os ami  gos! 

Sim, esse é exatamente o proble ma. ninguém pensa nisso.Ou, por outra: ninguém deseja pensar séria e honestamente sobre o que está fazendo, por que ninguém dese  ja ser consciente mente cruel — e no âmago da consciência, todos sabe mos o que esta-

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mos fazendo. O proble ma é que não que re mos abdicar de nossosvelhos praze res, por mais mór bidos que sejam, e temos pre guiçade mudar.2

Um último lembre te. Você, se é uma pessoa com anseios espi-rituais, conside re que sua sintonia com os planos inter nos da vidaca pre  judicada pela “cor tina” de uidos animais obscuros que se espalham pelos seus cor pos eté rico e astral, com a ingestão de carne. Se você for médium, tenha cer te za de que o astral animaltorna o astral do médium menos receptivo e mais embotado — e com mais “jane las vibratórias” aber tas para o astral infe rior. Se você trabalha com passes ou cura espiritual, cromote rapia ou

magne tização (isso vale para todos os terapeutas ener gé ticos!)tem por dever manter sua ener gia astroeté rica tão pura quantopossí vel. Você vai doá-la a pessoas que conam em você.

 vII — o camInho é o mesmo Para  todos, ou que deus serIa  esse, heIn?

“Os animais são os irmãos infe riores dos

homens. Eles também, como nós, vêm de longe, através de lutas incessantes e reden-toras, e são, como nós, candidatos a umaposição brilhante na espiritualidade.”

Emmanuel

Faz ape nas tre zentos anos que, neste país, autoridadesreligiosas garantiam que os escravos negros não possuiamalma, e por tanto nada impe dia que fossem tor turados e mor tos

por seus donos. As mulhe res, também, para certa religião doOriente Médio, não eram dotadas desse “apêndice” invisí vel. Avítima não tem alma, por tanto pode sofrer à vontade.

E os animais, têm alma? Sofrem?Não há um só reencar nacionista, seja de que cor rente for 

— hinduista, budista, espí rita, umbandista, teososta, rosa-cruz, esoté rico de qualquer cor rente — que possa ale gar o des-2 Se as pessoas soubessem que praze rosa pode ser a comida vege tariana, que não

se resume a folhas e raí zes cruas! Um suculento strogonoff de carne vege tal, umbife ace bolado idem, um chur rasco vege tal, uma carne vege tal de pane la, pizzae almônde gas, chee se-bur ger, guizadinho, pastel e croque te de carne vege tal... é imenso o univer so do prazer vege tariano. Você pode ser ovo-lác teo-vege tariano; ousó lác teo, sem ovos. Outros níveis mais avançados, não recomendaria para princi-piantes (vege tarianos radicais, crudí voros e macrobióticos).

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conhe cimento da Lei da Evolução.E é difí cil esconder a ver dade — a ver dade de que o cami-

nho das Centelhas de Vida divinas — nós — é um só: via reinos

mine ral, vege tal e animal, humano e super-humano, da incons-ciência para a Consciência Cósmica. É assim que fomos, nosevos da evolução, aprendendo a ser gente. O ani mal de hoje será o humano de amanhã — como o humano de hoje este ve no mesmo nível ontem.

Não fora assim, que espé cie de deus seria Deus?Segue-se dessa Regra Geral Cósmica que somos todos

irmãos. E que a única dife rença entre nós e o animal — qual-

quer animal — é ape nas cronológica. Eles só entraram numaturma depois da nossa.

O adepto de uma religião tradicional, ou mate rialista,pode esconder-se atrás do argumento “eles não têm nada a ver conosco”. Mas como uma pessoa que se diz reencar nacionistae adepta da Lei da Evolução, concilia essa noção de frater ni-dade de todos os seres vivos, com o exer cí cio de crueldade que é matá-los e come-los?

Falta de instrução supe rior não é. O hinduismo é claríssi-mo a respeito. O budismo, idem. Todas as tradições iniciáticasdo passado tinham como condição básica para o discipulado,o vege tarianismo. Os essê nios, com os quais conviveu o Mestre  Jesus, eram de um vege tarianismo estrito. Ele mesmo — vide osManuscritos do Mar Morto3 — era o maior dos vege tarianos.

Não há sosma capaz de ate nuar o peso dessa contradi-ção: aque les que se dizem adeptos da clara Lei Cósmica da

Fraternidade sentarem-se à mesa e devorarem os despo jos san-grentos do irmão menor, em nome exclusivamente do “prazer”gustativo, por que da saúde ou da sobre vivência não é!

Todos os “argumentos” pró-car nivorismo dos adeptos dessascor rentes têm um claro obje tivo: tentar justicar de alguma formaa sua diculdade  pes soal de abandonar o consumo da carne.

Quanto às doutrinas chamadas esoté ricas, é dispensávelargumentar: qualquer espiritualista honesto mesmo sabe o

que deve fazer a respeito!Quanto aos espí ritas, se verica com fre quência uma falta

de memória sobre os conceitos claros, de Kardec como dos3 Vide O Evangelho Essênio da Paz , org. Edmond B. Szekely, Ed. Pensamento, SP.

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mais abalizados instrutores da doutrina.No  Livro dos Espíritos, cap. XI, ca bem expli cadinha a

nossa irmandade com os menores irracionais:

“Há nos animais um princí pio inde penden-te da maté ria, que sobre vive ao corpo: é também uma alma. Estão sujeitos, como ohomem, a uma lei progressiva. Emanam de um único princí pio a inte ligência do homeme a dos animais; no homem, passou por uma elaboração, numa série de existênciasque pre ce dem o período a que chamais de Humanidade.

Nesses seres (animais) o princí pio inte ligen-te se individualiza, e entra então no periodode humanização.Nessa origem, coisa alguma há de humilhan-te para o homem. Reconhecei a grande za de Deus nessa admirável har monia, mediante aqual tudo é solidário na natureza.Acreditar que Deus haja criado seres inte-ligentes sem futuro, fora blasfe mar da suabondade.” (grifamos)

Então, mestre Allan Kardec, o velho iniciado dos templos dopassado, deixou bem claro:os animais têm uma alma, que nãosó sobre vive ao corpo como evolui, destinando-se no futuro a ser humana. Viver para evoluir é uma necessidade deles. Amputar-lhesa vida, além de cruel, é um débito pesado para com a lei evolutiva.Nós deve ríamos ser os prote tores dessas consciências peque ninas, já que somos — você já pensou nisso? — as únicas “divindades”

que eles conhe cem. Somos os “Seres Superiores” deles.Mas, ainda acrescenta o Livro dos Espíritos:

“À medida que o espí rito se purica, ocorpo que o reveste se aproxima igualmente da nature za espiritual (...) e menos gros-seiras se lhe fazem as necessidades físicas,não mais sendo pre ciso que os seres vivosse destruam mutuamente para se nutrirem”

(Cap. IV, per gunta 82).

Ora, preci  so não é que o homem destrua nenhum animalpara se nutrir.

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Deve seguir-se, pela lógica irre futável do texto, que quan doo faz, só pode tratar-se de um espí rito pouco purifcado, e de grosseiras necessidades físicas. E mais:

“ P — Tendo dado ao homem a neces si da- de de viver, Deus lhe facul tou, em todos ostem pos, os meios de o con se guir? R — Certo. Essa a razão por que faz comque a terra produza de modo a propor cionar o necessário aos que a habitam, visto que sóo necessário é útil. O supér uo nunca o é.”(grifamos) (Cap.V, per gunta 703).

Idem, per gunta 737:

“Toda destruição que exce de os limites danecessidade é uma violação da lei de Deus.Os animais só destroem para satisfação de suas necessidades; enquanto que o homemdestroi sem necessidade. Terá que prestar contas do abuso da liber dade que lhe foiconce dida, pois isso sig nica que cede aosmaus instintos”.

 Atenção, pois, espíritas: os animais são nossos irmãos meno-res, destruí-los é próprio de espíritos grosseiros, e uma violaçãoda lei de Deus, um abuso desnecessário, ruto dos maus instintos,e do qual o homem terá que prestar contas, não tendo para issoqualquer desculpa, já que a terra lhe oerece tudo o que é neces-sário para sobreviver. Bem claro, não?

Outro esque cido de muitos espí ritas é o belo texto do“Irmão X”, intitulado “Treino para a Morte”, do livro Crônicas

do Além Túmulo:

“Comece a renovação de seus cos tumes peloprato de cada dia. Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais. Ocemité rio na bar riga é um tor mento, depoisda grande transição. O lombo de porco ou obife de vite la, tempe rados com sal e pimen-

ta, não nos situam muito longe dos nos sosante passados, os tamoios e caiapós, que se devoravam uns aos outros.”

Sugiro encare cidamente que o amigo leitor leia, ou releia,

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com a maior urgência possí vel, o capitulo inicial de  Fisiologia da

 Alma, “A alimentação carnívora e o vegetarianismo”, de Ramatís.Talvez tenha che gado o seu momento áureo de liber dade...

 vIII — o combustível secreto

“Enquanto aceitar mos ser túmulos ambu-lantes de animais sacricados, como pode-re mos ter condições ideais nesta terra?”

Leon Tolstoi

“O que está em cima é como o que está embaixo”. O pre cei-

to her mé tico é o que melhor descre ve a constituição do univer so.A nutrição é processo ine vitável em todos os planos. Nas

regiões mais ele vadas do plano astral, pela absor ção consciente do prana, a ener gia solar, através da respiração. Um terço, tal-vez, da humanidade atual (encar nada e desencar nada) habite esses níveis (nem fale mos dos supe riores). O resto, é aquilo que se sabe: o Umbral — a extensa faixa vibratória colada à crostater restre, com vários sub-ní veis, e as regiões das trevas mesmo.

E como se nutrirão os desencar nados “colados” à crosta, osmilhões que desencar nam imantados às sensações físicas, úni-cas das quais extraem o seu prazer e razão de viver? Com todasas sensações e emoções que os alimentavam na Terra — massem condições de obtê-las? Comida, onde? Bebida, drogas, ocigar ro inse parável, o sexo compulsivo — e agora, José?

Logo, logo, o desencar nado infe liz, escravo das sensações e sem vontade de subir na vida astral, descobre os tristes mace-

tes de “sobre vivência” e “usufruto ener gé tico” no astral infe rior,e se dá conta de que a ener gia vital — o famoso “ectoplasma”dos cor pos vivos — é a mer cadoria mais cobiçada do além, anefanda moeda de troca em conluios de vinganças e obsessões.

E, a propósito: ONDE se localiza o depósito dessa famosa“ener gia vital” nos cor pos vivos, animais e humanos? É o san-gue o depositário ou veí culo dessa cor rente prânica. O sangue é um reser vatório incrí vel das mais intensas ener gias da vida.

Em conse quência disso, ocor re o que explica Ramatís:

“Em torno da crosta movimenta-se extensamultidão de espí ritos exauridos pelas pai-

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xões e vícios, famintos de vitalidade e aitospara obte rem o “tônus vital” que vice  ja nosangue”.

Ah, você acha que é exage ro? Vejamos uma cena real, vivi-da por André Luis junto com o mentor Alexandre, e por ele descrita em Missionários da Luz :

“Diante do local em que se processava amatança dos bovinos, per ce bi um quadroestar re ce dor: grande núme ro de desencar na-dos, em lastimáveis condições, atiravam-se aos bor botões de sangue vivo, como se procu-rassem beber o líquido em sede devoradora.Alexandre esclare ceu-me com sere nidade:— Estes infe lizes irmãos estão sugando asfor ças do plasma sanguí neo dos animais.São famintos que causam pie dade.Porque tama nha sensação de pavor, meuamigo? Não visitávamos nós ambos,na Crosta, os açougues mais diver sos?Acercam-se os desencar nados, tão infe rio-res quanto já o fomos, dos ani mais mor tos,cujo sangue fume gante lhes ofe re ce vigoro-sos ele mentos vitais”. (Ed. FEB, 1965, cap.“Intercessão”).

Essa é a nossa “contribuição” para o cenário astral do pla-ne ta: o for ne cimento de sangue de criaturas vivas, que alimentao primitivismo dos desencar nados e for ne ce combustí vel paraas maltas obsessoras. E para os líde res da Sombra per pe tua-

rem a dominação sobre os encar nados e desencar nados.Diariamente, um ver dadeiro banho de sangue cobre o pla-ne ta, pela matança de milhões de animais inocentes. E do ladode lá, se repe tem os processos de vampirização ener gé tica dosencar nados, de vinganças e obsessões.

No capí tulo “Vampirismo” da mesma obra de André Luis,o mentor Alexandre abre o jogo: existem, sim, e em quanti-dade, entidades vampirizadoras do astral; e sob o espanto de 

André Luiz, declara:“— Bastará ao desencar nado agar rar-se aoscompanheiros encar nados, e sugar-lhes a

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substância vital.— Meu Deus! — exclamei, sob forte espanto.— Porque tamanha estranhe za? — per-guntou o cuidadoso Orientador. — E nós

outros, quando ainda nas esfe ras da carne?Nossas mesas não se mantinham à custadas vísce ras dos touros e das aves? A pre-tex to de bus car recur sos proteicos, exter-minávamos frangos e car neiros, leitões e cabritos incontáveis. Sugávamos os tecidosmusculares, roíamos os ossos. (...)— Contudo, a idéia de que muita gente naTerra vive à mercê de vampiros invisí veis é francamente desagradável e inquie tante. E

a prote ção das entidades angé licas?— André, meu caro, deve mos ar mar a ver-dade, embora contra nós mesmos. Atrever-nos-íamos a declarar que fomos bons para osseres infe riores? Eles não nos encaram comosupe riores gene rosos, mas como ver dugoscruéis. (...) Se não prote ge mos nem educamosaque les que o Pai nos conou, se abusamoslar gamente de sua incapacidade de defe sa,como exigir o amparo de supe riores bene-

volentes e sábios? Se temos sido vampirosinsaciáveis dos seres frágeis que nos cer cam,não é demais que venha a cair a maioria dascriaturas no vampirismo das entidades que lhes são ans, na esfe ra invisí vel”.

É a mesma adver tência que faz Ramatís:

“Os homens são for ne ce dores da substân-cia vital através do tru cidamento de bois,car neiros, suí nos, vite las, cabritos, coe lhos,galinhas e gansos, cujo sangue inocente é ver tido no piso de matadouros e frigorí-cos. E depois sucumbem aos processosde obsessões, vampirismo e vingança dosmagos das sombras, alimentados por essaener gia vital!”

Se você acha isso chocante, devo dizer-lhe que é mesmo.

Não o vampirismo do além: ele é conse quência. Chocante é esse triste quadro de nosso plane tinha azul diariamente enchar cadode sangue, os pobres animais esquar te  jados transpor tados paraos açougues, onde os homens buscam suas por ções de carne 

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morta para disfar çarem com tempe ros e ape lidos, e depois assepultarem no estômago.

E como pode mos espe rar o saneamento do plane ta, se 

estamos alimentando incessante mente o astral infe rior comesse combustí vel detestável do sangue, mantendo a dominaçãodas Sombras?

Pense nisso. Pense nisso em sua próxima refeição, em suapróxima ida ao super mer cado e ao açougue.

Ix — como fIzerdes  a   vossos Irmãos, a   vós será  feIto

“Enquanto o homem assassinar animais e comer sua carne, vamos continuar tendoguer ras.”

Bernard Shaw 

Na Idade Média se acre ditava que esta nossa terrinhaminúscula era o centro do univer so. Custamos a descobrir que a nossa galáxia tampouco era o univer so, mas uma das tan tas“ilhas de estre las” — bilhões delas — do cosmo. Uma cor re ção

radical de foco em nosso sentimento de arro gância, mas pelovisto não bastou.

Recentemente, o mapeamento do genoma humano conr-mou que somos gene ticamente irmãos da comunidade animal— uma linhagem a mais, não os “reis da criação”. (Quantotempo até que a mera infor mação inte lec tual produza efeitosconscienciais?)

O que falta para que aque les que detêm a infor mação dita

esoté rica ou espiritualista assimilem no coração e na consciên-cia o que já estão cansados de saber: que não só não somos aúnica humanidade inte ligente, mas que também a “onda huma-na” atual não é nem a primeira, nem a última, a se encontrar nesse estágio — já que as consciências, no Plano da Criação,evoluem em “ondas de vida” sucessivas?

Será que qualquer delas pode ria ter menos impor tância que outra? Ou a Lei Cármica está dor mindo? Ou tem privile giados?

E você acha since ramente que uma Lei justa pode ria nosrecompensar com um mundo em paz, sem guer ras fazendocor rer o sangue humano, enquanto nós estamos fazendo cor rer continuamente o sangue da “onda de vida” seguinte?

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Ramatís adver te:

“A divindade não seria tão injusta, per-

mitindo que o homem seja feliz enquantomassacrar o irmão menor, inde fe so e ser vi-çal, que também sente! Quantas tragé dias,angústias e sofrimentos que há séculos ai-gem a humanidade, são resgates cár micosprove nientes da culpa espiritual de ver ter o sangue do irmão menor, a ser viço doVampirismo da terra e do espaço?”

Os líde res da Sombra, for tale cidos pelo der ramamento

diário dos rios de sangue animal, promovem então, com suces-so, as guer ras, para o for ne cimento de sangue humano, de melhor vitalismo para eles:

“Sob a justiça implacável da lei do carma,a quantidade de sangue vertida pelos ani-mais e aves resulta em quantidade igual de sangue humano jorrado nos morticínios dasguerras e guerrilhas!

Infelizmente a humanidade terrena, escra-va de um círculo vicioso, em que os vivosdotados de razão trucidam os vivos irracio-nais para devorar-lhes as carnes, e depoisenfrentam o sofrimento de verem os lhosou parentes irem para o massacre dos cam-pos de batalha!”

Ramatís

Só um deus dotado do mesmo egoismo e insensibilidade dohomem ter restre pode ria nos recompensar com a “Paz na Terra”ensanguentada pela tor tura e morte de seus lhos peque nos, tãosagrados e divinos quanto os “grandes” que os chacinam!

Enquanto nós conduzimos os inde fe sos rebanhos de jovensanimais para o holocausto, nossos próprios lhos continuamsendo tangidos, como rebanhos inde fe sos, para o matadourodas guer ras! E nós per mitimos essa monstruosidade, em nome de sosmas absur dos dos “senhores da guer ra”, com a mesma

insensibilidade com que nos escudamos em argumentos absur-dos para sancionar o matadouro animal.

Infeliz humanidade! Quando acor dare mos? Quando vamosdizer um “basta” a tudo isso?

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Paz e Amor, Bicho! 27

x — muIto bem, mas o que é que eu  vou comer então? 

“E tu terás por sustento as ervas da Terra”

Gênese 3:18

Agora vem a melhor parte.Aquela em que terei o prazer de lhe dizer que você não

vai ser um pobre infe liz, tor nando-se vege tariano — um asce tacome dor de folhinhas de alface e cenouras cruas. (E as proteí-nas? E as proteí nas???)

Pois bem — as proteí nas. Só o que a carne possui, já que 

ela é um deser to de vitaminas e sais mine rais. (Em ferro e cál-cio, perde longe para a maioria dos vege tais.) Pois saiba, carocompanheiro her bí voro, que:

Os eijões e seus primos — Soja, lentilha, ervilha e grão-de-bico, contêm mais proteínas por peso que as car nes! E maiscálcio e ferro!

Cem gramas de fei jão preto, lentilha ou soja, p.ex., con-têm mais proteí na que cem gramas de carne. O mesmo para o

amendoim, o requei jão, o leve do de cer ve  ja, o germe de trigo e o pão inte gral! E a aveia, o arroz inte gral, as nozes e suas pri-mas, o leite, os ovos, e diver sos outros alimentos são ricos emproteí nas. Até brócolis e batata, entre outros vege tais, emboraem menor propor ção.

Ou seja: se você comer diariamente uma por ção de fei jãoou um de seus primos, algo de soja, ou um pouco de germe de trigo ou amendoim (creme de amendoim é uma delí cia!) já

resolveu sua proteí na.A soja é um festival de proteí nas boas e baratas. A “pro-teí na de soja”, também conhe cida como “carne de soja”, emocos, faz pratos deliciosos. Como? Você já provou e achouhor rí vel? Garanto-lhe que foi mal feita! A base para uma pro-teí na irre sistí vel é um reles detalhe que vou reve lar-lhe.4 Comela, você terá cente nas de opções, como pastéis, croque tes,lazanhas, bolinhos, chee se-bur ger, guisadinho com qualquer 

 4 O peque no segre do da proteí na de soja gostosa é: ao contrário do que diz aembalagem, NÃO a hidrate em água antes de usar. Ela ca “aguada” e meio semgraça. Hidrate colocando dire tamente no molho — um caprichado molho, de tomate com cebola e tempe rinhos, e/ou cebola com shoyo. O molho de soja — oshoyo — dá um belo sabor e uma cor caprichada (em peque na dose!).

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vege tal, arroz de car re teiro... e tudo mais.A soja em grão se presta para saladas, sopas etc.O quei jo de soja, o tofú, é a proteí na mais “nobre” da soja.

Parece quei jo de minas. Com mel ou geléia, ou com sal, ou empatês, ou receitas deliciosas.

O leite de soja é um achado. Além de ser usado em recei-tas, pode substituir com vantagem o leite de vaca. (Reita: ohomem é o único mamí fe ro que continua tomando leite depoisde desmamado. Parece natural isso? Não. O leite pro duz muco(atenção, turma da rinite, da asma e cia), e o consumo de leite causa ou acentua a depressão!) Para mulhe res na menopausa,

é um achado: as isoavonas da soja pre vinem a osteoporose,o coleste rol alto, os sintomas calóricos. Uma tranquilidade.5

Não se atire em excesso de ovos, quei jo, manteiga e leite,com receio de “enfraque cer” sem a carne. Se você mantiver umadieta equilibrada, com cereais, ver duras e frutas, isso jamaisaconte ce rá. Não é necessário abandonar os laticí nios e os ovosde saída. Mas procure ovos caseiros, de galinhas criadas soltas,com milho (em lugares que vendem produtos orgânicos).

Guardei a declaração de uma nutricionista, que me pare ce lapidar:

O prato comum do brasileiro, de eijão com arroz, se esteor integral, já é uma reeição quase pereita, com os nutrien-tes básicos necessários. É só acrescentar verduras e aí está areeição ideal.

Portanto, relaxe. Feijão com arroz inte gral — e deu paraa proteí na.

A propósito: a base de uma alimentação sadia deve riamser os cereais inte grais. A base. Isso quer dizer, uns 60 por cento, mais ou menos. Arroz, trigo, centeio, cevada, aveia etc.Eles contêm proteí nas, bras, montes de vitaminas e saismine rais. (Experimente macar rão de trigo inte gral, de váriosfor matos).

Anal, o que é um cereal inte gral? É exatamente um cereal  — aquilo que a Mãe Natureza criou para nós: uma peque na urna

cheia de nutrientes. Aí, vem o homo-dito-sapiens (homo-stupi-5 A soja contêm isoavonas — tor mônios, que têm uma estrutura quí mica seme-lhante à do estrogê nio, hor mônio sexual feminino. É, por tanto, um “repositor hor-monal”, sem efeitos colate rais, e eciente. Além da soja, o inhame produz esse efeito.

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Paz e Amor, Bicho! 29

dus seria mais cor re to) e faz o quê? Tira as camadas exter nas docereal — o chamado polimento — justamente as que contêm asproteí nas, sais mine rais e vitaminas em quantidade. Deixa a parte 

inter na, que é quase só amido (engor da e pouco alimenta), jogandofora a por ção nobre do cereal. Burrice é pouco para qualicar isso.

Aveia é um cereal fantástico.6 Use ao natu ral, com frutas,iogur te, etc, e em receitas — biscoitos, bolos, tor tas salgadas.Uma criança criada com mingau de aveia adoçado com mel é um dínamo de saúde.

E nalmente, uma infor mação consoladora para novos (e velhos) vege tarianos: há uma alter nativa de produtos — “car-

nes” vege tais — em for matos e aspec tos próprios para substi-tuir a carne, que per mitem uma culinária prática e sem grandestraumas saudosistas. (“Ah! Um binho à milane sa! Uma carne ace bolada! Um chur rasquinho! Um cachor ro-quente!”)

Rero-me à linha de produtos marca “Superbom”, emlatinhas (sem conser vantes) intituladas “Carne Vegetal”, “Bife Vegetal” e “Salsicha Vegetal” , à base de glu ten de trigo. O “bife”vem em rode las, e com ele se faz carne de pane la, bife à mila-

ne sa, strogonoff, chur rasco, e deze nas, cente nas de variações. A“carne” é um guisadinho. E a salsicha — bem, é uma salsichaescrita. Onde se encontram? Nos bons super mer cados, geral-mente na pra te leira dos “die té ticos” (mas nem sempre: pode ser na vizinhança da salsicha comum e das sar dinhas). E emalguns armazéns de produtos naturais. (Não, não é mar que tin-gue: eles nem sabem que eu existo).

E conclua: só não é vege tariano e feliz quem não quiser.

Ah! Você dese  jaria abandonar a carne, mas acha tão difí-cil... Que fazer? Há uma receita infalí vel, com dois itens.

Primeiro: leia o capí tulo inicial de  Fisiologia da Alma, de Ramatís.

Segundo: vá por par tes. Primeiro, corte a carne suína.Depois de algum tempo, decida cor tar a carne bovi na. Tambémgradualmente — diminuindo os dias da semana, instituindo o“dia do peixe”, e um “dia sem carne” — intro duza as car nes

vege tais, p.ex. Dê-se um tempo; e vá constatando como é fácil.6 Você sabe quantos miligramas de ferro existem em 100 gramas de aveia? 55.E em cem gramas de carne bovina? Míseros 3. Na carne de galinha, 1. No arrozinte gral, 50.

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Depois que se liber tar das car nes de quatro patas, que nasaves e peixes por algum tempo, e livre-se depois das aves. Esse é o grande marco de sua liber dade.

Se che gar a “só peixe”, parabéns. Se pre cisar car por aí algum tempo, já pode respirar aliviado. Há uma distância que separa o animal bem individualizado — o mamí fe ro, a ave —do peixe, que obe de ce ao comando de uma alma-grupo. (O que não signica que não sinta dor, não sofra. Se até os vege taissentem!)

Tem gente, porém, que nem titubeia: encer ra de repente,e de uma só vez, o capí tulo car ní voro de sua vida. Sem sentir 

saudades. Sem recaí das.Se você recair, não se desespe re: retor ne devagar e recome ce.Mas o dia che gará, e lhe dese  jo de todo o coração, em que 

você estará liber to. Liberto do condicionamento mile nar, liber toda escravidão do hábito, livre do peso da crueldade.

Sua saúde vai melhorar, sua disposição e seu astral idem.Sua concentração, sua meditação, sua pele, suas articulações,rins, fígado, intestinos, e até (conhe ço casos!) dores da coluna

vão melhorar/curar-se. Seu equilí brio inte rior vai insensivel-mente mudar — para melhor. Você estará mais leve, mais tran-qüilo, mais pací co — e provavelmente mais próximo do pesoideal. E muito, muito mais longe dos achaques da velhice, daescle rose e da senilidade.

Um dia che gará, em que você vai sentar num gramadoverde, olhar o céu, as árvores, os inse tinhos nas folhas, ouvindoas cigar ras e os pássaros, sentindo na pele o abraço do sol, vendo

uma lagar tazinha que avança devagar num talo de grama, e láem cima uma asa pre guiçosa que plana no silêncio; estendendoa mão, vai sentir o dorso da pedra aque cida, a maciez da grama;vai pressentir, ao seu redor, os milhares de peque nas vidas que se abrigam no regaço da Grande Mãe — e você vai sor rir, saben-do que pode se sentir, como se sente, irmão de todos eles — umFilho do Universo.

* * *

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SÚPLICA FRATERNA

Meu Irmão:

Dizes ser criado à imagem e seme lhança do Senhor da Vida, e afir mas que Ele é Amor: estende-me, então,migalha desse amor.

Nada te peço além de uma concessão singe la: odireito de viver para evoluir nas for mas da maté ria. É amesma que atualmente usufruis.

És a única divin dade que minha consciência conhe-ce; serias meu senhor, amparando-me como fazem conti-

go teus Irmãos Maiores. Entre tanto, depois que te sirvocom carinho, exiges meu holocausto. És uma divindade implacável; por que semeias de dor o teu mundo?

Diante de meu cadáver que vais sepultar no estôma-go, transfor mando-o em cemité rio, a bênção da Vida te abandona, por que a violentaste. A doença e o dese qui-lí brio são tua herança, enquanto insistes em decompor meus despo jos em teu inte rior.

Ainda hoje contemplarás meu humilde corpo disfar-

çado em petisco a tua mesa. Olha-me bem: por traz dele per ce be rás meu vulto sacrificado, meu olhar de agonia,e meu quei xume dolorido na dor atroz do massacre. Elembrarás que fui um ser vivo, capaz de sentir, de apren-der, de amar!

Sou, como tu, uma Cente lha de Vida — alma que será, um dia, como a tua, na escalada evolutiva. Dá-me um lugar a teu lado, enquanto sou humilde e inde fe so.

A Terra gene rosa te ofe re ce o sustento sadio. Rogo-te, por mise ricór dia, que não escu tes a mentira cruel de 

que é necessário devorar-me para subsistir.Meu sangue inocente der ramado diariamente brada

aos Céus contra ti; e nunca terás Paz sobre a Terra, IrmãoMaior, enquanto a mantive res enchar cada de sangue.

Tem compaixão de mim, e o Senhor da Vida te recompensará com o mundo frater no que sonhas hámilê nios.

Obrigado, meu Irmão!Que Nosso Pai te abençoe. Ofe re ço-te meu amor, e 

as dádivas carinhosas de minha lã, meu leite, meu suor e minha dedicação; de minha lealdade para te assistir, e minha ter nura para te enfeitar a vida.

Sou o Animal,Teu Irmão Menor.

M. C.

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Nesta obra, Ramatis desvenda o meca-nismo oculto que desencadeia, a par tir doscor pos sutis do ser humano, as enfer midadesdo corpo físico.

A etiologia, raí zes cár micas, tratamentoe cura do câncer são analisados desde suaver dadeira origem no “mundo oculto” dascausas e em suas relações com a extintaAtlântida.

Analisando a homeopatia, Ramatís elu-cida o ver dadeiro processo de atuação dasdoses infinite simais, a amplitude de suaatuação nos cor pos sutis e na raiz dos pro-

cessos patológicos, suas infinitas possibilidades terapêuticas ainda nãointeiramente exploradas, e as condições reque ridas para o êxito inte graldo tratamento homeopático.

O capí tulo “A Alimentação Carnívora e o Vegetarianismo” já se tor-nou um clássico sobre o tema, havendo desencadeado uma nova visão e postura compor tamental em milhares de leitores, que assim se pre parampara cre denciar-se à cidadania ter ráquea do Terceiro Milênio.

A atuação do álcool e do fumo, como agentes patogê nicos nos cor-pos ener gé ticos e físicos, é analisada por Ramatís sob a ótica do mundooculto, incluindo as conse qüências que se seguem à morte física, e o pro-

cesso simbiótico dos “cane cos vivos”.

Fisiologia da AlmaRAMATÍS / HERCÍLIO MAES

Tudo que Vive é teu PróximoC.W. LEAdbEATER • GAndHI •

RAMATÍS • MARILéA dE CASTRO

Este opúsculo faz parte do livroTudo que Vive é Teu Próximo, editado

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