Livro - Protocolo de Atencao Integral a Populacao Idosa - Campinas

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    PREFEITURA MUNCIPAL DE CAMPINASSECRETARIA DE SADE

    DEPARTAMENTO DE SADE

    PROTOCOLO DE ATENOINTEGRAL POPULAO IDOSA

    CAMPINAS 2005

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    Prefeitura Municipal de CampinasHLIO DE OLIVEIRA SANTOS

    Secretaria Municipal de SadeGILBERTO LUIZ MORAES SELBER

    Departamento de SadePEDRO HUMBERTO S. SCAVARIELLO

    Coordenao do ProjetoROGRIO DE OLIVEIRA ARAJOMARIA AUXILIADORA ZANIN

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    GRUPO DE TRABALHO- Protocolo Idoso Isabel M. Bosco- Enfermeira C.S. Baro Geraldo Sonia Ap. L. O . Adorno Enfermeira C.S. Santa Odila Kinu Ito Lima As. Social C.S. Santa Odila Odilon Barreto Conselheiro As. Dos Idosos Benedicto Barbosa Aposentado C. S. Paranapanema Renata Baroni Mdica Mdulo S. ris dson Thomaz Martins Chefe de Agncia INSS-Campinas Maria Gonzalez Alvarez Conselheira O . P. Idoso Noemia R. de Oliveira Presidente Conselho Mun. do

    Idoso Esther M. C. Cardozo Membro Conselho M. Idoso

    Leila F. Barros Lenguen Mdica C. S. Jardim Aurlia Maria A . T. M. Amncio Enfermeira Distrito Leste Regina Lcia C. Silveira Dentista Visa Sudoeste Jos Domingos Gigli Diretor Depto. de Esportes Vanderli S. Corra A . C. Sade C. S. Floresta Mait M. Gonzaga T. Ocupacional C. S. Costa e Silva Fernanda Abud Gregrio Psicloga C. S. Taquaral Maria Elisa A . Bertonha Farmacutica Depto. Ad. Sade Carlos Paolieri Neto Advogado S. M. A . Jurdicos

    Patrcia Cardoso T. Ocupacional C. S. Conceio Rosana S. S. Araujo A .Social S.M. Assistncia Social Juarez Bispo Mateus Coordenador EMDEC Luis G.Faria de Souza Membro Igreja S. Pedro Apstolo Maria de Castro Alves Mdica Ambulatrio O . verde Ione Ap. de F. Cardoso A . C. Sade C. S. Aurlia Jos Jorge Camargo Usurio do SUS Maria de Lourdes Fidelis Gabinete Ver. M. Jos Cunha Raquel P. T. Lima Psicloga S. M. Sade Mariza Borges Marques Voluntria Centro Cultural Poveda Darci P. Oliveira Assessor S.M. Sade Linete Cunha de S. Maia Assis. Social Distrito Leste Roberto Mardem de Farias Mdico S. M. Sade Campinas Mrcia A . C. Moreno Ass. Social Distrito Noroeste

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    NDICE

    1. APRESENTAO......................................................................................

    2. INTRODUO...........................................................................................

    3. CARACTERIZAO DA POPULAOIDOSA.................................

    4. A CLNICA AMPLIADA PARA O(A)IDOSO(A).................................

    5. DIAGNSTICO.........................................................................................

    6. IMUNIZAO........................................................................................... --Agentes imunizados ativos comumenteutilizados.....................................

    7. HUMANIZAO NA ATENO AOIDOSO(A)...............................-Eixo da visibilidade dosdireitos................................................................ ---Eixo da Promoo,

    preveno e ateno sade.......................................8. PAPEL DA FAMLIA NA ATENO INTEGRAL AO

    IDOSO(a)...

    9. VIGILNCIA DOAMBIENTE.............................................................. ---Fatoresindividuais de risco para quedas..................................................-Fatores ambientais de risco para quedas e cuidadosespeciais...................

    10.VIOLNCIA E SOCIEDADE SUSTENTVEL.................................11.A EQUIPE DE SADE X VIOLNCIA CONTRA O IDOSO...........12.DOENAS DE MAIOR PREVALNCIA NA POP. IDOSA..............

    -HipertensoArterial..................................................................................-Angina de Peito.........................................................................................-Acidente Vascular Cerebral(derrame cerebral)........................................-Arritmias Cardacas..................................................................................-Insuficincia Arterial dos Membros........................................................-Diabetes...................................................................................................-Depresso.................................................................................................

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    -DPOC e Asma..........................................................................................-Tuberculose.............................................................................................-Cancer.....................................................................................................-Disturbios da deglutio..........................................................................

    -Constipao Intestinal.............................................................................-Incontinncia Urinria/Disturbios da Mico/Prostatismo....................-Disturbios da Viso e Audio................................................................-Doenas Neurolgicas mais freqentes.................................................. Demncia.................................................................................................................... Doena de Parkinson.................................................................................................. Tontura, Vertigem e Labirintite..................................................................................-Artrose.....................................................................................................-Osteoporose.........................................................................................

    13.ANEXOS..............................................................................................

    -Relato de uma Idosa............................................................................. -Legislao Municipal Especfica do Idoso(a)...................................... -Resumo do Estatuto do Idoso(a).......................................................... -Rede de Apoio..................................................................................... -Fluxograma de Atendimento em situao de violncia......................14.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................

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    APRESENTAO

    Campinas tem hoje 104 mil idosos que necessitam de atendimentoespecializado, uma vez que a legislao lhes garante esse direito.

    Pensando nisso a Prefeitura Municipal de Campinas, no perodo deMaro a Dezembro de 2004, com a iniciativa da Secretaria Municipal deSade, sentiu a necessidade da criao desse protocolo, com o objetivo denortear as aes de profissionais de sade que prestam servios populaocom idade igual ou superior a 60 anos.

    Pensado o idoso em sua integralidade percebeu-se , que haveria anecessidade do envolvimento de parceiros, com a finalidade de ouvir todosos rgos e secretarias, que desenvolvem atuao direta com este publicoalvo.

    Formou-se ento um grupo de trabalho com a participao dasSecretarias Municipais de Sade, Assistncia Social, Jurdico, Esporte eEducao, Conselho Municipal do Idoso, INSS, representantes dosConselhos Locais de Sade e usurios da rede bsica de sade. Juntoselaboramos este protocolo que com certeza contribuir para umatendimento qualificado ao muncipe idoso.

    Este protocolo ser um importante instrumento a todos quenecessitarem de uma orientao, para uma atuao mais acertiva, visandoum bom atendimento s pessoas idosas existentes na cidade de Campinas.

    Foi o resultado de um trabalho intersetorial, um esforo conjuntopara atender ao que preconiza a legislao vigente.

    Do direito a sadeART. 15. assegurada a ateno integral sade do idoso, por

    intermdio do Sistema nico de Sade-SUS, garantindo-lhe o acessouniversal e igualitrio, em conjunto articulado e continuo das aes eservios, para a preveno, promoo, proteo e recuperao da sadeincluindo a ateno especial s doenas que afetam preferencialmente osidosos.

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    1- A preveno e a manuteno da sade do idoso sero efetivadaspor meio de:

    I cadastramento da populao idosa em base territorial;II- atendimento geritrico e gerontolgico em ambulatrios;

    III- unidades geritricas de referncia, com pessoal especializado nasreas de geriatria e gerontologia social;IV- atendimento domiciliar, incluindo a internao, para a populao

    que dele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover, inclusive paraidosos abrigados e acolhidos por instituies pblicas, filantrpicas ou semfins lucrativos e eventualmente conveniadas com o poder pblico, nosmeios urbanos e rural;

    V- reabilitao orientada pela geriatria e gerontologia, para reduodas seqelas decorrentes do agravo de sade.

    2- Incumbe ao poder pblico fonercer aos idosos, gratuitamente,medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como prteses,rteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitao oureabilitao.

    3- vedada a discriminao do idoso nos planos de sade pelacobrana de valores diferenciados em razo da idade.

    4- Os idosos portadores de deficincia ou limitao incapacitantetero atendimento especializado, nos termos da lei.

    NOEMIA RODRIGUES DE OLIVEIRAPresidente do Conselho Municipal do Idoso de Campinas

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    INTRODUO

    A Poltica Municipal de Ateno ao Idoso

    O Brasil passa por uma mudana importante na sua pirmidedemogrfica com um progressivo envelhecimento da sua populao. Hoje osegmento acima de 60 anos j representa 8,6% da populao brasileira, oque significa aproximadamente 15 milhes de pessoas.

    Campinas passa por processo semelhante e a proporo de idosos j, em nossa cidade, aproximadamente 10% da populao total, o quesignifica em torno de 100 mil pessoas. As taxas de crescimento da

    populao idosa no a mesma nas vrias regies da cidade, o que faz comque segmento represente 13,8% da populao do Distrito Leste, 10,2% doDistrito Norte, 10% do Distrito Sul, 6,6% do Distrito Noroeste e apenas5,4% do Distrito Sudoeste. Esta situao reflete as diferenas de condiesde vida das vrias regies da cidade, com repercusses na longevidade e naqualidade de vida destas populaes. Apesar destas diferenas, em qualquerregio da cidade este segmento da populao o que cresce em maiorvelocidade, o que exige que a cidade se prepare para responder a umademanda crescente de polticas sociais capazes de garantir a eles todos osseus direitos de cidadania.

    Alm das taxas crescentes de envelhecimento, importante

    considerar que este grupo no homogneo e apresenta indivduos que sediferenciam pelas condies scio-econmicas, culturais e de sade, dentre

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    outras. um grupo onde predominam as mulheres, j que estas vivem, emmdia, 8 anos a mais que os homens. No Brasil, o tempo de escolaridademdio deste grupo de 3,5 anos e a taxa de analfabetismo deaproximadamente 15%. Estes nmeros no devem ser diferentes daqueles

    encontrados em Campinas. Uma proporo significativa desta populaovive sozinha. Esta tambm uma populao altamente dependente decuidados de sade, j que o processo de envelhecimento, no Brasil, por sedar, para a maioria da populao, em condies de pobreza e em mscondies sanitrias, significam tambm maiores taxas de adoecimento,

    particularmente com doenas crnicas no infecciosas.A poltica municipal de ateno sade deste segmento est sendo

    construda com a parceria das instituies pblicas de sade, de assistnciasocial e com a sociedade civil, atravs do Conselho Municipal do Idoso.Considera-se que a complexidade do processo de senescncia e asconseqncias para a sade de tal monta que se torna impossvel garantir

    boas condies de cuidado se no ocorrer atravs de um processo integradoe intersetorial.

    Objetivos da Poltica Municipal de Ateno Sade dos Idosos: Assegurar os direitos de ateno sade do idoso, compreendendo-a

    como direito ao lazer, s boas condies scio-econmicas e assistncia sade de qualidade;

    Criar condies para promover o mximo de autonomia de cadapessoa;

    Contribuir para integrao do idoso na sociedade e para a suaparticipao poltica.

    Diretrizes da Ateno Sade do Idoso

    Assistncia individual prestada pelas Equipes de Sade da Famlia,seja na unidade bsica, seja no domiclio;

    A ateno domiciliar a pacientes acamados pode ser feita com oapoio matricial dos Servios de Atendimento Domiciliar;

    O cuidado a pacientes em Domiclios de Longa Permanncia feitasegundo as regras definidas na Lei Municipal 11819 de dez/2003

    A Vigilncia Sanitria e Epidemiolgica de Responsabilidade daUnidade de Sade da regio com o apoio das Visas Distritais;

    As aes de promoo sade do idoso, preveno de doenas e deeducao sade devem ser planejadas partir do territrio e com a

    participao dos prprios idosos.

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    desejvel que as atividades no sejam exclusivas para idosos,permitindo a integrao com outros segmentos da sociedade ediminuindo o isolamento deste segmento populacional;

    desejvel que o objeto dos trabalhos no sejam as doenas, mas a

    vida (somar vida aos anos...)

    Para garantir esta poltica, so as seguintes os arranjos e dispositivoscapazes de implementar aes interdisciplinares e intersetoriais:

    Conselho Municipal do Idoso O Grupo Pr-Vida O Protocolo Paidia de Ateno Integral Populao Idosa; O Manual de Cuidadores Informais;

    A Capacitao dos Cuidadores Informais; O Cadastro de Residncias de Longa Permanncia A Regulamentao das Residncias de Longa Permanncia Os Centros de Convivncia (no exclusivo para idosos) A Equipe de Referncia (Sade da Famlia) Servio de Atendimento Domiciliar

    ROBERTO MARDEM SOARES FARIASDiretor do Departamento Municipal de Sade de Campinas-2004

    PEDRO HUMBERTO S. SCARAVIELLODiretor do Departamento Municipal de Sade de4 Campinas-2005

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    CARACTERIZAO DA POPULAO IDOSA POR REA DEABRANGNCIA

    AO INDICADORES DADOS FORMA DE COLETA

    Caracterizao do perfildemogrfico da populaoidosa

    % de usurios de 60 anose mais cadastradas

    N de usurios de 60 anose mais cadastradas,segundo as seguintesfaixas: 60 a 64 anos, 65 a69 anos, 70 a 74 anos, 75a 79 anos, 80 anos emais.N de total de usurios

    cadastradas

    Individualizada noDomiclio ou na UBS

    Caracterizao dacapacidadefuncional/autonomia dosusurios idosos

    % usurios idosos comcapacidade de realizaratividades da vida diriapor faixa etria emrelao aos idososcadastrados por faixaetria.

    N de usurios idososcom capacidade derealizar atividades da vidadiriaN de usurios idososcadastrados por faixaetria

    Individualizada noDomiclio ou na UBS

    % dos usurios idososcom a capacidade derealizar atividade fsicapor faixa etria emrelao aos idosos

    cadastrados por faixaetria

    N de usurios idosossegundo a capacidade derealizar atividades fsicaN de usurios idososcadastrados por faixa

    etria

    Individualizada noDomiclio ou na UBS

    A CLNICA AMPLIADA PARA O IDOSO(A)

    A melhor definio de envelhecimento aquela que enfatiza o limiarde perda das reservas funcionais do organismo atingido por um ser vivo,

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    tornando-o pouco capaz, ou mesmo incapaz, de adaptar-se a umasituao adversa, seja ela fsica, emocional ou econmico-social.Oidoso, caracterizado pela Organizao Municipal da Sade (OMS) em1980, para paises em desenvolvimento, como o individuo com idade

    igual ou superior a 60 anos, encontra-se mais propenso a apresentaralteraes no seu estado de sade frente a um agressor, externo ouinterno,tornando-o alvo maior de doenas.

    Os profissionais que lidam com idosos atuam sempre com;1. respeito pelas diferenas prprias da faixa etria;2. uma viso multiprofissionais do atendimento;3. a presena de familiares;4. o contato com cuidados para um completo entendimento do

    processo agudo de doena.

    O idoso requer um maior tempo de atendimento, seja porque temdeficincias sensoriais (visuais ou auditivas) e/ou cognitivas (nos camposda memria, ateno e linguagem), ou porque naturalmente possuilentificao na capacidade de planejamento e realizao de suas idias e

    pensamentos.Entrevista:Vai depender essencialmente da obteno complementar de

    dados fornecidos pelos familiares e/ou cuidador do paciente em questo.

    -Identificao: Sexo, idade, estado civil(tempo), ocupao atual(tempo),profisso, escolaridade, fatores de risco relacionados agravos-Antecedentes familiares: hipertenso, diabetes, acidente vascular cerebral,cncer, demncia.-Histria atual e pregressa: queixa principal, doenas, tratamentos,cirurgias, vcios, quedas, sintomatologia, Imunizao, uso demedicamentos, perfil fisiolgico, psicolgico(sono, repouso, vcios),sociocultural(lazer, espiritualidade, ocupao do tempo) e nutricional,hbito intestinal e urinrio, sexualidade.

    -Perfil do ambiente.-Situao familiar.-Auto-cuidado.

    Exame fsico. No difere daquela habitual para o adulto, porm, comalguns comemorativos prprios da faixa etria, sendo da maior importnciaa diferenciao entre os achados clnicos considerados normais para aidade- caracterizando a senescncia e aqueles relacionados a doenascrnicas ou agudas, a senilidade. O indivduo idoso exige alguns cuidados

    particulares ao ser examinados:

    1. respeito e maior pudor ao despi-lo de suasvestes por seus valores e diferenas culturais;

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    2. acesso livres e amplos aos locais de exames,em funo de eventuais limitaes fsicas;

    3. pontos de apoio estratgicos para facilitar suamovimentao.

    Algumas peculiaridade do exame fsico merecem maior ateno, pois podem influenciar a tomada de deciso e a elaborao das hiptesesdiagnosticas: febre o idoso apresenta hipertemia relacionada a processo

    inflamatrios ou infecciosos em menor proporo que jovem. Porm,quando presente a febre um indicador de doena sria em 76 % dos

    pacientes com temperatura oral maior ou igual a 37.8C, principalmentena presena de alguns dos seguintes achados clnicos: temperatura oraligual ou maior que 39,4C, freqncia respiratria igual ou maior que 30

    movimentos por minuto, leucocitose igual ou maior que 11.000, presena de infiltrado pulmonar na radiografia simples de trax oufreqncia cardaca igual ou maior que 120 batimentos por minuto;

    hipotermia a mais comum em idosos e constituio de alto risco paraas alteraes nas funes normais do ser humano;

    freqncia cardaca apresenta tendncia a valores mais baixos erelao ao jovem e menor incidncia de taquicardia compensatoria asituaes de demanda cardiovascular, podendo at prejudica-lo em umasituao de emergncia

    presso arterial deve ser medida considerando a tendncia (patologia)para o desenvolvimento da hipertenso sistolica isolada com o avanoda idade, a freqente presena de hipotenso postural com suasimplicaes teraputicas, a presena eventual do fenmeno do buracoauscultatorio falseando possvel hipertenso sistolica (deve-se utilizarsempre no idoso a palpao do pulso distal ao manguito para a medidada presso arterial). a existncia de fenmenos vasculares a obstrutivosque possam causar diferenas significativas dos nveis pressoricos entreos dois membros (deve ser sempre que possvel, medir a presso arterialnos dois membros) e a alta prevalncia do uso de medicamentos que

    possam interferir na avaliao da presso arterial; exames das mucosas capaz de fornecer impresso clnica fidedigna

    do descoramento, embora o estado de hidratao seja de difcilavaliao, pois a elasticidade da pele encontra-se diminuda, existemenor produo natural de secreo salivar e de filme lacrimal e ataquicardia compensatoria menos evidente. Nesses casos, de grandevalor a vivncia clnica do mdico avaliador;

    exame cardaco as bulhas cardacas so freqentemente hipofoneticase sopros sistlicos esto presentes em at 60% dos idosos sem

    repercusses cardacas relevantes. A palpao de todos os pulsos de

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    extrema importncia no diagnostico de insuficincia arteriais crnicasou agudas, freqentes nesta faixa etria;

    exame pulmonar na emergncia, a expansibilidade pulmonar estdiminuda com suas implicaes ventilatrias e a presena de estertores

    deve ser valorizado como anormal mesmo no idoso. A presena deestertores bilaterais em base pulmonares, em pacientes com dor torcica,associa-se com insuficincia;

    abdome a idosos que procuram atendimento emergencial de quadrossuboclusivos ou oclusivos deve ser dada ateno a sopros e/ou massas

    pulsteis que possam sugerir diagnstico de aneurisma aorta abdominal.

    O exame neurolgico dar maior importncia devido s alteraescognitivas presentes na avaliao e que devem ser investigadas se so de

    aparecimento ou piora recente, caracterizando um provvel quadro dedelrio. Sempre relacionado a uma alterao orgnica, em geral infecciosa.A importncia do atendimento do paciente com quatro demencial naemergncia est no diagnostico de possveis causas tratveis dascomplicaes comportamentais e, at mesmo, da prpria sndrome.Alguns aspectos da avaliao neurolgica so consideradas significativas,como:

    Nvel de Conscincia- avaliando o grau de orientao do paciente,perguntando o nome prprio, profisso, local de moradia, datas, etc.

    Funo Motora- verificando movimentos voluntrios de cadaextremidade.

    Reflexo Pupilar, Reflexos Tendinosos Profundos,Coordenao, postura e marcha.

    Diagnstico

    A comparao dos diagnsticos em idosos realizados na emergncia comaqueles realizados na prtica clnica ambulatrial de idosos mostradiferenas significativas das condies mais freqentes, prevalecendo naemergncia diagnsticos infecciosos de origem respiratrias, eventosagudos cardiovasculares e trauma com suas decorrncias, enquanto que emconsultrio, o diagnostico mais o de hipertenso arterial sistmica.

    Algumas situaes especiais indicam equipe um cuidado especial,como:

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    desnutrio ou inaquedao nutricional so reconhecidas por sinaisobjetivos e/ou indiretos de historia e exame fsico(estado de dentio,

    presena ou no de prtese, peso, massa muscular aparente, alterao dapele, presena ou no de diarria crnica, histrico alimentar e social e

    outros). um importante diagnostico no idoso, com implicaesprognosticas e em decises teraputicas; aspirao em vias areas diagnsticos particularmente importante em

    idosos cronicamente debilitados. Alguns fatores predisponentes foramrelacionados: doenas neurolgicas que alteram o reflexo de deglutio;acidente vascular cebral; dificuldades de deglutio de diversasetiologias; uso de sedativos e hipnticos O resultado da aspirao decontedo gstrico ou corpo estranho para vias areas so bronquitese/ou pneumonias qumicas ou infecciosas secundrias, e obstruo total

    ou parcial ao fluxo areo. A tosse crnica, bronquite crnica oupneumonias de repetio podem ser sugestivos de aspirao crnica erecorrente de vias areas;

    quedas alm de cuidar de suas conseqncias de igual importncia procurar suas provveis etiologias para o acompanhamento posterior e preveno de novas quedas. Um tero dos indivduos que caramlembram-se da causa , todos acidentais; porm para outro tero asquedas so inexplicadas. Nesses, com queda de causa inexplicada ecognio normal. H associao com uso de medicamentosanormalidades de marcha e hipersensibilidade do seio carotideo;

    traumas e fraturas estudos de politraumas em idoso mostram quemedidas agressivas na emergncia so justificadas (78% foram capazesde voltar a seus afazeres habituais) e que o tratamento da dor em idososcom fraturas de ossos longos inadequada em relao ao jovem. Amaior prevalncia das causas de politrauma no idoso foi de acidentes deauto (57%), seguidas por quedas em domicilio (30%);

    maus tratos sinais e sintomas de abuso ou negligencia a idosos podemimitar os de muitas condies crnicas comuns do idoso, sendonecessria uma avaliao completa com historias separadamente obtidasdo paciente e da parte suspeitas, e avaliao clinica que enfatizeaspectos funcionais, cognitivos e especficos ao exame fsico.

    Abuso de lcool quase 10% dos atendimentos em emergncia somotivados por ingesto alcolica; porm, os mdicos somente acertam odiagnostico em um quinto das vezes. Idoso que procuram o atendimentode emergncia por problemas gastrintestinais devem ser questionadasquando ingesto de bebidas alcolicas.

    A avaliao do idoso, mais do que em qualquer outra faixa etria,

    depende de uma viso global e multiprofissional desde o primeiroatendimento, com ateno a certos cuidados e peculiaridades dessa

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    populao, enaltecendo aspectos da historia e exame fsico eminimizando agresses diagnosticas e teraputicas desnecessrias.

    Exames Complementares exames laboratoriais bsicos devem ser

    solicitados, conforme gravidade do caso, visando identificar possveisalteraes, como: Hemoglobina, Hematcrito, VHS, Albumina, Creatinina,Potssio, Glicemia, Hemoglobina Glicada, Colesterol HDL e LDL,Triglicerdeos, Clcio, Fsforo, cido rico, Fosfatase Alcalina, Clearenceda Creatinina, TSH, PSA, Raio-X de Trax, ECG e outros, conformenecessidade .

    IMUNIZAO

    A Organizao Municipal de Sade (OMS) preconiza a utilizao de trsvacinas bsicas na populao idosa: contra a influenza, pneumonia

    pneumoccica e ttano-difteria, mas devemos tambm dar ateno soutras vacinas.

    *Vacina contra a influenza:O vrus da influenza, conhecida como gripe, transmitido por inalao,atravs de goticulas de saliva suspensa no ar, e incuba por um perodo de 1a 4 dias.A vacina produzida para o Brasil atualizada duas vezes ao ano, de acordocom as caractersticas dos vrus em circulao no nosso hemisfrio e poristo muito especifica para a populao de vrus existentes.

    As indicaes para a vacina contra a influenza so:

    Idade superior a 60 anos; Portadores de doenas crnicas pulmonares com enfisema e asma,

    cardiopatias, diabetes e hipertenso; Idosos com doenas renais; Pessoas com imunidade deprimida por doenas como Aids ou que

    tomam medicamentos que causam diminuio da imunidade comoquimioterapicos e tratamento para o cncer.* Pessoas que mantm o contato com indivduos que apresente ricos para

    complicao da gripe, como cuidadores de pacientes idosos, profissionaisda rea de sade e familiares.

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    Os efeitos colaterais so leves e tendem a desaparecer em 24 a 48 horasaps a vacinao. As reaes gerais so mialgias, mal estar geral, cefalia,febre baixa com inicio aps 6 horas de vacina e regredindo no mximo emdois dias. No local da aplicao pode haver dor, vermelhido, endurao e

    prurido.Dificilmente h alergia a vacina.A nica contra-indicao doena aguda com febre alta. importante lembrar que a imunidade s eficaz para o vrus parao qual a vacina foi produzida, portanto possvel apresentar sintomasde infeco por outros tipos de vrus que causam doenas respiratrias.Esta orientao necessria para que os idosos no deixem de vacinar-se por pensar que houver falha na vacina.

    * Vacina Pneumoccica: A Pneumonia Pneumoccica mais comum na comunidade, e aTransmisso acontece de pessoa a pessoa por inalao.

    A via de administrao da vacina anti-peneumoccica intramuscular ousubcutnea.

    A indicao da vacina para todos os indivduos de mais de 60 anos,especialmente os moradores de casa de repouso e asilos, e com infeces einternaes repetidas, e tambm para os portadores de diabetes, enfisema,cirrose, insuficincia cardaca e renal, Aids, leucemia e alcoolismo.

    Recomenda-se vacinar os indivduos que j tiveram pneumonia

    pneumoccica porque a infeco natural no confere imunidade.A eficcia da vacina grande em idosos e em indivduos de risco maior

    como em diabtico.A vacina considerada segura e os efeitos colaterais locais so dor,

    vermelhido e edema leve.Estas manifestaes podem ocorrer em metadedos vacinados e desaparecem em 2 dias no Maximo.As manifestaesgerais podem ser febre, cefalia e mal estar. Quadros de alergias soraros.No contra-indicaes.A revacinao deve ser feita de cinco em cinco anos.

    A vacina contra a influenza pode ser administrada concomitantementecom a pneumoccica.

    Vacina contra difteria e ttano:A incidncia de ttano aumenta durante os meses e apesar do

    numero de casos ter diminudo no total, a incidncia entre as pessoasacima de 65 anos permanece constante.correspondendo a quase metadedos casos, isto mostra que as metas preventivas nesta faixa etrias aindano esto sendo atingidas, alm disto, a doena mais grave nos idosos

    e a mortalidade muito alta.

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    Todas as pessoas idosas devem completar uma serie de vacina dadifteria combinada com a vacina do ttano. Esta serie consiste em trsdoses do preparado contendo toxide diftrico e tetnico. Sendo as duas

    primeiras doses com intervalos de um ms e a terceira dose 6 a 12

    meses aps a segunda dose. Aps o calendrio bsico, a revacinaodeve ser feita com uma dose a cada dez anos.A vacina de ser feita por injeo intramuscular profunda e as reaes

    podem ser endurao e vermelhido no local da aplicao. Reaesgerais com febre e urticria so raras.

    A vacinao completa previne difteria em 85% e o em 95% e reaoalrgica aps a primeira dose ou febre alta e infeco grave seriam asnicas contra-indicaespara a vacina.

    AGENTES IMUNIZADOS ATIVOS COMUMENTEULTILIZADOS

    EM IDOSOS

    AGENTE TIPO DE

    PREPARAO

    ESQUEMA DE

    DOSAGEM

    COMENTRIOS

    Toxide ttano eDiftrico para uso

    Adulto (dt)

    Toxides bacterianosIM a cada 10anos;Usar o aniversrioDe mis dcada

    Tambm usados paraO tratamento ePreveno do ttanoEm frias

    Vacina contraInfluenza

    Vrus inativo IM/SC anualmente Usada em pessoas com>65anos de idade

    Em qualquer idadecom doena crnica

    Vacina polissacarideaContra o pneumococo

    Polissacardeoscapsulares purificados

    23-valente.

    IM/SC dose nica com umnico reforo aps cincoanos

    Usada em adultos deRisco e pessoa

    >65 anos

    HUMANIZAO NA ATENO AO IDOSO

    A trajetria realizada pelas profisses da rea da sade, a exemplo doque aconteceu com a medicina, levou a uma valorizao excessiva dos

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    procedimentos tcnicos especializados e de complexidade tecnolgicacrescente, em detrimento da qualidade da relao entre pessoas, do cuidadoclnico e da melhoria da qualidade de vida.

    inegvel, entretanto, que a incorporao de tecnologia na rea dasade teve um papel primordial na elevao da expectativa de vida da populao brasileira e particularmente em Campinas. Doenas que at poucas dcadas atrs matavam, com o desenvolvimento da indstriafarmacutica e a evoluo de novos procedimentos cirrgicos passaram a

    permitir a sobrevivncia das pessoas, aumentando assim a idade mdia devida da populao.

    A idia de Humanizao surge na histria da Sade Pblica no Brasilexatamente no momento em que se expressa uma contradio: o aumentodo nmero de anos vividos pelas pessoas no acompanhado de umacrescente qualidade de vida. Nos servios de sade, ao invs de os usuriosse sentirem bem cuidados, muitas pesquisas apontaram um ndicealarmante de descontentamento quanto qualidade do relacionamento comas equipes: atendimento impessoal, dificuldade de escuta, demora no tempode espera, descaso com o sofrimento das pessoas, humilhao do usurioque reclama do atendimento e julgamento moral sobre a vida dos usuriosso exemplos muito comuns das queixas dos usurios que refletem essainsatisfao.

    A humanizao da ateno sade implica reconhecer a subjetividadeno trabalho em sade, e exige uma outra postura diante da vida e na defesada vida de usurios e de trabalhadores da sade. Exige tambm reconhecerque a subjetividade produzida na relao entre as pessoas.

    Na contramo das polticas neoliberais, o SUS que queremos e queestamos construindo coletivamente tem como princpios a universalidade, aeqidade e a integralidade, como formas de garantir a sade como direito

    de todos. A integralidade pressupe que as aes de sade no sejamdissociadas em aes preventivas e aes curativas. freqente que ostrabalhadores da sade reconheam esse princpio, atravs do qual as

    pessoas devem ser vistas como um todo.

    Em Campinas, fomos mais alm. No basta perceber e atuar sobre apessoa como um todo. A clnica ampliada reconhece outras dimensesdiretamente implicadas no processo sade doena: nenhuma profisso nasade detm todo o conhecimento necessrio para se produzir sade.

    necessrio trabalhar em equipe, onde todos tenham responsabilidadescomuns e especficas. Mas tambm imprescindvel reconhecer que o

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    escaparemos se a morte se der precocemente. Assim, mesmo que oenvelhecimento no signifique por si s estar doente, esse no um

    processo fcil de ser vivido, pois sempre envolve perdas e limitaes.Some-se a isso a discriminao social, que estigmatiza e relega os idosos

    condio de invlidos.O processo de envelhecimento, alm disso, acarreta progressivos

    problemas de sade, que podem ser agravados sem o acesso fcil a bens eservios de qualidade.

    Com o acrscimo na participao de idosos na composio dapopulao geral, gera-se uma maior demanda por determinadas aes desade, de acordo com suas necessidades.

    Apresentamos algumas propostas para a criao de condies maisfavorveis realidade dos idosos nas unidades de sade, que podem serclassificadas em dois eixos:

    Visibilidade dos Direitos dos Idosos nos Servios de Sade Aes de Promoo, Preveno e Ateno Sade

    I. EIXO DA VISIBILIDADE DOS DIREITOS

    imprescindvel que as equipes de sade estejam munidas deinformaes sobre os direitos dos idosos, e que passem a atuar como seusdefensores. Para isso, necessrio fornecer material de apoio para asunidades, alm de envolver as equipes ativamente na elaborao de aes e

    propostas.

    A orientao nas unidades de sade sobre os direitos dos idosos podecontribuir significativamente para que estes se tornem sujeitos de suasconquistas.

    possvel criar uma agenda sobre os direitos dos idosos nos ConselhosLocais de Sade, na qual os idosos de cada territrio possam ser includoscomo Sujeitos.

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    II. EIXO DA PROMOO, PREVENO E ATENOEM SADE

    O acolhimento com avaliao de risco uma ferramenta importante no

    atendimento ao idoso, porm h que se melhorar a ambincia nos nossosservios para o acesso e a permanncia do idoso em todas as unidades desade: cadeiras para a espera, lugar adequado para acompanhante e aesresolutivas que diminuam ao mnimo a necessidade de retornos em dias ehorrios diferentes. Alm disso, o acolhimento do idoso deve levar emconsiderao o tempo como qualidade da escuta.

    Propomos a realizao de uma experincia piloto a partir da parceriaentre equipes de referncia dos Centros de Sade com a Pastoral da Sade,aumentando com isso o cuidado aos idosos em situao de maior risco e

    vulnerabilidade, que possa ser avaliada e multiplicada, com o apoio dosDistritos e da Secretaria de Sade.

    Tambm possvel criar grupos e aes educativas focalizadas nosriscos, vulnerabilidades e criao de redes de apoio social aos idosos. Essesgrupos e aes devem abranger formas de preveno contra agravos, taiscomo: hbitos saudveis (caminhadas, exerccios, atividades sociais, delazer e cultura, alimentao e nutrio), orientaes sobre medidasespecficas para reduo do risco de quedas, em casa ou na rua, informao

    adequada sobre quadros comuns na terceira idade (perdas auditiva e visual,hipertrofia benigna de prstata, etc), informaes sobre os recursosdisponveis na rede de sade, e como utiliz-los.

    Incluir um informativo peridico na Rdio Educativa para veiculaodas principais discusses sobre direitos e sade dos idosos tambm podeser uma medida de alcance para a diminuio da excluso dos idosos nasociedade, e na prpria rea da Sade.

    Por ltimo, mas no menos importante, seria o engajamento dosprofissionais de sade na luta pela criao da Casa-dia, um equipamento depermanncia de idosos no perodo diurno, que permite a volta para casapara o convvio familiar dirio.

    O PAPEL DA FAMLIA NA ATENO INTEGRAL

    POPULAO IDOSA

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    Para melhor conhecimento de qualquer indivduo, temos que situ-lo na sua histria de vida. E, nessa histria, importante termos emmente a fase da vida e os conflitos inerentes esta fase.

    Nascemos dentro de uma famlia e a comea nossa histria.

    No caso do idoso de hoje, tem que se considerar a educaorecebida na sua famlia de origem, em tempos passados, na qualgeralmente a famlia se responsabilizava no cuidar dos prpriosestes.

    E isto est marcado na psique desses idosos que anseiam queseus cuidados provenham de forma mais efetiva dos seusfamiliares.

    Em todo o mundo, a rede de apoio informal composta pela famlia,pela rede de amigos e por voluntrios a fonte primria deassistncia aos idosos na comunidade e em suas casas.

    SILVA & NERI (1993) mostram que os cuidadores oriundos deredes informais de apoio, como filhos, parentes e amigos,constituem a mais importante fonte de suporte de idosos e, afirmaque 80% a 90% dos servios e cuidados recebidos por estes, sodispensados plos familiares. Assim, a qualidade e a manutenodos cuidados com os idosos, e conseqente preveno de suainstitucionalizao, relaciona-se com o suporte dado a estescuidadores, atravs de programa de treinamento, superviso eassessoria.

    Quem desempenha as tarefas de cuidar em famlia geralmente amulher.

    Na vida familiar existe uma hierarquia em relao ao cuidado, queprev que, em primeiro lugar, venha a esposa e em segundo lugar,a filha mais velha, geralmente de meia-idade, casada e com filhos.em seguida vem a filha viva e depois as solteiras que vivemsozinhas. Os filhos ou genros geralmente do ajuda material,participam das atividades externas, como cuidar dos interesseseconmicos dos idosos e colaboram em tarefas de ajudainstrumental que implicam desloc-los.

    Conhecer a famlia, as condies de vida e de moradia ampliam apossibilidade de uma interveno nossa, quando necessria, maisefetiva.

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    fato j reconhecido que os idosos brasileiros esto vivendo mais eem melhores condies de vida. Parte do contingente idosoapresenta taxas elevadas de vulnerabilidade e dependncia e parteest desempenhando um papel mais importante na famlia e na

    sociedade. Uma maneira de avaliar o papel que os idosos vemassumindo em termos de apoio familiar qual esto inseridos e pormeio da participao da sua renda familiar.

    Segundo Censo de 2000 do IBGE, em 1991, 4,3% dos brasileirosacima de 60 anos eram chefes de famlia. Hoje, 5,3% dos idososso responsveis pela sobrevivncia familiar.

    O percentual de idosos pobres passou de 34,6% em 1991, para15,9% em 2001, entre o segmento masculino.

    Estas mudanas se devem principalmente na concesso dobenefcio da aposentadoria por idade rural, apresentando especialrepercusso no contingente feminino que acumularam benefcio deaposentadoria e de penso por viuvez. Isto trouxe uma mudana aoseu status: idosas que passam a ter renda prpria, chefiar famlia eassumir papel de provedora, mantendo seu tradicional papel decuidadora.

    Foi observado que as famlias brasileiras com idosos esto em

    melhores condies econmicas do que as demais; para isto,reconhece-se a importncia dos benefcios previdencirios que, emmuitos casos, constitui-se a nica fonte de renda dos familiares.

    VIGILNCIA DO AMBIENTE

    Cada vez mais a ateno ao idoso deve ser maior, na tentativa demelhorar o seu grau de independncia fsica, seja em relao ao ambientefamiliar, seja em relao comunidade que o abriga.

    Assim uma forma quase imediata de melhorar as condies dequalidade de vida do idoso auxili-lo a manter sua independncia de ao,seja fsica, seja emocional ou ainda mental.

    O idoso no Brasil praticamente uns excludos sociais, que dir oidoso funcionalmente limitado.

    Essa limitao no est apenas ligada s diferentes enfermidades queincidem mais freqentemente nessa idade, mas sua relao tambm com a

    perda de diferentes habilidades ou condies sensoriais.

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    Tambm h que se considerar a interao do paciente idoso, queperdeu parte dessas habilidades, com o meio ambiente, seja no lar, seja nasdiferentes condies da vida diria.

    Os acidentes e as quedas so os fatores que mais limitam a qualidade

    de vida do idoso, pelas conseqncias de perdas funcionais, principalmenteas relacionadas s fraturas.Portanto, evitar quedas e acidentes meta prioritria na terceira

    idade.Dentre os fatores de risco para quedas e conseqentemente fraturas,

    devem ser consideradas as condies peculiares a cada paciente e tambmas condies favorecedoras de queda relacionadas ao ambiente.

    FATORES INDIVIDUAIS DE RISCO PARA QUEDAS:

    -alteraes nas funes cognitivas e sensoriais, como distrbios daviso, do equilbrio e da audio;-alteraes da marcha, relacionada s diferentes condies articulares,sseas e neuromusculares;-uso crnico de medicamentos como ansiolticos, hipotensores,diurticos, antidepressivos.

    Nos fatores ambientais de risco para acidentes e quedas devem ser

    reconhecidos os obstculos ambientais ou armadilhas arquitetnicas.Embora estas estejam presentes em todos os ambientes, deve-se

    considerar que 90% das quedas que o idoso sofre, ocorrem nos ambientesem que esto mais desconcentrados, isto , no dormitrio e no banheiro.

    FATORES AMBIENTAIS DE RISCO PARA QUEDAS ECUIDADOS ESPECIAIS:

    -evitar pisos escorregadios;

    -usar calados com solado anti-derrapante;-evitar tapetes mal posicionados;-manter iluminao adequada;-arranjar a disposio do mobilirio(o caminho do dormitrio para obanheiro deve ser de fcil acesso e com iluminao adequada)-evitar armrios de difcil acesso que possam facilitar quedas;-utilizar traves de apoio nas paredes, principalmente banheiros, parafacilitar o uso de chuveiros e vasos sanitrios;-considerar inclusive a altura do vaso sanitrio, para melhorar as

    condies de uso do idoso mais limitado;

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    -utilizar rteses e acessrios de apoio(bengalas, andadores) paramelhorar as condies de equilbrio e marcha;-fazer portas mais largas para melhorar as condies de acesso ou decadeiras de rodas e andadores;

    -verificar as condies ergonmicas, principalmente da cozinha, parafacilitar o desempenho das atividades domsticas;-manter nos jardins e passeios o piso regular e no-acidentado,evitando relevos, espelhos de gua, entulhos, ou at mesmo fiaoexposta e mal colocada.

    Dessa forma se aplica o conceito de casa segura como principalprocedimento para a preveno de acidentes e quedas e conseqentementedas limitaes funcionais decorrentes.

    Violncia x Sociedade Sustentvel

    Fazendo um levantamento sobre os atendimentos realizados por esteServio de Assistncia Social, para o segmento Idoso, constatamos que oscasos de violncia alcanam os espantosos ndices de 40% em Novembro e31% em Dezembro de 2004. A violncia relatada,que nos chega atravs de

    atendimentos do Disk Denncia, por telefone ou encaminhados pelosservios de sade e outros de assistncia social, tratam-se na maioria dasvezes de casos de espancamento, tortura, abandono material,constrangimento emocional, mau uso de renda auferida pelo idoso (a) porseus familiares ou outros, e at furtos de patrimnio. H ainda casos emque familiares, na maioria das vezes os filhos, querem abrigar o (a) idoso(a), justificando no ter tempo e disponibilidade para os incmodos doenvelhecimento. Estes casos no foram computados nos ndices acimamencionados.

    Tais ocorrncias nos deixam muitas vezes perplexas, semcompreender exatamente porque tamanha crueldade perpetrada porfamiliares contra seus idosos. A famlia parece ter esquecido seu papelessencial de proteo aos membros que a compe incluso seus velhos, umdos seus segmentos mais fragilizados e carentes de ateno. Talvez estejano cerne do ato violento a explicao dessa questo. A violncia sereproduz entre os sujeitos sociais,por geraes, e a famlia no estinclume, faz parte do tecido social, e tambm sofre todo tipo de violncia. Violncia que se caracteriza como insuficincia de recursos materiais, a

    dificuldade de acesso s polticas sociais; como educao, lazer, sade,

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    assistncia social, habitao e outros e deste modo seus membrosreproduzem-na..

    A explicao acima parece ser simplista, e o , mas a violncia multifatorial e carece de urgncia em seu entendimento multicausal e com

    medidas que possam seno san-las pelo menos diminuir sua incidncia egravidade. Cabe a todos ns, sociedade, buscar uma soluo, pois se tratade uma questo fundamental de construo de uma sociedade mais tica esustentvel.

    Rosana do Socorro Solino ArajoAssistente Social da SMAS-Campinas

    A Equipe de Sade X Violncia contra o IdosoPesquisas indicam que quanto mais velho e mais dependente, maior

    ser a possibilidade de um idoso ou idosa de ser vtima da violncia, sendoas mulheres acima de 75 anos as principais vtimas. Os filhos e filhasrepreentam mais de 50% dos agressores, em seguida so os genros, noras enetos. Geralmente os agressores moram no mesmo espao fsico da vtimae apresentam em muitos casos, problemas de transtorno metal, soalcoolistas ou dependentes de drogas.

    O papel do profissional da sade muito importante e amplo, masdestacamos alguns cuidados necessrios na interveno:- Habilidade na deteco de maus tratos,- Aps confirmada a ocorrncia e antes de atribuir a culpa a algum

    importante fornecer suporte a famlia do paciente, para quepossa prover os cuidados de maneira adequada,

    - Decidir em equipe e com muita habilidade quando e de quemaneira intervir nos casos, porque questes ticas e legais devemser consideradas na deciso,

    - As vtimas quando cognitivamente competentes, tm o direito dedeterminar o curso da interveno, inclusive podendo optar porpermanecerem em situaes de risco,

    - Os esforos da equipe devem ser concentrados para manter,dentro do possvel, o idoso no ambiente domiciliar,

    - No caso de suspeitas, realizar visitas domiciliares para recolhermaiores informaes.

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    DOENAS DE MAIOR PREVALNCIA NA POPULAO IDOSA

    Introduo

    A seguir, algumas das doenas mais comuns em idosos so descritas,

    visando um conhecimento bsico das mesmas, para as equipes doPrograma de Sade da Famlia, sem aprofundamento ou descrio detratamento especifico. Estudo adicional sobre envelhecimento, doenas etratamentos pode ser pesquisado atravs das referncias ao final do texto.

    Hipertenso Arterial

    A hipertenso arterial uma das causas mais importantes de morbidade emortalidade, pele sua alta incidncia e por constituir fator de risco paradoena coronariana, acidente vascular cerebral, insuficincia cardaca einsuficincia renal. Sua freqncia aumenta de maneira expressiva entre osidosos, atingida cerca de 50% dos indivduos aps 65 anos de idade. Hvarias alteraes relacionadas com hipertenso arterial, sendo necessrioidentificar a causa para definir o melhor tratamento.

    Considera-se hipertenso aquele que apresenta presso arterial sistolicaigual ou acima de 140 mmHG e/ou presso arterial diastlica igual ou

    acima de 90 mmHG. O tratamento indicado independente da idade, comavaliao do risco X beneficio. Vide Protocolo Paidia de HipertensoArterial/2003 da SMS de Campinas.

    Angina de Peito

    Angina significa dor ocasionada por sofrimento do msculo cardaco (pordiminuio da oxigenao). Geralmente a dor retroesternal, em opresso,

    podendo irradiar para pescoo e ombros, com durao varivel (geralmente

    menos de 15 minutos) e pode ocorrer presena de palidez, sudorese, fadiga.No idoso os sintomas podem no ser tpicos, a dor pode ser fraca ou no teralguma dor, s vezes apresentando apenas sintomas isolados ou associadoscomo: nuseas, vmitos, tonturas, sensao de dores no estmago,confundindo com outras doenas.

    Se houver suspeita de angina, ser necessrio avaliao mdica paramelhor investigao e iniciar tratamento especfico. Ver Manual deCondutas Mdicas do Ministrio da Sade/2001, pp. 287 a 290.

    Acidente Vascular Cerebral

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    Os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC- derrame cerebral)constituem a 1 causa de morte entre as doenas cardiovasculares noBrasil e causa importante de incapacidade a longo prazo entre os

    idosos. O AVC pode ser desencadeado por dois mecanismos bsicos;-Enfartamentos (cerca de 75% dos AVCs): secundrio

    doena isqumica, onde ocorre morte de clulas por diminuio oufalta de oxignio de determinada rea do crebro.

    -Hemorragias (cerca de 25% dos AVCs): geralmenteassociadas a malformaes vasculares do crebro e ao uso de drogas.

    necessrio distinguir qual mecanismo desencadeou o AVCpara definir o tratamento correto.

    A preveno de um AVC pode ser feita, identificando os

    pacientes considerados de alto risco, estimando-os para aquisio dehbitos saudveis e incentivos para acompanhamento mdico peridico para controle de fatores de risco. Para os pacientes jacometidos por um episdio de AVC, deve-se intervir para evitarnovos episdios, com acompanhamento e controle mais rigoroso dosfatores de risco (controle de hipertenso, diabetes, colesterol,interrupo do tabaco), e reabilitao de acordo com o acometimentofuncional.Ver pp. 291 a 292 do Manual de Condutas Mdicas do MS.

    Arritmias Cardacas

    A incidncia de arritmias cardacas aumenta medida que o indivduo envelhece, por alteraesdegenerativas do sistema de conduo do corao, porcomprometimento do sistema nevoso autnomo e/ou

    devido a vrias patologias que afetam o corao do idoso.H vrios tipos de arritmias cardacas e muitas vezes no necessrio tratamento medicamentoso. Porisso importante identificar qualarritmia est presente e ento avaliar necessidade ou no do tratamento.

    Os sintomas so de grande importncia, quando presentes,para o diagnstico e avaliao da gravidade da arritmia. O paciente podequeixar-se de tonturas, palpitao, ou fadiga, mas tambm pode ter perdade conscincia. Proceder avaliao e investigao sempre.

    Insuficincia Arterial dos Membros

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    A aterosclerose a causa principal de insuficincia arterial dosmembros em idosos. Significa doena arterial degenerativa de cartergeneralizado, que pode originar obstruo da luz do vaso ou dilatao da

    artria. Com relao s obstrues arteriais, os pacientes podem manifestarsintomas de acordo com a gravidade das leses. Quando h processoobstrutivo crnico, o paciente pode apresentarclaudicao intermitente,cuja dor muscular e aparece aps andar uma certa distncia, aumentandointensidade at obrigar a cessar a marcha, melhorando a dor aps repouso,ou apresentar dor isqumica de repouso, que ocorre noite, afetando

    principalmente dedos e dorso do p. Representa uma insuficincia arterialmais avanada, com dor intensa, dificultando o sono. A dor de repouso

    pode estar associada a formigamento e adormecimento dos dedos e a dor

    pode melhorar na posio sentada ou em p.Alteraes da pele e das unhas ocorrem na isquemia crnica.Quadro mais grave desta doena ocorre quando aparecem lcerasisqumicas ou necrose de extremidade. Pode iniciar aps trauma ou surgirespontaneamente devido piora da isquemia. O tratamento urgente quandosurge a necrose. Nos pacientes que apresentam apenas claudicao, otratamento consiste em exerccios programados (caminhadas) paradesenvolverem circulao colateral e adaptar musculatura baixaoxigenao e cuidados com os membros, alm de controles de fatores de

    risco. Pacientes hipertensos podem apresentar lcera isqumicasecundria hipertenso arterial, que ocorre pela falta de oxigenaotecidual devido leso obstrutiva de arterolas cutneas (vasos de calibremicroscpico), que leva ao infarto da pele. As leses podem ocorrer nosdois membros inferiores e os pulsos podem estar normais e os pulsos

    podem estar normais (porque a doena ocorre na circulao de calibremicroscpico), diferentes das doenas citadas acima onde pulso estdiminudo ou ausente. Cuidados locais e tratamento adequado devem serinstitudos e a hipertenso arterial deve ser controlada. Ver Manual deCondutas Mdicas do M.S. pp. 296 a 298.

    Insuficincia Venosa dos Membros

    Insuficincia venosa crnica ocorre por hipertenso de longadurao no sistema venoso dos membros inferiores e pode ser decorrentede: varizes de longa durao, seqela aps quadro de trombose venosa

    profunda, fstulas arteriovenosas, obesidade, sedentarismo.

    O paciente queixa-se de desconforto no membro inferior,sensao de cansao. O edema manifestao inicial, que pode ocorrer por

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    extravasamento da parte lquida do sangue para o interstcio devido hipertenso ao nvel do capilar venoso. Edema favorece ocorrncia deinfeco tipo celulite e erisipela e infeces repetidas por sua vez levam aoaparecimento de eczema (alteraes cutneas) e ulceraes podem

    aparecer. Cuidados preventivos so o melhor tratamento, atravs da prticade exerccios, combate obesidade, higiene e uso de meia elsticas (esteltimo item fundamental para o tratamento, mas contra-indicada na

    presena de lcera). Quando presente lcera, o paciente deve ficar emrepouso com membros elevados, proceder cuidados locais com orientaomdica.

    Diabetes

    Diabetes Mellitus uma doena causada pelo aumento doacar no sangue. Ocorre por deficincia de insulina ou por resistncia

    perifrica ao da insulina. Como h diferentes mecanismosdesencadeando a doena, o tratamento tambm tem abordagem diferenteem cada tipo de diabetes. Quase metade dos diabticos tem 65 anos deidade ou mais e o nmero absoluto de pessoas idosas com diabetes vaicontinuar a subir, de acordo com estatsticas.

    importante o diagnstico precoce, considerando que a

    doena provoca srios agravos cardiovasculares, como doenascoronarianas, complicaes arteriais cerebrais e nos membros, decomprometimento vascular nos rins e retina. Suspeita-se de diabetes emidosos quando apresentarem os sintomas clssicos (sede intensa, aumentodo apetite, mico exagerada), mas tambm na presena de queixasisoladas ou associadas como: perda de peso, fadiga, prurido vulvar,infeces do trato urinrio, incontinncia urinria, entre outros e proceder investigao em idosos assintomticos quando houver fatores de risco(obesidade, sedentarismo, histria familiar, etc). Critrio diagnstico;

    glicemia de jejum igual ou maior que 126 mg/dl ou teste tolerncia glicose acima de 200 mg/dl (sempre exames devem ser confirmados emSegunda amostra).

    O Tratamento deve ter por objetivo atingir nveis normais ou prximos da normalidade, sempre que possvel, independente da idade.Fundamental dieta adequada e atividade fsica a todos e tratamentoespecfico sempre que necessrio. Ver Protocolo Paidia de Diabetes.

    Depresso

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    Pode aparecer em qualquer etapa da vida. No se deveconfundir depresso com tristeza ou sintomas depressivos num momentode luto, por exemplo.

    A depresso grave, chamada depresso maior, caracteriza-se

    pela persistente diminuio do humor, perda do sentido vital e atitudenegativa em relao a si prprio. Apresentam geralmente perda de energia,distrbio do sono, perda do apetite, dificuldade de raciocnio econcentrao, perda do interesse ou prazer. Podem ocorrer pensamentosfreqentes de morte ou suicdio. Os idosos manifestam geralmente adepresso com mais queixas fsicas que psicolgicas. Podem referirfraqueza, cansao, dores de cabea ou dores no corpo.

    As causas so complexas, envolvendo gentica, neuroqumicae fatores psicolgicos. Independente da causa, o tratamento tem como base

    o suporte psicoterpico, em associao com o tratamento medicamentosoapropriado. Ver pp. 122 125 do Manual de Condutas Mdicas do M.S.

    DPOC e ASMA

    DPOC (Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica), inclui asseguintes desordens: enfisema, bronquite crnica, bronquiectasia e asma, osquais manifestam-se em graus variados e geralmente esto relacionados aotabagismo. O enfisema caracteriza-se por destruio difusa do parnquima

    pulmonar, com hiperinsuflao e perda de superfcie alveolar, apresentandosintomas variados como tosse crnica, falta de ar, perda de peso, fadiga e

    broncoespasmo (ver Manual de Condutas Mdicas do M.S., pp. 312 a 314).A Asma pode aparecer em qualquer idade e persistir por toda a

    vida (ver Caderno Temtico Projeto Asma da SMS-Campinas,2004).O diagnstico precoce pode melhorar a qualidade de vida e

    evitar complicaes dessas doenas. O primeiro passo aps o diagnstico reconhecer e afastar fatores precipitantes e agravantes, como tabagismo,exposies a alergenos, sinusites, medicaes, entre outros.(ver pp.312 a

    314 do Manual de Condutas Mdicas do M.S.-2001).

    TUBERCULOSE

    Os idosos com mais freqncia vivem em quartos fechados, ouem instituies asilares, sendo portanto uma populao de risco. A

    incidncia de Tuberculose Pulmonar mais alta do que em outro grupoetrio e a incidncia de tuberculose extrapulmonar tambm elevada.

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    Geralmente o diagnstico tardio, dificultado por sintomasatpicos e pela presena de doenas associadas (ver protocolo Paidia deTuberculose-2004).

    CNCER

    O maior fator de risco isolado de Cncer a idade.Aproximadamente 50% dos tumores ocorrem em pessoas com mais de 65anos de idade. Os tumores de esfago, estmago, reto, pncreas, prstata,

    pele e clon apresentam aumento contnuo na incidncia com o progredirda idade.

    Observa-se uma correlao entre a taxa de incidncia dos

    tumores, o envelhecimento e a exposio a fatores ambientais, sugerindouma relao direta entre esses trs fatores.

    Orientaes para a preveno incluem: minimizar fatores derisco como tabagismo, controle na ingesta de lcool, dieta equilibrada,

    protetor solar e avaliao mdica peridica (ver Protocolo Paidia dosTumores de Maior Prevalncia-2003).

    DISTRBIOS DA DEGLUTIO

    Os distrbios da deglutio so comuns em idosos e podemter causas digestivas ou extradigestivas. A dificuldade para deglutio podeocorrer ao nvel da orofaringe (alimento no progride para esfago),

    provoca tosse e pode haver refluxo de alimento para narinas, ou ao nvel doesfago, com sensao de alimento parado no trajeto do esfago.

    Causas no digestivas englobam as doenas que afetam osistema nervoso central, como as demncias, AVC, Doena de Parkinson,entre outros. A integridade da deglutio no s garante a manuteno doestado nutricional do idoso, mas protege tambm o trato respiratrio contra

    acidentes com aspirao de contedo da orofaringe.

    CONSTIPAO INTESTINAL

    A constipao intestinal resulta da diminuio da atividadefsica, principalmente em acamados e erro alimentar. necessrio

    orientao para correo desses fatores e investigao clnica para afastaroutros diagnsticos, como os tumores .

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    INCONTINNCIA URINRIA/DISTURBIOS DAMICO/PROSTATISMO

    Do ponto de vista psicolgico, a incontinncia urinria responsvel freqentemente por isolamento social do idoso. As causas somltiplas e iro direcionar o tratamento, que geralmente no simples. Asmedicaes, quando indicadas, apresentam freqentes contra-indicaesem idosos.

    Grande parte dos idosos podem melhorar o controle da micoatravs de condicionamentos, orientando a ingesto diria de 2000 ml/diade lquidos, estimulando o idoso a urinar inicialmente a cada 30 minutos,

    aumentando gradativamente esse intervalo, at chegar a um perodo de 2 a3 horas entre as mices. So indicados exerccios para fortalecer osmsculos do assoalho plvico, contraindo e relaxando esses msculos, porcerca de 10 minutos, 4 a 6 vezes ao dia.

    O prostatismo uma caracterstica comum a diversas doenascomo hiperplasia benigna, cncer prosttico, esclerose do colo vesical,estenose de uretra, cistites, prostatites e disfunes neurognicas da bexiga.

    A hiperplasia prosttica bengna uma das doenas maiscomuns que afetam o homem com o aumento da idade. Os sinais e

    sintomas podem ser obstrutivos (diminuio do volume e fora do jatourinrio, interrupo do fluxo, gotejamento terminal e hesitao) eirritativos (nictria- levanta muitas vezes noite para urinar, polaciria-urina muitas vezes durante o dia, urgncia urinria, disria- dor ao urinar esensao de esvaziamento de bexiga incompleta).

    O tumor prosttico mais comum o adenocarcinoma. Asneoplasias apresentam histria varivel e pouco previsvel, podendo

    permanecer latente ou progredir atingindo tecidos adjacentes. Asmetstases sseas costumam atingir preferencialmente coluna lombar,

    bacia, fmur, costelas e crnio.O diagnstico dessas dpenas feito pela histria clnica,toque retal, exames de urina, funo renal e dosagem de PSA. Na suspeitade cancer prosttico pode estar indicado bipsia transrtal da prstata.

    Com o tratmento medicamentoso da hiperplasia prostticabengna vrias cirurgias puderam ser adiadas ou at mesmo evitadas.

    DISTRBIOS DA VISO E AUDIO

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    Os distrbios visuais e auditivos so muito comuns no idoso esomados s alteraes relacionadas ao envelhecimento, acabam reduzindosua autonomia e independncia e ocasionando prejuzos importantes naqualidade de vida.

    Alm disso, tais alteraes representam um destacado fator de riscopara a ocorrncia de quedas.A maioria dos indivduos idosos necessita usar culos, devendo

    serem encaminhados para um especialista, com vistas a um diagnsticopreciso e indicao adequada do grau necessrio. Porm, cabe equipe dasade da famlia o reconhecimento, pronto e adequado, dos sinais esintomas mais comuns referentes aos distrbios visuais e auditivos doidoso.

    CatarataAs cataratas consistem na opacificao das lentes (cristalino) e suaformao pode levar a queixas de viso enfumaada ou brumosa, umanvoa nos olhos, associados ao freqente incmodo causado pelaclaridade. Elas podem evoluir e interferir, de maneira significativa, nadeambulao segura, podendo levar cegueira. Na maioria dos casos, estindicada sua remoo cirrgica.

    Glaucoma

    Esse distrbio caracteriza-se pela elevao da presso intra-oculardecorrente da alterao na relao entre a produo e o escoamento dohumor aquoso, podendo lesar o nervo ptico e provocar a reduo docampo visual.A equipe deve estar atenta histria familiar, pois existem evidencias desua natureza hereditria, uma vez que cerca de 5% dos idosos com mais de70 anos apresentam glaucoma crnico de ngulo aberto.Todos os Pacientes idosos precisam ser avaliados anualmente quanto presena de aumento da presso intra-ocular.

    Deficincia auditiva

    Estima-se que, das pessoas com mais de 65 anos de idade, em torno de30% apresentam diminuio da audio (hipoacusia) e cerca de 10 %apresentam o zumbido que rudo desagradvel associados ou no a perdaauditiva.

    DOENAS NEUROLGICAS MAIS FREQENTES

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    Demncia

    Doena desencadeada por morte das clulas do crebro

    (processo que ocorre mais rapidamente do que no envelhecimento normal).Acarreta em declnio geral da capacidade e das habilidades do indivduo.H vrios processos diferenciados que levam ao quadro demencial, cadaqual caracterizando um tipo de Demncia. As demncias so alvo deintensa pesquisa, j que no se conhece ainda as causas, no h cura e otratamento que pode ser oferecido pouco.

    Com aumento da expectativa de vida, aumentam os riscos dedesenvolvimento de demncia. Entre as pessoas com mais de 85 anos deidade, 20% tem uma forma grave de Doena de Alzheimer, que representamais da metade dos casos de demncia.(ver Manual de Condutas Mdicasdo M.S. pp. 383 a 386).

    Na Doena de Alzheimer, os sintomas podem ser discretos noincio, freqentemente despercebidos e acentuam-se com o decorrer dotempo. O idoso apresenta prejuzo da memria, pode ter dificuldades com alinguagem e na compreenso do que lhe dito. Passa a ter dificuldades emrealizar tarefas domsticas ou atividades que fazia anteriormente, descuidocom higiene pessoal, comportamento inadequado, ver e ouvir algo que noexiste, entre outras alteraes. Com a evoluo da doena, os sintomastornam-se bvios e incapacitantes.

    H doenas que se manifestam com sintomas semelhantes,assim como algumas medicaes podem desencadear efeitos adversos queconfundem o diagnstico com demncia. Sempre proceder a investigaocuidadosa para descartar uma doena reversvel (como depresso,hidrocefalia, hipotireoidismo, por ex.), ou toxicidade de drogas, ou abusode lcool.

    Apesar de no haver tratamento especfico para reverso dademncia, a atuao consiste em tentar melhorar sintomas e adequarcomportamento. Estmulo para manter paciente ativo na medida do

    possvel e acompanhamento da famlia neste processo, principalmente osresponsveis pelos cuidados, para que, alm da compreenso da doena,recebam amparo e orientaes para manuteno da prpria sade e bemestar.

    Na Doena de Alzheimer, o tratamento especfico atravs douso de medicamentos previstos no alto-custo, melhoram ou retardam aevoluo natural da doena.

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    Doena de Parkinson

    Acomete 1% da populao com mais de 55 anos, igualmente em ambos ossexos. causado pela degenerao progressiva de parte do crebro

    responsvel pelo automatismo e controle dos movimentos. Ocorre tremorde repouso (tipo contar dinheiro), rigidez, marcha com passos curtos,ausncia de movimentos dos braos e tronco para frente, buscandoequilbrio.

    Pode haver dificuldade de movimentao e perda da expressofacial.Certas drogas podem induzir seu aparecimento como Haloperidol,metoclopramida, cinarizina, e flunarizina. No seu tratamento so usadosmedicamentos que em doses mais altas causam efeitos colateraisimportantes (alucinaes, distrbios psicticos, etc) e so disponibilizadosna farmcia de alto-custo.Ver Manual de Conduta Mdicas do M.S. pp. 396a 398.

    Para o apoio e orientao familiar existe uma associao com sedeem So Paulo, capital, denominada Associao Brasil Parkinson, cujotelefone : 0XX 11- 55788177.

    Tontura, vertigem e labirintite

    Tontura o termo que representa todas as manifestaes dedesequilibrio .As tonturas esto entre os sintomas mais freqentes e so de

    origem labirntica em 85% dos casos.Raramente podem ser de origemvisual,neurolgica ou psquica.

    A vertigem um tipo particular de tontura caracterizando por umasensao de rotao.

    Labirintite uma enfermidade de rara ocorrncia caracterizada poruma infeco ou inflamao no labirinto (um dos rgos responsveis peloequilbrio localizada no ouvido interno).O termo utilizado de formaerrnea para designar todas as doenas do labirinto.

    Existem dezenas de doenas e ou distrbios labirnticos e cada uma

    delas tem caractersticas prprias que exigem formas especiais detratamento.

    As causas so numerosas: Traumas de cabea e pescoo e infecesmedicamentos,erros alimentares,tumores,envelhecimento,distrbiosvasculares,doenas metablicas,anemia,problemas cervicais,doenasdoS.N.C,alergias e distrbios psiquitricos.Ver manual de condutasmdicas do M.S. pp.399 a 400 e 55 a 60.

    ARTROSE

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    uma doena crnica, caracterizada pela degenerao da cartilagemarticular sem comprometimento do estado geral. Pode ser localizada emuma articulao, ou at generalizada e acomete ambos os sexos.

    Os fatores que contribuem para o desenvolvimento da doena so:

    idade mais avanada, obesidade, caractersticas genticas e alteraes damecnica articular. Joelhos e coluna cervical so os locais mais atingidos.A partir dos 50 anos aumenta muito a prevalncia e aps 70 anos, 85 % dosindivduos tero alteraes ao raioX.

    O diagnstico essencialmente clnico com sintomas e achados deexame fsico caracterstico, a confirmao feita pelo raioX.

    A intensidade da dor vai depender do grau de comprometimentoarticular e da inflamao local, ocorre no incio dos movimentos e melhoracom a continuidade dos mesmos.

    Os sintomas podem ser intensificados com o excesso de movimentosmelhorando com o repouso.

    No tratamento so utilizadas tcnicas de medicina fsica, exerccios programados para manter a funo, uso de antiinflamatrios econdroprotetores.

    Em casos extremos de degenerao com compresso em razesnervosas, a cirurgia pode ser indicada.

    OSTEOPOROSE

    Definida como um distrbio osteometablico de origem multifatorialcaracterizado pela diminuio da massa ssea e deteriorizao damicroarquitetura do tecido sseo, sem alteraes significativas da

    proporo entre matriz mineral e no mineral.A perda progressiva da massa ssea da deteriorizao do tecido

    esqueltico favorece a porosidade ssea tornando-os quebradios e frgeis,o que acarretar maior riscos de fratura, sendo que as mais comuns so asfraturas do quadril, vertebral e punho.

    Os fatores de risco para osteoporose consistem:

    -mulheres ps menopausadas (80% dos casos), brancas ou asiticas,baixas, magras e com antecedentes familiares;

    -tabagismo;-excesso de lcool ou cafena,-sedentarismoLevando em considerao, essas condies se tornam fundamental a

    atividade fsica, visto que, tal situao favorece a deposio de clcio nosossos, em contraposio inatividade gerar a reabsoro de massa ssea.

    Sinais e sintomas-vrios graus de queda;

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    -desconforto ou dor na regio dorsal;-nenhum sintoma, somente descoberto com fraturaO diagnstico no deve ser norteado pela dor j que normalmente

    ocorres em quadros avanados. Para diagnstico precoce o exame de

    escolha a densiometria ssea, porm pelo alto custo, fatores de riscodevem ser avaliados para a sua indicao.A osteoporose se instala atravs de alteraes nos mecanismos de

    formao e reabsoro ssea.O tratamento da osteoporose conforme protocolo do M.S j est

    sendo disponibilizado na farmcia de alto custo da Secretaria Estadual deSade, mas as medidas preventivas devem sempre ser implementadas.

    RELATO DE UMA IDOSA

    O envelhecimento no Brasil, segundo o Censo de 2000 uma realidade, para o qual asautoridades no estavam preparadas.

    Na pirmide etria o idoso deixou de ser o pice, e est indo em direo base.

    O censo mostra tambm o idoso como provedor da famlia ,dos filhos, filhas, netos em razo do desemprego que cresce,enquanto o poder de compra cai.

    Idosos esses que como amparo, alicerce de famlia, necessitam de um olhar maispenetrante, mais profundo das autoridades e da sociedade , para que dentro da famlia esteno desaparea de vez.

    Um olhar atento dirigido ao idoso lcido, ainda que no tenha locomoo adequadapara receber sua penso ou aposentadoria, que passa procurao famlia, que mal barata aseu bel prazer esses proventos sem que o mesmo possa dispor dele com autonomia. Hinmeros idosos que ainda trabalham, muitas vezes empurrando carrinhos de reciclados pelasladeiras da cidade, contribuindo assim para a renda familiar.

    Temos que olhar os idosos com tantas seqelas, sem monitorao corporal. Todosdevemos abrir as porta entre a famlia, sociedade e poder pblico, para que o idoso tenhadignidade no fim da vida, tendo auxlio de todos. A criao do Centro de Referencia do Idosoe um Fundo para o Idoso, so necessidades prementes.

    Diariamente criam-se inmeros abrigos, verdadeiros depsitos de velhos . O que dizer

    das inmeras seqelas fsicas que o idoso apresenta em razo da idade e que nem semprenestesabrigos merece ateno devida. necessrio motivar o idoso, integr-lo a comunidade, tira-lodo isolamentoem que muitas vezes se encontra. H que se perceber que o trabalhadorbrasileiro em geral tem uma vida difcil ao longo dos seus anos, e no auge da sua fora detrabalho nem sempre est empregado. Por volta dos 40 anos j vive de pequenos empregosespordicos, e quando se aposenta tem um empobrecimento to visvel, to palpvel, que issoprecisa ser encarado pelas autoridades e sociedade , e no simplesmente ser varrido parabaixo do tapete, como se os fatos no fossem realidade, como se a verdade no existisse.Mas a velhice faz justia, quando se chega a ela todos somos iguais.

    MARIA GONZALES ALVAREZ

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    LEGISLAO MUNICIPAL ESPECFICA PARA IDOSO

    III. LEI N. 7.225 DE 09 DE NOVEMBRO DE 1992

    ESBELECE ABRIGO EMERGENCIAL PARA IDOSO VTIMA DE MAUS TRATOSNA FAMLIA E NA SOCIEDADE, ONDE RECEBER TRATAMENTOPSICOSOCIAL VISANDO REINTEGR-LO NA FAMLIA E SOCIEDADE.

    LEI N. 9.668 DE 25 DE MARO DE 1998 E DECRETOMUNICIPAL N. 13.005 DE 23 DE NOVEMBRO DE 1998

    ESTABELECEM CRITRIOS PARA REALIZAO DE OLIMPADAS PARA3 IDADE

    LEI N. 9.965 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1998

    DISPE SOBRE A CRIAO DO CONSELHO MUNICIPAL DO IDOSO

    LEI N. 10.920 DE 24 DE AGOSTO DE 2001

    DISPE SOBRE A POLTICA MUNICIPAL DO IDOSO E D OUTRASPROVIDNCIAS

    LEI N. 11.044 DE 20 DE NOVEMBRO DE 2001

    ESTABELECE DATA ESPECFICA DE COMEMORAO DASEMANA DO IDOSO- 1 SEMANA DE OUTUBRO, SENDO O DIA 1DE OUTUBRO, O DIA INTERNACIONAL DO IDOSO

    LEI N. 11.224 DE 26 DE JULHO DE 2002

    ESTABELECE OS RISCOS QUE CORREM OS PORTADORES DEMARCAPASSO AO PASSAR POR PORTAS COM DECTORES DEMETAL OU SIMILARES.IV.V. LEI N. 11.819, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2003

    ESTABELECE NORMAS E PADRES DE FUNCIONAMENTO PARA INSTITUIESDELONGA PERMANNCIA PARA IDOSOS E A CLASSIFICAO SEGUNDO AS

    MODALIDADES DE ATENDIMENTO INTEGRAL INSTITUCIONALE D OUTRAS PROVIDNCIAS

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    VI. LEI FEDERAL N. 8.742 DE 07 DE DEZEMBRO DE1993, art. 20 da LOAS

    GARANTE O BENEFCIO DE PRESTAO CONTINUADA(BPC), PARAIDOSOS > DE 65 ANOS, DANDO O DIREITO DE 1 SALRIO MNMOCONFORME ESPECIFICA.

    RESUMO DO ESTATUTO DO IDOSO

    Art. 1- institudo o estatuto do idosoArt. 2- direitos fundamentais inerentes pessoa humanaArt. 3- obrigao da famlia, da comunidade e do Poder PblicoArt. 4- tipo de negligncia, discriminao , violncia, crueldade ou opressoArt. 5- inobservncia das normas de preveno

    Art. 6- todo cidado, dever de comunicar autoridade competente, violao desta LeiArt. 7- conselhos zelaro pelo cumprimento dos direitos do idosoArt. 8envelhecimento, direito personalssimoArt. 9- obrigao do EstadoArt. 10- obrigao do Estado e da sociedadeArt. 11

    - alimentos ao idosoArt. 12- obrigao alimentar, podendo o idoso optarArt. 13- transaes de alimentos podero ser celebradas perante o Promotor de JustiaArt. 14- idoso sem condies econmicas, nem sua famlia, cabe ao Poder Pblico esteprovimentoArt. 15sade do idosoArt. 16- idoso internado, direito a acompanhanteArt. 17

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    - idoso no domnio de suas faculdades mentais tem o direito de optar pelo melhortratamento de sadeArt. 18- instituies, critrios mnimos de atendimentoArt. 19

    - casos de suspeita e maus-tratosArt. 20- direito educao, esporte, cultura, lazer, produtos e serviosArt. 21- Poder Pblico criar oportunidade de acesso educaoArt. 22- currculos mnimos nos diversos nveis de ensino formal, com contedos voltadosao processo de envelhecimentoArt. 23- atividades culturais com desconto de pelo menos 50%Art. 24

    - meios de comunicao devero manter espaos especiais voltados ao idosoArt. 25- universidade aberta para o idosoArt. 26- direito a atividade profissionalArt. 27- admisso do idoso em empregoArt. 28- Poder Pblico estimulando programasArt. 29- benefcios, aposentadoria e pensoArt. 30- condio de seguradoArt. 31- pagamento de benefciosArt. 32- data base dos aposentados e pensionistas (01/05)Art. 33- da assistncia socialArt. 34- benefcio social

    Art. 35- entidades de longa permannciaArt. 36- acolhimento do idoso em situao de riscoArt. 37- direito a moradia dignaArt. 38- programas habitacionais (reserva de 3% aos idosos)Art. 39- gratuidade e transportes coletivosArt. 40

    - sistema de transporte coletivo interestadualArt. 41

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    - reserva de 5% das vagas em estacionamentos pblicos e privadosArt. 42- prioridade do idoso no embarque do transporte coletivoArt. 43- medidas de proteo do idoso

    Art. 44- como as medidas de proteo podero ser aplicadasArt. 45- Ministrio Pblico / Poder JudicirioArt. 46- poltica de atendimento ao idosoArt. 47- linhas de ao da poltica de atendimentoArt. 48- entidades de atendimentoArt. 49

    - entidades que desenvolvem programas de institucionalizaoArt. 50- obrigaes das entidades de atendimentoArt. 51- instituies filantrpicas tero direito assistncia judiciria gratuitaArt. 52- fiscalizao das entidades governamentais e no-governamentaisArt. 53- alterao da Lei n. 8.842/94 (compete aos Conselhos)Art. 54- publicidade das prestaes de contasArt. 55- descumprimento pelas entidades das determinaes legaisArt. 56- descumprimento pela entidade do art. 50Art. 57- profissional de sade dever de comunicar maus tratosArt. 58- deixar de dar prioridade no atendimentoArt. 59- atualizao das multas

    Art. 60- penalidade administrativaArt. 61- apresentao de defesaArt. 62- risco para a vida e para a sadeArt. 63- autoridade competenteArt. 64 a 68- Apurao judicial de irregularidades em entidade de atendimentoArt. 69 a 71

    - do acesso Justia e procedimento sumrioArt. 72

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    - vetadoArt. 73 a 92- funes e competncias do Ministrio Pblico e da proteo dos interessesdifusos, coletivos e individuais indisponveis e homogneosArt. 93 - 94

    - dos crimes e pena privativa de liberdadeArt. 95- ao penalArt. 96- discriminar pessoa idosa em operaes bancrias, aos meios de transporteArt. 97- deixar de prestar assistncia ao idosoArt. 98- abandonar idoso em hospitais, casas de sadeArt. 99- expor a perigo a integridade e a sade

    Art. 100- crime punvel com recluso e multaArt. 101- deixar de cumprir, retardar ou frustrar a execuo de ordem judicialArt. 102- apropriar-se de ou desviar bensArt. 103- negar acolhimento e permannciaArt. 104- reter carto magntico, proventos ou pensoArt. 105- exibir imagens depreciativasArt. 106- induzir a outorgar procuraoArt. 107- coagir idoso a doarArt. 108- ato notorialArt. 109- impedir ou embaraar ato do representante do Ministrio PblicoArt. 110

    - Cdigo PenalArt. 111- Lei das Contravenes PenaisArt. 112- Lei n. 9.455/97Art. 113- Lei n. 6.368/76Art. 114- Lei n. 10.048/2000Art. 115- oramento da Seguridade Social

    Art. 116- censos demogrficos

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    Art. 117- reviso dos critrios de concesso do Benefcio de prestao continuadaArt. 118- entrada em vigor desta Lei

    REDE DE APOIO

    RECURSOS SOCIAIS

    NOME ENDEREO

    ABRIGOSLar dos Velinhos de campinas R. Irm Maria Santa Paula Terrier, N300-Lar da Amizade Ilce da Cunha Henry R. Padre Francisco de Abreu Sampaio, N3Lar Evanglico Alice de Oliveira R. Dr Las Casas dos Santos, N289-So BAssistncia Vicentina Frederico Ozanam-Lar das Senhoras Idosas R.Dr. Sales de Oliveira, N119-Pq. IndustriCasa do Idoso e da Idosa R. Imars, N446-Vila Costa e Silva

    GRUPOS DE IDOSOS

    Movimento de Vida Ascendente So Pedro Apstolo Parquia So Pedro Apstolo-Chcara da

    Associao Maior de Apoio ao Doente de Alzheimer Av. Benjamin Constant, N1657-CentroIgreja Nazareno -Ministrio da Idade com Qualidade R. Jos Paulino N 1829 -Centro

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    Sade Toda Vida R. Ferreira Penteado N1349-CentroUniversidade da 3 Idade R. Boaventura do Amaral , N 354- BosqueClube da Idade Legal R. So Pedro, N 300 -CambuAssociao dos Idosos R. Ferreira Penteado N1331-CentroAlegria Av. Heitor Penteado , S/N -TaquaralParque Taquaral R. Paschoal Notte , N 720-Pq. Taquaral

    Reviver I -Castelo Branco R. Mrio Yahn , N83- Vila Castelo Branco-Florence I e II Av. Nelson Ferreira de Souza, n292 Jd. FlSesc Av. Dom Jos I , N 270- BonfimOficina de Msica R. Dr. Jos Ramos de Oliviera, N239- BarUnio dos Veteranos de Campinas R. Tenente E. Mallet, N222-JD. ChapadoAmizade R. Joo Paulo II S/N V. Padre AnchietaAmizade R. Joo Paulo II S/N V. Padre AnchietaRevivendo Boa Vista Igreja Santos Apstolos - R. das CasuarinaClube da 3 Idade - Jardim Eulina R. Mrio Junqueira Silveira N467 - JardimMinistrio da Melhor Idade -Igreja Presbiteriana R. Barbosa da Cunha N/ 562 -Jardim GuaLuz e Vida -Baro Geraldo R. Luiz Vicentim, N 562Flor da 3 Idade Hospital da Clnicas da Unicamp- Servio

    Reviver II Baro Geraldo R. Lcia Toni Martins N 64 -Jardim IndepeCentro Comunitrio Santa Lcia R. Carlos Lacerda , N 503 - Jd. Santa LciCentro Promocional Nossa Senhora da Visitao Av. Mrcio E.S. Aranha , N143- Jardim IpaSesi Amoreiras Av. das Amoreiras, N 450Harmonia R. Joaquim de Souza Vilela , N 346 - SoColgio Renovatus R. Vinte e Quatro de Maio, N 731Associao dos Oficiais da Reserva da Polcia Militar-3 Regional R. Francisco Teodoro - Vila IndustrialMovimento Tempos R. Baro de Monte Alegre , N 330 -Vila TeDas Saudades R Dr. Betim , N 190 -Vila MarietaCentro Assistncial Romilia Maria R.Aguinaldo Macedo N123/135 -Vila YpNova Iorque R. Alberto Soares, N 154-Jd. Nova IorqueParquia Cura D'Ars R. Padre Bento Dias Pacheco N 170 -Vila

    3 Idade Parquia So Jos R. Vinte e Quatro de Maio N477- Vila InduAndorinhas da Terceira Idade R. Francisco Campos de Abreu n 1411- ViSesi /Santos Dumont- Grupo Maioridade Av. Ari Rodrigues, n 200- Bairro BacuriAssociao dos Aposentados de Campinas e Regio R. Dr. Quirino, N1054-Centro -Galeria Tra

    COORDENADORIAS REGIONAISCoordenadoria Regional de Assistncia Social Norte Av. Marechal Rondon , n] 183- Jardim ChaCoordenadoria Regional de Assistncia Social Sul R. Pastor Ccero Canuto de Lima N 401-Coordenadoria Regional de Assistncia Social Leste Av. Jos de Souza Campos (Via Norte-SulCoordenadoria Regional de Assistncia Social Sudoeste Av. Amoreiras n 4445 - Jd. Santa AmliaCoordenadoria Reginal de Assistncia Social Noroeste R. Jlio Soares de Arruda Filho s/n

    NAED

    Nucleo de Ao Educativa Descentralizada (NAED) Norte Av. Marechal Rondon N183 -JD. ChapadNucleo de Ao Educativa Descentralizada (NAED) Sul R. Pastor Ccero Canuto de Lima N 401-Nucleo de Ao Educativa Descentralizada (NAED) SO Av. Amoreiras n 4445 - Jd. Santa AmliaNucleo de Ao Educativa Descentralizada (NAED) Leste Av. Jos de Souza Campos (Via Norte-SulNucleo de Ao Educativa Descentralizada (NAED) Norte R. Pinguim, n 33 - Vila Pe. Manoel da Nob

    CENTROS DE VIVENCIASCentro de Vivncia do Idoso (CVI) Av. Heitor Penteado , S/N -TaquaralCentro de Convivncia Cultural da Vila Anchieta Av. Cardeal D. Agnelo Rossi, s/n -Distrito d

    Conselho Municipal do Idoso (CMI) R. Ferreira Penteado, N1331- Centro

  • 8/3/2019 Livro - Protocolo de Atencao Integral a Populacao Idosa - Campinas

    47/54

    SECRETARIAS E SERVIOSProcon - Coordenadoria de Proteo Especial R. Ferreira Penteado, n 895Servio de Atendimento Exclusivo (SAE) Transportes R. Miguel Cascaldi Jnior n 141 - So JoSecretaria Municipal de Assistencia Social Av. Anchieta n200 -12 andar -SARESSecretaria Municipal de Assuntos Jurdicos e da Cidadania Av. Anchieta n 200 - 13 andar

    EDUCAO

    NAED NORTEFumec- Centro Social Pe Anchieta Av. Papa Joo Paulo II , s/n- V. Pe AnchietFumec- Centro Comunitrio Joo XXIII Av. Papa Joo XXIII, s/n Jd. EulinaFumec- Regional 11 Altamiro de Souza Leite , 252 Jd. EulinaFumec- Instituto Assistenacial Dias da Cruz R. Joo Rodrigues Serra, 451Fumec- EMEF Dr. Joo Alves dos Santos Estrada dos Amarais, 635 - Boa VistaFumec- EMEF Pe, Jos Narciso Vieira Ehrenberg R. Roberto Teixeira , s/n - Jd. So MarcosFumec- Espao Esperana R. Osvaldo Rezende, 78 - Jd. So MarcosFumec- Associao Beneficente Campineira R. Luiz Aristeu Nucci- 163- Jd So MarcosFumec-Centro Assistencial Vedruna R. Jos Segalho Filho ,126 - Jd. San Martin

    Fumec- Igreja Presbiteriana Jd. Sta. Monica R. Dario Freire Meireles , 203 - Jd. Sta MonFumec- Igreja Presbiteriana Jd. Sta. Monica R. Dario Freire Meireles , 203 - Jd. Sta MonFumec- Emef Edson Luiz Lima Souto R. Armando D'Otaviano , s/n - Jd. San MartFumec- Sindicamp-Tic R Hum , 92- San MartinFumec- Conego Manoel Garcia R. Pe. Camargo Lacerda, 297 - BonfimFumec- Emei Benjamin Constant R. Ver. Miguel Rizzo Jr. 190 - Jd. PacaembFumec- Emei Padre Anchieta R. Papa Nicolau ,199 - Vila Padre AnchietaFumec- Igreja santos Apstolos R. Casuarina, s/n - Vila Boa vistaFumec - Emef Pe. Domingos Zatti R. Regina Arajo Leone, 347- Pq, FazendiFumec- Salo da Igreja Catlica Sta. Barbara R. Bevenuto Torres, 574 - Pq. Santa BarbaFumec- Emef Dulce Bento Nascimento R. Aldo Grigol s/n GuarFumec- Comunidade dos Moradores do N. Pq. Real R. N.S. da Assuno n 64 - N. Pq. Real

    Fumec- E.E.Profa. Dora Maria Maciel Castro Kanso R.Hum s/n - Bairro VillageFumec- Sociedade Pr Menor Baro Geraldo Av. Angelino Gregrio n110- Baro Gerald

    NAED SUL

    Fumec- E.E. Joo Gumercindo R. So Joaquim da Barra n 217 Jd. NovaFumec- Cidade dos Meninos Estrada Velha de Indaiatuba -Km 16 -Jd. SFumec- SAB Jd. Nova Mercedes R. Maria Jos Simes de Aguiar N 461 Jd.Fumec-Igreja Presbiteriana do Brasil R. Serra do Umbuzeiro N 540 - Jd. ParanaFumec- Igreja CuraD'ars R. Waldemar Cesar Silveira n 105 - Vila CFumec- Igreja CuraD'ars R. Waldemar Cesar Silveira n 105 - Vila CFumec- Igreja Sagrada Famlia R. Rodolfo Panoni n 30 Jd. Cruz

    Fumec- E.E. Prof. Disnei Francisco C. Scornaienchi R. Olavo Barbosa Oliveira n] 540 Pq. JambFumec- Cemei Dr. Eduardo Pereira de Almeida R. So Jos do Rio Pardo n 133 - Jd. NovFumec- Emef Humberto A.Castelo Branco R. Santa Rita do Passo Quatro n 833 -Fumec- Salo Paroquial da Igreja Santo Antonio R. Adriano J. de Barros s/n - Ponte PretaFumec- E.E. Prof. Celestino de Campos R. Ana Bierrembach de Castro s/n Vila MiFumec- Nucleo Fundao Orsa R. Dr. Felix Moraes Sales n 668- Bairro NFumec- SAB Jd. Nova Amrica R. Alvaro Ramos Calvoso n 89 Jd. Nova AFumec- SAB Jd. Maria Rosa R. Carlos de Laet, n 276 - Jd. Maria RosaFumec- Emef Julio de Mesquita Filho R. Jos Pereira n 149 - Jd. So VicenteFumec- Emef Analia Ferraz da C. Couto R. Itagiba s/n - Jd. AmazonasFumec- Nucleo Casa Vicentina R.