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SUMRIO
Programao Neurolingustica 3
Meditao - Consideraes a respeito 11
Consideraes a respeito de regresso de memria
e busca de causas para compreenso e tratamento 20
Regresso a vidas passadas 48
Regresso vida intra-uterina 51
A causa encontrada 58
Como tratar cada caso e o que fazer quando se
encontra a causa 63
Trs conselhos 81
Coisas importantes a aprender com a Arca de No 88
O bom humor 89
Precioso segredo 110
Bibliografia e leitura recomendada 111
Todos os direitos reservados proibida a reproduo, salvo pequenos trechos, mencionando-se a fonte. A violao dos direitos autorais (lei 9.610/1998) crime - Artigo 184 do Cd. Penal.
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PROGRAMAO NEUROLINGUSTICA
Proposta por John Grinder e Richard Bandler em 1973 como um conjunto de princpios e modelos que descre-vem a relao entre a mente (sistema neurolgico) e a
linguagem (verbal e no verbal) e como essa interao
pode ser organizada e direcionada visando resultados ou transformaes desejadas.
A PNL utiliza a linguagem do crebro para ob-ter resultados especcos a nvel mental, fisiolgico e comportamental.
Atravs Programao Neurolingustica, podemos pro-mover transformaes comportamentais, assim como
a cura de traumas, crenas e hbitos, ou ainda motivar
ou potencializar registros mentais de forma consciente atravs de compreenso e tcnicas.
De maneira didtica, considero a PNL o estudo das impresses.
As impresses agradveis ou no, causadas por aconte-cimentos ou situaes negativas ou positivas na vida de uma pessoa podem promover padres motivadores ou inadequados de pensamentos, sentimentos e atitudes.
Inicialmente a Programao Neurolingustica foi estuda-da e aplicada com base nos estudos da lingstica pura
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e simples. Inclusive, o primeiro livro lanado sobre o as-sunto, intitulado A Estrutura da Magia, trata o tema con-siderando verdadeiros magos, terapeutas com grande
capacidade de compreenso e uso da palavra, obtendo
melhores resultados dentro dos contextos teraputicos.
Na continuidade a PNL foi expandida, alm da comu-nicao verbal, pensada e falada, para a comunicao
atravs dos cinco sentidos: visual, auditivo, tctil-pro-prioceptivo, olfativo e gustativo.
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Programao Habilidade de organizar nossas idias e comunicao para obtermos resultados especficos e
objetivos desejados. A PNL trata da maneira como or-ganizamos o que percebemos atravs dos nossos sen-tidos, como descrevemos ou expressamos atravs da
linguagem e como agimos, intencionalmente ou no,
para produzirmos resultados.
Neuro - Todos os comportamentos so provenientes dos processos neurolgicos da viso, audio, olfato,
paladar, tato e sensao. Percebemos o mundo atravs
dos cinco sentidos e atravs deles, captamos a infor-mao e depois agimos. O sistema neurolgico, alm
dos processos mentais e fisiolgicos, inclui as idias
resultantes da capacidade de percepo e compreen-so dos acontecimentos.
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Lingstica - Usamos a linguagem e sistemas de co-municao no verbal para ordenar nossos pensamen-tos e comportamentos e nos comunicarmos interna e externamente. Incluem: Imagens, sons, sensaes,
sentimentos, sabores, odores e palavras (pensadas ou faladas).
*******
A PNL uma ferramenta educacional, no uma for-ma de terapia. Ns ensinamos as pessoas coisas sobre como seus crebros funcionam e elas usam estas informaes para mudar. Richard Bandler.
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John Thomas Grinder
Graduou-se em Psicologia na Universidade de So Francisco na dcada de 1960. Alistou-se no exrcito
americano, onde serviu como capito pelas foras es-peciais dos Estados Unidos na Europa durante a Guer-ra Fria. Como resultado de sua grande facilidade em
aprender lnguas, trabalhou bom tempo como operador
para uma conhecida agncia de inteligncia nos Es-tados Unidos. No final da dcada de 1960 retornou
academia para estudar lingustica e em 1972 recebeu
o ttudo de Doutor pela Universidade da Califrnia por seu trabalho On Deletion Phenomena in English.
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Como lingista, Grinder se distinguiu na rea de sinta-xe, patrocinando as teorias de gramtica transformacio-nal de Noam Chomsky. Depois de estudar com o cria-dor da cincia cognitiva George Miller na Universidade Rockefeller, Grinder foi selecionado como professor de
lingstica no campus recm criado da Universidade da
Califrnia em Santa Cruz. Seus trabalhos na rea de
lingstica incluem Guide to Transformational Grammar
(junto com Suzette Elgin, Holt, Rinehart e Winston) e
On Deletion Phenomena in English (Mouton & Co).
Na Universidade da Califrnia, Grinder conheceu Richard
Bandler, que era um estudante de matemtica. Algum
tempo depois, Bandler comeou a estudar psicoterapia
e convidou Grinder para participar nos seus grupos de terapia. Grinder ficou fascinado com os padres lings-ticos usados pelos verdadeiros terapeutas e, em 1974,
em parceria com Bandler criou um modelo, formulado
a partir da teoria da gramtica transformacional, e dos
padres de linguagem usados pelo criador da Terapia da Gestalt, Fritz Perls, a terapeuta de famlia Virginia Satir e
pelo hipnoterapeuta Milton H. Erickson. Durante os sete
anos seguintes, Grinder e Bandler continuaram a mo-delar os vrios padres cognitivos e de comportamento
desses terapeutas, os quais foram publicados nos seus
livros A Estrutura da Magia volume I e II, Patterns of the
Hypnotic Techniques of Milton H. Erickson, volumes I e
II e Changing with Families. Esses livros se tornaram a
base fundamental da Programao NeuroLingstica.
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Grinder co-autor de muitos outros livros sobre PNL
e suas aplicaes, incluindo Sapos em Prncipes, NLP
Volume I, Atravessando, Resignificando, Precision e
Turtles All The Way Down.
Alm da sua habilidade em identificar e modelar pa-dres complexos de linguagem e comportamento,
Grinder conhecido pela sua presena e seu poder pessoal como apresentador e trainer. Em anos recen-tes, Grinder trabalhou principalmente como consultor,
aplicando os mtodos da PNL e princpios em empre-sas e corporaes.
Fonte: Encyclopedia of Systemic NPL and Neu Code de Robert Dilts e Judih Delozier.
Richard Bandler
Nasceu em Nova Jersey, nos Estados Unidos em 1950.
Mudou-se para a Califrnia, onde viveu grande parte de
sua vida e hoje reside na Irlanda. co-criador da Pro-gramao Neurolingstica em parceria com John Grin-der. Considerado a figura principal no desenvolvimento
da PNL, criador tambm de Human Design Enginne-ring, segundo Carolyn Sikes uma forma de organizar
a PNL enquanto se vai mais alm. Bandler interessou-
se inicialmente pela fsica, computao, programao
de sistemas, linguagem computacional e matemtica.
Mas tarde envolveu-se com a psicologia e a filosofia,
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caminho que, a sua maneira, continua trilhando, desen-volvendo modelos e tcnicas visando aprimorar a cria-tividade humana.
Robert Spitzer, editor de Science and Behaviour Books
contratou Bandler, ento estudante universitrio na Ca-lifrnia, para analisar e catalogar vdeos demonstrati-vos de sesses de Fritz Perls, criador da chamada ges-talt-terapia. Pearls falecera um pouco antes de Bandler
iniciar esse trabalho. Bandler detectou certos padres
na atuao de Perls. Dominou-os de tal forma que, apli-cando as tcnicas aprendidas nos vdeos, num grupo
de estudos teraputicos, conseguiu resultados idnti-cos ao de Fritz Perls, ou at melhores.
Aps debate com um professor de psicologia da Uni-versidade da Califrnia, campus de Santa Cruz, foi-lhe
dada oportunidade de formar um grupo em que ensi-naria gestalt-terapia. (Nas universidades brasileiras
certamente jamais teria conseguido tal autorizao).
A universidade exigiu que Bandler fosse supervisiona-do por um professor. John Grinder, ento professor da
Universidade, especialista em lingstica transforma-cional, aceitou a misso de supervisionar o universitrio Richard Bandler.
Grinder ficou encantado com os resultados obtidos por
Bandler que tinha, ento, apenas 22 anos. Ele se pro-ps a determinar os padres lingsticos que geravam
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as mudanas e, em contrapartida, pediu a Bandler que
o ensinasse a utiliz-los. Grinder se dedicou durante
vrios meses a estudar Bandler, enquanto este contata-va e modelava Virginia Satir, Gregory Bateson, e tantos
outros cientistas. Depois de um tempo iniciaram o que
chamaram grupo espelho, onde Grinder fazia experi-ncia com os padres lingsticos que iam obtendo.
Robert Spitzer, editor e amigo, apresentou Bandler a Vir-ginia Satir, considerada a maior autoridade em terapia
familiar. Bandler modelou suas habilidades de manejo e
soluo de problemas familiares bastante srios.
Bandler relacionou-se e plantou uma amizade com Gregory Bateson, antroplogo britnico, especialista
em comunicao e teoria de sistemas, ento casado
com Margareth Mead, tambm antroploga reconheci-da mundialmente. Bandler era vizinho de Bateson e,
segundo algumas fontes, reunia-se com freqncia
com Bateson para jogar partidas de xadrez, regadas a
usque escocs e vinho californiano. Foi Bateson quem
colocou Bandler em contato com Milton Erickson, o fa-moso hipnoterapeuta americano. Bandler visitou-o di-versas ocasies, modelando suas habilidades.
Richard Bandler estudou e aprendeu o desempenho de pessoas muito habilidosas em seus campos de ao,
criando equaes que geram forma a um modelo de pa-dres especficos reproduzveis para qualquer pessoa.
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Tais modelos esto baseados num denominador co-mum entre diferentes pessoas possuidoras de uma mesma habilidade (Pearls, Satir, Erickson), ou seja,
criar tcnicas com mnimo de elementos ou variveis,
que permitissem obter um mesmo resultado. Mas Ban-dler foi mais alm do que simplesmente determinar pa-dres lingsticos e reproduzir as habilidades de outros.
Bandler demonstrou que se pode imaginar um modelo matemtico do comportamento humano.
Compreender a PNL importante. Podemos pesqui-sar e estudarmos o assunto, mas isto se d realmente
quando experimentamos as tcnicas e principalmente os resultados.
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MEDITAO: CONSIDERAES RESPEITO
Porque meditar? Esta uma boa pergunta. Creio que
no compensa meditar s porque fulano ou cicrano fa-lou que bom ou porque est na moda.
Tem que haver bons motivos. Mesmo para aqueles que
meditam para encontrar o nada, ento o motivo en-contrar o nada, o vazio.
Para aqueles que trabalham a aceitao, ou o no de-sejo, ou at o no fazer nada naquele momento, ento
este o motivo. Existe uma inteno e um movimento,
mesmo nos casos em que se objetiva no ter movimen-to, ou seja, a no ao, a calma da mente.
Quais as utilidades da meditao?
Compreendo que existem vrias.
Nas meditaes dirigidas pela palavra, msica ou am-bas, a inteno j estar explcita. Cada tipo ter sua
inteno ou direcionamento.
Por exemplo: observar e trabalhar os centros de energia,
despertar o corao, perdoar a si e aos outros, sintonizar-
se com o todo, buscar o nada, transformar o sentimento
de dor em amor, transmitir amor, observar os sentimen-tos no momento presente, observar a respirao, realar
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virtudes, magnetizar positividades, etc.
Tais direcionamentos podero trazer resultados coe-rentes com o momento e a condio de cada um.
Alm do objetivo proposto, serve para acalmar a men-te, treinar ateno (em si ou no foco que desejar), trei-nar pacincia, ocupar seu espao ou estar em si, se
conhecer melhor, realar virtudes e condies, desen-volver sensibilidade, desapegar-se, relaxar-se, contem-plar a natureza, encontrar o Sagrado em si, e infinitas outras possibilidades.
Quando algum se prope a meditar, no incio pen-sa que no vai conseguir, pois os pensamentos so incessantes.
Recomenda-se que quando vier algum pensamento,
que seja observado, e que assim como ele veio, dei-xe-o ir, sem entrar no raciocnio do mesmo. Se voc se
lembra do seu trabalho, por exemplo, tudo bem, mas
evite continuar pensando no assunto deixe passar o pensamento. Mesmo com esta inteno, se voc se
distrair no se culpe, volte ao objetivo proposto.
Existe uma meditao que prope observar o que est
entre um pensamento e outro. O vazio que existe ali,
onde a mente se encontra quieta. Busca o silncio fe-cundo, de onde podem vir coisas essenciais.
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Se voc continuar com dedicao sincera, em um de-terminado momento, perceber que j est mais calmo,
e com o tempo comear a reconhecer os verdadeiros
ganhos da meditao.
Existem posturas recomendadas como a posio de
Lotus, ou assentado sobre as pernas, ou ainda mui-tas outras, com ou sem o uso de banquinho apropriado,
mantendo a coluna ereta e o alinhamento dos centros energticos. Particularmente valido quem queira medi-tar deitado, assentado, ou at em movimento. Depende
da proposta, da inteno e da flexibilidade ou permis-so. Com a coluna, alm do alinhamento dos centros
de energia, torna-se mais fcil de evitar o sono.
A imobilidade facilitar a concentrao, mas com o
tempo de treinamento, o ideal que se possa estar em
movimento, no dia a dia, em estado meditativo. Nas
prticas como ioga, tai chi e muitas outras, j est im-plcito o estado meditativo.
No sentido teraputico, vejo como de grande utilidade
a questo de permitir e observar o que est sentindo
e treinar a estar consigo e em si em todos os momen-tos. Encontrar-se e conhecer-se, livre das limitaes do
ego. Ser e estar presente na vida.
Existem milhares de tipos de meditaes, e milhares
de outras podem ser criadas e modificadas de acordo
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com o que se quer a cada momento.
O ideal que a pessoa chegue a um ponto de j es-tar com uma capacidade de observao tal, que esteja
em estado meditativo em quase todos os momentos do dia, em estado passivo ou em ao. A prtica de tcni-cas tambm facilita esta possibilidade, sendo impres-cindvel para isto querer e dedicar-se, pois at que se
torne natural, uma condio que exige muito tempo e
trabalho, e s a almeja quem reconhece seu verdadeiro
valor e seus verdadeiros ganhos.
essencial que quem se dispe a se conhecer, se ob-serve nos estados de relaxamento e nos momentos de tenso, onde o ego se manifesta de forma mais intensa.
Porm, quando uma pessoa est em estado meditativo,
est em estado de relaxamento, livre de qualquer luta
ou controle da mente; devendo haver uma observao
com ateno relaxada do que quer que esteja aconte-cendo, livre de interferncias observao silenciosa,
sem julgamentos. Assim o silncio chega aos poucos,
at cessar todos os movimentos interiores.
possvel ser sem pensar que apenas ser.
Tudo isso no tem nenhuma relao com carolas ou piegas. Uma pessoa meditativa pode ser alegre e brin-calhona. Por um lado existe a seriedade do reconheci-mento da existncia, e por outro, a vida bela, um
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prazer, uma brincadeira. A pessoa se torna relaxada.
Porm, preciso ter pacincia para colher os frutos.
No se deve ter pressa. Quanto mais profunda a espe-ra, mais cedo vem a satisfao.
Ao plantar a semente, espere que ela brote e cresa na
sombra, no seu ritmo lentamente, os resultados viro.
preciso tempo para tudo, pois um processo natu-ral. Voc faz a sua parte, mas os resultados so por
conta da natureza. No momento certo tudo ser bem
aproveitado, principalmente quando se tem inteno de
conhecer a verdade.
Mesmo que haja tal inteno, no devemos nos preo-cupar com os resultados como e quando sero.
O ego sempre quer os resultados anseia por eles.
A mente no est to ligada no ato em si, pois busca
os resultados, ou seja, os ganhos. Se houver um ata-lho ou um jeito de ganhar sem empenho, esta ser a escolha da mente.
Pessoas que se tornam espertas foram capazes de en-contrar um atalho. Querem ganhar atravs da corrup-o e de formas ilegais. Querem abrir portas para isto.
E, esperteza no sabedoria.
Sabedoria est ligada a conhecimento verdadeiro. Est
ligada a detalhes de processos, percepo de mo-
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vimentos e reflexos ecolgicos, benficos a tudo e a
todos. Os processos e caminhos so to importantes
quanto os resultados.
A meditao acontece quando no se anseia pe-los resultados. Eles acontecem de forma natural e
espontnea. Pode haver a inteno, mas o proces-so deve ser livre, sem programaes de percepes e sentimentos.
Muitos buscam a conscincia atravs de prticas medi-tativas, o que tambm natural. Se em profunda medi-tao houver o estado de inconscincia, perfeitamente
normal. como um repouso, que liberta a conscincia
da tenso. Por isto o sono imprescindvel. Durante
o dia estamos em alerta e noite relaxamos. Graas
ao sono, rejuvenescemos e nos tornamos mais alertas
durante o dia. As energias passaram por um perodo
de descanso e pela manh esto reavivadas. O mes-mo acontece em um nvel de meditao profunda. Em
determinados momentos parece que some tudo h
um desligamento um repouso. E em outros, voc est
alerta de novo. Atravs deste nvel de inconscincia,
a conscincia ressurge fresca, nova e saudvel faz
parte da nossa condio faz parte do processo. Am-bos os estados devem ser desfrutados, e se possvel
observados a prpria conscincia se v, se obser-va. Naturalmente e livre de tenses e julgamentos, isto
pode vir a acontecer.
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Voc pode desfrutar das duas faces da mesma moeda.
Assim a vida.
Existe a dualidade existem os opostos. A meditao
permite testemunhar tudo isto.
Quando a felicidade est presente, deve ser desfruta-da, mas se existir a tristeza, tambm poder ser des-frutada. No intensificada, mas desfrutada. Haver ali
muitos aprendizados, muitas condies de crescimen-to. No queremos ficar tristes e nem devemos buscar
por isto. Mas se durante a vida passamos por tais lu-gares, estes devem ser conhecidos. A tristeza tem uma
profundidade em si. Uma pessoa, se que existe, que
nunca esteve triste, ou que passou a vida fugindo da
tristeza, ser superficial.
Mas no devemos criar problemas, e sim conhecer
nossos processos nossa vida. Quando estivermos
felizes, devemos ser felizes devemos desfrutar dis-to no nos identificarmos, nem nos agarrarmos a
isto apenas desfrutar permitir viver. Isto ser fe-liz. Mas se voc ficar triste por contingncias da vida,
tambm deixe isto acontecer as coisas vm e pas-sam e quando a felicidade voltar novamente permita que ela crie um clima ao seu redor esteja presente,
iluminando sua vida. As duas faces da moeda so fun-damentais para o nosso crescimento, e no o apego a qualquer uma delas.
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Pessoas interessantes encontram um nvel de satisfa-o em ambos os casos. Desfrutam silenciosamente
da tristeza, e quando menos se espera, a tristeza dei-xa de ser tristeza, podendo chegar a ser um momento
de silncio e de paz - sem se identificar com a tristeza
ou com a alegria; e sim, estando consciente do estado
que est vivenciando. Assim tudo pode ser desfrutado
dignamente, com aprendizados e maturidade. A medi-tao e a ateno em si podem ser uma escola para que isto acontea.
Voc tambm poder estar na fila de um banco, e ao
invs de ficar impaciente e reclamando, que tal ficar
ali, e sentir o momento presente, talvez assistindo sua
respirao ou seus sentimentos. Talvez assistindo a
prpria ansiedade, ou estar tranqilo, em estado medi-tativo, calmo, se observando de maneira geral, obser-vando sua respirao, ou vivenciando o presente, que
o momento existente.
um treinamento interessante. Lembre-se que inde-pendente da sua qualificao, o momento presente
o nico que existe, e uma das grandes possibilida-des da meditao estar e viver o presente, no por
uma busca ansiosa, mas pela possibilidade de ser e desfrutar a vida.
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O TUDO E O NADA
Atravs da meditao pode-se almejar a unificao
com o todo, ou buscar o contato com o nada, com o
vazio. So as duas faces da moeda. O que o infinito?
O tudo est no nada ou o nada est no tudo? O que
podemos perceber?
Podemos buscar o vazio na nossa mente, assim como
podemos, atravs do amor, buscar a unificao com
o universo. Como pode ser a idia do no existir ou a
possibilidade de existir plenamente. Creio que isso tem
a ver com ser ou no ser. Creio que independente
de filosofias ou conjecturas, quando se quer conhecer
a espiritualidade, torna-se naturalmente interessante o
contato com tais questes. So mistrios maravilhosos
que a vida nos convida a desvendar.
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CONSIDERAES RESPEITO DE REGRESSO DE MEMRIA E BUSCA DE CAUSAS PARA
COMPREENSO E TRATAMENTOS
Quero deixar claro que minha inteno neste trabalho
no ensinar tcnicas de regresso de memria, mas
sim desmistific-las ao mximo; e que atravs do que
est sendo relatado, o leitor poder se utilizar deste tipo
de compreenso para rever sua prpria histria e, se
possvel, desatar, resolver e compreender melhor os
traumas de sua infncia, obtendo mais recursos para
compreender e trabalhar a repercusso dos mesmos
em sua vida; alm de ser um dos principais instrumen-tos por onde pude compreender e vivenciar o que pro-ponho neste trabalho.
Compreendo que os tratamentos convencionais, em
nossa civilizao so referenciais, e vem se desenvol-vendo ao longo dos anos atravs de muitos estudos e pesquisas, sendo de real validade pelos seus con-textos cientficos, dando bases ao seu prprio desen-volvimento, principalmente por existirem profissionais
estudiosos e competentes e que, nenhuma tcnica por
si s uma panacia.
Regresso de memria:
Excelente tcnica para o tratamento da Sndrome do Pnico.
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Como disse, como qualquer outra tcnica por si s, no
nenhuma panacia.
Existem diversos questionamentos a respeito do tema,
dos quais trataremos na seqncia do nosso discurso.
Muitos perguntam se a sesso pode ser gravada, se
outra pessoa acompanhar o cliente, se o mesmo se
lembrar dos acontecimentos, se ficar inconsciente
durante o trabalho ou ainda, se existe o perigo de uma
pessoa no voltar da regresso.
Quando algum pergunta se a sesso pode ser grava-da, normalmente a pessoa est pensando que estar
inconsciente durante o trabalho, e quando h o requeri-mento da presena de um amigo ou parente, pode ser
pelo mesmo motivo, mais provavelmente por medo e
querer algum de confiana por perto; principalmente
se est tendo os primeiros contatos com o terapeuta.
Considero inadequada a presena da terceira pessoa,
pois mesmo que o cliente garanta que ambos sabem
tudo, um da vida do outro, e que no fazem nada sepa-rados. Tal afirmao pode ser verdadeira, mas estando
pautada no medo, esta mesma pessoa, em determina-das situaes emocionais poder se inibir na fala ou
na expresso, na frente do outro, at mesmo para no
decepcion-lo, revelando alguma faceta, talvez surpre-endente, at para si mesmo. Porm, em casos atpicos
necessrio que tenhamos flexibilidade. Atendi uma
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pessoa deficiente da audio e da fala, que necessi-tava da presena do filho, que serviu como intrprete.
Tanta era a vontade de resolver determinada situao por parte da cliente, que mesmo naquelas condies e
com os olhos abertos, conseguimos fazer uma regres-so de memria, obtendo excelentes resultados. Este
foi um caso atpico, e importante que saibamos lidar
com estas situaes da melhor forma possvel, visando
a melhor maneira de conseguirmos nossos objetivos.
Quanto pergunta referente ao nvel de conscincia durante o trabalho de regresso, considero imprescin-dvel que o cliente esteja consciente para que acontea a terapia. importante que reconhea seus sentimen-tos, que saiba o que est acontecendo e quais as deci-ses que est tomando.
A diferena entre hipnose e hipnoterapia, que hipno-terapia o uso da hipnose com objetivos teraputicos.
No caso da regresso de memria podemos usar deter-minadas tcnicas de induo com objetivo de conseguir
um bom relaxamento e um bom nvel de concentrao
mental, assim como para acessar a memria, e atra-vs da mesma, acessar a causa, e alinh-la com suas
conseqncias que se evidenciam atravs dos padres
de comportamentos e acontecimentos repetitivos que ocorrem ao longo da vida.
Pode-se tambm usar de tcnicas para driblar o senso
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crtico, propiciando ao cliente ficar mais vontade e se
liberar ao mximo possvel, permitindo um melhor trata-mento, para limpar algo inadequado ou incentivar algo
positivo; ou ainda, dar os encaminhamentos cabveis ao
trabalho. Tudo, dentro de um bom senso, com cuidado
suficiente para evitar mascarar problemas ou desper-tar euforias, atravs de desejos, sonhos e promessas
acima das possibilidades reais, arriscando frustraes
e descrditos do cliente em relao a si mesmo, ao te-rapeuta, tcnica, ou a este referido conjunto.
Na terapia regressiva, o que acontece ao nvel da
memria. A pessoa se lembra, recorda, sente e revive;
mas est ciente de si, tendo a capacidade de intervir
e se trabalhar. Esta a reprogramao consciente. O
passado no pode ser mudado, mas o programa men-tal sim. Se por exemplo, uma pessoa se lembrar de um
acontecimento da sua infncia e em seguida se imagi-nar com a idade atual suprindo alguma carncia, e isto
for significativo, estar modificando as repercusses
que aquela vivncia poder ter tido na sua vida.
Ao se lembrar e sentir, a pessoa no se torna uma
criana ou beb. Pode acontecer de entrar em contato
com seu lado criana presente na memria que est
vivenciando e naquele momento chorar e sentir como a criana sentiu. Ela se reporta, mas dever estar cons-ciente. Inclusive, durante a induo pode-se programar
para que o cliente esteja em profundo estado de rela-
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xamento, mas com a conscincia amplificada, focando
a ateno no objetivo do trabalho.
J assisti um hipnotizador; no era um terapeuta, mas
um excelente hipnotizador, fazer uma regresso onde
a pessoa, ao regredir aos dois anos, agia como uma
criana de dois anos e no sabia nada do que estava
acontecendo. Tambm foi dada uma ordem para que
ela no se lembrasse de nada que havia acontecido ali,
e assim aconteceu. Tratava-se de um hipnotizador mui-to experiente e famoso, o que refora seu poder pes-soal e, quanto pessoa que foi hipnotizada, tratava-se
de algum susceptvel e com uma enorme vontade de cooperar, o que muito auxilia. possvel que naquele
estado, o indivduo fale de coisas que no falaria cons-ciente, mas considero que o que aconteceu foi sim, uma
boa apresentao de hipnose e no uma terapia que
possa trazer transformaes conscientes e que estas possam ser sedimentadas. Tambm considero arrisca-do transformar uma situao sem trabalhar os motivos
ou causas. possvel que o sintoma fique mascarado
e depois volte de maneira diferente ou mais forte. Por
exemplo: se um hipnotizador experiente induzir uma pessoa a largar um vcio e no tratar suas causas, que
podem estar ligadas a inseguranas, que por sua vez
podem estar ligadas a carncias profundas, sujeito
que aquele vcio volte mais tarde, at de uma maneira
mais forte por ter sido de certa forma reprimido; ou que se manifeste atravs de outro vcio ou de outra maneira
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diferente. Tal um risco que deve ser evitado. Por isto
importante tratar as causas, ou seja, as razes dos
problemas que aconteceram no passado, mas sempre
lembrando que devemos estar trabalhando nosso pre-sente, onde estaremos semeando o nosso futuro.
Estarmos atentos aos nossos processos internos, pen-samentos, sentimentos e aes, essencial para o
nosso desenvolvimento. Devemos nos lembrar tam-bm que quando estamos revivendo nosso passado,
estamos fazendo isto no presente, e organizando situ-aes que esto presentes na nossa vida, por estarem
repercutindo nos dias de hoje.
Quanto possibilidade de uma pessoa no retornar
sua realidade aps fazer uma terapia regressiva, consi-dero pouco provvel. Porm preciso que o terapeuta
selecione seu o cliente de acordo com a sua possibili-dade de acompanh-lo.
H alguns anos, em uma apresentao pblica em
Londres, uma pessoa, segundo manchetes, aps uma
regresso, no voltou, psicologicamente, sua condi-o atual. Este acontecimento teve grande repercus-so. Provavelmente o hipnotizador no sabia quais
eram as condies mentais daquele indivduo. Creio
que isto seja importante de ser avaliado, assim como o
que aconteceu posteriormente - se continuou naquele estado ou se recuperou sua condio anterior. Tam-
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bm importante reconhecer que o que l aconteceu
rarssimo, e no se deve julgar pelo que to raro uma
tecnologia que se bem usada pode ser de muita utilida-de. Este foi o nico caso que ouvi dizer que aconteceu
desta forma. Em alguns casos o cliente pode dormir e
acordar em condies normais ou at mais relaxado do que antes do atendimento.
Contudo, cuidados so importantes. Alguns profissio-nais recomendam que no se faa regresso em pa-cientes esquizofrnicos ou em qualquer outro que seja border line, que para os que no sabem, significa na
borda da linha que delimita de maneira tnue a nor-malidade (realidade) e a irrealidade. Creio que mais
importante que o rtulo do problema o indivduo em
si, pois muitos destes tm muita vontade e capacida-de de desenvolvimento. Cabe ao profissional saber e
sentir se tem capacidade, em termos de conhecimento,
sensibilidade, segurana e tranqilidade, para acompa-nhar tal cliente, na ida, na volta e na continuidade do
tratamento; e perceber se ele est indo longe demais,
se h possibilidade de riscos.
Muitas vezes melhor no arriscar. Caso o terapeuta
intervenha, preciso fechar determinadas portas que
estejam escancaradas, e s vezes abrir outras portas
para novas possibilidades, conforme as necessida-des, lembrando que nestas situaes, dvidas servem
como sinal de alerta, e no h espao para insensatez.
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E, se o profissional no se sentir apto, melhor fazer uma boa indicao.
Ainda, se o cliente estiver sob tratamento medicamen-toso, s atend-lo em comum acordo ou indicao do
clnico ou psiquiatra que j esteja lhe atendendo. Evita
problemas e divide responsabilidades.
Existem casos no muito comuns de pessoas que ex-perimentaram algum tipo de droga e ficaram perturba-das, talvez por se assustarem com o efeito, talvez por
ter tocado em coisas do seu ntimo, onde no havia pre-paro para tal. Pessoas nesta condio, que de alguma
forma no estejam preparadas para serem tocadas em determinados pontos, devem ser conduzidas de forma
adequada, de acordo com suas condies e prepara-das paulatinamente para terapias de maior confronto.
Assim tambm acontece em determinadas interven-es teraputicas. Deve-se ter cuidado para no des-pertar situaes vulcnicas em momentos inadequados
ligados estrutura psicolgica do cliente, para que ao
invs de curar, no lhe cause maiores problemas por
falta de condies de se ver ou de se enfrentar em mo-mentos de grande fragilidade. Mas por outro lado, pes-soas podem ser tiradas da crise de pnico ou de outras
crises, atravs da regresso. Portanto, para seleo da
tcnica em relao ao cliente, necessria a sensibili-dade, experincia e conhecimento do cliente. Cuidado,
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mas muito cuidado para evitar qualquer atitude afoita ou irresponsvel. como mexer em uma caixa de ma-rimbondo. Pode causar srios problemas.
Da mesma forma, no recomendo terapia de regresso
para criana e adolescentes, a no ser que o adoles-cente j tenha certo grau de maturidade. Antes disso, o
jovem ou criana, ainda no tem preparo nem vontade
de se conhecer, de confrontar seus traumas, de ver sua
histria. s vezes pode funcionar bem, mas tambm
pode causar situaes impactantes ou de averso. Sem
radicalismo, considero tais trabalhos mais adequados a
clientes acima de dezoito anos.
Para que em um trabalho regressivo, a pessoa reco-nhea as causas de problemas que enfrenta na vida,
com disposio de confrontar-se e compreender-se,
assim como rever sua relao com seus pais ou sua criao de modo geral em um nvel profundo, preciso
que j tenha certo grau de maturidade, de vontade de
se conhecer e se trabalhar.
Considero muito delicado a questo relativa a ensinar algumas tcnicas de regresso de memria, pois acho
inadequado que algum carente de reais condies se arvore em us-las.
Contudo, na completude deste trabalho descreverei
tcnicas em que se busca a causa de forma gradativa,
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onde a preparao feita passo a passo, permitindo
ao interessando usar dos recursos apresentados den-tro do contexto proposto, de uma forma tranqila.
Porm, recomendo que se algum se interessar em se
submeter ao tratamento teraputico atravs da regres-so de memria, que seja com objetivo teraputico e
no por curiosidade, pois no funcionam to bem para
tal. Que procure um bom terapeuta, de confiana e bem
recomendado. Evite fazer sozinho ou a aplicar sem ex-perincia e conhecimento necessrio. preciso saber
lidar bem com os momentos delicados muitas vezes
encontrados nas causas e importantssimo termos a simplicidade de reconhecer que somos seres humanos em processo de aprendizagem; tanto os terapeutas,
quanto os clientes.
imprescindvel que o terapeuta tenha boas formaes,
e tais formaes impliquem em conhecimento terico e prtico. Ainda necessrio que o terapeuta se subme-ta outras vezes a tratamentos, ou seja, posio de
cliente, para conhecer de verdade esta condio, como
se sente e como reage.
A questo no a tcnica em si, mas sim o momento
em que se encontra a causa. Tratar a causa de manei-ra inadequada pode ser desastroso. necessrio ter
conhecimento, tranqilidade, perspiccia, segurana,
empatia e querer muito bem ao cliente, para lidar com
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aquele momento e obter sucesso no trabalho teraputi-co. Excessos de dvidas ou de confiana nem sempre
andam de mos dadas com um bom critrio. A confian-a imprescindvel, mas dentro de um processo na-tural, que se traduz na condio que o terapeuta tem,
proveniente de sua experincia de vida, de conduzir ou
acompanhar o cliente, por um caminho que de certa
forma ele j conhece.
Hoje em dia, muitos profissionais, terapeutas com boa
formao e experincia conhecem variadas tcnicas.
Creio que os interessados em aprender a trabalhar
com regresso de memria devem procurar algum que conhea bem o assunto e aprender pessoalmente
ou atravs de cursos ou formaes de boa qualidade.
A regresso muito boa para se descobrir a causa
de padres repetitivos de variados tipos de proble-mas que afligem muitas pessoas principalmente nos dias de hoje.
Um trabalho de regresso quando bem feito d uma
excelente condio continuidade do trabalho ou um
excelente fechamento, muitas vezes facilitando ou pro-movendo a cura.
Normalmente, considero adequado, como relatarei
mais adiante, que haja uma primeira consulta de ava-liao do cliente e do caso, e para tambm que o cliente
se sinta mais a vontade com o terapeuta. Esta primei-
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ra consulta j considerada uma sesso, pois muitas
das vezes o paciente j est se abrindo, desabafando
e compartilhando seus problemas e o terapeuta poder
j estar lhe dando alguns retornos.
Nesta consulta muito importante que o cliente fale vontade, com o mnimo de interferncias possvel.
interessante que, inclusive, sejam feitas perguntas
que, alm de mostrar interesse do terapeuta pelo que
o cliente esteja narrando, serve para trazer mais coi-sas tona. Perguntas como: O que voc sente quan-do fala disto? Onde? Quando? Como? sempre
assim? Com que pessoas?, etc.
Valorize a fala do seu cliente, sem interromp-lo isto
serve tambm para conversas entre amigos.
Se o cliente for do tipo calado, o profissional ter que ser
habilidoso em saber garimpar o necessrio, evitando ser
invasivo, principalmente nos primeiros contatos.
Se for do tipo falante, aps uma meia hora, o terapeuta
poder lhe perguntar em que pode lhe ser til.
Neste primeiro contato, nem sempre conveniente dis-cordar das queixas do cliente. Para ele elas existem e
so reais. Muitas vezes por isto que est ali. Se cho-rar porque precisa. Se reclamar, tem motivos para tal.
Quais sero estes motivos?
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Certa vez uma pessoa reclamou por talvez uns vinte minutos do seu perfil. Reclamou, reclamou, reclamou;
dizendo que seu perfil era horrvel. Que o detestava.
Quando percebi que ele j esperava que eu lhe dis-sesse algo, pedi que ele se virasse de lado e ento
lhe disse, concordando e em um tom bem humorado:
- Realmente, seu perfil horrvel. Olhamos um para
o outro e comeamos a rir. Pela primeira vez ele achou
algum que concordasse com sua opinio. Parece que
queria isto. De certa forma relaxou-se.
Existem tambm outras maneiras de concordar de maneira indireta.
Em outra ocasio, um homem que passava pela cida-de, me procurou com um forte objetivo que era de falar
mal de sua mulher, narrando histrias homricas e di-zendo que ela era doida. Dei-lhe razo o tempo todo,
pois o que narrava era realmente impressionante. Fi-nalmente perguntei-lhe: -H quanto tempo est com
ela? Respondeu: - Nove anos. Olhei-o e disse nova-mente: Ento, doido voc.
Ele ficou pasmo. Coou a cabea e reagiu me pergun-tando como eu poderia dizer uma coisa destas. Repeti
algumas das histrias que ele havia contado e lhe disse que se ela era to doida como relatava, ento ele que
era doido de conviver com ela.
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Ele parou e ficou pensativo. Parece que ainda no ti-nha olhado por este ngulo. Aquilo lhes trouxe calma.
Estes casos no so tendenciosos. So apenas bem
humorados. Mas, mesmo assim preciso ter sensibi-lidade para saber se tais tipos de interferncia daro
certo. preciso ter certeza.
O rapaz que no gostava do seu perfil era uma pes-soa bem humorada e percebi que poderia brincar com
ele. Caso contrrio, no o faria. Daquela forma cria-mos um clima de amizade, onde havia cumplicidade e bom humor.
O rapaz que reclamava da mulher, falava compulsiva-mente, e aquele tipo de interferncia no mudaria sua
vida matrimonial, pois ele era apaixonado por sua mu-lher maluca e parece que suas maluquices que da-vam graa em sua vida.
Existem pessoas que no esto abertas ao bom humor
e este tipo de coisa no funciona. Por isto preciso ter sensibilidade.
Nos primeiros momentos devemos procurar as ra-zes pessoais de quem est reclamando. Muitas ve-zes existem histrias marcantes por trs de manifes-taes que para outros seriam sem importncia. O
que voc est sentindo? O que lhe causou isto? Por que motivos?
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Em outro momento que perguntaremos: - Como
que voc permitiu-se sentir deste jeito?
Como j disse em outras ocasies, compreendo
que didaticamente, existem trs fazes nos traba-lhos teraputicos. s vezes elas se mesclam ao lon-go do tempo, e nem sempre se apresentam em sua ordem seqencial.
Na primeira, quando sero buscadas as razes dos
problemas do indivduo focando as razes em si. Ele
tem razo e todos so culpados. Os pais foram erra-dos e ele hoje tem muitos problemas devido a isto. Tem
sua base de razo, pois uma fase em que se busca
trazer tona sentimentos de raiva, medo, indignao,
rejeio, e outros, que poderiam estar inconscientes ou
camuflados ao longo do tempo. preciso que sejam
trazidos tona para que sejam reconhecidos e devi-damente trabalhados, para que a pessoa ali no per-manea, pois enquanto se sentir vtima, no galgar
novos degraus no seu processo evolutivo.
Em uma segunda fase, em seu momento adequado,
quando se busca compreender as razes do outro
profundamente, e de forma verdadeira, livrando-se
das mgoas e dos ressentimentos. a fase adequa-da para compreender a histria dos pais; como eles foram criados; qual o nvel de amor que receberam,
se que receberam, chegando a real possibilidade,
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atravs da compreenso e de outros processos, de perdo-los verdadeiramente.
Na terceira fase, que de certa forma, est ligada se-gunda, quando a pessoa comea a compreender que
o que aconteceu no est para acontecer; que no d
para mudar o passado. possvel trabalhar no sentido
de aprendermos com o que vivemos e at mudar a for-ma como os acontecimentos refletem em nossas vidas;
mas o que aconteceu, aconteceu. O tempo passou e
podemos at imaginar (o que pode at trazer bons fru-tos, desde que feito de maneira didtica), mas no d
pra voltar l de verdade e fazer com que tudo acontea
de novo e de forma diferente.
Esta a fase da independncia. quando a pessoa
entende que independente de papai e mame; de ago-ra em diante, como sempre foi, as coisas so consigo
mesmo. No adianta reclamar, mesmo que o faa. Pa-pai e mame fizeram o que fizeram, ou deixaram de
fazer o que deixaram de fazer, e sua vida est como
est, e voc tambm est como est. No adianta mais
culpar ou responsabilizar seus pais ou os outros pelos
seus problemas pessoais. Se pelo menos adiantasse.
Mas no adianta. No resolve nada. Pelo contrrio,
atrapalha ainda mais.
Voc pode at saber disso teoricamente, mas nesta
terceira fase quando se toma conscincia desta re-
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alidade. Muitos preferem nem mesmo se aproximarem
desta compreenso. bem mais cmodo e mais fcil
culpar ou responsabilizar os outros pelas suas mazelas
e dificuldades. Ento estar na primeira fase, com to-das as suas razes de ser, merecendo nosso respeito.
Muitas vezes uma pessoa, em diversos aspectos, j
chegou terceira fase e de repente se v na primei-ra. como natural. So aspetos evolutivos da perso-nalidade. Ainda temos muito de criana dentro de ns
e devemos nos ver com tranqilidade, reconhecen-do at, que medida que nos desenvolvemos, mais
temos a possibilidade de vermos o tanto que ainda temos a nos trabalhar.
De maneira geral, recomendo que os trabalhos de re-gresso sejam feitos posteriormente ao primeiro en-contro, sem uma obrigao de data prevista, pois se
no dia combinado o cliente estiver passando por uma
problemtica diferente da que est se pleiteando bus-car a causa, ento importante que se trabalhe a questo do momento.
Certa vez uma pessoa queria trabalhar o medo de fa-lar em pblico, mas estava indignada porque havia dis-cutido na rua por uma questo comercial. Ela insistia
em continuar o trabalho previamente proposto, mas
no estava inteira ali, demonstrando isto claramente.
Tivemos que trabalhar a questo que estava aconte-cendo no momento e deixar a proposta anterior para
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uma ocasio mais adequada. Por isto sempre impor-tante perguntar ao cliente como ele est, antes de uma
interveno deste tipo. O cliente dever estar inteiro
e interessado em se conhecer-se em relao ao que est sendo proposto.
Na sesso em que se faz uma regresso ou outro tra-balho introspectivo, onde as emoes esto presen-tes, no seu final ou concluso, no adequado que
se explique muito ou debata a respeito do que acon-teceu. Talvez, se necessrio, somente algo que possa
sedimentar o que foi e est sendo trabalhado. impor-tante evitar racionalizar no momento em que as coisas estejam acontecendo num nvel emocional. Em ses-ses posteriores, se houver necessidade poder ser
feita uma anlise, atravs de perguntas, comparaes,
constataes e novas descobertas, para que o trabalho
possa ser sedimentado tambm no nvel intelectual.
A partir da regresso, nas sesses posteriores muitas
coisas podero ser desenvolvidas, de uma maneira na-tural, ou at programadas, se esta programao tam-bm acontecer de forma natural. Se nestas sesses
surgirem novas questes, estas devero ser trabalhas,
ou como disse anteriormente, tambm em relao aos
prximos encontros, se no dia do atendimento o cliente
estiver com outro sentimento proeminente, ento o que
ele estiver vivenciando dever estar em prioridade.
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Se durante o processo de regresso, principalmente ao
descobrir a causa, houver necessidade, pode-se pedir
que o cliente abra os olhos, e que seja feito o que for
preciso, como por exemplo, uma tcnica de catarse,
de cadeira vazia, colocar uma msica adequada, neste
caso deixando o cliente em relaxamento, etc. As for-mas de se trabalhar vo depender de cada cliente, de
cada momento e de cada profissional.
Como disse anteriormente, recomendo que no se faa
regresso ou outros trabalhos introspectivos na primei-ra sesso; isto a no ser nos casos de sndrome de p-nico, como explicarei mais adiante ou em alguns tipos
de crises onde o terapeuta percebe que aliviar a situa-o do cliente, o que tambm vlido, em casos de ur-gncia como quando o paciente est prestes a viajar ou
veio de outra cidade para se submeter ao tratamento.
Nestes casos importante avaliar se o que ser aberto
necessitar de acompanhamento ou se o atendimento
ser realmente de grande auxlio para aquela pessoa.
Algumas vezes deixei de atender porque percebi que
se o fizesse estaria mexendo em coisas muito srias
e, por motivos de viagens ou distncias, no poderia
acompanhar o caso; e em outras vezes, atendi de uma
forma mais objetiva obtendo bons resultados. impor-tante observar bem o grau de maturidade do cliente, se
uma pessoa que j tem uma boa bagagem, uma boa
experincia de vida e que no se impressione com mui-ta facilidade. Para isto preciso de uma boa conversa,
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que poder ser seguida de um trabalho introspectivo.
De maneira geral, considero inadequado o cliente che-gar ao consultrio e, sem que ele e o profissional se
sintam, conversem e se percebem, j se deitando e se
submeter um tratamento por regresso de memria.
Pessoas que ligaram de outras cidades querendo re-solver situaes srias do passado, relativas sua
criao, abandono, baixa auto-estima, depresso, etc,
geralmente recomendei que procurassem um terapeu-ta em sua cidade. Porm, atendi pessoas em que senti
confiana que poderia auxili-las, baseado na histria
relatada e na maturidade que percebi da mesma, para
valer a pena uma viagem ou um atendimento com um determinado objetivo, para ser realizado num determi-nado espao de tempo.
No caso de pessoas que estejam de passagem pela cidade, recomendo uma boa consulta para avaliar se
com um nmero limitado de sesses, no haver o ris-co de se deixar questes em aberto, e realmente trar
benefcios ao cliente.
Existem casos e casos. preciso ter muito critrio. E, a
flexibilidade tambm deve estar dentro do critrio. Rea-firmo a recomendao de que na maioria dos casos, o
primeiro encontro deve ser uma consulta, onde o clien-te relata o motivo pelo qual est procurando a terapia.
Que se quiser possa fazer perguntas. Que o profissional
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tambm possa fazer perguntas e mostrar ao cliente o
que est percebendo e se achar adequado falar do seu
trabalho, como as coisas funcionam. Este primeiro en-contro tambm adequado para que se possa facilitar a
sintonia com o cliente. Regresso e outros trabalhos in-trospectivos, a no ser nos casos que comentei anterior-mente, ficam mais adequados nas sesses posteriores.
No caso da depresso importante se certificar que o
cliente quer mesmo uma mudana, pois ao encontrar a
causa, normalmente estar ligada a situaes de rejei-o, abandono, indignao, situaes traumticas, etc.
preciso saber se a prpria pessoa est preparada
para rever sua vida e se tem realmente vontade de se curar. Pois ao encontrarmos a causa, muitas vezes
necessrio que por meio da orientao do terapeuta, a
prpria pessoa se auxilie atravs da imaginao e do sentimento. Acho importante reforar que preciso de
muito critrio para evitar riscos de causar problemas
ainda maiores para o cliente e para isto necessrio
que o terapeuta tenha experincia de vida, experin-cia profissional, sensibilidade e conhecimento. impor-tante que prepare bem o cliente e perceba o momento
adequado para fazer a regresso.
No caso do pnico compreendo que a margem de se-gurana para o uso da tcnica mais bem mais ampla,
assim como tambm a porcentagem de sucesso. Pri-meiro, que geralmente o cliente por j estar com medo,
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costuma atender logo ao profissional, visando resolver
sua situao o mais rpido possvel, ficando livre do
processo o quanto antes. Segundo: ao encontrar a cau-sa ele se assusta, mas normalmente, logo percebe que
a expectativa causava mais medo que a realidade. Ter-ceiro: geralmente, com pouco tempo ele comea a se
acalmar, pois j est em contato com o que tanto fugia,
desfazendo o conflito e provocando apaziguamento. E
quarto: quando se pede ao paciente que, atravs da
imaginao, ele mesmo cuide de si e supra as carn-cias da sua criana interior, ou seja, suas prprias ca-rncias, o que gera autoconfiana e bem estar.
Geralmente as causas encontradas em clientes com sndrome de pnico no so necessariamente recor-daes ligadas a traumas provocados por situaes de susto ou agressividade, como geralmente pode-se
imaginar. Algumas podem ser e, provavelmente foram
acontecimentos muito marcantes ou traumticos ao
ponto de terem desencadeado o pnico. Mas, na gran-de maioria das vezes, o cliente recorda de situao ou
situaes de solido, em relao presena dos pais
na sua infncia. possvel que se veja realmente s
ou at mesmo na companhia de algum, como uma
bab por exemplo. Se naquele momento, perguntar-mos o que est sentindo, geralmente responder que o
sentimento de solido, acompanhado de muito medo.
Muitas vezes o cliente chora ao se reconhecer s na infncia. Na maioria dos casos, no tinha tido aque-
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la lembrana antes ou no relacionava a mesma com
o pnico. E, mesmo que antes daquele momento ele
ainda no havia se lembrado da causa, a impresso
que d que l foi a primeira vez que ele ou ela entrou
em pnico ao perceber a falta dos pais, ou as sucessi-vas vezes que ficou s permitiram que aquela pessoa
se tornasse medrosa, at o pnico se instalar. No se
sabe se quem nasceu primeiro foi o ovo ou a galinha.
Algumas vezes, ao encontrar na causa, o cliente se v
criana, ao trmino de suas aulas, se sentindo deses-perado; e relatava que a me havia se esquecido de peg-lo ou se havia atrasado. Lgico que importante o
conhecimento de quem era esta criana e em que con-texto vivia, para ter entrado em pnico ao se sentir s e
desamparada, sem saber o que fazer e o que poderia
acontecer. Neste caso pode-se pedir ao cliente, adulto,
que v at l, na sua imaginao, claro, e d carinho
e ateno criana, fazendo-lhe companhia at a me
chegar, ou podendo lev-lo para casa, explicando que
no h motivo para tanto medo, que a me j est che-gando, etc. Dever abraar a criana e acalm-la. Po-der transmitir-lhe cores bonitas que intencionalmente
representem o amor e o perdo e, em seguida imaginar
que est trazendo a criana para dentro de si e permitir
que ela cresa at seu tamanho e idade atua, se encai-xando perfeitamente com o seu corpo, metaforizando
desta forma a permisso para que cresa em relao a aquele momento ou aspecto de sua vida.
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Se o cliente relatar que est se vendo em uma situ-ao traumtica, em outra poca, ou seja, numa su-posta vida passada, isto deve ser trabalhado com se-riedade e ateno. Normalmente, independente de
crenas ou ter sido verdade ou no, ali ter grandes e importantes contedos.
Contudo, o profissional deve estar alerta, pois mes-mo que aparentemente exista uma causa padro,
poder haver uma gama de possibilidades. Mes-mo que a maioria dos casos esteja ligada ao medo da solido, mas de certa forma tambm ao medo da
morte, medo de perder a sanidade mental, medo da aniquilao do ser, etc.
No sou contra, nem a favor do uso de medicamentos.
Depende da necessidade e do critrio do profissional.
Assim como, que para cada transformao ou movi-mento emocional, patolgico ou no, h tambm uma
transformao no nvel bioqumico do corpo, acredito
que ao invertermos o processo do pnico, atravs da
descoberta da causa, da interferncia adequada e da
reintegrao, acompanhado da seqncia do tratamen-to e constatao da transformao, o processo bioqu-mico tambm se transforma e desde que o indivduo
se veja e se sinta curado, se sentindo em paz, feliz e
confiante com sua mudana; sem euforia, mas de for-ma tranqila; ento no precisa tomar medicamentos.
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Recomendo que se o cliente ao procurar tal tipo de tratamento, j se encontra aos cuidados do psiquiatra,
tomando medicamentos, isto deve ser respeitado. Da
mesma forma, se o terapeuta perceber a extremidade
do caso e sentir que necessrio, tambm pode ser
importante a indicao ao psiquiatra, pois em alguns
casos possvel que o organismo esteja viciado na qumica relacionada ao seu estado emocional e que precise de uma interferncia, talvez de um repouso.
Acho saudvel evitarmos ao mximo os medicamen-tos, mas creio tambm ser muito saudvel evitarmos o radicalismo.
Acho muito arriscado quando algum portador da sn-drome do pnico faz uso de bebida alcolica, droga il-cita ou de algum medicamento por conta prpria, com
o intuito de aliviar suas crises. Tal atitude pode causar
dependncia, atravs da necessidade do aumento das
doses para se conseguir o efeito desejado ou causar distrbios ainda maiores. Neste ou nos casos em que
o cliente j faz uso de medicamentos receitados, mas
que estejam causando efeitos colaterais, tambm
importante a indicao ao psiquiatra. Mesmo que por
outro motivo, no adequado a uso de lcool ou dro-gas durante o tratamento, pois para uma boa terapia
imprescindvel o crebro funcionando na sua melhor
forma, o mais original possvel. Se o cliente for viciado,
seus problemas sero ainda maiores. Ele dever ser
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informado que determinadas substncias retardam ou
impedem o tratamento. Dever se tratar do vcio antes
ou conjuntamente. Livre das bebidas e das drogas, o
cliente se torna bem mais apto e as possibilidades de
cura se tornam bem mais favorveis.
Geralmente, ao receber um cliente pela primeira vez,
acho natural e importante que o terapeuta use aque-la primeira sesso para uma consulta detalhada, para
que conhea um pouco do cliente e que se crie mximo
de sintonia possvel com seu futuro cliente.
No caso dos portadores de pnico, existem aqueles que
por causa do prprio medo, ao se dirigirem ao consult-rio pela primeira vez, precisaram reunir tanta coragem
que se o terapeuta no aproveitar aquela oportunidade,
talvez no tenha outra. Tal cliente se apresenta com
muito medo, e se no acontecer nada naquela ses-so, possvel que fique descrente ou que pelo prprio
excesso de medo do que possa acontecer na terapia,
pode no voltar mais, ou adiar o retorno at estar bem
calmo ou se tiver uma crise maior ainda. Se o profissio-nal que trabalha com regresso perceber que est na
frente de um cliente destes, dever aplicar a tcnica na
primeira sesso, o que o acalmar, mostrando-lhe que
seu medo era muito exagerado. Lgico que ao encon-trar a causa ele sentir o pnico novamente. Mas, pelo
prprio contato direcionado com o que tanto temia sen-tir, se surpreender ao perceber que o medo era maior
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que a realidade, e normalmente ter tendncia de se
relaxar ao cessar o movimento de fuga de si mesmo.
Pela seqncia do tratamento, comear daquele mo-mento, sentir um alvio cada vez maior e um bom nvel
de integrao consigo mesmo.
possvel que algum entre em pnico ao encontrar
a causa e no queira dar continuidade ao tratamento desde aquele momento, no aceitando as orientaes
do profissional, o que muito raro de acontecer. Neste
caso, o cliente deve ser respeitado e o tratamento deve
ser continuado de forma mais lenta, podendo-se traba-lhar a causa paulatinamente, atravs da imaginao,
evitando especificamente nestes casos de pedir para
que o cliente vivencie ou reviva o momento causal, de
forma associada, e sim que imagine a causa e faa as
interferncias necessrias, de forma dissociada.
Indicaes de tratamentos coadjuvantes tambm po-dem trazer um bom auxlio, como terapias corporais,
ligados a atividades fsicas, artsticas, de lazer ou nutrio.
Muitas vezes uma boa terapia corporal, como mudan-as de hbitos alimentares, lazer, e outros fatores favo-rveis uma melhor qualidade de vida, podem auxiliar
muito um trabalho teraputico, facilitando desobstru-es de energia e um nvel fsico e emocional; e tam-bm auxiliando para que o cliente se relaxe com mais
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facilidade, principalmente quando se trata de trabalhos
introspectivos. Tais recomendaes nem sempre so
imprescindveis, mas geralmente de grande valia em
termos complementares.
Existem pessoas que no entram em trabalhos de na-tureza introspectiva, como a regresso de memria e
outros, por serem muito intelectuais ou por terem medo
de se entregar a um estado de relaxamento, a si mes-mos ou at mesmo por uma questo de confiana no
profissional. H os que no acreditarem, e ainda os que
resistem por um tempo, mas terminam se entregando.
Porm, um grande nmero de pessoas susceptvel a
este tipo de trabalho.
Existem tcnicas mais adequadas s pessoas mais
racionais e outras mais adequadas s pessoas mais emotivas.
Normalmente inicia-se com uma tcnica de relaxamen-to convencional ou com induo hipntica. Em seguida
promove-se a tcnica de regresso elegida, adaptada
ou criada, dependendo da capacidade e sensibilidade
do profissional.
No caso da timidez, geralmente a causa est relacio-nada a uma criao autoritria. Depois de trabalhada,
acho interessante pedir ao paciente que imagine, por
exemplo, seu pai (me ou ambos) na sua frente e di-
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ga-lhe(s) o quanto ele (a/s) era autoritrio, o que fez
(eram), como voc se sentiu e como tais atitudes lhe
prejudicaram durante sua vida [at posteriormente po-der compreend-lo (a/s) e perdo-lo (a/s), o que geral-mente se far necessrio na seqncia do tratamento].
Desta maneira, o cliente ao dizer tudo aquilo, estar
confrontando aquele que de certa forma lhe causou a timidez. Poder acontecer de maneira semelhante com
as pessoas que procuram na terapia o tratamento do pnico ou por temerem falar em pblico.
Regresso a vidas passadas alguns acreditam, ou-tros no. Acreditar para muitos essencial, mas no que
se refere ao tratamento no importa, pois se tudo que
o cliente relatar ou vivenciar for fruto de sua imagina-o, ou seja, fruto de sua criao, contedo dele; e
isto muito representativo, podendo ser tambm, mui-to teraputico. Deve ser respeitado. J vi casos em que
o cliente estava numa situao muito conflitante e ao
fazer a regresso, que nem visava uma vida passada,
se encontrou vivenciando uma situao de guerra em outra poca, inclusive se debatendo na cadeira; e isto
teve que ser trabalhado.
Geralmente, o que a pessoa relata ou revive tem re-lao com sua vida ou com algum momento que esteja atravessando.
Existem profissionais que dizem que basicamente em
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todos os casos, realmente o cliente est recordando
de uma vida passada, que isto o comum; enquanto
outros acreditam que alguns recordam e outros criam,
atravs da imaginao. Existem os que se utilizam da
regresso, independente de crenas, e os que no
acreditam e preferem no usar tais tcnicas.
Realmente um assunto muito polmico. Pessoas
de baixa auto-estima podem se recordar de maneira
drstica, como bruxas terrveis, carrascos, etc. E pes-soas mais egocntricas como reis, rainhas, fidalgos,
princesas, chefes de guarda, etc.
Pode-se dizer que tais pessoas j traziam tais padres
de outras vidas ou que estavam criando a partir do seu ego ou da sua condio psicolgica. Cada um livre
para pensar o que quiser.
possvel que a pessoa que se entregue ao trabalho,
se veja e se sinta em outra poca e que at se identifi-que com o lugar. Da dada a seqncia, at que haja
entendimento da histria que est sendo vivenciada,
e principalmente chegar at o momento da morte na-quela vida. Aps a morte, o cliente, atravs da imagi-nao, num nvel espiritual, sobe ou conduzida, at
a um lugar no campo espiritual que alguns chamam de bardo, onde se d seqncia ou complemento ao tra-balho. E, na concluso, pergunta-se ao cliente quais
as relaes daquela experincia com sua vida atual e
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se ele encontrasse com o personagem vivido, o que
faria ou lhe diria para ajud-lo. Quem no vivenciou tais
trabalhos pode acreditar ou duvidar dos mesmos e en-contrar vrias razes para isto. Quem vivenciou pode
tambm acreditar ou duvidar. H os que afirmam que
verdade e, existem os que se do ao luxo de reco-nhecer sua ignorncia e evitam ter opinies a respeito
daquilo que no tm certeza absoluta, podendo assim
observar de maneira imparcial.
De qualquer forma muito interessante, pois a histria
vivenciada, geralmente tem muita relao com a vida e
estria do cliente e, muitas vezes ele ou ela expressa
de maneira mais livre, em relao aos seus padres
atuais, ao ver-se em outras possibilidades, podendo
se trabalhar atravs de seus prprios sentimentos e de
metforas muito interessantes. Ao vivenciar o momento
da morte naquela vida, existem profissionais que dizem
que a pessoa est se libertando daquele momento que
viveu e tambm do medo da morte que a pessoa pode
ter por ter tido experincias trgicas em outras vidas.
Mas independente disto, tem um significado interes-sante que de representar a morte do ego em relao ao problema que est sendo trabalhado. Logo aps, no
referido bardo, poder ter vivncias transcendentes
ou resgatar situaes com pessoas ao reencontr-las,
podendo neste lugar e condies, os acontecimentos
serem atemporais. De outra forma, o trabalho estar
sendo feito num nvel subconsciente, onde o profissio-
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nal poder intervir ou usar as tcnicas ou maneiras de
trabalhar que achar convenientes, e de maneira direta
ou indireta poder obter bons resultados. Em seguida,
relacionar a experincia vivida com a vida atual poder
trazer mais esclarecimento, compreenso e sedimenta-o. Perguntar o que o cliente poderia fazer para ajudar
seu prprio personagem, facilita para que ele mesmo
aprenda a se auxiliar em relao sua problemtica e
sua vida de maneira geral. Durante este processo po-dero acontecer variveis de acordo com as possibili-dades e necessidades que possam surgir. importante
que o profissional tenha flexibilidade e criatividade.
Quero lembrar que no tenho a inteno para falar nem
contra, nem a favor, de nenhum tipo de crena. Nesta
questo, o que menos importa. O que importa mos-trar as possibilidades e os resultados obtidos com os
recursos existentes.
Regresso vida intra-uterina tambm existem cren-as a respeito do assunto. Uns acreditam que a criana
j est ali desde o incio da sua formao, sem a dis-tino entre corpo e esprito, e dentre estes h os que
acreditam que o esprito j est ali desde o incio. Ou-tros acreditam que o esprito s estar presente junto
ao corpo, do momento do nascimento em diante. Para
qualquer uma destas crenas ou independente do co-nhecimento real deste assunto, o computador cerebral
j est ali gravando tudo que pode perceber e como
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o feto, de certa forma faz parte do corpo da me, pro-vavelmente, o que acontece com a me, tambm est
sendo percebido. De qualquer forma o computador ce-rebral j est l e funcionando, independente de qual-quer crena ou convico a respeito deste assunto. Se
durante uma regresso, o cliente relatar uma vivncia
intra-uterina, isto deve ser respeitado e trabalhado.
Certa vez, ao encontrar a causa, o cliente relatava es-tar ainda na vida intra-uterina, e via e sentia seu pai
embriagado, brigando com a sua me. Pedi que ele se
imaginasse indo at aquela cena, com a sua idade atu-al, e perguntei o que ele faria ao ver aquela. Qual era a
sua vontade. Imediatamente ele quis defender a me e
assim vivenciou em sua imaginao. Depois pedi que se
imaginasse com a me num lugar seguro, abraasse-a
com carinho e que impusesse suas mos sobre aquela
barriga, onde se encontrava ainda antes de nascer e,
transmitisse amor, carinho e aceitao quela criana,
atravs de ondas de cores, por ele mesmo escolhidas.
Dali, em sesses posteriores muitas coisas foram tra-balhadas, principalmente em relao ao pai, atravs de
descargas e desabafos, at chegar num nvel de com-preenso e posteriormente de perdo. interessante
observar que outra pessoa, a no ser que tivesse uma
histria de vida semelhante, no relataria uma causa
como esta. Alm do mais, independente de qualquer
crena, ou do cliente ter ouvido alguma histria de seus
pais, quando criana, que faz ligao com a causa en-
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contrada, esta foi, dentro do contexto do trabalho, mui-to significativa em termos de contedo teraputico.
Em muitas vezes, algumas delas onde o cliente tinha
dvidas se era esperado ou querido antes de nascer,
ao encontrar a causa, relatava que estava se vendo
prestes a nascer ou assistindo ao seu prprio nasci-mento. Nestes casos importante que se permita man-ter o cliente em contato com seus sentimentos, e pedir
que ele v at l com a sua idade atual e auxilie no
seu prprio parto, com muito amor e muito carinho. E
depois, que a criana j esteja de banho tomado e bem
cheirozinho, em seu bero, se imagine pegando esta
criana, trazendo de encontro ao seu peito e abraando
com muito amor e aceitao, transmitindo coisas boas
de uma maneira bem leve, ou seja, da melhor maneira
possvel. Neste momento pode-se pedir ao cliente que
diga criana, que est ali porque a ama e que vai cui-dar dela daqui pra frente e que ela crescer e saber
como vencer as barreiras necessrias, que vencer na
vida, que conquistar uma vida feliz, que (ele, o adul-to) estar sempre junto dela (a criana), etc. Depois
ele poder, para provar que o que est dizendo ver-dadeiro, receber a criana, imaginando que atravs do
abrao, ela est entrando bem devagar dentro do seu
corpo, e ao entrar, comea a crescer bem devagar, at
alcanar seu tamanho e idade atual. Este o momento
da aceitao, recebimento e da reintegrao entre o
adulto e a criana. Se a causa era imaginria ou real,
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no importa. O que importa o quanto significativa e
o quanto tem contedos que podem facilitar o acompa-nhamento e tratamento do cliente.
Particularmente prefiro, tambm sem radicalismo,
quando se busca as causas na infncia, de zero a sete
ou oito anos, na poca da fixao do ego.
Quando a pessoa encontra a causa, ao se conscienti-zar, se estava esquecida ou se j a tinha na memria,
realinha com mais facilidade sua problemtica atual.
Realinha o passado sua realidade.
No tenho nada contra regresso a vidas passadas. Ao
contrrio, existem profissionais excelentes de renome
internacional. O problema que instiga muita curiosi-dade. Muitas pessoas querem saber o que foram em
outras vidas, e lgico que mais interessante para o
ego se foram personagens de grande importncia. Alm
do mais, creio que antes de pilotar um jato preciso
conhecer um monomotor, ou seja, preciso conhecer
bem a infncia e poucos a conhecem to bem. Mas
isto tambm no pode ser radical e, creio depender do
momento, sintonia adequada e merecimento. Contudo
acho importante dizer que terapia no processo de curiosidade e sim de cura.
Como disse, existem vrias tcnicas e cada uma
adequada ao tipo de profissional, ao tipo de cliente,
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ao momento teraputico e ao que se deseja. Atravs
de induo hipntica existem tcnicas que acessam o subconsciente de forma bem direta, muitas vezes per-mitindo ao cliente reviver momentos causais que es-tavam esquecidas ou que o surpreendem ao lig-las
com sua problemtica atual. Tais tcnicas exigem mais
experincia e conhecimento.
Outras acessam a causa de maneira paulatina permi-tindo que o cliente encontre o caminho de forma grada-tiva, at chegar lembrana ou recordao desejada. A
riqueza deste tipo tcnica que buscar as lembranas
de forma gradativa pode permitir que se trabalhe uma
a uma, as lembranas, at chegar ao contexto causal.
Geralmente se chega neste momento na mesma ses-so, mas se necessrio, caso uma lembranas tenha
contedo importante a ser trabalhado, pode-se dedicar
aquela sesso lembrana em questo e continuar a
regresso na sesso seguinte.
Reafirmando, preciso ter critrio, pois nem todas as
tcnicas servem para todos os casos. preciso conhe-cer o cliente, suas condies e necessidades. Todo cui-dado pouco, porm se o terapeuta tem experincia,
conhecimento e principalmente bom corao, o que
de vital importncia, poder conseguir grandes xi-tos com este tipo de trabalho. Tambm preciso que
seja ousado, que confie na sua sensibilidade, na sua
intuio; mas que reconhea que no est falando de
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cima das montanhas, e sim, que um ser humano; que
tem seus problemas e limitaes, e que tambm est
aprendendo e solucionando suas questes quando au-xilia seu cliente.
E que, est incentivando e acompanhando o cliente at
onde ele quer e pode ir, e no mais que isto. Devemos
incentivar sim, mas importantssimo respeitar a con-dio de cada um. Muitas vezes por medo ou preguia,
no fundo a pessoa est se defendendo de ver ou sentir
algo, porque ainda no est pronta para tal. Lembre-
se: tudo tem o seu momento. No devemos forar as
coisas de acordo com o nosso ritmo ou nosso ponto de vista. Devemos esclarecer e dar incentivo, mas respei-tar o direito de escolha e a condio de cada um. Isto
uma forma de amor. Se nos sentirmos incomodados
porque o outro no quer mudar ou porque age de ma-neira diferente da nossa, isto no pode ser chamado
de outra coisa a no ser de intolerncia. Tal referncia
no s se aplica na relao terapeuta cliente, mas nas
relaes humanas de maneira geral.
Porm, o uso do bom senso fundamental. preciso
ter o mximo de discernimento, pois existem casos em
que a insistncia pode ser muito positiva e pode dar grandes resultados. Em outros, aquele que fora a bar-ra poder estar contraindo muita responsabilidade para
si mesmo, pelas conseqncias, e arriscando prejudi-car ao invs de ajudar.
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Por tanto se ao auxiliar algum a pessoa estiver se sen-tindo incapaz, preciso ter a humildade de reconhecer a
sua condio no momento e pedir auxlio a uma terceira pessoa. Isto humano e trar novas oportunidades de
aprendizado. Acho importante lembrar que no somos
obrigados a saber de tudo. Se algum nos questiona
algo que realmente ainda no sabemos, no h nada
de errado em dizer no sei. No h nenhum constran-gimento nisto. O ideal que confessemos que ainda
no sabemos daquele assunto. Desta forma estaremos
nos respeitando pela ignorncia que ainda temos, pois
atravs deste reconhecimento estamos nos livrando da arrogncia e nos colocando no lugar de aprender e,
estaremos respeitando o outro e sua ignorncia, no
colocando para ele nada que no seja conhecido de verdade, apenas para satisfazer nosso ego.
Se trabalharmos para que tenhamos serenidade e amor,
mesmo que em um processo de aprendizagem, estare-mos mais aptos a auxiliar nosso prximo. Um terapeuta
ou uma pessoa que se prope a ajudar, ao criticar ou
se tiver alguma atitude agressiva alm da conta, re-comendvel que se pergunte se est com implicncia
ou se tem amor por aquela pessoa em questo.
Achei conveniente expressar esta forma de alerta, por-que muitas vezes as tcnicas agem como intervenes e para intervir preciso cuidado, tima inteno e dedi-cao atenciosa, de preferncia amorosa.
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Mas vamos seguir em frente. Vamos falar da causa,
quando se faz uma regresso de memria, buscando
atravs desta, encontrar recursos que auxiliem a com-preender, melhorar ou solucionar uma ou mais proble-mticas em questo.
Conta-se que dois rapazes que estavam beira de um rio viram um garoto se afogando. Um deles pulou no rio para salv-lo e quando chegou margem, seu amigo teve que pular para salvar outro garoto que tambm se afogava. Seguiu-se uma sucesso interminvel de afogamentos e resgates, quando, ento, um dos rapa-zes saiu correndo rio acima. O outro, desesperado com a situao, gritou: - Aonde voc vai? No est vendo quantos meninos esto se afogando? O rapaz virou-se e respondeu: - Voc vai salvando quantos puder que eu vou procurar quem est jogando as crianas no rio!.
A causa encontrada
Trata-se da regresso de memria, o momento do tra-tamento onde se inicia o processo de volta ao passado at o momento em que se encontra a causa.
A causa onde se abriram as portas para se firmar,
manifestar ou apresentar determinados traos da personalidade ou atitudes, que se apresentam de
forma repetitiva pela vida, muitas vezes em deter-minados contextos. onde se originou a possibili-
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dade de um problema ou pode ter sido, a primeira
ou as primeiras vezes, que a pessoa experimentou determinado sentimento.
Assim como muitas reaes, atravs de sentimentos
e aes, tambm muitas crenas e fixaes so reco-nhecidas ao se encontrar causas, neste tipo de inter-veno teraputica.
Pode ter sido um acontecimento traumtico ou forte;
ou podem ter sido sucessivos acontecimentos, no to
traumticos, mas repetitivos, que marcaram a persona-lidade do indivduo. Num caso ou no outro est ligado
ao contexto em que a criana vivia: - pai e me (ausn-cia e presena), impresses negativas e positivas; de-sagradveis ou prazerosas, tipo de trauma, repeties
de acontecimentos, lugar, outros familiares, outras pes-soas; considerando pai e me, normalmente os fatores
mais importantes. Em alguns casos, existem causas
no traumticas como excessos de elogios, causando
no indivduo uma sensao de ser o centro das aten-es e uma necessidade de corresponder s expectati-vas que dele faziam desde a infncia, etc.
Desta forma, podemos deduzir que dentro do contexto
em que a criana foi criada, a causa tambm pode ser
considerada como um ponto focal do contexto onde se originou a problemtica que est sendo tratada.
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Muitas vezes, durante um trabalho de regresso, geral-mente gradativo, possvel que se encontre um acon-tecimento traumtico, s vezes bem antigo, mas que
ainda no a causa. O que fazer? E como nos certi-ficar? Primeiro observar, perguntar com qual idade o
cliente estava naquela poca. Se j tinha oito anos ou
mais, a principal fase da fixao do ego j teria pas-sado, pressupondo-se que a base para que a pessoa
reagisse ao trauma daquela forma estaria mais no pas-sado. Porm, aquele momento traumtico deve ser
considerado sim e tratado como se fosse causa, pois
de certa forma tambm o . Em seguida, continuar a
regresso, buscando, at chegar primeira causa e
tratar novamente. Nestes casos como se voc per-guntasse quem o indivduo que ao passar por aquele trauma reagiu como reagiu, em todos os sentidos. Esta
mesma pergunta vlida quando o cliente relata sua
queixa pela primeira vez ou conta como aquele padro tem se repetido em sua vida. Quem esta pessoa,
que ao passar por determinada situao, reage como
reage? O que aconteceu no seu passado e como ela
reagiu? Qual a sua estria de vida?
Tem pessoas que perguntam se basta encontrar a cau-sa para solucionar o problema. Acredito que em alguns
casos sim. Principalmente quando j existe certo nvel
de maturidade e aptido para o aprendizado com a com a constatao, reconhecimento e vivncia das si-tuaes vividas. Em grande nmero de casos preciso
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que se faa algo. preciso que se faa uma interven-o e disso que trataremos a seguir.
Acredito que quando se fala em causa, existe outra
questo em jogo, que o hbito. Muitas vezes tratan-do-se a causa j o suficiente. Em outras, necessrio
um tratamento mais longo e reforado, devido aos h-bitos, muitas vezes reforados por condicionamentos e
crenas; e pela prpria estrutura e condies do cliente ao longo do tempo. No so incomuns casos em que
determinados homens, num dia em qu