Livro_Monografia

46
Manual de orientação para o T.C.C. JOY COSTA MATTOS ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

Transcript of Livro_Monografia

Page 1: Livro_Monografia

Manual de orientação para o T.C.C.

JOY COSTA MATTOS

ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

Page 2: Livro_Monografia

Manual de orientação para o T.C.C.JOY COSTA MATTOS

1ª Edição • Rio de Janeiro • UNIRIO • 2008

Page 3: Livro_Monografia

PRESIDENTE DA REPÚBLICALuiz Inácio Lula da Silva

COORDENADOR GERAL DA UABCelso José da Costa

COORDENADORA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DA UNIRIO

Giane Moliari Amaral Serra

MINISTRO DA EDUCAÇÃOFernando Haddad

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃOA DISTÂNCIA/MEC

Carlos Eduardo Bielschowsky

REITORA DA UNIRIOMalvina Tania Tuttman

PRÓ-REITORA DE PÓS-GRADUAÇÃODA UNIRIO

Maria Tereza Serrano Barbosa

COORDENADORA DO CURSODE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO

ESPECIALMaria Angela Monteiro Corrêa

CONTEUDISTAJoy Costa Mattos

PARECERISTAAna de Lourdes Barbosa de Castro

CONSULTORA EM EAD Ana de Lourdes Barbosa de Castro

COORDENADOR PEDAgógICAAdilson Florentino Da Silva

COORDENADORA DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIALMaria Angela Monteiro Correa

COORDENADORA DE PROD. DO MATERIAL DIDáTICO Mônica de Almeida Duarte

ESPECIALISTA EM AvALIAÇÃO Maria Christina Santos Rocha Zentgraf

REvISORA Isabel Vitória Pernambuco de Fraga RodriguesCandida Leite Georgopoulos

PROjETO gRáfICO Bianca Martins

DIAgRAMAÇÃOMarcelo Miguez e Bianca Martins

CAPAMônica Lopes e Bianca Martins

ILUSTRAÇõESMônica Lopes

BIBLIOTECáRIAS - REvISÃO BIBLIOgRáfICA - SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNIRIOIsabel Grau e Márcia Valéria Brito Costa

gIANE MOLIARI AMARAL SERRACoordenadora CEAD/UNIRIO e Coordenadora UAB/UNIRIO

ADILSON fLORENTINO DA SILvACoordenador Suplente UAB

ANA DE LOURDES BARBOSA DE CASTROConsultora em EAD CEAD/UNIRIO

ANNA M CRISTINA DA ROChA P B.Secretária Executiva / Projetos UAB

NANCy NIEMEyER ROLIM ARRUDAApoio Técnico aos Projetos UAB

MôNICA DE ALMEIDA DUARTEResponsável pelo Setor de Produção do Material Didático

gILMAR OLIvEIRA DA SILvAResponsável pelo Setor de Tutoria

RAfAEL DE fRANÇA gUSMÃO CERqUEIRAApoio ao Setor de Produção de Material Didático

BIANCA MARTINSEquipe de Design / Diagramação

MARCELO MIgUEZEquipe de Design / Diagramação

LEANDRO ZUELkEEquipe de Design / Diagramação

MôNICA LOPES NOgUEIRAEquipe Design / Ilustração

MARIANO gOMES PIMENTEL Responsável pelo Setor de Mediatização CEAD/UNIRIO

CARLA fABIANA gOUvêA LOPESEquipe de desenvolvimento da Plataforma de Aprendizagem Virtual

RICARDO RODRIgUES NUNESEquipe de desenvolvimento da Plataforma de Aprendizagem Virtual

EDNA MARIA gALvÃO DE OLIvEIRAResponsável pelo setor de articulação UNIRIO e Pólos UAB

Equipe responsável pela elaboração do Material Didático Equipe Técnica CEAD/UNIRIO

VICE-COORDENADORA DO CURSODE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO

ESPEIALMaria Alice de Moura Ramos

Page 4: Livro_Monografia

Sumário

APRESENTAÇÃO DO CURSOAPRESENTAÇÃO 11INTRODUÇÃO 13

Unidade I - OBJETIVOS DO MANUAL 16 Unidade II - O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 17 Unidade III - O TCC NA CONTEXTUALIZAÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO 19

Unidade IV - DESAFIOS PARA PRÁTICA DO TCC 21 Unidade v - PROCESSO DE PRODUÇÃO DO TCC 25 5.1 Do contexto social ao paradigma científico 29 5.2 Do paradigma às ações científicas 31 5.3 Das ações científicas à produção metodològica 37 5.3.1 Mapeamento de conteúdo temático 38 5.3.2 Preparação para a escrita da pesquisa 43 5.4 Da produção técnica á escrita do documento 52 5.5 Da escrita do documento técnico á comunicação científica 56 5.6 Da comunicação científica aos referenciais 59 5.7 Dos referencias á mudança de paradigma 61

Unidade vI - AS NORMAS DA ABNT PARA O TCC 64 6.1 Normas selecionadas para produçaõ técnica 66 6.2 A estrutura do documento técnico 70

Page 5: Livro_Monografia

Apresentação do Curso

Malvina Tania TuttmanReitora UNIRIO

Você está iniciando mais uma jornada em seu processo contínuo de qualificação profissional. Sua atuação consciente como edu-cador certamente o mobilizou a realizar este curso.

Você não deseja acrescentar mais um título ou um diploma em seu já experiente currículo. Você quer mais!

Está buscando caminhos que o levem a desvendar um outro mun-do, mais justo, menos discriminador, mais humano e fraterno.

A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO se associa a este modo de pensar e de estar na vida. Abre seu es-paço acadêmico para a formação de profissionais que irão mul-tiplicar pensamentos e experiências, num processo rizomático que permita a inclusão, em nossas escolas, dos portadores de necessidades especiais, de forma efetiva e verdadeira.

Sinto-me privilegiada em poder estar vivendo este momento de concretização de alguns sonhos, aqui na UNIRIO. Um deles, o de colocar em prática a proposta de um curso de pós-graduação a distância voltado para Educação especial.

O percurso não foi fácil. Ele representa o esforço e a dedicação de muitos que se envolveram nesta árdua, porém gratificante, tarefa de defender a inclusão como direito de todos, o respeito às diferenças e de acreditar no potencial do ser humano.

Esta é sua Universidade: pública, federal, humanista, com quali-dade acadêmica e compromisso social!

Seja bem-vindo!

Unidade v -CONSIDERAÇõES fINAIS 83 Bibliografia 85

Page 6: Livro_Monografia

ApresentaçãoEste manual vai ajudá-lo a cumprir a exigência de produzir o trabalho de conclusão de curso, reforçando uma linguagem de pesquisa e escrita do documento técnico que evidencia o seu aprendizado. Ele foi organizado de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para atender o estabelecido na legislação vigente da pós-graduação, e se propõe a colocar o aluno em contato com as normas de elaboração de um trabalho científico que amplia a base de conhecimentos adquiridos. É fruto de reflexão com aprofundamento da bibliografia e dos diferentes recursos midiáticos que se viabilizam com o uso das Tecnologias de Comunicação e Informação.

Sua experiência profissional e seus questionamentos avançam de maneira a se tornarem mais inteligíveis. O TCC torna-se, então, uma oportunidade de oferecer à comunidade o resultado do seu estudo, com a valorização da sua cultura e da sua história de vida.

Analisar o que aqui se apresenta como leitura irá servir como:

• fonte de consulta para melhor apresentar sua idéias e discussões sobre as experiências profissionais;

• orientação e apoio na seleção dos conteúdos e temáticas oportunas, para criticar e avançar em seu aprendizado;

• roteiro para tornar seu TCC mais livre e mais objetivo no cumprimento da comunicação e da sinalização de alternativas pedagógicas;

• estratégia para firmar uma identidade própria desta pós-graduação.

Isto feito, você se verá refletido nessas análises.

A escrita deste material exigiu muita dedicação e elaboração pautada nas discussões com diferentes profissionais, que acrescentaram suas óticas e posicionamentos para dar a você a sustentação lógica e operacional de uma produção com qualidade .e credibilidade.

No decorrer da leitura você vai estar atento à forma dialogada de escrita, aos modelos de for-matação das páginas e aos momentos em que propomos sugestões de introdução e conclusão. Lendo o modelo de Agradecimento você identifica nosso reconhecimento às contribuições re-cebidas para esta escrita.

Page 7: Livro_Monografia

O Trabalho de Conclusão de Curso tem sua história relacionada à avaliação do estudante e se fixa, neste curso, como um dos requisitos que ele deve cumprir para seu credenciamento como especialista.

Situamos, então, o TCC em um horizonte mais amplo que permite renovar o sentido tradicional de aprovação, reprovação e qualificação do aluno no término do curso.

Este manual didático que o curso de pós-graduação lhe oferece tem o propósito de fortalecer o diálogo que permite um aprendizado contínuo da ordem científica própria para publicação.

Nossa intenção é indicar um caminho para entender melhor o valor do TCC para o especialista contribuir com sua pesquisa que evidência uma prática profissional.

Escrever é uma arte, mas também é técnica, principalmente no âmbito da literatura prove-niente dos achados de pesquisa que são colhidos para uma escrita específica da ciência. Por isso o TCC, sendo uma produção acadêmica, segue normas e procedimentos exigidos pela co-munidade científica e você o enriquece com sua criatividade e seu estilo.

Fica, assim, estabelecido aqui um paradigma para orientação do TCC que inclui a avaliação como processo de qualificação, em que a especialização é para o docente um aprendizado que propicia conhecer as tradições e as contradições emergentes dos padrões sociotécnicos de uma época de descontinuidades e desafios incessantes à prática da profissão.

Sendo assim, você, que está concluindo este curso, se compromete a fazer escolhas metod-ológicas, tomar decisões de acordo com os conhecimentos aprendidos e deixar registradas as evidências da prática reflexiva no seu cotidiano profissional.

Cientes de que a Avaliação da Aprendizagem é, certamente, um dos aspectos mais prob-lemáticos no universo da sala de aula presencial, acreditamos que, neste curso, o TCC possa vencer as estranhezas apontadas no discurso atual da Pedagogia para atrair as demandas de pesquisadores, quer sejam novatos ou mais experientes. .

Falar sobre determinado assunto para que se chegue a posições conceituais em relação ao TCC gera controvérsias entre autores que tratam disso de maneira tão diversificada e em busca de uma consolidação entre os professores. Você pode perceber isso quando retoma diferentes autores e estabelece uma discussão com seus colegas sobre metodologia científica.

É por isso que solicitamos uma leitura acurada deste manual e um estudo dos procedimentos que apresentamos para repensar os desafios vivenciados na prática acadêmica, dando ao TCC um significado condizente com os avanços da ciência, da técnica e da arte.

Lembre-se de que não há uma produção acadêmica que seja obra de uma só pessoa separada de seus vínculos, por mais distantes que eles possam parecer. Assegure-se de que seu agradec-imento seja uma satisfação de revelar as pessoas e as instituições que lhe deram possibilidade para que você levasse seu planejamento a bom termo.

Você tem, portanto, neste manual o primeiro documento de orientação sistematizada para

Introdução

Page 8: Livro_Monografia

2. Organize o material que você tem sobre metodologia científica de acordo com a disciplina cursada.

3. Arranje um local fixo de trabalho onde será produzido o seu TCC, evitando perdas de mate-rial disperso em outros locais.

4. Catalogue seus textos e as relações bibliográficas que serão utilizadas como referencial.

5. Mantenha este Manual sempre à mão e em fácil acesso digital porque você irá utilizá-lo com freqüência.

6. Não jogue fora o material descartado na fase inicial da escrita. Essa obra prima será de suma importância para seu crescimento profissional.

7. Guarde sempre seus rascunhos em uma pasta de “lixo criativo”.

Agora, procure seu orientador e decida com ele o tema que será discutido no seu TCC, e ...

Muito Sucesso no seu trabalho e em nossa convivência, lembrando:

“Assim como o oceano só é belo com o luar

Assim como a canção só tem razão se cantar

Assim como uma nuvem só acontece se chover

Assim como o poeta só é grande se sofrer

Assim como viver sem ter amor não é viver

Não há você sem mim, Eu não existo sem você!”

Vinícius de Morais

procedimentos que podem ajudá-lo a pensar uma prática que se faz reflexiva na ação que dela decorre.

A nossa experiência na função de orientação de monografia e convivência com os alunos concluintes nos possibilita ver um procedimento centrado no “ensinar-se” a cada dia um novo passo, uma nova forma de criar, revendo o que se aprendeu.

Temos certeza de que seus conhecimentos sobre o processo de produção científica, desde as primeiras escritas na graduação e nas orientações que recebe para seu TCC, assim como o aprendizado de Metodologia da Pesquisa, devem ser retomados. Eles se constituem em fer-ramentas que o tornam hábil e cada vez mais versátil na identificação das idéias científicas que encaminham as ações de produção e apresentação pública do seu trabalho.

Assim sendo, ficamos aptos a dar ao TCC uma (re)significação das ações de produção e de apre-sentação pública, ambas regidas por procedimentos de inovação com qualidade e aprimora-mento profissional.

Para isto é necessário o esforço programado e sistematizado tanto por parte do aluno como da gestão do curso para que sirva ao propósito de capacitar o especialista a debater temas relevantes sobre Educação Inclusiva. Assim sendo podemos vivenciar ações profissionais de conhecimento técnico-pedagógico e político em diferentes projetos.

Sugerimos, então, que sejam seguidos os procedimentos técnicos apresentados para que passo a passo, você possa enfrentar o desafio da mudança de valores do TCC e evidenciar o seu aprendizado nas práticas de:

• Identificação do contexto social vigente

• Reconhecimento das ações científicas

• Valorização da produção metodológica

• Domínio técnico da escrita científica

• Significação do trabalho publicado

• Seleção de referenciais condizentes com a política adotada

• Posicionamento profissional qualificado na ação pedagógica

Vamos começar nossa jornada de trabalho? Então...

1. Leia atentamente o sumário deste manual e observe que ele foi feito utilizando um procedi-mento para valorizar o trabalho. Você pode usá-lo como referência para outras pesquisas.

Page 9: Livro_Monografia

CEAD - UNIRIO16

Manual de orientação para o T.C.C.

17CEAD - UNIRIO

Unid

ade

II1 OBJETIVOS DO MANUAL.

Neste manual apresentamos os elementos constitutivos de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que podem orientá-lo na busca de informações para apresentação do seu trabalho de forma científica e em consonância com os critérios da ABNT.

Agilizamos e ampliamos, por isso, os recursos de produção do TCC para dirimir dúvidas relativas à metodologia de pesquisa e a diferentes formas de transmitir o resultado de sua aprendiza-gem neste curso.

Para facilitar seu acesso aos trabalhos científicos e à “escrita acadê-mica”, fazemos recomendações indispensáveis para seu trabalho ser aprovado e reconhecido como contribuição científica signifi-cativa, compondo acervo de documentos típicos de pesquisa.

2 O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO.

Sabemos que a prática de disseminar informações essenciais para a mudança de padrões reconhecidos academicamente é um pro-cesso moroso, até mesmo rígido em relação à consistência teórica. Esta consistência é adquirida com o passar do tempo e com a plu-ralidade de discursos que se acumulam culturalmente.

A apresentação de trabalho científico exige procedimentos que precisam ser aprendidos e revisados continuamente. Elegemos a forma dialogada de escrita para um procedimento metodológico e um modelo de registro da produção a ser divulgada de acordo com os parâmetros aqui definidos.

Afirmamos que as decisões apresentadas para organizar e regis-trar o texto são frutos de seleção consensual e não de rigidez aca-dêmica, podendo, em certo sentido, incluir adaptações relativas à escolha da temática ou às delimitações dela decorrentes.

Considerando, ainda, a lógica e o rigor exigidos para o re-gistro e o relato do conhecimento, procuramos ser sensíveis ao engenho e à criatividade quando aqueles solicitam maior flexibilidade ou tratamento mais adequado à melhor compre-ensão do objeto do TCC.

Sendo este um instrumento para quem precisa lidar com o “tex-to acadêmico” no dia-a-dia e usa as Normas Técnicas a favor de uma linguagem fácil e dinâmica, desmistificamos o sentido do cumprimento rígido de normas para trazer o entendimento crítico de seu uso.

Esperamos, dessa forma, garantir o êxito deste curso de pós-graduação, contando com a contribuição do seu TCC. Ele deve

Page 10: Livro_Monografia

CEAD - UNIRIO18

Unid

ade I

II

19CEAD - UNIRIO

Manual de orientação para o T.C.C.

conter “achados de pesquisas” para outros conhecimentos e, por isso, merecerá credibilidade científica para sua aprovação.

Pensamos fazer um manual que mostre uma prática de apoio para evitar o tratamento dado à metodologia como um conjunto de regras para formatação do texto. Sendo assim, o TCC é inse-rido na categoria de produção acadêmica e científica que resulta do estudo minucioso de um só problema.

Seguimos a NBR 14724 de 2005 que trata da estrutura e apre-sentação de trabalhos acadêmicos com as normalizações nela destacadas.

Queremos lembrar que há determinados critérios de lisura e cre-dibilidade necessários para que a Educação a Distância seja bem sucedida e afirmamos:

É ao concluir este processo de integração e busca de excelência no TCC que vemos seu esforço e seu compromisso de pontuar, de for-ma eficiente, os desafios que você venceu para incorporar novos procedimentos no seu cotidiano profissional.

3 O TCC NA CONTEXTUALIZAÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO.

Você se lembra do que estudou na disciplina de Metodologia Científica? Procure reativar a sua memória, separe o material que você arquivou e concentre-se na organização dos documentos que lhe servirão de base para a escrita do TCC.

Considerando a história docente que você já possui, sei que deve estar se perguntando: Por que mais um trabalho científico no final do curso?

Vamos buscar esta resposta? Pensemos juntos, trazendo nossas memórias para formar um conjunto de informações necessá-rias para iniciar seu trabalho.

Lembre-se de que há sempre o que aprender quando revemos um percurso cheio de tropeços e avanços. Isto é muito gratifi-cante, não acha? Mas também há muita recriminação, própria de quem busca, como você, o melhor proveito das ações do co-tidiano, não é mesmo?

É preciso repensar o caminho realizado durante o curso porque o tempo decorrido nos permite nova apreciação e outras emo-ções que diferem das que nos acompanharam.

Os seus conhecimentos, aliados a sua prática pedagógica e o ra-ciocínio critico, durante o cumprimento das disciplinas justi-ficam a chegada a esse momento que pontua o sucesso de sua aprendizagem com o mérito do seu TCC.

Você vem fazendo, periodicamente, trabalhos avaliativos que reforçaram seu aprendizado, mas não os tem em condição de apresentá-los para publicação, tal como é desejável para o cre-denciamento como especialista. Por isso, faz parte das atividades

Page 11: Livro_Monografia

20 CEAD - UNIRIO 21CEAD - UNIRIO

Unid

ade I

V

Manual de orientação para o T.C.C.

dos seus estudos a produção do TCC, que deve colocá-lo em condições atualizadas de pesquisa da prática pedagógica, am-pliando os seus conhecimentos para uma ação qualificada no trabalho.

Como proceder, então, para essa atualização? Como participar de um magistério inovador e seguir um novo caminho, provo-cando reflexões, a partir do que acontece no curso. Como alcan-çar resultados compensadores em um processo acadêmico com momentos de muitas tensões?

Mesmo ciente de que não se escapa deste “rito de passagem”, você não se sente à vontade para vivenciá-lo, concorda?

O trabalho científico requer atualização nem sempre fácil de ser realizada, mas de grande utilidade para os profissionais que precisam ganhar a credibilidade de seu trabalho nos diferentes status acadêmicos.

Será que você já encontrou sua resposta ou ainda faltam cumpli-cidade de leitura entre nós ou os esclarecimentos necessários para passar a limpo ou revisar o curso desde o início?

Continuemos! Convidamos você à prática das orientações in-dispensáveis para a escrita de um trabalho científico, no caso, o seu TCC.

Sinta-se acompanhado nesta jornada peculiar de mútuas res-ponsabilidades, que nos une – você e eu, neste tempo de maior aproximação e intimidade intelectual – a outros membros da academia..

Comece com um exercício de vida, uma vontade de trilhar um ca-minho novo. Vença primeiro este desafio proposto por Nietzsche:

Daquilo que sabe conhecer e medir é preciso que se des-peça, pelo menos por um tempo. Somente depois de ter deixado a cidade poderá ver a que altura suas torres se elevam acima das casas.

4 DESAFIOS DO TCC NA PRÁTICA PE DAGÓGICA.

Vejamos juntos, então, os desafios que se apresentam à produção desse trabalho que propõe modificações à prática pedagógica.

A sempre tão questionada e morosamente inovadora prática de mudança requer que nos vejamos como parceiros na mudança e cúmplices em cada desafio partilhado na coletividade.

Vamos pensar mais sobre isso? Tente refletir sobre os desafios a enfrentar e veja com outro olhar a tarefa que estamos propondo a você. Dê ao seu trabalho o valor monográfico que atende à busca de conhecimentos novos em ações que tragam o avanço e a melhoria de situações que continuamente inquietam os profis-sionais no exercício de suas funções.

Vamos vencer os desafios que nos levam a entender as inovações e o processo de construção do Trabalho de Conclusão de Curso, para que ele não seja um escrito a mais e de pouca importância para seu aprimoramento.

Quando chegamos ao TCC, ficamos presos às normas e às práticas costumeiras cumpridas na academia, sem mesmo tentar enten-dê-las ou utilizá-las de forma mais adequada para valorizar esta produção.

DESAFIO 1

Redefinir a concepção de TCC no Curso de Pós-Graduação realiza-do em EAD, buscando encontrar formas qualitativamente dife-rentes de enfocar as questões propostas na prática de Educação de Portadores de Necessidades Especiais.

Page 12: Livro_Monografia

22 CEAD - UNIRIO 23CEAD - UNIRIO

Unid

ade I

V

Manual de orientação para o T.C.C.

Esses desafios se integram a uma visão própria para você pensar o seu trabalho de conclusão de curso ( TCC ) de forma produtiva, trazendo para o viver acadêmico da pesquisa conhecimentos técnicos importantes para a qualificação profissional.

Fazendo uma reflexão cuidadosa sobre cada um desses desafios, você pode acompanhar de perto um fluxo de ações que expres-sam as dificuldades para que o TCC deixe de ser um amontoado de páginas escritas sob pressão para receber uma nota e ser apro-vado no curso.

Tanto tempo precioso gasto na construção de um trabalho es-crito não pode ter um só destino fechado que se guarda em um armário que poucos podem abrir; se não pela poeira, pelo receio de cópias e plágios.

Tal situação pode levar à displicência de quem faz o trabalho quando lhe falta a informação quanto ao aproveitamento dele. Por isto é primordial que se reconheça o TCC como parte de um caminhar para composição de acervos e de memórias próprias de uma especialidade profissional.

Veja , agora as ações que nos levam à intimidade de um processo de TCC:

1. Redefinir a concepção de TCC

2. Transformar o TCC numa experiência cultural

3. Participar da construção de um ambiente de interatividade

DESAFIO 2

Transformar o TCC numa experiência cultural, pondo fim à pedago-gia que confina e condiciona a educação a espaços e tempos pre-estabelecidos e distanciados das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação.

DESAFIO 3

Participar da construção de um ambiente de comunicação inte-rativa e estimuladora da interatividade, graças ao qual os partici-pantes de processos educacionais online estabeleçam diálogo no conhecimento, na habilidade e na experiência.

DESAFIO 4

Preparar-se como profissional para o gerenciamento de processos educacionais não-rotineiros, não-preconceituosos, não-condicio-nantes e próprios da pós-modernidade.

DESAFIO 5

Reconhecer as competências julgadas prioritárias por serem coe-rentes com o novo papel dos professores na evolução da formação continuada e com as políticas educativas da formação inicial.

DESAFIO 6

Buscar a adequação das temáticas oferecidas ao TCC para apresen-tar conteúdos interdisciplinares.

DESAFIO 7

Valorizar temas de Educação Inclusiva, incentivando o uso dos recursos-multimídia para a articulação ampliada da expressão hu-mana, promovendo similaridades de códigos e de sentidos éticos da sociedade atual.

Page 13: Livro_Monografia

24 CEAD - UNIRIO 25CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

4. Preparar-se como profissional para gerenciamento

5. Reconhecer as competências julgadas prioritárias

6. Buscar a adequação do conteúdo da pesquisa à temática do TCC

7. Valorizar temas de Educação Inclusiva

5 PROCESSO DE PRODUÇÃO DO TCC.

Você caminhou até agora ampliando um conhecimento que trouxe algumas convicções e muitos estímulos para a “escrita de sua monografia”, utilizando artigos, comunicações e resenhas para o seu Trabalho de Conclusão de Curso. Diferentes fontes de pesquisa foram consultadas e um vasto material se encontra disponível para a sua produção acadêmica no desenvolvimento do tema escolhido

Você pode, então, constatar a importância do TCC para a com-provação da sua aprendizagem e para instaurar uma nova instân-cia na prática de apresentação pública e de avaliação do Curso.

Faz-se necessário certificar-se do quanto alguns procedimentos e princípios são importantes para compreender as múltiplas ações que surgem na produção deste trabalho.

Estamos juntos para minimizar riscos de fracasso para torná-lo mais confiante em sua produção, assim como mais seguro em seus procedimentos na escrita do texto. Pretendemos ajudá-lo a cumprir, com êxito, os requisitos para concluir este curso.

Algumas informações, entretanto, ainda não se tornaram conhe-cimento assimilado e muito menos praticado. Mas, vencendo resistências e superando a solidão que aparentemente envolve os autores, compartilhamos a consonância dos sentidos a qual nos faz construir, no discurso e na ação, formas novas de ensinar, aprender, criar e divulgar.

No cumprimento da jornada com os diferentes professores, em meio às tarefas profissionais do dia-a-dia, nem sempre foi pos-sível refletir sobre questões que permitem um posicionamento

Page 14: Livro_Monografia

26 CEAD - UNIRIO 27CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

pessoal e acadêmico mais consciente. É por isso que nos propo-mos a acompanhá-lo nessa missão para que você não a considere como muitos estudantes: um TERROR!!!

Você está disposto a isso? Então, vejamos:

Pense em como foi a sua experiência na graduação e prepare-se para preencher lacunas que se fizeram por falta de uma boa orientação.

Deixe vir à tona um processo que acaba sendo mais gratificante – a escrita do trabalho acadêmico.

Por mais desgastada e explorada que seja a “discussão” sobre o TCC, ainda é vigente aquela que traz inúmeras vozes de desen-canto com a escola e seu cotidiano.

Temos um propósito ousado porque exige enfrentarmos juntos o desafio da mudança de valores. Ao reviver e organizar as aprendi-zagens, dando visibilidade a uma temática de estudo extraída das situações vividas e realçada pelas evidências do cotidiano sentido com emoção conseguimos mudar. É desta forma que você se põe a rascunhar o desenho da sua produção de pesquisa.

Você já sabe que os desafios vão surgindo e atuando sobre o investigador no seu caminho em busca do conhecimento cientí-fico. Essa é uma atividade de estudo, vista como construção que nos leva a pensar a pesquisa como “arte”, ainda que se trate de um produto científico para o qual coletamos experiências, faze-mos julgamentos e, inevitavelmente, adquirimos vícios e pre-conceitos na representação da realidade. Tudo isto deixa em nós, profissionais, uma grande inquietação, principalmente quando se sabe que as sociedades, muito mais do que mudar, pretendem manter as coisas como estão, mesmo quando se fala tanto em mudanças.

As pessoas aceitam a “ordem das coisas” como se apresentam e poucos são os que questionam ou buscam outras soluções para

problemas que permanecem, concorda? Este é o caminho que pa-rece mais fácil: deixar como está, não se mexer, não buscar, não questionar... fugir das inquietações que promovem mudanças.

É, portanto, de difícil compreensão que uma sociedade persis-tente em suas formas repressivas, tal como a nossa, incentive uma educação que promova mudanças na dinâmica das con-vicções e caminhe para um novo social em sua pluralidade e complexidade.

Acreditamos que você, Professor, torne sua ação pedagógica de-sencadeadora de um processo de mudança em meio ao caos que vivenciamos, inaugurando uma escola que descarta a monoto-nia. Fica, assim, patente a imposição de se encontrar soluções novas que sejam amplamente divulgadas.

Como você sabe o processo de escrita do texto técnico-científico difere do processo de escrita que, ao longo do tempo, você vem elaborando e aprimorando com sensibilidade, sempre com seu toque pessoal. Apesar do rigor dos procedimentos técnicos, há sempre uma brecha para a criação, uma inovação à espera do seu encontro com uma nova abordagem do tema.

Relembrar diferentes momentos de sua vida íntima, quando as atividades de escrita foram marcadas pela emoção do prazer ou da desilusão, intensifica as “pulsações” que o impelem à comuni-cação. Essas marcas, sem dúvida, acarretarão muitos sentimen-tos em relação ao seu desejo e vontade de escrever.

Anote isso, conscientemente, e procure conversar com seus co-legas, mantendo um clima de interatividade que favoreça a pro-dução criativa do trabalho acadêmico.

Comece pensando nos obstáculos a serem ultrapassados em re-lação ao que se pretende com este Curso de Especialização, no fim do qual você precisará mostrar à comunidade acadêmica sua aprendizagem e seu bom desempenho.

Page 15: Livro_Monografia

28 CEAD - UNIRIO 29CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

Essas e tantas outras questões podem indicar oportunidades para vencer as restrições a um Trabalho de Conclusão de Curso que aponte mudanças desejadas. Principalmente se pensamos nos alunos com necessidades especiais de aprendizagem e na carên-cia de estudos que possam instruir seus professores em uma prá-tica mais eficiente.

Iniciamos a escrita deste manual com o espírito daqueles que, viajando repetidas vezes para um mesmo local, se dedicam a mostrar o mapa deste percurso. O mapa do pesquisador apre-senta a seguinte seqüência:

• Docontextosocialaoparadigmadasidéiascientíficas.• Dasidéiasàsaçõescientíficas.• Dasaçõescientíficasàproduçãometodológica.• Daproduçãometodológicaàescritadodocumentotécnico.• Daescritadodocumentotécnicoàcomunicaçãocientífica.• Dacomunicaçãocientíficaaosreferenciaisdapesquisa.• Dosreferenciaisdepesquisaàsmudançasdeparadigmas

Confiando que nossa experiência possa ajudá-lo neste momento crucial, oferecemos um material que mostra o procedimento in-dispensável a quem se predispõe a seguir o caminho da ciência.

Os autores pós-modernos, rompendo com a estrutura do pensa-mento linear, ainda em grande parte aceito por alguns acadêmi-cos menos avisados, nos deixam cada vez mais abertos à percep-ção de uma dinâmica de vida alavancada pelas inovações. Para muitas pessoas essas inovações se aproximam da magia, porque desconhecem os avanços da ciência e da técnica.

Com o decorrer das leituras realizadas no curso, você percebeu que, algumas vezes, foram despertas polêmicas não-resolvidas. Pôde, ainda, reler que o processo histórico influencia a concep-ção de valores adotados pelo pensamento científico e aprendeu que o paradigma cartesiano não foi superado, mas vem sendo substituído pelo paradigma da complexidade que, por conse-qüência, traz novas formas de pensar e novas idéias acerca das pessoas e de suas práticas cotidianas.

A concepção científica a respeito da produção, do uso e de sua divulgação tornou-se diferente, tanto no campo da Física, como no das Ciências Sociais, trazendo inúmeras revisões aos estudos pedagógicos sempre sujeitos às inovações e contestações, con-forme o posicionamento teórico-metodológico que sustentamos como profissional.

Então, vamos retomar as seguintes reflexões tão comuns em nosso cotidiano:

• Quem somos nós, como sujeito, ao assumirmos esse papel profis-sional de tanta responsabilidade social?

• Que nível de competência conseguimos em nossa formação aca-dêmica, associada às circunstâncias de vida e ao curso que agora está em conclusão?

• Que propósitos estabelecemos para sermos profissionais no ensi-no, na ciência e na prática do dia-a-dia?

• Que cidadão sairá das escolas onde compartilhamos nossos ideais e nossos conhecimentos?

5.1 Do contexto social ao paradigma das idéias científicas.

Preconceitos, valores antigos, verdades velhas, atitudes e paradig-mas conservadores da educação ocultam o verdadeiro sentido de inovação que a pesquisa nos oferece.

Page 16: Livro_Monografia

30 CEAD - UNIRIO 31CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

A grande contribuição deste manual é, pois, esclarecer aspectos fundamentais no TCC que, ao serem observados, trazem à luz a busca da objetividade no conteúdo e na construção do docu-mento a ser redigido.

Por isso, você encontra em cada orientação nossa uma respos-ta, uma sugestão, uma novidade, uma provocação, enfim, um incentivo para fazer um trabalho aprimorado. Mas as idéias, as situações práticas que apresentamos constituem, a nosso ver, um guia para concretização do trabalho.

Trata-se de material de utilidade e rico em possibilidades de trans-formação das antigas dimensões da avaliação da aprendizagem em suas propostas pedagógicas, culturais, sociais e humanitárias por instruir a formação de um outro paradigma que surpreende pela ousadia de seus posicionamentos e práticas educacionais.

Assim, temos:

o desafio de promover o rompimento de concepções tradicionais de aproveitamento do curso e de contribuição científica durante o processo de produção do TCC.

5.2 Do paradigma às ações científicas.

Um dos desafios que a “cultura de aprendizagem” da sociedade de informação nos coloca é a necessidade de aprender a apren-der. Portanto, é imprescindível que mantenhamos estratégias adequadas a cada situação, principalmente quando temos em mente o “ensinar a ensinar-se ou o aprender a ensinar-se”, como conseqüência da reflexão pedagógica nessa era do domínio das Tecnologias da Comunicação e da Informação ( TICs).

Pode parecer um jogo de palavras, mas são novos comporta-mentos que se efetivam quando, diante da tela do computador, somos o gerente de nossa própria aprendizagem e como tal nos ensinamos reflexivamente, aprendendo a ensinar-se. Você já pen-sou nisso? Veja quantos procedimentos diferentes há hoje para fazer pesquisa, estudar um tema ou produzir trabalho técnico que não se conhecia antes!!!

São inúmeras as transformações e nem sempre nos damos conta disso quando continuamos arraigados aos nossos hábitos e segu-ros em nossas ações.

Considerando a construção do conhecimento como uma intera-ção entre o que já se sabe e o que se está aprendendo em busca de um propósito, acreditamos estar facilitando a sua escrita no trabalho final, deixando-o em alerta quanto à dinâmica acelera-da de tantas idéias que se tornam ação. Por isso, você precisa va-lorizar muito a sua escolha do tema para contemplar sua prática profissional e atender aos objetivos deste curso.

Elegemos diferentes teóricos que sustentam o conceito que te-mos de aprendizagem, buscando uma metodologia que seja mais adequada a esse momento de aprimorar a linguagem e os princí-pios acadêmicos. Encontramos em Vigotsky, Bourdieu, Morin,

Page 17: Livro_Monografia

32 CEAD - UNIRIO 33CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

Foucault, Nóvoa e Lévy, entre outros teóricos, a sustentação para o desenvolvimento científico e aprimoramento técnico que de-sejamos quanto ao posicionamento filosófico do conhecimento como objeto científico.

Você sabe que assimilar a informação, reestruturar o que já sabe e construir o conhecimento novo foi uma constante no desen-volvimento do curso e você não perdeu de vista o quanto apren-deu e não ficou registrado por escrito. Mas, se você já tem a prática de organização em seu estudo, certamente, seu Trabalho de Conclusão de Curso será apenas de um “toque final” e, essa leitura será simplesmente uma ajuda à produção de um trabalho técnico que tem prazo definido e muito restrito.

Entretanto, organização não é a prática observada pelos alunos durante o curso. É comum que a solução seja buscada apenas neste momento “quase final”.

Imagine que quanto mais abertas e variáveis são as interações que vivenciamos mais relevantes são as aprendizagens na perspectiva construtivista e na reflexiva. Entretanto, quanto mais repetitivas e rotineiras são essas vivências, mais fáceis se tornam a recorrên-cia aos conhecimentos guardados e categorizados na evidência deles. Assim sendo o conhecimento acumulado é sempre passí-vel de reestruturação quando ficam vencidos os autoritarismos e os automatismos.

Dessa forma, entende-se que a produção científica é, no sentido de Humberto Eco, uma “obra aberta” às novas produções, inter-pretações e inovações, não é mesmo?

Sabemos que a acumulação de informação nova e a associação ao já conhecido poderão trazer a reestruturação ou a inovação de traços culturais que, por sua vez, possibilitam a aquisição de nova informação e a formação de outros conhecimentos. Grave bem isso e retome suas anotações de estudo em Metodologia Científica.

Acreditamos no compartilhar do aprender para mantermos a atitude de reflexão crítica para:

•provocarointeressepessoalnoprocessodeprodução;•darsignificadoàsaprendizagensemrelaçãoaoutrosconhe-cimentos;•evidenciarobjetivosemetasaserematingidasnodecorrerdotrabalho;•programarcadaetapaaserdesenvolvidaemumplanodetraba-lho;•valorizarosconteúdosemcadapartedestemanualaoseguirsuasorientações;•adotarumametodologiaadequadaaoprocedimentoespecíficodatemáticaescolhida;•selecionarmateriaisdidáticosemdiferentesmídias;•utilizarestratégiasparaotimizaroconteúdobásicodaproduçãocientífica;•desenvolveratividadesdeestudodiversificadoemsituaçõesprópriasdocotidiano;•avaliarasatividadesprogramadaseseqüencialmentedesen-volvidas;•zelarpelocumprimentodasaçõeseprazosestabelecidosnoplanejamento.

Partindo desse pensamento, adotamos a política de gestão do co-nhecimento quando transferível às múltiplas situações do coti-diano, as quais deixam aflorar a responsabilidade e a autonomia, indispensáveis a este momento de estudo e ação produtiva.

Para que você possa tirar maior proveito deste manual deve ob-servar nele a organização interna, a relação lógica entre os di-ferentes conceitos apresentados neste curso e, mais especifica-mente, a recorrência à disciplina de Metodologia Científica que enfaticamente é solicitada.

Além disso, procure perceber como o vocabulário e a linguagem adequada no TCC trazem de maneira prática os procedimentos que tornam você mais apto a divulgar suas idéias e a redigir com eficiência.

Page 18: Livro_Monografia

34 CEAD - UNIRIO 35CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

Mostrando sua análise crítica e pondo em prática a organização dos materiais de estudo,você pode reconhecer que a recuperação das informações e a expressão do conhecimento ampliado du-rante o curso são indispensáveis.

Tal procedimento deve permear a prática profissional e ser a ga-rantia de um saber cientificamente atualizado. Para tanto, uma recapitulação se faz necessária para a contextualização do seu TCC, de forma a fazê-lo ganhar credibilidade e interesse entre os profissionais parceiros e usuários dos serviços pedagógicos.

Vejamos, então:

As atuais possibilidades das TIC, que incentivam o rápido cres-cimento da educação a distância como uma modalidade de en-sino que permite aproximar o estudante do Saber, promovendo sua interação com os indivíduos de seu meio ambiente, levam em conta os limites individuais, a distância espacial, temporal, tecnológica, psicossocial e sócioeconômica.

O estudante pode, então, aprender no seu contexto imediato, planejar no seu tempo e no seu espaço suas atividades de estudo, seguir o seu ritmo de aprendizagem. Mas isto ainda não elimina dificuldades e entraves ao desenvolvimento do curso e sua conse-qüente forma de avaliação, como você está vivenciando agora.

Tornam-se, então, necessárias as considerações a respeito dos princípios teórico-metodológicos que devem orientar a progra-mação e a realização de pesquisas via Internet, assim como o pa-pel do material didático na modalidade de Ensino a Distância.

Você percebe isso no desenvolvimento do seu curso e sente nossa provocação? Vamos, então, pensar juntos, novamente.

A proposta que lhe apresentamos, qualquer que seja a sua es-colha temática na apresentação do TCC, é um desafio. Não no sentido da competição, evidentemente, mas de incitamento e provocação para novas pesquisas.

É nosso objetivo, nesse momento, estimulá-lo, Professor, a exer-citar uma prática nada comum nas escolas: a pesquisa que fun-damenta a tomada de posição política e a decisão metodológica a seguir como profissional que se qualifica, periodicamente, bus-cando novos credenciamentos.

E por quê? Por uma razão muito simples:

A dimensão do seu trabalho exige parcerias, discussões e consenso entre diversos profissionais, que têm diferentes funções educacionais, para um mesmo tipo de grupo ou de indivíduo.

É no trabalho em equipe, como você já sabe, que se estabelecem e se requerem outros procedimentos com mais confiança no tra-balho do Outro.

Você sabe que, como meio para expandir oportunidades de apren-dizagem ao longo da vida, o domínio da norma culta e o letramen-to digital possibilitam a educação continuada e nos fazem mais próximos nesse contato de estudo.

O que se espera desse trabalho pedagógico é que você, Professor, não seja apenas um transmissor de conteúdos, mas sim um articu-lador das relações das diferentes mídias que você valorizará duran-te as atividades a serem realizada sob sua orientação.

Para isso é indispensável aprender a “dizer”, na forma oral e escrita, o que sabe fazer, com consciência, interatividade e prática profis-sional renovada.

Page 19: Livro_Monografia

36 CEAD - UNIRIO 37CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

Sentimos que você está ciente das dificuldades que terá de enfrentar para vencer mais essa “prova de conhecimento e coerência teórica” em relação a sua prática profissional, sendo capaz de abrir outras abordagens e frentes novas para a questão da Educação Inclusiva. Com isto esperamos que você construa liderança como educador conscientemente participativo, politi-zado e informado em relação às inovações técnicas e filosóficas.

A partir das reflexões feitas aqui, você entra no mundo formal do processo de leitura e escrita que podem auxiliá-lo n0a reda-ção do TCC. Incorporando novas técnicas de produção cien-tífica, relativizando seus conteúdos e aprimorando sua escrita, você produz um texto na forma mais dialogada e mais amigável para o leitor

A apresentação escrita do TCC é uma tarefa acadêmica que requer o domínio de técnicas de pesquisa e o conhecimento das normas da ABNT, como já vimos. Isto sempre traz dificuldades na hora da formatação final deste documento técnico, quando não se tem o hábito de usar os procedimentos técnicos nos trabalhos acadêmicos.

Esse é um aprendizado que se atualiza constantemente para expressar nossas idéias e interagir com os parceiros e leitores na produção do texto. Lembramos que haverá sempre uma forma mais comunicativa ou mais atraente e menos desgastada para garantir o interesse do leitor. Infelizmente temos que reconhe-cer que tal procedimento continuará sendo penoso enquanto não se descobre o segredo usar as normas para trazer maior “eloqüência” ao texto produzido. Fazer a apresentação texto científico de forma pertinente ao rigor acadêmico sem a rigi-dez das técnicas é mais uma conquista ainda em ação.

E, mesmo sem pensar em torná-lo um jornalista ou escritor (Vale a brincadeira?), precisamos de especialistas que sejam

pesquisadores e levem a público suas experiências, sempre em aberto, para discutir questões que tragam polêmicas e persistam na consolidação do sucesso.

5.3 Das ações científicas à produção metodológica.

Pense, agora, quanta experiência, quantas leituras, quantos escri-tos e registros de saberes fazem parte do seu currículo! É muito conhecimento, concorda? Mas, às vezes, pouco organizado que não permite uma leitura que facilite a sua divulgação.

Há em você uma memória docente que precisa ser recuperada, selecionada e anotada com objetividade e praticidade ao dizer e escrever as aprendizagens ocorridas e, agora, revisadas, modifi-cadas e contextualizadas em uma temática escolhida na relação de Temas para TCC, que você escolhe em consonância com seu orientador.

Os trabalhos de conclusão de curso de pós-graduação seguem uma sistemática de pesquisa cientifica e podem ser apresentados em monografias, relatórios técnicos, artigos científicos e ensaios, entre outros, que são utilizados nos Seminários, Encontros e nos diferentes Fóruns de apresentação da produção científica. Neste curso adotamos as normas referentes à monografia em suas di-ferentes formas.

Por isso estamos juntos neste desafio do registro de um traba-lho que evidencia a sua produção e a diretriz escolhida durante o curso realizado, se concretizadas na temática escolhida para o TCC.

Page 20: Livro_Monografia

38 CEAD - UNIRIO 39CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

5.3.1 Mapeamento de conteúdos temáticos.

Para tanto, temos que nos perguntar:

Como o debate contemporâneo pode contribuir para uma tes-situra argumentativa mais sólida? Como assumir uma tomada de posição como sujeito e como profissional que deseja a inte-gralidade na sua prática cotidiana? Como divulgar o conheci-mento na comunidade acadêmica de forma a introduzi-lo no campo de especialização? Que procedimentos são realizados regularmente no âmbito do compromisso pedagógico com a Educação Inclusiva? Como você tem vivenciado a sua escolha profissional junto a seu alunos? Que atitudes têm pautado a sua vivência no trabalho?

Guarde como uma provocação nossa essas indagações e sinta que estamos juntos nessa trajetória.

Na verdade, é preciso que você esteja lembrado, em primeiro lugar, que a metodologia vivenciada neste curso resulta de uma ação interativa da EAD e da Educação Presencial que evidencia a

busca de uma forma cognitivo-explicativa mais eficiente em rela-ção à ação pedagógica. É preciso saber dizer o que você aprendeu e como pode participar da comunidade científica para que ela reconheça o seu valor em um saber técnico que perpassa pelo uso da linguagem própria da ciência e da criatividade.

Sendo assim, vale, nesse momento não esquecer que:

Refletir sobre essa frase forte pode fazer você repensar alguns paradigmas que impedem os avanços para melhores condições de vida?

Todos nós somos acadêmicos e nos vangloriamos disso quando estamos neste palco. Mas, precisamos vencer essa forma tradi-cional e rígida de fazer da ciência um processo monótono que acompanha os bancos escolares.

Pensou nisso antes? Claro que sim, só não encontrou, talvez, o lugar desejado de discussão. E por quê? Será que estamos amarrados a tantos preconceitos nos impedindo de ver que as mudanças da prática se prendem a outras teorias?

Vamos, novamente, pensar juntos?

Inúmeras são as argumentações epistemológicas, mas destaca-mos apenas as que se referem à construção de um ambiente de conhecimento significativo para a tomada de consciência da teo-ria que o encaminhará à reflexão, durante a dinâmica da apren-dizagem.

Percebemos que a mudança de paradigmas traz outras inter-pretações, mas também a constatação de semelhanças que nem

Nesse momento é que mapeamos os conteúdos temáticos referen-tes aos avanços da ciência no campo de estudo que se relaciona à Pedagogia, mais especificamente aos avanços na educação de alunos portadores de necessidades especiais.

“Para estar junto, não é preciso simplesmente, estar ao lado... É preci-so estar do lado de dentro “ Antoine de Saint-Exupéry.”

Criar é submeter às operações mentais um projeto criador como afirma José Antonio Marina quando trata da Teoria da Inteligência Criadora.

Page 21: Livro_Monografia

40 CEAD - UNIRIO 41CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

sempre levamos em conta quando reorganizamos e classificamos os conceitos, os métodos, os conteúdos, as teorias e técnicas. Quando modificamos nossa escolha metodológica para encon-trar pontuações mais coerentes, muitas vezes ficamos indecisos e temerosos em relação aos riscos que assumimos.

Veja como, além do que ensinamos, criamos similaridades, mas também divergências! Perceba como as ações humanas e polí-ticas de administração no trabalho coletivo se complementam ou se contestam! Formam-se correntes e tendências teóricas que definem conceitos, metodologias, expressões e conteúdos específicos.

Temos, com isso, uma competição de idéias ou uma associação de conceitos pensados sob diferentes abordagens teóricas como: de gestão da informação, do conhecimento ou dos conteúdos, tão evocados como vilões nos transtornos da Web, não é?

Agora pense mais detidamente em relação ao seu posicionamento teórico, à escolha metodológica e ao uso da linguagem considerados em seu trabalho. Você é capaz de sustentá-los academicamente?

Será que é preciso dar maior atenção ao uso das palavras, ao sen-tido que ocultam, na revelação da autoridade, da tradição ou da razão especulativa, no modo da ciência experimental?

O procedimento reflexivo tem sido negado à Pedagogia, embora os professores, em seus depoimentos, não se cansem de clamar por ele e não serem ouvidos. Mas é com os que atuam direta-mente no campo da prática que se faz a transformação! É da sala de aula, nos mais diferentes níveis e modalidades, que vem a modificação, a mudança, a renovação e o encantamento pelo saber docente. Você concorda?

Temos, então, mais um dos motivos que torna este momen-to, em que estamos juntos, um privilégio e um desafio a ser enfrentado.

Que tamanha responsabilidade, não? Que temática interes-sa a você? Que tema escolher? Quem pode, ainda, contribuir para valorizar suas experiências e interpretá-las cientificamente? Como identificar um problema para estudo e avançar em novos conhecimentos? Como selecionar, para objeto de estudo, fatos que se vivenciam em tantas aprendizagens?! Esses são enormes desafios, não acha?

Esperamos que você considere de extrema importância este mo-mento para aprimorar as suas produções e os serviços que, por ofício, vem prestando à Comunidade, tendo como valores:

- a informação que qualifica na seleção de temas oportunos;

- a experiência comparada e comprovada cotidianamente;

- a participação intensificada na ação do trabalho;

- a interatividade com comprometimento ético;

- a inovação significativa que venha apontar os caminhos elucidativos;

- a pesquisa compartilhada na pluralidade e singularidades identitárias;

- a produção em equipe nos diferentes contextos que se complementam.

Ver em cada um desses valores o princípio de muitos caminhos e não pontos de chegada é a proposta que se põe em jogo no seu trabalho de fazer ciência, não só para os seus próprios pares, mas para uma vida cotidiana satisfatória e de produção.

É você que, em sua escrita, vai mostrar à comunidade acadêmica o que constatou em suas pesquisas e que precisa ser revisto.

Page 22: Livro_Monografia

42 CEAD - UNIRIO 43CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

Entretanto, romper o branco da folha inicial sempre traz a ne-cessidade de um roteiro de produção que aproxime as idéias re-tidas na memória do texto que desejamos escrever.

Você já cursou a disciplina de Metodologia da Pesquisa, por isso tem um bom material para desempenhar, com louvor, o Traba-lho de Conclusão do Curso.

Este é o momento em que você precisa de um orientador, de uma ajuda experiente e atualizada na prática do trabalho mono-gráfico. Que tal escolher o seu? Ele é o profissional de pesquisa que acolhe e sustenta seu trabalho na comunidade científica.

Lembre-se de que, quanto mais cedo você escolher seu tema e trabalhar com seu orientador, mais tempo terá para realizar com tranqüilidade o seu trabalho.

Siga as nossas orientações e reserve no seu diário um tempo para produção do TCC.

Mesmo antes de uma definição precisa do tema que deverá ser abordada no TCC, pense na temática para selecionar seus do-cumentos de referência. Isto o ajudará a construir um roteiro que facilitará a organização do seu arquivo. Sem arquivo não há pesquisa!!! O registro do fato é que o torna evidente e passível de discussão.

Dados aleatórios, documentos desordenados, anotações em papéis soltos não propiciam uma busca científica e muito menos “achados” de valor.

5.3.2 A preparação para a escrita da pesquisa.

Seu arquivo para pesquisa conta sempre com diferentes fontes de informação impressa, como livros, revistas, representações gráfi-cas, vídeos , CD-Rom e diferentes recursos da Internet.

As seguintes perguntas vão ajudá-lo a desenvolver um estudo rigoroso, organizado, com objetivos definidos e um propósito a alcançar, tomando por base sua coleta de dados para possíveis análises.

• Oquetenhodematerialparainiciar?• Oquedesejofazerecomoescreverisso?• Queaçõesforamrealizadasepodemserconstatadas?• Queocorrênciasestãoemtransformação?• Quaisoscritériosestabelecidosparaavaliaressastransfor-mações?• Comopossomostraroconteúdodotrabalho?• Quaisosprocedimentosadotadosedificuldadesencon-tradas?• Queencaminhamentosficamsugeridos?

Nessa etapa você não pode esquecer que o mundo atual exige habilidade em saber comunicar aos outros nossos posicionamen-tos, argumentos, ponto de vista a respeito de um determinado assunto, independente de estar ou não na Universidade. Par o TCC tal comunicação pressupõe participação mais efetiva na cultura do mundo letrado e a convivência com pessoas que se liberaram dos condicionamentos, estando abertas às mudanças.

O TCC é o seu lugar de sistematização do pensamento que se faz inaugurando múltiplas possibilidades para uma apresentação ao público.

Page 23: Livro_Monografia

44 CEAD - UNIRIO 45CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

Por meio da produção de trabalhos científicos também se desen-volve a autonomia e se adquire a capacidade de aprender e de socializar o saber produzido, guardando “ o rigor científico, sem manter a rigidez.”

Como você já sabe, o TCC é um trabalho que exige fundamen-tação teórica, questionamento e diálogo contínuo com autores e teóricos distintos, além de estar sempre sujeitos à contestação por meio de argumentos.

Trabalhos científicos podem ser observações feitas em (re)produ-ções das experiências e dos resultados já apresentados por outras pessoas em experimentos nos mais diversos campos do conhe-cimento. Podem, também, ser trabalhos teóricos que revelam análises ou sínteses do conhecimento e trazem conhecimento novo, abrindo novas perspectivas com diferentes olhares e nova forma de tratamento metodológico e lingüístico.

Além do conteúdo específico de cada produção, é preciso levar em consideração a funcionalidade do texto escrito em relação aos princípios de textualidade, como articulação e coerência textual.

Lembramos que diversos autores defendem um estilo de redação com frases e parágrafos curtos, que expressam claramente o con-teúdo e minimizam a diversificação de interpretações, dando ênfase à concretude, à consistência e à pertinência dos discursos na academia.

A objetividade e a fluência verbal (correção gramatical, pontua-ção adequada, composição própria e uso adequado do vocabulá-rio) tornam-se indispensáveis para:

promover o esforço investigativo que move, continuamente, o olhar para aprofundar os estudos, retribuindo e redistribuindo o conhecimento que foi configurado, por um lado pelo impulso dos colegas que o acompanharam, por outro, pelo “papel em branco” que vai receber o seu texto.

Recomendamos a leitura de uma das publicações da Editora Pa-pirus: “Monografia sem complicações: métodos e normas” que, com as “inseparáveis anotações” em arquivo, complementam esse manual.

É importante que seja feita uma revisão da Língua Portuguesa de forma continuada. Releia sempre o seu trabalho e não deixe para a etapa final as correções gramaticais. Isso faz com que você repense e solidifique seu estilo de linguagem tendo suas idéias colocadas de forma explícita ou elucidativa.

Esta é a hora em que você e o seu orientador devem trabalhar mais juntos.

• Ele, arquivando o material produzido por você e lendo-o com atenção para sugerir bibliografia, discutir posicionamentos ide-ológicos, fundamentando a metodologia adotada e evitando o que, na atualidade, é tão comum - cópias integrais da Internet e trabalhos encomendados nos serviço em diferentes sites.

• Você, apresentando seu plano de trabalho para discussão e agendando reuniões seqüenciais para aprimoramento da produ-ção do TCC.

Há procedimentos técnicos que você deve seguir, mas sem deixar sua escrita insípida e monótona! Não é apenas cumprindo um ri-tual do curso e se ateendo às práticas mais limitadas de produção, sem atrativos estéticos, que despertem o interesse do leitor,que se faz um bom TCC.

Todo trabalho científico deve ser lido e relido pelo autor, sendo submetido à apreciação de outros colegas e professores. Valorize a leitura do outro, revendo a sua escrita

Page 24: Livro_Monografia

46 CEAD - UNIRIO 47CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

Agora, faça o seu plano de trabalho, obedecendo ao seguinte fluxo:

1. reconhecimento do campo teórico e prático onde a pesquisa vai acontecer de acordo com uma temática do seu interesse;

2. definição do tema da monografia sugerido pela coordenação do curso e do seu orientador;

3. seleção do problema no campo da educação, identificando o objeto a ser investigado no estudo;

4. justificativa do interesse no valor desse estudo para o aprimo-ramento científico e prático do campo da educação;

5. objetivos que se pretende alcançar com a reflexão sobre uma determinada realidade em que se pode prever os resultados;

6. hipótese ou questões norteadoras a serem trabalhadas no iní-cio da pesquisa e no desenvolvimento do trabalho;

7. delimitação do campo de observação, que é a realidade em que coletará seus dados para serem analisados no relatório final;

8. especificação das questões que serão tratadas e, durante a pes-quisa, testadas para serem ratificadas por comprovação ou retifi-cadas com amudanças sugeridas;

9. procedimento metodológico para estudo das questões levan-tadas, articuladas com o referencial teórico indicado na biblio-grafia selecionada;

10. apresentação dos resultados do trabalho científico em do-cumento técnico próprio para defesa pública, apresentação em eventos e fóruns acadêmicos, além de escritos em livros, revistas ou documentos eletrônicos.

Veja como preconceitos, verdades velhas, atitudes e paradigmas antigos ocultam o verdadeiro valor deste ritual acadêmico que, principalmente em EAD, torna imprescindível a presença do orientador.

Visualize como o TCC poderia ser mais prestigiado se encontrás-semos uma sugestão, uma novidade, uma provocação por parte de seus organizadores e produtores. As situações práticas que os autores apresentam na sua exposição compõem um material de grande utilidade, quando seguem os critérios acadêmicos.

Porém, muito há que se avançar para garantir o bom funciona-mento desse momento de orientação e a importância do orienta-dor, tanto na graduação como nos cursos de pós-graduação.

Como você já leu no Manual de Orientação para os Encontros Presenciais em Educação a Distância, esta é uma oportunidade de produção intelectual que preza a utilização das vias de comu-nicação social e oportuniza laços de amizade, pela existência do palco com diferentes saberes eruditos e cotidianos.

Nessa atividade de orientação é necessário o preparo do orien-tando para as reuniões com o orientador a fim de sustentar a qualidade do curso e rever estratégias, tanto nas estruturas peda-gógicas como nas operacionais, que viabilizam maior aproxima-ção técnica e modificações nas práticas.

Há, no entanto, procedimentos que o orientando precisa seguir junto com orientador, cabendo, ao aluno concluinte anotar em

Procure sempre uma orientação segura e discuta suas dúvidas também com seus colegas, participando dos fóruns, chats. Em um trabalho mais livre e atraente, use os bancos de dados e acesse os sites de diversas universidades. Recorra aos buscadores como o Google e o Yahoo, por exemplo. Anote e mencione, sempre, a origem do material que você utilizou como referência. Tenha em mente que indicar a referência o isenta de cópia fraudulenta, i.e., não-autorizada, e dá sustentação teórica ao seu trabalho.

Page 25: Livro_Monografia

48 CEAD - UNIRIO 49CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

sua agenda o material a ser discutido, obedecendo aos seguintes passos:

• registrarsuadúvidas,deixandoespaçoanotações;• prepararaconversacomoorientadorsegundooplanodetrabalho;• zelarpelocumprimentodocronogramadascomplementa-çõesnecessárias;• justificarosdesviosdoplanejamentoeasausênciasprolon-gadas;• compareceràsreuniõesprogramadasmunidodesuaagendadediscussão;• estarabertoàscríticasesugestõesdadaspeloorientador;• disponibilizartempoparapesquisaeseleçãodematerial.

Em relação ao orientador espera-se que:

• leiaediscutaomaterialapresentadopeloorientando;• acompanheefaçaavaliaçõesperiódicasdoconteúdodotrabalho;• indiqueleituraseatividadesfundamentaisaoaprofundamen-totemático;• alertequantoàdelimitaçãodoestudoemandamento;• sinalizeostropeçosqueseapresentamaotratamentocientífi-codoobjetodeestudo;• mantenhaatividadesquepermitammelhorentrosamentoentreosalunos;• proponhasituaçõesqueestimulemodomíniodastécnicasdeauto-estudo.

Apenas iniciamos, aqui, uma discussão que se mantém em aber-to, levando em consideração ser ela uma questão inaugural na docência em EAD, principalmente em nosso país.

Programe-se com maior rigor nessa fase de produção científica. Além de corresponder aos seus anseios e poder ganhar prestígio acadêmico, você precisa de muita determinação e propósito de-finido. Encontrar um referencial teórico adequadamente selecio-

nado, para tratar de uma e somente uma questão dentre as tantas que nos afligem, exige tempo de planejamento, de definição de metodologia e de um arquivo de dados com diferentes fontes de informações.

Sabemos que você já tem esse conhecimento e, agora, o desafia-mos a dar o primeiro passo:

O tema é, na verdade, o que possibilita o conhecimento mais abrangente do que vai ser estudado. É uma temática selecionada em que se situa o problema.

Você percebeu que durante o curso os interesses dos seus colegas e os seus foram se delineando e tornando possível a aproximação de pessoas e professores com interesses semelhantes, não é mes-mo? Notou, entretanto, que o problema difere para cada aluno e assim vai ficando distinto o estudo. No título da monografia e no objetivo descrito para o que se quer alcançar, cada um vai se-lecionar a sua forma de abordagem com procedimentos teóricos próprios e escolhidos para o tratamento do objeto de estudo.

Nesta etapa cada autor encontra sua contextualização teórica para o objeto, esclarecendo os pressupostos teóricos que darão fundamentação à pesquisa.

A justificativa evidencia a importância e a oportunidade do tema de maneira simples e racional, mostrando que vale estudar o assunto correspondente às questões levantadas. A metodologia testificará o estudo científico abordado nas diferentes leituras (bibliografia e demais fontes) indicadas. Deverá fazer referência a estudos que identifiquem o estado da questão, ou seja, o que outros autores já pesquisaram acerca do tema e a que temáticas estão relacionados.

Selecionar o tema, consolidando, junto com o orientador, o proble-ma a ser estudado na monografia.

Page 26: Livro_Monografia

50 CEAD - UNIRIO 51CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

Certamente você já percebeu que seu estudo não se fará de ma-neira linear ou seqüencial, fase por fase, passo a passo. Há uma inter-relação entre as partes que, por isso, se completam. Obser-ve que as suas dúvidas, as questões que você levantou e o objeto do seu trabalho surgem quando você lê, analisa e constata uma carência de soluções para o problema em estudo com muitas indagações sobre as práticas observadas. Isto decorre das leituras que você realizou e do seu saber. Cada pessoa tem um aprendi-zado diferente, mas está sempre ampliando seu conhecimento a cada dia, a cada leitura e releitura de livros, do ambiente e das outras pessoas.

Procure, agora, disciplinar seu esforço, utilizando o quadro que sugerimos a seguir. Concretize seu caminho de buscas, descre-vendo as condições de origem do problema (situação de partida), as indicações em que o problema é superado. Há regras e pro-cedimentos que devem ser observados para manter a coerência, a correspondência e a vinculação com os outros conhecimentos prévios e recorrentes. Use este quadro para visualizar os con-teúdos básicos de trabalho. Ele lhe permitirá maior segurança durante a produção.

PLANO DO TRABALHOAluno:

O quê?

TEMA(escolha do assunto a ser apresen-tado de acordo com as temáticas sugeridas para o TCC)

TÍTULO(conteúdo situado na ementa do curso, evidenciando o campo de abordagem)

PROBLEMA(questão de destaque na atualidade do educador)

Por quê?Que valor tem?

JUSTIFICATIVAImportância do estudo, obser-vando: •recorrência (história);•interferência (atuação);•prospecção (busca de aplicação).

Para quê?Para quem?

OBJETIVO GERAL(propósito central de sua escolha temática em uma visão abrangente)

OBJETIVOS ESPECÍFICOS(objetivos que seu trabalho pretenda mostrar como análise de situações particulares )

Em que área se verifica o estudo e quais são os seu limites?

Qual é o objeto do estudo discutido?

HIPÓTESE(possível resposta ou alternativa ao problema formulado)ou QUESTÕES NORTEADORAS(em caso de estudo exploratório)

DELIMITAÇÃO(especificação do objeto de estu-do e onde será estudado)

Como e com que recursos?

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS(Como pretende desenvolver o trabalho?). (Qual metodologia utilizada?)BIBLIOGRAFIA(indicações que serão utilizadas com referência às abordagens e teorias extraídas das diferentes mídia )

Page 27: Livro_Monografia

52 CEAD - UNIRIO 53CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

Atenção: Entre em contato com seu orientador e discuta com ele essas orientações. Você terá outros esclarecimentos além de estar submetendo suas inquietações a outros estudiosos do assunto.

Com a exposição de suas idéias em um plano de trabalho, você indica procedimentos que abrem caminho para receber qualquer ajuda ou orientação. Sem esse plano, seu orientador terá cercea-das suas possibilidades de atuação.

5.4 Da produção técnica à escrita do documento.

“Dos diversos instrumentos utilizados pelo homem, o mais espetacu-lar é, sem dúvida, o livro. Os demais são extensões de sua visão; o te-lefone é a extensão de sua voz; em seguida, temos o arado e a espada, extensões de seu braço. O livro, porém, é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação” (Borges, 1982).

Leia com mais atenção essas palavras de Borges para:

Talvez você esteja pensando em um trabalho que poderia ser dispensado ou substituído por outros mais atraentes e dinâmi-cos, como os que visitamos quando navegamos na Internet ou aplaudimos no palco das artes, da interatividade e da reconstru-ção rápida do conhecimento.

valorizar a exigência do TCC como consolidação das aprendizagens e do conhecimento configurados durante o tempo de tantas pes-quisas e tantas buscas incansáveis em saberes diferentes e diferen-temente vividos em várias instâncias do cotidiano.

A vida universitária dá origem a diferentes teses que se iniciam nos tempos em que a monografia é uma imposição, uma norma ou uma lei de aproveitamento nos estudos. Mas, como nos ensi-na Umberto Eco, a tese é paradoxalmente uma atividade lúdica que apanha diversas perspectivas em contraponto, exacerba di-namicamente os contrastes e nos faz descobrir novas maneiras de ler e ver o já visto ou lido e assim permitir um aprendizado que traga inovações e soluções para problemas antigos.

Chegamos, agora, ao ponto em que o conhecimento sai da es-cola e ultrapassa a academia em busca de um cérebro para apre-endê-lo e divulgá-lo em todos os lugares. A informação percorre todas as instâncias e não mais se aloja na docência à espera de um aluno interessado nela, mas se revela em todas as mensagens e inverte a lógica da escola desafiando as verdades incontestáveis.

Se mantivermos a atenção nos meios de apresentação do conhe-cimento, verificaremos que o conteúdo, a linguagem e a veicula-ção por diferentes meios são requisitos que precisam ser aprimo-rados cotidianamente e terão sempre réplicas prontas.

Há sempre novas correlações que se fazem com outras abor-dagens teóricas e diferentes questões que nos atormentam. Es-peramos uma solução que, de maneira mágica, na hora do TCC, aponte novos caminhos e aposte em respostas rápidas e práticas que se desmancham por falta de argumento sólido e sustentação científica.

Você pode constatar, então, que a redação do TCC não é um trabalho simples e passível de ser feito apressadamente, mesmo tendo em vista que a pesquisa já foi realizada e concluída. Daí a importância dos Bancos de Teses, que nos permitem a pesquisa física em documentos, e dos sites que muitas vezes encontramos os dados com a ajuda do Google e outros sites de busca.

O trabalho monográfico não se inicia no momento da redação do TCC. Ele veio se fazendo durante o curso, na seleção das leituras, na organização do mate-rial arquivado e organizado, conforme as disciplinas do curso e as anotações que você pôde realizar.

Page 28: Livro_Monografia

54 CEAD - UNIRIO 55CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

É nas primeiras aulas que se começa o caminho para a redação final do trabalho que será posto à divulgação. O princípio sus-tenta a continuidade e permite a envergadura sem que se quebre ou desfaça a estrutura antes do final do fenômeno.

No estudo das disciplinas, ganhamos aprofundamento nos mó-dulos teóricos e nas orientações bibliográficas, fazendo trabalhos acadêmicos não direcionados para o tema de maior interesse para você. Esses exercícios vão trazendo conformidade ao seu discurso acadêmico, a sustentação de seus argumentos, assim como inúmeros questionamentos.

Textos e mais textos achados e trocados com os colegas, busca-dos nos sites, livrarias e bibliotecas vão possibilitando que você sistematize suas leituras e aumente o seu acervo de documentos para pesquisa, formando seu arquivo.

Esse procedimento rotineiro de aprendizagem permite que apa-reçam os contrapontos típicos para reflexão e que você se recorde quando idéias contraditórias e teorias divergentes foram caloro-samente discutidas nos encontros presenciais ou on line.

Como possibilidade de consulta, de contestação e de aprofunda-mento de estudos não só on-line mas também fisicamente, como feito em bibliotecas, livros, jornais e tantos outros meios de comu-nicação, o TCC ainda não assumiu um status significativamente reconhecido, porque os cursos de pós-graduação surgiram nas úl-timas décadas e só agora eles se afirmam como MBA.

Chegamos aqui à etapa crítica para a produção do TCC!

Para você relacionar seu conhecimento a uma temática pela qual se sentiu mais atraído no desenvolvimento do curso, é importan-te fazer uma reflexão e buscar a relação de temas que a coorde-nação do curso lhe oferece para pesquisa. Na escolha do tema está a oportunidade de mostrar seu aproveitamento no curso e a capacidade de atrair leitores críticos, tornando-se referência para outros pesquisadores e profissionais.

É por esse motivo que dar conta de uma monografia mostra uma produção importante e que deve ser arquivada para a formação de um acervo que permita o dialogismo, tão necessário a uma construção científica.

Você sabe que este trabalho acadêmico é a produção praticada de forma interativa durante o curso e que tem um prazo definido de apresentação.

Aproveite bem o tempo e o espaço de trabalho programados e deixe registrado, em seu TCC os passos do relato de um apren-diz. Dê seu testemunho e seja referência de uma prática de pes-quisa. Você faz parte de uma sociedade que valoriza esta certifi-cação de conhecimento.

Com a leitura atenta realizada até aqui fica evidente que um tra-balho científico precisa ser posto à prova nos fóruns competentes e divulgados nas publicações mais imediatas dos anais dos congres-sos ou outros encontros de pesquisadores.

Qual o melhor tema a escolher? Que temáticas ele contempla? Esse é o momento da culminância de seu processo de produção e a seleção de um bom tema pode demandar muito tempo de leitura e discussão.

Page 29: Livro_Monografia

56 CEAD - UNIRIO 57CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

5.5 Da escrita do documento técnico à comuni- cação científica.

Muitos pesquisadores têm trazido contribuições que aproximam a sociedade da ciência à sociedade civil. Você sabe como isso é necessário para a difusão do conhecimento e da informação que promovem o avanço tecnológico e coloca as nações em diferen-tes instância de competição

Tanto na escrita quanto na fala, muitas vezes se torna difícil e impreciso o pensamento que o autor tenta transmitir. Sem um domínio técnico as palavras podem ser usadas em um jogo de pretensões pessoais ou profissionais.

É nesse momento que a nossa orientação tem de se mostrar sig-nificativa, e para fazê-lo temos de recomendar o que de positivo nossa experiência nos mostra para potencializar as suas idéias e superar as possíveis falhas no modo de dissertar.

Fazer e dizer são ações que se relacionam ao desejo e à necessida-de humana de produzir coisas, de tirar proveito ou satisfação de-las, tanto no trabalho como no lazer. É com o DIZER que se faz a ciência. Sem o dizer e o publicar (dizer para maior número de pessoas) não registramos o conhecimento, não temos História.

Precisamos pensar de forma nova o passado, vivendo para en-contrar no presente inovações pertinentes à problemática atual da ciência que, em nosso campo de estudo, se fixa na diversida-de, na alteridade e na complexidade.

É por mérito indiscutível de sua leitura que as orientações, in-formações e, principalmente, as idéias selecionadas neste manual podem levá-lo à apresentação de seu Trabalho de Conclusão de Curso de forma mais prazerosa do que as que se tem vivenciado e observado nos ambientes acadêmicos.

Sabemos que a qualidade da leitura é importante para que se possa escrever e expressar adequadamente nossas idéias. Sabe-mos, também, que selecionar esse tipo de leitura não é muito fácil, e exige tempo, conhecimento e hábito de pesquisar, deci-dindo o que deve ser apresentado a público.

Pensando assim, é imprescindível estar pronto para fazer uma leitura técnica que exige disposição para aprender e aproveitar a leitura para aprimorar a escrita. Nesse caso é preciso ler para ca-pitalizar os conteúdos científicos e memorizá-los para distribuí-los de maneira organizada.

A leitura, além de pura fruição, nos auxilia a estudar, pesquisar e aprender a escrever de forma a comunicar as idéias elaboradas. Embora para alguns possa parecer fácil, não é nada simples e demanda aprendizado específico.

Atente para as seguintes observações:

•Umtextotruncado,semdesenvoltura,impedequevocêmos-tresuadedicaçãoaotrabalhoeoqueconseguiuaprenderpararealizarcommaiseficiênciaoquejásabiafazer.•Referênciaspoucoclaras,informaçõesincompletas,impre-cisões,ambigüidade,redundâncias,entreoutrosequívocosmostramquevocênãodominaanormacultaenãosetornouleitordoseuprópriotexto.•Aoescrever,muitasvezesaspalavrasescapameatémesmocontradizemanossaformadepensar.•Asdificuldadespararedigirotextopodem,defato,ofuscaropotencialcriativodequemescreve.Aelaboraçãodeumtextoobedienteànorma,apresentadodeformadisciplinada,podemostrarsubserviênciaqueperpetuaojáconstituído.

Mesmo que não sejamos escritores ou jornalistas, precisamos aprender a escrever para criarmos um estilo de linguagem que varie conforme o público a que se destina o nosso discurso e o conteúdo que queremos transmitir.

Page 30: Livro_Monografia

58 CEAD - UNIRIO 59CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

E, aqui não há novidade, não é? Difícil é encontrar as palavras certas para expressar da melhor forma o pensamento.

Recorde, então, algumas técnicas de estudo, como sublinhar, re-sumir, roteirizar, elaborar esquemas e resenhas a partir dos mo-delos apresentados na UE 2 de Metodologia Científica. Faça uma revisão e veja como esses diferentes formatos de enunciar os conteúdos possibilitam maior destaque aos conceitos que devem ser transmitidos.

Você deve sentir a construção habitual que emana do cotidiano e se fixa em sua memória de estudo. Anotando, criticando e selecio-nando o que já estudou pode tornar mais elucidativo o seu TCC.

Retomando agora suas anotações e avançando na escrita, com o objetivo já definido, o plano de trabalho e o tratamento dos dados, você começa a visualizar o trabalho e poder roteirizar o conteúdo a ser exposto, destacando os conceitos fundamentais para a discussão a que se propõe.

De início as idéias parecem confusas e caóticas mas, buscando encontrar parâmetros de organização, identificamos com maior clareza o que decidimos compartilhar.

Entretanto, temos de observar as peculiaridades da língua es-crita, mais especificamente da escrita acadêmica para o TCC, que segue normas próprias para dizer algo que instigue reflexões, concordâncias ou discordâncias teóricas e políticas. Não se es-pera que o cientista seja poeta ao escrever o TCC, mas é a hora em que alguns recursos midiáticos podem encontrar eco para instigar a assimilação da mensagem.

É por isso que estamos aqui, propondo que as normas técnicas não sejam empecilhos e, muito menos, um fator que dificulte a melhor expressão acadêmica da produção para dar maior visi-bilidade ao trabalho científico nas instâncias em que ele deve ser apresentado. Para tanto, fizemos uma seleção de procedimentos para a escrita com intenção de recomendar um conjunto de nor-mas da ABNT que servirá para seu uso e será apresentado, mais especificamente, na parte referente às Normas da ABNT.

Como perceber a importância da leitura e da escrita em sua redação do texto científico?

5.6 Da comunicação científica aos referenciais da pesquisa.

Vencidas as discussões de leis, teorias, formas, hipóteses e ver-dades estamos em condição de selecionar o material científico e literário para que a pesquisa realizada “caiba no meio de divul-gação escolhido” com as características exigência de um TCC escrito na forma de uma dissertação.

É necessário que nos habituemos ao discurso que envolve o ritu-al da vida acadêmica e possamos aprender na convivência como a academia se reserva o direito de ser uma incubadora dos traba-lhos científicos e se constitui em indústria do conhecimento.

Você pode constatar que, quando se fala de metodologia científi-ca, há inúmeras discordâncias entre filósofos da ciência, cientistas e pesquisadores, sem sequer pensarem em docentes e docentes-pesquisadores ou pesquisadores-docentes que se diferenciam em suas ações e propósitos de produção. Pense nisto e converse com seus colegas para perceber como os professores se diversificam em suas práticas junto aos alunos.

Page 31: Livro_Monografia

60 CEAD - UNIRIO 61CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

O status de ciência e as características de seu método nos possi-bilitam apreender o real, selecionando aspectos da nossa vivência e construindo um modelo do objeto para ser estudado. Mas isto não basta: há que se enunciarem leis a partir do modelo criado e que representa uma imagem de simplificação dos fatos, como afirma Carrancho (2005). Essa imagem é muito pessoal, mas o modelo que resulta em uma enunciação, uma comunicação, é construído socialmente e transmitido em discursos que se acu-mulam e podem criar uma outra imagem, enunciando outras leis, como ocorreu com Newton, Einstein e Max Planck que es-tabeleceram alicerces da Química moderna e contribuíram para a formulação da teoria quântica.

É, portanto, importante lembrar que o método científico não pode ser considerado de maneira independente dos conceitos ou das bases dos teóricos que, implícita ou explicitamente, estão envolvidos na pesquisa e a ela dão solidez.

O método, as normas, as rotinas representam a forma de pen-sar as práticas valorizadas por um grupo de pessoas que se tor-nam semelhantes ou se associam em determinados rituais que dão origem, por exemplo, aos “ritos de passagem” para outra identidade.

Muito instigante essa reflexão, não acha? Foi por isso que trou-xemos você até aqui para constatar o que ocorreu em apenas dois séculos, a fim de permitir que inúmeros conhecimentos nos deixassem perplexos diante dos dispositivos eletrônicos da cha-mada “ high-tech”. Tornamo-nos usuários desconhecedores da construção dos objetos tanto quanto dos usos a que se destinam. Será que é mesmo? Que respostas podemos encontrar?

Você já percebeu que este item requer maior aprofundamento na memória docente e reclama estudos mais relacionados à vincula-ção teórica do pesquisador, no caso, você, que se dispõe a ser e a indicar um novo referencial para outros colegas.

Este pensar, ao mesmo tempo que assusta, traz o aceite voluntá-rio ao grau de competência para o exercício do trabalho do es-pecialista. A sustentação dos conteúdos acadêmicos vivenciados na sua prática cotidiana ou, ao contrário, sua prática cotidiana pensada em uma determinada teoria justificam seu estudo no TCC. Dessa forma você passa a representar a Instituição que o credencia e mostra que é digno do grau de especialista.

5.7 Dos referencias da pesquisa à mudança de paradigma.

Ao buscar atingir um conhecimento sistemático, preciso e ob-jetivo, a ciência utiliza métodos rigorosos. Apesar do rigor do método científico, não é conveniente pensar que a ciência seja um conhecimento único e definitivo, pois ela avança em con-tínuo processo de investigação que propõe alterações à medida que surgem fatos novos, ou quando são inventados novos instru-mentos, afirma Carrancho ( 2005) na excelência de seu texto.

Pensando em mudanças de paradigmas, nesta ocasião da pesqui-sa já realizada, indagamos:

Em quê seu TCC pode contribuir para as mudanças desejadas? Que excitações e pulsações são necessárias para que você fale com a vida e escute as muitas vozes diferentes que a cada hora esperam a sua ajuda para terem melhores dias?

Imbuídos da idéia dessa autora sentimos que o rigor científico em muito se distancia da rigidez de conduta apregoada por alguns au-tores e professores que resistem às mudanças filosóficas e de novos paradigmas.

Page 32: Livro_Monografia

62 CEAD - UNIRIO 63CEAD - UNIRIO

Unid

ade

V

Manual de orientação para o T.C.C.

Ao concluir um curso de pós-graduação o que se espera de você é o aprendizado para rever e revisar sua ação profissional, ratifi-cando e modificando-a. Estudar, pesquisar, dar os primeiros pas-sos no caminho da ciência significa aceitar controvérsias e estar ciente de um método científico socialmente escolhido. Logo, in-dependentemente da temática, abordagem ou ênfase desenvol-vida na monografia, ela implica um estudo rigoroso, organizado, com objetivos definidos e práticas de reflexão sobre a sua própria conduta psicossocial no trabalho.

Sendo científico esse trabalho, ele demanda planejamento e ação participativa, pois a pesquisa propriamente dita (coleta de dados, análise e conclusões) vai delineando e promovendo a assimilação de outros conteúdos que só se apresentam no relatório final.

Na busca de respostas e soluções para as questões da vida prática temos o dilema latente entre ética e ciência, na medida em que a ciência se propõe ao novo e à pesquisa.

Você considera natural que uma determinada pessoa se assuste com as novidades trazidas pela ciência? E, quantas outras pessoas pensam assim?

Muita gente ainda acredita que haja um método científico para testar criticamente e selecionar as melhores hipóteses e teorias. Neste sentido, os cartesianos persistem no método da observa-ção, da coleta dos dados e de experiências feitas com a suposição de neutralidade e não conforme interesses, expectativas ou idéias preconcebidas. Como você se posiciona em relação a tal pensa-mento? No seu cotidiano, como age?

Uma das grandes dificuldades é querermos uma resposta única. Aceitar a hipóteses como explicações parciais, teóricas e provi-sórias da realidade ainda é um avanço epistemológico a ser con-quistado em nossa cultura. As hipóteses são previsões sobre o que deve acontecer em determinadas condições e servem para confirmar ou tornar falsas as proposições que inicialmente ado-

tamos como ponto de partida. São formulações e definições que apresentam conceitos interligados e coerentes e, por isso, difíceis de serem ultrapassados porque foram paulatinamente aceitos e assimilados sem que se mantivessem, no espírito, o desejo e a certeza da mudança, como nos explica Prigogine, quando des-creve “o fim das certezas” que são substituídas por outras mais apropriadas.

Difíceis de entendimento estes tempos da pós-modernidade, não? Buscas e mais buscas que trazem outras buscas com novos referen-ciais apóiam a produção científica e ampliam a discussão.

Inicia-se,então, com o próprio estudo, um espaço de ambienta-ção de pesquisa, em que as indicações do orientador, a discussão com os colegas e as vivências em seminários, bibliotecas, fóruns, chats e outros meios regem a ordem dos livros e nos fazem “dou-tores” em alguns dos mais lidos. As aventuras dessa leitura vão além da avidez de devorar os livros sem compreender o significa-do deles. Mesmo com a Internet e outros recursos virtuais ficam sempre indagações, indignações e perplexidades que se transfor-mam em hipóteses a serem testadas e submetidas ao crivo das decisões políticas.

Os procedimentos desta etapa de definição dos paradig-mas são os primeiros a que se retornam, em um movimento helicoidal,são os que impulsionam a revisão teórica e dão iden-tidade ao texto, inaugurando um novo caminho de autentici-dade em que ninguém faz o caminho do outro e nem capitaliza as experiências dele.

Com esse entendimento o TCC passa de mera tarefa insana e ro-tineira à construção de uma história pessoal de um profissional que se aprimora em sua própria prática refletida dos encantos. Ela põe a prova a teoria e indica o grau de conhecimento do pes-quisador, levando o leitor à descoberta de um mundo novo com uma academia de outra estirpe.

Page 33: Livro_Monografia

64 CEAD - UNIRIO 65CEAD - UNIRIO

Unid

ade V

I

Manual de orientação para o T.C.C.

6 AS NORMAS DA ABNT O TCC.

Esta parte se inclui na dos procedimentos referentes à escrita do documento técnico para a comunicação acadêmica.

Você vai encontrar normas da ABNT de 2002, ainda em vigor porque as recentes inovações não estão inteiramente consolida-das no meio acadêmico. Falta a consolidação do tempo de uso e a do somatório de discursos valorizados e compreendidos, prin-cipalmente por professores docentes que se conservam mais re-sistentes às inovações. Por isso, muitas vezes nos surpreendemos quando encontramos publicações devidamente atualizadas em decorrência do cuidado dos autores e das editoras no cumpri-mento das Normas Brasileiras de Regulamentação – NBR .

Há diferentes normas publicadas e em vigor, mas ficam para ou-tro momento a explicação e os comentários para melhor enten-dimento delas. Precisamos agora da consolidação quanto ao ri-gor científico das fontes de pesquisa. Estas devem ser registradas com a lisura indispensável ao procedimento científico que terá seqüência e legitimidade.

Vejamos, então, as recentes modificações que nos permitem estar em acordo com as normas estudadas nas orientações das “unidades de estudo de Metodologia Científica”, indispensáveis à apresentação do seu TCC.

Lembre-se de que, acessando um site de buscas, como o Google, Yahoo e outros você encontrará o site da ABNT, podendo obter informações das atualizações recentemente publicadas e conti-nuamente aprimoradas. O uso dos recursos da informática, hoje em dia, é inevitável e indispensável. A difusão acelerada das in-

formações e os diferentes bancos de dados nos fazem refletir um pouco mais sobre o impacto tecnológico em nossa sociedade.

Há sempre uma razão lingüística e sociológica que se verifi-ca nas tendências de cada uma das atualizações introduzidas pela ABNT.

Você já tem esse conhecimento e deverá estar atento aos refe-renciais bibliográficos da pesquisa, em que se pode averiguar a cientificidade e as atualizações desejadas.

Vendo sob essa ótica, muito ainda se tem de estudar para enten-der a dificuldade que envolve o TCC quanto ao saber, ao fazer e ao dizer como usufruiu do aprendizado. Saber “dizer” o que pratica e o que deseja colocar em teste ou pesquisar exige saber redigir um documento técnico-científico.

Page 34: Livro_Monografia

66 CEAD - UNIRIO 67CEAD - UNIRIO

Unid

ade V

I

Manual de orientação para o T.C.C.

Para que você possa ter uma visão completa da organização do seu trabalho reproduzimos a seguir um desenho que mostra a seqüência das partes que estruturam o documento de registro de uma monografia. Sugerimos que você inaugure um novo ar-quivo no seu computador - Trabalho de Conclusão de Curso - e crie arquivos correspondentes a cada uma das pastas sugeridas na figura abaixo.

Caso você não tenha perdido a relação com o papel e o lápis e ainda não digite diretamente o texto em produção, é importante associar a forma virtual ao recurso do caderno, porque se pode ter o manuseio em material escrito.

Representação Gráfica da Estrutura da Monografia

6.1 Normas selecionadas para o TCC.

Você já domina esse conteúdo desde os tempos de graduação, mas achamos conveniente retomá-lo para orientação, e posterior complementação, durante a escrita do documento. Consultando essas normas você verá atualizadas as devidas recomendações e poderá constatar que ao recorrer a um livro, mesmo com publi-cação no ano corrente, ele pode não corresponder às atualizações das normas técnicas conforme orientamos a seguir. Isso aconte-ce, também, em relação à atualização dos conteúdos temáticos, exigindo muita cautela na seleção das fontes de pesquisa. Esta é uma recomendação que deve ser constantemente observada para que sua pesquisa seja sempre atualizada:

Consulte as seguintes normas técnicas específicas do TCC:

ABNT NBR 6029:2006 – Trabalhos acadêmicos / apresentação

ABNT NBR 14724:2005 - Trabalhos acadêmicos / apresentação

ABNT NBR 6023:2002 - Informação e documentação – Refe-rências - Elaboração

ABNT NBR 6024:2003 – Informação e documentação - Nu-meração progressiva das seções de um documento escrito – Apresentação

ABNT NBR 6027:2003 – Informação e documentação - Sumá-rio – Apresentação

ABNT NBR 6028:2003 – Resumos – Procedimentos

ABNT NBR 10520:2002 – Informação e documentação – Apresentação de citações em documentos

Page 35: Livro_Monografia

68 CEAD - UNIRIO 69CEAD - UNIRIO

Unid

ade V

I

Manual de orientação para o T.C.C.

Passamos, agora, aos procedimentos que podem servir como um check-list na hora da digitação do texto em cada uma das partes.

a)Digitação e espaçamento:

Para apresentação, o Trabalho de Conclusão do Curso deverá ser digitado em fonte Times New Roman, tamanho 12, com espa-çamento entre linhas de 1,5, excetuando-se as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, legendas das ilustrações das tabe-las e as referências, ao final do trabalho, que devem ser separadas entre si por dois espaços simples.

Os títulos das seções devem começar na parte superior da man-cha e separados do texto que os sucede por dois espaços e 1,5 entrelinhas.

A margem superior e a esquerda deverão ter 3 cm e as demais 2 cm..

b)Papel e impressão:

Utilização de papel A4, na cor branca e impressão a impressão em tinta na cor preta, somente em um lado do papel. Se houver ilustrações, permite-se a cópia colorida.

c)Apresentação do trabalho:

A primeira versão do trabalho é encadernada em espiral e, após revisada, os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) serão en-tregues em capa dura, acompanhados do CD do texto completo, em Word.

d)Paginação:

Contam-se as folhas a partir da folha de rosto, mas a numeração, em arábico, só é digitada a partir da primeira folha da parte tex-tual, no canto superior direito, distando 2 cm da borda direita e com margem de 0,8 cm no cabeçalho da página. As páginas com títulos não apresentam numeral digitado. As partes pré-textuais, a partir da página de rosto até a última folha (contracapa, agra-decimentos, dedicatória e a página de aprovação do trabalho) devem ser numeradas em algarismos romanos, representados por letras minúsculas (i, ii, iii, iv).

Atenção: a posição horizontal ou vertical de tabelas ou figuras não altera a posição do numeral na página.

Page 36: Livro_Monografia

70 CEAD - UNIRIO 71CEAD - UNIRIO

Unid

ade V

I

Manual de orientação para o T.C.C.

Elementos pré-textuais:

Modelo de Folha de Rosto.

Folha de Aprovação: (pegar modelo na coordenação).

Folha de Dedicatória: ( opcional ).

Folha de Agradecimento: Dirige-se aos que efetivamente contribuíram e possibilitaram a realização do trabalho.

Folha de Epígrafe: A citação é digitada em itálico e no final o nome do autor, sem necessidade do ano e página se não for citação . É um pensamento que expressa a temática do trabalho e/ou dos capítulos.

6.2 Estrutura do Documento Técnico.

Para melhor compreensão da estrutura do documento veja o quadro com característica definida de acordo com as normas já apresentadas.

A estrutura se compõe de partes: pré-textuais, textuais e pós-textuais.

ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Pré-Textuais( identificação)

CapaFolha de RostoPágina de Aprovação para TCCDedicatóriaAgradecimentosEpigrafeResumo na língua vernáculaResumo em língua estrangeiraLista de IlustraçõesLista de tabelasLista de abreviaturas e siglas*Lista de símbolosSumário

Textuais(argumentação)

IntroduçãoDesenvolvimentoConclusão ou considerações finais

Pós-Textuais(Complementação)

Referências ( recorrência do autor)Glossário (opcional)Apêndice (opcional) -- texto do autorAnexos (opcional) - texto de outro autor

Fonte: Adaptado da NBR 14724 (2005)

Nome Completo do Autor

Título do Trabalho

Trabalho de Conclusão do Curso de pós-graduação apresentado à Cead-

Unirio como requisito para obtenção do título de Especialista em ______

Orientador: professor (titulação)__

Rio de Janeiro

2007

Tamanho da fonte 18

Tamanho da fonte 26

Tamanho da fonte 10

Utilize espaçamento entre linhas simples e recuo da margem esquerda de 8cm

Tamanho da fonte 14

Page 37: Livro_Monografia

72 CEAD - UNIRIO 73CEAD - UNIRIO

Unid

ade V

I

Manual de orientação para o T.C.C.

Folha de Resumo na língua vernácula: Limite de 300 pala-vras em frase corridas, contendo informações concisas sobre os objetivos, metodologia e resultados, seguido de palavras-chave.

Folha de Resumo em língua estrangeira: inglês, francês ou espanhol.

Folhas de Ilustrações: Recomenda-se listagem própria para cada tipo ilustração. (mapas, desenhos, retratos, fluxogramas, gráficos e outros).

Folha de Sumário: Apresenta as divisões do trabalho, enume-rando partes, capítulos e seções na ordem em que aparecem no texto e conforme a indicação numérica das páginas. A palavra SUMÁRIO é escrita abaixo da margem superior em letra maiús-cula e centralizada em negrito.

Havendo mais de um volume, o sumário deve constar em cada um.

Modelo de Agradecimento.

Agradecimentos

Não há produção acadêmica que seja obra de uma só pessoa, separada de vínculos, por mais distantes que possam parecer.

Agradecer é para mim um prazer, uma arte e um reconhecimento que me leva a dizer: Obrigada,

Ana de Lourdes Barbosa de Castro, pela sábia orientação ao sugerir um manual quando pensei inicialmente em livro.

Carmen Lupi, Ângela Carracho e Edicléa Mascarenhas, que me confiaram seus escritos originais para apoiar minhas reflexões.

Mario Nogueira, me estimulando continuamente, cedeu as sínteses das suas aulas como orientador de monografia.

Marilson Brito, em sua escuta sensível, permitiu que eu visse o preciosismo indispensável ao cumprimento do dever.

Janete Elias, minha amiga, que me indicou para esse com-promisso com a equipe da Cead/UNIRIO e me presenteou com seus textos acadêmicos, tendo a sensibilidade de ver o que eu precisava para escrever esse manual.

Devo, principalmente, agradecer a você, Professor, que se especializanesse curso, a oportunidade de me fazer presente nos momentos em que faltem palavras para dar continuidade a sua produção científica no TCC.

Page 38: Livro_Monografia

74 CEAD - UNIRIO 75CEAD - UNIRIO

Unid

ade V

I

Manual de orientação para o T.C.C.

Elementos Textuais.

Modelo para Introdução.

Introdução

A tônica deste estudo está volta-da para desvendar o trabalho co-tidiano realizado pelo professor itinerante no processo de inclu-são com necessidades especiais em rede regular de ensino. Para tal, por meio de pesquisa qualita-tiva e da abordagem etnográfica, investigou-se o trabalho de duas professoras itinerantes em três escolas localizadas na zona oeste do município o Rio de Janeiro, o qual possui a maior rede pública municipal de ensino da América Latina. O interesse pelo tema está vinculado a um conjunto de in-dagações que vêm acompanhan-do essa autora. ”(...) Percebeu-se que se tratava de uma experiên-cia em cursos ainda muito pou-co debatida e pesquisada. Assim,

redirecionou-se o projeto de dissertação para investigar o tema específico da ação para ação do professor itinerantes no processo de inclusão escolar”

(Glat, Ferreira, Oliveira e Senna, 2003, passim).

Modelo para Desenvolvimento.

No desenvolvimento do trabalho você pode usar títulos isolados ou reuni-los em capítulos, de acordo com o desenho proposto para apresentação do material , métodos e resultados, tal como foi visto na Metodologia da Pesquisa.

Capítulo1Contextualização

Capítulo2Metodologia

Capítulo3(............)

Modelo para Conclusão.

Como fazer a conclusão

Para concluir o TCC, você precisa voltar ao Resumo e à Intro-dução para rever os objetivos, confirmar se há coerência meto-dológica, coesão de conteúdo e compatibilidade dos dados apre-sentados na seqüência do trabalho. Na conclusão, você aponta aspectos favoráveis e desfavoráveis da pesquisa, por exemplo, em relação às dificuldades de conseguir o material, o acesso às fontes e aos recursos básicos, conforme descrito e redigido no texto.

É necessário ressaltar a importância da sua pesquisa para a edu-cação, fazendo reflexões e/ou propondo desafios enfrentados por você e sugerir futuros trabalhos a partir do seu.

Esse é o momento de chegada aos objetivos e de dar um ponto final, mesmo ciente da possibilidade de dar continuidade, por-que não se consegue esgotar um tema em apenas um trabalho.

Introdução (fonte 14)

Descrever o que o leitor irá ler, abrangendo os seguintes aspectos:

• problema investigado e seu rela-cionamento com a temática e outros trabalhos;• antecedentes que justifiquem o estudo;• formulação de hipóteses, delimita-ções do assunto e da metodologia;• objetivos propostos.

A introdução deve ser apresentada em texto conciso digitado em fonte 12 e entrelinhas 1,5cm

Caso necessário poderá fazer referên-cia à bibliografia e apresentar uma síntese de cada capítulo.

Capítulo 2

Capítulo 1

Page 39: Livro_Monografia

76 CEAD - UNIRIO 77CEAD - UNIRIO

Unid

ade V

I

Manual de orientação para o T.C.C.

Faça seu encaminhamento para solução do problema, mostre as novas aberturas, recolha os pontos que valorizam o material utilizado e indique outras sugestões.

Pontuar o que foi necessário para comprovar a hipótese, assumir uma posição de forma a poder sustentá-la, optando por uma te-oria metodológica mostrada e aceita é sempre o maior problema, concorda? Quantas coisas foram aprendidas, quantas certezas desmoronadas para se instaurar o não-saber o que é melhor e ter de optar por uma alternativa que escolhemos como caminho!

Aproveite para confirmar seu ponto de vista, com apoio nas Re-ferências, dando sua marca na abertura de novas abordagens e sugerindo outros estudos. Indique os impactos gerados pela ado-ção de um posicionamento diferente no trato social, administra-tivo, político, econômico e paradigmático.

Elementos Pós-Textuais.

Referências: (NBR 6023: 2002-ABNT):

Esta norma fixa a ordem das referências e estabelece convenções para transcrever e apresentar informações originadas dos docu-mentos e/ou outras fontes de informação. Ela serve para orientar a preparação e compilação de referencias de material. Você deve-listar, neste momento, todas as bibliografias, fontes de pesquisa e de recursos utilizadas para elaboração do trabalho que tenham sido citadas no desenvolvimento do texto e servido de inspiração e embasamento para a elaboração do documento.

O que é referencia, então?

Consiste em um conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um documento e que permite sua identificação in-dividual. O recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) utiliza-do para destacar o elemento título deve ser uniforme em todas

as referências de um mesmo documento. Não é demais ressaltar que a padronização do trabalho é fator primordial.

Importante: somente devem ser incluídos nas referências os documentos – livros, artigos, textos disponíveis na internet – que tenham sido consultados e citados no texto (no corpo do trabalho). Recomenda-se a utilização de ordem alfabética para ordenação das referências ao final do trabalho.

Como em todo o corpo do trabalho, as Referências devem estar justificadas, obedecendo à ordem alfabética e colocadas ao final.

Todo pesquisador inicia seu trabalho com literatura especializada em seu objeto de estudo. Para ter a ambientação mais precisa em seu tema e permitir observações ele faz um levantamento de crí-ticas que dão suporte às conclusões e se encontram no referencial apresentado. Você também deve proceder desta forma e por isso fazer uma rigorosa seleção para suas consultas bibliográficas.

Essa afirmação se faz importante neste espaço porque é com a referência, em diferentes citações, que se formam e/ou se trans-formam os conceitos científicos. Um dos fatores que reforça o status de ciência são, também, as indicações de leituras elencadas nas Referências.

Você reconhece que a comunicação científica tem o seu locus próprio e ocorre no espaço acadêmico, mesmo influenciada por trocas informais ̈ nas conversas de botequim ̈ . No entanto, para que as informações adquiridas se tornem conhecimento cientí-fico, precisam ser reconhecidas em produções universitárias que segue padrões técnicos e se fazem mediante o reconhecimento de sua utilidade.

*Abreviaturas e siglas - Devem ser utilizadas na forma recomen-dada por organismos de padronização nacional ou internacional ou órgãos científicos de competências de cada área. Na primeira vez em que forem mencionadas, devem aparecer entre parênte-ses, precedidas da sua forma por extenso. É importante lembrar

Page 40: Livro_Monografia

78 CEAD - UNIRIO 79CEAD - UNIRIO

Unid

ade V

I

Manual de orientação para o T.C.C.

que o leitor pode não ser especialista na área e, portanto, não saber termos técnicos representados por abreviaturas e siglas.

Ex.: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

Organização das Nações Unidas (ONU)

Universidade Aberta do Brasil (UAB)

Há sempre muito que aprender e rever nesse momento da escrita do documento técnico. Muitos autores têm se dedicado a tratar isso de forma a promover uma linguagem própria para publi-cações específicas, mas nem sempre com a preocupação de en-contrar a melhor forma na escolha da apresentação do trabalho, dando a ele um toque de arte no rigor da ciência.

Citações:

Mencionar (textos e trecho) em apoio ao que se diz, fazendo referência à autoria, é uma questão de lisura e cientificidade que imprimem credibilidade ao trabalho. As citações devem aparecer durante todo o trabalho, valorizando e validando o texto cientí-fico, pois a conceituação e o conteúdo estarão sendo discutidos e questionados com autores consagrados que mantêm consistên-cia teórica, consolidando a pesquisa em realização.

A citação poderá ser direta (transcrição literal do autor) ou indi-reta (paráfrase: uso da idéia) na menção extraída de outra fonte.

A citação direta é uma transcrição das palavras do autor referen-ciado, respeitando forma, estilo e conteúdo. Estas citações po-dem ser breves (não ultrapassam três linhas) e integram o texto sendo escritas entre aspas, com o mesmo tamanho de fonte na digitação.

Exemplo:

As citações longas apresentam mais de três linhas e são feitas em destaque com recuo de 4 cm da margem esquerda e digitadas em fonte menor, apresentando espaçamento de parágrafos e não se faz necessário o uso das aspas. O espaçamento entre linhas é simples e o tamanho da letra deve ser diminuído para fonte 10.

Exemplo:

É necessária muita atenção ao fazer uma citação, respeitando a idéia do autor em sua íntegra, sem distorcer o pensamento enunciado e assumindo as colocações feitas por ele.

A citação é uma forma de reconhecimento e de celebração da autoridade científica, por isso, se deve ter cautela para que não ocorram incompatibilidades teóricas e posicionamentos confli-tantes das idéias dos autores por questões de interpretação.

Segundo LUFT (2002, p. 171) citação é “mencionar (texto) em apoio do que se diz”, e assim ela deve aparecer em todo trabalho

Segundo Popper (1994, p. 5), “as hipóteses de caráter geral, como as leis científicas, jamais podem ser comprovadas ou verificadas.” Para o autor, uma hipótese é sempre temporária, ou seja, só é válida até que uma nova e melhor hipótese venha substituí-la.

Segundo Rowntree, citado por Trindade,

a auto-instrução depende de material especialmente escrito ou, pelo me-nos, especialmente selecionado e modificado – tendo-se em mente os ob-jetivos particulares do curso. Além do mais, eles deverão ser estruturados de tal modo que os aprendizes possam fazer a maior parte de seu aprendi-zado, senão todo, apenas a partir do material do curso. Esse material deve conter todas as funções que um professor desempenharia em uma situação convencional – guiar, motivar, interessar, expor, explicar, provocar, relem-brar, fazer perguntas, discutir respostas alternativas, elogiar o progresso do aluno, proporcionar o reforço apropriado ou ajuda enriquecedora e assim por diante (Rowntree apud TRINDADE, 1992:10).

Page 41: Livro_Monografia

80 CEAD - UNIRIO 81CEAD - UNIRIO

Unid

ade V

I

Manual de orientação para o T.C.C.

científico, valorizando e validando o texto do aluno, pois o em-basamento estará sendo abonado com autores consagrados, além de confirmar a pesquisa teórica do docente.

É utilizada para produção de documentos e para inclusão em bi-bliografias e referências, resumos, resenhas, recensões e outros.

Veja como nos orienta a ABNT, em agosto de 2006, que pode ser acessada pelo endereço eletrônico www.abnt.gov.br, conhe-cendo a NBR 6023, já indicada anteriormente e, também reco-mendada na Metodologia Cientíca.

BORGES, M. Alice Guimarães. A compreensão da Sociedade da Informação. In: Ciência de Informação. Brasília, DF, v.26, nº 3, 2000. disponível em: <http://www.ibict.br/cionline>. Acesso em: 18 jun. 2001.

LUFT, Celso Pedro. Minidicionário Luft. São Paulo: Ática, 2002.

TONUCCI, F. Com os olhos de criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003.

WARSCHAUER, C. A roda e o registro: uma parceria entre professor, alunos e conhecimento. São Paulo: Paz e Terra, 1993.

Termos e expressões latinas utilizadas em citações e seus significados

Chegamos agora a uma questão interessante: o uso de termos e expressões latinas. Muitas vezes, passamos por eles sem a reflexão desejada e por isso ficamos com dificuldade para dar às idéias uma forma correta.

Vamos ver como utilizamos os termos e as expressões latinas que podem nos auxiliar na melhor expressão do pensamento.

As expressões latinas para abreviaturas de referências bibliográ-ficas geralmente aparecem em nota de rodapé. Selecionamos al-guns exemplos que podem, também, ser usados no corpo do texto com o propósito de torná-lo mais objetivo e menos denso. Essas são as mais usadas para recomendar a retomada posterior para leitura.

ap. = apud = citação indireta (um autor em outro autor) (pro-nuncia-se ápud) e é usada na impossibilidade de acesso à fonte primeira. A segunda fonte é precedida do termo apud.

Exemplo:(RowntreeapudTRINDADE,1992:10)

ibid = ibidem = duas referências ao mesmo autor na mesma obra; usada para não repetir o nome do autor e nem outros so-brenomes e ano de publicação. Após o termo latino ibid vem a numeração da página da citação, quando não forem as mesmas.

Exemplos:(ibid.);(ibid.,14)

id. = idem do mesmo autor (uma referência que for vista ime-diatamente após outra). A expressão substitui apenas o nome, sendo necessário indicar o ano de publicação e a (s) página (s).

Exemplo:(id.,1999,p.71)

op. cit. = opus citatum (obra citada anteriormente). Evita a repe-tição do nome do autor várias vezes.

Exemplo:GIROUX,op.cit.,p.163

passim = aqui e ali (em várias passagens da mesma obra); trata-se de uma referência genérica a um conceito tratado em diferen-tes páginas sem indicar a numeração.

SOBRENOME, Nome com letra inicial maiúscula). Nome da obra em negrito ou em itálico. Local publicado: Editora, ano de publicação.

Page 42: Livro_Monografia

82 CEAD - UNIRIO 83CEAD - UNIRIO

Unid

ade V

II

Manual de orientação para o T.C.C.

Exemplo: (Bourdieu, 1989, passim)

(Bourdieu, op.cit., passim)

(id., op.cit., passim)

(ibid.,passim)

Sic = assim está escrito, deste modo usado para indicar incor-reções no texto. Termo encontrado em registros de declarações, mostrando que o registro foi fiel, mas quem cita está tento para a estranheza ou incorreção.

Exemplo:sicpassim=Quandoummesmocasoserepeteemváriaspassagensdeumtexto,usa-se[sicpassim]-“estáassimportodaparte”.

7 Considerações Finais.

Mais uma vez o ritual de produção do TCC é tomado como desafio, cheio de tantas incertezas que, se para muitas pessoas pode ser estressante, para nós, nesse momento foi um estímulo à criação intelectual e ao reencanto que só as produções artísticas nos permitem.

Tivemos muita dificuldade falar deste momento, na verdade, sempre misterioso, mágico e cheio de tantas ansiedades e expec-tativas, que pode parecer mais um tempo de terror do que uma aventura sem paralelo a que o aprendizado nos conduz.

Relembrar os instantes que antecederam a disposição de pro-duzir o texto que evidenciará os achados de pesquisa, as idéias que fomentamos e guardamos sobre determinado assunto, as escolhas e decisões sobre as informações mais importantes e, principalmente, como organizar o conhecimento que desejamos transmitir trouxe de início muita perplexidade. Foi mesmo um momento de grandes mudanças!

Qualquer pesquisador está pronto para desafiar, em sua rotina, o continuísmo e aproveitar os fatos do cotidiano para algo que lhe dê prazer e que ultrapasse o mero “cumprir tarefas exigidas e normas prescritas”. Mas, como não há salvação sem calvário, temos de estar preparados para cumprir a missão com avanços e

Saber usar as normas técnicas com habilidade e desenvoltura é um recurso de extraordinário valor para o TCC, porque reco-nhecemos que todo documento é a expressão de uma lingua-gem, uma construção do pensamento lógico e a apresentação de idéias que preconizamos.

Page 43: Livro_Monografia

84 CEAD - UNIRIO

tropeços, quedas que nos fazem levantar e prestar mais atenção para evitar a avidez de um começo sem projeto e a interrompida conclusão que descarta o “final feliz”.

O processo da pesquisa realizada na área de sua atuação profis-sional ressalta constantemente elementos inovadores do trabalho que contribuem para a satisfação pessoal e a consciência do de-ver cumprido, minorando o estresse causado por inquietação e/ou insegurança decorrentes de novos paradigmas.

Este Trabalho de Conclusão de Curso, com o sentido que lhe oferecemos, exige que você se caracterize como defensor da ne-cessidade de produção como valor científico e, como tal, apren-da a fazer do limão a limonada ou , se preferir, uma caipirinha.

Tentamos manter um bom nível de interatividade, que marcasse este momento em que estivemos juntos e, agora, nos afastamos para que fique com você o Final Feliz!

Bibliografia

Page 44: Livro_Monografia

CEAD - UNIRIO

Manual de orientação para o T.C.C.

CEAD - UNI-RIO 87

Bibl

iogr

afia

BibliografiaASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Trabalhos Acadêmicos/Apresentação:

NBR 14724. Rio de Janeiro: ABNT, 2005

COSTA, Marisa Vorraber (Org.) Estudos Culturais em Educação – mídia, arquitetura, brinquedo, biologia, literatura, cinema... Porto Alegre: Ed. da Universidade, 2000

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 2000.

MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações. Comunicação, cultura e hegemonia. . Rio de janeiro: Ed. UFRJ, 2001

SILVA, Tomaz T. (Org.); HALL, Stuart; WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença. A perspecti-va dos estudos Culturais. Petrópolis: Vozes, 2000

Page 45: Livro_Monografia

Este livro foi composto em Adobe Garamond© e Myriad Pro© fontes Adobe Systems Incorporated© sobre papel Couchè 90g/m2. Sua produção se deu no Rio de Janeiro em Abril de 2008.

Page 46: Livro_Monografia