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Biuiicüieca iSacioüftl. Anuo fl SCí-íiy.iia— Mi to ií«' Janeiro —- f$$ít -—Jhsnla» •—•!.> r*. t* ASSTQN ATURAS PA fl \ 0 INT1ÜRI0R E EXTEBip.R Semestre . . . 6#Ò00 Os Srs. Agentes do Cor- reio de todas as localidades aceitam assignaturas. ESCRIPTORIO RUA DA CARIOCA 120 2." andar. MWORMADOR Rogamos ás pessoas que desejarem assiguar o Reformador, queiram uti- lisar-se do direito que lhes confere o Regulamento dos Correios do Império, approvado pelo Decreto $. 3413, re- mettendo aos Srs. Agentes apenas o nome, residência e 6ff"200, sem outra despeja, liem iucommodo para o As- signante, em vista do Art. 114 das Instrucções daquelle Regulamento. K Art. 114 Servirão os Agentes de intermediários para a assignntura de periodios, comtanto que lhes seja adiantamento paga a importância das assignaturas em dinheiro, de que de- vem passar 1'ecibo, e a commissão de 2 °/ü em sellos que elles devem pòr no officioeinque, com declaração do valor '""fizerem remessa desse dinheiro ás res- pectivás Administrações ou ás com que estiverem em relação directa, paraque assignem es periódicos ou transmitam a importância das assignaturas a quaesquer outras em cujas cidades elles se publiquem. Os recibos das typographias serão passados aos Agentes. As Administrações tomarão nota do numero de assignaturas per- tencentes a cada Agencia, para fisca- Usarem a pontual expedição dos perio- dicos. » 1883—Junho—15. EDUCAÇÃO A educação, sendo a arte de prepa- rar o individmo para as lutas da vida, tem por objecto fortificar as boas dis- posições e reprimir as más, quer do corpo quer do espirito ; por isso ella deve occupar-se não com as tenden- cias do espirito, mas tambem com as condições do corpo, instrumento das manifestações do espirito. li l^IiBIKTBM O QUARTO DA AVO' ou A. felicidade ua familia Mell°. MONNIOT Ordena-vos quo vos ameis imitunuionte. (Eya.no. S. João, XV, 12). TRADUZIDO POR II. O. III ELIZA, IÍ0NA DE GAZA (Continuação) Depois do almoço EÍyza condusio ao quarto de sua avó, sua tia e primas que o tinham pedido. A Sra. Valbrum recebeu a mãe e as filhas eom tão serena afabilidade como se não soffresse./ Essas Senhoras, porém, temeram bem depressa —fatigar a estimada enferma posto que Elyza lhes offerecesse para a^- sentarem-se na extremidade do vasto quarto, onde poderiam conversar, sem en- commodár a Sra. Valbrum. A Sra. A* e filhas preferiram tornar a (Ipsc t. Elyza er.eommodou-se interiormente eom isso, porque era-lhe ainda preciso deixar sua avó. A Sra. Valbrum, adivinhando suas apré- hensões. chámou-a e dissèrllie emi se- gfèdo : -- O melhor conforto que me podes dar, l»M wm WfíPI Dahi uma primeira divisão no ob- jucto da educação indiyidu vi em edu- cação espiritual e educação pbysica. Consistindo a primeira nos procas- sos mediante os quaes se desenvolvem as faculdades intellèciuaes, se aper- feíçoam as moraes, e se forma o ca- racter do indivíduo. A segunda, tem por objecto o orga- nismo, corrige os vicios e defeitos; e, conservando a saúde, prolongar a vida; ella abrange a gymnastiça a ortliopedia e a bygiene. A educação espiritual ainda se sub- divide em educação intellectual ou instrucção, que pôde ser litteraria, religiosa e scieutifica'; e educação mo- ral ou educação propriamente dieta que consiste na formação dofcaracter, paio desenvolvimento das faculdades moraes. Tanto a educação individual como a social reclamam a nossa attenção, exi- gem'sérios e profundos estudos que prestem base solida para essa obra monumental : a regeneração da bumanidade.* A educação por sua -própria natu- reza, a cultura de um ser bumano, constitue um objecto complexo; ella é, como a Medicina, uma arte e uma sciencia. Arte cujas regras e preceitos, não foram e ainda não podem ser forrau- lados nem dispostos metbodicamente. Sciencia para cuja organisação sys- tberaatica ainda ' faltara muitos"ele- mentos. Por este rápido esboço vê-se quão vasta e importante éj.a tarefa da edu- filha, é não te oecupáres senão com nossos queridos hospedes. Vae tudo bem? aj'un- touella, interrogando Elyza com o oíiiar ; estás mais contente, minha querida lilha? ²Sim, mãe, não desanimarei mais. Com doce satisfação expandio-se o rosto da avó e nossa Elyza reunio-se a sua tia e primas. ²Esta casaé uma geleira! disse no eo- redor a Sra. A*. Vou encerrar-me no meu quarto, que, graças aos teus cuidados, Elyza, o tão bom aquecido. Tenho muito que escrever : deixe-vos juntas todas tres. Mathilde recommendo-te teus irmãosi- nhos. ²Oh! minha mãe, disse Fanny; entrai no quarto que minha avó nos fez preparar, vereis que ahi estaremos muito melhor do que em baixo. A Sra. A*, achou o quarto muito bonito, e permittio a suas filhas que ficassem nelle se oquízessem. Eanny pulou de contente; Mathilde nada disse. Elyza correu a avisar Lodaiska, a cama- reira, para que transportasse para cima a bagagem das duas irmãs. Certificou-se ao mesmo tempo que seus pequenos primos estavam ainda com Gui-" Ihcrme. Este mostrava-lhes seu jardim, seus pombos e seu cão, declarando com orpu- lho que Carlos e Pedro eram as maisbellas crianças do mundo. Elyza voltou depois para junto de suas primas, om cujo quarto as tres meninas se installaram. ²Como passaremos o tempo? pergnn- tou Fanny. Conta-nos em que o empregas, Elyza. Depois da lieão de meu professor, * cação. E' evidente pela complexidade do objecto, que um indivíduo não pôde levar a effeito trabalho de tama- nha magnitude ; para o qual são ne- cessarias aptidões especiaes e uma de- cidida vocação para o'ensino. Embora nos faltem esses predicados contribuiremos^ com os nossos fracos materiae.*, porá que o edifício social, cuja base é a educação, seja recons- truido segundo as necessidades moraes do século. Dividiremos o nosso trabalho em duas secções : na primeira faremos considerações sobre a educação indi- vidual; na segunda externaremos ai- gumas reflexões sobre a sociabilidade ou a vida : na Familia ou do lar; e na Sociedade ou do Fórum. DIEU ET LA CREATION pelo Sr. René Caillé Diz o Moniteur: « Este estudo junto ao do Universo, baseado nas ultimas descubertas da sciencia, é exposto em um estyllo simples, claro, consisot em dois. fasçi-, culos. Os estudiosos que não tem tempo de estudar as grandes obras, podem com facilidade conhecerem as mais recentes descubertas. » -«:»- Em Pariz encetoufa publicação um novo orgam Le Propagatcur Spirite, dirigidofpelo Sr. Streiff de Maystadt. Mais um batalhador da paz, seja bem vindo. -«:»— e.-crevo os themas que elle me para fazer. Estudo ao piano. Faço algum tira- lialho de agulha com vovóe depois leio-lhe alguma cousa. Quando o tempo está bom, passeamos no jardim ou na vizinhança, segundo as forças de vovó. Algumas vezes recebemos visitas. ²Que espécie de gente ha nesta cidade? perguntou Mathilde. Sua physionomia, maneiras e tom tor- navam-se mais altivos ainda na aiuencia de pessoas cujo juizo temia. ²üá-se festas aqui? Segue-se as modas da capital? ²Não me occiipo muito de festas e modas, respondeu Elyza; mas quanto á « espécie de gento », ajuntou ella sorrindo, julgo-a exceilente. Nossa avó tem ainigss que venero. Mathilde sorrio com desdém. ²Oh! minha prima, disse Eanny, com voz lamentoza; será possível que não ve- jamos senão velhos nesta respeitável pro- vincia? ²Aqui vereis muitas moças e crianças, Eanny; não penso que haja em Bar mais velhos do que em Pariz. Porem eu conheço poucas pessoas jovens. ²Eu o comprehendo, continuou Eanny alegremente, a casadevovó não pôde atra- hil-as muito; e para nós, aqui seabor- receriam horrivelmente. ²Estais enganada, Eanny, e vou pro- val-o : a razão pela qual eu nunca quiz re- laeionar-me senão com muito poucas moças é justamente porque a sociedade de vovó ofíerece-me bastante distração e felicidade. ²üa convivência nasce a similhança, disse sentenciosamente Mathilde; Eliza, que ainda não tem quinze annos, me pa- rece ter mais do dob:o. PUBLICAÇÕES NAS SKCÇÕKS LIVRES Por linha . . $100 As assignaturas do Rr- formador terminam em Ju- n ho c Dezembro. 15SCRI1JTORIO RUADA ( . ] i <; À 2." andar. EXIMEIMENTE Pedimos ás pessoas a quem enviar mos listas para assignaturas do se- gundo semestre, a bondade de as en- viarem, para se organisar a distri- buição. * * será considerado assignante, quem mandar satisfazer a impoFtaneia. da âssignaturà. "*S. "%u. Sr. J. V. C. (Lavrinhas).— Accusa- mos a sua carta de 3 do corrente e agradecemos o seu valioso concurso. Os recibos foram expedidos. Sr. F. Q. P. (Piracicaba). Agra- decemos os sentimentos que manifesta na sua missiva. Quanto á segunda parte não sabemos a quem se refere. * * Sr . E. A. S. (Valença). - Recebe- mos a lista que nos enviou e agrade- mos o seu concurso ; porém, pode- remos dar cumprimento satisfazendo as- «ondiçõíiâ-^tipalau^a -na mec^ lista./ CONFERÊNCIAS PUBLICAS Q Centro Litterario e Scientifico José de Alencar, realisou no salSo do Imperial Lyceu de Artes e Officios, a 1." Conferência publica no dia 3, e a 2." no dia 10 do corrente. Nestas duas conferências oecupou a tribuna o nosso amigo e confrade, o Sr. Professor Angeli Torteróli. ²Tanto melhor, minha prima I respon- deu aftectuosamente EÍyza, porque temia que me considerasseis muito criança. ²Mas, Elyza, pois que amais tanto as pessoas de idade, sendo a primeira minha avó, disse Eanny, devia contrariar-vos muito a nossa chegada a vossa casa? ²Oh! ao contrario, por ella dei graças a Deus, disse Elyza. ²Não será isso uma prova, perguntou Mathilde, que mesmo sem o saberdes, de- sejaveis uma mudança de vida ou quaes- quer distracções? ²Não, minha prima, respondeu Elyza, com delicada firmeza; não foi com as dis- trações, porem, com as affeições, que me alegrei. Pensei que nossa quenda avó ver- se-ia cercada de mais ternura e cuidados, que eu encontraria em vós, amigas, ir- mãs... Foi por isto que agradecia a Deus. ²Assegurovos, minha" prima, que ti- nhamos tambem muita vontade de conhe- cer esta- Elyza que papae gabava tanto, exclamou Fanny. ²E nossa avó ! disse Elyza; é sobretudo por conhecel-a, que vos deveis julgar feli- zes! Provavelmente deixastes amigas em Pariz, ás quaes consagraveis mais affeicão do que a uma prima desconhecida, porém, ninguém poderia tomar junto a vós o lugar da mãe de vosso pae. ²E uma mãe, a quem meu pae, vota verdadeiro culto, ajuntou Mathilde. Sim, encanta-nos, por certo o conhecel-a. ²Entretanto Elyza, continuou Fanny, concordareis que se devêssemos contar só- mente com nossa avó para distrahir-nos, poderíamos bem assustar-nos com o nosso futuro. Os moços e os velhos não fazem muito boa liga. (Continua).

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Biuiicüieca iSacioüftl.

Anuo fl SCí-íiy.iia— Mi to ií«' Janeiro —- f$$ít -—Jhsnla» •—•!.> r*. t*

ASSTQN ATURASPA fl \ 0 INT1ÜRI0R E EXTEBip.R

Semestre . . . 6#Ò00

Os Srs. Agentes do Cor-reio de todas as localidadesaceitam assignaturas.

ESCRIPTORIO

RUA DA CARIOCA 1202." andar.

MWORMADOR

Rogamos ás pessoas que desejaremassiguar o Reformador, queiram uti-lisar-se do direito que lhes confere oRegulamento dos Correios do Império,approvado pelo Decreto $. 3413, re-mettendo aos Srs. Agentes apenas onome, residência e 6ff"200, sem outradespeja, liem iucommodo para o As-signante, em vista do Art. 114 dasInstrucções daquelle Regulamento.

K Art. 114 Servirão os Agentes deintermediários para a assignntura deperiodios, comtanto que lhes sejaadiantamento paga a importância dasassignaturas em dinheiro, de que de-vem passar 1'ecibo, e a commissão de2 °/ü em sellos que elles devem pòr noofficioeinque, com declaração do valor'""fizerem remessa desse dinheiro ás res-pectivás Administrações ou ás com queestiverem em relação directa, paraqueassignem es periódicos ou transmitama importância das assignaturas aquaesquer outras em cujas cidadeselles se publiquem. Os recibos dastypographias serão passados aosAgentes. As Administrações tomarãonota do numero de assignaturas per-tencentes a cada Agencia, para fisca-Usarem a pontual expedição dos perio-dicos. »

1883—Junho—15.

EDUCAÇÃO

A educação, sendo a arte de prepa-rar o individmo para as lutas da vida,tem por objecto fortificar as boas dis-

posições e reprimir as más, quer docorpo quer do espirito ; por isso elladeve occupar-se não só com as tenden-cias do espirito, mas tambem com ascondições do corpo, instrumento dasmanifestações do espirito.

li l^IiBIKTBM

O QUARTO DA AVO'ou

A. felicidade ua familia

Mell°. MONNIOT

Ordena-vos quo vos ameisimitunuionte.

(Eya.no. S. João, XV, 12).

TRADUZIDO POR II. O.

IIIELIZA, IÍ0NA DE GAZA

(Continuação)

Depois do almoço EÍyza condusio aoquarto de sua avó, sua tia e primas que otinham pedido.

A Sra. Valbrum recebeu a mãe e asfilhas eom tão serena afabilidade como senão soffresse. /

Essas Senhoras, porém, temeram bemdepressa —fatigar a estimada enferma —posto que Elyza lhes offerecesse para a^-sentarem-se na extremidade do vastoquarto, onde poderiam conversar, sem en-commodár a Sra. Valbrum.

A Sra. A* e filhas preferiram tornar a(Ipsc t.Elyza er.eommodou-se interiormente eom

isso, porque era-lhe ainda preciso deixarsua avó.

A Sra. Valbrum, adivinhando suas apré-hensões. chámou-a e dissèrllie emi se-gfèdo :

-- O melhor conforto que me podes dar,

l»M wm WfíPI

Dahi uma primeira divisão no ob-jucto da educação indiyidu vi em edu-cação espiritual e educação pbysica.

Consistindo a primeira nos procas-sos mediante os quaes se desenvolvemas faculdades intellèciuaes, se aper-feíçoam as moraes, e se forma o ca-racter do indivíduo.

A segunda, tem por objecto o orga-nismo, corrige os vicios e defeitos; e,conservando a saúde, prolongar avida; ella abrange a gymnastiça aortliopedia e a bygiene.

A educação espiritual ainda se sub-divide em educação intellectual ouinstrucção, que pôde ser litteraria,religiosa e scieutifica'; e educação mo-ral ou educação propriamente dietaque consiste na formação dofcaracter,paio desenvolvimento das faculdadesmoraes.

Tanto a educação individual como asocial reclamam a nossa attenção, exi-gem'sérios e profundos estudos queprestem base solida para essa obramonumental : — a regeneração dabumanidade. *

A educação por sua -própria natu-reza, a cultura de um ser bumano,constitue um objecto complexo; ellaé, como a Medicina, uma arte e umasciencia.

Arte cujas regras e preceitos, nãoforam e ainda não podem ser forrau-lados nem dispostos metbodicamente.

Sciencia para cuja organisação sys-tberaatica ainda ' faltara muitos"ele-*»mentos.

Por este rápido esboço vê-se quãovasta e importante éj.a tarefa da edu-

filha, é não te oecupáres senão com nossosqueridos hospedes. Vae tudo bem? aj'un-touella, interrogando Elyza com o oíiiar ;estás mais contente, minha querida lilha?Sim, mãe, não desanimarei mais.

Com doce satisfação expandio-se o rostoda avó e nossa Elyza reunio-se a sua tia eprimas.Esta casaé uma geleira! disse no eo-redor a Sra. A*. Vou encerrar-me no meuquarto, que, graças aos teus cuidados,Elyza, o tão bom aquecido. Tenho muitoque escrever : deixe-vos juntas todas tres.Mathilde recommendo-te teus irmãosi-nhos.

Oh! minha mãe, disse Fanny; entraino quarto que minha avó nos fez preparar,vereis que ahi estaremos muito melhor doque em baixo.

A Sra. A*, achou o quarto muito bonito,e permittio a suas filhas que ficassem nellese oquízessem.

Eanny pulou de contente; Mathilde nadadisse.Elyza correu a avisar Lodaiska, a cama-

reira, para que transportasse para cima abagagem das duas irmãs.

Certificou-se ao mesmo tempo que seuspequenos primos estavam ainda com Gui-"Ihcrme.

Este mostrava-lhes seu jardim, seuspombos e seu cão, declarando com orpu-lho que Carlos e Pedro eram as maisbellascrianças do mundo.

Elyza voltou depois para junto de suasprimas, om cujo quarto as tres meninasse installaram.

Como passaremos o tempo? pergnn-tou Fanny. Conta-nos em que o empregas,Elyza.

— Depois da lieão de meu professor, *

cação. E' evidente pela complexidadedo objecto, que um indivíduo só nãopôde levar a effeito trabalho de tama-nha magnitude ; para o qual são ne-cessarias aptidões especiaes e uma de-cidida vocação para o'ensino.

Embora nos faltem esses predicadoscontribuiremos^ com os nossos fracosmateriae.*, porá que o edifício social,cuja base é a educação, seja recons-truido segundo as necessidades moraesdo século.

Dividiremos o nosso trabalho emduas secções : na primeira faremosconsiderações sobre a educação indi-vidual; na segunda externaremos ai-gumas reflexões sobre a sociabilidadeou a vida : na Familia ou do lar; ena Sociedade ou do Fórum.

DIEU ET LA CREATION

pelo Sr. René Caillé

Diz o Moniteur:« Este estudo junto ao do Universo,

baseado nas ultimas descubertas dasciencia, é exposto em um estyllosimples, claro, consisot em dois. fasçi-,culos.

Os estudiosos que não tem tempode estudar as grandes obras, podemcom facilidade conhecerem as maisrecentes descubertas. »

-«:»-

Em Pariz encetoufa publicação umnovo orgam Le Propagatcur Spirite,dirigidofpelo Sr. Streiff de Maystadt.

Mais um batalhador da paz, sejabem vindo.

-«:»—

e.-crevo os themas que elle me dá parafazer. Estudo ao piano. Faço algum tira-lialho de agulha com vovóe depois leio-lhealguma cousa. Quando o tempo está bom,passeamos no jardim ou na vizinhança,segundo as forças de vovó. Algumas vezesrecebemos visitas.

Que espécie de gente ha nesta cidade?perguntou Mathilde.

Sua physionomia, maneiras e tom tor-navam-se mais altivos ainda na aiuenciade pessoas cujo juizo temia.

üá-se festas aqui? Segue-se as modasda capital?

Não me occiipo muito de festas emodas, respondeu Elyza; mas quanto á« espécie de gento », ajuntou ella sorrindo,julgo-a exceilente. Nossa avó tem ainigssque venero.

Mathilde sorrio com desdém.Oh! minha prima, disse Eanny, com

voz lamentoza; será possível que não ve-jamos senão velhos nesta respeitável pro-vincia?

Aqui vereis muitas moças e crianças,Eanny; não penso que haja em Bar maisvelhos do que em Pariz. Porem eu conheçopoucas pessoas jovens.Eu o comprehendo, continuou Eannyalegremente, a casadevovó não pôde atra-hil-as muito; e cá para nós, aqui seabor-receriam horrivelmente.

Estais enganada, Eanny, e vou pro-val-o : a razão pela qual eu nunca quiz re-laeionar-me senão com muito poucas moçasé justamente porque a sociedade de vovóofíerece-me bastante distração e felicidade.

üa convivência nasce a similhança,disse sentenciosamente Mathilde; Eliza,que ainda não tem quinze annos, me pa-rece ter mais do dob:o.

PUBLICAÇÕESNAS SKCÇÕKS LIVRES

Por linha . . $100As assignaturas do Rr-

formador terminam em Ju-n ho c Dezembro.

15SCRI1JTORIO

RUADA ( . ] i <; À2." andar.

EXIMEIMENTE

Pedimos ás pessoas a quem enviarmos listas para assignaturas do se-gundo semestre, a bondade de as en-viarem, para se organisar a distri-buição.

* *

Só será considerado assignante,quem mandar satisfazer a impoFtaneia.da âssignaturà.

"*S."%u.

Sr. J. V. C. (Lavrinhas).— Accusa-mos a sua carta de 3 do corrente eagradecemos o seu valioso concurso.Os recibos já foram expedidos.

Sr. F. Q. P. (Piracicaba). — Agra-decemos os sentimentos que manifestana sua missiva. Quanto á segundaparte não sabemos a quem se refere.

* *Sr . E. A. S. (Valença). - Recebe-

mos a lista que nos enviou e agrade-mos o seu concurso ; porém, só pode-remos dar cumprimento satisfazendoas- «ondiçõíiâ-^tipalau^a -na mec^lista. /

CONFERÊNCIAS PUBLICAS

Q Centro Litterario e ScientificoJosé de Alencar, realisou no salSo doImperial Lyceu de Artes e Officios, a1." Conferência publica no dia 3, e a2." no dia 10 do corrente.

Nestas duas conferências oecupoua tribuna o nosso amigo e confrade, oSr. Professor Angeli Torteróli.

Tanto melhor, minha prima I respon-deu aftectuosamente EÍyza, porque temiaque me considerasseis muito criança.Mas, Elyza, pois que amais tanto aspessoas de idade, sendo a primeira minhaavó, disse Eanny, devia contrariar-vosmuito a nossa chegada a vossa casa?Oh! ao contrario, por ella dei graçasa Deus, disse Elyza.

Não será isso uma prova, perguntouMathilde, que mesmo sem o saberdes, de-sejaveis uma mudança de vida ou quaes-quer distracções?

Não, minha prima, respondeu Elyza,com delicada firmeza; não foi com as dis-trações, porem, com as affeições, que mealegrei. Pensei que nossa quenda avó ver-se-ia cercada de mais ternura e cuidados,que eu encontraria em vós, amigas, ir-mãs... Foi por isto que agradecia a Deus.Assegurovos, minha" prima, que ti-nhamos tambem muita vontade de conhe-cer esta- Elyza que papae gabava tanto,exclamou Fanny.

E nossa avó ! disse Elyza; é sobretudopor conhecel-a, que vos deveis julgar feli-zes! Provavelmente deixastes amigas emPariz, ás quaes consagraveis mais affeicãodo que a uma prima desconhecida, porém,ninguém poderia tomar junto a vós olugar da mãe de vosso pae.E uma mãe, a quem meu pae, votaverdadeiro culto, ajuntou Mathilde. Sim,encanta-nos, por certo o conhecel-a.Entretanto Elyza, continuou Fanny,concordareis que se devêssemos contar só-mente com nossa avó para distrahir-nos,poderíamos bem assustar-nos com o nossofuturo. Os moços e os velhos não fazemmuito boa liga.

(Continua).

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Na 1." conferência, esse propagan-dista Spiríta, tomou por thema : Acremação debaixo do ponto de vista

philosophico e moral; e depois de de-monstrar que a sciencia não ó con-traria á cremação, provou que ellanão é contraria á religião e refutouos argumentos dos anti-crematistas, eterminou o discurso distruindo a ob-

jecção dos que querem a inhumação

para garantir as investigações medi-co-legaes que por necessidade se pro-cede alguns dias depois da morte.

Na 2.a conferência, tomou por the-ma : O Espiritualismo moderno e de-monstrou a superioridade da EsohdlaEspiritualista sobre todas as outras, eterminou promettendo tratar em ou-tra conferência do seguinte theraa :O destino dá alma perante oEspiritua-lismo moderno.

—«:» —

RECEBEMOS:

El Critério Espiritista, anno XVI,n. 4, órgão official da Sociedade Spi-ríU. Hespanhola.

Traz minuciosa dçscripçao da ses-são commemorativa que a mesma so-ciedade realisou no anniversario dadesencarnação de Allan-Kardec.

i¦:.

Revista Espiritista, orgam da Socie-dade Spiríta Montevideana, anno XI,n. 12.

Traz o seguinte summario :Quien siembra vientos consecha tem-

pestades.-)-Alarmas rejícxiones sobre Iaaoctrine espiritista (conciusfon).— DT-sertaciones espirttistas.—A' Ia senoritaJ. D.—Sensatez y entusiasmo.

>

Um supplemento do Etoile Belge de16 de Maio.

Nelle encontramos um extenso ar-tigo do Sr. Bosman defendendo os Spi-rítas dus ataques que lhe são dirigidos.

Aconselha aos incrédulos a maneirade obterem, sem auxilio de pessoasque estudam a Sciencia Spiríta, os

pheuoraenos de effeitos physicos etyptologicos.

*

Biãletin Mensuel da SociedadeScientifica de Estudos Psychologicos,Maio 1883.

Traz o s< guinte summario :La question sociale résolue scientifi-

quement á 1'aide du Spiritisme, dis-curs-conférence de M. Fauvety, pré-sident de laSociété scientifique d'étu-des psychologiques.

De Ia liberte de Vlwmme.et des li-mites naturelles et sociales imposéesà son exercice.

Rectifications relatives à Ia contro-verse sur 1'Occultisme.

L'(BUvre des Libérées de Saint-La-zare.

A propôs d'une ceuvre humanitaire.Bibliographie.

¦k *

Moniteur, anno 7.°, n. 3.Publica um resumo da terceira reu-

nião dos delegados á Federação Spi-rita Belga.

l*K-rOIK13A»01la«lSS3 .limbo 15

O incansável Spiríta o Sr. AlphonseCahagnet, acaba de fazer publicarmais uma importante obra intitulada:TMrapeutique du Magnetismo et duSomnambulisme.

—«:»—

A um novo jornal Spirita, La Luzdei Christianu.iio, que encetou a pu-blicação em Alcalá Ia Real foi lançadaa excommunhão pelo Reverendo Bispode Jaen.

K pouco noticiamos igual procedi-mento dos Bispos de Huesca, e Ori-huela, este, contra a Revista Spiríta—LaRevelation de Alicante, e aquelle,contra a Revista Spirita — El íris de

Paz.Temos, portanto, uma trindade qne,

se não prima por divina, prova, á evi-dencia o quanto temem os delegadosde Roma que a luz se irradie sobre ahumanidade.

Uma doutrina.que demonstra scien-tificameLte que o purgatório, que in-ventaram e que tão boas patacas temrendido,não passa d'uma grosseira es-

peculação, de certo não podia deixarde levantar a grita daqueltes a quemmais de perto uffec.a os interesses ma-teriaes ; interesses que para aquelles

que tem a certeza da vida futura sãosecundários, nunca deveriam ser ante-

postos aos de ordem espiritual.Uma doutrina, que prova a existen-

cia de Deus e a immortalidade daalma, antes de ser condeinnada, deviaser estudada por aquelles que perdemuma,existência affirmando sem con-vicção o que em grande parte nãocrêem, ou só por hypothese admit-tem.

Desejava-mos que SS. EExs. Rmvs.antes de terem commettido tão ridi-cuia leviandade, procurassem estudaraquillo que condemnam sem conhe-cer.

Temos, na historia de todos os tem-pos,exemplos de fiasco em que tem ca-hido aquelles que presumem terabrangido todos os conhecimentoshumanos.

Em relação ao Spiritismo. si qui-zesseis reflectir, reconhecerieis quesois interessados na sua vulgarização,muito mais do que quaesquer outros,si sois verdadeiros christãos, si que-reis ser ministros do Christo,porque adoutrina Spiritahade levantar ochris-tianismo do abatimento em que seacha, explicando scientificiimente osfactos reputados miraculosos, e porisso regcitados pelos homens de certomérito intellectual.

Já vedes, por tanto, que, estudandoa sciencia Spirita,si tendes a fé reli-giosa, alcançareis a fé scientifica, ecom isso as vossas crenças se robuste-cerão; em vez da duvida que voscorfoe a alma tereis a certeza quefortalece e anima no cumprimento dosdeveres que a vossa tarefa impõe.

A excomunhão que tendes lançadosó terá valor na vossa consciênciaquando mais tarde na irracticidadeobservarem a grande curva em que secollocaram no caminho da perfectibi-lidade.

Cnlevhi.^BBBi» &g>ii*Blu(CoutijiuagSo)

CAPITULO VDAS VIDAS SUCCESSIVAS

Como denominaes o facto de poderum espirito habitar succcssiv cimentemuitos corpos?

A rechear nação.Porque devemos crer na reencarna-

ção ?Porque só cila explica as differen-

ças materiaes, intellectuaes e moraes,

que se notam entre os homens.Quaes sm as differenças materiaes ?As de fortuna, saúde, conformação

physica.¦£Quaes são as differenças intellec-tuaes ?

As que resultam do gráo de intelli-

gencia de cada um.Quaes são as differenças moraes ?As que se originam dos differentes

ííráos de virtude e de vicio de cadaD

umA reencamação será um facto pro-

vado?Sim, pelas aptidões innatas dos ho-

meus e pelas revelações dos espíritos.Será nova essa crença?Não; mesmo nos mais remotos tem •

pos os maiores homens a prefessaram.Jesus professsou-a ?Sim, a Biblia o attesta em muitos

pontos.O espirito se encarnará sempre em

condições mais felizes que as que dei-xou ?

E' o que acontece ás maÍ3 das vezes,

porém o contrario também se pôde dar.

Qual a razão disso ?E' que, quando o espirito conhece as

causas que produziram a situação em

que se acha, e o que deve fazer paradelia sahir,pede a incarnação em quemelhor possa expiar e reparar suasfaltas.

Donde provem as differenças que no-íamos entre os espíritos encarnados?

De suas vidas anteriores.Como se explica o facto, tantas vezes

observado, da manifestação de grandestalentos em crianças Y

Pelas aptidões innatas.O que entendeis por aptidõos inna-

tas ?A recordação vaga das encarnações

precedentes. Mozart compondo musi-sica, com a idade de sete annos, é uma

prova disso.Citae outros exdmplos ?Ha muitos, dentre elles citaremos

o de Pascal mathematico aos doze an-nos; o de Mondeux que, com sete an-nos de idade, nâQ encontrava proble-ma qne o embaraçasse' o de Fritz-Van-de-Kerckove que aos dez annosera pintor; o de Jaques Inaudi, hábilcalculador aos oito annos, etc.

Podemos attribuir também a essacausa a precocidade de certos crimi-nos os ?

Certamente, o criminoso é um espi-rito imperfeito que se desviou do bomcaminho.

Os selvagens são Itomens como nós ?Sim; são espíritos que tem progre-

dido pouco.

Qual e a necessidade de renascermosmuitas vezes ?

A do nosso aperfeiçoamento, afim denos tornarmos dignos da felicidade queDeus nos reserva.

Onde se reencarnam os espíritos?Na Terra e nos outros mundos a (pie

chamamos Planetas e Estrellas.

CAPITULO VIDA RELIGIÃO

Ha necessidade de ter o homem umareligião ?

Sim; devemos ser religiosos. E' pre-ciso que tenhamos sempre presente ânossa mente que esta vida é breve, eque a vida verdadeira é a espiritual.

E' nas demonstrações externas quedeve consistir a religião ?

Não; essas não tem valor; sem opensamento que as dita. E' só o cora-ção quem deve fallar.

Em que, pois,. deve consistir a reli-gião do homem ?

l.°Em ter confiança na justiça ebondade divina; 2." em repellir de sitodos os máos pensamentos; 3." emprocurar sempre fazer o bem; 4." emelevar-se a Deus com a prece, pelamanhã e á noite.

Que pensaes das peregrinações, dosofficios das egrejas, das procissões, dosamuletos, e dessas preces continuas?

Só a intenção tem valoro E' maisgrata a Deus uma vida de trabalho echeia de boas obras, do que a consu-mida em longas e seguidas preces. Ahypocrisia pôde muitas vezes dictar osactos externos do culto. Orae, masque vossa prece seja curta e sincera.Deus prefere as boas obras á repeti-ção raachinal de um grande numerode palavras.

—«:»—

COMMEMORAÇÃO SPIRITA

No dia 1 do corrente, na casa n. 12 Bda rua do Conde d'Eu, o Grupo Spi-rita Centro Positivista realisou umasessão magna, commemorativa á de-sencarnaçâo do sócio da União n. 466D. Rosa Maria de Souza Maia e deAffonso Angeli Torteroli Filho.

Fizeram-se representar os seguintesGrupos Spiritas :

Amor Fraternal, João Baptista,George Wilson, Benedicto, Menezes,Leão XIII, Antônio de Padua, Resig-nação, Fraternidade, S. Francisco,Amor ao Próximo, João Evangelista,Amor ao Trabalho, Leonardo, Amor áVerdade, Trabalhadores da ultimahora, Loja Maçonica Commercío doGr.*. Or.*. do Br.', a Commissão Con-fraternisadora da Sociedade Acade-mica, Redacção da Revista SpirítaBrazileira e esta folha.

Depois do discurso do orador ofiT-ciai, o qual fez o necrológio dos de-sencarnados, manifestaram-se os es-piritos, pelos quaes se cffectuou a ses-são commemorativa, que agradeceramessa prova de amor, igualmente semanifestou o Reformador Menezes, quedeu i um trabalho philosophico, e o

poeta Fagundes Varella, recitou uma¦ bonita poesia.

A «essão terminou ás 9 horas.

/

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BIB4FOB* .BABMftflt — B$S:t Junho 15 S

SECÇÃO ECLÉTICA

O t|tie é o $»|>ii*itismo

Intrvducção ao conhecimento do mundoinvisível pela manifestação dos espi-ritos contendo u resumo dos princípiosda doutrina spiríta e a resposta ásprincipaes objecções.

POR

ALLAN-KARDECRum caridade níia Ua salvaçío.

CAPITULO IPEQUENA. CONFERÊNCIA SPIRÍTA

2.° DIALOGOU SCEPTICO

(Co ntínuação)

PHENOMENOS SPIRÍTAS SIMULADOS

Vssitante.—Não se tem provado quefora do Spiritismo podia-se produziresses mesmos phenomenos ?

Donde se pôde concluir que elles nãotêm a origem que lhes attribuem osSpirítas.

Allan-Kardec. — Do facto de poderser uma cousa imitada, segue-se quea cousa não exista?

Que dirieis da lógica daquelle quepretendesse que por fazer-se vinhode Champagne com agoa de Seltz,todo o vinho de Champagne é só águade Seltez.

E' privilegio de todas as cousas quese prestam a contrefacções.

, Alguns prestidigitadores têm sup-posto que o nome de Spiritismo, porcausa da sua popularidade e das con-troversias de que elle era causa, po-deria ser bom de explorar, e, para at-trabir a multidão, elles têm imitado,mais ou menos grosseiramente, algunsphenomenos de mediunidade, como hapouco imitaram a vista clara som-nambulica, e todos os motejadores pu-zeram-se a applaudir exclamando :

Eis o que é o Spiritismo !Quando apareceu a engenhosa pro-

ducçâo dos espectros, não proclama-ram elles por toda a parte que eraseu golpe mortal ?

Antes de pronunciar uma sentençatão positiva, elies deveriam ter re-flectido que as asserções de um esca-moteador não são palavras do Evan-gelho, e verificar se havia identi-dade real entre a imitação e a cousaimitada.

Ninguém ha que compre um bri-lhante antes de certificar-se de queelle não é artificial.

Um estudo um pouco serio os teriaconvencido de que os phenomenosspirítas não se oecupam em fazer ap-parecer espectros, nem em dizer ahiena dicha.

Só a inalevolencia e uma insignemá fé tem podido assemelhar o Spi-ritismo á magia e á feitiçaria, pois queelle rejeita dellas o fim, as praticas,as formulas e as palavras mysticas.

Alguns ha até que não têm hesi-tado em comparar as reuniões spirí-tas as ássembléas do sabbat onde seespera a hora fatal de meia noite parafazer apparecer os phantasraas.

Um meu amigo achava-se um dia,cm uma representação de

'Macbeth,

ao lado d'um jornalista a quem ellenão conhecia.

Quando veio a sceua das feiticeiras,elle ouvio este ultimo dizer ao seuvisinho :

« Olha ! vamos assistir agora auma sessão do Spiritismo, é justa-mente o que me falta para o meu pro-ximo artigo ; vou saber como se pas-sáin as cousas.

« Se houvesse aqui um desses lou-cos, eu lhe perguntaria se elle se re-conhece naquelle quadro. »

« Sou jm desses loucos lhe disse omeu amigo, e posso assegurar-vos quenão me reconheço álli absolutamente,porque, posto que tenha assistido acentenas de reuniões spirítas nuncavi cousa siinilhante áquillo.

« Si é alli que vindes beber apon-tamentos para o vosso artigo, elle nãobrilhará pela verdade. »

Muitos criticos não tem base maisséria.

Sobre quem recabe o ridículo, se-não sobre aquelles que se adiantamtão desparatadamente.

Quanto ao Spiritismo, seu credito,longe de soffrer com isso, se tem aug-mentado pela fôrma que essa evoluçãolhe tem dado, chamando a attençãod'uma multidão de pessoas que nãotinham ouvido fallar nelle ; elles têmprovocado o exame e augmentado onumero dos. adeptos porque todos têmreconhecido que, em vez de uma zom-baria é uma cousa seria.

IMPOTÊNCIA DOS DETRACTORES

7.— Con venho em que entre osdetractores do Spiritismo ha pessoasinconseqüentes como essas de queacabais de fallar; mas, a par delles,não ha homens d'um valor real ecuja opinião ó de certo peso?

¦A.--K. — Não o contesto absoluta-mente.

A isso respondo que o Spiritismoconta também em suas fileiras umbom numero de homens de valor nãomenos real; e digo mais que a maio-ria dos Spirítas se compõe de homensintelligentes e de estudo; só a máfé é que pôde dizer que elle só recrutaentre os ignorantes.

Alem disso, um facto peremptórioresponde a essa objecção : e que, ape-zar do seu saber ou da sua posiçãoofiicial, nenhum tem conseguido detera marcha do Spiritismo; e entretanto,não ha um só, desde o mais insignifí-cante folhetiuista, que se não vanglo-rie de ter-lhe dado o golpe mortal;e todos, sem excepção, têm, sem oquererem, ajudado a vulgarisal-o.

Uma idéia que resiste a tanto es-forço; que avança sem vacillar atra-véz da chuva de dardos que se lhearremeção, não prova, por isso a suaforça e a profundeza de suas raizes ?

Não merece esse phenomeno a at-tenção dos pensadores sérios ?

Já mais de um tem dito consigoque deve haver nisso alguma cousa,talvez um desses grandes movimen-

7 ,'

tos irresistíveis que, de tempos emtempos, abalam as sociedades paratransformal-as.

O mesmo tem suecedido a todas asidéias chamadas a revolucionar omundo ; ellas encontram forçosamenteobstáculos, porque têm de lutar comos interesses, os prejuízos e os abusosque ellas vem detruir; mas como ellasestão nos desígnios de Deus para cum-prir a lei do progresso da humanida-de, quando é chegada a hora, nadapode detel-as; e é esse aprova de queellas são a expressão da verdade.

Esta impotência dos adversários doSpiritismo prova primeiro, como dissea ausência de boas razões, pois queaquelles que elle lhes oppõem nãoconvencem; mas ella resulta de umaoutra causa que frusta todas as suascombinações.

Elles admiram-se da sua invasãoapesar de tudo quanto fazem paraobstal-o ninguém lhe acha a causapois que todos a procuram onde ellanão existe.

Uns a vêm no grande poder dodiabo que se mostraria assim maisforte que elles e que o próprio Deus,e outras na recrudescencia da loucurahumana.

O erro de todos está em crer que afonte do Spiritismo é única, e que ellerepresenta a opinião d'um homem,d'ahi a idéia de que, destruindo aopinião desse homem, elles destruirãoo Spiritismo; elles procuram essa fontena terra, quando ella reside no espaço;ella'náVeilá sobre um ponto, estápostada a parte, porque os Espíritospor toda a parte se manifestam, emtodos os paizes, no palácio como nachoupana.

A verdadeira causa está pois naprópria natureza do Spiritismo quenão recebe o seu impulso de um so,mas que permitte a cada um receberdirectamente communicações dos Es-piritos e csrtificar-se assim da realida-de dos factos.

Como persuadir a milhões de indivi-duos que tudo não é mais que fraude,charlatanismo, escamotagem, peloti-cas, quando são elles mesmo que ob-tem esses resultados sem o concursode pessoa alguma?

Faz-se-lhe-ha crer que elles sãocúmplices de si mesmo e fazem char-latanismo, ou escamotagem para sisó?

Esta universalidade das manifesta-ções dos Espíritos que vem, sobre to-dos os pontos do globo, dar um des-mentido aos detractores, e confirmar oprincipio da doutrina, é uma força quenão podem comprhender aquelles quenão conhecem u mundo invisível domesmo modo que aquelles que nãoconhecem a lei da electricidade nãopodem comprehender a rapidez datransmissão d'um despacho telegra-phico; é contra esta força que vemquebrar-se todas M denegações, por-que é absolutamente como dissessemá pessoa que recebe os raios do solque o sol não existe.

Fazendo abstracçâo das qualidades

da doutrina que agrada mais do pueaquellas que se lhe oppõe, é essa acausa fdas decepçõs que recebemaquelles que tentam deter-lhe a marcha, para conseg uil-a ser-lhe-ia riecessa rio encontrei" o meio de impedir"os Espíritos de se manifestarem.

Eis porqne os Spirítas se importamtão pouco com os seus estratagemas;elles tem a seu favor a experiência ea autoridade dos factos.

(Continua).

Am tourada»

Neste século de luz, neste séculoda sciencia, e da civilisaçâo, ainda sepermittem publicamente, em uma dasprincipaes capitães da America,o circode ioa"os t.

Até onde cnegão os instinetos des-ses que toleram, que apreciam e aindapagam para ver essas scenas bar-baras ?

Quando se quizer provar o atrazomoral de alguns habitantes de umacidade, basta dizer-se : Homens queapreciam as touradas.

Nesse qualificativo se encerra a de-monstracção lógica de que aquelleque ainda não sabe apreciar agrandeza da missão da creatura ter-restre, isto é, por mais elevada queseja a missão que oecupe na sociedadeprova ser um espirito nas suas pri-meiras encarnações muito próximo daanimalidade.

Um Danvinista.

GÊNESE ORGÂNICA,

PRINCIPIO VITAL.

Dizendo que as plantas e os aní-mães são formados dos mesmos prin-cipios que os mineraes, é preciso en-tender-se no sentido exclusivamentematerial : mesmo porque aqui só setrata do corpo.

Sem fallar do principio intelligente,que é uma questão á parte, existe nãmatéria orgânica um principio espe-ciai, por inexplicável, e que aindanão pôde ser definito : é o principiovital.

Este principio, que é activo no servivo, é extineto no ser morto, mas nempor isso deixa de dar á substanciapropriedades características que adis-tinguem das substancias inorgânicas.

A chimica, que decompõe e recom-põe a maior parte dos corpos inorga-nicos, pode decompor os corpos orga-nicos, mas nunca conseguio reconsti-tuir uma folha morta, prova evidentede que existe nestes alguma cousaque não existe nos outros.

O principio vital é alguma cousadistineta, tem uma existência pro-pria ?

Ou por outra, entrando elle no sys-tema da unidade do elemento gera-dor, não será um estado particular,uma das modificações do fluido cos-mico universal que se torna principiode vida, como se torna luz, fogo, ca-lor, electricidade ?

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4 Mci.eFussas.ts»»;» — i.ss:i .Vunht> s.»«•eKMiro

É' neste ultimo sentido que a quês-tão foi resolvida pelas cominúnica-ções inseridas 'Cap. VI, Uranogra-phia geral).

Mas,qualquer qué seja a opinião quese faça sobre a natureza do principiovital, elle existe porque se aprecia osseus effeitos.

Pode-se pois adrnittir logicamente,que em sua formação, os seres orga-nicos, assimilaram o principio vitalque era necessário a seu destino;ou, si se quer, que este principio sedesenvolveu em cada indivíduo pelopróprio effeito da combinação dos ele-mentos, como se vê, sob o império docertas circumstancias, desenvolver-seo calor, a luz e a électricidade.

O oxygeneo, o b-^-^o-qneo, o a? J;oe o carbono, cor o ,-&V.h oprincipio vital, só poderão formar ummineral ou corpo inorgânico ; o prin-cipio vital, modificando a constitui-ção molecular desse corpo, lhe dá pro-priedades especiaes.

Em vez de uma molécula mineral,tem-se uma molécula de matéria or-ganica.

A actividade do principio vital óentretida durante a vida pela accãodo jogo dos orgoes, como o calor pelomovimento de rotação de uma roda :cessando essa actividade com a morte,o principio vital se extingue como ocalor, quando a roda deixa de girar.

Mas o effeito produzido sobre o es-tado molecular do corpo pelo princi-pio vital, .^ibsiste depois da extinçãodesse principio, como a carbonisaçãodo páo persiste apjs a extinção docalor.

Na analyse dos corpos orgânicos, achimica torna a achar os elementosconsti uintes: o oxygeneo, o hydro-geneo, o azoto e o carbono, mas nãopôde reconstituil-os porque não exis-tindo mais a causa, não pôde repró-duzir o effeito, ao passo que ella pôdereconstruir uma pedra.

Nós tomamos por compararão o ca-lpr desenvolvido pelo movimento deuma roda, por ser um effeito vulgar,eonhecido de todo o mundo e mais fa-cil de se comprehender ; mas, seriamais exacto dizer que, na combinaçãodos elementos para formar os corposorgânicos, se desenvolve a eletricidade.

Os corpos orgânicos seriam verda-deiras pilhas electricas, que funccio-nam emquanto os seus elementos es-tão nas condições exigidas para odesenvolvimento da électricidade : éa vida que pára quando cessam aseondiçõos : é a morte.

Por essa fôrma, o principio vitalnão seria mais que uma espécie par-ticular de electridade, designada sobo nome de électricidade animal, des-prendida durante a vida pela acção dosórgãos, e cuja produção pára com amorte pela cessação desta acção.

CiERAÇÃO EXPONTANEA.

Pergunta-se nituralmente porquerazão não se forma mais seres vi vos nasmesmas condições em que se formaramos primeiros sobre a terra.

A questão da geração expontânea,que preocupa hoje a sèiencia; bemque ainda diversamente resolvida,nãopode deixar do lançar a luz sobre esserissumpto.

O problema proposto é o seguinte :Formam-sü hoje exponcaneamerite se-res orgânicos pela simples união doselementos constitutivos, sem germensanteriores, produetos da geração or-dinaria, ou como se costuma dizer,sem pais, nem mais ?

Os partidários da geração espòhta-nea respondem affirmàtivámente e seapoiam sobre observações direotas queparecem cdueludeutés.

Outros pensam quo todos os seresvivos so reproduzem uns pelos outros,e se app/iain sobre esie facto, provadopela experiência, que os germens decertas espécies vegetaes e animaes,sendodespersos,podem conservar umavitalidade latente durante um tempoconsiderável, até que as circumstan-cias sejam favoráveis ao seu desabro-char.

Esta opinião deixa sempre subsistira questão da formação dos primeirostypos de cada espécie.

Sem discutir os dous systemas,convém notar que o principio da ge-raç&o expontânea não pode evidente-mente se applicar senão aos seres dasordens as mais inferiores do reino ve-getal e do reino animal, e aquellesonde a vida apenas começa á apontar,e cujo organismo, extremamente sim-pies, é de algum modo rudimentar.

São esses effectivamente os primei-ros que appareceram sobre a terra, ecuja geração devia ter sido expon-tanea.

Assistiríamos assim á uma creaçãopermanente análoga á que teve lugarnas primeiras idades do inundo.

Mas então, porque razão não se veformar da mesma maneira os seres deuma organisação completa ?

Esses seres não existiram sempre, éum facto positivo, por conseguinte co-meçaram.

Si o musgo, o lichen, o zoophyto, oinfusorio, os vermos intestinaes o ou-tros podem se produzir expontânea-mente, porque não deve acontecer omesmo com as arvores, com os Deixes,os cães, os cavallos ?

Aqui param por momento as invés-tigáções ; o fio condüctòr se perde, e,até que se ache, o campo fica abertoás hypotheáes: seria pois imprudentee prematuro, dar systemas por ver-dades absolutas.

Se o facto da geração expontâneaestá demonstrado, por mais limitadoque elle seja, nem por isso deixa de-ser um facto capital, um marco eólio-cado que pode pòr sobre caminho denovas observações.

Si os seres orgânicos complexos nãose produzem desse modo, (piem .sabecomo principiaram elles?

Quem conhece os segredos de todasas transformações ?

Quando se vê o carvalho sahir dabolota, quem pode sustentar que nãoexiste um laço mysterioso do polypoao elephante ?

Xo esíadd actual de nossos conheci-mentos não [iodemos apresentara lhe-oria da geração expontânea perma-nente sinão como uma liypotliese,inascomo uma hypotheso provável, eque,talvez íim dia, tomará lugar entre asverdades scientifícas reconhecidas. (1)

(1) Revista Spirita, Julho de 1868, prig.201 : Desenvolvimento da theoria dá gc-ração expontancii.

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PUBLICAÇÕES SP] RÍTASRevista da Sociedade Acadêmica

Deus Christo e Caridade— Brazil.Revue Spirite, Journal d'Etudes

Psychologiques— FrançaEl Critério — Hespanlia.Annalli dello Spiritismo in Itália—

italia.De Rots, jornal em francez e fia-

mengo—Bélgica.La Revelacibn—-Hèpánha.O Religio Journal, philosophical,—Estados Unidos.The Theosophist—índio.OSpitual Nots, jornal hebedomadal

—Inglaterra.. Le Devoir, jornal das reformas so-

cia es—França.Le Mensager—Bélgica.The Spiritualist, jornal das seien-

ias psvchologicas—Inglaterra.Mindant Matter—Philadélphia.The Banner of Light— Massachus-

setts.Psychische Studien — Allemanha.El Spiritista—Hespanlia.Revista Spiritista— Bracellona.The Médium and Daybreak — In-

glaterra.La Illustracion Espirita — México.The Harbinger—Austrália.La Revista Espiritistá — Monte-

vidéo. «Le Monteur de ia Féderation Belge,—Bélgica.La Fraternidad—Hespanlia.La Discussion—México.La Luz de Siori — Estados-Unidos.Revista da Sociedade Spirita Cons-

tança—Buenos-Ay res.A" Imparcialidade—Portugal.La Religion Laique—Franca.Op. de Crenzeh--Hollandá. ...União e Crença—Brazil.Aurora—Brazil.Viamiense—Brazil.Echo Bragantino—Brazil.La Razon, jornal da Sociedade Spi-

ríta La Verdàd—México.Spiritual Scientist—Estad.-Unidos.Kl Buen Sentido, Hespanlia.La Vérité—Egypto.The Spiritual Magazine — Inhla-

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