LÍNGUA 1º ANO€¦ · Unidade II CULTURA: a pluralidade na expressão humana COTOS HABILIAS 2....
Transcript of LÍNGUA 1º ANO€¦ · Unidade II CULTURA: a pluralidade na expressão humana COTOS HABILIAS 2....
LÍNGUAPORTUGUESA
1º ANOENSINO MÉDIO
PROF.ª DINANCI SILVA
PROF. MARIO PAIXÃO
Unidade IICULTURA: a pluralidade na expressão humana
CONTEÚDOS E HABILIDADES
2
Aula 10.1ConteúdoHumanismo
CONTEÚDOS E HABILIDADES
3
HabilidadeConhecer as características da produção literária humanista de Gil Vicente.
CONTEÚDOS E HABILIDADES
4
Humanismo: representa um momento de transição entre o mundo medieval e o moderno.
Projeto literário do Humanismo: resgate de valores clássicos e olhar de modo mais racional para o mundo.
Fernão Lopes: cronista dos reis e do povo. A nomeação de Fernão Lopes como cronista-mor do reino, em 1434, é considerada o marco inicial do Humanismo português.
REVISÃO
5
Observe a imagem:É possível que o contexto de produção da literatura humanista seja o mesmo do Trovadorismo?
DESAFIO DO DIA
6
Humanismo (1418 – 1527) O Humanismo foi um movimento artístico e intelectual que surgiu na Itália no final da Idade Média (século XIV) e alcançou plena maturidade no Renascimento. O foco dos humanistas era o ser humano, o que os afastava do teocentrismo medieval. Resgatava-se, assim, a visão antropocêntrica característica da cultura greco-latina.
AULA
7
O período humanista na Literatura (1418 – 1527)
O Humanismo é a fase de transição entre o final da Idade Média e o Renascimento e, na Literatura, inicia-se em Portugal quando Fernão Lopes é nomeado guarda-mor da Torre do Tombo (diretor dos arquivos históricos); termina em 1527, ocasião em que o escritor português Sá de Miranda chega da Itália trazendo consigo o decassílabo (“medida nova”).
AULA
8
Três aspectos do Humanismo literário
Na Literatura portuguesa do século XV e início do XVI (período humanista), registram-se três tipos de produção:A crônica histórica de Fernão Lopes; A poesia palaciana, O teatro popular de Gil Vicente.
Humanismo literário: A poesia palaciana
Consistia em composições coletivas, produzidas para ser apresentadas nos serões do Paço Real, diante da corte.
Humanismo literário: As cantigas trovadorescas
Eram produzidas para serem cantadas, enquanto as poesias palacianas, para serem declamadas.
Humanismo literário: A poesia palaciana
Separada da música, o Humanismo trouxe uma poesia de versos mais elaborados que as cantigas trovadorescas. Recitada dentro dos palácios, a poesia humanista possuía linguagem mais rica que as poesias trovadorescas, com muitas figuras de linguagem e o abandono do amor cortês.
As principais composições poéticas exploradas no período foram: vilancete, a esparsa, a cantiga e a trova.
Humanismo literário: A poesia palaciana
Vilancete: poema em que aparece um mote de 2 ou 3 versos e, em seguida, desenvolvem-se glosas ou voltas;
Vilancete Meu amor tanto vos quero, verso 1 que deseja o coração verso 2 mil cousas contra razão. verso 3
AULA
14
Porque, se vos não quisesse, como poderia ter desejo que me viesse do que nunca pode ser? Mas conquanto desespero,é em mim tanta afeição, que desejo o coração.
(Aires Teles In SPINA, 2006, p.177)
glosas
AULA
15
Humanismo literário: A poesia palaciana
Cantiga: tem um mote, de 4 a 5 versos, e uma glosa, geralmente de 8 a 10 versos.
Cantiga Sua partindo-se
AULA
17
Cantiga Sua partindo-se
Senhora, partem tam tristesMeus olhos por vós, meu bem, Que nunca tam tristes vistesOutros nenhuns por ninguém.
mote
AULA
18
Tam tristes, tam saudosos,Tam doentes da partida,Tam cansados, tam chorosos, Da morte mais desejososCem mil vezes que da vida. Partem tam tristes, os tristes, Tam fora d’esperar bem, Que nunca tam tristes vistes Outros nenhuns por ninguém.
(João Ruiz de Castelo-Branco, Cancioneiro Geral)
glosa
AULA
19
Humanismo literário: A poesia palacianaTrova: poema cujo mote é desenvolvido em 2 ou mais estrofes.
Trova à maneira antiga (Francisco Sá de Miranda)
Comigo me desavim, sou posto em todo perigo;não posso viver comigonem posso fugir de mim.
estrofe 1
AULA
20
Com dor, da gente fugia,antes que esta assim crescesse;agora já fugiriade mim, se de mim pudesse.Que meio espero ou que fim do vão trabalho que sigo,pois que trago a mim comigo,tamanho imigo de mim? Inimigo
Glossário: Desavim: desentender, desencontrar
estrofe 2
AULA
21
Humanismo literário: A poesia palacianaEsparsa: poema composto por uma única estrofe, de 8 a 16 versos, de temática melancólica.
Pela vidraçaMardilê Friedrich Febre
A vida passa por mim.Paro com o corre-corre,De repente, acordo enfim.
AULA
22
Chego diante da vidraça,Meu olhar o céu percorre,E a serenidade caça.Recrio o meu amanhãAo som das canções do dia,Não serei de mim vilã.Pinto com cores vibrantesO presente que me asfixia.Já nada é mais como antes.
AULA
23
Carrossel iluminado,Mundo gira renovadoPelas notas da baladaDe minh’alma transformada.
AULA
24
Principais Características da Poesia Palaciana
Ausência de instrumentos musicais;Separação entre poesia e música;Presença de redondilhas (5 ou 7 sílabas poéticas);Uso de figuras de linguagem;Presença de idealismo e sensualidade;Métrica, ritmo e expressividade.
AULA
25
O teatro surge em Portugal No período humanista por obra de GIL VICENTE, que condena o abandono dos valores cristãos. Em autos e farsas, ele usa personagens alegóricos para retratar os vícios que se espalham pelos vários setores da sociedade e defende o retorno à moralidade.
AULA
26
O teatro de Gil Vicente Considerado o fundador do teatro português, suas peças foram produzidas durante a passagem da Idade Média para a Moderna. Apresenta aspectos conservadores (como a defesa da moral cristã) e inovadores (como a crítica à sociedade).
AULA
27
O teatro de Gil Vicente
As peças de Gil Vicente têm caráter moralizante, ou seja, procuram tematizar os comportamentos condenáveis e enaltecer as virtudes. A religião católica é tomada como referência para a identificação das virtudes e dos erros humanos.
AULA
28
Características marcantes do teatro de Gil Vicente (1465 – 1537)
• A temática teológica é aproveitada para criar uma intrincada crítica à sociedade europeia.
• Os personagens não representam indivíduos definidos, e sim tipos sociais.
• Os tipos não eram identificados por nomes. Quase sempre são designados pela ocupação que exercem ou por algum outro traço social para simbolizar vários comportamentos humanos.
• A preocupação com o homem e com a religião.
A obra de Gil Vicente divide-se em:
Autos - textos de inclinação religiosa e moralizante.Trilogia das barcas – Auto da Barca do Inferno, Auto da Barca do Purgatório e Auto da Barca da Glória.Farsas – textos irônicos de temática profana.A Farsa de Inês Pereira e O Velho da Horta.
Auto da Barca do Inferno Com versos rimados fundindo poesia e teatro, o texto de Auto da Barca do Inferno é cheio de ironia, trocadilhos, metáforas e ritmo. Gil Vicente vai além da crítica impiedosa dos costumes que corroíam a sociedade da época e propõe um caminho decidido de transformação.
Vídeo - Auto da barca do inferno
AULA
35
1. Caracteriza o teatro de Gil Vicente:
a) a revolta contra o cristianismo.b) a obra escrita em prosa.c) a elaboração requintada dos cenários e quadros.d) a preocupação com o homem e a religião.e) a busca dos conceitos universais.
DINÂMICA LOCAL INTERATIVA
36
2. Assinale a alternativa incorreta a respeito da obra de Gil Vicente.
a) Embora servisse para o entretenimento da Corte, seu teatro caracteriza-se por ser primitivo, rudimentar e popular.b) Algumas de suas peças têm caráter misto, de oscilante classificação como o Auto dos quatro tempos.c) Apresenta-se como traço de união entre a Idade Média e a Renascença.
DINÂMICA LOCAL INTERATIVA
37
d) Ao lado da sátira, encontram-se elevados valores cristãos.e) Aprofunda-se nos valores clássicos, seguindo rigidamente os padrões do teatro grego.
DINÂMICA LOCAL INTERATIVA
38