Lógica I “Sem abstração, a inteligência não floresce” (João Zelesny)
-
Upload
isadora-machado-escobar -
Category
Documents
-
view
212 -
download
0
Transcript of Lógica I “Sem abstração, a inteligência não floresce” (João Zelesny)
Lógica I
“Sem abstração, a inteligência não floresce” (João Zelesny)
Recapitulando....
O que é um argumento?
• Argumento é construção intelectual, que segue uma ordem própria, servindo-se de materiais conceituais dados pelas diversas experiências humanas.
• Argumentar é estruturar estes materiais. A estruturação desses materiais é que torna possível diferenciar um argumento logicamente válido ou correto de uma falácia ou sofisma
Indução e Dedução
INDUÇÃO
• A estrutura do raciocínio consiste em partir de uma série de casos individuais, suficientemente enumerados, para deles inferir como conseqüência uma lei ou norma geral, que possa ser aplicada a casos não enumerados pela série ...
• Trabalha com inferências que são prováveis;
• Extremamente necessária e responsável pelo progresso da ciência.
Princípio lógico da indução
“ O que convêm a várias partes, suficientemente enumeradas, de um certo universal, convêm a este sujeito universal”.
Exemplo
• O que convém a várias partes enumeradas, o ferro, o cobre, o ouro, o zinco...
• De um certo universal: metal como condutor de eletricidade
• Convém a este sujeito universal: metal conduz eletricidade;
Espécies de indução
• Por semelhança ou analogia
Não possibilita uma generalização, ou seja, aplica-se, única e exclusivamente, de um caso determinado a outro caso determinado.
Exemplo
Alguém ler dois livros de Jorge Amado. Ao deparar-se com outro livro do mesmo autor, antecipa o julgamento e o considera excelente, tendo por base as leituras anteriores.
Por enumeração completa suficiente
Não é verdadeira inferência indutiva enumerar todas as partes de um todo para chegar ao mesmo modo. A indução, como tal, é generalizar a partir de algumas partes. Logo, enumerar todas as partes constitui o que em lógica se chama tautologia.
Impossível enumerar todos os casos.
Por enumeração incompleta insuficiente
• Enumerar insuficientemente ou enumerar casos atípicos não constitui verdadeira indução.
• Chamada estatística insuficiente.
• Origem ao sofisma da generalização apressada
Por enumeração incompleta mas suficiente
• Passa-se de uma conclusão a todos os elementos de um conjunto, partindo-se de alguns dos elementos observados.
Exemplo
• Controle de qualidade de produção.
Todas as amostras examinadas são de qualidade X. logo, o lote tem qualidade X
• Modo legítimo de se estabelecer determinadas verdades;
• Consiste em probabilidades;
• Suas premissas não visam proporcionar provas convincentes da verdade de sua conclusão, mas de que somente forneçam algumas provas disso.
• Podem ser avaliados ser avaliados como melhores ou piores, segundo o grau de verossimilhança ou probabilidade que as premissas confiram às respectivas conclusões.
Críticas
• Critica-se a pretensão de através de casos particulares chegar a normas ou leis gerais sem admitir o conteúdo essencial da coisa.
A indução para ser admitida como legítima deveria ser verificada em todos os casos possíveis ( Karl Popper).
DEDUÇÃO
• Diferente da indução, ela tem a pretensão de não ficar na probabilidade porque parte de princípios gerais evidentes por si.
• Somente um argumento dedutivo envolve a pretensão de que suas premissas fornecem uma prova conclusiva.
• Um raciocínio dedutivo é válido quando suas premissas, se verdadeiras, fornecem provas convincentes para sua conclusão.
• É tarefa da lógica dedutiva é esclarecer a natureza da relação entre as premissas e a conclusão em argumentos válidos.
• Inferir é tirar um enunciado ou levar a um enunciado a confirmação a partir de outros.
• Exemplo:• Todo homem é mortal - premissa maior• Damião é homem - premissa menor• Damião é mortal - conclusão
Princípios
• Princípio de identidade:
O que é é. Afirma a identidade de uma coisa consigo mesma. Uma “coisa” perdura ou persiste, apesar dos acidentes.
Ex: o ser é e não pode não ser (Parmênides)
• Princípio de Tríplice identidade:
Duas coisas idênticas a uma terceira são idênticas entre si.
Exemplo: se A é semelhante a B e B é semelhante a C, então, nesta medida, A é semelhante a C.
• Princípio de contradição:• Uma coisa não pode ser e deixar de ser, ao
mesmo tempo e sob o mesmo aspecto.
• Exemplo: Ninguém pode ser aluno e professor ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. Ou é aluno ou é professor.
• Princípio de exclusão do terceiro termo:
• Esse princípio afirma que entre ser e não ser não há meio termo.
• Exemplo: ou A é semelhante a B ou não é; e C é semelhante a A ou não é;
• Ou uma conclusão é verdadeira ou é falsa, não há terceira possibilidade ou meio termo.