Lol

4
MARIANA FLORENCIO N° 26 / 3°U A mãe da virgem diz que não. E o anúncio da televisão. E estava escrito no portão. E o maestro ergueu o dedo. E além da porta há o porteiro, sim. Eu digo não. Eu digo não ao não. Eu digo. É proibido proibir. É proibido proibir. É proibido proibir. É proibido proibir. Me dê um beijo, meu amor Eles estão nos esperando Os automóveis ardem em chamas Derrubar as prateleiras As estátuas, as estantes As vidraças, louças, livros, sim Eu digo sim Eu digo não ao não Eu digo É proibido proibir É proibido proibir É proibido proibir É proibido proibir. É proibido proibir - Caetano Veloso, 1968.

description

akakakka

Transcript of Lol

MARIANA FLORENCIO N 26 / 3U

A me da virgem diz que no.E o anncio da televiso.E estava escrito no porto.E o maestro ergueu o dedo.E alm da porta h o porteiro, sim.Eu digo no.Eu digo no ao no.Eu digo. proibido proibir. proibido proibir. proibido proibir. proibido proibir.

Me d um beijo, meu amorEles esto nos esperandoOs automveis ardem em chamasDerrubar as prateleirasAs esttuas, as estantesAs vidraas, louas, livros, simEu digo simEu digo no ao noEu digo proibido proibir proibido proibir proibido proibir proibido proibir.

proibido proibir - Caetano Veloso, 1968.

, Jos!A rosa e o sorvete, Jos!Oi girando na mente, Jos!Do Jos brincalho, Jos!...Juliana girandoOi girando!Oi, na roda giganteOi, girando!Oi, na roda giganteOi, girando!O amigo Joo (Joo)...O sorvete morango vermelho!Oi, girando e a rosa vermelha!Oi girando, girando vermelha!Oi, girando, girando...Olha a faca! (Olha a faca!)Olha o sangue na mo, Jos!Juliana no cho, Jos!Outro corpo cado, Jos!Seu amigo Joo, Jos!...Amanh no tem feira, Jos!No tem mais construo, Joo!No tem mais brincadeira, Jos!No tem mais confuso, Joo!...h! h! h h h h!h! h! h h h h!h! h! h h h h!h! h! h h h h!h! h! h h h h!...Domingo no Parque Gilberto Gil e Os Mutantes, 1968.

O rei da brincadeira, Jos!O rei da confuso, Joo!Um trabalhava na feira, Jos!Outro na construo, Joo!...A semana passadaNo fim da semanaJoo resolveu no brigarNo domingo de tardeSaiu apressadoE no foi pr Ribeira jogarCapoeira!No foi pr lPra Ribeira, foi namorar...O Jos como sempreNo fim da semanaGuardou a barraca e sumiuFoi fazer no domingoUm passeio no parqueL perto da Boca do Rio...Foi no parqueQue ele avistouJulianaFoi que ele viuFoi que ele viu Juliana na roda com JooUma rosa e um sorvete na moJuliana seu sonho, uma ilusoJuliana e o amigo Joo...O espinho da rosa feriu Z(Feriu Z!) (Feriu Z!)E o sorvete gelou seu coraoO sorvete e a rosa, Jos!A rosa e o sorvete, Jos!Foi danando no peito, Jos!Do Jos brincalho, Jos!...O sorvete e a rosa

Viva Maria, ia, iaViva a Bahia, ia, ia, ia, iaNo pulso esquerdo o bang-bangEm suas veias corre muito pouco sangueMas seu coraoBalana a um samba de tamborimEmite acordes dissonantesPelos cinco mil alto-falantesSenhoras e senhoresEle pes os olhos grandes sobre mimViva Iracema, ma, maViva Ipanema, ma, ma, ma, maDomingo o fino-da-bossaSegunda-feira est na fossaTera-feira vai roaPorm, o monumento bem modernoNo disse nada do modeloDo meu ternoQue tudo mais v pro inferno, meu bemQue tudo mais v pro inferno, meu bemViva a banda, da, daCarmen Miranda, da, da, da, da

CAETANO VELOSO, TROPICLIA - 1967ALEXANDRA SIMIONI N 1 /3U

Sobre a cabea os aviesSob os meus ps, os caminhesAponta contra os chapades, meu narizEu organizo o movimentoEu oriento o carnavalEu inauguro o monumentoNo planalto central do pasViva a bossa, sa, saViva a palhoa, a, a, a, aO monumento de papel crepom e prataOs olhos verdes da mulataA cabeleira esconde atrs da verde mataO luar do sertoO monumento no tem portaA entrada uma rua antiga,Estreita e tortaE no joelho uma criana sorridente,Feia e morta,Estende a moViva a mata, ta, taViva a mulata, ta, ta, ta, taNo ptio interno h uma piscinaCom gua azul de AmaralinaCoqueiro, brisa e fala nordestinaE farisNa mo direita tem uma roseiraAutenticando eterna primaveraE no jardim os urubus passeiamA tarde inteira entre os girassis